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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

| Módulo Completo – Prof. Teófilo Beviláqua


OS: 040/2/24-Gil

CONCURSO: DOBRADINHA – CEF & BNB

Encontro 1 – Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Domínio dos


mecanismos de coesão textual. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais
Encontro 2 – Ortografia Oficial
Encontro 3 – Emprego das Classes de Palavras
Encontro 4 – Emprego das Classes de Palavras II
Encontro 5 – Domínio da Estrutura Morfossintática do Período
ASSUNTO: Encontro 6 – Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração
Encontro 7 – Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração
Encontro 8 – Pontuação
Encontro 9 – Concordância
Encontro 10 – Regência
Encontro 11 – Crase
Encontro 12 – Colocação Pronominal e Frase

ENCONTRO 01 universo de valores e conhecimentos externos (a realidade


extratextual).
Compreensão e interpretação de textos de
A organização e progressão temática conta, em geral,
gêneros variados. Domínio dos mecanismos com a topicalização de uma ideia principal (central, nuclear)
de coesão textual. Reconhecimento de e ideias secundárias (detalhes de apoio). A ideia central
tipos e gêneros textuais pode ser pensada tanto globalmente quanto localmente.
Pensamos na ideia global do sentido geral do texto,
vinculando-a aos objetivos do autor, ao tipo e ao gênero
textual, ao nível de linguagem empregado e, obviamente, à
TEXTO temática abordada. Sem dúvida, o texto trata de um
A ideia de texto não se restringe a palavras. Uma determinado assunto (geral) e, sobre ele, faz-se uma
pintura, uma escultura, uma tirinha de jornal, uma charge, abordagem específica (ideia central, tematização). Para que
enfim, tudo o que é criado a partir de um conjunto de se dê coerência a esta ideia central, o texto é distribuído em
códigos e sentidos compartilhados socialmente é um texto subunidades de sentido, que são as ideias secundárias. As
(verbal, não verbal, misto, falado ou escrito). ideias secundárias servem para dar continuidade ao que se
pretende com o texto, são detalhes (alusões históricas,
É fundamental compreender que todo texto é dados estatísticos, citações, comparações, explicações,
resultado de uma intencionalidade. A percepção dessa análises do autor, novas ações narrativas, etc). São elas que
intenção (objetivo/finalidade/propósito) não está apenas consubstanciam o que se pretende com a ideia central.
em um ponto do texto, o sentido que ele pretende produzir Cabe aos parágrafos do texto ir apontando os “caminhos”
está no todo. Isso significa que um texto não é um conjunto secundários que farão com que o todo ganhe sentido.
de códigos (frases, orações, símbolos) desordenados. Há, no
contexto de produção e recepção, na relação com outros
textos, na progressão temática, no título, no nome do(a) NÃO SE ZANGUEM
autor(a), no gênero textual utilizado, no assunto, na
linguagem, nas pistas explícitas ou implícitas, um conjunto
de ligações que produzem o efeito do todo e que permitem, A cartomancia entrou decididamente na vida nacional.
utilizando-nos de conhecimentos de mundo, que Os anúncios dos jornais todos os dias proclamam aos quatro
construamos um sentido adequado. ventos as virtudes miríficas das pitonisas. Não tenho
absolutamente nenhuma ojeriza pelas adivinhas; acho até
que são bastante úteis, pois mantêm e sustentam no nosso
espírito essa coisa que é mais necessária à nossa vida que o
COERÊNCIA próprio pão: a ilusão.
A coerência de um texto é garantida pelas relações de Noto, porém, que no arraial dessa gente que lida com
sentido presentes nele. Trata-se da lógica que assegura ao o destino, reina a discórdia, tal e qual no campo de
leitor a possibilidade de compreendê-lo e interpretá-lo, isto Agramante. A política, que sempre foi a inspiradora de
é, o sentido que o texto faz interna e externamente. O texto azedas polêmicas, deixou um instante de sê-lo e passou a
tanto deve manter sentido entre as suas partes internas vara à cartomancia.
(palavras, orações, períodos, parágrafos) quanto com o
Duas senhoras, ambas ultravidentes, extralúcidas e
não sei que mais, aborreceram-se e anda uma delas a dizer
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da outra cobras e lagartos. Como se pode compreender que


duas sacerdotisas do invisível não se entendam e deem ao
público esse espetáculo de brigas tão pouco próprio a quem
recebeu dos altos poderes celestiais virtudes excepcionais?
A posse de tais virtudes devia dar-lhes uma
mansuetude, uma tolerância, um abandono dos interesses
terrestres, de forma a impedir que o azedume fosse logo
abafado nas suas almas extraordinárias e não rebentasse
em disputas quase sangrentas. Uma cisão, uma cisma nessa
velha religião de adivinhar o futuro, é fato por demais grave
e pode ter consequências desastrosas.
Suponham que F. tenta saber da cartomante X se coisa
essencial à sua vida vai dar-se e a cartomante, que e
dissidente da ortodoxia, por pirraça diz que não. O pobre
homem aborrece-se, vai para casa de mau humor e é capaz
de suicidar-se.
O melhor, para o interesse dessa nossa pobre Disponível em: https://cffb.org.br/campanha-da-fraternidade-2023-
humanidade, sempre necessitada de ilusões, venham de fraternidade-e-fome/
onde vier, é que as nossas cartomantes vivam em paz e se
entendam para nos ditar bons horóscopos. LER É COMPREENDER E INTERPRETAR
Lima Barreto. Vida urbana, 26-12-1914 Saber ler é saber compreender e interpretar. É parte
do processo de leitura, sem dúvida, a habilidade de
decodificar, isto é, de dizer as palavras. Porém,
simplesmente “dizer” o texto não é suficiente para se
O Adeus de Teresa chegar ao objetivo básico de todo ato leitor, que é construir
A vez primeira que eu fitei Teresa, sentido. O desenvolvimento dessa prática amplia o
Como as plantas que arrasta a correnteza, desenvolvimento de funções cognitivas superiores, como a
A valsa nos levou nos giros seus memória, o estabelecimento de relações, a tirada de
E amamos juntos E depois na sala conclusões sobre temas, enfim, a capacidade de interagir
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala com os textos de maneira produtiva e não apenas
reprodutiva.
E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”
COMPREENSÃO: é o processo de localização no texto.
Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
Em outros termos, é a habilidade de identificar e
E da alcova saía um cavaleiro
parafrasear o que está explícito. É uma compreensão
Inda beijando uma mulher sem véus
literal!
Era eu Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa • Enunciado: Muitos professores farão o concurso da
Prefeitura de Fortaleza.
E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!” • Compreensão literal: O concurso da Prefeitura de
Fortaleza será feito por muitos professores.
Passaram tempos sec’los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
… Mas um dia volvi aos lares meus. INTERPRETAÇÃO: é perceber informações implícitas,
Partindo eu disse – “Voltarei! descansa!. . . ” de maneira a tirar conclusões coerentes com o que o texto
Ela, chorando mais que uma criança, permite. É a capacidade de deduzir, inferir algo das
entrelinhas. Há duas possibilidades recorrentes de
Ela em soluços murmurou-me: “adeus!” interpretação: o pressuposto e o subentendido.
Quando voltei era o palácio em festa! O pressuposto é uma inferência orientada por pistas
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra lexicais presentes no próprio texto. Tais pistas ocorrer por
Preenchiam de amor o azul dos céus. meio de advérbios, adjetivos, numerais, verbos etc.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
• Este é o meu segundo carro. (Está pressuposto que
Foi a última vez que eu vi Teresa!
quem afirma já teve um carro)
E ela arquejando murmurou-me: “adeus!” • Desta vez, você acertou em cheio. (Está pressuposto
(Castro Alves) que, de outra vez, houve erro)

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• Ele parou de beber ano passado. (Está pressuposto que de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos 1,28 dólar
o fulano bebia) em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados.
Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares
contabilizou apenas os custos referentes a intoxicações
O subentendido é uma inferência obtida pela agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acrescidos
interpretação contextual. Aqui entra o aspecto da contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os
subjetividade, o que significa que nem sempre um prejuízos podem atingir cifras assustadoramente maiores.
subentendido é uma verdade plena. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e
Ex. estudos mensurando seus reais custos socioambientais são
A mãe, vendo o filho na sala e vendo a porta da casa aberta, raros ou inexistentes”, diz.
diz: Seja na agricultura familiar, seja nas grandes
- A porta está aberta. propriedades rurais, “os impactos dos agrotóxicos na saúde
pública abrangem vastos territórios e envolvem diferentes
O filho levanta-se e vai fechar a porta. grupos populacionais”, afirma dossiê publicado pela
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade
(Neste caso, pelas relações contextuais e subjetivas do filho, que reúne pesquisadores de diversas universidades do país.
este concluiu que mais que declarar que a porta estivava Não são apenas agricultores e suas famílias que
aberta, a mãe queria que ele a fosse fechar). integram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais
Ex. Um político vai a uma comunidade humilde, beija envolvidos no comércio e na manipulação dessas
crianças, aperta mãos de adultos, abraça a todos que vê. substâncias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos
Uma senhora, vendo a cena, comenta: nós, diariamente, a cada refeição, ingerimos princípios
ativos de agrotóxicos em nossos alimentos”, garante uma
- Falso! médica da Universidade Federal do Ceará (UFC). “Hoje, todo
(Neste caso, pelas relações contextuais e subjetivas, a mundo come veneno”, afirma um agricultor.
senhora chegou à conclusão que os gestos do candidato Produtores e especialistas alinhados ao modelo
tratavam se de mera conveniência política, em busca de convencional de produção agrícola insistem: sem
angariar votos, resumindo a atuação do candidato como agrotóxicos seria impossível alimentar uma população
falsa). mundial em constante expansão. Esses venenos seriam,
portanto, um mal necessário, de acordo com esses
produtores. Agricultores garantem que não há nenhuma
(CESGRANRIO - 2023 - TRANSPETRO - TÉCNICO DE
dificuldade em produzir alimentos orgânicos, sem
INFORMÁTICA)
agrotóxicos, para alimentar a população. Segundo eles, “a
Brasil, paraíso dos agrotóxicos humanidade domina a agricultura há pelo menos 10 mil
anos, e o modelo imposto no século 20 vem apagando a
O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de
herança e o acúmulo de conhecimento dos métodos
uma economia agrária pujante, o país desperta para o
tradicionais.”
pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior
consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial Mas a pergunta que não quer calar é: será que um
tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por modelo dito “alternativo” teria potencial para alimentar
exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o uma população que, até 2050, deverá chegar a 9 bilhões?
preço de tais commodities – que há tempos são o motor de Certamente tem muito mais potencial do que o
uma economia primária à la colonialismo moderno – agronegócio que, hoje, não dá conta nem de alimentar 7
compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados bilhões, retrucam estudiosos. Sistemas de produção
nos cálculos do comércio internacional? descentralizados têm muito mais condições de produzir e
distribuir alimentos em quantidade e qualidade. Precisamos
“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares,
de outra estrutura agrária – baseada em propriedades
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
menores, com produção diversificada, privilegiando
Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera
mercados locais e contemplando a conservação da
que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas
biodiversidade. A engenheira agrônoma Flávia Londres
doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural
assina embaixo e defende que “Monoculturas são grandes
– e no ser humano – por anos ou mesmo décadas. “Ao final
desertos verdes. A agroecologia, portanto, requer uma
das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e
mudança paradigmática no modelo agrário, que resultaria,
pela contaminação ambiental é a sociedade”, afirma Soares.
na verdade, em uma mudança cultural”.
Em seu melhor economês, ele garante que as
“externalidades negativas” de nosso modelo agrário KUGLER, H. Revista Ciência Hoje, n. 296, v. 50. RJ: SBPC. set. 2012.
Adaptado
continuam de fora dos cálculos.
Segundo o economista do IBGE, que estudou
propriedades rurais no Paraná, cada dólar gasto na compra
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O objetivo principal do texto é discutir a as mãos. E os filhos já começavam a reproduzir o gesto


A) contraposição entre a agricultura orgânica e a hereditário.
convencional, baseada no uso de agrotóxicos. RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 120ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2013.

B) implementação de monoculturas para a renovação do


bem-sucedido modelo agrário brasileiro.
Nesse ponto as ideias de sinha Vitória seguiram
C) importância de o nosso país se manter na liderança na outro caminho, que pouco depois foi desembocar no
concorrência mundial do agronegócio. primeiro. Não era que a raposa tinha passado no rabo a
D) intoxicação dos trabalhadores e a contaminação galinha pedrês? Logo a pedrês, a mais gorda. Decidiu armar
ambiental provocados pela agricultura familiar. um mundéu perto do poleiro. Encolerizou-se. A raposa
pagaria a galinha pedrês.
E) perspectiva de o agronegócio conseguir produzir
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 120ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2013.
alimentos para uma população de sete bilhões de
pessoas.
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói
COESÃO TEXTUAL de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite.
Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego Houve um momento em que o silêncio foi tão grande
de elementos de referenciação, substituição e repetição, de escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia
conectores e de outros elementos de sequenciação textual. tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que
4.2 Emprego de tempos e modos verbais. chamaram de Macunaíma.
ANDRADE, Mário. Macunaíma.
A organização textual exige que as frases e os
parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta a COESÃO SEQUENCIAL: ajudam a dar sequência às ideias do
sequenciação coerente do texto e a interdependência texto por meio de preposições, locuções prepositivas,
entre as ideias. Esse encadeamento pode ser expresso por conjunções, locuções conjuntivas, pronomes relativos
conjunções, por determinadas palavras, ou pode ser
inferido a partir da articulação dessas ideias. Preposições,
conjunções, advérbios e locuções adverbiais são "João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos,
responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro
uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. Cada paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do
parágrafo será composto de um ou mais períodos também bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco
articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relação que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o
com as anteriores. patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de
Fonte: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/418-enem- ordenados vencidos, nem só a venda com o
946573306/81381-conheca-as-cinco-competencias-cobradas-na-redacao- que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em
do-enem dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o
COESÃO REFERENCIAL: ocorre quando um termo do texto rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor,
faz referência a outro. Isso ocorre por meio de pronomes, possuindo-se de tal delírio de enriquecer,
advérbios, verbos, artigos, elipse, numerais, sinônimos, que afrontava resignado as mais duras
hiperônimos, nomes genéricos privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em
cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de
estopa cheio de palha."
Fabiano curou no rasto a bicheira da novilha raposa. Aluísio Azevedo. O cortiço. In: Internet: <www.dominiopublico.gov.br>.
Levava no aió um frasco de creolina, e se houvesse achado o
animal, teria feito o curativo ordinário. Não o encontrou,
mas supôs distinguir as pisadas dele na areia, baixou-se, Chegaram à igreja, entraram. Baleia ficou passeando
cruzou dois gravetos no chão e rezou. Se o bicho não na calçada, olhando a rua, inquieta. Na opinião dela, tudo
estivesse morto, voltaria para o curral, que a oração era devia estar no escuro, porque era noite, e a gente que
forte. Cumprida a obrigação, Fabiano levantou-se com a andava no quadro precisava deitar-se. Levantou o focinho,
consciência tranquila e marchou para casa. Chegou-se à sentiu um cheiro que lhe deu vontade de tossir. Gritavam
beira do rio. A areia fofa cansava-o, mas ali, na lama seca, demais ali perto e havia luzes em abundância, mas o que a
as alpercatas dele faziam chape-chape, os badalos dos incomodava era aquele cheiro de fumaça. Os meninos
chocalhos que lhe pesavam no ombro, pendurados em também se espantavam. No mundo, subitamente alargado,
correias, batiam surdos. A cabeça inclinada, o espinhaço viam Fabiano e sinha Vitória muito reduzidos, menores que
curvo, agitava os braços para a direita e para a esquerda. as figuras dos altares. Não conheciam altares, mas
Esses movimentos eram inúteis, mas o vaqueiro, o pai do presumiam que aqueles objetos deviam ser preciosos. As
vaqueiro, o avô e outros antepassados mais antigos haviam- luzes e os cantos extasiavam-nos. De luz havia, na fazenda,
se acostumado a percorrer veredas, afastando o mato com o fogo entre as pedras da cozinha e o candeeiro de
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querosene pendurado pela asa numa vara que saía da taipa; Haverá, evidentemente, coordenadas a serem seguidas por
de canto, o bendito de sinha Vitória e o aboio de Fabiano. O um texto conceitual e argumentativo. Mas toda redação
aboio era triste, uma cantiga monótona e sem palavras que deve ser pensada como um processo de descobertas, um
entorpecia o gado. modo de articular o que se sabe para alcançar o que não
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 120ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2013. necessariamente está dado desde o início.
Não se trata de padronizar o próprio texto, mas fazer
aflorar o melhor de nosso raciocínio.
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
O termo em destaque funciona como um elemento de
Sofro, desde a epigênesis da infância,
coesão referencial em relação ao termo entre colchetes em:
A influência má dos signos do zodíaco.
A) “Em primeiro lugar, porque isso é uma necessidade da
Produndissimamente hipocondríaco, vida contemporânea.” [obrigação]
Este ambiente me causa repugnância… B) “... quando o que está em jogo é uma conquista de
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia fato desejada por seu redator.” [bom texto]
Que se escapa da boca de um cardíaco.
C) “Mas o é da forma como damos ênfase àquilo que
fazemos.” [atestado]
Já o verme — este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas D) “O quanto a sério levamos tudo o que fazemos com
Come, e à vida em geral declara guerra, efetiva entrega e delícia.” [regras de português]
E) “Não se trata de padronizar o próprio texto, mas fazer
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, aflorar o melhor do nosso raciocínio.” [texto]
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(Augusto dos Anjos) (CESGRANRIO - 2023 - BANCO DO BRASIL - ESCRITURÁRIO -
AGENTE COMERCIAL)

(CESGRANRIO – SEEC/RN – PROFESSOR DE LÍNGUA O método Barbier, também chamado escrita noturna, era
PORTUGUESA – 2011) um código de pontos e traços em relevo impressos também
em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a
O prazer da escrita sentinelas em postos avançados. Estes decodificariam a
Escrever bem nunca deve ser encarado como uma mensagem até no escuro. Mas como a ideia não pegou na
obrigação. Ao menos, por dois motivos – imagino eu. tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos,
com o nome de grafia sonora. o
Em primeiro lugar, porque isso é uma necessidade da vida
contemporânea. A) “um código de pontos e traços em relevo impressos
também em papelão”
Uma dissertação ruim num concurso público, um texto livre
mal escrito numa seleção de emprego ou uma confusa carta B) “ordens cifradas”
de reclamação ao Procon podem fazer toda a diferença C) “a mensagem”
quando o que está em jogo é uma conquista de fato
D) “a ideia”
desejada por seu redator.
E) “grafia sonora”
Em segundo lugar, porque é um prazer a ser cultivado.
Um texto descuidado não chega a ser atestado de toda uma
formação educacional frágil. Mas o é da forma como TIPOLOGIA TEXTUAL
damos ênfase àquilo que fazemos (como diria Drummond: As tipologias textuais referem-se ao processo geral
“Que triste! Que triste são as coisas, consideradas sem de construção do texto. Em relação a elas, há dois fatores
ênfase.”). Na prática, não há garantia de que aprender uma fundamentais a se observar: a estrutura sequencial interna
dada quantidade de técnicas de escrita nos faça escrever e suas escolhas linguísticas típicas. Em outras palavras, as
melhor. Escrever, como ler, só será efetivamente um hábito tipologias dizem respeito ao modo de organização dos
qualificado se feito com prazer. textos. Há textos que apresentam, por exemplo, uma
É ao esculpir um texto que se percebe o quanto é sequência de fatos (reais ou fictícios), ou uma sequência de
insuficiente decorar regras de português ou macetes características (de um objeto, de uma pessoa, etc), ou um
rápidos de construção retórica. Certamente, um bom texto conjunto de afirmações opinativas, ou meramente fatos
denuncia o quanto a sério levamos o prazer de ler e (conhecimentos, definições, etc). Todos estes exemplos,
escrever. O quanto a sério levamos tudo o que fazemos quando analisados, correspondem à análise das tipologias
com efetiva entrega e delícia. textuais.

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Estas qualidades, entretanto, não restringem os Sem dúvida o meu espectro era desagradável, inspirava
textos a possuírem apenas uma tipologia. É possível que em repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha mãe
um texto haja mais de uma, como o que ocorre com um tinha a franqueza de manifestar-me viva antipatia. Dava-me
romance, que, via de regra, possui a óbvia narração, mas dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega.
também contém, geralmente, descrição. O mesmo ocorre RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1984 (fragmento).
com um artigo de opinião em que predomina a
Ex.:
argumentação, mas que também apresenta informações
(exposição). (Lia pergunta sobre a filha do motorista)
Além disso, tipologias dizem respeito aos aspectos - A filha também lhe dá alegria?
linguísticos (as palavras, a organização sintática, os tempos Ele demora na resposta. Vejo sua boca entortar.
verbais típicos etc). São poucas os tipos textuais
- Essa moda que vocês têm, essa de liberdade.
tradicionais: narrativo, argumentativo (ou dissertativo-
Cismou de andar solta demais e não topo isso. Agora
argumentativo), expositivo (informativo ou dissertativo-
inventou de estudar de novo. Entrou num curso de
expositivo, ou dissertativo-informativo), descritiva,
madureza.
injuntiva, preditiva, dialogal.
- E isso não é bom?
- Só sei que antes de fechar os olhos quero ver a
➔ NARRATIVO: se estrutura e se organiza a partir de uma
garota casada, é só o que peço a Deus. Ver ela casada.
sequência de acontecimentos, de ações. Para isso, a
narrativa vale-se de elementos que colaboram para definir - Garantida, o senhor quer dizer. Mas ela pode
o que ocorreu, com quem ocorreu, onde ocorreu e quando estudar, ter uma profissão e casar também, não é mais
ocorreu a ação: narrador (testemunha, onisciente, garantido assim? Se casar errado, fica desempregada. Mais
personagem), personagem (protagonista, antagonista, velha, com filhos, entende [...].
coadjuvante, linear, não linear), tempo (cronológico ou - A Loreninha também fala assim mas vocês são de
psicológico), espaço (real ou fictício), enredo (o esqueleto família rica, podem ter esses luxos. Minha filha é moça
do texto), clímax e desfecho. O tempo verbal típico da pobre e lugar de moça pobre é em casa, com o marido, com
tipologia narrativa é pretérito perfeito. os filhos. Estudar só serve pra atrapalhar a cabeça dela
Ex.: quando estiver lavando roupa no tanque. [...]
Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na - E se ela casar com uma droga de homem e depois
região de lindas propriedades cafeeiras. Íamos de virar aí uma qualquer porque não sabe fazer outra coisa? Já
automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de pensou nisso? Me desculpe falar assim duro mas vai ter que
boi. Lembro-me do aboio do condutor, a pé, ao lado dos prestar contas a Deus se começar com essa história de
animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”. dizer, case depressa filhinha porque senão seu paizinho não
Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto morre contente. Se acreditar nela, aposto como ela vai
muito, da minha infância, às gargalhadas, vestindo um querer merecer essa confiança, vai ser responsável. Se não,
macacão que minha própria mãe costurava, com bastante é porque não tem caráter, casada ou solteira ia dar mesmo
capricho. Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu em nada.
podia me esbaldar e me sujar à vontade, porque sempre TELLES, Lygia Fagundes. As meninas. São Paulo: Companhia das Letras,
teria um macacão limpo para usar no dia seguinte. 2009.

Jô Soares. O livro de Jô: uma autobiografia desautorizada. São Paulo:


Companhia das Letras, 2017.
➔ EXPOSITIVO: é também chamado de dissertativo-
Ex.: expositivo. Trata-se de uma sequência em que predomina a
Torturava-me semanas e semanas, eu vivia na treva, o rosto exposição de um conteúdo de caráter informativo, ou de
oculto num pano escuro, tropeçando nos móveis, guiando- comentário interpretativo relativo, por exemplo, a um dado
me às apalpadelas, ao longo das paredes. As pálpebras fato ou a um conhecimento da realidade, de maneira
inflamadas colavam-se. Para descerrá-las, eu ficava tempo impessoal e imparcial. Realiza-se, geralmente, em 3ª pessoa
sem fim mergulhando a cara na bacia de água, lavando-me do singular com presença marcante de verbos no presente.
vagarosamente, pois o contato dos dedos era doloroso em Ex.:
excesso. Finda a operação extensa, o espelho da sala de
Pesquisadores italianos desenvolveram um mecanismo
visitas mostrava-me dois bugalhos sangrentos, que se
capaz de bloquear a destruição de células-beta do pâncreas
molhavam depressa e queriam esconder-se. Os objetos
pelo sistema imunológico. O tratamento consiste no uso da
surgiam empastados e brumosos. Voltava a abrigar-me sob
terapia gênica em que há injeção de vírus modificados
o pano escuro, mas isto não atenuava o padecimento.
geneticamente em células do fígado. Estas células passam a
Qualquer luz me deslumbrava, feria-me como pontas de
produzir uma molécula que impede que as células-beta
agulha […].
sejam destruídas por linfócitos T do sistema imune. Com
isso, a tolerância do sistema imunológico é restaurada. Esse

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mecanismo interrompe a progressão da doença e mole, caseira, maternal, coxas e nádegas largas. Nada do
restabelece a glicose do sangue a níveis normais. tipo vigoroso e ágil, aproximando-se da figura do rapaz.
(www.cienciahoje.org.br, 01.06.2015. Adaptado.) Talvez nos motivos psíquicos da preferência por
Ex.: aquele tipo de mulher mole e gorda se encontre mais de
uma raiz econômica: principalmente o desejo, dissimulado,
Em 2000 tivemos a primeira experiência do futebol
é claro, de afastar-se a possível competição da mulher no
feminino em um jogo de videogame, o Mia Hamm Soccer.
domínio, econômico e político.
Doze anos depois, uma petição on-line pedia que a EA
Sports incluísse o futebol feminino no Fifa 13. Contudo, só Gilberto Freyre. Sobrados e mocambos. Cap. IV. pág. 207-208. Texto
adaptado.
em 2015, com uma nova petição on-line, que arrecadou
milhares de assinaturas, tivemos o futebol feminino incluído
no Fifa 16. Vendo um nicho de mercado inexplorado, a EA ➔ DESCRITIVO: é uma tipologia textual que busca
Sports produziu o jogo com 12 seleções femininas e o caracterizar seres, eventos, lugares, etc. Sua estrutura não
apresentou como inovação. A empresa sabe que mais de tem a mesma precisão que o tipo narrativo. Geralmente, os
40% dos praticantes de futebol nos EUA são meninas. Para tempos verbais que são utilizados são o presente e o
elas, ver o futebol feminino representado em um jogo de pretérito imperfeito. Na sua escritura, o autor tenta fazer
videogame é extremamente importante. Ter o futebol uma espécie de “fotografia verbal”, para atingir os sentidos,
feminino no Fifa 16 é um grande passo para a sua a percepção do leitor. O que mais vale é o nível
popularização na luta pela igualdade de gênero, num informacional. Raramente são independentes, pois
contexto machista, sexista, misógino e homofóbico. aparecem ligados a outras tipologias textuais. Deve-se
Disponível em: www.ludopedio.com.br. Acesso em: 5 jun. 2018 atentar, ainda, para seu caráter objetivo e subjetivo.
(adaptado).
Ex.:
“Por cima da moldura da porta há uma chapa metálica
➔ ARGUMENTATIVO: Também chamado de dissertativo- comprida e estreita, revestida de esmalte. Sobre um fundo
argumentativo, trata-se de um texto em que o autor branco, as letras negras dizem Conservatória Geral do
defende um dado ponto de vista. Isso significa que ele Registo Civil. O esmalte está rachado e esboicelado em
utilizará argumentos para defender uma tese. Em seus alguns pontos. A porta é antiga, a última camada de pintura
argumentos, utilizará estratégias, tais como: dados, castanha está a descascar-se, os veios de madeira, à vista,
citações, referências históricas, contra-argumentações, lembram uma pele estriada. Há cinco janelas na fachada.
causas, consequências, etc. Mal se cruza o limiar, sente-se o cheiro do papel velho”
Ex.: SARAMAGO, José. Todos os Nomes. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. p. 11.
“É condenável a atitude que grande parte da sociedade Ex.:
desempenha no que diz respeito à preservação do meio “Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos,
ambiente. Apesar dos inúmeros desastres ecológicos que antipático, cabelo branco, curto e duro, como escova, barba
ocorrem com demasiada frequência, a população continua e bigode do mesmo teor; muito macilento, com uns óculos
“cega” e o pior é que essa cegueira é por opção. Não sou redondos que lhe aumentavam o tamanho da pupila e
especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para davam-lhe à cara uma expressão de abutre (...)”
perceber que o Planeta não anda bem. Tsunamis,
Aluísio Azevedo
terremotos, derretimento de geleiras, entre outros
fenômenos, assustam a população terrestre, principalmente
nos países desenvolvidos – maiores poluidores do Planeta – ➔ INJUNTIVO: É a tipologia que se orienta a partir de duas
seria isso mera coincidência? Ou talvez a mais clara perspectivas: a instrução e a prescrição. Daí por que há o
resposta da natureza contra o descaso com o futuro da predomínio, na realização de sua estrutura, de verbos no
Terra? Acredito na segunda opção”. imperativo. A ideia é instruir, ensinar, orientar, determinar
Disponível em: um procedimento, etc.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/dissertacao-texto-
dissertativo-argumentativo.htm • “Refogue o alho, a cebola, o bacon no azeite ou na
manteiga.
Ex.:
• Coloque a linguiça e deixe fritar.
Também é característico do regime patriarcal o
homem fazer da mulher uma criatura tão diferente dele • Em seguida, adicione o pimentão e as azeitonas até
quanto possível. Ele o sexo forte, ela o fraco; ele o sexo dourar.
nobre, ela o belo. • Coloque a farinha aos poucos e mexa sem parar.
Mas a beleza que se quer da mulher, dentro do • Por último, acrescente os ovos, a salsinha e a
sistema patriarcal, é uma beleza meio mórbida. A menina cebolinha.”
de tipo franzino, quase doente. Ou então a senhora gorda,
Disponível em: http://vovopalmirinha.com.br/?receitas=farofa-de-natal

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ENCONTRO 02
Ortografia Oficial

Embora haja algumas condições para certos usos da grafia


de palavras, um fator primordial para a execução gráfica
correta é a memória ortográfica dos candidatos, isto é, o
seu próprio conhecimento (intuído ou técnico-gramatical).
Historicamente, a avaliação do IMPARH, na seleção de
professores da prefeitura de Fortaleza, privilegiou questões
de marcação gramatical, ou seja, questões que pedem que
se marque a alternativa onde há (in)correta grafia das
palavras, ou questões em que se especifica certa letra (ou
palavra) como tendo sido empregada de maneira correta
etc. De qualquer maneira, seguem algumas dicas
ortográficas.

1. Emprego de algumas letras


 A LETRA “G”: A letra “g” só assume o fonema /g/ em
contato com as letras “e” e “i” (gesto/girino), com som de
“j”. Diante das letras “a”, “o” e “u”, o mesmo fonema
representar-se-á pela letra j (janela/jogo/junto).
a) quando substantivos terminarem em -agem, -igem e -
ugem: bagagem, contagem, garagem, miragem,
viagem; -fuligem, impigem (ou impingem), origem;
ferrugem, rabugem. ATENÇÃO: laje (ou lagem), paje
(ou pajem), lambujem.
b) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -igio, -ógio, -
úgio: adágio, contágio, estágio, pedágio; colégio,
egrégio; litígio, prestígio; necrológio, relógio; refúgio,
subterfúgio.
c) iniciadas pela letra “a”, geralmente seguidas de “ge” e
“gi”: agenda, agiota, agente, agitar etc.
d) verbos terminados em -gir ou -ger: emergir, proteger.
ATENÇÃO: ajeitar (de jeito).

PALAVRAS COM G: algema, álgebra, angico, angina,


apogeu, aragem, auge, bege, bugiganga, esfinge,
estrangeiro, geada, gengibre, gengiva, gibi, gilete, ginete,
(CESGRANRIO - 2021 - CAIXA - TÉCNICO BANCÁRIO NOVO)
gíria, giz, higiene, hegemonia, herege, indigesto, legista,
Considerando-se a organização composicional do texto lido, ligeiro, megera, monge, mugir, ogiva, pugilista, regurgitar,
compreende-se que ele se classifica como sugestão, tangerina, tigela, urgente, vagem etc.
A) argumentativo, pois defende a ideia de que é
importante saber lidar com o dinheiro.  A LETRA “J”:
B) narrativo, pois relata o episódio de uma conversa a) verbos que têm a terminação –jar ou -jear: arranjar
sobre gestão financeira entre amigos. (arranjo, arranjem, etc); despejar (despejo, despeje,
C) descritivo, pois reproduz uma cena de elaboração de etc); gorjear (gorjeiam, etc)
orçamento no cotidiano de uma família. b) palavras de origem tupi, africana, árabe: jê, jiboia,
D) expositivo, pois apresenta informações objetivas sobre pajé, jirau, caçanje, alfanje, alforje, canjica, jerico,
conceitos da área de educação financeira. manjericão, Moji.
E) injuntivo, pois instrui acerca da elaboração de c) palavras derivadas de outras que já apresentam j:
orçamentos para uma vida financeira mais saudável. cerejeira (de cereja); laranjeira (de laranja); lisonjear,
lisonjeiro (de lisonja); lojinha, lojista (de loja).
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 A LETRA “Z”:
PALAVRAS COM J: acarajé, alforje, azulejo, beiju, a) em palavras que derivam de outras em que já “z”:
berinjela, brejo, cafajeste, canjica, caranguejeira, enrijecer, deslize - deslizar, baliza - abalizado; razão - razoável,
gorjeta, granja, jerimum, jequitibá, jesuíta, jirau, jiboia, arrazoar, arrazoado; raiz – enraizar.
lisonjeiro, majestade, manjericão, pajé, trejeito, traje, jeito,
b) nos sufixos: -ez, -eza (formação de substantivos
jegue, jejum, jerico, jirau, jiu-jítsu, jê, jiboia, jirau etc.
abstratos a partir de adjetivos): rijo, rijeza; rígido,
rigidez; nobre, nobreza; surdo, surdez; inválido,
 A LETRA “S”: invalidez; intrépido, intrepidez; sisudo, sisudez; avaro,
avareza; macio, maciez; singelo, singeleza;
a) se tem som de “z” - palavras derivadas de outras que já
possuem s: casa - casinha, casebre, casarão; liso - c) -izar (formador de verbos) e ização (formador de
lisinho, alisar, alisador; análise - analisar, analisador, substantivos): civilizar, civilização; humanizar,
analisante. humanização; colonizar, colonização; realizar,
realização; hospitalizar, hospitalização.
b) com som de “z”, após ditongos: causa, lousa, coisa,
pausa etc. d) terminações: -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito
c) nos sufixos: -ês, -esa (indicando nacionalidade, título,
origem): chinês, chinesa; marquês, marquesa; burguês,
burguesa; calabrês, calabresa; duquesa; baronesa; - Casos interessantes
ense, -oso, -osa (formam adjetivos): cearense,
a) verbos que possuem “nd” e “ns” formam substantivos
brasiliense; gostoso, gostosa; -isa (usa-se na formação
com s: ascender, ascensão; distender, distensão;
de profissões feminina): poetisa, profetisa, papisa,
expandir, expansão; suspender, suspensão; pretender,
sacerdotisa.
pretensão; tender, tensão; estender, extensão.
d) conjugações dos verbos pôr e querer: pus, pusera,
b) verbos com “ced” e “cess” formam nomes com “ss”:
pusesse, puséssemos; repus, repusera, repusesse,
ceder, cessão; conceder, concessão; interceder,
repuséssemos; quis, quisera, quisesse, quiséssemos.
intercessão; exceder, excesso, excessivo; aceder, acesso.
e) Verbos terminarão em “isar”, se as palavras a que
c) há relação gráfica entre “ter” e “tenção” em nomes
correspondem possuírem “s”: paralisia (paralisar), aviso
formados a partir de verbos: abster, abstenção; ater,
(avisar). Porém, catequizar (de catequese), batizar (de
atenção; conter, contenção; deter, detenção; reter,
batismo), hipnotizar (de hipnose), sintetizar (de síntese).
retenção.

PALAVRAS COM S: adversário, acaso, agasalho, alisar,


PALAVRAS COM Z: alazão, alcoolizado, azar, azáfama,
análise, ânsia, ansiar, apreensão, apoteose, através, asa,
aprazível, baliza, bendizer, buzina, bazar, catequizar,
asilo, atencioso, autópsia, aversão, aviso, base, besouro,
flacidez, martirizar, ojeriza, ozônio, proeza, vazão, verniz,
bisavô, blusa, brasa, brasileiro, camisa, camiseta, camisola,
viuvez, xadrez etc.
casa, casaco, casado, casamento, caso, casulo, coisa,
colisão, conclusão, corajoso, cansaço, catalisar, cisão,
compreensão, cortesia, crise, cuidadoso, curiosidade,  A LETRA “X”:
decisão, defesa, delicioso, desajustado, desastre, desejo,
a) após ditongo (som de “ch”): caixa, peixe, eixo, trouxa,
desenhar, desenho, desigual, desorientar, despesa, dose,
baixo, encaixar etc.
empresa, ênfase, entrosar, enviesar, escusável, estudioso,
fabuloso, fase, frase, freguesa, fusível, fusão, gasolina, Exceção: recauchutar e seus derivados.
gracioso, gris, guloso, hesitar, hipótese, improviso, b) após o grupo inicial en: enxada, enxaqueca, enxerido,
impulsionar, isolado, lapiseira, liso, lisura, medusa, mesa, enxame, enxovalho, enxugar, enxurrada.
mesada, misto, música, obséquio, oleoso, ousado,
Cuidado com encher e seus derivados (lembre-se de
paisagem, parafuso, paraíso, pêsame(s), perigoso,
cheio) e palavras iniciadas por ch que recebem o prefixo
perversão, pesadelo, pesado, pesquisa, piso, poetisa, pose,
en-: encharcar (de charco), enchapelar (de chapéu),
preciso, preguiçoso, presa, presente, presídio, pretensão,
enchumaçar (de chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro).
princesa, querosene, raposa, risada, rasura, revés, repulsão,
rosa, roseira, saboroso, sorriso, sósia, surpresa, tesoura, Cuidado: encharcar, enchiqueirar, encher, enchente.
tesouro, transitar, verosímil, verossimilhança (ou c) após o início me: mexer, mexerica, mexerico, mexilhão,
verossimilhança), usado, usina, usual, usuário, vaidoso, México.
vaso, vigésimo, viseira, visita etc.
Cuidado: mecha.

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neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrassom,


PALAVRAS COM X: abacaxi, afrouxar, almoxarife, etc.
atarraxar, baixada, baixela, bauxita, bexiga, broxa (pincel),
bruxo, caixão, caixeiro, caixote, capixaba, caxumba, coaxar,
II – Caso o prefixo termine em uma CONSOANTE.
deixar, desleixo, elixir, encaixotar, engraxar, engraxate,
enxada, enxadrista, enxame, enxergar, enxoval, enxotar, ▪ Prefixo termina em CONSOANTE DIFERENTE da
enxurrada, enxuto, faxina, faxineiro, feixe, frouxo, graxa, consoante que inicia a palavra seguinte: NÃO se usa
gueixa, lagartixa, laxante, luxação, luxo, luxúria, madeixa, hífen.
macaxeira, mexer, mexida, muxoxo, orixá, oxalá, praxe, Exs.: hipermercado, intermunicipal, supersônico,
puxão, relaxado, relaxamento, rouxinol, roxo, taxa interdisciplinar etc.
(imposto), vexame, xadrez, xale, xampu, xará, xarope,
xavante, xaveco, xenofobia, xeque-mate, xereta, xerife,
xícara, xingar, xilindró.... ▪ Prefixo termina em CONSOANTE IGUAL à consoante que
inicia a palavra seguinte: USA-SE o hífen.
Exs.: inter-regional, inter-racial, super-realista, super-
2. Emprego do hífen
resistente, hiper-resiliente, hiper-romântico etc.
• Emprego do hífen na presença de PREFIXOS
Os prefixos são partículas que se acrescentam ao início do
▪ Prefixo termina em CONSOANTE e a palavra seguinte
radical de um vocábulo da língua.
inicia-se com VOGAL: NÃO se usa hífen.
I – Caso o prefixo termine em uma VOGAL.
Exs.: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual,
▪ Prefixo termina em VOGAL IGUAL à vogal que inicia a interestelar, interestudantil, superamigo,
palavra seguinte: USA-SE o hífen. superaquecimento, supereconômico, superexigente,
Exs.: anti-inflamatório, auto-observação, semi-interno, superinteressante, superotimismo.
micro-organismo, micro-ondas, micro-ônibus contra-
ataque, ultra-aquecido.
III - O prefixo “SUB”
Caso o prefixo seja “sub”, USA-SE o hífen quando a palavra
▪ ATENÇÃO: o prefixo “co” junta-se ao segundo elemento seguinte foi iniciada por “B” ou “R”.
iniciado com “o” sem uso do hífen: coobrigar,
Exs.: sub-banda, sub-bairro, sub-base, sub-bibliotecário,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
sub-regional, sub-reino, sub-raça, sub-reitor.
coocupante etc.

ATENÇÃO: subumano, subumanidade, etc. (o H é retirado).


▪ Prefixo termina em VOGAL DIFERENTE da vogal que
inicia a palavra seguinte: NÃO se usa o hífen. IV - Os prefixos “EX”, “RECÉM”, “ALÉM”, “AQUÉM” “VICE”,
“SEM”, “VIZO”, “GRÔ, “GRÃO”, “PARA”, “SOTO” : Devem
Exs.: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo,
ser seguidos de hífen, sim!
antieducativo, autoaprendizagem, autoescola,
autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, Exs.: ex-marido, ex-diretor, ex-vendedor, ex-presidente,
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, recém-casado, recém-nascido, além-mar, além-túmulo,
semianalfabeto, semiesférico, semiopaco aquém-mar, vice-diretor, vice-rei, sem-terra, vizo-rei, grã-
cruz, grã-duquesa, grão-mestre, para-raios,
V - PREFIXOS “CIRCUM” E “PAN”: caso estejam ligados a
▪ Prefixo termina em VOGAL e a palavra seguinte inicia
palavras iniciadas por vogal, m ou n: USE-SE o hífen.
com CONSOANTE: NÃO se usa hífen.
Exs.: circum-meridiano, circum-navegação, pan-americano,
Exs.: autopeças, autoproteção, antinatural, anteprojeto,
pan-africano, pan-asiático, pan-eslavismo, pan-helênico,
contracheque, coprodução, geopolítica,
pan-hispânico, pan-mágico, circum-ambiente, circum-
microcomputador, minimercado, pseudopensador,
escolar, circum-hospitalar, circum-marítimo, circum-
semideus, semicírculo, seminovo, ultravioleta etc.
murado etc.
VI – MAL: deve-se USAR o hífen nas situações em que
▪ Prefixo termina em VOGAL e a palavra seguinte inicia antecede uma palavra iniciada por vogal, H ou L, e com esta
com as CONSOANTES “R” e “S”: NÃO se usa hífen e mantém uma unidade semântica.
dobra-se a consoante inicial.
Exs.: mal-acostumado, mal-amado, mal-agradecido, mal-
Exs.: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, acabado, mal-assombrado, mal-educado, mal-entendido,
antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, mal-estar, mal-humorado, mal-intencionado, mal-limpo etc.
cosseno, infrassom, microssistema, microssaia,
minissaia, multissecular, neorrealismo, pseudossábio,
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ATENÇÃO 1: malcriado, malcuidado, malfeito, malformado, • “o(s)” – cipó, avós, mocotó, dominó, avô, compôs, robô,
malmequer etc. vovô, avós, cipós, compô-lo etc.
ATENÇÃO 2: Caso a palavra “mal” signifique doença, o • “-em” e “-ens” – acém, detém, deténs, entretém,
hífen deve ser usado em não havendo elemento de ligação: entreténs, harém, haréns, parabéns, porém, provém,
mal-francês. provéns, também etc.
VI - OS PREFIXOS “PRÉ”, “PÓS” E PRÓ: deve-se usar hífen • “-éi(s)”, “-ói(s)”, “éu(s)” – coronéis, fiéis, herói, chapéu
quando os prefixos “pré-“, “pós-“, e “pró” forem tônicos, etc.
acentuados.
Exs.: pré-escolar, pré-nupcial, pré-vestibular, pós- As formas verbais do tipo “chamá-la”, “dizê-lo”,
graduação, pós-adolescência, pós-tônico, pós-cirúrgico, pró- “compô-los” sã consideradas oxítonas. Neste caso, as
reitor, pós-auricular formas pronominais existentes pós-hífen devem ser
desconsiderados para efeito de consideração da regra de
ATENÇÃO: caso tais prefixos não sejam autônomos, isto é, acentuação. Assim, “chamá-la” possui acento por ser
sejam átonos, NÃO haverá uso de hífen: predeterminado, oxítona terminada em “a”. Já em “Parti-lo” não há
pressupor, preconceito, preeminente, prejulgar, pospor, acentuação, pois, embora oxítona, termina “i”, o que não é
posfácio, propor, procônsul, procriar, pronome etc. contemplada pela regra.

Monossílabos tônicos possuem apenas uma sílaba e


VII – PREFIXO “RE”: NÃO SE USA HÍFEN com o prefixo “RE”:
são acentuados, se terminados em: -a(s), -e(s), -o(s) e os
Exs. requalificar, readequar, reescrever, reescrita, ditongos abertos “éi”, “éu”, “ói” – já, há, pá; fé, crê, dê, fé,
reaparecer, realterar etc. lê, Lé, pé, ré; dó, mó, nó, pó, só, mós, nós, cós, pôs, pós, sós,
réis, véus, dói.
3. Acentuação gráfica
Para acentuarmos (ou não) uma palavra, devemos PAROXÍTONAS
considerar as regras de acentuação, isto é, uma palavra é Serão acentuadas quando terminadas em:
acentuada devido ao emprego de normas que regulam o
uso de acentos: (´) agudo, (`) grave e (^) circunflexo. • -i ou is – júri, cáqui, beribéri, biquíni, táxi, dândi, lápis,
grátis, oásis, miosótis etc.
As regras de acentuação atuarão, principalmente,
sobre o que diz respeito à posição da sílaba tônica e a • -n – éden, hífen, pólen, abdômen, líquen, sêmen, etc.
terminação da palavra. • -ns – prótons, elétrons
• -ã, -ãs, -ão, -ãos – órfã, ímãs, órgão, órfãos, etc
TONICIDADE E TERMINAÇÃO • -us – vênus, vírus, bônus, ônus, Vênus, tônus, húmus
Sílaba tônica é a sílaba sonoramente mais forte da palavra. etc.
As demais sílabas, se houver mais de uma, são chamadas de • -um(uns) – médium, álbum, fórum, médiuns, álbuns,
átonas. Quando à posição da sílaba tônica, temos as fóruns etc.
seguintes classificações de palavras:
• -r – revólver, açúcar, caráter, éter, mártir, néctar,
• Oxítonas: a sílaba tônica é a última. repórter etc.
• Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. • -ps – bíceps, fórceps, etc.
• Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima. • -l – amável, horrível, móvel, etc.
Além da posição da sílaba tônica, outro critério • -x – fênix, tórax, etc.
determinante para a acentuação gráfica é a terminação da
Ditongos crescente ou decrescente – áurea, azálea,
palavra.
marmórea, argênteo, terráqueos, ígneo, ânsia, boêmia,
frequência, calvície, imundície, cárie, barbárie, declínio,
OXÍTONAS pátios, lábios, amêndoa, Páscoa, mágoas, nódoa, contígua,
espáduas, tênues, bilíngue, árduo.
Serão acentuadas quando terminadas em
• “a(s)” – Paranaguá, Ceará, vatapá, chamá-la, cajá quiçá,
dará, Satanás, aliás, atrás etc.
Ditongo é a junção de uma semivogal + vogal ou de
• “e(s)” – café, vocês, rapé, sapé, através, pontapés, uma vogal + semivogal na mesma sílaba.
contém, contêm, cortês, português, freguês, contê-lo,
etc.

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Semivogal corresponde a um som! E um som com Depois de ditongos decrescentes, o hiato NÃO será
uma intensidade menor que o som de uma vogal. Assim, a acentuado em palavras paroxítonas: feiura, baiuca, Sauipe
palavra “aula”, por exemplo, quando dividimos as sílabas, etc.
temos “AU-LA” – a primeira sílaba possui um ditongo, em
que há a vogal “A” (som mais forte) e a semivogal “U” (som
Depois de ditongo crescente, o hiato será acentuado
mais fraco). Outro critério de determinação de semivogal,
em palavras paroxítonas: Guaíba, Guaíra etc.
além da intensidade, é o fato de que via de regra semivogal
tem SOM de /i/ ou de /u/. Isso significa que a palavra
“SÊMEN” possui uma semi vogal na última sílaba. Sim, o “n” Depois de ditongos decrescentes, o hiato será
representa um som de /i/. A depender da relação, haverá acentuado em palavras oxítonas: Piauí, tuiuiú.
ditongos crescentes (SV+V) e ditongos decrescentes (V+SV),
que poderão ser orais (quando possuem uma vogal de
Nas formas verbais do tipo “atribuí-lo”, “distribuí-lo”, a
timbre aberto ou fechado) ou nasais (quando a vogal é
regra dos hiatos permanece. Neste caso, desconsidera-se a
nasalizada pela presença do ~, m, n).
forma pronominal.

Paroxítonas terminadas em ditongo crescente, como


“história”, “paciência”, “miséria”, “ambulância”, “série” OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
podem receber outra classificação, e válida: proparoxítona • As sílabas PAROXÍTONAS com ditongos abertos em “-ei”
acidental, eventual, relativa. Isso ocorre devido ao fato de e “-oi” não são acentuadas: assembleia, ideia, boleia,
que estas palavras podem ser divididas como jiboia, paranoico, heroico, boia etc.
proparoxítonas: HIS-TÓ-RI-A (proparoxítona eventual).
Então, tanto é correto afirmar que a palavra “paciência” é • As OXÍTONAS e monossílabos com os ditongos abertos
acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo são acentuados: céu, dói, chapéu, anéis, lençóis, herói,
crescente quanto é correto afirmar que ela é proparoxítona constrói, papéis etc.
eventual/relativa. • A forma verbal “pôr” mantém ao cento circunflexo
diferencial para se distinguir da preposição átona “por”.
• A 3.º pessoa do singular do pretérito perfeito Pôde
PROPAROXÍTONAS
mantém o acento diferencial para se distinguir da 3.º
Todas devem ser acentuadas. pessoa do singular do presente Pode.
• Física, esdrúxulo, matemática, ônibus, lâmpada, • Facultativo: pode ser ou não acentuada a palavra
elétrico, última, pílula, víbora etc. “fôrma” (substantivo), distinta de “forma” (substantivo;
3º pessoa do singular do presente do indicativo)
ACENTUAÇÃO DOS HIATOS • As terceiras pessoas do plural dos verbos CRER, DAR,
LER, VER, que formam o encontro “EE” não recebem
Hiato é o encontro de duas vogais que, no processo de acento circunflexo: creem, deem, leem, veem.
separação silábica, ficam em sílabas distintas. As palavras
ca-ri-o-ca e mo-e-da, por exemplo, são casos de hiato. Mas • Palavras com “OO” não recebem acento: enjoo, voo,
o que tem o hiato a ver com a acentuação? O que nos perdoo, abençoo, coroo, magoo, etc.
interessa aqui especificamente é o aquilo que se refere às • Atenção para o verbo “ter” e “vir” e seus derivados:
vogais “i” e “u”, quando representantes da sílaba tônica e singular (tem/vem) e plural (têm/vêm).
da segunda vogal do hiato. Existem condições para que
estas vogais sejam acentuadas:
Condição 1 – a vogal “i” ou “u” estar isolada (e não seguida ENCONTRO 03
de NH) – saída, ruído, cafeína, heroína, uísque, saúva, açaí, Emprego das Classes de Palavras
juízo, caía, saí, destruí-lo, balaústre, baús, saúde, Grajaú,
etc.
Condição 2 – formar sílaba com a letra “s” – país, faísca, SUBSTANTIVOS: nomeiam os seres em geral
egoísmo, altruísmo, casuísmo etc. (pessoas, animais, vegetais, lugares, coisas, ações, estados,
qualidades).
Observe que as palavras “rainha”, “moinho”,
“lagoinha”, “campainha”, “tainha” não possuem acento,
Classificação:
embora possuam hiato... O “problema” é que o “i” é
seguido de NH. • Concreto: nomeiam seres de existência real,
independentes (mulher, casa, galo, Brasília);

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• Abstrato: nomeiam ações, estados, qualidades (alegria, cãs, condolências, férias, fezes, núpcias, óculos, olheiras,
julgamento, pobreza, saudade); pêsames, primícias, víveres, etc.
• Comum: designa todos os seres de uma espécie ou uma
abstração (mulher, continente, oceano); PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:
• Próprio: especifica um ser de determinada espécie a) se se forma de palavras ligadas, sem hífen, forma-se o
(Maria, Europa, Atlântico); plural como se este fosse simples (aguardente-
• Coletivo: são os comuns que designam um conjunto de aguardentes, varapau-varapaus);
seres (alcateia, bando, cacho). b) 1º termo (verbo ou palavra invariável) e 2º termo
(substantivo ou adjetivo) apenas o segundo vai para o
plural:
Flexão: número, gênero e grau.
▪ guarda-chuva/guarda-chuvas
a) NÚMERO – singular/plural
▪ sempre-viva/sempre-vivas
Formação do plural:
▪ vice-presidente/vice-presidentes
1) aos substantivos terminados em vogal ou ditongo
acrescenta-se “s”. Em vogais nasais (que terminam em “m” – ▪ bate-boca/bate-bocas
origem), pluraliza-se com “ns” (origens). ▪ abaixo-assinado/abaixo-assinados
Palavras repetidas: reco-recos.
2) substantivos terminados em “ÃO”, forma-se o plural de c) quando os termos se ligam por preposição (explícita ou
três maneiras: oculta), só o primeiro vai para o plural:
i) maioria muda o “ão” para “ões” (ação-ações, botão – ▪ chapéu-de-sol/chapéus-de-sol
botões, fração – frações, procissão – procissões), incluindo
▪ pão-de-ló/pães-de-ló
os aumentativos (narigão – narigões, rapagão – rapagões);
d) se o segundo termo é determinante do primeiro,
ii) poucos mudam de “ão” para “ães” (alemão-alemães,
apenas o primeiro vai para o plural:
bastião, bastiães, cão-cães, capelão –capelães, guardião-
guardiães, sacristão-sacristães charlatão-charlatães, catalão- ▪ navio-escola/navios-escola
catalães) ▪ salário-família/salários-família
iii) poucas oxítonas e paroxítonas apenas se acrescenta “s” ▪ palavras-chave
(cidadão-cidadãos, cortesão-cortesão, cristão-cristãos,
▪ bombas-relógio
desvão-desvãos, acórdão, acórdãos, benção-bênçãos, órfão-
órfãos). Incluem-se neste grupo os monossílabos tônicos ▪ peixes-espada
(chão, grão, mão, vão). e) geralmente se o composto é formado de SUBSTANTIVO-
SUBSTANTIVO, SUBSTANTIVO–ADJETIVO, NUMERAL-
SUBSTANTIVO os dois vão para o plural:
3) Plural de substantivos terminados em consoante:
▪ carta-bilhete/cartas-bilhetes,
a) terminados em R – acrescenta-se “ES” – Repórteres
▪ tenente-coronel/tenentes-coronéis,
b) substantivos terminados em “s” (quando oxítonos)
formam plural com acréscimo de “es” (inglês-ingleses, ▪ água-marinha/águas-marinhas
revés-reveses, país-países). Quando paroxítonos, são ▪ quintas-feiras
invariáveis (ônibus-ônibus, oásis-oásis, pires-pires, atlas-
Observações:
atlas, cais-cais). Observação: substantivo paroxítono
terminado em “x” são invariáveis (tórax, ônix) ▪ o louva-a-deus e os louva-a-deus
c) Substantivos terminados em –al, -el, -ol, -ul pluralizam- ▪ o bem-te-vi e os bem-te-vis
se com a substituição do “l” por “is” (tribunal-tribunais, ▪ o bem-me-quer e os bem-me-queres
pastel-pastéis, nível-níveis), excetuando-se “mal”, “cônsul”
▪ o joão-ninguém e os joões-ninguém.
(males, cônsules).
d) substantivos oxítonos terminados em “il” mudam o “l”
por “s” (barril-barris, projétil-projetis); GÊNERO:
e) substantivos paroxítonos terminados em “il” forma Biformes: apresentam uma forma para cada gênero
plural com “eis” (fóssil-fósseis, réptil-répteis). (masculino e feminino):
▪ menino/menina
SUBSTANTIVOS DE UM SÓ NÚMERO, que só se escrevem ▪ papa/papisa
no plural: alvíssaras, anais, antolhos, belas-artes, calendas, ▪ boi/vaca

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▪ galo/galinha eclipse, o magma, o tracoma, a agravante, a couve, a


▪ camponês/camponesa comichão, a entorse, a aguardente, a couve-flor, a derme, a
gênese, a alface, a cal, a dinamite, a omoplata, a bacanal, a
▪ ator/atriz cataplasma, a ênfase, a sentinela.
▪ czar/czarina Usam em ambos os casos: o/a aluvião, o/a caudal, o/a
▪ cidadão/cidadã personagem, o/a tapa, o/a amálgama, o/a sabiá, o/a suéter,
▪ leão/leoa o/a usucapião.

▪ sabichão/sabichona
▪ conde/condessa Observações:

▪ duque/duquesa o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o


sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá,
▪ profeta/profetisa o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
▪ mestre/mestra proclama, o pernoite, o púbis, a dinamite, a áspide, a
▪ monge/monja derme, a hélice, a filoxera, a omoplata, a cataplasma, a
pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal, a
▪ réu/ré faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
▪ cavaleiro/amazona
▪ frei/sóror (soror) GRAU:
▪ padrinho/madrinha ▪ normal (casa);
▪ frade/freira. ▪ aumentativo analítico (casa grande);
▪ aumentativo sintético (casarão);
Comum de dois gêneros: apresentam uma única forma para ▪ diminutivo analítico (casa pequena);
os dois gêneros (a diferença está nos determinantes que o
acompanham): ▪ diminutivo sintético (casinha, casebre).
▪ o/a agente
▪ o/a dentista ARTIGOS: acompanha e determina o substantivo
▪ o/a jornalista (gênero, número), apresentando uma ideia de generalização
▪ o/a camarada ou particularização o sentido deste substantivo.

▪ o/a mártir; o/a imigrante • Artigo definido determina um ser de uma dada
categoria: o, a; os, as
▪ o/a indígena.
• Artigo indefinido possui um sentido genérico, pois
refere-se qualquer ser de uma categoria: um, uma; uns,
Sobrecomuns: apresentam seres que são sempre do mesmo umas.
gênero (do sexo masculino ou feminino):
Ex.:
▪ o cônjuge
Na próxima aula trarei um livro. Por gentileza, traga o livro
▪ a testemunha que foi prometido.
▪ o indivíduo Os artigos podem se combinar com preposições: a, de,
▪ a criança em, por (per): ao, aos, à, às, do, dos, da, das, dum, duns,
duma, dumas, no, nos, na, nas, num, nuns, numa, numas,
▪ a criatura
pelo, pelos, pela, pelas.
▪ a vítima.
: Observações:
Epicenos: designam animais e algumas plantas: ▪ Após a palavra todo(a) – Todo o, toda a (inteiro,
▪ a águia inteira): Todo o colégio mobilizou-se – Todo colégio irá
▪ o mamoeiro se mobilizar.

▪ o besouro ▪ Todos, todas deve ocorrer sempre que se refere a


substantivos: Todos se foram (sem artigo); Todos os
▪ a palmeira. meninos (com artigo);
(Especifica-se com “macho” ou “fêmea”) ▪ Ambos – devem ser utilizados com artigos sempre que
Oscilação de gênero: o aneurisma, o clã, o eczema, o matiz, antecedem substantivos: Ambos os estudantes
o apêndice, o dó, o guaraná, o plasma, o champanha, o passaram.
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▪ Lugar - Estou em Fortaleza.


PREPOSIÇÃO: Relaciona dois ou mais termos de uma
oração. O primeiro termo é chamado de regente ▪ Tempo - Eu viajei durante a Copa do Mundo.
(antecedente) e o segundo termo é o regido (consequente). ▪ Modo ou conformidade – A contratação será por
A hora dos estudos é importante. concurso.
Hora rege a construção “das construções”. ▪ Causa – A criança morreu de fome.
Preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem ▪ Assunto – Adoro escrever sobre a educação brasileira.
flexões. Podem, porém, passar por um processo de ▪ Fim ou finalidade – Estamos aqui para estudar.
contração e, nesse caso, concordam em gênero e número ▪ Instrumento – Ednardo cortou- se com a faca.
com as palavras a que se ligam.
▪ Companhia – Cinema é bom com meus amigos.
Contrações de+a (da), de+o (do), de + aquele (daquele), em
+ o (no), em + a (na), etc. ▪ Meio - Voltarei a andar a cavalo.
As preposições põem participar de: ▪ Matéria – Comprei uma aliança de ouro.
a) Complementos nominais: Somos fiéis aos princípios de ▪ Posse - Este caderno é de Pedro.
Deus. ▪ Oposição – O PSDB votou contra o PT.
b) Locuções adjetivas: Receberemos o salário por mês. ▪ Conteúdo - Tomei um copo de (com) suco.
c) Complementos verbais: Todos precisamos de ajuda. ▪ Preço - Vendemos o armário a (por) R$ 300,00.
Classificação:
Essenciais: atuam apenas como preposição: a, ante, após, Semântica das preposições – polissemia.
até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, ▪ Foi ao cinema com a mãe (companhia)
por, sem, sob, sobre, trás
▪ Fez o bolo com a forma errada (instrumento)
Acidentais: palavras de outras classes que podem atuar
como preposição: como (= na qualidade de), conforme (= de ▪ Falava com emoção (modo)
acordo com), segundo (= conforme), consoante (= ▪ Com estudo, passarás na prova (condição)
conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, ▪ Discutiam sobre o livro (assunto)
senão, visto (=por).
▪ Deitei sobre os papéis. (lugar)
Cuidados 01: Trás é usado, em geral, em locuções adverbiais
e prepositivas: por trás, para trás, para trás de. ▪ Estou morando em Fortaleza. (lugar)

Cuidados 02: Até pode possuir um significado de inclusão: ▪ Vamos a Natal (lugar)
Eu estudei até Matemática financeira. ▪ Daqui a duas horas, chego. (tempo)
Locuções prepositivas: duas ou mais palavras que atuam ▪ Escrevo a lápis. (instrumento)
como preposição (a última sempre será uma preposição
típica).
apesar de antes de depois de ADJETIVO: é a classe gramatical que modifica um
ao invés de diante de em fase de substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado, ou modo de
ser.
em vez de graças a junto a
Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções
junto com junto de à custa de sintáticas na oração: Aposto explicativo, adjunto
defronte de através de em via de adnominal ou predicativo.
de encontro a em frente de em frente a
sob pena de a respeito de ao encontro de Os adjetivos podem ser:
Combinação x contração Adjetivo explicativo:
Combinação: quando se unem duas preposições em que é É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser,
mantida a grafia, a sonoridade das duas: a+o=ao, aos. qualidade inerente, ou seja, qualidade que não pode ser
Contração: quando a preposição combina-se e perde retirada do substantivo. Por Ex., todo homem é mortal,
sonoridade: todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal,
quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a
Do, dos, da, das, num, nuns, numa, numas, disto, disso, homem, fogo e leite.
daquilo, naquele, naqueles, naquela, naquelas
Adjetivo restritivo
Relações de sentido estabelecidas pelas preposições:
É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou
▪ Autoria - Este livro é de Machado de Assis. seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por

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Ex., nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, ▪ de baço = esplênico
nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e ▪ de bispo = episcopal
enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem,
fogo e leite. ▪ de bode = hircino
▪ de boi = bovino
Sempre que o adjetivo estiver imediatamente após o ▪ de bronze = brônzeo ou êneo
substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: Se ele ▪ de cabelo = capilar
for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e
▪ de cabra = caprino
funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for
adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e ▪ de campo = campestre ou rural
funcionará como adjunto adnominal. ▪ de cão = canino
Ex.: ▪ de carneiro = arietino
▪ de cavalo = cavalar, equino, equídio ou hípico
▪ O homem, mortal, age como um ser imortal. ▪ de chumbo = plúmbeo
Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma ▪ de chuva = pluvial
qualidade essencial do substantivo, por isso está entre
▪ de cinza = cinéreo
vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo.
▪ de coelho = cunicular
▪ de cobre = cúprico
Já na frase:
▪ de couro = coriáceo
▪ O homem inteligente lê mais.
▪ de criança = pueril
▪ de dedo = digital
Inteligente é adjetivo restritivo, pois indica uma
qualidade adicionada ao substantivo, por isso não está
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto Flexão: gênero, número e grau
adnominal. Perceba que inteligente, apesar de não ser
essencial a todos os homens, é especificamente ao universo
de homens dos quais estamos falando. GÊNERO E NÚMERO
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em
Caso o adjetivo restritivo esteja entre vírgulas, gênero e número (masculino e feminino; singular e plural).
funcionará como predicativo. Caso o adjetivo seja representado por um substantivo,
ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Ex.: qualificando um elemento for, originalmente, um
▪ O diretor, preocupado, atendeu ao telefone. substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser
Perceba que preocupado não é uma qualidade essencial a denominado de substantivo adjetivado. Por Ex., a palavra
todos os homens nem o é ao diretor de quem estamos cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver
falando; o diretor possui a qualidade de preocupado apenas qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
em um determinado momento - essa é a diferença entre o Ficará, então invariável. Camisas cinza, ternos cinza.
adjunto adnominal e o predicativo.
Adjetivo composto
Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus
lugar de um adjetivo, uma expressão formada por mais de elementos ligados por hífen. Apenas o último elemento
uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa concorda com o substantivo a que se refere; os demais
expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos
um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe que formam o adjetivo composto seja um substantivo
alguns Exs.: adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por
▪ de águia = aquilino Ex., a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém,
se estiver qualificando um elemento, funcionará como
▪ de aluno = discente adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará
▪ de anjo = angelical um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado,
▪ de ano = anual o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-
claro. Ternos rosa-claro.
▪ de aranha = aracnídeo
▪ de asno = asinino

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Exs.: Superlativos absolutos sintéticos eruditos


Olhos verde-claros. Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. apresentam a primitiva forma latina, daí serem chamados
de eruditos. Por Ex., o adjetivo magro possui dois
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. superlativos absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e o
erudito, macérrimo.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer
adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintéticos:
invariáveis.
benéfico = beneficentíssimo

Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha bom = boníssimo ou ótimo


têm os dois elementos flexionados. célebre = celebérrimo
comum = comuníssimo
GRAU cruel = crudelíssimo
Comparativo: compara uma qualidade entre dois difícil = dificílimo
elementos ou duas qualidades de um mesmo elemento. doce = dulcíssimo
São três os comparativos: fácil = facílimo
▪ de superioridade: Para alguns alunos, Português é mais fiel = fidelíssimo
fácil que Química.
frágil = fragílimo
▪ de igualdade: Para alguns alunos, Português é tão fácil
quanto Química. frio = friíssimo ou frigidíssimo

▪ de inferioridade: Para alguns alunos, Português é menos humilde = humílimo


fácil que Química. jovem = juveníssimo
livre = libérrimo
Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas magnífico = magnificentíssimo
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
magro = macérrimo ou magríssimo
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento,
devem-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, manso = mansuetíssimo
mais grande e mais pequeno. mau = péssimo
Ex.: nobre = nobilíssimo
▪ Pedro é maior do que Paulo, pois está-se fazendo a pequeno = mínimo
comparação de dois elementos, mas Pedro é mais pobre = paupérrimo ou pobríssimo
grande que pequeno, pois está-se fazendo a
comparação de duas qualidades de um mesmo preguiçoso = pigérrimo
elemento. próspero = prospérrimo
Ex. sábio = sapientíssimos
▪ Edmundo foi condenado, mas tenho certeza de que ele agrado = sacratíssimo
é mais bom do que mau.
▪ Joaquim é mais bom do que esperto. Superlativo relativo:
▪ de superioridade = Enaltece a qualidade do substantivo
Superlativo: engrandece a qualidade de um elemento. São como "o mais" dentre todos os outros.
dois os superlativos de um adjetivo: absoluto e relativo. Ex. Carla é a mais inteligente.
A) Superlativo absoluto: analítico e sintético
▪ analítico = o adjetivo é modificado por um advérbio: ▪ sintético = Enaltece a qualidade do substantivo como "o
Ex. Carla é muito inteligente. menos" dentre todos os outros.
▪ sintético = quando há o acréscimo de um sufixo (-íssimo, Ex. Carla é a menos inteligente.
-érrimo, -ílimo)
Ex. Carla é inteligentíssima.

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ENCONTRO 04 Ex.
▪ Ontem, quando você foi ao Zerão, eu já caminhara 6 Km.
Emprego das Classes de Palavras II
▪ Eu já estudara no Maxi, quando conheci Magali.
▪ Eu confiara naquele amigo que mentiu a mim.
VERBO: é a palavra que indica ação, praticada ou
sofrida pelo sujeito, fato, de que o sujeito participa 03) Futuro: indica fatos que ocorrem depois do momento
ativamente, estado ou qualidade do sujeito, ou fenômeno da fala.
da natureza.
A) Futuro do Presente: indica fato que, com certeza,
ocorrerá.
Estrutura e flexão Ex.
Conjugação verbal: ▪ Amanhã caminharei no Zerão pela manhã.
Há três conjugações para os verbos da língua portuguesa: ▪ Estudarei no Maxi, no ano que vem.
1ª conjugação: verbos terminados em -ar . ▪ Eu confiarei mais uma vez naquele amigo que mentiu a
2ª conjugação: verbos terminados em -er . mim.
3ª conjugação: verbos terminados em -ir .
Obs.: O verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª B) Futuro do Pretérito: indica fato futuro, dependente de
conjugação, por se originarem do antigo verbo poer. outro anterior a ele.
Ex.
Modos verbais ▪ Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse tanto.
São três os modos verbais na língua portuguesa: Indicativo, ▪ Estudaria no Maxi, se morasse em Londrina.
que expressa atitudes de certeza, subjuntivo, que expressa ▪ Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me
atitudes de dúvida, hipótese, desejo, e Imperativo, que prometesse não mais me trair.
expressa atitude de ordem, pedido, conselho.

SUBJUNTIVO E IMPERATIVO
INDICATIVO
Tempos verbais do Subjuntivo
Tempos verbais do Indicativo
01) Presente: indica desejo atual, dúvida que ocorre no
01) Presente: indica fato que ocorre no dia-a-dia, momento da fala.
corriqueiramente.
Ex.
Ex. Todos os dias, caminho no Zerão. Estudo no Maxi.
▪ Espero que eu caminhe bastante no ano que vem.
Confio em meus amigos.
▪ O meu desejo é que eu estude no Maxi ainda.
▪ Duvido de que eu confie nele novamente.
02) Pretérito: indica fatos que já ocorreram.
A) Pretérito Perfeito: indica fato que ocorreu no passado
em determinado momento, observado depois de concluído. 02) Pretérito Imperfeito: indica condição, hipótese;
normalmente é usado com o Futuro do Pretérito do
Ex. Indicativo.
▪ Ontem caminhei no Zerão. Ex.
▪ Estudei no Maxi no ano passado. ▪ Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse tanto.
▪ Estudaria no Maxi, se morasse em Londrina.
B) Pretérito Imperfeito: indica fato que ocorria com ▪ Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me
frequência no passado, ou fato que não havia chegado ao prometesse não mais me trair.
final no momento em que estava sendo observado.
Ex.
03) Futuro: indica hipótese futura.
▪ Naquela época, todos os dias, eu caminhava no Zerão.
Ex.
▪ Eu estudava no Maxi, quando conheci Magali.
▪ Quando eu começar a caminhar todos os dias, sentir-me-
ei melhor.
C) Pretérito Mais-que-perfeito: indica fato ocorrido antes ▪ Quando eu estudar no Maxi, aprenderei mais coisas.
de outro no Pretérito Perfeito do Indicativo.
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▪ Quando ele me prometer que não me trairá mais, Por Ex., na frase “Aqueles garotos estudam bastante; eles
voltarei a confiar nele. serão aprovados com louvor”. “Aqueles” é um pronome
adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles é um
pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo.
O modo Imperativo
O modo Imperativo expressa ordem, pedido ou conselho
Pronomes Pessoais
Ex.
são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso:
Caminhe todos os dias, para a saúde melhorar. a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.
Estude no Maxi! Confie em mim! Pronomes pessoais do caso reto: são os que desempenham
a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes
Classificação dos verbos eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

Os verbos classificam-se em:


01) Verbos Regulares: são aqueles que não sofrem Pronomes pessoais do caso oblíquo: são os que
alterações no radical. desempenham a função sintática de complemento verbal
(objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente
Ex. cantar, vender, partir. da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito
acusativo (sujeito de oração reduzida). Os pronomes
02) Verbos Irregulares: são aqueles que sofrem pequenas pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os
alterações no radical. átonos, que não são antecedidos por preposição, e os
tônicos, precedidos por preposição.
Ex. fazer = faço, fazes; fiz, fizeste
▪ Pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos,
vos, os, as, lhes.
03) Verbos Anômalos: são aqueles que sofrem grandes ▪ Pronomes oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo,
alterações no radical. ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles,
Ex. ser = sou, é, fui, era, serei. elas.

04) Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem Usos dos Pronomes Pessoais
conjugação completa. Eu, tu / Mim, ti
Ex. falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pes. ▪ Eu e tu exercem a função sintática de sujeito.
do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro).
▪ Mim e ti exercem a função sintática de complemento
▪ verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto
05) Verbos Abundantes: são aqueles que apresentam duas adverbial e sempre são precedidos de preposição.
formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio,
que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, Ex.
-ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e • Trouxeram aquela encomenda para mim.
particípio irregular, com outra terminação diferente, usado • Era para eu conversar com o diretor, mas não houve
na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar. condições.

Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver Agora, observe a oração:
e vir só possuem o particípio irregular aberto, coberto, dito,
Sei que não será fácil para mim conseguir o empréstimo.
escrito, feito, posto, visto e vindo. Os particípios regulares
gastado, ganhado e pagado estão caindo ao desuso, sendo O pronome mim NÃO é sujeito do verbo conseguir, como à
substituídos pelos irregulares gasto, ganho e pago. primeira vista possa parecer. Analisando mais
detalhadamente, teremos o seguinte:

PRONOMES: Pronome é a palavra variável em


Se, si, consigo
gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o
nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos,
pronome substituir um substantivo, será denominado portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz
pronome substantivo; quando acompanhar um reflexiva recíproca.
substantivo, será denominado pronome adjetivo. Ex.
• Quem não se cuida, acaba ficando doente.

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• Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho. 01) Este, esta, isto:
• Gilberto trouxe consigo os três irmãos. São usados para o que está próximo da pessoa que fala e
para o tempo presente.

Com nós, com vós / Conosco, convosco Ex.

Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir • Este chapéu que estou usando é de couro.
qualquer palavra que indique quem "somos nós" ou quem • Este ano está sendo cheio de surpresas.
"sois vós".
Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas. 02) Esse, essa, isso:
• Ele disse que sairia com nós dois. São usados para o que está próximo da pessoa com quem
se fala, para o tempo passado recente e para
Pronomes Possessivos o futuro.
São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas Ex.
do discurso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), • Esse chapéu que você está usando é de couro?
seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
• 2003. Esse ano será envolto em mistérios.
• Em novembro de 2001, inauguramos a loja. Até esse
Empregos dos pronomes possessivos mês, nada sabíamos sobre comércio.
01) O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua,
seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade).
Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, 03) Aquele, aquela, aquilo:
dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses São usados para o que está distante da pessoa que fala e da
elementos. pessoa com quem se fala e para o tempo
Ex. passado remoto.
• Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus Ex.
documentos. • Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
De quem eram os documentos? Não há como saber. Então • Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era
a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, uma cidade pequena.
após o substantivo, o elemento referente ao dono dos
documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que
Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Outros usos dos demonstrativos
Sandra: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com 01) Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto
seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar o pronome para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso
possessivo: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera para o que já foi dito ou escrito.
com os documentos dele (ou dela).
Ex.
• Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade
02) É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. a permitiu.
Ex. • Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A
• Trate bem seus amigos. (ou) Trate bem os seus amigos. verdade é essa.

03) Não se devem usar pronomes possessivos diante de 02) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo
partes do próprio corpo. imediatamente anterior.
Ex. Ex.
• Amanhã, irei cortar os cabelos. • O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
• Vou lavar as mãos. • Quando interpelei Roberval, este assustou-se
• Menino! Cuidado para não machucar os pés! inexplicavelmente.

Pronomes Demonstrativos 03) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos


anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao
Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em
no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. relação ao que foi nomeado em primeiro lugar.
São os seguintes:
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Ex. Algum
• Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados O pronome indefinido algum tem sentido afirmativo,
Unidos é de domínio destes sobre aquele. quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido
• Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as negativo, quando estiver depois do substantivo.
novelas, mas eu prefiro aqueles a estas. Ex.
• Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
04) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando • Algum amigo o ajudará. (Alguém)
equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Ex. Certo
• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) A palavra certo será pronome indefinido, quando anteceder
• Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que substantivo e será adjetivo, quando estiver
aconteceu) posposto a substantivo.
Ex.
Pronomes Indefinidos • Certas pessoas não se preocupam com os demais.
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do • As pessoas certas sempre nos ajudam.
discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica.
São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem,
mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas, Qualquer
nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em
toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum,
bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, posteriormente ao substantivo, ou nenhum
certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, Ex.
quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer
além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada • Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa frase
qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais. está inadequada gramaticalmente. O adequado seria
• Ele entrou na festa sem problema algum.

Usos de alguns pronomes indefinidos • Ele entrou na festa sem nenhum problema

Todo
O pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, se Pronomes Interrogativos
significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; caso São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em
signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o frases interrogativas diretas ou indiretas.
substantivo exija. Ex.
Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta.
• Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) • Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
• Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) • Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
• Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele • Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. -
não admite artigo) Interrogativa indireta.

Todos, todas Notas:


Os pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados 01) Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a
com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir. palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ),
Ex. Que é dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar
• Todos os colegas o desprezam. quédê, quedê ou cadê, pois essas palavras oficialmente não
existem, apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia
• Todas as meninas foram à festa. mais constante.
• Todos vocês merecem respeito.

02) Não se deve usar a forma o que como pronome


interrogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome
seja colocado depois do verbo.

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Ex.
CONJUNÇÃO: São palavras invariáveis que
• Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à estabelece relações de sentido, uma vez que LIGAM termos
noite? de mesma função sintática, orações, períodos e parágrafos.
• Que queres de mim? e não O que queres de mim?
• Você fará o quê?

NUMERAL: É a palavra que indica a quantidade de


elementos ou sua ordem de sucessão. Dependendo do que
o numeral indica, ele pode ser:
▪ Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de seres.
▪ Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão, a
posição ocupada por um ser numa determinada
▪ série.
▪ Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação ADVÉRBIO: é uma categoria gramatical invariável que
de seres.
modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhes
▪ Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração. uma circunstância de tempo, modo, lugar, afirmação,
negação, dúvida ou intensidade.
Emprego dos Numerais Por Ex., a frase
01) Intercala-se a conjunção e entre as centenas e as Ontem, ela não agiu muito bem.
dezenas e entre as dezenas e as unidades, mas entre os
números que formam centena-dezena-unidade, nada se
Locução adverbial:
coloca; nem vírgula, nem e, a não ser que seja centena ou
dezena inteira.. As circunstâncias podem também ser expressas por uma
locução adverbial - duas ou mais palavras exercendo a
Ex:
função de um advérbio. Por exemplo, a frase Ele, às vezes,
▪ 42.002 = Quarenta e dois mil e dois. age às escondidas. Tem duas locuções adverbiais: às vezes,
▪ 42.020 = Quarenta e dois mil e vinte. de tempo; às escondidas, de modo.

02) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, Classificação dos Advérbios


imperadores. capítulos, festas, feiras, etc., utilizam-se 01) Advérbios de Modo: assim, bem, mal, acinte (de
algarismos romanos. A leitura será por ordinal até X; a propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de
partir daí (XI, XII ...), por cardinal. Se o numeral preceder o propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa,
substantivo, sempre será lido como ordinal. devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e
Ex: muitos outros terminados em mente.
▪ XXXVIII Feira Agropecuária. = Trigésima oitava Feira Locuções Adverbiais de Modo: às pressas, às claras, às
Agropecuária. cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente,
▪ II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural.
lado a lado, a pé, de cor, em vão.
▪ Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo.
▪ Papa João XXIII = Papa João vinte e três.
02) Advérbios de Lugar: abaixo, acima, adentro, adiante,
INTERJEIÇÃO: Palavras invariáveis que exprimem afora, aí, além, algures (em algum lugar), alhures (em outro
lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aquém, atrás, cá,
emoções, sensações, estados de espírito, ou que procuram
dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.
agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar determinados
comportamentos sem que se faça uso de estruturas Locuções Adverbiais de Lugar:
linguísticas mais elaboradas. a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à
Ex. direita, à esquerda, ao lado, em volta.
- Nossa! Eu não acredito que ele te disse isso!
- Ai! Que situação horrível... 03) Advérbios de Tempo: afinal, agora, amanhã, amiúde (de
vez em quando), ontem, breve, cedo, constantemente,
- Oba! Que notícia boa!
depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje,
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imediatamente, jamais, nunca, outrora, primeiramente, Ex.


tarde, provisoriamente, sempre, sucessivamente, já. • Ele agiu menos generosamente que você.
Locuções Adverbiais de Tempo:
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em Superlativo Absoluto Sintético: o advérbio flexiona-se no
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de grau superlativo absoluto sintético por meio dos sufixos -
tempos em tempos, em breve, hoje em dia. issimamente, -íssimo
ou -inho.
04) Advérbios de Negação: não, tampouco (também não). Ex.
Locuções Adverbiais de Negação: de modo algum, de jeito • Ela agiu educadissimamente.
nenhum, de forma nenhuma.
• Ele é muitíssimo educado.
• Acordo cedinho.
05) Advérbios de Dúvida: acaso, casualmente, porventura,
possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá.
Locuções Adverbiais de Dúvida: por certo, quem sabe. Superlativo Absoluto Analítico: o advérbio flexiona-se no
grau superlativo absoluto analítico por meio de um
advérbio de intensidade como muito, pouco, demais, assaz,
06) Advérbios de Intensidade: assaz (bastante, tão, tanto...
suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito, Ex.
quanto, quão, quase, tanto, pouco.
• Ela agiu muito educadamente.
Locuções Adverbiais de Intensidade: em excesso, de todo,
de muito, por completo. • Acordo bastante cedo.

07) Advérbios de Afirmação: certamente, certo, Melhor e pior são formas irregulares do grau comparativo
decididamente, efetivamente, realmente, deveras dos advérbios bem e mal; no entanto, junto a adjetivos ou
(realmente), decerto, indubitavelmente. particípios, usam-se as formas mais bem e mais mal.

Locuções Adverbiais de Afirmação: sem dúvida, de fato, Ex.


por certo, com certeza. • Estes alunos estão mais bem preparados que aqueles.

08) Advérbios Interrogativos Havendo dois ou mais advérbios terminados em -


mente, numa mesma frase, somente se coloca o sufixo
onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que
(causa). no último deles.
Flexão do advérbio: o advérbio pode flexionar-se nos graus Ex.
comparativo e superlativo absoluto. • Ele agiu rápida, porém acertadamente.

Comparativo de Superioridade: o advérbio flexiona-se no


grau comparativo de superioridade por meio de mais ... (do)
que. ENCONTRO 05
Ex. Domínio da Estrutura Morfossintática do
• Ele agiu mais generosamente que você. Período

Comparativo de Igualdade: o advérbio flexiona-se no grau A sintaxe estuda as relações, os modos de organização e as
comparativo de igualdade por meio de tão ... como, tanto ... funções sintáticas entre os termos de uma oração, entre as
quanto. orações de um período, entre os períodos de um parágrafo.

Ex.
• Ele agiu tão generosamente quanto você. CONCEITOS BÁSICOS:
• Oração é um enunciado que possui verbo ou locução
verbal, não necessariamente dotado de sentido.
Comparativo de Inferioridade: o advérbio flexiona-se no
grau comparativo de inferioridade por meio de menos ... • Período é um enunciado, geralmente iniciado por uma
(do) que. letra maiúscula e terminado por uma pausa forte
(geralmente ponto final ou ponto de interrogação).
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Dentro do período pode haver apenas uma oração • Elíptico/Desinencial/Oculto: é aquele que não aparece
(período simples) ou mais de uma oração (período explicitamente na oração, mas que é possível ser
composto). identificado pela desinência verbal ou pelo contexto:
▪ As escolas da Prefeitura de Fortaleza, na semana ▪ Fomos embora bastante revoltados. (“NÓS” fomos)
passada, solicitaram maior investimento público. ▪ Os meninos de rua tornam visível o descaso do Estado
(Período simples) junto às crianças abandonadas. Pedem esmola e ficam
▪ Os times do futebol europeu têm feito bons jogos. vulneráveis a todo tipo de violência. (“ELES” pedem)
(Período simples)
▪ A ganância é prejudicial ao homem, mas o faz conseguir
• Indeterminado: é aquele que não se pode determinar,
seus objetivos. (Período composto)
seja por desconhecimento, seja por não se querer
• Frase: é um enunciado dotado de sentido. Pode ser determiná-lo. Houve uma ação verbal, mas não se pode
enunciada por apenas uma palavra e não conter verbo dizer quem a praticou.
algum. ▪ Conseguiram uma vaga para você no Cais do Porto.
▪ “Que sala suja” – é um enunciado sem verbo, mas
plenamente dotado de sentido em dado contexto. É
Alguém conseguiu, mas não se pode determinar
uma frase, e não é uma oração.
quem! O verbo está na 3ª pessoa do plural, e não há
▪ Obviamente uma oração pode ser uma frase, contanto contexto em que se possa fazer qualquer determinação.
que ela seja dotada de sentido. Por exemplo: Cuidado para não concluir que se trata de “eles”! Esse
▪ “O governo federal ingressou com um recurso contra o “Conseguiram” pode se referir, genericamente, a uma
poder legislativo” - ´uma oração, por possuir a presença pessoa apenas.
de uma ação verbal e é uma frase por ter sentido. ▪ Trabalha-se muito em Fortaleza!
▪ Precisa-se de professores de Português.
MONFOSSINTAXE DO PERÍODO SIMPLES ▪ Ali se era bastante feliz.
Estudar o período simples é, basicamente, identificar e Não é possível determinar quem é o sujeito. Afinal, quem
analisar as relações de sentido dos termos que o compõem. trabalha muito? quem precisa de professores de Português?
Há três tipos de termos: essenciais, integrantes e quem era feliz? Observem que há nestes períodos verbos na
acessórios. 3ª pessoa do singular, relacionados a um “se” (índice de
indeterminação do sujeito). Essa indeterminação do sujeito,
portanto, ocorre quando há:
1. Termos essenciais: sujeito e predicado.
• Verbo Intransitivo + se
SUJEITO é o termo “essencial” sobre o qual o predicado
declara algo. Os tipos de sujeito são: • Verbo Transitivo indireto + se
• Verbo de Ligação + se
• Simples : possui apenas um núcleo:
▪ Muitas regiões baianas sofrem com as fortes chuvas. Nessa relação, caso haja verbo transitivo direto,
admite-se a indeterminação do sujeito, se o verbo
▪ Ela passou ao meu lado.
estiver seguido de preposição:
▪ O cantar de Maria Bethânia é esplêndido.
▪ Ama-se a Cristo neste ambiente de paz.
▪ Diante das graves questões bélicas do Oriente Médio,
• Inexistente/Oração sem sujeito: é a oração que não
permanecem em aberto, como uma grande incógnita,
apresenta sujeito. Nestes casos, termos verbos
todos os movimentos de paz.
impessoais, em 3ª pessoa do singular.
Isso ocorre com:
• Composto : possui mais de um núcleo:
I - Verbos que exprimem fenômenos naturais:
▪ Os professores e os coordenadores da escola fizeram
▪ Choveu bastante ontem!
um protesto.
▪ Em Belém, troveja todos os dias.
▪ Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, em suas obras,
exploraram o regionalismo de maneiras distintas. II – Verbo “fazer” indicando tempo decorrido ou fenômeno
natural:
▪ Correr e andar são práticas saudáveis.
▪ Hoje faz dez anos do nosso casamento!
▪ Destinaram-se a um lugar seguro, mesmo frente às
adversidades, as crianças mais vulneráveis da cidade e ▪ Faz um minuto que ela saiu daqui.
suas mães. ▪ Faz calor em Fortaleza.

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III – Verbo “haver” com o sentido de “existir”, “acontecer” o Objeto direto pleonástico: refere-se ao objeto que
ou tempo decorrido. antecede o verbo e que é repetido (ênfase) por meio de
▪ Houve muitas discussões no debate”. um pronome pessoal átono:

▪ Havia aqui uma igreja; ▪ “Aqueles poetas, ninguém os conhece”.

▪ Deve haver uma maneira de saímos da crise”; (O objeto direto é “Aqueles poetas”, deslocado para antes
do sujeito, e o objeto direto pleonástico é a repetição dele
▪ Há dez anos, o Brasil era outro (verbo “haver” em forma de pronome oblíquo átono, no caso, “os”.)
equivalente a “existir”, “acontecer”, “tempo
decorrido”);
o Objeto direto preposicionado: por motivos expressivos
ou morfossintáticos, às vezes, não por exigência do
IV – Verbo “ser” indicando fato da natureza, tempo, horas. verbo, preposiciona-se o objeto direto:
- É tarde ▪ “Ninguém entende nem a ele, nem a você”
- São dez horas (o verbo pode ir para o plural - ▪ Nós amamos a Deus.
significando tempo, distância, data, hora).

• OBJETO INDIRETO: completam o sentido de verbos


V – Outros casos transitivos indiretos (verbos que precisam de
▪ Parecia cedo da manhã (“parecer” – evento natural); complemento com preposição obrigatória) ou de verbos
▪ Basta de besteira! (imperativo indicando suficiência); transitivos diretos e indiretos:
▪ Vai para dois anos que partimos. (verbo ir + para) ▪ “Gostamos do seu esforço”
▪ “Daremos o prêmio aos professores”.
▪ “Com suas ideias, nós não concordamos”.
PREDICADO é o que se declara na oração a respeito do
sujeito. Os tipos de predicado são: ▪ “Peço-te um favor urgente”
• Verbal: tem como núcleo um verbo nocional (V. ▪ “Eles me deram um grande susto”.
Intransitivo, VTD, VTI, VTDI) ▪ “Obedeça-lhe, ou será punido”.
▪ – “Todos concordamos com a ideia”.
• Nominal: tem como núcleo um nome (o predicativo do • COMPLEMENTO NOMINAL: completam o sentido de
sujeito). O verbo é de ligação (ser, estar, permanecer, nomes transitivos, isto é, que precisam de
tornar-se, ficar etc): complemento.
▪ – “A escola está bonita”. ▪ “Tenho certeza da minha aprovação”.
• Verbo-nominal: tem como núcleo um verbo de ação e Palavras que geralmente precisam de complemento
um predicativo: nominal: leitura, consciência, referência, cheio (a), atração,
▪ – “O homem correu alegre” convicção, certeza, necessidade, farto, invenção, capaz,
ávido, alheio, prejudicado, amor, útil, inútil, apto etc.
▪ – “O homem viu o acidente trágico”.

• AGENTE DA PASSIVA: efetivo responsável por uma ação


2. Termos integrantes: são termos que exercem presente, quando o verbo está na voz passiva analítica:
funções sintáticas complementares, isto é, que servem
▪ Os colégios foram surpreendidos pela pandemia.
de complemento de verbos e nomes.
▪ Os professores dicaram rodeados de alunos.
• OBJETO DIRETO: completam o sentido de verbos
transitivos diretos (verbos que precisam de ▪ Por bombeiros o cachorro foi regatado.
complemento sem preposição obrigatória) ou de verbos
transitivos diretos e indiretos.
3. Termos Acessórios: são termos que exercem
▪ “Os artistas usam roupas excêntricas”.
função sintática acessória, isto é, embora enriquecem a
▪ “Ninguém nunca me trouxe a este lugar” informação, são dispensáveis do ponto de vista
▪ “Conheci o professor. Agora, preciso encontrá-lo, para a sintático.
entrega do trabalho”. ADJUNTO ADNOMINAL: tem valor adjetivo, especifica um
▪ “As peças de arte, nós ainda não catalogamos”. substantivo sem intervenção de verbo, está sempre junto a
um núcleo de uma função sintática (sujeito, complemento
▪ “As vítimas são as vítimas, mas a imprensa condenaram-
nominal, objeto direto ou indireto, etc). Representam-se
nas sem justa causa”.
por adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos,
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numerais e artigos. O mesmo núcleo de uma destas funções ENCONTRO 06


pode vir acompanhado por mais de um adjunto adnominal:
Relações de Coordenação entre Orações e
▪ A escola de gastronomia promoveu meu irmão caçula.
entre Termos da Oração
▪ Compramos três bolos de chocolate e duas tortas de
frango.

ADJUNTO ADVERBIAL: denota uma circunstância verbal ou


Período composto por coordenação: é o
período em que se observam orações que mantém uma
intensifica o valor de um adjetivo ou de outro advérbio.
relação sintaticamente independente entre si. Há dois tipos de
Pode representar as circunstâncias de tempo, lugar, modo,
orações coordenadas: assindéticas e sindéticas.
intensidade, negação, dúvida, companhia, meio,
instrumento etc: I – Orações coordenadas assindéticas: são separadas, dentro
do período, apenas por vírgulas: “Os candidatos ao governo
▪ Escrevi uma carta ontem. (tempo) discursaram, pediram apoio, saíram”.
▪ Na biblioteca, tivemos de nos identificar. (lugar) II - As orações coordenadas sindéticas: são iniciadas por
▪ Ele ficou à vontade no pátio do colégio. (modo) conjunção e classificadas de acordo com a relação de sentido
que estabelecem, podendo ser aditivas, explicativas,
▪ Teremos de estudar muito. (intensidade)
adversativas, conclusivas e alternativas.
▪ Não queremos brincadeira.(negação)
• Coordenadas sindéticas ADITIVAS: relacionam fatos em
▪ Acho que talvez iremos ao show. (dúvida) sequência, exprimem ideia de soma. Principais conjunções:
▪ Com meus amigos, fiz um trabalho. (companhia) e, nem (= e não), não só...mas também, não só...como
também, não só...mas ainda, não só...(bem) como,
▪ Viajaremos de ônibus amanhã (meio) tanto...quanto, tanto...como etc.
▪ Me cortei com a tesoura (instrumento) ▪ O Brasil será um grande país e dará exemplo para o
mundo.
APOSTO: junta-se um substantivo, a um pronome, ou a um ▪ O homem comeu muito e passou mal (ideia de
equivalente destes, a título de explicação, esclarecimento, consequência).
resumo. ▪ Pedro não só escreveu um poema como também publicou
▪ Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, morreu em um livro.
1954. (aposto explicativo). Atenção: a conjunção “e” pode exprimir a ideia de contraste,
oposição, sendo equivalente a “mas”:
▪ O ex-presidente Getúlio Vargas faleceu em 1954 (aposto
especificativo). ▪ Maria comprou um CD de forró, e se arrependeu.
▪ Três países europeus estão em crise: Croácia, Ucrânia e
Rússia (aposto enumerativo). • Coordenadas sindéticas EXPLICATIVAS: expressam a razão,
▪ Josefa, Marilene e Valéria, todas receberão um prêmio. o motivo do fato expresso na oração com a qual se
(aposto resumitivo/recapitulativo) relaciona, acontecer. Principais conjunções: que, porque,
porquanto, pois (anteposta ao verbo):
▪ Vivamos, que viver é melhor que sonhar
VOCATIVO: É o termo de chamamento, para quem se dirige
▪ Vamos estudar muito, porque iremos passar no concurso.
a palavra. É com quem se fala.
▪ Porque farei a prova, não poderei viajar.
▪ Joana, chegue em casa logo!
▪ Chegue em casa logo, Joana.
• Coordenadas sindéticas ADVERSATIVAS: exprimem um
▪ Chegue, Joana, em casa logo. contraste, oposição de ideias. Principais conjunções: mas,
______________________________________________________ porém, todavia, entretanto, entanto, no entanto, senão,
______________________________________________________ não obstante, contudo:
______________________________________________________
▪ Todos trabalharam muito, mas não foram recompensados
______________________________________________________
______________________________________________________ ATENÇÃO: A existência do “mas” não garante ser a oração
______________________________________________________ adversativa! Prestem atenção na relação de sentido! É possível,
______________________________________________________ por exemplo, que a oração de que “mas” faça parte exprima a
______________________________________________________ ideia de compensação:
______________________________________________________
▪ Ela não foi ao aniversário, mas assistiu a um belo filme em
______________________________________________________
______________________________________________________ casa.
______________________________________________________
______________________________________________________

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• Coordenadas sindéticas CONCLUSIVAS: expressam uma ▪ É importante que estudes a apostila - oração principal
conclusão de algo dito na oração anterior. Principais (verbo de ligação + predicativo) + oração subordinada.
conjunções: portanto, pois (posposto ao verbo), logo, por
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, então,
etc.: Observação: se na oração principal se tem um verbo de
ligação (É), um predicativo (importante), falta o quê? Um
▪ Estudamos muito para o concurso, portanto estamos
preparados. sujeito, que vem em forma de oração: que estudes a
apostila.
ATENÇÃO: A conjunção “pois” pode ser conclusiva se, na
segunda oração, vier após o verbo. Mas nunca é demais Observação: não necessariamente a oração principal vem
reafirmar: prestem atenção à relação de sentido entre as primeiro; é possível que a subordinada venha primeiro:
orações. ▪ Que estudes a apostila é importante. [invertida]
▪ A pandemia de Covid-19 atrapalhou as aulas presenciais,
provocando, pois, grandes problemas de aprendizagem.
Nota-se que o Ceará caminha para a abertura do comércio.
- oração principal
• Coordenadas sindéticas ALTERNATIVAS: exprimem fatos (verbos na voz passiva sintética ou analítica): sabe-se...,
que se excluem ou se alternam mutuamente. Principais soube-se..., comenta-se..., dir-se-ia..., foi anunciado..., foi
conjunções: ou…ou, ou, ora…ora, já…já, quer…quer:
dito..., etc. + oração subordinada.
▪ Ora diz que me quer, ora diz que me detesta.
▪ Convém que não saias hoje de casa. - oração principal
▪ Faça o exercício agora ou perderá a oportunidade de
(verbos como convir, cumprir, acontecer, importar, ocorrer,
aprender.
suceder, parecer, constar, urgir, conjugados na terceira
pessoa do singular) + oração subordinada.
ORAÇÕES REDUZIDAS:
As orações reduzidas não são iniciadas por conjunções ou O.S.S PREDICATIVA: funcionam como o predicativo do
pronomes relativos e têm seus verbos em um das formas sujeito da oração principal:
nominais (particípio, gerúndio, infinitivo).
▪ Meu desejo é que encontres o teu caminho.
(Sujeito + VL, oração principal + oração subordinada)
✓ COORDENADAS REDUZIDAS
• Ele ficou surpreso com a notícia e saiu imediatamente.
O.S.S OBJETIVA DIRETA: funcionam como o objeto direto
• Ele ficou surpreso com a notícia, saindo imediatamente
do verbo da oração principal:
[reduzida de gerúndio]
▪ Maurílio afirmou que ficará em casa

Período composto por subordinação: Neste ▪ Não sei se ainda tenho interesse
tipo de período, as orações guardam entre si algum nível de ▪ Que tenha boa sorte nós desejamos. [invertida]
dependência, geralmente pela relação entre uma oração
principal e uma oração subordinada. Há três grandes tipos de
orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais. O.S.S INDIRETA: funcionam como o objeto indireto do
verbo da oração principal:
▪ Não se esqueça de que as eleições não são brincadeiras.
1. Orações subordinadas substantivas:
exercem, em relação à oração principal, uma função
sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto, O.S.S COMPLETIVA NOMINAL: funcionam como
complemento nominal, predicativo ou aposto. As orações complemento nominal de um nome da oração principal:
subordinadas substantivas desenvolvidas são introduzidas ▪ Tenho a impressão de que estamos sendo seguidos.
por conjunções integrantes (geralmente “que” e “se”).
▪ De que a seleção brasileira perdeu ninguém tem dúvida.
Serão classificadas de acordo com a função sintática que
[invertida]
exercem em relação à oração principal, isto é, a oração
principal precisa de algo (sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, predicativo e aposto) e a O.S.S APOSITIVA: funcionam como aposto de um termo da
oração subordinada irá suprir esta necessidade. oração principal:
▪ Só te peço uma coisa: que saia daqui!
O.S.S SUBJETIVA: funcionam como o sujeito do verbo da ▪ Só te peço uma coisa, que saia daqui!
oração principal. Há três estruturas básicas que compõem
▪ Só te peço uma coisa - que saia daqui!
essa relação:

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✓ ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS comum ao Brasil. Não se está, portanto, restringindo ou


REDUZIDAS: diferenciando o “Brasil” de outro Brasil, pois só há um.

▪ É importante que se trabalhe muito [desenvolvida] ▪ Os homens, os quais algumas vezes agem
irracionalmente, merecem uma segunda chance.
▪ É importante trabalhar muito [O.S.S. Subjetiva –
reduzida de infinitivo] ▪ Homenagearemos Graciliano Ramos, que escreveu
Vidas Secas.
▪ Afirmou que voltaria logo. [desenvolvida]
▪ Afirmou voltar logo. [O.S.S. Objetiva direta – reduzida
de infinitivo] 2. Orações subordinadas adverbiais:
funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal,
normalmente, introduzidas por conjunção subordinativa
não integrante. Significam circunstâncias em relação à
ENCONTRO 07 oração principal. É extremamente importante conhecer
conjunções e locuções adverbiais, como também é de
Relações de Subordinação entre Orações e extrema importância compreender o sentido entre as
entre Termos da Oração orações.
Qual a relação de sentido entre as orações dos períodos
abaixo?
2. Orações subordinadas adjetivas: funciona
como adjunto adnominal de um termo de valor substantivo ▪ Iniciaremos o curso de férias, desde que os estudantes
localizado na oração principal, acrescentando-lhe uma estejam comprometidos com os estudos.
caracterização ou qualidade, o que é da natureza do ▪ Iniciamos o curso de férias, desde que as salas ficaram
adjetivo. As orações subordinadas adjetivas são conectadas adequadas às aulas presenciais.
às orações principais pelo pronome relativo, que equivale a
Observe que as duas orações subordinadas começam pela
o/a qual, os/as quais. Dividem-se em restritivas e
locução “desde que”. Saber que “desde que” é uma locução
explicativas:
condicional é importante, mas também que ela pode
participar de uma relação temporal também. No primeiro
I - O.S.A RESTRITIVA: restringe o significado do termo caso, a oração é condicional, e no segundo caso, temporal.
antecedente, dando-lhe uma qualificação. Geralmente não Ou seja: é importante saber as conjunções e locuções? Sim.
apresentam vírgula ou outro sinal de pontuação. Mas se deve prestar bastante atenção à relação de sentido
entre as orações. Haverá, em muitos casos, a mesma
▪ Os homens que são amáveis merecem amor absoluto.
conjunção ou a mesma locução iniciando distintas orações
A oração principal é “Os homens merecem amor absoluto”. subordinadas adverbiais. O que as diferenciará é a relação
A oração adjetiva restritiva é “que são amáveis”, e ela de sentido.
especifica quem são estes homens que merecem amor
absoluto, isto é, não são todos, mas restritivamente aqueles
“que são amáveis”. I - O.S. Adv. CAUSAL: expressa a causa do fato ocorrido na
oração principal. A conjunção subordinativa mais utilizada
Merecem amor absoluto os homens que são amáveis.
para a expressão dessa circunstância é “porque”. Outras
▪ O país que não investe em educação cresce pouco. conjunções e locuções conjuntivas muito utilizadas são
▪ Não admitiremos pessoas as quais tenham ideias “como” (sempre introduzindo oração adverbial causal
fascistas. anteposta à principal), pois, já que, uma vez que, visto que,
já que.
▪ Os estudantes a que nos referimos ontem poderão fazer
a prova hoje. ▪ As ruas do Siqueira foram alagadas porque o rio
transbordou.
▪ Como ninguém quis estudar para a prova, o resultado
II - O.S.A EXPLICATIVAS: acrescenta uma significação
foi insatisfatório.
própria de um termo da oração principal, como um aposto
explicativo; não são indispensáveis ao sentido da frase. São ▪ Visto que está adoentada, a professora não
separadas por vírgulas. compareceu à reunião.
▪ O Brasil, que está na América do Sul, tem poucas
ocorrências de abalos sísmicos. II - O.S. Adv. CONSECUTIVA: exprimem o efeito, a
A oração principal é “O Brasil tem poucas ocorrências de consequência do que se declara na oração principal. Essa
abalos sísmicos”. A oração adjetiva restritiva é “que está na circunstância é normalmente introduzida pela conjunção
América do Sul”, e ela explica, acrescenta uma informação que, quase sempre precedida, na oração principal, de

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termos intensivos, como tão...que, tal, tanto...que, ▪ Explicamos tudo porque obtivesse bom resultado (para
tamanho...que.... que obtivesse...)
▪ A chuva foi tão forte que em poucos minutos as ruas
ficaram alagadas. VIII - O.S.A. PROPORCIONAL: exprime relação de proporção
▪ Tal era sua indignação que imediatamente se uniu aos entre o processo verbal nela expresso e aquele declarado
manifestantes. na oração principal. Geralmente indicada pela locução
conjuntiva à proporção que; além dela, utilizam-se à
medida que e expressões como quanto mais, quanto
III - O.S.A. CONDICIONAL: significa o que deve ou não menos, tanto mais, tanto menos.
ocorrer para que ocorra ou não algo expresso na oração
principal. A conjunção mais utilizada para iniciar essas ▪ Quanto mais nos dedicamos, mais somos felizes.
orações é se; além dela, podem-se utilizar caso, contanto ▪ À medida que a noite chega, mais triste se tornam as
que, desde que, salvo se, exceto se, a menos que, sem horas.
que, uma vez que (seguida do verbo no subjuntivo).
▪ Uma vez que você aceite o cargo, será contratado. VIII - O.S.A. TEMPORAL: exprime o tempo, anterior ou
▪ Se você não telefonar hoje, terminarei o namoro. seguinte, em que se realiza o fato expresso na oração
▪ Será punido, caso você não cumpra suas obrigações. principal. As conjunções e locuções conjuntivas mais
utilizadas são quando, enquanto, assim que, logo que, mal,
sempre que, antes que, depois que, desde que.
IV - O.S.A. CONCESSIVA: exprime concessão. A conjunção ▪ Quando você me pediu em casamento, quase
mais empregada para expressar essa relação é embora; desmaiei...de raiva.
além dela, podem ser usadas a conjunção conquanto e as
locuções a despeito de, ainda que, ainda quando, mesmo ▪ Não os vi quando sumiram
que, se bem que, apesar de que.
▪ Embora temesse a tentação, não pude faltar.
▪ Serei feliz, ainda que a vida me negue ajuda. ENCONTRO 08
Pontuação
V - O.S.A. COMPARATIVA: contêm fato ou elemento
comparado a fato ou elemento da oração principal. A
conjunção mais empregada para expressar comparação é ➢ VÍRGULA – USO
como; além dela, utilizam-se com muita frequência as I. Separa vocativo: Margarida, suas roupas ainda estão
estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos e sujas.
dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, menos
(do) que. II. Separa aposto explicativo: A Petrobrás, maior
empresa Brasil, tem alto valor de mercado.
▪ Ele tem escrito como um obcecado. (escreve)
III. Separa termos de mesma função sintática
enumerados: Os estudantes, os professores, os
VI - O.S.A. CONFORMIDADE: exprimem noção de coordenadores e os diretores fizeram um
conformidade, ou seja, um modelo usado para a execução planejamento coletivo.
do que se declara na oração principal. A conjunção típica IV. Separa adjuntos adverbiais deslocados: No final do
para exprimir essa circunstância é conforme; além dela, século XIX, o Brasil já era uma república.
utilizam-se como, consoante, segundo, de acordo com
(todas com o mesmo valor de conforme). V. Separa orações coordenadas assindéticas: Chegamos
cedo, saímos para a praia, nos divertimos.
▪ Tudo foi feito conforme combinamos no início do
semestre. VI. Separa algumas expressões como “quer dizer”, “por
exemplo”, “a saber”, “melhor dizendo”, “isto é”, “ou
▪ Segundo o que disseram, a vida é tudo e nada. seja” etc.
VII. Separa orações coordenadas sindéticas alternativas,
VII - O.S.A. FINAL: expressa a finalidade, o objetivo do que adversativas, explicativas, conclusivas:
se diz na oração principal. Normalmente expressa pela a) A beleza do Brasil é reconhecida em todo mundo, mas a
locução conjuntiva a fim de que; além dela, utilizam-se a violência a ofusca às vezes.
locução para que e, mais raramente, as conjunções que e
porque ( = para que). b) Ora pretende mudar de opinião, ora se mostra
irredutível em seus posicionamentos.
▪ Eles jogaram bem a fim de obter bom resultado.

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c) A seleção brasileira é pentacampeã mundial de futebol, • O menino, como já era esperado, continuou a se
portanto é um caso de sucesso esportivo. comportar mal.
d) A seleção brasileira é pentacampeã mundial de futebol;
é, portanto, um caso de sucesso esportivo. ➢ PONTO E VÍRGULA: pausa maior que a vírgula.
e) A seleção brasileira é pentacampeã mundial de futebol;
• Separa orações coordenadas (conclusivas e
é um caso de sucesso esportivo, portanto.
adversativas) cuja conjunção foi deslocada:
f) Queremos novas políticas ambientais, pois o mundo
sofrerá crises climáticas. · As ruas estão absolutamente intransitáveis; não iremos,
portanto, ao show de pagode.
g) Queremos novas políticas ambientais; temos, pois,
responsabilidade ambiental [conclusivo] · Adorei a aula de Português; não poderei ficar até o fim,
porém.
VIII. Separa orações subordinadas adverbiais que
antecedem as orações principais ou que estão
intercaladas: • Separa orações coordenadas assindéticas que possuem
conjunção implícita
a) Se você vier mais cedo, iremos ao shopping.
b) Iremos, se você vier mais cedo, ao shopping. · Teremos de ir embora agora; pegaremos o último ônibus
da noite. [a conjunção explicativa “pois” está implícita]
c) Iremos ao shopping, se você vier mais cedo.

➢ TRAVESSÃO:
➢ VÍRGULA - FACULTATIVA
Objeto direto ou Indireto deslocados: • Pode separar aposto explicativo:
a) O caderno, não consegui trazer. “O senhor Paulo Gomes – responsável pela festa dos
b) O caderno não consegui trazer. funcionários – solicitou almoço.

c) De ajuda, todos precisamos.


d) De ajuda todos precisamos. • Pode separar oração substantiva apositiva:
“Quero dizer o seguinte – que o ano será maravilhoso para
Com as expressões “para si”, “para mim” e “para ti”: nós.”

a) Para mim, o melhor será estudar.


b) Para mim o melhor será estudar. • Pode separar oração intercalada e ser seguido de
c) O melhor, para mim, será estudar. vírgula (se a vírgula for necessária):
d) O melhor para mim será estudar. “Aquele menino – como insistiam os pais – seria o maior
jogador do século”.
“Margarida – falou sua mãe sem muito entusiasmo –, nada
Entre o complemento do verbo seguido de um adjunto justifica a sua saída”.
adverbial:
a) Nós compramos um livro na semana passada.
a) Nós compramos um livro, na semana passada.
ENCONTRO 09
➢ VÍRGULA – NÃO USO Concordância
I – Não se deve usar vírgula entre termos que mantém uma
relação direta: entre o verbo e seu complemento (objeto
direto e indireto), ou entre o verbo e o predicativo do ❖ CONCORDÂNCIA VERBAL
sujeito. Estuda a adequada relação, em número e pessoa, entre o
II – Não se deve usar vírgula entre o nome e seu adjunto sujeito e o verbo de uma oração. Como regra geral, o verbo
adnominal ou complemento nominal. deve concordar em número e pessoa com o núcleo do
sujeito:
III – Não se deve usar vírgula e o predicado, salvo em
situações me que se intercala orações ou expressões entre · “Os grandes clubes europeus de futebol idealizaram um
eles: novo campeonato esportivo”.

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· Conseguiu, sem que houvesse qualquer questionamento,


“Este é o grande artista que emociona os brasileiros:
Caetano Veloso”.
um grande reconhecimento de seu trabalho, o grande
professor de inglês do colégio.
• Caso o sujeito seja formado por nomes próprios
· Na semana da comemoração da Abolição da
determinados por artigo no plural: o verbo ficará no
escravatura, transmitiram grande sensibilidade o
plural:
professor de história, o coordenador pedagógico e o
estudante notável. “As Filipinas passaram por forte turbulência climática
em 2004”.
· Na semana da comemoração da Abolição da “Filipinas é um país asiático”.
escravatura, transmitiu grande sensibilidade o professor
de história, o coordenador pedagógico e o estudante
notável. [o verbo pode concordar apenas com o núcleo • Caso os núcleos do sujeito composto componham-se
mais próximo do sujeito composto posposto] de verbos no infinitivo: o verbo no singular.
“Cantar e brincar faz bem em todos os sentidos”.
➢ ALGUMAS REGRAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL
• Caso o sujeito seja o pronome “quem”: o verbo ficará • Caso os núcleos do sujeito composto sejam verbos no
na 3ª pessoa do singular: infinitivo e antônimos: o verbo no plural.
“Foram eles quem pediu a conta”. “Rir e chorar são expressões muito humanas”.

• Caso o núcleo do sujeito seja substantivo de sentido • Caso o sujeito seja constituído das expressões “nem
coletivo: o verbo ficará no singular: um nem outro” e “um e outro”: o verbo poderá ficar no
“A matilha atacou as pessoas”. singular ou no plural.

“A matilha de cães atacou/atacaram o homem” [verbo “Um e outro não perde (ou perdem) a oportunidade de
pode ir para o plural, concordando com o especificador me irritar”.
da palavra coletiva] “Nem um nem outro conseguiu (ou conseguiram) o
resultado desejado”.

• Caso o núcleo do sujeito contenha palavra de sentido


partitivo (“a maior parte de”, “uma porção de”, “a Observação: o uso da expressão “um ou outro” no sujeito,
maioria de”) ou coletivo especificado (“um grupo de”, obriga o verbo a ficar no singular
“um bando de”): o verbo poderá tanto ficar no singular • Caso o sujeito seja composto e, nele, haja núcleos
(concordando com o núcleo do sujeito) quanto no plural sinônimos (ou com significado gradativo): o verbo
(concordando com o adjunto especificador): poderá ficar no singular ou no plural.
“A metade dos professores trouxe atividades com novas “Saudade e melancolia me fazem muito mal”//
metodologias de ensino”. “Saudade e melancolia me faz muito mal”
“A metade dos professores trouxeram atividades com “Um aperto de mão, um abraço e um beijo inquietava
novas metodologias de ensino”. (inquietavam) os pais”.

• Caso o sujeito seja formado por expressões que • Caso os núcleos de um sujeito composto forem
designam quantidade incerta ou aproximada (“cerca resumidos por um pronome indefinido, como “nada”,
de”, “perto de”, “mais de um) ligadas a um numeral : o “tudo”, “alguém”, “ninguém”: o verbo ficará no singular:
verbo irá concordar com o numeral.
“Conversa, discussão, tudo o irritava”.
“Cerca de duzentos militantes paralisaram a avenida 13
de Maio, em Fortaleza”.
“Mais de um presidente da república foi afastado do • Caso o núcleo do sujeito seja formado por termos
cargo”. fracionários ou percentuais: o verbo concordará o
numerador (nos fracionários) ou com o número inteiro
(nos percentuais). No caso de estes núcleos, percentuais
• O pronome relativo “que” como sujeito da oração: o ou fracionários, vierem acompanhados de
verbo concordará com o termo a que o pronome se especificadores, o verbo também poderá concordar com
refere: o especificador.
▪ 1/5 da turma não solucionou a tarefa.

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▪ 1/5 dos estudantes não solucionou/solucionaram a ADJETIVO ANTEPOSTO NO PLURAL:


tarefa. a) Indicando grau de parentesco, ou nomes próprios, ou
▪ 85% da população votou nas últimas eleições. títulos de nobreza:
▪ 85% dos eleitores votou/votaram nas últimas eleições. ▪ divertidas prima e cunhada.
▪ 0,75% do PIB entrou em discussão no Congresso. ▪ lindos André e Fábio.
▪ Os 36 % da turma chegaram a um acordo. [estando o ▪ abomináveis imperatriz e baronesa.
numeral da percentagem antecedido de determinante, o
verbo concordará somente com o numeral
Palavras interessantes:
anexo (o, os, as) - Enviei anexo o documento.
• Caso os núcleos do sujeito composto sejam sinônimos
(e no singular): verbo no singular ou no plural: incluso (o, os, as) – Enviei inclusas as prestações.

▪ O carinho e o afeto resume/resumem nossa leso (a, os, as) - Cometeu um crime de lesa-pátria/// leso-
humanidade. patriotismo

Palavras invariáveis
❖ CONCORDÂNCIA NOMINAL
o menos – Vieram menos pessoas hoje.
Estuda a relação de gênero e número do substantivo com o
o a olhos vistos (expressão) – O homem morria a olhos
adjetivo, o pronome, o numeral e o artigo.
vistos.
• em anexo – Enviei os documentos em anexo.
REGRA GERAL: o adjetivo concorda com o substantivo em
• junto com – Enviei as redações junto com as notas.
gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural).

• ADJETIVO POSPOSTO: Com substantivos de gêneros o a sós – Ficarem a sós hoje.


distintos, o adjetivo que os segue poderá ir para o
o azul-marinho – comprei camisas azul-marinho (azul-
masculino plural, ou concordar, em gênero e número,
celeste, verde-limão, azul-turquesa)
com o substantivo mais próximo.
o monstro (quando usado como adjetivo) – Promoção
▪ Livro e escola brasileiros
monstro.
▪ Livro e escola brasileira.
o ultravioleta – Não te exponha aos raios ultravioleta.
▪ Livro e escolas brasileiras.
o alerta – Os candidatos devem ficar alerta.
▪ Escola e livro brasileiro.
▪ Escola e livro brasileiros. · Só (somente, invariável) – Estou só perguntando. Só
(sozinho, adjetivo, variável) – Eles preferem ficar sós.

· Meio (advérbio, invariável) – Douglas está meio


• ADJETIVO ANTEPOSTO: Geralmente o adjetivo concorda
cansado.
com o substantivo mais próximo.
Bonito dia e montanha. · Meio (numeral, variável) – Meio-dia e meia.
Bonita montanha e dia. · Meia (adjetivo, variável) - Não gosto de meias palavras.

Casos especiais:
· Todo (advérbio, variável) – Ele ficou todo calado.

ADJETIVO POSPOSTO: · Todo (pronome indefinido, variável, antes de


a) Tenho um sapato e um chocolate gostoso. (concorda com substantivo) – Todos os homens são imperfeitos.
o último, pelo sentido)
· Todo (adjetivo, variável, depois de nomes) – Esperei o
b) Edilson tinha pensamento e ideia fixa (quando os dia todo.
substantivos forem sinônimos ou de sentido próximo, o
adjetivo concordará em número e pessoa com o mais · Bastante (advérbio, invariável) – Regina falou bastante
próximo). feliz.
c) O breu e a clareza perigosos (quando os substantivos
forem antônimos, o adjetivo irá para o masculino plural)
· Bastante (pronome indefinido, variável singular/plural)
– Os professores ganharam bastantes prêmios.

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· Bastante (adjetivo, variável) – Todos têm razões ENCONTRO 10


bastantes para desacreditar em você.
Regência
· Salvo (preposição, invariável, sinônimo de exceto) –
Todos choraram, salvo Maria.
REGÊNCIA VERBAL
· Um e outro/Uma e outra (o adjetivo vai para o plural) - Estuda a relação de dependência (subordinação) existente
Um e outro candidato perdidos no plenário/ Uma e entre os verbos e seus complementos. E como sabemos, a
outra candidata perdidas no plenário transitividade de um verbo observa o grau de necessidade
·
de um verbo, isto é, se ele precisa ou não de complemento.
Entrada é proibido (sujeito sem artigo ou modificador Em Língua Portuguesa, temos quatro transitividades
de gênero e o verbo utilizado é o ser, fica o adjetivo no básicas: intransitivos, transitivos diretos, transitivos
masculino) indiretos e transitivos diretos e indiretos (ao mesmo
· A estrada é proibida (sujeito com artigo ou modificador
tempo).
de gênero, adjetivo concorda com o sujeito) De acordo com o sentido, alguns verbos podem varia a
regência (eles são os regentes) em relação aos termos que
· Tal qual: tal concorda com o substantivo antecedente e regem (os regidos).
qual com o posterior – O filho é tal qual o pai - - Os filhos
são tais qual o pai - - As artimanhas são tais quais as
maldades. ❖ CHEGAR, IR – em geral são acompanhados de adjuntos
adverbiais de lugar.
· Problemas médico-hospitalares///Camisas rubro- Preposições que os acompanham: a, para: “Cheguei a
negras (com adjetivos compostos, apenas o segundo vai Fortaleza”; “Vou para Roma”.
para o plural, exceto surdos mudos)
Obs.: Ele chegou. (intransitivo)
· NOMES DE CORES:
Meias amarelo-limão, ❖ RESPONDER (transitivo indireto, prep. A):
Sofá branco-gelo, “Você não respondeu ao telefonema”.
Camisa verde-garrafa,
Armários vinho, ❖ CONSISTIR (transitivo indireto, preposição EM):
Muretas areia, “Os estudos consistem em avanços importantes”.
Panos rosa (quando um substantivo é tomado como
adjetivo, para designar cor é invariável).
❖ ANTIPATIZAR//SIMPATIZAR (transitivo indireto,
Exceção_ Calças lilases. preposição COM):
“Não simpatizo com sua irmã”.

· É PRECISO, É NECESSÁRIO, É BOM:


referindo-se a nomes sem elementos determinantes, ❖ DIGNAR-SE – (transitivo indireto, preposição DE):
são invariáveis: “O prefeito dignou-se de fazer novas reformas na ru”a.
É PRECISO coragem para trabalhar.
É NECESSÁRIO beleza nos poemas. ❖ COMPARECER (transitivo indireto, preposição A OU EM):
É BOM dança de casais. “Os poetas compareceram ao encontro/no encontro”.
Maçã é BOM.
É PROIBIDO entrada de pessoas estranhas ao serviço. ❖ CONFRATERNIZAR não é pronominal. Do ponto de vista
da norma culta, dessa forma, não se escreve “Nós nos
confraternizamos com os amigos”.
O correto é: “Nós confraternizamos com os amigos”
(sem pronome oblíquo).

❖ OBEDECER/DESOBEDECER (transitivo indireto,


preposição A):
“Ele desobedeceu às instruções da professora”.

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❖ MORAR – transitivo indireto (preposição EM): ❖ ASSISTIR (ver, enxergar, pertencer – transitivo indireto)
“Maria mora em Fortaleza”. ▪ Assisti a uma peça teatral.
▪ Assisti a ela.
❖ AGRADECER, PERDOAR, PAGAR – verbos que possuem a ▪ O salário é um direito que assiste aos professores.
dupla transitividade, isto é, são transitivos diretos e ▪ O salário é um direito que lhes assiste.
indiretos, exigindo um objeto direto (em geral, o nome
de uma coisa) e objeto indireto (em geral, nome
atribuído a pessoa). ❖ ASPIRAR (sorver, inalar – transitivo direto) –
Assim: Tivemos de aspirar a fumaça do motor no acidente.
▪ Agradeço a todos o comprometimento. Tivemos de aspirá-la no acidente.
▪ Agradeço-o a todos.
▪ Agradeço-lhes o comprometimento. ❖ ASPIRAR (desejar, pretender – transitivo indireto,
▪ Paguei a prestação ao financiador. preposição A)

▪ Paguei-as ao financiador. Os professores aspiram ao cargo da prefeitura.

▪ Paguei-lhe a prestação. Os professores da prefeitura aspiram a ele.

❖ PREFERIR: transitivo diretos e indiretos(prep. A). ❖ AGRADAR (afagar, acariciar – transitivo direto):

▪ Prefiro bolo a salgado. Os padrinhos agradam os afilhados quando podem.

▪ Prefiro estudar a perder meu tempo. Os padrinhos agradam-nos quando podem.

❖ COMPARAR – transitivo direto e indireto (prep. A ou ❖ AGRADAR – (ser agradável a, satisfazer – transitivo
COM): Comparamos suas atitudes a (ou com a) de um indireto, preposição A):
marginal A escola não satisfez aos pais.
❖ INFORMAR: transitivos diretos e indiretos (prep. A ou A escolha não lhes satisfez.
DE).
▪ O professor informou aos alunos o calendário das aulas. ❖ CHAMAR – (convocar, pedir atenção - transitivo direto)
▪ O professor informou-lhes o calendário das aulas. Chame sua coordenadora.
▪ O professor informou os alunos do calendário das aulas.
▪ O professor informou-os do calendário das aulas. ❖ CHAMAR – (nominar, apelidar, tachar transitivo direto
Seguem a mesma regra: CERTIFICAR, NOTIFICAR, ou indireto)
CIENTIFICAR, PREVENIR. O aluno chamou o professor inteligente.
❖ VERBOS QUE MUDAM O SIGNIFICADO, CASO MUDEM O aluno chamou-o inteligente.
A TRANSITIVIDADE.
O aluno chamou ao professor inteligente.
O aluno chamou-lhe inteligente.
❖ ESQUECER E LEMBRAR - podem figurar como transitivos
diretos ou transitivos indiretos. Caso figurem como O aluno chamou o professor de inteligente.
transitivos indiretos, necessariamente devem aparecer O aluno chamou-o de inteligente.
com pronomes. Assim: O aluno chamou ao professor de inteligente.
▪ Esqueci o horário (trans. direto) *** Esqueci-me do O aluno chamou-lhe de inteligente.
horário (trans. indireto).
▪ Não lembro o horário (trans. direto). *** Não me
lembro do horário (trans. indireto). *** Precisa-se de ❖ IMPLICAR (acarretar, ter como consequência, provocar –
professores qualificados (trans. indireto). transitivo direto)
Sua decisão de estudar implicou a aprovação.

❖ ASSISTIR (prestar assistência, socorrer – transitivo


direto) ❖ IMPLICAR (ter implicância – transitivo indireto,
▪ A escola assiste os alunos com problemas psicológicos. preposição COM)

▪ A escola assiste-os. Ela sempre implica com a sogra.

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❖ QUERER (desejar – transitivo direto) conflito em, entre


Quero o prêmio do Congresso. conhecimento de, em, sobre
correlação com, entre
dependência de, entre
❖ QUERER (estimar - transitivo indireto, preposição A). desapego a, com, por
Quero bem aos meus filhos. desatenção a, com
devoção a, para com, por
Quero-lhes bem. doutor em
dúvida acerca de, em, sobre
❖ VERBOS QUE PODEM SER TRANSITIVOS DIRETOS OU efeito contra, em, sobre
INDIRETOS. eficiência em, para
ênfase em ou sobre
Abdicar (de) guerra a, contra
Epaminondas abdicou o cargo/do cargo. habeas-corpus de, em favor de
Desdenhar (de) hegemonia de, sobre
horror a
Ceilândia desdenhou o filme/do filme. impaciência com
abdicar (de) desdenhar (de) mandato para
acreditar (em) gozar (de) manutenção de; de...em
almejar (por) necessitar (de) mediação entre
ansiar (por) preceder (a) medida contra, a favor de, para
anteceder (a) precisar (de) medo a, de
atender (a) presidir (a) obediência a
atentar (em, para) renunciar (a) objeção a
cogitar (de, em) satisfazer (a) ódio a, contra
consentir (em) versar (sobre) ojeriza a, por
deparar (com) opção a, por
opinião de, sobre
OUTROS CASOS proeminência sobre
NAMORAR – transitivo direto (sem preposição. rapidez em
reflexão em, sobre
Pedro namora Maria.
reparação a, de
respeito a, com, para com, por
sanção a, para, contra
REGÊNCIA NOMINAL satisfação com, de, em, por
Relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou sensibilidade a, para
advérbio) e os termos regidos por ele. Essa relação é
sempre intermediada por uma preposição. ADJETIVOS
SUBSTANTIVOS abalado com ou por
abastecido de ou com
abaixo-assinado a favor de, contra ou por (pelo, pela) abatido de, em ou por
adesão a abuso de ou contra
aditivo a acessível a
admiração a, por acesso a, para ou por
advertido contra, de ou sobre acostumado a ou com
afronta a acostumado a, com
atenção a, para afável com, para com
atentado a, contra afinidade com, entre ou em
ato a favor de, contra ou por afixado em
atração por agraciado com
aversão a, para, por agradável a, de, para.
bacharel em agressivo a, contra
busca a, de ou por alheio a, de
capacidade de, para análogo a
coerência com, em, entre ansioso de, para, por
condição de, para atendo a, em
conexão com, entre ávido de, por
confiança em baseado em
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beneficiado em ou por sito em


benéfico a suspeito de
benevolente com vazio de
capaz de, para
cauteloso com, em
compatível com
composto de, por ENCONTRO 11
contemporâneo a, de Crase
contíguo a
contrário a
curioso de, por
desagradável a, para ❖ Crase é a fusão da preposição “a” com o artigo
descontente com feminino “a(s)”. Este fenômeno é assinalado pelo
desejoso de acento grave (à).
diferente de a + a(s) = à(s)
entendido em
Para a ocorrência da crase, existe uma regra geral. Se
equivalente a
considerarmos que o uso do sinal indicativo de crase é um
escasso de
ponto posicionado em um centro e que, nos dois lados dele,
essencial a, para
deve haver condições para que ele exista, poderíamos
fácil de
pensar o seguinte esquema:
fanático por
favorável a LADO 02
LADO 01
fiel a Substantivo
fundamental a, para Presença de um
feminino que
generoso com verbo ou nome à(s) permita a
grato a, por que exijam a
presença do
hábil em presença da
artigo feminino
habituado a preposição “a”
“a”
hostil a
idêntico a
impróprio para Leiamos a seguinte oração:
inábil para Ex.: “O estudante obedeceu ______ professora de Biologia”.
inacessível a ou para
inconciliável com ou entre
indeciso em apto a, para Nesta lacuna no centro haverá crase?
indiferente a, com para Lado 01 – “obedeceu”: o verbo obedecer é transitivo
insensível a indireto, isto é, precisa de complemento, que deve vir
liberal com obrigatoriamente com preposição, e a preposição é “a”;
natural de afinal, quem obedece, obedece “a” alguém.
necessário a
Lado 02 – o substantivo “professora” é feminino e pode ser
nocivo a
antecedido pelo artigo feminino “a”. Comece uma frase
obrigatório a, para
com o substantivo feminino! Se der certo a presença do
oneroso a, para
artigo, ótimo!
oposto a
paralelo a “O estudante obedeceu a a professora de Biologia”.
parco em, de
passível de
Como a a não existe em língua portuguesa, eles irão se
preferível a
juntar: CRASE!
prejudicial a
prestes a “O estudante obedeceu à professora de Biologia”.
propício a O mesmo não ocorreria, por Ex., com os seguintes
próximo a, de enunciados:
relacionado com
• Scarleth Raimunda comprou ____ casa do pai.
relativo a
relevante a
satisfeito com, de, em, por Por que não haveria crase? Porque, neste caso, o primeiro
semelhante a lado não contemplaria a presença de uma preposição, uma
sensível a
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vez que o verbo “comprar” não exige a preposição “a” d) Nas expressões do tipo “à chave”, “à bala”, “à faca”, “à
(quem compra, compra algo), o que significa que só haveria vista”, “à distância” (quando determinada): O carro está à
a presença do artigo. distância de 200 metros.
• Scarleth Raimunda comprou a casa do pai. e) Antes de numeral quando indicar hora: Cheguei ao
cinema às dezessete horas.
Caso, de um lado, haja verbo ou nome que ofereça d) Quando ficar subentendida a expressão “à moda de”,
condições da existência de preposição e, do outro lado, os mesmo que a palavra seguinte seja masculina: Uso sapato à
pronomes demonstrativo “aquele(s)”, “aquela(s)”, Luis XIV.
“aquilo”, a preposição se fundirá com o “a” desses
pronomes.
QUANDO NÃO SE USA CRASE
Ex.:
I - Antes de nome masculino:
“Não fiz referência àquela obra de Graciliano Ramos...”
- Não ando a cavalo.

Quem faz referência, faz referência a algo ou a alguém!


II - Antes de verbos no infinitivo:
Portanto, o nome “referência” exige a preposição “a”.
Neste caso, esta preposição irá se “agregar” ao “a” de - Ninguém é obrigado a falar o que não quer.
“aquela” - a + aquela = àquela. - Começou a escrever e logo se entristeceu.

Também havendo “a qual”, “as quais” (pronomes III - Antes de artigo indefinido “uma”:
relativos), é possível que haja crase. Neste caso, deve-se
- Falei a verdade a uma professora durante a greve.
atentar para o verbo que vem após o pronome relativo.
Ex.:
IV - Entre palavras repetidas:
• Todos homenagearam as estudantes as quais a escola se
dirigiu com carinho. - cara a cara; frente a frente, gota a gota, pouco a pouco
etc.
Observem que, após o “as quais”, há o verbo “dirigiu”. A
transitividade deste verbo exige a preposição “a”, pois
quem se dirige, se dirige a algo ou a alguém. Portanto, a V - Antes de pronomes pessoais, pronomes
preposição exigida pelo verbo “retorna” e se funde com “as demonstrativos, pronomes indefinidos, pronomes
quais”, ficando: interrogativos.
• Todos homenagearam as estudantes às quais a escola se - No seminário, aludi a ela, que não estava presente.
dirigiu com carinho.
- Ensinei crase a esta turma de estudantes jovens.
- Não darei meus segredos a ninguém!
QUANDO SE USA CRASE
- A quem interessa a proibição do uso de máscaras?
Além da situação mencionada há pouco, há outras situações
em que a crase é obrigatória:
I – Em locuções prepositivas, locuções adverbiais e
locuções conjuntivas: à maneira de, à custa de, à força de, à Havendo condições de crase (se antecedidos de
moda de, à beira de, às claras, às escuras, às cegas, às termos que exijam a preposição “a”), os pronomes
escondidas, à tarde, à tardinha, à noite, à toa, à vista, à uma indefinidos “pouca(s)”, “muitas”, “demais”, “outra(s)”,
hora, às duas horas, às quinze horas, à direita, à esquerda, à “várias” recebem crase!
medida, à proporção que. - O professor atendeu às poucas perguntas da aula.

Nestes casos de locuções, é como se, digamos, a crase VI – Depois de uma preposição já presente.
já viesse “pronta”, “de fábrica”.
- Fomos para a igreja.

II – Antes de nome de cidade que tenha um modificador:


VII – Antes de nomes de santas e de mulheres célebres.
- Vou à Fortaleza dos verdes mares cearenses.
- Todos devemos homenagens a Santa Rita de Cássia.
- Todos iremos, depois, à Roma dos Césares.
- Já assisti a Gisele Bündchen no São Paulo Fashion Week.

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VIII - Antes de numeral não determinado por artigo: três colocações (posições) possíveis para estes pronomes:
- Comprei o tênis a cem reais. próclise (antes do verbo), mesóclise (no meio do verbo) e
ênclise (após o verbo):
PRÓCLISE e seus usos:
IX – Antes da palavra “terra” sem especificador.
• Advérbios e palavras denotativas (ainda, talvez,
- O marinheiro foi a terra conversar com os pescadores. somente, também, até, inclusive, mesmo, por que,
onde, como, já etc) atraem o pronome oblíquo:
Caso a palavra “terra” venha especificada, isto é, com Somente me diga a verdade, nada mais.
uma caracterização (geralmente adjunto adnominal),
Semana que vem, talvez nos encontraremos cedo.
haverá crase.
- O marinheiro foi à terra de seus pais, em Camocim.
• Pronomes relativos (que, quem, cujo, onde, como,
quando, o qual, a qual, os quais, as quais etc) atraem o
X – Antes da palavra “distância” sem especificador. pronome oblíquo:
- Fiz um curso a distância e gostei bastante! Ele encontrou dois professores que lhe pediram ajuda.

Caso a palavra “distância” seja especificada, haverá


• Palavra de sentido negativo (nunca, nada, não, jamais,
crase:
ninguém etc) atrai o pronome oblíquo:
- Fiquei observando a cena à distância de cem metros.
Nada o impediu de ser feliz.

XI – Antes da palavra “casa”, se sozinha, sinônimo de lar,


• Pronome indefinido ou interrogativo (algum, alguém,
residência.
tudo, outro, que, quem, qual etc) atraem o pronome
- Vou a casa trocar de roupa. oblíquo:
Alguns se negaram a dizer a verdade.
Caso a palavra “casa” estiver especificada, haverá Quanto me custa este doce?
crase:
- Fui à casa de meus padrinhos, em Jaguariúna.
ÊNCLISE e seus usos:
• Caso haja pausa antes do verbo:
CASOS FACULTATIVOS
Quando perdi seu contato, interessei-me por seu
I - Antes de pronome possessivo feminino: silêncio.
- Entreguei o livro a (à) sua prima. Quando perdi seu contato, não me interessei por seu
II - Antes de nome próprio de pessoa: silêncio.[Neste caso não houve ênclise, pois, após a
- Escrevi a (à) Teresa. pausa, houve palavra atrativa “não”]

III - Com a expressão “até a” (locução prepositiva), antes • Com verbo iniciando a oração (sem palavra atrativa):
de palavra feminina: Deram-me dois dias para fazer a comida.
- Vou até a (à) cidade.
Os cinco perguntaram-me tudo. MESÓCLISE e seus usos:
• Verbo no futuro do presente do indicativo
▪ Falar-te-ei tudo, sem nada esconder.
ENCONTRO 12 ▪ Não te falarei tudo. [não se usou aqui a mesóclise, embora
o verbo esteja no futuro do presente do indicativo, pois
Colocação Pronominal e Frase houve uma palavra atrativa, e sua atração predomina
sobre a regra da mesóclise]

❖ COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS.


• Verbo no futuro do pretérito do indicativo
Trata-se das regras que norteiam o posicionamento dos
pronomes pessoas oblíquos átonos em relação aos verbos. ▪ Sem dúvida, falar-te-ia tudo, se tivesses vindo logo.
Os pronomes são: me, te, se, nos, vos, lhe, o, a, os, as. Há

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▪ Nunca te falaria algo prejudicial [não se usou aqui a 02. (CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Escriturário) A
mesóclise, embora o verbo esteja no futuro do pretérito frase que, ao ser reescrita, guarda o mesmo sentido do
do indicativo, pois houve uma palavra atrativa, e sua trecho do parágrafo 3 “Enfim, embora todos lidem
atração predomina sobre a regra da mesóclise] diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir
melhor seus recursos.” é:

OBSERVAÇÕES: A) Enfim, quando todos lidam diariamente com dinheiro,


1. As conjunções “e” e “mas” podem ser atrativas ou não: poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.
A professora entrou na sala e me pediu silêncio [próclise] B) Enfim, por todos lidarem diariamente com dinheiro,
poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.
A professora entrou na sala e pediu-me silêncio. [ênclise] C) Enfim, como todos lidam diariamente com dinheiro,
Ela comprou um carro, mas se arrependeu logo. [próclise] poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.
Ela comprou um carro, mas arrependeu-se logo. [ênclise] D) Enfim, apesar de todos lidarem diariamente com
dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
recursos.
2. Pronomes pessoais ou de tratamento, enquanto sujeitos E) Enfim, desde que todos lidem diariamente com
explícitos da oração, podem ser atrativos ou não: dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
Eles se desinteressaram pela praia. recursos.
Eles desinteressaram-se pela praia. 03. (CESGRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS) Considere o trecho
Sua Excelência lhes pediu mais respeito. transcrito a seguir: “Havia, de fato, grandeza no que
Sua Excelência pediu-lhes mais respeito. aquela gente fizera.” (ℓ. 13-14) A seguinte reescritura
desse trecho altera seu sentido:

3. Pronomes demonstrativos podem ser atrativos ou não: A) Havia, de fato, grandeza no que aquela gente tinha
Aqueles nos interessam mais. feito.
B) Havia, sim, grandeza no que aquela gente fizera.
Aqueles interessam-nos mais.
C) Havia, de fato, grandeza naquilo que aquela gente
fizera.
4. Caso o núcleo do sujeito seja um substantivo ou numeral, D) Havia, de fato, astúcia no que aquela gente fizera.
pode ser atrativo ou não. E) Havia, de fato, grandeza no que aquelas pessoas
fizeram.
Maria lhe disse a verdade.
Maria disse-lhe a verdade. 04. (CESGRANRIO - 2016 – UNIRIO) Uma reescritura
Os cinco me perguntara tudo. possível para o trecho “Com o mesmo pano, executou
com maestria aqueles movimentos rápidos em torno
da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-
❖ REESCRITURA DE FRASES – na prática se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo
italiano.” (ℓ. 21-24), respeitando-se a norma-padrão e
mantendo-se o sentido original, está assinalada em
01. (CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Escriturário)
O trecho “Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille A) Com o mesmo pano executou com maestria, aqueles
percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la”
movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo
pode ser reescrito, sem alterar o sentido que
instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o
apresenta no texto, como: suor inundaria o meu cromo italiano.
B) Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles
A) Para pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille
movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo
percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la. instante o usava para enxugar-se (caso contrário, o
B) Embora pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille suor, inundaria o meu cromo italiano).
percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
C) Com o mesmo pano, executou, com maestria, aqueles
C) Quando pesquisava a fundo a grafia sonora, Braille
movimentos rápidos em torno da biqueira, mas, a
percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la. todo instante, o usava para enxugar-se. Caso
D) Apesar de pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.
percebia suas limitações e punha-se a aperfeiçoá-la.
D) Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles
E) Se pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille
movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo
perceberia suas limitações e pôr-se-ia a aperfeiçoá-la. instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o
suor inundaria, o meu cromo italiano.

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E) Com o mesmo pano executou com maestria aqueles 08. (CESGRANRIO - 2012 - BR Distribuidora) O trecho
movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo “Pensa-se logo num palhaço” (ℓ. 38-39) pode ser
instante o usava para enxugar-se; caso contrário, o reescrito, respeitando a transitividade do verbo e
suor inundaria o meu cromo, italiano. mantendo o sentido, assim:

05. (CESGRANRIO - 2015 – Petrobras) Uma reescritura A) O palhaço pode ser logo pensado.
possível do período “A resposta do empregador foi a B) Pensam logo num palhaço.
de contratar Baker para trabalhar na sua fábrica, C) Pode-se pensar num palhaço.
surgindo, assim, em 1830, o primeiro serviço de D) Pensam-se logo num palhaço.
medicina do trabalho.” (ℓ. 32-34), preservando-se as E) O palhaço é logo pensado.
relações semânticas e a coesão textual, é:
09. (CESGRANRIO - 2012 - BR Distribuidora) As seguintes
A) A resposta do empregador foi a de contratar Baker orações “Não ri nem sequer sorri.” (ℓ. 43-44) e “Não
para trabalhar na sua fábrica, porque surgiu, em 1830, faz uma pirueta.” (ℓ. 44) podem ser reescritas em um
o primeiro serviço de medicina do trabalho. único período, sem alteração de sentido em:
B) A resposta do empregador foi a de contratar Baker
para trabalhar na sua fábrica; desse modo, surgiu, em A) Não ri nem sequer sorri, mas não faz uma pirueta.
1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho. B) Embora não ria nem sequer sorria, não faz uma
C) A resposta do empregador foi a de contratar Baker pirueta.
para trabalhar na sua fábrica, o que surgiu, em 1830, o C) Não ri nem sequer sorri, e não faz uma pirueta.
primeiro serviço de medicina do trabalho. D) Caso não ria nem sequer sorria, não faz uma pirueta.
D) A resposta do empregador foi a de contratar Baker E) Não ri nem sequer sorri, porém não faz uma pirueta.
para trabalhar na sua fábrica, surgindo, contudo, em
1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho. 10. (CESGRANRIO - 2014 - Petrobras) O período
E) A resposta do empregador foi a de contratar Baker, “Terminada a aula, os meninos faziam fila junto à dona
para trabalhar na sua fábrica surgindo, consoante, em Clotilde, pedindo para carregar sua pasta.” (ℓ. 58-59)
1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho. pode ser reescrito, mantendo-se o sentido original e
respeitando-se os aspectos de coesão e coerência, da
06. (CESGRANRIO - 2015 - LIQUIGÁS) Uma reescritura seguinte forma:
possível para o período “Perguntaram--me uma vez se
eu saberia calcular o Brasil daqui a vinte e cinco anos.” A) Quando terminava a aula, os meninos faziam fila junto
(ℓ. 1-2), alterando-se a pontuação, mas preservando- à dona Clotilde e pediam para carregar sua pasta.
se o seu sentido, está adequadamente apresentada B) Porque terminava a aula, os meninos faziam fila junto
em: à dona Clotilde, além de pedir para carregar sua pasta.
C) Ao terminar a aula, os meninos faziam fila junto à
A) Perguntaram-me, uma vez se eu saberia calcular o dona Clotilde, apesar de pedirem para carregar sua
Brasil, daqui a vinte e cinco anos. pasta.
B) Perguntaram-me, uma vez, se eu saberia calcular o D) Terminando a aula, os meninos faziam fila junto à
Brasil daqui a vinte e cinco anos. dona Clotilde, que pedia para carregar sua pasta.
C) Perguntaram-me uma vez, se eu saberia calcular o E) Embora terminada a aula, os meninos faziam fila junto
Brasil, daqui a vinte e cinco anos. à dona Clotilde, cujos pediam para carregar sua pasta.
D) Perguntaram-me uma vez se, eu, saberia calcular o _______________________________________________
Brasil daqui a vinte e cinco anos. _________________________________________________
E) Perguntaram-me uma vez se eu saberia calcular o _________________________________________________
Brasil daqui, a vinte e cinco anos. _________________________________________________
_________________________________________________
07. (CESGRANRIO - 2015 – Petrobras) A oração destacada _________________________________________________
em “e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para _________________________________________________
o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do _________________________________________________
outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro” (ℓ. _________________________________________________
22-25) poderia ser reescrita, sem prejuízo à norma- _________________________________________________
padrão e à semântica do período, como _________________________________________________
_________________________________________________
A) para que ouvisse aquele riso do outro. _________________________________________________
B) porém ouça aquele riso do outro. _________________________________________________
C) de modo a ouvir aquele riso do outro. _________________________________________________
D) quando ouvisse aquele riso do outro. _________________________________________________
E) conquanto ouvisse aquele riso do outro. _________________________________________________
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