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Solomon vivia com a esposa e seus dois filhos em Nova Iorque, era
violinista, sabia ler e escrever e viajou para diversas regiões nesse
período em que parte do país ainda estava arraigada à cultura da
escravidão.
Ele passa por dois senhores, William Ford e Edwin Epps, e cada um
explora os seus serviços à sua maneira. Ao ser comprado por Ford,
acaba por se destacar dos demais e é ameaçado de morte. Com isso, é
transferido para Epps.
Epps é um senhor de escravos cruel, que faz questão de dificultar ainda mais a vida de seus escravos, torturando-os
muitas vezes por tédio ou prazer. A escrava Patsey é a que mais sofre com os abusos do fazendeiro.
O filme contém cenas fortes de violência, como enforcamento, violação e chicotadas – tudo de forma explícita e
realista.
Para Solomon, a liberdade só viria depois de 12 anos de muito sofrimento e com a ajuda de um homem contrário à
escravidão.
Durante esse período, ele conhece diversas mazelas do ser humano e sente na pele o desprezo e o abuso dos
senhores contra os seus escravos, impondo-lhes tortura, castigos e lesões corporais.
Assim, é possível observar a crueldade humana contra o próximo – no caso, a relação do homem branco dos EUA do
século XIX, principalmente o sulista, com o homem negro. Em termos de preconceitos, esta é uma obra sobre algo
que, quase 200 anos depois, segue lamentavelmente atual.
O relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, tornou-se logo um best-seller e
inspirou o filme de mesmo nome.