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AULA 02

PORTUGUÊS

Profª Maria Tereza


Português

AULA 02

Olá!
Vamos continuar nosso trabalho com interpretação e compreensão de textos e questões rela-
tivas à semântica? Recomeçamos então a partir de tipologias textuais, que é bem evidente a
solicitação neste nosso edital.

TIPOLOGIAS TEXTUAIS

Meus queridos, é mais ou menos, fazendo uma comparação, com os ingredientes de um bolo.
Pra fazer bolo, a gente precisa de farinha, leite, manteiga ou alguma gordura qualquer, açúcar
e fermento. Essas são as TIPOLOGIAS. Por meio desses ingredientes básicos, nós criamos uma
série de outros bolos. ‘Ah quero de chocolate’, ‘Agora limão’, e assim sucessivamente.
Por meio destas tipologias, nós realizamos, nós escrevemos, todos os gêneros textuais de que
temos conhecimento; que são diversos, inúmeros.
Claro, quando nós formos trabalhar gêneros, vou me deter naqueles mais comuns nas provas
da gente, não quaisquer gêneros, mas os mais comuns, começando pelos mais comuns mes-
mo.
Ora, são 5 as tipologias. Mas por que mesmo que a gente precisa saber tipologia? Gosto muito
de ser pragmática assim, para que a gente vai usar?
POR QUE ELES PERGUNTAM!
‘’Qual é a tipologia predominante neste texto?’’
Então, eu gostaria que vocês visualizassem aqui ao lado de tipologia textual a palavra ‘’PRE-
DOMINÂNCIA’’, tá turminha? Dificilmente a gente vai ver uma tipologia pura, ela se casa com
outras. Mas por que a gente precisa saber o que que é gênero?
POR QUE ELES PERGUNTAM TAMBÉM!
Lá adiante, perguntam: ‘’ Qual é o gênero predominante?’’
Se não fosse apenas a questão da prova, para além da prova,- por que a gente acaba usando
conhecimentos variados ao longo da vida-, a gente dominando qual é o gênero facilita na inte-
ração com o outro, facilita nas nossas comunicações.

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Por exemplo: Instagram.
O instagram é uma plataforma de fotos, é pra isso que foi criado. Para se diferenciar de repen-
te do Facebook, onde se colocam mais textos ( desculpa se alguém faz isso, é só teoricamente
tá?). Quem tem instagram vê que vem uma foto e uma legenda, mas há pessoas que colocam
textos enormes. Não é a plataforma! O texto do instagram, o gênero instagram é foto e legen-
da. Você quer fazer um texto maior? Você vai pra outra plataforma, uma que seja para isso.
De mesmo modo, se eu for fazer um post-it, eu não vou fazer um relato do meu dia, é apenas
uma palavra ou duas, pra uma memória qualquer, é pra isso que se trabalha com gênero, e é
para isso que existe as tipologias.
São estas que vamos ver agora as 5 tipologias, coloquei aqui em uma ordem aleatória, não é
que a narração seja mais importante que a descrição, todas são importantes. Vamos começar
pela narração por que é o texto primitivo. Os seres humanos, nós gostamos que nos contem
histórias, e gostamos de contar histórias.
A narração predomina no nosso dia-a-dia. São 3 textos que predominam no nosso dia-a-dia:
contar histórias, dar informações e mandar as pessoas fazerem coisas.

NARRAÇÃO
O QUE CARACTERIZA A NARRAÇÃO, QUERIDOS? vou fazer um resuminho aqui, gosto muito de
palavrinhas foco, onde a gente pode fazer um resuminho. Nunca gostei muito de ficar colando
os resumos, cartaz, pelas paredes, aquilo me dava uma agonia, mas anos depois fui fazer um
curso e daí entendi que eu quem fazia errado o tal do cartaz, deixa eu compartilhar com vocês
o que eu aprendi: o cartaz não é pra ficar na parede! A gente põe o cartaz na parede por uma
semana, no máximo, e aí tira e tem que olhar pro lugar vazio. A gente só lembra na ausência.
Faz sentido né?
Mas, se vocês gostam dos cartazinhos, palavra-chave é bom pra decorar!
PALAVRAS CHAVE DA TIPOLOGIA NA NARRATIVA
-NARRAÇÃO-
PODE TER MARCAÇÃO DE TEMPO, O MOMENTO DA ESCRITURA, O MOMENTO DO FATO.
Não necessariamente tem, lemos muitos contos onde não conseguimos identificar a questão
cronológica.
A marcação de lugar também não é uma obrigatoriedade, a gente pode nem saber onde se
passa.
FATO + PERSONAGEM+TEMPO+LUGAR
TEM QUE TER PERSONAGENS, OU PELO MENOS UM PERSONAGEM
O que tem que ter NECESSARIAMENTE, que se cair no dia da prova uma questão ‘’ Este texto é
predominantemente narrativo?’’
A gente TEM DE PERCEBER A PASSAGEM DO TEMPO, por meio das formas verbais. Tem um
antes e tem um depois.

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Esta passagem do tempo é a chave de uma narração! Por isto que narrações infantis começam
com ‘’Era uma vez…’’ (Era, agora não é mais, já estamos em outro momento, houve a passa-
gem do tempo)
Onde a gente encontra, predominantemente a narração? Ou seja, em que gênero textual en-
contramos predominantemente a narração? No CONTO, mesmo que se chame microconto,
como nos microcontos do twitter quando ele era limitado a 140 caracteres. Há belíssimos con-
tos com 140 caracteres, se percebe tudo isso aí citado acima.

DESCRIÇÃO
Dificilmente encontramos um texto exclusivamente descritivo, de um modo geral a descrição
está a serviço das outras tipologias. E qual é a PALAVRA-CHAVE DA DESCRIÇÃO? ADJETIVOS.
Em um trecho predominantemente descritivo, predominam adjetivos, aliás, descrição das ca-
racterísticas físicas e/ou psicológicas daquele ser ao qual estamos narrando, para isso precisa-
mos adjetivas muitas vezes de forma abundante. Fazendo um exemplo na literatura, provavel-
mente um livro que já leram, ‘Iracema’, de José de Alencar.
É um romance, então é predominantemente narrativo. Lá, José de Alencar conta a história da
Iracema, a virgem dos lábios de mel, e tem inúmeros ( e daí a chatice do livro) trechos descriti-
vos a serviço dessa narração. Não tinha televisão né? Então se imaginava por aquela descrição.
‘Iracema, a virgem dos lábios de mel; o cabelo mais negro do que a asa da graúna; mais lon-
go do que o talhe da palmeira (...)’
Trechos imensos descrevendo Iracema, descrevendo inclusive algo como um papagaio que fi-
cava cantando perto dela. Descreve o cestinho de agulhas e por aí vai. Então, Iracema é um
texto predominantemente descritivo? NÃO!! Conta uma história e se vê a passagem do tempo,
a descrição está aí a serviço da narração.
Mais perto de nós então, um texto não verbal mais descritivo, uma foto! Uma foto que eu tiro
com meu celular, minha descrição, -do meu pé por exemplo-, para mostrar que tinha um pé
desse jeito, pronto.

ARGUMENTAÇÃO
Este é o texto adulto. É o texto, por exemplo que, quando solicitados, fazemos na nossa reda-
ção de concursos. O texto dissertativo, também chamado, dependendo da especificidade, de
opinativo-argumentativo.
DISSERTAÇÃO É GÊNERO, ARGUMENTAÇÃO É TIPO
Então, qual a PALAVRA-CHAVE DA ARGUMENTAÇÃO? OPINIÃO ARGUMENTOS COMPROBA-
TÓRIOS
Não adianta por exemplo eu dizer que não gosto de chuchu, e não explicar o por que nao
gosto.

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E ora, para que se faz um texto argumentativo? Para convencer o leitor da minha idéia, do
meu posicionamento, e para isso preciso persuadi-lo, por conseguinte, uso argumentos, como:
‘’Não gosto de chuchu por que é virado em água; não tem gosto de nada, etc’’.
Bom, é muito comum, e anotem ai, que nesta tentativa de trazer o leitor para perto de si, de
fazer o leitor aceitar aquela opinião, o autor faça UTILIZAÇÃO DA PRIMEIRA PESSOA DO PLU-
RAL, DO NÓS. É muito comum na argumentação. Exemplo: ‘’Vemos que X é iguala a Y.’’.
Aqui eu digo algo como ‘Vem comigo, aceita o que estou te dizendo’, esta é a intenção,
aproximar leitor e autor.
Onde encontro a argumentação predominante, além da argumentação opinativa-argumenta-
tiva? Em artigo de opinião, aqueles que lemos em jornais, que são assinados, que vem com
opinião do sujeito.

EXPOSIÇÃO

Aqui a PALAVRA-CHAVE É INFORMAÇÃO..

Não se faz defesa de idéia (isto é característico da


argumentação), revela-se a idéia, se expõe ideia,
mas não se defendem essas idéias.
‘’Não gosto de chuchu’’, OK, mas não vou defender
isso.
Onde esta exposição é mais comum? Na notícia, é
onde predomina a exposição. Muitas vezes tende a
haver uma misturinha, dependendo do gênero que
quero, aí, além de informar eu vou também narrar
um passo-a-passo, um antes e depois. Então, há aqui um ‘casamento’ da narração (devido ao
antes e depois) com a exposição.
Um exemplo disso se dá em relatórios; em relatos, em cada momento eu exponho fatos, mas
também exponho idéias.
E quando formos perguntados algo como:
‘’Temos aqui um relato, qual a tipologia dominante?’’
Aí, a resposta vai ter que apresentar algo como narração E exposição.
‘’Ah professora, mas e se só apresentar uma delas?’’
Bom, aí é a velha historinha, vamos pelo menos errado.

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INJUNÇÃO
Também chamado de prescritivo ou instrucional, é o que dá instrução. A palavra-chave? ENSI-
NAMENTO. Este texto nos ensina como realizar uma ação.
Há marcas gramaticais aqui. Não em todos, mas é muito comum.
Verbos no imperativo e uso de pronomes na segunda pessoa do discurso.
Meus lindos, olha só, SEGUNDA PESSOA DO DISCURSO NÃO É A SEGUNDA PESSOA GRAMATI-
CAL!
A segunda pessoa do discurso é aquela com quem se fala, então pode ser o tu/ você/vocês/vós.
Quando digo imperativo (que é o modo da ordem), isto não significa dizer que necessariamen-
te o verbo esteja conjugado no modo imperativo, porque há outras formas de darmos ordens
sem que usemos este modo.
Por exemplo: ’’Não fume’’ = MODO IMPERATIVO
Mas, posso escrever a mesma idéia como:
‘’Não fumar neste ambiente’’= MODO INFINITIVO, porém a idéia de ordem é clara.
Ainda, mas mais raro, posso dar ordem por meio do futuro. ‘’Não matarás’’, é uma ordem
igualmente. A ordem tem uma informação, mas ela predominantemente ensina como proce-
der
Não podemos partir do princípio de que se não houver no texto o modo imperativo cojugado
nesta forma eu não va ter uma predominâncIa injuntiva.

Nos textos de publicidade, textos de publicidade, são por si só injuntivas, elas nos ensinam
algo, nos incitam a mudar um comportamento. As vezes nem queríamos comprar nada no su-
permercado, por exemplo, mas chegamos lá e vemos a ordem -‘’ pague 2 e leve 1’-’, e pronto,
acabamos levando, aconteceu uma instrução para mudança no comportamento.
Horóscopo também é injuntivo! Não tem verbo no imperativo? MAS NÃO PRECISA! No mo-
mento que se lê a previsão, há a indução a pensar sobre aquilo! Previsão de tempo também,
por exemplo, quando diz -‘’vai chover’’, o homem do tempo me induz a pegar o guarda-chuva,
ele mudou meu comportamento. Não fiquem procurando no texto injuntivo só as ordens ex-
plícitas.
*Outro exemplo: Propaganda de supermercado aqui de Porto Alegre no final de ano, tem lá
uma família linda com pai, mãe, menino e menina. Todos estão tomando café da manhã, com
a mesa virada para um jardim, entra um cachorro, acaba, toca uma música natalina e todos se
emocionam, NINGUÉM cita a compra neste lugar, mas acabando a propaganda onde vamos
comprar o chester? Pronto, houve a indução.
Não podemos então embarcar na ideia de que o injuntivo é uma ordem, muito pelo contrário,
pois quando se vê ordem a gente nem gosta tanto, e deve haver uma comoção, uma indução.

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*Outro exemplo de como diferenciar o injuntivo do expositivo:
Vamos pegar uma notícia que é predominantemente injuntiva. Você vê no jornal que a ope-
ração lava-jato já está na sua milésima ação, e hoje pela manhã 12 pessoas foram prestar in-
formações à justiça. Isto é INFORMAÇÃO. Muito dificilmente esta notícia vai te levar a uma
mudança de comportamento ( a não ser que você esteja envolvido na lava-jato, aí seria IN-
JUNTIVO, você pensaria em fugir, por exemplo). Ao passo de que, na previsão de tempo, ao
ouvir que há 50% de chance de chover, você pode mudar sem comportamento, você pensa em
pegar o guarda chuva.
•• O informativo expõe PARA você, e a injunção COM você. A injunção exerce INFLUÊNCIA, e a
informação não necessariamente.
Estas então são as 5 tipologias. E como elas podem aparecer? Vamos lembrar? PREDOMINÂN-
CIA!
Exemplo de como resolver a questão:
CESPE-2018
‘’O medo do esquecimento obcecou as sociedades européias da primeira fase da modernidade’’

•• neste primeiro período, o que tivemos?argumentação, exposição, descrição, narração ou


injunção? Exposição.
(segue o texto)
‘’Para dominar sua inquietação, elas fixaram por meio da escrita os traços do passado, a lem-
brança dos mortos ou a glória dos vivos e todos os textos que não deveriam desaparecer’’

•• e neste segundo período, qual a tipologia? Não pode ser descrição, pois não é adjetivada.
Temos aqui novamente uma exposição, é informação.
(segue o texto)
‘’ A pedra, a madeira, o tecido, o pergaminho e o papel forneceram suporte nos quais podia ser
escrita a memória dos tempos e dos homens’’
novamente uma exposição, estamos INFORMANDO.
(segue o texto)
‘’No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do lírio, na humildade
dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade da perda’’
outra vez nos informaram a finalidade da escrita
(segue o texto)

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‘’Em um mundo no qual as escritas podiam ser apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos
e os livros estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil’’

•• ’Ah, então posso entender que este agora é uma opinião?’ Nao, ela não predomina
(segue o texto)
‘’Paradoxalmente,seu sucesso poderia criar, talvez outro perigo: o de uma incontrolável proli-
feração textual de um discurso sem ordens nem limite’’

•• Nesses dois parágrafos, predominou informação ou opinião? Informação!


(segue o texto)
‘’O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sobre o acúmulo
de discursos foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário’’

•• Ah Tereza, mas isso é uma opinião. NÃO! Ele diz que -foi considerado-, não é a opinião de
quem escreveu, ele está informando acerca da opinião alheia, não está defendendo a idéia,
somente expondo.
(segue o texto)
‘’ Embora fosse temido o apagamento, era necessário, assim como o esquecimento também o
é para a memória. nem todos os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção
os defenderia da imprevisibilidade da históri. Alguns foram traçados sobre suportes que permi-
tiam escrever, apagar, e depois escrever de novo.’’

•• Apresenta-se idéia aqui? Claro que sim, mas não se defende a idéia.
Então, no texto, temos predominantemente EXPOSITIVA! Ele nos informou, acerca de fatos e
ideia, mas não as defende. Aquilo que já foi citado, que não existe um texto puro, eles sempre
se misturam, vemos a predominância. .
*Outro exemplo de como a banca CESPE pede, este mais tradicional, seguindo modelo de C ou
E:
Fonte: Moacyr Scliar. Este escreveu uma série de gêneros, desde romances até breves ensaios.
Titulo: Uma estranha, e admirável mulher
•• Ele quis colocar essas vírgulas para que se entendesse como um aposto, ou seja, uma
explicação sobre esta mulher a qual ele iria discorrer.
Vamos então destacar as palavras chaves, que seriam estranheza/florence/legado/moderno/
enfermagem
Segue o texto:

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‘’A vida de florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance, esta-
va destinada a receber uma boa educação, a casar-se com um cavalheiro de fina estirpe, a ter
filhos, a cuidar da casa e da família. Mas logo ficou claro que a menina não se conformar a esse
modelo.
Era diferente, gostava de matemática e era o que queria estudar (os pais não deixaram). Aos
dezesseis anos, algo aconteceu. Deus falou-me – escreveu depois- e convocou-me para servi-lo
Servir a Deus significava para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos hospi-
talizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da
sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam trata-se em casa. Hospitalizados eram só
os pobres, e florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam
próximos a sua casa. Viajou por toda a europa, visitando hospitais. Coisa que os pais não viam
com bons olhos, enfermeiras eram consideradas pessoas de categoria inferior, de vida des-
regrada. Mas Florence foi em frente e logo surgiu uma oportunidade para colocar em prática
o que aprendera. Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal pediu-lhe que
chefiava um grupo de enfermeiros enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence se
entregou de corpo e alma, providenciava comida, remédios, agasalhos, além de supervisionar
o trabalho das enfermeiras. Mais que isso, fez estudos estatísticos (sua vocação matemática
enfim triunfou) mostrando que a alta mortalidade dos soldados resultava da péssimas condi-
ções de saneamento.
Isso não quer dizer que Florence fosse, pelos padrões habituais, uma mulher feliz. Para come-
çar, não havia em sua vida lugar para ligações amorosas. cortejou-a o político e poeta Richard
Milnes, Barão Houghton, mas ela rejeitou-o. Ao voltar da guerra algo estranho lhe aconteceu,
recolheu-se ao leito e nunca mais deixou o quarto. É possível, e até provável, que isso tenha re-
sultado de brucelose, uma infecção crônica contraída durante a guerra, mas havia ali um óbvio
componente emocional, uma forma de fuga da realidade.
Contudo – Florence era Florence-, mesmo acamada continuou trabalhando intensamente. Co-
laborou com a comissão governamental sobre saúde dos militares, fundou uma escola para
treinamento de enfermeiras, escreveu um livro sobre este treinamento.
Estranha, a Florence Nightingale? talvez. Mas estranheza pode estar associada a qualidades
admiráveis. Grande e estranho é o mundo, grandes, ainda que estranhas, são muitas pessoas.
E se ela stem grandeza, ao mundo pouco importa que sejam estranhas.’’
Pergunta- Para o autor do texto,entre a estranheza e as qualidades admiráveis de Florence, o
mais importante foi o legado que ela deixou para a moderna enfermagem.
CERTO  ( ) ERRADO
Pergunta- Infere-se do terceiro parágrafo, pelos padroes da epoca em que viveu, que Florence
não foi feliz, pois não se casou e passou o resto da vida recolhida no seu quarto.
CERTO  ( ) ERRADO

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ATENÇÃO
Esta banca usa a palavra inferir de maneira meio aleatória, sem muito rigor, então tem-se que
fazer uma compreensão! Para a CESPE, a maioria das vezes é compreensão, e não inferência!
Pergunta- o texto, embora contenha um trecho narrativo, dedicado a contar a trajetória da
precursora da moderna enfermagem, é essencialmente dissertativo, pois está estruturado em
introdução, desenvolvimento e conclusão.
( )CERTO  ERRADO
** Aqui temos outro exemplo de imprecisão, o correto seria utilizar a palavra ARGUMENTATI-
VO, dissertativo não é tipologia, é gênero!
**Não é somente o texto dissertativo que tem introdução, desenvolvimento e conclusão! Ou-
tros gêneros também se estruturam assim, não é algo específico da dissertação, é uma espécie
de base de bolo.
NOTA- a CESPE trabalha com uma coisa chamada ‘’distrator’’, que seria o nosso bom e velho
-pega ratão-, então pra fazer a prova deles vocês tem que ficar MUITO espertos com o que vem
depois da vírgula. Para fazer o distrator, eles vão corretos até a vírgula, depois dela é que eles
nos pegam Eles querem pegar quem não presta atenção, não lê até o final.
Pergunta- Embora seus pais não a tivessem deixado cursar matemática, Florence concluiu seus
estudos, tanto que elaborou uma análise estatística acerca do índice de mortalidade dos solda-
dos.
( ) CERTO  ERRADO
No texto não diz que ela concluiu os estudos, somente em vocação
Pergunta- Florence iniciou suas atividades como enfermeira ajudando pessoas próximas a ela
que não tinham condições financeiras suficientes para se tratar nos hospitais.
( )CERTO  ERRADO
Novamente, aqui temos que cuidar com a inferência! As pessoas não eram próximas a ela, so-
mente moravam próximas.

TEXTO 2
‘’Ofereceram ao meu pai o emprego de juiz substituto e ele o aceitou sem nenhum escrúpulo.
nada percebia de lei, possuía conhecimentos gerais muito precários. Mas estava aparentado
com senhores de engenho, votava na chapa do governo, merecia a confiança do chefe político-
e achou-se capaz de julgar.
Naquele tempo, e depois, os cargos se davam a partidarios dóceis, perfeitamente cegos.
Isso convinha a justiça. era necessário absolver amigos, condenar inimigos, sem o que a máqui-
na eleitoral emperraria.
Os magistrados de anel e carta diligenciaram, acomodar-se, encolher-se, faziam vista grossa a
muita bandalheira. de repente acuavam tinham melindres que o mandão local não entendia e

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lançava a conta de má vontade. E lá vinham rixas, viagens rápidas, afrontas, um libelo contes-
tado a punhal ou cacete. Enfim, os bachareis se aguentavam mal. Dispensavam-lhes obsequios,
salamaleques -e desviavam-nos.
Os funcionários matutos não vacilavam, ignorando a razão de intransigências,permaneciam
imperturbáveis, assinavam despacho redigidos pelo escrivao. Foi assim que meu pai recebeu
um título.’’
Pergunta- Uma das propriedades linguísticas que caracterizam o texto como narrativo é a pre-
dominância de
a) adjetivos empregados para descrever o narrador
b) construções gramaticais típicas da modalidade oral
c) formas verbais no pretérito  VER LOGO ABAIXO PARA RELEMBRAR!
d) orações com sujeitos indeterminados
A fonte do texto é um romance, só por isso já daria para saber que é predominantemente narrativo!
É uma questçao gramatical, pois fala de propriedades linguisticas. Nem precisaria ler o texto,
por eliminação se ficaria entre C e D.
Vamos recordar- temos no indicativo o pretérito imperfeito, que é aquela forma que tem a de-
sinência -VA/IA-, pretérito perfeito, cuja primeira pessoa termina em U, e o mais que perfeito
cuja desinência é -RA-. É BEM INTERESSANTE QUE VOCÊS MEMORIZEM AS DESINÊNCIAS VER-
BAIS. Eles poderia colocar em prova que, por exemplo, o pretérito mais que perfeito é utilizado
para instituir a ideia de passagem do tempo.
Quadrinho para lembrarmos das desinências-
Vamos só pelo EU, pois achando o EU desencadeia.
Indicativo é o modo da certeza, subjuntivo é dúvida, hipótese
Indicativo(eu)
Presente-O (eu canto, eu parto)
Pretérito-Imperfeito- ia ou va
Pretérito perfeito- U (partiu, vendeu, cantou) (este não é desinência, somente para relembrar)
(3 pessoa, ele. É perfeito pois passou e ficou lá atrás, acabou)
Pretérito mais que perfeito- RA (cantara, vendera, partira) ação passada antes do passado
Futuro do presente- REI (cantarei, venderei, partirei)
Futuro do pretérito- RIA ( cantaria, partiria, venderia)
Subjuntivo
Presente- e/a (venda, parta, cante) (talvez, talvez eu venda, talvez cante)
Pretérito imperfeito- sse (se eu fosse, se vendesse)
Futuro- R (quando, quando eu cantar, quando eu vender)

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TEXTO 3
Sobre segurança pública versus direitos humanos
‘’A diferença básica entre as polícias civil e militar é a essência de suas atividades, pois as-
sim desenhou o constituinte original,a Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 (CF), em seu art. 144, atribui a polícia federal e às polícias civil dos estado as funções de
polícia judiciária -- de natureza essencialmente investigatória, com vistas a colheita de pro-
vas, e assim, à viabilização do transcorrer da ação penal-- e a apuração de infrações penais.
enquanto polícia civil descobre, apura, colhe provas de crimes, propiciando a existência do
processo criminal ostensivo, isto é, viável, claro e perceptível pelas ruas. Atua de modo pre-
ventivo repressivo, mas não é seu mister a investigação de crimes. de mesma forma, não cabe
ao delegado de policia d carreira e seus agentes sair pelas ruas ostensivamente em patrulha-
mento. A própria comunidade identifica na farda a polícia repressiva quando ocorre um crime,
em regra, esta é a primeira a ser chamada. depois, havendo prisão em flagrante , por exemplo,
atinge-se a fase de persecução penal, e ocorre o ingresso da polícia civil, cuja identificação não
se dá necessariamente pelos trajes usados.’’
Pergunta- O texto é predominantemente
a) injuntivo
b) narrativo
c) dissertativo  porque traz ideia e comprovações de acordo com o autor
d) exortativo
e) descritivo
Posso responder a esta somente lendo a fonte, pelo menos ter somente duvida entre 2, con-
sigo eliminar a maioria A probabilidade é muito maior que ele seja dissertativo, que o autor
defenda opinião.
-Revisão Rápida-

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TIPOLOGIAS E PALAVRAS-CHAVE
Narração: fato + personagem + tempo + lugar. PASSAGEM DO TEMPO
Descrição: ADJETIVAS
Argumentação: OPINIÃO + ARGUMENTOS COMPROBATÓRIOS
Exposição: INFORMAÇÃO
Injunção: ENSINAMENTO; verbos no imperativo; uso de pronomes na 2 pessoa do discurso

VAMOS AGORA INICIAR

GÊNEROS

Meu critério de seleção dos gêneros aqui foi trazer todos os que vem caindo nas provas e bus-
quei exemplificá-los
Um dos gêneros que não é incomum em nenhum prova, é o editorial. Eles perguntam em pro-
vas como ‘’ este texto é um editorial?’’

EDITORIAL

ASSINATURA TEMÁTICA OPINIÃO


NÃO ATUAL E CIRCUNSCRITA SIM

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Exemplificando
CESPE 2017
‘’Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade.
As grandes alterações climáticas, as crises no fornecimento de água causadas pela falta de chu-
va e a destruição dos mananciais levam à constatação clara e cristalina de que, se não fizermos
nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará
de existir.
Cientistas, pesquisadores, amadores e membros de organizações não-governamentais se
unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução
definitiva para o problema ou, pelo menos, para tentar encontrar um ponto de equilíbrio que
desacelere a destruição da natureza observada nos dias atuais. A conclusão, praticamente unâ-
nime, é de que políticas que visem à conservação do meio ambiente e à sustentabilidade de
projetos econômicos devem ser metas para todos os governantes.
Por meio de ações governamentais, todos os cidadãos devem ser constantemente instruídos
e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no
meio ambiente a sua volta, bem como para a adoção de práticas que garantam a sustentabili-
dade de todas as suas ações. São exemplos dessas práticas destinar corretamente os resíduos
domésticos, proteger os mananciais que se encontrem em áreas urbanas e praticar medidas
simples que estabeleçam a cultura da sustentabilidade em cada família.
Assim, reduzindo-se os desperdícios e os despejos de esgoto doméstico nos rios e evitando
práticas ambientais irresponsáveis, os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente
minimizados e a sustentabilidade dos assentamentos humanos e de suas atividades econômi-
cas estará assegurada.’’
Pergunta- Com base no texto, é correto afirmar que
a) o desaparecimento da natureza será inevitável ainda que haja comprometimento dos
cidadãos e dos governos com a sustentabilidade
b) a baixa qualidade do ar e a destruição das florestas decorrem da grave crise ambiental por
qual passa o planeta (no texto não se fala em ar e florestas)
c) os governantes têm uma responsabilidade pequena no incentivo a ações de sustentabilidade
ambiental
d) os cidadãos, individualmente, são os responsáveis pela mais significativa parcela de
destruição do meio ambiente
e) a sustentabilidade da economia e das sociedades humanas depende da conscientização
coletiva sobre práticas ambientais responsáveis xxxxxxxx
**Sempre desconfiar de palavras fechadas. Ex- INEVITÁVEL, INDIVIDUALMENTE**

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ARTIGO
São os mais comuns para esta nossa banca, ela prefere artigos a editorias ou breves ensaios.
Basicamente a diferença para o editorial é a presença de assinatura

ASSINATURA TEMÁTICA OPINIÃO


SIM ATUAL E CIRCUNSCRITA SIM

NOTICIA

ASSINATURA TEMÁTICA OPINIÃO


AS VEZES SIM SIM NÃO

Para diferenciar do editorial eu vou pela opinião, a notícia tem um disfarce de juízos de valor.
Notícias banais não levam assinatura.

BREVE ENSAIO
Aparece muito em prova!

ASSINATURA TEMÁTICA OPINIÃO


SIM UNIVERSAL SIM

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CRÔNICA

É uma espécie de mistura de literatura com jornalismo. O cronista não tem comprometimento
com a verdade ou com a realidade. Por meio dessas histórias há uma crítica a realidade.
É linguagem comum, corriqueira.
São questões mais simples as relacionadas à crônica.
Exemplificando-
‘’Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório
para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda
de reflexões e leitura, uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a
grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros.Tratei de encomendá-la a seu
Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. era quase em frente ao prédio onde morava
Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e antiga Montenegro, hoje Vinícius de Moraes. Esta-
va ali uma semana e nem decorara ainda o número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim,
ao preencher a nota de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um mo-
mento de hesitação . Mas foi só por um momento. Pensei rápido: ‘’ se o prédio do Mario é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve se 227’’. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira
vez, observara que apesar de ficar em frente ao de Mário, havia uma diferença de numeração.
Visconde de pirajá, 127 – respondi, e seu joaquim desenhou o endereço na nota.
Tudo bem, seu Ferreira. dentro de um mês estará lá sua estante
Um mês seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
A estante é grande, dá muito trabalho. Digamos três semanas.’’
Pergunta
O trecho ‘’ dá muito trabalho’’ constitui uma referência de seu Joaquim à confecção da estan-
te, tarefa que, segundo ele, seria trabalhosa
  CERTO ( )ERRADO
De acordo com as informações do texto, é correto inferir que seu Joaquim era analfabeto, uma
vez que ele ‘’desenhou o endereço na nota’’
( )CERTO   ERRADO a palavra desenhar vem de forma FIGURADA, pois se fosse analfabe-
to ele não teria escrito que seu Joaquim -preencheu a nota-

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CHARGE

De modo geral, se passar de um quadro é história em quadrinhos. Na charge há uma crítica


contundente. Pode ser só linguagem verbal ou verbal e não verbal. Já o cartum não tem essa
intenção crítica, é só para satirizar fato do cotidiano. Charge pode ter ou não ter humor.

CARTUM

Na CESPE eles muitas vezes usam a palavra CHARGE e a palavra CARTUM no lugar uma da ou-
tra, há falta de precisão do vocábulo.

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QUADRINHOS

Iniciaremos aqui então a SEMÂNTICA


Meus queridos, na nossa prova aparece questões relacionadas com ANTONÍMIA E SINONÍMIA
-Sempre que vocês virem *onima, *onimo, *onimia, isto significa NOME.
Então, se temos sinONIMO eu penso em nomes semelhantes. O sinônimo perfeitos não existe,
pois teria que ser a substituição da palavra no mesmo contexto. Por que eu estou chamando
atenção para isso? Para vocês não pirarem!
‘sin’, significa aproximação, e não igual.
Os ANTÔNIMOS são palavras opostas, contrárias. Podem se originar do acréscimo de um prefi-
xo de sentido oposto ou negativo.
mal X bem
possível X IMpossivel
simpático X ANTIpático
CUIDADO
Quando aparecer ‘correção gramatical’, ou seja, tirar uma palavra e colocar a outra, NADA AL-
TERA.
Exemplificando-
‘’Quando nos referimos à supremacia de um fenômeno sobre outro, temos logo a impressão
de que se esta falando em superioridade, mas, no caso da relação entre oralidade e escrita,
essa é uma visão equivocada, pois naos e pode afirmar que a fala seja superior a escrita ou
vice-versa. Em primeiro lugar, deve-se ter em mente o aspecto que se está comparando e, em
segundo, deve-se considerar que essa relação não é nem homogênea nem constante. A pró-
pria escrita tem tido uma avaliação variada ao longo da história e nos diversos povos.
Existem sociedades que valorizam mais a fala, e outras que valorizam mais a escrita. A única
afirmação correta é a de que a fala veio antes da escrita. Portanto, do ponto de vista cronoló-
gico, a fala tem precedência sobre a escrita, mas do ponto de vista do prestígio social a escrita
tem supremacia.sobre a fala na maioria das sociedades contemporâneas.
Não se trata, porém, de algum critério intrínseco nem de parâmetros linguísticos, e sim de uma
postura ideológica. São valores que podem varias entre sociedades e grupos sociais ao longo
da história. Não há por que negar que a fala é mais antiga que a escrita e que esta lhe é poste-
rior e, em certo sentido, dependente. Mesmo considerando a enorme e inegável importância
que a escrita te nos povos e nas civilizações ditas ‘’letradas’’, continuamos povos orais.’’

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Pergunta-
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se substituísse
a) ‘’orais’’ por comunicativos
b) ‘’equivocada’’ por desordenada
c) ‘’precedência’’ por preferência
d) ‘’intrínseco’’ por inerente xxx
e) ‘’inegável’’ por incerta

HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA
‘’Onimia’’ nós já sabemos que tem a ver com nome, correto? Então HIPERonimica é uma pala-
vra de valor abrangente, e HIPOnímia é a de valor restrito.
Observe este enunciado:
‘Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão...estavam baratas, pois são frutas
da estação.’
Aqui a palavra -frutas- seria a hiperonimia; banana, melão, abacaxi e maçã seriam hiponí-
mias.
Seguindo na semântica, agora POLISSEMIA
Significa ‘’muitos sentidos’’, contudo, assim que se insere no contexto, a palavra perde seu ca-
ráter polissêmico e assume significado específica, isto é, significado contextual.

Assim, dentro da frase a palavra perde a polissemia.

Daqui vem as figuras de linguagem, que podem ser de som, palavra e pensamento.
Na hora da prova, pode cair na perguntando buscando o ‘trecho metafórico’, e então já deve-
mos saber que é aquele com sentido FIGURADO.
Ex: ‘’amar é um deserto e seus temores.’’
Pode cair também SÍMILE, ou seja, comparação. Ironia também pode aparecer, e é uma cono-
tação proposital.
Antítese também é uma conotação e pode cair, ela consiste em uma aproximação de opostos
(nesta prova apareceria sobre o nome de construção ANTITÉTICA). Exemplo: ‘’contentamento
descontente’’.

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Possível também ver na prova paradoxo, sob o nome de construção paradoxal (oposições que
se sobrepõe).
Exemplificando questões de polissemia
‘’Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório
para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda
de reflexões e leitura, uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a
grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros.Tratei de encomendá-la a seu
Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.’’
Pergunta- A expressão ‘’armar ali a minha tenda’’ foi empregada no texto em sentido figurado.
  CERTO ( )ERRADO
‘’O diabetes é conhecido desde a Antiguidade, sobretudo porque é uma doença de fácil diag-
nóstico: as formigas se encarregam disso. Há séculos, sabe-se que a urina do diabético é uma
festa para o formigueiro. Também não escapou aos médicos de outrora o fato de que a pessoa
diabética urina muito e emagrece. ‘ as carnes se dissolvem na urina’, diziam os gregos.’’
Pergunta- ‘Há uma metáfora no período ‘’há séculos, sabe-se que a urina do diabético é uma
festa para o formigueiro’’.
  CERTO ( )ERRADO
Então é isso meus amores, Leiam tudo muito bem e façam uma ótima prova!

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