Você está na página 1de 1

Durante nosso aprendizado, fomos ensinados a interpretar textos por partes, para depois

entender o todo. Inclusive, só percebi esse hábito enquanto lia o texto. Esse hábito acaba
dificultando nossa vida. Imagine aprender primeiro como tocar uma música antes de
aprender a tocar um instrumento. Meio complicado, não? Pois bem, assim também é a
compreensão de um texto. Precisamos primeiro entender o que o todo do texto quer dizer
para depois compreender suas entrelinhas. E isso é explicado através de alguns aspectos
básicos:
O universo de referência é a primeira coisa a se entender ou apresentar em um
texto. Se a história está se passando em um mundo mágico, devemos saber como esse
mundo é mágico, o que ele tem de diferente do nosso, como ele funciona, etc. Logicamente,
os extremos disso não são interessantes. Não é necessário começar um texto que se passa
na realidade explicando que ele se passa na realidade. Da mesma forma, não se pode
apresentar um mundo fantasioso repentinamente, ou até pode, se bem feito. O que não
pode é fazer o leitor de trouxa.
A unidade semântica diferencia textos sobre o mesmo tema um do outro. É que
possibilita a expansão do texto para resumos, sínteses, achar palavras chaves, além de
criar a possibilidade de identificação de coerência ou não coerência do texto.
Progressão do tema é o que garante que o texto não irá se perder no tema e ficar
incoerente. Imagine um texto no estilo jornada do herói, mas o herói fica em casa dormindo
o texto inteiro. Sem emoção alguma. Todo texto deve haver progressão.
O propósito comunicativo do texto define para quê o texto foi escrito, qual a sua
finalidade. Seja dar uma notícia, informar, expressar opinião, defender um ponto de vista,
divertir, etc. Os propósitos não se anulam, um texto pode ser para informar e divertir, por
exemplo.
Os tipos e os gêneros determinam os padrões que o texto vai seguir na sua
materialização. Os tipos de textos são definidos como uma propriedade linguística e os tipos
de gêneros são propriedades sócio discursivas e realizam-se com propósitos comunicativos
com uma facilidade maior de serem reconhecidos pela comunidade que circulam.
A relevância informativa analisa o quanto um texto traz novidades. Um texto batido
e que já foi escrito por diversas pessoas não é informativo isso cansa o leitor que já leu algo
parecido. De livros de romance clichê o mundo tá cheio, novidades são o que interessa.
As relações com outros textos ou intertextualidade para mim é a base da
existência da escrita. Um texto se origina de outro e assim vai. Quando escrevemos algo,
sempre buscamos nossas referências para pôr no texto, seja intencional ou não, isso
acontece. Isso entra em conflito com o último ponto, como podemos ser originais se tudo é
uma cópia de tudo? Fazendo uma mistura de cópias! Darei um exemplo musical. Nosso
gênio do forró Luiz Gonzaga tem músicas com a melodia muito inspirada em músicas
francesas e é essa mistura de coisas que faz o “novo” nascer.
Agora, sobre o texto. Muito legal de se ler, entendi algumas coisas facilmente, outras
com dificuldade, mas assim como o anterior, foi muito bom.

Você também pode gostar