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Put on a Happy Face- Apreciação crítica- Português

John Holcroft, autor do cartoon “Put On a Happy Face” é conhecido pelas suas
ilustrações que, geralmente, mesmo não parecendo, possuem mensagens
profundas que remetem ao nosso quotidiano.

O caso não é diferente no cartoon em questão. Nele conseguimos observar um


pequeno armário pousado numa superfície branca, num fundo vermelho.
Dentro do armário estão 4 cruzetas com 4 rostos femininos com expressões
distintas. Por fim está ilustrado uma mão, no canto superior esquerdo, que
aparentemente é de uma mulher, a pegar num dos rostos.

A mensagem que o cartoonista quis transmitir ao público é, a meu ver, uma


crítica á sociedade atual. Tal acontece porque as pessoas têm medo de
mostrarem quem realmente são, seja por vergonha de si próprias ou por medo
de que os outros o julguem.
Como seres humanos nós conseguimos escolher o que vestir, o que dizer e
como agir perante determinadas situações. Tirando como exemplo, a
formalidade com que falamos com os nossos amigos ou com desconhecidos,
aí escolhemos como devemos falar naquele momento específico.
Mas a situação agrava-se quando perdemos a nossa identidade. Quando
temos de escolher quem vamos ser hoje, pois esse tem de ser diferente do
ontem e por sua vez, do amanhã.
Nós, cada vez mais, procuramos esconder os nossos sentimentos, vestindo
falsos sorrisos quando nos olham, trocando essa expressão quando nos
encontramos sozinhos.
Aí coloco a pergunta “Que personalidade vou vestir hoje?” “Como vai estar o
meu humor hoje?”. Enquanto escondermos quem somos, vamos viver
amargurados e com uma profunda tristeza de “vestir” uma cara feliz para puro
prazer de outras pessoas.

Assim, concluímos que a mão representada está a escolher uma face, para
mostrar naquele momento, mesmo não sendo assim que se sente.
Sendo assim, este cartoon de autoria de John Holcroft representa de uma
forma simples e eficaz algo que todos os seres humanos fazem, manter
múltiplas faces frente a diferentes pessoas, escolhendo à mão qual, quando e
como usar.

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