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O filme «12 anos escravo» é baseado na história real de Solomon

Northup, um homem negro, nascido livre no norte dos Estados Unidos,


que lutou arduamente durante mais de uma década pela sobrevivência
e pela liberdade.

A história passa-se em 1841, época pré-Guerra Civil (1861-1865) e


portanto alguns anos antes da abolição oficial da escravatura no país.

Solomon vivia com a esposa e seus dois filhos em Nova Iorque, era
violinista, sabia ler e escrever e viajou para diversas regiões nesse
período em que parte do país ainda estava arraigada à cultura da
escravidão.

Um dia, ele recebe uma proposta para trabalhar como violinista em


Washington e viaja com os dois homens que o contrataram, Brown e
Hamilton. Mas eles embriagam-no e sequestram-no para levá-lo ao sul
esclavagista e vendê-lo como escravo. A partir daí, Solomon precisa de
improvisar como pode para sobreviver, superando humilhações físicas e
emocionais.

Ele passa por dois senhores, William Ford e Edwin Epps, e cada um
explora os seus serviços à sua maneira. Ao ser comprado por Ford,
acaba por se destacar dos demais e é ameaçado de morte. Com isso, é
transferido para Epps.

Epps é um senhor de escravos cruel, que faz questão de dificultar ainda mais a vida de seus escravos, torturando-os
muitas vezes por tédio ou prazer. A escrava Patsey é a que mais sofre com os abusos do fazendeiro.

O filme contém cenas fortes de violência, como enforcamento, violação e chicotadas – tudo de forma explícita e
realista.

Para Solomon, a liberdade só viria depois de 12 anos de muito sofrimento e com a ajuda de um homem contrário à
escravidão.

Durante esse período, ele conhece diversas mazelas do ser humano e sente na pele o desprezo e o abuso dos
senhores contra os seus escravos, impondo-lhes tortura, castigos e lesões corporais.

Assim, é possível observar a crueldade humana contra o próximo – no caso, a relação do homem branco dos EUA do
século XIX, principalmente o sulista, com o homem negro. Em termos de preconceitos, esta é uma obra sobre algo
que, quase 200 anos depois, segue lamentavelmente atual.

O relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, tornou-se logo um best-seller e
inspirou o filme de mesmo nome.

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