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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA NO AMBIENTE HOSPITALAR 1

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COMPLEMENTAR
SINTAXE

RESUMOS

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SINTAXE 2

SINTAXE

VERBOS DE LIGAÇÃO

São aqueles que indicam estado. O nome advém do fato de eles ligarem o sujeito da
oração ao predicativo do sujeito (estado, característica, aspecto). Vale frisar que, por indi-
carem estado, os verbos de ligação são chamados por alguns de verbos não-significativos

IMPORTANTE

Há um valor semântico nos verbos de ligação sempre atrelados ao estado. Em si, eles não
trazem uma ação, entretanto, em relação ao predicativo, indicam um estado permanente,
transitório, uma mudança de estado, uma permanência de estado. Observe:

As alunas estão nervosas. (estado transitório)


As alunas são nervosas (estado permanente)
Os empresários mais jovens ficaram entusiasmados. (mudança de estado)
Os empresários pareciam entusiasmados. (estado aparente)

Todos os exemplos evidenciam a mesma estrutura sintática formada por sujeito +


verbo de ligação + predicativo do sujeito. Isso é importante enfatizar: a função do verbo de
ligação é criar uma ponte entre o sujeito e o predicativo do sujeito, ou seja, se uma senten-
ça não possuir predicativo do sujeito, um verbo nunca poderá ser considerado de ligação.

SUJEITO E PREDICADO

O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, su-


jeito e predicado são termos indispensáveis para a formação das orações. No entanto
existem orações formadas exclusivamente pelo predicado.
O sujeito é o termo que estabelece concordância com o verbo.

1. “Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.”;

2. “Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus olhos”.

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Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima. Minha e primeira referem- se


ao conceito básico expresso em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo do sujeito não aparece preposi-
cionado e se relaciona com o verbo, estabelecendo a concordância.
A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma
função substantiva da oração. Pronomes substantivos, numerais e quaisquer outras pala-
vras substantivadas (derivação imprópria) também podem exercer a função de sujeito.
O sujeito pode ser determinado ou indeterminado. O indeterminado surge quando
não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da sentença se
refere.

Na Língua Portuguesa, o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:


yy com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente:

3. Bateram à porta;

4. Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.

yy com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome SE, chamado de


ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, ligado a verbos transitivos indiretos,
intransitivos ou de ligação:

1. Precisa-se de mentes criativas;

2. Vivia-se bem naqueles tempos;

3. Trata-se de casos delicados;

4. Sempre se está sujeito a erros.

As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de


um verbo impessoal, normalmente na terceira pessoa do singular. A mensagem está cen-
trada no processo verbal. Os principais casos de orações sem sujeito ocorrem com:

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yy os verbos que indicam fenômenos da natureza, no sentido denotativo:

1. Amanheceu repentinamente;

2. Está chuviscando.

yy os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se


relacionam ao tempo em geral:

1. Está tarde;

2. Ainda é cedo;

3. Já são três horas, preciso ir;

4. Faz frio nesta época do ano;

5. Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;

6. Faz anos que esperamos melhores condições de vida;

7. Deve fazer meses que ele partiu.

yy o verbo haver, na indicação de existência ou acontecimento:

1. Havia bons motivos para nossa apreensão;

2. Deve haver muitos interessados no seu trabalho;

3. Houve alguns problemas durante o trabalho.

ATENÇÃO

As orações sem sujeito não possuem voz.

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O predicado é a declaração atribuída ao sujeito.

1. Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predicado);

2. Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito) pelo pensamento (predicado).

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se o núcleo está centrado num


verbo significativo ou num nome (predicativo).
Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às mulheres de opinião.
O predicado acima apresenta uma palavra essencial que se refere ao sujeito: pedem.
As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo.
A existência (sujeito) é frágil (predicado).
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração. O verbo atua
como elemento de ligação entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.

O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:


1. Chove muito nesta época do ano;

2. Senti seu toque suave;

3. O velho prédio foi demolido.

O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; esse
nome atribui uma característica ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo
do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um
verbo.
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo.
O verbo une o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do
sujeito:
“Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.”
A função de predicativo é exercida normalmente por um adjetivo ou substantivo.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta dois núcleos significativos: um
verbo e um nome. No predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao sujeito ou
ao complemento verbal.

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O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo. É também sempre por


intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo a que se refere.
1. O dia amanheceu ensolarado;

2. As mulheres julgam os homens inconstantes

No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o complemento homens como o


predicativo inconstantes.

No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta duas funções: a de verbo signifi-


cativo e a de verbo de ligação. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um verbal
e outro nominal:
1. O dia amanheceu;

2. O dia estava ensolarado.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são


chamados termos integrantes da oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos verbos transitivos, com eles for-
mando unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complemen-
tos diretamente, sem a presença de preposição ou indiretamente, por intermédio de pre-
posição.
O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.

1. Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opinião;

2. Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;

3. Dou-lhes três.

4. Buscamos incessantemente o Belo;

5. Houve muita confusão na partida final.

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O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, atra-


vés de uma preposição.

1. Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;

2. Os homens pedem-lhes amor sincero;

3. Gosto de música popular brasileira.

O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal que se


liga ao nome (adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato) que completa por intermédio de
preposição:
1. Desenvolvemos profundo respeito à arte;

2. A arte é necessária à vida;

3. Tenho-lhe profundo respeito.

Os nomes que se fazem acompanhar de complemento nominal pertencem a dois


grupos:
1. substantivos, adjetivos ou advérbios derivados de verbos transitivos,

2. adjetivos transitivos e seus derivados.

IMPORTANTE

É importante não confundir COMPLEMENTO NOMINAL com ADJUNTO ADNOMINAL:


1. Se o termo preposicionado se referir ao SUBSTANTIVO CONCRETO, funcionará como
ADJUNTO ADNOMINAL.

2. Se o termo preposicionado se referir ao SUBSTANTIVO ABSTRATO, será ADJUNTO


ADNOMINAL, se funcionar como AGENTE DA AÇÃO NOMINAL, será COMPLEMENTO
NOMINAL, se funcionar como PACIENTE DA AÇÃO NOMINAL.

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Esta é a declaração do ministro (adjunto adnominal)


Em algumas regiões, houve a descoberta de muitos fósseis. (complemento nominal)
O agente da passiva é o complemento dos verbos na voz passiva e indica o agente da
ação verbal quando o sujeito é paciente, ou seja, voz passiva.
Os problemas estavam sendo criados pelos moradores da vila.

ATENÇÃO

O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa.

Os moradores da vila estavam criando os problemas.

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Os termos acessórios são adjunto adnominal, aposto e adjunto adverbial.


Os termos acessórios recebem esse nome por serem acidentais, explicativos, cir-
cunstanciais.

ADJUNTO ADVERBIAL

O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do pro-


cesso verbal ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto
adverbial.

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

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ADJUNTO ADNOMINAL

O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um


substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos adno-
minais os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.

O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.

IMPORTANTE

O adjunto adnominal liga-se diretamente ao substantivo a que se refere, sem partici-


pação do verbo.
Já o predicativo do objeto liga-se ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
O poeta português deixou uma obra inacabada.
O poeta deixou-a inacabada.

Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um substantivo abstrato, adjetivo


ou advérbio; o adjunto nominal relaciona-se apenas ao substantivo.

APOSTO

O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir


a ideia contida num termo que exerça qualquer função sintática.

Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Diz-se que o aposto é


sintaticamente equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí- lo:

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SINTAXE 10

Segunda-feira passei o dia mal-humorado.

O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:

1. explicativo: A linguística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar


melhor nossa relação com o mundo.

2. enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas coisas: amor, arte, ação.

3. resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval.

4. comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo


na baía anoitecida.

Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado
por sinais de pontuação (dois-pontos ou vírgula).

A rua Augusta está distante do Largo do São Francisco.

VOCATIVO

O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real
ou hipotético.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos,
numerais e palavras substantivadas esse papel na linguagem.

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

Crase – fusão da preposição “a” com o artigo “a (s)” ou com os pronomes demons-
trativos a(s), aquele(s), aquela (s), aquilo. Vale lembrar que a preposição é exigida pelo
antecedente (nome ou verbo) e o artigo acompanha o consequente substantivo feminino.

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SINTAXE 11

OBSERVE:

Solicitei o relatório à advogada.

REGRA GERAL

Usa-se sinal indicativo de crase antes de palavras femininas que admitam preposi-
ção “a” e artigo “a (s)” ao mesmo tempo.
A decisão caberá à delegada da cidade.
Perceba que o termo antecedente “caberá” exige a preposição “a”; o termo conse-
quente “delegada” admite o artigo “a”. Dessa fusão, ocorre o sinal de crase.

REGRA PRÁTICA

Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer “ao”


ou “aos” diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase antes da feminina.

OBSERVANDO E TREINANDO...

Todos entregaram as notas fiscais à entidade filantrópica.


Todos entregaram os documentos ao mantenedor.
Fomos à cidade a cavalo e ficamos a observar as pessoas que estavam a caminhar.
Chegamos à conclusão de que estávamos cara a cara com um problema: a sociedade está
muito a desejar.

ATENÇÃO

A palavra “que” não admite sinal indicativo de crase, pois é neutra. Há de se observar, en-
tretanto, que, em algumas situações, a palavra feminina está implícita.

Assisti a essa novela que começou ontem e não à que começou semana passada.

Houve um sugestão anterior à que você deu.


(Houve um palpite anterior ao que você me deu)

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SINTAXE 12

VALE LEMBRAR!

1. O pronome relativo “a qual” pode aparecer com sinal indicativo de crase se houver a
fusão com a preposição “a”.

Esta é a nação à qual me refiro


(Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
(Estes são os objetivos aos quais se destina o projeto.)

2. Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta, há crase:

Usam sapatos à (moda de) Luís X

CASOS FACULTATIVOS:

yy Antes de pronomes possessivos adjetivos;


Entreguei o relatório a (à) minha chefe.

yy Depois da preposição até;


Fui até a (ao) teatro. Fui até a (à) loja.

yy Antes de nomes próprios.


Entreguei o livro a (à) Paula.

Há crase nas locuções adverbiais (à primeira vista, à noite, à tarde, às vezes, às cla-
ras, à direita, à esquerda, à vista), nas locuções prepositivas (à espera de, à custa de, à
procura de) e nas locuções conjuntivas (à medida que, à proporção que).

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SINTAXE 13

PONTUAÇÃO

dd Fundamentalmente, servem para marcar PAUSAS sintáticas:

1. Vírgula
2. Ponto
3. Ponto e vírgula

dd Função essencial é a marcação da MELODIA e ENTONAÇÃO:

1. Dois pontos
2. Interrogação
3. Exclamação
4. Reticências
5. Aspas
6. Parênteses
7. Travessões

IMPORTANTE

UMA VÍRGULA PODE MUDAR TUDO...


Voz do concorrente: “Não vou passar no concurso!”
Nossa voz: “Não, vou passar no concurso!”

PRATICANDO... NÃO SE USA PONTUAÇÃO

yy Entre sujeito e predicado


yy Entre verbo e complementos verbais (objetos)
yy Entre nomes e complementos nominais
yy Nas locuções verbais, separando verbo auxiliar e principal.
yy Entre o substantivo e o adjunto adnominal

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OBSERVAÇÃO:

yy NÃO SE USA PONTUAÇÃO ENTRE TERMOS QUE ESTIVEREM EM SUA ORDEM


DIRETA:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO

ATENÇÃO

Em termos intercaladosou explicativos, as vírgulas podem ser substituídas por travessões


ou parênteses.

A vida, disse o homem sentado à mesa, é bela!


A vida – disse o homem sentado à mesa – é bela!
A vida (disse o homem sentado à mesa) é bela!

IMPORTANTE

O fato de as lojas de calçados femininos não terem sapatos com numeração superior a 39
é uma afronta às mulheres com pés grandes.

INCORPORANDO A TEORIA...

É fundamental observar a estrutura sintática da sentença acima. A maioria sentirá a


necessidade de usar uma vírgula após 39, mas cometeria um erro bastante valorizado nas
provas: separaria o sujeito do verbo.

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SINTAXE 15

ATENÇÃO

Os adjuntos adverbiais, quando intercalarem uma sequência lógica, ou quando estiverem


deslocados na oração, normalmente serão isolados por vírgulas.

Lucas e Afonso, por causa da discussão ocorrida na escola, faltaram à aula.

USO DA VÍRGULA

dd No interior da oração, serve para:

1. Separar elementos de mesma função sintática


2. Isolar o aposto explicativo
3. Isolar o vocativo
4. Deslocar o adj. adverbial
5. Supressão de verbo

dd Entre orações, serve para:

1. Separar orações coordenadas assindéticas


2. Separar orações coordenadas que tenham sujeitos diferentes
3. Isolar orações intercaladas
4. Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas e adverbiais deslocadas

PONTUAÇÃO ANTES DO “E”

yy Quando equivale a “mas”, ou seja, possui valor opositivo;


yy Quando separa orações que possuem sujeitos diferentes;
yy Quando constitui polissíndeto.

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SINTAXE 16

DOIS PONTOS

yy Enumeração explicativa;
yy Esclarecimento, síntese ou uma consequência do que já foi anunciado;
yy Antes de uma citação.

RETICÊNCIAS

yy Interrupção de uma ideia, mas deixando possibilidade de dar continuidade.


yy Marcar hesitação, surpresa, dúvida ou timidez na fala.
yy Indicar ironia.

ASPAS

yy Início e final de citação


yy Ênfase em termos que não são peculiares à linguagem normal (estrangeirismos,
neologismos e outros)
yy Acentuar o valor significativo ou irônico de uma palavra.

PARÊNTESES

yy Intercalar uma reflexão ou um comentário.


yy Acrescentar uma explicação ao texto, muitas vezes sob a forma de aposto ou
oração adjetiva explicativa.

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SINTAXE 17

CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo concorda em número e em pessoa com o sujeito ao qual ele se refere.

A presença do líder deixou os eleitores mais tranquilos.


Os atentados ao país trouxeram sérios prejuízos à população menos favorecida.
Ninguém compareceu ao evento ocorrido neste final de ano na empresa.

IMPORTANTE

Às vezes, o sujeito aparece posposto ao verbo. Dessa maneira, localizá-lo é fundamental


para evitar erros de concordância verbal.

TREINANDO...

Durante o seminário, foi concedido aos participantes que estavam presentes em de-
terminado momento, todos os direitos. (f)
A presença dos dirigentes dos bancos, na reunião ocorrida na semana passada, trou-
xeram mais segurança aos funcionários que estavam preocupados com as medidas to-
madas. (f)

ALGUNS CASOS SÃO IMPORTANTES… FIQUE ATENTO...

yy VERBOS IMPESSOAIS
yy PARTÍCULA “SE”
yy SUJEITO ORACIONAL

VERBOS IMPESSOAIS: São verbos que não possuem sujeito. Por isso, não têm com
quem concordar e ficam na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo SER, indi-
cando tempo.

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SINTAXE 18

CASOS:

yy Verbos que denotam fenômenos da natureza

Ex.: Choveu ontem à tarde.


Neva às vezes no Paraná

yy Verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza

Ex.: O hotel existe faz dez anos.


Ontem fez quinze anos que Pedro partiu.
Faz noites quentes no verão nordestino.

yy Verbo haver, significando existir ou acontecer ou indicando tempo decorrido

Ex.: O hotel existe há dez anos.


Há alguns problemas que não conseguimos resolver.
O verbo haver, quanto à predicação, é transitivo direto. O elemento que parece ser
sujeito, na verdade é objeto direto.

Ex.: Há problemas gravíssimos. (problemas gravíssimos = objeto direto)

yy com a expressão passar de, indicando horas

Ex.: Já passa das 10h.

yy com as expressões “chegar de” e “bastar de” , no imperativo

Ex.: Basta de baderna, garotos.

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SINTAXE 19

yy com o verbo ser, indicando horas, datas e distâncias.

Esse verbo, apesar de ser impessoal, não ficará obrigatoriamente na terceira pessoa
do singular.
Quando indicar horas, o verbo concordará com o numeral a que se refere:

Ex.: São duas horas da tarde.


Era meio-dia quando ela chegou

OBSERVAÇÃO

O verbo auxiliar de um verbo impessoal fica também invariável, ou seja, na 3ª pessoa


do singular.

Ex.: Deve haver muitas pessoas procurando emprego naquela cidade.

yy Verbo com a partícula apassivadora SE

O verbo concorda com o sujeito.

Ex.: Vende-se uma geladeira.


Vendem-se carros.
Alugam-se fantasias
Construiu-se um túnel na cidade.

yy Verbo com índice de indeterminação do sujeito.

O verbo fica na 3ª pessoa do singular e a partícula a SE está ligada a um verbo


transitivo indireto ou intransitivo.
Exemplo: Precisa-se de pedreiros.
Trabalha-se muito em Brasília.

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SINTAXE 20

yy SUJEITO REPRESENTADOR POR UMA ORAÇÃO...

Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo da oração principal fica
na 3ª pessoa do singular.

LEMBRETE: SUJEITO ORACIONAL: o sujeito de um verbo é uma oração (outra estru-


tura verbal).

Exemplo: Beber dois litros de água por dia faz bem à saúde.
Não adianta vocês ficarem parados na fila.
Não ficou definido quando iremos ao baile.
Sintaxr

PERÍODO COMPOSTO
PERÍODO COMPOSTO
Período simples:  estrutura, com sentido completo, constituída por uma ‘’única
oração”.
Período simples: estrutura, com sentido completo, constituída por uma ‘’única oração”.
Período  coposto:  estrutura, com sentido completo, constituída por mais de uma
Período coposto: estrutura, com sentido completo, constituída por mais de uma ora-
oração. Tais orações podem ser dependentes (período por subordinação) ou
ção. Tais orações podem ser dependentes (período por subordinação) ou independentes
independentes sintaticamente (período por coordenação).
sintaticamente (período por coordenação).

Período composto por coordenação: as orações possuem independência sintática,


Período composto por coordenação: as orações possuem independência sintática,
e dependênciasemântica
e dependência semântica entre si. Isso
entre si. implica dizer que
Isso implica umaque
dizer oração
umanãooração
exerce função
não exerce
sintática em relação à outra.
função sintática em relação à outra.

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CLASSIFICAÇÃO DAS COORDENADAS
SINTAXE 21

CLASSIFICAÇÃO DAS COORDENADAS

Orações coordenadas assindéticas: são aquelas que não apresentam “síndeto” (co-
nectivo).
Orações coordenadas sindéticas: apresentam “síndeto” (conectivo). Esses conecti-
vos determinam a classificação das orações sindéticas. Elas podem ser:

yy Aditivas: introduzem ideia de inclusão, adição, acréscimo. Principais conjunções: e,


nem, mas também, como também.

yy Adversativas: introduzem ideia de oposição, contraste, ressalva. Principais conjunções:


mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, contudo, senão, e equivalente a mas
Alternativas: introduzem ideia de alternância ou possibilidade. Principais conjunções:
ou, ou...ou, quer...quer, ora...ora, seja...seja...
yy Conclusivas: introduzem ideia de conclusão ou consequência. Principais
conjunções: portanto, logo, por conseguinte, então, pois (posposto ao verbo).
yy Explicativas: introduzem ideia de explicação, justificativa. Principais conjunções:
porque, que, porquanto, pois (anteposto ao verbo.

PERCEBA!

As alunas discutiram com o professor e saíram irritadas da aula.


As alunas brigaram com o professor, entretanto não saíram irritadas da aula.
As alunas brigaram com o professor, pois ele foi muito exigente na correção.
As alunas brigaram com o professor, portanto não participarão da confraternização
da próxima semana.

Ora as alunas brigam com o professor, ora o elogiam publicamente.

yy É possível construir períodos apenas com orações assindéticas ou apenas com


orações sindéticas, ou seja, para que existam as assindéticas, não há a necessidade
da existência das sindéticas e vice-versa.

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SINTAXE 22

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Constituído por orações dependentes sintaticamente, ou seja, uma oração exerce


função sintática em relação à outra.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

yy Oração Principal: base para que outra oração exerça função sintática.
yy Oração Subordinada: exerce função sintática. Quando apresenta conectivo (pronome
relativo ou conjunção) está “desenvolvida”; quando não apresenta conectivo, é
chamada de reduzida. A classificação da oração subordinada é determinada pela
função sintática que ela exerce.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

Subordinadas substantivas
yy Possuem valor de “substantivo”;
yy Quando estão desenvolvidas, são iniciadas pelas “conjunções integrantes” (que/se);
yy Funções: sujeito (subjetiva), objeto direto (objetiva direta), objeto indireto (objetiva
indireta), complemento nominal (completiva nominal), aposto (apositiva) e predicativo
(predicativa);

OBSERVE:

É fundamental que os juízes avaliem o caso com cuidado.


O juiz garantiu que julgará o caso com cuidado.
Os réus gostariam de que o juiz julgue o caso com cuidado.
Todos os envolvidos têm medo de que o juiz não julgue o caso com cuidado.
Os pais desejam uma coisa: que o juiz julgue o caso com cuidado.
Meu desejo é que o juiz julgue o caso com cuidado.

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SINTAXE 23

DICAS

1. A oração subordinada substantiva apositiva aparece após dois pontos – aposto enu-
merativo.
2. São preposicionadas as subordinadas com função de objeto indireto e complemento-
nominal.
3. A oração substantiva predicativa aparece após verbo de ligação.

SUBORDINADAS ADJETIVAS

yy Referem-se ao substantivo, portanto têm valor de “caracterizador”;


yy Podem “restringir” (RESTRITIVAS) ou “ampliar” (EXPLICATIVAS) o sentido do
substantivo da oração principal;
yy Quando desenvolvidas, são iniciadas pelos PRONOMES RELATIVOS (que, o qual,
quem, onde, cujo(s)...).

IMPORTANTE!

yy As adjetivas explicativas aparecerão sempre isoladas por vírgulas, travessões ou


parênteses.

Pneus que não resistem a grande peso são perigosos.


Pneus, que não resistem a grande peso, são perigosos.

Observe como a mudança de pontuação altera o sentido do texto:

Nada a ver com censura


(...) A portaria 264 é o último lance da reforma iniciada com o lançamento de um ma-
nual que alterou os critérios de classificação por horário e faixa etária. (...) Instituem-se
procedimentos que tornam mais difícil para as redes de TV protelar uma eventual reclas-
sificação de seus programas para horários mais avançados.
(...) As redes de TV aberta, que já condenavam as antigas regras, bombardearam a
iniciativa. (Revista Veja, 21/02)

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SINTAXE 24

SUBORDINADAS ADVERBIAIS

yy Valor de ADVÉRBIO;
yy Funciona como ADJUNTO ADVERBIAL;
yy Indicam CIRCUNSTÂNCIA;
yy Quando estão desenvolvidas, são iniciadas pelas conjunções subordinativas – exceto
as integrantes;
yy São classificadas a partir da circunstância que indicam.

CLASSIFICAÇÃO DAS ADVERBIAIS

1. Causal – indica a causa, o motivo do fato expresso na oração principal. Principais


conjunções: porque, visto que, como, que.
Acordou muito cedo porque precisava caminhar.
Como estava cansado, ficou em casa.

2. Concessiva – indica oposição, ação contrária à oração principal. Principais


conjunções: embora, ainda que, mesmo que, não obstante, conquanto.
Embora estivesse armado, não atirou no policial.
Não viajarei neste final de ano, mesmo que haja promoções aéreas.

3. Condicional – índica condição ou hipótese em relação à oração principal. Principais


conjunções: se, caso, desde que, salvo se, contanto que, exceto se.
Se você chegar mais cedo, poderemos conversar.
Não punirei meu filho caso ele assuma seu erro.

4. Comparativa – estabelece uma comparação em relação ao fato expresso na oração


principal. Principais conjunções: como, tão...como, tanto...quanto, mais... do que,
menos... do que.
Você reagiu como um animal selvagem.
Este programa de TV é mais divertido do que crítico.

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SINTAXE 25

5. Conformativa – exprime ideia de harmonia/conformidade com o fato expresso na


oração principal. Principais conjunções: como, conforme, segundo, consoante.
Como afirmou a pesquisa feita, os brasileiros são muito céticos.
Conforme dito pelo presidente, o ano de 2022 será promissor.

6. Consecutiva – indica consequência ou efeito em relação à oração principal. Principais


conjunções: (tão) que, (tal) que, (tanto) que, de modo que, de sorte que.
Ele ficou tão irritado que passou mal.
Já caminhei hoje de sorte que estou bem disposto.

7. Temporal – indica o tempo em que se realiza a oração principal. Principais conjunções:


quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois de.
Quando meu pai apareceu, todos comemoraram muito.
Faremos uma avaliação da empresa, logo que o ano terminar.

8. Final – indica finalidade, objetivo, intenção em relação à oração principal. Principais


conjunções: a fim de que, para que, que.
Vamos a algum lugar mais calmo para que conversemos.
Vim conversar a fim de esclarecer os fatos.

9. Proporcional – exprime proporção, ou seja, um fato concomitante a outro expresso


na oração principal. Principais conjunções: à medida que, à proporção que.
À medida que caminhava, pensava na vida.
Quanto mais ele vive, mais sofre com o passado não vivido.

ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS

yy Aparecem sem conectivo – conjunção ou pronome relativo;


yy Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais;
yy O verbo aparece no infinitivo, gerúndio ou particípio.

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SINTAXE 26

LINGUAGEM FIGURADA

De modo geral, as palavras podem ser utilizadas com dois sentidos: o sentido refe-
Sintaxrou denotativo e o sentido figurado ou conotativo.
rencial

DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO

Observe o quadro comparativo a seguir:


Observe o quadro comparativo a seguir:

Quando há predomínio da denotação, o texto é considerado informativo ou referen-


Quandocial. Quando
há há predomínio
predomínio
da conotação, oda denotação,
texto é considerado o
poético ou metafórico. texto
O
considerado  informativo 
objetivo do texto referencialou  referencial.
é transmitir Quando
uma informação; há predomínio
o objetivo da conotaçã
do poético é produzir
o textoemotividade
é considerado  poético 
e subjetividade. Um dos metafórico.
ou recursos O objetivo
para produzir do étexto
a poeticidade referencia
o uso das
transmitir uma
figuras informação; o objetivo do poético é produzir emotividade
de linguagem.
subjetividade. Um dos recursos para produzir a poeticidade é o uso das figuras
linguagem.IMPORTANTE

IMPORTANTE!!!
Dentro dessa visão semântica, ou seja, da produção de sentido, é imprescindível
lembrar a existência da polissemia, que consiste na multiplicidade de significados que
uma palavra pode produzir.
Dentro dessa visão semântica, ou seja, da produção de sentido, é imprescindív
lembrar a existência da polissemia, que consiste na multiplicidade de significad
que uma palavra pode produzir.
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SINTAXE 27

Observe:
“Família muda vende tudo”.

O vocábulo “muda” pode significar “sem voz”, “desloca-se” e “transforma-se”. Ele,


portanto, possui um caráter polissêmico.
As figuras de linguagem são recursos utilizados para valorizar o texto, conferindo-lhe
criatividade, originalidade, poeticidade. Podem ser consideradas, também, formas simbó-
licas de exprimir ideias, pensamentos, sentimentos. Elas não comunicam por si mesmas,
e sim pelo que estão representando dentro do contexto. Cabe ressaltar que, nos textos de
caráter informativo, o emprego das figuras de linguagem produz um risco à referencialida-
de, pois produz excesso de subjetividade.

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

Correspondência oficial é a comunicação oficial feita entre um expedidor e um recep-


tor, na qual pelo menos um deles represente um órgão da Administração Pública. Há uma
série de normas que devem ser respeitadas, pois padronizam a elaboração dos documen-
tos oficiais. A correspondência oficial pode ser interna, isto é, transitar dentro da própria
instituição, ou externa, isto é, efetuada entre a autoridade de determinada instituição e
outra autoridade de outra instituição. As correspondências oficiais têm presença frequen-
te em prova. Em 2008, o item foi cobrado com o seguinte enunciado: “Analise a situação
hipotética descrita no item a seguir e, de acordo com as regras de redação oficial, julgue
a assertiva apresentada.” Percebe-se uma cobrança ampla, portanto deve-se ter informa-
ções acerca dos variados documentos.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma
obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão.
Como é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos, a clareza
se torna algo absolutamente indispensável e imprescindível.

CARACTERÍSTICAS DE UM DOCUMENTO OFICIAL


yy Impessoalidade;
yy Uso do padrão culto de linguagem, ou seja, obediência às normas gramaticais;
yy Clareza, concisão;
yy Formalidade e uniformidade.

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SINTAXE 28

A Constituição dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou


fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência (...)”.

A publicidade implica necessariamente, clareza e concisão (objetividade).

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO

O emprego dos pronomes de tratamento obedece à tradição e seu uso deve ser res-
peitado. São de uso consagrado. Observe:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.

b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

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SINTAXE 29

c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Exce-
lentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,


Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vo-
cativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
12345-000 – Curitiba. PR

Como se depreende do exemplo acima, dispensa-se o emprego do superlativo


ilustríssimo e/ou digníssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Se-
nhoria. E, para particulares, torna-se apropriado o tratamento de Senhor.

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SINTAXE 30

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição,


em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Mag-
nífico Reitor

Importante

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o


texto, a de saudar o destinatário. Estabelece-se o emprego de somente dois fechos dife-
rentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

IMPORTANTE

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as de-


mais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura)


NOME
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
(espaço para assinatura)
NOME
Ministro de Estado da Justiça

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SINTAXE 31

O PADRÃO OFÍCIO

Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, há três tipos de expe-


dientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o
memorando. Com a intenção de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única,
que siga o que chamamos de padrão ofício.

Partes do documento no Padrão Ofício

O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:


a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:

Exemplos:

Mem. 123/2012-MF Aviso 123/2012-SG Of. 123/2012-MME

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:

Exemplo:

Brasília, 15 de março de 2012.

c) assunto: resumo do teor do documento

Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2012.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso


do ofício deve ser incluído também o endereço.

e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o


expediente deve conter a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.

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SINTAXE 32

ATENÇÃO

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam orga-
nizados em itens ou títulos e subtítulos.

f) fecho;

g) assinatura do autor da comunicação;

h) identificação do signatário

AVISO E OFÍCIO

Definição e Finalidade

Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A


única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta-
do ou por dirigentes de órgãos integrantes da Presidência da República, para autoridades
de mesma hierarquia. Por sua vez, o ofício é usado pelas autoridades públicas para tratar
de assuntos oficiais ou de interesse da administração. Portanto, ambos têm como finali-
dade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e,
no caso do ofício, também com particulares.

Forma e Estrutura

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acrésci-
mo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete

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SINTAXE 33

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do


remetente:
yy Nome do órgão ou setor;
yy Endereço postal;
yy Telefone e endereço de correio eletrônico.

MEMORANDO

Definição e Finalidade

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um


mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferen-
tes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Sua característica principal é a rapidez.
A tramitação do memorando em qualquer órgão fundamenta-se na rapidez e simpli-
cidade de procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao
memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo sim-
plificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se
historie o andamento da matéria tratada no memorando.

Forma e Estrutura

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença
de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

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SINTAXE 34

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