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ESTUDO DO PERÍODO

SIMPLES
FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO
 l  FRASE: enunciado de sentido completo.
  FRASE NOMINAL:  A renúncia do presidente.
  FRASE VERBAL: O presidente renunciou.
 l   ORAÇÃO: enunciado formado de verbo/ locução
verbal.
  Faremos uma boa avaliação.
 Sei  | que estamos fazendo uma boa avaliação.
 l   PERÍODO: enunciado que apresenta uma ou mais
orações, classificando-se como SIMPLES (oração
absoluta) ou COMPOSTO.
    [Amo língua portuguesa.] PS
    [Amo | estudar português, | quando é com a Laura] PC
 - Tipos de frase:
 Declarativa afirmativa:  Adoro animais.
 Declarativa negativa: Não podemos nos calar.
 Interrogativa direta: Vamos à praia?
 Interrogativa indireta: Ela queria saber como
tinham chegado até lá.
 Exclamativa: Que dia mais lindo!
 Optativa: Que Deus o acompanhe!
 Imperativa: Não bata a porta!
TERMOS ESSENCIAIS
 1.SUJEITO
 l  Termo sobre o qual se declara algo. Possui relação de
concordância com o verbo.
 l  Desempenham essa função os substantivos, pronomes
substantivos, numerais e palavras substantivadas.
  - Classificação
 a) simples – A brilhante competição foi encerrada.
 b) composto – Sol e lua alegram minha vida.
 c) desinencial – Iremos ao clube. Voltarei sozinha.
 d) indeterminado –  Mexeu-se na mochila. Mexeram na mochila.
 e) inexistente/ oração sem sujeito – apresentam verbos
impessoais ou verbos de ação da natureza.
 São dez horas. Faz frio. Há dias que chove. Está tarde.
 2. PREDICADO______________________
 Termos que expressam a ação ou estado verbais.
 Classificação:
 a) verbal – apresenta o verbo ou locução como
núcleo.
 Os infratores foram flagrados pela polícia.
 b) nominal – apresenta o nome como núcleo.
 Você é importante para mim.
 c) verbo-nominal – apresenta verbo e nome como
núcleos.
 A mulher chegou atrasada à reunião.
 PREDICAÇÃO VERBAL
 VERBO DE AÇÃO                    VERBO DE ESTADO
 (SIGNIFICATIVO)                             (VERBO DE LIGAÇÃO)
 A mulher |acordou.                        Amulher      é       
simples.
                  |caiu.                                                 parece
                  |dormiu.                                          continua
                  |saiu.                                             permanece
  
 Transitividade verbal (verbos significativos)
   VERBOS TRANSITIVO        
   Falei muito hoje!  
Falei a verdade hoje. VT DIRETO   
  VERBOS INTRANSITIVO               
   Falei sobre você hoje.  VT INDIRETO                         
              
 Falei a verdade sobre você hoje. VT
DIRETO/INDIRETO
 TERMOS INTEGRANTES 
 São aqueles que estão presentes para
complementar sintática e semanticamente os
termos essenciais na frase, integrando-os.
 Complementos Verbais
 Compreende os termos que vão auxiliar, tanto
sintaticamente quanto semanticamente, os verbos
transitivos. Há, entre os termos, uma relação de
subordinação sintática e semântica. São chamados
OBJETOS. Podem estar relacionados ao verbo,
direta ou indiretamente, por isso são
chamados objetos diretos ou objetos indiretos.
 - OBJETO DIRETO: completa os Verbos Transitivos
Diretos (VTD). Seus núcleos são representados por
substantivos e, geralmente, apresentam os
adjuntos adnominais próximos a eles.
 Maria Antonia vendeu [todas as roupas] ontem.
                          VTD                OD
 -OBJETO INDIRETO: completa os Verbos
Transitivos Diretos (VTI). Seus núcleos são também
representados por substantivos e sempre são
antecedidos por preposição, conforme a regência
verbal. Podem possuir adjuntos adnominais.
 Maria Antônia precisa de [novo emprego].
 Obs: Há casos que, por estilo de escrita, na intenção de, muitas vezes,
dar ênfase ao complemento, os objetos se comportam de forma
diferente na estrutura da frase.
  
 - OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
 Os objetos diretos, normalmente, não apresentam a preposição,
porém, há circunstancias em que essa colocação é realizada a fim de
exatamente destacar o complemento. Mas, lembre-se de que o verbo
mantém-se transitivo direto e o objeto, direto, é chamado também de
preposicionado.
 Amo /  minha escola.                   
 VTD   /  OD
 Amo / a - aos meus pais.
 VTD   /   OD preposicionado
 - OBJETO PLEONÁSTICO
 Entende-se por pleonasmo a repetição de um termo ou de
ideia. Se não for intencional, incorrerá numa incoerência, no
entanto, se há a intenção na redundância, então obtém-se
um estilo, reforçando a ideia ou termo usado.
 É exatamente o que ocorre com os objetos pleonásticos,
pois são eles que se repetem na estrutura frásica, com o
objetivo de reforçar sua presença. Sempre aparecem
pronominalizados, ou seja, são representados por pronome
obliquo átono.
 As meninas, vi-AS andando pelo parque.
 OD                         OD pleonástico
 Para mim, entregaram-ME as notas.
 OI                                          OI pleonástico
 2. Predicativos
 Os predicativos são elementos integrantes ao predicado e informam
o estado de outro termo. Há dois tipos:
 - PREDICATIVO DO SUJEITO:  atribui o estado do sujeito. Podem
estar em predicados nominais ou verbo-nominais.
 Julieta chegou cansada ao trabalho.
 SUJ         VI          PS    
 Julieta permanece atenta à aula.
 SUJ           VL              PS
 - PREDICATIVO DO OBJETO: atribui estado ao objeto, seja ele
direto ou indireto.
 Acharam o livro rasgado no chão.
 VTD          OD      PO
 Entregaram a comida à mulher cansada.
 VTDI               OD          OI            PO
 3. Complemento Nominal
 Assim como existem verbos transitivos, há também nomes
(adjetivos, substantivos e advérbios) transitivos, ou seja, que
precisam ter um complemento sintático e semântico
integrado a ele. Geralmente, são precedidos de preposição,
conforme a regência do nome. São os complementos
nominais.
 Fernanda não tem medo da felicidade.
  SUJ             VTD    OD     CN
 A menina está apaixonada por moda.
 SUJ           VL       P.SUJ             CN
 Ele mora longe de todos.
 SUJ   VI    ADJ     CN
                ADV
 4. Agente da Passiva
 São os termos que se integram à frase quando
está na voz passiva analítica. Não é um termo
obrigatório, mas esclarece o agente da ação que
possui o sujeito como paciente dela. O agente
da passiva parece sempre precedido de
preposição.
 A matéria foi dada pelo professor. (o professor
deu a matéria, portanto, agente)
 A educação é oferecida pelos pais.
 O rapaz foi denunciado pela vizinhança por seu
comportamento estranho.
AS RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO
E COORDENAÇÃO ENTRE TERMOS
 A Sintaxe se preocupa com as relações
funcionais entre os termos que compõem uma
oração e entre as orações de um período. No
entanto, para que as relações sintáticas
ocorram,  outro vínculo se faz: o semântico.
 Nessa perspectiva, sintaxe e semântica estão
juntas para estabelecerem os tipos de ligações
que podem envolver os termos de uma oração
e as orações. Trata-se das relações
de subordinação e coordenação.
SUBORDINAÇÃO
 A relação de subordinação implica a dependência. Estar
subordinado quer dizer existir  um elo de sentido que deve ser
mantido para que a estrutura se mantenha harmônica, e esse
elo é realizado pelas funções sintáticas; em outras palavras, a
subordinação exige uma parceria entre os termos para que eles
ajam, funcionem para a manutenção da frase.
 No período simples:
 Minha filha pagou a consulta ao médico. 
 – Veja que as partes que compõem a oração são interligadas
entre si, a partir da ação verbal:
 PAGOU – o sujeito da ação: “minha filha”;
                 - os complementos da ação:  o quê – “a consulta”  a
quem – “ao médico”
 No período composto:
 Os candidatos disseram que a prova foi fácil.
 – Agora, além da estrutura interna, entre os termos presentes no
enunciado acima, outra relação se faz: há duas ações verbais,
portanto, duas orações. Entre elas, uma relação de subordinação,
pois
 “Os candidatos disseram” – a ação verbal possui  o sujeito, agente, e
exige que seu sentido seja completado por informações que não
estão inseridas na estrutura oracional: disseram o quê?
 “ a prova foi fácil” – trata-se do sentido que completa o verbo
“disseram”, presente na primeira oração. No entanto, trata-se de
outra estrutura oracional também, que possui, internamente, seus
elementos interagindo entre si, com outras relações de
subordinação.
 “que” – conectivo subordinativo responsável por ligar as duas
orações, integrando a função de objeto direto que a 2ª representa  à
1ª.  
 Assim,  vemos que a  subordinação constitui
duas relações: a sintática, em que as
categorias integrantes da frase desempenham
funções específicas, e a semântica, que
esclarece que, entre essas categorias, há uma
dependência intrínseca , na qual uma precisa
da outra para construírem um sentido ao
enunciado, criando um contexto.
CAIU NO ENEM
 (2010) 
 O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo
procurava fazer uma forte marcação nomeio campo e tentar
lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-
negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca
tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa
do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área.
 No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o
gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu
a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na
jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim
apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede
quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
  O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato
Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários
conectivos, sendo que
 a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a
zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.   
 b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta
duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo.   
 c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os
fatos observados no jogo em ordem cronológica de
ocorrência.   
 d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse
de bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.   
 e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de
ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um
bloqueio.   
GABARITO
 Em todas as opções são apresentados conectivos. O que a questão exige
do candidato é o reconhecimento das relações semânticas reveladas por
eles nos contextos nos quais estão inseridos.
 Assim, eliminamos a letra A, por apresentar a ideia do TEMPO em que a
zaga alvinegra rebateu a bola, em relação ao cruzamento de Ibson;
 eliminamos a letra B, por apresentar a ideia de TEMPO simultâneo das
ações entre Flamengo e Botafogo;
 eliminamos a letra C, por apresentar a ideia de OPOSIÇÃO em relação à
falta de chance do Flamengo para chegar à área do Botafogo
 eliminamos a letra E, pois, na própria locução conjuntiva, há a ideia de
CAUSA, a respeito da dificuldade de chegada do time rubro-negro no
gol.
 Ficamos com a letra D, pois mostra a ideia de CONCESSÃO, ou seja,
tendo mais posse de bola, espera-se que o time não apresente
dificuldade, mas foi permitido que o contrário ocorresse, apesar de todas
as condições favoráveis.

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