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As preposições são utilizadas para marcarem algumas relações entre unidades linguísticas e
não são formas que possuem significado suficiente ao serem isoladas de um enunciado. Por
essa razão, são caracterizadas por formarem uma classe gramatical dependente, ou seja, a
função gramatical, de estruturação e organização, é predominante, considerando que a função
semântica, que traz sentido e significado, possui um menor valor, embora também esteja
presente.
As preposições são palavras usadas para marcar as relações gramaticais que substantivos,
adjetivos, verbos e advérbios desempenham no discurso. Em outras palavras, as preposições
são unidades linguísticas dependentes de outras, ou seja, elas não aparecem sozinhas no
discurso e servem justamente para estabelecer a ligação entre dois termos. Vejamos alguns
exemplos:
A preposição de une o verbo gosta ao termo complementar “praia”, gerando relação entre
essas unidades linguísticas e, também, sua função gramatical no discurso: “praia” é o
complemento relativo de gosta.
Nesse outro exemplo, a mesma preposição de une o substantivo pessoa ao substantivo “fibra”,
mas aqui a relação estabelecida entre as palavras é diferente: “fibra” será adjunto adnominal
de pessoa.
Por isso, as preposições, apesar de parecerem palavras pequenas e superficiais, são tão
importantes nos enunciados.
São aquelas que só aparecem na língua propriamente como preposições, sem outra função.
Nos exemplos anteriores, vimos como a preposição de manteve-se sempre sendo preposição,
embora tenha estabelecido relação entre unidades linguísticas diferentes, garantindo-lhes
classificações diferentes de acordo com o contexto.
São preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por [ou per, em algumas variações históricas e geográficas], sem, sob, sobre, trás.
Exemplos
No último exemplo, a preposição com possui significados diferentes: no primeiro caso, indica
companhia, no segundo caso, indica instrumento.
Preposições acidentais
São aquelas que não possuem originalmente a função de preposição, mas que podem acabar
exercendo essa função em determinados contextos.
São preposições acidentais: afora, como, conforme, durante, exceto, feito, fora, mediante,
salvo, segundo, visto, entre outras.
Exemplos
Fora seria, comumente, um advérbio de lugar (Ex.: O objeto estava fora da bolsa.). Entretanto,
no contexto da primeira frase, torna-se preposição acidental, já que significa “com exceção
de”.
Segundo seria, comumente, um numeral (Ex.: Cheguei em segundo lugar na corrida.). Contudo,
no contexto da primeira frase, torna-se preposição acidental, já que significa “de acordo com”.
As preposições são palavras essenciais para a gramática de nossa língua, mesmo não trazendo
consigo muito significado.
Uso das preposições
a + o = ao
a + os = aos