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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 01

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 04/07
Rodada 03 06/07
Rodada 04 11/07
Rodada 05 13/07
Rodada 06 18/07

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


MATEMÁTICA/RLM .......................................................................................................... 12
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 15
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 26
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 35
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 48

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL - USO DAS CONSOANTES Y, K E W
Quando falamos em ortografia oficial, um dos tópicos interessantes, é o uso das
consoantes Y, K e W. Quando utilizá-las no Português?
Vemos muitos candidatos errado questões com pegadinhas desse tipo. Por isso,
resumimos nessa dica, aspectos importantes para você nunca mais esquecer!

Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:

Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados


portugueses.

Ex.: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.

Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Ex.: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.

ATENTE-SE!!
Se na sua prova cair algum assunto sobre qualquer substantivo comum (ex.: iogurte,
ilha, vale, cabelo, cansaço) questionando-o se pode ser escrito com Y, K ou W, não caia
na pegadinha de responder que sim! Isso porque, essas letras são apenas para
abreviaturas e nomes próprios.
DICA 02
PALAVRAS TERMINADAS EM “ESA” E “EZA”
É muito fácil confundir o final das palavras com “esa” ou “eza”. Ficamos na dúvida
se a palavra é escrita de uma forma ou outra. Por isso, as terminações em “esa/ês” são
usadas com ADJETIVOS e as terminações em “eza/ez” são usadas com
SUBSTANTIVOS.

ADJETIVOS SUBSTANTIVOS

Eu odeio lasanha de calabresa. Como eu amo a natureza!

Minha esposa é Portuguesa. A palidez do seu irmão me assustou!

Júlia ama filme Francês. A Terra possui muita beleza.

Casou-se com um Camponês.

DICA 03
PALAVRAS COM TERMINAÇÃO EM “ISAR” E “IZAR”
Se a palavra primitiva possuir “s”, as palavras que dela derivarem também serão
escritas da mesma forma.

Ex.: Análise – Analisar


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Pesquisa – Pesquisar
Revisão – Revisar
Improviso – Improvisar

CUIDADO → catequese - catequizar


Por outro lado, quando a palavra primitiva não possuir “s”, as palavras que dela
derivarem serão escritas com “z”.

Ex.: Eterno – Eternizar


Símbolo – Simbolizar
Útil – Utilizar
Final – Finalizar
DICA 04
USO DOS PORQUÊS

Por que:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).

Ex.: Por que não faz a prova?


Poderá aparecer no meio de uma frase e terá a função de pronome relativo. Será
equivalente a "por qual”, "pelo qual" e suas variações.

Ex.: Esta é a razão por que rezo. → Esta é a razão pela qual rezo.
Por quê:
Também indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).

Ex.: Chorou por quê? → Chorou por qual motivo?


Demorou por quê? → Demorou por qual razão?
DICA 05
USO DOS PORQUÊS

Porque:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser SUBSTITUÍDO por “pois”, “para que” e “uma vez que”.

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Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.

Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da
mochila.

Porquê:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.

Ex.: Não me disseram o porquê de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.


Não me disseram o motivo de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
DICA 06
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.


Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.


Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.
Veja como já foi cobrado em prova:

QUESTÃO.
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
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tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO

DICA 07
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre-se que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma
conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.

Ex.: Os maus pensamentos não nos fazem bem.


DICA 08
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


DICA 09
ONDE X AONDE

Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.

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Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 10
ACERCA DE X CERCA DE

Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 11
DEMAIS X DE MAIS

“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de


menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.

“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou


poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – pronome indefinido.


DICA 12
MAIS X MAS
“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.
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→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “mais” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


DICA 13
A FIM X AFIM
“A fim de” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a
finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.


“Afim” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 14
ABSOLVER E ABSORVER

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 15
EMINENTE E IMINENTE

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.


Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!
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DICA 16
ASCENDER E ACENDER

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 17
CENSO E SENSO

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

DICA 18
MANDATO E MANDADO

MANDATO X MANDADO

MANDATO essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.

Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

MANDADO Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.

Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”


Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

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DICA 19
RATIFICAR E RETIFICAR

RATIFICAR X RETIFICAR

Ratificar significa “confirmar”; “reafirmar”.

Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

Retificar significa “corrigir” algo que está errado ; “emendar”.

Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.


Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.

Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

DICA 20
CONCERTO E CONSERTO

CONCERTO X CONSERTO

Concerto possui um sentido de “composição musical”.

Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

Conserto possui um sentido de “reforma”; “reparo”.

Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”


Consertam-se sapatos – “reformar”

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MATEMÁTICA/RLM
DICA 21
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS
O conjunto dos números naturais é representado pelo símbolo N, esse conjunto
compreenderá aqueles números que surgem naturalmente da necessidade de contar.

Ex.: N= {0,1,2,3,4,5,6...};
No conjunto dos números naturais não temos números quebrados, e não têm números
negativos. É o conjunto mais simples e possui uma quantidade infinita de elementos
Conjunto dos Inteiros (Z) basta acrescentar os números negativos aos números
naturais;

Ex.: Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...};

Os números racionais Q serão formados pelo conjunto dos números inteiros mais os
números quebrados, dizemos que um número é racional se ele pode ser representado na
forma de fração;
O conjunto dos números inteiros é um subconjunto dos racionais Z ⊂ Q.
DICA 22
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS
Um total de R$ 4.800,00 será dividido entre Ângela, Beatriz e Cláudio, de modo que
Beatriz receberá R$ 100,00 a menos que Ângela, e Cláudio receberá R$ 200,00 a mais
que Beatriz. O valor que receberá Beatriz é de?

Ex.: A+B+C=4.800, B=A-100, C=B+200. Com isso montamos o nosso sistema, sendo
que A, B e C quantidade recebida por Ângela, Beatriz e Claudio, respectivamente. Vamos
isolar C e jogar na 1º equação. A+B+B+200=4.800, A+2B=4.600 e B=A-100. Logo,
A+2x(A-100)=4.600 → A+2A-200=4.600 → 3A=4.800 → A=1.600, B=1.500 e
C=1.700.
Em um bazar da pechincha, foram vendidas 168 peças a R$ 2,00 cada, 53 peças a R$
5,00 cada e roupas de festa a R$ 10,00 cada. Sabendo-se que o valor total arrecadado
nesse bazar foi de R$ 1.071,00, a quantidade de roupas de festa vendidas foi?

Ex.: Vamos retirar as informações do enunciado:


1) 168 peças a R$ 2,00 cada;
2) 53 peças a R$ 5,00 cada;
3) x roupas de festa a R$ 10,00 cada. Logo, O total arrecadado foi R$ 1.071,00. Ora, veja
que o produto do número de peças pelo preço unitário fornece quanto o bazar arrecadou
com aquela peça. Para obter o valor total, basta somarmos cada um desses produtos →
168.2+53.5+x.10 = 1.071 → 336+265+10x = 1.71 → 10x = 1.071-601 → 10x = 470
→ x=47 peças de roupas foram vendidas.

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DICA 23
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS
As amigas Flávia, Gilda e Hilda, saíram para fazer um lanche. A 1º tinha 35 reais, a 2º
tinha 45 reais e a 3º tinha 64 reais. Como Hilda tinha mais dinheiro, ela deu a cada uma
das amigas alguma quantia de forma que ficassem, as 3, com quantias iguais. Vamos
calcular a quantidade que Hilda deu a cada uma das amigas?

Ex.: Seja F quantidade de Flavia, G de Gilda e H de Hilda. Hilda tem mais grana e vai
dar um pouquinho dela para suas amigas de modo que as 3 fiquem com a mesma
quantia. Considere que x seja a quantia que Hilda dá a Gilda e y seja a quantia que Hilda
dá a Flávia. G=45+x, F=35+y, H=64-x-y. Nesse momento as 3 têm a mesma quantidade:
64-x-y=45+x=35+y. Ficamos com 2 equações, 2x+y=19 e x-y=-10. Logo x=3 reais e
y= 13 reais;
A soma de três números pares, positivos e consecutivos é 330. O maior número dessa
sequência é o número?

Ex.: São 3 números pares, positivos e consecutivos. Vamos considerar que o segundo
número par dessa sequência seja x. O próximo número par será x+2. O número par
anterior a ele será x-2. Assim, temos a seguinte sequência de números: x-2, x, x+2.
Sabemos que a soma deles é 330. Logo, x-2+x+x+2=330. 3x=330. X=110. Portanto, o
maior número é o 112.
DICA 24
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS
No ato de pagamento por um produto, um cliente entregou ao caixa uma nota de R$ 50.
Informado de que o dinheiro entregue não era suficiente, o cliente entregou mais uma
nota de R$ 50 e recebeu do caixa R$ 27 de troco. O cliente reclamou que ainda faltavam
R$ 9 de troco e foi imediatamente atendido pelo caixa. Nessa situação, o valor da compra
foi de quanto? → O cliente entregou R$ 50,00 + R$ 50,00 = R$ 100,00, para o caixa. O
atendente, apesar de inicialmente ter errado o troco, devolveu R$ 27,00 + R$ 9,00 = R$
37,00, logo, valor da compra total foi de R$ 100,00 − R$ 36,00 = R$ 64,00;
Maria colocou 62 livros em três prateleiras. Na primeira prateleira, ela colocou 19 livros.
Na segunda prateleira, ela colocou 25. Quantos livros Maria colocou na terceira prateleira?
→ temos 62 livros distribuídos em 3 prateleiras, na primeira tem 19 livros, na segunda
tem 25, e na terceira tem x. Quando somarmos as quantidades em cada prateleira,
devemos obter o total de livros. Logo, 19 + 25 + x = 62 → 44 + x = 62 → x = 62 − 44
→ x = 18 → Na terceira prateleira tem 18 livros;

Durante 185 dias úteis, 5 funcionários de uma agência bancária participaram de um


rodízio. Nesse rodízio, a cada dia, exatamente 4 dos 5 funcionários foram designados para
trabalhar no setor X, e cada um dos 5 funcionários trabalhou no setor X o mesmo número
N de dias úteis. O resto de N na divisão por 5 é igual a quanto? → 185 dias úteis são 37
semanas, contando 5 dias úteis em cada uma delas, como 4 funcionários trabalham por
dia útil. Dessa forma, cada funcionário trabalha 4 dias na semana no setor X. Assim, como
são 37 semanas, o total de dias trabalhados será N=37x4=148. Dividindo 148/5=29x5+3,
logo o Resto é de 3.

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DICA 25
MÚLTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS
Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando o número por um fator. Este fator,
por sua vez, é também divisor do múltiplo encontrado;

Ex.: O número 6 é um múltiplo de 2, pois 2x3=6 e o número


2 é um divisor de 6, pois 6 ÷ 2 = 3;
Quando um número é múltiplo de outro, é o mesmo que dizer que o primeiro é divisível
pelo último. No nosso exemplo 6 é múltiplo de 2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é
divisor de 6;
Sendo assim, os múltiplos de um número podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3,
4, 5…. Logo, os múltiplos de um número são infinitos;
Já os divisores de um número são aqueles cuja divisão tem como resultado um número
inteiro, ou seja, a divisão é exata.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua
aplicabilidade.

1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas


constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis.

Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e


inexistência de análise do papel das normas pragmáticas.

2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de


juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais.

Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.

DICA 27
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA

Possui todos os elementos


para a produção de efeitos
EFICÁCIA PLENA eficácia plena =
jurídicos diretos e
imediatos, ex. art. 1º, 44 e direta + imediata + integral
46, CF.
Eficácia: 100%

Possui todos os elementos,


mas seu âmbito de eficácia
EFICÁCIA CONTIDA eficácia contida =
é restringido/contido pelo
legislador ordinário, ex. art. direta + imediata + não
37, I, CF. integral
Eficácia: 100% - lei

Não possui todos os


elementos. Necessita da
EFICÁCIA LIMITADA eficácia limitada =
atuação do legislador
ordinário para que produza indireta + mediata +
seus efeitos e aumentar seu reduzida + diferida
âmbito de eficácia.
Eficácia: % + lei = 100%

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DICA 28
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA

As normas de eficácia limitada se subdividem em:

Normas de princípio programático: Direcionam a atuação do Estado instituindo


programas de governo.
São normas que estabelece os princípios e diretrizes que serão cumpridos pelo Estado
observando seus fins sociais, estabelecendo programas de ação futura.
Vinculam programas de governo, sendo dirigidas aos próprios governantes.

→ STF: normas programáticas, sobretudo de temas relacionados à saúde e educação,


possuem aplicabilidade direta e imediata, à luz da teoria do mínimo existencial atrelado à
dignidade da pessoa humana.

Normas de princípio institutivo: Ordenam ao legislador a organização ou


instituição de órgãos, instituições ou regulamentos.
DICA 29
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA
Esse princípio traduz a ideia do ser humano como alguém irrepetível e único, razão
pela qual não pode ser tomado como meio para o atingimento dos objetivos do Estado,
mas como um fim em si mesmo. Do ponto de vista jurídico, o conteúdo da dignidade da
pessoa se relaciona com os direitos fundamentais. Nesse sentido, somente terá a
dignidade preservada aquele sujeito que seja titular dos direitos relativos à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, sem qualquer discriminação.
A dignidade é a base de todos os direitos constitucionais, sejam individuais ou coletivos,
de participação política ou dos trabalhadores.

ATENÇÃO!

O Princípio da dignidade da pessoa humana se aplica a todos os brasileiros,


mas também aos estrangeiros no País.

DICA 30
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:

Cidadania; SO-CI-DI-VA-PLU

Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;


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Pluralismo político.

FIQUE ATENTO!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES


São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
DICA 31
OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Garantir o desenvolvimento nacional;
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Dica: Fique atento aos verbos. Vale dizer, são normas de eficácia limitada
definidoras de princípios programáticos.
DICA 32
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
Independência nacional;
Prevalência dos direitos humanos;
Autodeterminação dos povos;
Não-intervenção;
Igualdade entre os Estados;
Defesa da paz;
Solução pacífica dos conflitos;
Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Concessão de asilo político.
FIQUE ATENTO!

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
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DICA 33
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica.

ATENÇÃO!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:


Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –
também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.
Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a
qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados
indistintamente a todos os indivíduos.

DICA 34
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].

Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade

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DICA 35
DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 36
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I).
A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL:
Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais
de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento
para as ações afirmativas;
Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades.
DICA 37
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de
defesa (artigo 136, CF/88).
O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a outra à
Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
segundo pode fazer somente o que a lei permite.
DICA 38
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da reserva legal impõe a necessidade que determinadas matérias sejam
disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo
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59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em sentido amplo.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
A reserva legal pode ser classificada em:
Absoluta: a norma constitucional necessita de lei formal para sua regulamentação.
Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies
infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O princípio da irretroatividade das leis preconiza que a lei penal não retroagirá,
exceto em benefício do réu.
DICA 39
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
A Vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a
terceiros ao exercer a livre manifestação do pensamento.
A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso
de ódio, inclusive a incitação ao racismo.
DICA 40
DIREITO DE RESPOSTA
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas e pessoas jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com indenização por dano


material, moral ou à imagem.

DICA 41
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política.

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Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88.
Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos.
DICA 42
INVIOLABILIDADE DA CASA

Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Da leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.

Entende-se como “casa”:

Qualquer compartimento habitado;


Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;

Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

SISTEMATIZANDO

REGRA:
A casa é inviolável;

EXCEÇÃO:
Consentimento do morador;
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar socorro;
Determinação Judicial.

JURISPRUDÊNCIA

O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de


flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição
acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar
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abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa
causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem
determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti
Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).

DICA 43
LIBERDADE PROFISSIONAL
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora NÃO IMPEDE o exercício da profissão.

ATENÇÃO!

Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador NÃO pode


exercer a advocacia.

DICA 44
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE DE REUNIÃO
Previsão constitucional (art. 5º, inciso XVI):
“XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;”

Ao analisar esse direito fundamental, extrai-se os seguintes requisitos:

Reunião pacífica;

Sem armas;

Em locais abertos ao público – o que não veda a realização de reuniões em espaços


privados;

Independentemente de autorização;

Não frustrem outra reunião marcada anteriormente para o mesmo local;

Exige-se prévio aviso.

JURISPRUDÊNCIA

O PRÉVIO AVISO, segundo a jurisprudência do STF, não exige uma comunicação


formal, pois “eventual ausência de prévio aviso para o exercício do direito de reunião

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não transforma a manifestação em ato ilícito e que o Poder Público pode
legitimamente impedir o bloqueio integral de via pública para assegurar o direito de
locomoção de todos” (Notícias STF de 19.12.2018).

Como os demais direitos fundamentais, o direito de reunião não é absoluto e pode


ser restringido na vigência de estado de defesa (art. 136, § 1.o, I, “a”) e de estado de
sítio (art. 139, IV).

JURISPRUDÊNCIA - FIQUE ATENTO

Sobre o requisito do AVISO, o STF, por meio do Recurso Especial n° 806339/SE, cujo
Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que para que o aviso seja cumprido
não há nenhum tipo de forma pré-estabelecida, bastando apenas que chegue o
conhecimento da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de aviso
prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de
informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de
forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário.
RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado
em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

DICA 45
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade


para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

DICA 46
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.

Mesmo identificado civilmente, o indivíduo será submetido à identificação


criminal nas seguintes hipóteses:

Documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;


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Documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes


entre si;

Identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da


autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

Estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do


documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
DICA 47
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES
Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra


ilegalidade ou abuso de poder;

A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de poder;


Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de situações
de interesse pessoal.

Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado para


combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

DICA 48
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO

Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.

É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena


de violação da inafastabilidade da jurisdição.
OBS.: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa
PROIBIDO!
No Brasil é adotado o sistema inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o
Poder Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada
material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista
que até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo
submete-se à análise do Poder Judiciário.
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Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível
buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam:
Habeas data;

Controvérsia desportiva;

Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração


Pública;

Requerimento de benefício previdenciário.


DICA 49

TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:

Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;

Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ser ampliada pelo legislador ordinário.

Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em


que pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio
e não contra a vida.

ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não será do
tribunal do júri.

DICA 50
EXTRADIÇÃO
Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado
nos seguintes casos:

Crime comum, cometido antes da naturalização;

Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;

NÃO será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição


voluntária de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 51
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 52
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico, por


meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 53
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e


Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de


Economia Mista, Fundação Pública e Empresa Pública.
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.

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Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
DICA 54
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.

Centralização: Na centralização a pessoa política (União, Estados, DF ou Municípios)


pratica suas atividades por meio de seus órgãos, realizado diretamente a atividade
administrativa, sem interferência de outra entidade.

Desconcentração: Na desconcentração há uma distribuição interna de competência,


dentro da mesma pessoa jurídica.
Há o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia ficam subordinados aos
seus superiores.

Concentração: A concentração ocorre quando um único órgão desempenha todas


as funções do ente político, sem divisão com órgãos menores.

Descentralização: A atividade é prestada por pessoa diversa. O Estado resolve


repassar a atividade para outra pessoa executar em seu lugar.
Tribun aisDICA 55
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.

- Independentes

- Autônomos
Os órgãos podem - Superiores
ser:
- Subalternos

DICA 56
ÓRGÃOS INDEPENDENTES
Os órgãos independentes são os originários da Constituição de 1988 e
representativos dos poderes do Estado, de modo que não possuem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional.
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções
outorgadas diretamente pela Constituição Federal.
Ex.: Chefias do Executivo - Presidência da República.

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DICA 57
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.


Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão
diretamente subordinados aos seus chefes.

Tem ampla autonomia administrativa e financeira.


Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que estão dentro de sua esfera de competência.

Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.


DICA 58
ÓRGÃOS SUPERIORES

Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de


assuntos relacionados com a sua competência específica.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada.
Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua
área de competência.

Ex.: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos.


DICA 59
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos,
cumprimento de decisões, dentre outras atribuições.

Ex.: Delegacia
DICA 60
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à estrutura, os órgãos podem ser: simples ou compostos.

Quanto à estrutura, - Simples


os órgãos podem
ser: - Compostos

Simples: constituídos por apenas um centro de competência

Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.

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DICA 61
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS

- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio

- Capacidade processual
Os órgãos não possuem:

Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.

Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a


qual ele pertence.

Capacidade processual: Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual,


de modo que não podem figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda
processual. No entanto, os órgãos independentes e os autônomos têm capacidade
processual para tutelar as suas prerrogativas institucionais.
DICA 62
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade


jurídica:

Autarquias;

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista;


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia.


A autarquia possuí personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito


privado. Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei
como EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

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DICA 63
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder


público detém a maioria do capital
votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 64
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA

Características da autarquia:

Natureza: pessoa jurídica de direito público

Atividade: Típica de Estado

Regime de pessoal: Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo


efetivo)

Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços

Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos

Se sujeita a lei de licitações.

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DICA 65
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS
FUNDAÇÕES

Características das fundações:


Natureza:

→ Direito público - Lei cria


→ Direito privado - Lei autoriza
Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado
Regime de pessoal:

→ Direito público - servidores estatutários


→ Direito privado – CLT.
DICA 66
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I impessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União,
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).
DICA 67
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do
Poder Público à lei.
O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:
Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.
Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
Fique atento!
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de

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edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de
atuação.
DICA 68
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará
NULO por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público.
Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei para o
ato administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.

DICA 69
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da
moralidade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 70
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Trata-se do dever de transparência na atuação pública.

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Possui dupla acepção:

Requisito de eficácia dos atos administrativos;

Transparência da atuação administrativa, de forma a possibilitar o controle pelos


administrados.
O princípio da publicidade não é absoluto, encontra limites no direito à inviolabilidade da
intimidade e da vida privada; e as informações indispensáveis à segurança do
Estado e da Sociedade.
DICA 71
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.

Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e


benefício dos gastos públicos.
DICA 72
PODERES ADMINISTRATIVOS - CONCEITO

Os Poderes Administrativos são instrumentos colocados à disposição do administrador


para atingir o interesse público.
Não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente público.


DICA 73
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO: USO E ABUSO DO PODER
O uso do poder consiste em um privilégio do agente público. A sua utilização implica
que o agente deverá observar as normas constitucionais e legais em busca do interesse
público.
O abuso de poder ocorre quando o agente público deixa de lado o interesse público e
observa apenas o seu interesse particular, o que torna o ato ilegal. Assim, o abuso de
poder é toda a atuação que torna irregular a execução do ato administrativo.
DICA 74
ABUSO DO PODER

São espécies de abuso de poder: (i) excesso de poder; e (ii) desvio de poder.

Excesso de poder:
O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos limites legais de sua
competência.

Desvio de poder ou de finalidade:

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O desvio de poder quanto à finalidade ocorre quando o administrador agente dentro dos
limites de sua competência, mas o faz para alcançar fim diverso do previsto.
DICA 75
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER DE POLÍCIA
É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da
propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.
A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público
sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 76
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Fontes materiais: Representam o momento que antecede o surgimento da norma


jurídica. É influência por fatores históricos, políticos, sociais e econômicos.

Fontes formais: Representam a norma jurídica materializada e constituída, são


divididas em:
AUTÔNOMA – Aquelas criadas pelas próprias partes envolvidas,
Ex.: Contrato de Trabalho, Normas Coletivas, Regulamento Empresarial...

HETERÔNOMAS – Aquelas criadas com a participação de um terceiro em geral o


ESTADO.

Ex.: Lei em sentido amplo, sentença normativa, decisão judicial.

Fontes Integradoras:

São fontes que irão auxiliar o interprete na aplicação do caso concreto,

Ex.: Doutrina, jurisprudência, analogia, equidade, costumes, direito comparado,


princípios gerais do direito.

ATENÇÃO!

São fontes subsidiárias:


O direito comum é fonte subsidiária ao direito do trabalho;
A Negociação Coletiva – Art. 611-A e art. 611-B da CLT;
Ao verificar uma norma coletiva somente poderá analisar os seus aspectos formais.
E os tribunais, ao editarem súmulas e OJ não poderão acrescentar ou suprimir
direitos não contidos em lei.

DICA 77
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Aplicação da norma mais favorável: Dispõe que será aplicada a norma mais
favorável ao trabalhador independentemente da posição que ocupe na escala hierárquica.
OBS.: A ausência de contrapartidas (vantagens) não invalida o negócio
Jurídico.
Caso haja ação judicial visando anulação de clausulas das normas coletivas o sindicato
que participou da negociação deve participar como litisconsórcio necessário.

Condição mais benéfica:


As vantagens concedidas ao trabalhador por força de contrato ou regulamento empresarial
aderem ao contrato de trabalho com força de lei e não podem ser suprimidas sob pena de
violação ao direito adquirido.

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As mudanças, alterações ou revogações do regulamento empresarial somente afetam aos
novos contratados (SÚMULA 51 TST). Na coexistência de mais de um regulamento a
opção por um deles importará em renúncia às vantagens previstas na outra:

SÚMULA 51 TST

NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO.


ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial n° 163 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração
do regulamento. (ex-Súmula n° 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973).
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado
por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ n°
163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999). As vantagens concedidas em norma coletiva
somente terão validade pelo prazo máximo de dois anos, sendo vedada a ultratividade.
É nula a clausula que prevê o prazo superior a dois anos naquilo que ultrapassar este
prazo.

DICA 78
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Indubio pro operário: Caso seja possível mais de uma interpretação da norma ao
caso concreto será aplicada a norma que mais favorece o trabalhador.

Continuidade da relação de emprego: O contrato de trabalho em regra tem duração


indeterminada somente sendo permitida a contratação por tempo determinado nos casos
previstos em lei.

Irrenunciabilidade do direito: Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo


empregado; exceção: 611 -A da CLT.

Irredutibilidade salarial: O salário não pode ser reduzido salvo mediante norma
coletiva.
Observação: Quando uma norma coletiva prevê redução de salário durante a sua
vigência os empregados não podem ser dispensados sem justa causa.
DICA 79
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Prevalência da autonomia da vontade

Negociação individual - Hipersuficiente se ele tiver diploma de nível superior e que


perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, só vai negociar os direitos contidos no Art. 611-A, da
CLT.

Negociação Coletiva – Art. 611–A CLT.

Primazia da realidade

Prevalecerá a realidade dos fatos sobre os documentos.


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Inalterabilidade contratual lesiva

O contrato de trabalho somente poderá ser alterado sob os seguintes requisitos:


Mutuo ACORDO – Consensualidade;
Ausência de Prejuízo para os empregados ainda que de forma indireta.

O empregador poderá fazer pequenas alterações unilaterais decorrentes do Jus


variandi, uma dessas alterações é a Reversão.

Ao fazer a reversão o empregador poderá suprimir a gratificação de função


independente de tempo recebido e da existência de justo motivo.

Mantido o empregado na função comissionada o valor da gratificação não pode ser


reduzido.
DICA 80
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

As fontes de Direito do Trabalho são:

Constituição;

Emendas à Constituição;

Lei complementar e lei ordinária;

Decretos;

Portarias, instruções normativas e outros atos do Poder Executivo (em regra


não seriam fontes formais, mas em muitos casos a esses instrumentos se atribui tal
natureza de maneira expressa);

Tratados e convenções internacionais;

Sentenças normativas e sentenças arbitrais em dissídios coletivos;

Usos e costumes;

Convenção coletiva;

Acordos coletivos;

Regulamento empresarial (apenas alguns doutrinadores consideram essa uma fonte


formal do Direito do Trabalho, mas não é o posicionamento majoritário);

Jurisprudência (em regra, não seriam fontes formais, sendo que o art. 8º da CLT
confere à jurisprudência natureza de fonte normativa supletiva. Apenas quando se
tratarem de súmulas vinculantes é que se está diante de fontes formais do Direito do
Trabalho);

Princípios (existe grande controvérsia acerca da natureza dos princípios, mas grande
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parte da doutrina tem entendido se tratarem de fontes formais do Direito).

DICA 81
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
A doutrina, a equidade, a analogia e as cláusulas do contrato de trabalho não
constituem fontes do Direito do Trabalho, quanto a esta última, existe entendimento em
sentido contrário, mas não é majoritário.
O critério geral de hierarquia das normas jurídicas considera que uma norma
encontra seu fundamento de validade em outra hierarquicamente superior, sendo
a Constituição a lei suprema da hierarquia acima descrita.

Contudo, no Direito do Trabalho existe um critério próprio de hierarquia


normativa, tendo em vista as especificidades do ramo, que se delineia a partir de dois
eixos principais:

Não há que se falar em hierarquia de diplomas normativos, mas apenas hierarquia de


normas jurídicas;

O critério que configura a pirâmide jurídica do Direito do Trabalho não é tão rígido como
o do direito comum.
No Direito do Trabalho, em virtude do princípio da proteção, opera-se segundo a
norma mais favorável, de forma que a pirâmide hierárquica é construída de maneira
variável, localizando-se em seu vértice a norma que mais se aproxime do objetivo de
reequilíbrio das relações sociais, a norma mais favorável ao trabalhador, não
sendo, portanto, necessariamente a Constituição Federal, a depender do tema em
questão.
DICA 82
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Na falta de lei específica que regule a matéria objeto do conflito, o aplicador deverá
utilizar-se das fontes integrativas do direito, na forma prevista pelo art. 8° da CLT.
Além disso, o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo
em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

Ex.: Código de Processo Civil, Código Penal, Código de Defesa do Consumidor...


DICA 83
PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS ACORDOS E DAS CONVENÇÕES COLETIVAS
É de dois anos o prazo máximo de vigência dos acordos e das convenções
coletivas, sendo que as vantagens contidas em tais instrumentos não se incorporam ao
contrato de trabalho de forma definitiva (ler Súmula n° 277 e decisão liminar proferida
nos autos da ADPF n° 323 do STF).
DICA 84
DA APLICAÇÃO DA NORMA
O local da prestação dos serviços é que define a norma a ser aplicada à relação de
emprego, ou seja, segue-se o princípio da lex loci executione contracti (lei do lugar da
execução do contrato).

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No caso de trabalhador contratado no Brasil para laborar no exterior em atividades de
engenharia, projetos e obras, montagens, gerenciamento e congêneres, a Lei no
7.064/82, garante os direitos previstos pela legislação nacional, salvo se a legislação
estrangeira for mais benéfica para o empregado.
DICA 85
RELAÇÃO DE TRABALHO

Conceito básico de trabalho: conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o


homem exerce para atingir determinado fim.
Assim a relação de trabalho se trata de um vínculo jurídico pelo qual uma pessoa
natural executa uma obra ou um serviço para alguém e recebe um pagamento por isso.
Para a sociologia do trabalho está associado à ideia de realidade material e relações
sociais. Ou seja, uma relação de trabalho é uma prestação de serviço laboral, que pode
ser firmado através de um contrato ou não. Nesse sentido, a atividade também pode
ser remunerada ou voluntária, mas sempre haverá um contratante e um contratado.
Esse termo na sociologia está associado à ideia de realidade material e relações sociais.
DICA 86
RELAÇÃO DE EMPREGO
Como já vimos a Relação de Trabalho é um gênero, e a Relação de Emprego é uma
espécie.
MEMORIZE ISSO:

Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de
trabalho é uma relação de emprego.

A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura


quando alguém (empregado ou empregada) presta serviço a uma outra pessoa, física ou
jurídica (empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não eventual e
onerosa.

Requisitos da Relação de Emprego:

Pessoalidade: um dos sujeitos (o empregado) tem o dever jurídico de prestar os


serviços em favor de outrem pessoalmente.

Natureza não eventual do serviço: ele deverá ser necessário à atividade normal do
empregador.

Onerosidade: Remuneração do trabalho a ser executado pelo empregado.

Subordinação: o empregado sujeita-se ao poder diretivo do empregador.

QUESTÃO FCC, 2017.


Matos é motorista da família Silva prestando seus serviços três dias da semana, no qual
leva e busca as crianças na escola. Marcela é jardineira exercendo suas atividades para
a família Silva quatro vezes por semana. Gilberto faz faxina na residência da família
Silva uma vez por semana. E, por fim, Denise é acompanhante da matriarca da família
Silva duas vezes por semana. Nestes casos, observando-se o requisito temporal e
considerando que os demais requisitos legais estão presentes, tratam-se de
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empregados domésticos:
a) Matos e Marcela, apenas.
b) Matos, Marcela e Denise, apenas.
c) Matos, e Deise, apenas.
d) Matos, Marcela, Gilberto, apenas.
e) Matos, Marcela, Gilberto e Denise.
Gabarito: letra “A”

DICA 87
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO – DO EMPREGADO – ART. 3º, DA CLT
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Pessoa Física;

Não eventualidade;

Subordinação;

Onerosidade.
DICA 88
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - PESSOALIDADE OU PESSOA FÍSICA
A relação de emprego é intuitu personae somente no que diz respeito ao empregado,
que não pode ser substituído por outra pessoa na prestação de serviço, sob pena de
descaracterizar essa espécie de relação.

PESSOA FÍSICA IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO

A não eventualidade significa que a execução dos serviços do obreiro deve estar inserida
no âmbito de uma atividade permanente desenvolvida pela empresa, seja ela fim ou
meio. Em outras palavras, o trabalho do obreiro não pode estar relacionado a um
evento ocasional.
DICA 89
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - ONEROSIDADE
Por onerosidade entende-se que a prestação de serviços deve possuir, como
correspondente, o pagamento de salário por parte do empregador, inclusive nas
ocasiões em que o empregado estiver a sua disposição, aguardando ordens.
DICA 90
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - SUBORDINAÇÃO
A subordinação representa o fenômeno por meio do qual o trabalhador desloca o
comando de sua atividade laboral para o empregador, submetendo-se às suas ordens
de serviço. A teoria sobre a natureza jurídica da subordinação mais aceita pela doutrina é

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 01
a que considera como decorrente de um contrato, ou seja, subordinação jurídica. Nos
últimos anos, todavia, tem ganhado corpo a teoria da subordinação estrutural-
reticular.
DICA 91
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO - EMPREGADOR – ART. 2° CLT
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Alteridade;
Pessoalidade.

ATENÇÃO!

Equipara-se ao empregador o profissional liberal, as entidades de beneficência e as


demais se fins lucrativos que contratem trabalhadores como empregados.
Para os fins de relação de emprego não haverá distinção em relação aos empregados
nem em relação ao trabalho técnico manual ou intelectual.

DICA 92
DIREITOS CONSTITUCIONAIS DO TRABALHADOR
Os Direitos Constitucionais dos Trabalhadores estão presentes no artigo 7º da Constituição
Federal.
Leitura obrigatória!

Traz a Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa


causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos.

Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.

Fundo de garantia do tempo de serviço.

Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.

Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração


variável.

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria.

Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

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Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.

Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos


termos da lei.

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho.

Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva.

Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por


cento à do normal.

Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal.

Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias.

Licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei.

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,


nos termos da lei.

Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança.

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,


na forma da lei.

Aposentadoria.

Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)


anos de idade em creches e pré-escolas.

Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

Proteção em face da automação, na forma da lei.

Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.
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Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão


do trabalhador portador de deficiência.

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos.

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de


qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos.

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente


e o trabalhador avulso.
DICA 93
GRUPO ECONÔMICO - CONCEITO
Grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas atuam de forma
coordenada, com objetivos comuns, ou desde que exista uma relação de subordinação
entre elas.
Veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação de grupo econômico. Tal
conceito está assentado no artigo 2º e seus parágrafos 2º e 3º, da Consolidação das
Leis do Trabalho. Nela, grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas
atuam de forma coordenada, com objetivos comuns. Ou desde que exista uma relação de
subordinação entre elas (quando uma empresa tem controle sobre as demais).

ATENÇÃO!

Confira-se a redação do:


“Art. 2º – (...)
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego.”

DICA 94
GRUPO ECONÔMICO - REPERCUSSÃO
Apenas a relação de sócios entre empresas distintas não é suficiente para a configuração
de grupo econômico, devendo haver uma hierarquia entre elas ou objetivos afins. Esse
entendimento foi, inclusive, confirmado pelo TST – Tribunal Superior do Trabalho – em
recente decisão judicial.

“§ 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias,


para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.”

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Sendo assim, veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação deste tipo de
arranjo.
DICA 95
GRUPO ECONÔMICO – IMPLICAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO
Conclui-se, portanto, que a caracterização do grupo econômico busca evitar o
dissimulado propósito de desvirtuar a aplicação dos preceitos trabalhistas, através da
constituição de pessoas jurídicas distintas.
Assim, considerando as implicações que o instituto pode trazer, é recomendável que as
empresas coligadas se posicionem de forma a afastar ou atrair a configuração do
mesmo, evitando, com isso, eventuais demandas judiciais.
DICA 96
GRUPO ECONÔMICO – ENTENDIMENTO PACIFICO
Do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho – TST
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já pacificou o tema no sentido de
que o simples fato da existência de sócios em comum não é capaz de configurar grupo
econômico, e que a coordenação entre as empresas, sem relação hierárquica, também
não caracteriza o referido grupo, restando afastada a responsabilização solidária.

SÚMULA Nº 129, do TST

CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO: A prestação de serviços a mais de


uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.

DICA 97
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
A sucessão trabalhista – ou sucessão de empregadores – é prevista nos artigos 10 e
448, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), consistindo na assunção de obrigações
trabalhistas em virtude da transferência de titularidade da empresa ou de
estabelecimento empresarial.

Vejamos o que diz a CLT:

“Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.”
“Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”

DICA 98
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - ESPÉCIES DE SUCESSÃO TRABALHISTA

São previstas três espécies de sucessão trabalhista:


Substituição do antigo empregador por outra pessoa física ou jurídica;
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Alteração na estrutura da pessoa jurídica que contratou empregados (e.v. fusão,
incorporação, cisão);
Alienação ou transferência de parte significativa do estabelecimento empresarial de
modo a afetar os contratos de trabalho.

DICA 99
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - REQUISITOS DA SUCESSÃO TRABALHISTA

Via de regra, para que fique caracterizada a sucessão trabalhista são necessários dois
requisitos:

Alteração da pessoa jurídica ou da titularidade do estabelecimento empresarial;

Continuidade na prestação de serviços pelos empregados.


DICA 100
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - CLÁUSULA DE NÃO-RESPONSABILIZAÇÃO
No contrato de trespasse, ou em qualquer outro negócio jurídico que possa fragilizar as
garantias dos contratos de trabalho, é irrelevante a existência de cláusulas estipulando
que a empresa sucessora não responderá por débitos trabalhistas até a data da
transferência.
No entanto, é válida a cláusula no sentido de preservar o direito da empresa sucessora de
exigir ressarcimento, da empresa sucedida, de eventuais desembolsos que tiver quanto a
obrigações trabalhistas não honrada até a data da transferência.
DICA 101
CONTRATO DE TRABALHO – DESVIRTUAMENTO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Recentemente, o TST decidiu que o contrato de experiência após dispensa da mesma
função é considerado fraude, pois para a 3ª Turma do TST, houve um desvirtuamento
dessa modalidade de contratação.

→ Em outras palavras: A modalidade desta contratação teve por finalidade fraudar a


legislação trabalhista, cujo intuito é o de fomentar a continuidade das relações de trabalho
por meio do contrato por prazo indeterminado.
DICA 102
O FIM DE CONTRATO TEMPORÁRIO IMPEDE QUE A TRABALHADORA TENHA A
ESTABILIDADE DESTINADA ÀS GESTANTES?

→ A resposta é SIM!
Em um caso bastante recente, o TST decidiu que uma trabalhadora gestante, que
trabalhava regida por um contrato de trabalho temporário, não tem direito à
estabilidade devida às mulheres grávidas. Isso se deu porque o ministro relator do
recurso de revista da empresa entendeu que a garantia de estabilidade provisória à
empregada gestante é completamente inaplicável ao regime de trabalho temporário,
disciplinado pela Lei 6.019/1974.

→ Vale a pena ressaltar que um dos argumentos utilizados pela trabalhadora é que a
estabilidade provisória no emprego estava prevista artigo 10, inciso II, alínea “b”, do Ato
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das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto. Só que segundo ele, o dispositivo do ADCT se refere somente
às dispensas arbitrárias ou sem justa causa, que não ocorrem quando o contrato
por prazo determinado se encerra por decurso do tempo.
DICA 103
A FORMA DE UM CONTRATO DE TRABALHO
Bom, em regra, o contrato de trabalho, por ser um contrato consensual e não solene, não
tem o requerimento de forma especial, exceto quando a lei expressamente dispuser
em contrário, como nos casos dos contratos de trabalho de artistas, atletas profissionais,
aprendizes ou, ainda, quando a lei estabelecer alguma formalidade, como hipótese de
investidura de servidor celetista em emprego público, como o previsto no art. 37, II, § 2º
da CF/88.

Lembrando que o contrato de trabalho tem os seguintes elementos em seu conteúdo:


Elementos essenciais (manifestação livre e de boa-fé da vontade, agente capaz,
objeto idôneo e forma prescrita ou não defesa em lei);
Elementos acidentais (termo, condição e encargo).
DICA 104
CONTRATO DE TRABALHO E CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM
A Reforma Trabalhista trouxe a possibilidade da chamada cláusula compromissória de
arbitragem que pode ser inserida nos contratos individuais de trabalho por vontade de
alguns trabalhadores que percebam salários superiores ao dobro do teto dos benefícios
da Previdência Social.

Veja o que diz o art. 507-A da CLT:

Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas
vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por
iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos
previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

DICA 105
CONTRATO DE TRABALHO E TRANSFERÊNCIAS SUCESSIVAS (ADICIONAL DE
TRANSFERÊNCIA)
O TST reconheceu o direito de um trabalhador ao recebimento do chamado adicional de
transferência, pois este foi transferido 6 vezes de local de trabalho. Na reclamação
trabalhista, o bancário falou que foi admitido em 1983 pelo Banco Bamerindus para
trabalhar em Passo Fundo (RS) e, depois, foi transferido para Santa Maria (RS), Almirante
Tamandaré (PR), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Passo Fundo (RS) e, novamente, Curitiba,
onde permaneceu até ser dispensado, em 2012.
Certo, mas o que vem a ser o adicional de transferência?
O adicional de transferência é um aumento percentual no salário do trabalhador que
necessitou ser transferido provisoriamente de local de trabalho, e é um benefício previsto
na CLT. Senão vejamos:
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Art. 469 da CLT: Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua


anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando
transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado
para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo
anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior
a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela
localidade, enquanto durar essa situação.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 106
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DAS VARAS
A competência funcional das Varas do Trabalho passou a ser exercida monocraticamente
pelo juiz titular, sendo que a antiga denominação era Juiz Presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento ou, simplesmente, juiz togado. Atualmente, além do juiz titular,
há o juiz substituto, que tem a atribuição de substituir ou auxiliar o titular.

A competência funcional das Varas do Trabalho está prevista no art. 652 da CLT:

Compete às Varas do Trabalho:

a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de
rescisão do contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja
operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.
e) (Suprimida pelo Decreto-lei no 6.353, de 20.3.1944)
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.

DICA 107
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.

Art. 112 da CF/88:


"a Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por
sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal
Regional do Trabalho".

Ótimo, mas o que acontece nas comarcas onde não tiver juiz do trabalho?
Nas comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
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ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos? Há o requisito da frequência de
reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1500
reclamações trabalhistas por ano.

Para resumir: O órgão de base da estrutura do Poder Judiciário é o próprio juiz, que
fica lotado nas denominadas Varas do Trabalho. Note-se que a indicação do juiz enquanto
órgão da estrutura judiciária brasileira é da CF/88, que em seu art. 111 expressamente
assim determina.
E como as varas do trabalho são criadas?
A criação de Varas do Trabalho é feita por intermédio de lei federal específica,
conforme fala o art. 112 da CF, sendo a iniciativa do TST, depois da sugestão do TRT
envolvido, observada ainda a efetiva demanda judicial e a população do lugar. Muito
embora a criação da Vara do Trabalho nasça de uma lei específica, o ato que define a
jurisdição daquela unidade pode ser do TRT correspondente, conforme fala o art. 28 da Lei
n° 10.770/2003.
DICA 108
JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO
A carreira do Juiz do Trabalho encontra-se na Lei Orgânica da Magistratura Nacional
(LOMAN), que determinou que a única forma de provimento para o cargo de Juiz do
Trabalho é a aprovação prévia em concurso público de provas e títulos.
Estes concursos têm muitas fases, sendo comumente as 04 (quatro) primeiras
eliminatórias, formadas por uma prova objetiva, uma avaliação subjetiva; uma avaliação
prática, conhecida como prova de sentença; uma fase oral; e uma quinta fase, de caráter
meramente classificatório, com uma prova de títulos.
DICA 109
JUIZ TITULAR - PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
As promoções para o cargo de juiz titular seguem o critério alternado de merecimento e
antiguidade. No merecimento, é avaliada a produtividade e presteza no exercício da
jurisdição, além é claro da frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos
de aperfeiçoamento, conforme normatizado no art. 93, II, c, da CF.

Veja como esse assunto poderá ser cobrado em prova:

QUESTÃO, 2007.
A respeito da carreira da magistratura, é correto afirmar que
a) o tribunal, na promoção por antigüidade, somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado da metade de seus membros.
b) o cargo inicial, provido mediante concurso público, será o de juiz de primeira
instância.
c) a promoção de entrância, para entrância, será feita uma vez por antigüidade e duas
por merecimento e assim sucessivamente.
d) é obrigatória a promoção de juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento.
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e) a promoção por merecimento pressupõe, dentre outros requisitos, pelo menos três
anos de exercício na respectiva entrância.
Gabarito: Alternativa d, com base no que dispõe o art. 93 da Constituição Federal.
COMENTÁRIO: Vejamos:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e
merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;”

DICA 110
VARAS DO TRABALHO - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
As varas são a primeira instância trabalhista, ou seja, ela é competente para julgar
conflitos individuais surgidos nas relações de trabalho. Tais controvérsias chegam à Vara
na forma de Reclamação Trabalhista. A Vara é composta por um Juiz do Trabalho titular e
um Juiz do Trabalho substituto.
E mais: A decisão por meio da qual o Juiz do Trabalho resolve a controvérsia chama-se
“sentença” e contra ela as partes podem interpor recurso.
Você sabia? Segundo dados recentes do TST, há no Brasil um total de 1.587
Varas do Trabalho.
DICA 111
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário que
haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de uma
sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 70 anos.

Órgãos que funcionam junto ao TST:

Escola Nacional de Formação e Conselho Superior da


Aperfeiçoamento de Justiça do Trabalho
Magistrados do Trabalho

ATENÇÃO!

Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros


da Advocacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”.
IMPORTANTE: no TST são julgados o Recurso de revista, o Recurso Ordinário e os
embargos ao TST.

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DICA 112
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Os Tribunais Regionais do Trabalho integram a Justiça do Trabalho, devendo ter no
mínimo 07 (sete) juízes, estes juízes devem ser nomeados, devendo ainda estes possuir
mais de 30 anos e menos de 70 anos. Assim como os ministros do TST, a sua
nomeação deverá ser feita pelo Presidente da República e por fim, não há necessidade de
sabatina para a aprovação, diferente neste ponto dos Ministros do TST.
OBS.: A propósito, você sabia que São Paulo é o único estado a ter dois TRT’s?

Isto mesmo, o Estado de São Paulo possui:

TRT 2ª Região (Sede em São Paulo/SP)

TRT 15ª Região (Sede em Campinas/SP)


Há TRT em todos os Estado brasileiros? Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre
e Roraima.
Como eu faço para não esquecer os estados onde não tem TRT? Lembre-se de
TARA.

T Tocantins

A Amapá

R Roraima

A Acre

Ué, mas se não tem TRT nestes lugares, como é feita então a jurisdição?
Observe a seguir:

Tocantins (submete-se à jurisdição do TRT da 10ª Região no Distrito Federal, sede em


Brasília/DF);

Acre (submete-se à jurisdição do TRT da 14ª Região em Rondônia, sede em Porto


Velho/RO);

Roraima (submete-se à jurisdição do TRT da 11ª Região no Amazonas, sede em


Manaus/AM);

Amapá (submete-se à jurisdição do TRT da 8ª Região no Pará, sede em Belém/PA).


IMPORTANTE:
Na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto constitucional de membros
oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os demais juízes nomeados
mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às Varas, alternadamente, por
tempo de antiguidade e mérito, sendo o número de magistrados variável, havendo um
número mínimo 07 juízes, devendo ser atendido o critério da necessidade de
desmembramento em Turmas em função do movimento processual.

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DICA 113
COMO O TRT FUNCIONA?
Compete ao Tribunal Regional do Trabalho, o dever de originariamente, processar e julgar
as ações de sua competência originária, como por exemplo os dissídios coletivos,
mandados de segurança e ações rescisórias, já no grau recursal, o TRT julga os recursos
das decisões de Varas do Trabalho.
A EC °. 45/2004, que acrescentou o § 1º ao art. 115 da CF/88, que os Tribunais
Regionais do Trabalho deverão instalar a Justiça Itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
IMPORTANTE:
Os juízes dos TRTs, chamados de “Desembargadores do Trabalho”, segundo a Resolução
CSJT n. 104/2012, e estes são nomeados pelo Presidente da República.

E como isto pode cair na minha prova?

QUESTÃO INÉDITA.
O Tribunal Regional do Trabalho é de suma importância no funcionamento da justiça
trabalhista. Neste campo, é correto afirmar que:
a) O TRT possui competência para julgar, além de ações e dissídios, também causas
de cunho criminal.
b) Compete privativamente ao TRT o julgamento do conflito de competência que
envolva os juízes do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista na
mesma região. Quando o conflito for suscitado entre o próprio TRT e juiz do trabalho a
ele subordinado, a competência para julgamento será do TST.
c) Em grau recursal, o TRT tem plena competência para julgar os recursos das
decisões de Varas do Trabalho.
d) O TRT é vedado de julgar ações rescisórias.
Gabarito: Alternativa c. Muito cuidado com a letra B (incorreta)!
Comentário: Súmula 420 do TST: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO.
TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO Não se
configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara
do Trabalho a ele vinculada.

DICA 114
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho são prestados por servidores e órgãos de
auxílio. No Capítulo VI da CLT (arts. 710 a 721) podemos olhar os serviços auxiliares da
Justiça do Trabalho. E mais: Nos termos do art. 710 da CLT, as secretarias são dirigidas
pelo Diretor de Secretaria.
IMPORTANTE:
A Justiça do Trabalho, no 1º grau de jurisdição, está ligada às Varas do Trabalho as
chamadas Secretarias, e não cartórios, o que a diferencia da Justiça Comum, e os Oficiais
de Justiça avaliadores.
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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 01
DICA 115
FUNÇÃO DA SECRETARIA - VARA

Cada Vara terá uma secretaria. E mais: segundo o art. 711 da CLT, é de competência
das secretarias as seguintes atribuições:

o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e


outros papéis que lhe forem encaminhados;

a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;

o registro das decisões;

a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos


respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;

a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;

o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da


secretaria;

a realização das penhoras e demais diligências processuais;

o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta,
para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Logo, a secretaria será formada pelos servidores públicos que forem admitidos por
intermédio de concurso público, seguindo o normatizado na CF/88.
Há previsão legal quanto ao número de servidores em cada Secretaria? NÃO!
Será um dever do TRT, administrativamente, mensurar a necessidade do serviço e a
distribuição dos servidores, dentro de seu quadro de pessoal.
DICA 116
HONORÁRIOS PERICIAIS
Os honorários periciais serão suportados pela parte sucumbente na pretensão objeto de
perícia, ainda que se beneficiária da justiça gratuita. E mais: Faculta-se ao juiz, em
relação à perícia, exigir depósito prévio dos honorários, ressalvadas as lides decorrentes
da relação de emprego.

E veja o que a CLT fala a respeito disto:

Art. 790-B - A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte


sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
§ 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
§ 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.
§ 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.
§ 4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em
juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro
processo, a União responderá pelo encargo.
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Veja como esse assunto poderá ser cobrado em prova:

QUESTÃO INÉDITA.
João, reclamante, é empregado da empresa XYZW LTDA, que figura enquanto
reclamada. Ele então solicitou perito assistente, para que este fizesse uma perícia,o
que foi aceito pelo juízo. João vence a ação que ajuizou contra a empresa. Sendo
assim, a respeito dos honorários periciais, podemos afirmar corretamente que:
a) A empresa XYZW deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois é
parte vencida e a indicação do perito assistente é obrigatória neste caso.
b) A empresa XYZW deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois é
parte vencida e pessoa jurídica, e a indicação do perito assistente é obrigatória neste
caso.
c) João deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois a indicação do
perito assistente é faculdade, devendo ser tais honorários arcados por quem o indicou.
d) João deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois a indicação do
perito assistente é obrigatória, devendo ser tais honorários arcados por quem o indicou.
Gabarito: Letra c.
Comentário: Súmula nº 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO. A
indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos
respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. Cuidado com a
letra D (errada): O erro consiste na presença da palavra obrigatória.

DICA 117
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

O benefício da justiça gratuita está previsto no art. 790, §§ 3° e 4°, da CLT. Observe:

"Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no
Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos
obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ( ... )
§ -3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho
de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário
igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social.
§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência
de recursos para o pagamento das custas do processo."

Veja como esse assunto poderá ser cobrado em prova:

QUESTÃO, 2021.
Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, o beneficiário da justiça gratuita
a) continua responsável pelo pagamento dos honorários periciais quando sucumbente
na pretensão objeto da perícia.
b) fica dispensado do pagamento dos honorários periciais quando sucumbente na
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pretensão objeto da perícia, independentemente de qualquer outra circunstância.
c) não pode ser condenado ao pagamento de honorários de sucumbência.
d) deve quitar os honorários de sucumbência no prazo de três anos após o trânsito em
julgado da decisão, sob pena de inscrição no Cadastro Nacional de Devedores
Trabalhistas.
e) não pode ser condenado ao pagamento de honorários de sucumbência em
percentual superior a 10% (dez por cento) calculado sobre o valor atualizado da
causa.
Gabarito: Letra a

Este benefício vale tanto para pessoas jurídicas quanto físicas? Sim.
DICA 118
IMPUGNANDO O PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Uma vez deferido o pedido da justiça gratuita, a parte contrária pode fornecer a
impugnação na contestação (se a justiça gratuita for requerida na petição inicial), na
réplica (se a justiça gratuita for requerida na contestação), nas contrarrazões (se a justiça
gratuita for requerida no recurso) e no prazo de 15 dias (se a justiça gratuita for
requerida em petição avulsa). A impugnação será feita nos próprios autos, sem que haja a
suspensão do processo em si.

A propósito, caso a prova te pergunte a seguinte indagação:


O juiz indeferiu, no dia 20/04/21 a justiça gratuita de cliente XYW com base no argumento
de que ele apresentou apenas uma declaração de hipossuficiência econômica firmada pelo
XYW. Com base em entendimento atual do TST, o juiz agiu de forma certa ou errada?
E aí? Você falaria o que?

A atitude do juiz foi errônea. Veja o que uma súmula do TST diz:

Súmula 463 do TST

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação


Jurisprudencial nº 304 da SBDI-I, com alterações decorrentes do CPC de 2015)
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à
pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela
parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos
para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.

DICA 119
EXCEÇÕES À JUSTIÇA GRATUITA
O beneficiário da Justiça Gratuita tem suas prerrogativas. Mas há situações que a justiça
gratuita não tem alcance. As multas processuais são um exemplo clássico deste não
alcance, o que pode ser visto no art. 98, § 4° do CPC.

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E atente-se para uma questão importante: Na Justiça gratuita, o beneficiário tem
o direito de precisar adiantar as despesas, todavia se no final o beneficiário for vencido
será responsável por elas. Logo, não pense na justiça gratuita como uma isenção total.
DICA 120
DISTRIBUIDORES
Nos lugares onde existir mais de uma Vara do trabalho e nos Tribunais onde houver mais
de uma Turma, devemos ter um distribuidor. Serão da competência deste distribuidor a
distribuição do feito rigorosamente por ordem de entrada e o fornecimento de informações
sobre os processos distribuídos (arts. 713 a 715 da CLT).
Os distribuidores são designados pelo Presidente do TRT, dentre os funcionários das Varas
do Trabalho e do TRT, ficando subordinados diretamente a ele (art. 715 da CLT).

VEJA COMO ESSE ASSUNTO PODERÁ SER COBRADO EM PROVA:

QUESTÃO, 2006.
Nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor.
Os distribuidores são designados pelo Presidente do
a) Tribunal Superior do Trabalho dentre os funcionários das Varas do Trabalho e do
Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade.
b) Tribunal Regional do Trabalho dentre os funcionários das Varas do Trabalho e do
Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente
subordinados ao mesmo Presidente.
c) Tribunal Superior do Trabalho apenas dentre os funcionários do Tribunal Regional
do Trabalho, existente na mesma localidade.
d) Tribunal Regional do Trabalho apenas dentre os funcionários das Varas do
Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao mesmo
Presidente.
e) Tribunal Regional do Trabalho apenas dentre os funcionários dos Tribunal
Regional do Trabalho, existente na mesma localidade, e diretamente subordinados ao
mesmo Presidente.
Gabarito: Alternativa b.
Art. 715 da CLT. Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional
dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma
localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

DICA 121
PRERROGATIVAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Lembrando sempre que o Ministério Público tem autonomia e independência da
instituição. Além disso, são princípios do MP a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, princípios estes normatizados no art. 127, § 1° da CF/88. Logo,
é assunto muito letra de lei.

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Segundo o art. art. 18 da LC 75/1993, são prerrogativas deste ente:

"I - institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no
território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-Geral
da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes do
inciso I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;

II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado
e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a
prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver
de ser cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição
nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício de prática de infração
penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou militar,
remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que designará
membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato".

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DICA 122
O MPT NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
O Ministério Público do Trabalho tem a atribuição de exigir dos empregadores um meio
ambiente de trabalho adequado na gestão de pessoas, EPI’s e processos de prevenção dos
riscos de acidentes e doenças decorrentes de trabalho perigoso, penoso e insalubre.
Caso haja doenças ocupacionais, como por exemplo a Lesão por Esforço Repetitivo o MPT
possui legitimidade para proposição de ação civil pública, com intuito de conceder tutela
específica para adoção de medidas de controle destas doenças ocupacionais e, também, a
readaptação ergonômica das instalações da empresa, quando necessária.
DICA 123
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Os membros do Ministério Público possuem algumas vedações que são elencadas no


art. 128, § 5°, II, da CF/88. No que tange ao Ministério Público da União, as proibições
são impostas, também, pelo art. 237 da Lei Complementar 75/1993. De acordo com a
Constituição Federal, em seu já citado dispositivo, constituem-se proibições aos agentes
do Ministério Público:

Art. 128. (...)


§ 5° (...)
II – as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

IMPORTANTE: lembre-se que o Ministério Público do Trabalho (MPT) integra o


Ministério Público da União (MPU), possuindo todas as garantias e prerrogativas e estando
submetido às vedações que disciplinam a instituição Ministério Público. Em outras
palavras: O Ministério Público da União alcança o Ministério Público Federal, o Ministério
Público Militar, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios.

Fazem parte do Ministério Público do Trabalho:

O Procurador-Geral do Trabalho;

O Colégio de Procuradores do Trabalho;

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O Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;

A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;

A Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;

Os Procuradores Regionais do Trabalho;

Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;

Os Procuradores do Trabalho.

DICA 124
INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim
uma função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e
Tribunal Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o
interesse público evidente na situação.

→ Uma informação importante para quem estuda este assunto é que o instrumento de
atuação judicial do Ministério Público do Trabalho de maior importância é a ação civil
pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no campo trabalhista.
Veja: Não é que as outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil
Pública é a mais comum e que na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há
também outras formas de participação do MPT, como por exemplo a ação rescisória, o
dissídio coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de
segurança (remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre
outros.
DICA 125
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI
O jus postulandi é uma das bases do Processo do Trabalho, pois traz a possibilidade
das partes (empregado e empregador) de postularem de forma pessoal na Justiça do
Trabalho e acompanharem as suas reclamações até o final, sem necessidade da presença
de um advogado. Ressaltando sempre que o jus postulandi não é mais admitido no âmbito
do TST, havendo a necessidade da figura do advogado.
Jus postulandi = Um dos grandes fundamentos dos princípios da simplicidade e
informalidade

Resumindo: O jus postulandi das partes fica limitado às Varas do Trabalho e aos
Tribunais Regionais do Trabalho, não sendo aplicado nos casos de ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho.

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DICA 126
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Este princípio, que é próprio do processo do trabalho em si, tem sido utilizado também no
processo civil e no processo penal. Interessante que para muitos doutrinadores este
princípio é o único princípio comum do processo do trabalho em todo o mundo, já
que não é interesse de qualquer Estado que o conflito trabalhista, que essencialmente tem
grandes repercussões sociais, perdure por muito tempo.
O juiz é obrigado a homologar acordo trabalhista? Não, pois a Súmula 418 do TST
normatiza que o ato de homologar é FACULDADE do Juiz.
IMPORTANTE: O CPC também estimula a adoção da conciliação.

Veja como já foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2012.
No processo do trabalho, o Juiz deverá propor a conciliação
a) somente quando o valor da causa o permitir.
b) somente quando houver requerimento das partes.
c) após a apresentação da defesa e ao término da instrução processual.
d) na abertura da audiência, antes da apresentação da defesa e renovadas após as
razões finais.
e) após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual.
Gabarito: Alternativa d.

Dica: A conciliação é sempre bem-vista e incentivada no processo do trabalho. Isso,


por si só, já te encaminharia a marcar a letra D.
DICA 127
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Este princípio processual deriva do princípio do direito material do trabalho, conhecido
como princípio da primazia da realidade. O princípio está em consonância com o
normatizado no art. 765 da CLT, que confere aos Juízos e Tribunais do Trabalho ampla
liberdade na direção do processo. Sendo assim, os magistrados do trabalho “velarão
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas”.
DICA 128
PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO PROCESSUAL
Basicamente, é um princípio muito típico do direito processual do trabalho, que traz uma
espécie de protecionismo temperado, mitigado ou relativizado ao trabalhador. Como
uma forma de exemplificar este protecionismo, é a proteção que o Código de Defesa do
Consumidor traz ao consumidor, pois este é vulnerável, do ponto de vista técnico.

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Vejamos alguns exemplos:

→ Possibilidade de reclamação trabalhista verbal (art. 840 da CLT);


→ Exigência de depósito recursal somente ao empregador no caso de interposição de
recurso (art. 899 da CLT).
DICA 129
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO OU PRO OPERARIO
O princípio in dubio pro misero consiste na possibilidade de o juiz, em caso de dúvida
razoável, interpretar a prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação
trabalhista.
Em outras palavras: Este princípio visa, quando houverem duas interpretações no mesmo
caso, dar a melhor interpretação para o empregado.
CUIDADO: O princípio in dubio pro operário não autoriza a conclusão de que na
Justiça do Trabalho o empregado preferencialmente sai ganhando.
DICA 130
PRINCÍPIO DO ATIVISMO JUDICIAL
Este princípio tem como base o Estado Democrático de Direito. O princípio do ativismo,
inspirador da conduta habitual do magistrado, auxilia na formação de material
jurídico positivo, na medida em que se reconhece que a aplicação do direito é produção
de direito como norma de agir.
Importante salientar que neste princípio há, em regra, situações de desigualdades de
armas entre os litigantes, sendo o espaço natural para as demandas metaindividuais e
uma atuação mais ativa do magistrado.
DICA 131
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL
O princípio inquisitivo está normatizado no art. 2º do CPC, que afirma: “O processo
começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei”.
Já no direito processual do trabalho, o art. 765 da CLT estabelece que: “os Juízos e
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas”.
Além do mais, existem algumas hipóteses que operacionalizam o princípio inquisitivo no
direito processual do trabalho, como por exemplo na reclamação trabalhista instaurada
pelo juiz do trabalho em virtude de expediente (processo administrativo) oriundo da
Superintendência Regional do Trabalho (CLT, art. 39) e a execução promovida ex officio
(art. 878 da CLT).

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DICA 132
TRIBUNAL PLENO DO TST
Você conhece as competências do chamado Tribunal Pleno do TST?

Vamos ver estas competências, segundo o art. 75 do RITST:

I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior


do Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Ministros para
integrar o Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do Conselho
Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do
Trabalho (ENAMAT), o diretor e os membros do Centro de Formação e Aperfeiçoamento
de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST); os Ministros
membros do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e respectivos suplentes,
os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor e seu
substituto;

II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Superior do
Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção e do
Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados
do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e
Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);

III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do
Tribunal;

IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do


Tribunal Superior do Trabalho e o início do exercício;

V – determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;

VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive


processual, quando entender que deve manifestar-se oficialmente;

VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme,


pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma matéria já
tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois
terços) das turmas, em pelo menos 10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas,
podendo, ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir os efeitos
daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no
Diário Oficial; VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de
recursos repetitivos, afetados ao órgão;

IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do


Poder Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;

X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;

XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e


à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ele proferida.

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DICA 133
SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS COLETIVOS – SDC

São competências da Seção Especializada em Dissídios Coletivos – SDC:

Originariamente:

julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de sua competência, ou


rever suas próprias sentenças normativas, nos casos previstos em lei;

homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;

julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;

julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;

julgar os agravos internos contra decisões não definitivas, proferidas pelo Presidente do
Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios
Coletivos;

julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do Trabalho em processos


de dissídio coletivo;

processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou incidentes nos processos de


dissídio coletivo;

processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a jurisdição


de Tribunal Regional do Trabalho;

processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e à


garantia da autoridade de suas decisões;

Em última instância, julgar:

os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais


Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica;

os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais


do Trabalho em ações rescisórias, reclamações e mandados de segurança pertinentes a
dissídios coletivos e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;

os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em


processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão embargada
estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou
com súmula de sua jurisprudência predominante;

os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário


nos processos de sua competência.

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DICA 134
SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS – SDI

O art. 78 do RITST traz as competências da Seção Especializada em Dissídios


Individuais, em composição plena ou dividida em duas Subseções:

I – em composição Plena:
a) julgar, em caráter de urgência e com preferência na pauta, os processos nos quais
tenha sido estabelecida, na votação, divergência entre as Subseções I e II da Seção
Especializada em Dissídios Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de lei federal ou
da Constituição da República;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à
garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ela proferida.
II – à Subseção I (SBDI-1):
a) julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou destas
que divirjam de decisão da Seção de Dissídios Individuais, de súmula ou de orientação
jurisprudencial;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à
garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ela proferida;
c) julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em
processos de sua competência ou decorrentes do juízo de admissibilidade da Presidência
de Turmas do Tribunal;
d) processar e julgar os incidentes de recursos repetitivos que lhe forem afetados;

III – à Subseção II (SBDI-2):


a) originariamente:
I – julgar as ações rescisórias propostas contra suas decisões, as da Subseção I e as das
Turmas do Tribunal;
II – julgar os mandados de segurança contra os atos praticados pelo Presidente do
Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios
Individuais, nos processos de sua competência;
III – julgar os pedidos de concessão de tutelas provisórias e demais medidas de
urgência;
IV – julgar os habeas corpus;
V – processar e julgar os Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas suscitados
nos processos de sua competência originária;
VI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência, à
garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
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ela proferida;
b) em única instância:
I – julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em
processos de sua competência;
II – julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais e os que envolvam
Desembargadores dos Tribunais de Justiça, quando investidos da jurisdição trabalhista, e
Juízes do Trabalho em processos de dissídios individuais;
c) em última instância:
I – julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais em
processos de dissídio individual de sua competência originária;
II – julgar os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso
ordinário em processos de sua competência.

DICA 135
AS TURMAS

O art. 79 do RITST que compete a cada uma das Turmas julgar:

→ as reclamações destinadas à preservação da sua competência e à garantia da


autoridade de suas decisões;

→ os recursos de revista interpostos contra decisão dos Tribunais Regionais do Trabalho,


nos casos previstos em lei;

→ os agravos de instrumento das decisões de Presidente de Tribunal Regional que


denegarem seguimento a recurso de revista;

→ os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em processos de


sua competência;

→ os recursos ordinários em tutelas provisórias e as reclamações, quando a competência


para julgamento do recurso do processo principal for atribuída à Turma, bem como a
tutela provisória requerida em procedimento antecedente de que trata o art. 114 do
RITST.

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