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BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAI DA REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE
3.° SUPLEMENTO
ARTIGO 3
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Elegibilidade
As entidades elegíveis à categoria de beneficiárias de- Compete às entidades de tutela e ao Ministério das Fi-
verão utilizar, exclusivamente, os bens ou valores rece- nanças, consoante os casos, a fiscalização das actividades
bidos, na realização dos fins especificados na presente lei. previstas na presente lei.
ARTIGO 12
ARTIGO 5
Avaliação Regulamentação
Para efeitos de obtenção de benefícios fiscais os apoios Compete ao Conselho do Ministros, até 180 dias após
não monetários deverão ser avaliados, servindo de base a publicação da presente lei, a aprovação de normas regu-
o valor constante da factura da aquisição, ou o preço lamentares necessárias para a sua implementação e exe-
normal do mercado. cução.
ARTIGO 6 ARTIGO 13
1. As entidades quo desenvolvem as actividades nas A presente lei entra em vigor 180 dias após a sua pu-
condições previstas na presente lei, além dos benefícios blicação
já garantidos em legislação anterior, estão isentas dos Aprovada pela Assembleia da República.
impostos que incidem sobre a transmissão de bens ou
valores doados. O Presidente da Assembleia da República, Marcelino
2. O Conselho de Ministros, no âmbito das suas com- dos Santos.
petências, poderá alargar os benefícios a conceder às enti-
dades referidas no número anterior Promulgada aos 13 de Setembro de 1994
ARTIGO 7 Publique-se
Tratamento a da ao livro
O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO.
1. O livro cultural, científico e escolar, assim como os
in sumos para a sua produção local gozam de isenção total
do direitos de importação e do Imposto de Circulação.
2. O Conselho de Ministros, no âmbito das suas com-
petências, poderá alargar os benefícios a conceder ao livro Lei n.° 5/94
e à sua produção nacional. de 13 de Setembro
A prestação de falsas declarações, ou desvio da utili- E atribuída ao Conselho de Ministros competência para
zação dos bens para outros fins que os estipulados na instituir um regime fiscal aplicável à actividade mineira,
presente lei implicam, além da perda da qualidade de fixando formas apropriadas da tributação em impostos
beneficiário, as demais sanções previstas na legislação em incidentes sobre esta actividade e as respectivas taxas e
geral. incentivos a investimentos realizados nesta área.
ARTIGO 2 Lei n.° 6/94
Adequação d o regime fiscal de 13 de Setembro
O regime fiscal a que se refere o artigo 1 desta lei O livre acesso dos cidadãos aos tribunais, bem como
deverá adequar-se às características específicas da activi- o direito de defesa e o direito à assistência e patrocínio
dade mineira e integrar, entre outros, o imposto sobre a judiciário são princípios consagrados na Constituição da
produção e o imposto sobre a superfície cujas bases são República, competindo ao Estado garantir o exercício
fixadas na presente lei. destes direitos fundamentais.
O surgimento da Ordem dos Advogados de Moçambi-
ARTIGO 3 que e a consequente extinção do Instituto Nacional de
Imposto sobre a produção Assistência Jurídica (INAJ) levam a que a concretização
de tais deveres constitucionais sejam assegurados pelo
1. O imposto sobre a produção é devido pelos titulares Estado, através de novas fórmulas organizativas e insti-
de concessão, certificado ou alvará, quanto à produção tucionais, realizando-se assim o desiderato de justiça so-
obtida a partir da área sujeita àqueles títulos mineiros. cial.
2. São igualmente sujeitos ao imposto sobre a produção Nestes termos, ao abrigo do disposto no artigo 135
os titulares de licenças concedidas para a realização de da Constituição, a Assembleia da República determina:
testes, ensaios ou análises dos produtos mineiros ou amos- Artigo 1. É criado o Instituto do Patrocínio e Assis-
tras obtidos a partir de áreas de licenças, desde que os tência Jurídica, que tem por função garantir a concreti-
produtos se destinem posteriormente à comercialização. zação do direito de defesa constitucionalmente consa-
3. As taxas do imposto sobre a produção serão gradua- grado, proporcionando ao cidadão economicamente des-
das entre 3 por cento e 10 por cento- protegido, o patrocínio judiciário e a assistência jurídica
de que caracer.
ARTIGO 4
Art. 2 - 1. O Instituto do Patrocínio e Assistência
Jurídica, subordina-se ao Ministério da Justiça e regula-se
Imposto s o b r e a superfície
por estatuto próprio a aprovar pelo Conselho de Ministros.
2. Enquanto não for aprovado o estatuto a que se refere
Os titulares de licença pagarão ao Estado, a título do o número anterior, vigoram os princípios e regras estabe-
imposto sobre a superfície, uma taxa anual sobre a área lecidos no Decreto n ° 8/86, de 31 de Dezembro, naquilo
da licença. que forem aplicáveis.
ARTIGO 5 Art. 3. O estatuto do Instituto do Patrocínio e Assis-
Revogação tência Jurídica referido no n.° 1 do artigo 2 da presente
lei deve ser aprovado num prazo de 120 dias.
São revogadas as disposições do capítulo II da Lei Art. 4. Os meios humanos e o património do extinto
n.° 2/86, de 16 de Abril. Instituto Nacional de Assistência Jurídica revertem para
o Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica sem outros
Aprovada pela Assembleia da República. formalismos legais.
Aprovada pela Assembleia da República.
O Presidente da Assembleia da República, Marcelino
dos Santos. O Presidente da Assembleia da República, Marcelino
dos Santos.
Promulgada aos 13 de Setembro de 1994.
Promulgada aos 13 de Setembro de 1994.
Publique-se. Publique-se.
O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO. O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO.