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Roberto Pompeu de Toledo, articulista da Veja, comenta essa Não produzimos palavras somente para designar as coisas, mas
questão na edição de 26 de junho de 2002 (p. 130), ao falar da para estabelecer relações entre elas e para comentá-las. Mostrar
expressão “risco país”, usada para traduzir o grau de confiabilidade um objeto não exprime as categorias de quantidade, de gênero
de um país entre credores ou investidores internacionais: (masculino e feminino), de número (singular e plural); não permite
(...) As coisas não são coisas enquanto não são nomeadas. indicar sua localização no espaço (aqui/aí/lá), etc. A língua não é
O que não se expressa não se conhece. Vive na inocência do um sistema de mostração de objetos, pois permite falar do que está
limbo, no sono profundo da inexistência. Uma vez identificado, presente e do que está ausente, do que existe e do que não existe;
batizado e devidamente etiquetado, o “risco país” passou a existir. permite até criar novas realidades, mundos não existentes.
E lá é possível viver num país em risco? Lá é possível dormir em A linguagem é uma atividade simbólica, o que significa que as
paz num país submetido à medição do perigo que oferece com palavras criam conceitos, e eles ordenam a realidade, categorizam
a mesma assiduidade com que a um paciente se tira a pressão? o mundo. Por exemplo, criamos o conceito de pôr-do-sol. Sabemos
É como viajar num navio onde se apregoasse, num escandaloso que, do ponto de vista científico, o Sol não “se põe”, uma vez que
placar luminoso, sujeito a tantas oscilações como as das ondas do é a Terra que gira em torno dele. Contudo esse conceito, criado
mar, o “risco naufrágio”. pela linguagem, determina uma realidade que nos encanta a
todos. Outro exemplo: apagar uma coisa escrita no computador
A linguagem é uma forma de interpretar a realidade é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis, a
caneta ou mesmo a máquina. Por isso, surgiu uma nova palavra
O segundo projeto era representado por um plano de abolir para denominar essa nova realidade, deletar. No entanto, se essa
completamente todas as palavras, fossem elas quais fossem palavra não existisse, não perceberíamos a atividade de apagar no
(...). Em vista disso, propôs-se que, sendo as palavras apenas computador como uma ação diferente de apagar o que foi escrito
nomes para as coisas, seria mais conveniente que todos os a lápis. Uma nova realidade, uma nova invenção, uma nova idéia
homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar exigem novas palavras, e estas é que lhes conferem existência para
ao discorrer sobre determinado assunto (...). ...muitos eruditos toda a comunidade de falantes.
e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de As palavras formam um sistema independente das coisas
coisas, cujo único inconveniente residia em que, se um homem nomeadas por elas, tanto é que cada língua pode ordenar o mundo
tivesse que falar sobre longos assuntos e de vária espécie, ver-se-ia de maneira diversa, exprimir diferentes modos de ver a realidade.
obrigado, em proporção, a carregar nas costas um grande fardo de O inglês, por exemplo, para expressar o que denominamos
coisas, a menos de poder pagar um ou dois criados robustos para carneiro, tem duas palavras: sheep, que designa o animal, e
acompanhá-lo (...). mutton, que significa a carne do carneiro preparada e servida à
Outra grande vantagem oferecida pela invenção consiste em mesa. Em português, dizemos as duas coisas numa palavra só: Este
que ela serviria de língua universal, compreendida em todas as carneiro tem muita lã e Este carneiro está apimentado – ou seja,
nações civilizadas, cujos utensílios e objetos são geralmente da não aplicamos a distinção que os falantes da língua inglesa têm
mesma espécie, ou tão parecidos que o seu emprego pode ser incorporada à sua visão de mundo. Isso mostra que a linguagem
facilmente percebido. é uma maneira de interpretar o universo natural e segmentá-lo em
Jonathan Swift. Viagens de Gulliver. categorias, segundo as particularidades de cada cultura. Por essa
Rio de Janeiro/São Paulo, Ediouro/Publifolha, p. 194-195. razão, a linguagem modela nossa maneira de perceber e de ordenar
a realidade.
Esse trecho do livro Viagens de Gulliver narra um projeto dos A linguagem expressa também as diferentes maneiras de
sábios de Balnibarbi: substituir as palavras – que, no seu entender, interpretar uma ocorrência. Querendo desculpar-se, o filho diz
têm o inconveniente de variar de língua para língua – pelas coisas. para a mãe: O jarro de porcelana caiu e quebrou. A mãe replica:
Quando alguém quisesse falar de uma cadeira, mostraria uma Você derrubou o jarro e, por isso, ele quebrou. Observe-se que, na
cadeira, quem desejasse discorrer sobre uma bolsa, mostraria primeira formulação, não existe um responsável pela queda e pela
uma bolsa, etc. Trata-se de uma ironia de Swift às concepções quebra do objeto. É como se isso se devesse ao acaso. Na segunda
vulgares de que a compreensão da realidade independe da língua formulação, atribui-se a responsabilidade pelo acontecimento a
que a nomeia, como se as palavras fossem etiquetas aplicadas a um agente.
coisas classificadas independentemente da linguagem, quando,
na verdade, a língua é uma forma de categorizar o mundo, de A linguagem é uma forma de ação
interpretá-lo.
O que inviabiliza o sistema imaginado pelos sábios de Existem certas fórmulas lingüísticas que servem para agir
Balnibarbi não é apenas o excesso de peso das coisas que cada no mundo. Quando um padre diz aos noivos Eu vos declaro
falante precisaria carregar: é o fato de que as coisas não podem marido e mulher, quando alguém diz Prometo estar aqui amanhã,
substituir as palavras, porque a língua é bem mais que um sistema quando um leiloeiro proclama Arrematado por mil reais, quando
de mostração de objetos ou mera cópia do mundo natural. As o presidente de alguma câmara municipal afirma Declaro aberta
coisas não designam tudo que uma língua pode expressar. a sessão, eles não estão constatando alguma coisa do mundo, mas
Mostrar um objeto, por exemplo, não indica sua inclusão realizando uma ação. O ato de abrir uma sessão realiza-se quando
numa dada classe. No léxico de uma língua, agrupamos os nomes seu presidente a declara aberta; o ato da promessa realiza-se
em classes. Maçã, pêra, banana e laranja pertencem à classe das quando se diz Prometo. Em casos como esses, o dizer se confunde
frutas. Ao mostrar uma fruta qualquer, não consigo exprimir a idéia com a própria ação e serve para demonstrar que a linguagem não é
da classe fruta; não posso, então, expressar idéias mais gerais. algo sem conseqüência, porque ela também é ação.
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Quando estamos num grupo, numa festa, não podemos Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz
manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros. Nessas Tupi or not tupi; trata-se de um jogo com a frase shakespeariana To
ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso, quando não se be or not to be. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando
tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se histórias que todos soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um
conhecem, contam-se anedotas velhas. A linguagem, nesse caso, ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: É a primeira
não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais. vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos. A palavra
Quando encontramos alguém e lhe perguntamos Tudo bem?, em banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido para sentar-
geral não queremos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem,
se” e “casa bancária”. Também está empregado em dois sentidos o
se está doente, se está com problemas. A fórmula é uma maneira
de estabelecer um vínculo social. termo fundos: “nádegas” e “capital”, “dinheiro”.
Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja entre Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, com
alunos de uma escola, entre torcedores de um time de futebol significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio Guimarães
ou entre os habitantes de um país. Não importa que as pessoas (PT-MG):
não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional, pois ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
ele não tem função informativa: o importante é que, ao cantá-lo, continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer
sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros. bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de
Na nomenclatura da lingüística, usa-se a expressão função consciência e bata em retirada. (Folha de S. Paulo)
fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente
manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor.
ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada para informar,
A linguagem serve para falar sobre a própria linguagem para influenciar, para manter os laços sociais, etc. No segundo,
(função metalingüística) para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. Em
função estética, o mais importante é como se diz, pois o sentido
Quando dizemos frases como A palavra “cão” é um também é criado pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição
substantivo; É errado dizer “a gente viemos”; Estou usando o das palavras, etc.
termo “direção” em dois sentidos; Não é muito elegante usar Na estrofe abaixo, retirada do poema “A cavalgada”, de
palavrões, não estamos falando de acontecimentos do mundo, Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, /b/,
mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. É /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
o que chama função metalingüística. A atividade metalingüística
é inseparável da fala. Falamos sobre o mundo exterior e o mundo E o bosque estala, move-se, estremece...
interior e ao mesmo tempo, fazemos comentários sobre a nossa
Da cavalgada o estrépito que aumenta
fala e a dos outros. Quando afirmamos Como diz o outro, estamos
comentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que não Perde-se após no centro da montanha...
temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a que estamos
enunciando; inversamente, podemos usar a metalinguagem como Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª Ed.
recurso para valorizar nosso modo de dizer. É o que se dá quando Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos.
dizemos, por exemplo, Parodiando o padre Vieira ou Para usar
uma expressão clássica, vou dizer que “peixes se pescam, homens Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos ocorre
é que se não podem pescar”. no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos cavalos
aumenta.
A linguagem serve para criar outros universos Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar
sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se que estamos
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala também
do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos mundos, outras usando a linguagem em sua função poética.
realidades. Essa é a grande função da arte: mostrar que outros
modos de ser são possíveis, que outros universos podem existir. Potencialidades da linguagem
O filme de Woody Allen A rosa púrpura do Cairo (1985) mostra
isso de maneira bem expressiva. Nele, conta-se a história de uma Depois de analisar as funções da linguagem, conclui-se que
mulher que, para consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus- ela é onipresente na vida de todos nós. Cerca-nos desde o despertar
tratos infligidos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo da consciência, ainda no berço, segue-nos durante toda a vida e
inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, acompanha-nos até a hora da morte. Sem a linguagem, nãos e
e o galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e ambos pode estruturar o mundo do trabalho, pois é ela que permite a troca
vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra realidade, os de informações e de experiências e a cooperação entre os homens.
homens são gentis, a vida não é monótona, o amor nunca diminui
Sem ela, o homem não pode conhecer-se nem conhecer o mundo.
e assim por diante.
Sem ela, não se exerce a cidadania, porque os eleitores não podem
A linguagem serve como fonte de prazer (função poética) influenciar o governo. Sem ela não se pode aprender, expressar os
sentimentos, imaginar outras realidades, construir as utopias e os
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido e os sons sonhos. No entanto, a linguagem parece-nos uma coisa natural.
são formas de tornar a linguagem um lugar de prazer. Divertimo- Não prestamos muita atenção a ela. Nem sempre dedicamos muito
nos com eles. Manipulamos as palavras para delas extrair tempo ao seu estudo. Conhecer bem a língua materna e línguas
satisfação. estrangeiras é uma necessidade.
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Que é saber bem uma língua? Evidentemente, não é saber Texto é um todo organizado de sentido, delimitado por dois
descrevê-la. A descrição gramatical de uma língua é um meio de brancos e produzido por um sujeito num dado tempo e num
adquirir sobre ela um domínio crescente. Saber bem uma língua determinado espaço.
é saber usá-la bem. No entanto, o emprego de palavras raras e a O texto é um todo organizado de sentido, isso quer dizer que
correção gramatical não são sinônimos do uso adequado da língua. ele não é um amontoado de frases simplesmente colocadas umas
Falar bem é atingir os propósitos de comunicação. Para isso, é depois das outras, mas um conjunto de frases costuradas entre si.
preciso usar um nível de língua adequado, é necessário construir Por isso o sentido de cada parte depende da sua relação com as
textos sem ambigüidades, coerentes, sem repetições que não outras partes, isto é, o sentido de uma palavra ou de uma frase
acrescentam nada ao sentido. depende das outras palavras ou frases com que mantêm relação.
O texto que segue foi dito por um locutor esportivo: Em síntese, o sentido depende do contexto, entendido como a
Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de unidade maior que compreende uma unidade menor, a oração
pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola propulsora do é contexto da palavra, o período é contexto da oração e assim
eleven periquito. (Álvaro da Costa e Silva. In: Bundas, p.33.) sucessivamente. O contexto pode ser explícito (quando é exposto
O que o locutor quis dizer foi: Entra em campo o médico do em palavras) ou implícito (quando é percebido na situação em que
Palmeiras a fim de cuidar da contusão de Ademir da Guia (filho o texto é produzido).
de Domingos da Guia), jogador de meio de campo do time do Observe os três pequenos textos abaixo:
Parque Antártica. Certamente, aquele texto não seria entendido
pela maioria dos ouvintes. Portanto não é um bom texto, porque I- Todos os dias ele fazia sua fezinha. Na noite de segunda-
não usa um nível de língua adequado à situação de comunicação. feira sonhou com um deserto e jogou seco no camelo.
Outros exemplos: II- Nos desertos da Arábia, o camelo é ainda o principal
meio de transporte dos beduínos.
As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas III- O camelo aqui carrega a família inteira nas costas, porque
de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro lá ninguém trabalha.
de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo
aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de Em cada uma dessas frases a palavra camelo tem um sentido
18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a
diferente. Na primeira, significa “o oitavo grupo do jogo no bicho,
motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Jornal
que corresponde ao número 8 e inclui as dezenas 29, 30, 31 e 32”;
Folha do Sudoeste)
na segunda, “animal originário das regiões desérticas, de grande
Certamente a portaria não deveria obrigar os pais a acompanhar
porte, quadrúpede, de cor amarelada, de pescoço longo e com duas
os filhos aos motéis nem a dar-lhes uma autorização por escrito
saliências no dorso”; na terceira, “pessoa que trabalha muito”. O
para ser exibida na entrada desse tipo de estabelecimento.
que determina essa diferença de sentido da palavra é exatamente
O jornal da USP publicou uma série de textos encontrados
em comunicados de paróquias e templos. Todos são mal escritos, o contexto, o todo em que ela está inserida. No texto, portanto, o
embora neles não se encontrem erros de ortografia, concordância, sentido de cada parte não é independente, tudo são relações. Aliás,
etc.: a palavra texto significa “tecido”, que não é um amontoado de fios,
- Não deixe a preocupação acabar com você. Deixe que a mas uma trama arranjada de maneira organizada. O sentido não é
Igreja ajude. solitário, é solidário.
- Terça-feira à noite: sopão dos pobres, depois oração e
medicação. Vejamos outros dois períodos:
- (...) lembre-se de todos que estão tristes e cansados de nossa I- Marcelinho é um bom atacante, mas é desagregador.
igreja e de nossa comunidade. II- Marcelinho é desagregador, mas é um bom atacante.
- Para aqueles que têm filhos e não sabem, nós temos uma
creche no segundo andar. Esses períodos relacionam diferentemente as orações.
- Quinta-feira às 5:00 haverá reunião do Clube das Jovens No primeiro, a oração é desagregador é introduzida por mas,
Mamães. Todos aqueles que quiserem se tornar uma Jovem enquanto no segundo é a oração é um bom atacante que é iniciada
Mamãe, devem contatar padre Cavalcante em seu escritório. (...) por essa conjunção. O sentido é completamente diferente, pois o
(Jornal da USP, 9, p. 15) mas introduz o argumento mais forte e, por conseguinte, determina
Humor à parte, esses exemplos comprovam que aprender a orientação argumentativa da frase. Isso significa que, quando
não só a norma culta da língua, mas também os mecanismos de afirmo I, não quero o jogador no meu time; quando digo II, acredito
estruturação do texto. que todos os seus defeitos devem ser desculpados.
Observe agora o poema “Canção do Exílio” de Murilo
A palavra texto é bastante usada na escola e também em Mendes:
outras instituições sociais que trabalham com a linguagem.
É comum ouvirmos expressões como O texto constitucional Minha terra tem macieiras da Califórnia
desceu a detalhes que deveriam estar em leis ordinárias; Seu onde cantam gaturamos de Veneza.
texto ficou muito bom; O texto da prova de Português era muito Os poetas da minha terra
longo e complexo; Os atores de novelas devem decorar textos são pretos que vivem em torres de ametista,
enormes todos os dias. Apesar de corrente, porém, o termo não é os sargentos de exército são monistas, cubistas,
de fácil definição: quando perguntamos qual é o seu significado, os filósofos são polacos vendendo a prestações.
percebemos que a maioria das pessoas é incapaz de responder com A gente não pode dormir
precisão e clareza. com os oradores e os pernilongos.
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Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Por exemplo, comprova-se que o significado das frases não é
Eu morro sufocado autônomo. Num texto, o significado das partes depende do todo.
em terra estrangeira. Por isso, cada frase tem um significado distinto, dependendo do
Nossas flores são mais bonitas contexto em que está inserida.
nossas frutas mais gostosas Que é que faz perceber que um conjunto de frases compõe um
mas custam cem mil réis a dúzia. texto? O primeiro fator é a coerência, ou seja, a compatibilidade
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade de sentido entre elas, de modo que não haja nada ilógico, nada
e ouvir um sabiá com certidão de idade! contraditório, nada desconexo. Outro fator é a ligação das
frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou
Poesias (1925-1953). Rio de Janeiro, garantem a concatenação entre as partes. Assim, em Não chove
José Olympio, 1959, p. 5. há vários meses. Os pastos não poderiam, pois, estar verdes, a
palavra pois estabelece uma relação de decorrência lógica entre
Tomando apenas os dois primeiros versos, pode-se pensar uma e outra frase. O segundo fator, entretanto, é menos importante
que esse poema seja uma apologia do caráter universalista e que o primeiro, pois mesmo sem esses elementos de conexão,
cosmopolita da brasilidade: macieiras e gaturamos representam um conjunto de frases pode ser coerente e, portanto, um todo
a natureza vegetal e animal, respectivamente; Califórnia e Veneza organizado de sentido.
são a imagem do espaço estrangeiro, e minha terra, a do solo
pátrio. No Brasil, até a natureza acolhe o que é estrangeiro.
Delimitações e Sujeito do Texto
Pode-se ainda acrescentar, em apoio a essa tese, que esses
versos são calcados nos dois primeiros do poema homônimo de
O texto é delimitado por dois brancos. Se ele é um todo
Gonçalves Dias, que é uma glorificação da terra pátria:
organizado de sentido, ele pode ser verbal, visual (um quadro),
Minha terra tem palmeiras, verbal e visual (um filme), sonoro (uma música), etc. Mas em todos
Onde canta o Sabiá; esses casos ele será delimitado por dois espaços de não-sentido,
dois brancos, um antes de começar o texto e outro depois. É o
Apud: Manuel Bandeira. branco do papel; é o tempo de espera para que um filme comece
Gonçalves Dias: Poesia. 7ª Ed. Rio de Janeiro e o que está depois da palavra FIM; é o silêncio que precede os
Agir, 1976, p. 18. Coleção Nossos Clássicos. primeiros acordes de uma melodia e que sucede às notas finais, etc.
O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num
Essa hipótese de leitura, se não é absurda quando isolamos os determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social
versos em questão, não encontra amparo quando os confrontamos que vive num dado tempo e num certo espaço, expõe em seus
com o restante do texto. Murilo Mendes mostra, na verdade, que as textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas desse
características da brasilidade não têm valor positivo, não concorrem grupo. Todo texto, assim, relaciona-se com o contexto histórico e
para a exaltação da pátria: o poeta denuncia que a cultura brasileira geográfico em que foi produzido, refletindo a realidade apreendida
é postiça, é uma miscelânea de elementos advindos de vários por seu autor, que sobre ela se pronuncia.
países. Ele mostra que os poetas são pretos que vivem em torres de O poema de Murilo Mendes que comentamos anteriormente
ametista, alienados num mundo idealizado, evitando as mazelas do mostra o anseio de uma geração, no Brasil, em certa época, de
mundo real, sem se preocupar com os negros, que vivem, em geral, conhecer bem o país e revelar suas mazelas para transformá-lo.
em condições muito precárias (trata-se de uma referência irônica ao Não há texto que não reflita o seu tempo e o seu lugar. Cabe
Simbolismo e, principalmente, a Cruz e Sousa); que os sargentos lembrar, no entanto, que uma sociedade não produz uma única
do exército são monistas, cubistas, ou seja, em vez da preocupação forma de ver a realidade, um modo único de analisar os problemas
com seu ofício de garantir a segurança do território nacional, têm estabelecidos num dado contexto. Como a sociedade é dividida
pretensões de incursionar por teorias filosóficas e estéticas; que em grupos sociais, que têm interesses muitas vezes antagônicos,
os filósofos são polacos vendendo a prestações, são prostituídos ela produz idéias divergentes entre si. A mesma sociedade que
(polaca é termo designativo de prostituta) pela venalidade barata; gera a idéia de que é preciso pôr abaixo a floresta amazônica para
que os oradores se identificam com os pernilongos em sua oratória
explorar suas riquezas, produz a idéia de que preservá-la é mais
repetitiva; que o romantismo gonçalvino estava certo ao afirmar
rentável. É bem verdade, no entanto, que algumas idéias, em certas
que a natureza brasileira é pródiga, só que essa prodigalidade não
épocas, exercem domínio sobre outras.
é acessível à maioria da população. A exclamação do final é, ao
mesmo tempo, a manifestação do desejo de ter contato com coisas É necessário entender as concepções correntes na época e na
genuinamente brasileiras e um lamento, pois o poeta sabe que não sociedade em que o texto foi produzido, para não correr o risco de
se tornará realidade. entendê-lo de maneira distorcida. Como não há idéias puras, todas
O texto de Murilo faz referência ao de Gonçalves Dias, mas, as idéias estão materializadas em textos, analisar a relação de um
diferentemente do poema gonçalvino, não celebra ufanisticamente texto com sua época é estudar a sua relação com outros textos.
a pátria. Ao contrário, ironiza-a, lamenta a invasão estrangeira. O É preciso que fiquem bem claras estas conclusões:
exílio é a própria terra, desnaturada a ponto de parecer estrangeira.
Desse modo, os dois primeiros versos não podem ser I- No texto, o sentido não é solitário, mas solidário.
interpretados como um elogio ao caráter cosmopolita da cultura II- O texto está delimitado por dois espaços de não-sentido.
brasileira. Ao contrário, devem ser lidos como uma crítica III- O texto revela ideais, concepções, anseios, expectativas
ao caráter postiço da nossa cultura. Isso porque só a segunda e temores de um grupo social numa determinada época, em
interpretação se encaixa coerentemente dentro do contexto. determinado lugar.
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Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais
turno das eleições presidenciais de 1989: Eu sabia que você era elementos de coesão são os conectivos, vocábulos gramaticais, que
collorido por fora, mas caiado por dentro. estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto
Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos deve ser organizado por nexos adequados, com seqüência de idéias
da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos.
fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente
discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”. o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre
Observe que há duas operações diferentes no entendimento palavras que formam a oração e as orações que formam o período
do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No texto bem trabalhado sintática e semanticamente resultam num
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma texto coeso.
pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, mas não
conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, Coerência
não entenderia o significado da frase. Por isso, é preciso colocar o
texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior A coerência está diretamente ligada à possibilidade de
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam conhecimento estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com
de mundo ao universo discursivo. Na frase acima, collorido que o texto faça sentido para quem lê, devendo, portanto, ser
e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida entendida, interpretada. Na avaliação da coerência da redação, será
política: a primeira palavra refere-se a Collor e ao modo como ele levada em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será
se apresentava, um político moderno e inovador; a segunda diz avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-
respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto
essa operação chamamos compreensão. narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens
e de relacionar ações e motivações.
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto
Tipos de Composição
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de
leitura: informativa e de reconhecimento.
Descrição: descrever é representar verbalmente um objeto, uma
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos,
contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando
de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa,
para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-
para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível.
chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-
Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os
central de cada parágrafo.
traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia
a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais
pelo autor. ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens,
Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes,
idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão que estão quase sempre em conflito. A Narração envolve:
do texto.
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos • Quem? Personagem;
menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, • Quê? Fatos, enredo;
o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um • Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
espaçamento da margem esquerda. • Onde? O lugar da ocorrência;
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, • Como? O modo como se desenvolveram os
ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida. acontecimentos;
Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, • Por quê? A causa dos acontecimentos;
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. Dissertação: dissertar é apresentar idéias, analisá-las, é
O fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos;
não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor,
toma de empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio
conectando uma palavra uma oração, uma idéia à outra. O texto é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a
precisa ser coeso e coerente. fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.
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E esses que vivem vendendo objetos, um de cada vez, c) O anunciante projeta seus atuais objetivos nas pretensões
«por motivo de viagem”? Será que o dinheirinho de um aparelho dos leitores.
de televisão ou de uma máquina de costura ou de um gravador d) Quem busca o seu futuro no futuro dos outros prejudica
último tipo lhes pagará a passagem? Talvez a viagem seja irremediavelmente seu presente.
conseqüência: depois de vender os objetos, o melhor será mesmo e) O anunciante procura melhorar a vida do leitor
abandonar a cidade. independentemente de suas intenções.
E os técnicos? É impressionante como tem gente especializada
anunciando sua especialidade. Mecânicos e eletricistas MPU – nível técnico – MF: Leia o trecho abaixo para
montam e desmontam qualquer aparelho em menos de cinco
responder às questões de 10 a 14
minutos, e no fim sempre nos entregam três ou quatro parafusos
(Tempo máximo: 15 minutos)
que não têm a menor utilidade. Penso na economia monstruosa
que as fábricas fariam se, ao montarem seus aparelhos, houvessem
contratado os técnicos do “atende‑se a domicílio”. A rigor, se cometêssemos para com a publicidade o ingênuo
(Eliachar, Leon. O Homem ao Cubo. Rio deJaneiro: Francisco extremismo de acreditar plenamente no seu discurso, teríamos
Alves S.A., 6ª ed., adoptado) à nossa frente a mais desvairada das utopias. A sua eficiência,
elevada ao absurdo, consistiria em fazer com que o consumidor,
5. Ao falar de “pequenos anúncios”, o autor refere‑se ao consumir um produto, incorporasse à sua percepção sensorial
a) Essencialmente aos que tratam de empregos. um deleite Sublime, um estado nirvânico, um gozo celetial.
b) Especificamente aos que oferecem serviços. A se ressalvar e a se ressaltar, porém, a defasagem entre a
c) Exclusivamente aos que falam de objetos perdidos. promessa publicitária e o real preenchimento proporcionado pelos
d) Genericamente a vários tipos de anúncios. bens de consumo, conclui-se tristemente que o saldo é bastante
e) Somente aos anúncios de compra e venda. negativo: a felicidade prometida é muito fugaz e o retorno ao
abismo da lacuna primordial – da consciência da finitude – é
6. A expressão que não aparece nos anúncios que o autor ainda maior, uma vez que a busca do sublime esteve exacerbada
menciona é: por estímulos fantasiosos. Cada vez que o paraíso é prometido,
a) “lugar de fututo” represema‑se (ritualiza‑se) o drama do retorno. Cada vez que esse
b) “gratifica-se bem” retorno é frustrado, dramatiza‑se, outra vez, o mito da queda.
c) “procura-se uma explicação” A promessa de preenchimento dá lugar ao vazio. Existência e
d) “atende-se a domicílio”
angústia retornam à sua condição de paralelismo. Compreende‑se
e) “por motivo de viagem”
então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E
7. Conforme o texto, os técnicos que anunciaram sua uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca‑se de
especialidade: imediato lidando com uma elaboração profundamente onírica.
a) Trabalham com rapidez, mas não conseguem encaixar Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraído
todas as peças de um aparelho. de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV,
b) Trabalham melhor que os das fábricas, resultando disto 1987/88, nº15, p. 110/111)
maior economia para as montadoras.
c) Entendem mais da montagem dos aparelhos que os 10. O tema central do fragmento acima é:
técnicos das fábricas de eletrodomésticos. a) A publicidade desequilibra a relação de forças existente
d) Duvidam da competência dos mecânicos e eletricistas entre a demanda e a oferta de bens de consumo.
das grandes fábricas. b) Dramatizar o mito da queda é o objetivo perseguido pela
e) Pretendem conseguir uma contratação como mecânicos retórica publicitária.
ou eletricistas em firmas conceituadas. c) Há uma similaridade estrutural entre a elaboração
publicitária e a elaboração onírica.
8. As “fórmulas” dos anúncios a que se refere o autor dizem d) Os comerciais veiculados pelos meios de comunicação
respeito: cumprem o papel de informar o consumidor em potencial sobre as
a) À especificação reais qualidades dos produtos.
b) À quantidade
e) Ao adquirir bens de consumo, o consumidor sublima
c) Ao argumento
suas carências afetivas num estado de deleite sublime.
d) Ao conteúdo
e) À correção
11. À leitura literal da retórica publicitária associam‑se vários
9. Assinale a opção que expressa o significado da seguinte termos no texto, exceto:
frase do texto: “... quem procura o seu futuro no presente de quem a) Deleite sublime
anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros”. b) Estado nirvânico
a) Quem oferece melhoria de vida aos outros através de c) Gozo celestial
anúncios pretende melhorar a própria vida. d) Consciência da finitude
b) Aquele que pretende encontrar boas oportunidades nos e) Estímulos fantasiosos
anúncios proporciona lucros ao anunciante.
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12. Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que: a) Errado. Não se pode deduzir estrita e licitamente que se
a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma “alguns dos 25 parques” (o texto só fala em três deles) estão em
atitude ingénua. situação difícil, todos estarão. Três não são vinte e cinco.
b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos b) Certo. O que seria competência, por exemplo, dos
da sociedade industrial. legisladores. Os responsáveis pelos parques não são culpados de
c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que não terem condições.
se sustentam no princípio do prazer. c) Errado. O texto não culpa a população nem as
d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a autoridades responsáveis pelos parques e reservas.
consciência de sua finitude.
d) Errado. O texto não culpa a população nem as
e) Está incorporado à publicidade o componente mítico de
autoridades responsáveis pelos parques e reservas.
retorno ao paraíso.
e) Errado. Se as pinturas rupestres existem há pelo menos
13. “Drama do retorno” e “mito da queda”, no texto, 31.500 anos, certamente já resitiram a inúmeros incêndios, o que
referem‑se a: não justifica dizer que um incêndio constitua ameaça a elas.
a) Elaboração da primeira versão da publicidade e sua
recusa pelo cliente que a encomendou. “Procura-se uma explicação”
b) Retorno dos comerciais aos meios de comunicação
devido à queda do faturamento das empresas. 5. d - Objetos perdidos, lugar de futuro = emprego, técnicos =
c) Promessas fantasiosas contidas nos anúncios e decepção serviços (venda).
do consumidor por não vê‑ias realizadas ao adquirir o produto.
d) Estado nirvânico do publicitário no momento de criação 6. c 7. a
da propaganda e posterior decepção ao vê‑lo rejeitado pelo diretor
de marketing. 8. c - Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas (=pelo que
e) Mitos de povos primitivos a respeito das concepções de argumental – “gratifica-se bem”, “lugar de futuro”, “por motivo de
Paraíso e Inferno. viagem”), quais as suas verdadeiras intenções (= o que realmente
querem dizer).
14. Assinale a letra que contém o enunciado falso.
a) Colocadas em sequência, as expressões “a se ressalvar” e 9. b - Observe que a frase “... quem procura seu futuro no
“a se resaltar” são equivalentes quanto ao conteúdo.
presente de quem anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros”
b) O segmento - da consciência da finitude – explica a
pode ser reduzida a “quem procura” ... faz “o futuro dos outros”,
expressão lacuna primordial.
c) O termo “(ritualiza-se)” especifica o sentido de em que o sujeito “quem procura” é o leitor e os “outros” são os
“representa-se”. anunciantes.
d) As expressões “deleite sublime”, “estado nirvânico”, A única alternativa que põe na ordem certa de importância do
“gozo celestial”, colocadas em sequência, reiteram a mesma idéia. texto “leitor – anunciante” é a letra b.
e) Em “sua eficiência”, o possessivo refere-se à eficiência Compare: letra a) anunciante – anunciante; c) anunciante –
da publicidade. leitor; d) leitor – leitor; e) anunciante – leitor.
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Deve‑se notar:
TIPOLOGIA TEXTUAL - que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor grande medo ao pai);
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser considerada
que também é transmitida através de figuras, impregnado de
cronologicamente anterior a outra do ponto de vista do relato (no
subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia...
nível dos acontecimentos, entrar na escola é cronologicamente
Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma
anterior a retirar‑se dela; no nível do relato, porém, a ordem dessas
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma
duas ocorrências é indiferente: o que o escritor quer é explicitar
notícia de jornal, uma bula de medicamento.
uma característica do menino, e não traçar a cronologia de suas
ações);
Basicamente existem três tipos de texto: Texto Descritivo;
- ainda que se fale de ações (como entrava, retirava‑se), todas
Texto Narrativo e Texto Dissertativo. Cada um desses textos
elas estão no pretérito imperfeito, que indica concomitância em
possui características próprias de construção.
relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano de
1840, em que o escritor frequentava a escola da rua da Costa) e,
Descrição
portanto, não denota nenhuma transformação de estado;
- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
É a representação com palavras de um objeto, lugar, situação
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica ‑
ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais particulares
poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar
ou individuais do que se descreve. É qualquer elemento que seja
e ler o texto do fim para o começo: 0 mestre era mais severo com
apreendido pelos sentidos e transformado, com palavras, em
ele do que conosco. Entrava na escola depois do pai e retirava-se
imagens.
antes...
Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa
ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enunciados
é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do pode ser invertida, está-se pensando apenas na ordem cronológica,
observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa pois, como veremos adiante, a ordem em que os elementos são
forma, o que será importante ser analisado para um, não será para descritos produz determinados efeitos de sentido.
outro. Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisamos fazer
A vivência de quem descreve também influencia na hora certas modificações no texto, pois este contém anafóricos (palavras
de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, que retomam o que foi dito antes, como ele, os, aquele, etc. ou
pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento. catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito, como este,
etc.), que podem perder sua função e assim não ser compreendidos.
Exemplos: Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam
todo o seu esplendor. O Sol fazia-as brilhar, ao invertermos a
(I) “De longe via a aléia onde a tarde era clara e redonda. Mas ordem das frases, precisamos fazer algumas alterações, para que
a penumbra dos ramos cobria o atalho. o texto possa ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar.
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas Elas manifestavam todo o seu esplendor. Como, na versão
surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado pelos instantes já original, o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma flores,
mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sentido. Por isso,
estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era precisamos mudar a palavra flores para a primeira frase e retomá-
estranho, suave demais, grande demais.” la com o anafórico elas na segunda.
(extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Por todas essas características, diz‑se que o fragmento do
Lispector) conto de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de texto em
que se expõem características de seres concretos (pessoas, objetos,
(II) Chamava‑se Raimundo este pequeno, e era mole, situações, etc.) consideradas fora da relação de anterioridade e de
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter posterioridade.
aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos;
vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Características:
Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, - Ao fazer a descrição enumeramos características,
cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do comparações e inúmeros elementos sensoriais;
pai e retirava‑se antes. 0 mestre era mais severo com ele do que - As personagens podem ser caracterizadas física e
conosco. psicologicamente, ou pelas ações;
(Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São - A descrição pode ser considerada um dos elementos
Paulo, Ática, 1974, págs. 31‑32.) constitutivos da dissertação e da argumentação;
- é impossível separar narração de descrição;
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da - O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim
escola que o escritor frequentava. a capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza.
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- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo: “Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não muito
“(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Apesar de seu
desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea corpo rechonchudo, tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante
e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que que lhe dava petulância de rapaz e casava perfeitamente com os
parecem conformados expressamente para esposas da multidão olhinhos de azougue.”
(...)” (Raul Pompéia – O Ateneu) (José de Alencar - Senhora)
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não existe
relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados. - Uso de advérbios de localização espacial. Exemplo:
- Devem‑se evitar os verbos e, se isso não for possível, que se
usem então as formas nominais, o presente e o pretério imperfeito “Até os onze anos, eu morei numa casa, uma casa velha, e essa
do indicativo, dando-se sempre preferência aos verbos que casa era assim: na frente, uma grade de ferro; depois você entrava
indiquem estado ou fenômeno. tinha um jardinzinho; no final tinha uma escadinha que devia ter
- Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos uns cinco degraus; aí você entrava na sala da frente; dali tinha um
adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto. corredor comprido de onde saíam três portas; no final do corredor
tinha a cozinha, depois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e
A característica fundamental de um texto descritivo é essa atrás ainda tinha um galpão, que era o lugar da bagunça...”
inexistência de progressão temporal. Pode‑se apresentar, numa (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ)
descrição, até mesmo ação ou movimento, desde que eles sejam
sempre simultâneos, não indicando progressão de uma situação Recursos:
anterior para outra posterior. Tanto é que uma das marcas
linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente - Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.
concomitância em relação ao momento da fala; o segundo, em - Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas,
relação a um marco temporal pretérito instalado no texto. concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno,
Para transformar uma descrição numa narra ção, bastaria uma pureza de cristal.
introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um estado - As sensações de movimento e cor embelezam o poder da
anterior para um posterior. No caso do texto II inicial, para natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde transparente que
transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso grande deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
medo do pai. Mais tarde, Iibertou‑se desse medo... - A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto.
Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito
Características Linguísticas: crente.
O enunciado narrativo, por ter a representação de um A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela temporalidade,
na relação situação inicial e situação final, enquanto que o Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a
enunciado descritivo, não tendo transformação, é atemporal. passagem são apresentadas como realmente são, concretamente.
Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático- Ex: “Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética,
semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão: ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos
- Predominância de verbos de estado, situação ou indicadores negros e lisos”.
de propriedades, atitudes, qualidades, usados principalmente no Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. Exemplo: “
presente e no imperfeito do indicativo (ser, estar, haver, situar-se, A casa velha era enorme, toda em largura, com porta central que se
existir, ficar). alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de guilhotina
- Enfâse na adjetivação para melhor caracterizar o que é para cada lado. Era feita de pau-a-pique barreado, dentro de uma
descrito; Exemplo: estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei. Telhado de quatro
águas. Pintada de roxo-claro. Devia ser mais velha que Juiz de
“Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço Fora, provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado,
entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se capricho da sorte, na linha de passagem da variante do Caminho
alargando até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado no alto; Novo que veio a ser a Rua Principal, depois a Rua Direita – sobre
tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por a qual ela se punha um pouco de esguelha e fugindo ligeiramente
trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais do alinhamento (...).” (Pedro Nava – Baú de Ossos)
brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto,
caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas Descrição Subjetiva: quando há maior participação da
escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são
despegadas do crânio.” transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar ou
(Eça de Queiroz - O Primo Basílio) expressar seus sentimentos. Ex: “Nas ocasiões de aparato é que se
podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-
- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, comparações, lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu!
sinestesias). Exemplo: Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos,
calmos, eram de um rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia)
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“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra Descrição de objetos constituídos por várias partes:
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par-de-
frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando por lei, 1 - Introdução: observações de caráter geral referentes à
de sobregoverno.” (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) procedência ou localização do objeto descrito.
2 - Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos partes que compõem o objeto, associados à explicação de como as
descritivos: partes se agrupam para formar o todo.
3 - Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo
Como se disse anteriormente, do ponto de vista da progressão (externamente) ‑ formato, dimensões, material, peso, textura, cor
temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente, uma e brilho.
vez que eles indicam propriedades ou características que ocorrem 4 - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua
simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do ponto de utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em
vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou sua totalidade.
vice‑versa, do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria
efeitos de sentido distintos. Descrição de ambientes:
Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de
Bocage: 1 - Introdução: comentário de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global
Magro, de olhos azuis, carão moreno, do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e
bem servido de pés, meão de altura, aroma (se houver).
triste de facha, o mesmo de figura, 3 - Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos
lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou
nariz alto no meio, e não pequeno.
quaisquer outros objetos.
4 - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no
Incapaz de assistir num só terreno,
ambiente.
mais propenso ao furor do que à ternura;
bebendo em níveas mãos por taça escura Descrição de paisagens:
de zelos infernais letal veneno.
1 - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer
Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão, outra referência de caráter geral.
1968, pág. 497. 2 - Desenvolvimento: observação do plano de fundo
(explicação do que se vê ao longe).
O poeta descreve‑se das características físicas para as 3 - Desenvolvimento: observação dos elementos mais
características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria o próximos do observador ‑ explicação detalhada dos elementos que
mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer relevo. compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.
4 - Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla.
uma cena. É como traçar com palavras o retrato de um objeto, lugar,
pessoa etc., apontando suas características exteriores, facilmente Descrição de pessoas (I):
identificáveis (descrição objetiva), ou suas características
psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva). 1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer
Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos, aspecto de caráter geral.
também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado 2 - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor
desta técnica, sugere‑se que o concursando, após escrever seu da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).
texto, sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou 3 - Desenvolvimento: características psicológicas
depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva. (personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações,
postura, objetivos).
Descrição de objetos constituídos de uma só parte: 4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
geral.
1 – Introdução: observações de caráter geral referentes à
procedência ou localização do objeto descrito. Descrição de pessoas (II):
2 - Desenvolvimento: detalhes (lª parte) ‑ formato (comparação
com figuras geométricas e com objetos semelhantes); dimensões 1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer
(largura, comprimento, altura, diâmetro etc.) aspecto de caráter geral.
3 - Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) ‑ material, peso, cor/ 2 - Desenvolvimento: análise das características físicas,
brilho, textura. associadas às características psicológicas (1ª parte).
4 - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua 3 - Desenvolvimento: análise das características físicas,
utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto como associadas às características psicológicas (2ª parte).
um todo. 4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
geral.
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O passo vagaroso de quem não tem pressa ‑ o mundo A história contada, por isso, passa por uma introdução
podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
a voz pausada e grave, descia a rua da Igreja cumprimentando desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita,
cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada de trama) e
que chegavam na janela muitas vezes só para vê‑lopassar. termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Aquele
Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, que conta a história é o narrador, que pode ser pessoal (narra em
descarnado como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim 1ª pessoa: Eu...) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: Ele...).
tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos
impressão de uma grande e ponderada figura. Não jogava as pernas de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos
para os lados nem as trazia abertas, esticava‑as feito medisse os substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do
passos, quebrando os joelhos em reto. texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos
Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, verbos, formando uma rede: a própria história contada.
no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a
sim era a grande imponente figura, que enchia as vistas. Parecia história.
um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do
Palmeirim, quando iam para a guerra armados cavaleiros.” Elementos Estruturais (I):
(Dourado, Autran. Ópera dos Mortos. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1975, p. 9‑1O) - Enredo: desenrolar dos acontecimentos.
- Personagens: são seres que se movimentam, se relacionam e
Descrever é fazer viver os pormenores, situações ou pessoas. dão lugar à trama que se estabelece na ação. Revelam-se por meio
Evocar o que se vê e o que se sente. É criar o que não se vê, mas de características físicas ou psicológicas. Os personagens podem
se percebe ou imagina. Não copiar friamente, mas deixar rica uma ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais (trabalhador,
imagem transmitindo sensações fortes. estudante, burguês etc.) ou tipos humanos (o medroso, o tímido, o
avarento etc.), heróis ou anti‑heróis, protagonistas ou antagonistas.
Narração - Narrador: é quem conta a história.
- Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico.
A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, - Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: o
fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o tempo
apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, interior, subjetivo.
organizados por uma narração feita por um narrador. É uma série
de fatos situados em um espaço e no tempo, tendo mudança de Elementos Estruturais (II):
um estado para outro, segundo relações de sequencialidade e
causalidade, e não simultâneos como na descrição. Expressa as Personagens ‑ Quem? Protagonista/Antagonista
relações entre os indivíduos, os conflitos e as ligações afetivas Acontecimento ‑ O quê? Fato
entre esses indivíduos e o mundo, utilizando situações que contêm Tempo ‑ Quando? Época em que ocorreu o fato
essa vivência. Espaço ‑ Onde? Lugar onde ocorreu o fato
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada), o Modo ‑ Como? De que forma ocorreu o fato
narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem Causa ‑ Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
ocorreu o episódio. É por isso que numa narração predomina a Resultado - previsível ou imprevisível.
ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, a Final - Fechado ou Aberto.
maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos
de ação. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se de
seja, a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de tal forma, que não é possível compreendê-los isoladamente, como
enredo. simples exemplos de uma narração. Há uma relação de implicação
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas mútua entre eles, para garantir coerência e verossimilhança à
personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no história narrada.
episódio que está sendo contado. As personagens são identificadas Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão,
(=nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos próprios. obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem personagens ou o fato a ser narrado.
querer) ele acaba contando “onde” (=em que lugar) as ações do
enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre Exemplo:
uma ação ou ações é chamado de espaço, representado no texto
pelos advérbios de lugar. Porquinho‑da‑índia
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer
“quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da Quando eu tinha seis anos
narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através dos Ganhei um porquinho‑da‑índía.
tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de tempo. É o Que dor de coração me dava
tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
leitor “como” o fato narrado aconteceu. Levava ele pra sala
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Estrutura: - Em 3ª pessoa:
- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira pessoa.
alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, Exemplo:
como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram
propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu à rua com ar
conduzindo ao clímax. menos carnavalesco deste mundo, morrendo de vergonha da malha
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu de cetim, das asas e das antenas e, mais ainda, da cara à mostra,
momento crítico, tornando o desfecho inevitável.
sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento impreciso de
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos
ridículo.”
personagens.
(Ilka Laurito. Sal do Lírico)
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Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como __ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava. Fui
sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo: jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no mundo sem
ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e dia o hominho aqui
Festa na carroça. Sempre o mais sacrificado, está bom?
__ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende?
Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental olha o __ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só.
crioulão de roupa limpa e remendada, acompanhado de dois Sempre tem um cristão que enterra o pobre.
meninos de tênis branco, um mais velho e outro mais novo, mas __ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher...
ambos com menos de dez anos. __ Eu arranjo.
Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas __ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem dois
resolutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde há cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de melhor. Vai me
seis mesas desertas. deixar sem nada?
O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O __ Você tinha amula e a potranca. A mula vendeu e a potranca,
deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um prato de comida e
homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guaranás e dois
roupa lavada.
pãezinhos.
__ Para onde foi a lavadeira?
__ Duzentos e vinte.
__ Quem?
O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido. __ A mulata.
__Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz. (...)
__ Como? (Dalton Trevisan – A guerra Conjugal)
__ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito mais
gostoso. Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem diz,
O homem olha para os meninos. sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo:
__ O preço é o mesmo – informa o rapaz.
__ Está certo. Frio
Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhestra, como
se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida. O menino tinha só dez anos.
O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e, em Quase meia hora andando. No começo pensou num bonde.
seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôndega cada Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem feito que trazia,
um. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada.
dos pães, enquanto o rapaz cúmplice se retira. (Nos bondes, àquela hora da noite, poderiam roubá-lo, sem que
Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo de percebesse; e depois?... Que é que diria a Paraná?)
cerveja até a boca, depois cada um prova o seu guaraná e morde o Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as
primeiro bocado do pão. vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. Ia
O homem toma a cerveja em pequenos goles, observando firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem olhar muito
criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo para nada.
absorvidos com o sanduíche e a bebida. __ Olho vivo – como dizia Paraná.
Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois meninos. Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das ruas. Ele
E permanecem para sempre, humanos e indestrutíveis, sentados ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava um guarda nas
naquela mesa. esquinas. O seu coraçãozinho se apertava.
(Wander Piroli) Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher.
Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à noite. Pelo
jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela lhe deu, ele
Tipos de Discurso:
seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos, mas provavelmente
faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Os bondes
Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente para passavam.
o personagem, sem a sua interferência. Exemplo: (João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço)
Caso de Desquite Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do
personagem e a fala do narrador. É um recurso relativamente
__ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca). recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX.
Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto casado. Agora Exemplo:
com mania de mulher. Todo velho é sem-vergonha.
__ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só não A Morte da Porta-Estandarte
me pise, fico uma jararaca.
__ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão. Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus braços.
__ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está bom? Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é preciso
Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de mamar no primeiro segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou, se abriu...
mês. Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não sai. Tenham
__Você desempregado, quem é que fazia roça? paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga não... Não! E esses
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tambores? Ui! Que venham... É guerra... ele vai se espalhar... Por Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre
que não está malhando em sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear da
da cama... Ele está dormindo, Rosinha... Fugir com ela, para o temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no romance
fundo do País... Abraçá-la no alto de uma colina... machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas, quando o
(Aníbal Machado) narrador começa contando sua morte para em seguida relatar sua
vida, a sequência temporal foi modificada. No entanto, o leitor
Sequência Narrativa: reconstitui, ao longo da leitura, as relações de anterioridade e de
posterioridade.
Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: uma Resumindo: na narração, as três características explicadas
coordena‑se a outra, uma implica a outra, uma subordina‑se a acima (transformação de situações, figuratividade e relações de
outra. anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados) devem
A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
estar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só uma ou duas
- uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um
dessas características não é uma narração.
dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo);
- uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma
competência para fazer algo); Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto narrativo:
- uma em que a personagem executa aquilo que queria ou
devia fazer (é a mudança principal da narrativa); 1 - Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o que
- uma em que se constata que uma transformação se deu e aconteceu, quando e onde.
em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens 2 - Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos
(geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os personagens.
maus). 3 - Desenvolvimento: detalhes do fato.
4 - Conclusão: consequências do fato.
Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a Caracterização Formal:
realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela efetua‑se
porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazê‑la. Tomemos, Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspecto
por exemplo, o ato de comprar um apartamento: quando se assina a narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetividade,
escritura, realiza‑se o ato de compra; para isso, é necessário poder porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função da
(ter dinheiro) e querer ou dever comprar (respectivamente, querer
individualidade e do estilo do narrador. Dependendo do enfoque
deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido
do redator, a narração terá diversas abordagens. Assim é de grande
despejado, por exemplo).
Algumas mudanças são necessárias para que outras se dêem. importância saber se o relato é feito em primeira pessoa ou terceira
Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um bambu pessoa. No primeiro caso, há a participação do narrador; segundo,
ou outro instrumento para derrubá‑la. Para ter um carro, é preciso há uma inferência do último através da onipresença e onisciência.
antes conseguir o dinheiro. Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos
acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo o
Narrativa e Narração aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. O
narrador que usa essa técnica (característica comum no cinema
Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narratividade é moderno) demonstra maior criatividade e originalidade, podendo
um componente narrativo que pode existir em textos que não são observar as ações ziguezagueando no tempo e no espaço.
narrações. A narrativa é a transformação de situações. Por exemplo,
quando se diz “Depois da abolição, incentivou‑se a imigração de Exemplo - Personagens
europeus”, temos um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta
um componente narrativo, pois contém uma mudança de situação: “Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr.
do não incentivo ao incentivo da imigração européia. Amâncio não viu a mulher chegar.
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto, ‑ Não quer que se carpa o quintal, moço?
o que é narração? Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três características:
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do
- é um conjunto de transformações de situação (o texto de
passado, os olhos).”
Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos, preenche
essa condição); (Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre:
- é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e fatos Mercado Aberto, p. 5O)
concretos (o texto “Porquinho-da‑índia” preenche também esse
requisito); Exemplo - Espaço
- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal
que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e Considerarei longamente meu pequeno deserto, a redondeza
posterioridade (no texto “Porquinho‑da‑índia” o fato de ganhar o escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de algum rio. Não
animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão, que por sua vez havia, em todo o caso, como negar‑lhe a insipidez.”
é anterior ao de o menino levá‑lo para a sala, que por seu turno é (Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto
anterior ao de o porquinho‑da-índia voltar ao fogão). Alegre: Movimento, 1981, p. 51)
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Exemplo - Tempo - o texto 2 conta uma história de animais - fábula - que ilustra
um comportamento humano e cuja finalidade é dar um ensinamento
“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembra‑se: a a respeito de certas atitudes das pessoas.
mulher lhe pediu que a chamasse cedo.”
(Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4) Podemos afirmar que os dois textos têm em comum os
seguintes aspectos:
Ao longo da nossa vida, vivemos em meio a muitas narrativas.
Desde muito cedo, ouvimos histórias de nossas famílias, de como
- acontecimento, fato, situação (ou “o que aconteceu” e “como
era a cidade ou o bairro há muito tempo atrás; como eram nossos
aconteceu”)
parentes quando mais novos. Ouvimos também histórias de medos,
de personagens fantásticos, de sonhos. Enfim, ouvimos, contamos, - personagem (ou “com quem aconteceu”)
lemos, assistimos, imaginamos histórias. - espaço, tempo (ou o “onde” e “quando aconteceu”)
- narrador (ou “quem está contando”)
Texto 1
Ambos os textos são narrativas, mas com uma diferença: o
“Noite escura, sem céu nem estrelas. Uma noite de ardentia. primeiro é uma narrativa não ficcional, porque traz uma história
Estava tremendo. O que seria desta vez? A resposta veio do vivida e relatada por uma pessoa. O segundo é uma narrativa
fundo. Uma enorme baleia, com o corpo todo iluminado, passava ficcional, em que um autor cria no mundo da imaginação, uma
exatamente sob o barco, quase tocando-lhe o fundo. Podia ser sua história narrada por um narrador e vivida por seus personagens.
descomunal cauda, de envergadura talvez igual ao comprimento Para a distinção entre narrativa ficcional e não ficcional ficar
do meu barco, passando por baixo, de um lado, enquanto do mais clara, é bom lembrar, por exemplo, que a notícia de jornal é
outro, seguiam o corpo e a cabeça. Com o seu movimento verde também uma narrativa de não ficção, pois relata fatos da realidade
fosforescente iluminando a noite, nem me tocou, e iluminada
que mereçam ser divulgados.
seguiu em frente. Com as mãos agarradas na borda, estava
completamente paralisado por tão impressionante espetáculo—
belo e assustador ao mesmo tempo. Acompanhava com os olhos e Tipologia da Narrativa Ficcional:
a respiração seu caminho sob a superfície. Manobrou e voltou-se
de novo, e, mesmo maravilhado com o que via, não tive a menor - Romance
dúvida: voei para dentro, fechei a porta e todos os respiros, e fiquei - Conto
aguardando, deitado, com as mãos no teto, pronto para o golpe. - Crônica
Suavemente tocou o leme e passou a empurrar o barco, que ficou - Fábula
atravessado a sua frente. Eu procurava imaginar o que ela queria. - Lenda
(Klink, Amir. “Cem dias entre céu e mar”. Rio de - Parábola
Janeiro: José Olympio, 1986) - Anedota
- Poema Épico
Texto 2
Tipologia da Narrativa Não‑Ficcional:
A lebre e a tartaruga
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A noite em que os hotéis estavam cheios Crônica: é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo
é atribuído, por exemplo, aos noticiários dos jornais, comentários
O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da literários ou científicos, que preenchem periodicamente as páginas
viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar de um jornal. Exemplo:
onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria,
desde que não fosse muito caro. Escuta
Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro
hotel o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que não “Já que está se falando tanto em aparelhos de escuta,
havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com imagine se existisse um aparelho capaz de captar do ar tudo que
desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse já foi dito pela raça humana desde os seus primeiros grunhidos.
que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos. Nossas palavras provocam ondas sonoras que se alastram e
— E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, quem nos assegura que elas não continuam no ar, dando voltas
se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se ao mundo, junto com as palavras dos outros, para sempre? Como
o senhor vai pagar a conta ou não! não parece existir fronteiras para a técnica moderna, o aparelho
O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu certamente se sofisticaria em pouco tempo e logo poderíamos
adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto captar a época que quiséssemos e isolar palavras, frases, discursos
— que era mais uma modesta hospedaria — havia, mas o dono inteiros, inclusive identificando o seu lugar de origem. Sintonizar
desconfiou do casal e resolveu dizer que o estabelecimento estava o Globe Theater de Londres e ouvir as palavras de Shakespeare
lotado. Contudo, para não ficar mal, resolveu dar uma desculpa: ditas por atores da época elizabetana, com intervenções do ponto
— O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão e comentários da platéia, por exemplo. Ouvir, talvez, o próprio
para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma aqui. Poderia Shakespeare falando. Ou tossindo, já que todos os sons que
até receber delegações estrangeiras. Mas até hoje não consegui emitimos? espirros, gemidos, puns também continuariam no
nada. Se eu conhecesse alguém influente... O senhor não conhece ar para serem ouvidos. O grito do Ipiranga. Discursos do Rui
ninguém nas altas esferas? Barbosa. O silêncio do Maracanã quando o Uruguai marcou o
O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse segundo gol. As grandes frases da humanidade, na voz do próprio
alguém nas altas esferas. autor! Descobriríamos que Alexandre, o Grande, tinha voz fina,
— Pois então — disse o dono da hospedaria — fale para esse que Napoleão era linguinha, que a primeira coisa que Cabral
seu conhecido da minha hospedaria. Assim, da próxima vez que o disse ao chegar ao Brasil foi “Diabos, enxarquei as botas”...
senhor vier, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe, As pessoas se reuniriam para sintonizar o passado, à procura de
com banho e tudo. vozes conhecidas e frases famosas.
O viajante agradeceu, lamentando apenas que seu problema “Se for para o bem de todos e a felicidade geral da nação,
fosse mais urgente: precisava de um quarto para aquela noite. Foi diga ao povo que...”? Isso não interessa. Muda. “Gugu”? Espera!
adiante. Essa voz não me é estranha... “Dadá”? Sou eu, quando era bebê!
No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava Aumenta, aumenta! É verdade que não haveria como identificar
esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam vozes famosas, dizendo coisas banais. Aquela frase, captada numa
incógnitos. Quando os viajantes apareceram, pensou que fossem rua de Atenas? “Aparece lá em casa, e leva a patroa”? pode muito
os hóspedes que aguardava e disse que sim, que o quarto já estava bem ter sido dita por Péricles. Aquela outra “Um pouquinho mais
pronto. Ainda fez um elogio. para cima... Aí, aí! agora coça!” pode ter sido dita por Madame
— O disfarce está muito bom. Que disfarce? Perguntou o Currie para o marido. Ou por Max para Engels. E não se deve
viajante. Essas roupas velhas que vocês estão usando, disse o esquecer que algumas das coisas mais bonitas ditas pelo homem
gerente. Isso não é disfarce, disse o homem, são as roupas que nós através da História foram ditas baixinho, no ouvido de alguém,
temos. O gerente aí percebeu o engano: e não causaram ondas. Da próxima vez que disser alguma coisa
— Sinto muito — desculpou-se. — Eu pensei que tinha um que valha a pena no ouvido de alguém, portanto, grite. Você pode
quarto vago, mas parece que já foi ocupado. estar rompendo um caso de amor, e talvez um tímpano, mas estará
O casal foi adiante. No hotel seguinte, também não havia falando para a posteridade.
vaga, e o gerente era metido a engraçado. Ali perto havia uma [...]”
manjedoura, disse, por que não se hospedavam lá? Não seria
muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. (Veríssimo, Luís Fernando. Jornal do Brasil, 27/O9/98, p. 11)
Para surpresa dele, o viajante achou a idéia boa, e até agradeceu.
Saíram.
Fábula: é uma narrativa figurada, na qual são animais que
Não demorou muito, apareceram os três Reis Magos,
ganham características humanas. Sempre contém um moral por
perguntando por um casal de forasteiros. E foi aí que o gerente
sustentação, constatada no final da história. É um gênero muito
começou a achar que talvez tivesse perdido os hóspedes mais
versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado
importantes já chegados a Belém de Nazaré.
assunto. É muito interessante para crianças, pois permite que elas
(“A Massagista Japonesa”, “Contos para um Natal
sejam ensinadas dentro de preceitos morais sem que percebam.
brasileiro”, Editora Relume: IBASE — Rio de Janeiro, 1996,
Exemplo:
pág. 09.
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- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a idéia Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos
principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a definição. têm o direito de trabalho, cabe aos governantes desse país, que
- Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações almeja um futuro brilhante, deter, com urgência esse processo de
distintas. desníveis gritantes e criar soluções eficazes para combater a crise
- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos generalizada (F), pois a uma nação doente, miserável e desigual,
favoráveis e desfavoráveis. não compete a tão sonhada modernidade. (G)
- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou
descrever uma cena. 1º Parágrafo – Introdução
- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos.
- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para prováveis A. Tema: Desemprego no Brasil.
resultados. Contextualização: decorrência de um processo histórico
- Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve problemático.
apresentar questionamento e reflexão.
- Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos,
2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento
valores, juízos.
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos
porquês de uma determinada situação. B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. remetem a uma análise do tema em questão.
- Exemplificação: dar exemplos. C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da
realidade.
Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fechamento D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de
integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem todas as quem propõe soluções.
idéias anteriormente desenvolvidas. E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.
Exemplo:
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Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; Emprega-se a letra I:
conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da
tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra a) Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –
vem do latim hodie. air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
Emprega-se o H: b) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra):
antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
a) Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, c) Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício,
hesitar, haurir, etc. artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar,
b) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, criador, criação, crioulo, digladiar, displicência, displicente,
boliche, telha, flecha companhia, etc. erisipela, escárnio, feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar,
c) Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, inclinação, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião,
hum!, etc. pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha),
d) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio.
elemento, se etimológico: sobre-humano, anti-higiênico, super-
homem, etc. Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha,
e) Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, cobiçar, concorrência,
harmonia, hangar, hábil, hélice, hemorragia, herói, hemisfério, costume, engolir, goela, mágoa, magoar, mocambo, moela,
heliporto, heliporto, hematoma, hérnia, hesitar, hífen, hilaridade, moleque, mosquito, névoa, nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho,
hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, humor, hora, Romênia, romeno, tribo.
história, hera, hospital, húmus;
Grafam-se com a letra U: bulício, buliçoso, bulir, burburinho,
OBS: Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, camundongo, chuviscar, chuvisco, cumbuca, cúpula, curtume,
baianada, etc. cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca,
rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante, trégua, urtiga.
Não se usa H:
Parônimos
a) No início ou no fim de certos vocábulos, no passado
escritos com essa letra, embora sem fundamento etimológico: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela
ontem, úmido, iate, ombro, etc. oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o
b) No início de alguns vocábulos em que o h, embora significado dos seguintes:
etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram
na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e área = superfície
Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. ária = melodia, cantiga
Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro,
herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. arrear = pôr arreios, enfeitar
c) Em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver arriar = abaixar, pôr no chão, cair
(re + haver), reabilitar, inábil, desonesto, desonra, exaurir, etc.
comprido = longo
3- Emprego das letras E, I, O e U cumprido = particípio de cumprir
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ comprimento = extensão
e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem cumprimento = saudação, ato de cumprir
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, costear = navegar ou passar junto à costa
mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. custear = pagar as custas, financiar
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cesta = utensílio de vime ou outro material d) Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e
sexta = ordinal referente a seis denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza
(de limpo), frieza (de frio), etc.
círio = grande vela de cera e) As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo,
sírio = natural da Síria amizade, aprazível, baliza, buzina, buzinar, bazar, chafariz,
cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vazamento, vazão,
cismo = pensão vazante, vizinho, xadrez.
sismo = terremoto
8- S ou Z?
empoçar = formar poça
empossar = dar posse a Sufixo –ÊS e –EZ
incipiente = principiante a) O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes
insipiente = ignorante substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de
monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de
intercessão = ato de interceder
montanha), francês (de França), chinês (de China), etc.
interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
b) O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos
derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez
ruço = pardacento
(de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de
russo = natural da Rússia
ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc.
6- Emprego de S com valor de Z
Sufixo –ESA e –EZA
Escrevem-se com S com som de Z:
Usa-se –esa (com s):
a) Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa,
gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc. a) Nos seguintes substantivos cognatos de verbos
b) Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa
portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc. (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa
c) Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino (surpreender), etc.
–esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, b) Nos substantivos femininos designativos de títulos
camponeses, freguês, freguesa, fregueses, etc. nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa,
d) Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: consulesa, prioresa, etc.
analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar c) Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –
(de êxtase), extravas (de vaso), alisar (de liso), etc. ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de
e) Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.
pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc. d) Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa,
f) Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc.
Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa,
Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês. Usa-se –eza:
g) Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, análise,
anis, arnês, ás, ases, atrás, através, avisar, aviso, besouro, colisão, a) Usa se –eza (com z) nos substantivos femininos abstratos
convés, cortês, cortesia, defesa, descortesia, despesa, empresa, derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição:
esplêndido, esplendor, espontâneo, evasiva, fase, frase, freguesia, beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza
fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, mês,
(de leve), etc.
mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames,
pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa,
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR
requisito, rês, reses, retrós, revés, reveses, surpresa, tesoura,
tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita.
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes
7- Emprego da letra Z correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em
–s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise +
Grafam-se com Z: ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar),
improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar
a) Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar
cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc. (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar),
b) Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar
cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc. (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor
c) Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar),
cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc. deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).
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a) Esta letra representa os seguintes fonemas: a) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes
C, R, S.
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc. b) Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc. soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção,
Z – exame, exílio, êxodo, etc. friccionar, facção, sucção, etc.
SS – auxílio, máximo, próximo, etc. c) Duplicam-se o R e o S em dois casos:
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
- Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e
b) Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc.
exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, - Quando a um elemento de composição terminado em vogal
inexcedível, etc. seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/:
c) Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia,
expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc.
etc.
d) Escreve-se x e não ch: 12- CÊ – cedilha
- Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som
frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força,
derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
- Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, Nos substantivos derivados dos verbos: TER e TORCER e
enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção;
enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, O Ç só é usado antes de A,O,U.
preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. 13- Emprego das iniciais maiúsculas
- Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi,
xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. a) A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio
- Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos
lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. b) Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas,
topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José,
10- Emprego do dígrafo CH Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima,
Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, c) Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes,
cochilar, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da
Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
Homônimos d) Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da
República, etc.
Bucho = estômago e) Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja,
Buxo = espécie de arbusto Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
f) Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos,
Cocha = recipiente de madeira agremiações, órgãos públicos, etc.:
Coxa = capenga, manco Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de
Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça g) Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas,
larga e chata, caldeira. literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina,
Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico
Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.
Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá h) Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
ou de outras plantas Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) i) Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os
povos do Oriente, o falar do Norte.
Cheque = ordem de pagamento Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por j) Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o
uma peça adversária Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
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14- Emprego das iniciais minúsculas A par: equivale a bem informado, ciente: Estamos a par das
boas notícias.
a) Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes Ao par: indica relação de igualdade ou equivalência entre
gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, valores financeiros (câmbio): O dólar e o euro estão ao par.
carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.
b) Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando Aprender = tomar conhecimento de. Ex. O menino aprendeu
empregados em sentido geral: a lição.
São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. Apreender = prender. Ex. O fiscal apreendeu a carteirinha
c) Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o do menino.
rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
d) Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a inutilmente,
direta: sem razão: Andava à toa pela rua.
“Qual deles: o hortelão ou o advogado?” (Machado de À- toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a
Assis) inútil, despresível. Foi uma atitude à- toa e precipitada.
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços
e) Atenção: no interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos
a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula. supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos
15- Algumas palavras ou expressões costumam apresentar (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar gasolina.
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor
palavras certas em situações apropriadas. de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro
A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à está funcionando bem.
Europa.
Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. Bem-Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem
vindo aqui, jovem.
“Procure o seu caminho Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.
Eu aprendi a andar sozinho
Isto foi há muito tempo atrás Berruga/Verruga: as duas formas estão corretas: Olhe só a sua
Mas ainda sei como se faz berruga/verruga, menina!
Minhas mãos estão cansadas
Não tenho mais onde me agarrar.” (gravação: Nenhum de Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente):
Nós) Vivia na boêmia/boemia.
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. botijão/bujão de gás.
Acerca de: equivale a a respeito de: Falávamos acerda de uma Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem
solução melhor. os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara
Há cerca de: equivale a faz tempo. Há cerca de dias resolvemos Municipal.
este caso. Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma
câmera japonesa.
Ao encontro de: equivale estar a favor de: Sua atitude vai ao
encontro da verdade. Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/
De encontro a: equivale a oposição, choque: Minhas opiniões champanhe está bem gelado.
vão de encontro às suas.
Cessão: equivale ao ator de doar, doação: Foi confirmada a
A fim de: locução prepositiva que indica finalidade: Vou a fim cessão do terreno.
de visitá-la. Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A
Afim: é um adjetivo e equivale a igual, semelhante: Somos sessão do filme durou duas horas.
almas afins. Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a
seção de esportes.
Ao invés de: equivale ao contrário de: Ao invés de falar
começou a chorar (oposição). Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece
Em vez de: equivale a no lugar de: Em vez de acompanhar- intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam
me, ficou só. demais, caras!
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Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo, Mal: equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; oposto de
equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais bem; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida
devem aguardar. fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo.
De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se Mal: conjunção subordinativa temporal, equivale a assim que,
sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente.
em sua decisão. Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus;
feminino=má. Você é um mau exemplo (bom).
Dia-a-dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que Mau: substantivo: Os maus nunca vencem.
faz ou acontece todo dia. Meu dia-a-dia é cheio de surpresas.
Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente. Mas: conjunção adversativa (idéia contrária), equivale a
O álcool aumenta dia a dia. Pode isso? porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos:
Descriminar: equivale a inocentar, absolver de crime. O réu Há mais flores perfumadas no campo.
foi descriminado; pra sorte dele.
Discriminar: equivale a diferençar, distinguir, separar. Era Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra
impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para
discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são ajudá-la.
discriminados. Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número;
vem antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal
Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi divulgou o resultado do concurso.
perfeita.
Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado: Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu
Você foi muito discreto. mesma, eu própria.
Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu
Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em mesmo, eu próprio.
domicílio.
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as Onde: indica o lugar em que se está; refere-se a verbos
compras a domicílio. que exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais
próxima?
Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se Aonde: indica idéia de movimento; equivale para onde (somente
fartaram da apresentação. com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja,
Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera a+onde). Aonde vão com tanta pressa?
alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada.
“Pode seguir a tua estrada
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A o teu brinquedo de star
estada dela aqui foi gratificante. fantasiando um segredo
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios o ponto aonde quer chegar...” (gravação: Barão Vermelho)
ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas
semanas. Por ora: equivale a por este momento, por enquanto: Por ora
chega de trabalhar.
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no Por hora: locução equivale a cada sessenta minutos: Você
deve cobrar por hora.
escuro: Este material é fosforescente.
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico,
Por que: escreve se separado; quando ocorre: preposição
refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do
por+que - advérbio interrogativo (Por que você mentiu?);
carro era fluorescente.
preposição por+que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais
(A cidade por que passamos é simpática e acolhedora.) (=pela
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido.
qual); preposição por+que – conjunção subordinativa integrante;
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos.
inicia oração subordinada substantiva (Não sei por que tomaram
esta decisão. (=por que motivo, razão)
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do
Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interrogação,
singular
de exclamação, reticências; o monossílabo que passa a ser tônico
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª p. do (forte), devendo, pois, ser acentuado: __O show foi cancelado mas
singular ninguém sabe por quê. (final de frase); __Por quê? (isolado)
Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela
Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunhado, causa, razão de que, pelo fato, motivo de que: Não fui ao encontro
levantou sozinho a tampa do poço. porque estava acamado; conjunção subordinativa explicativa:
Levantar-se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram-se cedo e, equivale a: pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha
dirigiram-se ao eroporto. tristeza é sossego porque é natural e justa.” (Fernando Pessoa) ;
conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo, equivale a para
Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de que): “Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.”
bem: Dormi mal. (bem) (Rui Barbosa)
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Porquê: funciona como substantivo; vem sempre acompanhado - Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”,
de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê usa-se o hífen: sub-regional, sub-raça, sub-reino.
daquele corre-corre.
- Diante dos prefixos “-além”, “-aquém”, “-bem”, “-ex”,
Senão: equivale a caso contrário, a não ser: Não fazia coisa “-pós”, “-recém”, “-sem”, “-vice”, usa-se o hífen: além-mar,
nenhuma senão criticar. aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor.
Se não: equivale a se por acaso não, em orações adverbiais
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá - Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra
desta situação crítica. começar por vogal ou “h”, o hífen está presente: mal-humorado,
mal-intencionado, mal-educado.
Tampouco: advérbio, equivale a também não: Não compareceu,
tampouco apresentou qualquer justificativa. - Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen: circum-
pouco esta semana. navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios - Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise:
Traz - do verbo trazer entregá-lo, amar-te-ei, considerando-o.
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. - Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen: jacaré-açu, cajá-mirim,
vultuosa e deformada. amoré-guaçu.
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- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e 8. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais:
o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”: Houve e Ouve.
anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramoderno. a) O menino ..............muitas recomendações de seu pai.
b) ..............muita confusão na cabeça do pequeno.
- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em c) A criança não....................a professora porque não a
consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra compreende.
consoante diferente: hipermercado, hiperacidez, intermunicipal, d) Na escola.................festa do Dia do Índio.
subemprego, superinteressante, superpopulação.
9. A letra X representa vários sons. Veja:
- Não se usa mais o hífen diante do advérbio “mal”, quando a • e-X-agero - som de Z
segunda palavra começa por consoante: malfalado, malgovernado, • au-X-ílio - som de S
malpassado, maltratado, malvestido. • comple-X-o - som de KS
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g) Todas as atitudes .............devem ser perdoadas,........... Cuidado: síntese - sintetizar/ catequese - catequizar/ batismo
jamais ser repetidas, pois, quanto....................se vive,.................. - batizar
se aprende. • Usamos IZAR no outros casos.
14. Preencha as lacunas com: Trás, atrás e Traz. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise;
a)..................... de casa havia um pinheiro. pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave;
b) A poluição.................consigo graves conseqüências. revisão; real; nacional; final; oficial; monopólio; sintonia; central;
c) Amarre-o por................ da árvore. paralisia; aviso.
d) Não vou............. de comentários bobos..
19. Uso do H. Use o h, quando necessário. ábil, arém, esitar,
15. Preencha as lacunas com: orário, umano; iate; abitar, iato, orrível, erva, ontem, arpa, álito,
HÁ - indica tempo passado aver, oje, óspede, espanhol, úmido, angar, élice, ora, umildade,
A - tempo futuro e espaço ombro, umedecer.
a) A loja fica....... pouco quilômetros daqui. 20. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações:
b)................instantes li sobre o Natal. a) ............. com atenção para que não............ muitos erros.
c) Eles não vão à loja porque........... mais de dois dias a b) Talvez................ greve; é preciso que................... cuidado
mercadoria acabou. e atenção.
d)...............três dias que todos se preparam para a festa do c) Desejamos que .................... fraternidade nessa escola.
Natal. d) .............. com docilidade, meu filho!
e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo.
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui 21. Muito obrigada, eu mesma, eu própria
......oito dias. • As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu
g) Ele estava......... três passos da casa de André. própria.
h) ........ dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. • Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu
próprio.
16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de Complete corretamente:
repente; por isso. a) Muito................................, meu filho, disse vovó. (obrigado
- obrigada)
Agora, empregue-as nas frases: b) Mamãe, muito.......................... pela paciência que você
a)....................... uma bola atingiu o cenário e o derrubou. teve com minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada)
b) Bem...........................o povo começou a se retirar. c) Eu............................ não sei como resolver o problema.
c) O rei descobriu a verdade,............................ficou irritado. (mesmo-mesma)
d) Faça sua tarefa........................, para podermos ir ao dentista. d) O garoto disse: - Eu ......................farei os sanduíches.
e) ......................... de sua vestimenta real, o rei usava um (mesmo ou mesma)
manto. e) Eu............................não sei quando poderei entregar os
sanduíches. (próprio, própria)
17. Use mal ou mau:
a) Caiu de..................jeito. 22. A palavra MENOS não deve ser modificada para o
b) Antes só do que ...............acompanhado feminino.
c) Calção..........................feito. Veja:
d) Não leves a .............o que o fiscal disse. Naquele instante não tive menos coragem do que antes.
e) Que fiscal................-educado. Complete as frases com a palavra MENOS:
f) Não lhes dês....................conselho! a) Conheço todos os Estados brasileiros, ................a Bahia.
g) Um ....................colega procede................e é .............. b) Todos eram calmos, ....................mamãe.
amigo. c) Quero levar ..............sanduíches do que na semana passada.
h) O caso está .................... contado. d) Mamãe fazia doces e salgados..................tortas grandes.
i) Ele .................sabe o que o espera.
j) Pratique o bem e evite o ......................... . 23. A GENTE e AGENTE
a) A gente = nós; o povo, as pessoas.
18. -ISAR ou -IZAR? Veja:
Veja: Nós vamos à praia este fim de semana.
aviso - avisar A gente vai à praia este final de semana.
moderno - modernizar
análise - analisar b) Agente = indivíduo encarregado, responsável por
civil - civilizar determinada ação; aquele que age.
• Usamos ISAR nos verbos cuja palavra primitiva possui S. Observação : a expressão agente tem ainda outros
Ex. aviso - avisar significados.
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Complete as frases com a gente ou agente : 2. Passe as palavras para o diminutivo: asa: asinha; japonês:
a) Gosto de ver filmes de ..........................secreto. japonesinho; pai: paizinho; homem: homenzinho; adeus:
b) ......................... daquela cidade não é hospitaleira. adeusinho; português: portuguesinho; só: sozinho; anel: anelzinho;
c) A dor que.........................sente, quando perde alguém muito beleza: belezinha; rosa: rosinha; país: paísinho; avô: avozinho;
querido, vai passando com o tempo. arroz: arrozinho; princesa: princesinha; café: cafezinho; flor:
d) ......................... paranaense é dada, amiga e hospitaleira. florzinha; Oscar: Oscarzinho; rei: reizinho; bom: bonzinho; casa:
e) Quando................................. gosta, faz com prazer. casinha; lápis: lapisinho; pé: pezinho.
f) Meu pai é.......................... de viagens da VARIG.
g) Quero estudar para ser..........................policial, para 3. Passe para o plural diminutivo: trem: trenzinhos; pé:
defender o povo. pezinhos; animal: animaizinhos; só: sozinhos; papel: papeizinhos;
jornal: jornaizinhos; mão: mãozinhas; balão: balõezinhos;
24. Use por que , por quê , porque e porquê : automóvel: automoveisinhos; pai: paisinhos; cão: cãezinhos;
a) ............................ninguém ri agora? mercadoria: mercadoriazinhas; farol: faroisinhos; rua: ruazinhas;
b) Eis....................... ninguém ri. chapéu: chapeuzinhos; flor: florezinhas.
c) Eis os princípios ...........................luto.
d) Ela não aprendeu, .........................? 4.
e) Aproximei-me .....................todos queriam me ouvir. a) O pequeno jornaleiro foi à seção do jornal.
f) Você está assustado, ........................? b) Na sessão musical, os pequenos cantores apresentaram-se
g) Eis o motivo............................errei. muito bem.
h) Creio que vou melhorar.........................estudei muito. c) O cumprimento do jornaleiro é amável.
i) O.......................... é difícil de ser estudado. d) O conserto das roupas é feito pela mãe do garoto.
j) ....................... os índios estão revoltados? e) O conserto do sapato custou muito caro.
l) O caminho ...............................viemos era tortuoso. f) Eu cumprimento meu amigo com amabilidade.
g) A sessão de cinema foi um sucesso.
25. Uso do S e Z. Complete as palavras com S ou Z. A seguir, h) O vestido tem um comprimento bom.
copie as palavras na forma correta: pou....ando; pre....ença; arte..... i) Os pequenos violinistas participaram de um concerto.
anato; escravi.....ar; nature.....a; va.....o; pre.....idente; fa.....er;
Bra.....il; civili....ação; pre....ente; atra....ados; produ......irem; 5. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou
a....a; hori...onte; torrão....inho; fra....e; intru ....o; de....ejamos; EZA: Portugal: portuguesa; certo: certeza; limpo: limpeza; bonito:
po....itiva; podero....o; de...envolvido; surpre ....a; va.....io; ca....o; boniteza; pobre: pobreza; magro: magreza; belo: beleza; gentil:
coloni...ação. gentileza; duro: dureza; lindo: lindeza; China: Chinesa; frio:
frieza; duque: duquesa; fraco: fraqueza; bravo: braveza; grande:
26. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção: grandeza.
e....trangeiro; e....tensão; e....tranho; e....tender; e....tenso; e....
pontâneo; mi...to; te....te; e....gotar; e....terior; e....ceção; e... 6. Forme substantivos dos adjetivos: honrado: honradez;
plêndido; te....to; e....pulsar; e....clusivo. rápido: rapidez; escasso: escassez; tímido: timidez; estúpido:
estupidez; pálido: palidez; ácido: acidez; surdo: surdez; lúcido:
27. TÃO POUCO / TAMPOUCO lucidez; pequeno: pequenez.
Complete as frases corretamente: 7. Use o H quando for necessário: alucinar, ontem, Hélice,
a) Eu tive .............................oportunidades! êxito, Humilde, Hábil, Hesitar, Harpa, Hoje, irônico, Humano,
b) Tenho.................................. alunos, que cabem todos Horrível, Hora, árido, Honra, Hóspede, Haver, Habitar.
naquela salinha.
c) Ele não veio; .......................virão seus amigos. 8.
d) Eu tenho .............................tempo para estudar. a) O menino ouve muitas recomendações de seu pai.
e) Nunca tive gosto para dançar; ....................para tocar piano. b) Houve muita confusão na cabeça do pequeno.
f) As pessoas que não amam, ..........................são felizes. c) A criança não ouve a professora porque não a compreende.
g)As pessoas têm.....................atitudes de amizade. d) Na escola, houve festa do Dia do Índio.
h) O governo daquele país não resolve seus problemas,
........................... se preocupa em resolvê-los. 9.
Som de Z: exercícios, executarei, exibir-se, exercer, existir,
RESPOSTAS
êxito e exame.
Som de KS: táxi, oxigênio, tóxico e sexo.
1.
Som de S: trouxemos, proximidade, extensão, experiência e auxílio
a) O mendigo teve disenteria porque comeu mortadela
estragada.
10. Complete com X ou CH: encher, deixar, cheiro, flecha,
b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe um
eixo, frouxo, machucar, chocolate, enxada, enxergar, caixa,
problema: sua caderneta escolar indicou péssimo aproveitamento.
chiclete, faixa, chuchu, salsicha, baixa, capricho, mexerica, riacho,
c) A festa beneficente teve um bom programa e, por isso, um
xingar, chaleira, ameixa, cheirosos, abacaxi.
bom aproveitamento.
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15. 22.
a) A loja fica a poucos quilômetros daqui. a) Conheço todos os Estados brasileiros, menos a Bahia.
b) Há instantes li sobre o Natal. b) Todos eram calmos, menos mamãe.
c) Eles não vão à loja porque há mais de dois dias a mercadoria c) Quero levar menos sanduíches do que na semana passada.
acabou. d) Mamãe fazia doces e salgados menos tortas grandes.
d) Há três dias que todos se preparam para a festa do Natal.
e) Esse fato aconteceu há muito tempo. 23.
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui a) Gosto de ver filmes de agente secreto.
a oito dias. b) A gente daquela cidade não é hospitaleira.
g) Ele estava a três passos da casa de André. c) A dor que a gente sente, quando perde alguém muito
h) A dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. querido, vai passando com o tempo.
16. d) A gente paranaense é dada, amiga e hospitaleira.
a) De repente uma bola atingiu o cenário e o derrubou. e) Quando a gente gosta, faz com prazer.
b) Bem devagar o povo começou a se retirar. f) Meu pai é agente de viagens da VARIG.
c) O rei descobriu a verdade, por isso ficou irritado. g) Quero estudar para ser agente policial, para defender o
d) Faça sua tarefa depressa, para podermos ir ao dentista. povo.
e) Por cima de sua vestimenta real, o rei usava um manto.
24. Use por que , por quê , porque e porquê :
17. a) Por que ninguém ri agora?
a) Caiu de mau jeito. b) Eis por que ninguém ri.
b) Antes só do que mal acompanhado c) Eis os princípios por que luto.
c) Calção mal feito. d) Ela não aprendeu, por quê?
d) Não leves a mal o que o fiscal disse. e) Aproximei-me porque todos queriam me ouvir.
e) Que fiscal mal-educado. f) Você está assustado, por quê?
f) Não lhes dês maus conselhos! g) Eis o motivo por que errei.
g) Um mau colega procede mal e é mau amigo. h) Creio que vou melhorar porque estudei muito.
h) O caso está mal contado. i) O porquê é difícil de ser estudado.
i) Ele mal sabe o que o espera. j) Por que os índios estão revoltados?
j) Pratique o bem e evite o mal. l) O caminho por que viemos era tortuoso.
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25. Pousando: Pousando; Presença: Presença; Artesanato: Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética,
Artesanato; Escravizar: Escravizar; Natureza: Natureza; Vaso: sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má, si,
Vaso; Presidente: Presidente; Fazer: Fazer; Brasil: Brasil; dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc.
Civilização: Civilização; Presente: Presente; Atrasados: Atrasados; Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética,
Produzirem: Produzirem; Asa: Asa; Horizonte: Horizonte; sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do
Torrãozinho: Torrãozinho; Frase: Frase; Intruso: Intruso; vocábulo a que se apóiam. São palavras vazias de sentido como
Desejamos: Desejamos; Positiva: Positiva; Poderoso: Poderoso; artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições,
Desenvolvido: Desenvolvido; Surpresa: Surpresa; Vazio: Vazio; conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que.
Caso: Caso; Colonização: Colonização.
Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos
26. Estrangeiro: estrangeiro; Extensão: extensão; Estranho:
estranho; Estender: estender; Extenso: extenso; Espontâneo: Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal
Espontâneo; Misto: Misto; Teste: Teste; Esgotar: Esgotar; tônica:
Exterior: Exterior; Exceção: Exceção; Esplêndido: Esplêndido;
Texto: Texto; Expulsar: Expulsar; Exclusivo: Exclusivo. • Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o
abertos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos,
27. lógico, binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc.
a) Eu tive tão poucas oportunidades! • Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada
b) Tenho tão poucos alunos, que cabem todos naquela salinha. ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos,
c) Ele não veio; tampouco virão seus amigos. estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc.
d) Eu tenho tão pouco tempo para estudar. • Acentuam-se também os vocábulos que terminam
e) Nunca tive gosto para dançar; tampouco para tocar piano. por encontro vocálico e que podem ser pronunciados como
f) As pessoas que não amam, tampouco são felizes. proparoxítonos: área, conterrâneo, errôneo, enxáguam, etc.
g) As pessoas têm tão poucas atitudes de amizade.
h) O governo daquele país não resolve seus problemas, Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos
tampouco se preocupa em resolvê-los.
Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos
terminados em:
Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos
escritor, maracujá. terminados em:
Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa,
lápis, montanha, imensidade. • a, e, o,seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês,
Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de
árvore, quilômetro, México. pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc.
• em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm,
proferem, podem ser tônicos ou átonos. etc.
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• a 3ª pessoa do presente do indicativo dos verbos Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo
derivados de ter e vir leva acento circunflexo: eles contêm, detêm, e êe, quando tônica: vôo, vôos, enjôo, abençôo, abotôo, crêem,
obtêm, sobrevêm, etc dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem, provêem, etc.
• éis, éu(s), ói(s): fiéis, chapéu, herói. Escreveremos sem acento: Saara, caolho, aorta, semeemos,
semeeis, mandriice, vadiice, lagoa, boa, abotoa, Mooca, moeda,
Não devem ser acentuados os oxítonos terminados em i(s), poeta, meeiro, voe, perdoe, abençoe, etc.
u(s): aqui, juriti, juritis, saci, bambu, zebu, puni-los, reduzi-los, Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009
etc. não se acentuarão mais o “i” e “u” tônicos formando hiato quando
vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva,
Acentuação dos Monossílabos etc. Ficarão: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc.
Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição
Acentuam-se os monossílabos tônicos: final o acento permanece: tuiuiú, Piauí. Nos demais “i” e “u”
tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde,
• a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc. saída, gaúcho.
• que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói: véu, véus, Os hiatos “ôo” e “êe” não serão mais acentuados: enjôo,
dói, réis, sóis, etc. vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem.
• acentuam-se os verbos pôr, têm (plural) e vêm (plural) Ficarão: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem,
porque existem os homógrafos por (preposição átona), tem veem, releem.
(singular) e vem (singular): Eles têm autoridade: vêm pôr ordem
na cidade. Acentuação dos Grupos gue, gui, que, qui
Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras Coloca-se acento agudo sobre o “u” desses grupos, quando
terminações: ri, bis, ver, sol, pus, mau, Zeus, dor, flor, etc. é proferido e tônico: averigúe, averigúeis, averigúem, apazigúe,
apazigúem, obliqúe, obliqúes, argúis, argúi, argúem, etc.
Acentuação dos Ditongos Quando átono, o referido “u” receberá trema: agüentar, argüir,
argüia, freqüente, delinqüência, tranqüilo, cinqüenta, enxagüei,
Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando
pingüim, seqüestro, etc.
tônicos: papéis, idéia, estréio, estréiam, chapéu, céus, herói,
Segundo o decreto de modificação e regulamentação do
Niterói, jibóia, sóis, anzóis, tireóide, destrói, eu apóio, eles apóiam,
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não existe mais o
etc.
trema em língua portuguesa, apenas em casos de nomes próprios
Estes ditongos não se acentuam quando fechados: areia,
e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano, etc. Ficarão:
ateu, joio, tamoio, o apoio, etc; e quando subtônicos: ideiazinha,
aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência,
chapeuzinho, heroizinho, tireodite, heroicamente, etc.
frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim,
Não se acentua a vogal tônica dos ditongos iu e ui, quando
precedida de vogal: saiu, atraiu, contraiu, contribuiu, distribuiu, tranquilo, linguiça.
pauis, etc.
Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” Acento Diferencial
não serão mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia,
platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, Emprega-se o acento diferencial (que pode ser circunflexo
apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, ou agudo) como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos
colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, seguintes casos:
paranoico, etc.
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em - pôde (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-la de
éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, pode (presente do indicativo);
anéis, papéis, troféu, céu, chapéu. - côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com
+ a, com + as);
Acentuação dos Hiatos - pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do
verbo parar) - para diferenciar de para (preposição);
A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. - péla, pélas (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para
Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. diferenciar de pela, pelas (combinação da antiga preposição per
Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal com os artigos ou pronomes a, as);
ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa- - pêlo, pêlos (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar
í-da), saúde (sa-ú-de), feiúra (fei-ú-ra), faísca, caíra, saíra, egoísta, de pelo, pelos (combinação da antiga preposição per com os
heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, artigos o, os);
baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, - péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma
Bocaiúva, influí, destruí-lo, instruí-la, etc. arcaica de para - preposição);
Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, - pêra (substantivo) para diferenciar de pera (forma arcaica
moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não de para - preposição);
seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, - pólo, pólos (substantivo) - para diferenciar de polo, polos
cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. (combinação popular regional de por com os artigos o, os);
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6- O artigo indefinido não é usado: Abstrato - são os que não têm existência própria; depende
– em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente, sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar
quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro. triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar
– com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: Não há ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam
suficiente espaço para todos. qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença,
– com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça.
morde. Os substantivos abstratos podem ser concretizados
dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana.
7- Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caso, neste caso,
em + um, uma = num, numa, dum, duma. refere-se ao animal, portanto, concreto).
Atenção: o artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra Simples - como o nome diz, são aqueles formados por apenas
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra,
e do escrever. flor, mar, raio, cabeça.
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Compostos - são os que são formados por mais de dois FORMAÇÃO DO FEMININO
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão-de-ló,
pára-raio, sem-terra, mula-sem-cabeça. O feminino se realiza de três modos:
Primitivos - são os que não derivam de outras palavras;
vieram primeiro,deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, 1. Flexionando-se o substantivo masculino: filho,
mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa. filha / mestre, mestra / leão, leoa;
Derivados – são formados de outra palavra já existente; 2. acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou
vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro, um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa
chuveiro, padeiro, trovoada, casarão, casebre.
/ cantor, cantora / reitor, reitora.
Coletivos – os substantivos comuns que, mesmo no singular,
designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, 3. utilizando-se uma palavra feminina com radical
povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação. diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha
/ cavalo, égua.
Eis alguns substantivos coletivos: álbum – de fotografias;
alcatéia – de lobos; antologia – de textos escolhidos; arquipélago – Observe como são formados os femininos: parente, parenta
ilhas; assembléia – pessoas, professores; atlas – cartas geográficas; / hóspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta /
banda – de músicos; bando – de aves, de crianças; baixela – gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidadão, cidadã
utensílios de mesa; banca – de examinadores; biblioteca – de livros; / aldeão, aldeã / ancião, anciã / guardião, guardiã / charlatão,
biênio – dois anos; bimestre – dois meses; boiada – de bois; cacho charlatã / escrivão, escrivã / papa, papisa / faisão, faisoa / hortelão,
– de uva; cáfila – camelos; caravana – viajantes; cambada – de horteloa / ilhéu, ilhoa / mélro, mélroa / folião, foliona / imperador,
vadios, malvados; cancioneiro – de canções; cardume – de peixes; imperatriz / profeta, profetiza / píton, pitonisa / abade, abadessa /
casario – de casas; código – de leis; colméia – de abelhas; concílio czar, czarina / perdigão, perdiz / cão, cadela / pigmeu, pigméia /
– de bispos em assembléia; conclave – de cardeais; confraria – de
ateu, atéia / hebreu, hebréia / réu, ré / cerzidor, cerzideira / frade,
religiosos; constelação – de estrelas; cordilheira – de montanhas;
freira / frei, sóror / rajá, rani / dom, dona / cavaleiro, dama /
cortejo – acompanhantes em comitiva; discoteca – de discos;
elenco – de atores; enxoval – de roupas; fato – de cabras; fornada zangão, abelha /
– de pães; galeria – de quadros; hemeroteca – de jornais, revistas;
horda – de invasores; iconoteca – de imagens; irmandade – de Substantivos Uniformes
religiosos; mapoteca – de mapas; milênio – de mil anos; miríade –
de muitas estrelas, insetos; nuvem – de gafanhotos; panapaná – de Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para
borboletas em bando; penca – de frutas; pinacoteca – de quadros; ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes
piquete – de grevistas; plêiade – de pessoas notáveis, sábios; prole dividem-se em:
– de filhos; quarentena – quarenta dias; qüinqüênio – cinco anos; Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer
renque – de árvores, pessoas, coisas; repertório – de peças teatrais, se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra
música; resma – de quinhentas folhas de papel; século – de cem macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea.
anos; sextilha – de seis versos; súcia – de malandros, patifes; Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam
terceto – de três pessoas, três versos; tríduo – período de três indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A
dias; trinênio – período de três anos; tropilhas – de trabalhadores,
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino:
alunos; vara – de porcos; videoteca – de videocassetes; xiloteca –
de amostras de tipos de madeiras. o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a personagem / o,
a cliente / o, a fã / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o,
Reflexão do Substantivo a repórter / o, a menequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a
pianista / o, a rival / o a jornalista.
“Na feira livre do arrabaldezinho Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha
¾ O melhor divertimento para crianças! (homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido,
Em redor dele há um ajuntamento de mulher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher).
menininhos pobres,
Fitando com olhos muito redondos os grandes 1 – Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o
Balõezinhos muito redondos.” (Manoel gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital
Bandeira) (dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder)
- a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia
(documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso)
Observe que o poema apresenta vários substantivos e
apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio
de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). (aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o
Latim, Grego e Inglês, possuem um terceiro gênero: o neutro. cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário)
A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o - a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão,
acréscimo da vogal a, no final de final da palavra: mestre, mestra. idioma); o voga (o remador) - a voga (moda).
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2 – Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. - Outros (fora de uso) têm o mesmo plural que suas variantes
São masculinos: em ice (ainda em vigor): apêndix ou apêndice, apêndices / cálix
O eclipse / o dó / o dengue (manha) / o champanha / o soprano o ucálice, cálices (x, som de s) / látex, látice ou láteces / códex
/ o clã / o alvará / o sanduíche / o clarinete / o hosana / o espécime ou códice, códices / córtex ou córtice, córtices / índex ou índice,
índices (x, som de cs).
/ o guaraná / o diabete ou diabetes / o tapa / o lança-perfume / o
- substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma
praça (soldado raso) / o pernoite / o formicida / o herpes / o sósia / no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão,
o telefonema / o saca-rolha / o plasma / o estigma. anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos,
corrimões; hortelão, hortelões, hortelãos; ancião, anciões, anciães,
3 – São geralmente masculinos os substantivos de origem anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
grega terminados em – ma: o dilema / o teorema / o emblema / o
trema / o eczema / o edema / o enfisema / o fonema / o anátema / o A tendência é utilizar a forma em ÕES.
tracoma / o hematoma / o glaucoma / o aneurisma / o telefonema
/ o estratagema / - Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica, no
plural. Chama-se metafonia. Apresentam o “o” tônica fechado no
singular e aberto no plural: caroço (ô), coroços (ó) / imposto (ô),
4 – São femininos: a dinamite / a derme / a hélice / a aluvião
impostos (ó) / forno (ô), fornos (ó) / miolo (ô), miolos (ó) / poço
/ a análise / a cal / a omoplata / a gênese / a entorse / a faringe / (ô), poços (ó) / olho (ô), olhos (ó) / povo (ô), povos (ó) / corvo (ô),
a cólera (doença) / a cataplasma / a pane / a mascote / a libido corvos (ó). Também são abertos no plural (ó): fogos, ovos, ossos,
(desejo sexual) / a rês / a sentinela / a sucuri / a usucapião / a portos, porcos, postos, reforços. Tijolos, destroços.
omelete / a hortelã / a fama / a xerox / a aguardante / - Há substantivos que mudam de sentido quando usados
no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens.
Plural dos Substantivos (patrimônio); Conferiu a féria do dia. (salário); As férias foram
maravilhosas. (descanso); Sua honra foi exaltada. (dignidade);
Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos: Recebeu honras na solenidade. (homenagens); Outros: bem
Acrescentam-se: = virtude, benefício / bens = valores / costa = litoral / costas =
dorso / féria = renda diária / férias = descanso / vencimento = fim /
vencimento = salário / letra = símbolo gráfico / letras = literatura.
- S – aos substantivos terminados em VOGAL ou DITONGO: - Muitos substantivos conservam no plural o “o” fechado:
povo, povos / feira, feiras. acordos / adornos / almoços / bodas / bojos / bolos / cocos /
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens confortos / dorsos / encontros / esposos / estojos / forros / globos /
/ abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, gostos / moços / molhos / pilotos / piolhos / rolos / rostos / sopros
abdômenes, hífenes. / sogros / subornos.
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes - Substantivos empregados somente no plural: Arredores /
/ motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam belas-artes/ bodas (ô) / condolências / cócegas / costas / exéquias
sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres / / férias / olheiras / fezes / núpcias / óculos / parabéns / pêsames /
sênior, seniores. viveres / idos, afazeres, algemas.
- A forma singular das palavras ciúme e saudade são também
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
usadas no plural, embora a forma singular seja preferencial, já que
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. Aceita-se
males / cônsul, cônsules / real, réis (antiga moeda portuguesa). os ciúmes, nunca o ciúmes.
- ÃO – aos substantivos terminados em S: cidadão, cidadãos /
irmão, irmãos / mão, mãos. “Quando você me deixou,
meu bem,
Trocam-se: me disse pra eu ser feliz
e passar bem
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / Quis morrer de ciúme,
mamão, mamões. quase enloqueci
mas depois, como era
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães
de costume, obedeci” (gravado por Maria Bethânia)
/ cão, cães.
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis “Às vezes passo dias inteiros
/ pernil, pernis, e por EIS (Paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, imaginando e pensando em você
répteis / projétil, projéteis. e eu fico com tanta saudade
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / que até parece que eu posso morrer.
atum, atuns. Pode creditar em mim.
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, Você me olha, eu digo sim...” (Fernanda Abreu)
balões; 2º elimina-se o S + zinhos.
Balão – balões – balões + zinhos: balõzinhos; Atenção:
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos; 1 – avô – avôs (o avô materno e o avô paterno; avôs, fechado)
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos. avô avós (o avô e a avó).
- alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor 2 – Termos no singular com valor de plural: Muito negro
fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix ainda sofre com o preconceito social. / Tem morrido muito pobre
/ uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. de fome.
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1 – Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: 4 – Os dois elementos, vão para o plural:
- palavra unida sem hífen: 4.1 – substantivo + substantivo:
pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça = decreto-lei = decretos-leis
autopeças. abelha-mestra = abelhas-mestras
1.1 – verbo + substantivo: tia-avó = tias-avós
saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu = arranha-céus / bate- temente-coronel = tenentes-coronéis
bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol = redator-chefe = redatores-chefes
guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições.
1.2 – elemento invariável + palavra variável: Dicas: coloque entre dois elementos a conjunção e, observe
sempre-viva = sempre-vivas / se é possível a pessoa ser o redator e chefe ao mesmo tempo /
abaixo-assinado = abaixo-assinados / cirurgião e dentista / tia e avó / decreto e lei / abelha e mestra.
recém-nascido = recém-nascidos /
ex-marido = ex-maridos / 4.2 – substantivo + adjetivo:
auto-escola = auto-escolas. amor-perfeito = amores-perfeitos
1.3 – palavras repetidas: capitão-mor = capitães-mores
o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico = os tico-ticos / carro-forte = carros-fortes
o corre-corre = os corre-corres obra-prima = obras-primas
1.4 Substantivo composto de três ou mais elementos cachorro-quente = cachorros-quentes
não ligados por preposição: 4.3 – adjetivo + substantivo:
o bem-me-quer = os bem-me-queres boa-vida = boas-vidas
o bem-te-vi = os bem-te-vis curta-metragem = curtas-metragens
o sem-terra = os sem-terra má-língua = más-línguas
o fora-da-lei = os fora-da-lei 4.4 – numeral ordinal + substantivo:
o João-ninguém = os joões-ninguém segunda-feira = segundas-feiras
o ponto-e-vírgula = os ponto-e-vírgula quinta-feira = quintas-feiras
o bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi
1.5 Quando o primeiro elemento for: grão, grã 5 – Composto com a palavra guarda só vai para o plural se
(grande), bel: for pessoa:
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer guarda-noturno = guardas-noturnos
= bel-prazeres. guarda-florestal = guardas-florestais
guarda-civil = guardas-civis
2 – Somente o primeiro elemento vai para o plural: guarda-marinha = guardas-marinha
2.1 – substantivo + preposição + substantivo:
água de colônia = águas-de-colônia 6 – Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas
mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça como substantivo
pão-de-ló = pães-de-ló (substantivadas), são flexionadas como substantivos:
sinal-da-cruz = sinais-da-cruz Gritavam vivas e morras.
2.2 – quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá idéia Fiz a prova dos noves.
de tipo, finalidade: Pesei bem os prós e contras.
samba-enredo = sambas-enredos
pombo-correio = pombos-correio Atenção: Numerais substantivos terminados em s ou z não
salário-família = salários-família variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez.
banana-maçã = bananas-maçã
vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de, 7 – Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas /
substantivo+especificador) os Oliveiras /
os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas.
Atenção: A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar
os dois elementos: bananas-maçãs / couves-flores / peixes-bois / 8 – Plural dos substantivos estrangeiros:
saias-balões. (ver Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa) Inglês: os shorts / os shows / os icebergs / os watts / os pit
bulls / os magazines.
3 – Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: Latim: os déficits / os superávits / os habitats / os campi.
3.1 – verbo + advérbio: Italiano: as pizzas.
o ganha-pouco = os ganha-pouco
o cola-tudo = os cola-tudo 9 – Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo:
o bota-fora = os bota-fora CDs / DVDs / ONGs / PMS / Ufirs.
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2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se fala 9‑ o pronome oblíquo funciona como SUJEITO com os verbos:
ou receptor; DEIXAR, FAZER, OUVIR, MANDAR, SENTIRe VER+verbo
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de no infinitivo. DEIXE‑me sentir seu perfume. (Deixe que eu sinta
quem se fala ou referente. seu perfume me‑‑ sujeito do verbo deixar ‑ MANDEI‑O calar. (=
Dependendo da função de substituir ou acompanhar o nome, Mandei que ele calasse), o= sujeito do verbo mandar.
o pronome é, respectivamente: pronome substantivo ou pronome 10‑ os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
adjetivo. nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação mútua
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. (pronome
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e recíproco, nós mesmos). NUNCA diga: Eu SE apavorei. / Euj à SE
relativos. arrumei. ‑ Eu ME apavorei. / Eu ME arrumei. (certos)
‑ Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos por
Pronomes Pessoais. mim e ti após prepõsição: ‑ 0 segredo ficará somente entre mim
e ti.
Os pronomes pessoais dividem‑se em: ‑ E obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
- retos ‑ exercem a função de sujeito da oração: eu, tu, ele, quando funcionarem como Sujeito : Todos pediram para eu relatar
nós, vós, eles: os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no infinitivo).
- oblíquos ‑ exercem a função de complemento do verbo Lembre ‑ se de que MIM não fala, não escreve, não compra, não
(objeto direto / objeto indireto) ou complemento nominal. São: anda. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: MIM gosta /
tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, MIM tem / MIM faz. /MIM QUER.
conosco, convosco; átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, ‑ As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas
nos, vos, os, as, lhes. - Ela não vai conosco. (ela‑pronome reto como complemento de verbos transitivos diretos ao passo que as
/ vai‑verbo / conosco‑pronome oblíquo) - Eu dou atenção a ela. formas lhe, lhes são empregadascomo complementos de verbos
(eu‑pronome reto / dou‑verbo / atenção‑nome / ela‑pronome transitivos indiretos. ‑ Dona Cecília, querida amiga, chamou‑a.
oblíquo) (verbo transitivo direto, VTD) ‑ Minha saudosacomadre, Nircléia,
obedeceu‑lhe. (verbo transitivo indireto,VTI)
Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais ‑ É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo
a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer
- Colocados ANTES do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª caridade com os mais necessitados.
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo ‑ Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós
do teatro. serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como
- As palavras SÓ ‑ TODOS sempre acompanham os pronomes complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição.
pessoais do caso reto: ‑ Eu vi só ele ontem. O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo)
- Colocados DEPOIS do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª ‑ Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair
pessoa apresentam as formas: com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já freqüentei
1- o, a, os, as: se o verbo terminar em VOGAL ou DITONGO a casa dela.
ORAL: Encontei ‑ a sozinha. Vejo ‑ os diariamente. ‑ Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem
2- o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, funcionando como SUJEITO, e houver uma preposição ANTES
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, conseqüenterriente, deles, NÃO PODERÁ HAVER UMA CONTRAÇÃO: Está na
as terminações R, S, Z. - Preciso pagar ao verdureiro. = hora de ela decidir seu caminho. (ela ‑sujeito de decidir; sempre
pagá‑lo. ‑ Fiz os exercícios a lápis. = Fi‑los a lápis. com verbo no infinitivo)
3- lo, la, los, las: se vierem DEPOIS de: EIS / NOS / VOS ‑ ‑ Chamam‑se pronomes pessoais reflexivos os pronomes
EIS a prova do suborno. = Ei‑la. ‑ O tempo nos dirá. = no‑lo dirá. pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu
(eis, nos, vos perdem o S) ‑ 1ª pessoa‑ sujeito / me‑ pronome pessoal reflexivo)
4- no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, ‑ Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem
ão, õe: ‑ Deram‑na como vencedora. ‑ Põe‑nos sobre a mesa. ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
5- lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, cujo
terminado em S não modificado: Nós entregamoS‑lhe a cópia do sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou‑se com elegância e
contrato. (o S permanece) levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicole‑sujeito,
6- nos: colocado DEPOIS DO VERBO na 1ª pessoa do plural, 3ª pessoa/ levantou ‑verbo 3ª pessoa / se‑ complemento 3ª pessoa /
perde o S: Sentamo‑nos à mesa para um café rápido. levou‑ verbo‑ 3ª pessoa / consigo ‑ complemento 3ª pessoa)
7- me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos ‑ O pronome pessoal oblíquo NÃO funciona como reflexivo se
TRANSITIVOS DIRETOS (TD), têm sentido POSSESSIVO, não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela ‑ sujeito
equivalendo a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa)
roubaram‑lhe a esperança. (sua, dele, dela possessivo) ‑ Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você
8‑ as formas conosco e convosco são substituídas por: com é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por outro lado,
+ nós, com + vós. seguidos de: ambos, todos, próprios, mesmos, você, como os demais pronomes de tratamento ‑ senhor, senhora,
outros, numeral: Marianne garantiu que viajaria com nós três. senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e não na 2ª.
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‑ Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas - O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar,
de objeto indireto, 0I) juntam‑se a o, a, os, as (formas de objeto às vezes, a ambigüidade da frase. João Luís disse que Laurinha
direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: ‑ Recebi estava trabalhando em seu consultório.
a carta e agradeci aojovem, que ma trouxe. nos +o: no‑lo / + a: - O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir
no‑la / + os: no‑los / +as: no‑las: ‑Venderíamos a casa, se no‑la ‑ se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No
exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: ‑Dei‑te os meus caso, usa‑se o pronome dele, dela para desfazer a ambigüidade.
melhores dias. Dei‑tos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: lhos/+ as:lhas: - Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações
‑Ofereci ‑lhe flores. Ofereci‑lhas. vos+ o: vo‑lo/+ a: vo‑la/+ os: numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta
vo‑los/+ as: vo‑las: - Pedi‑vos conselho. Pedi vo‑lo. anos.
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu
Atençao: No Brasil, quase não se usam essas combinações Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma
(mo, to, lho, nolo, vo‑lo), são usadas somente em escritores mais alteração fonética da palavra senhor
sofisticados. - Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê
lembranças a todos os seus.
Pronomes de Tratamento - Referindo‑se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo: Trouxe‑me seus livros e anotações.
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a - Usam‑se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te,
quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir‑lhe os passos.
familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; (os seus passos)
Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a- - Deve‑se observar as correlações entre os pronomes pessoais
altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V. e possessivos. ‑ “Sendo hoje o dia do TEU aniversário, apresso‑me
Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade-V.M.-reis, em apresentar‑TE os meus sinceros parabéns. Peço a Deus pela
imperadores; Vossa Santidade-V.S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa- TUA felicidade. ‑ Abraça‑TE o TEU amigo que TE preza.”
tratamento cerimonioso. - Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando
se trata de parte do corpo. Veja: ‑ “Um cavaleiro todo vestido de
Atençao: negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a sua, mão. “ (usa‑se: no ombro; na mão)
senhorita, dona, você.
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Pronomes Demonstrativos
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois
fechos: Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas
- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive do discurso, situando‑os no espaço ou no tempo. Apresentam‑se
para o presidente da República. em formas variáveis e invariáveis.
- Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia oude
hierarquia inferior. Emprego dos Pronomes Demonstrativos
- A forma VOSSA (Senhoria, Excelência) é empregada quando
1‑ Em relação ao espaço:
se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à
‑ Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está
reunião dos sem‑terra? (falando com a pessoa)
PRÓXIMO da pessoa que fala.
- A forma SUA (Senhoria, Excelência ) é empregada quando
‑ Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está
se fala sobre a pessoa: ‑ Sua Eminência, o cardeal, viajouparaum PRÓXIMO da pessoa,com quem se fala, que ouve (2ª pessoa)
Congresso. (falando a respeito do cardeal) ‑ Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa)
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª pessoa
(com quem se fala), EXIGEM que outros pronomes e o verbo 2 ‑ Em relação ao tempo:
sejam usados na 3ª pessoa.Vossa Excelência sabe que seus ‑ Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo PRESENTE em
ministros o apoiarão. relação ao momento em que se fala. Este mês terrnina o prazo das
inscrições para o vestibular da FAL
Pronomes Possessivos ‑ Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo PASSADO há
pouco ou o FUTURO em relação ao momento em se fala.Onde
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas você esteve essa semanatoda?
da fala.
Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª 3‑ Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante
pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas; em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aquele em
Plural: 1ª pessoa:nosso/os nossa/as, 2ª pessoa:vosso/os vossa/ que brincávamos descalços na rua...
as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas.
Atenção:
Emprego dos Pronomes Possessivos ‑ dependendo do contexto, também são considerados
pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante,
“Tuas palavras antigas tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. ‑ O próprio homem
deixei‑as todas, deixei‑as, destrói a natureza. ‑ Depois de muito procurar, achei o que queria.
junto com as minhas cantigas, ‑ O professor fez a mesma observação. ‑ Estranhei semelhante
desenhadas nas areias.” (Cecília Meireles) coincidência. ‑ Tal atitude é inexplicável.
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Nos versos acima, Chico Buarque relata poeticamente o Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
drama de um operário, a partir de uma seqüência de ações: amou,
beijou, ergueu, sentou, flutuou, acabou, morreu. Rizotônicas: radical grego riz (o) = raiz + radical grego tonos
Essas palavras, que utilizamos para exprimir ações, recebem = força, altura de um som, deriva daí a palavra tônica, usada para
o nome de verbos. Verbo é a palavra que indica ação, movimento, indicar a sílaba mais forte de uma palavra.
fenômenos da natureza, estado, mudança de estado. Flexiona- Arrizotônica: a mesma palavra + o prefixo a, indicando
se em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda ausência ou negação. Portanto, formas rizotônicas são as formas
e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas verbais cujo acento tônico cai no radical: levo, estudo; formas
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio), tempo (presente, arrizotônicas são aquelas cujo acento tônico cai fora do radical:
passado e futuro) e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva). estudei, venderão, levais.
De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
em três conjugações: Flexões Verbais
1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular. Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o
2ª conjugação – er: beber, correr, entreter. número e a pessoa.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular;
3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
- tu estudas – 2ª pessoa do singular;
Atenção! O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
- vós estudais – 2ª pessoa do singular;
compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem
- ele estuda – 3ª pessoa do singular;
latina poer.
- eles estudam – 3ª pessoa do plural.
Elementos Estruturais do Verbo
Atenção:
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
As formas verbais apresentam três elementos em sua diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
estrutura: Radical, Vogal Temática e Tema. tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. O
pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. Os
Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª pessoa, é o mais
significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 1ª usado no Brasil.
conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses verbos, - Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou a
nota-se que há uma parte que não muda, e que nela está o ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em plena
significado real do verbo. ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três possibilidades
cont é o radical do verbo contar; básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito, futuro.
esper é o radical do verbo esperar;
brinc é o radical do verbo brincar. O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao
fato que enuncia. São três os modos:
Atenção: Se tiramos as terminações ar, er, ir do infinito - modo indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão: o
dos verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, pretérito perfeito,
antepor prefixos ao radical: dês nutr ir / re conduz ir. imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do
pretérito.
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a - modo subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de
qual conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª dúvida, exprime uma possibilidade; O subjuntivo expressa uma
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i. incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente,
pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes. -
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. - Quando o vir, dê
temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema lembranças minhas.
- modo imperativo: a atitude do falante é de ordem, um desejo,
Atenção: se não houver a vogal temática, o tema será apenas uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um pedido, uma
o radical: contei = cont ei. súplica. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo
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Emprego dos Tempos do Indicativo Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos,
partireis, partirão.
Presente do Indicativo: - Para enunciar um fato momentâneo. Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos,
Ex: Estou feliz hoje - Para expressar um fato que ocorre com partiríeis.
freqüência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. - Na
indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais. Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Ex: A água é incolor, inodora, insípida.
Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado, não Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
concluído. Ex: - Nós comíamos pastel na feira. - Eu cantava muito duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: - Duvido
bem. de que apurem os fatos. – Que surjam novos e honestos políticos.
Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição
concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato passado Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no pode ou não acontecer. – Quando/Se você fizer o trabalho, será
congresso de música. generosamente gratificado.
Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num
instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no coro da 1ª Conjugação –AR
igreja matriz.
Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós
posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria um dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
carro se tivesse dinheiro Pretérito perfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se
ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles
1ª conjugação: -AR dançassem.
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam. dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando
Pretérito perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, eles dançarem.
dançastes, dançaram.
2ª Conjugação -ER
Pretérito imperfeito: dançava, dançavas, dançava,
dançávamos, dançáveis, dançavam.
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós
Pretérito mais que perfeito: dançara, dançaras, dançara,
comamos, que vós comais, que eles comam.
dançáramos, dançáreis, dançaram.
Pretérito perfeito: se eu comesse, se tu comesses, se lê
Futuro do presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos,
comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem.
dançareis, dançaram.
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles
dançaríamos, dançaríeis, dançariam. comerem.
2ª Conjugação: -ER 3ª conjugação – IR
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós
Pretérito perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, partamos, que vós partais, que eles partam.
comestes, comeram. Pretérito perfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele
Pretérito imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem.
comíeis, comiam. Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
Pretérito mais que perfeito: comera, comeras, comera, partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles
comêramos, comêreis, comeram. partirem.
Futuro do presente: comerei, comerás, comerá, comeremos,
comereis, comerão. Emprego do Imperativo
Futuro do pretérito: comeria, comerias, comeria,
comeríamos, comeríeis, comeriam. Imperativo Afirmativo:
- Não apresenta a primeira pessoa do singular.
3ª Conjugação: -IR - É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do
subjuntivo.
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. - O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o –s.
Pretérito perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, - O Restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
partiram.
Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, Presente do indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós
partíeis, partiam. amamos, vós amais, eles amam.
Pretérito mais que perfeito: partira, partiras, partira, Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
partíramos, partíreis, partiram. ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
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Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos nós, Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração
amai vós, amem vocês. anterior; Por exemplo:
Imperativo Negativo: - Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
- É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira - Devemos sorrir ao invés de chorar.
pessoa do singular. - Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
- Não retira os –s do tu e do vós.
Observação: Quando o infinitivo preposicionado, ou não,
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. exemplo:
- Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda - Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol.
as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e - Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
particípio.
- Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
crianças.
Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo.
Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) - É indispensável Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e seus
combater a corrupção. (= combate à) sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma segue; Por exemplo:Deixei-os sair cedo hoje.
simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: - É Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos,
preciso ler este livro. - Era preciso ter lido este livro. deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: - Vi-
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso os entrar atrasados. - Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não
relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, Observações:
considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: - Amar é a) É inadequado o emprego da preposição “para” antes
sofrer. - O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e
número e pessoa. sinônimos;
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª - Pediu para Carlos entrar (errado),
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo - Pediu para que Carlos entrasse (errado).
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas - Pediu que Carlos entrasse (correto).
do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo: - Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) - b) Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo,
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o emprego
Note: As regras que orientam o emprego da forma variável do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito.
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Outros exemplos:
Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo - Aquele exercício era para eu corrigir.
pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último - Esta salada é para eu comer?
sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. - Ela me deu um relógio para eu consertar.
O infinitivo impessoal é usado:
Atenção: Em orações como “Esta carta é para mim!”, a
- Quando apresenta uma idéia vaga, genérica, sem se referir a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar
um sujeito determinado; Por exemplo: - Querer é poder. - Fumar oblíquo tônico.
prejudica a saúde. - É proibido colar cartazes neste muro.
- Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados, Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do
marchar! (= Marchai!) discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
- Quando é regido de preposição e funciona como assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração da seguinte maneira:
anterior; Por exemplo: - Eles não têm o direito de gritar assim.
- As meninas foram impedidas de participar do jogo. - Eu os
2ª pessoa do singular: Radical + es
convenci a aceitar.
Ex.: teres (tu)
No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “tomar”
1ª pessoa do plural: Radical + mos
e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser
flexionado. Por exemplo: - Eram pessoas difíceis de serem Ex.: termos (nós)
contentadas. - Aqueles remédios são ruins de serem tomados. - Os 2ª pessoa do plural: Radical + des
CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + em
Nas locuções verbais; Por exemplo: Ex.: terem (eles)
- Queremos acordar bem cedo amanhã.
- Eles não podiam reclamar do colégio. Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
- Vamos pensar no seu caso. colocação.
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Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos
significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando- compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
se. ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
1- Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
Por exemplo: - Se tu não perceberes isto... - Convém vocês irem (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para
primeiro. - O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito representar a escola.
desinencial, sujeito implícito = nós).
1ª Conjugação –AR
2- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal;
Por exemplo: - O professor deu um prazo de cinco dias para os Infinitivo Impessoal: dançar.
alunos estudarem bastante para a prova. - Perdôo-te por me Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele,
traíres. - O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles.
- O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
Gerúndio: dançando.
Particípio: dançado.
3- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
terceira pessoa do plural); Por exemplo: - Faço isso para não me
acharem inútil. - Temos de agir assim para nos promoverem. - Ela 2ª Conjugação –ER
não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta.
Infinitivo impessoal: comer.
4- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
ação; Por exemplo: - Vi os alunos abraçarem-se alegremente. comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
- Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. - Gerúndio: comendo.
Mandei as meninas olharem-se no espelho. Particípio: comido.
Nota: Como se pode observar, a escolha do Infinitivo
Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) 3ª Conjugação –IR
da ação expressa pelo verbo.
Infinitivo impessoal: partir.
DICAS: Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partirmos
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse “j” nós, partirdes vós, partirem eles.
aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo: Gerúndio: partindo.
- Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, Particípio: partido.
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o
substantivo ferrugem é grafado com “g”.). Verbos Auxiliares: Ser, estar, ter, haver
- Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do
presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) SER
viajarão, viajasses, etc.
Indicativo:
b) Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós
pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
c) O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras
fomos, vós fostes, eles foram.
distintas com o infinitivo.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
- Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas
parecem mentir. Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, fôramos, vós fôreis, eles foram.
um período composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, nós
de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa seríamos, vós seríeis, eles seriam.
reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.” Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou vós sereis, eles serão.
advérbio. Por exemplo: - Saindo de casa, encontrei alguns amigos. Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
(função de advérbio) - Nas ruas, havia crianças vendendo doces.
(função adjetivo) Subjuntivo:
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em Presente do Subjuntivo: que eu seja, que tu sejas, que ele
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: - seja, que nós sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. - Tendo trabalhado, Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se eu fosse, se tu fosses,
aprendeu o valor do dinheiro. se ele fosse, se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
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Imperativo: Indicativo:
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
estai vós, estejam eles. hão.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele houve,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
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Subjuntivo: CRER
Presente: que eu negocie, que tu negocies, que ele negocie,
que nós negociemos, que vós negocieis, que eles negociem. Indicativo:
Pretérito Imperfeito: se eu negociasse, se tu negociasses, se Presente: eu creio, tu crês, ele crê, nós cremos, vós credes,
ele negociasse, se nós negociássemos, se vós negociásseis, se eles eles crêem.
negociassem. Pretérito Imperfeito: eu cria, tu crias, ele cria, nós críamos,
Futuro: quando eu negociar, quando tu negociares, quando vós críeis, eles criam.
ele negociar, quando nós negociarmos, quando vós negociardes, Pretérito Perfeito: eu cri, tu creste, ele creu, nós cremos, vós
quando eles negociarem. crestes, eles creram.
Imperativo Afirmativo: negocia tu, negocie ele, negociemos Pretérito Mais-que-perfeito: eu crera, tu creras, ele crera,
nós, negociai vós, negociem eles. nós crêramos, vós crêreis, eles creram.
Imperativo Negativo: não negocies tu, não negocie ele, não Futuro do Presente: eu crerei, tu crerás, ele crerá,nós
negociemos nós, não negocieis vós, não negociem eles. creremos, vós crereis, eles crerão.
Infinitivo Pessoal: por negociar eu, por negociares tu, por Futuro do Pretérito: eu creria, tu crerias, ele creria, nós
negociar ele, por negociarmos nós, por negociardes vós, por creríamos, vós creríeis, eles creriam.
negociarem eles.
Subjuntivo:
Formas Nominais: Presente: que eu creia, que tu creias, que ele creia, que nós
Infinitivo: negociar. creiamos, que vós creiais, que eles creiam.
Gerúndio: negociando. Pretérito Imperfeito: se eu cresse, se tu cresses, se ele cresse,
Particípio: negociado. se nós crêssemos, se vós crêsseis, se eles cressem.
Futuro: quando eu crer, quando tu creres, quando ele crer,
2ª Conjugação quando nós crermos, quando vós crerdes, quando eles crerem.
Imperativo Afirmativo: crê tu, creia ele, creiamos nós, crede
CABER vós, creiam eles.
Imperativo Negativo: não creias tu, não creia ele, não
Indicativo:
creiamos nós, não creiais vós, não creiam eles.
Presente: eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós
Infinitivo Pessoal: por crer eu, por creres tu, por crer ele, por
cabeis, eles cabem.
crermos nós, por crerdes vós, por crerem eles.
Pretérito Imperfeito: eu cabia, tu cabias, ele cabia, nós
cabíamos, vós cabíeis, eles cabiam.
Formas Nominais:
Pretérito Perfeito: eu coube, tu coubeste, ele coube, nós
Infinitivo: crer
coubemos, vós coubestes, eles couberam.
Gerúndio: crendo
Pretérito Mais-que-perfeito: eu coubera, tu couberas, ele
coubera, nós coubéramos, vós coubéreis, eles couberam. Particípio: crido
Futuro do Presente: eu caberei, tu caberás, ele caberá, nós
caberemos, vós cabereis, eles caberão. DIZER
Futuro do Pretérito: eu caberia, tu caberias, ele caberia, nós
caberíamos, vós caberíeis, eles caberiam. Indicativo:
Presente: eu digo, tu dizes, ele diz, nós dizemos, vós dizeis,
Subjuntivo: eles dizem.
Presente: que eu caiba, que tu caibas, que ele caiba, que nós Pretérito Imperfeito: eu dizia, tu dizias, ele dizia, nós dizíamos,
caibamos, que vós caibais, que eles caibam. vós dizíeis, eles diziam.
Pretérito Imperfeito: se eu coubesse, se tu coubesses, se Pretérito Perfeito: eu disse, tu disseste, ele disse, nós dissemos,
ele coubesse, se nós coubéssemos, se vós coubésseis, se eles vós dissestes, eles disseram.
coubessem. Pretérito Mais-que-perfeito: eu dissera, tu disseras, ele dissera,
Futuro: quando eu couber , quando tu couberes, quando ele nós disséramos, vós disséreis, eles disseram.
couber , quando nós coubermos, quando vós couberdes, quando Futuro do Presente: eu direi, tu dirás, ele dirá, nós diremos,
eles couberem. vós direis, eles dirão.
Imperativo Afirmativo: cabe tu, caiba ele, caibamos nós, Futuro do Pretérito: eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos,
cabei vós, caibam eles. vós diríeis, eles diriam.
Imperativo Negativo: não caibas tu, não caiba ele, não
caibamos nós, não caibais vós, não caibam eles. Subjuntivo:
Infinitivo Pessoal: por caber eu, por caberes tu, por caber ele, Presente: que eu diga, que tu digas, que ele diga, que nós
por cabermos nós, por caberdes vós, por caberem eles. digamos, que vós digais, que eles digam.
Pretérito Imperfeito: se eu dissesse, se tu dissesses, se ele
Formas Nominais: dissesse, se nós disséssemos, se vós dissésseis, se eles dissessem.
Infinitivo: caber. Futuro: quando eu disser , quando tu disseres, quando ele
Gerúndio: cabendo. disser, quando nós dissermos, quando vós disserdes, quando eles
Particípio: cabido. disserem.
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Imperativo Afirmativo: diz tu, diga ele, digamos nós, dizei Futuro do Presente: eu jazerei, tu jazerás, ele jazerá, nós
vós, digam eles. jazeremos, vós jazereis, eles jazerão.
Imperativo Negativo: não digas tu, não diga ele, não digamos Futuro do Pretérito: eu jazeria, tu jazerias, ele jazeria, nós
nós, não digais vós, não digam eles. jazeríamos, vós jazeríeis, eles jazeriam.
Infinitivo Pessoal: por dizer eu, por dizeres tu, por dizer ele,
por dizermos nós, por dizerdes vós, por dizerem eles. Subjuntivo:
Presente: que eu jaza, que tu jazas, que ele jaza, que nós
Formas Nominais: jazamos, que vós jazais, que eles jazam.
Infinitivo: dizer. Pretérito Imperfeito: se eu jazesse, se tu jazesses, se ele
Gerúndio: dizendo.
jazesse, se nós jazêssemos, se vós jazêsseis, se eles jazessem.
Particípio: dito.
Futuro: quando eu jazer, quando tu jazeres, quando ele jazer,
FAZER quando nós jazermos, quando vós jazerdes, quando eles jazerem.
Imperativo Afirmativo: jaze tu, jaza ele, jazamos nós, jazei
Seguem o mesmo paradigma: desfazer, satisfazer, refazer vós, jazam eles.
Imperativo Negativo: não jazas tu, não jaza ele, não jazamos
Indicativo: nós, não jazais vós, não jazam eles.
Presente: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, Infinitivo Pessoal: por jazer eu, por jazeres tu, por jazer ele,
eles fazem. por jazermos nós, por jazerdes vós, por jazerem eles.
Pretérito Imperfeito: eu fazia, tu fazias, ele fazia, nós
fazíamos, vós fazíeis, eles faziam. Formas Nominais:
Pretérito Perfeito: eu fiz, tu fizeste, ele fez, nós fizemos, vós Infinitivo: jazer
fizestes, eles fizeram. Gerúndio: jazendo
Pretérito Mais-que-perfeito: eu fizera, tu fizeras, ele fizera, Particípio: jazido
nós fizéramos, vós fizéreis, eles fizeram.
Futuro do Presente: eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, PÔR
vós fareis, eles farão.
Futuro do Pretérito: eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos, Indicativo:
vós faríeis, eles fariam.
Presente: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós
podeis, eles podem.
Subjuntivo:
Presente: que eu faça, que tu faças, que ele faça, que nós Pretérito Imperfeito: eu podia, tu podias, ele podia, nós
façamos, que vós façais, que eles façam. podíamos, vós podíeis, eles podiam.
Pretérito Imperfeito: se eu fizesse, se tu fizesses, se ele Pretérito Perfeito: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós
fizesse, se nós fizéssemos, se vós fizésseis, se eles fizessem. pudemos, vós pudestes,eles puderam.
Futuro: quando eu fizer, quando tu fizeres, quando ele fizer, Pretérito Mais-que-perfeito: eu pudera, tu puderas, ele
quando nós fizermos, quando vós fizerdes, quando eles fizerem. pudera, nós pudéramos, vós pudéreis, eles puderam.
Imperativo Afirmativo: faze tu, faça ele, façamos nós, azei Futuro do Presente: eu poderei, tu poderás, ele poderá, nós
vós, façam eles. poderemos, vós podereis, eles poderão.
Imperativo Negativo: não faças tu, não faça ele, não façamos Futuro do Pretérito: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós
nós, não façais vós, não façam eles. poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam.
Infinitivo Pessoal: por fazer eu, por fazeres tu, por fazer ele,
por fazermos nós, por fazerdes vós, por fazerem eles. Subjuntivo
Presente: que eu possa, que tu possas, que ele possa, que nós
Formas Nominais: possamos, que vós possais, que eles possam.
Infinitivo: fazer. Pretérito Imperfeito: se eu pudesse, se tu pudesses, se ele
Gerúndio: fazendo. pudesse, se nós pudéssemos, se vós pudésseis, se eles pudessem.
Particípio: feito.
Futuro: quando eu puder, quando tu puderes, quando ele
puder, quando nós pudermos, quando vós puderdes, quando eles
JAZER
puderem.
Indicativo: Imperativo Afirmativo: (X).
Presente: eu jazo, tu jazes, ele jaz, nós jazemos, vós jazeis, Imperativo Negativo: (X).
eles jazem. Infinitivo Pessoal: poder eu, poderes tu, poder ele, podermos
Pretérito Imperfeito: eu jazia, tu jazias, ele jazia, nós nós, poderdes vós, poderem eles.
jazíamos, vós jazíeis, eles jaziam.
Pretérito Perfeito: eu jazi, tu jazeste, ele jazeu, nós jazemos, Formas Nominais:
vós jazestes, eles jazeram. Infinitivo: poder.
Pretérito Mais-que-perfeito: eu jazera, tu jazeras, ele jazera, Gerúndio: podendo.
nós jazêramos, vós jazêreis, eles jazeram. Particípio: podido.
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Subjuntivo: Indicativo:
Presente: que eu requeira, que tu requeiras, que ele requeira, Presente: eu vejo, tu vês, ele vê, nós vemos, vós vedes, eles
que nós requeiramos, que vós requeirais, que eles requeiram. vêem.
Pretérito Imperfeito: se eu requeresse, se tu requeresses, se Pretérito Imperfeito: eu via, tu vias, ele via, nós víamos, vós
ele requeresse, se nós requerêssemos, se vós requerêsseis, se eles víeis, eles viam.
requeressem. Pretérito Perfeito: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós
Futuro: quando eu requerer, quando tu requereres, quando vistes, eles viram.
ele requerer, quando nós requerermos, quando vós requererdes, Pretérito Mais-que-perfeito: eu vira, tu viras, ele vira, nós
quando eles requererem. víramos, vós víreis, eles viram.
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Subjuntivo: ABOLIR
Presente: (X).
Pretérito Imperfeito: se eu reouvesse, se tu reouvesses, se Indicativo:
ele reouvesse, se nós reouvéssemos, se vós reouvésseis, se eles Presente: tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles
reouvessem. abolem.
Futuro: quando eu reouver, quando tu reouveres, quando ele Pretérito Imperfeito: eu abolia, tu abolias, ele abolia, nós
reouver, quando nós reouvermos, quando vós reouverdes, quando abolíamos, vós abolíeis
eles reouverem. eles aboliam.
Imperativo Afirmativo: reavei vós. Pretérito Perfeito: eu aboli, tu aboliste, ele aboliu, nós
Imperativo Negativo: (X). abolimos, vós abolistes, eles aboliram.
Infinitivo Pessoal: reaver eu, reaveres tu, reaver ele, Pretérito Mais-que-perfeito: eu abolira, tu aboliras, ele
reavermos nós, reaverdes vós, reaverem eles.
abolira, nós abolíramos, vós abolíreis, eles aboliram.
Futuro do Presente: eu abolirei, tu abolirás, ele abolirá, nós
Formas Nominais:
aboliremos, vós abolireis, eles abolirão.
Infinitivo: reaver.
Futuro do Pretérito: eu aboliria, tu abolirias, ele aboliria, nós
Gerúndio: reavendo.
aboliríamos, vós aboliríeis, eles aboliriam.
Particípio: reavido.
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Subjuntivo: Indicativo:
Presente: que eu ouça, que tu ouças, que ele ouça, que nós Presente: nós falimos, vós falis.
ouçamos, que vós ouçais, que eles ouçam. Pretérito Imperfeito: eu falia, tu falias, ele falia, nós
Imperativo Afirmativo: ouve tu, ouça ele, ouçamos nós, falíamos, vós falíeis, eles faliam.
ouçais vós, ouçam eles. Pretérito Perfeito: eu fali, tu faliste, ele faliu, nós falimos,
vós falistes, eles faliram.
Pretérito Mais-que-perfeito: eu falira, tu faliras, ele falira,
POLIR nós falíramos, vós falíreis, eles faliram.
Futuro do Presente: eu falirei, tu falirás, ele falirá, nós
Sortir segue o mesmo paradigma. faliremos, vós falireis, eles falirão.
Futuro do Pretérito: eu faliria, tu falirias, ele faliria, nós
Indicativo: faliríamos, vós faliríeis, eles faliriam.
Presente: eu pulo, tu pules, ele pule, nós polimos, vós polis,
eles pulem. Subjuntivo:
Presente: (X).
Subjuntivo: Pretérito Imperfeito: se eu falisse, se tu falisses, se ele
Presente: que eu pula, que tu pulas, que ele pula, que nós falisse, se nós falíssemos, se vós falísseis, se eles falissem.
pulamos, que vós pulais, que eles pulam. Futuro: quando eu falir, quando tu falires, quando ele falir,
quando nós falirmos, quando vós falirdes, quando eles falirem.
PEDIR Imperativo Afirmativo: fali vós.
Imperativo Negativo: (X).
Seguem o mesmo paradigma: desimpedir, despedir, expedir, Infinitivo Pessoal: falir eu, falires tu, falir ele, falirmos nós,
impedir e medir. falirdes vós, falirem eles.
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Pretérito Mais-que-perfeito: eu fora, tu foras, ele fora, nós Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação
fôramos, vós fôreis, eles foram. de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do
Futuro do Presente: eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, vós Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que
ireis, eles irão. algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha
Futuro do Pretérito: eu iria, tu irias, ele iria, nós iríamos, vós estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.
iríeis, eles iriam.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no
Subjuntivo: Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio,
Presente: que eu vá, que tu vás, que ele vá, que nós vamos, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do
que vós vades, que eles vão. Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi,
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, se quando conheci Magali.
nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Futuro: quando eu for, quando tu fores, quando ele for, Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:
quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem. É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio,
Imperativo Afirmativo: vai tu, vá ele, vamos nós, ide vós,
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
vão eles. simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me
Imperativo Negativo: não vás tu, não vá ele, não vamos nós, tivesse mudado de cidade.
não vades vós, não vão eles. Obs.: Perceba que todas as frases remetem a ação
Infinitivo Pessoal: ir eu, ires tu, ir ele, irmos nós, irdes vós, obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse,
irem eles. aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado,
teria aprendido.
Formas Nominais:
Infinitivo: ir. Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do
Gerúndio: indo.
Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo
Particípio: ido. o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por
exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.
Tempos Compostos Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a
os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no Manuel.
particípio. São eles:
Infinitivo Pessoal Composto:
Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no
Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando
ocorrido com freqüência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para
estudado demais ultimamente. você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro
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7) Uma variante da voz reflexiva é a que denota 1 ‑ tempo ‑ ainda, agora, antigamente, antes, amiúde
reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos dessa (=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, depois,
voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se, geralmente, no depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, novamente,
plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, outrora.
2 ‑ lugar ‑ aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além,
reciprocamente, mutuamente. Exemplos: algures (= em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar),
Amam-se como irmãos. (amam um ao outro). aquém,dentro, defronte, fora, longe, perto.
Os dois pretendentes insultam-se. 3 - modo ‑ assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo
Ó povos, porque vos guerreais tão barbaramente? ), devagar, mal, melhor pior, e a maior parte dos advérbios que
Os dois escritores carteavam-se assiduamente. termina em mente: calmamente: suavemente, rapidamente,
Observação: Em muitos verbos reflexivos a idéia de tristemente.
4 ‑ afirmação ‑ certamente, decerto, deveras, efetivamente,
reciprocidade é reforçada pelo prefixo entre: entreamar-se,
realmente, sim, seguramente.
entrechocar-se, entrebater-se, entredevorar-se, entrecruzar-se, 5 ‑ negação ‑ absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum,
entredilacerar-se, entrematar-se, entremorder-se, entreolhar-se, nem, não, tampouco (= também não).
entrequerer-se, entrevistar-se. 6 ‑ intensidade ‑ apenas, assaz bastante bastante, bem,
demais,mais, meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco.
Conversão da voz ativa na passiva 7 ‑ dúvida ‑ acaso, eventuamente, por ventura, quiçá,
possivelmente, talvez.
8) Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar Adverbios Interrogativos
substancialmente o sentido da frase. Exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa (voz ativa). São empregados em orações interrogativas diretas ou
A imprensa foi inventada por Gutemberg (voz passiva). indiretas.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o Podem exprimir: lugar, tempo, modo, ou causa.
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo ‑ Onde fica o Clube das Acácias ? (direta)
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros ‑ Preciso saber onde fica o Clube das Acássias.
(indireta)
exemplos: ‑ Quando minha amiga Delma chegará de Campinas? (direta)
Os calores intensos provocam as chuvas. / As chuvas são ‑ Gostaria de saber quando minha amiga Delma chegará de
provocadas pelos calores intensos. Campinas. (indireta)
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. - Como osjovens vêem a natureza? (direta)
/ Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. ‑ Quero saber como os jovens vêem a natureza.
Eu o acompanharei. / Ele será acompanhado por mim. (indireta)
‑ Por que o povo aceita tudo passivamente. (direta)
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, como
‑ Pergunto‑lhe por que o povo aceita tudo passivamente.
nos dois últimos exemplos, não haverá complemento agente da (indireta)
passiva.
Importante: Locuçoes Adverbiais
a) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos
alguns gramáticos chamam neutros: São duas ou mais palavras que têm o valor de = advérbio: às
• O vinho é bom. cegas, às claras, às toa, às pressas, às escondidas, à noite, à tarde,
às vezes, ao acaso, de repente, de chofre, de cor, de improviso, de
• Aqui chove muito. propósito, de viva voz, de medo, com certeza, por perto, por um
triz, de vez em quando, sem dúvida, de forma alguma, em vão, por
b) Há formas passivas com sentido ativo: certo, à esquerda, à direta, a pé, a esmo, por ali, a distância.
É chegada a hora (= chegou a hora). ‑ De repente o dia se fez noite.
Eu ainda não era nascido (= eu ainda não tinha nascido). ‑ Por um triz eu não me denunciei.
c) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido ‑ Sem dúvida você é o melhor.
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos por alguns
Graus dos Advérbios
autores, por isso que o sujeito é paciente:
Chamo-me Luís. Como já vimos o advérbio não vai para o plural, são palavras
Operou-se de hérnia. invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 1 – comparativo,
Batizei-me na Igreja São Judas. 2 – superlativo.
Vacinaram-se contra A1N1.
1‑ comparativo de:
igualdade > tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
ADVÉRBIO
quanto / como você.
superioridade > analítico: mais do que: Raquel é mais elegante
Advérbio é a palavra invariável que modifica um verbo (‑ do que eu.
Chegou cedo), um outro advérbio (‑ Falou muito bem), um adjetivo > sintético: melhor, pior que: Amanhã será melhor do que
(‑ Estava muito bonita). hoje.
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode
ser de: inferioridade > menos do que: Falei menos do que devia.
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Não dei atenção àquilo./ Não dei atenção a isto. 60 minutos para o telefonema de Teresa); Paula saiu daqui à uma
A solução era aquela apresentada ontem./ A solução era esta hora; duas horas depois, já tinha mudado todos os seus planos (=
apresentada ontem. quando ela saiu, o relógio marcava 1 hora); Pedro saiu daqui há
uma hora (= faz 60 minutos que ele saiu).
• Palavra “casa”: quando a expressão casa significa • Quando a expressão “à moda de” (ou “à maneira
“lar”, “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução de”) estiver subentendida: Nesse caso, mesmo que a palavra
adjetiva, não há crase: Chegamos alegres a casa; Assim que saiu subseqüente seja masculina, haverá crase: No banquete, serviram
do escritório, dirigiu-se a casa; Iremos a casa à noitinha. Mas, se lagosta à Termidor; Nos anos 60, as mulheres se apaixonavam por
a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva, homens que tinham olhos à Alain Delon.
então haverá crase: Levaram-me à casa de Lúcia; Dirigiram-se • Quando as expressões “rua”, “loja”, “estação de
à casa das máquinas; Iremos à encantadora casa de campo da rádio”, etc. estiverem subentendidas: Dirigiu-se à Marechal
família Sousa. Floriano (= dirigiu-se à Rua Marechal Floriano); Fomos à Renner
• Palavra “terra”: Não há crase, quando a palavra terra (fomos à loja Renner); Telefonem à Guaíba (= telefonem à rádio
significa o oposto a “mar”, “ar” ou “bordo”: Os marinheiros ficaram Guaíba).
felizes, pois resolveram ir a terra; Os astronautas desceram a terra • Quando está implícita uma palavra feminina: Esta
na hora prevista. Há crase, quando a palavra significa “solo”,
religião é semelhante à dos hindus (= à religião dos hindus).
“planeta” ou “lugar onde a pessoa nasceu”: O colono dedicou
à terra os melhores anos de sua vida; Voltei à terra onde nasci;
Excluída a hipótese de se tratar de qualquer um dos casos
Viriam à Terra os marcianos?
anteriores, devemos substituir a palavra feminina por outra
• Palavra “distância”: Não se usa crase diante da palavra
distância, a menos que se trate de distância determinada: Via-se masculina da mesma função sintática. Se ocorrer “ao” no
um monstro marinho à distância de quinhentos metros; Estávamos masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer “a” ou “o”
à distância de dois quilômetros do sítio, quando aconteceu o no masculino, não haverá crase no “a” do feminino.
acidente. Mas: A distância, via-se um barco pesqueiro; Olhava- O problema, para muitos, consiste em descobrir o masculino
nos a distância. de certas palavras como “conclusão”, “vezes”, “certeza”, “morte”,
• Pronome Relativo: Todo pronome relativo tem um etc. É necessário então frisar que não há necessidade alguma de
substantivo (expresso ou implícito) como antecedente. Para saber que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com
se existe crase ou não diante de um pronome relativo, deve-se a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática:
substituir esse antecedente por um substantivo masculino. Se o Fomos a cidade comprar carne. (ao supermercado); Pedimos um
“a” se transforma em “ao”, há crase diante do relativo. Mas, se favor à diretora. (ao diretor); Muitos são incensíveis à dor alheia.
o “a” permanece inalterado ou se transforma em “o”, então não (ao sofrimento); Os empregados deixam a fábrica. (o escritório);
há crase: é preposição pura ou pronome demonstrativo: A fábrica O perfume cheira a rosa. (a cravo); O professor chamou a aluna.
a que me refiro precisa de empregados. (O escritório a que me (o aluno).
refiro precisa de empregados.); A carreira à qual aspiro é almejada
por muitos. (O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos.). • Não confundir devido com dado (a, os, as): a primeira
Na passagem do antecedente para o masculino, o pronome expressão pede preposição “a”, havendo crase antes de palavra
relativo não pode ser substituído, sob pena de falsear o resultado: feminina determinada pelo artigo definido: Devido à discussão de
A festa a que compareci estava linda (no masculino = o baile a ontem, houve um mal-estar no ambiente (= devido ao barulho de
que compareci estava lindo). Como se viu, substituímos festa por ontem, houve...); A segunda expressão não aceita preposição “a”
baile, mas o pronome relativo que não foi substituído por nenhum (o “a” que aparece é artigo definido, não havendo, pois, crase):
outro (o qual etc.). Dada a questão primordial envolvendo tal fato (= dado o problema
primordial...); Dadas as respostas, o aluno conferiu a prova (=
A Crase é Obrigatória dados os resultados...).
• Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A
• Sempre haverá crase em locuções prepositivas,
que artista te referes?
locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como
• Na expressão valer a pena ( no sentido de valer
núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa, à maneira
o sacrifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo
de, às cegas, à noite, às tontas, à força de, às vezes, às escuras, à
medida que, às pressas, à custa de, à vontade (de), à moda de, às definido: Parodiando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a
mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc. É alma não é pequena...
bom não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão
fazer as vezes de, em que não há crase porque o “as” é artigo EXERCÍCIOS
definido puro: Ele se aborrece às vezes (= ele se aborrece de vez
em quando); Quando o maestro falta ao ensaio, o violinista faz as 01 – A crase não é admissível em:
vezes de regente (= o violinista substitui o maestro). Sempre haverá a) Comprou a crédito.
crase em locuções que exprimem hora determinada: Ele saiu às b) Vou a casa de Maria.
treze horas e trinta minutos; Chegamos à uma hora. Cuidado para c) Fui a Bahia.
não confundir a, à e há com a expressão uma hora: Disseram-me d) Cheguei as doze horas.
que, daqui a uma hora, Teresa telefonará de São Paulo (= faltam e) A sentença foi favorável a ré.
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02 - (PRF/N.M./ANP) Assinale a opção em que falta o acento 09 - “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas
de crase: já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
a) O ônibus vai chegar as cinco horas. a) à - àqueles - a - há
b) Os policiais chegarão a qualquer momento. b) a - àqueles - a - há
c) Não sei como responder a essa pergunta. c) a - aqueles - à - a
d) Não cheguei a nenhuma conclusão. d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à - há
03 - (ALCL-DF/N.S./IDR) Assinale a alternativa correta:
a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade 10 - Assinale a frase gramaticalmente correta:
burocrática. a) O Papa caminhava à passo firme.
b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente. c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Solicito à V. Exa. Que reconheça os obstáculos que estamos d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
enfrentando. e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
04 - (ATCL-DF/N.S./IDR) Marque a alternativa correta 11 - O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
quanto ao acento indicativo da crase: contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa
a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a própria.
algumas horas de Manaus. a) às - àquelas _ à
b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos b) as - aquelas - a
quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias. c) às àquelas - a
c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há d) às - aquelas - à
muito tempo à disposição de todos. e) as - àquelas - à
d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a
lavoura amarelecia e murchava. 12 - A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____
tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.
05 - Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de a) às - a - a
crase é facultativo? b) as - à - há
a) Minhas idéias são semelhantes às suas. c) as - a - à
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz d) às - à - à
c) Dei um presente à Mariana. e) às - a - há
d) Fizemos alusão à mesma teoria.
e) Cortou o cabelo à Gal Costa. 13 - Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
a) após às
06 - “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que b) após as
acontece ao seu redor”. c) após das
a) à - a - aquilo d) após a
b) a - a - àquilo e) após à
c) a - à - àquilo
d) à - à - aquilo 14 - _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das
e) à - à - àquilo localidades _____ que os socorros se destinam.
a) Há - à - a
07 - “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas b) A - a - a
quadras da Avenida Central”. c) À - à - a
a) à - há d) Há - a - a
b) a - à e) À - a - a
c) a - há
d) à - a 15 - Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para
e) à - à ouvir o que tem _____ dizer.
a) a - à - a
08 - “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, b) à - a - a
radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ c) à - à - a
hora do almoço”. d) à - à - à
a) o - à - a e) a - a - a
b) ao - há - à
c) ao - a - a RESPOSTAS
d) o - há - a
e) o - a - a (1-A) (2-A) (3-C) (4-C) (5-C) (6-C) (7-D) (8-B) (9-B) (10-D)
(11-A) (12-D) (13-B) (14-D) (15-B)
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1-B 2-E 3-E 4-D 5-B 6-C 7-D Quanto ao sentido, as frases podem ser:
8-E 9-B 10-E 11-D 12-A 13-D Declarativas – É aquela através da qual se enuncia algo,
de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou
enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma coisa:
Paulo parece inteligente. (afirmativa)
A retificação da velha estrada é uma obra inadiável.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO (afirmativa)
Nunca te esquecerei. (negativa)
Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (negativa)
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Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro e) Tão preta como o túnel!
caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza f) Quem bom!
e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora g) As ovelhas são mansas e pacientes.
ascendente ora descendente. h) Que espírito irônico e livre!
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser
integralmente captados se atentarmos para o contexto em que 5. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: declarativa,
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se interrogativa, imperativa e exclamativa:
explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”,
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de a) Que flores tão aromáticas!
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
aparentemente diz. c) Devemos manter a nossa escola limpa.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada,
d) Respeitem os limites de velocidade.
pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo
e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
de como é dita, uma frase simples como “É ela.” pode indicar
f) Atravessem a rua com cuidado.
constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc.
g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o
tom com que a proferimos. Observe: h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a cor
Olavo esteve aqui. da bandeira.
Olavo esteve aqui? i) Não te quero ver mais aqui!
Olavo esteve aqui?! j) Hoje saímos mais cedo.
Olavo esteve aqui!
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS
1-“a” e “d”
1. Marque apenas as frases nominais: 2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optativa;
e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa
a) Que voz estranha! 3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
b) A lanterna produzia boa claridade. procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
c) As risadas não eram normais. 4- a/b/d/g
d) Luisinho, não! 5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d)
imperativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h)
2. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, declarativa; i) imperativa; j) declarativa
exclamativa, optativa ou imperativa.
ORAÇÃO
a) Você está bem?
b) Não olhe; não olhe, Luisinho! É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há,
c) Que alívio! necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma frase
d) Tomara que Luisinho não fique impressionado! (ou segmento de frase), várias frases ou um período, completando
e) Você se machucou? um pensamento e concluindo o enunciado através de ponto
f) A luz jorrou na caverna. final, interrogação, exclamação e, em alguns casos, através de
g) Agora suma, seu monstro!
reticências.
h) O túnel ficava cada vez mais escuro.
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
3. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
modelo:
Luisinho ficou pra trás. (declarativa) Socorro!
Lusinho, fique para trás. (imperativa) Com licença!
Que rapaz impertinente!
a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. Muito riso, pouco siso.
b) Luisinho procurou os fósforos no bolso. “A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)
c) Os meninos olharam à sua volta.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
4. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos. partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou as
Assinale, pois, as frases verbais: unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração desempenha
uma função sintática. Geralmente apresentam dois grupos de
a) Deus te guarde! palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma coisa ( o
b) As risadas não eram normais. sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o predicado),
c) Que ideia absurda! e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
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A menina banhou-se na cachoeira. uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
A menina – sujeito papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
banhou-se na cachoeira – predicado com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal,
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado) núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
• estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em • apresentar-se como elemento determinante em relação
número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, ao predicado;
“o tema do que se vai comunicar”. • constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo
O predicado é a parte da oração que contém “a informação ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito,
Exemplos:
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Observe: 1- A padaria está fechada hoje.
O amor é eterno.
está fechada hoje: predicado nominal
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”. fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é a padaria: sujeito
eterno”. padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
Já na frase:
Os rapazes jogam futebol. 2- Nós mentimos sobre nossa idade para você.
mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal
O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo mentimos: verbo = núcleo do predicado
que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O nós: sujeito
predicado é “jogam futebol”.
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante,
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de sua determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido
significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e revestiu com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença
sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:
Exemplos:
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para
desembarcar.” (Aníbal Machado) 1- As formigas invadiram minha casa.
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. as formigas: sujeito = termo determinante
invadiram minha casa: predicado = termo determinado
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados
em três grandes níveis: 2- Há formigas na minha casa.
• Termos Essencias da Oração: Sujeito e Predicado. há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
• Termos Integrantes da Oração: Complemento sujeito: inexistente
Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto
e Agente da Passiva). O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal
• Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, , isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado
por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito
Termos Essenciais da Oração se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser
feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de
qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença,
São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração:
como um substantivo.
sujeito e predicado. Exemplos:
Exemplos:
Sujeito Predicado
Pobreza não é vileza. Eu acompanho você até o guichê.
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
Os sertanistas capturavam os índios. Vocês disseram alguma coisa?
Um vento áspero sacudia as árvores. vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
Sujeito - É equivocado dizer que o sujeito é aquele que Marcos: sujeito = substantivo próprio
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma Ninguém entra na sala agora.
coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto ninguém: sujeito = pronome substantivo
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto O andar deve ser uma atividade diária.
estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
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Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de Agente e Paciente – quando o sujeito faz a ação expressa por
uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa
substantiva subjetiva: ação:
O operário feriu-se durante o trabalho.
É difícil optar por esse ou aquele doce... Regina trancou-se no quarto.
É difícil: oração principal
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva Indeterminado – quando não se indica o agente da ação
verbal:
O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou a
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos: senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.)
Come-se bem naquele restaurante.
O sino era grande.
Ela tem uma educação fina. Observações:
Vossa Excelência agiu como imparcialidade. • Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.
Isto não me agrada. • Sujeito formado por pronome indefinido não é
Morrer pela pátria é glorioso. indetermiado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
Ninguém lhe telefonou.
“Ouvia-se o matraquear de máquinas de escrever.” (Érico
• Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
Veríssimo)
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente já
expresso nas orações anteriores.
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
- Na rua olhavam-no com admiração.
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.) - “Bateram palmas no portãozinho da frente.” (Josué
Exemplo: Guimarães)
“Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a - “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.”
selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) (Rubem Braga)
• Assinala-se a indetermiação do sujeito com um verbo
O sujeito pode ser: ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O
pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito.
Simples – quando tem um só núcleo: Pode ser omitido junto de infinitivos.
As rosas têm espinhos. - Aqui vive-se bem.
“Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila - Devagar se vai ao longe.
indiana.” (Antônio Olavo Pereira) - Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
- Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.
Composto – quando tem mais de um núcleo: - “E passou-se a falar em internacionalização da Amazônia.”
“O burro e o cavalo nadavam ao lado da canoa.” (Herberto (Tiago de Melo)
Sales) - “Saía-se do coração da brenha só para se ver o barco.”
(Ferreira de Castro)
Expresso – quando está explícito, enunciado: • Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o
Eu viajarei amanhã. verbo no infinitivo impessoal:
- Era penoso carregar aqueles fardos enormes.
Oculto (ou elíptico) – quando está implícito, isto é, quando - É triste assistir a estas cenas repulsivas.
não está expresso, mas se deduz do contexto:
Viajarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
verbo) posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa língua.
“Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se.” (Érico Exemplos:
Veríssimo) (o sujeito, soldado, está expresso na primeira oração e
elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se.) É fácil este problema!
Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito: vocês) Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.”
Agente – se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: (José de Alencar)
O Nilo fertiliza o Egito. “Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ramalho
Ortigão)
“Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Castelo
Paciente – quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa
Branco)
pelo verbo passivo:
“No muro de tijolo vermelho passeavam lagartixas.”
O criminoso é atormentado pelo remorso.
(Graciliano Ramos)
Muitos sertanistas foram mortos pelos índios.
“Para o cargo de primeiro governador do Brasil foi escolhido
Construíram-se açúdes. (= Açúdes foram construídos.)
o fidalgo Tomé de Sousa.” (Eduardo Bueno)
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Sem Sujeito – constituem a enunciação pura e absoluta de 2- Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João.
um fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído sujeito: todos nós = termo determinante
a nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo
pessoa do singular: determinado
Havia ratos no porão.
Choveu durante o jogo. Nesses exemplos podemos observar que a concordância
é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos
Observação: São verbos impessoais: essenciais. Na frase (1), entre “Carolina” e “conhece”; na frase
(2), entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é
• Haver (nos sentidos de existir, acontecer, realizar-se, centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis
decorrer). pela principal informação naquele segmento. No predicado o
núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo
- Há plantas venenosas. que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou locução
- Havia quadros nas paredes.
verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal (seu
- Houve algo de anormal?
núcleo significativo é um nome – substantivo, adjetivo, pronome
- Havia três noites que não dormia.
– ligado ao sujeito por um verbo de ligação) e no segundo um
- Onde houvesse festas e danças, ali estava ele.
predicado verbal (seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de
• Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num mesmo
segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos
- Faz dois anos que me formei. constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado
- “Fazia dias que o Balão não aparecia na porteira do curral.” verbo-nominal(tem dois núcleos significativos: um verbo e um
(José J. Veiga). nome). Exemplos:
- Hoje fez muito calor.
- Fazia um frio intenso. 1- Minha empregada é desastrada.
- Era no mês de maio. predicado: é desastrada
- Era à hora do jantar. núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
- Eram trinta de maio de 1980. tipo de predicado: nominal
- Abria a janela, se estava calor.
- Olhei o relógio: passava das cinco horas da tarde. Obs: O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
• Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
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“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da “Fui e parei diante dele.” (Machado de Assis)
Silva) (Subetntende-se o verbo está depois de peixe) “O padre apareceu e logo o burburinho cessou.” (Coelho
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” Neto)
(Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
“Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para Observações:
você.” (Antônio Olinto) (está elíptico o verbo chuto depois do
pronome eu) • Os verbos intransitivos podem vir acompanhados de
A mesa era farta e as iguarias finas. (está oculto o verbo eram um adjunto adverbial e mesmo de um predicativo (qualidade,
depois do sujeito iguarias) características):
“__Quando poderei voltar? Perguntou Simão. - Fui cedo.
__ Em poucos dias, salvo se as cousas se complicarem.” - Passeamos pela cidade.
(Machado de Assis) - Cheguei atrasado.
(isto é: Poderá voltar em poucos dias...) - Entrei em casa aborrecido.
Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo forma • As orações formadas com verbos intransitivos não
o predicado. podem “transitar” (= passar) para a voz passiva.
Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, podendo, • Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a
por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos de predicação transitivos quando construídos com o objeto direto ou indireto.
completa denominados intransitivos. Exemplo: - “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
As flores murcharam. - “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
Os animais correm. - “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo que
As folhas caem. já morreu...” (Ciro dos Anjos)
“Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ramos) - “Os olhos pestanejavam e choravam lágrimas quentes...”
“A mão ardia e o dedo inchava.” (Luís Jardim) (Graciliano Ramos)
“E espocavam gargalhadas no grupo...” (Aluísio Azevedo) - “Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”
(Viana Moog)
- “Tinha testa enrugada, como quem vivera vida de contínuo
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem o
pensar.” (Alexandre Herculano)
predicado necessitam de outros termos: são os verbos de predicação
- “Pouco dinheiro basta ao homem sóbrio e econômico.”
incompleta, denominados transitivos. Exemplos:
(Aulete)
João puxou a rede.
• Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
Resende) chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
“Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.”
(Camilo Castelo Branco) Transitivos Diretos – são os que pedem um objeto direto,
“Julgava-o um aluado.” (Ciro dos Anjos) isto é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo:
julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar,
Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou, declarar, adotar, ter, fazer, tornar, encontrar, deixar, ver, coroar,
invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas: sagrar, achar, etc. Exemplos:
puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a que? Comprei um terreno e construí a casa.
Os verbos de predicação completa denominam-se “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Maricá)
Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.”
diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (Guedes de Amorim)
(bitransitivos). “As poucas vezes que o visitei foi por motivo de doença dele.”
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram (Mário de Alencar)
uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de “Simão Bacamarte não o contrariou.” (Machado de Assis)
ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal,
relacionando o predicativo com o sujeito. Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: os que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:
Intransitivos – são os que não precisam de complemento, Consideramos o caso extraordinário.
pois têm sentido completo. Inês trazia as mãos sempre limpas.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis) O povo chamava-os de anarquistas.
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar) Julgo Marcelo incapaz disso.
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.” “Deus vos fez padre e bispo.” (Carlo de Laet)
(Marquês de Maricá) “Ele achou estranho o cerimonial.” (Érico Veríssimo)
“As sovas de meu pai doiam por muito tempo.” (Machado “Todos as tratam por madame.” (Vivaldo Coaraci)
de Assis) “Já outro dia, encontrei-a muito previnida.” (Ciro dos Anjos)
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A Lua ia (=estava) alta. Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na
As crianças tornam-se rebeldes. constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
A crisálida vira borboleta. O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava atrasado.)
Pedro fez-se lívido. O menino abriu a porta ansioso.
O dia continuava chuvoso. Todos partiram alegres.
Ele permaneceu sentado. Marta entrou séria.
Minha proposta saiu vitoriosa. O professor sorriu satisfeito.
A operação resultou inútil. O prisioneiro foi encontrado morto.
As matrículas acham-se abertas. O soldado foi julgado incapaz.
Ele será eleito presidente.
Observações: Ele é tido por sábio.
O cosmonauta foi aclamado como herói.
• Os verbos de ligação não servem apenas de anexo, mas Lembro-me dela com saudade. (=Lembro-me dela saudoso.)
exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais se considera
a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por exemplo, Observações:
traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto transitório:
Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. (aspecto • O predicativo subjetivo às vezes está preposicionado.
transitório). • Pode o predicativo preceder o sujeito e até mesmo ao
• Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda estava Amélia!;
em frases como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não Completamente feliz ninguém é.; Raros são os verdadeiros
estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes, os retirantes
Parece que vai chover. iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas coisas.; Onde
está a criança que fui?
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação Predicativo do Objeto – é o termo que se refere ao objeto de
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam um verbo transitivo. Exemplos:
na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplo: O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
O homem anda. (intransitivo)
As paixões tornam os homens cegos.
O homem anda triste. (de ligação)
Nós julgamos o fato milagroso.
Os presos tinham os pés inchados.
O cego não vê. (intransitivo)
Ela adotou-o por filho.
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
Muitos consideram-no (como) um sábio.
Alguns chamam-no (de) impostor.
Deram 12 horas. (intransitivo)
Os inimigos chamam-lhe (de) traidor.
A terra dá bons frutos. (transitivo direto) As batalhas sagraram-no herói.
A doença deixou-me sem apetite.
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) A mãe viu-o desanimado.
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto) Silvinho acha-se um gênio.
Predicativo – Há o predicativo do sujeito e o predicativo do Observações:
objeto.
• O predicativo objetivo, como vemos dos exemplos
Predicativo do Sujeito – é o termo que exprime um atributo, acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em certos casos,
um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um é facultativa.
verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: • O predicativo objetivo geralmente se refere ao objeto
A bandeira é o símbolo da Pátria. direto. Excepcionalmente, pode referir-se ao objeto indireto do
A mesa era de mármore. verbo chamar. Chamavam-lhe poeta.
O mar estava agitado. • Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O
A ilha parecia um monstro. advogado considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo
Todos andam apreensivos. inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas vezes.”;
Eu não sou ele. “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da cidade.”;
Os premiados foram dois. “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele choque com
As crianças estavam com fome. o mundo me causara.”
A árvore ficou sem folhas.
A tentativa resultou inútil. Termos Integrantes da Oração
Eles devem ser irmãos.
As águas podiam estar poluídas. Chamam-se termos integrantes da oração os que completam
O portão permanecerá fechado. a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram,
A vida tornou-se insuportável. completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à
compreensão do enunciado. São os seguintes:
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1. Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Objeto Direto Preposicionado – Há casos em que o objeto
Indireto); direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem
2. Complemento Nominal; precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre
3. Agente da Passiva. principalmente:
• Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
Objeto Direto – É o complemento dos verbos de predicação Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava
incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos: mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
As plantas purificaram o ar. hostilizava antes a mim do que à idéia.”; “Ricardina lastimava o
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro) seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós.”
Procurei o livro, mas não o encontrei. • Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Ninguém me visitou. Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos;
Esta é a casa que eu vendi. deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento
Houve grandes festejos. das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele – com
Tia Mirtes já não sentia dor nem cansaço. aquele homem a quem na realidade também temia, como todos
O povo aclamou o imperador e a imperatriz. ali.”
“Mendonça cumprimentou-as respeitosamente.” (Machado • Quando precisamos assegurar a clareza da frase,
de Assis) evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
“Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (Mário Quintana) construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.;
“Lembranças havia que eram úlceras incuráveis da memória.” “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a
(Érico Veríssimo) um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?; “E olhava
o amigo como a um filho mais velho.”; Olho Gabriela como a
O objeto direto tem as seguintes características: uma criança, e não mulher feita.”; “Foi a comadre do Rubião
• Completa a significação dos verbos transitivos diretos; que o agasalhou e mais ao cachorro.”; “Encontrou-a e ao marido
na fazenda das Lajes.”; “A inimigo não se poupa.”; “Também
• Normalmente, não vem regido de preposição;
se adormece a fome, como às crianças, cantando.”; “Ao poeta
• Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um
Drummond, que mora mais além, a feira deve incomodar, porque
verbo ativo: Caim matou Abel.
os grandes caminhões roncam sob a sua janela.”
• Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi
• Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e
morto por Caim.
a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de
O objeto direto pode ser constituído:
duas criaturas que só tinham uma à outra.”
• Por um substantivo ou expressão substantivada: O
• Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
lavrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
• Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre todas
vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O estrangeiro
ao espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a foi quem ofendeu a Tupã.”; “É certo que ele teme a Deus e crê na
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; doutrina.”; “E dali em diante, o drama intensificava-se, fazendo
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar quieta.”; sorrir, de plena satisfação, a Caetano.”; “Esse último rasgo do
“Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” Costa persuadiu a crédulos e incrédulos.”; “Diabolicamente, o
• Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na dinheiro atrai a pequenos e grandes.”
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que:objeto direto de plantei); • Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o
Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do livro, objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; A
ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos meus médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade
escritos?” conheço desde os seus mais tenros anos.”; “Ao Medeiros não o
amordaçavam as convenções.”
Freqüentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando- • Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma esfera caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a ambos...”
semântica: • Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes
“Viveu José Joaquim Alves vida tranqüila e patriarcal.” a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias
(Vivaldo Coaraci) a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal aos outros.; A quantos a vida ilude!; “A estupefação imobilizou
Machado) a todos.”; “A tudo e a todos eu culpo.”; “Como fosse acanhado,
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado não interrogou a ninguém.”
de Assis) • Em certas construções enfáticas, como puxar (ou
“Como andei contando um sonho, me lembrei de outro que já arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar
sonhei mais de uma vez.” (Oto Lara Resende) com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço
Em tais construções é de rigor que o objeto venha acompanhado fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
de um adjunto. pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”;
“Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
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“Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...? O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz
(Machado de Assis) ativa:
“E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
xingarem-se à distância.” (Dalton Trevisan) A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
“Mas que te importam a ti os assuntos que me são agradáveis?” Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
(Graciliano Ramos) Tu o acompanharás. (voz ativa)
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O adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa Foram os dois, ele e ela.
o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar em casa.
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das matas, O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
cheiro de petróleo, amor de mãe. seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do sujeito:
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
Adjunto adverbial – É o termo que exprime uma circunstância As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica cores.
o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas
numa tarde brincavam de roda na praça.” (Geraldo França de Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas,
Lima) na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
O adjunto adverbial é expresso: pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
• Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; Maria é Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia;
mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Ele fala bem, o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez esteja enganado. “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
• Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes (Graciliano Ramos)
viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu pai.;
Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu de O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
repente. vezes, está elíptico. Exemplos:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
Observações: Mensageira da idéia, a palavra é a mais bela expressão da
alma humana.
• Pode ocorrer a elipse da preposição antes de adjuntos “Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os rochedos
adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não dormi. (=Naquela ásperos.” (Cabral do Nascimento)(refere-se ao sujeito oculto eu).
noite...); Domingo que vem não sairei. (=No domingo...); Ouvidos
atentos, aproximei-me da porta. (=De ouvidos atentos...). O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
• Os adjuntos adverbiais classificam-se de acordo com as Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial de lugar, modo,
tempestade iminente.
tempo, intensidade, causa, companhia, meio, assunto, negação,
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
etc.
Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir sua
• É importante saber distinguir adjunto adverbial de
companhia.
adjunto adnominal, de objeto indireto e de complemento nominal:
sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.adn.); gosta do mar (obj.
Um aposto pode referir-se a outro aposto:
indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
Aposto – É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio. O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto
“Nicanor, acensorista, expôs-me seu caso de consciência.” é, a saber, ou da preposição acidental como:
(Carlos Drummond de Andrade) Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai,
“No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontramos a não são banhados pelo mar.
felicidade.” (Camilo Castelo Branco) Este escritor, como romancista, nnca foi superado.
“No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de
nossa gente.” (Mário de Andrade) O aposto que se refere a objeto indireto, complemento nominal
Casas e pastos, árvores e plantações, tudo foi destruído pela ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
enchente. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
“O pastor, o guarda, o médico, todos olham e não dizem “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
nada.” (Ricardo Ramos) coisas.” (Raquel Jardim)
Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade. De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.
“Cada casa arrumava, no terreiro em frente, a sua fogueira:
uma pirâmide de toros de madeira decepados pela manhã.” Vocativo – (do latim vocare = chamar) é o termo (nome,
(Povina Cavalcânti) título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal
“Ele, Caúla, não ficaria ancorado como uma canoa.” (Adonias ou a coisa personificada a que nos dirigimos:
Filho) “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
“E isso exigiria estratagemas, coisas a que era avesso.” (José de Lourdes Teixeira)
Geraldo Vieira) “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de
Assis)
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela)
substantivo: “Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal)
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“Vocês por aqui, meninos?!” (Afonso Arinos) 1ª oração: Passeamos pela praia
“Meu nobre perdigueiro, vem comigo!” (Castro Alves) 2ª oração: brincamos
“Serenai, verdes mares!” (josé de Alencar) 3ª oração: recordamos os tempos de infância
“Voltem para sua floresta, seus antropófagos!” (Rubem
Braga) As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas
Observação: são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de sentido,
mas, como já dissemos, uma não depende da outra sintaticamente.
• Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. As orações independentes de um período são chamadas de
Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações
pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
prolongado. As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
sindéticas.
O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, que pode
ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade abstrata
personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
olá, eh!): não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano) Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” OCA OCA OCA
(Graciliano Ramos)
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
Castelo Branco) Assis)
Eh! rapazes, são horas! “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
“Olá compadre, mais alto, mais alto!” (Augusto Meyer) (Antônio Olavo Pereira)
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” (Coelho
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da Neto)
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. “Avancei lentamente até o bueiro, sentei-me.” (Graciliano
Ramos)
PERÍODO
“Jonas dá o sinal de partida, as lanchas se movimentam
lentamente, os saveiros acompanham.” (Jorge Amado)
Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
que se encerra com ponto de exclamação, ponto de interrogação
ou com teticências. - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm
O período é simples quando só traz uma oração, chamada introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração. O homem saiu do carro / e entrou na casa.
Exemplo: OCA OCS
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
Quero que você aprenda. (Período composto.) As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo
com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num introduzem. Pode ser:
período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num período
haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções 1. Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não
verbais nele existentes. Exemplos: só... mas também, não só... mas ainda.
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Saí da escola / e fui à lanchonete.
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
OCA OCS Aditiva
oração)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
verbais, duas orações) Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à oração
Há três tipos de período composto: por coordenação, por anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo
(também chamada de misto). A doença vem a cavalo e volta a pé.
As pessoas não se mexiam nem falavam.
Período Composto por Coordenação. Orações “Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até
Coordenadas nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”
(Machado de Assis)
Considere, por exemplo, este período composto: Os livros não somente instruem mas também divertem.
Ela não somente se orgulhava de seu marido como também
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos o amava muito.
de infância.
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2. Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. OCA OCS Explicativa
Estudei bastante / mas não passei no teste. Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção que
OCA OCS Adversativa expressa idéia de explicação, de justificativa em relação à oração
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
conjunção coordenativa adversativa. “A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico
Veríssimo)
A espada vence, mas não convence. “Qualquer que seja a tua infância, conquista-a, que te
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) abençôo.” (Fernando Sabino)
Tens razão, contudo não te exaltes. O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava. Não mintas, porque é pior para ti.
O mar é generoso, porém às vezes torna-se cruel. Ninguém podia queixar-se, porquanto eu estava cumprindo
O instinto social não é privilégio do homem, antes, se nos o meu dever.
depara nos próprios animais. (antes = pelo contrário) Decerto alguém o agrediu, pois (ou porque) o nariz dela
“Já não era um tímido passageiro que embarcara em São sangra.
Paulo e sim um estóico aviador.” (José Fonseca Fernandes) (e
sim = mas) Período Composto por Subordinação
3. Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
por isso, pois, logo. Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
OCA OCS Conclusiva causa)
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
que expressa idéia de conclusão de um fato enunciado na oração orações com a mesma função sintática:
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva. Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada com
função de adjunto adnominal)
Vives mentindo; logo, não mereces fé. Todos querem / que você participe. (oração subordinada com
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade. função de objeto direto)
Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar. Não pude sair / porque estava chovendo. (oração subordinada
com função de adjunto adverbial de causa)
4. Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou...
ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer. Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
Seja mais educado / ou retire-se da reunião! subordinada a ela.
OCA OCS Alternativa Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto
de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma sintaticamente da outra (principal), ele é classificado como período
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha composto por subordinação.
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção As orações subordinadas são classificadas de acordo com a
coordenativa alternativa. função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
5. Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, Não fui à escola / porque fiquei doente.
porque, pois, porquanto. OP OSA Causal
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O tambor soa porque é oco. Os louvores, pequenos que sejam, são ouvidos com agrado.
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. “Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer.” (Oto Lara
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. Resende)
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de “Os cavalos vinham quase em cima dela, por mais que o
Sousa) cocheiro os sofreasse.” (Machado de Assis)
Já que (ou visto que ou desde que ou uma vez que) ninguém ”Por muito mau que fosse o seringal, devia ser melhor que
se mexe, temos que agir nós, cidadãos. aquilo.” (Ferreira de Castro)
“Maximiano temera que o coronel o agredisse, de tão violento “Em cada escola (filosófica), por exagerada que seja, há
que ficara.” (Jorge Amado) sempre uma apreciável parcela de verdade integral.” (Jônatas
“Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo.” Serrano)
(Vivaldo Coaraci) “Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o respeitava
Desprezam-me, por isso que sou pobre. menos.” (Ondina Ferreira) (Se o via = embora o visse.)
Não posso ir hoje, tanto mais que meu filho está doente. Ajudava-os em tudo, sem que isso fosse de minha obrigação.
Não encontrei o livro em nenhuma loja, pela simples razão Júlio César resolveu passar o Rubicão, fossem quais fossem
que ele não existe. as conseqüências.
2. Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para O responsável deve ser punido, quem quer que seja.
a ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, Por incrível que pareça, eles não sabiam o nome de sua
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. cidade.
“Chovesse ou fizesse sol, o Major não faltava.” (Povina
Irei à sua casa / se não chover. Cavalcânti)
OP OSA Condicional “Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente
confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos ofensores. 4. Conformativas: Expressam a conformidade de um fato
Se o conhecesses, não o condenarias. com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de
Andrade) O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência OP OSA Conformativa
tenha êxito.
Você pode ir, contanto que (ou desde que) volte cedo. O homem age conforme pensa.
Não sairei de meu consultório, a menos que (ou a não ser Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
que) haja casos urgentes. Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
Poderão chegar lá ainda hoje, salvo se acontecer algum O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação.
imprevisto. Vim hoje, conforme lhe prometi.
Não poderás ser bom médico, sem que estudes muito. “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar anos
“Se convidada, (a menina) senta no colo da gente, conversa depois.” (Machado de Assis)
um pouco e logo sai correndo.” (Raquel de Queirós) (se convidada Segundo ouvi dizer, Fleming descobriu a penicilina por
= se for convidada) acaso.
Não fosse a perícia do guia, talvez teríamos perecido todos. Consoante opinam alguns, a História se repete.
“Escrevesse eu esses livros e estaria rico.” (Autran Dourado) “Como deveis saber, há em todas as coisas um sentido
“Houvesse chegado um minuto antes, ou um minuto filosófico.” (Machado de Assis)
depois, e tudo teria sido diferente.” (Viana Moog) “Um eclipse da Lua pode ser total o parcial, conforme a Lua
“A carinha (de Neuma) podia ser de chinesa, fossem os olhos fique ou não completamente mergulhada no cone de sombra
mais enviesados.” (Raquel de Queirós) (fossem os olhos = se da Terra.” (Ronaldo de Freitas Mourão)
fossem os olhos) 5. Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
3. Concessivas: Expressam idéia ou fato contrário ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim
da oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que).
que, mesmo que.
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. OP OSA Temporal
OP OSA Concessiva
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que ou “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
se bem que) não o conhecesse pessoalmente. esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês
arriscou uma opinião. de Maricá)
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando ou Enquanto foi rico, todos o procuravam.
ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. Um dos garimpeiros falou, enquanto os outros escutavam
Por mais que gritasse, não me ouviram. silenciosos.
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Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias. Tinha um filho, podia erguê-lo ao sol, sem que a guerra o
Todas as vezes que agredimos a natureza, ela se volta arrebatasse.” José Geraldo Vieira)
contra nós. Não vão a uma festa que não voltem bêbedos. (que não =
Mal chegamos ao local, vimos toda a extensão da catástrofe. sem que)
Ela me reconheceu apenas (ou mal ou logo que ou assim “Não podia fitá-lo sem que (ou que não) risse.” (Celso Luft)
que) lhe dirigi a palavra. “Não se sentava que não enterasse a cara nas mãos.” (José
Minha mãe ficava acordada até que eu voltasse. Américo)
“Deolindo veio à terra tão depressa alcançou a licença.” “Bebia que era uma lástima!” (Ribeiro Couto)
(Machado de Assis) Falou com uma calma e frieza que todos ficaram atônitos.
“Nem bem sentou-se no banco, o moço ergueu-se rápido.” “Tenho medo disso que me pélo!” (Coelho Neto)
(José Fonseca Fernandes) “Essa gente fazia um barulho, que assustava os transeuntes...”
Agora que estás de férias, que pretendes fazer? (Graciliano Ramos)
“Ela acalentou o bebê, manteve-o apertado contra o peito, ao
mesmo tempo que lhe afagava os cabelos.” (Helena Jobim) 8. Comparativas: Expressam idéia de comparação com
Por que ela ainda não apareceu desde que estamos aqui? referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal
“Desde que não confia nele manda-o embora e chama outro.” como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com
(Ramalho Ortigão) menos ou mais).
6. Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de Ela é bonita / como a mãe.
que, porque (=para que), que. OP OSA Comparativa
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
OP OSA Final (Marquês de Maricá)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” (Marquês Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
de Maricá) Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. daquele olhar.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = para “Nos Estados Unidos há universidades para todas as
que) inteligências como há hotéis para todas as bolsas.” (Eduardo
“Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as recepções Prado)
da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não O lugar é tal qual (ou tal como) você o descreveu.
deixasse) Certos cantores gesticulam mais do que cantam.
“Quando sentiu que ia chegando, cruzou os braços no peito, Rui voltou para casa como quem vai para a prisão.
não fosse o coração saltar-lhe.” (José Geraldo Vieira)
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
7. Consecutivas: Expressam a conseqüência do que foi claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= subentendido o verbo ser (como a mãe é).
porque), pois que, visto que. 9. Proporcionais: Expressam uma idéia que se relaciona
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções:
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto
OP OSA Consecutiva menos.
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José OSA Proporcional OP
J. Veiga)
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. À medida que se vive, mais se aprende.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
prolongar minha viagem. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que ou de diminuindo.
forma que ou de maneira que) não saí de casa.
“Corria para a rua, para o trabalho, para o tumulto, a estontear- Orações Subordinadas Substantivas
se, de modo que lhe fosse difícil encontrar-se a sós consigo.”
(Fernando Namora) As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas
“Ainda assim, não andei tão depressa que amarrotasse as que, num período, exercem funções sintáticas próprias de
calças.” (Machado de Assis) substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
“Não esperava, tanto que me pediu um prazinho para a integrantes que e se. Elas podem ser:
resposta.” (Amadeu de Queirós) 1. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É
“Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?” (Castro aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
Alves) principal. Observe:
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O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto) É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
necessária.)
O grupo quer / que você ajude. Parece que a situação melhorou.
OP OSS Objetiva Direta Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O mestre Às vezes sucedia que um de nós se machucava.
exigia a presença de todos.) Não consta que ele fosse anti-religioso.
Mariana esperou que o marido voltasse. Convém que sigas uma profissão.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. É bom que você venha.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. Não é segredo que os dois não se entendem.
Perguntaram quem era o dono da fábrica. Ficou provado que os documentos eram falsos.
Indaguei de quem eram aqueles quadros. 4. Oração Subordinada Substantiva Completiva
Veja que horas são. Nominal: É aquela que exerce a função de complemento nominal
Não posso dizer qual delas é a mais feia. de um termo da oração principal. Observe:
Ignoro quantos são os desabrigados.
O freguês perguntou quanto custava aquele relógio. Estou convencido de sua inocência. (complemento nominal)
Ignoramos como se salvaram.
2. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: Estou convencido / de que ele é inocente.
É aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração OP OSS Completiva Nominal
principal. Observe:
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
Necessito de sua ajuda. (objeto indireto) dele.)
Estava ansioso por que voltasses.
Necessito / de que você me ajude. Sê grato a quem te ensina.
OP OSS Objetiva Inireta “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.”
(Graciliano Ramos)
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua “Deixei-me estar em casa, desde a tarde, na esperança de que
viagem.) me chamasse.” (Antônio Olavo Pereira)
Aconselha-o a que trabalhe mais. “Estava convencido de que um dia lhe dariam razão.”
Daremos o prêmio a quem o merecer. (Herberto Sales)
Lembre-se de que a vida é breve. “Mariana teve a sensação de que alguém a observava.” (Ana
O santo exortava o povo a que se mantivesse fiel a Deus. Miranda)
O soldado insistia em que a prisão fosse feita. “O romano estava intimamente convencido de que era
“O coronel Ferreira avisava-o de que se acautelasse.” superior a todos os outros povos.” (Jônatas Serrano)
(Camilo Castelo Branco) “É inútil uma coleção de armas para quem já não caça
“Alguém me convencera de que eu devia jejuar.” (Graciliano mais.” (Maria de Lourdes Teixeira)
Ramos) “Há necessidade de quem é luz do mundo e sal da terra.”
“Abriu-se o templo a quem quer que cresse em Deus.” (Dom Eugênio Sales)
(Jônatas Serrano) 5. Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É
3. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe:
Observe:
O importante é sua felicidade. (predicativo)
É importante sua colaboração. (sujeito)
O importante é / que você seja feliz.
É importante / que você colabore. OP OSS Predicativa
OP OSS Subjetiva
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
A oração subjetiva geralmente vem: Minha esperança era que ele desistisse.
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que Não sou quem você pensa.
ele voltará amanhã. Arnaldo foi quem trabalhou menos.
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- Para alguns a pátria é onde se está bem.
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. “O certo é que a pacata fisionomia da cidadezinha ganhou
- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, animação.” (Carlos Povina Cavalcânti)
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos A expectativa é de que a safra agrícola aumente.
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem da “A impressão é de que uma e outra seriam a mesma coisa.”
reunião. (Carlos Castelo Branco)
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6. Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela Pedra que rola não cria limo.
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Observe: carnívoros.
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício do país. escreveram.
(aposto) “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Mariano)
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do “Escolheu a rua que o levaria ao bairro dos clubes.”
país. (Fernando Namora)
OP OSS Apositiva “As pessoas a que a gente se dirige sorriem.” (Graciliano
Ramos)
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma “A vida me ensinou a conhecer os homens com os quais eu
coisa: a sua felicidade) lido.” (Josué Guimarães)
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. “Existem coisas cujo alcance nos escapa; nem por isso
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de deixam de existir.” (Inácio de Loyola Brandão)
que virias a morrer...” (Osmã Lins) 2. Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
oculto?” (Machado de Assis) referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
“A notícia veio de supetão: iam meter-me na escola.” restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
(Graciliano Ramos)
“E confesso uma verdade: eu era um homem puro.” (Carlos O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
Povina Cavalcânti) novo livro.
OP OSA Explicativa OP
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração Deus, que é nosso pai, nos salvará.
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a saúde, Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
tornou-se realidade. Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as “Olhou a caatinga amarela, que o poente avermelhava.”
orações substantivas podem ser introduzidas por outros conectivos, (Graciliano Ramos)
tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: “Mariana sentou-se no catre, ao lado qual estava o baú de
Não sei quando ele chegou. roupas.” (Ana Miranda)
Diga-me como resolver esse problema.
Orações Reduzidas
Orações Subordinadas Adjetivas
Observe que as orações subordinadas eram sempre introduzidas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a por uma conjunção ou pronome relativo e apresentavam o verbo
função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. numa forma do indicativo ou do subjuntivo. Além desse tipo de
Observe como podemos transformar um adjunto adnominal em orações subordinadas há outras que se apresentam com o verbo
oração subordinada adjetiva: numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) Exemplos:
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada adjetiva)
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas (infinitivo)
por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem - Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
ser classificadas em: - Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
1. Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas (particípio)
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se
referem. Exemplo: As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das
formas nominais são chamadas de reduzidas.
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
OP OSA Restritiva devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos a
conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e passamos
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, conforme
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação da oração
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. desenvolvida.
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Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. O período agora é composto por coordenação, pois a oração
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês. iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou
OSA Temporal na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela ter
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal, chorado.
reduzida de infinitivo.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
Precisando de ajuda, telefone-me. OP OSA Comparativa OSA Condicional
Se precisar de ajuda, / telefone-me.
OSA Condicional EXERCÍCIOS
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial 1. (UF-MG) A oração sublinhada está corretamente
condicional, reduzida de gerúndio. classificada, EXCETO em:
a. Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa /
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. oração subordinada adverbial condicional
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o b. Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa
vestiário. / oração subordinada substantiva objetiva direta
OSA Temporal c. Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis / oração
subordinada adjetiva restritiva
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, d. Via-se muito que D. Glória era alcoviteira / oração
reduzida de particípio. subordinada substantiva subjetiva
e. A idéia é tão santa que não está mal no santuário / oração
Observações: subordinada adverbial consecutiva
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de 2. (UF-MG) Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas fixas, que estava para ser mãe”, a oração destacada é:
isto é, orações reduzidas que não são passíveis de desenvolvimento. a) subordinada substantiva objetiva indireta
Exemplo: Tenho vontade de visitar essa cidade. b) subordinada substantiva completiva nominal
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações c) subordinada substantiva predicativa
reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. Exemplos: d) coordenada sindética conclusiva
Preciso terminar este exercício. e) coordenada sindética explicativa
Ele está jantando na sala.
Essa casa foi construída por meu pai. 3. (FM-SANTOS) A segunda oração do período? “Não sei no
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma que pensas”, é classificada como:
reduzida. Exemplo: a) substantiva objetiva direta
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. b) substantiva completiva nominal
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração c) adjetiva restritiva
coordenada sindética aditiva) d) coordenada explicativa
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de e) substantiva objetiva indireta
gerúndio.
4. (MACK) “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude
Dúvidas: Qual é a diferença entre as orações coordenadas inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido
explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas na realidade.” A oração sublinhada é:
podem ser iniciadas por que e porque? a) adverbial conformativa
Às vezes não é fácil estabelecer a diferença entre explicativas b) adjetiva
e causais, mas como o próprio nome indica, as causais sempre c) adverbial consecutiva
trazem a causa de algo que se revela na oração principal, que traz d) adverbial proporcional
o efeito. e) adverbial causal
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
5. (AMAN) No seguinte grupo de orações destacadas:
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
1. É bom que você venha.
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto
2. Chegados que fomos, entramos na escola.
por coordenação. Exemplo:
3. Não esqueças que é falível.
Rosa chorou porque levou uma surra.
Temos orações subordinadas, respectivamente:
a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto
b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal
d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta
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6. (SANTA CASA) A palavra “se” é conjunção integrante ( ) Perguntamos como chegaste aqui.
(por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em ( ) Percorrera as salas como eu mandara.
qual das orações seguintes? ( ) Tinha-o como amigo.
a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão. ( ) Como estivesse frio, fiquei em casa.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. ( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.
c) O aluno fez-se passar por doutor.
d) Precisa-se de operários. a) 2 - 4 - 5 - 3 - 1
e) Não sei se o vinho está bom. b) 4 - 5 - 3 - 1 - 2
c) 5 - 3 - 1 - 2 - 4
7. (UF-UBERLÂNDIA) “Lembro-me de que ele só usava d) 3 - 1 - 2 - 4 - 5
camisas brancas.” A oração sublinhada é: e) 1 - 2 - 4 - 5 - 3
a) subordinada substantiva completiva nominal
b) subordinada substantiva objetiva indireta 12. (FCS ANHEMBI) Em - “Há enganos que nos deleitam”,
c) subordinada substantiva predicativa a oração grifada é:
d) subordinada substantiva subjetiva a) substantiva subjetiva
e) subordinada substantiva objetiva direta b) substantiva objetiva direta
c) substantiva completiva nominal
8. (FMU) Na passagem: “O receio é substituído pelo pavor, d) substantiva apositiva
pelo respeito, pela emoção que emudece e paralisa.” Os termos e) adjetiva restritiva
sublinhados são:
a) complementos nominais; orações subordinadas 13. (FATEC) Considerando como conjunção integrante aquela
adverbiais concessivas, coordenadas entre si que inicia uma oração subordinada substantiva, indique em qual
b) adjuntos adnominais; orações subordinadas adverbiais das opções nenhum se tem esta função:
comparativas a) Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu.
c) agentes da passiva; orações subordinadas adjetivas, b) Comenta-se que ele se feria de propósito.
coordenadas entre si c) Se vai ou fica é o que eu gostaria de saber.
d) objetos diretos; orações subordinadas adjetivas, d) Saberia me dizer se ele já foi?
coordenadas entre si e) n.d.a
e) objetos indiretos; orações subordinadas adverbiais
14. (CESCEA) Aponte a alternativa em que ocorre o adjunto
comparativas
adverbial de causa:
a) Comprou livros com dinheiro
9. (UF-GO) Neste período “não bate para cortar”, a oração
b) O poço secou com o calor e) Pedro é efetivamente bom.
“para cortar” em relação a “não bate”, é:
c) Estou sem amigos.
a) a causa
d) Vou ao Rio.
b) o modo
e) Pedro é efetivamente bom.
c) a conseqüência
d) a explicação 15. (FMU) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De
e) a finalidade um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito desta afirmação
com que se inicia o Hino Nacional é:
10. (UF-MG) Em todos os períodos há orações subordinadas a) indeterminado
substantivas, exceto em: b) um povo heróico e) o brado retumbante
a) O fato era que a escravatura do Santa Fé não andava nas c) as margens plácidas do Ipiranga
festas do Pilar, não vivia no coco como a do Santa Rosa. d) do Ipiranga
b) Não lhe tocara no assunto, mas teve vontade de tomar o e) o brado retumbante
trem e ir valer-se do presidente.
c) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha, faria (FGV) Texto para as questões 16 a 18:
o mesmo com o engenho que ele fundara com o suor de seu rosto. “Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos
d) O oficial perguntou de onde vinha, e se não sabia notícias deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera /
de Antônio Silvino. Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a
e) Era difícil para o ladrão procurar os engenhos da várzea, verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para
ou meter-se para os lados de Goiana meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa”
(Camões)
11. (FECAP) Classifique as palavras como nas construções 16. No último verso da segunda estrofe “como a tua”
seguintes, numerando, convenientemente, os parênteses: sintaticamente é:
a) adjunto adnominal de modo
1) preposição 2) conj. subord. causal 3) conj. subord. b) adjunto adverbial de modo
conformativa c) oração subordinada substantiva indireta
4) conj. coord. aditiva 5) adv. interrogativo de modo d) oração subordinada adverbial consecutiva
e) oração subordinada adverbial comparativa
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17. “Para meus olhos”, no terceiro verso da segunda estrofe 24. (FUVEST) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que
é: se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.”,
a) complemento nominal a segunda oração é:
b) objeto indireto a) subordinada adverbial causal
c) oração subordinada substantiva predicativa b) subordinada adverbial consecutiva
d) oração subordinada substantiva objetiva indireta
e) predicativo c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial comparativa
18. (FGV) Leia com atenção: “Nesta empresa, todos os e) subordinada adverbial subjetiva
cargos que aspiro estão ocupados.” Na frase acima, há um erro de
regência verbal, pois o verbo aspirar, neste caso pede: 25. (FUVEST) “Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à
a) objeto direto rua.”
b) predicativo do sujeito a) reduzida de gerúndio, conformativa
c) objeto indireto b) subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada substantiva subjetiva
e) adjunto adverbial de finalidade c) subordinada adverbial causal
d) reduzida de gerúndio, concessiva
(FGV) Texto para as questões 19 a 22: e) reduzida de gerúndio, final
“Tomo a liberdade de perguntar a V. Exa. se as locuções
repolhudas do ilustre colega são parlamentares; e, se o são, peço 26. (PUC) Assinale a alternativa em que a subordinada não
ainda a mercê de se me dizer onde se estudam aquelas farfalhices.” traduza idéia de conseqüência, comparação, concessão e causa:
(Camilo Castelo Branco) a. Porquanto, não fosse um ancião convencional, enterrou-
19. “de perguntar a V. Exa.” é oração subordinada:
se de sobrecasaca e polainas.
a) substantiva objetiva indireta, reduzida de infinitivo
b) substantiva completiva nominal, reduzida de infinitivo b. Desde que era um ancião convencional, enterrou-se de
c) adverbial causal, reduzida de infinitivo sobrecasaca e polainas.
d) adjetiva explicativa, reduzida de infinitivo c. Ele era um ancião tão convencional que se enterrou de
e) substantiva apositiva sobrecasaca e polainas
d. Ele era um ancião mais convencional do que o que se
20. A oração “se as locuções repolhudas do ilustre colega são enterrou de sobrecasaca e polainas
parlamentares”, é: e. Ele era um ancião convencional, na medida em que se
a) subordinada substantiva objetiva direta
enterrou de sobrecasaca e polainas
b) subordinada substantiva predicativa
c) subordinada adverbial causal
d) subordinada adverbial condicional 27. (FUVEST) Na frase “Entrando na faculdade, procurarei
e) subordinada adverbial consecutiva emprego.”, a oração subordinada indica idéia de:
a) concessão
21. A oração “se o são” é: b) oposição
a) subordinada substantiva objetiva direta c) condição
b) subordinada substantiva predicativa d) lugar
c) subordinada adverbial consecutiva
e) conseqüência
d) subordinada adverbial causal
e) subordinada adverbial condicional
28. (UM-PIRACICABA) I - Apresento-lhe Lúcia. II - Faço
22. A oração “de se me dizer” é: tudo por um sorriso de Lúcia. Se juntarmos as duas orações num
a) subordinada substantiva objetiva direta só período, usando um pronome relativo, teremos:
b) subordinada substantiva objetiva indireta a) Apresento-lhe Lúcia, a quem faço tudo pelo sorriso dela.
c) subordinada adverbial condicional b) Apresento-lhe Lúcia, que pelo sorriso dela faço tudo.
d) subordinada substantiva apositiva c) Apresento-lhe Lúcia, a qual faço tudo pelo seu sorriso.
e) subordinada substantiva completiva nominal
d) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo por ele.
23. (FUVEST) Classifique as orações em destaque do período e) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo.
seguinte: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os
empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, 29. (EFOA-MG) “Quando vejo certos colegas mostrando
uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu.” com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço ...” O período que
a) principal, subordinada adverbial final apresenta uma oração com a mesma classificação da sublinhada na
b) principal, subordinada substantiva objetiva direta citação acima é:
c) subordinada adverbial temporal, subordinada adjetiva a) “Mal o sol fugia, começavam as toadas das cantigas.”
restritiva b) “Caso o encontre, dê-lhe o recado.”
d) subordinada adverbial temporal, subordinada objetiva c) “Dado que a polícia venha, prenderemos o assassino.”
direta d) “Uma vez que cheguem os reforços, atacaremos a praça.”
e) subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva e) “Contar-lhe-ei o caso, conquanto você guarde segredo.”
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30. (UFE-PA) No trecho “Cecília ... viu do lado oposto do d. O momento foi tão intenso que ele teve medo -
rochedo Peri, que a olhava com uma admiração ardente”, a oração subordinada adverbial consecutiva
grifada expressa uma: e. Solta que você está me machucando - coordenada
a) causa sindética explicativa
b) oposição
c) condição 36. (FUVEST) No período: “Ainda que fosse bom jogador,
d) lugar não ganharia a partida”, a oração destacada encerra idéia de:
e) explicação a) causa
b) concessão
31. (UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os períodos c) fim
abaixo: d) condição
Caso haja justiça social, haverá paz. e) proporção
Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não
fornece uma reprodução fiel da realidade. 37. (PUC) No período: “Apesar disso a palestra de Seu
Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se Ribeiro e D. Glória é bastante clara”, a palavra grifada veicula
escutou um único ruído. uma idéia de:
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as a) concessão
circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: b) comparação
a) tempo, concessão, comparação c) conseqüência
b) tempo, causa, concessão d) condição
c) condição, conseqüência, comparação e) modo
d) condição, concessão, causa
e) concessão, causa, conformidade 38. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Penso, logo existo”,
oração em destaque é:
32. (UE PONTA GROSSA-PR) Em “É possível que
a) coordenada sindética conclusiva
comunicassem sobre políticos”, a segunda oração é:
b) coordenada sindética aditiva
a) subordinada substantiva subjetiva
c) coordenada sindética alternativa
b) subordinada adverbial predicativa
d) coordenada sindética adversativa
c) subordinada substantiva predicativa
e) n.d.a
d) principal
e) subordinada substantiva objetiva direta
39. (FCE-SP) “Os homens sempre se esquecem de que somos
todos mortais.” A oração destacada é:
33. (UE PONTA GROSSA-PR) Quando o enterro passou / Os
homens que se achavam no café / Tiraram o chapéu maquinalmente a) substantiva completiva nominal
(Manuel Bandeira) b) substantiva objetiva indireta
A oração que se achavam no café é: c) substantiva predicativa
a) subordinada adverbial condicional d) substantiva objetiva direta
b) coordenada sindética adversativa e) substantiva subjetiva
c) subordinada substantiva subjetiva
d) subordinada substantiva objetiva direta 40. (FEI-SP) “Estou seguro de que a sabedoria dos
e) subordinada adjetiva restritiva legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante
medida.” A oração em destaque é substantiva:
34. (UNIMEP) I - Mário estudou muito e foi reprovado! a) objetiva indireta
II - Mário estudou muito e foi aprovado. Em I e II, a conjunção e b) completiva nominal
tem, respectivamente, valor: c) objetiva direta
a) aditivo e conclusivo d) subjetiva
b) adversativo e aditivo e) apositiva
c) aditivo e aditivo
d) adversativo e conclusivo 41. (UC-MG) Há oração subordinada substantiva apositiva
e) concessivo e causal em:
a. Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde
35. (UC-MG) A classificação da oração grifada está correta poderemos falar à vontade?
em todas as opções, exceto em: b. Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como
a. Ela sabia que ele estava fazendo o certo - subordinada pasmados.
substantiva objetiva indireta c. As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos.
b. Era a primeira vez que ficava assim tão perto de uma d. Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não
mulher - subordinada substantiva subjetiva admira que ela me preferisse.
c. Mas não estava neles modificar um namoro que nascera e. Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença
difícil, cercado, travado - subordinada adjetiva fosse notada.
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42. (UF-PA) Qual o período em que há oração subordinada c. “Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro
substantiva predicativa? Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. dele e a cozinha.”
b) Sou favorável a que o aprovem. d. “Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando
c) Desejo-te isto: que sejas feliz. milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto.”
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do e. “Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei
vestibular. pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas.”
e) Lembre-se de que tudo passa nesse mundo.
48. (CESGRANRIO) Assinale o período em que ocorre a
43. (UF-PA) Há no período uma oração subordinada adjetiva: mesma relação significativa indicada pelos termos destacados
a) Ele falou que compraria a casa. em: “A atividade científica é tão natural quanto qualquer outra
b) Não fale alto, que ela pode ouvir. atividade econômica.”
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi promovido.
d) Em time que ganha não se mexe. b) Quanto mais estuda, menos aprende.
e) Parece que a prova não está difícil. c) Tenho tudo quanto quero.
d) Sabia a lição tão bem como eu.
44. (PUC) Nos trechos: “... não é impossível que a notícia e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo.
da morte me deixasse alguma tranqüilidade, alívio e um ou dois
minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”. 49. (UMC-SP) Assinale o período em que há oração
A palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações: subordinada adverbial consecutiva:
a. subordinada substantiva subjetiva, subordinada a) Diz-se que você não estuda.
substantiva objetiva direta b) Falam que você não estuda.
b. subordinada substantiva objetiva direta, subordinada c) Fala-se tanto que você não estuda.
substantiva objetiva direta d) Comeu que ficou doente.
c. subordinada substantiva subjetiva, subordinada e) Quando saíres, irei contigo.
substantiva predicativa
50. (F. LUIZ MENEGUEL-PR) No período “Embora lhe
d. subordinada substantiva completiva nominal,
desaprovassem a forma, justificavam-lhe a essência”, podemos
subordinada adjetiva explicativa
afirmar que ocorre uma oração:
e. subordinada adjetiva explicativa, subordinada
a) coordenada explicativa
substantiva predicativa
b) coordenada adversativa
c) subordinada adverbial conformativa
45. (PUC) Assinale a alternativa que apresenta um período
d) subordinada adverbial concessiva
composto onde uma das orações é subordinada adjetiva:
e) subordinada integrante
a. “... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário,
digo a todas como sou”. RESPOSTAS
b. “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que
ainda há pouco mostrei.” (1-A) (2-B) (3-E) (4-A) (5-D) (6-E) (7-B) (8-C) (9-E) (10-C)
c. “... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante (11-C) (12-E) (13-B) (14-B) (15-C) (16-E) (17-A) (18-C) (19-B)
e incapaz de amar três dias um mesmo objeto”. (20-A) (21-E) (22-E) (23-D) (24-B) (25-D) (26-E) (27-C) (28-E)
d. “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós (29-A) (30-E) (31-D) (32-A) (33-E) (34-B) (35-A) (36-B) (37-A)
enganais e eu desengano.” (38-A) (39-B) (40-B) (41-E) (42-A) (43-D) (44-A) (45-B) (46-B)
e. “ - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os (47-A) (48-D) (49-D) (50-D)
três...”
46. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Todos tinham certeza de
que seriam aprovados”, a oração destacada é: PONTUAÇÃO
a) substantiva objetiva indireta
b) substantiva completiva nominal
c) substantiva apositiva
d) substantiva subjetiva Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita
e) n.d.a as pausas da linguagem oral.
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• Quando se intercala num texto uma idéia ou indicação 4. (ABC-SP) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente
acessória: pontuada:
“E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema
morrendo de fome.” (C. Lispector) planetário.
• Para isolar orações intercaladas: b) Ele, modestamente se retirou.
“Estou certo que eu (se lhe ponho c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.
Minha mão na testa alçada) d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.
Sou eu para ela.” (M. Bandeira) e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes
alemães.
COLCHETES [ ] 5. (BB) “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. que há criatividade”. Cabem no máximo:
a) 3 vírgulas
ASTERISCO b) 4 vírgulas
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do c) 2 vírgulas
leitor para alguma nota (observação). d) 1 vírgula
e) 5 vírgulas
BARRA
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em 6. (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontuação correta:
algumas abreviaturas. a. Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma
comadre, minha avó.
EXERCÍCIOS b. Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me:
provocava risos, muxoxos, palavrões.
c. A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação: deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas
Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, roupas e o seu calçado.
crescerão sempre... d. Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam
a) No Brasil, a diferença social é motivo de constante muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC,
preocupação. triturados soltos no ar.
b) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no e. Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde
IBGE. notei, que me achava lá, numa sala pequena.
c) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora
a mudar. 7. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está
d) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências pontuada corretamente:
serão tomadas. a. Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado
do concurso.
b. Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado
2. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de
do concurso.
pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não
c. Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado
cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: Aos poucos do concurso.
.... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se d. Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do
necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de concurso, em fila.
trabalhadores ..... os imigrantes. e. Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado
a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula do concurso.
b) O - O - dois pontos - vírgula
c) vírgula, vírgula - O - dois pontos (CARLOS CHAGAS-BA) Instruções para as questões
d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos de números 8 e 9: Os períodos abaixo apresentam diferenças
e) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período de
pontuação correta:
3. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de pontuação 8.
que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não havendo a. Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a
reunião ficou mais animada.
sinal, O indicará essa inexistência. Na época da colonização ..... os
b. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião
negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... ficou mais animada.
indiscutivelmente ..... de forma diferente. c. Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a
a) O - O - vírgula - vírgula reunião ficou mais animada.
b) O - dois pontos - O - vírgula d. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião,
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula ficou mais animada.
d) vírgula - vírgula - O - O e. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião
e) vírgula - O - vírgula – vírgula ficou, mais animada.
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12.
a. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque, conhece CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
pouco os deveres da hospitalidade.
b. Entra a propósito disse Alves, o seu moleque conhece
pouco os deveres da hospitalidade.
c. Entra a propósito, disse Alves o seu moleque conhece A concordância consiste no mecanismo que leva as palavras a
pouco os deveres da hospitalidade. adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal.
d. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece É o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se
pouco os deveres da hospitalidade. harmonizam, nas suas flexões, com as palavras de que dependem.
e. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece “Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na
pouco, os deveres da hospitalidade. concordância, tanto nominal quanto verbal, os elementos que
compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros.
13. Essa concordância poderá ser feita de duas formas: gramatical
a. Prima faça calar titio suplicou o moço, com um leve ou lógica (segue os padrões gramaticais vigentes); atrativa ou
sorriso que imediatamente se lhe apagou. ideológica (dá ênfase a apenas um dos vários elementos, com valor
b. Prima, faça calar titio, suplicou o moço com um leve estilístico).
sorriso que imediatamente se lhe apagou.
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Concordância Nominal – adequação entre o substantivo e os Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou daquela
elementos que a ele se referem (artigo, pronome, adjetivo). concordância, mas em todos os casos deve subordinar-se às
Concordância Verbal – variação do verbo, conformando-se exigências da eufonia, da clareza e do bom gosto.
ao número e à pessoa do sujeito.
Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo
CONCORDÂNCIA NOMINAL substantivo determinado pelo artigo, ocorrem dois tipos de
construção, um e outro legítimos. Exemplos:
Concordância do adjetivo adjunto adnominal: a Estudo as línguas inglesa e francesa.
concordância do adjetivo, com a função de adjunto adnominal, Estudo a língua inglesa e a francesa.
efetua-se de acordo com as seguintes regras gerais: Os dedos indicador e médio estavam feridos.
O dedo indicador e o médio estavam feridos.
• O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo a que se refere. Exemplo: O alto ipê cobre-se de flores Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a
amarelas. pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que, etc.),
normalmente ficam no masculino singular:
• O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de Sua vida nada tem de misterioso.
gênero ou número diferentes, quando posposto, poderá concordar Seus olhos têm algo de sedutor.
no masculino plural (concordância mais aconselhada), ou com o Todavia, por atração, podem esses adjetivos concordar com o
substantivo mais próximo. Exemplo: substantivo (ou pronome) sujeito:
“Elas nada tinham de ingênuas.” (José Gualda Dantas)
No masculino plural: “Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.” (Mário
“Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os Barreto)
vestidos decotados.” (Machado de Assis) “Júlia tinha tanto de magra e sardenta, quanto de feia.”
“Os arreios e as bagagens espalhados no chão, em roda.” (Ribeiro Couto)
(Herman Lima) “Tanto tinha minha tia de emperiquitada quanto minha avó
“Ainda assim, apareci com o rosto e as mãos muito marcados.” de desmanzelada consigo mesma.” (Pedro Nava)
(Carlos Povina Cavalcânti) “...esses números nada têm de precisos.” (Josué de Castro)
“...grande número de camareiros e camareiras nativos.”
(Érico Veríssimo) Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a
“...um padre-nosso e uma ave-maria oferecidos a Nossa concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se
Senhora.” (Machado de Assis) consoante as seguintes normas:
“Uma solicitude e um interesse mais que fraternos.” (Mário
de Alencar) • O predicativo concorda em gênero e número com o
“...asas e peito matizados de riscas brancas.” (Lúcio de sujeito simples:
Mendonça) A ciência sem consciência é desastrosa.
A atriz possui muitas jóias e vestidos caros. Os campos estavam floridos, as colheitas seriam fartas.
“...à descoberta de rios e terras ainda desconhecidos.” (José É proibida a caça nesta reserva.
de Alencar)
“...esperavam-nos alguns tios e tias maternos, com os quais • Quando o sujeito é composto e constituído por
fomos viver.” (Humberto de Campos) substantivos do mesmo gênero, o predicativo deve concordar no
plural e no gênero deles:
Com o substantivo mais próximo: O mar e o céu estavam serenos.
A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta. A ciência e a virtude são necessárias.
Músicos e bailarinas ciganas animavam a festa. “Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens
“...toda ela (a casa) cheirando ainda a cal, a tinta e a barro sem disciplina,” (Alexandre Herculano)
fresco.” (Humberto de Campos)
“Meu primo estava saudoso dos tempos da infância e falava • Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos
dos irmãos e irmãs falecidas.” (Luís Henrique Tavares) de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino plural:
O vale e a montanha são frescos.
• Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em “O céu e as árvores ficariam assombrados.” (Machado de
geral, com o mais próximo: Assis)
“Escolhestes mau lugar e hora...” (Alexandre Herculano) Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro.
“...acerca do possível ladrão ou ladrões.” (Antônio Calado) “O César e a irmã são louros.” (Antônio Olinto)
Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras. O garoto e as meninas avançaram cautelosos.
Velhos livros e revistas enchiam as prateleiras. Menos comum é a concordância com o substantivo mais
próximo, o que só é possível quando o predicativo se antecipa ao
Seguem esta regra os pronomes adjetivos: A sua idade, sexo e sujeito:
profissão.; Seus planos e tentativas.; Aqueles vícios e ambições.; “Era deserta a vila, a casa, o templo.” (Gonçalves Dias)
Por que tanto ódio e perversidade?; “Seu Príncipe e filhos.” (Luís Onde andará metido Antônio e suas irmãs?
de Camões, Os Lusíadas, III, 124) Estavam molhadas as cortinas e os tapetes.
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• Se o sujeito for representado por um pronome de A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares.
tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem Deixe bem fechadas a porta e as janelas.
nos referimos:
Vossa Senhoria ficará satisfeito, eu lhe garanto. • Sendo o objeto composto e formado de elementos de
“Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz.” (Ariano gênero diversos, o adjetivo predicativo concordará no masculino
Suassuna) plural:
Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores de Tomei emprestados a régua e o compasso.
nossa confiança. Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha.
Vossa Alteza foi bondoso. (com referência a um príncipe) “Vi setas e carcás espedaçados”. (Gonçalves Dias)
Vossa Alteza foi muito severa. (com referência a uma Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas.
princesa) Encontrei pai e filha empenhados numa discussão.
“Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua expedição.”
(Vivaldo Coaraci) Se anteposto ao objeto, poderá o predicativo, neste caso,
concordar com o núcleo mais próximo:
O predicativo aparece às vezes na forma do masculino singular É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins.
nas estereotipadas locuções é bom, é necessário, é preciso, etc., Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos
embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural: substantivos variáveis em gênero e número:
Bebida alcoólica não é bom para o fígado. Temiam que as tomassem por malfeitoras.
“Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis) Considero autores do crime o comerciante e sua empregada.
“É preciso cautela com semelhantes doutrinas.” (Camilo
Castelo Branco) Concordância do particípio passivo: Na voz passiva, o
“Hormônios, às refeições, não é mau.” (Aníbal Machado) particípio concorda em gênero e número com o sujeito, como os
“É necessário muita fé.” (Mário Barreto) adjetivos:
“ Não seria preciso muita finura para perceber isso.” (Ciro Foi escolhida a rainha da festa.
dos Anjos) Foi feita a entrega dos convites.
Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado Os jogadores tinham sido convocados.
pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical da
O governo avisa que não serão permitidas invasões de
palavra, mas com o fato que se tem em mente:
propriedades.
Tomar hormônios às refeições não é mau.
Passadas duas semanas, procurei o devedor.
É necessário ter muita fé.
Minhas três coleções de selos são postas à venda.
O que não é admitido é a greve abusiva.
Havendo determinação do sujeito, ou sendo preciso realçar o
Foram vistas centenas de rapazes pedalando nas ruas.
predicativo, efetua-se a concordância normalmente:
É necessária a tua presença aqui. (= indispensável)
Quando o núcleo do sujeito é, como no último exemplo, um
“Se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente.”
(Eça de Queirós) coletivo numérico, pode-se, em geral, efetuar a concordância com
“Seriam precisos outros três homens.” (Aníbal Machado) o substantivo que o acompanha:
“São precisos também os nomes dos admiradores.” (Carlos Centenas de rapazes foram vistos pedalando nas ruas.
de Laet) Dezenas de soldados foram feridos em combate.
“Foram precisos milênios de luta contra a animalidade.”
(Rubem Braga) Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero diferentes,
“Só para consolidar as bases do palácio real, foram precisas o particípio concordará no masculino plural:
treze mil estacas.” (Ramalho Ortigão) Atingidos por mísseis, a corveta e o navio foram a pique.
“Mas achei natural que o clube e suas ilusões fossem
Concordância do predicativo com o objeto: A concordância leiloados.” (Carlos Drummond de Andrade)
do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto subordina-
se às seguintes regras gerais: Concordância do pronome com o nome:
• O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto • O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e
quando este é simples: número com o substantivo a que se refere:
Vi ancorados na baía os navios petrolíferos. “Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e
“Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.” deitou-o no jazido de sua esposa”. (José de Alencar)
(Carlos de Laet) “O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (José de
O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito. Alencar)
A noite torna visíveis os astros no céu límpido.
• O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de
• Quando o objeto é composto e constituído por elementos gêneros diferentes, flexiona-se no masculino plural:
do mesmo gênero, o adjetivo se flexiona no plural e no gênero dos “Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de
elementos: Oliveira)
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“A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-os tu em Observação: Forma a locução a sós [=sem mais companhia,
toda a sua sublimidade.” (Alexandre Herculano) sozinho]: Estávamos a sós. Jesus despediu a multidão e subiu ao
Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças, com os monte para orar a sós.
quais fiz boas amizades.
“Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio • Possível. Usado em expressões superlativas, este adjetivo
familiarmente, como se os tivesse visto.” (Graciliano Ramos) ora aparece invariável, ora flexionado:
Trazem presentes e flores e depositam-nos em torno dela. “A volta, esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais
requintados possível.” (Maria Helena Cardoso)
Observação: Os substantivos sendo sinônimos, o pronome “Estas frutas são as mais saborosas possível.” (Carlos Góis)
concorda com o mais próximo: “A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais
“Ó mortais, que cegueira e desatino é o nosso!” (Manuel grotescos possíveis.” (ledo Ivo)
Bernardes) “... e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos
os mais espontâneos possíveis.” (Ronaldo Miranda)
• Os pronomes um... outro, quando se referem a “De modo geral, as características do solo são as mais variadas
substantivos de gênero diferentes, concordam no masculino: possíveis.” (Murilo Melo Filho)
Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se As informações obtidas são as melhores (ou as piores)
um ao outro. possíveis.
“Repousavam bem perto um do outro a matéria e o Ele escolhia as tarefas menos penosas possíveis.
espírito.” (Alexandre Herculano)
Nito e Sônia casaram cedo: um por amor, o outro, por Como se vê dos exemplos citados, há nítida tendência, no
interesse. português de hoje, para se usar, neste caso, o adjetivo possível no
plural.
A locução um e outro, referida a indivíduos de sexos diferentes, O singular é de rigor quando a expressão superlativa inicia
permanece também no masculino: com a partícula o (o mais, o menos, o maior, o menor, etc.)
“A mulher do colchoeiro escovou-lhe o chapéu; e, quando Os prédios devem ficar o mais afastados possível.
ele [Rubião] saiu, um e outro agradeceram-lhe muito o benefício
Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível.
da salvação do filho.” (Machado de Assis)
O médico atendeu o maior número de pacientes possível.
O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem
• Adjetivos adverbiados. Certos adjetivos, como sério,
outro fica no singular. Exemplos:
claro, caro, barato, alto, raro, etc., quando usados com a função de
Um e outro livro me agradaram.
advérbios terminados em – mente, ficam invariáveis:
Nem um nem outro livro me agradaram.
Vamos falar sério. [sério = seriamente]
Penso que falei bem claro, disse a secretária.
Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui
alguns casos especiais de concordância nominal: Esses produtos passam a custar mais caro. [ou mais barato]
Estas aves voam alto. [ou baixo]
• Anexo, incluso, leso. Como adjetivos, concordam com o Gilberto e Regina raro vão ao cinema.
substantivo em gênero e número: “Há pessoas que parecem nascer errado.” (Machado de Assis)
Anexa à presente, vai a relação das mercadorias.
Vão anexos os pareceres das comissões técnicas. Junto e direto ora funcionam como adjetivos, ora como
Remeto-lhe, anexas, duas cópias do contrato. advérbios:
Remeto-lhe, inclusa, uma fotocópia do recibo.
Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte. “Jorge e Dante saltaram juntos do carro.” (José Louzeiro)
Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria. “Era como se tivessem estado juntos na véspera.” (Autram
Dourado).
Observaçã: Evite a locução espúria em anexo. “Elas moram junto há algum tempo.” (José Gualda Dantas)
“Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe.” (Josué
• A olhos vistos. Locução adverbial invariável. Significa Guimarães)
visivelmente. “As gaivotas iam diretas como um dardo.” (Josué Guimarães)
“Lúcia emagrecia a olhos vistos”. (Coelho Neto) “Vamos carregar, juntas, nossa cruz.” (Maria José de Queirós)
“Zito envelhecia a olhos vistos.” (Autren Dourado) Junto, estou lhe enviando algumas fotos.
As fotos foram enviadas junto com a carta.
• Só. Como adjetivo, só [sozinho, único] concorda em
número com o substantivo. Como palavra denotativa de limitação, • Todo. No sentido de inteiramente, completamente,
equivalente de apenas, somente, é invariável. costuma-se flexionar, embora seja advérbio:
Eles estavam sós, na sala iluminada. Esses índios andam todos nus.
Esses dois livros, por si sós, bastariam para torná-los célebre. Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca.
Elas só passeiam de carro. As meninas iam todas de branco.
Só eles estavam na sala. A casinha ficava sob duas mangueiras, que a cobriam toda.
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O sujeito é composto e de pessoas diferentes “Nas classes burguesas é raro o rapaz ou a rapariga que não
saiba o latim e o francês.” (Ramalho Ortigão)
• Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo se “Não faltava argúcia ou malícia a quem era irmã de Júlia.”
flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. (A 1ª pessoa (Luís Jardim)
prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª prevale sobre a 3ª):
“Foi o que fizemos Capitu e eu.” (Machado de Assis) (ela e Núcleos do sujeito unidos pela preposição com
eu = nós)
“Tu e ele partireis juntos.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós) • Usa-se mais freqüentemente o verbo no plural quando se
Você e meu irmão não me compreendem. (você e ele = vocês) atribui a mesma importância, no processo verbal, aos elementos do
sujeito unidos pela preposição com. Exemplos:
Muitas vezes os escritores quebram a rigides dessa regra: Manuel com seu compadre construíram o barracão.
“Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo...” (Camilo
a) Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais Castelo Branco)
próximo, quando este se pospõe ao verbo: “Ele com mais dois acercaram-se da porta.” (Camilo Castelo
“O que resta da felicidade passada és tu e eles.” (Camilo Branco)
Castelo Branco)
“Faze uma arca de madeira; entra nela tu, tua mulher e teus Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar
filhos.” (Machado de Assis) relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o
verbo vier antes deste. Exemplos:
b) Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a missa.
ele = vocês em vez de tu + ele = vós): O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5h da tarde.
“...Deus e tu são testemunhas...” (Almeida Garrett) “Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com
“O que eu continuamente peço a Deus é que ele e tu sejam toda a corte.” (Luís de Camarões)
meus amigos.” (Camilo Castelo Branco) “À mesma porta por onde saíra a mulher com a filha,
“Juro que tu e tua mulher me pagam.” (Coelho Neto) chegaram outros pretendentes.” (Aníbal Machado)
“Nem tu nem Belkiss a vêem.” (Eugênio de Castro)
Núcleos do sujeito unidos por nem
As normas que a seguir traçamos têm, muitas vezes, valor
relativo, porquanto a escolha desta ou daquela concordância
• Quando o sujeito é formado por núcleos no singular
depende, freqüentemente, do contexto, da situação e do clima
unidos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no plural.
emocional que envolvem o falante ou o escrevente.
Exemplos:
Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.
Núcleos do sujeito unidos por ou
Nem eu nem ele o convidamos.
• Há duas situações a considerar: “Nem o mundo, nem Deus teriam força para me constranger
a tanto.” (Alexandre Herculano)
a) Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o “Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem praguejar
verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: alto.” (Eça de Queirós)
Paulo ou Antônio será o presidente. “Nem a mãe nem o pai tinham percebido sua ausência.”
O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. (Garcia de Paiva)
Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime. “Nem a mocidade, nem a fortuna tinham já forças para
“O chefe ou um dos delegados, não me lembra, era amigo do reanimar a sua vítima.” (Antônio Feliciano de Castilho)
Andrade.” (Machado de Assis) “Nem Hazerot nem Magog foram eleitos.” (Machado de
Assis)
b) O verbo irá para o plural se a idéia por ele expressa se
referir ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito: É preferível a concordância no singular:
“Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada forte
a atravessavam de ponta a ponta.” (Aníbal Machado) (Tanto um a) Quando o verbo precede o sujeito:
grito como uma gargalhada atravessavam a cidade.) “Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores,
“Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir- nem a pompa das folhas verdes...” (Machado de Assis)
lhe.” (Camilo Castelo Branco) Não o convidei eu nem minha esposa.
“Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem
Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa)
singular:
“A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos b) Quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser
individuais.” (Vivaldo Coaraci) atribuído a um dos elementos do sujeito:
“Há dessas reminiscências que não descansam antes que a Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada. (Só
pena ou a língua as publique.” (Machado de Assis) uma cidade pode sediar a Olimpíada.)
“Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. (Só um
dote.” (Viriato Correia) candidato pode ser eleito governador.)
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• O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito • Concorda no singualr o verbo cujo sujeito é uma oração:
composto estão ligados por uma das expressões correlativas Ainda falta / comprar os cartões.
não só... mas também, não só como também, tanto...como, etc. Predicado Sujeito Oracional
Exemplos:
Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.” Estas são realidades que não adianta esconder.
(Alexandre Herculano) Sujeito de adianta: esconder que (as realidades)
“Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto inocentes.”
(Alexandre Herculano) Sujeito Coletivo
“Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações de
• O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no
amizade com um grupo muito reduzido de pessoas.” (José Condé)
singular. Exemplos:
“Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o
A multidão vociferava ameaças.
demovem do seu objetivo.” (Cassiano Ricardo)
O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália.
“Tanto Lincoln quanto o Aleijadinho parecem deter o segredo Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro.
de tudo que lhes falta.” (Viana Moog) Um bloco de foliões animava o centro da cidade.
“Uma porção de índios surgiu do meio das árvores e nos
Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém rodeou.” (Edi Lima)
“Surpreendemos uma vara de porcos que atravessava o rio a
• Quando o sujeito composto vem resumido por um dos nado.” (Gastão Cruls)
pronomes, tudo, nada, ninguém, etc. o verbo concorda, no “...o bando dos guerreiros tabajaras que fugia em nuvem
singular, com o pronome resumidor. Exemplos: negra de pó.” (José de Alencar)
Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satisfazê- “Um grupo de rapazes sentara-se ali ao lado.” (Fernando
lo. Namora)
“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso,
estouvado, tudo isso me levou a fazer uma coisa única.” (Machado Observação: Se o coletivo vier seguido de substantivo plural
de Assis) que o especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o
Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo. plural, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a dos
indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramatical, mas
Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa ideológica:
“Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulheres
• O verbo concorda no singular quando os núcleos do penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano)
sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos: “Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão
no mar...” (Camilo Castelo Branco)
“Aleluia! O brasileiro comum, o homem do povo, o João-
“Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no
ninguém, agora é cédula de Cr$ 500,00!” (Carlos Drummond
ar.” (Machado de Assis)
Andrade)
“Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse
“Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica divertimento com uma pertinácia admirável.” (Carlos Povina
o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.” (Valério Cavalcânti)
Andrade)
Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta. A maior parte de, grande número de, etc.
Núcleos do sujeito são infinitivos • Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior
parte de, parte de, a maioria de, grande número de, etc., seguida
• O verbo concordará no plural se os infinitivos forem de substantivo ou pronome no plural, o vebo, quando posposto ao
determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso sujeito, pode ir para o singular ou para o plural, conforme se queira
contrário, tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural. efetuar uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo
Exemplos: singular) ou uma concordância enfática, expressiva, com a idéia de
O comer e o beber são necessários. pluralidade sugerida pelo sujeito. Exemplos:
Rir e chorar fazem parte da vida A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.” (Gilberto
Montar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o menino. Freire)
“Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava trabalho.” “A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito
(Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam) juízo.” (Machado de Assis)
“Cantar, dançar e representar faz (ou fazem) a alegria do “A maior parte das pessoas pedem uma sopa, um prato de
artista. carne e um prato de legumes.” (Ramalho Ortigão)
“Nenhum rugir ou gemer seu anulariam o mal que se “A maior parte dos nomes podem ser empregados em sentido
consumara no Mirante.” (Eça de Queirós) definido ou em sentido indefinido.” (Mário Barreto)
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“Grande parte dos atuais advérbios nasceram de substantivos.” Nem uma nem outra foto prestavam (ou prestava).
(Idem) Um e outro livro me agradaram (ou agradou) muito.
“A maioria das pessoas são sinuosas, coleantes...” (Ondina “Um e outro país deixarão de ver no outro o Império do Mal.”
Ferreira) (Emir Sader)
A maioria dos acidentes nas estradas de acesso ao Rio
ocorrem em dias claros. Um ou outro
“Vocês já imaginaram a maravilha que seria o mundo se
ao menos uma quinta parte desses gênios se realizassem na • O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro:
maioridade?” (Lígia Fagundes Teles) “Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”
“A maioria dos presentes, formando grupos, contavam (Machado de Assis)
histórias, baixinho, falavam de coisas da vida.” (Aurélio Buarque “Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.” (Machado
de Holanda) de Assis)
“Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém.” (Raquel
“A maioria dos mouros era escrava e pobre.” (Alexandre
de Queirós)
Herculano)
“Amaioria dos trabalhadores recebeu essa notícia com
Um dos que, uma das que
alegria.” (Armando Fontes)
“A maioria das palavras continua visível.” (Carlos Drummond • Quando, em orações adjetivas restritivas, o pronome
de Andrade) que vem antecedido de um dos ou expressão análoga, o verbo da
“A maioria dos doentes não podia compreender que...” oração adjetiva flexiona-se, em regra, no plural:
(Fernando Namora) “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.”
“Metade dos alunos fez (ou fizeram) o trabalho.” (J. Gualda (Alexandre Herculano)
Dantas) “A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de
“Meia dúzia de garimpeiros doentes esperava a consulta nós.” (Machado de Assis)
matutina.” (Herman Lima) “Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que
Visitei os presos. Boa parte deles dormia (ou dormiam) no viviam em Roma.” (Moacyr Scliar)
chão. Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana.
Grande número de eleitores votou (ou votaram) em branco. Não sou dos que acreditam piamente em soluções mágicas.
Morreu de gripe a maioria dos índios que tiveram contato
com os brancos. Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos
Nos quilombos refugiava-se parte dos escravos fugitivos. escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir
ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva
Observações: no singular (fazendo-o concordar com a palavra um), quando se
deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a entender que ele
- quando o verbo precede o sujeito, como nos dois últimos sobressaiu ou sobressai aos demais:
exemplos, a concordância se efetua no singular. Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.
- como se vê dos exemplos supracitados, as duas concordâncias “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a
são igualmente legítimas, porque têm tradição na língua. Cabe originalidade e importância da literatura brasileira.” (João Ribeiro)
a quem fala ou escreve escolher a que julgar mais adequada à
situação. Pode-se, portanto, no caso em foco, usar o verbo no Observação: Há gramáticas que condenam tal concordância.
Por coerência, deveriam condenar também a comumente aceita em
plural, efetuando a concordância não com a forma gramatical
construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de culpa?
das palavras, mas com a idéia de pluralidade que elas encerram
Quantos de nós somos completamente felizes?
e sugerem à nossa mente. Essa concordância ideológica é bem
mais expressiva que a gramatical, como se pode perceber relendo O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se aplica
as frases citadas de Machado de Assis, Ramalho Ortigão, Ondina apenas ao indivíduo de que se fala, como no exemplo:
Ferreira e Aurélio Buarque de Holanda, e cotejando-as com as dos Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. (Jairo é o
autores que usaram o verbo no singular. único empregado que não sabe ler.)
Um e outro, nem um nem outro Ressalte-se porém, que nesse caso é preferível construir a
frase de outro modo:
• O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concorda, Jairo é um empregado meu que não sabe ler.
de preferência, no plural. Exemplos: Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler.
“Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento...”
(Hernâni Cidade) Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões em
“Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte.” foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva:
(Machado de Assis) O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia.
Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio. Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz.
“Depois nem um nem outro acharam novo motivo para O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as
diálogo.” (Fernando Namora) secas.
“Não me ficaria bem nem uma nem outra coisa.” (José Gualda Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar
Dantas) a crise.
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Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que, Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância com o
nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que é sujeito da oração principal:
separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a concordância é “Sou eu quem prendo aos céus a terra.” (Gonçalves Dias)
determinada pelo sentido da frase: “Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida.” (Ricardo
Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi Ramos)
chamar o pai. (Só um menino estava sentado.) “És tu quem dás frescor à mansa brisa.” (Gonçalves Dias)
Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena estupefatos, “Nós somos os galegos que levamos a barrica.” (Camilo
soltou um grito de protesto. (Todos os cinco homens assistiam à Castelo Branco)
cena.) “Vós sois o algoz que recebeis o cutelo da mão providencial.”
(Camilo Castelo Branco)
Mais de um “Somos nós quem a fazemos.” (Ricardo Ramos)
Eu sou a que mais estou torcendo para jogarmos juntas.
• O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será
de rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for A concordância do verbo precedido do pronome relativo que
superior a um. Exemplos: far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da oração
Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha. principal, em frases do tipo:
Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto. Sou eu que pago.
Devem ter fugido mais de vinte presos. És tu que vens conosco?
Somos nós que cozinhamos.
Quais de vós? Alguns de nós Eram eles que mais reclamavam.
Fomos nós que o encontramos.
• Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais? Fostes vós que o elegestes.
quantos? Ou um dos indefinidos alguns, muitos, poucos, etc., Foram os bombeiros que a salvaram.
seguidos dos pronomes nós ou vós, o verbo concordará, por “Fui eu que me pus a rir.” (Machado de Assis)
atração, com estes últimos, ou, o que é mais lógico, na 3ª pessoa “Fui eu que imitei o ronco do bicho.” (Edi Lima)
do plural: “Não seremos nós que iremos, à maneira dos primitivistas,
“Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César ficar de tanga e entrar a falar capiau.” (Sílvio Elia)
Cerqueira)
“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” (Alexandre Observação: Em construções desse tipo, é lícito considerar
Herculano) o verbo ser e a palavra que como elementos expletivos ou
“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o enfatizantes, portanto não necessários ao enunciado. Assim:
passado?” (José de Alencar) Sou eu que pago. (=Eu pago)
Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe. Somos nós que cozinhamos. (=Nós cozinhamos)
Poucos dentre nós conhecem (ou conhecemos) as leis. Foram os bombeiros que a salvaram. (= Os bombeiros a
“Quantos de nós teríamos experimentado essa tentação?” salvaram.)
(Olga Savary) Seja qual for a interpretação, o importante é saber que, neste
“Já pensou, meu caro, quantos de nós nos arriscamos aqui?” caso, tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o
(Guilherme de Figueiredo) pronome ou substantivo que precede a palavra que.
Observação: Estando o pronome no singular, no singular (3ª Concordância com os pronomes de tratamento
pessoa) ficará o verbo:
Qual de vós testemunhou o fato? • Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa,
Nenhuma de nós a conhece. embora se refira à 2ª pessoa do discurso:
Nenhum de vós a viu? Vossa Excelência agiu com moderação.
Qual de nós falará primeiro? Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.
“Espero que V.Sª. não me faça mal.” (Camilo Castelo Branco)
Pronomes quem, que, como sujeitos “Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem
o tempo e os vassalos.” (Rebelo da Silva)
• O verbo concordará, em regra, na 3ª pessoa, com os
pronomes quem e que, em frases como estas: Concordância com certos substantivos próprios no plural
Sou eu quem responde pelos meus atos.
Somos nós quem leva o prejuízo. • Certos substantivos próprios de forma plural, como
Eram elas quem fazia a limpeza da casa. Estados Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo
“Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.” (Osmã Lins) para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o verbo
“Fui eu quem o ensinou a desenhar.” (Mário Barreto) concorda no singular.
“Eu fui o último que se retirou.” (Mário Barreto) “Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.” (Eduardo
Eu sou o que presenciou o fato. Prado)
“Sou um homem que ainda não renegou nem da cruz, nem da Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo.
Espanha.” (Alexandre Herculano) “Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.
“Éramos dois sócios que entravam no comércio da vida com Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Gomes.
diferentes capital.” (Machado de Assis) Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro.
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“Montes Claros era um feudo daquel família.” (Raquel Devem-se ler bons livros. (=Devem ser lidos bons livros)
Jardim) (sujeito: livros; locução verbal: devem-se ler)
“Terras do Sem-Fim” foi quadrinizado para leitores jovens. “Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas
memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.” (Sérgio Buarque
Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo no de Holanda)
singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no “Em Santarém há poucas casas particulares que se possam
singular: dizer verdadeiramente antigas.” (Almeida Garrett)
“As Férias de El-Rei é o título da novela.” (Rebelo da Silva)
“As Valkírias mostra claramente o homem que existe por Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal a
detrás do mago.” (Paulo Coelho) oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução verbal
“Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...” (Celso e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim:
Luft) Não se pode cortar essas árvores. (sujeito: cortar essas árvores;
predicado: não se pode)
A concordância, neste caso, não é gramatical, mas ideológica, Deve-se ler bons livros. (sujeito: ler bons livros; predicado:
porque se efetua não com a palavra (Valkírias, Sertões, Férias de deve-se)
El-Rei), mas com a idéia por ela sugerida (obra ou livro). Ressalte-
se, porém, que é também correto usar o verbo no plural: Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher,
As Valkírias mostram claramente o homem... tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural.
“Os Sertões são um livro de ciência e de paixão, de análise e Portanto:
de protesto.” (Alfredo Bosi) Não se podem (ou pode) cortar essas árvores.
Devem-se (ou deve-se) ler bons livros.
Concordância do verbo passivo “Quando se joga, deve-se aceitar as regras.” (Ledo Ivo)
“Concluo que não se devem abolir as loterias.” (Machado de
• Quando apassivado pelo pronome apassivador se, o Assis)
verbo concordará normalmente com o sujeito: “Pode-se comprar livros de segunda mão baratíssimos.” (José
Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos. Paulo Paes)
Gataram-se milhões, sem que se vissem resultados concretos. “De preferência, deve-se ler os dois, o historiador e o
“Correram-se as cortinas da tribuna real.” (Rebelo da Silva) novelista.” (Jorge Amado)
“Aperfeiçoavam-se as aspas, cravavam-se pregos necessários “Deviam-se reduzir ao mínimo as relações com o poder
à segurança dos postes...” (Camilo Castelo Branco) público.” (Ciro dos Anjos)
“Agora já não se fazem deste aparelhos.” (Carlos de Laet) “Era loura, mas podia-se ver massas castanhas por baixo da
“Ouviam-se vozes fortes de comando.” (Ferreira de Castro) tintura dourada do cabelo.” (Vinícius de Morais)
Ali só se viam ruínas.
“A tentativa de se aferirem pesos e medidas.” (Ciro dos Verbos impessoais
Anjos)
“Quantas horas faltariam para se abrirem os cafés e as • Os verbos haver, fazer (na indicação do tempo), passar de
bodegas?” (Graciliano Ramos) (na indicação de horas), chover e outros que exprimem fenômenos
“A salvação de Toledo foi não se terem fechado suas portas.” meteorológicos, quando usados como impessoais, ficam na 3ª
(Alexandre Herculano) pessoa do singular:
“Sua sala era absolutamente igual às que se vêem nos livros “Não havia ali vizinhos naquele deserto.” (Monteiro Lobato)
ilustrados para o ensino do inglês.” (Cecília Meireles) “Havia já dois anos que nos não víamos.” (Machado de Assis)
“Mais tarde se confirma isto, ao se mandarem chusmas “Aqui faz verões terríveis.” (Camilo Castelo Branco)
de criminosos povoar os cafundós desta ou daquela capitania.” “Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal
(Cassiano Ricardo) malvado...” (Camilo Castelo Branco)
“Daí o princípio colonial de só se concederem terras em “Conhecera-o assim, fazia quase vinte anos.” (Josué Montelo)
sesmarias às pessoas que possuam meios para realizar a exploração Quando saí de casa, passava das oito horas.
delas e fundar engenhos.” (Oliveira Viana) “Chovera e nevara depois, durante muitos dias.” (Camilo
Castelo Branco)
Na literatura moderna há exemplos em contrário, mas que não
devem ser seguidos: Observações:
“Vendia-se seiscentos convites e aquilo ficava cheio.”
(Ricardo Ramos) - Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo que
“Em Paris há coisas que não se entende bem.” (Rubem Braga) forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer:
Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio.
Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares poder Vai haver grandes festas.
e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar concordará com Há de haver, sem dúvida, fortíssimas razões para ele não
o sujeito. Exemplos: aceitar o cargo.
Não se podem cortar essas árvores. (sujeito: árvores; locução Começou a haver abusos na nova administração.
verbal: podem cortar) Vai fazer cem anos que nasceu o genial artista.
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Não pode haver rasuras neste documento. O verbo ser fica no singular quando o predicativo é formado
“Haverá, deve haver construções históricas em Nova Iorque.” de dois núcleos no singular:
(Viana Moog) “Tudo o mais é soledade e silêncio.” (Ferreira de Castro)
- o verbo chover, no sentido figurado (= cair ou sobrevir em b) Quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o
grande quantidade), deixa de ser impessoal e, portanto concordará predicativo um substantivo plural:
com o sujeito: “A cama são umas palhas.” (Camilo Castelo Branco)
Choviam pétalas de flores. “A causa eram os seus projetos.” (Machado de Assis)
“Sou aquele sobre quem mais têm chovido elogios e “Vida de craque não são rosas.” (Raquel de Queirós)
diatribes.” (Carlos de Laet) Sua salvação foram aquelas ervas.
“Choveram comentários e palpites.” (Carlos Drummond de “Quando D. Angélica soube que a base daqueles pratos e
Andrade) sobremesas eram flores, ficou consternada.” (José J. Veiga)
“E nem lá (na Lua) chovem meteoritos, permanentemente.”
(Raquel de Queirós)
Observação: O sujeito sendo nome de pessoa, com ele
concordará o verbo ser:
- Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter,
Emília é os encantos de sua avó.
impessoal, por haver, existir. Nem faltam exemplos em escritores
modernos: Abílio era só problemas.
“No centro do pátio tem uma figueira velhíssima, com um Dá-se também a concordância no singular com o sujeito que:
banco embaixo.” (José Geraldo Vieira) “Ergo-me hoje para escrever mais uma página neste Diário
“Soube que tem um cavalo morto, no quintal.” (Carlos que breve será cinzas como eu.” (Camilo Castelo Branco)
Drummond de Andrade) “No edifício que era só vidros.” (Ricardo Ramos)
Esse emprego do verbo ter, impessoal, não é estranho ao c) Quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido
português europeu: “ É verdade. Tem dias que sai ao coletivo ou partitivo, e o predicativo um substantivo no plural:
romper de alva e recolhe alta noite, respondeu Ângela.” (Camilo “A maioria eram rapazes.” (Aníbal Machado)
Castelo Branco) (Tem = Há) A maior parte eram famílias pobres.
O resto (ou o mais) são trastes velhos.
- Existir não é verbo impessoal. Portanto: “A maior parte dessa multidão são mendigos.” (Eça de
Nesta cidade existem ( e não existe) bons médicos. Queirós)
Não deviam (e não devia) existir crianças abandonadas. “Quase a metade dos escritores brasileiros que viveram entre
1870 e 1930 foram professores de escolas públicas.” (José Murilo
Concordância do verbo ser de Carvalho)
• O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos d) Quando o predicativo é um pronome pessoal ou um
seguintes casos: substantivo, e o sujeito não é pronome pessoal reto:
“O Brasil, senhores, sois vós.” (Rui Barbosa)
a) Quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso, “Nas minhas terras o rei sou eu.” (Alexandre Herculano)
ou aquilo: “O dono da fazenda serás tu.” (Said Ali)
“Tudo eram hipóteses.” (Ledo Ivo) “...mas a minha riqueza eras tu.” (Camilo Castelo Branco)
“Tudo isto eram sintomas graves.” (Machado de Assis) Quem deu o alarme fui eu.
Na mocidade tudo são esperanças. Quem plantou essas árvores fomos nós.
“Não, nem tudo são dessemelhanças e contrastes entre Brasil Quem não ficou nada contente foram os camelôs.
e Estados Unidos.” (Viana Moog)
“Vamos e venhamos: na floresta nem tudo são flores.” Mas:
(Tiago de Melo) Eu não sou ele. Vós não sois eles. Tu não és ele.
“Aquilo eram asperezas que o tempo acepilhava.” (Graciliano
Ramos) e) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a
“Isso são sonhos, Mariana!” (Camilo Castelo Branco) palavra coisa:
“O que atrapalhava eram as caras simpáticas dos guardas.”
Divertimentos é o que não lhe falta.
(Aníbal Machado)
“Os bastidores é só o que me toca.” (Correia Garção)
“O que atrapalha bastante são as discussões e meu respeito.”
“Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.” (
(Aníbal Machado)
“Mas o que o amor é, principalmente, são duas pessoas neste Fernando Namora)
mundo.” (Raquel de Queirós) “Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães.”
Hoje o que não falta são divertimentos. (Camilo Castelo Branco)
Histórias sobre diamantes é o que não falta.” (Maria José de
A concordância com o sujeito, embora menos comum, é Queirós)
também lícita:
“Tudo é flores no presente.” (Gonçalves Dias) f) Nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é
“O que de mim posso oferecer-lhe é espinhos da minha mais que (ou do que), é menos que (ou do que), etc., cujo sujeito
coroa.” (Camilo Castelo Branco) exprime quantidade, preço, medida, etc.:
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“Seis anos era muito.” (Camilo Castelo Branco) Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em
Dois mil dólares é pouco. construções enfáticas como:
Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem. Era aqui onde se açoitavam os escravos. (= Aqui se açoitavam
Doze metros de fio é demais. os escravos.)
Seis quilos de carne é mais do que precisamos. Foi então que os dois se desentenderam. (= Então os dois se
Para ele, mil dólares era menos que um real. desentenderam.)
• Na indicação das horas, datas e distância , o verbo ser Era uma vez
é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão
designativa de hora, data ou distância: • Por tradição, mantém-se invariável a expressão inicial de
Era uma hora da tarde. histórias era uma vez, ainda quando seguida de substantivo plural:
“Era hora e meia, foi pôr o chapéu.” (Eça de Queirós) Era uma vez dois cavaleiros andantes.
“Seriam seis e meia da tarde.” ( Raquel de Queirós)
“Eram duas horas da tarde.” (Machado de Assis) A não ser
“São horas de fechar esta carta.” (Camilo Castelo Branco)
“Eram sete de maio da era de 1439...” (Alexandre Herculano) • É geralmente considerada locução invariável, equivalente
“Hoje são vinte e um do mês, não são?” (Camilo Castelo a exceto, salvo, senão. Exemplos:
Branco) Nada restou do edifício, a não ser escombros.
A não ser alguns pescadores, ninguém conhecia aquela praia.
“Da estação à fazenda são três léguas a cavalo.” (Said Ali)
“Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não
ser bonecos sem pescoço...” (Carlos Drummond de Andrade)
Observações:
Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural, fazendo-o
- Pode-se, entretanto na linguagem espontânea, deixar o verbo concordar com o substantivo seguinte, convertido em sujeito da
no singular, concordando com a idéia implícita de “dia”: oração infinitiva. Exemplos:
“Hoje é seis de março.” (J. Matoso Câmara Jr.) (Hoje é dia “As dissipações não produzem nada, a não serem dívidas e
seis de março.) desgostos.” (Machado de Assis)
“Hoje é dez de janeiro.” (Celso Luft) “A não serem os antigos companheiros de mocidade, ninguém
o tratava pelo nome próprio.” (Álvaro Lins)
- Estando a expressão que designa horas precedida da locução “A não serem os críticos e eruditos, pouca gente manuseia
perto de, hesitam os escritores entre o plural e o singular: hoje... aquela obra.” (Latino Coelho)
“Eram perto de oito horas.” (Machado de Assis)
“Era perto de duas horas quando saiu da janela.” (Machado Haja vista
de Assis)
“...era perto das cinco quando saí.” (Eça de Queirós) • A expressão correta é haja vista, e não haja visto. Pode
ser construída de três modos:
- O verbo passar, referente a horas, fica na 3ª pessoa do - Hajam vista os livros desse autor. (= tenham vista, vejam-
singular, em frases como: se)
Quando o trem chegou, passava das sete horas. - Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo, veja)
- Haja vista aos livros desse autor. (= olhe-se para, atente-se
Locução de realce é que para os livros)
• O verbo ser permanece invariável na expressão expletiva A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste
ou de realce é que: modo.
Eu é que mantenho a ordem aqui. (= Sou eu que mantenho a Sujeito: os livros; verbo hajam (=tenham); objeto direto: vista.
ordem aqui.) A situação é preocupante; hajam vista os incidentes de sábado.
Nós é que trabalhávamos. (= Éramos nós que trabalhávamos)
As mães é que devem educá-los. (= São as mães que devem Seguida de substantivo (ou pronome) singular, a expressão,
educá-los.) evidentemente, permanece invariável:
Os astros é que os guiavam. (= Eram os astros que os A situação é preocupante; haja vista o incidente de sábado.
guiavam.)
Divertimentos é que não lhe faltavam. Bem haja. Mal haja
Da mesma forma se diz, com ênfase: • Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e
“Vocês são muito é atrevidos.” (Raquel de Queirós) imprecativas, respectivamente. O verbo concordará normalmente
com o sujeito, que vem sempre posposto:
“Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira
“Bem haja Sua Majestade!” (Camilo Castelo Branco)
junto do palco.” (Graciliano Ramos)
Bem hajam os promovedores dessa campanha!
“Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano
“Mal hajam as desgraças da minha vida...” (Camilo Castelo
Ramos)
Branco)
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Concordância dos verbos bater, dar e soar Observação: Essa dualidade de sintaxe verifica-se também
com o verbo ver na voz passiva: “Viam-se entrar mulheres e
• Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam crianças.” Ou “Via-se entrarem mulheres e crianças.”
regularmente com o sujeito, que pode ser hora, horas (claro ou
oculto), badaladas ou relógio: Concordância com o sujeito oracional
“Nisto, deu três horas o relógio da botica.” (Camilo Castelo
Branco) • O verbo cujo sujeito é uma oração concorda
“Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo...” obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular:
(Mário Barreto) Parecia / que os dois homens estavam bêbedos.
“Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz Verbo sujeito (oração subjetiva)
Nunes.” (Machado de Assis) Faltava / dar os últimos retoques.
“Deu uma e meia.” (Said Ali) Verbo sujeito (oração subjetiva)
“Davam nove horas na Igreja do Loreto.” (Rebelo da Silva)
“Não tardou muito que no sino do coro batessem as badaladas Outros exemplos, com o sujeito oracional em destaque:
que anunciavam a hora de prima.” (Alexandre Herculano) Não me interessa ouvir essas parlendas.
“Soaram dez horas nos relógios das igrejas e das fábricas.” Anotei os livros que faltava adquirir. (faltava adquirir os
(Armando Fontes) livros)
Esses fatos, importa (ou convém) não esquecê-los.
Observação: Pasar, com referência a horas, no sentido de ser São viáveis as reformas que se intenta implantar?
mais de, é verbo impessoal, por isso fica na 3ª pessoa do singular: São problemas esses que compete ao governo solucionar.
Quando chegamos ao aeroporto, passava das 16 horas. Não se conseguiu conter os curiosos.
Vamos, já passa das oito horas – disse ela ao filho. Tentou-se aumentar as exportações.
No momento, procura-se diminuir as importações.
Concordância do verbo parecer Não se pretende alcançar resultados imediatos.
São problemas esses que não cabe a nós resolver.
• Em construções com o verbo parecer seguido de “A casa é grande: mas tem-se visto acabarem casas maiores.”
infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o (Camilo Castelo Branco)
acompanha: “O americano pede contas aos seus mandatários pela
As paredes pareciam estremecer. (construção corrente)
administração e destino dos bens que lhes incumbe zelar.” (Viana
As paredes parecia estremecerem. (construção literária)
Moog)
“Sobre isto dissemos cousas que não importa escrever aqui.”
Análise da construção dois: parecia: oração principal; as
(Machado de Assis)
paredes estremeceram: oração subordinada substantiva subjetiva.
Outros exemplos:
Concordância com sujeito indeterminado
“Nervos... que pareciam estourar no minuto seguinte.”
(Fernando Namora)
“Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o • O pronome se, pode funcionar como índice de
procedimento do soberano.” (Latino Coelho) indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda
“As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem prosseguir.” obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. Exemplos;
(Alexandre Herculano) Em casa, fica-se mais à vontade.
“...quando as estrelas, em ritmo moroso, parecia caminharem Detesta-se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos.
no céu.” (Graça Aranha) Acabe-se de vez com esses abusos!
“Os moravos parece haverem tomado a sério, para regra da Para ir de São Paulo a Curitiba, levava-se doze horas.
vida, a palavra irônica do mártir.” (Ramalho Ortigão) Trata-se de fenômenos que os cientistas não sabem explicar.
“Volvidos um para o outro, parecia não terem dado por ele.” “Não se trata de advogados, minha senhora. Trata-se de
(Ferreira de Castro) provas.” (Geraldo França de Lima)
“Até parece escolherem o modelo.” (Raquel de Queirós)
“O amanhecer e o anoitecer parece deixarem-me intacta.” Concordância com os numerais milhão, bilhão e trilhão
(Cecília Meireles)
“As corporações que deviam voltar-se para a manutenção da • Estes substantivos numéricos, quando seguidos de
ordem parece quase insurgirem-se contra ela.” (Walter Fontoura) substantivo no plural, levam, de preferência, o verbo ao plural.
Exemplos:
Usando-se a oração desenvolvida, parecer concordará no Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão.
singular: São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a
“Mesmo os doentes parece que são mais felizes.” (Cecília manutenção de cada Ciep.
Meireles) Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do Irã.
“Outros, de aparência acabadiça, parecia que não podiam Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os
com a enxada.” (José Américo) mártires da resistência.
“As notícias parece que têm asas.” (Oto Lara Resende) (Isto Pelas contas da Petrobrás, podem faltar um bilhão e meio de
é: Parece que as notícias têm asas.) litros de álcool.
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Todos os anos, no Brasil, ocorre um milhão de acidentes de Concordância com o pronome nós subentendido
trânsito.
“Quase um milhão de homens se move naquelas ruas estreitas, • O verbo concorda com o pronome subentendido nós em
apertadas e confusas.” (Eça de Queirós) frases do tipo:
Todos estávamos preocupados. (= Todos nós estávamos
Observações: preocupados.)
Os dois vivíamos felizes. (=Nós dois vivíamos felizes.)
- Milhão, bilhão e milhar são substantivos masculinos. “Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (Carlos
Por isso, devem concordar no masculino os artigos, numerais e Drummond de Andrade)
pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas; os três
milhares de plantas; alguns milhares de telhas; esses bilhões de Não restam senão ruínas
criaturas, etc.
• Em frases negativas em que senão equivale a mais que, a
- Se o sujeito da oração for milhões, o particípio ou o adjetivo não ser, e vem seguido de substantivo no plural, costuma-se usar o
podem concordar, no masculino, com milhões, ou, por atração, verbo no plural, fazendo-o concordar com o sujeito oculto outras
no feminino, com o substantivo feminino plural: Dois milhões coisas. Exemplos:
de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas) no
Do antigo templo grego não restam senão ruínas. (Isto é: não
próximo ano. Foram colhidos três milhões de sacas de trigo. Os
restam outras coisas senão ruínas.)
dois milhões de árvores plantadas estão altas e bonitas.
Da velha casa não sobraram senão escombros.
“Para os lados do sul e poente, não se viam senão edifícios
Concordância com numerais fracionários
queimados.” (Alexandre Herculano)
“Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores.”
• De regra, a concordância do verbo efetua-se com o
numerador. Exemplos: (Rebelo da Silva)
“Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado “Para mim não restaram senão vagos reflexos...” (Ciro dos
perto...” (Autran Dourado) Anjos)
“Um quinto dos bens cabe ao menino.” (José Gualda Dantas)
Dois terços da população vivem da agricultura. Segundo alguns autores, pode-se, em tais frases, efetuar a
concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido
Não nos parece, entretanto, incorreto usar o verbo no plural, nada:
quando o número fracionário, seguido de substantivo no plural, Do antigo templo grego não resta senão ruínas. (Ou seja: não
tem o numerador 1, como nos exemplos: resta nada, senão ruínas.)
Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul Ali não se via senão (ou mais que) escombros.
do Pará. As duas interpretações são boas, mas só a primeira tem
Um quinto dos homens eram de cor escura. tradição na língua.
• O verbo deve concordar com o número expresso na • Palavras no plural com sentido gramatical e função de
porcentagem: sujeito exigem o verbo no singular:
Só 1% dos eleitores se absteve de votar. “Elas” é um pronome pessoal. (= A palavra elas é um pronome
Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar. pessoal.)
Foram destruídos 20% da mata. Na placa estava “veiculos”, sem acento.
“Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros.” “Contudo, mercadores não tem a força de vendilhões.”
(Antônio Hauaiss) (Machado de Assis)
A sondagem revelou ainda que 73% da população acreditam
que a situação do país piorou. Mais de, menos de
“Na União 90% dos homens andavam armados.” (Carlos
Povina Cavalcânti) • O verbo concorda com o substantivo que se segue a essas
A pesquisa revelou que 82% (oitenta e dois por cento ou expressões:
oitenta e duas por cento) das mulheres trabalham fora. Mais de cem pessoas perderam suas casas, na enchente.
Sobrou mais de uma cesta de pães.
Observação: Em casos como o da última frase, a concordância Gastaram-se menos de dois galões de tinta.
efetua-se, pela lógica, no feminino (oitenta e duas entre cem Menos de dez homens fariam a colheita das uvas.
mulheres), ou, seguindo o uso geral, no masculino, por se
considerar a porcentagem um conjunto numérico invariável em
gênero.
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14. (PUC-RS) É provável que ....... vagas na academia, mas 21. (PUC-RJ) Indique a série que corresponde às formas
não ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a ....... apropriadas para os enunciados abaixo:
cumpridas. As diferenças existentes entre homens e mulheres ....... ser um
a) hajam - existem - ser fato indiscutível.
b) hajam - existe - ser 1. parece 2. parecem
c) haja - existem – serem
d) haja - existe - ser Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre
e) hajam - existem – serem a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia
infantil, ....... que as diferenças entre homens e mulheres não se
15. (CARLOS CHAGAS) ....... de exigências! Ou será que devem apenas à educação.
não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa? 3. propõe 4. propõem
a) Chega - bastam - foram feitos
b) Chega - bastam - foi feito ....... diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas
c) Chegam - basta - foi feito como tipicamente masculinas ou femininas.
d) Chegam - basta - foram feitos 5. Haveria 6. Haveriam
e) Chegam - bastam - foi feito
....... ainda pesquisadores que consideram os machos mais
16. (UF-RS) Soube que mais de dez alunos se ....... a participar agressivos, em virtude de sua constituição hormonal.
dos jogos que tu e ele ...... 7. Existe 8. Existem
a) negou - organizou
b) negou – organizasteis Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou
c) negaram – organizaste meramente a Educação, que ....... sobre o comportamento humano.
d) negou - organizaram 9. predomina 10. predominam
e) negaram - organizastes
a) 2, 4, 5, 8, 9
17. (EPCAR) Não está correta a frase:
b) 1, 4, 6, 8, 9
a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou.
c) 2, 4, 6, 7, 10
b) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu convite.
d) 2, 3, 5, 8, 10
c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores.
e) 2, 4, 6, 7, 9
d) Na mocidade tudo são flores.
e) Deve haver muitos jovens nesta casa.
22. (FUVEST) Num dos períodos seguintes não se observa a
concordância prescrita pela gramática. Indique-o:
18. (FTM-ARACAJU) A frase em que a concordância nominal
a) Não se apanham moscas com vinagre.
contraria a norma culta é:
b) Casamento e mortalha no céu se talha.
a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito.
c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.
b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos.
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.
c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos.
d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito. e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe
e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e um vêm.
grito.
23. (FUVEST) ........ dez horas que se ........ iniciado os
19. (SANTA CASA) Suponho que ....... meios para que se trabalhos de apuração dos votos sem que se ....... quais seriam os
....... os cálculos de modo mais simples. candidatos vitoriosos.
a) devem haver - realize a) Fazia, haviam, previsse
b) devem haver – realizem b) Faziam, haviam, prevesse
c) deve haverem – realize c) Fazia, havia, previsse
d) deve haver - realizem d) Faziam, havia, previssem
e) deve haver - realize e) Fazia, haviam, prevessem
20. (FUVEST) Indique a alternativa correta: 24. (FUVEST) Aponte a alternativa correta:
a) Tratavam-se de questões fundamentais. a) Considerou perigosos o argumento e a decisão.
b) Comprou-se terrenos no subúrbio. b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
c) Precisam-se de datilógrafas. c) Já faziam meses que ela não a via.
d) Reformam-se ternos. d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a população.
e) Obedeceram aos severos regulamentos. e) A quem pertence essas canetas?
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25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: 32. (UF-SC) Assinale o item que apresenta erro de
a. Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da concordância:
apatia. a. Prepararam-se as tarefas conforme havia sido combinado.
b. A pátria não é ninguém: são todos. b. Deve haver pessoas interessadas na discussão do
c. Se não vier, as chuvas, como faremos? problema.
d. É precaríssima as condições do prédio. c. Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás Cubas
e. Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a teve sua primeira edição.
vossa imagem. d. Devem existir razões para ele retirar-se do grupo.
e. Um e outro descendiam de famílias ilustres.
26. (FMU) Vão ............ à carta várias fotografias. Paisagens
as mais belas ............. . Ela estava ............. narcotizada. 33. (CESGRANRIO) Assinale o item que não apresenta erro
a) anexas - possíveis - meio de concordância:
b) anexas - possível – meio a) Ainda resta cerca de vinte alunos.
c) anexo - possíveis – meia b) Haviam inúmeros assistentes na reunião.
d) anexo - possível – meio c) Tu e ele saireis juntos.
e) anexo - possível - meia d) Foi eu quem paguei as suas dívidas.
e) Há de existir professores esforçados.
27. (FMU) Vai ............ à carta minha fotografia. Essas pessoas
34. (UF-PR) Enumere (verbo posposto):
cometeram crime de ............-patriotismo. Elas ............. não
(1) cantamos (2) cantais (3) cantam
quiseram colaborar. ( ) Ele e ela .................
a) incluso - leso - mesmo ( ) Ele e eu ..................
b) inclusa - leso – mesmas ( ) Tu e ele ...................
c) inclusa - lesa – mesmas ( ) Eu e tu ....................
d) incluso - leso - mesmas ( ) Eu e ela ..................
e) inclusas - lesa - mesmo
a) 3 - 1 - 1 - 1 - 2
28. (MACK) Assinale a alternativa em que há erro de b) 3 - 2 - 1 - 1 – 2
concordância: c) 1 - 2 - 3 - 1 – 2
a) Tinha os olhos e a boca abertos. d) 3 - 3 - 3 - 1 - 2
b) Haviam ratos no porão. e) 3 - 1 - 1 - 1 - 3
c) Tu e ele permanecereis na mesma sala.
d) Separamo-nos ela e eu. 35. (MED-SANTOS) Assinale a alternativa incorreta:
e) Ouviam-se passos lá fora. a) Precisam-se alunos especializados.
b) Precisa-se de alunos especializados.
29. (UF-PELOTAS) No grupo, ............ os trabalhos. c) Precisam-se de alunos competentes.
a) sou eu que coordena d) Assiste-se a filmes nacionais.
b) é eu que coordena e) Obedeça-se aos regulamentos.
c) é eu quem coordena
d) é eu quem coordeno 36. (MED-SANTOS) Apenas uma das frases está correta:
e) sou eu que coordeno a. Nesta casa, consertam-se televisores e precisa-se de
técnicos em eletrônica.
30. (UF-ES) O verbo está no plural porque o sujeito é b. Nesta casa, conserta-se televisores e precisam-se de
composto em: técnicos em eletrônica.
c. Nesta casa, conserta-se televisores e precisa-se de
a. À autora e à maioria das pessoas não interessam as
técnicos em eletrônica.
vantagens da morte.
d. Nesta casa, consertam-se televisores e precisam-se de
b. Os sentimentos de gratidão e de amor só conseguem ser
técnicos em eletrônica.
eternos enquanto duram. e. Nesta casa, consertam-se televisores e precisa-se técnicos
c. Amigos e amigas, não me chamem de inesquecível. em eletrônica.
d. Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma
esbagaçada. 37. (ITA) Dada as sentenças:
e. Limpos estão os meus olhos e o meu coração. 1. Eram duas horas da tarde.
2. Fui eu que resolvi o problema.
31. (FRANCISCANAS-SP) Assinale a alternativa correta 3. Hoje são sete de março.
quanto à concordância verbal: Deduzimos que:
a) Sou eu que primeiro saio. a) Apenas a sentença número 1 está correta
b) É cinco horas da tarde. b) Apenas a sentença número 2 está correta
c) Da cidade à praia é dois quilômetros. c) Apenas a sentença número 3 está correta
d) Dois metros de tecido são pouco para o terno. d) Todas estão corretas
e) Nenhuma das anteriores está correta. e) n.d.a
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38. (CARLOS CHAGAS)) Sr. Professor, peço ao Sr. a fineza 45. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta:
de me ............ a quinta lição, e ............ a ............ anterior decisão. a) Olhos verde-mar são os que eu mais admiro.
a) enviar - reconsiderar - sua b) Fernanda, a linda garota de olhos azuis é a alegria da casa.
b) enviardes - reconsiderardes - vossa c) Vossa Alteza foi generoso.
c) enviar - reconsiderar - vossa d) Paulo conhece bem as línguas gregas e latinas.
d) enviardes - reconsiderardes - sua e) Comprei um carro verde-abacate.
e) enviardes - reconsiderar – vossa
46. (MED-ITAJUBÁ) Em todas as frases a concordância
39. (CARLOS CHAGAS)) .......... V. Excelência, se não me nominal se fez corretamente, exceto em:
apresento pessoalmente ............, embora aqui esteja, sempre a) Os soldados, agora, estão todos alerta.
............ . b) Ela possuía bastante recursos para viajar.
a) Perdoai-me - a vós - a vosso dispor c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis.
b) Perdoe-me - ao Sr. - ao seu dispor d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”.
e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia.
c) Perdoai-me - a V. Excelência - a seu dispor
d) Perdoe-me - a V. Excelência - a seu dispor
47. (UE-MARINGÁ) Assinale a alternativa em que a
e) Perdoai-me - a V. Excelência - ao dispor de V. Excelência concordância nominal está correta:
a. Seguem anexas as certidões solicitadas.
40. (USP) Assinale a opção onde houver erro gramatical: b. As portas estavam meias abertas.
a) A maioria das mulheres é inteligente. c. Os tratados lusos-brasileiros foram assinados.
b) A maioria das mulheres são inteligentes. d. Todos estavam presentes, menas as pessoas que deveriam
c) Uma ou outra forma estão certas. estar.
d) Ainda vai haver noites frescas. e. Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor
e) Pedimos que Vossa Senhoria vos digneis receber-nos. Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados financeiros-
comerciais.
41. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à
concordância nominal: 48. (FURG-RS) Nós ............ providenciamos os papéis, que
a) Os torcedores traziam em cada mão bandeira e flâmula enviamos ............ às procurações, como instrumentos ............ para
amarela. fins desejados. A alternativa que preenche corretamente as lacunas
b) Um e outro aplicador indecisos. é:
c) Tinha as mãos e o rosto coloridos de púrpura. a) mesmas, anexas, bastante
d) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco. b) mesmos, anexo, bastante
e) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas. c) mesmas, anexo, bastantes
d) mesmos, anexos, bastantes
42. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à e) mesmos, anexos, bastante
concordância nominal:
49. (UNISINOS) O item em que ocorre concordância nominal
a) Vieira enriqueceu a literatura com sermões e cartas
inaceitável é:
magníficas. a) Era uma árvore cujas folhas e frutos bem diziam de sua
b) Mulheres nenhumas são santas. utilidade.
c) Analisamos as literaturas portuguesa e brasileira. b) Vinha com bolsos e mãos cheios de dinheiro.
d) Um e outro aluno estudioso compareceu. c) Ela sempre anda meia assustada.
e) Belas poesias e discursos marcaram as comemorações. d) Envio-lhe anexa as declarações de bens.
e) Elas próprias assim o queriam.
43. (OBJETIVO) “Envio-lhe ............ os planos ainda em
estudo e ........... explicações dadas pelo candidato e secretária 50. (OSEC) Assinale a frase que possua a mesma sintaxe de
............ .” concordância de “É proibido entrada.”:
a) anexo - bastantes - atenciosos a) É proibido a entrada.
b) anexos - bastante - atenciosos b) Não se permite entrada de cães.
c) anexos - bastantes - atenciosas c) No calor, cerveja é bom.
d) anexos - bastantes - atenciosos d) Proibi-se a entrada de cães.
e) anexo - bastante – atenciosa e) É um homem de verdade.
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Outras Regências
REGÊNCIA - aflito: com, por - lento: em
NOMINAL E VERBAL - alheio: a, de - próximo: a, de
- aliado: a, com - rente: a
- análogo: a - residente: em
- coerente: com - respeito: a, com, de, para com, por
- compatível: com - satisfeito: com, de, em, por
REGÊNCIA NOMINAL
- contíguo: - semelhante: a
‑ desprezo: a, de, por ‑ sensível: a
Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece
‑ empenho: de, em, por ‑ suspeito: de
entre o nome e o termo por ele regido. Certos substantivos e
‑ equivalente: a ‑ útil: a, para
adjetivos admítem mais de uma regência.
‑ fértil: de, em ‑ vazio: de
Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela ‑ hostil: a, para com ‑ versado: em
preposição. ‑ inerente: a ‑ vizinho: a, de
Apresentamos uma relação de alguns nomes e suas rogências
mais comuns. REGÊNCIA VERBAL
1- acessível a: Este cargo não é acessível a todos. Regência verbal é a relação de dependência que se estabelece
2- acesso a, para: O acesso para a região ficou entre o verbo de uma sentença e seus complementos. Vejamos a
impossível. regência de alguns verbos de emprego mais comum:
3- acostumado a, com: Todos estavam acostumados
a ouví‑lo. ABDICAR ‑ renunciar ao poder, a um cargo, título desistir.
4- adaptado a: Foi dificil adaptar‑me a esse clima. Pode ser intransitivo (VI ‑ não exige complemento) / transitivo
5- afável com, para com: Tinha um jeito afável para direto (M) ou transitivo indireto (TI +preposição)
com os turistas. - D. Pedro abdicou em 1831. (VI)
6- agradável a, de: Sua saída não foi agradável à ‑ A vencedora abdicou o seu direto de rainha. (VTD)
equipe. ‑ Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI)
7- alusão a: O professor fez alusão à prova final.
8- amor a, por: Ele demonstrava grande amor à ABRAÇAR ‑ emprega‑se sem / sem preposição no sentido de
namorada. apertar nos braços. ‑ A mãe abraçou‑a com ternura. (VTD)
9- antipatia a, por: Sentia antipatia por ela. ‑ Abraçou‑se a mim, chorando. (VTI)
10- apto a, para: Estava apto para ocupar o cargo.
11- atenção a, com, para com: Nunca deu atenção a AGRADAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de
ninguém. contentar, satisfazer.(VTI)
12- aversão a, por: Sempre tive aversão à política. ‑ A banda Legião Urbana agrada aos jovens. (VTI)
13- benéfico a, para: A reforma foi benéfica a todos. AGRADAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de
14- certeza de, em: A certeza de encontrá‑lo novamente acariciar, mimar.
animou‑a. ‑ Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)
15- dúvida em sobre: Anotou todas as dúvidas sobre
a questão dada. AJUDAR ‑ emprega‑se sem preposição; objeto direto de
16- favorável a: Sou favorável à sua candidatura. pessoa.
17- gosto de, em: Tenho muito gosto em participar ‑ Eu ajudava‑a no serviço de casa. (VTD)
desta brincadeira.
18- grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar. ALUDIR ‑ (=fazer alusão, referir‑se a alguém), emprega‑se
19- horror a, de: Tinha horror a quiabo refogado. com preposição.
20- impróprio para: O filme era impróprio para ‑ Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. (VTI)
menores.
21- junto a, com, de: Junto com o material, encontrei ANSIAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de causar
este documento mal‑estar, angustiar.
22- necessárío a, para: A medida foi necessária para ‑ A emoção ansiava‑me. (VTD)
acabar com tanta dúvida. ANSIAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de desejar
23- passível de: As regras são passíveis de mudanças. ardentemente por.
24- preferível a: Tudo era preferível à sua queixa. ‑ Ansiava por vê‑lo novamente. (VTI)
25- respeito a, entre, para com: É necessário o respeito
às leis. ASPIRAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de
26- sito em: O apartamento sito em Brasília foi respirar, cheirar.
vendido. ‑ Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD)
27- situado em: Minha casa estásituada na Avenida ASPIRAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de querer
Internacional. muito, ter por objetivo.
‑ Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)
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ASSISTIR ‑ emprega‑se com preposição a no sentido de ver, CHAMAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de
presenciar. convocar.
‑ Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI) ‑ O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD)
Nesse caso, o verbo não aceita o pronorne lhe, mas apenas os Emprega‑se com ou sem preposição no sentido de denominar,
pronomes pessoais retos +preposição: apelidar, construido com objeto + predicativo.
‑ O filme é ótimo. Todos querem assistir a ele. (VTI) ‑ Chamou‑o covarde. (VTD) / Chamou‑o de covarde. (VID)
ASSISTIR ‑ emprega‑se sem / com preposição no sentido de ‑ Chamou‑lhe covarde. (VTI) / Chamou‑lhe de covarde. (VTI)
socorrer, ajudar. ‑ Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI)
‑ A professora sempre assiste os alunos com carinho. (VTD)
‑ A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI) CHEGAR ‑ como intransitivo, o verbo chegar exige a
ASSISTIR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de caber, preposição a quando indica lugar.
ter direito ou razão. ‑ Chegou ao aeroporto meio apressada.
‑ O direito de se defender assiste a todos. (VT1 ) Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido
ASSISTIR ‑ no sentido de morar, residir é intransitivo e exige de aproximar.
a preposição em. ‑ Cheguei‑me a ele.
‑Assiste em Manaus por muito tempo. (VI)
CONTENTAR‑SE ‑ emprega‑se com as preposições com,
ATENDER ‑ empregado sem preposição no sentido de de, em:
receber alguém com atenção. ‑ Contentam‑se com migalhas. (VTI)
‑ O médico atendeu o cliente pacientemente. (VTD) ‑ Contento‑me em aplaudir daqui.
ATENDER ‑ no sentido de ouvir, conceder.
‑ Deus atendeu minhas preces.(VTD) CUSTAR ‑ é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser
‑ Atenderemos quaisquer pedido via internet. caro.
ATENDER ‑ emprega‑se com preposição no sentido de dar ‑ Este computador custa muito caro. (VTD)
atenção a alguém. CUSTAR ‑ no sentido de ser difícil é TI. É conjugado como
‑ Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (VTI) verbo reflexivo, na 3ª pessoa do singular, e seu sujeito é uma
ATENDER ‑ emprega‑se com preposição no sentido de ouvir com oração reduzida de infinitivo
atenção o que alguém diz. ‑ Custou‑me pegar um táxi.(foi dificil )
‑ Atenda ao telefone, por favor. ‑ O carro custou‑me todas as economias.
‑ Atenda o telefone. (preferência brasileira) CUSTAR ‑ é transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de
acarretar
A VISAR ‑ avisar alguém de alguma coisa. ‑ A imprudência custou‑lhe lágrimas amargas. (VTDI)
‑ O chefe avisou os funcionários de que os documentos
estavam prontos. (VTD) ENSINAR ‑ é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar.
‑ Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD ) ‑ Minha mãe ensina na FAI.
Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa ENSINAR ‑ é transitivo direto no sentido de educar.
e OD de coisa. - Nem todos ensinam as crianças.
‑ Avisamos aos clientes que vamos atendê‑los em novo ENSINAR ‑ é transitivo direto e indireto no sentido de dar
endereço. ínstrução sobre.
‑ Ensino os exercícios mais dificeis aos meus alunos.
BATER ‑ emprega‑se com preposição no sentido de dar
pancadas em alguém. ENTRETER ‑ empregado como divertir‑se exige as
‑ Os irmãos batiam nele (ou batiam‑lhe) à toa. preposições: a, com, em.
‑ Nervoso, entrou em casa e bateu a porta.(fechou com força) ‑ Entretínhamo‑nos em recordar o passado.
‑ Foi logo batendo à porta. (baterjunto à porta, para alguém
abrir) ESQUECER / LEMBRAR ‑ estes verbos admitem as
Para que ele pudesse ouvir, era preciso bater naporta de seu construções:
quarto. (dar pancadas) ‑ Esqueci o endereço dele. / 1 ‑ Lembrei um caso interessante.
‑ Esqueci‑me do endereço dele./ 2 ‑ Lembrei‑me de um caso
CASAR ‑Marina casou cedo e pobre. (VI não exige interessante.
complemento) ‑ Esqueceu‑ me seu endereço. / 3 ‑ Lembra‑me um caso
‑ Você é realmente digno de casar com minha filha. (VTI com interessante.
preposição)
‑ Ela casou antes dos vinte anos. (VTD sem preposição Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer
como lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os
Atenção: O verbo casar pode vir acompanhado de pronome pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD).
reflexivo. Nos exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar,
‑ Ela casou com o seu grande amor. ou ‑ Ela casou‑se com seu exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos e
grande amor. pronominais.
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No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido PAGAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de saldar
de apagar da memória. e o verbo lembrar está empregado no coisa, é VTI).
sentido de vir à memória. ‑ Cida pagou o pão.
Na língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados - Paguei a costura. (VTD)
com a preposição de, exigem os pronomes. PAGAR – emprega-se com preposição no sentido de
remunerar pessoa, é VTI.
IMPLICAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de ter ‑ Cida pagou ao padeiro.
implicância com alguém, é TI. - Paguei à costureira., à secretária. (VTI)
‑ Nunca implico com meus alunos. (VTI) PAGAR ‑ emprega‑se como verbo transitivo direto e indireto,
IMPLICAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de pagar alguma coisa a alguém.
‑ Cida pagou a carne ao açougueiro. (VTDI)
acarretar, envolver, é TD.
PAGAR ‑ por alguma coisa: ‑ Quanto pagou pelo carro?
‑ A queda do dólar implica corrida ao over. (VTE)
PAGAR ‑ sem complemento: ‑ Assistiu aos jogos sem pagar
‑ O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao
passado. (VTD) PEDIR ‑ somente se usa pedir para, quando, entre pedir e
IMPLICAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de o para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, díz‑se
embaraçar, comprometer, é TD. pedir que.
‑ O vizinho implicou‑o naquele caso de estupro. (VTD) ‑ A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença)
É inadequada a regência do verbo implicar em: ‑ A direção pediu que todos os funcionários, comparecessem
‑ Implicou em confusão. à reunião.
INFORMAR ‑ o verbo informar possui duas construções, PERDOAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de
VTD e VTI, perdoar coisa, é TD.
‑ Informei‑o que sua aposentaria saiu. (VTD) ‑ Devemos perdoar as ofensas. (VTD )
‑ Informei‑lhe que sua aposentaria. (VT1 PERDOAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de
‑ Informou‑se das mudanças logo cedo. (inteirar‑se, verbo conceder o perdão à pessoa, é TI.
pronominal) ‑ Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI)
PERDOAR ‑ emprega‑se como verbo transitivo direto e
INVESTIR‑ emprega‑se com preposição (com ou contra) no indireto, no sentido de ter necessidade.
sentido de atacar, é TI. ‑ A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI)
‑ O touro Bandido investiu contra Tião. PERDOAR ‑ admite voz passiva:
INVESTIR ‑ empregado como verbo transitivo direto e ‑ Todos serão perdoados pelos pais.
índireto, no sentido de dar posse.
PERMITIR ‑ empregado com preposição, exige objeto
‑ O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI)
indireto de pessoa.
INVESTIR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido também
‑ O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI)
de empregar dinheiro, é TD.
PERMITIR ‑ constrói‑se com o pronome lhe e NÃO o:
‑ Nós investimos parte dos lucros em pesquisas científicas. ‑ O assistente permitiu‑lhe que entrasse.
(VTD) PERMITIR ‑ não se usa apreposição de antes de oração
infinitiva:
MORAR ‑ antes de substantivo rua, avenida, usa‑se morar ‑ Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não
com a preposição em. de ir sozinha)
‑ D. Marina Falcão mora na rua Dorival de Barros.
PISAR ‑é verbo transitivo direto VTD.
NAMORAR ‑ a regência correta deste verbo é namorar ‑ Tinha pisado o continente brasileiro. (não exige a preposição
alguém e NÃO namorar com alguém. no)
‑ Meu filho, Paulo César, namora Cristiane. Marcelo namora
Raquel. PRECISAR ‑ emprega‑se com preposição no sentido de ter
necessidade, é VTI.
NECESSITAR‑ emprega‑se com verbo transitivo direto ou ‑ As crianças carentes precisam de melhor atendimento
indireto, no sentido de precisar. médico. (VTI)
‑ Necessitávamos o seu apoio. PRECISAR ‑ quando o verbo precisar vier acompanhado de
- Necessitávamos de seu apoio,(VTDI) infinítivo, pode‑se usar a preposição de; a língua moderna tende
a dispensá‑la.
OBEDECER / DESOBEDECER ‑ emprega‑se com verbo ‑ Você é rico, não precisa trabalhar muito.
transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens. PRECISAR ‑ usa‑se, às vezes na voz passiva, com sujeito
indeterminado.
‑ Obedecia às irmãs e irmãos.
‑ Precisa‑se de funcionários competentes. (sujeito
- Não desobedecia às leis de trânsito.
indeterminado)
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PRECISAR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de REVERTER ‑ emprega‑se no sentido de regressar, voltar ao
indicar com exatidão. estado primitivo.
‑ Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não sabe precisar ‑ Depois de aposentar‑se reverteu à ativa.
aquantia.(VTD) REVERTER ‑ emprega‑se no sentido de voltar para.a posse
de alguém.
PREFERIR ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de ter ‑ As jóias reverterão ao seu verdadeiro dono.
preferência. (sem escolha) REVERTER ‑ emprega‑se no sentido de destinar‑se.
‑ Prefiro dias mais quentes. (VTD) ‑ A renda da festa será revertida em beneficio da Casa da Sopa.
PREFERIR ‑ VTDI, no sentido de ter preferência, exige a
preposição a. SIMPATIZAR / ANTIPATlZAR.‑ empregam‑se com a
‑ Prefiro dançar a nadar. preposição com.
- Prefiro chocolate a doce de leite. ‑ Sempre simpatizei com pessoas negras.
Na linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo ‑ Antipatizei com ela desde o primeiro momento.
reforçado pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais,
mil vezes mais, do que. Atenção: Estes verbos NÂO são pronominais, isto é, não
exigem os pronomes me, se, nos, etc.
PRESIDIR ‑ emprega‑se com objeto direto ou objeto indireto, ‑ Simpatizei‑me com você. (inadequado)
com a preposição a. - Simpatizei com você. ( adequado)
‑ O reitor presidiu à sessão.
SUBIR ‑ Subiu ao céu. / Subir à cabeça. / Subir ao trono. /
- O reitor presidiu a sessão.
Subir ao poder.
‑ Essas expressões exigem a preposição a.
PREVENIR ‑admite as construções:
‑ A paciência previne dissabores. SUCEDER ‑ emprega‑se com a preposição a no sentido de
- Preveni minha turma. substituir, vir depois.
‑ Quero preveni‑los. ‑ O descanso sucede ao trabalho.
- Prevenimo‑nos para o exame final.
TOCAR ‑ emprega‑se no sentido de pôr a mão, tocar
PROCEDER ‑ emprega‑se como verbo intransitivo no alguém, tocar em alguém.
sentido de ter fundamento. ‑ Não deixava tocar o / no gato doente.
‑ Sua tese não procede. (VI) TOCAR ‑emprega‑se no sentido de comover, sensibilizar,
PROCEDER ‑ emprega‑se com a preposição de no sentido de usa‑se com OD.
originar‑se, vir de. ‑ O nascimento do filho tocou‑o profundamente.
‑ Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito TOCAR ‑ emprega‑se no sentido de caber por sorte, herança,
ao próximo. é 0I.
PROCEDER ‑ emprega‑se como transitivo indireto com a ‑ Tocou‑lhe, por herança, uma linda fazenda.
preposição a, no sentido de dar início. TOCAR ‑ emprega‑se no sentido de ser da competência de,
‑ Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI) caber.
‑Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto.
QUERER ‑ emprega‑se sem preposição no sentido de
desejar. VISAR ‑ emprega‑se sem preposição como VT13 no sentido
‑ Quero vê‑lo ainda hoje.(VTD) de apontar ou pôr visto.
QUERER ‑ emprega‑se com preposição no sentido de gostar, ‑ O garoto visou o inocente passarinho.
ter afeto, amar. ‑ O gerente visou a correspondência.
‑ Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça. VISAR ‑ emprega‑se com preposição como VTI no sentido de
desejar, pretender.
RESIDIR ‑ como o verbo morar, o verbo responder, ‑ Todos visam ao reconhecimento de seus esforços.
constrói‑se com a preposição em.
‑ Residimos em Lucélia, na Avenida Internacional . Casos Especiais
Atenção: Residente e residência têm a mesma regencia de
residir em. 1‑ Dar‑se ao trabalho ou dar‑se o trabalho? Ambas as
construções são corretas. A primeira é mais aceita.
RESPONDER ‑ emprega‑se no sentido de responder alguma ‑ Dava‑se ao trabalho de responder tudo em Inglês.
coisa a alguém. O mesmo se dá com: dar‑se ao / o incômodo; poupar-se ao /o
‑ O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio São trabalho; dar‑se ao /o luxo.
Francisco estava no final. (VTDI)
2‑ Propor‑se alguma coisa ou propor‑se a alguma coisa?
RESPONDER ‑ emprega‑se no sentido de responder a uma
Propor‑se, no sentido de ter em vista, dispor‑se a, pode vir
carta, a uma pergunta.
com ou sem a preposição a.
‑ Enrolou, enrolou e não respondeu à pergunta do professor.
‑ Ela se propôs levá‑lo/ a levá‑lo ao circo.
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3‑ Passar revista a ou passar em revista? 4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem
Ambas estão corretas, porém a segunda construção é mais ser seguidos pela mesma preposição:
freqüente. a) ávido / bom / inconseqüente
‑ O presidente passou a tropa em revista. b) indigno / odioso / perito
c) leal / limpo / oneroso
4‑ Em que pese a ‑ expressão concessiva equivalendo a ainda d) orgulhoso / rico / sedento
que custe a, apesar de, não obstante.
e) oposto / pálido / sábio
- “Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente
confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)
5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado
Observações Finais indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.
a) Não lhe agrada semelhante providência?
I‑ Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer), b) A resposta do professor não o satisfez.
NÃO admitem voz passiva. ‑ Os exemplos citados abaixo são c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
considerados inadequados. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema
dedicação.
2 – O filme foi assistido pelos estudantes./ O cargo era visado e) Vou visitar-lhe na próxima semana.
por todos. ‑ Os estudantes assistiram ao filme./ Todos visavam
ao cargo.
6. (BB) Regência imprópria:
3‑ Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de a) Não o via desde o ano passado.
regências diferentes, como: ‑ Entrou e saiu de casa. / Assisti e b) Fomos à cidade pela manhã.
gostei da peça. Corrija‑se para: ‑ Entrou na casa e saiu dela. / c) Informou ao cliente que o aviso chegara.
Assisti à peça e gostei dela. d) Respondeu à carta no mesmo dia.
e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
4 ‑ As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como
complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as formas 7. (BB) Alternativa correta:
lhe, lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a a) Precisei de que fosses comigo.
preposição a. ‑ Convidei as amigas. Convidei‑as. / Obedeço ao b) Avisei-lhe da mudança de horário.
mestre. Obedeço‑ lhe.
c) Imcumbiu-me para realizar o negócio.
EXERCÍCIOS d) Recusei-me em fazer os exames.
e) Convenceu-se nos erros cometidos.
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal
incorreta, de acordo com a norma culta da língua: 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. regido de preposição na opção:
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
de cana. b) Eis a razão ....... não compareci.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. c) Rui é o orador ....... mais admiro.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
pretendido.
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles .......
regidos ou não de preposição, que completam corretamente as o diretor se referia.
frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, a) de que - que
foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro b) a cujos - cujos
negociava. c) por que – que
a) nos quais / que d) cujos – cujo
b) cujos / com quem e) a que - a que
c) que / cujo
d) de cujos / com quem 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz
e) cujos / de quem
alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se silêncio.
completam corretamente com o pronome lhe: A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. acima é:
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. a) as quais / de cujo
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. b) a que / no qual
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... c) de que / o qual
felicidades. d) às quais / cujo
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo. e) que / em cujo
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11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a As mais das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo
redação desse documento, que ele não comporta as formalidades outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinônimos
....... demais. diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de
a) que - os significação e certas propriedades que o escritor não pode
b) de que - aos desconhecer.
c) com que - para os Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais
d) em que – nos restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente,
e) a que - dos desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e tribuno,
12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... se pode oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
submeter o texto literário. Sempre se deve aspirar, no entanto, ....... A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em
objetividade científica, fugindo ....... subjetivismo. nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
a) à que, a, do
b) que, a, ao • Adversário e antagonista.
c) à que, à, ao • Translúcido e diáfano.
d) a que, a, do • Semicírculo e hemiciclo.
e) a que, à, ao • Contraveneno e antídoto.
• Moral e ética.
13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão ..... • Colóquio e diálogo.
exames, porque nunca se empenharam o suficiente ..... utilização • Transformação e metamorfose.
do tempo ..... dispunham para o estudo. • Oposição e antítese.
a) com - pela - de que
b) por - com - que O fato lingüístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,
c) a - na – que palavra que também designa o emprego de sinônimos.
d) com - na - que
e) a - na - de que Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
• Ordem e anarquia.
14. (BB) “Ele não ..... viu”. não cabe na frase: • Soberba e humildade
a) nos • Louvar e censurar.
b) lhe • Mal e bem.
c) me
d) te A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto
e) o ou negativo. Exemplos:
Bendizer, maldizer / simpático, antipático / progredir, regredir
15. (BB) Emprego indevido de o: / concórdia, discórdia / explícito, implícito / ativo, inativo / esperar,
a) O irmão o abraçou. desesperar / comunista, anticomunista / simétrico, assimétrico /
b) O irmão o encontrou. pré-nupcial, pós-nupcial.
c) O irmão o atendeu.
d) O irmão o obedeceu. Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às
e) O irmão o ouviu. vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
• São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
RESPOSTAS • Aço (substantivo) e asso (verbo).
(1-D) (2-B) (3-C) (4-D) (5-E) (6-E) (7-A) (8-E) (9-E) (10-D)
(11-B) (12-E) (13-E) (14-B) (15-D) Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. A
homonímia pode ser causa de ambigüidade, por isso é considerada
uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
a) Homógrafos heterofônicos (iguais na escrita e diferentes
no timbre ou na intensidade das vogais):
• Rego (substantivo) e rego (verbo).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. • Colher (verbo) e colher (substantivo).
Exemplo: • Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
• Alfabeto, abecedário. • Apóio (verbo) e apoio (substantivo).
• Brado, grito, clamor. • Pára (verbo parar) e para (preposição).
• Extinguir, apagar, abolir, suprimir. • Providência (substantivo) e providencia (verbo)
• Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. • Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
• Pêlo (substantivo), pélo (verbo) e pelo (contração de
per+o).
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Observação: Palavras com as dos cinco últimos exemplos, • Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
a rigor, não são homógrafas, visto que o acento gráfico desfaz a • As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
homografia. Razões de ordem didática, porém, nos levam a incluí- • As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).
las neste grupo de homônimos.
Denotação e conotação: Observe as palavras em destaque
b) Homófonos heterográficos (iguais na pronúncia e nos seguintes exemplos:
diferentes na escrita): • Comprei uma correntinha de ouro.
• Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). • Fulano nadava em ouro.
• Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
• Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa
consertar). simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio,
• Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). real, denotativo.
• Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder,
(acelerar). glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias
• Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). conotações (idéias associadas, sentimentos, evocações que
• Censo (recenseamento) e senso (juízo). irradiam da palavra).
• Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
• Paço (palácio) e passo (andar). Atenção: Quanto mais uma pessoa se distanciar da escrita
• Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). padrão, mais dificuldade terá de se lembrar da pronúncia correta
• Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar das palavras. A boa notícia é que muitos estão conscientes disso e
= anular). querem melhorar.
• Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e - A meu ver tudo parece caminhar satisfatoriamente. (não: ao
sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo). meu ver)
- O avião aterrissou no horário previsto. (não: aterrizou)
c) Homófonos homográficos (iguais na escrita e na - Devo ir ao cabeleireiro ainda esta semana. (não: cabelereiro)
pronúncia: - O condor vive em regiões montanhosas. (não: côndor)
• Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). - Já é hora de o candidato dizer a verdade. (não: do candidato;
• Cedo (verbo), cedo (advérbio). o sujeito jamais é preposicionado)
• Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). - O trem, na Rússia, descarrilou mais uma vez. (não:
• Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). descarrilhou)
• Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). - Fiquei com muito dó daquele jogador. (não: muita dó)
• Alude (avalancha), alude (verbo aludir). - Nunca encontrava empecilhos no caminho. (não: impecilho)
- O cigarro provoca o enfisema pulmonar. (não: efisema)
Parônimos: (são palavras parecidas na escrita e na pronúncia): - Por favor, não deixe a garagem aberta. (não garage)
Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico - Vamos galera! O “show” é gratuito. (não: gratuíto)
e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, - Naquele ínterim, ela refletiu sabiamente. (não: interim)
prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir (aplicar) e - É um sujeito muito irrequieto. (não: irriquieto)
infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede - O látex desta confecção é de primeira qualidade. (não: latex)
(verbo ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, - A maisena parece que está vencida. (não: Maizena; marca
dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar comercial)
(confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, - Meu irmão é menor de idade. (não: de menor)
muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto - Ela prefere mortadela a queijo. (não: mortandela)
vultuoso). - Elas aceitaram prazerosamente minha contribuição. (não:
prazeirosamente)
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. - Mereceu ganhar o prêmio Nobel de Literatura. (não: Nóbel)
A esse fato lingüístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: - Foi um privilégio conhecê-la. (não: previlégio)
• Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as - Todos reivindicam melhores oportunidades. (não:
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de reinvindicar)
gado. - O Brasil bateu recorde outra vez. (não: récorde)
• Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó. - Repetiu o ano porque não estudou o suficiente. (não: de ano)
• Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao - Não se esqueça de colocar sua rubrica. (não: rúbrica)
véu do palato. - Meu tempero está ruim. (não: rúim)
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmicas, - Em face (ou ante a) da confusão reinante, a direção do
o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas de presídio proibiu as visitas. (não: em face a)
acepções. - Fez que (fingir) não ouviu a advertência. (não: fez com que)
- Somos quatro, lá em casa. (não: somos em)
Sentido próprio e sentido figurado: As palavras podem ser - Ficamos em pé / de pé o tempo todo. (ambas formas corretas)
empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos: - Esta roupa não tem nada a ver com você. (não: haver) nada
• Construí um muro de pedra. (sentido próprio). há ver = nada a receber
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- A princípio tudo parecia real. (= no começo) (não: em 7. (TRT) O ..................... do prefeito foi .........................
princípio) ontem.
- Em princípio, sua proposta nos interessa. (em tese) (não: a a) mandado - caçado
princípio) b) mandato - cassado
- A persistirem os sintomas, procure um médico. (se c) mandato - caçado
persistirem, equivale a uma condição) d) mandado - casçado
- Ao persistirem os sintomas, procure um médico. (quando e) mandado - cassado
persistirem, equivale a tempo)
- Depois de vencidos os obstáculos, ele voltava vitorioso. 8. (ESAF) Marque a alternativa cujas palavras preenchem
(inadequado) corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte:
- Depois de superados os obstáculos, ele voltava vitorioso. “Necessitando ..................... o número do cartão do PIS, ...............
(obstáculos não se vencem; superam-se) a data de meu nascimento.”
a) ratificar, proscrevi
b) prescrever, discriminei
EXERCÍCIOS
c) descriminar, retifiquei
d) proscrever, prescrevi
1. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens
e) retificar, ratifiquei
....... nos erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
9. (FUVEST) “A ............... científica do povo levou-o a
b) iminente, deflagração, reincidiram
............... de feiticeiros os ............... em astronomia.”
c) eminente, conflagração, reincidiram a) insipiência tachar expertos
d) preste, conflaglação, incidiram b) insipiência taxar expertos
e) prestes, flagração, recindiram c) incipiência taxar espertos
d) incipiência tachar espertos
2. (PUC-MG) “Durante a .......... solene era .......... o e) insipiência taxar espertos
desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político.”
a) seção - fragrante - incipiência 10. (MACK) Na oração: Em sua vida, nunca teve muito
b) sessão - flagrante - insipiência .........., apresentava-se sempre .......... no .......... de tarefas .......... .
c) sessão - fragrante - incipiência As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são:
d) cessão - flagrante - incipiência a) censo - lasso - cumprimento - eminentes
e) seção - flagrante - insipiência b) senso - lasso - cumprimento - iminentes
c) senso - laço - comprimento - iminentes
3. (CESCEM) Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos d) senso - laço - cumprimento - eminentes
territoriais a ..... . e) censo - lasso - comprimento - iminentes
a) sessão - cessão - estrangeiros
b) seção - cessão - estrangeiros 11. (TFC) Indique a letra na qual as palavras complementam,
c) secção - sessão - extrangeiros corretamente, os espaços das frases abaixo:
d) sessão - seção - estrangeiros 1.Quem possui deficiência auditiva não consegue .......... os
e) seção - sessão - estrangeiros sons com nitidez.
2.Hoje são muitos os governos que passaram a combater o
4. (BAURU) Há uma alternativa errada. Assinale-a: .......... de entorpecentes com rigor.
a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política. 3.O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos prisioneiros
b) A catástrofe torna-se iminente. revoltosos.
c) Sua ascensão foi rápida. a) discriminar - tráfico - infligiu
d) Ascenderam o fogo rapidamente. b) discriminar - tráfico - infringiu
e) Reacendeu o fogo do entusiasmo. c) descriminar - tráfego - infringiu
d) descriminar - tráfego - infligiu
5. (FEB) Há uma alternativa errada. Assinale-a: e) descriminar - tráfico - infringiu
a) cozer = cozinhar; coser = costurar
b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país 12. (TRE-MG) A palavra nos parênteses não preenche
c) comprimento = medida; cumprimento = saudação adequadamente a lacuna do enunciado em:
d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar a) O crime foi bárbaro. Somente após a .............. do assunto é
e) chácara = sítio; xácara = verso que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível .............. o acusado, se conseguíssemos
6. (FCMPA-MG) Assinale o item em que a palavra destacada mais provas que o inocentassem. (descriminar)
está incorretamente aplicada: c) As negociações só vão ............... os resultados esperados,
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. caso todos compareçam. (sortir)
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. d) O corpo estava .............., apenas a cabeça estava fora da
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. água, que subia cada vez mais. (imerso)
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi
e) A cessão de terras compete ao Estado. .............. o cofre ali mesmo, na escada (arriar)
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Atenção: Atenciosamente,
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em (para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia
comunicações oficiais “fica dispensado o emprego do superlativo inferior).
ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de
Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome Atenção:
de tratamento Senhor. “Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a
O Manual também esclarece que “doutor não é forma de autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e tradição próprios,
tratamento, e sim título acadêmico”. Por isso, recomenda-se devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério
empregá-lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que das Relações Exteriores”, diz o Manual de Redação da Presidência
tenham concluído curso universitário de doutorado. No entanto, da República.
ressalva-se que “é costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina”. Observação:
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atenciosamente”
Vossa Magnificência é recomendada para os mesmos casos pelo Manual de Redação
É o pronome de tratamento dirigido a reitores de universidade. da Câmara dos Deputados e por outros manuais oficiais. Já os
Corresponde‑lhe o vocativo: fechos para as cartas particulares ou informais ficam a critério do
Magnífico Reitor, remetente, com preferência para a expressão “Cordialmente”, para
(...) encerrar a correspondência de forma polida e sucinta.
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a) Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia
que o expede do telegrama n1 12, de 11 de fevereiro de 1991, do Presidente da
Exemplos: Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de
Mem. 123/2002-MF modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
Aviso 123/2002-SG
Of. 123/2002-MME • desenvolvimento: se o autor da comunicação
desejar fazer algum comentário a respeito do documento que
b) Local e data encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento;
Devem vir por extenso com alinhamento à direita. em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso
Exemplo: ou ofício de mero encaminhamento.
Brasília, 15 de março de 1991
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República pelos Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser b) Encaminhamento de medida provisória
encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição,
ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo ou o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
em parte. dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro‑Secretário do
Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada
3. Mensagem pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.
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6.1 ‑ Definição e finalidade É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos fatos
e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou assembléia.
O correio elexrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e
celeridade, transformou‑se na principal forma de comunicação 8.1 ‑ Estrutura
para transmissão de documentos.
1. Título ‑ ATA.
6.2 ‑ Forma e estrutura Em se tratando de atas elaboradas seqüencial mente, indicar o
respectivo número da reunião ou sessão, em caixa‑alta.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é 2. Texto, incluindo:
sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para a) Preâmbulo ‑ registro da situação espacial e temporal e
participantes;
sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso de linguagem
b) Registro dos assuntos abordados e de suas decisões, com
incompatível com uma comunicação oficial.
indicação das personalidades envolvidas, se for o caso;
O campo assunto do formulário de correio eletrônico c) Fecho ‑ termo de encerramento com indicação, se
mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização necessário, do redator, do horário de encerramento, de convocação
documental tanto do destinatário quanto do remetente. de nova reunião etc.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, Observações:
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que 1. A ata será assinada e/ou rubricada portodos os presentes
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre à reunião ou apenas pelo presidente e relator, dependendo das
seu conteúdo. exigências regimentais do órgão.
Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de 2. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve‑se,
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da informação
mensagem pedido de confirmação de recebimento. correta a ser registrada. No caso de omissão de informações ou de
erros constatados após a redação, usa‑se a expressão “Em tempo”
6.3 ‑Valor documental ao final da ata, com o registro das informações corretas.
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Exemplo de ofício
5 cm (Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)
Ofício nº 524/1991/SG-PR
2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154,
de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas
em sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão
amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas
instituído pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na
definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao
disposto no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os
aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste
último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da
sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao
índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos
públicos e das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.
Atenciosamente,
(Nome)
(cargo)
210 mm
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Exemplo de aviso
5 cm
Aviso nº 45/SCT-PR
2,5 cm
Senhor Ministro,
297 mm
1,5 cm
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do
Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a
ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional
de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa
Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos,
instituído pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
(cargo do signatário)
210 mm
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Exemplo de memorando
5 cm
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
210 mm
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5 cm
EM nº 00146/1991-MRE
5 cm
2,5 cm 1,5 cm
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na
Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de
proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de
3 cm
dois por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os
países em condições de produzir armas químicas, os Estados Unidos
reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participantes do
processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o
tratado a ser concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
1 cm
Atenciosamente,
2,5 cm
(Nome)
(cargo)
2,5 cm
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Exemplo de mensagem
5 cm
Mensagem nº 118
3 cm
4 cm 1,5 cm
2 cm
Brasília, 28 de março de 1991
297 mm
2 cm
210 mm
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[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
Destinatário: ___________________________________________________________
Nº do fax de destino: ___________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: ____________________________________________________________
Tel. p/ contato: ______________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ________Nº do documento: _____________________________
Observações: __________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Exemplo de apostila
APOSTILA
Brasília, em 26/5/2004
Maria da Silva
Diretora
Exemplo de ata
ATA
As 10h15, do dia 24 de maio de 2004, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva,
Diretora da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que foi
aprovada, sem alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão do item
“Projetos Concluídos”, sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da
Silva, Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um breve relato das atividades desenvolvidas no
trimestre, incluindo o lançamento dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos Santos, Chefe da
Tipografia, ressaltou que nos últimos meses os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo
com as normas estabelecidas, parabenizando a todos pelos resultados alcançados. Com relação aos
projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos mantiveram‑se dentro do cronograma de trabalho
preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na próxima semana. Às 11h45 a Diretora encerrou os
trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de junho, quartafeira, às 10 horas, no mesmo local. Nada
mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu, Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada
por mim e pela Diretora.
Diretora
Secretária
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Exemplo de carta
Prezado Senhor,
Em atenção à carta de V. Sa., informo que o processo de transferência de estudantes para as escolas
técnicas federais é feito de forma pública, com normas estabelecidas em editais e divulgadas pelas instituições. Cabe
ao candidato pleitear a vaga de acordo com os critérios estabelecidos.
Contando com a compreensão de V. Sa., coloco‑me à disposição para sanar eventuais dúvidas quanto a
esse assunto.
Cordialmente,
Maria da Silva
Deputada Federal
Exemplo de declaração
DECLARAÇÃO
Declaro, para fins de provajunto ao SupremoTribunal Federal, queJOSÉ DASILVA, ex‑servidor da
Câmara dos Deputados, teve declarada a vacância do cargo de Analista Legislativo ‑ atribuição Assistente Técnico,
a partirde 2/1/2004 (DCD de 3/1/2004). O referido ex‑servidor não usufruiu das férias relativas ao exercício de
2003 e, em seus assentos funcionais, consta a concessão de 30 (trinta) dias de licença para capacitação, referente
ao qüinqüênio 13/1/1995 a 26/1/2000 (Processo n. 5.777/2003, publicado no Boletim Administrativo n. 15, de
7/1/2004).
Exemplo de despacho
Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70 do
Regimento do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos das
informações e manifestações dos órgãos técnicos da Casa.
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José da Silva
Diretor
Exemplo de portaría
PORTARIA N. 1, de 13/1/2004
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Modelo de relatório
RELATÓRIO
Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.
Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
....................................................................................................................................
Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
.....................................................................................................................................................
Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
....................................................................................................................................
3. Considerações finais
....................................................................................................................................
Nome
Função ou Cargo
Modelo de requerimento
(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Nome
Cargo ou Função
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Norma culta - Padrão formal vs. coloquial ——————————————————————————
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