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São referências explícitas

ou implícitas de um texto
em outro, que provocam
um “diálogo” entre os
mesmos.
Tipos mais comuns:

1.Paráfrase
2.Paródia
3.Pastiche
4.Citação
5.Alusão
6.Bricolagem
7.Referência
8.Epígrafe
É uma espécie de interpretação de um texto com
palavras próprias,mantido o pensamento original; ou,
ainda, uma intertextualidade que assinala uma
semelhança entre o texto original e o derivado, levando
em conta que a diferença, se houver, não é substancial,
mas constitui uma "adaptação" do original.
Algum político importante deve estar a chegar. Ah! É verdade, o chefe da
Seção pediu-me que comparecesse ao desembarque do Ministro. Ir, ou não ir,
eis a questão. (Cyro dos Anjos) – paráfrase de Hamlet

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos


Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
paráfrase da Canção do Exílio – Gonçalves Dias

Os Deuses vendem quando dão. Os deuses vendem quando dão


Compra-se a glória com desgraça. Melhor saber
Ai dos felizes, porque são Seus olhos de verão
Só o que passa! Que não vão nem lembrar

Fernando Pessoa – em Mensagem Skank – Três Lados


É definida como um escrito que imita uma obra
literária, de forma crítica. É um texto que
subverte a mensagem do texto que o inspirou.
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei SÓ O ROCK'N'ROLL SALVA
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei Elvis Presley que estais no Céu,
Vou-me embora pra Pasárgada Muito escutado seja Bill Haley,
Venha a nós o Chuck Berry,
Vou-me embora pra Pasárgada Seja feito barulho á vontade,
Aqui eu não sou feliz Assim como Hendrix, Sex Pistols e Rolling Stones.
Lá a existência é uma aventura Rock and roll que a cada dia nos melhora,
De tal modo inconseqüente Escutai sempre Clapton e Neil Young,
Que Joana a Louca de Espanha Assim como Pink Floyd e David Bowie,
Rainha e falsa demente Muddy Waters e The Monkees.
Vem a ser contraparente E não deixeis cair o volume do som
Da nora que nunca tive 102,1 de estação.
Mas livrai-nos do Axé
Amém!
Vou-me embora de Pasárgada
(fanáticos, uni-vos! KISS, 102,1 FM)
Sou inimigo do rei
Não tenho nada que quero
(In: Folha de S. Paulo : 13 de Novembro de 2005)
Não tenho e nunca terei

Vou-me embora de Pasárgada


Aqui eu não sou feliz
A existência é tão dura
As elites tão senis
Que Joana, a louca da Espanha
Ainda é mais coerente
Do que os donos do país.
Apresentando elementos próximos e ao mesmo
tempo distantes da paródia, encontra-se o
pastiche, que muitos, equivocadamente, veem como
seu sinônimo. É certo que tanto paródia quanto
pastiche envolvem imitação. Entretanto, o pastiche
associa-se à imitação de um estilo, ou à
apropriação de um gênero sem, com isso,
necessariamente, querer criticá-lo.
Com este texto de previsão no alto de sua
página de capa, o Jornal do Brasil foi às
ruas no dia 14 de dezembro de 1968, dia
seguinte à sexta-feira 13 que marcou a
decretação do Ato Institucional número 5.
Em sua forma simples, a citação ocorre ao se inserir o
título da obra e seu autor no novo texto.
Os grandes livros contribuíram para formar o mundo. A Divina Comédia, de
Dante, por exemplo, foi fundamental para a criação da língua e da nação
italianas.
Certos personagens e situações literárias oferecem liberdade na
interpretação dos textos, outros se mostram imutáveis e nos ensinam a
aceitar o destino.

(ECO, Umberto. In: Folha de S. Paulo, Caderno “Mais”, 18/02/2001)

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo
fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações
me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou
propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a
campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais
galante e mais novo. Móises, que também contou a sua morte, não a pôs
no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis


A alusão é uma forma indireta,
incompleta ou subentendida de citação:
a referência ao autor ou texto alheio é
feita sutilmente.
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

(...)

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto


Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

Sampa – Caetano Veloso


Ocorre por meio da “colagem”
de diversos textos, ou seja, um
texto é constituído a partir de
fragmentos de outros, e por
isso, se aproxima do conceito
de hipertexto. 
Monte Castelo
Legião Urbana

Ainda que eu falasse Carta de São Paulo


A língua dos homens aos Coríntios
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria

É só o amor! É só o amor +

Que conhece o que é verdade


O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

O amor é o fogo que arde sem se ver Soneto de Camões


É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
é um conjunto de elementos de uma
obra escrita (como título, autor, editora,
local de publicação e outras) que
permite a sua identificação.
A um conjunto de referências
bibliográficas, normalmente
apresentadas no final de uma obra, dá-
se o nome de "referências bibliográficas"
ou apenas "referências".
Referências bibliográficas deste slide

•http://www.infoescola.com/portugues/intertextu
alidade-parafrase-e-parodia/
•www.releituras.com.br
•INTERTEXTUALIDADE - Luiz Carlos Junqueira
Maciel/Gilberto Xavier da Silva
é um título ou frase curta, que, colocado
no início de uma obra, serve como tema
ou assunto para resumir ou introduzir a
obra. Constitui uma escrita introdutória a
outra.
SOLFIERI - Álvares de Azevedo

“Yet one kiss on your pale clay


And those lips once so warm beart! my bears! my bears! “
BYRON—Cain

Sabeis-lo. Roma e a cidade do fanatismo e da perdição: na alcove do


sacerdote dorme a gosto a amásia, no leito da vendida se pendura o
Crucifixo lívido. É um requintar de gozo blasfemo que mescla o
sacrilégio a  convulsão do amor, o beijo lascivo a embriaguez da
crença! Era em Roma. Uma noite a lua ia bela como vai ela
no verão pôr aquele céu morno, o fresco das águas se exalava como
um suspiro do leito do Tibre. A noite ia bela. Eu passeava a sós pela
ponte de As luzes se apa-garam uma por uma nos palácios, as ruas se
fazias ermas, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. Uma
sombra de mulher apareceu numa janela solitária e es-cura. Era uma
forma branca.—A face daquela mulher era como a de uma estátua
pálida a lua. Pelas faces dela, como gotas de uma taça caída,, rolavam
fios de lágrimas.

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