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Serpent e s
RAIZ/RAD VT DN
Como não costumam ser empregadas isoladamente, as palavras também
exercem uma função em cada enunciado em que aparecem.
Ex.: João presenciou a luta de serpentes.
Serpentes qualifica a luta, restringe seu significado. Exerce a função de adjunto
adnominal.
De acordo com Câmara Jr. (1968), a função diz respeito à aplicação que uma
forma tem na língua em função de seu valor gramatical.
Na forma serpentes, o [s] final tem a função de indicar o plural.
Forma, função e significado são elementos solidários e interdependentes, só
num plano de abstração um existe sem o outro.
Existem formas às quais não é possível atribuir significado.
Ex.: luta de serpentes → os vocábulos luta e serpente estão associados e ambos
expressam ideias; o de, ao contrário, parece vazio, apresentando apenas a
função de relacionar dois termos.
Vocábulos que não têm significado não são considerados palavras. Reservamos
o termo palavra apenas para vocábulos que apresentam significado.
Logo: toda palavra é vocábulo, mas nem todo vocábulo é palavra.
São palavras (e vocábulos) as formas livres, geralmente nomes, pronomes e
verbos.
São apenas vocábulos as formas dependentes, como preposições e conjunções.
MORFEMAS, MORFES E ALOMORFES
A vogal temática nominal é a vogal átona final oral dos nomes que não indica
gênero.
A vogal temática verbal é a vogal que indica a conjugação dos verbos.
RESUMINDO
CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS
Autor - ⌀ Avô
Autor - a Avó
Alternância acentual
exército ≠ exercito
agência ≠ agencia
retífica ≠ retifica
Morfes redundantes: são aqueles que reforçam o contraste entre duas formas sem
que sejam os morfes realmente responsáveis pela oposição.
Certas palavras, quando sofrem flexão de número ou de gênero, recebem marcas
desinenciais que estabelecem a oposição entre singular e plural ou entre masculino
e feminino. Porém, além dessas marcas, ocorre uma alternância que é redundante.
Avô ≠ avós ovo ≠ ovos grosso ≠ grossos
O plural é marcado pelo [s] oposto ao morfe zero do singular. Como marca
redundante, ocorre a alternância de [ô] para [ó], que apenas reforça a oposição.
bondoso ≠ bondosa sogro ≠ sogra formoso ≠ formosa
O feminino é caracterizado pela desinência [a], em oposição ao morfe zero do
masculino. A alternância de [ô] para [ó] constitui um morfe redundante, que
apenas reforça o caráter contrastivo.
Morfes homônimos: ocorre quando um único morfe corresponde a dois ou mais
morfemas distintos.
O [s] indica o plural em (as) amas. O mesmo morfe, contudo, indica a pessoa e
o número em (tu) amas.
O [a] expressa o feminino em (as) amas, porém indica a conjugação a que
pertence o verbo em (tu) amas.
A forma em si, tomada isoladamente, não identifica o morfema. A ambiguidade
somente se resolve pela recorrência ao contexto da palavra em que se encontra o
morfe.
A homonímia entre morfes se verifica também entre semantemas: vocábulos como
terra, terrestre, terreno etc. são cognatos, porque em todos aparece o mesmo
semantema [terr]. Mas em terror, terrível, aterrorizar, o semantema continua
sendo a forma [terr], sem que se possa dizer que se associa à mesma base de terra.
REFERÊNCIAS