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TEXTO – CONTEXTO – LEITURA - CONCEITO

INTERPRETAÇÃO

:: Do latim textus, um texto é um conjunto coerente de enunciados, podendo


estes ser escritos ou orais. Trata-se de uma composição de signos codificada
sob a forma de um sistema e que forma uma unidade de sentido.

ESTRUTURA

:: Análises transfrásticas
:: Gramática de texto
:: Linguística textual
:: Contexto e interação
:: Texto e contexto
:: Processos de contextualização
:: Responsável por apresentar o principal sentido de um determinado texto. O
Contexto é um dos elementos mais importantes que compõe um escrito. Este
INTERPRETAÇÃO

elemento tem a função essencial de mostrar o sentido presente em um


determinado texto, ou seja, ele define a semântica principal.

:: Chama-se de apreensão esse entendimento restrito aos limites físicos do


texto, isto é, o leitor não necessita recorrer a informações externas ao texto,
atendo-se somente aos elementos textuais, como o vocabulário, a estrutura
textual, entre outros.

:: :: A compreensão de um texto só é possível mediante a interação dinâmica


entre os conhecimentos decorrentes da análise do texto e os do próprio leitor.
•LEITOR + TEXTO = LEITURA
INTERPRETAÇÃO

Pensar

Conhecer

Interpretar

Compreender

Ler
▪ LER – o ato em si, de que qualquer pessoa alfabetizada, por
definição, é capaz.
INTERPRETAÇÃO

▪ COMPREENDER – perceber, apreender intelectualmente o que se leu.

▪ INTERPRETAR – dar um sentido, um significado, ao que foi lido.

▪ CONHECER – tomar para si o sentido encontrado, agregando


experiência e conhecimento ao seu acervo cultural.

▪ PENSAR – refletir sobre a leitura, produzindo conhecimento.


LEITURA E INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO

CONHECIMENTO LINGUÍSTICO: domínio do


código, da língua, que permite decodificar o texto
e fazer associações gramático-estruturais das
partes que o formam.

CONHECIMENTO DE MUNDO: acúmulo de


informações culturais, ideológicas, intelectuais e
que permite levantar hipóteses sobre o que o
texto quer nos dizer e estabelecer relações com a
realidade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
BÍBLIA
É só o amor! É só o amor
INTERPRETAÇÃO

Que conhece o que é verdade


O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

O amor é um fogo que arde sem se ver


É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente CAMÕES
É dor que desatina sem doer (...)

É um não querer mais que bem querer


É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
BÍBLIA
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um estar-se preso por vontade
INTERPRETAÇÃO

É servir a quem vence, o vencedor


É um ter com quem nos mata a lealdade BÍBLIA
Tão contrário a si é o mesmo amor

Estou acordado e todos dormem


Todos dormem, todos dormem RENATO RUSSO
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade BÍBLIA
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO

Jeremias,(detalhe do teto da O pensador, Auguste Rodin,


Capela Sistina) 1881.
Michelangelo, 1511.
INTERPRETAÇÃO

O pensador, Auguste Rodin,


1881.

TARSILA DO AMARAL
ABAPORU (1928)
INTERPRETAÇÃO

A EXECUÇÃO DOS REBELDES DE 3 DE MAIO DE 1808


FRANCISCO DE GOYA (1814)
A execução do imperador
Maximiliano do México,
INTERPRETAÇÃO

Édouard Manet, 1867/8.

Massacre na Coreia,
Pablo Picasso, 1951.
1875

1888
INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO

Múmia da civilização
chachapoya, do Peru,
exposta no Museu
Trocadero, Paris, 870 a.C
INTERPRETAÇÃO

O grito
Edvard Munch, 1893.
INTERPRETAÇÃO

NOSFERATU (1922)
INTERPRETAÇÃO

NOSFERATU (1922) TIO CHICO, A FAMÍLIA ADDAMS (1991)


INTERPRETAÇÃO

A FAMÍLIA ADDAMS (1991) MEU MALVADO FAVORITO (2010)


IDENTIFIQUE O TIPO DE LINGUAGEM
INTERPRETAÇÃO

LINGUAGEM COMUM DENOTAÇÃO LINGUAGEM LITERÁRIA CONOTAÇÃO

 Impessoal, racional.  Subjetiva, 1ª pessoa.


 Função Referencial.  Pessoal, emocional.
 Preocupa-se mais com o  Função emotiva, poética.
conteúdo.  A Forma também é uma
 Expressa-se diretamente. preocupação.
 Sentido único, preciso.  Expressa-se por meio de
 Utilização da palavra em figuras de linguagem.
sentido real, próprio.  Empregada em textos
Sentido dicionarizado. literários e artísticos.
Sentido múltiplo, polissemia.
Questão - (ENEM) Ler não é decifrar, como em um jogo de adivinhações, o sentido de
um texto. É, por meio do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir
relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o
tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a
INTERPRETAÇÃO

essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.

Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos,


valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato
de o texto

A) ressaltar a importância da intertextualidade.


B) propor leituras diferentes das previsíveis.
C) apresentar o ponto de vista da autora.
D) discorrer sobre o ato de leitura.
E) focar a participação do leitor.
QUESTÃO (ENEM) Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira que vem dos
tempos do Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era
usada como treinamento militar. As crianças romanas, então, fizeram imitações
reduzidas do campo utilizado pelos soldados e acrescentaram numeração nos
quadrados que deveriam ser pulados. Hoje, as amarelinhas variam nos formatos
INTERPRETAÇÃO

geométricos e na quantidade de casas. As palavras “céu” e “inferno” podem ser escritas


no começo e no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto.
Disponível em: http:www.biblioteca.ajes.edu.br. Acesso em: 20 maio 2015. (adaptado)

Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo de adaptação pelo qual
passou um tipo de brincadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras
comportam o(a)

A) caráter competitivo que se assemelha às suas origens.


B) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo.
C) definição antecipada do número de grupos participantes.
D) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam.
E) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada.
QUESTÃO (ENEM) Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira que vem dos
tempos do Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era
usada como treinamento militar. As crianças romanas, então, fizeram imitações
reduzidas do campo utilizado pelos soldados e acrescentaram numeração nos
quadrados que deveriam ser pulados. Hoje, as amarelinhas variam nos formatos
INTERPRETAÇÃO

geométricos e na quantidade de casas. As palavras “céu” e “inferno” podem ser escritas


no começo e no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto.
Disponível em: http:www.biblioteca.ajes.edu.br. Acesso em: 20 maio 2015. (adaptado)

Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo de adaptação pelo qual
passou um tipo de brincadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras
comportam o(a)

A) caráter competitivo que se assemelha às suas origens.


B) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo.
C) definição antecipada do número de grupos participantes.
D) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam.
E) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada.
(ENEM) Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício
propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a
imagem do que a desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o
vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os
INTERPRETAÇÃO

loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da
nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os
negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira
esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça,
trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e
proteção atira naquela geena social.

BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.

No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade
social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma

A) medida necessária de intervenção terapêutica.


B) forma de punição indireta aos hábitos desregrados.
C) compensação para as desgraças dos indivíduos.
D) oportunidade de ressocialização em um novo ambiente.
E) conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos.
QUESTÃO ENEM
Ata

Acredito que o mau tempo haja concorrido para que os sabadoyleanos* hoje não estivessem
INTERPRETAÇÃO

na casa de José Mindlin, em São Paulo, gozando das delícias do cuscuz paulista aqui
amavelmente prometido. Depois do almoço, visita aos livros dialogantes, na expressão de
Drummond, não sabemos se no rigoroso sistema de vigilância de Plínio Doyle, mas de
qualquer forma com as gentilezas das reuniões cariocas. Para o amigo de São Paulo as
saudações afetuosas dos ausentes presentes, que neste instante todos nos voltamos para o seu
palácio, aquele que se iria desvestir dos ares aristocráticos para receber camaradescamente os
descamisados da Rua Barão de Jaguaribe.
Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da tradição bandeirante, que hoje nos
conformamos com os biscoitos à la Plínio Doyle.

ANDRADE, C. D. et al. In: MINDLIN, J. (org.) Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Rio de Janeiro, 20 nov. 1976.

sabadoyleanos: frequentadores do sabadoyle, nome dado ao encontro de intelectuais,


especialmente escritores, realizado habitualmente aos sábados, na casa do bibliófilo Plínio
Doyle, situada no Rio de Janeiro.
INTERPRETAÇÃO

Da leitura do texto, depreende-se que

A) o anfitrião carioca, embora gentil, tem ciúme de sua biblioteca.


B) o anfitrião paulista recebeu com honrarias os amigos cariocas, que visitaram
a sua biblioteca.
C) os cariocas não se sentiram à vontade na casa do paulista, a qual, na
verdade, era uma mansão.
D) os cariocas preferiram ficar no Rio de Janeiro, embora a recepção em São
Paulo fosse convidativa.
E) o fracasso da visita dos cariocas a São Paulo abalou a amizade dos
bibliófilos.

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