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MEMOREX PC SP ESCRIVÃO – RODADA 03

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MEMOREX PC SP ESCRIVÃO – RODADA 03

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo (a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 04 18/10/2023
Rodada 05 25/10/2023
Rodada 06 01/11/2023

O material completo tem aproximadamente 30 páginas por rodada.

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


NOÇÕES DE LÓGICA ........................................................................................................ 14
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 16
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 20
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 22
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 24
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 31
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 33
CRIMINOLOGIA.................................................................................................................. 34

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
SEMÂNTICA - SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

Sinonímia: A sinonímia é a relação entre duas ou mais palavras que possuem um


significado parecido ou até mesmo igual. Ou seja: são sinônimos.

Ex.: Aquele jogo de tabuleiro é cômico.


Aquele jogo de tabuleiro é engraçado.

Antonímia: A antonímia é a relação entre duas ou mais palavras que possuem um


significado diferente. Ou seja: são antônimos.

Ex.: Jorge é um homem mal.


Jorge é um homem bom.

VEJA COMO ESSE TEMA JÁ FOI COBRADO:

QUESTÃO.
Pode-se inferir que “profano” e “sagrado” a que se refere o texto são ideias:
A) similares.
B) Sinonímicas.
C) Antagônicas.
D) Próximas.
Gabarito: Letra c.
Comentário: Isso pois, “profano” significa: que não pertence ao âmbito do sagrado.
Tal significado é contrário à palavra “sagrado”, possui, portanto, ideia antagônica.

DICA 02
PONTUAÇÃO

Primeiramente, importante destacar que os sinais de pontuação servem para dar


coesão e coerência ao texto. Desse modo, os sinais são utilizados para marcar pausas e
mudanças de entonação na escrita. A pontuação tem o condão de alterar o sentido da
frase (leia e imagine a entonação mentalmente das frases abaixo):
Silvia fez um almoço delicioso.
Silvia fez um almoço delicioso!
Silvia fez um almoço delicioso?

Desse modo, os sinais de pontuação podem ser:

o ponto (.)

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Desse modo, os sinais de pontuação podem ser:


a vírgula (,)
o ponto e vírgula (;)
os dois pontos (:)
o ponto de exclamação (!)
o ponto de interrogação (?)
as reticências (...)
as aspas (“”)
os parênteses ( ( ) )
e o travessão (—)
DICA 03
USO DA VÍRGULA

Você verá alguns casos importantes em que há o uso da vírgula:

Para separar elementos:


Ex.: Teoria, revisão, questões e simulados são o plano perfeito para a aprovação na
prova da PC SP.
OBS: Uma dica bem importante: se for uma lista de várias coisas, a vírgula será
necessária!

Uso da vírgula entre aposto:


Ex.: Mariana, professora de Português, está de férias.
OBS.: Veja que o que está entre vírgulas na frase acima é um aposto explicativo.
Então, haverá vírgula!
Sempre que existir uma explicação no meio da oração: haverá vírgula!

Uso da vírgula depois do vocativo:


Ex.: Geórgia, leia o e-mail que está na sua caixa de entrada!
OBS.: Veja que há um “chamamento”. Desse modo, haverá o uso da vírgula após
o “chamamento”.

Uso na vírgula na intercalação de textos:


Ex.: Júlia não vai, de modo algum, falhar.
OBS.: Veja que “de modo algum” está “quebrando” a frase. Desse modo, há a
colocação de vírgulas.
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DICA 04
USO DA VÍRGULA

Veja outros casos importantes acerca do uso da vírgula:

Uso da vírgula após os advérbios “sim” e “não”:


Ex.: Sim, eu estou feliz com o meu casamento.
Não, ele não deu sinal de vida.
OBS.: Veja que após o uso do “sim” e do “não” em respostas: há o uso da
vírgula!

Uso da vírgula para separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado


entre o discurso:
Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL.
Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula OBRIGATÓRIA.
Ex.: Na data de ontem, eu escrevi um livro.

Uso da vírgula na omissão de verbos:


Ex.: Vamos ao cinema; eles, ao teatro.
OBS.: Veja que a vírgula após “eles” substitui o verbo “ir”.

DICA 05
USO DA VÍRGULA

Ainda, há o uso da vírgula nos seguintes casos:

Uso da vírgula em orações subordinadas adjetivas explicativas:


Ex.: Martha Medeiros, que é escritora de crônicas, mora no Brasil.
OBS.: Veja que quando a informação é acessória, há o uso da vírgula, como no
Exemplo acima. Nem sempre quando o “que” aparece haverá a vírgula na frase.

Uso da vírgula para isolar expressões que indicam uma explicação:


Ex.: Mari deve fazer o almoço rapidamente, isto é, até às 11 horas.
A caixa de livros pesa três quilogramas, ou seja, três mil gramas.
OBS.: Outras expressões que indicam uma explicação: por exemplo, aliás.

Uso da vírgula para separar orações coordenadas sindéticas:

Ex.: Não me sinto preparada para casar, pois comecei a namorar recentemente.
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OBS.: Veja que “pois” é uma conjunção explicativa. Há o uso da vírgula para
separar orações coordenadas sindéticas com conjunções:

ALTERNATIVAS, ADVERSATIVAS, EXPLICATIVAS OU CONCLUSIVAS.

QUESTÃO ADAPTADA.
No trecho “A Nigéria, cuja massa de terra é semelhante à do Paquistão ou da
Venezuela, aumentaria de 180 milhões hoje para 910 milhões [...]”, o uso da vírgula
tem como função
a) isolar uma oração subordinada adjetiva.
b) separar o adjunto adverbial.
c) isolar o vocativo.
Gabarito: Letra A.
Comentário: CERTO, pois as vírgulas estão isolando uma oração subordinada adjetiva
explicativa. “Cuja” é um pronome relativo.

DICA 06
PROIBIÇÃO DO USO DA VÍRGULA
CUIDADO! Há casos específicos em que a vírgula é proibida! NÃO se deve usar a
vírgula para:

Separar o sujeito do predicado: Jamais utilize a vírgula para separar o sujeito do


predicado. Veja o exemplo abaixo:

Ex.: Beatriz comeu feijoada com as irmãs em casa. (CORRETO)


Beatriz, comeu feijoada com as irmãs em casa. (ERRADO)

OBS.: Mesmo que o sujeito esteja no plural NÃO haverá vírgula para separar o
sujeito do predicado. É muito comum achar que, nesse caso, haverá vírgula.

Ex.: Homens de diversos lugares lutaram pela paz mundial. (CORRETO)


Homens de diversos lugares, lutaram pela paz mundial. (ERRADO)
DICA 07
PROIBIÇÃO DO USO DA VÍRGULA

Ainda, não é possível usar a vírgula para:

Separar o verbo do complemento: Veja o exemplo abaixo:


Homens, mulheres e crianças se divertiram, no parque da cidade. (ERRADO)
Homens, mulheres e crianças se divertiram no parque da cidade. (CERTO)

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TOME NOTA! Também não é usada a vírgula para:


Oração subordinada adjetiva restritiva:
Veja o exemplo: Os e-mails que Renata enviou estão sob a mesa do escritório.
OBS.: Então, veja que as orações subordinadas adjetivas restritivas não são
separadas por vírgulas e as explicativas são.
DICA 08
PONTO FINAL E PONTO E VÍRGULA

PONTO FINAL:
É utilizado no final do período, dando sentido completo a ele:

Ex.: Hoje o dia está nublado.

Ainda, é utilizado nas abreviações:

Ex.: O médico de Joana, Dr. Mauro, deseja atendê-la.

PONTO E VÍRGULA:
Pode separar estruturas coordenadas (quando há vírgulas internas):

Ex.: Em 1962, mamãe nasceu; Em 1960, nasceu papai.

Pode ser utilizado no lugar da vírgula para dar ênfase:

Ex.: A neve gelava; o lobo uivava; a borboleta voava.


DICA 09
PONTO DE EXCLAMAÇÃO, DE INTERROGAÇÃO E RETICÊNCIAS

Ponto de exclamação: É utilizado no final de uma frase que expresse surpresa,


súplica, susto...

Ex.: Eu tenho nojo de barata!

É utilizado nas Interjeições:

Ex.: Ai!; Nossa!; Tchê!

É utilizado nos Vocativos Intensivos:

Ex.: Meu Deus! Proteja-me.

Ponto de Interrogação:
É utilizado para indicar o final de uma frase interrogativa (direta):

Ex.: Quem será a próxima vítima?

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CUIDADO: Não cabe ponto de interrogação em estruturas interrogativas


INDIRETAS.

Ex.: Quero saber quem inventou essa mentira.

Reticências:

É utilizada em supressão de um trecho:

Ex.: “... saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra.” (Marta Medeiros)

É utilizada para deixar algo subentendido:

Ex.: Fabrícia sabe o segredo...


É utilizada para interrupção da frase:

Ex.: O meu noivado... Não sei... Talvez não seja tão bacana.

QUESTÃO.
- 52 e-mails???
- Podemos resolver isso de maneira mais rápida com uma só reunião.
- 2 horas de reunião???
- Isso poderia ter sido tratado em um único e-mail para não tomar o tempo
de todos.
Os pontos de interrogação empregados no texto têm a função de mostrar:
A) o regime de trabalho exigido diante da capacidade da equipe.
B) a reação das pessoas diante das soluções apresentadas.
C) a rotina de produção frente às demandas empresariais.
D) o compromisso da gerência diante da necessidade coletiva.
Gabarito: Letra B.
Comentário: A alternativa B está correta, uma vez que há uma reação que expressa
a indignação com a solução apresentada quanto aos e-mails e às reuniões.

DICA 10
ASPAS, PARÊNTESES E TRAVESSÃO

Aspas: Pode ser utilizada para citar obras, gírias, estrangeirismo (utilizar palavra
estrangeira – “feedback”) e citações diretas.

Parênteses: É utilizado para ISOLAR explicações ou ADICIONAR informação


acessória.

Ex.: A nora da Paula (a mais esperta que já vi) estuda Odontologia.

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Travessão:
Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.

Poderá introduzir diálogos.

QUESTÃO ADAPTADA.
Último parágrafo: “A última coisa que morre é esperança. Nós estamos na
expectativa que melhore, que este ano chova bastante para dar uma melhorada,
porque o trem tá feio”, afirmou o comerciante João Filho de Freitas.
No último parágrafo, as aspas foram utilizadas para:
A) destacar expressões pouco usuais.
B) enfatizar uso de jargões.
C) abrir e fechar uma citação.
Gabarito: Letra C.

DICA 11
DOIS PONTOS

Dois pontos:

Pode ser utilizado antes de uma CITAÇÃO:

Ex.: Clarice Lispector disse: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.”
Pode ser utilizado antes de APOSTO DISCRIMINATIVO:

Ex.: A sala de aula possuía diversos objetos: mapas, quadros, cadeiras.

Pode ser utilizado para indicar ENUMERAÇÃO:

Ex.: Fui ao mercado e comprei: frutas, verduras, massa, azeite.


Pode ser utilizado antes de uma EXPLICAÇÃO sobre algo:

Ex.: Tenho somente um sonho: viajar pelo mundo!

QUESTÃO ADAPTADA.
Observe a frase “Bem, primeiramente temos de lembrar que hoje há dois tipos de
escola: aquelas que ainda preservam a tradição de a criança levar seu alimento de
casa e aquelas que já oferecem o lanche para os seus alunos”. Os dois pontos
introduzem:
a) uma avaliação da conduta das famílias.
b) um julgamento dos procedimentos escolares.
c) uma explicação sobre os tipos de escola.
Gabarito: Letra C.

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DICA 12
CLASSES DE PALAVRAS
Em se tratando de estudos de Língua Portuguesa, esse tópico é um dos mais
importantes. Através da morfologia é que se dá o estudo do emprego das classes de
palavras. Para tanto, é importante saber quais são essas classes.

Existem as classes:

VARIÁVEIS: essas admitem flexão, ou seja, podem variar em gênero, número e grau.
Ex.: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral e verbo.

INVARIÁVEIS: NÃO admitem flexão, ou seja, não variam em gênero, número ou


grau.

. Ex.: palavra denotativa, preposição, conjunção, interjeição.

SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME:

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.
O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em
gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Exemplos: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.


Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 13
SUBSTANTIVO
Os substantivos são classes de palavras que nomeiam os seres, fenômenos, lugares,
objetos, qualidades, ações, entre outros.

Substantivo comum: Os substantivos comuns indicam os seres da mesma espécie


(casa, cachorro...). Ainda, podem ser coletivos (matilha, manada...).

Substantivo próprio: O substantivo próprio é grafado em letra maiúscula e


particulariza alguém pertencente a determinado conjunto ou espécie, como: Maria;
Brasil.

Substantivo simples: Os substantivos simples são formados somente por uma


palavra: apartamento; veículo.
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Substantivo composto: O substantivo composto é formado por mais de um radical, ou


seja, mais de uma palavra: beija-flor; couve-flor.

Substantivo concreto: O substantivo concreto designa as palavras reais, concretas.

Ex.: garoto, mulher, flor.

Substantivo abstrato: é aquele que está relacionado aos sentimentos, estados,


qualidades e ações (realidade e elementos imateriais). Apenas existem em função de
outros.

Ex.: amor; inveja.

Substantivo primitivo: Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são


aqueles que dão origem a outras palavras: carta, folha.
Substantivo derivado: Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de
outras, ou seja, são formados a partir dos substantivos primitivos: carteiro (derivado de
carta), folhagem (derivado de folha).

ATENÇÃO!

Palavras de outras classes gramaticais podem ser substantivadas:


“O morrer não pertence a mim.” “Morrer” é verbo, mas neste exemplo, ele é um
substantivo.

DICA 14
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
Em regra, acrescentar “s” ao final da palavra no singular: amigo – amigos; degrau –
degraus; sofá – sofás.
Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra
no singular: voz – vozes; mulher – mulheres; gravidez – gravidezes; país – países.

ATENÇÃO!

EXCEÇÃO:
Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica invariável: lápis
– lápis; vírus – vírus.

Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação


“ões”, “ãos”, “ães”: opinião – opiniões; cidadão – cidadãos; capitão – capitães.

ATENÇÃO!

Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural:


ancião – anciões, anciãos, anciães; vilão -> também tem 3 formas no plural;
guardião – guardiões, guardiães.

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ATENÇÃO!

Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação
ais, ais, éis , óis, uis: aluguel – aluguéis; lençol – lençóis.

DICA 15
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
CUIDADO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma terminação
no plural: tórax – tórax; ônix – ônix.
Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis: fuzil – fuzis; fóssil –
fósseis.
Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns: jardim – jardins.
Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”: abdômen
– abdomens, abdômenes; hífen – hifens; hífenes.
DICA BÔNUS
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Regra geral: O substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS. O verbo e o
advérbio são INVARIÁVEIS: Segundas-feiras (numeral + subst.); Guarda-roupas (verbo
+ subst.).
Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural: bem-te-
vis; reco-recos.
CUIDADO - caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre
colocar todos os elementos no plural ou apenas o último no plural: piscas-piscas
ou pisca-piscas.
Estruturas ligadas por preposição, somente o 1º elemento ficará no plural:

Ex.: pores do sol; canas-de-açúcar.

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NOÇÕES DE LÓGICA
DICA 16
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO SIMPLES

A negação de uma proposição simples gera uma nova proposição simples;

Ex.: 1) João é médico;(p). Negação: (~p) João não é médico;


2) Maria é estudante. Negação: Maria não é estudante;

Dupla negação gera a proposição original → ~ (~p) =p;

Número par de negações gera proposição equivalente a original e número ímpar de


negações gera nova proposição que é a negação da proposição original.
DICA 17
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO CONJUNÇÃO SIMPLES

A negação de uma proposição conjunção composta (e):

Ex.: Seja p e q: João é médico e mora na Bahia.

Negação: ~ (p ^ q) João não é médico ou não mora na Bahia;


Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o e por ou;
~ (p ^ q) = ~p v ~q.
DICA 18
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO DISJUNÇÃO COMPOSTA

A negação de uma proposição disjunção composta (ou):

Ex.: João é médico ou mora na Bahia;(p ou q);

Negação: ~ (pVq) João não é médico e não mora na Bahia;


Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o ou por e;
~ (p v q) = ~p ^ ~q
DICA 19
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO CONDICIONAL

A negação de uma proposição condicional (→):

Ex.: Se João é médico então Maria é engenheira;(p→q).

Negação: ~(p→q): João é médico e Maria não é engenheira;


Repete-se o 1º termo, nega-se o 2º termo e coloque E;
~ (p → q) = p ^ ~q (parei e não quis).

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DICA 20
TAUTOLOGIA

Na lógica proposicional, a tautologia é uma proposição cujo valor lógico é sempre


verdadeiro na tabela verdade para todas as variadas proposições:
p V ~p (“p” ou “não p”) é uma tautologia;
Para memorizar lembre-se de “TV” (Tautologia sempre Verdadeira);
A tautologia normalmente é uma disjunção inclusiva:

João mora em São Paulo ou João não mora em São Paulo. (p V~p).

p ~p pV~p

V F V

F V V

DICA BÔNUS
CONTINGÊNCIA

A contingência é uma proposição cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou falso, ou
seja, não é nem uma tautologia e nem uma contradição, é uma proposição
indeterminada:

Na condicional todas são verdadeiras, exceto a “Vera Fischer”, ou seja, apenas será
Falsa quando o p=V e o q=F;
Na Contingência os valores podem ser verdadeiros ou falsos.

p q P→q

V V V

V F F

F V V

F F V

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INFORMÁTICA

DICA 21
WINDOWS 10 - SÍMBOLOS PROIBIDOS EM NOMES DE ARQUIVOS
Um tema muito cobrado pela Banca e que, provavelmente estará na sua prova da PC-SP
é quanto aos sinais proibidos para nome de arquivos. Por isso, fique atento (a):

QUESTÃO.
No Sistema operacional Windows, o nome de um arquivo não pode conter alguns
caracteres. A alternativa que apresenta apenas caracteres proibidos é:
a) ¨ & * () §
b) “ ! @ # $ %
c) < >, ; :
d) \ / : * ? “< > |
e) { } [ ] ^ ~
Gabarito: Letra D.

DICA 22
ATALHOS WINDOWS 10
Esse é um tema muito cobrado em prova! Por isso, vejamos alguns principais atalhos
(aqui, não tem jeito, é decorar! Uma forma que pode ajudar é executando em seu próprio
computador):

Abrir gerenciador de tarefas CTRL + SHIFT + ESC

Enviar uma interrupção e abrir opções como Bloquear,


CTRL + ALT + DEL
Sair, Trocar Usuário e abrir gerenciador de tarefas

Abrir Windows Explorer WIN + E

Abrir Janela Executar WIN + R

Abrir configurações do Windows WIN + I

Bloquear Computador WIN + L

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Excluir arquivo sem enviá-lo a lixeira SHIFT + DEL

Acesso rápido a ferramentas do sistema WIN + X

Alternar entre janelas ALT + TAB

Mostrar todas as janelas e permitir movimentação com as


CTRL + ALT + TAB
setas

Desfazer uma ação realizada CTRL + Z

Exibir menu de contexto SHIFT + F10

Abrir Menu Iniciar WIN ou CTRL + ESC

Ir para área de trabalho WIN + D

Abrir Visão de Tarefas WIN + TAB

Abrir Facilidade de acesso WIN + U

Abrir ajuda do Windows WIN + F1

DICA 23
GERENCIADOR DE TAREFAS

O gerenciador de tarefas é responsável por gerenciar os programas em


execução do Windows. Desde aqueles que são executados pelo usuário como os que são
executados pelo próprio Sistema Operacional. Além disso, o gerenciador de tarefas
também tem uma lista de programas que serão executados na inicialização
através do menu Inicializar. Apresenta o consumo de cada processo na aba Processos
(Um processo é um programa em execução) e apresenta também o desempenho do
computador por processos, por usuários. Além dos serviços do Windows e do Histórico
de Aplicativos. O gerenciador de tarefas é acessível através do atalho CTRL + SHIFT +
ESC ou através do CTRL + ALT + DEL. Nesta última opção, será necessário clicar na
opção gerenciador de tarefas.

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QUESTÃO.
São guias disponíveis na janela “Gerenciador de Tarefas do Windows” do Microsoft
Windows 10, versão português, EXCETO:
a) processos.
b) desempenho.
c) dispositivos.
d) histórico de aplicativos.
Gabarito: Alternativa C.

DICA 24
EXTENSÕES DE ARQUIVOS
As extensões de arquivos indicam o tipo de arquivo e auxiliam na abertura do
arquivo. Por exemplo, um arquivo do tipo texto terá a extensão .txt. Um arquivo .docx
indica que é um arquivo do tipo Documento do Word.

ALGUMAS EXTENSÕES DE ARQUIVOS:

.xlsx Arquivo de Planilha Excel

pptx Arquivo de Apresentação de PowerPoint

.html .htm Arquivo de página web

.pdf Documento de pdf

.exe Arquivo executável

.msi Pacote do Windows installer

.jpg .png .jfif .gif Arquivos de imagem

.mp3 .wav Arquivos de áudio

.mp4 .avi .mpeg Arquivos de vídeo

.zip .rar .7z Arquivos compactados

.iso Arquivo de imagem de disco

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DICA 25
ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS E ROTAS NO WINDOWS

A estrutura de diretórios no Windows é em formato de árvore. Onde a raiz, que é


a unidade, será o início do diretório. No Windows, a unidade é representada, por padrão,
por uma letra, por exemplo, o Disco C:

A partir da raiz, ou seja, do disco C: todos os outros arquivos terão um caminho


exclusivo.

Ex.: C:\Usuários\Público\arquivo.txt salvo

O exemplo acima indica o caminho do arquivo arquivo.txt na pasta público, dentro


do diretório usuários.
O caminho também por vezes chamado de endereço, pode ser encontrado
clicando com o botão direito do mouse sobre o arquivo e acessando a opção propriedades
no menu de contexto, bem como na barra de endereços do explorador de arquivos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 26
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
ATENTE-SE!!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:

Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –


também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.

Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a


qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados indistintamente
a todos os indivíduos.
DICA 27
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].

Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade
DICA 28
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS - SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E
COMUNICAÇÕES
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a comunicações


telefônicas.

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O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações


telefônicas, NÃO significa que as outras inviolabilidades são ABSOLUTAS, pois NÃO
existem direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).
DICA 29
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - SOBERANIA X AUTONOMIA

SOBERANIA:

O Brasil à tem em face dos Estados estrangeiros

Os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) não têm.

AUTONOMIA:

Se trata da capacidade de auto- organização, autogoverno e auto administração.

Os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) têm.


DICA 30
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A dignidade da pessoa humana, além de ser um dos fundamentos do art. 1º da CF,
também traz reflexos a todos os direitos trazidos na CF/88 e em muitos entendimentos do
STF, com base em regramentos que tem como objetivo respeitar o princípio, como é o
caso dos chamados direitos e garantias fundamentais normatizados no art. 5º da CF.
IMPORTANTE: A dignidade da pessoa humana traz requisitos para que o Estado faça
a atuação do campo da chamada liberdade individual do ser humano.

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DIREITOS HUMANOS
DICA 31
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL (TPI)

Criado pelo Estatuto de Roma em 1998 e em 2002, o Brasil se torna signatário (passou
por todos o procedimento de internalização). Logo podemos afirmar que este tribunal tem
competência julgar os seguintes crimes:

de genocídio;

contra a humanidade;

de guerra;

de agressão.
Sendo assim, a revisão art.5º, § 4º da CF, tem como função julgar pessoas que cometem
crime contra a humanidade.

Extradição: Entrega do sujeito ao governo estrangeiro para ele ser julgado.

POSSIBILIDADE DE EXTRADIÇÃO

Estrangeiro É possível.

Exceção: Crime político ou de opinião (art. 5º, LII da CF);

Brasileiro Não é possível.


Naturalizado
Exceção: Crime comum praticado ANTES da naturalização
OU crime de tráfico de drogas a qualquer tempo (art. 5º,
LI da CF);

Brasileiro Nato Não é possível, mas pode ser entregue ao TPI para ser
julgado por crime contra humanidade.

DICA 32
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: PROMOTORIA E SECRETARIADO
A Promotoria do TPI é um órgão autônomo, independente, responsável pela investigação
e pelo exercício da ação penal.
A coordenação dele é exercida por um Procurador, eleito para mandato de 9 anos pela
AEP, por votação secreta e maioria absoluta.
O Secretariado é responsável pelos chamados pontos não judiciais da administração
e funcionamento do TPI. Sua coordenação é exercida pelo Secretário, que é
considerado como principal funcionário administrativo do Tribunal.

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DICA 33
FUNÇÕES JUDICIAIS DO TPI

As funções judiciais do TPI são exercidas por 18 magistrados, eleitos pela Assembleia
dos Estados Partes para mandato de 9 anos. Ao serem eleitos, os juízes são postos em
uma das 3 Seções do TPI:

Instrução

Julgamento em Primeira Instância

Recursos.
DICA 34
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: NE BIS IN IDEM
Salvo disposição contrária do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada
pelo Tribunal por atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou
absolvido.

Ex.: João é acusado do crime de genocídio no ano de 2000, mas é absolvido pelo
Tribunal Penal Internacional por falta de provas. Ele não pode ser acusado novamente do
mesmo crime, em razão da vedação contida nas disposições do próprio tribunal.
DICA 35
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: RESPONSABILIDADE CRIMINAL
INDIVIDUAL
O Tribunal tratado nesta dica será competente para julgar as pessoas físicas.
ATENTE-SE!! A responsabilidade criminal das pessoas físicas em nada afetará a
responsabilidade do Estado, de acordo com o direito internacional.
Os crimes de competência do TPI prescrevem? Não! Os crimes da competência do
Tribunal não prescrevem.

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DIREITO PENAL

DICA 36

DO CRIME - ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE


A ilicitude é a contrariedade à lei, sendo as suas causas excludentes:
Legítima defesa: uso moderado dos meios necessários + injusta agressão + atual ou
iminente;
Estado de necessidade: perigo atual + não provocado pelo agente + sacrifício
inexigível
Estrito cumprimento do dever legal: dever legal + atuação nos limites da lei + em
regra por agente público;
Exercício regular de direito: existência de um direito + atuação facultativa + dentro
dos limites.
MACETE:

L Legítima defesa

E Estado de necessidade

E Estrito cumprimento de um dever legal

E Exercício regular de direito

DICA 37
CULPABILIDADE
A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, composta
por:
Imputabilidade: capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito da
conduta;
Potencial consciência da ilicitude: possibilidade do agente conhecer a hipótese
criminosa;
Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade que o agente tinha de agir de outra
forma e não praticar o fato.
São excludentes da culpabilidade:

Menoridade (imputabilidade): menos de 18 anos;

Embriaguez completa e acidental (imputabilidade);

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São excludentes da culpabilidade:

Doença Mental (imputabilidade);

Erro de Proibição Inevitável (potencial consciência da ilicitude);

Coação Moral Irresistível (exigibilidade da conduta diversa);

Obediência Hierárquica (exigibilidade de conduta diversa);

DICA 38
PEGADINHA DE PROVA
Muita atenção aos detalhes, pois o seu examinador vai se utilizar de mudanças sutis
para te induzir ao erro:
A coação física exclui a conduta e, portanto, o fato típico, mas a coação MORAL
irresistível afasta a culpabilidade;
O erro de tipo inevitável exclui a tipicidade, pois faz com o que o agente se
confunda quanto à situação de FATO, mas o erro de PROIBIÇÃO inevitável afasta a
culpabilidade;
O erro de proibição evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas pode
reduzir a pena de 1/6 a 1/3;
Na Legítima Defesa o perigo pode ser atual ou iminente, mas no Estado de
Necessidade deve ser somente atual;
A emoção e a paixão não afastam a responsabilidade penal.
DICA 39
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA

A desistência voluntária ocorre quando o agente, depois de iniciar a execução do


crime, desiste e impede que o resultado se consuma.

ATENÇÃO PARA A DIFERENÇA!

A grande diferença entre a tentativa e a desistência voluntária é que a primeira


acontece por motivos alheios à vontade do agente e a segunda por sua decisão
voluntária.
Na tentativa eu quero continuar, mas não posso;
Na desistência voluntária, eu posso continuar, mas não quero.

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DICA 40
ARREPENDIMENTO EFICAZ
O arrependimento eficaz ocorre quando o agente, voluntariamente, impede que o
resultado se produza.

O agente iniciou a execução e exauriu a sua potencialidade lesiva (iniciou e encerrou a


execução);

O agente impede que o resultado ocorra;

Arrependimento eficaz também pode ser chamado de resipiscência.


CONSEQUÊNCIA: só responde pelos atos já praticados.

Ex.: não responde por tentativa de homicídio, mas lesão corporal.


DICA BÔNUS
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
REQUISITOS:

Deve ser sem violência ou grave ameaça à pessoa;

Deve reparar o dano ou restituir a coisa;

Deve ser até o recebimento da denúncia ou da queixa;

Deve ser ato voluntário do agente (não precisa ser espontâneo).


CONSEQUÊNCIA: redução de um a dois terços (= da tentativa).
DICA BÔNUS
CRIME IMPOSSÍVEL
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Destaca-se que o crime
impossível também é chamado de tentativa inidônea;
SITUAÇÕES QUE CARACTERIZAM O CRIME IMPOSSÍVEL:

Ineficácia absoluta do meio:

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima ministrando veneno, mas que erra e dá à vítima
água.

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima com uma arma de brinquedo.

Absoluta impropriedade do objeto

Ex.: sujeito tenta matar um morto.


Objeto aqui é o objeto material do crime, que é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a
conduta criminosa

Consequência do crime impossível: não é punível.


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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 41
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao
contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que não se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Mas, existem algumas exceções. Isso porque muitas vezes os elementos de
informação colhidos na delegacia NÃO poderão ser repetidos durante a instrução criminal,
seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha que
prestou o depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de uma
interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova.
DICA 42
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

Isso aqui não cai, despenca rs! Por isso, fique atento (a), pois provavelmente será
exigido na sua prova:

PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data Prazo de 30


em que se executar a ordem de dias, podendo ser
prisão (art. 10, CPP) prorrogado.

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PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP O pacote anticrime passou a prever a Prazo de 30 dias,


possibilidade de prorrogação, por podendo ser
uma única vez, por mais 15 dias. (art. prorrogado.
3º-B, CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias (podendo


ser duplicado)

ATENÇÃO!

Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!


Para complementar as informações dessa dica, façam a leitura literal de três
artigos:
artigo 10 do CPP;

art. 3º-B, §2º, do CPP;


art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 43
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

Vejamos as formas de instauração do inquérito policial:

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar

De ofício, pelo delegado A peça inaugural do


inquérito será uma
portaria.

Mediante requerimento Se o requerimento de


do ofendido instauração for indeferido,
cabe recurso ao Chefe de
Nos crimes de ação penal Polícia.
pública
INCONDICIONADA Por requisição da Prevalece que a autoridade
autoridade judiciária e do judiciária requisitar a
Ver artigo 5º, CPP Ministério Público instauração de inquérito
policial ofende o Sistema
Acusatório.

Notícia de qualquer É o que chamamos de


pessoa do povo delatio criminis. Na
prática, exercida através do
B.O.
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DICA 44
AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA

DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA

CONDICIONADA

A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP


inicia a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
DICA 45

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de


requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o
titular da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos
casos de ação penal pública incondicionada.

de requisição do
promovida por Ministro da Justiça,
denúncia do ou de representação
CRIMES DE AÇÃO
Ministério Público, do ofendido ou de
PÚBLICA
dependerá, quando quem tiver
a lei o exigir, qualidade para
representá-lo.

OBS.: Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão


judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).

Qualquer
crime

praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município

a ação penal
será pública

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OBS.: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de


violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada.
Exceção: crime de ameaça em que a ação penal pública é condicionada à representação.
DICA BÔNUS

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA - REPRESENTAÇÃO


De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia.
Por outro lado, quando se tratar de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.

Art. 15 do CPP Art. 16 da Lei Maria da Penha

Art. 25. A representação será Art. 16. Nas ações penais públicas
irretratável, depois de oferecida a condicionadas à representação da ofendida
denúncia. de que trata esta Lei, só será admitida a
renúncia à representação perante o juiz,
em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento
da denúncia e ouvido o Ministério Público.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 46
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - CONCEITO
Também chamada de responsabilidade extracontratual.
É a responsabilidade do Estado em indenizar o particular, quando possuir responsabilidade
pela ação do agente que causou um dano ao particular.

TEORIA DO RISCO:

A Teoria do Risco Integral é a situação na qual o Estado responde por qualquer


prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, não podendo
invocar em sua defesa as excludentes de responsabilidade.

A Teoria do Risco Administrativo é aquela na qual o Estado só responde por


prejuízos que tiver ocasionado a terceiros, podendo sua responsabilidade ser afastada
nas hipóteses de aplicação de excludentes de responsabilidade. Essa teoria é adotada
como regra no direito brasileiro.
DICA 47
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade civil do Estado é objetiva, conforme prescrito no artigo 37, § 6º da
CF/88.

Art. 37, § 6º, CF. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

Pela responsabilidade objetiva, o Estado responderá independentemente de dolo ou


culpa, quando o particular sofrer danos.
A regra é a responsabilidade objetiva do Estado, porém, quando o ato for por omissão, a
responsabilidade será subjetiva.

Causas excludentes da responsabilidade objetiva:

Caso Fortuito ou Força Maior;

Culpa Exclusiva da Vítima;

Atos de Terceiros.
DICA 48
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LEGISLATIVO
Em regra, não cabe indenização.

Exceção: Atualmente, aceita-se a responsabilidade do Estado por atos legislativos pelo


menos nas seguintes hipóteses:

Leis inconstitucionais;

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Atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com função normativa,


com vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade;

Lei de efeitos concretos, constitucionais ou inconstitucionais

Omissão o poder de legislar e regulamentar


DICA 49
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICÍPIO: ASSASSINATO DE UM GUARDA
MUNICIPAL
A Prefeitura é responsável OBJETIVAMENTE pelo assassinato de guarda municipal,
segundo a teoria do risco administrativo.

Para isto, bastam que os elementos primordiais:

ATO + DANO + NEXO CAUSAL

DICA 50
RESPONSABILIDADE DO ESTADO- SERVIDORES
Os servidores públicos, no desempenho de suas funções, poderão sim praticar ilícitos
administrativos, penais e ocasionar danos à própria Administração Pública ou a terceiros.
Existindo tal dano ou tais danos, o servidor deverá ser penalizado nas esferas
administrativa, penal e civil.
A responsabilidade civil traz a obrigação do servidor de fazer a reparação do dano
ocasionado no exercício de suas funções, desde que este o tenha ocasionado com culpa ou
dolo (RESPONSABILIDADE SUBJETIVA).
Independentemente da responsabilidade administrativa e penal e todas podem ser
investigadas de forma simultânea, por motivo da independência das instâncias em
questão.
Atenção: A absolvição criminal do servidor por falta de provas não tem o poder de
afastar a sua responsabilidade administrativa.
DICA BÔNUS
TEORIA DO RISCO INTEGRAL

A teoria do risco integral é aplicada como exceção, e não regra, só nas situações
seguintes:

acidentes de trabalho (infortunística)

atentados terroristas em aeronaves

dano nuclear

indenização coberta pelo seguro obrigatório para automóveis (DPVAT)

dano ambiental

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 51
VANTAGEM PATRIMONIAL POR PRESTAÇÃO NEGATIVA
Se trata daquela em que, muito embora não se tenha uma majoração patrimonial,
proporciona ao agente público a não realização de uma despesa, visando a minoração de
bens ou valores que formam seu patrimônio.
No mesmo sentido, o doutrinador Emerson Garcia traz o entendimento de que são
prestações negativas “aquelas que evitam uma diminuição dos bens ou valores existentes
no patrimônio do agente, fazendo que determinado ônus, preexistente ao ilícito, ou não,
seja assumido por terceiro”.
DICA 52
É IRRELEVÂNCIA A LICITUDE DO ATO ADMINISTRATIVO PARA QUE SE TENHA O
ATO ÍMPROBO
Para que se tenha um ato de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito, é
totalmente irrelevante se houve uma vantagem econômica indevida enseja a prática de
ato administrativo lícito ou ilícito.
Sendo assim, é suficiente, para que exista a configuração do ato ímprobo, a
reprovabilidade que recai sobre o desvalor da conduta, sendo possível, contudo, valorar a
ilicitude do ato administrativa na dosimetria da pena a ser aplicada, conforme normatizam
os arts. 12 e 17-C da LIA.
DICA 53
RECEBER VANTAGEM ECONÔMICA EM RAZÃO DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS
(ART. 9º, I, DA LIA)
Temos configurado, nos termos normatizados no art. 9º, I, da Lei nº 8.429/92, ato de
improbidade administrativa, que traz o enriquecimento ilícito, o recebimento, pelo agente
público, para si ou para outrem, de dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser alcançado ou
englobado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público.
DICA 54
TERCEIRO PARTÍCIPE
É de suma importância trazer ao seu conhecimento que o particular, seja ele pessoa
física ou jurídica, que fornece a vantagem econômica ao agente público, é considerado
como terceiro partícipe do ato de improbidade administrativa, nos termos normatizados no
art. 3º da LIA, razão pela qual também se submeterá, no couber, às penalidades previstas
no art. 12 da LIA.
DICA 55
PERCEBER VANTAGEM ECONÔMICA PARA FACILITAR CONTRATAÇÕES
SUPERFATURADAS (ART. 9º, II, DA LIA)
De acordo com o normatizado no art. 9º, II, da Lei nº 8.429/92, será considerado como
ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito ganhar vantagem
econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel
ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1º por preço
superior ao valor de mercado.
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CRIMINOLOGIA

DICA 56
VITIMOLOGIA

A vitimologia estuda a vítima como sujeito passivo de um determinado crime, a


sua participação e fatores de vulnerabilidade. As vítimas podem ser classificadas em:

VÍTIMA NATA: é aquela que nasce com predisposição para ser uma vítima de
crime.

VÍTIMA POTENCIAL: as características da vítima atraem o criminoso. Isso


facilita o cometimento do crime, tendo aquela pessoa como vítima.
DICA 57
VITIMOLOGIA

A vitimologia estuda a vítima como sujeito passivo de um determinado crime, a


sua participação e fatores de vulnerabilidade. As vítimas podem ser classificadas em:

VÍTIMA EVENTUAL: não contribui para a prática do delito.

VÍTIMA FALSA: imputa o cometimento do crime a alguém. Seria o que chamamos


de denunciação caluniosa, por exemplo.

VÍTIMA AGRESSORA: ela acredita ser a vítima do crime. É também chamada de


vítima imaginária.
DICA 58
VITIMOLOGIA

A vitimologia estuda a vítima como sujeito passivo de um determinado crime, a


sua participação e fatores de vulnerabilidade. As vítimas podem ser classificadas em:
VÍTIMA ACIDENTAL: é a vítima de si mesma.

VÍTIMA VOLUNTÁRIA: ela participa do crime. Então, a vítima voluntária consente


com o crime.

VÍTIMA ILHADA: é aquela que se isola do convívio em sociedade, se tornando


solitária.
TOME NOTA!! A Síndrome de Estocolmo se desenvolve quando a vítima tenta se
identificar com o criminoso que a sequestrou ou quando tenta conquistá-lo. Isso
acontece por instinto de sobrevivência.
A síndrome de Londres é o comportamento psicológico totalmente contrário àquele da
síndrome de Estocolmo. Na síndrome de Londres a vítima DISCUTE E DISCORDA DOS
CRIMINOSOS, causando uma atmosfera de antipatia e animosidade que pode ser
mortal.
A Síndrome da Mulher de Potifar está atrelada àquela mulher que se sentiu rejeitada
afetivamente e por esta razão imputa de forma falsa o crime de estupro ou outro
que atente contra a dignidade sexual à pessoa que lhe rejeitou.
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DICA 59
POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA
A Justiça Retributiva sempre foi mais priorizada do que a Justiça Restaurativa. Ou
seja, a ênfase em punir o criminoso sempre foi maior.
Desse modo, com o intuito de focar mais na figura da vítima e de protegê-la, necessário
se faz destacar algumas leis importantes.

A lei 9.099/95 foi um marco no Brasil, uma vez que evita a aplicação da pena
privativa de liberdade e traz o instituto da transação penal e da composição de
danos, como exemplos.
DICA 60
POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA

Ainda, a Lei nº 11.719/08 autorizou o juiz a fixar uma quantidade mínima


indenizatória a fim de reparar os danos pelo cometimento do delito no momento da
sentença condenatória.

A Lei nº 11.340/06, chamada de Maria da Penha, veio para proteger as


mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Outra Lei muito importante que visou a proteção das crianças e adolescentes foi a
Lei nº 13.431/07.
DICA 61
PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO

VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA: é aquela causada em razão da prática do delito e traz


danos psicológicos e materiais à vítima.

VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA: advém do tratamento dado pela Polícia, pelo


Ministério Público e pelo Judiciário. A vítima se sente mal atendida pelo agente público,
se sentindo como um objeto ao invés de um sujeito merecedor de direitos e garantias.

VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA: uma vez a pessoa tendo sido vítima de um crime, ela
sofre humilhação do seu grupo social e família, ficando assim desestimulada a
noticiar o crime de modo formal, ou seja, denunciar o crime nos órgãos policiais.

DICA 62
PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL
O crime é um problema grave da sociedade e deve ser resolvido por ela. A
Criminologia Moderna vê o crime como algo dinâmico e interativo. Por outro lado, a
Criminologia Clássica enxerga o crime como um combate entre o bem e o mal.
Todos os entes federativos devem agir para a prevenção da criminalidade. Desse
modo, não apenas o Poder Judiciário e os órgãos de Segurança Pública é que são
responsáveis pela redução da criminalidade, mas todos os entes. Os Municípios, por
exemplo, devem atuar de forma a prevenir e reduzir o cometimento de crimes.

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Como forma de prevenir o cometimento de crimes e marginalidade, os locais públicos


devem ser bem iluminados e as residências, lojas e prédios devem possuir um desenho
arquitetônico favorável ao não cometimento de delitos, visando impedir a ocorrência
da criminalidade.
Portanto, a prevenção de crimes se dá por meio de várias ações que possuam o
objetivo de evitar que o crime ocorra. Desse modo, de acordo com a criminologia,
essa prevenção se dá quando a Administração do Estado intervém na sociedade com
estratégias a favor dessa prevenção.
DICA 63
A PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL
Ainda, quanto à prevenção do crime, há duas visões:

1 Prevenir o crime seria convencer o indivíduo criminoso


a não mais praticar um crime.

Prevenir o crime seria ir mais além, ou seja, seria


2
2. alterar a estrutura dos locais públicos, tornando-os
mais iluminados e com desenhos arquitetônicos que não
deem margem ao cometimento de crimes, tudo para
inibir a ocorrência da criminalidade.

Ademais, para a prevenção do crime, deve-se atingi-lo de maneira indireta e direta.


Atingir indiretamente o crime seria focar nas causas da criminalidade. Focando
nisso, os efeitos da criminalidade cessariam. A conduta do indivíduo deve ser lapidada
para não praticar crimes.
Prevenir diretamente o delito é quando há a imposição de medidas de punição, por
meio da legislação, a fim de reprimir condutas criminosas. A pena, desse modo, serve
para penalizar o sujeito e inibir o indivíduo, a fim de que ele não cometa um crime
novamente, pois sabe que se cometer, sofrerá com as sanções cabíveis.
DICA BÔNUS
A CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA E A INTERDISCIPLINARIEDADE
A Criminologia é considerada uma ciência interdisciplinar, uma vez que agrega
conhecimento de outras áreas, como: antropologia, psicologia, psiquiatria, biologia e
sociologia.
Para evoluir cientificamente, a Criminologia precisa dos conhecimentos das demais
áreas acima citadas. Ela necessita receber os estudos da antropologia, da psicologia, da
biologia etc.
Veja: como é possível afirmar que tal indivíduo é um psicopata e por essa razão é
que comete crimes, se não existir o estudo da criminologia com a psiquiatria? Para
entender o psicopata, é extremamente necessário o estudo da psiquiatria.
Para entender o crime de uma forma mais completa, é necessário o conhecimento de
outros ramos do saber. Por exemplo, a Sociologia é de extrema importância para
saber por que um indivíduo mata outra pessoa simplesmente por puro prazer e por que
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outro sujeito mata apenas para fins de sobrevivência. Há pessoas que defendem que a
Criminologia, além de interdisciplinar, é uma ciência multidisciplinar.
Contudo, a interdisciplinaridade é mais profunda, pois ela ocorre quando as áreas de
conhecimento diversas se integram e há a cooperação entre elas, o que não acontece na
multidisciplinaridade.

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