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Regência verbal

Verbos intransitivos

são aqueles que ocorrem sem nenhum complemento. Esses verbos contêm em si mesmos toda a
informação sobre o processo que exprimem, sem necessidade de complementação. Ex.: O livro
chegou. A chuva caiu. A flor abriu.

Verbos transitivos

são aqueles que ocorrem com um ou mais complementos. Esses verbos exprimem um processo que
inclui ou afeta algum ser, então precisam da indicação desse elemento incluído ou afetado para que
seu sentido se complete, ou seja, precisam de complementos. Ex.: Os estudantes tomaram o suco.
Toda criança gosta de sorvete.

Certos complementos verbais preposicionados não são considerados objetos indiretos por não
representarem coisa ou pessoa, e sim um lugar. É o caso de complementos de verbos que denotam
movimento, como ir, vir ou chegar, ou localização, como estar ou morar. Ex.: Vou a Portugal nas
férias. Daniela virá de Copacabana de ônibus. Ele sempre chega cedo ao escritório. Ela estava na
cozinha na hora da novela. Meu sobrinho mora na Austrália.

Podemos chamar de complemento circunstancial esse tipo de complemento, embora essa


denominação não exista na maioria das gramáticas. Em nosso curso, porém, a classificação do
complemento não será enfatizada. O importante é você empregar a regência corretamente em cada
caso.

No tipo de situação em que encadeamos (isto é, coordenamos) verbos de regências diferentes, é


necessário, na norma padrão, incluir um complemento para cada um desses verbos na frase.

No primeiro caso, empregamos o (a), que é um pronome específico para a função de objeto direto;
no segundo, empregamos (lhe), que é específico para a função de objeto indireto. Observe que essa
distinção só se faz para as pessoas “ele” (e seu feminino e plural: “ela / eles / elas”) e “você” (e seu
plural: “vocês”). Para as demais pessoas, o pronome é o mesmo, quer se trate de objeto direto, quer
se trate de objeto indireto, como vimos nos exemplos com o pronome (me).

Quando tratamos a pessoa com quem falamos por você (em vez de tu), os pronomes oblíquos e as
formas verbais que precisamos usar na norma padrão são idênticos aos usados para a terceira pessoa
(ele). Por exemplo: “Tu te arrependeste”, mas “Você se arrependeu” (como “Ele se arrependeu”).

As pessoas você e ele são os únicos casos em que os pronomes têm formas especializadas, exclusivas
para o complemento verbal sem preposição (objeto direto) e para o complemento verbal com
preposição (objeto indireto). Para o bom emprego da norma padrão, é necessário, portanto,
identificar adequadamente a regência de cada verbo a fim de fazer uso correto dos pronomes o e
lhe. O pronome o tanto pode ser empregado em referência a coisas como a pessoas.

Mas o pronome lhe só se refere a pessoas. Além disso, os complementos verbais que podem ser
representados pelo pronome lhe são aqueles introduzidos pelas preposições a ou para.
Na norma padrão, empregamos lhe tanto para você como para ele, mas apenas em função de objeto
indireto. De igual modo, empregamos o tanto para você como para ele, mas apenas em função de
objeto direto. Sendo assim, a forma padrão: Eu o vi pode significar que quem foi visto foi a pessoa
com quem se fala (você), ou a pessoa de quem se fala (ele).

A respeito da regência nominal, observe que, em muitos casos, ela é igual à regência do verbo
cognato, quer dizer, igual à regência do verbo da mesma família gramatical do nome em questão. Em
cada um desses casos, a preposição requerida é a mesma para o verbo e para o nome.

REGÊNCIA VERBAL

A verbal, diz respeito à relação sintática de dependência que se estabelece entre o verbo e o seu
complemento. Nesse caso, o verbo é o termo regente e o complemento o termo regido.

Em outras palavras, a regência determina se uma preposição é necessária para ligar o verbo a seu
complemento. Assim, os termos, quando exigem a presença de outro, são regentes ou
subordinantes; já os que completam a significação dos anteriores são regidos ou subordinados.

REGÊNCIA NOMINAL

No caso da regência nominal, o termo regente é um nome - substantivo, adjetivo ou advérbio.

Como vimos, tanto verbos como nomes apresentam regência, e é frequente que a regência padrão
seja distinta da empregada na língua falada brasileira. Vale destacar, ainda, que na regência verbal,
os verbos diferenciam entre:

 aqueles que não têm qualquer complemento, chamados intransitivos;


 e os que têm um ou mais complementos, chamados transitivos.

Os complementos dos verbos transitivos podem se ligar a eles:

 sem qualquer preposição – transitivo direto


 ou ser introduzidos por uma preposição (indireto), como por exemplo a, de, com, entre
outras.

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