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º Ano
Ficha de Avaliação
1. Leia o vilancete «Se Helena apartar», de Luís de Camões. Em caso de necessidade, consulte as notas.
Depois, apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
voltas
A verdura amena,
gados, que paceis (3),
sabei que a deveis
aos olhos d’Helena.
Os ventos serena,
faz flores d’abrolhos
o ar de seus olhos.
Os corações prende
com graça inhumana;
de cada pestana
ũ’ alma lhe pende.
Amor se lhe rende,
e, posto em giolhos,
pasma nos seus olhos.
NOTAS:
(1) apartar: afastar, desviar, retirar.
(2) abrolhos: espinhos ou rochedos.
(3) paceis: pastais.
A. Indique os versos que constituem uma separação clara na estrutura do poema. Justifique.
2. Leia o soneto «Pede o desejo, Dama, que vos veja», de Luís de Camões, que se apresenta de seguida. Em
caso de necessidade, consulte as notas. Depois, apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas
respostas aos itens que se seguem.
NOTAS:
(1) desejo: vontade, aspiração, inclinação, apetite, atração, vontade de possuir algo que não se tem.
(2) delgado: delicado.
(3) afeito: afeto.
(4) dana: estraga, corrompe.
(5) centro desejar: força da gravidade.
(6) pensamento: ideia, intenção, reflexão.
A. No verso 1, o sujeito poético dirige-se a uma entidade. Identifique essa entidade e explique a informação
que o eu lhe fornece.
B. Este soneto expõe um conflito entre dois polos. Procure dividir o poema em duas partes lógicas e sintetize
o seu conteúdo.
C. Identifique o recurso estilístico desenvolvido nos versos 10 e 11 («como a grave pedra tem por arte / o
centro desejar da natureza») e refira-se à sua expressividade.
3. Leia o vilancete «De que me serve fugir», de Luís de Camões, que se apresenta de seguida. Depois,
apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
mote seu
De que me serve fugir
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?
voltas
Tenho-me persuadido,
por rezão conveniente,
que não posso ser contente,
pois que pude ser nacido.
Anda sempre tão unido
o meu tormento comigo
que eu mesmo sou meu perigo.
E se de mi me livrasse,
nenhum gosto me seria;
que, não sendo eu, não teria
mal que esse bem me tirasse.
Força é logo que assi passe:
ou com desgosto comigo,
ou sem gosto e sem perigo.
A. Procure explicar de que forma o mote desta composição apresenta a temática da angústia existencial.
B. Indique a causa da insatisfação do sujeito poético. Comprove a sua resposta com transcrições textuais.
C. Caracterize o estado de espírito do «eu» do poema, justificando com excertos do texto.
4. Leia o soneto «Oh! Como se me alonga, de ano em ano», de Luís de Camões, que se apresenta de seguida.
Em caso de necessidade, consulte as notas. Depois, apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas
respostas aos itens que se seguem.
NOTAS:
(1) peregrinação: viagem realizada por um devoto religioso até um local considerado sagrado; percurso
longo e fatigante.
(2) vão: inútil.
(3) discurso humano: percurso de vida.
(4) dano: prejuízo, humilhação, desgosto.
(5) se por experiência se adivinha: se a experiência de vida ensina a prever o que acontece.
(6) bem: felicidade.
(7) falece: morre, desaparece.
(8) parece: aparece.
A. Este soneto constitui uma reflexão pessimista do eu lírico acerca da sua experiência de vida.
Apresente as duas definições para a vida que são referidas pelo sujeito poético na primeira quadra,
explicando o seu significado.
B. Confirme a presença de uma antítese entre as formas verbais do verso 1 e do verso 3, tendo em conta o
tema do poema.
C. Identifique os recursos estilísticos presentes no primeiro terceto e refira-se à sua expressividade.
5. Leia o soneto «Ondados fios d'ouro reluzente», de Luís de Camões. Em caso de necessidade, consulte as
notas. Depois, apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
NOTAS:
(1) rosas: face.
(2) perlas e corais: dentes e lábios.
(3) parece: aparece.
(4) em nova glória: alusão à glória da alma ao contemplar, no céu, as divinas essências.
A. Divida o soneto em partes lógicas, justificando a sua resposta.
D. Explicite o efeito expressivo que resulta do facto de os elementos da figura feminina serem mencionados
sem o recurso a determinantes artigos definidos ou indefinidos a antecedê-los, relacionando-o com o tipo de
beleza descrito no poema.
E. Explique o sentido da interrogação retórica formulada no verso 8.
G. Identifique o nome da figura de estilo que dá conta da repetição dos sons [z] e [s] nos dois tercetos e
comente o seu valor expressivo.
H. No último terceto, o sujeito poético formula um desejo. Refira-o e comente os recursos que lhe conferem
expressividade.
6. Leia o soneto «A fermosura desta fresca serra», de Luís de Camões. Em caso de necessidade, consulte a
nota. Depois, apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
NOTA:
(1) enoja: entristece.
A. Identifique as ideias principais de cada estrofe.
D. Comente a forma como a Natureza é representada no poema, relacionando-a com o estado de espírito do
sujeito poético.
E. Identifique, nas duas quadras, os processos estilísticos que contribuem para valorizar e dar protagonismo
à paisagem descrita.
F. Proponha uma explicação para o facto de o verbo, na sua função plena, ser praticamente inexistente nas
duas quadras.
«Da tensão alma/corpo, entre aquilo que António José Saraiva há muito designou de “ideal de Laura” (a
amante espiritual de Petrarca) e o “ideal de Vénus” (e a realização amorosa dos corpos) deriva o
“desconcerto”, a inquietação, o desassossego […]»
Amélia Pinto Pais, História da Literatura em Portugal — Uma Perspetiva Didática, Porto, Areal, 2004.
8. Tendo em conta a afirmação abaixo apresentada e com base na sua experiência de leitura da lírica
camoniana, desenvolva uma apreciação crítica sobre os poemas camonianos que se centram na temática da
reflexão sobre a vida pessoal do sujeito poético. Construa um texto bem estruturado, com um mínimo de
cento e vinte e um máximo de cento e cinquenta palavras e cite, pelo menos, dois poemas.
«De facto, o que é muito fácil de documentar nas Rimas de Camões é […] o desejo e o terror da morte; o
antagonismo entre a experiência e a teoria, entre o conhecimento e o acontecimento, a impossibilidade de
conciliação dos contrários […] a agitação e o desequilíbrio psicológicos; o desassossego espiritual, a
inquietação e a desconfiança, o pessimismo existencial […]»
Daniela Barbosa Conceição, Pregnância da(s) Crise(s) na Obra de Camões [dissertação de mestrado],
Coimbra, FLUC, 2010, pp. 34-35.
9. Leia o texto que se apresenta de seguida, da autoria de António José Saraiva. Construa uma síntese bem
estruturada do mesmo texto, entre cento e noventa e duzentas e dez palavras.
A lírica
As composições líricas de Camões oscilam entre dois polos: o lirismo confessional, em que o autor dá
expressão à sua experiência íntima, e a poesia de pura arte, em que pretende transpor os sentimentos e os
temas a um plano formal desligado já da emoção.
Neste segundo polo, Camões revela-se um subtil ourives de composições delicadas e gráceis, discretamente
preciosas, fabricadas com o ouro dos cabelos e do sol, com o verde dos campos e dos olhos, o
resplandecimento dos olhares e das águas, tudo ordenado em antíteses e paradoxos, segundo linhas
enredadas mas geométricas.
É nas redondilhas sobretudo que Camões pratica este tipo de poesia, que marca a passagem do
escolasticismo do Cancioneiro Geral para o cultismo do barroco. No polo oposto encontramos o lirismo
confessional de composições como o soneto «O dia em que nasci morra e pereça», ou as canções «Junto de
um seco, duro, estéril monte» e «Vinde cá, meu tão certo secretário». Nestes poemas, em que parece
obedecer a uma necessidade de desabafo, Camões encontra-se muito perto da poesia romântica
confessional.
O ponto de partida do lirismo confessional de Camões são os temas petrarquianos do amor, que já vimos
tratados por Bernardim Ribeiro. O amor é uma aspiração que engrandece e apura o espírito do amante e não
pode realizar-se sob pena de se extinguir: tem de ser sempre sofrimento e desejo insatisfeito. O gozo é o
próprio tormento e o amor é um jogo de contrastes.
Até aqui, Petrarca e Camões coincidem. Mas Camões excedeu Petrarca pois não deixou de fora da poesia
outros aspetos do amor, inclusivamente o carnal. «Homem feito de carne e de sentidos», notava a
contradição entre a alta aspiração de que fala Petrarca e aquilo que «o corpo deseja de alcançar». As
evocações da beleza espiritual alternam com as de uma beleza carnal viçosa e irradiante. Camões tocava
assim num ponto nevrálgico das contradições de uma sociedade em que à sublimação do amor em certo
nível social correspondia a degradação da mulher noutro nível.
Por outro lado, ao passo que Petrarca parece perfeitamente conformado com a ordem de valores feudal,
Camões mostra-se extremamente sensível à contradição entre o mérito pessoal, os valores «espirituais » e a
situação real do indivíduo na sociedade.
No sentimento desta contradição, Camões vai muito além dos problemas do amor. Meditando sobre o seu
próprio destino, verificava como os prémios, castigos e condições estão mal repartidos e não obedecem a
qualquer norma racional. A riqueza e o mando pertencem não aos mais sábios e virtuosos, mas aos que
roubam, assassinam e possuem a mulher do próximo. O que é na realidade a hierarquia social? Um
«regimento confuso», resultante de «um antigo abuso», que dá o mando àqueles que o utilizam para
praticar injustiças. Que são os reis? Sua ambição «é fartar esta sede cobiçosa / de dominar e mandar tudo
com fama larga e pompa sumptuosa». Mas o vulgo não vale mais; em vez de se guiar pela razão, guia-se
«por uma opinião e usança antiga». Persuadindo-se de que o mundo está ordenado de maneira a favorecer
os maus, diz Camões que resolveu fazer-se mau como os outros. Mas nem esta lei geral se mostrou
verdadeira, porque foi castigado.
A esta contradição objetiva junta-se uma outra, que consiste em o homem aspirar a uma felicidade que
nunca é realizável.
É, portanto, inútil tentar encontrar no mundo uma ordenação racional. Ele é, por natureza, absurdo. E
resumindo o espírito do Elogio da Loucura, de Erasmo, Camões repete a história de um certo Trasilau, que,
tendo enlouquecido, passou a viver feliz, imaginando que lhe pertenciam as naus que via entrar no porto;
quando os médicos o restituíram à razão, lamentou-se por o terem tirado «da mais quieta vida e livre em
tudo / que nunca pode ter nenhum sisudo».
António José Saraiva, História da Literatura Portuguesa (das origens a 1970), Amadora, Livraria Bertrand,
1979 (com adaptações).
10. Partindo da sua experiência de leitura da lírica camoniana, desenvolva uma exposição em que demonstre
que Camões não foi indiferente à tradição literária dos séculos anteriores. Construa um texto bem
estruturado, com um mínimo de cento e vinte e um máximo de cento e cinquenta palavras.
11. Partindo da sua experiência de leitura da poesia trovadoresca e de textos líricos de Camões, desenvolva
uma exposição sobre a representação da mulher e da beleza feminina nas cantigas de amigo e de amor e na
lírica camoniana. Construa um texto bem estruturado, com um mínimo de cento e vinte e um máximo de
cento e cinquenta palavras.
12. Com base na sua experiência de leitura da lírica camoniana, desenvolva uma exposição em que comente
a afirmação abaixo transcrita. Construa um texto bem estruturado, com um mínimo de cento e vinte e um
máximo de cento e cinquenta palavras.
«Camões interessara-se muito pelo neoplatonismo, como aliás todo o cristão culto da sua época e todo o
poeta petrarquista. [...]
Já a conceção do amor provençal está informada de platonismo, aliás por via cristã: a Mulher aparece ali,
não como uma companheira humana, mas como um ser angélico que sublima e apura a alma dos amantes.
[...]
Camões herdou esta conceção da Mulher e do Amor. [...]
Mas a experiência vivida e cultural de Camões mal poderia cingir-se a tais convenções. E, assim, regista o
conflito (e união = entre o desejo carnal e o ideal do amor desinteressado que consiste no "fino
pensamento".
O problema radical de Camões é, portanto, o de realizar a síntese sempre procurada, por vezes entrevista,
mas nunca consumada, entre aquilo que há de infinito e de finito na sua ânsia mais consciente, a do amor; é
o da síntese entre um ansiado absoluto e as suas possibilidades viventes.»
António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, 13.ª ed., Porto, Porto Editora, 1985,
pp. 333-335.
13. Com base na sua experiência de leitura da lírica camoniana, desenvolva uma exposição em que comente
a afirmação abaixo transcrita. Construa um texto bem estruturado, com um mínimo de cento e vinte e um
máximo de cento e cinquenta palavras.
«Para além do imediato desconcerto do mundo, exemplificado por anedotas históricas e míticas ou por
alusões autobiográficas, deste mundo onde só conhecemos ânsias sem satisfação nem mesmo objeto
definido, e onde só, e às vezes, os maus e medíocres "nadam em mar de contentamentos", o poeta apenas
concebe vagas entidades que, temerosamente, maiuscula (a Mudança, sempre para pior, o Tempo, a
Fortuna, o Caso, ou Acaso, arbitrário), e sob cujo signo os homens se arrastam de esperança em esperança,
de desejo em desejo.»
António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, 13.ª ed., Porto, Porto Editora, 1985, p.
338.
14. Escreva um texto expositivo bem estruturado, com duzentas a trezentas palavras, em que apresente a
sua visão sobre as relações amorosas e a passagem do tempo.
15. Leia o texto seguinte. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
NOTAS:
(1) Fala com Ela: título de um filme (realizado em 2002 por Pedro Almodóvar) cujo protagonista é um
enfermeiro que cuida de uma bailarina em coma, com quem fala e por quem desenvolve uma estranha
obsessão.
(2) sinopse: resumo, síntese.
(3) fetichismo: atração por objetos.
(4) Buñuel: Luis Buñuel (1900-1983) — realizador espanhol, ligado ao movimento surrealista; os seus filmes
centram-se em temáticas como o amor, o desejo e o combate à norma.
(5) Ferreri: Marco Ferreri (1928-1997) — realizador italiano conhecido pelos seus filmes Provocadores e
polémicos.
(6) Teledisco: curta-metragem que acompanha um tema musical ou uma canção. O realizador Spike Jonze
realizou vários telediscos no início da sua carreira.
A. O excerto selecionado constitui uma crítica ao filme «Her — Uma História de Amor» porque
____ (B) analisa o argumento do filme com profundidade e apresenta as suas incoerências.
____ (C) descreve e analisa o filme, fornecendo exemplos concretos que justificam a visão apresentada.
____ (D) discorda das escolhas do realizador no que diz respeito às cenas mais intensas.
B. No primeiro parágrafo da crítica, o autor
____ (A) elogia a ideia estrutural do filme e compara Spike Jonze a realizadores como Buñuel e Ferreri.
____ (B) aplaude a ideia estrutural do filme e supõe que o filme seria semelhante aos filmes de Buñuel
e Ferreri.
____ (C) aprova a ideia original do filme e compara este argumento com os escritos para filmes de
Buñuel e Ferreri.
____ (D) aprova o argumento escrito por Spike Jonze, que relembra alguns filmes de Buñuel e Ferreri.
C. Na passagem «mas não foi esse o filme que ele fez» (linha 4), o vocábulo destacado
____ (A) o sistema operativo pela qual a personagem está apaixonada tem uma voz sensual.
____ (B) o sistema operativo é uma personagem complexa e a voz é de uma conhecida atriz americana.
____ (C) o sistema operativo constitui uma personagem com alma e sentimentos e o fascínio é exercido
através de uma voz sensual.
____ (D) o sistema operativo constitui uma personagem complexa e cria uma ilusão de presença
através da voz.
____ (C) mostrando aos leitores que existe apenas uma cena válida no filme.
____ (D) apontando alguns detalhes positivos sobre vários aspetos do filme.
16. Leia atentamente o texto que se segue. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
Depressão
A perturbação depressiva
Qualquer um de nós conhece alguém (familiar ou amigo) que tem ou já teve depressão. Isto dá-nos logo à
partida uma ideia — ainda que subjetiva — da enorme prevalência desta doença. A depressão é uma doença
que afeta ao longo da vida cerca de 15 % a 20 % das mulheres e aproximadamente metade dessa
percentagem no caso dos homens (dados da APA (1), 1994). Atinge praticamente todas as idades, desde as
crianças aos idosos, e tem implicações sociais marcadas, tendo-se tornado um verdadeiro problema de
saúde pública face ao elevado número de pessoas atingidas.
A doença interfere significativamente com a forma de sentir, pensar e agir. As suas características acabam
por se refletir no relacionamento interpessoal, nomeadamente na estrutura familiar, provocando muitas
vezes situações de conflito e incompreensão. Existem também consequências económicas, quer individuais
quer ainda para a própria sociedade, uma vez que esta patologia pode causar uma grande incapacidade para
o trabalho, conduzindo a um absentismo laboral habitualmente prolongado. Mas a depressão tem as suas
maiores consequências a nível individual, visto ser causadora de um grande sofrimento psíquico que,
infelizmente, em muitos casos, leva ao desespero e ao suicídio.
Atualmente, as pessoas aceitam com maior facilidade pedir ajuda ao psiquiatra, em comparação com o que
acontecia há alguns anos. Houve, por isso, uma diminuição do estigma associado à psiquiatria, que é cada
vez mais vista como uma especialidade médica como outra qualquer. Por outro lado, admite-se com maior
facilidade que se está deprimido ou, pelo menos, as pessoas estão mais sensibilizadas para a doença, já que
ela é abordada frequentemente pelos vários meios de comunicação social. Estes dois fatores levam a que
haja um maior número de casos diagnosticados de depressão.
Nos últimos anos, tem havido uma maior atenção e sensibilização para as doenças mentais por parte dos
colegas de clínica geral, detetando-se por isso mais casos que, no passado, não eram diagnosticados e muitas
vezes se escondiam por detrás de queixas físicas. As inovações terapêuticas nesta área têm sido
significativas. O aparecimento de novos antidepressivos, mais seguros e mais bem tolerados, acabou por
generalizar o seu uso entre os médicos não especialistas. O marketing dos laboratórios na promoção dos
seus produtos e o aparecimento frequente deste tema nos meios de comunicação social poderão ter
contribuído também para um aumento da utilização destes tratamentos.
Existem várias abordagens no tratamento da depressão, desde a atuação farmacológica, à psicoterapia
individual ou em grupo, e, mais recentemente, à estimulação magnética transcraniana. Independentemente
da estratégia terapêutica escolhida, é importante referir que os tratamentos para a depressão não visam
apenas a melhoria do humor e do estado geral, procurando ainda restabelecer o indivíduo em termos de
funcionamento social e prevenir futuras recorrências da doença.
Dr. Pedro Afonso (professor auxiliar convidado de psiquiatria na Faculdade de Medicina da UL; professor
convidado no Instituto de Ciências da Saúde da UCP) http://medicopsiquiatra.pt/temas-clinicos/depressao,
consultado a 14-11-2014 (com adaptações).
NOTAS:
(1) APA: American Psychiatric Association — Associação Americana de Psiquiatria.
A. O título e o subtítulo do texto ajudam o leitor a
B. No que diz respeito à estrutura do texto, o autor hierarquizou os tópicos da seguinte forma:
C. A expressão «(dados da APA, 1994)» (linha 4), remete para uma nota de rodapé que tem a função de
____ (A) explicitar que os dados se referem a uma recolha efetuada em 1994.
____ (B) adicionar informação sobre a percentagem de homens que sofre de depressão.
____ (C) explicitar o significado da sigla que foi apresentada no texto principal.
____ (D) referir que a origem dos dados é um documento da APA publicado em 1994.
____ (C) é alargado e fica a conhecer o essencial sobre o desenvolvimento da perturbação depressiva.
____ (D) é alargado e fica a conhecer detalhes sobre a aceitação da especialidade de psiquiatria por
médicos de clínica geral.
E. Na frase «Estes dois fatores levam a que haja um maior número de casos diagnosticados de depressão»
(linhas 18 e 19), o vocábulo «fatores» refere-se
____ (A) à consciência que os doentes têm do seu estado e à facilidade com que pedem ajuda.
____ (B) à aceitação da psiquiatria como especialidade médica e à facilidade com que os doentes
pedem ajuda.
____ (C) à aceitação da psiquiatria como especialidade médica e às campanhas dos media.
____ (D) à consciência que os doentes têm do seu estado e à sensibilização levada a cabo pelos meios
de comunicação social.
17. Leia o seguinte texto de apreciação crítica. Caso seja necessário, consulte as notas para esclarecimentos.
Depois, para cada item, selecione a opção correta.
____ (B) indicia que o tema do filme é uma discussão sobre a vida para além da morte.
____ (C) indicia que o tema do filme é a problemática da ignorância que os humanos têm sobre a
morte.
____ (D) mostra que o tema do filme é uma discussão sobre a ignorância que temos sobre o que
acontece após a morte.
____ (A) mostrar que o nome das personagens e o nome dos atores é utilizado no filme de forma
aleatória.
____ (B) apontar a diferença entre o nome das personagens e o nome dos atores.
____ (A) explicar a razão pela qual o casal tenta esquecer que tem medo de ser assaltado.
____ (B) acrescentar informação sobre os possíveis motivos pelos quais o casal tenta racionalizar o
medo que tem de ser assaltado.
____ (C) enfatizar as razões pelas quais o casal tenta aligeirar a possibilidade de ter sido assaltado.
____ (D) apresentar informação sobre as razões que levam o casal a racionalizar o medo que tem de
ser assaltado.
D. O primeiro parágrafo constitui uma interrogação sobre o motivo pelo qual o realizador selecionou
____ (A) ao facto de o realizador ter editado incorretamente as duas primeiras cenas.
____ (B) ao facto de a primeira cena do filme Amor consistir num arrombamento.
____ (C) ao facto de o realizador ter feito uma má escolha em termos de enquadramento da cena.
____ (D) ao facto de, nessa cena, se romper o ecrã quando o filme é exibido no cinema.
F. Na expressão «se arromba, <literalmente>, o ecrã» (linha 6), o advérbio destacado significa
____ (A) um paradoxo, pois um plano cinematográfico não pode despedaçar o ecrã do cinema.
____ (B) uma comparação, pois compara-se a cena do arrombamento da porta pelos bombeiros com o
efeito que essa cena terá nos espectadores.
____ (C) uma metáfora, pois a porta que é arrombada e separa o exterior do interior da casa é
comparada ao ecrã que separa a ficção da realidade.
____ (D) uma hipálage, há uma transposição do sentido do arrombamento da porta para o ecrã.
H. A frase «Sim, o cinema pode fazer “mal”, sim […]» (linha 16) a repetição do advérbio de afirmação
pretende
____ (A) enfatizar os efeitos que o tipo de cinema produzido pelo realizador pode apresentar.
____ (B) expressar concordância do autor do texto com o tipo de cinema produzido pelo realizador.
I. Com os enunciados «Vai aprendendo o que fazer com a proximidade, com a intimidade. E com o amor. E
com a morte.» (linha 23), o autor do texto defende que o realizador do filme está interessado em
____ (A) filmar a construção da relação amorosa dos protagonistas lentamente, por etapas.
____ (B) filmar de forma realista a relação amorosa que os protagonistas mantêm.
____ (C) inserir apenas cenas consideradas importantes para ilustrar a relação do casal.
____ (D) inserir apenas cenas íntimas, em que as personagens se amem ou morram.
J. Ao classificar a relação entre o casal através da expressão «esbarra num amor inviolável» (linha 28), o
autor conclui que
____ (B) a relação filmada por Michael Haneke é superior ao que o próprio filme revelara.
18. Leia atentamente o texto seguinte. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
Brincando aos Clássicos
Luís Miguel Oliveira
20.08.2015
Christophe Honoré não faz a coisa por menos: são mesmo as Metamorfoses de Ovídio que se propõe
adaptar neste filme.
Mudança de tom, dir-se-ia com benevolência, visto que o tínhamos deixado com o muito dececionante Os
Bem Amados, um melodrama falho de força e imaginação que tentava fazer a quadratura do círculo, isto é,
conciliar uma aura romanesca de apelo popular e um espírito «autorista» capaz de integrar algumas
memórias clássicas/modernas do cinema francês, nomeadamente da nouvelle vague (e sobretudo Demy,
que Honoré já glosou várias vezes).
Metamorfoses dececiona ainda mais e dá a ideia de que pouco diferencia hoje Honoré de um cineasta como
François Ozon, a saltitar entre filmes que não transportam nada de um estilo pessoal – «proteiformes»,
como lhes chamava com ainda mais benevolência um crítico francês – e têm o seu fundamento na ilustração
de um tema ou de um gesto, tomados, em qualquer caso, como o «rasgo» que justifica o filme.
Aqui, portanto, Ovídio, transposto para a França contemporânea, entre os subúrbios (de onde emerge
Europa, aqui estudante liceal) e uma ruralidade mais ou menos idílica. Como o poema, o filme de Honoré
«metamorfoseia-se» constantemente, entre as muitas histórias em que se multiplica — é curiosamente uma
operação que não deixa de ter pontos de contacto, práticos e conceptuais, com as Mil e Uma Noites de
Miguel Gomes, a estrear ainda este mês. Ou com as Mil e Uma Noites de Pasolini — que não terão deixado,
estas sim, de estar na cabeça de Honoré quando pensou o seu filme, nem esse título especificamente nem as
outras adaptações pasolinianas de textos clássicos. Mas falta-lhe tudo: nem a «selvajaria» de Pasolini, nem a
sua liberdade (o seu gozo, em todos os sentidos do termo, inclusive o mais sexual), substituídos por uma
narração que apenas as pode tentar emular ou evocar, com resultados frequentemente desconcertantes por
desembocarem num ridículo em que a única dúvida é saber se era realmente pretendido ou apenas
acidental.
Pensamos também, pelo tratamento da mitologia num contexto naturalista e pela presença da natureza
propriamente dita (bosques, rios, animais), na graça e na desfaçatez de um cineasta como Jean Renoir, o
outro polo em torno do qual o filme parece circular. Mas trazer Renoir para aqui é ainda pior; ao pé dele as
Metamorfoses de Honoré são apenas um «bricolage» plastificado, a exibição de uma autoconsciência
incapaz de se superar, uma provocação inapelavelmente murcha.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/brincando-aos-classicos-1705312, consultado em 30 de agosto
de 2015 (com adaptações).
____ (D) constitui, com «Os Bem Amados» e as «Metamorfoses» de Ovídio, uma trilogia.
B. A expressão «a quadratura do círculo» (linha 4) é sinónima de
____ (A) procura conciliar o gosto pelo popular com o espírito de autor.
____ (B) desenvolve temas já tratados pelo realizador e argumentista francês Jacques Demy.
____ (C) insere-se na linha do penúltimo filme de Honoré, «Os Bem Amados».
____ (D) constitui uma certa rutura em relação ao penúltimo filme de Honoré, «Os Bem Amados».
____ (D) pretende suscitar a dúvida do espectador sobre o que é pretendido e o que é acidental.
F. Como afirma o autor, neste filme,
____ (D) o contexto naturalista da mitologia e a presença da natureza evocam a obra de Jean Renoir.
G. A palavra «Mas» (linha 18), relativamente ao conteúdo da frase anterior, corresponde à introdução de
19. Proceda ao visionamento da reportagem sobre o livro póstumo de Vasco Graça Moura acerca do
verdadeiro retrato do poeta Luís de Camões, que pode encontrar aqui:
http://www.rtp.pt/noticias/cultura/livro-postumo-de-vasco-graca-moura-procura-verdadeira-face-do-poeta-
luis-de-camoes_v749246. Depois, responda sucintamente às perguntas que se seguem.
E. Repare na figura feminina que surge no canto inferior esquerdo do ecrã. Indique a sua função e o motivo
por que aparece nesse local.
F. Nas imagens, verificamos que a apresentação do livro decorreu num auditório no qual o público ouviu três
oradores discorrerem sobre o ensaio publicado. Identifique a instituição que proporcionou este evento,
justificando a sua resposta.
I. Os entrevistados na peça jornalística são identificados numa nota de rodapé. Aponte os seus nomes e
respetivas profissões.
20. Proceda ao visionamento da reportagem sobre o livro póstumo de Vasco Graça Moura acerca do
verdadeiro retrato do poeta Luís de Camões, que pode encontrar aqui:
http://www.rtp.pt/noticias/cultura/livro-postumo-de-vasco-graca-moura-procura-verdadeira-face-do-poeta-
luis-de-camoes_v749246. Depois, responda sucintamente às perguntas que se seguem.
A. O primeiro entrevistado não é identificado. De que forma é que esta lacuna prejudica a transmissão da
mensagem da peça?
B. No início, somos confrontados com um excerto do filme Camões, de Leitão de Barros. Aponte uma razão
para a escolha deste excerto e explique a possível relação estabelecida com o livro apresentado.
C. O segundo excerto do filme faz referência a um outro aspeto físico do épico português. Identifique-o e
explique a razão por que a frase pronunciada pela personagem está relacionada com a ideia apresentada
nesse momento.
D. Identifique a autoria do retrato de Camões produzido ainda durante a sua vida e que não corresponderia
à sua personalidade amargurada.
E. De acordo com as afirmações do primeiro entrevistado, qual é a tese central de Vasco Graça Moura no
ensaio que produziu?
F. Explique o que levou José de Guimarães a dar o seu testemunho nesta peça jornalística.
G. Eduardo Lourenço refere-se no fim da peça à cegueira de Homero e à cegueira de Camões, concluindo
que Vasco Graça Moura poderia ter construído um poema sobre esta questão mas não ele, porque não é
poeta. Aponte uma possível pergunta que pudesse originar este tipo de resposta por parte do ensaísta.
H. Explique a razão pela qual a peça faz uso da estratégia de folhear o livro em questão.
I. Explique que tipo de peça jornalística visionou e apresente o seu objetivo central.
21. Proceda ao visionamento da reportagem «Aprender a trabalhar», de Luís Soares, na Antena 1, sobre o
ensino dual na Alemanha, que pode encontrar aqui: http://www.rtp.pt/play/p309/e199147/reportagem-
antena-1. Depois, responda às perguntas que se seguem.
A. Indique a ordem pela qual os assuntos e informações seguintes são apresentados na reportagem,
numerando-os de 1 a 11.
_______ — Cerca de 60 % dos formandos continuam a trabalhar nas respetivas empresas após o final da
formação.
_______ — O repórter apresenta a mãe e as duas filhas, que chegam a uma padaria no centro de Berlim.
_______ — Na Alemanha, a taxa de desemprego jovem é inferior a 8%.
_______ — A padaria faz formação de funcionários que frequentam o ensino dual alemão.
_______ — Segundo um dos formandos, muitos ainda olham para a formação dual com algum preconceito.
_______ — Na empresa alemã que constrói vagões, o aluno entrevistado produz trabalho para a empresa e
ganha setecentos euros líquidos.
_______ — Segundo Elísio Silva, da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, que se dedica à formação
profissional em Portugal, apesar da taxa de desemprego altíssima, ainda não é possível transferir a estrutura
do ensino dual alemão para Portugal.
_______ — Na Alemanha, por razões demográficas, o número de formandos no ensino dual tem vindo a
diminuir.
_______ — Na Lei Federal de Formação Profissional da Alemanha, estão regulamentadas 330 profissões.
_______ — Apenas uma rapariga frequenta a formação para técnica de operações de eletrónica.
_______ — No ensino dual, em regra, um terço da formação é de carácter teórico; o restante é prático e
ocorre nas empresas.
B. Indique duas características que demostrem que documento que ouviu é uma reportagem.
NOTAS:
(1) Fala com Ela: título de um filme (realizado em 2002 por Pedro Almodóvar) cujo protagonista é um
enfermeiro que cuida de uma bailarina em coma, com quem fala e por quem desenvolve uma estranha
obsessão.
(2) sinopse: resumo, síntese.
(3) fetichismo: atração por objetos.
(4) Buñuel: Luis Buñuel (1900-1983) — realizador espanhol, ligado ao movimento surrealista; os seus filmes
centram-se em temáticas como o amor, o desejo e o combate à norma.
(5) Ferreri: Marco Ferreri (1928-1997) — realizador italiano conhecido pelos seus filmes Provocadores e
polémicos.
(6) Teledisco: curta-metragem que acompanha um tema musical ou uma canção. O realizador Spike Jonze
realizou vários telediscos no início da sua carreira.
A. Releia as linhas 12 a 14 e repare no vocábulo «corpo», repetido várias vezes. Indique os significados que a
palavra «corpo» tem no contexto apresentado.
B. Relembre o campo semântico do vocábulo referenciado na questão A. e crie duas frases em que «corpo»
tenha aceções diferentes.
«Já os vimos mais poderosos, mais ferozes, com menos ganga.» (linha 24)
D. Classifique as orações subordinadas presentes nas frases que se seguem.
a) «[…] descobre depois que também tem uma espécie de sentimentos.» (linhas 11-12)
b) «Ele (que é Joaquin Phoenix) num canto do mundo» (linha 16)
Depressão
A perturbação depressiva
Qualquer um de nós conhece alguém (familiar ou amigo) que tem ou já teve depressão. Isto dá-nos logo à
partida uma ideia — ainda que subjetiva — da enorme prevalência desta doença. A depressão é uma doença
que afeta ao longo da vida cerca de 15 % a 20 % das mulheres e aproximadamente metade dessa
percentagem no caso dos homens (dados da APA (1), 1994). Atinge praticamente todas as idades, desde as
crianças aos idosos, e tem implicações sociais marcadas, tendo-se tornado um verdadeiro problema de
saúde pública face ao elevado número de pessoas atingidas.
A doença interfere significativamente com a forma de sentir, pensar e agir. As suas características acabam
por se refletir no relacionamento interpessoal, nomeadamente na estrutura familiar, provocando muitas
vezes situações de conflito e incompreensão. Existem também consequências económicas, quer individuais
quer ainda para a própria sociedade, uma vez que esta patologia pode causar uma grande incapacidade para
o trabalho, conduzindo a um absentismo laboral habitualmente prolongado. Mas a depressão tem as suas
maiores consequências a nível individual, visto ser causadora de um grande sofrimento psíquico que,
infelizmente, em muitos casos, leva ao desespero e ao suicídio.
Atualmente, as pessoas aceitam com maior facilidade pedir ajuda ao psiquiatra, em comparação com o que
acontecia há alguns anos. Houve, por isso, uma diminuição do estigma associado à psiquiatria, que é cada
vez mais vista como uma especialidade médica como outra qualquer. Por outro lado, admite-se com maior
facilidade que se está deprimido ou, pelo menos, as pessoas estão mais sensibilizadas para a doença, já que
ela é abordada frequentemente pelos vários meios de comunicação social. Estes dois fatores levam a que
haja um maior número de casos diagnosticados de depressão.
Nos últimos anos, tem havido uma maior atenção e sensibilização para as doenças mentais por parte dos
colegas de clínica geral, detetando-se por isso mais casos que, no passado, não eram diagnosticados e muitas
vezes se escondiam por detrás de queixas físicas. As inovações terapêuticas nesta área têm sido
significativas. O aparecimento de novos antidepressivos, mais seguros e mais bem tolerados, acabou por
generalizar o seu uso entre os médicos não especialistas. O marketing dos laboratórios na promoção dos
seus produtos e o aparecimento frequente deste tema nos meios de comunicação social poderão ter
contribuído também para um aumento da utilização destes tratamentos.
Existem várias abordagens no tratamento da depressão, desde a atuação farmacológica, à psicoterapia
individual ou em grupo, e, mais recentemente, à estimulação magnética transcraniana. Independentemente
da estratégia terapêutica escolhida, é importante referir que os tratamentos para a depressão não visam
apenas a melhoria do humor e do estado geral, procurando ainda restabelecer o indivíduo em termos de
funcionamento social e prevenir futuras recorrências da doença.
Dr. Pedro Afonso (professor auxiliar convidado de psiquiatria na Faculdade de Medicina da UL; professor
convidado no Instituto de Ciências da Saúde da UCP) http://medicopsiquiatra.pt/temas-clinicos/depressao,
consultado a 14-11-2014 (com adaptações).
NOTAS:
(1) APA: American Psychiatric Association — Associação Americana de Psiquiatria.
«O aparecimento de novos antidepressivos, mais seguros e mais bem tolerados, acabou por generalizar o
seu uso entre os médicos não especialistas.»
B. Releia as frases que se seguem e classifique o tipo de orações subordinadas que contêm.
a) «uma vez que esta patologia pode causar uma grande incapacidade para o trabalho» (linhas 10-11)
b) «que, infelizmente, em muitos casos, leva ao desespero e ao suicídio» (linha 13)
c) «que é cada vez mais vista como uma especialidade médica» (linha 16)
24. Considere o soneto de Camões que se apresenta de seguida.
NOTAS:
(1) rosas: face.
(2) perlas e corais: dentes e lábios.
(3) parece: aparece.
(4) em nova glória: alusão à glória da alma ao contemplar, no céu, as divinas essências.
NOTA:
(1) enoja: entristece.
A. Identifique o campo lexical dominante no poema e cite palavras que lhes sejam associadas.
B. Identifique a função sintática das palavras destacadas no constituinte seguinte:
26. Considere o texto seguinte. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
D. O constituinte «trazer Renoir para aqui» (linha 25) desempenha a função sintática de
____ A) sujeito.
F. O segmento «se era realmente pretendido ou apenas acidental» (linhas 21-22) é uma oração subordinada
27. Considere o texto seguinte. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
A. O constituinte «mais sensível do que se pensa ao aumento dos gases com efeito de estufa na atmosfera»
(linhas 1-2) desempenha a função sintática de
B. O constituinte «que lançaram um projeto para testar modelos de evolução climática» (linha 2)
desempenha a função sintática de
____ A) sujeito.
E. O constituinte «dos mais poderosos supercomputadores» (linha 15) desempenha a função sintática de
28. Leia o texto seguinte. Depois, para cada item, selecione a opção correta.
____ (A) parte das observações das modificações na Natureza decorrentes do aumento do buraco de
ozono.
____ (C) tem por base um inquérito feito a 90 000 pessoas de 140 países.
____ (C) tem por base um inquérito feito a 90 000 pessoas de 140 países.
B. O projeto Climateprediction.net
C. A utilização, em cada computador, de uma versão do modelo climático desenvolvido pelo Met Office
britânico
____ (C) permite testar o equivalente a quatro milhões de anos de evolução climática.
F. As previsões do Climateprediction.net
____ (A) são idênticas às do Painel Internacional das Alterações Climáticas das Nações Unidas.
____ (B) são mais preocupantes do que as do Painel Internacional das Alterações Climáticas das Nações
Unidas.
____ (C) vão ser apresentadas num relatório do Painel Internacional das Alterações Climáticas das
Nações Unidas.
29. Considere o texto abaixo apresentado. Depois, responda ao item que se segue.
NOTAS:
(1) peregrinação: viagem realizada por um devoto religioso até um local considerado sagrado; percurso
longo e fatigante.
(2) vão: inútil.
(3) discurso humano: percurso de vida.
(4) dano: prejuízo, humilhação, desgosto.
(5) se por experiência se adivinha: se a experiência de vida ensina a prever o que acontece.
(6) bem: felicidade.
(7) falece: morre, desaparece.
(8) parece: aparece.
A. No soneto «Oh! Como se alonga, de ano em ano», o vocábulo «discurso» tem o significado de percurso,
caminho. Escreva duas frases em que este vocábulo tenha outras aceções.