EsPCEx

Volume 2
 ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA

FRENTE I - GRAMÁTICA
CAPÍTULO II – SINTAXE-TERMOS DA ORAÇÃO ........................................................................................................................................................ 03
FRENTE II – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
CAPÍTULO II – TIPOLOGIA TEXTUAL ............................................................................................................................................................................... 39
CAPÍTULO III – TIPOLOGIA TEXTUAL – GÊNEROS ....................................................................................................................................................... 41
FRENTE III – REDAÇÃO
CAPÍTULO V – ABORDAGEM TEMÁTICA E ARGUMENTAÇÃO ................................................................................................................................. 51
CAPÍTULO VI – QUESTÕES GRAMATICAIS ..................................................................................................................................................................... 57
FRENTE IV – LITERATURA.
CAPÍTULO VIII – REALISMO/NATURALISMO.................................................................................................................................................................. 65
CAPÍTULO IX – PARNASIANISMO/SIMBOLISMO ........................................................................................................................................................... 71
CAPÍTULO X – PRÉ-MODERNISMO – RESUMO ............................................................................................................................................................... 79

INGLÊS
CAPÍTULO IX – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................................................................................................................... 87
CAPÍTULO X – DEGREES OF COMPARISON ..................................................................................................................................................................... 89
CAPÍTULO XI – ADVERBS AND ADJECTIVES .................................................................................................................................................................. 95
CAPÍTULO XII – PREPOSITIONS AND MODALS ……...................................................................................................................................................... 99
CAPÍTULO XIII – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................................................................................................................. 107

MATEMÁTICA

FRENTE I
CAPÍTULO VII – FUNÇÃO MODULAR ................................................................................................................................................................................ 113
CAPÍTULO VIII – FUNÇÃO EXPONENCIAL ....................................................................................................................................................................... 117
CAPÍTULO IX – FUNÇÃO LOGARITMO............................................................................................................................................................................... 123
CAPÍTULO X – PONTOS CLÁSSICOS .................................................................................................................................................................................. 131
FRENTE II
CAPÍTULO VIII – TRIGONOMETRIA NO CÍRCULO DEFINIÇÕES .................................................................................................................................. 137
CAPÍTULO IX – REDUÇÃO AO PRIMEIRO QUADRANTE ............................................................................................................................................... 145
CAPÍTULO X – SEMELHANÇA E TRIÂNGULO RETÂNGULO .................................. ............................................................................................ 147
CAPÍTULO XI – ÁREA E RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO ............................................................................................................................... 151
CAPÍTULO XII – ÁREA E RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO ................................................................................................................................... 157
CAPÍTULO XIII – ARCO SOMA E SUAS CONSEQUÊNCIAS ............................................................................................................................................ 161
CAPÍTULO XIV – TRANSFORMAÇÃO DE PRODUTO EM SOMA E DE SOMA EM PRODUTO ................................................................................. 165
CAPÍTULO XV – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ............................................................................................................................................................ 167
FRENTE III
CAPÍTULO VIII – SISTEMAS LINEARES ............................................................................................................................................................................. 175
CAPÍTULO IX – NÚMEROS COMPLEXOS .......................................................................................................................................................................... 181
CAPÍTULO X – POLINÔMIOS ................................................................................................................................................................................................ 189
CAPÍTULO XI – EQUAÇÕES ALGÉBRICAS ........................................................................................................................................................................ 195
 FÍSICA

FRENTE I
CAPÍTULO XI – LEIS DE NEWTON ...................................................................................................................................................................................... 203
CAPÍTULO XII – APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON .................................................................................................................................................. 209
CAPÍTULO XIII – APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II ............................................................................................................................................. 215
CAPÍTULO XIV - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON – ASSOCIAÇÃO DE POLIAS .............................................................................................. 225
CAPÍTULO XV - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON .................................................................................................................................................. 233
CAPÍTULO XVI - APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON – FORÇAS DE ATRITO ....................................................................................................... 241
CAPÍTULO XVII – FORÇAS EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS .................................................................................................................................... 251
CAPÍTULO XVIII – TRABALHO E ENERGIA ...................................................................................................................................................................... 261
CAPÍTULO XIX – POTÊNCIA ................................................................................................................................................................................................ 273
FRENTE II
CAPÍTULO XI – REFRAÇÃO LUMINOSA ........................................................................................................................................................................... 281
CAPÍTULO XII – LENTES ESFÉRICAS DELGADAS .......................................................................................................................................................... 291
CAPÍTULO XIII – REFRAÇÃO LUMINOSA (COMPLEMENTO) ....................................................................................................................................... 299
CAPÍTULO XIV – MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) – CINEMÁTICA E OSCILADORES ...................................................................... 309
CAPÍTULO XV – ONDAS FUNDAMENTOS ........................................................................................................................................................................ 317
CAPÍTULO XVI – ONDAS UNIDIMENSIONAIS ................................................................................................................................................................. 327
FRENTE III
CAPÍTULO VIII – ELETRIZAÇÃO ......................................................................................................................................................................................... 335
CAPÍTULO IX – LEI DE COULOMB ..................................................................................................................................................................................... 341
CAPÍTULO X – CAMPO ELÉTRICO ...................................................................................................................................................................................... 345
CAPÍTULO XI – POTENCIAL ELÉTRICO ............................................................................................................................................................................ 353
CAPÍTULO XII – CONDUTORES EM EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO .......................................................................................................................... 361
CAPÍTULO XIII – CAPACITORES ......................................................................................................................................................................................... 365
CAPÍTULO XIV – CAMPO MAGNÉTICO ............................................................................................................................................................................. 371

QUÍMICA

QUÍMICA I
CAPÍTULO VI – PROPRIEDADES COLIGATIVAS .......................................................................................................................................................... 381
CAPÍTULO VII – ESTEQUIOMETRIA DE REAÇÕES – CASOS ESPECIAIS .................................................................................................................. 387
CAPÍTULO VIII – TERMOQUÍMICA .................................................................................................................................................................................... 393
CAPÍTULO IX – CINÉTICA QUÍMICA ................................................................................................................................................................................. 401
CAPÍTULO X – EQUILÍBRIO QUÍMICO – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 411
QUÍMICA II
CAPÍTULO VI – LIGAÇÕES QUÍMICAS ............................................................................................................................................................................. 421
CAPÍTULO VII – NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX) .......................................................................................................................................................... 431
CAPÍTULO VIII – BALANCEAMENTO DE REAÇÕES – OXIREDUÇÃO ....................................................................................................................... 435
CAPÍTULO IX – FUNÇÕES INORGÂNICAS I ..................................................................................................................................................................... 439
CAPÍTULO X – FUNÇÕES INORGÂNICAS II ..................................................................................................................................................................... 445
CAPÍTULO XI – FUNÇÕES INORGÂNICAS III .................................................................................................................................................................. 449
 HISTÓRIA

HISTÓRIA GERAL
CAPÍTULO VII – ILUMINISMO ............................................................................................................................................................................................ 457
CAPÍTULO VIII – REVOLUÇÃO AMERICANA ................................................................................................................................................................. 463
CAPÍTULO IX – REVOLUÇÃO FRANCESA ....................................................................................................................................................................... 469
CAPÍTULO X – REVOLUÇÕES LIBERAIS DO SÉCULO XIX E UNIFICAÇÕES TARDIAS ......................................................................................... 479
CAPÍTULO XI – AMÉRICA-XIX ........................................................................................................................................................................................... 487
CAPÍTULO XII – DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX .............................................................................................................................................. 497
CAPÍTULO XIII – IMPERIALISMO ...................................................................................................................................................................................... 503
HISTÓRIA DO BRASIL
CAPÍTULO VII – AS REVOLTAS NATIVISTAS E SEPARATISTAS ................................................................................................................................ 513
CAPÍTULO VIII – O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL ............................................................................................................. 521
CAPÍTULO IX – O PRIMEIRO REINADO (1822-1831) ....................................................................................................................................................... 529
CAPÍTULO X – O PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) ..................................................................................................................................................... 537
CAPÍTULO XI – 2º REINADO (1840-1889) ........................................................................................................................................................................... 547

GEOGRAFIA

FRENTE I
CAPÍTULO XIII – CLIMATOLOGIA - TEMPO X CLIMA E FATORES CLIMÁTICOS DETERMINANTES ................................................................. 565
CAPÍTULO XIV – CLIMATOLOGIA - A CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA, FENÔMENOS METEOROLÓGICOS, TIPOS DE CHUVAS E
569
MASSAS DE AR ........................................................................................................................................................................................................................
CAPÍTULO XV – CLIMATOLOGIA - ANÁLISE DE CLIMOGRAMAS E CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS ........................................................... 573
CAPÍTULO XVI – OS FENÔMENOS EL NIÑO E LA NIÑA ……………………………………………………………………………………………... 577
CAPÍTULO XVII – CLIMATOLOGIA BRASILEIRA – CONCEITOS .................................................................................................................................. 587
CAPÍTULO XVIII – CLIMATOLOGIA BRASILEIRA - A DINÂMICA DAS MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL - ATUAÇÃO DAS
589
MASSAS DE AR NO INVERNO...............................................................................................................................................................................................
CAPÍTULO XIX – CLIMATOLOGIA BRASILEIRA - CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA ................................................................................................... 593
CAPÍTULO XX – VEGETAÇÃO - PAISAGENS VEGETAIS DA TERRA ........................................................................................................................... 605
CAPÍTULO XXI – AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS - OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL ....................... 615
CAPÍTULO XXII – AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS – A FLORESTA EQUATORIAL E SUA DEGRADAÇÃO .................. 619
CAPÍTULO XXIII – A QUESTÃO DO DESMATAMENTO …………………………………………………………………….......................................... 621
CAPÍTULO XXIV – AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS ……………………………………………………………………......... 623
CAPÍTULO XXV – AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS - A CAATINGA E O CERRADO ........................................................... 625
CAPÍTULO XXVI – AS VEGETAÇÕES DE TRANSIÇÃO ……………………………………………………………………........................................... 627
CAPÍTULO XXVII - FLORESTA SUBTROPICAL COM OCORRÊNCIA DE ARAUCÁRIA (MATA DAS ARAUCÁRIAS OU MATA DOS
629
PINHAIS) E OS CAMPOS ………………………………………………………………………………………………………............................................
CAPÍTULO XXVIII – VEGETAÇÃO LITORÂNEA ……………………………………………………………………………………………………..…. 631
CAPÍTULO XXIX – AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS – AS RELAÇÕES HUMANAS COM A NATUREZA ........................ 633
CAPÍTULO XXX – AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ……………………………………………………………………........................................... 635
CAPÍTULO XXXI – O NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO …………………………………………………………………….......................... 639
ANEXO – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...............................................…………………………………………………………………….......................... 651
FRENTE II
CAPÍTULO XII – URBANIZAÇÃO - A EVOLUÇÃO DO PROCESSO URBANO E OS CONCEITOS DE URBANIZAÇÃO ....................................... 661
CAPÍTULO XIII – URBANIZAÇÃO - O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO …………………………………………………….............. 665
CAPÍTULO XIV – URBANIZAÇÃO - OS PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS........................................................................................................ 669
CAPÍTULO XV – ASPECTOS SOCIOESPACIAIS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA .................................................................................................. 671
CAPÍTULO XVI – INDUSTRIALIZAÇÃO - AS REVOLUÇÕES E CLASSIFICAÇÕES INDUSTRIAIS ........................................................................ 681
CAPÍTULO XVII – MODELOS DE INDUSTRIALIZAÇÃO ................................................................................................................................................ 683
CAPÍTULO XVIII – INDUSTRIALIZAÇÃO - OS MODELOS ORGANIZACIONAIS DE PRODUÇÃO IINDUSTRIAL ............................................... 687
CAPÍTULO XIX – COMPARAÇÃO ENTRE O FORDISMO E O TOYOTISMO QUANTO O TRABALHO ................................................................... 689
CAPÍTULO XX – INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA - HISTÓRICO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL ........................................................ 699
CAPÍTULO XXI – ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL ......................................................................................................... 703
CAPÍTULO XXII – INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA - DESCENTRALIZAÇÃO DA ATIVIDADE INDUSTRIAL ............................................... 705
CAPÍTULO XXIII – AGROPECUÁRIA - TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DO SOLO …………………………………………………….................... 711
CAPÍTULO XXIV – AGROPECUÁRIA - TECNOLOGIAS AGRÁRIAS RECENTES ……………………………………………………....................... 715
CAPÍTULO XXV – AGROPECUÁRIA - CONCEITOS AGRÁRIOS E CRISES PRODUTIVAS NO MERCADO DE ALIMENTOS ............................ 719
ANEXO – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 727
 FRENTE I

GRAMÁTICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 1

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 2
 CAPÍTULO II

CAPÍTULO II – SINTAXE Atenção: se houver locução verbal, o verbo auxiliar não

TERMOS DA ORAÇÃO varia se o principal for impessoal. Compare:
Deve haver bons alunos. (bons alunos: objeto direto)
Sujeito é o termo sintático sobre o qual se faz uma Devem existir bons alunos. (bons alunos: sujeito)
declaração.
Núcleo é a palavra mais importante de qualquer função Atenção: em “Cheguei cedo.”, embora o sujeito não esteja
sintática. expresso ou aparente, é facilmente reconhecido: é o
O sujeito simples se difere do composto pelo número de pronome reto “EU”. Nesse caso, diz-se que o sujeito é
núcleos. O simples contém, apenas, um núcleo e o simples, desinencial ou elíptico. Alguns o consideram
composto, dois ou mais. como oculto. São meras nomenclaturas.
*O aluno gosta de chocolate. (o aluno = sujeito simples)
*Alunos, alunas e funcionários foram ao teatro. (alunos, Atenção: quando o sujeito é uma oração, diz-se que há
alunas e funcionários = sujeito composto) sujeito oracional, isto é, oração subordinada substantiva
O sujeito indeterminado existe, mas não é definido. Há subjetiva. Todas as orações subordinadas substantivas
dois casos básicos: com verbo na 3ª pessoa do plural sem representam funções sintáticas oracionais.
sujeito aparente ou com a palavra SE que será identificada Não é verdade [que ela viajará amanhã].
como partícula de indeterminação do sujeito. Neste último Diz-se [que haverá muitos feriados].
caso, o verbo deverá ser de ligação, transitivo indireto,
intransitivo ou transitivo direto, se o objeto direto estiver Questões de Fixação – Tipos de Sujeito
preposicionado.
* Cantaram belas músicas na sala. I – De acordo com o sujeito, numere os parênteses, sendo:
* Aqui se é feliz. Aqui se precisa de paciência. Aqui se 1. simples (expresso na oração)
vive muito. Aqui se ama aos amigos. 2. composto
3. Indeterminado
Atenção: o sujeito é determinado quando representado 4. inexistente / oração sem sujeito
por pronome indefinido. 5. oracional
Ninguém sairá cedo hoje. (sujeito simples) 6. simples (oculto na oração)
Alguém me chamou? (sujeito simples)
Nada me faltará. (sujeito simples) 01. Ninguém protestou contra aquela decisão. ( )
02. Falaram de você na palestra. ( )
LEMBRETE! 03. Vi as alunas naquele shopping. ( )
Caso a palavra SE apareça como partícula 04. Não se veem alunas naquele shopping. ( )
apassivadora, a oração conterá sujeito. A palavra SE 05. Pais e avós levaram os filhos ao passeio. ( )
só é partícula apassivadora com verbo transitivo direto 06. Ainda haverá muitas soluções. ( )
ou transitivo direto e indireto. O termo que parece um 07. Houve alguns problemas durante a partida. ( )
objeto direto é, na verdade, sujeito. 08. Existem muitas pessoas mentirosas. ( )
Vender-se-á o terreno. (sujeito = o terreno) 09. Devem existir outras chances. ( )
Compram-se jornais. (sujeito = jornais) 10. Choveram reclamações do político. ( )
11. Chove torrencialmente na Bahia. ( )
O sujeito é inexistente com os chamados verbos 12. Meninos, cantem o hino agora. ( )
impessoais. Tais verbos – excetuando SER na indicação 13. Faça o trabalho rapidamente, garoto. ( )
de datas, horas e distâncias, principalmente – não podem 14. Chegaram agora o cantor e o conjunto. ( )
ir ao plural. Se a oração não possui sujeito, ela é formada, 15. Espero você com ansiedade. ( )
exclusivamente, pelo predicado. 16. Alguém bateu na porta? ( )
Verbos impessoais são os que denotam fenômenos da 17. Bateram na porta com força. ( )
natureza; o verbo HAVER no sentido de existir ou 18. Soltaram muitos fogos na solenidade. ( )
ocorrer; o verbo FAZER indicando fenômeno da natureza 19. Soltam-se balões inadvertidamente. ( )
ou tempo decorrido. Também são impessoais: chegar + 20. Come-se muita carne no Sul. ( )
de, bastar + de e passar + de. 21. Pediu-se ajuda aos colegas. ( )
* Ontem, choveu muito na Bahia. Fez frio no Sul. Faz 22. Nunca se vendeu roupa usada. ( )
dois meses que não a vejo. Faz 26º C aqui. 23. Necessitar-se-á de muito esforço. ( )
* Há alunos muito estudiosos. Houve um sério acidente 24. Viram-se alunas na lanchonete. ( )
naquela estrada. 25. Viram alunas na lanchonete. ( )
* Chega de tristeza. Basta de tantos problemas. 26. Não faças a redação a lápis. ( )
* São oito e meia. É uma e dez. Hoje são 19 de maio. 27. Caprichem nas respostas! ( )
Daqui a S. Paulo são 400 km. 28. Falaram coisas incríveis do clube. ( )
29. Foram ao teatro muitos alunos. ( )
IMPORTANTE! 30. Deve haver alunos estudiosos. ( )
Os verbos ocorrer e existir são pessoais. 31. Devem existir alunos estudiosos. ( )
Houve acidentes na estrada. (acidentes: objeto direto) 32. Dorme-se muito no inverno. ( )
Ocorreram acidentes na estrada. (acidentes = sujeito) 33. Trovejou muito na noite anterior. ( )
Há bons alunos aqui. (bons alunos: objeto direto) 34. Ocorreram acidentes nas estradas. ( )
Existem bons alunos aqui. (bons alunos: sujeito) 35. Trovejaram palavrões da boca do político. ( )

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 3


Predicado é a declaração contida na oração. O predicado
pode ser:
a) verbal: formado por verbo transitivo ou intransitivo
sem predicativo.
* Aquele aluno saiu mais cedo hoje.
* Falaram algumas verdades para o político. (caso o
sujeito esteja elíptico ou não exista, o predicado será toda
a oração)
b) nominal: formado pelos verbos de ligação que ligam o
sujeito a um predicativo.
* Minha colega está cansada. O núcleo do predicado é
cansada que é o predicativo do sujeito.
CUIDADO! Os verbos de ligação não indicam ações,
portanto o sujeito nem sofre nem as pratica. O verbo de
ligação não é significativo, apenas une o sujeito a uma
qualidade.
Principais verbos de ligação pode indicar essência (ser),
estado (estar, andar, etc.), permanência (continua,
permanecer, etc. ), mudança (ficar, virar, etc.), aparência
(parecer), etc. Fixe: um verbo só pode ser de ligação
quando há predicativo do sujeito. Compare:
A aluna está cansada. (estar = verbo de ligação)
A aluna está aqui. (estar = intransitivo)
Predicativo é o termo que atribui uma qualidade ou uma
característica ao sujeito ou ao objeto.
Aquele aluno é estudioso. (predicativo do sujeito)
Considero estudioso o aluno. (predicativo do objeto)
c) verbo-nominal: é formado por verbo transitivo ou
intransitivo + predicativo. É o predicado que contém dois
núcleos: o verbo e um predicativo do sujeito ou do objeto.
* Aquela aluna saiu da sala preocupada. (sair – verbo
intransitivo e preocupada, predicativo do sujeito.)
* Achei aquela aluna inteligente. (achar verbo transitivo
direto e inteligente, predicativo do objeto direto)
Questões de Fixação – Tipos de Predicado
II – Numere as orações de acordo com o tipo de
predicado:
1 – verbal 2 – nominal 3 – verbo-nominal
01. Fez muito frio no Sul. ( )
02. Ela anda de metrô diariamente. ( )
03. Ela anda preocupada. ( )
04. Julgo absurdas aquelas medidas. ( )
05. Choveram pedras no campo. ( )
06. Hoje, a aluna está em Niterói. ( )
07. Hoje, a aluna está febril. ( )
08. Esqueci os documentos em casa. ( )
09. Achei a prova muito cansativa. ( )
10. Considerei sua prova perfeita. ( )
Objeto direto e objeto indireto são os complementos dos
verbos transitivos. O objeto indireto é preposicionado,
exceto quando for representado por pronome oblíquo
átono.
* As crianças precisam de muito carinho. (objeto indireto)
* Você gosta de mim? (objeto indireto)
*Ofereceram-me um presente. (objeto indireto)
* Aquela aluna comprou uma calça nova. (objeto direto)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
* Eles me viram na praia. (objeto direto)
* Dei a folha ao mestre. (a folha = OD / ao mestre = OI)
Cuidado: circunstancialmente, o objeto direto também
pode apresentar-se com preposição. Veja.
*Ela me viu. (me = objeto direto)
*Ela viu a mim. (a mim = objeto direto preposicionado)
*Amo a Deus. (a Deus = objeto direto preposicionado)
Complemento nominal é o termo, em geral
preposicionado, que, como alvo, paciente, completa o
sentido de substantivos abstratos, adjetivos e advérbios.
* Aquela aluna tem medo de barata.
* Seja fiel aos amigos.
* Fique longe de cães bravos.
Atenção: não se há de confundir o adjunto adnominal com
o complemento nominal. Veja:
*Comprei o livro do Machado. (adjunto adnominal, pois
“livro” é substantivo concreto.)
*A invenção de Sabin foi genial. (adjunto adnominal,
pois Sabin inventou, ou seja, é agente.)
*A invenção da vacina foi genial. (complemento
nominal, pois “invenção” é substantivo abstrato, e “da
vacina” tem valor paciente).
Adjunto adnominal é determinante de substantivo em
qualquer função sintática. É função desempenhada por
artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes e
numerais de valor adjetivo. Os pronomes e numerais terão
valor adjetivo quando precederem um substantivo.
A locução adjetiva é uma expressão preposicionada
(preposição + substantivo) que caracteriza o substantivo
antecedente.
* Aquela linda cadeira de madeira está quebrada.
(aquela: pronome adjetivo demonstrativo / linda
(adjetivo) e de madeira (locução adjetiva)
* As duas cadeiras estão aqui. (as: artigo definido / duas:
numeral de valor adjetivo)
Atenção: a locução adjetiva também pode funcionar como
predicativo. Compare atentamente:
*Ele está apressado. (predicativo)
*Ele está com pressa. (predicativo)
*Um apressado homem chegou. (adjunto adnominal)
*Um homem chegou apressado. (predicativo)
*Alguém chegou apressadamente.(adjunto adverbial)
Adjunto adverbial é o termo que indica uma
circunstância. É função desempenhada por advérbio ou
locução adverbial.
* Talvez eu saia cedo hoje. (dúvida, tempo, tempo)
* Beijou-me com ternura. (modo)
* Vamos falar sobre futebol? (assunto)
* Não sairei com aquela moça. (negação, companhia)
Vocativo é o termo com que(m) se fala. É independente,
pois não faz parte do sujeito nem do predicado.
*Menina, alguém me telefonou? (sujeito simples: alguém)
*Amigas, venham cá! (O sujeito simples: vocês)
4

Aposto é, em geral, a segunda de duas expressões
substantivas com o mesmo referente.
* Brasília, capital do Brasil, tem crescido muito nas
últimas décadas. (aposto explicativo)
* O jogador Garrincha era elogiado por todos. (aposto
especificativo ou denominativo)
* A rua Santa Sofia é residencial. (aposto especificativo
ou denominativo)
* Meninas, carros novos, dinheiro, nada interessava ao
jovem. (aposto resumitivo)
* No mercado, ela comprou muitas coisas: feijão, arroz,
batata e tomate. (aposto enumerativo)
* Aquele aluno conseguiu a nota máxima, o que nos
deixou felizes. (aposto de oração. Na prática, a palavra o
pode ser substituída pelas palavras fato ou coisa.)
Atenção: o aposto especificativo é classificado por muitos
gramáticos como adjunto adnominal, tal a proximidade
entre ambos.
Agente da passiva é o termo preposicionado que pratica a
ação do verbo na voz passiva. Na voz passiva, o sujeito é
paciente da ação do verbo.
* A bola foi mordida pelo cachorro.
(voz ativa: O cachorro mordeu a bola.)
* Na varanda, nossa planta será roubada.
(voz ativa: Na varanda, roubaram nossa planta.)
Voz Ativa Voz Passiva Analítica
sujeito agente da passiva
objeto direto sujeito
x verbo(s) x + 1 verbos
Para haver voz passiva, o verbo, na ativa,
tem de ser TD ou TDI.
Na voz passiva analítica, o auxiliar “ser”
fica no mesmo tempo e modo do verbo na
voz ativa.
A voz passiva pronominal ou sintética, formada com o
auxílio da partícula apassivadora SE, não apresenta, em
geral, agente da passiva.
* Vendem-se móveis naquela loja. (móveis= sujeito /
oração da voz passiva pronominal ou sintética. A palavra
SE é partícula apassivadora).
ATENÇÃO! o verbo concorda com o sujeito. Nas
locuções verbais, a concordância é praticada pelo verbo
auxiliar.
Devem-se comprar bons livros. (bons livros = sujeito)
Pode-se fazer carinho nos animais. (carinho = sujeito)
FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES
RELATIVOS
Os pronomes relativos são semrpe anafóricos (retomam
um antecedente), mas não necessariamente exercem a
mesma função sintática de seus referentes.
Pronomes relativos: que, quem (sempre com preposição),
cujo (e flexões), o qual (e flexões), onde (aonde, donde),
quanto (após tudo ou todos), como (após modo ou
maneira).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Truque: coloque o antecedente no lugar do relativo e
despreze a oração anterior. A função do antecedente na
sua nova oração é a função do relativo.
Não comprei o livro/ que estava na estante da livraria. (o
livro = objeto direto)
a) Substitua o relativo por LIVRO.
b) Despreze a oração anterior.
c) A oração ficou [livro estava na estante da livraria].
d) Função sintática de LIVRO: sujeito. Conclusão: a
função sintática do relativo é SUJEITO.
Questões Objetivas – Sintaxe
Leia o texto “Reflexões”, pois, com base nele, você fará as
questões seguintes.
Reflexões
Jorge Luis Borges era obcecado por labirintos e,
principalmente, espelhos. Há espelhos espalhados por toda
a sua obra, como no poema que diz: “O cristal nos
espreita/Se entre as quatro paredes do aposento há um
espelho/Não estou só. Há outro. Há o reflexo”. O “outro”
refletido no espelho, o reflexo de quem olha, é sempre
motivo de especulação (do latim speculu, de onde vem
“espelho”) e um mistério a ser decifrado. Para Borges, o
espelho e a paternidade se parecem, são dois culpados
pela multiplicação dos seres. Nós mesmos nos duplicamos
no espelho. Somos o nosso avesso, um outro que mal
conhecemos.
O pintor espanhol Diego Velázquez também foi
fascinado por espelhos. Suas obras mais conhecidas são
jogos de espelhos que há anos desafiam interpretações. No
quadro “Vênus no espelho”, o único nu pintado por
Velázquez, um anjo segura o espelho em que a Vênus, de
costas para nós, se olha. Mas um exame mais detalhado
revela que ela não está se olhando, está olhando para fora
do quadro. Para nós, transformados em voyeurs
involuntários no seu toalete. (A Vênus de Velázquez,
pintada em 1651, foi o mais celebre nu da pintura
espanhola até aparecer a “Maja despida”, do Goya). Mais
famoso do que a Vênus do Velázquez é o seu quadro
chamado “As meninas”, que precisa ser estudado com
muito cuidado para que seus intricados reflexos cruzados
se revelem. Até hoje não se descobriu se o rei Filipe IV e
a rainha Maria Ana, que aparecem num quadrado no
fundo do quadro, estão posando para o pintor, que também
aparece no próprio quadro, ou não. Para aumentar ainda
mais a confusão, não se tem notícia de um retrato de
Filipe IV e a mulher feito por Velázquez.
Na história da rainha má que pergunta ao espelho
se existe alguém no seu reino mais bonita do que ela,
temos uma característica do espelho que ninguém gosta:
sua sinceridade. O espelho reflete o que vê. Não mente,
não melhora e não retoca, não importa quem esteja na sua
frente, rainha ou plebeu. Não me lembro se, na história, a
rainha, com raiva, quebra o espelho. Pode-se imaginar os
estilhaços do espelho espalhados pelo chão, todos
refletindo, vingativamente, a rainha má.
5
 CAPÍTULO II

Outro conhecido espelho da literatura é o que A correção gramatical e o sentido pretendido pelo autor se
Alice atravessa, na história de Lewis Carroll. Aposto que manteriam substituindo-se o segmento destacado pela
nessa incursão ao outro lado do espelho, Borges, seguinte expressão entre vírgulas:
Velázquez e até a rainha má acompanhariam Alice. No
(A) porém (B) apesar disto
outro lado do espelho, tudo seria ao contrario, inclusive (C) na verdade (D) prioritariamente
nós. Estaríamos na terra dos opostos, e nos conheceríamos
pela primeira vez. 8. “Até hoje não se (1) descobriu se(2) o rei Filipe IV e a
Verissimo. O Globo, 16 de janeiro de 2019. rainha Maria Ana, que(3) aparecem num quadrado no
fundo do quadro, estão posando para o pintor, que(4)
também aparece no próprio quadro, ou não.”
1. “Jorge Luis Borges era obcecado por labirintos e ...” O
termo destacado exerce a função sintática de: Está incorreta a classificação do termo marcado com o
número:
(A) agente da passiva (B) objeto indireto
(C) complemento nominal (D) adjunto adverbial (A) (1) pronome apassivador
(B) (2) conjunção condicional
2. “Há espelhos espalhados por toda a sua obra.” Leia as (C) (3) pronome relativo
substituições propostas: (D) (4) pronome relativo

I. “Existem” no lugar de “espelhos”. 9. “Na história da rainha má que pergunta ao espelho se

II. “por toda obra sua” no lugar de “por toda a sua obra”.
III. “presentes” no lugar de “espalhados”.
Mantém a correção gramatical e o sentido original o que
se se propõe em:
existe alguém no seu reino mais bonita do que ela, temos
uma característica do espelho que ninguém gosta: sua
sinceridade.”
No segmento acima, uma leitura atenta permite perceber
um erro de:

(A) I e II apenas. (B) II e III apens. (A) pontuação (B) regência

(C) I e III apenas. (D) I, II e III. (C) concordância (D) ortografia

3. Pode-se afirmar que a menção a Jorge Luis Borges, no 10. Sobre o valor semântico referencial dos pronomes
primeiro parágrafo, instaura uma intertextualidade por destacados a seguir, analise:
meio de uma
“Na história da rainha má que pergunta ao espelho se
(A) paráfrase (B) paródia existe alguém no seu reino mais bonita do que ela, temos
(D) citação (D) pastiche uma característica do espelho que ninguém gosta: sua
sinceridade.”
4. Releia: “Somos o nosso avesso, um outro que mal
conhecemos.” Nesse período há duas orações, das quais I. Em sua primeira ocorrência, o pronome relativo faz
uma é: referência ao núcleo do adjunto adverbial que o
antecede.
(A) coordenada assindética II. O pronome possessivo “seu” e o pronome pessoal
(B) coordenada assindética do caso reto “ela” têm o mesmo referente: “rainha”.
(C) subordinada adjetiva III. Em sua segunda ocorrência, o pronome relativo e o
(D) justaposta pronome possessivo “sua” têm o mesmo referente:
“espelho”.
5. “Nós mesmos nos duplicamos no espelho.” Análise
incorreta acerca dos termos desse período está em: Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) Há uma ideia de reciprocidade no período. (A) I, II e III. (B) I apenas

(B) Os pronomes pessoais presentes expressam categorias (C) II apenas. (D) II e III apenas
gramaticais diferentes.
(C) “no espelho” é um adjunto adverbial. 11. Sobre o valor sintático dos pronomes destacados a
(D) O verbo é transitivo direto. seguir, analise:

6. No período de abertura do segundo parágrafo, o termo “Na história da rainha má que pergunta ao espelho se
que cria um pressuposto dependente das informações existe alguém no seu reino mais bonita do que ela, temos
contidas no primeiro parágrafo é: uma característica do espelho que ninguém gosta: sua
sinceridade.”
(A) “também” (B) “espelhos”
(C) “pintor” (D) fascinado I. O pronome relativo exerce a mesma função sintática
que o pronome pessoal “ela”.
7. “Mas um exame mais detalhado revela que ela não está
se olhando, está olhando para fora do quadro.”
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 6
 CAPÍTULO II

II. O pronome possessivo “seu” é adjunto adnominal As lacunas do período são completadas, respectivamente,
que integra um adjunto adverbial de lugar. por:
III. O pronome possessivo “sua” é adjunto adnominal
que integra um aposto explicativo. (A) dos quais – por quem – que;
(B) de quem – por que – onde;
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) (C) por cujos – com quem – em que;
(D) de cujos – por quem – onde;
(A) I, II e III. (B) I apenas (E) os quais – pelo que – em que.
(C) II apenas. (D) II e III apenas
16. Marque a alternativa em que há um pronome relativo
12. Analise os textos I e II a seguir. indevidamente empregado.

I. “O espelho reflete o que vê.” (A) Há fatos que nunca esqueceremos.

II. “Não mente, não melhora e não retoca, não importa (B) Eis a ordem de que nos insurgimos.
quem esteja na sua frente, rainha ou plebeu.” (C) Aludiram a incidentes de que ninguém se lembrava.
(D) Aquele autor tem ideias com que todos simpatizamos.
Os trechos anteriores compõem uma cadeia de referência. (E) Qual o cargo a que aspiras?
Ao analisá-la, verifica-se que
FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES
(A) Há elipse do sujeito no trecho II, mas esse sujeito OBLÍQUOS
continua a ser interpretado anaforicamente, por
retomada do valor referencial do antecedente “O Pronomes oblíquos átonos: me, te, se, nos, vos, o(s), lo(s),
espelho”. no(s), a(s), la(s), na(s).
(B) O pronome possessivo, no trecho II, deve ser Pronomes oblíquos tônicos: mim (comigo), ti(contigo),
interpretado como anafórico, e o referente é o si(consigo), ele(a), eles(as), nós (conosco), vós
pronome “quem”. (convosco).
(C) O sujeito de “importa” deve ser interpretado
anaforicamente, já que se trata de elipse de um Em geral, os pronomes oblíquos exercem função de
antecedente. complemento. Como objetos, os pronomes me, te, se, nos
(D) Os termos “o”, “que”, ambos do trecho I, e os termos e vos podem ser diretos ou indiretos. Veja:
“quem”, “sua” e “rainha ou plebeu” têm o mesmo Ela me xingou. me = objeto direto
referente. Ela me deu um bolo. me = objeto indireto

13. “Não me lembro se, na história, a rainha, com raiva, Como objeto, os pronomes de terceira pessoa o(s), a(s),
quebra o espelho.” Leia: lo(s), la(s), no(s) e na(s) só podem ser diretos. Já os
pronomes lhe(s) só podem ser, como objetos, indiretos.
I. A inserção da preposição “de” imediatamente após Eu lhe amo. (errado, pois “amar” é transitivo direto)
“lembro” manteria a correção gramatical e o sentido Eu a amo. (certo)
original.
II. O termo “com raiva” pode ser substituído por Por vezes, os pronomes me, te, lhe, nos e vos assumem
“raivosa”, desde que as vírgulas que isolam o termo valor de posse. Situação em que a maioria dos gramáticos
sejam retiradas. os classificam como adjuntos adnominais.
III. Os verbos da oração são transitivos,
respectivamente direto e indireto. A aluna puxou-lhe os cabelos. (A aluna puxou os cabelos
do aluno / lhe = adjunto adnominal)
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Por vezes, outras funções são exercidas pelos pronomes.
(A) I e III. (B) I apenas Veja:
(C) II apenas. (D) II e III apenas Eu sou fiel a ela. Eu lhe sou fiel. (complementos
nominais)
14. Há erro no emprego do pronome relativo
(preposicionado ou não) no seguinte período: CUIDADO! Os pronomes oblíquos átonos também
podem desempenhar a função sintática de SUJEITO DO
(A) Desconheço o artista de que falas. INFINITIVO. Os pronomes oblíquos serão sujeitos do
(B) Este é o livro de cujo autor ele faz alusão. infinito com os verbos causativos (MANDAR, DEIXAR,
(C) Os crimes pelos quais ele foi julgado eram antigos. FAZER) e sensitivos (VER, OUVIR e SENTIR).
(D) O juiz de cujas sentenças ele recorreu vai entrar de
licença. Mandaram-me chegar mais cedo. (me = sujeito do
(E) As decisões do STF às quais ele se referiu eram todas infinitivo)
de grande utilidade.
Questões de Fixação – Funções dos Oblíquos
15. “Ela conhecera o poeta, _____versos gostava e
_____ estava apaixonado, na cidade _____nascera.” IV – Identifique a função sintática dos pronomes oblíquos
átonos, sendo:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 7
 CAPÍTULO II

1. Sujeito do infinitivo 17. Vendem-se filmes antigos. ( )

2. Objeto direto 18. Assisti a um bom programa. ( )
3. Objeto indireto 19. O amigo está apto para o trabalho. ( )( )
4. Complemento nominal 20. A menina cortou-se com a faca. ( )( )
5. Adjunto adnominal 21. Choveram, na festa, muitos aplausos. ( )
22. Ensinei-a a fazer aquela questão. ( )( )
01. Entregaram-me uma linda mensagem. ( ) 23. A obra dele foi elogiada por todos. ( )( )
02. Não a vi na praia. ( ) 24. Ouviram-nos cantar o hino. ( )( )
03. Ela me deu uma caneta linda. ( ) 25. A aluna mora na rua Olegário Maciel. ( )
04. Ouviu-nos cantar o hino. ( ) 26. Joias, roupas, nada a fazia feliz. ( ) ( ) ( ) ( )
05. Todos te convidaram para a festa? ( ) 27. O carro foi arranhado por uma moto. ( ) ( )
06. A aluna solicitou-nos uma explicação. ( ) 28. Tudo estava no armário. ( )( )
07. Pedi-lhe um favor enorme. ( ) 29. Na feira, o rapaz puxou do revólver. ( ) ( )
08. Deixou-me chegar ao meio-dia. ( ) 30. Servem-se lanches aos funcionários. ( ) ( )
09. Ela me foi ingrata. ( ) 31. Ela foi beijada pelo colega. ( )
10. Fez-me repetir a resposta. ( ) 32. A aluna, alegre, encontrou amigos. ( ) ( )
11. Deixou-nos no aeroporto. ( ) 33. Tragam, guris, os copos e as frutas. ( )( )
12. Colocaram-na em segundo plano. ( ) 34. Minha mãe foi picada por um bicho. ( ) ( )
13. Ela rasgou-lhe a camisa. ( ) 35. Mandaram-me cantar o hino. ( ) ( )
Atenção: os pronomes pessoais retos e oblíquos podem
desempenhar funções sintáticas pleonásticas. Na
sintaxe, a função pleonástica é constituída por um Questões Objetivas - Termos
pronome que tem a mesma função do termo a que se
refere. Texto para as questões 17 e 18

A turma, ela é muito simpática. (a turma = sujeito / ela =

sujeito pleonástico)

A mim, deram-me uma linda caneta. (a mim = objeto

indireto / me = objeto indireto pleonástico)
Aquela aluna, todos a viram no corredor. (aquela aluna =
objeto direto / a = objeto direto pleonástico)

Com verbos pronominais clássicos, o pronome oblíquo

não possui função sintática. No caso, ele é considerado
parte integrante do verbo.

Não me esqueço daquela mulher. Referiu-se aos colegas.

V – Identifique a função sintática das palavras em negrito,

sendo:
1. objeto direto 2. objeto indireto
3. complemento nominal 4. vocativo
5. sujeito 6. aposto
7. adjunto adnominal 8 predicativo
9. adjunto adverbial 10. agente da passiva
11. função pleonástica
01. Mariana, vamos sair agora. ( )( )
02. Ninguém a encontrou na praia. ( )( )( ) 17. Está incorretamente classificada a função sintática do
03. Percebeu-se o erro na revisão. ( ) seguinte termo:
04. Todos foram ao passeio. ( ) ( )
05. Obtiveram muitas vitórias. ( ) (A) “Ninguém” – sujeito
06. Ele foi solícito com o cliente. ( ) (B) “que tem” – objeto direto
07. Bateu no gato com o sapato. ( ) (C) “ que é”- sujeito
08. Pediram-me um favor. ( )( ) (D) “quem” – sujeito
09. A aluna Mariana é muito aplicada. ( )( ) (E) “não” – adjunto adverbial
10. A compra do terreno não será hoje. ( )
11. O estádio estava cheio de turistas. ( )( ) 18. No segundo quadrinho, a palavra que instaura a
12. Eu ganhei, coisa que todos aplaudiram. ( ) ( ) ( ) contestação é:
13. A produção de álcool caiu bastante. ( ) ( )
14. Comprou-se um livro interessante. ( ) (A) “Imagine” (B) “Pois”
15. Deram-lhe uma linda caneta. ( )( ) (C) “quem” (D) “não”
16. Deixaram-me sair mais cedo. ( )( ) (E) “nem”
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 8

19. Marque a opção em que se errou quanto à
identificação da função sintática do termo em negrito.
(A) Tinha grande amor à humanidade. (complemento
nominal)
(B) As ruas ficaram lavadas pela chuva. (agente da
passiva)
(C) A turma, ela é muito simpática. (sujeito pleonástico)
(D) Meu vizinho é muito educado com as mulheres.
(predicativo do sujeito)
(E) Ficamos muito preocupados com a notícia. (adjunto
adnominal)
20. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo
exerce a função de sujeito.
(A) Mandaram-me muitas mensagens.
(B) Deixei-a comprar as revistas.
(C) Ninguém nos viu na reunião.
(D) A aluna te deu um beijo.
(E) Entreguei-lhe a correspondência.
21. Assinale a opção em que há predicativo do objeto.
(A) O aluno chegou ao curso atrasado.
(B) Os jogadores deixaram o estádio aborrecidos.
(C) Inquietos, os alunos esperavam o resultado.
(D) Os atletas consideraram a maratona cansativa.
(E) As crianças alegres foram ao passeio.
22. Marque o item em que a identificação da função
sintática do termo destacado NÃO está correta.
(A) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto)
(B) Aconteceram, naquela tarde, alguns imprevistos.
(objeto direto)
(C) Felizes, todos o seremos. (predicativo pleonástico)
(D) A cidade de Londres é muito sombria. (aposto)
(E) Vender-se-ão muitas latinhas. (sujeito)
23. Em uma das frases NÃO há complemento nominal.
Assinale-a.
(A) O fumo é prejudicial à saúde.
(B) Há necessidade de muitos recursos.
(C) A intervenção dos policiais impediu o tumulto.
(D) A construção da casa está atrasada.
(E) Obediência às leis é nossa obrigação.
24. No período “Todos admiram muito o poeta
Drummond”, a que função sintática pertence o
substantivo personativo?
(A) sujeito
(B) adjunto adnominal
(C) Vocativo
(D) Aposto
(E) Agente da Passiva
25. Marque a opção em que a palavra SE é partícula
apassivadora.
(A) Fala-se de futebol na sala.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
(B) Compra-se roupa em feirinhas.
(C) Necessita-se de mais vagas.
(D) Gosta-se de crianças educadas.
(E) Não se precisa de muito tempo.
26. “Em silêncio, o povo do Rio de Janeiro demonstra
o seu inconformismo diante da violência”
A que função sintática pertence o termo “do Rio de
Janeiro”?_______________________
27. “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a
instituição tradicional da família, célula da sociedade”.
Sintaticamente, o termo em negrito é ________________
28. Assinale a oração cujo sujeito é indeterminado.
(A) Cantem a música com animação.
(B) Crianças, tragam os refrigerantes.
(C) Pode-se necessitar de muita ajuda.
(D) Houve alguns problemas ontem.
(E) Deve-se comprar o livro de Português.
29. Marque o item em que o pronome oblíquo exerce a
mesma função sintática que o termo destacado em
“Alguém tocou a campainha”.
(A) Ofereceram-me alguns bombons.
(B) Dar-te-ei um presente inesquecível.
(C) Os alunos nos entregaram as redações.
(D) Vi-a passear na praça.
(E) Todos me encontraram na festa.
30.
Não corte, curta a vida.
Na frase publicitária acima, o valor semântico prioritário
entre os dois segmentos isolados pela vírgula é:
(A) adição (B) oposição
(C) proporção (D) causa-efeito
(E) hipótese-fato
31. Reescrevendo a frase do anúncio, mudando o
tratamento do interlocutor para “tu”, resulta:
(A) Não corta, curte a vida.
(B) Não cortes, curtas a vida.
(C) Não curtes, corte a vida.
(D) Não cortes, curte a vida.
(E) Não curtas, corta a vida.
32. O sujeito de ambas as orações é:
(A) indeterminado (B) inexistente
(C) determinado (tu) (D) determinado (você)
(E) composto
33. Assinale a opção em que NÃO há objeto direto ou
indireto.
(A) As crianças gostam muito de chocolate.
(B) Ofereceu-se um almoço aos alunos.
(C) Fala-se sobre futebol todos os dias.
9

(D) Deve haver alunos estudiosos aqui.
(E) Pediu o dicionário ao colega.
34. “Fi-lo sair mais cedo hoje”. “Deixou-nos copiar o
exercício”. Marque a opção em que se identificou a
função sintática dos pronomes oblíquos.
(A) objeto direto / objeto direto
(B) objeto direto / sujeito
(C) sujeito / sujeito
(D) objeto indireto / objeto direto
(E) sujeito / objeto direto
35. Marque o item em que há sujeito.
(A) Aqui faz verões incríveis.
(B) Aconteceu um fato estranho.
(C) Agora já são quatro horas.
(D) Houve alguns problemas ontem.
(E) Choveu muito no Sul.
36. Assinale a opção em que o termo em negrito foi
incorretamente identificado.
(A) Aquele cidadão está no hospital. (verbo intransitivo)
(B) O inspetor João é muito delicado. (núcleo do sujeito)
(C) Trata-se de um antigo amigo. (adjunto adnominal)
(D) Nunca voltarei lá. (adjunto adverbial)
(E) Surgiram de repente alguns vultos. (sujeito)
37. Marque a opção em que o termo destacado foi
erradamente analisado.
(A) Ninguém me viu na praia. (me = objeto direto)
(B) Aquele aluno gosta de mortadela. (de mortadela =
objeto indireto)
(C) O apoio à criança é muito importante. (à criança =
objeto indireto)
(D) Muitos alunos fizeram as questões. (muitos = adjunto
adnominal)
(E) Aquela aluna é estudiosa. (estudiosa = predicativo do
sujeito)
38. Em uma das orações, o pronome oblíquo exerce a
função de adjunto adnominal. Assinale-a.
(A) Entreguei-lhe uma dúzia de rosas.
(B) Mandei-o comprar as revistas da semana.
(C) A mãe afagou-lhe o cabelo.
(D) O aluno feriu-se com a faca.
(E) Ela me fez uma proposta interessante.
39. Marque o item em que a palavra “O” foi corretamente
identificada na sua característica morfossintática.
“Nossos atletas tiveram um bom desempenho, o que nos
deixou felizes”.
(A) artigo definido / adjunto adnominal
(B) pronome pessoal / objeto direto
(C) pronome demonstrativo / aposto
(D) pronome demonstrativo / objeto direto
(E) pronome pessoal / sujeito
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
40. Observe o texto:
“A ex-presidenta Dilma afirmou poluírem a imprensa as
notícias infundadas.”
Identifique a função sintática dos termos retirados do
texto:
a) Dilma ________________________________
b) a imprensa ________________________________
c) as notícias infundadas _________________________
41. Em “Ó mar salgado, quanto ao teu sal / São
lágrimas de Portugal”, a expressão “Ó mar salgado”
classifica-se, sintaticamente, como:
(A) Sujeito, pois expressa o ser de quem se diz algo.
(B) Objeto, pois completa o sentido do verbo transitivo
direto.
(C) Vocativo, pois expressa o ser a quem se dirige a
mensagem do enunciador.
(D) Complemento nominal, pois completa a ideia
expressa por um nome.
(E) Aposto, pois explica e identifica o termo a que se
refere o enunciador.
42. “E fui eu que o descobri / Veja, murmurou o mineiro...
/ Vou-lhe mostrar... As palavras destacadas (o, o e lhe)
têm, respectivamente, funções de:
(A) objeto direto, adjunto adnominal, objeto indireto.
(B) objeto direto, objeto direto, objeto indireto.
(C) adjunto adnominal, adjunto adnominal, adjunto
adnominal
(D) adjunto adnominal, adjunto adnominal, adjunto
adnominal.
(E) objeto indireto, objeto direto, objeto indireto.
43. Identifique a função sintática dos termos em negrito:
“Cessa o estrondo das cachoeiras e com ele / A memória
dos índios, pulverizada, / Já não desperta o mínimo
arrepio”.
(A) sujeito, complemento nominal, objeto direto.
(B) sujeito, adjunto adnominal, objeto direto.
(C) objeto direto, adjunto adnominal, sujeito.
(D) objeto direto, complemento nominal, objeto direto.
(E) adjunto adnominal, objeto indireto, sujeito.
44. Assinale a opção em que não há aposto.
(A) O rio Tietê corta a cidade de São Paulo
(B) O compositor Chico Buarque de Holanda produziu
obras significativas.
(C) Vida digna, cidadania plena, igualdade de
oportunidades, tudo está na base de um país melhor.
(D) Venha visitar-me, amigo, na próxima semana.
(E) A polícia soltou o marginal, o que nos deixou
preocupados.
45. No período, “Ali se vendem produtos importados”, o
termo “produtos importados” é, quanto à função
sintática:
(A) objeto direto (B) complemento nominal
10
 CAPÍTULO II

(C) vocativo (D) aposto 53. Em qual das opções, o predicado NÃO é verbal?
(E) sujeito
(A) O aluno foi ao teatro com a irmã.
46. Quantos adjuntos adverbiais há no período “Talvez (B) Aquele cidadão está, no momento, na Europa.
encontre alguns amigos hoje à noite, na praça”? (C) A aluna chegou ao compromisso muito atrasada.
(D) Fizeram as questões com rapidez.
(A) um (B) dois (C) três (E) A aluna atrasada não encontrou lugar.
(D) quatro (E) cinco
54. Marque a opção em que o predicado é verbo-nominal.
47. “ Apressadas, saíram as alunas da sala”. O termo
“apressadas” é: (A) Aquela aluna é muito estudiosa.
(B) No próximo domingo, irei à praia.
(A) sujeito (B) objeto direto (C) A anciã, emocionada, agradeceu o presente.
(C) adjunto adnominal (D) adjunto adverbial de modo (D) Ele está preocupado com a prova.
(E) predicativo do sujeito (E) Sua promoção foi justa.

48. “Mas ele fez um negócio que me deixou encucado” Os 55. “A criança comeu o biscoito que estava na despensa.”
vocábulos sublinhados são: Quanto à função sintática, o pronome relativo é:

(A) sujeito / objeto direto / adjunto adverbial de modo (A) objeto direto (B) aposto
(B) adjunto adnominal / objeto indireto / predicativo do (C) complemento nominal (D) sujeito
sujeito (E) objeto indireto
(C) sujeito / objeto direto / predicativo do objeto
(D) objeto direto / sujeito / predicativo do objeto 56. Assinale a opção em que há um sujeito oracional.

49. Marque o item em que o termo em negrito foi
analisado incorretamente quanto à função sintática.
(A) Há sempre necessidade de carinho. (objeto indireto)
(B) O apoio dos alunos foi muito importante. (adjunto
adnominal)
(C) A rua Santa Sofia é muito movimentada. (aposto)
(D) Ouviu-me cantar a canção e adorou. (sujeito)
(E) É fundamental que você estude bastante. (sujeito)
50. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”. Se
colocarmos o acento indicador da crase em “as margens
plácidas”, este termo, sintaticamente, passa a ser:
(A) sujeito (B) objeto indireto
(C) adjunto adverbial (D) adjunto adnominal
(E) aposto
51. O termo “me”, na tira a seguir, deve ser analisado
como:
(A) Tenho certeza que farei boas provas.
(B) Ficou claro que os menores não irão ao cinema.
(C) Todos perceberam que você estava animado na festa.
(D) Ela não gosta de quem a abrace.
(E) A verdade é que aqueles candidatos são preparados.
57. Observe os períodos a seguir e assinale a alternativa
em que o LHE é adjunto adnominal.
(A) ... anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.
(B) O peixe caiu-lhe na rede.
(C) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.
(D) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.
(E) Sim, alguém lhe propôs emprego.
58. Em “... as empregadas da casa saem apressadas, de
latas e garrafas na mão, para a pequena fila do leite”, os
termos destacados são, respectivamente:
(A) adjunto adverbial de modo e adjunto adverbial de
matéria.
(B) predicativo do sujeito e adjunto adnominal.
(C) adjunto adnominal e complemento nominal.
(D) adjunto adverbial de modo e complemento nominal.
(E) predicativo do sujeito e complemento nominal.

59. “Fez-me comprar duas revistas”. Os termos em

negrito são, respectivamente:
(A) sujeito (B) predicativo (C) objeto direto
(D) vocativo (E) objeto indireto (A) sujeito, objeto direto
(B) sujeito, adjunto adnominal
52. Assinale o item em que o pronome pessoal oblíquo (C) objeto direto, adjunto adnominal
exerce a função de sujeito. (D) objeto direto, complemento nominal
(E) objeto direto, objeto direto
(A) Vi-o sair apressadamente.
(B) Ela nos entregou o convite. 60. Em que alternativa há objeto direto preposicionado?
(C) A aluna não te emprestará o material.
(D) Ninguém o viu na praia. (A) Passou aos filhos a herança recebida dos pais.
(E) Devo-lhe muitos favores.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 11

(B) Naquele tempo era muito difícil viajar para a Europa.
(C) Gosto de ver nuvens flutuarem no céu.
(D) Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma.
(E) Puxou o cabo com muita força.
61. Em “Mulher que a dois ama, a ambos engana.”, os
termos destacados são, pela ordem:
(A) objeto indireto e objeto indireto
(B) objeto indireto e objeto direto
(C) objeto indireto pleonástico e complemento nominal
(D) ambos são objetos diretos preposicionados
(E) objeto direto preposicionado e objeto indireto
62. Observe os termos sublinhados em: “Alugam-se
vagas. Precisa-se de faxineiros. Paraibana expansiva
machucou-se”. Eles exercem a função sintática de:
(A) objeto direto, objeto indireto, objeto direto
(B) sujeito, sujeito, sujeito
(C) sujeito, objeto indireto, objeto direto
(D) sujeito, objeto indireto, sujeito
(E) sujeito, sujeito, objeto direto
63. No período “Quando enxotada por mim foi parar na
janela”, qual a função sintática do termo em negrito:
(A) objeto direto
(B) agente da passiva
(C) complemento nominal
(D) objeto indireto
(E) sujeito
64. Assinale a opção em que o pronome relativo exerce a
função de sujeito.
(A) Ela não trouxe o livro de que precisávamos tanto.
(B) Aspire o ar puro que vem das montanhas.
(C) O livro que li ontem tem um excelente conteúdo.
(D) Ninguém comprou a caneta que o professor
recomendou.
(E) Saiu do cartaz a peça a que assistimos no sábado
passado.
65. “O aluno surpreendeu a todos com o quadro que
acabara de pintar”. Os termos em negrito são,
respectivamente:
(A) objeto direto e sujeito
(B) objeto direto e objeto direto
(C) objeto direto preposicionado e objeto direto
(D) objeto indireto e objeto direto
(E) objeto indireto e sujeito
66. “Aqueles alunos, eles foram advertidos pelo
inspetor”. Os termos sublinhados são, respectivamente:
(A) objeto direto e objeto indireto
(B) sujeito pleonástico e objeto indireto
(C) sujeito pleonástico e agente da passiva
(D) sujeito e complemento nominal
(E) objeto direto e complemento nominal
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
67. Em “Suas palavras não eram compatíveis com a sua
posição”, o termo em negrito é:
(A) agente da passiva (B) adjunto adverbial
(C) agente da passiva (D) objeto indireto
(E) complemento nominal
68. “Nunca foram claras as razões que conduzem as
pessoas ao ar rarefeito das montanhas”.
Sintaticamente, os quatro termos em negrito são, pela
ordem:
(A) objeto direto, sujeito, objeto direto e objeto direto
(B) predicativo do sujeito, sujeito, sujeito, objeto direto
(C) adjunto adnominal, objeto direto, sujeito, sujeito
(D) predicativo do objeto, objeto direto, objeto direto,
sujeito
(E) adjunto adverbial, sujeito, objeto direto e objeto
direto
69. Certa vez, o jornal Folha de S. Paulo publicou a
seguinte manchete: “NY vê as primeiras fotos de Marilyn
Monroe”. Sintaticamente, o termo em negrito é:
(A) núcleo do sujeito (B) complemento nominal
(C) adjunto adnominal (D) adjunto adverbial
(E) aposto
70. Lendo com atenção o enunciado da questão anterior,
percebe-se um desvio do padrão linguístico. Identifique-o.
(A) prosopopeia (B) anacoluto
(C) pleonasmo (D) ambiguidade
(E) cacofonia
71. “O grande compositor Mozart ficou perplexo quando
se viu cercado por perigos”. Os termos em negrito são:
(A) adjunto adnominal, objeto direto e objeto indireto
(B) adjunto adnominal, adjunto adverbial de modo e
objeto indireto
(C) aposto, predicativo do sujeito e agente da passiva
(D) aposto, objeto direto e complemento nominal
(E) núcleo do sujeito, objeto direto e agente da passiva
72. “Ele foi cercado de amigos sinceros que lhe disseram
que o fumo é prejudicial à saúde”.
Sintaticamente, os termos em negrito, são, pela ordem:
(A) agente da passiva, sujeito, objeto indireto,
complemento nominal
(B) agente da passiva, objeto direto, objeto indireto,
objeto indireto
(C) objeto indireto, objeto indireto, objeto indireto, objeto
indireto
(D) objeto indireto, sujeito, objeto direto, objeto indireto
(E) adjunto adverbial de companhia, sujeito, objeto
indireto, complemento nominal
73. “Tragam, alunos, os refrigerantes para a festa” Os
termos em negrito são, respectivamente:
(A) núcleo do sujeito e objeto indireto
12

(B) objeto direto e complemento nominal
(C) objeto direto pleonástico e adjunto adverbial de
finalidade
(D) vocativo e adjunto adverbial de finalidade
(E) aposto e adjunto adverbial de finalidade
74. O pronome oblíquo NÃO é objeto direto em:
(A) Desejo-te uma boa viagem.
(B) Vou esperá-la na estação
(C) A mensagem, não a entreguei à aluna.
(D) Ela nos viu no aeroporto.
(E) Não te encontrei no shopping.
75. Marque a opção em que se errou na função sintática
do termo sublinhado.
(A) Sente-se e faça os exercícios, menina. (vocativo)
(B) A aldeia está povoada de indígenas. (agente da
passiva)
(C) Na guerra, caem bombas sobre a cidade. (objeto
direto)
(D) A turma, ela é muito agradável. (sujeito pleonástico)
(E) A descoberta do Brasil deu a Portugal muitas
riquezas. (complemento nominal)
76. “A recordação da cena perseguiu-me durante muito
tempo”. Os termos sublinhados são, respectivamente:
(A) adjunto adnominal e sujeito
(B) complemento nominal e objeto direto
(C) sujeito e objeto direto
(D) adjunto adnominal e objeto indireto
(E) complemento nominal e objeto indireto
PERÍODOS COMPOSTOS
Se no período há apenas uma oração, diz-se que ela é
absoluta e ele, simples. Período composto é o constituído
por duas ou mais orações.
O período composto pode envolver subordinação,
coordenação ou ambas. Em um primeiro momento,
tratemos da subordinação. Fixe: por uma questão de
lógica, quando se fala em oração subordinada, tem de
haver uma que lhe seja principal. Há três tipos de orações
subordinadas: substantivas, adverbiais e adjetivas.
SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
São as orações, em um período composto, que
desempenham função sintática exigida por palavra da
oração que lhe é principal (normalmente a anterior). Em
geral são introduzidas pelas conjunções subordinativas
integrantes QUE e SE, que não possuem função sintática,
funcionando, apenas, como palavras conectoras.
As subordinadas substantivas podem desempenhar as
funções de sujeito, predicativo, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, aposto e agente da
passiva.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Truque: na maioria das vezes, pode-se trocar a oração
substantiva por ISTO, DISTO, A ISTO... A função do
pronome é a função da oração.
* Espero [que você ganhe aquele convite.] = Espero ISTO
(ISTO é objeto direto). Conclusão: a oração em destaque é
subordinada substantiva objetiva direta.
* Ficou acertado [que sairemos mais cedo hoje.] = Ficou
acertado ISTO (que é igual a ISTO ficou acertado - ISTO
é sujeito) Conclusão: a oração em destaque é subordinada
substantiva subjetiva)
Atenção: é comum a oração subordinada aparecer
reduzida, ou seja, sem conjunção e com verbo em
forma nominal: infinitivo, gerúndio e particípio.
A classificação é igual à da oração desenvolvida.
* É importante [dormir cedo]. = É importante ISTO (ISTO
é sujeito e a oração é subordinada substantiva subjetiva e
reduzida de infinitivo)
Atenção: nas orações objetivas indiretas e completivas
nominais, é comum a preposição DE ficar elíptica. A
elipse deve ser evitada quando se prejudica a clareza
textual.
Tenho certeza de que farei boas provas. ou Tenho certeza
que farei boas provas. A segunda oração é subordinada
substantiva completiva nominal.
Questões de Fixação – Orações substantivas
I- Numere os parênteses de acordo com a função da
oração subordinada substantiva, sendo:
1. sujeito
2. objeto direto
3. objeto indireto
4. complemento nominal
5. predicativo
6. aposto
7. agente da passiva
01. É conveniente que você chegue cedo. ( )
02. Foi dito que ela fez provas excelentes. ( )
03. Todos acham que você é muito competente. ( )
04. Meu desejo é que todos vençam. ( )
05. Sabe-se que aquele time será campeão. ( )
06. A criança não gosta de quem faz caretas. ( )
07. Referi-me a quem estuda com afinco. ( )
08. Ela foi beijada por quem estava ao seu lado. ( )
09. As crianças têm medo de quem faz caretas. ( )
10. Só lhe peço isto: que respeite o próximo. ( )
11. Não há dúvida de que terás bons resultados. ( )
12. Ninguém duvida de que o viaduto desabará. ( )
13. É provável que cheguem à hora marcada. ( )
14. Ele ficou alheio a quem não se esforça. ( )
15. Pediu-se a ela que estude com vontade. ( )
16. É importante que você faça os exercícios. ( )
17. Ficou claro que ela não concordou contigo. ( )
18. Percebeu-se que ela melhorou da gripe. ( )
19. Gosta-se muito de quem é esforçado. ( )
20. Tenho a impressão de que ela não virá hoje. ( )
13
 CAPÍTULO II

SUBORDINADAS ADVERBIAIS (C) adverbial consecutiva

(D) adverbial temporal
São as orações que desempenham a função de adjunto (E) adverbial final
adverbial: exprimem circunstância. São normalmente
iniciadas por conjunções subordinativas, exceto as 78. Em “Todos tinham certeza que seriam aprovados”.
integrantes. As conjunções não têm função sintática, pois A oração em destaque é subordinada substantiva
funcionam como palavras conectoras e têm o mesmo valor
semântico das orações que iniciam. (A) subjetiva (B) completiva nominal
Circunstâncias que as orações subordinadas adverbiais (C) predicativa (D) objetiva direta
podem exprimir: tempo, causa, comparação, concessão, (E) objetiva indireta
consequência, condição, proporção, conformidade e
finalidade. Há duas que não foram consagradas pela 79. “A verdade é que os moradores não sabiam nada” /
Nomenclatura Gramatical Brasileira: as que exprimem “Lembro-me que só usava camisa branca”. As orações
lugar e modo. As adverbiais também podem ser reduzidas. em destaque são subordinadas substantivas,
* Ao sair, feche a porta com cuidado. (A oração em respectivamente:
negrito é reduzida de infinitivo e subordinada adverbial
temporal) (A) subjetiva / subjetiva
(B) objetiva direta / objetiva indireta
Questões de Fixação – Orações Adverbiais (C) predicativa / subjetiva
(D) objetiva direta / objetiva direta
II – Tendo em vista a oração subordinada adverbial,
(E) predicativa / objetiva indireta
numere os parênteses, sendo:
80. “Seu cabelo é tão natural que parece verdadeiro” A
1. Causal 2. Condicional
oração em destaque é de valor:
3. Consecutiva 4. Comparativa
5. Concessiva 6. Temporal
(A) causal (B) conformativo
7. Final 8. Proporcional
(C) temporal (D) consecutivo
9. Conformativa 10. Modal
(E) comparativo
11. Locativa
81. “Decidiu-se que a empresa irá a leilão”. A oração é
01. Se você sair de novo, contarei para sua mãe. ( )
subordinada substantiva:
02. A encomenda chegou logo que você saiu. ( )
03.Veio tão cedo que a porta estava fechada. ( )
(A) objetiva direta (B) predicativa
04. Comprei um tênis confortável para trabalhar. ( )
(C) objetiva indireta (D) subjetiva
05. Terminando as aulas, todos sairão. ( )
(E) apositiva
06. Que eu saiba, ninguém virá. ( )
07. Trouxeram o chapeú porque estava chovendo. ( )
82. Em qual das opções há ERRO na identificação da
08. Iremos à praia amanhã se não estiver chovendo. ( )
oração subordinada adverbial?
09. O cidadão foi promovido como era previsto. ( )
10. Embora não tenha estudado, obteve boas notas. ( )
(A) Conquanto os preços tenham melhorado, muita gente
11. Contratam mais à medida que o prédio sobe. ( )
ainda passa fome. (concessiva)
12. O aluno saiu rapidinho sem que fosse notado. ( )
(B) Tal era seu nervosismo que deixou a porta aberta.
13. Falta luz diariamente onde ela mora. ( )
(comparativa)
14. Correu tanto que chegou ofegante. ( )
(C) Ninguém saiu ontem porque chovia muito. (causal)
15. Quando você sair, bata a porta. ( )
(D) Caso você venha almoçar, avise-me. (condicional)
17. Como chovia, fechei todas as janelas. ( )
(E) Levou o dinheiro para comprar um sapato. (final
18. Os lápis são para que faças o trabalho. ( )
19. Tamanho era seu medo que molhou a calça. ( )
83. “Ao analisar o desempenho da economia brasileira,
20. Ao entrar na sala, cumprimentou a todos. ( )
os empresários afirmaram que os resultados são bastante
21. Não vendo o sapato, tropeçou nele. ( )
razoáveis”. As orações em destaque são subordinada
22. Feito o trabalho, todos irão para casa. ( )
adverbial :
23. Tanto ele se esforçou que obteve aprovação. ( )
24. Já que você insiste tanto, sairemos juntos. ( )
(A) consecutiva e subordinada substantiva subjetiva
25. À medida que estudo, mais entendo a sintaxe. ( )
(B) temporal e subordinada substantiva objetiva direta
(C) final e subordinada substantiva subjetiva
Questões Objetivas - Orações (D) causal e subordinada substantiva objetiva direta
(E) final e subordinada substantiva objetiva direta
77. “Ao obter dados mais precisos, conseguiram fechar
o balanço da empresa”. No período, a 1ª oração, além de 84. “Não é possível que ela chegue atrasada
reduzida, classifica-se como subordinada diariamente”. No período, a 2ª oração é subordinada
substantiva:
(A) substantiva subjetiva
(B) substantiva objetiva direta (A) subjetiva (B) objetiva direta

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 14


(C) completiva nominal (D) predicativa
(E) objetiva indireta
85. “Fi-lo cantar aquela melodia” Exerce a mesma
função do pronome destacado a oração grifada em:
(A) A aluna disse que amanhã irá ao cinema.
(B) Todos pediram ao aluno que fizesse as provas.
(C) Se não chover, irei à praia.
(D) É provável que a prova seja anulada.
(E) Tens medo de quem bebe muito?
86. “Informei-lhe que as provas foram anuladas”. O
pronome e a oração são, respectivamente:
(A) objeto direto / subordinada substantiva objetiva
indireta
(B) sujeito / subordinada substantiva subjetiva
(C) objeto indireto / subordinada substantiva objetiva
direta
(D) objeto indireto / subordinada substantiva objetiva
indireta
(E) objeto indireto / subordinada substantiva completiva
nominal
87. “Declarou-me que eu tinha medo de que você me
esquecesse”. As orações subordinadas têm valor de:
(A) objeto direto e objeto indireto
(B) objeto direto e complemento nominal
(C) objeto indireto e objeto indireto
(D) predicativo e objeto indireto
(E) sujeito e predicativo
88. “Observou-se que a aluna se referiu a quem estava
na última fileira”. É incorreto afirmar:
(A) O período contém três orações.
(B) O verbo observar é transitivo direto.
(C) Em observou-se, a palavra SE é partícula
apassivadora.
(D) A 2ª oração é subordinada substantiva objetiva direta.
(E) A 3ª oração é subordinada substantiva objetiva
indireta.
89. “Tamanho era o seu nervosismo que roeu todas as
unhas”. A 2ª oração é subordinada adverbial
(A) causal
(B) conformativa
(C) consecutiva
(D) final
(E) conformativa
90. “Aquela aluna só gosta de quem é muito inteligente”.
Marque a opção em que o pronome oblíquo exerce a
mesma função sintática que a oração em destaque.
(A) Mandou-nos entrar mais tarde hoje.
(B) Ninguém a viu no estádio.
(C) Tenho-lhe muito medo.
(D) A mãe puxou-lhe os cabelos.
(E) Entreguei-lhe a encomenda.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
91 “A aluna Mariana é estudiosa à beça”. Em que
opção há oração com a mesma função sintática de
Mariana?
(A) É provável que haja outros feriados.
(B) Pediu-se que todos saíssem pela porta lateral.
(C) O inspetor afirmou que a aula será na sala do 1º
andar.
(D) Estava receoso de que fosse reconhecido com a
peruca.
(E) A mãe fez uma recomendação ao filho: que não
chegasse muito tarde.
92. Como se classifica a oração em negrito? “Uma vez
que você aceite a minha proposta, almoçaremos juntos”.
(A) subordinada adverbial condicional
(B) subordinada adverbial conformativa
(C) subordinada adverbial final
(D) subordinada adverbial consecutiva
(E) subordinada adverbial causal
93. Marque o item em que a identificação da oração
adverbial sublinhada está ERRADA.
(A) Mal os alunos chegaram, o professor começou a aula.
(temporal)
(B) Ela resolveu dormir cedo já que você não iria ao
cinema. (causa)
(C) Fiz o trabalho como me ensinaram. (conformativa)
(D) À medida que leio, escrevo melhor. (modal)
(E) Sua decisão foi tão polêmica que todos a comentam
bastante. (consecutiva)
94. “O quadro da educação no país é tão precário que
devemos recorrer a investimentos de empresários”. A
segunda oração é adverbial:
(A) causal (B) conformativa (C) final
(D) concessiva (E) consecutiva
95. “Não é cert que você saia logo que termine a
sessão”. As orações subordinadas são, respectivamente:
(A) substantiva objetiva direta e adverbial temporal
(B) substantiva subjetiva e adverbial temporal
(C) substantiva predicativa e substantiva objetiva direta
(D) adverbial final e adverbial final
(E) substantiva subjetiva e adverbial modal
96. “A verdade é que você deve ser caprichoso”. A 2ª
oração é subordinada substantiva:
(A) objetiva direta (B) subjetiva
(C) predicativa (D) apositiva
(E) completiva nominal
97. Em “Aquela aluna estudou tanto que perdeu o
sono”, o valor semântico da palavra QUE é:
(A) conformidade (B) causa (C) tempo
(D) consequência (E) finalidade
15

98. “Ela comprou sapatos novos para comparecer ao
festival”. No período, a 2ª oração tem valor semântico de:
(A) proporção
(B) concessão
(C) modo
(D) ugar
(E) finalidade
99. “Ao ver o irmão no aeroporto, chorou
copiosamente”. A oração em negrito é?
(A) coordenada assindética
(B) subordinada substantiva subjetiva
(C) subordinada adverbial consecutiva
(D) principal
(E) subordinada adverbial temporal
100. “Não é muito bom sair à noite” A segunda oração é
reduzida de infinitivo e se classifica como
(A) subordinada substantiva predicativa
(B) subordinada substantiva subjetiva
(C) subordinada adverbial modal
(D) subordinada adverbial final
(E) coordenada assindética
101. “Quando estiver sozinho, não há necessidade que
ligue para todos já que seus amigos podem estar
ocupados”. Marque a afirmação ERRADA.
(A) O período contém quatro orações.
(B) Há erro na 3ª oração pela omissão da preposição.
(C) Três orações são subordinadas.
(D) A única oração de valor substantivo é a terceira.
(E) A conjunção já que pode ser substituída por porque.
102. “Ficou evidente que todos estão muito animados”.
Assinale a afirmação com ERRO.
(A) Só há duas orações no período.
(B) A palavra conectora entre as duas orações é
conjunção subordinativa integrante.
(C) A segunda oração é o sujeito da anterior.
(D) A segunda oração é o predicativo da anterior.
(E) A primeira oração é a principal do período.
SUBORDINADAS ADJETIVAS
São as que exercem a função de adjunto adnominal.
Podem ser restritivas e explicativas. Quando
desenvolvidas, são iniciadas por pronomes relativos.
* A pessoa que fuma morre mais cedo. (A oração em
negrito é restritiva, pois restringe a morte apenas aos que
fumam)
* O homem, que é dotado de inteligência, age, às vezes,
como um animal. (A oração em negrito é explicativa, pois
é abrangente, já que todos os homens são dotados de
inteligência).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
ORAÇÕES COORDENADAS
São as que sintaticamente são independentes: uma não
exerce função sintática em relação à outra. São chamadas
de assindéticas quando não são iniciadas por conjunção e
sindéticas quando a conjunção estiver presente. As
coordenadas sindéticas podem ser: aditivas (e, nem = e
não), adversativas (mas, porém, todavia, entretanto,
contudo, no entanto), alternativas (ou, ora...ora, já...já.
quer...quer), conclusivas ( logo, portanto, por isso, de
modo que, por conseguinte, pois – posposta ao verbo) e
explicativas (que, porque, pois – anteposta ao verbo).
* A criança chegou da escola e foi tomar banho.
(aditiva)
* Meu amigo estudou bastante, mas sua nota não foi boa.
(adversativa)
* Conte o caso agora, ou fique calada. (alternativa)
* Não tenho aquele livro, portanto não posso estudar.
(conclusiva)
* Cumprimente-a, pois ela casará proximamente.
(explicativa)
Atenção: os conectores que, pois, porque e porquanto são
explicativos quando, na oração anterior, há verbo no modo
imperativo. Corram, que a polícia vem aí.
Compare:
*Que chova, [pois está muito calor]. / oração
coordenada sindética explicativa
*Choveu muito, [pois está tudo molhado]. / oração
coordenada sindética explicativa
*Choveu muito; [está tudo, pois, molhado]. / oração
coordenada sindética conclusiva.
*Está tudo molhado, [pois choveu]. / oração
subordinada adverbial.
Questões Objetivas – Orações (Cont.)
103. Marque o item em que o pronome oblíquo possui a
mesma função da segunda oração em “Meu amigo, não é
correto que você jogue papel no chão.”
(A) A aluna me entregou um estojo.
(B) Ainda não lhe deram o convite para a festa?
(C) A vida nos ensina muitas coisas.
(D) Viu-me jogar vôlei na praia.
(E) Ela se vestiu com rapidez.
104. Assinale o comentário com ERRO sobre os aspectos
morfossintáticos e semânticos do período:
“Tanto insistiu que conseguiu o que desejava.”
(A) O período contém três orações.
(B) O valor semântico da palavra QUE no segmento que
conseguiu é de consequência.
(C) O artigo O desempenha a função de objeto direto.
(D) A palavra QUE na oração que desejava é pronome
relativo.
(E) A última oração é subordinada adjetiva restritiva.
16

105. “Vê-se que ela foi mordida por um marimbondo”.
Quanto ao período, marque o ERRO quanto ao
comentário.
(A) A palavra SE é partícula apassivadora, pois o verbo
VER é transitivo direto.
(B) A segunda oração é substantiva objetiva direta.
(C) A palavra QUE não tem função sintática: é conjunção
subordinativa integrante.
(D) O termo por um marimbondo é agente da passiva.
(E) A primeira oração é a principal do período.
106. “Ainda que fosse feriado, o comércio abriu
normalmente”.
A oração destacada é subordinada adverbial:
(A) causal (B) final
(C) concessiva (D) proporcional
(E) modal
107. “Um dos maiores poetas e cronistas que tivemos foi
Drummond, que nasceu em Itabira”.
A oração em negrito é classificada como:
(A) subordinada substantiva apositiva
(B) subordinada adjetiva restritiva
(C) subordinada adverbial temporal
(D) subordinada adjetiva explicativa
(E) coordenada sindética explicativa
108. Em um dos itens, a oração destacada é coordenada
de valor explicativo. Assinale-0.
(A) Creio que é melhor você estudar muito ou trabalhar.
(B) Naquele colégio, ela estudou Português, mas não sabe
quase nada.
(C) Aguarde um pouco, que o embasamento é muito
importante.
(D) Chegou a casa cedo, tomou banho e saiu
apressadamente.
(E) Foi ao Maracanã, todavia não havia ingressos.
109. “Já que você não irá à festa, dormirei cedo.” A
oração em negrito tem valor semântico de:
(A) proporção (B) finalidade (C) conclusão
(D) causa (E) concessão
110. “O aluno que assiste às aulas e presta atenção faz
sempre boas provas de Português.” Marque o
comentário com ERRO.
(A) O período contém quatro orações.
(B) A segunda oração é subordinada adjetiva restritiva.
(C) A terceira oração é coordenada sindética aditiva.
(D) Uma das orações possui um adjunto adverbial de
tempo.
(E) O verbo fazer, no período, é transitivo direto.
111. “Tal foi sua participação no evento que recebeu
outro convite.” O sentido da segunda oração é de:
(A) causa (B) tempo (C) concessão
(D) conformidade (E) consequência
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
112. “Não vendo a pedra, tropeçou nela.” A oração
reduzida de gerúndio se classifica como:
(A) consecutiva (B) causal (C) final
(D) temporal (E) concessiva
113. “Ao encontrar o professor, peça-lhe que resolva
aquela questão.” No período, a primeira e a terceira
oração se classificam como:
(A) subordinada adverbial final / subordinada substantiva
objetiva direta
(B) subordinada adverbial concessiva / subordinada
substantiva subjetiva
(C) subordinada adverbial temporal / subordinada
substantiva objetiva direta
(D) subordinada adverbial causal / subordinada
substantiva completiva nominal
(E) subordinada adverbial temporal / subordinada
substantiva subjetiva
114. “Tenho certeza que farei excelentes provas,
todavia tenho que fazer muito esforço.” É incorreto
afirmar:
(A) O período contém quatro orações.
(B) A palavra QUE é conjunção subordinativa integrante
nas duas incidências.
(C) Na 2ª oração há erro: a omissão da preposição DE.
(D) A 2ª oração é subordinada substantiva completiva
nominal.
(E) A 2ª oração é substantiva objetiva indireta.
115. “Cabe à família orientar os filhos.” Assinale o
comentário ERRADO.
(A) O período possui duas orações.
(B) A segunda oração é objetiva direta e reduzida de
infinitivo.
(C) A segunda oração é subjetiva e reduzida de infinitivo.
(D) O termo à família é objeto indireto.
(E) O objeto direto da segunda oração poderia ser
substituído por um pronome oblíquo: orientá-los.
116. “É imprescindível que o Governo diminua os
impostos para adquirirmos alguns bens.” Marque a
afirmação com ERRO.
(A) A 1ª oração é Principal.
(B) A 2ª oração é substantiva objetiva direta.
(C) A 3ª oração é reduzida de infinitivo.
(D) A 3ª oração é subordinada adverbial exprimindo
finalidade.
(E) A palavra QUE é conjunção subordinativa integrante
na 2ª oração.
117. “Ao sair com sua irmã, a aluna descobriu o que
seus colegas afirmaram”. Quanto aos aspectos
morfossintáticos, assinale a afirmação com ERRO.
(A) O período contém três orações.
(B) A palavra QUE é uma conjunção integrante, pois
inicia oração subordinada substantiva.
17
 CAPÍTULO II

(C) A 1ª oração é reduzida de infinitivo e subordinada 123. “Naquela cidade houve uma invasão de
adverbial temporal. mosquitos”. Quanto à sintaxe, o termo de mosquitos é:
(D) Na 1ª oração, há um adjunto adverbial de companhia.
(E) A palavra “O” não é artigo definido. (A) objeto indireto (B) complemento nominal
(C) aposto explicativo (D) adjunto adnominal
118. “Ao sair com sua irmã, a aluna descobriu o que (E) agente da passiva
seus colegas afirmaram”. Assinale a afirmação
ERRADA. 124. “A rua Santa Sofia é muito tranquila”. O termo em
negrito é:
(A) O período contém apenas dois pronomes.
(B) A 1ª oração pode ser desenvolvida para “Quando saiu (A) adjunto adnominal (B) núcleo do sujeito
com sua irmã”. (C) predicativo (D) adjunto adverbial de lugar
(C) Os verbos descobrir e afirmar têm a mesma (E) aposto denominativo
transitividade.
(D) Sair é verbo intransitivo. 125. “É verdade que aquela aluna viajou novamente?”
(E) No sujeito a aluna, há um adjunto adnominal. Marque o item em que o pronome oblíquo exerce a
mesma função sintática da oração em negrito.
119. “É necessário que você faça seu trabalho com
capricho para que o professor lhe dê a nota máxima”. (A) A funcionária feriu-se com a tesoura.
Uma das opções contém ERRO quanto ao comentário. (B) A criança puxou-lhe o cabelo com força.
Identifique-a. (C) Ninguém me ouviu cantarolar aquela canção.
(D) Encontrei-a na praia com sua irmã.
(A) O termo você tem a mesma função sintática que a (E) Tenho-lhe medo.
oração a que pertence.
(B) O termo com capricho pode ser substituído por 126. Assinale a opção em que a oração subordinada
caprichosamente. substantiva exerce a mesma função sintática que o termo
(C) A terceira oração possui valor semântico de sublinhado em: “Ninguém a encontrou naquela festa”.
finalidade.
(D) O verbo dar é transitivo direto e indireto e o pronome (A) Ainda não sei se irei à cidade amanhã
oblíquo é o seu objeto direto. (B) É preciso que você ajude seus amigos.
(E) O adjetivo máxima é, sintaticamente, adjunto (C) A verdade é que as provas não serão fáceis.
adnominal. (D) Ela gosta que você saia com ela.
(E) Tenha confiança em quem é amigo.
120. Marque o item em que a oração contém sujeito.
127. Assinale a opção em que o pronome relativo tenha a
(A) Houve um imprevisto naquela tarde. mesma função sintática que o termo sublinhado em
(B) Fez frio em Santa Catarina. “Existem alunos estudiosos”.
(C) Há de haver alunos estudiosos.
(D) Existe uma situação embaraçosa. (A) Todos compraram o livro que o professor indicou.
(E) Há uma situação embaraçosa. (B) Não encontrei o livro que estava na estante da sala.
(C) Minha amiga gostou do filme que vi ontem.
121. Assinale o ERRO na identificação do valor (D) Ela adorou o livro que você deu a ela.
semântico da oração subordinada adverbial. (E) O livro de que temos necessidade ainda está esgotado.

(A) Caso você saia, não se esqueça de fechar as janelas.
(tempo)
(B) Conseguimos chegar a tempo embora o trânsito
estivesse horrível. (concessão)
(C) Tamanho era seu medo que se trancou no quarto.
(consequência)
(D) Ela sempre foi mais capaz do que eu. (comparação)
(E) O aluno chegou mais cedo para estudar Português.
(finalidade)
128. “Pede-se silêncio aos meninos”. Em que opção a
oração subordinada desempenha a mesma função sintática
do termo “silêncio”?
(A) Ela ficou alheia a quem lhe chamava.
(B) Minha amiga espera que você vá à festa.
(C) É imprescindível que vocês cheguem cedo.
(D) O importante é que você colabore com sua irmã.
(E) A aluna não deu o suporte a quem estava no pátio.

122. “A cidade foi invadida por turistas”. Tendo em vista
a função sintática do termo em negrito, marque a opção
em que há oração com a mesma função.
(A) É óbvio que o trânsito está caótico.
(B) A aluna foi ajudada por quem está a seu lado.
(C) Tenho necessidade que você me auxilie.
(D) O certo é que a cidade irá melhorar.
(E) Você sabe que amanhã é feriado?
129. “Ficou acertado que as crianças irão ao circo com
seus irmãos”. Identifique o comentário com ERRO.
(A) No período há três adjuntos adnominais.
(B) O termo com seus irmãos é objeto indireto.
(C) Acertado é um particípio e equivale ao adjetivo certo.
(D) A 2ª oração é sujeito da 1ª.
(E) A palavra que é conjunção subordinativa integrante.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 18

 CAPÍTULO II

130. “Não é verdade que aquele aluno pediu ao 136. “Aquela anciã anda contrariada com a família”.
inspetor que comprasse um refrigerante”. Marque o Em que opção a oração subordinada possui a mesma
ERRO quanto ao comentário. função que o termo contrariada?

(A) A palavra que é conjunção integrante. (A) Eles não sabem se farão as provas pela manhã.
(B) A 2ª oração é sujeito da 1ª. (B) É muito bom que as provas sejam pela manhã.
(C) O termo um refrigerante desempenha função sintática (C) Todos almejam que as provas sejam pela manhã.
diferente da oração de que faz parte, (D) Tenho certeza que as provas serão pela manhã.
(D) O verbo pedir é transitivo direto e indireto. (E) A verdade é que as provas serão pela manhã.
(E) Na combinação ao, “o” é adjunto adnominal.
137. “Você saiu com ela ontem?”. Sintaticamente, o
131. Em que opção há ERRO quanto à função sintática do termo com ela é:
termo em destaque?
(A) objeto indireto
(A) Professores, alunos e funcionários, todos foram ao (B) adjunto adverbial de companhia
teatro. (todos = aposto resumitivo) (C) adjunto adverbial de modo
(B) Não conheço o aluno que se destacou nas provas. (D) objeto direto preposicionado
(que = sujeito) (E) complemento nominal
(C) Amigos, vamos estudar com vontade! (Amigos =
vocativo) 138. Leia o conjunto textual abaixo e, em seguida,
(D) A aluna, emocionada, recebeu o prêmio. (emocionada identifique o valor semântico da segunda oração.
= adjunto adnominal)
(E) O copo, deixei-o sobre a mesa. (o = objeto direto
pleonástico)

132. O valor semântico de QUE está identificado

incorretamente em:

(A) Aquela aluna é mais caprichosa que você.

(comparativa)
(B) Ela se esforçou tanto que acabou premiada.
(consecutiva)
(C) O inspetor afirmou que todos farão prova naquela
sala. (finalidade)
(D) A aluna pensou que estava enganada. (integrante)
(E) Foi estabelecido que sairão mais cedo. (integrante)

133. Marque a opção em que o pronome oblíquo

desempenha a função sintática de sujeito do infinitivo.

(A) Ninguém te reconhecerá com essa máscara.

(B) Enviaram-nos muitas mensagens. (A) causa (B) proporção
(C) A aluna me entregou sua prova. (C) trempo
(D) Você não me ouviu gritar o seu nome? (D) efeito
(E) Encontrei-a com a irmã na praia. (E) finalidade

134. Marque a oração com sujeito indeterminado. 139. “É muito importante renovar a esperança”. A
oração reduzida é:
(A) Veem-se alunos estudiosos.
(B) Meninos, façam a redação. (A) objetiva direta (B) objetiva indireta
(C) Houveram-se bem nas provas os alunos. (C) explicativa (D) completiva nominal
(D) Ama-se aos amigos. (E) subjetiva
(E) Nasceram com três quilos os gêmeos.
140. “Com o resultado negativo, os torcedores
135. “Convém que você estude muito”. Marque o item deixaram o estádio bastante aborrecidos”.
em que o pronome oblíquo possui a mesma função Sintaticamente, o termo “aborrecidos” é:
sintática que a oração em destaque.
(A) adjunto adnominal
(A) Todos me viram no shopping. (B) adjunto adverbial de modo
(B) Ninguém a viu na praia. (C) adjunto adverbial de intensidade
(C) Mandaram-me mensagens engraçadas. (D) predicativo do objeto
(D) Ela me ouviu cantar e gostou muito. (E) predicativo do sujeito
(E) Contaram-nos alguns fatos interessantes.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 19

 CAPÍTULO II

141. Marque o item em que há um complemento nominal. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

(A) Ele foi cercado por muitos amigos. A Regência estuda a relação entre os termos de
(B) Não me lembrei de ti ontem. uma oração e a dependência entre eles. Ela aponta a
(C) A construção do operário ficou boa. necessidade ou não do emprego de uma preposição.
(D) Nunca se esquecerão de nós. Muitos verbos possuem regências diferentes de acordo
(E) Ele tem muito interesse pelos estudos. com o sentido.
1. Todos têm necessidade de carinho. (regência nominal: o
142. Assinale a alternativa que contenha um pronome termo necessidade exige a preposição DE.)
pessoal oblíquo funcionando como objeto direto. 2. Todos gostam de carinho. (regência verbal: o verbo
gostar é transitivo indireto e exige a preposição DE.)
(A) Eu começarei a reformar a casa amanhã. 3. A criança quer uma bicicleta nova. (querer é TD no
(B) E mais uma vez me fizeram sorrir para a foto. sentido de desejar)
(C) Todos a ensinaram a respeitar a natureza. 4. A criança quer muito aos pais. (querer é TIND no
(D) A aluna entregou-nos a redação. sentido de estimar e exige a preposição A no objeto
(E) Ela não me entregou a encomenda. indireto)
143. “Não foram claras as razões que conduzem as Verbos importantes quanto à regência:
pessoas ao topo da montanha”. Marque o item que
contém a função sintática de “claras”, “as razões”, “que” e 1. ASSISTIR
“as pessoas”, respectivamente. a) No sentido de ajudar, prestar assistência: TD
O médico assiste os doentes nos hospitais.
(A) adjunto adnominal, objeto direto, objeto direto, objeto A nova medida irá assistir os aposentados.
direto Obs.: Admite-se, também, a construção com preposição
(B) adjunto adnominal, sujeito, sujeito, objeto direto A. O médico assiste aos doentes nos hospitais.
(C) predicativo do sujeito, objeto direto, objeto direto, A nova medida irá assistir aos aposentados.
objeto direto
(D) predicativo do sujeito, sujeito, sujeito, objeto direto b) No sentido de ver, presenciar: TIND + A
(E) predicativo do objeto direto, objeto direto, sujeito, Ontem assisti a um filme muito bom.
objeto direto Ele não assistiu ao jogo.
Obs.: nesse sentido o OI não pode ser substituído pelo
144. pronome lhe. O correto é empregar-se a ele (pronome
oblíquo tônico).
c) No sentido de caber, pertencer: TIND + A
Assiste à população o direito de protestar.
d) No sentido de morar: intransitivo + EM (forma em
desuso) Aquele aluno assiste em Jacarepaguá.

2. VISAR
a) No sentido de assinar, mirar: TD
O gerente visou os cheques. O artilheiro visou o alvo.
b) No sentido de desejar,almejar: TIND + A (desejar e
almejar são TD) Todos visam a uma carreira estável.
Todos desejam uma carreira estável.
Obs.: Nesse sentido, o objeto indireto só pode ser
substituído por a ela.
Obs.: É cada vez mais aceita a construção de “visar”, no
sentido de “almejar”, como transitivo direto. Todos visam
uma carreira estável.
3. ASPIRAR
a) No sentido de inspirar: TD
A frase “Se você agir, podemos evitar.” só não equivale Aspiro o perfume das flores.
semanticamente à seguinte: b) No sentido de desejar, almejar: TIND + A
Aspiro a uma profissão rendosa.
(A) Caso você aja, ... Obs.: nesse sentido, o objeto indireto equivale a ela.
(B) Desde que você aja, ...
(C) A menos que você aja, ... 4. PREFERIR
(D) Contanto que você aja, ... Verbo TD e IND + A (não admite palavras de intensidade
(E) Uma vez que você aja, ... nem comparações)
Aquele cidadão prefere trabalhar a estudar.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 20
 CAPÍTULO II

5. QUERER 13. O cargo a que visamos é muito disputado. ( )

a) No sentido de gostar, estimar: TIND + A 14. Sua decisão desagradou a todos. ( )
Todos querem a seus pais. 15. O jogo foi assistido por milhares de torcedores. ( )
b) No sentido de desejar, almejar: TD 16. Eu prefiro vinho a cerveja. ( )
A criança quer uma bicicleta. 17. O médico assistiu todos os idosos. ( )
18. O piloto precisou a hora e o local do pouso. ( )
6. INFORMAR, CIENTIFICAR, CERTIFICAR, 19. Informei-lhe de que não haverá aula amanhã. ( )
AVISAR, PREVENIR, NOTIFICAR. 20. Não desobedeça o chefe. ( )
21. Esta é a carreira que aspiro. ( )
São verbos TD e TIND + A (pessoa no objeto indireto) 22. Sua atitude implicou anulação da prova. ( )
ou DE (coisa no objeto indireto) 23. Chamaram-lhe de caloteiro. ( )
Cientifiquei o calendário ao aluno. 24. Chamaram-no de caloteiro. ( )
Informei o aluno do calendário. 25. O artilheiro visou o gol adversário. ( )
Informei-lhe que haverá outra prova. 26. Às vezes, é preferível ficar em casa do que sair. ( )
Informei-o de que haverá nova prova. 27. Meu amigo é residente à rua Barão de Mesquita. ( )
28. A criança é ávida por saber os porquês. ( )
7. CHAMAR 29. Aquela mulher está apta por trabalhar. ( )
a) No sentido de convocar: TD. 30. Seu voto foi desfavorável ao projeto. ( )
O inspetor chamou os alunos. 31. Aprovaram o projeto o qual você foi contrário. ( )
b) No sentido de dar nome: pede complemento com ou 32. O prejuízo de ontem foi análogo ao anterior. ( )
sem a preposição A + predicativo com ou sem a 33. Sempre foi fiel a suas amizades. ( )
preposição DE. O aluno chamou o colega de tolo. 34. Sua falta ao encontro foi justificada. ( )
O aluno chamou ao colega tolo. 35. Deitada na cama, ela ficava alheia com tudo. ( )
36. As crianças assistiram um lindo espetáculo. ( )
8. ESQUECER, LEMBRAR 37. Seu cansaço é igual ao meu. ( )
a) Se forem pronominais: TIND + DE. 38. Informei-o que a prova será no sábado. ( )
Ela se esqueceu da apostila hoje. 39. Todos foram favoráveis a tua promoção. ( )
Não me lembrei do seu aniversário. 40. Ela não se lembra o seu nome. ( )
b) Se não forem pronominais: TD. 41. Conheço a história que você fez referência. ( )
Ela esqueceu a apostila em casa. 42. Li a revista a qual você se referiu ontem. ( )
Não lembrei o seu aniversário. 43. Vendeu-se muitos objetos antigos. ( )
44. Sentou-se na mesa para almoçar. ( )
Obs.: A coisa lembrada ou esquecida pode ser o sujeito. 45. Há muito tempo não lhe vejo. ( )
Esqueceu-me o seu aniversário. 46. Não assisti o jogo de domingo. ( )
Lembrou-me o seu aniversário. 47. Meu amigo aspira uma carreira rendosa. ( )
48. Comprei a coleção a qual meu amigo se referiu. ( )
9. PAGAR, PERDOAR
49. Prefiro praia do que piscina. ( )
Com objeto coisa são TD e com objeto pessoa são TIND
+ A. Perdoei o seu erro. Paguei ao dentista. 50. Avisei-o de que a prova foi adiada. ( )
Perdoei o erro ao aluno. 51. Avisei-lhe de que a prova foi adiada. ( )
52. Perdoei os seus erros. ( )
10. CUSTAR 53. Há necessidade que você chegue cedo amanhã. ( )
No sentido de ser difícil é TIND + A (o que é difícil é 54. Precisou-se o relógio. ( )
sujeito) 55. Precisou-se do relógio . ( )
Custou ao prefeito encontrar uma solução.
56. Cientifique ao aluno de que a prova será hoje. ( )
Custou-me fazer as questões.
57. Cientifiquei o aluno que a prova será amanhã. ( )
58. Proibi-o sair tarde. ( )
Questões de Fixação - Regência 59. Proibi-lhe de sair tarde. ( )
60. Assiste ao aluno o direito de sair. ( )
I – Marque as orações com erro de regência.
01. Aqueles alunos chegaram cedo no curso. ( )
02. Esqueci dos compromissos marcados. ( ) Questões Objetivas - Regência
03. Custei a resolver os exercícios. ( )
04. O material que precisamos não foi encontrado. ( ) 145. Aponte a alternativa em que a regência está correta.
05. A criança obedece os mais velhos. ( )
06. O gerente visou o cheque rapidamente. ( ) (A) Aquela mulher com quem simpatizo prefere mais
07. Quero muito os meus amigos. ( ) aventuras desastrosas do que empreendimentos sérios.
08. Assiste ao trabalhador o direito de reclamar. ( ) (B) Nunca perdoarei o homem a quem eu paguei a dívida.
O9. Ele vai aspirar ao ar puro das montanhas. ( ) (C) Sempre obedeço os mais velhos.
10. Aquele cidadão almeja uma vida digna. ( ) (D) O assessor do ministro visava a uma posição de
11. Todos aspiram a uma boa classificação. ( ) destaque.
12. Muitas mulheres assistem as novelas. ( ) (E) Assistiu o filme e ficou impressionada.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 21


146. Marque a opção em que a regência está correta.
(A) Prefiro a cidade do que o campo.
(B) Chegamos finalmente em São Paulo.
(C) Esta é a cidade a que mais admiro.
(D) Assisti ao concerto de que você gostou tanto.
(E) Ainda não paguei o médico que te atendeu.
147. Considerando as frases: I – O menino quer a bola. II
– A mãe quer muito à filha. Podemos afirmar que:
(A) A frase I está errada, pois o verbo querer é sempre
transitivo indireto.
(B) A frase II está errada, pois o verbo querer é sempre
transitivo direto.
(C) Ambas estão corretas, pois o verbo querer admite as
duas regências.
(D) Em ambas, podemos substituir os complementos
verbais pelo pronome oblíquo a.
(E) Em ambas, podemos substituir os complementos
verbais pelo pronome oblíquo lhe.
148. Assinale o item em que há erro quanto à regência.
(A) São essas as atitudes de que discordo.
(B) Há muito já lhe perdoei.
(C) Informei-lhe de que paguei o colégio.
(D) Costumo obedecer a parceiros éticos.
(E) As crianças assistiram caladas ao filme.
149. Assinale a opção em que o período não apresenta
erro de regência.
(A) Sou favorável dela sair.
(B) A importância que necessito é grande.
(C) As normas que todos obedeciam eram as Gerais.
(D) A perda do cartão implica numa multa de R$200,00.
(E) Informei-o de que não haverá prova.
150. Marque a opção em que o período mantém o padrão
culto da língua.
(A) O projeto que ele se referiu foi analisado ontem.
(B) Aquele assalto a que ele foi vítima só trouxe tristezas.
(C) O grupo cujo padrão ele pertence é responsável.
(D) Afirmou de que havia posto o assunto em debate.
(E) O carinho com que ele sempre se dispõe a receber os
mais necessitados faz dele uma pessoa da qual
devemos orgulhar-nos muito.
151. Marque o item com erro de regência.
(A) O técnico assistiu os jogadores no treino.
(B) Machado de Assis assistiu em Botafogo.
(C) Preferiu sair antes da hora a ficar com muito sono.
(D) Ninguém lhe convidou para a formatura.
(E) Paguei ao aluno pela compra do livro.
152. Assinale a opção cuja lacuna não pode seer
preenchida pela preposição entre parênteses.
(A) uma companheira desta, ........cuja figura os mais
velhos se comoviam (com)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
(B) uma companheira desta, .........cuja figura já nos
referimos anteriormente (a)
(C) uma companheira desta, ...........cuja figura havia um
ar de grande dama decadente (em)
(D) uma companheira desta, ........cuja figura todos
gostavam muito (de)
(E) uma companheira desta, .........cuja figura as crianças
se assustavam (de)
153. Marque a opção em que a regência contraria os
padrões da norma culta.
(A) O cargo que aspiras é o mais importante da empresa.
(B) Estas são as ideias das quais ela mais se orgulha.
(C) É puro o ar que se aspira nas montanhas.
(D) Não me lembro de tais fatos.
(E) O livro a que ela se refere está esgotado.
154. Assinale a opção em que o período está correto
quanto à regência.
(A) Ela sempre chega às dez para o meio-dia.
(B) O livro de que lhe falei foi o indicado.
(C) Encontrei o aluno de cujo nome não lembrava.
(D) O aluno é residente à rua São Clemente.
(E) Avisei-o que sua prova está comigo.
EMPREGO DO ACENTO INDICADOR DA CRASE
I – TEORIA BÁSICA
Crase é a fusão da preposição A (exigida por verbo,
adjetivo ou substantivo abstrato) com outro A, que pode
ser:
a) artigo definido (a, as).
Ontem fui à feira. Entreguei os livros às alunas.
b) o A inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo.
Daremos o prêmio àquele ator. Referi-me àquela aluna.
c) pronome demonstrativo (a, as = aquela, aquelas)
Esta caneta não é igual à que lhe dei no seu
aniversário.
d) o A ou AS dos pronomes relativos à qual, às quais.
Todos conhecem a aluna à qual fizemos referência.
CASOS EM QUE A CRASE É FACULTATIVA:
a) diante de pronome adjetivo possessivo no feminino
singular.
Sempre obedeci a (à) minha mãe.
CUIDADO! Se o pronome estiver no plural, a crase é
obrigatória. Ele entregou os convites às minhas irmãs.
Se o A não concordar em número, o A será, apenas,
preposição e não haverá crase.
Ele entregou os convites a minhas irmãs.
Se o pronome for de valor substantivo, a crase é
obrigatória,
Ele entregou o convite a (à) sua irmã e não à minha.
22

b) diante de nomes próprios femininos (que não forem
históricos).
Enviei uma carta a (à) Mariana.
No trabalho, ela fez referência a Joana D’Arc.
c) após a preposição ATÉ.
A menina foi até a (à) padaria e já volta.
d) diante de certos locativos (nomes que designam
lugares). São os locativos do FHEIA: França, Holanda,
Europa, Escócia, Espanha, Inglaterra, Ásia e África.
No próximo ano irei a (à) Espanha e a (à) França.
Para agilizar o emprego do acento indicativo da crase
diante dos demais locativos, coloque na frente do locativo
GOSTO DE (crase proibida) ou GOSTO DA (crase
obrigatória).
Não irei a Portugal, somente à Argentina.
No carnaval, iremos à Bahia e a Natal.
Se o locativo contiver uma adjetivação (especificação), a
crase será obrigatória.
Irei a Atenas. Irei à Atenas dos deuses.
Diante da palavra CASA + o dono ou morador.
Fez referência à casa da avó.
OUTROS CASOS DE CRASE E PROIBIÇÕES
Só ocorre crase diante das palavras casa (lar, moradia) e
terra (solo) se elas contiverem uma especificação
(normalmente preposicionada). Se a palavra casa vier
seguido do dono ou morador, o acento é facultativo.
Ontem cheguei a casa muito tarde.
Ontem voltei à/a casa da minha amiga.
Irei à casa de Cabo Frio.
O marinheiro foi a terra comprar mantimentos e, depois,
irá à terra dos seus antepassados.
ATENÇÃO! Diante da palavra Terra (= planeta) a crase é
obrigatória. Os astronautas voltarão à Terra no sábado.
A crase deve ser utilizada diante de nome próprio
masculino se ficar subentendida a expressão à moda de
(ou ao estilo de).
Comi um bife à Humberto e batatinhas à Luciano.
Móveis à Luiz XV decoram sua sala.
Emprega-se o acento indicador da crase em todas as
expressões (locuções) femininas: à queima roupa, à mercê
de, às escondidas, às claras, à medida que, à moda de ...
A expressão comercial à vista recebe o acento grave. Não
há crase em a prazo, a crédito, a frete, a varejo ...
Não há crase diante dos pronomes quem e cuja.
Conheci a aluna a quem você se referiu.
Chegou a aluna a cuja irmã obedeces.
Não há crase entre palavras repetidas; diante de verbos;
nem diante substantivos masculinos.
Ficou cara a cara com a amiga.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Ela prefere brincar a trabalhar.
Farei o trabalho a lápis.
Não há crase diante de pronomes pessoais retos, oblíquos
e de tratamento. Excepcionalmente, emprega-se o acento
grave diante de dona, madame, senhora e senhorita.
Entreguei o documento a Vossa Excelência.
Referi-me a ela e a você durante a palestra.
O vendedor explicará à dona Mariana o funcionamento
do aparelho.
Não há crase diante de artigos; em geral, não há crase
diante de pronomes indefinidos e demonstrativos.
Compare:
*Dei flore a esta menina e não a aquela.
*Deis flores a esta menina e não àquela.
*Referi-me a cada aluna.
*As mulheres agrediam-se umas às outras.
*Os homens agrediam-se uns aos outros.
CUIDADO! O paralelismo deve ser respeitado.
A loja abre de 8 as 20 horas. (errado)
A loja abre das 8 às 20 horas. (certo)
Questões de Fixação - Crase
II - Empregue o acento indicativo da crase de forma
conveniente:
01. Minha amiga saiu as pressas, foi a feira, a cidade e
aquela loja com a vizinha.
02. A princípio, sua viagem será as oito horas e não a
uma.
03. O representante fez alusão a todas as colegas, aquele
inspetor e a professora da turma.
04. Estou a fim de ir a Brasília, Florianópolis e a Bahia.
05. Um marujo irá a terra comprar água mineral; os outros
irão a terra dos seus pais.
06. Era bem tarde quando retornou a casa para dormir.
07. Minha colega referiu-se aquele que lhe emprestou o
caderno, aquela aluna da direita e a quem estava a
esquerda.
08. Mandei várias cartas a minha irmã, as tuas primas, a
sua tia e as nossas amigas do prédio.
09. A medida que o tempo passava, entregava os trabalhos
as colegas e aquele professor.
10. Achei sua proposta igual a que fiz alusão na palestra.
11. Ela fez referência a tua irmã e não a minha e mandou
as mensagens a suas amigas e as nossas vizinhas.
12. Chegou a tempo de ficar a janela para ver a banda
passar.
13. Quando se sentou a mesa, começou a jantar com as
amigas.
14. Foi a Roma antiga e a Londres dos nevoeiros. Depois,
foi a Atenas dos deuses mitológicos.
15. Encaminhou a criança aquela que comandava o setor.
16. Não vi a aluna a qual ofereci rosas.
17. A criança foi até a lanchonete e pediu um bife a
cavalo.
18. O astronauta voltará a Terra no próximo domingo e irá
a casa dos pais as dezesseis horas.
19. Durante a palestra, não houve referência a nenhuma
aluna da turma.
23

20. A água caía gota a gota. Como não fecharam o
registro, faltou energia e a casa ficou as escuras.
21. Meu irmão escreve a Rui Barbosa.
22. A loja funciona das 8 as 17 horas.
23. Com a tempestade, o barco ficou a deriva, totalmente a
mercê das ondas.
24. Obedeci a professora e ofereci bombons a alunas do
grupo.
25. A família compete educar os filhos e cabe a você
colaborar com ela.
26. A obediência as leis é obrigação de todos.
27. Todos, a uma, protestavam contra aquela decisão.
28. Deu a lembrança aquela menina e foi a praia com as
amigas.
29. O mercado anuncia vendas a prazo, a crédito, a
atacado e a vista.
30. Chegaram a hora combinada e começaram a trabalhar
imediatamente.
31. Levou a criança a casa dos avós e a casa de Cabo Frio.
32. Entreguei o prêmio a ela e ofereci uma lembrança a
Vossa Excelência.
33. Estamos sujeitos a qualquer alteração no horário e as
ordens do novo gerente.
34. Ofereceram um computador a professora e a que ficou
em primeiro lugar.
35. Assisti a novela e a uma peça de teatro bem
interessante.
36. A aluna não irá a secretaria agora.
37. Pouco a pouco os convidados chegaram.
38. A tarde, a aluna foi a reunião que estava programada.
39. Não cabe a aluna gritar o nome da colega.
40. Minha amiga assistiu a sessão da tarde e visitou as
colegas a noite.
41. Entregou a documentação aquele colega e a aluna
Mariana.
42. O documento ficará a sua disposição.
43. Referiu-se a que esta sentada perto da porta de
entrada.
44. Ainda não chegou a aluna a quem entreguei a apostila.
45. A entrada, mostre a sua carteirinha.
46. O shopping ficará aberto das 8 as 23 horas.
47. Ela chegará a uma hora da tarde.
48. Encontrei a aluna a qual você deu aquela caneta.
49. O adolescente deve obedecer a mãe e a nossa irmã.
50. Não vi a aluna a quem o professor fez alusão.
51. Aquela loja só pratica vendas a vista e ela só compra a
prazo.
52. Cabe a família cuidar dos filhos.
53. Você vai aquele teatro hoje?
54. Não darei as encomendas as suas primas; somente a
sua tia.
55. No dia a dia, tudo ficará as claras.
III – Numere os espaços, de forma conveniente, sendo:
1. a 2. à 2. as 3. às 4. a ou à 5. a ou às 6. Há
01. ....... muito tempo que não vou ao teatro.
02. Fui .... praia e .... casa de veraneio.
03. Alguns chegaram ..... hora marcada.
04. Entregaram livros ..... alunas da sala.
05. O aluno aludiu .... colega da outra turma.
06. Pediu silêncio ..... turma.
07. Foi ..... casa pegar a chave do carro.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
08. Iremos até ..... praça no domingo.
09. Entregou os documentos ..... minhas amigas.
10. Fez o trabalho ..... lápis.
11. Referi-me ......todas as pessoas e ..... quem chegou.
12. Chegou .....tempo de assistir .....peça.
13. Ninguém fez referência ......suas virtudes.
14. Chegamos ..... Roma ..... oito horas da manhã.
15. Ela teve acesso ..... sua nova caneta.
16. Não irei ......Alemanha, só ...... Lisboa.
17. A referência ...... família deixou-me feliz.
18. Comprarei a televisão ..... prazo.
19. Todos obedecem ......ordem do chefe.
20. Fiz alusão ...... que obteve boa colocação.
Questões Objetivas - Crase
155. Leia as manchetes a seguir e marque a que não
possui crase.
(A) Carter acusa Israel de criar obstáculos a paz.
(B) Presidente sírio pede ajuda ao Parlamento para vencer
a corrupção.
(C) Itália pede a Alemanha extradição de prisioneiros.
(D) Poço na bacia de Campos leva Petrobras a maior
jazida já descoberta.
(E) Todos estarão sujeitos a nova taxa de iluminação
pública.
156. Assinale a alternativa com erro quanto à presença do
acento indicativo da crase.
(A) Nas férias, iremos a França e à Lisboa dos meus avós.
(B) Ir à Brasília não me agrada e a você?
(C) Referiu-se à Roma antiga na sua palestra.
(D) Voltaremos à Lapa para assistir a um espetáculo.
(E) Pela manhã, irei à Tijuca e à tarde, à Argentina.
157. Marque a opção com erro.
(A) Trabalharei de 8 às l7 horas.
(B) Fizeram referência a pessoas que não conheço.
(C) Dei o vestido à minha tia que mora em S. Paulo.
(D) Só voltarei às 15 horas.
(E) Mandei cartas a várias alunas que viajaram.
158. Assinale a opção com erro quanto ao emprego do
acento indicativo da crase.
(A) Assistirei à novela hoje à noite.
(B) Não vou à praia sem chapéu.
(C) Refiro-me àqueles que não vieram hoje.
(D) Mandei um telegrama à aniversariante.
(E) Vou à casa apanhar o documento e já volto.
159. Assinale a alternativa em que a primeira frase deve
ser preenchida com “a” e a segunda, com “à”.
(A) I – As moças não gostam de andar ...... cavalo. II –
Ela percorreu a praia de ponta .... ponta.
(B) I – Aquela é a tua pasta e não ..... minha. II – Quer
levar as coisas .....ferro e fogo.
24
 CAPÍTULO II

(C) I – Quem tem boca vai ..... Roma. II – Regressou ..... 163. O emprego do acento grave indicativo da crase só
casa paterna e dormiu na sala. está correto em:
(D) I – O menino voltou ......escola com o ânimo
renovado. II – Apresentei minhas desculpas ..... Vossa (A) Todos começaram à dançar.
Excelência. (B) O padre fará o sermão para à juventude.
(E) I – Fiz várias compras ...... prazo. II – Cheguei ...... (C) Entregarei o presente à suas tias.
tempo de ver o espetáculo. (D) A criança tomará o remédio gota à gota.
(E) Amanhã, irei àquele espetáculo marítimo.
160. Preencha os espaços e marque a ordem correta.
“Ela foi ..... cidade, dirigiu-se ..... pensão em que morava, 164. O uso do acento indicativo da crase está errado em:
ficou ..... vontade e pediu ..... cozinheira um cozido .....
portuguesa”. (A) Já demos nossa contribuição à associação beneficente
do bairro.
(A) a, a, a, a, a (B) à, à, à, à, à (B) Os documentos estão sujeitos à aprovação dos
(C) à, a, à, à, a (D) a, à, a, à, à diretores.
(E) à, à, à, a, a (C) Ceda às alunas a sua vez.
(D) Transmita nossos parabéns à suas primas pelo
161. aniversário
(E) Esta construção é igual à que meu primo fez em Cabo
Frio.

165. Preencha os espaços com a, as, à, às ou há, conforme

o caso, e marque a relação correta.
1. Tais informações são iguais ..... que recebi ontem.
2. Sentei-me ..... máquina para escrever o relatório.
3. ..... meses que estudo para o concurso.
4. Estava sentado ...... porta da casa olhando o movimento.
5. Comecei .....resolver esta prova com muita calma.

(A) as, à, Há, à, a

(B) às, a, Há, à, à
(C) às, a, A, há, a
(D) às, à, Há, à, a
(E) às, à, a, a, à

166. Assinale a oração com erro quanto ao emprego do

acento indicativo da crase.

(A) Chegaram a dizer que o setor estava à beira do caos.

(B) Aquela loja só abre às quintas-feiras.
(C) Ele foi aprovado à custa de muito sacrifício.
(D) Apresentei à minha irmã aquelas alunas.
Na tira, o termo “à vista” está correto com acento grave. (E) O idoso é refratário à qualquer mudança.
Também está correto tal emprego em:
167. Uma das opções preenche corretamente as lacunas do
(A) Ele vive às escondidas. texto a seguir. Assinale-a.
(B) Ela pagou à prazo.
(C) O carro dela é à álcool. “Para sobreviver, somos obrigados ...... lutar pelo nosso
(D) Sairei à pé. espaço que ..... muito tempo foi invadido pelo egoísmo e
(E) À partir de agora, mudarei. pela violência, para, daqui ...... alguns anos, podermos
dizer que realmente vivemos ..... vida”.
162. O emprego do acento grave indicativo da crase é
opcional em: (A) a, a, há, a (B) a, há, a, a
(C) à, há, há, a (D) a, a, há, à
(A) Títulos resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir (E) à, a, há, a
do segundo ano de sua emissão.
(B) Compete à União desapropriar, por interesse social, o 168. É proibido o acento grave em:
imóvel rural que não esteja legalizado.
(C) O decreto autoriza a União a propor a ação de (A) Ela não se limitou, apenas, à consulta.
desapropriação. (B) À ela não cabe reclamar, pois nada fez.
(D) A lei garantirá tratamento especial à propriedade (C) Pôs-se à porta para ser o guarda da princesa.
produtiva. (D) Esta revista é atentatória à ordem pública.
(E) A lei fixará normas para o cumprimento dos (E) Ao chegar à casa da tia, pediu um copo com água.
requisitos relativos à sua função social.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 25

169. O acento indicativo da crase deve ser usado em
(A) A custa de muito esforço, o aluno foi aprovado.
(B) O público assistiu a peças muito interessantes.
(C) Ficou cara a cara com o inquilino.
(D) A menina estava atenta a tudo que se passava.
(E) Deixou a panela a fogo brando.
170. O acento da crase só é permitido em
(A) Enviei à Roma suas fotos.
(B) Foi à Lapa para inaugurar a gráfica.
(C) Alô, franceses, chegamos à Paris.
(D) Viajou à Londres, a fim de rever antigo amor.
(E) Referimo-nos à Niterói, em nosso trabalho.
171. Está correto o uso do acento grave em
(A) Não se esqueça de chegar à casa cedo.
(B) O aluno recomendou o livro à suas colegas.
(C) Vou à Copacabana visitar aquela aluna.
(D) Todos devem aspirar à uma carreira promissora.
(E) Ficou à janela para ver a banda passar.
172. O acento da crase é obrigatório em
(A) Entregaram os prêmios as alunas vencedoras.
(B) O menino não quis ir a casa dos tios.
(C) As prendas foram entregues a pessoas credenciadas.
(D) As moças começaram a gritar no início do filme.
(E) O fiscal referiu-se a candidatas bem vestidas.
173. “O pacote inicia uma reforma agrária ____pressas.
____partir de dezembro, deve-se provar _______que
governam o país que as terras são produtivas. Não há
restrição ao registro de novas empresas, exceção feita
____ de capital estrangeiro”.
(A) as – A – àqueles – às
(B) as – A – àqueles – as
(C) às – À – àqueles – as
(D) às – A – àqueles – às
(E) às – À – aqueles – às
174. No trecho “Do décimo andar à rua”, o acento
indicativo da crase foi usado adequadamente. O mesmo
NÃO ocorre na frase:
(A) O comandante do navio irá à Capitania dos Portos.
(B) O povo referia-se às nossas praias como redutos de
esgoto e mau cheiro.
(C) Chegando-se à varanda, era possível admirar a
paisagem.
(D) Há muito não se assistia à peças com tanto senso
crítico.
(E) Deu o presente à sua irmã e saiu em seguida.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Questões de Revisão – Regência / Crase
Corrija as orações com erro de regência verbal ou
nominal.
01. Aqueles alunos chegaram bem cedo no curso.
02. Esqueci dos compromissos marcados.
03. Eu me esqueci os relatórios sobre a mesa.
04. Lembrou-se de todas as obrigações.
05. Quero muito os meus amigos.
06. O gerente visou o cheque com rapidez.
07. As crianças obedecem os mais velhos.
08. O material que precisamos para a pesquisa foi
encontrado.
09. Assiste ao trabalhador o direito de reclamar.
10. Ela assistiu a um bom filme ontem.
11. Minha amiga assiste em Niterói.
12. Vou aspirar o ar puro das montanhas.
13. Eles aspiram uma profissão rendosa.
14. Visamos a uma carreira muito disputada.
15. Sua decisão não agradou os empregados.
16. O médico assistiu os idosos no hospital.
17. O piloto precisou a hora e o local do pouso.
18. Informei-lhe de que a prova foi adiada.
19. Sua atitude implicou anulação da prova.
20. Prefiro mais a praia do que a piscina.
21. Deitada na cama, ficava alheia com tudo.
22. Meu amigo é residente à rua Barão de Mesquita.
23. Às vezes, é preferível ficar em casa do que viajar.
24. Sempre foi fiel as suas amizades.
25. Sua falta na prova foi justificada.
26. Chegou na rodoviária bem tarde.
27. Chamaram-no de caloteiro.
28. Seu voto foi desfavorável aquele projeto.
29. Seu prejuízo foi análogo ao do ano passado.
30. Perdoei o erro ao aluno.
31. Pagarei a conta do aluno.
32. Não paguei o advogado que nos ajudou.
33. O jogador visou o gol do adversário.
34. Ele está apto para o trabalho.
35. Informei-lhe que não haverá outra prova.
Questões de Revisão – Regência
175. Marque a opção em que a regência está correta.
(A) Aquela mulher com quem simpatizo muito prefere
mais aventuras desastrosas do que empreendimentos
sérios.
(B) Nunca perdoarei o cidadão a quem paguei a dívida.
(C) Assistiu o filme e ficou impressionada.
(D) O assessor daquele ministro visava a uma posição de
destaque.
(E) Obedeça sempre as mulheres.
176. Assinale a opção em que a regência está correta.
(A) Prefiro a cidade ao campo.
(B) Chegamos finalmente em S. Paulo.
(C) Desejava a uma vida calma.
(D) Agora vou em casa e já volto.
(E) Não me esqueci seu telefone.
26
 CAPÍTULO II

177. Assinale o item em que há erro quanto à regência. 183. Entre as orações a seguir, aquela em que a regência
verbal está em desacordo com a norma padrão é:
(A) São essas as atitudes de que discordo.
(A) Aspiro ao cargo de taquígrafo.
(B) Há muito já lhe perdoei.
(B) Os técnicos procederam à análise do relatório.
(C) Informei-o de que sairei mais tarde hoje. (C) Vamos obedecer às ordens da diretoria.
(D) Paguei ao curso ontem. (D) Não a desobedecerei jamais.
(E) As crianças assistiram caladas ao filme. (E) Adverti-as de que o número de vagas não era muito
elevado.
178. Marque o item com erro de regência.
184. Marque a opção com os pronomes que completam
corretamente as lacunas do período a seguir.
(A) O técnico assistiu os jogadores durante o treino.
“Ninguém ..... pediu nada, nem ..... ajudou, ninguém
(B) Ninguém lhe convidou para a formatura. ..... julgou e nem ..... condenou por isso.”
(C) Preferiu sair mais cedo a ficar com muito sono.
(D) Avisei-lhe que todos sairão mais cedo. (A) lhe, lhe, o, o (B) lhe, o, lhe, o
(E) As leis a que todos obedecem são estas. (C) o, lhe, o, lhe (D) lhe, o, o, o
(E) o, lhe, o, o
179. Marque a opção em que o período NÃO mantém o
padrão culto da língua.
REGÊNCIA / PRONOME RELATIVO
(A)
(B) Não lhe agradou aquela profecia. Já vimos ques os pronomes relativos retomam um
(C) A resposta do diretor não o satisfez. substantivo ou pronome da oração anterior (antecedente).
(D) Ajudá-lo-ei a preparar o relatório. Iniciam as orações subordinadas adjetivas e possuem
(E) O poeta o assistiu nas horas amargas. função sintática totalmente independente da função do seu
antecedente.
(F) Eu lhe lembrarei das datas.
Não gostei do livro que comprei ontem. (o antecedente
livro é objeto indireto e o relativo que é objeto direto).
180. Das orações a seguir, a que contém erro de regência
verbal é: OBS.: O relativo QUEM refere-se a pessoas e é sempre
preposicionado. Conheci a aluna a quem você fez
(A) Quem desobedece ao regulamento demonstra que não referência.
é disciplinado. OBS.: A preposição anteposta a um pronome relativa é
(B) Aproveitemos para lembrá-la que essa conduta é exigência de alguma termo da própria oração adjetiva.
prevista na CLT.
(C) A reincidência poderá acarretar-lhe penalidades Você viu o filme / a que meu professor se referiu? (a
severas. preposição é exigida pelo verbo referir-se)
(D) Procedeu-se à leitura dos processos.
(E) Essas medidas visam à reabilitação da imagem do
nosso município. Questões Objetivas – Regência / Pron. Relativo
181. Segundo a norma culta, há erro de regência na 185. Assinale o período que não contém pronome relativo.
alternativa:
(A) Ainda não foi vendida a casa onde moravas.
(A) Devo obedecer ao meu amigo. (B) O filme de que gostamos tanto foi premiado.
(B) Esqueci-me de todos os telefones dos meus amigos. (C) É muito triste a história que ela contou.
(C) Ao falarem de imortalidade disse que aspirava a ela. (D) Não sei quem bateu na porta.
(D) Prefiro ouvir música do que ver televisão. (E) A aluna a quem você se referiu chegou agora.
(E) Os deputados acusados já não podiam renunciar a
seus mandatos. 186. Está errado o emprego do pronome relativo na opção:

182. “... nos damos conta da precariedade de tudo”. (A) A aluna disse ao colega o que lhe veio à cabeça.
Após a expressão “dar-se conta” deve-se empregar a (B) Não assisti ao programa que o colega aludiu.
preposição “de”. A alternativa em que há erro quanto ao (C) Todos viram a pessoa com quem você saiu ontem.
emprego da preposição é: (D) A aluna cujos irmãos estão aqui é muito interessada.
(E) A caneta de que preciso tanto está com defeito.
(A) Eis a ordem de que nos insurgimos.
(B) Há fatos a que nunca nos referimos. 187. Marque a opção em que está errado o emprego do
(C) Este autor tem ideias com que todos simpatizamos. pronome relativo.
(D) Qual o cargo a que aspiras?
(E) Aludiram a incidentes de que já ninguém se (A) Não vi a aluna cujas as irmãs são muito estudiosas.
lembrava. (B) A carreira que o aluno deseja é muito procurada.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 27


(C) A careira a que o aluno aspira é muito procurada.
(D) Já comprei os livros de que você necessita para o
trabalho.
(E) É puro o ar que se aspira na montanha.
188. Assinale o período com erro quanto ao emprego do
pronome relativo.
(A) O filme que nós assistimos ontem é excelente.
(B) Ganhei a caneta que tanto queria.
(C) O cargo que ele almeja já foi preenchido.
(D) É bastante confortável o hotel em que me hospedei.
(E) O aluno a cujas opiniões sou favorável não veio hoje.
189. NÃO há pronome relativo em
(A) Compraram o apartamento onde meu pai morava.
(B) Os moradores falaram tudo quanto queriam.
(C) Ele se mostrou tão generoso que surpreendeu a todos.
(D) Vimos a aluna a quem o professor fez referência.
(E) Ela não gostou do modo como você a abordou.
190. Errou-se no emprego do pronome relativo em
(A) É muito gostoso o bolo que minha irmã faz.
(B) Comprei o material que precisava para o trabalho.
(C) Não encontrei o livro que me indicaram.
(D) Gostei do livro que ganhei ontem.
(E) É concorrida a carreira que almejas.
191. Errou-se no emprego do pronome relativo em
(A) A aluna por quem você se apaixonou mora ali.
(B) Não é fácil a carreira da qual meu amigo tanto gosta.
(C) A aluna a quem entreguei a carta saiu mais cedo.
(D) Não gostei do caderno que você comprou.
(E) Assisti à aula cujo professor você fez alusão.
192. Marque o período com erro.
(A) O aluno em quem você confia teve ótima colocação.
(B) O futuro que sonhamos depende dos políticos.
(C) Li o artigo ao qual o professor fez referência.
(D) O brigadeiro que ela fez estava muito gostoso.
(E) Ela não admitiu a maneira como você a apertou.
193. Errou-se no emprego do pronome relativo em
(A) A mulher pela qual ele se interessou não mora no Rio.
(B) Todos entenderam a causa pela qual você luta.
(C) Está empobrecida a nação a qual te referes.
(D) Os alunos conhecem a aluna a qual te chamou na
entrada.
(E) Não ficou feliz a aluna da qual duvidamos.
194. Um dos períodos a seguir contém erro. Marque-o.
(A) Comprei a agenda de que tens tanta necessidade.
(B) A aluna a quem você deu a flor ficou contente.
(C) A colocação a que aspiras depende do teu estudo.
(D) O carro de cujo dono todos gostam está arranhado.
(E) Não vi o filme que você assistiu no sábado.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
ÁTONOS – TOPOLOGIA DO POA
Os pronomes oblíquos átonos podem ser colocados de três
formas:
a) Próclise: pronome diante do verbo.
Não me falaram sobre o ocorrido.
b) Mesóclise: pronome no interior do verbo.
Entregar-me-ão o documento amanhã.
c) Ênclise: pronome depois do verbo.
Ofereceram-me alguns convites.
ATENÇÃO! É proibido POA:
a) no início de qualquer oração de período simples ou
composto.
Me faça o favor de fechar a porta. Se você sair cedo do
trabalho, me traga uns pãezinhos.
b) após verbo no particípio.
Tenho levantado-me às cinco horas.
c) após verbo flexionado no futuro.
Verei-a mais tarde.
I - PRÓCLISE OBRIGATÓRIA
1. Com palavras de sentido negativo. Nunca nos deram
presentes.
2. Com advérbio sem vírgula. Hoje me deram um
bombom.
Cuidado! Hoje, ofereceram-me um bombom. (a vírgula
impede a próclise)
3. Com pronomes indefinidos. Todos me consideram
muito.
4. Com pronome relativo. Já comprei o livro que me
indicaram.
5. Com conjunções subordinativas. Quando te vi, fiquei
animado.
6. Nas orações interrogativas, exclamativas e optativas
(orações que exprimem desejo).
Quem te contou a verdade? Como te importas com o
telefone! Deus te ajude nos concursos.
7. Com a preposição EM + verbo no gerúndio. Em se
tratando de Física, meu colega entende tudo.
Cuidado! A próclise pode ser facultativa.
a) Ela entregou-me o caderno ou Ela me entregou o
caderno. (Com pronomes pessoais retos)
b) A aluna ofereceu-nos um lanche ou A aluna nos
ofereceu um lanche. (Com substantivos)
c) Eles foram ao teatro e viram-me na última fileira ou
Eles foram ao teatro e me viram na última fileira. (Com
conjunções coordenativas)
Atenção! Se houver duas palavras de atração, o
pronome ficará em próclise de duas formas:
a) Se me não falha a memória, amanhã não é feriado.
(O pronome está entre as duas palavras de atração : se
e não. O fato chama-se APOSSÍNCLISE.)
b) Se não me falha a memória, amanhã não é feriado.
28
 CAPÍTULO II

II - MESÓCLISE OBRIGATÓRIA 14. Não lhe quero falar sobre o assunto.

A mesóclise só poderá ser praticada se não houver caso de 15. Não quero falar-lhe sobre o assunto.
próclise obrigatória e com verbos no futuro do presente ou 16. Ela espera que me convidem para a festa.
do pretérito. 17. Fui à praia e encontrei-a com as amigas.
Entregar-me-ão os documentos. 18. Tudo nos foi favorável.
Quando me entregarão os documentos? (caso de próclise 19. Em se falando de política, meu amigo é mestre.
obrigatória) 20. Não quero lhe falar sobre o assunto.
21. Nunca revelar-te-ei os motivos da minha ausência.
III - ÊNCLISE OBRIGATÓRIA 22. Tenho certeza de que nos falarão a verdade.
1. Se o verbo iniciar uma oração. Fala-se muito de futebol 23. Vou contar-lhe uma novidade.
no intervalo. 24. Vou-lhe contar uma verdade.
2. Se o verbo estiver no imperativo afirmativo. Aluna, 25. Jamais soube-se a sua verdadeira profissão.
faça-nos um favor. 26. A aluna ajudou-me a fazer as questões.
3. Se o verbo estiver no gerúndio. Trocou a resposta, 27. Devolver-se-ão todos os documentos.
complicando-se.
28. Tenho levantado-me às cinco horas.
4. Se o verbo estiver no infinitivo impessoal. Já que o
sapato está apertado, resolvi trocá-lo. 29. Me puxou para o lado e contou-me um segredo.
30. Encontrei a loja que indicaram-me.
O PRONOME OBLÍQUO NAS LOCUÇÕES
VERBAIS Questões Objetivas – Uso do POA
Sem caso de próclise obrigatória, o pronome ficará
enclítico ao verbo auxiliar ou ao verbo principal no 195. Marque a alternativa em que o pronome oblíquo
infinitivo ou gerúndio. átono está colocado de forma correta.
Quero-lhe fazer duas perguntas.
Quero fazer-lhe duas perguntas. (A) Talvez tenham solicitado-me algumas entradas.
Iam-me contando os fatos. (B) Jamais convidei-o para compor a minha equipe.
(C) Se for necessário, calarei-me.
Iam contando-me os fatos.
(D) Até lá muitos se terão arrependido.
Em caso de próclise obrigatória, o pronome ficará (E) Não maltratá-lo-ei nunca.
proclítico à locução verbal ou enclítico ao verbo principal.
196. Assinale a opção em que a colocação do pronome
Não lhe quero fazer perguntas. oblíquo está incorreta.
Não quero fazer-lhe perguntas.
(A) Não poderia consultá-lo sobre o fato.
Obs.: Nos dias atuais, muitas bancas de concursos aceitam (B) Não tenho que ouvi-lo agora.
a colocação do pronome entre os verbos da locução (C) Nunca mais vê-lo-ei, nunca.
verbal, havendo ou não fator de atração. (D) Tenente, deixe-me escrever uma carta.
Posso te contar um segredo? (E) No discurso, ele enganou-se em parte.

Obs.: Lembre-se de que a ênclise ao particípio é sempre 197. Admite-se outra posição para o POA em:
proibida.
(A) Cumprimentou-me no dia do meu aniversário.
(B) O aluno convidou-nos para a festa.
Questões de Fixação – Topologia Pronominal (C) Pedir-lhe-ei um favor.
I – Corrija as orações com erro quanto à colocação do (D) Aqui, aprende-se muita coisa.
pronome oblíquo átono. (E) Maria, traga-me o azeite.

01. Mandou-nos um lindo presente. 198. Indique a oração em que a ênclise é obrigatória.
02. Amanhã te darei aquele livro.
03. Amanhã, darei-te aquele livro. (A) Revelarias toda a verdade. (nos)
04. Não a trate assim! (B) Querida, indique o caminho. (me)
05. Ela veste-se muito bem. (C) A aluna encontrou no shopping. (me)
(D) Não encontrei hoje. (a)
06. Quando encontrei-a, ela estava feliz.
(E) Todos importam com muito barulho. (se)
07. Deus, te ajude nas provas.
08. Mariana, me entregue a chupeta. 199. Em uma das orações, cometeu-se um erro na
09. Na semana passada, me deram uma caixa de bombons. colocação do pronome. Assinale-a.
10. Aqui, se estuda a Língua Portuguesa.
11. Todos me viram na praia. (A) Eles não nos têm visitado ultimamente.
12. Apresentaram-nos o secretário da empresa. (B) Devo-te revelar um segredo.
(C) A aluna te dará um convite.
13. É bom que você fale-me a verdade.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 29
 CAPÍTULO II

(D) Quero mostrar-lhe meu carro novo. 205. Marque o item em que o pronome oblíquo está
(E) Havia contado-lhe muitas histórias. colocado incorretamente.

200. Marque a opção que contém erro quanto à colocação (A) O individualismo não a conseguiu alcançar.
do pronome oblíquo. (B) O individualismo não está-a alcançando.
(C) O individualismo não a teria alcançado.
(A) Tenho certeza de que convidar-me-ão para o (D) O individualismo não tem alcançado-a.
churrasco.
(E) O individualismo não pode alcança-la.
(B) Revelaram-me algumas passagens muito
interessantes.
(C) Quando te vejo, meu coração bate mais forte. 206. Consoante as normas da língua vigente, o pronome
(D) É muito bom que nos mantenham informados. está colocado com erro em:
(E) Que aluno te disse que ela não viria.
(A) As reuniões tornavam-se eventos de grande
201. Dadas as sentenças, marque a alternativa correta repercussão.
quanto à colocação dos pronomes:
(B) As reuniões se tornavam eventos de grande
1. Não quebra-se a palavra empenhada. repercussão.
2. Afugentai-o para longe daqui. (C) As reuniões se tornariam eventos de grande
3. Em hipótese alguma, enganaria-te. repercussão.
4. Passe-me o sal, por favor. (D) As reuniões tornariam-se eventos de grande
repercussão.
(A) apenas as sentenças 1 e 2; (E) As reuniões tornar-se-ão eventos de grande
(B) apenas as sentenças 1 e 3;
repercussão.
(C) apenas as sentenças 1 e 4;
(D) apenas as sentenças 2 e 3;
(E) apenas as sentenças 2 e 4. 207. Assinale a opção em que a colocação do pronome
pessoal oblíquo NÃO obedece às normas da língua
202. Pronome oblíquo em colocação incorreta: portuguesa.

(A) Preciso que venham ver-me.

(A) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os
(B) O certo é fazê-los sair.
(C) As espécies se atraem. que tinham mais dinheiro.
(D) Procure não me tirar do sério. (B) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a
(E) Sempre negaram-me tudo. vocês oferecerem-na ao chefe.
(C) Ele me evitava constantemente... Ter-lhe-iam falado a
203. Assinale a alternativa que completa o período: meu respeito?
“Não ................. atitudes que ................ como uma forma (D) Estamos nos sentindo desolados: temos prevenido-o
de crítica ao trabalho de grupo.” várias vezes e ele não nos escuta.
(E) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes
(A) se admitirão / caracterizem-se; incumbidos de difícil misão, mas cumpriste-la com
(B) admitir-se-ão / se caracterizem; denodo e eficiência.
(C) se admitirá / se caracterizem;
(D) se admitirão / se caracterizem; 208. Se na oração “Se você recolher um cachorro”...,
(E) admitir-se-á / caracterizem-se. substituindo-se o complemento “um cachorro” por um
pronome oblíquo adequado, a forma correta será:
204. A colocação dos pronomes pessoais oblíquos,
durante o Romantismo, não seguia, de modo absoluto, as (A) Se você recolher-lo.
regras adotadas hoje. Segundo a norma culta atual, só está
(B) Se você recolher-lhe.
correta a colocação do pronome em:
(C) Se você lhe recolher.
(A) “ Crianças que trazei-me a primavera ...” (Castro (D) Se você recolhê-lo.
Alves) (E) Se você o recolher.
(B) “... tenho servido de pai a essa menina; com a sua
felicidade paguei um óbolo de minha gratidão à doce 209. Marque o item com erro quanto ao emprego do
amiga que tanto amou-me”. (José de Alencar) pronome oblíquo átono:
(C) “... o velho recuou e quis falar; mas o soluço
embargava-lhe a voz”. (José de Alencar) (A) A aluna chamou-me para tomar um sorvete.
(D) “É sangue, que borrifa-te estas flores”. (Castro Alves) (B) Apresentaram-nos várias soluções para o caso..
(E) “Imagina-se, pois, como ficou o velho, quando aí (C) Querida, me dê um copo com gelo.
achou-os todos de uma vez, com os apêndices e muito (D) Quero-te mostrar o presente que me deram.
a gosto”. (José de Alencar) (E) Ele é engraçado, pois nada o deixa irritado.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 30


CONCORDÂNCIA VERBAL
Na concordância verbal, a regra básica estabelece que o
verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.
A aluna comprou um lindo vestido.
Florescem, no outono, as rosas vermelhas.
Elas chegaram cedo ontem.
O sujeito pode aparecer anteposto ou posposto ao verbo.
Com sujeito composto, o verbo é flexionado no plural.
Caso o sujeito composto apareça após o verbo, o verbo
poderá concordar com o núcleo mais próximo
(= concordância atrativa). Neste caso, o primeiro núcleo
deverá aparecer no singular.
Chegaram cedo o aluno e sua irmã. (concordância
gramatical)
Chegou cedo o aluno e sua irmã. (concordância atrativa
ou por atração)
* ATENÇÃO! Embora na concordância atrativa, o
verbo concorde fisicamente com o primeiro núcleo, os
demais núcleos também fazem parte da ação verbal.
Veio cedo o aluno, sua irmã e o professor.
Vieram cedo o aluno, sua irmã e o professor.
Quando o sujeito estiver posposto ao verbo e o primeiro
núcleo estiver no plural, só cabe a concordância
gramatical.
Vieram cedo os alunos, o professor e a inspetora.
Núcleos do sujeito dispostos em gradação levam o verbo a
ficar no singular.
Indignação, raiva e ódio mortal dominava o lutador.
Quando houver locução verbal, a concordância é praticada
pelo verbo auxiliar, mas se o verbo principal for
impessoal, o auxiliar permanecerá no singular.
Devem existir alguns problemas.
Deve haver alguns problemas.
A concordância pode ser ideológica. Trata-se da figura
chamada SILEPSE. A silepse pode ser: de gênero, de
número, de pessoa, de gênero e número.
Todos gostamos de futebol. (silepse de pessoa)
Sabemos que a criança que mora no andar de cima é
muito estudioso. (silepse de gênero)
A família do vizinho é ótima. Vieram de Brasília. (silepse
de número)
Esta turma é muito boa. Eles são estudiosos. (silepse de
gênero e número)
PRINCIPAIS CASOS ESPECIAIS
01. Aposto resumitivo leva o verbo a concordar com ele.
Alunos, professores funcionários, ninguém foi à festa.
02. Sujeito composto formado por pessoas diferentes:
a) Se a primeira pessoa estiver presente, o verbo irá para a
primeira pessoa do plural.
Eu, tu e ela iremos ao teatro hoje.
b) Sem a primeira pessoa, o verbo, no plural, concordará
com qualquer uma das pessoas.
Tu e ela chegastes tarde hoje.
Tu e ela chegaram tarde hoje.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
03. Sujeito composto com OU:
a) Se a conjunção tiver valor exclusivo, verbo no
singular. Marcos ou João casará com Simone.
b) Se a conjunção não tiver valor exclusivo, verbo no
plural.
Salvador ou Manaus terão investimentos do Governo.
04. Coletivo partitivo + substantivo no plural: o verbo
concorda com o coletivo ou com o substantivo.
Grande parte dos torcedores assiste/assistem ao jogo
em pé.
A maioria das pessoas viaja/viajam de trem.
CUIDADO! Se o substantivo que acompanha o
coletivo partitivo estiver no singular, o verbo ficará no
singular.
A maioria da criançada gosta de circo. Grande parte do
alunado é gentil.
05. Plural aparente em locativos ou obras literárias: verbo
no plural somente se houver artigo no plural.
Estados Unidos participará dos Jogos Olímpicos.
Os Estados Unidos participarão dos Jogos Olímpicos.
Obs.: No caso de EUA, sobretudo na linguagem
jornalística (por economia de espaço), já se tolera o
emprego do plural sem artigo.
EUA participarão dos Jogos Olímpicos.
06. UM DOS QUE + verbo no singular ou plural (forma
preferencial).
Ele foi um dos que votou / votaram naquele candidato.
07. pronome pessoal + QUE + verbo: o verbo concorda
com o pronome pessoal.
Não fui eu que ganhei o concurso.
Somos nós que faremos as questões.
08. pronome pessoal + QUEM + verbo: o verbo concorda
com o pronome QUEM ou com seu antecedente.
Não fui eu quem fiz / fez a redação.
09. UM E OUTRO + substantivo (sempre no singular):
verbo no singular ou plural.
Um e outro aluno chega / chegam muito cedo.
Obs.: Com a expressão NEM UM NEM OUTRO, o verbo
fica no singular. Nem um nem outro chega muito cedo.
10. ALGUNS, MUITOS, UNS POUCOS + DE NÓS, DE
VÓS: o verbo concorda com qualquer um dos pronomes.
Alguns de nós farão / faremos a redação.
Muitos de vós irão / ireis ao cinema.
Obs.: Se o primeiro pronome estiver no singular: verbo no
singular. Nenhum de nós sairá cedo hoje.
11. MAIS DE, MAIS DE UM, MAIS DE DOIS, CERCA
DE, PERTO DE : verbo concorda com o numeral.
Mais de um aluno fez a prova.
Mais de dois alunos fizeram a prova.
Cerca de três alunos faltaram.
31

Obs.: Se a expressão MAIS DE estiver repetida ou indicar
reciprocidade, verbo no plural.
Mais de um professor, mais de um funcionário chegaram
tarde hoje. Mais de um jogador cumprimentaram-se.
12. DAR, BATER, SOAR: concordam com a palavra
relógio e, na ausência dela, com as horas.
O relógio bateu duas horas. Bateram duas horas no
relógio.
13. HAVER e FAZER, quando impessoais, ficam no
singular. Assunto desenvolvido em Sintaxe.
Há muitos alunos estudiosos. (Existem alunos
estudiosos.)
Deve haver alunos estudiosos. (Devem existir alunos
estudiosos.)
14. PARECER / COSTUMAR + INFINITIVO: verbo nos
plural + infinitivo ou verbo no singular + infinitivo plural.
As crianças pareciam estar cansadas.
As crianças parecia estarem cansadas.
• No primeiro caso, o sujeito de pareciam é as crianças. No
segundo, as crianças é sujeito de brincarem.
• Parecer fica no singular, pois a outra oração é subjetiva.
15. HAJA VISTA é expressão sempre correta. Apesar de
rara a pluralização, é tolerável quando há artigo no plural.
Haja vista os aspectos importantes.
Hajam vista os aspectos importantes.
Haja vista dos aspectos importantes.
16. O verbo SER:
a) ao indicar hora, concorda com o numeral mais próximo.
Já é uma e quinze. São quinze para uma. Deve ser uma e
quinze. Devem ser quinze para uma.
b) concorda com o pronome pessoal sendo sujeito ou
predicativo.
Nós somos inteligentes. Inteligentes somos nós.
c) é invariável nas expressões é muito, é pouco, é
suficiente. Um real é pouco. Dez mil reais é muito.
d) quando o sujeito for tudo, nada, isto, isso, aquilo, a
concordância pode ser feita com o sujeito ou com o
predicativo (preferencialmente).
Tudo é alegrias. Tudo são alegrias.
Aquilo são problemas solucionáveis.
e) quando o sujeito e o predicativo não forem pessoas, a
concordância pode ser feita com o sujeito ou com o
predicativo. A pessoa tem a preferência da concordância.
Sua cama era algumas folhas de jornal.
Sua cama eram algumas folhas de jornal.
Drummond foi vários em um só.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Artigos, adjetivos, pronomes e numerais de valor adjetivo
concordam em gênero e número com o substantivo.
Aquelas crianças lindas foram ao cinema.
Os irmãos são amigos.
Dois alunos tiraram dez na prova.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Substantivos do mesmo gênero levam o adjetivo ao
mesmo gênero no plural. Substantivos de gêneros
diferentes levam o adjetivo ao masculino plural. Na
concordância atrativa, o adjetivo concorda com o
substantivo mais próximo.
Aluno e aluna estudiosa / estudiosos chegaram.
Comprou máquina e geladeira reformada / reformadas.
Comprou fogão e geladeira reformada / reformados.
Caso o adjetivo venha diante dos substantivos a que se
refere, aplica-se a concordância por atração, salvo com
nomes próprio ou de parentesco.
Ela teve boa ideia e pensamento.
Ela teve bom pensamento e ideia.
Caros sogro e sogra.
Sendo predicativo, o adjetivo anteposto pode ser
empregado nas duas formas de concordância.
Era simpática a aluna e sua irmã.
Eram simpáticas a aluna e sua irmã.
Os substantivos empregados como adjetivos são
invariáveis.
Estou com uma fome monstro.
As blusas vinho estão remarcadas.
A concordância nominal também pode ser praticada de
forma ideológica. (SILEPSE)
PRINCIPAIS CASOS ESPECIAIS
É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO ... +
substantivo.
O adjetivo será usado no feminino se o substantivo
contiver um determinante no feminino.
É proibido entrada de menores.
É proibida a entrada de menores.
Laranjada é gostoso. É gostoso laranjada.
A laranjada é gostosa.
Limonada é bom. Limonada é muito bom.
Aquela limonada é muito boa.
ANEXO, INCLUSO: adjetivos que concordam com a
palavra a que se referem. EM ANEXO é invariável.
As cartas vão anexas aos recibos. Segue anexo o recibo.
Inclusa ao recibo vai a carta.
Em anexo, remeto-lhe as fotos e os recibos.
BASTANTE só é invariável quando equivale a MUITO
(advérbio de intensidade). Se a palavra MUITO for
flexionada (pronome indefinido) em número (muitos) ou
em gênero e número (muitas), emprega-se BASTANTES.
Aqueles alunos comem bastante.
Eles comem bastante macarrão.
Comeram bastantes frutas.
Bastantes alunos chegaram muito cedo.
POSSÍVEL concorda em número com O, A, OS, AS que
fazem parte da expressão.
Comprou presentes o menos caros possível.
Comprou presentes os mais caros possíveis.
32

MESMO, PRÓPRIO, OBRIGADO, GRATO, QUITE,
LESO: concordam com o substantivo ou pronome a que se
referem.
Ela mesma contou a verdade. A aluna falou: -muito
obrigada pelo presente.
Praticaram um crime de lesa-pátria.
Cuidado! O vocábulo “mesmo” varia quando funciona
como adjetivo (igual) ou pronome demonstrativo (em
pessoa). É invariável quando funciona como advérbio ou
denotativo. Eu passei mesmo. Mesmo nós passamos.
A palavra SÓ (sozinho) pode ser flexionada em número.
Se equivaler a SOMENTE, será invariável.
Elas ficam sós diariamente. Só as meninas irão à festa.
Eles ficaram a sós na varanda.
(a sós - invariável: é locução adverbial)
Questões de Fixação - Concordância
I – Corrija as orações com erro de concordância verbal ou
nominal:
01. Chegou mais cedo a aluna e seu irmão.
02. Fazem dois meses hoje os bebês.
03. Fazem dois meses que cheguei de viagem.
04. Houve dois acidentes ali.
05. Ocorreu dois acidentes ali.
06. Podem ter havido acidentes ali.
07. Deverão ter ocorrido acidentes ali.
08. Há de haver socorros.
09. Hão de existir socorros.
10. Hão de haver providências.
11. Aluga-se salas naquele prédio.
12. Necessitam-se de bons funcionários.
13. A idosa está meia resfriada.
14. Menos pessoas vieram hoje.
15. Maçã é bom para o intestino.
16. A maioria dos alunos não chegaram.
17. A maioria dos alunos não chegou.
18. Quais de nós iremos?
19. Quais de nós irão?
20. Qual de nós iremos?
21. Qual de nós irão?
22. Qual de nós irá?
23. Uma porção de pássaros cantava no jardim.
24. A criança chupou bastantes laranjas.
25. A criança leu livros bastantes.
26. A criança leu bastante os livros.
27. Ela comprou duas blusas abóboras.
28. Meus casacos cinza estão limpos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
29. As bolsas gelas dela são lindas.
30. É proibido entrada.
31. É proibida entrada.
32. É proibida a entrada.
33. Fui eu que fez isso.
34. Fui eu quem fez isso.
35. Fui eu quem fiz isso.
36. Fui eu que fiz isso.
37. Deu duas horas no meu relógio.
38. Fizeram noites lindas em dezembro.
39. Haja vista os acidentes, não pudemos passar.
40. Soluções têm de haver para os problemas.
41. Estou quites com você.
42. Em anexas às folhas estão as planilhas.
43. Anexas às folhas está a planilha.
44. Anexo à folha está o relatório.
45. Lusíadas é um clássico da Literatura Portuguesa.
46. Só crianças irão à festa.
47. Elas não devem ficar sós na cozinha.
48. Ela disse para o colega: muito obrigado.
49. Todos faremos boas provas.
50. Aquela criança, coitadinho, caiu da bicicleta.
51. Os filhos são conformes em tudo.
Questões Objetivas - Concordância
Em cada grupo de cinco opções, uma contém erro de
concordância. Assinale-a.
210.
(A) Hão de ser corrigidos os erros.
(B) Deve haver muitos alunos estudiosos.
(C) Pedro ou Paulo se casarão com a Maria.
(D) Têm de existir muitas oportunidades.
(E) Bateram cinco horas no meu relógio.
211.
(A) As Minas Gerais revelaram grandes cantores.
(B) Existe alunos que não estudam muito.
(C) Foi ela que pagou a conta.
(D) 10% da turma não fizeram a prova.
(E) 10% da turma não fez a prova.
212.
(A) Um bando de canários estava no viveiro.
(B) Ele é um dos alunos que moram na Tijuca.
(C) Sua cama eram alguns jornais.
(D) Saiu mais cedo o professor e os funcionários.
(E) Vende-se muitos lotes em Cabo Frio.
33
 CAPÍTULO II

213. 219. A única concordância verbal CORRETA é:

(A) Podem-se comprar roupas nos mercados.
(B) Vinte milhões de dólares são muito. (A) O que fizeram Capitu e eu?
(C) O rei sou eu e quem és tu? (B) No relógio deu duas horas.
(D) Deve-se necessitar de muitos recursos. (C) Fazem, hoje, dois meses da sua morte.
(E) Construir-se-ão prédios enormes. (D) Houveram muitas discussões naquela reunião.
(E) Os Estados Unidos são o país mais poderoso do
214. mundo.
(A) Trovejou da boca do orador muitos palavrões.
(B) A idosa está meio aborrecida. 220. Há ERRO de concordância em relação ao verbo em:
(C) As crianças nunca ficam sós.
(D) Cerca de 100 alunos tiraram a nota máxima. (A) Grande parte dos jovens desaprovou o orador.
(E) A moça disse: - obrigada. (B) Fui eu que joguei o jornal para que ele o pegasse.
(C) Choviam reclamações de todos os lados da sala.
215. Assinale a opção em que a forma verbal entre (D) Ficaremos os alunos e eu à espera do sinal
parênteses não completa corretamente a frase. combinado.
(E) Embora ninguém notasse, haviam vários erros na
(A) ..............haver muitas novidades nas feiras de tradução.
informática. (Podia)
(B) .............., naquele momento, algumas palavras de Nas questões 221 a 223, marque o ERRO em cada uma
compreensão. (Bastariam) delas.
(C) ...............-se por fax ou telex inúmeras mensagens.
(Enviou) 221.
(D) ............. interessados em incluir seus nomes no (A) Informa o funcionário que hoje é dia 24 de setembro.
catálogo. (Havia) (B) Só à tarde é que se definiram os objetivos da reunião.
(E) .............. vantagens e desvantagens em se ter uma (C) Devem fazer poucos dias que ele abandonou o curso.
secretária eletrônica. (Existiam) (D) Luta-se bravamente contra os desmandos dos
ditadores.
216. Marque o período incorreto. (E) Haviam discutido os pontos mais importantes do
programa.
(A) Haviam, entre os meses de outubro e dezembro,
ocorrido pancadas de chuva muito violentas. 222.
(B) Se houver desistências, as vagas poderão ser (A) Há de haver sempre os que conversam muito.
preenchidas por outros candidatos. (B) Hão de existir os que conversam muito.
(C) Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os (C) Hão de acontecer acidentes nas estradas.
trabalhos foram concluídos em tempo hábil. (D) Deve haver muitos descontentes com a situação.
(D) Todas as opiniões que houvesse entre os participantes (E) Têm de haver notas muito altas.
do encontro seriam debitadas democraticamente.
(E) Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições 223.
para o concurso anunciado há duas semanas. (A) Aquela aluna é uma das que moram em Niterói.
(B) Comprei na feira bastantes legumes.
217. Marque o erro quanto à concordância.
(C) Eles tomarão as providências necessárias.
(A) Há de haver limites justos. (D) Haja vistos o procedimento correto das enfermeiras.
(B) Não é proibido entrada de alunos responsáveis. (E) Aquela aluna emagreceu a olhos vistos.
(C) A aluna melhorou a olhos vistos.
(D) Vi pinturas a mais belas possível. 224. Concordância verbal INCORRETA há em
(E) Deve ter havido muitas fraudes .
(A) Poderá haver novos problemas.
218. Assinale a alternativa CORRETA quanto à (B) V. Senhoria já se decidiu?
concordância verbal. (C) Eu e tu iremos ao teatro hoje.
(D) Você e ele ficarão de guarda.
(E) Quando chegares, telefonai-me.
(A) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles
chegaram.
225. Assinale a concordância verbal CORRETA.
(B) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários,
ninguém foram demitidos.
(A) Foi aí que todos entramos na sala.
(C) Ele chegou ileso a seu destino, embora houvessem
(B) Alagoas são um Estado muito quente.
muitas ciladas em seu caminho.
(C) Cada um dos alunos receberam seus cadernos.
(D) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
(D) Três mil reais são pouco pelo serviço.
(E) O inspetor referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara a
(E) Não me consta tais afirmações.
sua petição.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 34

 CAPÍTULO II

226. Marque a concordância verbal INCORRETA. 229. Marque a concordância CORRETA.

(A) Estados Unidos situa-se na América do Norte. (A) As portas estavam meias abertas.
(B) V. Excelência é muito generoso, Governador. (B) Eles faltaram bastante vezes.
(C) Eu e minha família fomos ao mercado. (C) Muito obrigado, respondeu a menina.
(D) Elaborou-se ótimos planos. (D) Aquelas pessoas são bastantes agradáveis.
(E) Mais de um jornal comentou o jogo. (E) Havia menos pessoas na fila.

227. A concordância verbal INCORRETA é: 230. Na tira abaixo, o termo “SÓ”

(A) Os Lusíadas imortalizaram Camões.

(B) Quem de nós pagará as despesas.
(C) Soaram dez horas naquele relógio.
(D) Quais de vós ireis à escola?
(E) Outrora poderia existir opiniões divergentes.

228. Háo ERRO quanto ao emprego da palavra MEIO em

(A) Não sou pessoa de meias palavras.

(B) Ela bebeu meia garrafa de vinho português
(C) Estava meio cansada e for dormir cedo. (A) é um adjeito e, portanto, variável.
(D) Só sairemos ao meio-dia e meio. (B) é um advébio e não varia.
(E) Encontrou o morango no meio da torta. (C) equivale a “sozinho”.
(D) equivale a “muito”.
(E) é pronome variável.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 35

 CAPÍTULO II

GABARITO
1. C 49. A 97. D 145. D 193. C
2. A 50. C 98. E 146. D 194. E
3. D 51. C 99. D 147. C 195. D
4. C 52. A 100. B 148. C 196. C
5. A 53. C 101. C 149. E 197. B
6. A 54. C 102. D 150. E 198. B
7. C 55. D 103. D 151. D 199. E
8. B 56. B 104. C 152. E 200. A
9. B 57. B 105. B 153. E 201. E
10. C 58. B 106. 154. B 202. E
11. A 59. A 107. D 155. B 203. D
12. A 60. D 108. C 156. B 204. C
13. B 61. D 109. D 157. A 205. B
14. B 62. D 110. A 158. E 206. D
15. D 63. D 111. E 159. C 207. D
16. B 64. B 112. B 160. B 208. E
17. C 65. C 113. C 161. A 209. C
18. A 66. C 114. A 162. E 210. C
19. E 67. E 115. B 163. E 211. B
20. B 68. B 116. B 164. D 212. E
21. D 69. E 117. B 165. D 213. B
22. B 70. A 118. A 166. E 214. A
23. C 71. C 119. D 167. B 215. C
24. D 72. A 120. D 168. B 216. E
25. B 73. D 121. A 169. A 217. D
26.- 74. A 122. A 170. B 218. D
27.- 75. C 123. D 171. E 219. E
28. C 76. B 124. E 172. B 220. E
29. D 77. D 125. C 173. D 221. C
30. B 78. B 126. A 174. D 222. E
31. D 79. E 127. B 175. D 223. D
32. 80. D 128. C 176. B 224. E
33. C 81. D 129. B 177. D 225. A
34. C 82. B 130. C 178. D 226. D
35. B 83. B 131. D 179. B 227. E
36. B 84. A 132. C 180. B 228. D
37. C 85. D 133. D 181. D 229. E
38. C 86. C 134. D 182. A 230. B
39. C 87. B 135. D 183. D
40.- 88. D 136. E 184. A
41. C 89. C 137. B 185. D
42. A 90. E 138. D 186. B
43. B 91. E 139. E 187. A
44. D 92. A 140. E 188. A
45. E 93. D 141. E 189. C
46. 94. E 142. C 190. B
47. E 95. B 143. D 191. E
48. C 96. C 144. C 192. B
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 36
 FRENTE II

INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 37

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 38
 CAPÍTULO II

CAPÍTULO II – TIPOLOGIA TEXTUAL

Dissertação Dissertação
Tipo Descrição Narração
Argumentativa Expositiva

Tipo de texto que Tipo de texto que conta, Texto opinativo, marcado Texto opinativo (tênue),
diz como é alguma em geral, como aconteceu um pela subjetividade de marcado pela objetividade de
Definição conteúdo. Nele, a opinião
coisa: pessoa, fato, suas causas e conteúdo. Nele, a opinião
objeto, cena, etc. implicações. do autor é o principal. particular do autor é
secundária.
Convencer o leitor por Expor ao leitor fatos, dados
Informar, educar, entreter,
Finalidade meio de visões pessoais, estatísticos, informações
Impressionar. etc. Tem de haver um enredo
prioritária relações de causa/efeito, científicas, argumentos de
(sequenciação de fatos).
etc. autoridades, etc.
Postura
Observador. Narrador. Argumentador. “Porta-voz” de uma opinião.
do Autor
Presente e / ou
Predomínio Perfeito e mais-que-perfeito
imperfeito: ambos Presente. Presente.
verbal do Indicativo.
do modo indicativo.
Principais
Adjetivações diretas Conectores de causa-efeito, Dados polifônicos:
recursos Verbos e Advérbios.
e indiretas. fato-finalidade, etc. estatísticas, citações, etc.
gramaticais

1. Classifique cada texto a seguir quanto à tipologia
elementar.
Texto 1
“É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira [...]
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho
Resto, toco, pouco, sozinho
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.”
(Águas de Março / Tom Jobim)
_______________________________________________
_______________________________________________
Texto 2
chuva
substantivo feminino
1 fenômeno que resulta da condensação do vapor de água
da atmosfera em pequenas gotas que, quando atingem
peso suficiente, se precipitam sobre o solo. (Houaiss)
_______________________________________________
____________________________________________
Texto 3
O primeiro me chegou como quem vem do
florista: trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de
ametista. Me contou suas viagens e as vantagens que ele
tinha. Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha.
Me encontrou tão desarmada, que tocou meu coração, mas
não me negava nada. E, assustada, eu disse “não”.
O segundo me chegou como quem chega do bar:
trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar.
Indagou o meu passado e cheirou minha comida.
Vasculhou minha gaveta, me chamava de perdida. Me
encontrou tão desarmada, que arranhou meu coração, mas
não me entregava nada. E, assustada, eu disse “não”.
O terceiro me chegou como quem chega do nada:
ele não me trouxe nada, também nada me perguntou. Mal
sei como ele se chama, mas entendo o que ele quer. Se
deitou na minha cama e me chama de mulher. Foi
chegando sorrateiro e, antes que eu dissesse não, se
instalou feito posseiro dentro do meu coração.
(Teresinha. Chico Buarque.)
_______________________________________________
_______________________________________________
A tipologia textual básica não deve inibir
especificações textuais, ou seja, os chamados gêneros
textuais. Uma narrativa, por exemplo, pode apresentar
vários tipos: romance, conto, crônica, novela, revistas
em quadrinhos, etc.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 39


Texto 4
Vozes d’África(1)
Ainda dizem que a História não se repete, ou se
repete apenas como farsa. Pois, de certo modo, ela está se
repetindo como tragédia. (2) Que diferença existe entre os
barcos de imigrantes da Líbia agora e os navios negreiros
que indignaram Castro Alves? (1) Na essência, só uma,
para pior. (3) Os traficantes modernos recebem o
pagamento adiantado, não na entrega da “mercadoria”, o
que significa que a carga humana pode se perder no mar à
vontade, sem prejuízo para os contrabandistas, pois já está
paga. Graças a essas operações, calcula-se que em 2014
mais de dois mil refugiados tenham morrido na travessia
do Mediterrâneo e, em 2015, segundo a Organização
Internacional para as Migrações, já foram 1.750, um
número que pode chegar a 30 mil até o fim do ano. (4)
Mesmo assim, a Europa só saiu da sua
indiferença esta semana, (5) dias depois que um pesqueiro
naufragou no canal da Sicília com cerca de 800 imigrantes
que viajavam com destino à Itália. (6) As imagens
chocantes e os relatos de sobreviventes que se salvaram
agarrando-se a corpos que boiavam correram o mundo e
engrossaram a onda de protestos que há meses(5) vêm
sendo feitos pela ONU e por ONGs contra o que se passa
ali(5). Na sua conclamação para que a “comunidade
internacional atue com decisão e prontidão para evitar
mais tragédias”, o Papa Francisco, ao contrário do nosso
poeta(1), que evocou Deus (“Onde estás que não
respondes/Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes”),
apelou para o sentimento humanitário dos dirigentes do
continente, enfatizando a condição das vítimas: “São
homens e mulheres como nós, que buscam uma vida
melhor”. Foi menos poético e mais realista, trazendo a
questão para a esfera terrena. (7)
Tudo isso pode ter contribuído para abalar o
egoísmo da União Europeia, feito de xenofobia e do medo
de estimular o fluxo migratório, ou seja, da velha paranoia
da “invasão dos bárbaros”. (8) O fato é que, dias depois do
que está sendo considerada uma das maiores tragédias da
História na região, os líderes da UE decidiram triplicar os
fundos para operações de busca e resgate no Mar
Mediterrâneo, entre outras medidas de combate ao tráfico
de seres humanos, como destruição dos barcos e combate
às quadrilhas. (6)
A ONU criticou a “abordagem minimalista”,
assim como os Médicos Sem Fronteiras e a Anistia
Internacional preferem que os recursos sejam investidos
não em guerra aos traficantes, mas na solução do
problema dos imigrantes. Entre os vários países que
ofereceram ajuda, a Grã-Bretanha vai fornecer um navio
de operações especiais, três helicópteros e dois barcos de
patrulha. Mas o premier David Cameron já avisou que
isso não significa que o Reino Unido iria aceitar
imigrantes. Quer dizer, ajuda, contanto que fiquem longe.
(9)
Zuenir Ventura. O Globo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO II
Interpretação
(1) Observe que o título já faz uma remissão calcada
na intertextualidade. Noutros pontos do texto se
observa a intertextualidade.
(2) Indeterminando o sujeito, o autor faz certa
polifonia, trazendo vozes para o texto.
(3) Ele faz uma pergunta de certo caráter retórico-
reflexivo, mas não a deixa sem resposta. Esta,
inclusive, denota caráter opinativo.
(4) Os dados não tiram o caráter argumentativo do
texto; pelo contrário, fomentam-no.
(5) Observe o caráter dêitico: expressões temporais e
espaciais atreladas ao momento e ao local da produção
do texto são dêiticas.
(6) Observe que os tipos textuais não se excluem: aqui
temos uma passagem de teor narrativo.
(7) O poeta apelou a Deus; o Pontífice, aos homens.
(8) A passagem tem caráter opinativo. A tese do autor
é a de que há egoísmo da União Europeia, xenofobia.
Para ele, essa é a explicação para o “fato” (l. 37).
(9) Observe que a frase final ratifica a ótica do autor,
ou seja, a sua tese: xenofobia.
O texto ao lado é um artigo de opinião. Faz
parte do sistema informativo/jornalístico. Todos os
dias, encontramos, em jornais como O Globo, textos
opinativos acerca de algum fato contemporâneo, fato
noticiado, fato comentado. O artigo de opinião é um
texto opinativo, argumentativo. Aqui vai uma
diferença: tipo textual/argumentativo /// gênero
textual/artigo de opinião.
2. Explicite, de forma concisa:
a) a tese do autor:
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
b) o principal argumento:
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
40
 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO III – TIPOLOGIA TEXTUAL - GÊNEROS

O quadro abaixo apresenta alguns dos muitos gêneros textuais.

Pode haver Pode haver Pode haver Pode haver
Gênero Função prioritária Exemplo
descrição? narração? exposição? argumentação?
Os textos do
Texto opinativo do Zuenir Ventura,
Artigo Pode. Pode. Pode. Pode.
autor. no jornal O
Globo.
Texto opinativo não Os editoriais do
Editorial assinado pelo autor jornal O Globo. Pode. Pode. Pode. Pode.
(impessoal). Edições diárias.

Quando há
Informativo Prestar informações. A notícia em si. Pode. Pode. Pode.
comentário, sim.

É, em geral, um
Pode.
texto informativo Este material, por
Didático Pode. (fábulas, por Pode. Pode.
com preocupação exemplo.
exemplo)
esclarecedora.

Apontar fatos
Preditivo futuros com base O futuro da Terra. Pode. Pode. Pode. Pode.
em probabilidades.

Trabalhar a
Poético Poemas. Pode. Pode. Não. Pode
linguagem com arte.
O suicídio de Tem de Quando há
Histórico Registrar fatos. Pode. Pode.
Getúlio Vargas. haver. comentário, sim.

Campanhas de
Propaganda Mobilizar pessoas. Pode. Pode. É incomum. Sim.
vacinação.

Publicitário Persuadir o Propagandas de

Pode. Pode. É incomum. Sim
Comercial consumidor. carros.
Normativo Estabelecer Qualquer lei,
Pode. Pode. Não. Não.
(lei) diretrizes. decreto, etc.
Sentenças e
Normativo
Julgar. apreciações Pode. Pode. Pode. Pode.
(sentenças)
judiciais.

1. Leia o texto a seguir, retirado do jornal O Globo de 2. Observe. Pode-se afirmar que o texto abaixo tem
27/11/2017. caráter argumentativo? Justifique.
Texto 2
Textos 1 Virgem (23/8 a 22/9)
Elemento: terra. Modalidade: mutável. Signo
complementar: Peixes. Regente: Mercúrio. Por vezes, as
bases que sustentam nossa capacidade criadora passam
por grandes transformações. É tempo de acolher as
mudanças que estão ocorrendo, encontrando uma nova
forma de alimentar sua criatividade.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu
contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo
comunicativo e seu formato maiscomum relacionam-se
aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A
análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra
que sua função é:
______________________________________________
(A) vender. (B) aconselhar.
______________________________________________
(C) ensinar. (D) informar.
______________________________________________
(E) discutir.
______________________________________________
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 41
 CAPÍTULO IX

3.“Se ficou notório por ser tímido, então tem que se

Texto 3 explicar.”
A paráfrase que mantém o sentido original do período
Da timidez transcrito é:

Ser um tímido notório é uma contradição. O (A) Como é tímido, se ficou notório, tem que se explicar.
tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. (B) Porque é tímido, se ficou notório, tem que se explicar.
Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. (C) Se ficou notório porque é tímido, então tem que se
Afinal, que retumbante timidez é essa que atrai tanta explicar.
atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez (D) Tem que se explicar, se é tímido, porque ficou
estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez notório.
seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto (E) Se é tímido, tem que se explicar por que ficou
que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só notório.
alguém que se acha muito superior procura o analista para
tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha 4. Não está de acordo com as ideias defendidas pelo autor
que se sentir inferior é doença. no segundo parágrafo:
Todo mundo é tímido, os que parecem mais
tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de (A) A timidez é algo natural e comum.
que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O (B) Os mais tímidos usam a extroversão para mascarar a
extrovertido faz questão de chamar atenção para sua timidez.
extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no (C) Os tímidos notórios usam a timidez para mascarar a
notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão.
extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. (D) Os extrovertidos usam a timidez para atenuar a
Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo extroversão.
minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um (E) Há graus de timidez.
tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido
existe um exibido gritando “Não me olhem! Não me 5. “Tão secreto que nem ele sabe.” O conectivo destacado
olhem!”, só para chamar a atenção. liga dois enunciados, cujos sentidos respectivos são de:
O tímido nunca tem a menor dúvida de que,
quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para (A) fato e comparação. (B) proporção e fato.
ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre (C) causa e efeito. (D) efeito e causa.
(E) condição e fato.
ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra
num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a 6. “O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua
maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não extroversão, assim ninguém descobre sua timidez.” Nessa
apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em passagem, a figura de linguagem prioritária é a:
outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para
embaraçá-lo. (A) metáfora (B) hipérbole
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. (C) antítese (D) personificação
Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado (E) gradação
do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha
aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde 7. “Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha
vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu existe um tímido ...” Nessa passagem, a expressão
sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a destacada exemplifica uma:
palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem (A) metáfora (B) hipérbole
(C) antítese (D) personificação
problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para
(E) gradação
o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não
consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido 8. “... mas o próprio destino não pensa em outra coisa a
não pensa nos membros da plateia como indivíduos. não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.” Nessa
Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois passagem, predomina uma:
olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber
suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os (A) metáfora (B) hipérbole
(C) antítese (D) personificação
olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o
(E) gradação
desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O
tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o 9. “Para o tímido, duas pessoas são uma multidão.” Nessa
centro do Universo, e que seu vexame ainda será passagem, predomina uma:
lembrado quando as estrelas virarem pó.
Luis Fernando Verissimo. Comédias para (A) metáfora (B) hipérbole
se ler na escola. Editora Objetiva. (C) antítese (D) personificação
(E) gradação

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 42


10. Quanto à tipologia, predominam no texto:
(A) dissertação e descrição. (B) dissertação e narração.
(C) narração e descrição. (D) injunção e dissertação.
(E) injunção e narração.
Texto 4
Sem pena de morte, só noutra realidade
Joseph David
A pena de morte não pode ser vista como solução
para a violência no Rio de Janeiro e noutros centros
urbanos. Sua adoção, entretanto, é um passo necessário
para a reversão deste processo que aí está. Das duas uma:
ou pena de morte já ou megamudanças já.
A primeira diz respeito à ação repressora das
autoridades. Já se assegurou acabar a violência no Rio em
três meses; já se falou em polícia inteligente; já se falou
em Força-tarefa; tudo blá-blá. A promessa é sempre a
mesma: acabar com a violência. Mudam as propostas de
meio de combate. No fundo, entretanto, nada muda. O
que se vê é o poder público subindo morros e adentrando
favelas. Inclusive o discurso de que anos e anos de
violência não se vão acabar em um ou dois mandatos.
Nisso, o tempo passa, governo sai, governo entra, às vezes
permanece, às vezes sai, mas continua, etc. E a violência
está aí.
O mal maior está na própria estrutura policial. A
corrupção está lá dentro. A cumplicidade, o interessado
na violência. Sair com armas, subir morros e penetrar
favelas, tudo isso é um “círculo vicioso”, pois a
verdadeira batalha não é dos quartéis para fora, mas sim
para dentro. Não apenas dos quartéis, mas também de
estruturas superiores. Não há como acabar com o tráfico,
se os grandes financiadores estão vestidos de terno e
gravata, ocupando posições de extrema importância, por
vezes eleitos pelo próprio iludido povo.
Outra mudança necessária diz respeito à ação social.
O discurso político será sempre indiscutivelmente
evasivo, inócuo, demagogo, se não promover mudanças
estruturais na educação. Brizola, talvez por ter atacado
um esquema que tem o circuito Globo como protagonista,
foi severamente combatido. E, de fato, como qualquer
político, Brizola cometeu suas falhas. Mas criou-se um
silogismo em que tudo o que vinha do Brizola tinha de ser
condenado. Em termos de projetos educacionais, contudo,
separada a criatura do criador, não há como negar a
validade do Ciep: retirar a criança da rua, colocá-la numa
escola integralmente, dar-lhe conhecimento, alimento e
assistência, um sonho condenado. A sociedade espera até
hoje por uma ideia melhor.
Igualmente imprescindíveis seriam as interações
de saúde, esporte e trabalho. O poder público tem de
levar saúde às comunidades carentes, numa ação
preventiva que envolve, por exemplo, o saneamento
básico. O esporte, já está provado, tem o mérito de
direcionar a criança para outros ídolos que não os próprios
traficantes da localidade. E oportunidades de trabalho que
resultam de investimentos sociais.
Um poder público austero, em busca de uma
faxina interna a fim de eliminar o jogo “franciscano” do
poder, o “rabo preso”, o “toma lá, dá cá”. Uma polícia
precisa na ação repressiva, bem preparada, inteligente. A
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
volta da escola pública de qualidade; não mais seria
preciso pagar para se exercer um direito constitucional.
Um sistema público de saúde também atuante, próximo do
cidadão. O incentivo aos esportes, a proliferação de
ídolos como Romário, Ronaldo, etc. Quanta utopia. Não
devemos depender disso para tentar conter a situação de
violência. A pena de morte assusta, pois cutuca diversas
ideologias, (re)acende polêmicas, mas é a menor de todas
as grandes e significativas mudanças que poderiam ser
promovidas.
Joseph David é doutor em Sociologia
11. Resumo do texto parágrafo a parágrafo
a. No primeiro parágrafo, o autor expõe sua tese.
Identifique-a.
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______________________________________________
______________________________________________
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______________________________________________
b. Qual é a ideia central do segundo parágrafo? Sobre o
que o autor fala fundamentalmente?
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c. Qual é a ideia central do terceiro parágrafo? Qual é a
principal ideia nele defendida?
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d. Em relação ao quarto parágrafo, que vínculo coesivo
direto ele apresenta com o primeiro parágrafo?
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______________________________________________
e. Qual é a “minitese” presente no quarto parágrafo? De
que argumento o autor se serve para defendê-la?
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______________________________________________
______________________________________________
f. O sexto e último parágrafo retoma a tese mais
especificamente em que período?
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
43

g. Toda tese implica uma antítese, isto é, a tese existe
porque existe a antítese e vice-versa. Com base nisso,
especifique qual é principal antítese do texto.
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
12. Após uma leitura atenta do texto, o que se entende do
título “Sem pena de morte, só noutra realidade” está
expresso na seguinte alternativa:
(A) Não deve haver pena de morte numa realidade que
não seja especificamente a do Rio de Janeiro;
(B) Não deve haver pena de morte na nossa realidade,
isto é, apenas em outra.
(C) Não deve haver pena de morte sem que haja uma
outra realidade.
(D) É preciso haver pena de morte, em centros urbanos
como o Rio, ante a realidade vigente.
(E) É preciso haver pena de morte noutra realidade.
13. De acordo com as ideias veiculadas no texto, pode-se
afirmar que, segundo o autor:
(A) Apesar do preconceito e das polêmicas em torno da
pena de morte, ela é a efetiva solução para o
problema da violência nos centros urbanos.
(B) A pena de morte deve ser vista como parte de um
conjunto de fatores – de segurança e de ação social –
simultaneamente necessários para se resolver o
problema da violência social.
(C) A pena de morte não resolveu o problema da
violência em nenhuma parte do mundo, constituindo,
inclusive, uma afronta a teorias religiosas e, por tudo
isso, não deve ser adotada de forma alguma.
(D) A pena de morte é um instrumento que, se
implantada, pode ajudar no combate à violência, pelo
menos enquanto outras mudanças – estruturalmente
mais complexas – não forem implementadas.
(E) A implementação da pena da morte teria vários
benefícios, dentre os quais o de acuar a violência no
Rio de Janeiro e noutros centros urbanos,
prescindindo a sociedade da adoção de outras
medidas de prevenção.
14. O texto é do tipo:
(A) argumentativo; (B) descritivo; (C) narrativo;
(D) publicitário; (E) técnico.
15. Pode-se afirmar que o autor defende a pena de morte
(A) incondicionalmente;
(B) nas condições atuais;
(C) por pressão de grupos políticos;
(D) apenas em casos de crime hediondo;
(E) por acreditar ser ela a única solução possível no
combate à violência.
16. “O que se vê é o poder público subindo morros e
adentrando favelas.” Nessa passagem, predomina a
seguinte figura de linguagem:
(A) metáfora (B) personificação
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(C) metonímia (D) hipérbole
(E) eufemismo
17.“... pois a verdadeira batalha não é dos quartéis para
fora, mas sim para dentro.” Nessa passagem, predomina
um(a):
(A) catacrese (B) antítese
(C) hipérbole (D) paradoxo
(E) eufemismo
18. “A pena de morte assusta, pois cutuca diversas
ideologias...“ Nessa passagem, predomina um(a):
(A) catacrese (B) antítese
(C) prosopopeia (D) metáfora
(E) eufemismo
Texto 5
Oximorosos
Pouca gente sabe o que quer dizer oximoro. Não
que faça falta. Mas, às vezes, é importante saber o que se
quer dizer, de fato, quando se afirma que a Dilma, por
exemplo, há algum tempo tem sido oximorosa.
Não adianta procurar no Houaiss ou no Aurélio.
Oximoroso é um neologismo que, tendo escapado por
milagre à diligência criativa de James Joyce e Guimarães
Rosa, está sendo inventado neste exato instante. Melhor
procurar logo oximoro: “figura em que se combinam
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se
mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão
(obscura claridade, música silenciosa); paradoxismo”.
Em Elementos de retórica literária, Henrich
Lausberg diz que o oximoro “afirma a existência e a
inexistência simultâneas de uma mesma coisa”. Há
também quem chame o fenômeno de “contradição em
termos”. Seja como for, oximoro é tudo aquilo que traz a
coisa e a negação da coisa numa mesma expressão
concentrada. Ser ou não ser? Não: ser e não ser.
Profundo demais, teórico demais? Antes fosse.
Quando o oximoro não passava de um recurso de retórica
no arsenal dos poetas barrocos, éramos bem mais felizes.
Só precisávamos entender o que Camões quis dizer com o
seu “contentamento descontente”, o que podia até ser
difícil, mas era uma coisa à toa.
No entanto, quantas vezes ouvimos nos últimos
tempos um deputado dizer a outro: Vossa Excelência,
muito ilustre, roubou e, por isso, tem que ser cassado e, se
possível, ir para a cadeia.
O mesmo pode ser dito sobre “guerra santa”, não
pode? Ou mesmo de “segurança pública no Rio de
Janeiro”? Oximoro, oximoro, oximoro! (...)
Sérgio Rodrigues, Revista Jornal do Brasil (Adaptado)
19. Nas últimas linhas, o autor aponta “guerra santa”
como um exemplo de oximoro. Isso mostra que, na ótica
do autor:
(A) santo não pode guerrear;
44

(B) guerra não pode ser pura ou abençoada;
(C) a guerra santa tem que acabar;
(D) não foi Deus quem criou a guerra santa;
(E) o plural de “guerra santa” é “guerras santas”.
20. Não há oximoro na seguinte alternativa:
(A) silêncio eloquente; (B) inocente culpa;
(C) obscura claridade; (D) covarde valentia;
(E) grande anão.
21. Leia: “O oximoro é uma figura de linguagem pouco
conhecida. A palavra oximoro não faz parte do
vocabulário cotidiano.” Todas as alternativas a seguir
apresentam a união dos dois períodos acima num só.
Assinale a melhor reescritura, levando em conta critérios
de correção gramatical, elegância estilística, coerência e
concisão.
(A) O oximoro é uma figura de linguagem pouco
conhecida, apesar de ela não fazer parte do cotidiano.
(B) Oximoro, por que é palavra pouco usada no
vocabulário cotidiano, é uma figura de linguagem
pouco conhecida.
(C) A palavra oximoro é tão pouco usada que quase
ninguém a usa.
(D) O oximoro, figura de linguagem pouco conhecida,
quase não faz parte do cotidiano.
(E) Oximoro, palavra de uso raro no cotidiano, é uma
figura de linguagem pouco conhecida.
22. “Não adianta procurar no Houaiss ou no Aurélio.”
Nessa passagem, predomina a seguinte figura de
linguagem:
(A) personificação; (B) metáfora; (C) oximoro;
(D) metonímia; (E) preterição.
23. “Oximoroso é um neologismo...” A passagem do texto
que melhor justifica essa afirmativa é:
(A) “Não adianta procurar no Houaiss ou no Aurélio.”
(B) “..., tendo escapado por milagre à diligência
criativa...”
(C) “..., está sendo inventado neste exato instante.”
(D) “Melhor procurar logo oximoro: ...”
(E) “... é tudo aquilo que traz a coisa e a negação da
coisa...”
24.“Se eu vir um oximoro, haverá um paradoxo. E vice-
versa.”
A expressão “vice-versa” leva às reescrituras abaixo,
menos:
(A) Se eu vir um paradoxo, haverá um oximoro.
(B) Se um paradoxo for visto por mim, haverá um
oximoro.
(C) Haverá um oximoro, se um paradoxo for visto por
mim.
(D) Haverá um paradoxo, se eu vir um oximoro.
(E) Haverá um oximoro, se eu vir um paradoxo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
25. “Vossa Excelência, muito ilustre, roubou... ”
Essa passagem se caracteriza prioritariamente pelo(a)
(A) suavização de uma ideia
(B) exagero de uma ideia
(C) associação de ideias opostas
(D) inversão na relação causa e efeito
(E) comparação implícita
26. “Oximoroso é um neologismo que, tendo escapado por
milagre à diligência criativa de James Joyce e Guimarães
Rosa, está sendo inventado neste exato instante.”
Na passagem destacada, o autor usa dois recursos
gramaticais para frisar a ideia temporal presente. Tais
recursos estão associados às palavras:
(A) “está” / “neste”;
(B) “sendo” / “instante”;
(C) “está” / “exato”;
(D) “sendo” / “neste”;
(E) “neste” / “instante”.
27. “Ser ou não ser? Não: ser e não ser.” À luz do
contexto, a melhor explicação para esse segmento,
levando em conta critérios de clareza, precisão e correção,
é a seguinte:
(A) A conjunção coordenativa alternativa foi substituída
por uma aditiva, eliminando definitivamente a dúvida.
(B) A conjunção alternativa foi substituída pela aditiva,
afim de que os opostos possam se harmonisar.
(C) O uso da conjunção aditiva, no lugar da alternativa,
visa à unir ideias aparentemente opostas.
(D) O valor excludente da conjunção “ou” é negado e
substituído pelo aditivo da conjunção “e”, a fim de
expressar o paradoxo.
(E) A dúvida do “ou” é negada pelo “Não” e substituída
pela decisão do “e”, reforçando a capacidade de
harmonia do “ser”.
Leia o texto abaixo e observe como,
naturalmente, os implícitos complementam uma análise.
Texto 6
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete, água,
escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
pincel, lâmina, água, pente. Cueca, calça, meias, camisa,
sapatos, gravata, paletó. Carteira, caneta, chaves, relógio.
Jornal, mesa, cadeiras, xícara e pires, café e pão.
Trânsito, buzinas, carros. Recados, cadeira, mesa,
computador, reunião. Papéis, telefone, relatórios, cartas,
notas, vales, cheques.
28.A melhor classificação para o texto lido é
(A) descrição, pois descreve-se uma cena estática.
(B) narração, pois há sequenciação temporal.
(C) notícia, pois está centrado em fato cotidiano.
(D) dissertação, pois o autor defende uma tese.
(E) texto instrucional, pois tem teor de orientação.
45

29.Uma sequência coerente para o texto é a seguinte:
(A) Carro, fio dental, lenço, travesseiro, caneta e lápis.
(B) Elevador, rua, piano, telefone, buzina, papéis.
(C) Telefone, chave, carro, palito, cerveja, creme de
barbear.
(D) Computador, chefe, revólver, tiro, água, pente,
cheque.
(E) Restaurante, garfo, faca, bebida, guardanapo, conta,
cartão.
Texto 7
Como se conjuga um empresário
Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se.
Barbeou-se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou.
Escovou. Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou.
Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu.
Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se.
Examinou. Leu. Convocou. Leu. Comentou. Interrompeu.
Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou.
Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou.
Explorou. Escondeu. Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu.
Assinou. Sacou. Depositou. Depositou. Depositou.
Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. Depositou.
Despachou. Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou.
Explorou. Desconfiou. Vigiou. Ordenou. Telefonou.
Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou. Lesou.
Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou.
Convidou. Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se.
Mexeu. Gemeu. Fungou. Babou. Antecipou. Frustrou.
Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Presenteou. Saiu.
Vestiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou.
Justificou-se. Dormiu. Roncou. Sonhou. Sobressaltou-se.
Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou.
Despertou. Insistiu. Irritou-se. Temeu. Levantou.
Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Rasgou. Engoliu.
Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Acordou. Levantou-se.
Aprontou-se ...
(Mino, retirado de http://micropoema.blogspot.com/2006/04/como-se-
conjuga-um-empresrio.html)
30. O que NÃO podemos afirmar sobre “Como se conjuga
um empresário”?
(A) apresenta princípios básicos de textualidade: há
coerência.
(B) os verbos selecionados emitem um juízo de valor em
relação à figura de um empresário.
(C) a coerência se estabelece também pelo conhecimento
de mundo do receptor.
(D) as reticências no final do texto dão ideia de
continuidade e repetição.
(E) não há como detectar algumas sequências, já que a
falta de conectivos impede uma relação lógica dos
enunciados.
31. O uso de estereótipos é uma das principais fórmulas
usadas em anúncios, a fim de persuadir o destinatário. O
estereótipo não se restringe à imagem. Ele pode invadir o
campo linguístico, sempre que apela a uma "verdade
conhecida", "associação consagrada por uma prática
social".
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
Assinale a alternativa em que a persuasão não está calcada
num estereótipo linguístico.
(A) "Mês de agosto. Mês dos pais. Corra logo."
(B) "O Ministério da Saúde informa: fumar causa risco de
infarto."
(C) "Amigo que é amigo faz questão de pagar a conta e
ainda comemora. Na Symbol Gourmet você traz 6
amigos para o seu aniversário e ganha o seu Buffet de
presente."
(D) "Maio chegou. Aquela que se lembra de você o ano
todo, agora espera que você ..."
(E) "Ano-novo! Vida nova! Frost-free - o único
refrigerador que esfria seu verão."
32. Na linguagem comercial, é comum a criação de
"inimigos", isto é, o discurso autoritário persuasivo cria
inimigos mais ou menos imagináveis. Quanto à natureza
do "inimigo" criado, destoa das demais a seguinte
mensagem comercial:
(A) "O inimigo das baratas. Mas só das baratas."
(B) "Tomou Doril. A dor sumiu."
(C) "Para acnes e espinhas, Acnase.”
(D) "A Recreio não cobre. O melhor negócio é aqui."
(E) "Sexo é vida. Surpreenda sua parceira. Clínica
Boston."
33. Leia com atenção a seguinte manchete de matéria
veiculada no jornal O Globo:
POLÍCIA DO RIO AINDA É
A QUE MAIS MATA NO PAÍS
Uma inferência plausível da manchete acima é:
(A) A polícia do Rio é a mais atuante do Brasil.
(B) A polícia do Rio mata arbitrariamente.
(C) A polícia do Rio é a mais violenta do país.
(D) Polícias de outros estados brasileiros também matam.
(E) Toda polícia mata.
34. “Podem usar preto. A caspa morreu.”
A mensagem publicitário acima é criativa sobretudo
porque
(A) caspa não morre, apesar de ser bicho.
(B) a caspa morrer não é motivo de luto.
(C) usar preto, no caso, está usado em sentido positivo.
(D) ninguém faz velório para caspa.
(E) todo dia morrem caspas.
Texto 8
Quem espera cansa
O que você está esperando? Seja lá o que for,
dinheiro, riqueza, uma vida melhor, um bom trabalho,
trate de se mexer e de dar início ao esforço que lhe
compete na conquista dos troféus que deseja. As coisas
podem chegar até àqueles que esperam - nos ensina
Abraham Lincoln-, mas são somente as sobras deixadas
por aqueles que lutam.
46

Será que entendi direito ao ouvir você dizendo
que vai começar assim que tiver tempo para isso? É esta a
sua mentira predileta, a da falta de tempo? Ah, sim, eu sei
que o termo usual é “desculpa predileta”, mas, como
aprendi noite dessas numa palestra, toda desculpa é uma
mentira disfarçada. Também não precisa fazer beicinho e
cara de choro e me dizer “magoei”, que isso eu também
já sei. Quem foge da sua própria verdade é assim mesmo:
magoa à toa.
Será que é falta de tempo ou é falta de vontade,
de vergonha na cara? Será que é falta de tempo ou é falta
de energia para lutar, para ir em busca do que você quer,
se é que sabe o que quer. Você sabe para onde quer ir?
Você sabe aonde quer chegar? Se não sabe, se nada está
fazendo para isso, não reclame se não chegou. Seja
inteligente, responsabilize-se por onde você está, caso
contrário tem grande chance de ir parar em outro lugar,
à margem de qualquer outro caminho, em outra direção.
No grande roteiro da sua vida, você faz parte da
solução ou faz parte do problema? Está do lado da causa
ou do lado do efeito? Prefere ser trator ou gosta mesmo é
de ser estrada? Seja sincero e me conte bem baixinho
aqui ao pé do ouvido: o que é mais importante para você?
Dinheiro ou tempo ocioso? Comodidade ou comodismo?
Agora que já sabe que se encontra onde está por
sua única e exclusiva responsabilidade, escolha um
destino e comece a agir na direção desejada. Poder é
querer. E, antes que você resolva fazer beicinho de novo,
eu repito: a única forma concreta de poder é querer, e
não o contrário, como normalmente nos ensinam, como se
fosse necessário poder para querer. Lembre-se de que o
maior obstáculo à mudança está dentro de você mesmo e
que nada em sua vida melhora até você mudar.
Não se contente em apenas ter um futuro, como
faz a maioria, que este caminho está muito congestionado.
Escolha um destino, junte-se aos “pré-destinados”,
pequeno grupo que avança por um amplo caminho, bem
pouco concorrido, mas muito bem sinalizado na direção
do sucesso. (...)
José Carlos Flesch (Consultor de empresas)
35. A melhor classificação para o texto lido é:
(A) argumentativo persuasivo
(B) informativo educativo
(C) narrativo crítico
(D) prece envolvente
(E) expositivo referencial
36. O fato de o autor do texto criar um clima dialogal
evidencia uma ação que pode ser sintetizada pela seguinte
função de linguagem:
(A) emotiva (B) conativa
(C) referencial (D) metalinguística
(E) poética.
37. A função por você apontada na questão anterior
aproxima o texto lido do seguinte gênero textual:
(A) texto publicitário (B) manuais de aparelhos
(C) receitas culinárias (D) charges
(E) histórias em quadrinhos
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
38. No texto lido, não constitui, essencialmente, uma
ferramenta de convencimento:
(A) o emprego do imperativo.
(B) o emprego de perguntas que criam um clima dialogal
no texto.
(C) o emprego do tratamento "você", criando um clima de
familiaridade na relação autor/leitor.
(D) a pressuposição do autor em relação ao
comportamento do leitor.
(E) a divisão do texto em parágrafos bem definidos e
coesos entre si.
39. “Ah, sim, eu sei que o termo usual é “desculpa
predileta”, mas, como aprendi noite dessas numa
palestra, toda desculpa é uma mentira disfarçada.”
Sob o ponto de vista do autor, a primeira das expressões
destacadas apresenta em relação à segunda um(a):
(A) eufemismo (B) ironia (C) lítotes
(D) hipérbole (E) metonímia
40. “As coisas podem chegar até àqueles que esperam -
nos ensina Abraham Lincoln-, mas são somente as sobras
deixadas por aqueles que lutam.” As inversões propostas
só não afetam o sentido original na alternativa:
(A) Até as coisas podem chegar àqueles que esperam -
ensina-nos Abraham Lincoln-, mas são somente as
sobras deixadas por aqueles que lutam.
(B) As coisas podem chegar até àqueles que esperam -
ensina-nos Abraham Lincoln-, mas são as sobras
deixadas somente por aqueles que lutam.
(C) As coisas podem chegar àqueles que até esperam -
ensina-nos Abraham Lincoln-, mas são as sobras
deixadas por aqueles que somente lutam.
(D) As coisas, até àqueles que esperam, podem chegar -
ensina-nos Abraham Lincoln-, mas somente as sobras
são deixadas por aqueles que lutam.
(E) Podem chegar as coisas até àqueles que esperam -
ensina-nos Abraham Lincoln-, mas são somente as
sobras deixadas por aqueles que lutam.
41. “Seja inteligente, responsabilize-se por onde você
está, caso contrário tem grande chance de ir parar em
outro lugar, à margem de qualquer outro caminho, em
outra direção.”
Essa passagem do texto constitui uma advertência do
autor àqueles que não fazem uma reflexão acerca do que
querem para si em termos de futuro. Na passagem
destacada, o recurso gramatical utilizado pelo autor para
reforçar essa ideia de desorientação está ligado a um :
(A) substantivo (B) adjetivo
(C) pronome (D) verbo
(E) artigo
42. Releia: “Seja sincero e me conte bem baixinho aqui
ao pé do ouvido: o que é mais importante para você?
Dinheiro ou tempo ocioso? Comodidade ou
comodismo?”
47
 CAPÍTULO IX

Assinale a afirmativa em DESACORDO com o texto. 47. A expressão isto écumpre no texto o papel de
__________________ o trecho anterior.
(A) "Comodidade" tem ideia relacionada a sucesso,
conforto, realização.
(B) "comodismo" tem ideia relacionada à acomodação. 48. Confronte as expressões autor defunto e defunto
(C) "Comodidade" tem ideia relacionada à acomodação. autor e explique a expressividade que a ocorrência leva
(D) "comodismo" tem ideia relacionada a sucesso, ao texto. Considere, também, o título da obra.
conforto, realização.
(E) "Comodidade" tem ideia relacionada à acomodação _______________________________________________
confortável. _______________________________________________
_______________________________________________
43. Assinale o único fragmento em que não há marca
evidente de interlocução. 49. Que sentido assume a palavra novo no contexto
apontado pelo texto lido?
(A) "O que você está esperando?"
(B) "As coisas podem chegar até àqueles que esperam - _______________________________________________
nos ensina Abraham Lincoln-, mas são somente(...)" _______________________________________________
(C) "É esta a sua mentira predileta, a da falta de tempo?" _______________________________________________
(D) "Ah, sim, eu sei que o termo usual é “desculpa
predileta”, mas, como ..." 50. Os termos intróito e cabo ocorrem no texto
(E) "...Também não precisa fazer beicinho e cara de estabelecendo uma relação de oposição? Justifique.
choro e me dizer 'magoei', que isso eu também já _______________________________________________
sei." _______________________________________________
_______________________________________________
44. O título do texto revela criatividade pois parodia um
dito popular: Quem espera sempre alcança. 51. Há diferença de sentido entre A campa foi outro
Um outro título adequado ao texto é: berço. e A campa foi um outro berço. ? Explique.
_______________________________________________
(A) Quem ri por último é retardado.
_______________________________________________
(B) Em terra de cegos, quem tem um olho é caolho.
_______________________________________________
(C) Os últimos nunca serão os primeiros.
(D) Depois da tempestade, vem a gripe.
GABARITO
(E) A determinação remove montanhas.
1.B 2.
45. “No grande roteiro da sua vida, ...”
3. C 4. D
Nessa passage, “roteiro” só não equivale a
5. C 6. C
7. A 8. D
(A) enredo (B) percurso (C) curso
9. B 10. A
(D) trajeto (E) retorno
11. 12. D
13. D 14. A
Texto 9
15. B 16. C
Óbito do autor
17. B 18. C
19. B 20. E
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo
21. E 22. D
princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o
23. C 24. D
meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar
25. C 26. A
seja começar pelo nascimento, duas considerações me
27. D 28. B
levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu
29. E 30. E
não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto
31. B 32. D
autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que
33. D 34. C
o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés,
35. A 36. B
que também contou a sua morte, não a pôs no intróito,
37. A 38. E
mas no cabo: diferença radical entre este livro e o
39. A 40. E
Pentateuco.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás
41. C 42. D
Cubas,www.infoescola.com) 43. B 44. E
45. E
46. Na expressão Algum tempo, se invertermos a posição
dos termos, ocorrerá mudança de sentido original do
texto? Justifique.

_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 48
FRENTE III

REDAÇÃO

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 49

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 50

CAPÍTULO V–ABORDAGEM TEMÁTICA E
ARGUMENTAÇÃO
É muito importante que se faça uma boa abordagem
temática do texto, que seja coerente, lógica. Além disso, a
interdisciplinaridade é um aspecto de extrema relevância
para a nota, uma vez que o uso de informações baseadas em
diversas áreas do conhecimento podem garantir pontuação
nos concursos militares, sendo um diferencial entre os
concorrentes.
O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a
tese se organiza e é caracterizado por ser uma delimitação de
um assunto mais abrangente. Por isso, é preciso atender ao
recorte temático definido a fim de evitar tangenciá-lo ou,
ainda pior, desenvolver um tema distinto do determinado
pela proposta.
Seguem algumas recomendações para uma boa
abordagem temática:
 Leia com atenção a proposta da redação e os textos
da prova para compreender bem o que está sendo
solicitado.
 Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos
motivadores, porque foram apresentadas apenas para
despertar uma reflexão sobre o tema.
 Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-
se de que eles foram apresentados apenas para despertar
seus conhecimentos sobre o tema. Além disso, a
recorrência de cópia é avaliada negativamente e fará com
que seu texto tenha uma pontuação mais baixa.
 Reflita sobre o tema proposto para definir qual será
o foco da discussão, isto é, para decidir como abordá-lo,
qual será o ponto de vista adotado e como defendê-lo.
 Utilize informações de várias áreas do
conhecimento, demonstrando que você está atualizado em
relação ao que acontece no mundo. Essas informações
devem ser usadas de modo produtivo no seu texto,
evidenciando que elas servem a um propósito muito bem
definido: ajudá-lo a validar seu ponto de vista. Isso
significa que essas informações devem estar articuladas à
discussão desenvolvida em sua redação. Informações soltas
no texto, por mais variadas e interessantes, perdem sua
relevância quando não associadas à defesa do ponto de
vista desenvolvido em seu texto.
 Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto,
tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse é
um dos principais problemas identificados nas redações.
Nesse caso, duas situações podem ocorrer: fuga total ou
tangenciamento ao tema.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOV
Sobre dissertação:
O texto dissertativo-argumentativo se organiza na
defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. É
fundamentado com argumentos, para influenciar a opinião
do leitor, tentando convencê-lo de que a ideia defendida
está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias.
Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende
uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de
explicações para justificá-la.
O objetivo desse texto é, em última análise,
convencer o leitor de que o ponto de vista em relação à
tese apresentada é acertado e relevante. Para tanto,
mobiliza informações, fatos e opiniões, à luz de um
raciocínio coerente e consistente.
Na organização do texto dissertativo-argumentativo,
você deve procurar atender às seguintes exigências:
 apresentação clara da tese e seleção dos
argumentos que a sustentam;
 encadeamento das ideias, de modo que cada
parágrafo apresente informações novas, coerentes
com o que foi apresentado anteriormente, sem
repetições ou saltos temáticos;
 congruência entre as informações do texto e a
realidade;
 precisão vocabular.
Desenvolvimento
O desenvolvimento da dissertação é formado pelos
parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente, em cada
parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento.
Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou
comparações entre situações, épocas e lugares diferentes;
pode também se apoiar em depoimentos ou citações de
pessoas especializadas no assunto abordado, em dados
estatísticos, pesquisas, alusões históricas, entre outras
estratégias argumentativas.
Tipos de argumentos
a) Argumento de autoridade
É a citação de autores renomados, autoridades num certo
domínio do saber, numa área de atividade humana, para
corroborar uma tese, um ponto de vista. O uso de citações,
de um lado, cria a imagem de que o falante conhece bem o
assunto que está discutindo, porque já leu o que o que sobre
ele pensavam outros autores; de outro, torna os autores
citados fiadores da veracidade de um dado ponto de vista.
O uso de outras “vozes” no texto é denominado por alguns
autores de polifonia, ou seja, pontos de vista ou posições que
se representam nos enunciados.
51

b) Argumento baseado no consenso
O texto é construído a partir de um conhecimento tomado
como sendo de consenso, chamado, especificamente, de
saber partilhado.
Por exemplo:
• A educação é a base do desenvolvimento.
• Os investimentos em pesquisa são indispensáveis, para que
um país supere a sua condição de dependência.
Obs.: Não se deve, no entanto, confundir argumento baseado
no consenso com lugares-comuns carentes de base científica
e de validade discutível.
Por exemplo: “O brasileiro é indolente”; “A AIDS é um
castigo de Deus”; “Só o amor constrói”.
c) Argumento baseado em provas concretas
As opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista,
julgamentos que exprimem aprovação ou desaprovação. No
entanto, elas terão pouco valor, se não vierem apoiadas em
fatos. É muito frequente, em campanhas políticas, fazerem-
se acusações genéricas contra candidatos: incompetente,
corrupto, ladrão. O argumento terá mais peso, se a opinião
estiver embasada em fatos comprobatórios.
Se dissermos a administração do ex-governador Sergio
Cabral foi ruinosa para o estado do Rio de Janeiro, um
partidário do ex-governador poderá dizer que não foi. No
entanto, se dissermos A administração de Cabral foi ruinosa
para o Rio de Janeiro, porque deixou dívidas, desviou
dinheiro público para fins privados, porque deixou de pagar
os fornecedores, porque inchou a folha de pagamento do
Estado com nomeações de afilhados políticos etc., o
partidário do ex-governador, para argumentar, terá de
responder a todos esses fatos.
Os dados apresentados devem ser pertinentes,
suficientes, adequados, fidedignos. Por exemplo, se alguém
disser que determinado candidato não é competente,
administrativamente, porque não sabe português, estará
fazendo um raciocínio falacioso, porque o fato de saber
português não é razão suficiente para a conclusão de que
alguém seja competente para administrar.
As provas concretas podem ser cifras e estatísticas,
dados históricos, fatos da experiência cotidiana. Esse tipo de
argumento, quando bem feito, cria a sensação de que o texto
trata de coisas verdadeiras e não apresenta opiniões
gratuitas.
Tem-se a argumentação por ilustração, quando se
enuncia um fato geral e, em seguida, se narra um caso
concreto para comprová-lo; na argumentação pelo exemplo,
parte-se do exemplo concreto e daí se extrai uma conclusão
geral.
d) Argumentos com base no raciocínio lógico
O que chamamos de argumentos com base no raciocínio
lógico diz respeito às próprias relações entre proposições e
não à adequação entre proposições e provas. A
argumentação pode basear-se em relações de causa e
consequência, explicação ou justificativa, conclusão.
Problemas que podem aparecer nesse tipo de argumentação:
*Tautologia (erro lógico que consiste em aparentemente
demonstrar uma tese, repetindo-a com palavras diferentes.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOV
Por exemplo:
O fumo faz mal à saúde, porque prejudica o organismo;
Essa criança é mal-educada, porque os pais não lhe deram
educação.
*Relação inadequada entre causa e efeito, fuga do tema etc.
Vamos à análise do texto abaixo:
A mulher vem, ao longo dos séculos XX e XXI,
adquirindo valiosas conquistas, como o direito de votar e
ser votada. Entretanto, a violência contra este gênero
parece não findar, mesmo com a existência de dispositivos
legais que protegem a mulher. A diminuição dos índices
desse tipo de violência ocorrerá no momento em que os
dispositivos legais citados passarem a ser realmente eficazes
e o machismo for efetivamente combatido, desafios esses que
precisam ser encarados tanto pelo Estado quanto pela
sociedade civil.
Apresentação do tema: "A mulher vem, ao longo dos
séculos XX e XXI, adquirindo valiosas conquistas, como o
direito de votar e ser votada."
Problema: "Entretanto, a violência contra este gênero
parece não findar, mesmo com a existência de dispositivos
legais que protegem a mulher. "
Tese: "A diminuição dos índices deste tipo de violência
ocorrerá no momento em que os dispositivos legais citados
passarem a ser realmente eficazes e o machismo for
efetivamente combatido"
Indicação dos argumentos: “desafios esses que
precisam ser encarados tanto pelo Estado quanto pela
sociedade civil.”
Vamos agora à análise do desenvolvimento:.
Argumento 1-
A Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, por
exemplo, são dispositivos legais que protegem a mulher.
Entretanto, estes costumam ser ineficazes, visto que a
população não possui esclarecimentos sobre eles. Dessa
forma, muitas mulheres são violentadas diariamente e não
denunciam por não terem conhecimento sobre as ditas leis e
os agressores, por sua vez, persistem provocando violências
físicas, psicológicas ou morais, por, às vezes, não saberem
que podem ser seriamente punidos por suas ações.
Tópico frasal: “A Lei Maria da Penha e a Lei do
Feminicídio, por exemplo, são dispositivos legais que
protegem a mulher.” (Argumento de exemplificação)
Ampliação e problemática: “Entretanto, estes
costumam ser ineficazes, visto que a população não possui
esclarecimentos sobre eles.”
Consequência: “Dessa forma, muitas mulheres são
violentadas diariamente e não denunciam por não terem
conhecimento sobre as ditas leis e os agressores, por sua vez,
persistem provocando violências físicas, psicológicas,
morais, etc., por, às vezes, não saberem que podem ser
seriamente punidos por suas ações.”
52

Argumento 2-
Somado a isso, o machismo existente na sociedade
brasileira contribui decisivamente para essa persistência.
Na sociedade de caráter patriarcal em que vivemos é
passado, ao longo das gerações, valores que propagam a
ideia de que a mulher deve ser submissa ao homem. Essa
ideia é reforçada pela mídia ao apresentar, por exemplo, a
mulher com enorme necessidade de casar, e, quando
consegue, ela deve ser grata ao homem, submetendo-se,
dessa forma, às suas vontades. Com isso, muitos homens
crescem com essa mentalidade, submetendo assim, suas
esposas aos mais diversos tipos de violência.
Ampliação e aprofundamento: “Somado a isso, o
machismo existente na sociedade brasileira contribui
decisivamente para essa persistência.”
Apresentação de conhecimento interdisciplinar –
comparação: “Na sociedade de caráter patriarcal em que
vivemos é passado, ao longo das gerações, valores que
propagam a ideia de que a mulher deve ser submissa ao
homem. Essa ideia é reforçada pela mídia ao apresentar, por
exemplo, a mulher com enorme necessidade de casar, e,
quando consegue, ela deve ser grata ao homem, submetendo-
se, dessa forma, às suas vontades.”
Conclusão do parágrafo: “Com isso, muitos homens
crescem com essa mentalidade, submetendo assim, suas
esposas aos mais diversos tipos de violência.”
Conclusão
O último parágrafo possui o objetivo de encerrar bem o
texto, para isso, ele precisa ter uma relação direta e concisa
com a introdução.
Dessarte, é indubitável que a mulher ainda é submetida
à violência no contexto patriarcal no qual ainda vivemos.
Urge que a sociedade civil e governos se unam para
diminuir os impactos da cultura de agressão ao sexo
feminino. Dessa forma, teremos uma sociedade baseada na
equidade de valores entre os gêneros.
Seleção dos argumentos e organização
O terceiro aspecto a ser avaliado é a forma como
selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações,
fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista
escolhido como tese. É preciso, então, elaborar um texto que
apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os
argumentos que justifiquem a posição assumida por você em
relação à temática da proposta de redação.
A inteligibilidade do texto, ou seja, sua coerência e
plausibilidade entre as ideias apresentadas são garantidas
pelo planejamento prévio à escrita.
A inteligibilidade da sua redação depende, portanto,
dos seguintes fatores:
• relação de sentido entre as partes do texto;
• precisão vocabular;
• seleção de argumentos;
• progressão temática adequada ao desenvolvimento do
tema, revelando que a redação foi planejada e que as ideias
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOV
desenvolvidas são pouco a pouco apresentadas, em uma
ordem lógica; e
• adequação entre o conteúdo do texto e o mundo real.
O que é coerência?
A coerência se estabelece por meio das ideias
apresentadas no texto e dos conhecimentos dos
interlocutores, garantindo a construção do sentido de acordo
com as expectativas do leitor. Está, pois, ligada ao
entendimento, à possibilidade de interpretação dos sentidos
do texto. O leitor poderá compreender esse texto, refletir a
respeito das ideias nele contidas e, em resposta, reagir de
maneiras diversas: aceitar, recusar, questionar e até mesmo
mudar seu comportamento em face das ideias do autor,
compartilhando ou não da sua opinião.
Seguem algumas recomendações para conferir
coerência ao seu texto:
 Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema e
depois selecione as que forem pertinentes para a defesa
do seu ponto de vista, procurando organizá-las em uma
estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento do
seu texto.
 Verifique se informações, fatos, opiniões e argumentos
selecionados são pertinentes para a defesa do seu ponto
de vista.
 Na organização das ideias selecionadas para serem
abordadas em seu texto, procure definir uma ordem que
possibilite ao leitor acompanhar o seu raciocínio
facilmente, o que significa que a progressão textual deve
ser fluente e articulada com o texto.
 Examine, com atenção, a introdução e a conclusão para
verificar se há coerência entre o início e o fim; observe,
ainda, se o desenvolvimento de seu texto apresenta
argumentos que convergem para o ponto de vista que
você está defendendo.
1) Identifique nas redações a seguir cada parte do projeto de
texto.
a) Tolerância na prática
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no
sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de
crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa
mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na
prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os
caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se
impõe.
Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja
uma reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre
em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do
Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-
grande, cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo
africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os
negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo
religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião
que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um
estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença.
De outra parte, o sociólogo ZygmuntBauman defende, na
obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das
principais características – e o maior conflito – da pós-
53

modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a
ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos
específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem
exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles
que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para
combater a rejeição à diversidade de crença é descontruir o
principal problema da pós-modernidade, segundo Bauman: o
individualismo.
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas
cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Deve-se fazer valer
o prescrito na Carta Magna: a liberdade de crença a todos os
brasileiros. Assim, será possível garantir a todos os brasileiros o
direito à cidadania quanto à prática religiosa.
Tema:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Problemática:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Tese:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 1:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 2:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Comentário da conclusão:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
b) Consumidores do futuro
De acordo com o movimento romântico literário do
século XIX, a criança era um ser puro. As tendências do
Romantismo influenciavam a temática poética brasileira
através da idealização da infância. Indo de encontro a essa
visão, a sociedade contemporânea, cada vez mais, erradica
a pureza dos infantes através da influência cultural
consumista presente no cotidiano. Nesse contexto, é preciso
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOV
admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada se
tornou uma maneira hipócrita de esconder o descaso em
relação aos efeitos da publicidade infantil no país.
Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto
brasileiro contemporâneo é baseado na lógica capitalista de
busca por lucros e de incentivo ao consumo. Esse
comportamento ganancioso da iniciativa privada é
incentivado pelos meios de comunicação, que buscam
influenciar as crianças de maneira apelativa no seu dia-a-
dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos
anúncios infantis acaba por proporcionar um âmbito
descontrolado e propício para o consumo. Desse modo, a
má atuação do governo em relação à publicidade infantil
resulta em um domínio das influências consumistas sobre a
geração de infantes no Brasil.
Por trás dessa lógica existe, algo mais grave: a postura
passiva dos principais formadores de consciência da
população. O contexto brasileiro se caracteriza pela falta de
preocupação moral nas instituições de ensino, que focam
sua atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a
geração infantil com um método conscientizador e engajado.
Ademais, a família brasileira pouco se preocupa em
controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na
televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das
crianças em relação ao consumo consciente e às suas
responsabilidades as tornam alvos fáceis para as aquisições
necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Tema:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Problemática:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Tese:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 1:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 2:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
54

c) Redes sociais: o uso exige cautela
Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre
buscar novas maneiras de se comunicar: cartas, telegramas e
telefonemas são apenas alguns dos vários exemplos de meios
comunicativos que o homem desenvolveu com base nessa
perspectiva. E, atualmente, o mais recente e talvez o mais fascinante
desses meios são as redes virtuais, consagradas pelo uso, que se
tornam cada vez mais comuns.
Twiter e Facebook são alguns exemplos das redes sociais
(virtuais) mais acessadas do mundo e, convenhamos, a
popularidade das mesmas se tornou tamanha que não ter uma
página nessas redes é praticamente como não estar integrado ao
atual mundo globalizado. Através desse novo meio, as pessoas
fazem amizades pelo mundo inteiro, compartilham ideias e
opiniões, organizam movimentos, como os que derrubaram
governos autoritários no mundo árabe e, literalmente, se mostram
para a sociedade. Nesse momento é que nos convém cautela e
reflexão para saber até que ponto se expor nas redes sociais
representa uma vantagem.
Não saber os limites da nossa exposição nas redes virtuais
pode nos custar caro e colocar em risco a integridade da nossa
imagem perante a sociedade. Afinal, a partir do momento em que
colocamos informações na rede, foge do nosso controle a
consciência das dimensões de até onde elas podem chegar. Sendo
assim, apresentar informações pessoais em tais redes pode nos
tornar um tanto quanto vulneráveis moralmente.
Tema:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Problemática:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Tese:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 1:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 2:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
d) Segundo o pensamento de Claude Lévi-Strauss, a
interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do
entendimento das forças que estruturam a sociedade, como
os eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama
auxilia na análise da questão dos desafios para a formação
educacional dos surdos no Brasil, visto que a comunidade,
historicamente, marginaliza as minorias, o que promove a
falta de apoio da população e do Estado para com esse
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOV
deficiente auditivo, dificultando a sua participação plena no
corpo social e no cenário educativo. Diante dessa
perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse
quadro, além de o papel das escolas na inserção desse
sujeito.
Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade
brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto
pelos grupos dominantes, no qual o indivíduo que não
atende aos requisitos estabelecidos, branco e abastado,
sofre uma periferização social. Assim, ao analisar a
sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-se que tal
deficiente não é valorizado de forma plena, pois as suas
necessidades escolares e a sua inclusão social são tidas
como uma obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na
realidade, são coletivos e estatais. Por conseguinte, a
formação educacional dos surdos é prejudicada pela
negligência social, de modo que as escolas e os profissionais
não estão capacitados adequadamente para oferecer o
ensino em Libras e os demais auxílios necessários, devido a
sua exclusão, já que não se enquadra no modelo social
imposto.
Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito
de Modernidade Líquida de ZygmuntBauman, que explica a
queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de
atender aos interesses pessoais, aumentando o
individualismo. Desse modo, o sujeito, ao estar imerso nesse
panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão e a
dificuldade de inserção educacional dos surdos, por causa
da redução do olhar sobre o bem-estar dos menos
favorecidos. Em vista disso, os desafios para a formação
escolar de tais deficientes auditivos estão presentes na
estruturação desigual e opressora da coletividade, bem
como em seu viés individualista, diminuindo as
oportunidades sociais e educativas dessa minoria.
Tema:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Problemática:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Tese:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 1:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Argumento 2:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
55
 CAPÍTULOV

2) Apresente, para cada tema a seguir, uma tese e dois g) Inclusão digital
argumentos, preferencialmente, com base em repertório _____________________________________________________
sociocultural _____________________________________________________
_____________________________________________________
a) Publicidade infantil
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
h) Desafios da saúde pública no Brasil
_____________________________________________________ _____________________________________________________
_____________________________________________________ _____________________________________________________
_____________________________________________________ _____________________________________________________
_____________________________________________________
b) Voto obrigatório no Brasil
i) Preconceito racial
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
j) Desafios da educação brasileira
c) Brasileiro e a má alimentação _____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

d) Bullying
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

e) Consumo excessivo de álcool

_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

f) Forças Armadas e atuação na segurança pública

_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 56

 CAPÍTULOVI

CAPÍTULO VI – QUESTÕES GRAMATICAIS O uso gratuito ou excessivo de estrangeirismo torna o

1) Uso de letras maiúsculas
Ocorrências
No início de períodos, versos ou
citações diretas
Nos nomes que designam altos
conceitos religiosos ou
políticos.
Nos títulos de livros, jornais,
revistas, produções artísticas,
literárias e científicas.
Nos nomes de instituições,
relacionadas ao ensino e demais
segmentos.
Nos nomes de agremiações,
repartições, corporações,
edifícios e estabelecimentos
públicos ou particulares.
Nos nomes que designam altos
cargos, dignidades ou postos.
Nos nomes de épocas históricas
e datas oficiais.
Nos nomes de vias e lugares
públicos
Nas cartas, ao nos dirigirmos,
com ênfase, a alguém.
Nos pronomes e expressões de
tratamento.
Nos nomes de artes, ciências ou
disciplinas.
Nos nomes próprios de pessoas.
Nos nomes dos pontos cardeais,
ao indicarem regiões.
Nos nomes dos corpos celestes.
Exemplos
O dia hoje está lindo.
“O único lugar onde o sucesso
vem antes do trabalho é no
dicionário.” (Albert Einstein)
Estado, Nação, Igreja Católica...
Os Maias, Veja, Correio
Brasiliense, Folha de S. Paulo...
Universidade de Brasília,
Hospital Sírio Libanês,
Laboratório Atalaia...
Teatro Rio Vermelho,
Ministério Público, Caixa
Econômica Federal...
Secretaria de Saúde, Ministro
da Educação, Prefeito
Municipal...
Dia da Independência, Dia do
Trabalho, Proclamação da
República...
Praça Tamandaré, Avenida
República do Líbano, Rua
Prudente de Moraes...
querido Amigo, prezado
Diretor, respeitável Professor...
Excelentíssimo, Vossa Alteza,
Vossa Magnificência...
Filosofia, Sociologia,
Matemática, Geografia...
Carla, Marcos, Beatriz...
região Sudeste, polo Sul, eixo
Norte-Sul, região Nordeste...
Saturno, Urano, Netuno...
texto pedante. Palavra ou expressão estrangeira menos conhecida e
de difícil tradução, ainda que em texto especializado, deve ser
acompanhada de explicação. Nesse caso, a expressão é grafada com
aspas.
4) Acerca de, cerca de, há cerca de.
1 - Acerca de. Equivale a sobre, a respeito de.
Exemplos:
Falou acerca da nomeação, do autor, do governo; Explique-me
tudo acerca do projeto.
2 - A cerca de ou cerca de. Corresponde a perto de,
aproximadamente.
Exemplos:
Os jogadores ficaram a cerca de 20 metros uns dos outros;
Cerca de 100 pessoas estavam ali;
Dizia isso a cerca de 50 alunos;
Encontrei-o a cerca de dois quilômetros da casa.
3 - Há cerca de. Usa-se no lugar de faz aproximadamente, desde
mais ou menos.
Exemplos:
Há cerca de dois anos o governo baixou essas medidas; Partiu há
cerca de 15 minutos.
5) Afim, a fim de.
1 - Afim, numa única palavra, corresponde a semelhante ou
parente por afinidade.
Exemplos:
Almas afins, vocábulos afins, o sogro é afim (parentesco sem
laço sanguíneo) da nora.
2 - A fim de equivale a para.
Exemplos:
Chegou cedo a fim de terminar o serviço.
3 - Estar a fim de, no sentido de estar com vontade de, só deve
figurar em textos coloquiais ou declarações. Exemplo:
Está a fim de sair hoje?

6) Antes de, antes que.

2) Grafia de números
1 - Antes de rege palavras:
Regras básicas Antes de sair, pediu um favor; Partiu antes do amanhecer.
- São grafados por extenso até dez. De 11 até 999, usam-se os
algarismos. 2 - Antes que liga orações:
- Os algarismos de 1.000 em diante aparecem com pontos de três Saia antes que eu me irrite; Seu vulto era visível antes
em três casas decimais. Essa regra não vale para a indicação de ano mesmo que acendesse a luz;
do calendário ou página de publicação. Tomei a decisão antes que ele o fizesse.
- Não se inicia frase com algarismo, mas com o número por extenso.
- Em caso de leis e seus artigos, parágrafos e alíneas, grafam-se os 7) Ao invés de, em vez de.
numerais com algarismos.
Ao invés significa ao contrário de.
3) Palavras estrangeiras ou estrangeirismo Exemplo:
Ao invés de bater, o lutador apanhou.
Palavras ou expressões estrangeiras são usadas quando A expressão serve para mostrar a oposição entre dois
não existe equivalente em português ou foram consagradas pelo uso termos.
corrente: rock, show, pop, punk, réveillon, status, blitz, overnight,
outdoor, know-how, lobby, software, por exemplo. Nesses casos, Em vez de significa em lugar de.
não é necessário grafá-las entre aspas. Exemplo:
Em vez de estudar, o aluno colou.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 57

8) Aonde.
Não é sinônimo de onde. Use apenas com verbos que
indicam movimento, regidos pela preposição a, como ir e
chegar.
Exemplo:
Ele vai aondequer . (correto)
Estava em São Paulo, aonde jogou uma partida. (errado)
9) A princípio, em princípio.
A princípio é sinônimo de inicialmente, no começo, no
princípio.
Exemplo:
A princípio, eles acharam a proposta ridícula. Depois
terminaram aceitando.
Em princípio significa em tese, teoricamente. Exemplo:
Em princípio, eu não irei à Reunião de Planejamento. Se
eu mudar de ideia, telefono.
10) A priori.
Equivale a antes da experiência, pela causa ou pela
natureza da causa.
Exemplos:
Conclusão a priori (sem apoio nos fatos);
Teoria formulada a priori (antes da experiência).
Não tem o sentido de antes, anteriormente, sendo, pois,
incorretas construções como: Fez o pagamento "a priori"
11) Há, a.
1 - Há indica passado e pode ser substituído por faz:
Eles saíram há muito tempo;
As eleições ocorreram há dois meses;
Há muitos anos que eles foram contratados;
Os homens chegaram há pouco.
2 - A exprime distância ou tempo futuro:
As eleições ocorrerão daqui a dois meses;
De hoje a três dias correrá o prazo;
O avião estava a cinco minutos de São Paulo;
Estamos a dois meses do vestibular;
O atirador estava a dois metros de distância.
Repare que em nenhum dos casos o a pode dar lugar a faz.
12) Há ... atrás.
O uso do há rejeita o atrás quando se refere a tempo:
Há seis anos atrás fui contratado pela empresa, portanto, é
redundante.
O correto: Há seis anos fui contratado pela empresa; ou
Seis anos atrás fui contratado pela empresa.
13) Há tempo, a tempo.
Em há tempo, o há pode ser substituído por faz ou existe:
Ele chegou há (faz) tempo;
Há (existe) tempo de sair e tempo de ficar.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOVI
Na locução a tempo, o a é preposição e pode ser
substituído por outra preposição (e nunca por faz):
Chegou a (com) tempo de assistir ao jogo.
14) Junto com.
Redundância. Use com, apenas:
Os empresários participaram da iniciativa com (e não
"junto com") os sindicalistas.
Saiu com (e não "junto com") o diretor.
15) Mal/mau.
São duas palavras diferentes. Basta seguir a regra: se puder
substituir por bem, escreva com l (mal); se a substituição for
por bom, não hesite em escolher o u (mau).
Mal, quando funciona como advérbio, é palavra invariável
que modifica um verbo, adjetivo ou outro advérbio: falar
mal, estar mal vestido, ser mal-humorado.
O antônimo é bem.
Mal também pode ser substantivo, significando doença ou
problema:
Seu texto sofre de vários males.
Mau é um adjetivo, palavra variável (maus, má, más) que
modifica substantivo: más línguas, mau livro, mau gosto,
mau exemplo, mau humor.
Seu antônimo é bom.
16) Mesmo, mesma.
1 - Mesmo varia normalmente quando colocado depois de
substantivo ou pronome pessoal. Pode ser substituído, para
maior compreensão, por próprio, própria:
A professora mesma (a própria professora) preparou a sala
de aula.
Eles mesmos (próprios) fizeram a viagem.
Joana e Maria mesmas (próprias) prepararam a festa.
Pensaram consigo mesmos (próprios); Conseguiu o
emprego por si mesma (própria).
2 - Quando equivale a de fato ou realmente, é advérbio e,
por isso, não varia:
Elas trouxeram mesmo os livros.
A moça veio mesmo.
Os alunos recorrerão mesmo à prova final.
17) Mesmo (o).
É condenável o uso de o mesmo, a mesma, os mesmos, as
mesmas para substituir pronome. Estão vetadas, dessa
forma, locuções como:
Chegou o livro que esperava; o mesmo traz contos inéditos
de X.
A moça voltou de viagem e a mesma fará amanhã o
vestibular.
Os diretores da empresa reuniram-se ontem e os
funcionários saberão amanhã as decisões dos mesmos;
O governo determinou o levantamento das despesas e dos
efeitos que as mesmas terão no desempenho da economia
58

18) Onde = em que.
1 - Onde equivale a em que apenas quando a referência é a
lugar físico:
A casa onde (em que) nasceu.
A estrada onde (em que) ocorreu o acidente.
O parque onde as crianças brincavam.
O prédio onde (em que) trabalha.
2 - Em exemplos como os que se seguem, use sempre em
que, na qual ou no qual e não onde:
O conjunto definiu uma formação em que (e não onde)
todos cantavam.
Na oração em que (em vez de onde)... / O release em que... /
Eram dois discos radicais em que a fluência melódica... / É a
única faixa em que Hermeto toca.../ Distribuiu memorando
em que... / Uma carta em que... / Declaração em que... / A
ideia em que... / O século em que... / O ano em que... /
Neste dia ensolarado em que... / Na entrevista em que... /
Na partida em que... / Uma guerra em que...
19) Por que, porque, porquê, por quê.
O significado é o mesmo: razão, causa, motivo. Muda a
função gramatical.
Usa-se por que (separado e sem acento) em frases
interrogativas:
Por que ele não veio ontem?
Também se usa por que em frases afirmativas quando
significam a razão pela qual:
Ele não disse por que não veio.
Usa-se porque (junto e sem acento) quando se dá
explicação ou causa, podendo ser substituído por pois:
Ele não veio porque não quis.
Também se usa porque nas interrogativas em que a
resposta já é sugerida:
Não veio porque estava doente?
Porquê (junto e com acento) é um substantivo masculino e
vem sempre precedido do artigo o: Não entendo o porquê de
sua ausência.
Usa-se por quê (separado e com acento) em final de frase
ou quando se quer enfatizar ainda mais uma pausa já forte
marcada por vírgula:
Ele não veio por quê?
Não sei por quê, mas acho...
20) Ratificar, retificar.
Ratificar significa homologar, confirmar:
ratificar o acordo, ratificar a decisão.
Retificar quer dizer corrigir:
retificar um erro, retificar (rever) uma opinião.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULOVI
21) Se não, senão.
1 - Se não (trata-se da conjunção se com o advérbio não):
a) Pode ser substituído por caso não:
Se não chover (caso não chova), a formatura deverá ficar
lotada.
Este exemplo diz tudo; se não (caso não) vejamos.
Serão advertidos se não forem trabalhar.
b) Equivale ainda a quando não:
Seriam como irmãos, se não (quando não) como pais e
filhos.
Esta é, se não (quando não) uma missão impossível, pelo
menos uma tarefa muito difícil.
Se convém, é delicado; se não, é taxativo; Queremos
contratar três novos empregados, se não quatro.
c) O se é conjunção integrante e introduz oração que
funciona como objeto direto:
O repórter perguntou se não era melhor adotar outra
solução (o repórter perguntou o quê? Isto: se não era
melhor...).
Queria saber se não havia mais lugar na sala (queria saber
isto: se não havia...).
Todos lhe ponderaram se não deveria esperar mais.
2- Senão.
Pode ser substituído por:
a) Do contrário, de outra forma, aliás:
Ande logo, senão chegaremos atrasados.
As empresas precisam aumentar a receita, senão não terão
como pagar aos funcionários.
b) A não ser, mais do que, menos, com exceção de:
Não vieram senão eles dois.
Não lhe restava senão o tempo.
O coração não é senão um órgão muscular.
Não fazia outra coisa senão estudar.
Não conseguia pensar em mais nada senão nas provas.
Não pode fazer mais nada senão reclamar.
c) Mas, mas sim, mas também:
Isto não cabe a ele, senão aos amigos.
Não o fez para irritá-lo, senão para adverti-lo.
Ninguém ama o que deve, senão o que deseja.
d) De repente, de súbito, eis que (como senão quando):
Eis senão quando todos o viram chegar.
E foi senão quando os presentes o puderam desmascarar.
e)Mas antes, mas sim (como senão que):
Agora, não falará apenas por uma rede de TV, senão que
por todas as emissoras.
Queria o trabalho pronto não amanhã, senão que dali a
duas horas.
f) Falha, defeito, obstáculo (como substantivo): Não há
pessoa sem senão.
Havia muitos senões no texto.
Só tinha um senão: era muito instável.
59
 CAPÍTULOVI

22) Sob, sobre. 8. ( ) Menina apaixonada chora semsaber ___________

1 - Sob significa debaixo de: 9. ( ) _______não tinha sono, fiquei na salaassistindo ao

Ficou sob a mira do assaltante. jogo
Escondeu-se sob a mesa.
É muito simples tentar camuflar, sob a justificativa de 10. ( ) Qual seria a razão _______ concordaramtão
censura, a denúncia. facilmente?

2 - Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava 11. Assinale a alternativa incorreta:
sobre o telhado.
Falou sobre a inflação. (A) Não quero mais saber por que motivo nãome amas
(B) Se não me amas, quero saber porquê
23) Tachar, taxar. (C) Se não me amas, quero saber o porquê
(D) Não me amas porque não te amo?
Com o significado de acusar, censurar, pôr defeito em, o
correto é tachar: 12. Qual é a incorreta?
O deputado tachou o adversário de corrupto.
Eles o tacharam de leviano. (A) Quero saber o porquê desta briga.
(B) Ainda saberás porque saí do país
Taxar quer dizer impor tributoa: (C) Estudamos sem saber por quê
Os governos taxavam o país a mais não poder. (D) Rápida foi a crise por que passou

24) Tampouco, tão pouco. 13. Assinale a alternativa correta:

1 - Sempre numa única palavra para expressar também (A) A criança sempre indaga o porquê das coisas
não: (B) Conheço o livro porque te orientaste
Não saiu, tampouco conseguiu dormir. (C) Sei porquê você faltou às aulas
(D) Chegaste só agora, por que?
2 - Tão pouco é usado em frases como:
Tão pouco entusiasmo. 14. Há uma alternativa incorreta, assinale-a:
Em tão pouco tempo.
Nunca fez tanto por tão pouco (sentido de pequeno ou (A) Aquela foi a razão por que tive o pesadelo
pouca coisa). (B) Faça os exercícios, porque só assim seaprende
No segundo caso, existe também tão poucos: Nunca havia (C) Não sei porque não ficas mais um pouquinho.
recebido tão poucos amigos em casa (ou tão poucas (D) Porque você fez tudo errado, não o consideroeficiente
manifestações de apoio).
15. Escolha a alternativa que complete
corretamente as lacunas:
Exercícios
Descobri o motivo ________ ele não veio.
Preencha as lacunas, usando o seguinte código: Não veio ______teve problemas lá.
a) por que
b) por quê (A) porquê – por quê
c) porquê (B) porque - porque
d) porque (C) por que – por quê
(D) por que – porque
1. ( ) Quer dizer que você não vai mesmoconosco,
___________? 16. Idem ao anterior:

2. ( ) Não entendo o ____________ de suasatitudes. Se você me disser o __________

disso,entenderei,_________ não sou tolo.
3. ( ) Você sabe ___________ ela não passouno concurso.
(A) porquê- porque
4. ( ) Não fuja, ___________ toda fuga éfraqueza. (B) por que - porque
(C) por quê – por quê
5. ( ) Os maus momentos _________ passasteserão (D) porque – por que
inesquecíveis
17. Indique a alternativa correta:
6. ( ) Os amigos, não sei _________, foramsumindo um a
um. (A) Vim por que quero lutar
(B) Diga-me o por que da sua luta
7. ( ) Agora entendo ______votaste no“homem”... (C) Afinal, por que você luta?
(D) Eu sei porque você quer lutar

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 60

 CAPÍTULOVI

18. Assinale o incorreto: 24. Assinale a alternativa onde a palavra “QUE”está grafada
incorretamente:
(A) Trabalho muito porque preciso
(B) Trabalhas tanto, por quê? (A) Quê! Você ainda não tomou banho?
(C) Você precisa saber o porque disso (B) Depois do banho ficou com um quê irresistível
(D) Falei dele porque o conheço (C) Quê beleza! Acertei tudo
(D) Você vive de quê? De brisa?
19. Assinale a alternativa correta:
25. Preenchendo as lacunas com “QUE”, emqual alternativa
(A) Os caminhos por que vim são estes esse “QUE” levaria acentocircunflexo por ser monossílabo
(B) O estudo é o caminho porque se deve trilhar tônico?
(C) Alguns vencem por que lutam mais
(D) Não sei porque você está nervoso (A) Mas __________ lindo carro você comprou!
(B) O novo diretor tem um _______ estranho.
20. Incorreta: (C) Eis a aula de _________ mais gosto.
(D) Por _____ você saiu?
(A) Nunca lhes revelarei as razões por que tudocomeçou
(B) Diga-me: por que você faltou?
(C) Alguns chateiam por que gostam
(D) Porque é estudioso e dedicado, o menino sedestaca no GABARITO
colégio
PORQUÊS
21. Assinale a alternativa incorreta:
01. B 02. C 03. A 04. D 05. A
(A) Ela ri e sabe por quê 06. B 07. A 08. B 09. D 10. A
(B) Cada um ri porque gosta de rir 11. B 12. B 13. A 14. C 15. D
(C) Você sabe por que ela ri? 16. A 17. C 18. C 19. A 20. C
(D) Os motivos porque ela ri são mesmoestranhos 21. D 22. C 23. D 24. C 25. B

22. Assinale a alternativa correta:

(A) Essas são as dificuldades porque passei

(B) No momento, porque assuntos você seinteressa?
(C) Estava preocupado com o porquê da questão
(D) Todos reclamam sem saber porquê

23. Assinale a alternativa que apresenta erro:

(A) Leio revistas e jornais, porque desejo estarsempre

informado
(B) Gostaria de rever os lugares por que andeiultimamente
(C) Não sei por que desistes com tanta facilidade
(D) você não apresentou o resultado, por que?

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 61

 CAPÍTULOVI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 62

FRENTE IV

LITERATURA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 63

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 64

CAPÍTULO VIII - REALISMO/NATURALISMO
REALISMO/NATURALISMO
Período: século XIX (segunda metade)
Contexto Histórico: Revolução Industrial – Avanços
Científicos (Sociologia-Biologia-Psicologia)
Frase-chavão: A Arte da observação e da Análise da
Sociedade
Palavra-chave: CIÊNCIA
Características Marcantes: Observação e Análise
Outras Características:
- objetividade
- mais razão e menos emoção
- contemporaneidade / verossimilhança
- psicologismo: “anatomia do caráter”
- narrativa lenta: descritivismo objetivo
Outras Características (Particularmente do
Naturalismo):
- animalização do ser humano – fermentação sanguínea e
sensual
- aspectos deprimentes
- a literatura a serviço da ciência -determinismo e teorias
evolucionistas
- romance experimental e de tese
- coletivismo: muita gente em cena ao mesmo tempo -
aspectos deprimentes da realidade
Autores Representativos
*Machado de Assis – Realismo
- metalinguagem: durante a narrativa, comentários sobre
a própria obra
- diálogo com o leitor: leva o leitor a participar do
processo narrativo
- ironia fina: o público e o leitor desafiado
Temas: Apanhados ao mundo burguês – a vida de falsos
valores
- digressões: descrições detalhistas que constroem
ambientes e personagens – atraso da narrativa
*Aluísio de Azevedo – Realismo/Naturalismo
- defende a tese de que o homem é produto do meio em
que vive
- composição de personagens a partir da ciência
- interesse pelas camadas sociais baixas - proletariado
Temas: Apanhados ao mundo proletariado – a vida
autenticamente animal
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
1. FUVEST-GV 1991 O romance "Memórias póstumas
de Brás Cubas" publicou-se num momento significativo
da Literatura Brasileira, tanto para a carreira de Machado
de Assis, como para o desenvolvimento da prosa no
Brasil. Tornou-se um divisor entre:
(A) a prosa romântica e a realista-naturalista;
(B) o romantismo e o cientificismo literário;
(C) os remanescentes clássicos e a necessidade de
modernização;
(D) o espírito conservador e o espírito revolucionário;
(E) a prosa finissecular e a imposição renovadora da
época.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
DO TÍTULO
1 Uma noite destas, vindo da cidade para o
Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz
aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.
Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua
e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem
era curta, e os versos pode ser que não fossem
inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava
cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou
para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos
no bolso.
2 - Continue, disse eu acordando.
3 - Já acabei, murmurou ele.
4 - São muito bonitos.
5 Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do
bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou
alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não
gostam de meus hábitos reclusos e calados, deram curso à
alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei.
Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça,
chamam-me assim, alguns em bilhetes: "Dom Casmurro,
domingo vou jantar com você." - "Vou para Petrópolis,
Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se
deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns
quinze dias comigo." - "Meu caro Dom Casmurro, não
cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá
aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe
cama; só não lhe dou moça."
6 Não consultes dicionários. Casmurro não está
aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o
vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por
ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar
cochilando! Também não achei melhor título para a
minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do
livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará
sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno
esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua.
Há livros que apenas terão isso dos seus autores: alguns
nem tanto.
(Machado de Assis, DOM CASMURRO. Rio de Janeiro,
Aguilar, cap. I)
65

2. CESGRANRIO 1992 A obra de Machado de Assis
oferece um painel bastante rico da cultura e da sociedade
urbanas brasileiras da época. Assinale o aspecto que NÃO
é abordado nesse texto:
(A) os hábitos sociais e culturais valorizados pela média e
alta burguesia.
(B) as normas de cordialidade que orientam a
convivência das pessoas.
(C) a vaidade pessoal ferida e o decorrente reflexo nas
relações sociais.
(D) a pouca valorização da produção literária da época.
(E) a despretensão das conversas sociais ditas
"informais".
3. CESGRANRIO 1992 O esclarecimento dos sentidos
da palavra "casmurro" indica, em Machado de Assis:
(A) a valorização de um modelo narrativo pautado pela
fidelidade à realidade.
(B) a tendência de refletir e comentar a respeito da
própria escrita.
(C) a preocupação em criar um estilo despojado, direto e
simples.
(D) a intenção de, através da erudição, educar o seu
leitor.
(E) a consciência da dificuldade de sua narrativa para o
leitor da época.
4. CESGRANRIO 1992 Assinale a interpretação
CORRETA da técnica narrativa e dos recursos
expressivos empregados no texto:
(A) "pode ser que não fosse"; "não achei melhor":
expressões de caráter vago e impreciso, indicando a
personalidade insegura do narrador.
(B) "falou da lua e dos ministros": combinação inusitada
de termos de áreas semânticas diferentes, traduzindo
a visão crítica do narrador.
(C) "O meu poeta (...) ficará sabendo que não lhe guardo
rancor": pronome possessivo suspendendo o tom
irônico e enfatizando uma intimidade afetuosa.
(D) "Tudo por estar cochilando!": exclamação que
introduz o discurso indireto livre, mediante o qual o
narrador exprime seus sentimentos.
(E) "Vou para Petrópolis (...)"; "Meu caro Dom
Casmurro": transcrição de bilhetes para melhor
caracterizar os personagens.
5. FUVEST 1992 A narração dos acontecimentos com
que o leitor se defronta no romance "Dom Casmurro", de
Machado de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto,
do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois,
correto dizer que ela se apresenta:
(A) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade;
(B) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo
narrador;
(C) perturbada pela interferência de Capitu que acaba por
guiar o narrador;
(D) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa
à verdade;
(E) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade
de ordená-los.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
6. FEI 1994 Leia atentamente:
I. "A segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o
progresso tecnológico, o socialismo utópico, a
filosofia positivista de Augusto Comte, o
evolucionismo formam o contexto sócio-político-
econômico-filosófico-científico em que se
desenvolveu a estética realista".
II. "O escritor realista acerca-se dos objetos e das
pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição
e nos sentimentos".
III. "Os maiores representantes da estética realista-
naturalista no Brasil foram: Machado de Assis,
Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia".
IV. "Podemos citar como características da estética
realista: o individualismo, a linguagem erudita e a
visão fantasiosa da sociedade".
Verificamos que em relação ao Realismo-Naturalismo
está(estão) correta(s):
(A) apenas a I e II (B) apenas a I e III
(C) apenas a II e IV (D) apenas a II e III
(E) apenas a III e IV
7. UFMG 1994 Todos os trechos extraídos de
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
expressam a ideia de que o ser humano sempre se mira
num espelho social, o olhar do público, EXCETO
(A) "Então, - e vejam até que ponto pode ir a imaginação
de um homem, com sono, - então pareceu-me ouvir
de um morcego encarapitado no tejadilho: Sr. Brás
Cubas, a rejuvenescência estava na sala, nos cristais,
nas luzes, nas sedas, - enfim, nos outros."
(B) "Minha mãe era uma senhora fraca, de pouco cérebro
e muito coração, assaz crédula, sinceramente piedosa,
- caseira, apesar de bonita, e modesta, apesar de
abastada; temente às trovoadas e ao marido. O
marido era na Terra o seu deus. Da colaboração
dessas duas criaturas nasceu a minha educação (...)"
(C) "Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos
interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar
os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os
remendos, a não estender ao mundo as revelações que
faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando,
à força de embaçar os outros, embaça-se um homem
a si mesmo..."
(D) "O alienista notou então que ele escancarava as
janelas todas desde longo tempo, que alçara as
cortinas, que devassara o mais possível a sala,
ricamente alfaiada, para que a vissem de fora, e
concluiu: - Este seu criado tem a mania do ateniense:
crê que todos os navios são dele; uma hora de ilusão
que lhe dá a maior felicidade da terra."
(E) "Pareceu-me então (e peço perdão à crítica, se este
meu juízo for temerário!) pareceu-me que ele tinha
medo - não de mim, nem de si, nem do código, nem
da consciência; tinha medo da opinião. Supus que
esse tribunal anônimo e invisível, em que cada
membro acusa e julga, era o limite posto à vontade do
Lobo Neves."
66

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, á
porta do Ateneu. Coragem para a luta."
Bastante experimentei depois a verdade deste
aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança
educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime
do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão
diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um
artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais
sensível a criatura á impressão rude do primeiro
ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência
de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto,
com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a
mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos
houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a
enfiada das decepções que nos ultrajam.
Raul Pompéia
8. PUCSP 1995 O trecho acima é o início do romance O
ATENEU, de Raul Pompéia. Considerando esta obra
como um todo, constatamos nela uma perfeita
correspondência entre a sociedade do Ateneu e a
sociedade de fora dele, porque:
(A) em ambas, os valores sociais, éticos e morais são
irrepreensíveis.
(B) a figura afável do diretor de escola equivale à do pai
de família.
(C) tanto na escola quanto na família a criança se sente
"na estufa de carinho que é o regime do amor
doméstico".
(D) escola e sociedade completam eficazmente a
educação da criança e a preparam para a vida.
(E) o internato é um pequeno mundo que reflete a
sociedade e seus desequilíbrios.
9. UEL 1995 Na obra-prima que é o romance O
CORTIÇO,
(A) podemos surpreender as características básicas da
prosa romântica: narrativa passional, tipos humanos
idealizados, disputa entre o interesse material e os
sentimentos mais nobres.
(B) as personagens são apresentadas sob o ponto de vista
psicológico, desnudando-se ante os olhos do leitor
graças à delicada sutileza com que o autor as analisa
e expressa.
(C) o leitor é transportado ao doloroso universo dos
miseráveis e oprimidos migrantes que, tangidos pela
seca, abrigam-se em acomodações coletivas, à espera
de uma oportunidade.
(D) vemos renascer, na década de 30 do nosso século,
uma prosa viril, de cunho regionalista, atenta às
nossas mazelas sociais e capaz de objetivar em estilo
seco parte de nossa dura realidade.
(E) consagra-se entre nós a prosa naturalista, marcada
pela associação direta entre meio e personagens e
pelo estilo agressivo que está a serviço das teses
deterministas da época.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
10. UNIRIO 1995 Sobre o Realismo, assinale a
afirmativa correta.
(A) O romance é visto como distração e não como meio
de crítica às instituições sociais decadentes.
(B) Os escritores realistas procuram ser pessoais e
objetivos.
(C) O romance sertanejo ou regionalista originou-se no
Realismo.
(D) O Realismo constitui uma oposição ao idealismo
romântico.
(E) O Realismo vê o Homem somente como um produto
biológico.
11. ITA 1995 Assinale a alternativa em que se completa
erradamente a seguinte proposição: Do romance O
CORTIÇO pode-se dizer que:
(A) é um romance urbano.
(B) o Autor admite a influência do meio no
comportamento do indivíduo.
(C) alcança a época da escravidão.
(D) Romão é tudo, menos um ingrato.
(E) o protagonista não se contenta com a ascensão
econômica, quer a social também.
12. MACKENZIE 1996 Vários autores afirmam que a
diferença entre Realismo e Naturalismo é muito sutil.
Um dos trechos a seguir é claramente naturalista. Assinale
a alternativa em que ele aparece.
(A) "Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escrito
e rasgou-o. Nesse momento, a moça, embebida no
olhar do marido, começou a cantarolar à toa,
inconscientemente, uma cousa nunca antes cantada
nem sabida..."
(B) "Enfim chegou a hora da encomendação e da partida.
Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero
daquele lance consternou a todos."
(C) "Entretanto, das portas surgiam cabeças
congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos,
fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se
grosso por toda a parte; começavam as xícaras a
tilintar; o cheiro do café aquecia, suplantando todos
os outros..."
(D) "Foi por esse tempo que eu me reconciliei outra vez
com o Cotrim, sem chegar a saber a causa do
dissentimento. Reconciliação oportuna, porque a
solidão pesava-me, e a vida era para mim a pior das
fadigas, que é a fadiga sem trabalho."
(E) "E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo,
meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo
chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas
uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e
sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a
variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida."
67

13. UEL 1996 Em seus romances, a tara biológica vem
aliar-se à crítica social. A transgressão e a sexualidade
comandam mecanicamente os reflexos das personagens,
transformadas em títeres e conduzidas pelas teses
deterministas. É o que ocorre, por exemplo, em:
(A) SENHORA.
(B) O CORTIÇO.
(C) QUINCAS BORBA.
(D) O ATENEU.
(E) MEMÓRlAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS.
14. FATEC 1996 O trecho a seguir pertence ao romance
que foi um dos marcos do Realismo-Naturalismo no
Brasil, publicado em 1881.
"Em um destes passeios, parou defronte do
espelho e mirou-se com muita atenção, procurando
descobrir no seu rosto descorado alguma coisa, algum
sinal, que denunciasse a raça negra. Observou-se bem,
afastando o cabelo das fontes; esticando as pele das faces,
examinando as ventas e revistando os dentes; acabou por
atirar com o espelho sobre a cômoda, possuído de um
tédio imenso e sem fundo."
Assinale a alternativa correta quanto ao autor, obra e
característica da estética literária:
(A) José de Alencar; O GUARANI; visão idealizada do
ser humano.
(B) Aluísio Azevedo; O CORTIÇO; reflexão cedendo
lugar à ação.
(C) Machado de Assis; MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE
BRÁS CUBAS; preocupação com a análise
psicológica das personagens.
(D) Machado de Assis; DOM CASMURRO;
preocupação em denunciar os problemas sócio-
econômicos da sociedade de seu tempo.
(E) Aluísio Azevedo; O MULATO; apresentação do
comportamento humano como produto do meio, da
raça e da hereditariedade.
15. MACKENZIE 1996 "... enfatiza o aspecto
materialista da existência, vendo o homem como um
produto biológico, cujo comportamento é resultado da
pressão do ambiente social e da hereditariedade
psicofisiológica. O homem passa a ser encarado como um
ser impulsionado pelos instintos (são frequentes as
comparações com animais), que, por sua vez, são
despertados pelas condições do meio social."
O trecho anterior expõe claras características da estética:
(A) romântica. (B) simbolista.
(C) naturalista. (D) barroca.
(E) modernista.
16. UFRGS 1997 A respeito do romance brasileiro do
final do século XIX, pode-se afirmar que
(A) o Impressionismo, com sua linguagem cientificista e
a expressão de um determinismo mecanicista,
buscava os aspectos mórbidos da atividade humana
para demonstrar que o ser humano é movido por
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
condicionamentos de duas fontes: o meio e a herança
genética.
(B) o Realismo, movimento saudosista, buscava
demonstrar como a vida era melhor no tempo da
monarquia, opondo a estabilidade do regime sob a
tutela de Dom Pedro II ao arrivismo de casais
republicanos como Palha e Sofia.
(C) personagens como Pombinha, a moça decente que se
torna homossexual e prostituta por influência da
madrinha, e Jerônimo, o português trabalhador que
larga a esposa por uma mulata fogosa, são ilustrações
das teses naturalistas de Aluísio de Azevedo.
(D) Adolfo Caminha é autor de um romance de cunho
memorialístico que narra as transformações que se
dão na personalidade de um menino ao entrar em
contato com o meio hipócrita e violento de um
cortiço do Rio de Janeiro no tempo do Império.
(E) 'O Ateneu' narra a história de um marinheiro mulato
que, para tentar fugir ao preconceito que o isola dos
próprios parentes, embarca no navio que dá título ao
livro, sem saber que o capitão e o imediato planejam
vendê-lo como escravo.
17. UEL 1998 Por força das teses deterministas que
abraça em sua ficção, Aluísio Azevedo
(A) subordina as marcas subjetivas de suas personagens
às influências diretas do meio e da raça a que
pertencem.
(B) revela-se um autor otimista quanto à possibilidade de
os miseráveis reverterem historicamente sua situação.
(C) acredita que a cultura popular, por ser mais
espontânea e criativa, superará os modelos da cultura
letrada.
(D) faz com que as personagens triunfantes sejam aquelas
cujas virtudes morais se imponham sobre o poder
econômico.
(E) é um autor pessimista, pois está convicto de que os
bons instintos naturais são abafados na vida
aristocrática.
18. ITA 1998 Assinale a opção cuja característica,
pertencente ao realismo - naturalismo, não aparece no
excerto.
"O tísico do número 7 há dias esperava o seu momento de
morrer, estendido na cama, os olhos cravados no ar, a
boca muito aberta, porque já lhe ia faltando o fôlego.
Não tossia; apenas, de quando em quando, o esforço
convulsivo para atravessar os pulmões desfeitos sacudia-
lhe todo o corpo e arrancava-lhe da garganta uma
ronqueira lúgubre, que lembrava o arrular ominoso dos
pombos."
Das características a seguir, pertencentes ao realismo -
naturalismo, apenas uma não aparece no excerto anterior.
Assinale-a.
(A) Animalização do homem.
(B) Visão determinista e mecanicista do homem.
(C) Patologismo.
(D) Veracidade.
(E) Retrato da realidade cotidiana.
68
 CAPÍTULO VIII

19. UEL 1999 Indique o trecho em que há visíveis GABARITO

marcas do estilo naturalista.
1. A
(A) O vulto da mulher, quase invisível à frouxa luz do
2. D
luar, pareceu-lhe uma fantasmagoria, e seu coração
bateu mais forte, ao compasso das ondas, da música 3. B
do mar que chegava pelo vento...
4. B
(B) (...) tem tão bom céu e goza de tão bons ares toda a
terra do Brasil, que nenhuma das causas que 5. B
costumam fazer dano por outras regiões o fazem nela,
6. B
nem cobram forças para o poderem fazer.
(C) Quanta graça devemos à Fé que nos destes, porque 7. B
ela só nos cativa o entendimento, para que, à vista
8. E
destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa
justiça e previdência! 9. E
(D) Tremiam-lhe as carnes como ao contato de um
10. D
condutor elétrico, a distender-lhe os nervos
escabujando na rede em espreguiçamentos lúbricos, 11. D
vergando, como um vencido, ao poder irresistível da
12. C
animalidade humana.
(E) Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses 13. B
e escreventes, tendo notícia desse seu estudo do
14. E
idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em
chamá-lo - Ubirajara. 15. C
16. C
20. UFSM 1999 Assinale a alternativa correta a respeito
de O CORTIÇO. 17. A
18. B
(A) Na descrição do ambiente, são enfatizadas a
degradação e a promiscuidade das personagens. 19. D
(B) O texto retrata um estágio do desenvolvimento
20. A
urbano de São Luís do Maranhão.
(C) A narrativa nega a relação entre o ambiente e o
destino das personagens.
(D) Entre tantas personagens mesquinhas, João Romão é
apresentado como generoso.
(E) Contrariando a lógica naturalista, não há, em O
CORTIÇO, referência à sexualidade das personagens.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 69

 CAPÍTULO VIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 70

 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX - PARNASIANISMO / TEXTOS MARCANTES

SIMBOLISMO
- Parnasianismo

PARNASIANISMO - RESUMO Invejo o ourives quando escrevo:

Período: século XIX (segunda metade) / século XX Imito o amor
(início) Com que ele, em ouro, o alto relevo
Contexto Histórico: Revolução Industrial – Avanços Faz de uma flor.
Científicos (Sociologia-Biologia-Psicologia)
Frase-chavão: A Arte pela Arte
Palavra-chave: FORMA Imito-o. E, pois, nem de Carrara
Característica Marcante: Obsessão Formal – A busca A pedra firo:
da beleza e da perfeição formal O alvo cristal, a pedra rara,
Outras Características: O ônix prefiro.
- objetividade
- mais razão e menos emoção Por isso, corre, por servir-me,
- combate as “lamúrias” (exageros sentimentais)
Sobre o papel
românticas - impassibilidade poética
- cuidado com os detalhes - descrição de cenas, objetos A pena, como em prata firme
e fenômenos naturais Corre o cinzel.
- preciosismo da linguagem - a disciplina do bom gosto
– a deusa forma Corre; desenha, enfeita a imagem,
Temas Constantes: A ideia veste:
- objetos de arte
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
- composição do poema – metalinguagem
- fenômenos da natureza Azul-celeste.
Autores Representativos
- Olavo Bilac: “o príncipe dos poetas” – “o poeta das Torce, aprimora, alteia, lima
estrelas” A frase; e, enfim,
- Raimundo Correia: o poeta das imagens sugestivas No verso de ouro engasta a rima,
- Alberto de Oliveira: o poeta do preciosismo da forma Como um rubim.
SIMBOLISMO - RESUMO
Quero que a estrofe cristalina,
Período: século XIX (segunda metade) / século XX
(início) Dobrada ao jeito
Contexto Histórico: Revolução Industrial – Avanços Do ourives, saia da oficina
Científicos (Sociologia-Biologia-Psicologia) Sem um defeito:
Frase-chavão: A Arte Transcendental (...)
Palavra-chave: METAFÍSICA (Olavo Bilac)
Características Marcantes: Sinestesias e Sugestões - Simbolismo
Outras Características:
- subjetividade Cárceres das Almas
- mais emoção e menos razão / intuição
- a busca do mundo ideal (essências) o além do real Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
(aparências): ir além do visível – visão Platônica Soluçando nas trevas, entre as grades
- decadentismo: o caráter ilusório do real - visão
Do calabouço olhando imensidades,
pessimista do mundo
- não revelar o mundo mas sugeri-lo Mares, estrelas, tardes, natureza.
- correspondência entre a natureza e o humano
- a poesia nefelibata – alienação social Tudo se veste de uma igual grandeza
- poesia da música e da cor: recursos fonéticos e Quando a alma entre grilhões as liberdades
imagens Sonha e, sonhando, as imortalidades
- repetição enfática dos termos: provocar os sentidos do Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
leitor
- aproximação com a pintura impressionista
Temas Constantes: Ó almas presas, mudas e fechadas
- a busca do infinito: a busca do mundo ideal Nas prisões colossais e abandonadas,
- amor sensual e morte Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
- desilusão com o mundo real
Autores Representativos: Nesses silêncios solitários, graves,
- Cruz e Sousa:“o poeta caleidoscópico” – “o que chaveiro do Céu possui as chaves
transfigurador da condição humana”
- Alphonsus de Guimaraens:“o poeta místico” para abrir-vos as portas do Mistério?!
Cruz e Sousa
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 71

Exercícios
1. ESPM 2014 Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
(Cruz e Sousa)
Assinale a opção em que expresse incorretamente a
análise do poema:
(A) As “nuvens brancas” mencionadas sugerem as vestes
tradicionais de noiva.
(B) A aliteração do /s/ em “As ânsias e os desejos vão
subindo” produz cacofonia.
(C) Os “cristais gelados” estão de acordo com a frialdade
do espaço sideral.
(D) As “Estrelas”, com maiúscula alegorizante, podem
significar uma dimensão humana superior.
(E) Galgar “azuis e siderais noivados” é imagem que
remete ao anseio de atingir um mundo espiritual.
2. ESPCEX (AMAN) 2013 Leia os versos abaixo e
assinale a alternativa que apresenta o mesmo emprego das
vírgulas no primeiro verso.
“Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,”
Olavo Bilac
(A) “E, ao vir do sol, saudoso e em pranto”
(B) “O alvo cristal, a pedra rara,/ O ônix prefiro.”
(C) “Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as
unhas,...”
(D) “Uns diziam que se matou, outros, que fora para o
Acre.”
(E) “Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.”
3. ENEM 2013
Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender
Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e
racionalidade na condução temática, o soneto de
Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções
do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do
eu lírico, esse julgamento revela que
(A) a necessidade de ser socialmente aceito leva o
indivíduo a agir de forma dissimulada.
(B) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando
compartilhado por um grupo social.
(C) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças
neutraliza o sentimento de inveja.
(D) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a
apiedar-se do próximo.
(E) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício
nocivo ao convívio social.
4. ITA 2013 O poema abaixo traz a seguinte
característica da escola literária em que se insere:
Violões que Choram...
Cruz e Sousa
Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
bocasmurmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
noites de solidão, noites remotas
que nos azuis da Fantasia bordo,
vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da lua,
anseio dos momentos mais saudosos,
quando lá choram na deserta rua
as cordas vivas dos violões chorosos.
[...]
(A) tendência à morbidez.
(B) lirismo sentimental e intimista.
(C) precisão vocabular e economia verbal.
(D) depuração formal e destaque para a sensualidade
feminina.
(E) registro da realidade através da percepção sensorial
do poeta.
5. INSPER 2012
I
Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via
Que, aos raios do luar iluminada,
Entre as estrelas trêmulas subia
Uma infinita e cintilante escada.
E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cada
Degrau, que o ouro mais límpido vestia,
Mudo e sereno, um anjo a harpa doirada,
Ressoante de súplicas, feria...
Tu, mãe sagrada! vós também, formosas
Ilusões! sonhos meus! Íeis por ela
Como um bando de sombras vaporosas.
72

E, ó meu amor! eu te buscava, quando
Vi que no alto surgias, calma e bela,
O olhar celeste para o meu baixando...
Olavo Bilac,Via-Láctea.
Embora seja identificado como o principal poeta
parnasiano brasileiro, Olavo Bilac, nesse soneto, explora
um aspecto do Romantismo, o qual está explicitado na
seguinte alternativa:
(A) objetividade e racionalismo do eu lírico.
(B) subjetividade numa atmosfera onírica.
(C) forte presença de elementos descritivos.
(D) liberdade de criação e de expressão.
(E) valorização da simplicidade, bucolismo.
6. UCS 2012 O Simbolismo foi um movimento literário
de grande repercussão na produção dos escritores
brasileiros. Nesse período, eles buscaram evocar e sugerir
imagens, explorando as experiências sensoriais.
Leia o fragmento do poema Cárcere das Almas, de Cruz e
Souza, um dos representantes do Simbolismo.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
(TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev.
e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 173.)
Analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das
proposições abaixo, sobre o fragmento do poema.
( ) Nesse fragmento, é possível perceber o estado
onírico, uma das características típicas do período
literário em questão.
( ) O sujeito-lírico deseja a liberdade, buscando
encontrá-la no mundo das aparências.
( ) Ao grafar as palavras Espaço e Pureza em
maiúsculo, o poeta sugere uma personificação das
ideias contidas nesses vocábulos.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os
parênteses de cima para baixo.
(A) V–F–F
(B) V–V–V
(C) F–V–F
(D) V–F–V
(E) F–V–V
7. UNB 2012
Vaso grego
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
Alberto de Oliveira. Poesias completas. In: Crítica. Marco
Aurélio de Mello Reis. Rio de Janeiro: EDUERJ, 197, p.144.
A partir da leitura do soneto Vaso grego, assinale a opção
correta a respeito do tratamento estético conferido aos
mitos antigos pela poética parnasiana.
(A) A recorrência a temas mitológicos atraía o leitor
comum e amenizava os efeitos de distanciamento
impostos a ele pelo rebuscamento da linguagem
parnasiana.
(B) Os mitos antigos são atualizados na poesia parnasiana
e recebem um significado poético novo, que promove
a ruptura efetiva com o passado e a tradição mítica.
(C) O tratamento estético dos mitos gregos na poesia
parnasiana aproxima o antigo mundo mitológico dos
problemas imediatos e concretos da vida social
brasileira.
(D) A presença de elementos da arte e da mitologia
gregas no soneto apresentado está de acordo com
uma máxima do Parnasianismo: a arte pela arte.
8. UPF 2012 Olavo Bilac e Cruz e Sousa estão situados,
respectivamente, nos seguintes períodos literários:
(A) Parnasianismo e Simbolismo
(B) Simbolismo e Parnasianismo
(C) Parnasianismo e Pré-Modernismo
(D) Barroco e Simbolismo
(E) Simbolismo e Pré-Modernismo
9. UEPA 2012 Respirando os ares da modernidade
literária, a estética simbolista revela-se uma reação
artística à referencialidade que violentamente restringe a
palavra poética ao mundo das coisas e conceitos. No
intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo
explora diversos recursos sensoriais a fim de sugerir
mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens escreve
muitos textos que apelam para o símbolo visual, a
imagem, carregado de insinuações de misticismo e morte.
Marque a alternativa cujos versos se relacionam ao
comentário acima.
(A) Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
(B) Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
(C) Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês?
agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
73
 CAPÍTULO IX

(D) Lua eterna que não tiveste fases, 11. G1 - IFSP 2012 No texto II, percebe-se que a
Cintilas branca, imaculada brilhas, narradora entendera o poema de Bilac (texto I) como um
E poeiras de astros nas sandálias trazes... alerta e uma ameaça. O verso/trecho em que ela
(E) Venham as aves agoireiras, visualizou tal perigo foi
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras, (A) Última flor do Lácio, inculta e bela,
Está branca de padre-nossos. (B) És, a um tempo, esplendor e sepultura:
(C) Ouro nativo, que na ganga impura
TEXTOS PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: (D) A bruta mina entre os cascalhos vela
(E) que na ganga impura
Texto I
12. UESC 2011
Língua portuguesa
Olavo Bilac Ah! lilásis de Ângelus harmoniosos,
Neblinas vesperais, crepusculares,
Última flor do Lácio, inculta e bela, Guslas gementes, bandolins saudosos,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Plangências magoadíssimas dos ares...
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela (...) Serenidades etereais d‘incensos,
De salmos evangélicos, sagrados,
Observação: Última flor do Lácio = Lácio é uma região
na Itália central onde se falava latim. Muitas línguas Saltérios, harpas dos Azuis imensos,
derivam do latim, como o francês, o espanhol e o italiano; Névoas de céus espiritualizados.
a última delas foi a língua portuguesa, conforme diz o [...]
poema, que também a caracteriza como inculta, ou seja, É nas horas dos Ângelus, nas horas
não lapidada, em comparação às outras também formadas Do claro-escuro emocional aéreo,
a partir do latim. Que surges, Flor do Sol, entre as sonoras
Ondulações e brumas do Mistério.
Vocabulário
ganga = matéria inútil que se separa dos minerais [...]
vela = permanece de vigia Apareces por sonhos neblinantes
(Olavo Bilac. Tarde. Disponível em: Com requintes de graça e nervosismos,
www.dominiopublico.gov.br. Adaptado) fulgores flavos de festins flamantes,
como a Estrela Polar dos Simbolismos.
Texto II
CRUZ e SOUSA, João da. Broquéis. Obra completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 90.
[…] Fiquei pensando: “Mas o poeta disse sepultura?! O
tal de Lácio eu não sabia onde ficava, mas de sepultura eu Marque V ou F, conforme sejam as afirmativas
entendia bem, disso eu entendia!”, repensei baixando o
verdadeiras ou falsas. Os versos de Cruz e Sousa
olhar para a terra. Se eu escrevia (e já escrevia) pequenos
contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que traduzem a estética simbolista, pois apresentam
esperava por esses meus escritos? Fui falar com meu pai.
[…] Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras, ( ) descrição sintética do mundo imediato.
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer ( ) uso de recursos estilísticos criando imagens
vai pra debaixo da terra, desaparece! sensoriais.
Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. ( ) enfoque de uma realidade transfigurada pelo
Pegou os óculos. O soneto é muito bonito, disse-me
encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de transcendente.
querer renegar a própria língua. Se você chegar a escrever ( ) apreensão de um dado da realidade sugestivamente
bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou alemão, ambígua.
você ficará na nossa língua mesmo, está me ( ) imagens poéticas que tematizam o amor em sua
compreendendo? dimensão física.
(Lygia Fagundes Telles. Durante aquele estranho chá: perdidos e
achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002. p. 109-111. Adaptado) A alternativa que contém a sequência correta, de cima
para baixo, é a
10. G1 - ifsp 2012 No texto I, a palavra sepultura foi
empregada em sentido figurado, correspondente à ideia de (A) FVVVF
(B) VFFVF
(A) continuidade.
(C) VFVVF
(B) localidade.
(C) doença. (D) VFVFF
(D) grandeza. (E) VFVFV
(E) finitude.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 74

 CAPÍTULO IX

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: A sequência correta é:

Ismália (A) F, V, F.
(B) V, V, F.
Quando Ismália enlouqueceu, (C) V, F, F.
Pôs-se na torre a sonhar... (D) F, F, V.
Viu uma lua no céu, (E) V, F, V.
Viu outra lua no mar.
15. UFRGS 1996 Os parnasianos, na virada do século,
No sonho em que se perdeu, notabilizaram-se por
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu, (A) elaborarem poemas de métrica rigorosa nos quais a
Queria descer ao mar... impessoalidade do sujeito lírico permitia a
perspectiva filosofante e a visada descritiva.
E, no desvario seu, (B) denunciarem o autoritarismo da República Velha e as
Na torre pôs-se a cantar... más condições de vida da maioria da população dá
Estava perto do céu, cidade do Rio de Janeiro.
Estava longe do mar... (C) revelarem perícia na elaboração de poemas de quatro
E como um anjo pendeu a seis versos cujos temas principais eram o amor não
As asas para voar... correspondido e as características da natureza
Queria a lua do céu, nacional.
Queria a lua do mar... (D) escreverem longos poemas narrativos em verso livre
misturando mitos greco-latinos e o cotidiano das
As asas que Deus lhe deu modernas metrópoles.
Ruflaram de par em par... (E) recusarem-se a participar da vida política no início da
Sua alma subiu ao céu, República e por retomarem a lírica religiosa de
Seu corpo desceu ao mar... tradição renascentista e barroca.
(Alphonsus de Guimaraens)
16. UEL 1996 Com a poesia parnasiana, passaram a ser
valorizados:
13. INSPER 2011 Relacione o poema Ismália a estes
versos de Carlos Drummond de Andrade: (A) o culto preciosista da forma e o recurso aos padrões
da estética clássica.
Não serei o poeta de um mundo caduco. (B) a expressão espontânea dos sentimentos e o idealismo
Também não cantarei o mundo futuro. nacionalista.
Estou preso à vida e olho meus companheiros. (C) os obscuros jogos de palavras e o sentimento de culpa
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. religioso.
Entre eles, considere a enorme realidade. (D) a expressão em versos brancos e os detalhes
O presente é tão grande, não nos afastemos. concretos da vida cotidiana.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas (E) as paisagens de natureza melancólica e o estilo grave
das confissões.
É correto afirmar que
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
(A) ambos colocam em destaque o tema da loucura.
(B) apenas os versos de Drummond apresentam a ideia AS POMBAS
do esvaziamento do “eu”.
(C) os poemas se opõem, já que Drummond propõe uma Vai-se a primeira pomba despertada...
poesia ligada à realidade. Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
(D) ambos retratam a angústia dos seres incompreendidos De pombas vão-se dos pombais, apenas
pelos seus companheiros. Raia sanguínea e fresca a madrugada
(E) apenas em Ismália é possível identificar o desejo de
um futuro melhor. E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas
14. INSPER 2011 Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) Ruflando as asas, sacudindo as penas,
para as afirmações que seguem. Voltam todas em bando e em revoada...
( ) Os temas centrais desse poema, bem marcados
nas duas primeiras estrofes, são o amor e a Também dos corações onde abotoam,
saudade. Os sonhos, um por um, céleres voam
( ) Um dos mais significativos poemas simbolistas, Como voam as pombas dos pombais;
Ismália aborda a dualidade entre corpo e alma.
( ) A partir de um jogo intertextual, o poema de No azul da adolescência as asas soltam,
Alphonsus de Guimaraens parodia o drama de Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam
Narciso diante do espelho. E eles aos corações não voltam mais...
(Raimundo Correia)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 75
 CAPÍTULO IX

17. FAAP 1997 Este poema de Raimundo Correia GABARITO

espelham dois tipos de assunto: o .................. em que a
natureza nos aparece com uma fidelidade absolutamente 1. B
O ideário Simbolista busca a sugestão inclusive por meio
realista, sem interferência do poeta que apenas nos
da sonoridade; para tanto, é constante o uso de
transporta para um quadro profundamente colorido e assonâncias e aliterações, o que não é considerado um
sonoro e o .................. , mostrando-nos o homem vencido demérito do texto.
pelo destino.
2. C
(A) árcade / socialista No primeiro verso do excerto do poema, as vírgulas foram
(B) paisagista / coletivista usadas para separar orações coordenadas assindéticas, da
mesma forma que na frase “Acendeu um cigarro, cruzou
(C) místico / filosófico
as pernas, estalou as unhas”, transcrita em [C].
(D) pastoril / marxista
(E) descritivo / psicológico 3. A
No soneto “Mal secreto”, de Raimundo Correia, o eu
18. FAAP 1997 A estrutura ordenada do poema nos lírico expressa a sensação de que o comportamento social
revela: do indivíduo pode dissimular as agruras de uma vida
penosa que não quer revelar a ninguém. Na última estrofe,
os versos “Quanta gente que ri, talvez, consigo/guarda um
(A) liberdade formal
atroz, recôndito inimigo” explicam que o indivíduo age
(B) rigorismo formal muitas vezes de forma dissimulada para ser socialmente
(C) abundância de versos alexandrinos aceito, como se afirma em [A].
(D) desprezo pela pontuação tradicional
(E) linguagem coloquial 4. E
O poema de Cruz e Sousa pertence ao Simbolismo,
movimento literário do fim do século XIX que buscava
19. PUCMG 1997 "Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
representar em versos uma visão subjetiva, simbólica e
Casualmente, uma vez, de um perfumado espiritual do mundo, adotando novas formas de
Contador sobre o mármor luzidio, expressão, traduzindo as impressões em símbolos
Entre um leque e o começo de um bordado." sensoriais. No poema, a percepção se dá dos sons
O trecho do poema anterior é parnasiano. Ele revela um evocados pelas palavras, como em “anseio dos momentos
poeta: mais saudosos”, em que o som sibilante do “s” se destaca.

5. B
(A) distanciado da realidade.
Sonho, devaneio provocado pelo uso da imaginação,
(B) engajado. emotividade, preferência pelo ambiente noturno,
(C) crítico. referência a imagens estelares e subjetividade expressa
(D) irônico. pelos pronomes “eu”, “meu”, assim como pelos sujeitos
(E) informal. elípticos de verbos conjugados na primeira pessoa do
singular, caracterizam os poemas de “Via-Láctea” de
20. UPF 2019 Sobre o Simbolismo e os poetas surgidos Olavo Bilac, fiel aos princípios parnasianos no aspecto
formal, mas sensível aos preceitos do Romantismo no
nesse momento no Brasil, apenas é correto afirmar que
conteúdo. Assim, é correta a opção [B].

(A) na literatura europeia, o simbolismo não exerceu a 6. D

função relevante que o distinguiu no Brasil.
(B) os poetas simbolistas brasileiros não investem na
sonoridade como forma de provocar sensações.
(C) a imagem, recurso empregado com frequência na
poesia brasileira de outros períodos, está ausente nos
versos dos simbolistas.
(D) a originalidade de Augusto dos Anjos não dificulta
sua inserção no Simbolismo, uma vez que o poeta em
nada se aproxima de outras tendências e estilos de
época.
(E) destacam-se, entre os simbolistas brasileiros, Cruz e
Souza e Alphonsus de Guimaraens.
É incorreta a segunda afirmação, pois o eu lírico busca a
liberdade no mundo das essências e não das aparências.
Segundo a ontologia platônica, existe uma divisão do
mundo: o sensível, da aparência e o inteligível, da
essência verdadeira.
7. D
É incorreto o que se afirma em [A], [B] e [C], pois:
Em [A], o rebuscamento da linguagem e o uso de temas
da mitologia grega e da cultura clássica distanciavam
ainda mais o leitor comum da estética parnasiana.
Em [B], o Parnasianismo recorre à Antiguidade Clássica,
a fim de se distanciar dos excessos do Barroco e recuperar
a finalidade estética a que deveria estar subordinada a
poesia. A temática abordada pelos parnasianos recupera

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 76


temas da antiguidade clássica, características de sua
história e sua mitologia, a fim de consolidar os ideais de
“arte pela arte” no final do século XIX.
Em [C], os problemas do cotidiano são tema constante do
Modernismo brasileiro, movimento de ruptura com
estéticas conservadoras, preferidas pelos parnasianos.
8. A
Olavo Bilac é considerado o mais importante dos poetas
parnasianos brasileiros, e Cruz e Sousa, cuja poesia é
marcada pela musicalidade, espiritualidade,
individualismo e sensualismo, está vinculado ao
Simbolismo.
9. E
Os versos são altamente visuais, com imagens que aludem
ao misticismo e a morte (as “aves agoirentas”, a alma
“cheia de caveiras”). O uso das cores é outro recurso
típico da estética simbolista que está explícito nos versos
em questão, em que se sobressai a cor branca (“ossos”,
“caveira”, “branca”).
10. E
A palavra sepultura foi empregada em sentido figurado,
correspondente à ideia de finitude, como referência ao
desuso do latim.
11. B
A narradora manifesta estranheza perante a palavra
“sepultura”,comumente associada à imagem negativa da
morte, que foi usada no verso para caracterizar a língua
portuguesa ( “És, a um tempo, esplendor e sepultura”).
Desconhecia o seu significado metafórico, o latim que ia
caindo em desuso, em contraste com a nova língua latina
que começava a surgir (“esplendor”) e se expandia em
território português.
12. A
O poeta usa recursos sonoros como aliterações (“lilásis de
Ângelus”), assonâncias sugestivas (“gementes, bandolins
saudosos,/ Plangências”) tornando os versos musicais e
expressivos. Explora o inconsciente através de símbolos
e sugestões e dá preferência ao mundo invisível
(“Neblinas vesperais, crepusculares”, “sonhos
neblinantes”). A linguagem é evocadora, plena de
elementos sensoriais: som (“Saltérios, harpas”), luz
(“fulgores flavos de festins flamantes”) e cor (“Azuis
imensos”, “horas/Do claro-escuro emocional aéreo”). O
emprego de palavras raras (“gusla”, “saltério”) e o
vocabulário litúrgico (“salmos evangélicos, sagrados”)
sugerem o ambiente místico de uma realidade
sugestivamente ambígua, impedindo a lógica e a razão.
Assim, são falsas a primeira e a última afirmações.
gusla- espécie de rabeca, de uma só corda, usada pelos
orientais.
saltério- instrumento musical medieval.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
13. C
Enquanto que em “Ismália”, de Alphonsus de
Guimaraens, se percebe a insanidade da figura feminina,
dividida entre a realidade e o sonho, absolutamente
incapaz de se harmonizar com o mundo que a rodeia, em
“Mãos Dadas”, de Carlos Drummond de Andrade, o eu
lírico rejeita o pessimismo decadentista e o escapismo
romântico (“Não serei o poeta de um mundo caduco./
Também não cantarei o mundo futuro.”) para se
preocupar com os problemas do presente e dar prioridade
aos temas sociais (“Estou preso à vida e olho meus
companheiros”).
14. A
São inadequadas a primeira e a última afirmações, pois o
tema central do poema é a dualidade corpórea e espiritual,
expressa nas antíteses “céu” X “mar”, “subir” X “descer”,
“perto” X “longe” e não o fascínio pela própria imagem a
que remete o drama de Narciso. Assim, é correta a opção
[A]: F,V,F.
15. A
16. A
17. E
18. B
19. A
20. E
Ao contrário do que aconteceu na Europa, onde o
Simbolismo contou com maior destaque em relação ao
Parnasianismo, no Brasil o movimento ficou à sombra da
poesia parnasiana, que ganhou a simpatia das camadas
mais cultas do país. Respeitando uma das características
principais do Simbolismo, os poetas simbolistas
brasileiros usam frequentemente um estilo altamente
sugestivo e metafórico com abundantes figuras sonoras,
maiúsculas alegorizantes com a finalidade de absolutizar
a palavra e ampliar a sua significação, produzindo
imagens vagas, difusas, até mesmo sem nexo, mas que
aos poucos vão sendo decodificadas, como forma de
provocar sensações. Entre os simbolistas brasileiros, de
que são expoentes máximos Cruz e Souza e Alphonsus de
Guimaraens, Augusto dos Anjos apresenta dificuldade de
classificação, já que que oscila entre o Simbolismo,
Parnasianismo, Romantismo, Cientificismo, com
antecipações até do Surrealismo. Assim, apenas é correta
a opção [E].
77
 CAPÍTULO IX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 78


CAPÍTULO X - PRÉ-MODERNISMO - RESUMO
Período: século XX (de 1902 a 1922)
Contexto Histórico: Revolução Industrial – Brasil
Republicano – Imigração
“Europeização” do Brasil – Transformações dos
espaços urbanos
Contrastes sociais: riqueza da borracha e a do café e
pobreza das favelas
Frase-chavão: Multiplicidade de foco e de interesses
Palavra-chave: TRANSIÇÃO
Característica Marcante: A intenção de revelar o
verdadeiro Brasil para os brasileiros
Outras Características:
Conservação de algumas tendências das estéticas da
segunda metade do século XIX (Realismo,
Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo) e
antecipação de outras que serão aprofundadas pelo
Modernismo, daí:
- objetividade
- interesse pela realidade imediata
- contemporaneidade
- linguagem aproximada dos textos jornalísticos e mais
brasileira
- interesse pelas camadas sociais emergentes e sem
privilégios
- tipificação de personagens: funcionário público,
caboclos e imigrantes
Temas Constantes:
- realidades sociais urbanas e interioranas
- denúncias dos problemas nacionais
Autores Representativos:
- Euclides da Cunha – o aproximador entre a literatura e a
história
- Lima Barreto – o cronista dos subúrbios cariocas / o
denunciador do preconceito o crítico do nacionalismo
quixotesco
- Monteiro Lobato – o desmistificador do personagem
idealizado / o denunciador dos males da vida no interior
- Augusto dos Anjos – o poeta da angústia e do
pessimismo
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
TEXTOS MARCANTES
Texto I
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
(Augusto dos Anjos)
Texto II
O sertanejo
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o
raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do
litoral.
A aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela
o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno,
a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo,
reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar
sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso,
aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-
o a postura normalmente abatida, num manifestar-se de
displicência que lhe dá um caráter de humildade
deprimente. A pé, quando parado, recosta-se
invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que
encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas
palavras com um conhecido, cai logo sobre os estribos,
descansando sobre a espenda da sela. Caminhando,
mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e
firme. Avança celeremente, num bambolear característico,
de que parecem ser o traço geométrico os meandros das
trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais
vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar
ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o termo -
de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de
equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso
pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os
calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e
adorável.”
(Os Sertões – O Homem / Euclides da Cunha)
79

Exercícios
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto,
o aspecto tranquilo e satisfeito de quem se julga bem com
a sua sorte.
A casa erguia-se sobre um socalco, uma espécie de
degrau, formando a subida para a maior altura de uma
pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, por
entre os bambus da cerca, olhava uma planície a morrer
nas montanhas que se viam ao longe; um regato de águas
paradas e sujas cortava-as paralelamente à testada da casa;
mais adiante, o trem passava vincando a planície com a
fita clara de sua linha campinada [...].
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São
Paulo: Penguin& Companhia das Letras. p.175.
1. UEG 2013 Com relação ao tempo narrativo, nota-se
que a utilização do pretérito imperfeito
(A) aproxima o material narrado do universo
contemporâneo do leitor.
(B) confere ao texto um caráter dual, que oscila entre o
lírico e o metafórico.
(C) faz com que o tempo da narrativa se distancie, até
certo ponto, do tempo do leitor.
(D) torna o texto mais denso de significação, na medida
em que institui lacunas temporais.
2. UEG 2013 No excerto, narração e descrição
(A) são elaboradas com a finalidade de conferir mais
agilidade e maior dinamismo à trama do romance.
(B) são elaboradas de modo que uma se sobrepõe à outra,
o que faz decair a qualidade estética do texto.
(C) se configuram para melhor caracterizar a atmosfera
pessimista e sombria do espaço da narrativa.
(D) se entrelaçam para melhor situar o leitor diante dos
eventos que compõem o enredo.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Apóstrofe à carne
Quando eu pego nas carnes do meu rosto,
Pressinto o fim da orgânica batalha:
– Olhos que o húmus necrófago estraçalha,
Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto.
E o Homem – negro e heteróclito composto,
Onde a alva flama psíquica trabalha,
Desagrega-se e deixa na mortalha
O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!
Carne, feixe de mônadas bastardas,
Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas,
A dardejar relampejantes brilhos,
Dói-me ver, muito embora a alma te acenda,
Em tua podridão a herança horrenda,
Que eu tenho de deixar para os meus filhos!
(Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994.)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
3. UNIFESP 2013 No soneto de Augusto dos Anjos, é
evidente
(A) a visão pessimista de um “eu” cindido, que desiste de
conhecer-se, pelo medo de constatar o já sabido de
sua condição humana transitória.
(B) o transcendentalismo, uma vez que o “eu”
desintegrado objetiva alçar voos e romper com um
projeto de vida marcado pelo pessimismo e pela
tortura existencial.
(C) a recorrência a ideias deterministas que impulsionam
o “eu” a superar seus conflitos, rompendo um ciclo
que naturalmente lhe é imposto.
(D) a vontade de se conhecer e mudar o mundo em que se
vive, o que só pode ser alcançado quando se
abandona a desintegração psíquica e se parte para o
equilíbrio do “eu”.
(E) o uso de conceitos advindos do cientificismo do
século XIX, por meio dos quais o poeta mergulha no
“eu”, buscando assim explorar seu ser biológico e
metafísico.
4. UNIFESP 2013 No plano formal, o poema é marcado
por
(A) versos brancos, linguagem obscena, rupturas
sintáticas.
(B) vocabulário seleto, rimas raras, aliterações.
(C) vocabulário antilírico, redondilhas, assonâncias.
(D) assonâncias, versos decassílabos, versos sem rimas.
(E) versos livres, rimas intercaladas, inversões sintáticas.
5. UFRN 2012 Parte do capítulo IX (“Transição”), de
Memórias Póstumas de Brás Cubas:
E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a
maior transição deste livro. Vejam: o meu delírio
começou em presença de Virgília; Virgília foi meu grão
pecado da juventude; não há juventude sem meninice;
meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos
nós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que
nasci. Viram? Nenhuma juntura aparente, nada que divirta
a atenção pausada do leitor: nada.
(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São
Paulo: Ática, 2000.)
Trecho do conto “O fisco (conto de Natal)”, publicado em
1921 e integrante do livro Negrinha, de Monteiro Lobato:
Súbito, viu um homem de boné caminhando para o seu
lado. Olhou-lhe para as botinas. Sujas. Viria engraxar,
com certeza – e o coração bateu-lhe apressado, no tumulto
delicioso da estreia. Encarou o homem já a cinco passos e
sorriu com infinita ternura nos olhos, num agradecimento
antecipado em que havia tesouros de gratidão.
Mas em vez de espichar o pé, o homem rosnou aquela
terrível interpelação inicial:
– Então, cachorrinho, que é da licença?
(LOBATO, Monteiro. Negrinha. São Paulo: Globo, 2008, p. 71)
Da leitura comparada do romance Memórias Póstumas de
Brás Cubas, de Machado de Assis, e do conto “O fisco”,
de Monteiro Lobato, pode-se afirmar que,
80

(A) tanto no romance quanto no conto, a crítica social
dirige-se principalmente à hipocrisia da burguesia.
(B) no romance, a crítica social dirige-se à hipocrisia da
burguesia; no conto, à opressão do poder público aos
desvalidos.
(C) tanto no romance quanto no conto, a crítica social
dirige-se principalmente à opressão do poder público
aos desvalidos.
(D) no romance, a crítica social dirige-se à opressão do
poder público aos desvalidos; no conto, dirige-se à
hipocrisia da burguesia.
6. UFRN 2012 (adaptado) Considere o trecho do conto
“O fisco (conto de Natal)”
O trecho em destaque apresenta um episódio ocorrido em
um parque. No contexto da narrativa, a cena ilustra:
(A) um confronto entre a autoridade constituída e o
menino que insiste na desobediência à lei.
(B) um encontro amigável entre o menino engraxate e um
cliente.
(C) uma conversa amistosa entre as personagens, de
posições sociais distintas.
(D) uma relação de desigualdade entre as personagens,
determinada pela força repressiva.
7. ENEM 2012 Desde dezoito anos que o tal patriotismo
lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar
inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes?
Pois que fossem... Em que lhe contribuía para a felicidade
saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O
importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não.
Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas
tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma
uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa,
o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a
agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não
era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E,
quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que
achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente?
Pois ele a viu combater como feras? Pois não a via matar
prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era
uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de
decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma
criado por ele no silêncio de seu gabinete.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível
em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima
Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado,
a reação do personagem aos desdobramentos de suas
iniciativas patrióticas evidencia que
(A) A dedicação de Policarpo Quaresma ao
conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais
ampla do país.
(B) A curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o
ao ideal de prosperidade e democracia que o
personagem encontra no contexto republicano.
(C) A construção de uma pátria a partir de elementos
míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do
solo e a pureza linguística, conduz à frustração
ideológica.
(D) A propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio,
justifica a reação de decepção e desistência de
Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em
seu gabinete.
(E) A certeza da fertilidade da terra e da produção
agrícola incondicional faz parte de um projeto
ideológico salvacionista, tal como foi difundido na
época do autor.
8. UFPR 2012 Considerando os contos de Urupês, de
Monteiro Lobato, e o romance Inocência, de Visconde de
Taunay, assinale a alternativa correta.
(A) Inacinho, do conto “Pollice Verso”, é pior
profissional do que Cirino, de Inocência. Embora o
primeiro tenha se formado em medicina, ele é
descrito de maneira mais caricata e sarcástica que
Cirino, que não se formou. O vocabulário sofisticado
de Inacinho impressiona os itaoquenses, mas a
qualidade de sua atuação é desmerecida pelo
narrador, que evidencia suas falhas de formação e de
caráter.
(B) Assim como Inocência, Zilda (de “O comprador de
fazendas”) e Pingo d’Água (de “A colcha de
retalhos”) evidenciam a tentativa dos dois autores de
caracterizar a vida da mulher brasileira do interior,
representando literariamente a submissão da filha à
autoridade paterna, o casamento como escolha dos
pais e o analfabetismo feminino.
(C) No conto “O mata-pau”, um homem das cidades
aprende sobre a flora sertaneja com seu camarada,
que tanto lhe tira dúvidas com relação à vegetação
avistada quanto lhe conta histórias sobre os
habitantes do lugar. É semelhante a essa a relação
entre o naturalista Meyer e seu camarada, também
um sertanejo contador de causos.
(D) A desconfiança que cerca o monstruoso Bocatorta
(do conto homônimo) quanto às profanações de
sepulturas, e que é anunciada no medo que Cristina
sente, é semelhante à desconfiança que ronda o anão
Tico, que nutre uma paixão doentia por Inocência,
sentimento que ele dissimula como se quisesse
protegê-la.
(E) O sertanejo de Lobato é semelhante ao de Taunay
sobretudo no que diz respeito a esta caracterização:
“O legítimo sertanejo, explorador dos desertos, não
tem, em geral, família. Enquanto moço, seu fim único
é devassar terras, pisar campos onde ninguém antes
pusera o pé, vadear rios desconhecidos, despontar
cabeceiras e furar matas, que descobridor algum até
então haja varado” (Inocência, capítulo 1).
81

9. CESGRANRIO 1992 Ao longo da literatura
brasileira, percebe-se, de forma recorrente, a tematização
da paisagem/realidade local. Tendo em vista a produção
literária do século XX, assinale a opção em que a
tendência indicada para cada período apresentado a seguir
NÃO esteja correta:
(A) Na fase Pré-Modernista, no início do século, uma
literatura frívola, com atmosfera "Belle Époque",
convive com outra, voltada para problemas regionais.
(B) Na primeira fase do Modernismo, há o registro da
vida das grandes cidades, com destaque para São
Paulo, por influência do grupo paulista.
(C) No período do Neo-Simbolismo de 30, acentua-se a
observação da realidade externa, em detrimento da
interna.
(D) Nos anos 40, o amadurecimento da renovação
temática e a busca de naturalidade da linguagem
ficcional dão nova feição ao regionalismo.
(E) Na década de 70, nota-se uma pluralidade de
tendências, indo desde a alegoria e o fantástico ao
ultra-realismo e à literatura-verdade (romance-
reportagem, por exemplo).
10. FEI 1994 Leia com atenção:
"Data de 1915 a publicação de "Triste Fim de Policarpo
Quaresma", romance de grande densidade critica e
carregado de uma visão agressiva e realista que, entre
outras coisas, retrata a vida no subúrbio carioca, através
de uma linguagem rica de comunicações e de recursos
expressivos".
O autor desse romance é:
(A) Monteiro Lobato (B) Euclides da Cunha
(C) Graça Aranha (D) Alcântara Machado
(E) Lima Barreto
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha
ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da
miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito,
no intuito de contribuir para a sua felicidade e
prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua
virilidade também; e, agora que estava na velhice, como
ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o
condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de
gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não
pandegara, não amara - todo esse lado da existência que
parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não
vira, ele não provara, ele não experimentara.
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e
por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe
importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em
que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos
heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele
tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas
de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas...
Restava disso tudo em sua alma uma satisfação?
Nenhuma! Nenhuma!
Lima Barreto
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
11. PUCSP 1995 O autor do trecho acima é Lima
Barreto. Suas obras integram o período literário chamado
Pré-Modernismo. Tal designação para este período se
justifica, porque ele:
(A) desenvolve temas do nacionalismo e se liga às
vanguardas europeias.
(B) engloba toda a produção literária que se fez antes do
modernismo.
(C) antecipa temática e formalmente as manifestações
Modernistas.
(D) se preocupa com o estudo das raças e das culturas
formadoras do nordestino brasileiro.
(E) prepara pela irreverência de sua linguagem as
conquistas estilísticas do Modernismo.
12. PUCSP 1995 O trecho acima pertence ao romance O
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, de Lima
Barreto. Da personagem que dá título ao romance,
podemos afirmar que:
(A) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou
com afinco as coisas brasileiras.
(B) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado
com a realidade brasileira.
(C) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida
toda e foi condenado à morte justamente pelos
valores que defendia.
(D) foi considerado traidor da pátria, porque participou
da conspiração contra Floriano Peixoto.
(E) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas
pessoas que o cercavam.
13. UNITAU 1995 "Só ele não fala, não canta, não ri,
não ama.
Só ele, no meio de tanta vida, não vive. "
Os comentários acima são endereçados, por Monteiro
Lobato,
(A) ao nordestino. (B) ao menor.
(C) ao sertão. (D) ao caboclo.
(E) ao paulistano.
14. MACKENZIE 1996 "Às vezes se dá ao luxo de um
banquinho de três pernas - para os hóspedes. Três pernas
permitem o equilíbrio, inútil, portanto, meter a quarta, que
ainda o obrigaria a nivelar o chão. Para que assentos, se a
natureza os dotou de sólidos, rachados calcanhares sobre
os quais se sentam?"
O trecho anterior é claramente representativo da obra de:
(A) Lima Barreto.
(B) Augusto dos Anjos.
(C) Euclides da Cunha.
(D) Aluísio de Azevedo.
(E) Monteiro Lobato.
15. MACKENZIE 1996 "Caso raro: fazendo uma poesia
formalmente trabalhada, elaborado em linguagem
cientificista-naturalista, atingiu uma popularidade acima
das expectativas, em função de seu pessimismo, sua
82

angústia em face de problemas pessoais e das incertezas
do novo século que despontava."
O autor a que se refere o trecho acima é considerado um:
(A) romântico.
(B) pré-modernista.
(C) modernista.
(D) barroco.
(E) parnasiano.
16. UFRGS 1996 Considere as seguintes afirmações
sobre OS SERTÕES, de Euclides da Cunha.
I. Nas duas primeiras partes do livro, o autor descreve,
respectivamente, o homem e o meio ambiente que
constituíam o sertão baiano, valendo-se, para tanto,
das teorias científicas desenvolvidas na época.
II. Ao descrever os sertanejos, o autor idealiza suas
qualidades morais e físicas e conclui que seu
heroísmo era resultado da fé nos ensinamentos
religiosos do líder Antônio Conselheiro.
III. O autor descreve, na terceira parte do livro, as várias
etapas da guerra de Canudos e denuncia o massacre
dos sertanejos pelas tropas do exército brasileiro,
revelando a miséria e subdesenvolvimento da região.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas II.
(C) Apenas III. (D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.
17. UEL 1996 Nas duas primeiras décadas de nosso
século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto,
tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
(A) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e
idealizante.
(B) a adoção da linguagem coloquial das camadas
populares do sertão.
(C) a expressão de aspectos até então negligenciados da
realidade brasileira.
(D) a prática de um experimentalismo linguístico radical.
(E) o estilo conservador do antigo regionalismo
romântico.
18. UEL 1997 Inspirado no determinismo mais rígido,
em moda no seu tempo, o autor procura mostrar que
aqueles sertanejos não eram culpados como criminosos,
mas que foram produto inevitável de um conjunto de
fatores geográficos, raciais e históricos. Nada mais natural
que se unissem em torno de seu profeta e por ele
morressem, defendendo casa a casa o estranho arraial.
O trecho anterior está-se referindo à obra que consagrou
(A) Olavo Bilac.
(B) Euclides da Cunha.
(C) Lima Barreto.
(D) Augusto dos Anjos.
(E) Raul Pompéia.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
GABARITO
1. C
Ao usar o pretérito imperfeito do indicativo, o narrador
acrescenta forte carga subjetiva à descrição da paisagem
como se a cena, embora esbatida, ainda estivesse presente
na sua memória. Este procedimento transmite o momento
da percepção e o fluxo de sensações vivenciadas pelo
narrador, o que distancia o tempo da narrativa do tempo
do leitor, como se afirma em [C].
2. D
O romance “Triste fim de Policarpo Quaresma” é narrado
em terceira pessoa, conta as agruras da vida de Policarpo
no período que se segue à Proclamação da República no
Brasil, com detalhes descritivos que permitem analisar
sociologicamente esse momento. O tempo da narrativa é
cronológico, pois os fatos são apresentados em sua
sequência temporal e as descrições são permeadas de
subjetividade de maneira a refletir a hipocrisia social que
Lima Barreto pretendia criticar, como se refere na opção
[D].
3. E
A predominância de verbos e pronomes em primeira
pessoa (“pego”, “pressinto”, “tenho”, “eu”, “meu”, “me”,
“meus”) demonstra que Augusto dos Anjos parte de uma
análise introspectiva para expressar angústia pelas
fatalidades de leis físicas e biológicas que regem o ser
humano, segundo os conceitos advindos do cientificismo
do século XIX (“E o Homem… / Desagrega-se e deixa na
mortalha / O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!”).
Assim, é correta a opção [E].
4. B
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois em
[A] os versos apresentam rima, vocabulário pouco usual
no cotidiano e perfeito encadeamento lógico;
[C] os versos são decassilábicos e têm conteúdo lírico,
pois o enunciador fala de seus sentimentos e emoções;
[D] e [E] enquanto que os versos livres são autônomos em
relação a esquemas métricos, as do poema de Augusto dos
Anjos são rimados, com esquema ABBA ABBA CCD
EED.
Assim, é correta a opção [B], pois, além de métrica rígida,
o poeta usa aliterações (“Diafragmas, decompondo-se”, “
flâmeofogo efêmero”) e rimas raras (“rosto”, “sol-posto”).
5. B
É correto o que se afirma em [B], pois em “Memórias
póstumas de Brás Cubas” a crítica dirige-se sobretudo à
hipocrisia social, enquanto que no conto “O fisco”
predomina a denúncia da opressão do poder público aos
desvalidos.
6. D
É evidente, no contexto, a relação de desigualdade entre o
menino engraxate e a autoridade que o interpela
desdenhosamente (“Então, cachorrinho”) e lhe exige
autorização legal para continuar trabalhando.
83
 CAPÍTULO X

7. C
É correta a opção [C], pois o fragmento destacado é 9. C
revelador de reflexões amargas e da desilusão de
Policarpo sobre os três projetos (linguístico, agrícola e 10. E
político) que havia idealizado para ao Brasil e não tinham
dado certo. Ridicularizado por todos e acusado de traição 11. C
à pátria, tem consciência de que o país que sonhara nada
tinha a ver com a realidade que o cercava e todos os seus 12. C
esforços haviam sido inúteis e ingênuos.
13. D
8. A
As afirmativas [B], [C], [D] e [E] são incorretas, pois: 14. E

Em [B], apenas Inocência é submissa e vítima impotente 15. B

da autoridade paterna;
Em [C], o ajudante de Meyer é do Rio de Janeiro e não 16. D
poderia, por isso, ser conhecedor de causos daquela
região; 17. C
Em [D], Tico não revela paixão por Inocência;
Em [E], o sertanejo de Lobato tem inúmeros filhos e era 18. B
visto pelas pessoas como preguiçoso e alcoólatra.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 84

 INGLÊS

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 85

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 86

CAPÍTULO IX - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Text I
WORKING WOMEN
Today´s American Woman is in most cases a working
woman. She has a life that is rewarding , satisfying and fast-
paced, but can also be hectic sometimes and a little
overwhelming .
To keep her life both at home and the work place running in a
smooth , effective manner , organization must play a key role
in her daily routine . Now , don´t get me wrong. She doesn´t
carry a checklist with her throughout day, but a little planning
ahead can make things a run a lot smoother.
Today´s American women are choosing to marry and have
children later in life then they did ten years ago. The twenties
to early thirties could be considered the norm at present .
Education plays a large part in this decision. Women are
attending colleges, finding their place in the professional
world and are rewarded with a sense of accomplishment. The
personal aspects of marriage and childbearing add to that
feeling.
Many American working women are working mothers too.
Some may work for financial reasons , _______1__may
choose to continue along the business and professional paths
for their own individual reasons. Whatever the reason, this is
where both a supportive husband and the organization
mentioned earlier have a large effect on the way working and
being a mother at the same time is handled.
Husbands today are taking a _____2___more active role in
child rearing than in the past and are also sharing many of the
household duties.
The find they are experiencing stronger and closer
relationships with their children while at the same time
helping their wives can also contribute to the family structure.
With the opportunities available to today´s American woman
she can be as bright as she wants , go far as she wants and
continue along her _______3 career as long as she
___4_____.
There are many options open to her today , but each woman
must decide how to find the yellow brick road that will lead
to her specific needs and dreams.
EXERCISES
1. Complete the gaps 1 and 2 according to the text :
(A) another \ a lot
(B) other \ a lot of
(C) others \ too much
(D) others \ much
(E) other \ much
2. Complete the gaps 3 and 4 :
(A) choosen \ want
(B) choose \ want
(C) chosen \ wants
(D) chose \ wants
(E) has choosen \ wants
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
3. According to the passage , circle the alternative that best
fits in the blanks :
Working women have proved to have admirable vigor in their
___________ life.
(A) reward (B) hectic
(C) smooth (D) sulky
4. Even staying out of home most of the time , children are
not neglected because their mothers are very concerned about
their ______________.
(A) rearing
(B) duty
(C) accomplishment
(D) path
5. In order to be better as professionals , working women must
also __________ several special courses , even if they are
already have a university degree.
(A) handle
(B) add to
(C) attend
(D) mention
6. Because working mothers have been far more absent from
home today than in the past , husbands are also supposed to
be __________ too.
(A) sulkier
(B) macho
(C) more appealing
(D) more considerate
Text II
¨ When a man dies , it´s as if a whole library burns down ¨
( old AFrican Proverb)
If you read so far , keep reading . For education. Because
education in the only road we can all take to get ahead .
Education is everything in life. When you say ¨good
morning¨, it´s education. When you learn to read or fly , it´s
an education . When you plant a tree or stop polluting rivers
and seas. It´s education . When you pass by a museum , a
theater , a church or a historic place and realize what they
mean , it´s education. Education is the most important heritage
you can have. For education , is not just learn how to read and
write . It is when you learn about your own country and about
the world . And as you do , also learn about yourself. It´s much
more than that : Education is when everybod y learns about
everybody . Education is when 165 million people ask who
we are and where we are going . And when we discover the
magic and power of the answers. With education we have
much more than a country. We have a nation. And when a
human being is born , it´s as if a whole library began to be
built. It´s a never -end process . A process called future.
Education is everything.
¨ Education is what which remains when one has forgotten
everything he learned in school .
( Albert Einstein )
87
 CAPÍTULO IX

7. When a man dies , it´s as if a whole library burns down, 10. When a human being is born , it´s as if a whole library
means : began to be built…
(A) the knowledge and information amassed during a man´s (A) No matter if that child will ever be educated.
life never ends. (B) And education has nothing to do with that .
(B) fire can cause both the death of a man and the end of a (C) But only if education prevails.
library. (D) but only after that child decides to get ahead.
(C) the knowledge and information gradually collected by a (E) Even when ignorance prevails.
man dies with him.
(D) every man´s death means one less in the library than can
be used. GABARITO
(E) everything a man learns in life is passed down
1. D
8. When you plant a tree or stop polluting rivers and seas , 2. C
you´re : 3. B
(A) affecting the environment in a harmful day. 4. A
(B) spoiling something valuable. 5. C
(C) taking care of the environment . 6. D
(D) preventing the forests from being cut down. 7. C
(E) contributing to deforestation. 8. C
9. B
9. Museums , theaters , churches and historic places reflect the 10. D
__________ of a particular society.
(A) current affairs
(B) culture
(C) main motto
(D) technology
(E) safety

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 88


CAPÍTULO X - DEGREES OF COMPARISON
1) Comparative Forms . Equality .
As......…As (affirmative sentences)
so....…as ou
as…as (negative sentences)
a- Marcos is as impulsive as her niece.
b- Tom is not so polite as his nephew.
c- Charles is not as anxious as her parents.
OBS: O ADJETIVO NÃO MUDA .
2) Inferiority -
OBS : O ADJETIVO NÃO MUDA
Eg.; less......than - Usaremos LESS THAN - quando
houver substantivos incontáveis ou adjetivos.
a- Ben is less curious than his friends.
b- Alex is less smart than his cousin.
c- I have less money today .
d- I have less time than you to orgazine my things and yet
you always complain ( that ) you never have time to do
certain things.
3) Superiority
Eg.: USAREMOS ER + THAN… (quando o adjetivo
não for longo) / More than...(quando o adjetivo for
longo)
a- Diana is taller than me . ( se ela for muito mais alta do
que eu , caso queira enfatizar poderemos usar : Diana is
much taller than me )
b- Peter is shorter than her.
c- I´m more creative than my best friend. ( no caso de ênfase
, I´m much more creative than my best friend )
d- Renato is more patient than his grandfather.
OBS. OBSERVE SE O ADJETIVO FOR CURTO,
NESSE CASO ELE MUDARÁ , CASO CONTRÁRIO
USAREMOS : MORE .....(ADJ) THAN.
3.1 ) Quando o adjetivo terminar em Y precedido de vogal ,
acrescenta-se IER + THAN.
Eg.: funny- funnier/easy-easier...
a- Tony is uglier than me.
b- They are happier than their parents.
c- English is much easier than Portuguese.
3.2) Quando o adjetivo for CVC acrescenta-se a última
consoante + ER + THAN
Eg.; big/bigger / hot/hotter...
a- That woman is fatter than that teenager. ( ou That woman
is much fatter than that teenager )
OBSERVAÇÂO :
Good \ better than \ the best
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
Marilia Gabriela is a good interviewer on tv.
Jô is better than her ou no caso de ênfase : Jô is much better
than her.
Tijuca is a good neigborhood to live.
Ipanema is much better to live.
Urca is the best place to live .
Bad \ worse than \ the worst
La Mole is a bad place to eat anything .
Norte Shopping is worse than Rio Design .
Madureira Shopping is much worse than Norte Shopping.
Madureira Shopping is the worst shopping in my opinion.
4) Superlative Forms. Teremos o de inferioridade ou o de
superioridade)
4.1) The least … ( o adjetivo não muda) Inferiority –
Eg.; I´m the least short in this class. ( eu sou a menos baixa
nesta turma )
SUPERLATIVO DE SUPERIORIDADE:
4.2) The most…. ( o adjetivo não muda qdo ele for longo
/superiority ).
Eg.: Jô Soares is the most intelligent interviewer on tv.
Eg.: Physics is the most difficult subject for me.
4.3) The …Est ( qunado o adjetivo for curto)
Eg.; tall - the tallest
strong- the strongest
a- Bill is the youngest person (that ) I know.
b- Dennis is the tallest in here.
4.4) adjetivos terminados em CVC – THE ( dobra-se a
última consoante ) + EST .
sad = She´s the saddest girl on this street.
thin = Gisele is thinner than Juliana Paes. \ Gisele is
much thinner than Juliana Paes.
4.5) Adjetivos terminados em Y PRECEDIDOS DE
CONSOANTES – funny / the funniest.
Eg.: She is the funniest girl in the class.
Eg.: easy - Math is the easiest subject for certain students.
PARALLEL INCREASE – DECREASE
Special structures- The sooner , the better ( qto mais
cedo, melhor)
Quando a estrutura começar com THE , usaremos THE
também.
The sooner we travel the better.
5.1) The older , the more experienced ( qanto mais velho, mais
experiente)
5.2) The more different, the more beautiful ( quanto mais
diferente, mais bonita)
5.3) The weather is getting colder and colder ( o tempo está
89
 CAPÍTULO X

cada vez mais frio) 9. Hurry up, guys ! _____ we get to the stadium ________
5.4) Shoes are becoming more and more expensive (os (A) the sooner-the good
sapatos estão ficando cada vez mais caros) (B) the sooner- the best
5.5) little – less – the least (C) the sooner- the better
5.6) far – farther / further – the farthest /the furthest (D) the soonest-the best
(E) the soonest –better
Exercises
10. Do you think Denise is _______ Cristiane to be promoted
1. Choose the WRONG ALTERNATIVE : to general manager?
(A) I`m getting colder and colder. (A) as qualified than
(B) I have fewer coins this week. (B) so qualified than
(C) She has less patience than Ido. (C) the most qualified
(D) I´m much more patient than you are. (D) as qualified as
(E) The more you explain this theory , the least I understand (E) not so qualified
it .

2. The bigger a supermarket is, _______ the scope of choice THE MINIEXTS
for the customers.
(A) the wider (B) widest Text I
(C) the widest of (D) the more wider
The money required to provide adequate food, water,
3. Your second attempt to park your car here was not _____ education, health and housing for everyone in the world has
than your first one . been estimated at $ 17 trillion a year. It is a huge sum of
(A) any better (B) no good money...
(C) the better (D) the best About as much as the world spends on arms every two weeks
(E) best
Text II
4. Yours was ______idea so far.
(A) the more helpful Man is the only creature that consumes without producing. He
(B) the most helpful does not give milk , he does not lay eggs, he is too weak to
(C) the helpfullest pull the plough , he cannot run fast to catch rabbits . Yet , he
(D) the helpfuller is the lord of all the animals.

5. I do think that this piano is ______that golden sofa. Text III

(A) more heavy than
(B) heavier Woman was made from the rib of man, she was not created
(C) heaviest from his head to top him, nor from his feet to be stepped on.
(D) much heavier than She was made from his side to be equal to him. From his
(E) the heaviest beneath his arm to be protected by him. Near his heart to be
loved by him.
6. Look, that´s Flávio , you can tell him by his shirt – It´s
____________than anybody else´s here. Text IV
(A) colorful
(B) most colorful JUST DO IT ...
(C) the most colorful Do more than exist – live ! Do more than touch – feel ! Do
(D) more colorful more than look – observe !
(E) the more colorful Do more than read – absorb ! Do more than hear – listen ! Do
more than listen – understand Do more than think – ponder !
7. You told me that Carla was thin , but I can see that she is Do more than talk – say something !
________than Amanda.
(A) no thin Text V
(B) no thinner
(C) thinnest What´s that which all love more than life, fear more than death
(D) the thinnest of mortal strife that which contented men desire, the poor
(E) more and more thin possess, the rich require, the miser spends, the spendthrift
spends, and all men carry to their graves ?
8. Sorry, I can ´t talk to you now. Unfortunately I am Solution : nothing !
_____today _____I was yesterday. ( New Keyword - A complete English Course - Arnon Hollaender,
(A) busyer – than (B) busyier –than Sidney Sanders)
(C) busier-than (D) busiest-than
(E) busy-than

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 90

 CAPÍTULO X

11. According to the text, you can conclude that : Text

(A) $ 17 trillion dollars is not a big amount of money
(B) the world is right by spending money on weapons
(C) the world should spend money on good things
(D) $ 17 trillion dollars is enough to feed people all over the
world for at least 10 years
(E) education alone requires $17 trillion dollars a year all
over the world

12. According to the text II , you can conclude that man being
lord of all the animals is Something quite...
(A) reliable (B) challenging
(C) acceptable (D) unfair
(E) available

13. According to the text III, women should be :

(A) worshipped by men
(B) sworn by men
(C) abhorred by men
(D) forgotten by men
(E) forgiven by men 19. What was her opinion about the hot chocolate?
(A) It wasn’t very good.
14. According to the text IV, just existing, looking, hearing, (B) It was the best hot chocolate ever.
listening, thinking and talking ... (C) It was delicious.
(A) will make you a different person (D) It was excellent.
(B) will make you survive
(C) will do
(D) is not enough 20. Did Peanuts____________ any hot chocolate?
(E) won´t make you rich (A) made
(B) makes
15. According to the text V, all the questions made could be (C) make
answered by... (D) making
(A) scholars only
(B) adults and children alike 21. The word COMPLIMENT can be replaced by :
(C) poor people and children alike (A) prayer
(D) anybody (B) praise
(E) a single word (C) foresee
(D) forecast
16. Cabral _________ Brazil many years ago and his
discovery opened new gates for Portugal, __________ ? Text
(A) discovered / didn’t it
(B) has discovered / did it Benjamin Franklin
(C) had discovered / didn’t him
(D) has been discovered / did they Benjamin Franklin was born in 1706 in Boston,
Massachusetts. He ______1____ from a big family. He had
17. _____ man I don’t know has called you but didn’t leave 16 brothers and sisters. When Benjamin was 15, his brother
any message. ______ man just told me he’d call again during ___2________the first Boston newspaper. It was called The
__________ week. New England Courant. He worked for the newspaper for a
(A) An / A / an short time, but he was not happy. So, he ________3_____ to
(B) A / The / the Philadelphia and worked as a printer. In 1729, he bought a
(C) The / A / the newspaper business. The newspaper was the Pennsylvania
(D) The / The / a Gazette. He was very busy. In 1733, he started publishing
Poor Richard’s Almanac. His pen name (the name he used as
18. EN Which of the alternatives below completes the an author) was Richard Saunders. This book came out every
dialogue correctly? year. Almanacs have information about weather and crops.
They also have wise sayings. The wise saying “A penny saved
Paul: Do you have to take him home tonight? is a penny earned” comes from Poor Richard’s
James: In fact, I (1)______, He is taking a taxi. Almanac.Benjamin Franklin was also an inventor. In 1743 he
(A) have (B) don’t (C) do invented a very good stove called the Franklin stove. He
(D) must (E) mustn’t invented swim fins. He invented bifocal glasses. He also
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 91

invented the first odometer. He retired from his newspaper
business in 1749. He stopped working on it. Then he became
busy with science.
Benjamin Franklin was also very interested _____4____in
American politics. He helped Thomas Jefferson write the
Declaration of Independence. In 1776, he and other people
signed the Declaration of Independence. Franklin died -
__5____ April 17, 1790. He was 84 years old.
22. Choose the best answer according to the tense above verbs
in the gaps 1 , 2 and 3 :
(A) has come / had started / had gone
(B) came / started / went
(C) had com / had started / had gone
(D) has come / has started / has gone
(E) come / started / had gone
23. The word underlined in the text Came Out can be replaced
by :
(A) vanished (B) appeared
(C) was banned (D) yearned
(E) was sold out
Text
What is Homeschooling?
Why do parents choose to homeschool? In what regions
homeschools most popular?
Homeschooling is a progressive movement around the
country and the world, in which parents choose to educate
their children at home instead of sending them to a traditional
public or private school. Families choose to homeschool for a
variety of reasons, including dissatisfaction with the
educational options available, different religious beliefs or
educational philosophies, and the belief that children are not
progressing within the traditional school structure .
The homeschooling movement began growing in the 1970´s ,
when some popular authors and researchers ,such as John Holt
and Dorothy and Raymond Moore, started writing about
educational reform . They suggested homeschooling as an
alternative educational option. According to the National
Home Education Research Institute, there are now more than
two million children being homeschooled in the U.S , with the
percentage each year . Homeschooling is legal in all 50 states
and in many foreign countries.
What are the requirements ?
Legal requirements for homeschooling in the U.S vary from
place to place. Some states have few or no requirements;
others ask for portfolio reviews or standardized testing at
certain intervals.
According to Holt , author of the best-selling book Teach
Your Own , the most important thing parents need to
homeschool their children is ¨to like them , enjoy their
company , their physical presence, their energy , foolishness ,
and passion . They have to enjoy all their talk and those
questions ¨. For the majority of parents who homeschool , the
only prerequisite is the desire to do so , along with a
dedication to the educational process (…)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
What resources and curriculum do homeschooled kids use
or follow ? what kinds of subjects are taught ?
The rapid increase in the number of homeschoolers has
resulted in a variety of available curricula and resources.
Catalogs are filled with a plethora of options based on
different educational philosophies, learning approaches , the
amount of time a homeschool teacher should devote a daily
instructions , and so on .
Subjects typically taught include the standard disciplines
followed in a traditional school program as well as those that
capitalize on the child`s interests. In this best-selling book The
Element , Ken Robison writes that ¨the key to ( educational )
transformation is not to standardize education , but to
personalize it , to build achievement on discovering the
individual talents of each child , to put students in an
environment where they can naturally discover their true
passions ¨ . A homeschooling atmosphere provides a natural
setting
In which parents can deliver an individualized method of
instruction that matches the child´s unique interests , ability ,
and learning style ( …)
24.As for homeschooling, the text affirms that :
(A) it is not a popular trend in the USA .
(B) the main reason for the parents´ decision to homeschool
their children is the kids are unhappy going to school .
(C) when parents´ opinion concerned education clash with
the system structure , parents can resort to homeschooling
.
(D) too many kids don´t show improvement while at school
in the USA and that´s why they are homeschool.
(E) Chemistry and Biology aren´t studied at homeschooling .
25. The homeschooling movement …
(A) … threatens the traditional system of education in the
USA .
(B) … is an alternative to the traditional system of education
in the USA
(C) … is strong only in the USA .
(D) … affects only 50 % of the USA states.
(E) … started before the 60´s.
26. The tense verb underlined in the text is in the :
(A) present perfect
(B) present perfect continuous
(C) past perfect
(D) past perfect continuous
(E) simple present
Text CN 2019
STEPHEN HAWKING
Stephen Hawking, one of the most scientists of the 21 st
century, died on March 14th, 2018, But his ideas on gravity ,
black holes and the Big Bang are the greatest legacy left to the
world.
Early Life and College
On January 8th, 1942, Stephen Hawking was born to a
successful family in Oxford , England. He was not the best
student at fundamental at high school, but he was very smart.
92
 CAPÍTULO X

His dad wanted him to become a doctor, but Stephan a 27. CN 2019 Say of the following statements are T (true) of
medical doctor,but Stephan really wanted to study math. F (false) about Hawking´s disease:
Despite his poor grades at school, Stephan aced his exams for
college. He was admitted to Oxford University, but they ( ) It confined him to a wheelchair.
didn´t have math as a major, So, he decided to study physics ( ) It affected his ability to speak.
and chemistry instead. ( ) It was diagnosed when he was twenty-one years old.
Stephan became a member of a rowing team when he was in ( ) It progressed more quickly than expected.
college. After he graduated, he decided to continue his ( ) It made him stumble for no reason
education and went to graduate school. (A) T \ T \T \ F \ F\
(B) T \ F \ T \ F \ F
(C) T \ T \ T \ F \ T
Graduate School, Marriage and Health Problems (D) F \ T \ F \ T \ T
(E) F \ T \ F \ T \ F
While in graduate school, he had some health problems. He
began tripping for no reason, and his speech hard to 28. CN 2019 In the sentence , ¨ Despite his poor grades at
understand. His family encouraged him to go to the doctor. school, Stephen aced his exams for college¨ . ( Paragraph 3 )
Stephen was diagnosed with a disease called ALS, or Lou the underlined phrase means that Stephen :
Gehrig´s disease, which affects the brain and spine. He was (A) got bad grades in his tests.
only twenty one, and the doctors initially gave him only a few (B) passed with average grades.
years to live. Luckily, his condition progressed more slowly (C) achieved high marks in the past.
than is often the case. (D) tried hard but did not pass.
During this time, Stephen had a relationship with a woman (E) had a second change and passed.
named Jane. He said she and his work were his inspiration for
living. Stephen earned Ph.D degree in 1965. He started to get 29. The word underlined in the text EVENTUALLY is the
worse, and eventually became confined to a wheelchair. same as :
Nonetheless, he and Jane married in 1985 and were able to (A) finally
have three children. (B) actually
He studied how space and time are related, including (C) as a matter of fact
scientific studies of black holes in space and how they work (D) at least
in the universe .He also had a lot of success in his work as a (E) indeed
college professor.

A New Voice Text

In 1985, Stephen got really sick and doctors were able to save Read the text and answer questions 45, 46 e 47.
him, but he was unable to speak. He could only use his
eyebrows to communicate. Eventually, he was able to use a
special voice synthesizer, allowing him to talk by moving his It’s never too late to make changes to prevent diseases that
cheek muscles and using a mouse pad. may end your flying career. And becoming healthier doesn’t
mean you have to make major changes. Here are some tips on
Famous Works and Prizes what you can do today to keep yourself in the air for years to
come.
His most notorious theory is that black holes can emit
radiation; also known as Kawking radiation. He received - take the stairs instead of riding the elevator;
numerous awards but never won the Noble Prize. - limit red meat;
Stephan always enjoyed writing books .His best seller, ¨ A - consume more vegetables;
Brief History in Time made terms like the Big Bang and black - wear UV-blocking sunglasses;
holes easy to understand. Other famous Stephen Hawking - walk more;
books include ¨ A Brief History in Time ¨ , ¨ On the Shoulders - try a yoga class;
of Giants ¨ and ¨ The Universe in a Nutshell ¨. He also wrote - don’t smoke;
many books for children along with his daughter Lucy. His - drink a lot of water;
famous books for children include ¨ George´s Cosmic - find an activity that you love after retirement.
Treasure Hunt ¨ and ¨ George and the Big Bang ¨ .His last
work , submitted only two weeks before his death , reveals the 30. The word “yourself”, in bold in the text, is a
universe will come to an end when stars run out of energy. __________pronoun.
However, his theory suggests that scientists will be able to (A) personal
find parallel universe using probes on spaceships. (B) reflexive
(C) possessive
(D) demonstrative
(E) possessive adjective

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 93

 CAPÍTULO X

31. The adjective “healthier”, underlined in the text, is a

____________.
(A) superlative of superiority
(B) comparative of equality
(C) comparative of inferiority
(D) comparative of superiority
(E) superlative of inferiority

32. According to the text, in order to live a healthy life for

years, you should __________.
(A) eat a lot of red meat
(B) ride the elevator all the time
(C) find a hobby that you enjoy, after you retire
(D) consume many candies and cakes during the day
(E) do not drink a great deal of water

GABARITO

1. E
2. D
3. A
4. B
5. D
6. D
7. B
8. C
9. C
10. D
11. A
12. B
13. A
14. D
15. E
16. A
17. B
18. B
19. A
20. C
21. B
22. B
23. B
24. C
25. B
26. A
27. C
28. C
29. A
30. B
31. D
32. C

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 94

 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI - ADVERBS AND ADJECTIVES Now ( agora ) \ soon ( breve ) \ still ( ainda ) \ today ( hoje) \
tomorrow ( amanhã ) \ lately ( ultimamente) \ Yet (ainda , já)
Advérbios são palavras que atuam na frase como \ then ( então ) \ yesterday ( ontem)
modificadores dos verbos, adjetivos ou até mesmo outro = Geralmente são usados nos final ou início de frases \ após
advérbio. Já os adjetivos são modificadores de substantivos. os verbos auxiliares ou antes do verbo principal ).
Vejamos:
eg: She works hard every day . ( ela trabalha duro todo dia). Eg: Soon he will understand our reasons \ the pupils are still
studying \ I have been sleeping few hours lately\ frequently\
Note que a palavra HARD qualifica o verbo WORK. É recently.
portanto um advérbio. Veja a diferença da construção Eg.: He went to school yesterday. \ Yesterday he went to
adjetiva: school .
eg: She had a hard day yesterday . ( ela teve um dia duro Quando colocamos YESTERDAY no início da oração, o
ontem) . advérbio enfatiza
Neste examplo acima, a palavra (HARD) qualifica um a ideia de tempo.
substantivo ( DAY) . É pois , um adjetivo. Lembramos que os
adjetivos em inglês são sempre invariáveis e vem sempre Frequência \ Frequency
antes dos substantivos. Observe alguns exemplos abaixo de
alguns adjetivos ... Always (sempre)\ never (nunca) \ often
(frequentemente) \ seldom (raramente) \ hardly ever
Substantivo Adjetivo Advérbio (dificilmente) \ once (uma vez) \ twice (duas vezes) \
sometimes ( às vezes) \ now and then ( às vezes)
Hunger ( fome) hungry (faminto) hungrily Obs: Antes de verbos principais e após verbos auxiliares.
danger ( perigo) dangerous ( perigoso) dangerously Obs: O advérbio sometimes poderá ser usado em 3 posições
pain ( dor ) painful ( doloroso) painfully diferentes.
beauty ( beleza) beautifil ( bonito) beautifully Sometimes I cook. \ I sometimes cook \ I cook sometimes.
calm ( calma ) calm ( calmo\a) calmly Now and then ( é usado no final de frases ) . I go to the movies
logical ( lógica) logical ( lógico\a) logically now and then.
They never eat coconut cake .
obs1 : Podemos ainda usar construções como sufixos ING She always does the dishes.
( gerúndio) e ED ( participio). Para formar adjetivos como por She is always late \ She always goes to the bank in the
exemplo : tiring ( cansativo) e tired ( cansado) afternoon.
obs 2: Formam-se advérbios em inglês ( principalmente os de They are never punctual \ They never cook on Sundays.
modo e intensidade) geralmente pelo acréscimo de LY ao Modo \ Manner ( LY)
adjetivo. Slowly ( vagarosamente) \ kindly ( gentilmente) \ well (bom)
ready ( pronto ) \ readily ( prontamente) : quando o adjetivo \ fast ( depressa) \ otherwise ( ao contrário\ fora isso)
terminar em Y tiraremos os Y e acrescentaremos ILY. Usaremos em final de frases \ após verbos auxiliares .
Obs 3: Devemos tomar muito cuidado com alguns advérbios, eg: That car runs fast \ you could kindly ask him to leave \ you
pois sua construção se faz através da não alteração do have to memorize it , otherwise you won´t pass.
adjetivo, ou seja adjetivo e advérbio tem a mesma forma. São Doubt
eles ¨ fast ¨ ( rápido ) , ¨ hard ¨ ( duro, difícil ), ¨ high ¨ ( alto) Maybe ( talvez ) \ perhaps ( talvez ) \ probably
, ¨ low ¨ ( baixo) , ¨late¨ ( tarde, atrasado) , ¨ early ¨ ( cedo) , (provavelmente) \ possibly ( possivelmente) \ .
¨enough ¨ ( suficiente) Usaremos no inicio de frases \ Após verbos auxiliares e antes
de verbos principais.
Examples: eg.: Perhaps, I should talk to to your mother , first.
Jim was a fast driver ( fast nesse caso é adjetivo)\ Jim era um eg.: She has probably lost herself \ she will probably travel
motorista rápido. next month.
He used to drive very fast ( fast nesse caso é advérbio) \ ele Place ( no inicio de frases ou final de frases)
costumava dirijir muito rápido. Here ( aqui ) \ there ( aí\ lá ) \ everywhere ( em todo lugar )
I didn´t have enough money to buy the tickets . ( enough virá eg .: You´ll find happiness here . \ Here is where you can find
antes de substantivos e nesse caso será adjetivo ) \ I didn´t happiness.
have enough time to do that. \ não tive tempo suficiente para Degree of Intensity ( grau de intensidade) : usos e
fazer isso. sentido de diversos, dependendo do advérbio.
But I was lucky enough to get a free ticket . ( enough virá hardly ( dificilmente \ very ( muito) = antes de adj e adv .
depois de adjetivo , nesse caso ele será advérbio) \ mas eu fui eg.: He´s very tall \ He walked very slowly ( adv) \ He ´s very
sortuda suficientemente para conseguir um ingresso de graça. late .
\ She is intelligent enough to pass ( ela é inteligente Enough ( suficiente \ suficientemente ) = após adjetivos e
suficientemente para passar ). antes de substantivos;
A maioria dos advérbios acrescentaremos LY. I´ve worked hard enough for a day ( hard é advérbio )
sincere ( sincerly ) \ week ( weekly ) \day ( daily) \ exact She has enough money to travel abroad ( money é
( exactly) substantivo)
Advérbios de tempo : TIME besides \ moreover ( além disso ) . I can´t go now . Besides\
moreover my passport is out-of-date.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 95
 CAPÍTULO XI

SO... that ( uma idéia é consequência da outra ) EXERCISES

He is SO tall THAT he can hardly find proper clothes.
It´s SO hot THAT I´ll turn on the air. 1. EFOMM 2016 Complete the sentences with the correct
verb tenses.
OBS:
1. Little ____________ how inconvenient he can be.
Quando houver mais de 2 advérbios numa frase.
2. Not until she received the call _______________ relieved.
Manner + place + Time 3. Not for one moment _____________ your honesty.
I´ll do the job carefully ( manner ) at home ( place ) tomorrow 4. Under no circumstances _______________ class.
( time) (A) does he realize/ she had breathed/would I doubt/ should
Place + Manner + TIme you miss.
She traveled to Paris ( place ) by train ( manner ) in 1997 (B) does he realize/ did she breathe/would I doubt/ should
(time). you miss
(C) he realizes/ did she breath/ I would doubt/you should
miss
OBS : (D) he will realize/ she breathed/ I would doubt/should you
Uso do too \ also \ as well. miss
Quando o TOO vier no final de frases a tradução será de (E) he realized/ she would breathe/would I doubt/ you should
TAMBÈM e poderá ser substituido por AS WELL no final . miss
O ALSO virá no meio ou no início.
I´m easygoing too = I´m easygoing as well = I´m also 2. EN 2014 Mark the alternative where there is a mistake.
(A) She moved the table carefully.
easygoing .
(B) He ran as fastly as he could.
Usaremos too em final de frases afirmativas . (C) She studied hard for the test.
Usaremos TOO no meio de uma oração para intensificar mais (D) Thor smells bad. Let's wash him.
que o VERY . Virá antes de ADJETIVOs OU ADVÉRBIOS. (E) John speaks perfect English.
It´s too late \ it´s too early \ He´s too stubborn.
TOO MUCH ( antes de substantivos incontáveis ) = demais 3. EN 2016 Which sequence best completes this paragraph
He spends too much money on clothes. from a recommendation letter?
TOO Many ( antes de substantivos contáveis ) = demais
I have too many bags. John is a very________teacher. Attractive and professional-
looking, he has _____ interpersonal skills and is
Usaremos EITHER em várias situações: _______understood by students and parents alike. He carries
out every responsibility _______ and in a timely manner.
(Adapted from http://www.writeexpress.com)
1- Quando for em orações negativas : ( também não ) (A) committed/good/easy/good
Eg.: He doesn´t like rice either . (B) committing/good/easily/well
Em orações negativas poderá aparecer da seguinte forma: (D) committing/well/easy/good
nenhum dos 2 \ nenhuma das 2 . (D) committed/well/easy/well
Eg.: I´ve tried to study French and Italian , but I didn´t like (E) committed/good/easily/well
either much. ( eu tentei estudar francês e italiano , mas eu não
4. Sometimes it seems that your thoughts are _______ strange
gostei muito de nenhum dos dois ) _______ people think you´re a little bit nuts.
(A) ever \ possibly
2- Em perguntas ( de dois \ de duas ) - algum \ alguma (B) so \ that
Do either of you have a pen ? ( algum de vocês tem uma (C) enough \ perhaps
caneta? ) (D) moreover \ enough

5. _____________________ seen snow ?

3- Em frases afirmativas ( qualquer um \ qualquer uma ) - de
(A) has your child ever
dois ou de duas (B) has ever your child
In opinion , either team could win ( na minha opinição (C) ever has your child
qualquer dos times podia vencer ) (D) your child ever has

OBS : 6. Qual das frases abaixo é a única correta quanto ao uso do

Did you know that ? advérbio ?
(A) Sometimes I eat pizza for dinner.
Wherever : onde quer que
(B) Peter speaks very well English.
Whenever : sempre que (C) Twice a week I have Portuguese classes.
whatever : o que quer que ,( usados informalmente : tanto faz, (D) Our chemistry teacher arrived lately.
que seja ) (E) I always am in a hurry.
whoever : quem quer que seja .

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 96

 CAPÍTULO XI

7. ITA Assinale a sentença que apresenta a ordem normal das 15. The more time people spend at an exhibit, ___________
palavras: they learn.
(A) She doesn´t speak also English well. (A) more (B) most
(B) She doesn´t either speak English well. (C) much (D) the more
(C) She doesn´t either speak English well. (E) the most
(D) She doesn´t speak English well either.
(E) She either doesn´t speak well English. 16. I firmly believe that the tougher the laws, ____________
the criminal rate .
8. ITA (A) the lowest (B) lowest
(A) He is completely happy with his courses at ITA. (C) the lower (D) lower
(B) With his course he is happy completely at ITA. (E) low
(C) He is happy with his course completely at ITA.
(D) Completely happy at ITA is he with his course. 17. The hole in front of his garage is becoming __________.
(E) With his course at ITA completely happy he is. (A) deep and deep
(B) deeper and deeper
9. ITA Dada as informaçóes de que a forma adverbial de : (C) deep and deep
1) FAST ( rápido ) \ FASTLY ( rapidamente) (D) deeper and deepest
2) LATE ( atrasado ) \ LATELY ( atrasado) (E) deepest and deepest
3) LOW ( baixo) \ LOW ( baixo)
18. Which one is correct ?
Constatamos que está ( estão ) correta (s) : (A) More have they , more want them
(A) apenas afirmação 1 (B) As more they have , as more they want
(B) apenas afirmação 2 (C) More they have , more they want
(C) apenas afirmação 3 (D) The more they have , the more they want
(D) apenas as afirmações 2 e 3 (E) Do more they have , do more they want .
(E) todas as afirmações
19. Indicate the alternative that best completes the following
10. AFA Which sentence is not right considering the position sentence :
of the adverbs ? The more I read this book , ________________.
(A) They seldom come back to say : Thank you, these days. (A) the less I understand it.
(B) I am sure you did deliberately that yesterday in the (B) most is what he doesn´t know.
restaurant. (C) the least do I understand it
(C) Yesterday the lady carefully showed us all the house and (D) more I like.
the garden . (E) the most I can understand.
(D) Not only did he explain her how to use the dvd set but
also suggested her some different devices. 20. The sidewalks are getting NARROWER . Choose the
opposite of it :
11. They finally decided to buy a __________. (A) broader (B) thinner
(A) four-doors car (B) four doors car (C) more limited (D) shorter
(C) four-door car (D) four-door-car (E) higher
(E) four -car
21. O adjetivo GREATEST, no fragmento abaixo, está no
12. The building has nine stores. It is ____________ . grau :
(A) a nine-stores - building One of the GREATEST meteor showers of OUR lifetime may
(B) a nine-story building ( ...) soon light up the night sky.
(C) a nine´s - store building (A) comparativo de igualdade
(D) a nine-stores (B) superlativo de superioridade
(E) a two-hour flight (C) comparativo de superioridade
(D) comparativo de inferioridade
13. ¨ _ You look fatter¨ . (E) normal
¨_ That´s because I´ve been eating __________ than I
used to ¨ . 22. All the alternatives below are examples of comparatives,
(A) many more EXCEPT:
(B) much more (A) ¨ ... children as young as two ... ¨
(C) a few (B) ¨ ... scored higher than people who...¨
(D) more than (C) ¨ ... listening longer results in staying smarter longer ¨
(E) any more (D) ¨... Mozart was a quick thinker ¨.
(E) ¨ Mozart makes you smarter ¨
14. The sooner a student starts studying English _______.
(A) the bad (B) the best 23. The same as ¨Mr. Burton hardly talked to me is :
(C) the worst (D) the better (A) Hardly did Mr. Burton talked to me .
(E) the good (B) Hardly Mr. Burton talked to me .
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 97
 CAPÍTULO XI

(C) Hardly did Mr.Burton talk to me . 32. Mr.Reese demanded that Pat and I talk _____ so as not to
(D) Did Mr. Burton hardly talk to me . disturb the others.
(E) Mr. Burton talked to me hardly . (A) softer (B) much softly
(C) softlier (D) more softly
24. Please turn off the lights. I have to develop this film and (E) N.D.A
it´s _________ here .
(A) bright enough (B) much bright 33. He ran _____ and finally won the race.
(C) too bright (D) brighter (A) fast and faster (B) faster and fast
(E) enough bright (C) fast and fast (D) faster and faster
(E) N.D.A
25. Choose the correct alternative to complete the following
sentence : 34. My new watch is ______ my old one.
Mr. Myers told me he will leave _____________. (A) accurater (B) so accurate
(A) by train ; for Paris ; at 8 ´clock , next week. (C) accurately (D) as accurate as
(B) for Paris ; at 8 o´clock , next week , by train. (E) more accurate as
(C) next week ; at 8´o clock , by train , for Paris.
(D) at 8 o ´clock ; next week ; for Paris ; by train. 35. For Mitiko this examination was _______ the last one .
(E) for Paris ; by train ; at 8 ´clock ; next week. (A) easy as (B) so easy
(C) more easier (D) so easy than
26. Everybody feels _________ in spring time. (E) easier than
(A) gooder
(B) more good
(C) so good GABARITO
(D) better
(E) as good 1. B
2. B
27. EFOMM Take it easy , John ! you need not work so __ 3. E
(A) hardly (B) harder (C) hard 4. B
(D) hardest (E) hardly 5. A
6. A
28. Complete : 7. D
¨ _ Have you finished your book yet ? ¨ 8. A
¨ _ Yes, I´ve ________ done it ¨ . 9. C
(A) still (B) yet (C) ever 10. B
(D) already (E) altogether 11. C
12. B
29. The same as ¨ She little realizes how smart she looks ¨ is: 13. B
(A) How smart does she realize she looks. 14. D
(B) How smart she looks she doesn´t realizes. 15. D
(C) Little she realizes how smart she looks. 16. C
(D) Does she realizes how smart she looks little. 17. B
(E) Little does she realize how smart she looks. 18. D
19. A
30. ITA 2010 - adapted With Japan about to hold an election 20. A
that could end 5 years of almost uninterrupted one-party rule 21. B
, the _________ (I) ordinary citizens can fill the power 22. D
vacumm by taking in public life, the ________ ( II) 23. C
24. C
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas I and 25. E
II no trecho acima : 26. D
(A) most \ best 27. C
(B) least \ better 28. D
(C) more \ best 29. D
(D) more \ better 30. D
(E) less \ best 31. A
32. D
31. Michael played the piano ____ when he was ________. 33. D
Now he stopped practing. 34. D
(A) better/younger 35. E
(B) very well/newest
(C) weel/more younger
(D) more right /more young
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 98

CAPÍTULO XII - PREPOSITIONS AND MODALS
AT \ IN \ ON
AT - Reference
I study at IBEU \ Cultura \ Fisk \ CNA ...
I love to go shopping at Barra Shopping \ Nova America \
Norte Shopping.
She lives at 56 Dias da Cruz street , apt 302 .
Malls are crowded at Christmas.
She´s at the mall.
He´s at the hospital.
I´ve cried at the end of the movie.
Some people make plans at the end of the year.
You can see the subway at the end of the street.
Many people are broke at the end of the month.
Some students are so sleepy that they barely pay attention at
the beginning of the class.
I get exhausted at the end of the day .
She´s at the club \ at the restaurant \ at that restaurant.
She likes to eat at Parmê \ at Outback \ at La Mole\ at Mc
Donald´s.
Some people eat a lot of chocolate at Easter.
She´s at the table.
She´s at Copacabana Beach ( she´s at the beach )
On - Tem a ver com datas completas ou incompletas \ dias \
dias de semans \ alguns meios de transportes coletivos .
I´ve seen him on the bus \ on the subway \ on the train \ on the
ship \ on the ferry boat \ on the airplane.
She was born on March 9 \ He was born on March 9 , 1998.
I love to drink hot chocolate on cold days .
What do you like to do on sunny days ?
Many foreigners come to Brazil on carnival.
On Mother´s day some people avoid eating out .
On father ´s day \ on children´s day \ on Labor´s day \ on
Valentine´s day\
on Christmas \ on Easter \ on Thanksgiving ´s day ...
I´ve seen a very interesting movie on tv ...
Take a look on page 78.
On the roof \ on the floor \ She goes to her college on foot.
I have a pain on my knee \ on my leg \ on my shoulder..
I ´m afraid of riding on a roller coaster.
To ride on a bus \ on a ship \ on a subway ...
The material is on the table.
She lives on Dias da Cruz Street . \ She works on President
vargas avenue
She´s on the beach .
I´ll speak on your \his\ her behalf .
Some people are hooked on chocolate ( = some people are
addicted to chocolate ) .
She lives on the second floor \ She studies on the first floor...
In - dentro de \ antes de ano \ antes de mês ...
I was born in February.
She was born in 1999.
She´s in school \ in the mall \ in the hospital .
She´s in the kitchen \ backyard \ bathroom...
I love to go to the beach in the summer \ in the winter \ in the
spring \ in the fall ( Ame ) \ autumn ( Bre ) .
He´s in the U.S.A \ He´s in Nigeria \ He´s in Asia \ He lives
in Tijuca \ He´s in Niteroi.
She´s in the sea .
Some students interrupt me in the middle of the class .
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
I´m interested in that book.
Don´t eat in the car \ in the taxi \ in the van.
Some expressions :
By heart \ by coincidence \ by mistake \ by the way \ by the
time \ by chance.
I come to my work by : car \ van \ bus \ cab \ ferry boat \
motorcycle \ cable car \ street car \ airplane \ subway \ train\
chopper .
Some other prepositions :
1) Between x among = ambas querem dizer entre .
Between : entre uma coisa e outra \ eg. I´m sitting between
Charles and Peter.( Eu estou sentada entre Charles e Peter ).
Among : There are many secrets among friends ( há muitos
segredos entre os amigos )
2) Into x onto = tem o sentido de fazer movimento para dentro
( into ) e para cima de uma superfície ( onto ).
She´s entering into the bedroom . ( ela está entrando no
quarto) \the car crashed into the tree ( o carro bateu numa
árvore)\ He´s jumping onto the wall. ( ele está pulando por
cima do muro )\ the cat jumped onto the table ( o gato pulou
para cima da mesa). Obs: quando houver uma tradução para
ser feita para outra lingua usaremos INTO ( Can you translate
this text into Portuguese? \ você pode traduzir esse texto para
o português? )
3) Near \ close to \ next to ( perto \ próximo a \o)
I live near the mall ( eu moro próximo ao shopping) \ I live
close to the mall \ I live next to the mall.
4) Inside ( dentro ) \ outside ( do lado de fora)
She´s inside the house ( ela está dentro de casa ) \ The children
are playing outside the house ( as crianças estão brincando do
lado de fora da casa ).
5) Below ( abaixo) \ above ( acima )
The temperature is below 5° degrees ( a temperatura está 5°
abaixo de zero) \ The temperature in Rj in the summer is
usually above 37° degrees. ( a temperatura no Rj no verão é
normalmente acima de 37°)
6) Under ( debaixo ) \ underneath ( por debaixo )
I´m wearing a beautiful blouse underneath my jacket (eu estou
vestindo uma blusa bonita por debaixo de minha jaqueta ) \
The shoes are under the bed ( os sapatos estão debaixo da
cama ) \ there´s much rust underneath the fridge ( há mta
ferrugem por debaixo da geladeira )
7) over ( em cima \ por cima - envolve superfície\ terminado\
durante )
The game is over ( o jogo terminou ) \ The chopper was flying
over the ocean ( o helicóptero estava sobrevoando o oceano )
\ He became a very important soccer player over the year ( ele
tornou-se um jogador mto importante durante o ano )
8) Against ( contra ) - I´m against abortion ( eu sou contra
aborto )
9) behind ( atrás ) - He´s sitting behing his best friend ( ele
está sentado atrás de seu melhor amigo).
99

10) Through ( através ) - The bird flew through the window
( o pássaro voou através da janela ).
11) About ( aproximadamente \ sobre \ em )
I have 150 dvds ( tenho apoximadamente 150 dvs) \ I´m
thinking about resting more in July ( estou pensando em
descansar mais em julho ) \ What do you think about it ? ( o
que você acha \pensa sobre isso ?) I´m worried about my
professional life ( estou preocupara sobre minha vida
profissional ).
12) In order to ( com o propósito de \ com o objetivo de )
We must hurry in order to arrive on time ( nós devemos nos
apressar com o propósito de chegar na hora )
13) on time ( na hora - exata ) x in time ( a tempo - houve
atraso )
He always arrives at the office on time ( ele sempre chega no
escritório na hora ) \ He arrive at the meeting in time this
morning ( ele chegou a tempo no escritório hoje de manhã )
on the dot = on time , on the spot ( = no ato , na mesma hora
na hora )
14) off x of = off ( está ligado a um phrasal verb ) \ of
( exprime posse).
Take off your shoes before arriving at home ( tire os seus
sapatos antes de chegar em casa ) obs: before é uma
preposição, vem um verbo após , logo é obrigatório o uso de
ING. \ He´s the soccer of that team ( ele é o jogador daquele
time)
15) Impressed by \ with I´m impressed by the film ( estou
impressionada pelo filme )
16) Responsible for ( ser responsável por ) Who was
responsible for all that noise last night ? (He´s in charge of )
17) fond of ( ser fã de ) - I´m not fond of Kaka ( não sou fã de
kaká).
18) To be interested in ( estar interessada em) - estar
interessada em -
I´m interested in studying Italian ( estou interessada em
estudar Italiano) \ He´s interested in learning Chemsistry
( ele está interessado em aprender quimíca).
19) Full of ( cheio de ) - That email was full of mistakes
( aquele email estava cheio de erros).
20) short of ( falta de ) \ lack of ( falta de )
I´m short of money ( estou com falta de dinheiro ) \ lack of
time is a problem nowadays ( a falta de tempo é um problema
hoje em dia ).
21) Tired of ( cansado de ) I´m tired of waiting ... ( estou
cansada de esperar ..)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
22) Similar to ( parecido com ) - Your handwriting is similar
to mine ( sua letra é parecida com a minha ).
23) to be proud of ( ter orgulho de ) \ to be ashamed of ( ter
vergonha de ) \ to be jealous of ( ter ciúmes de )
I´m proud of myself ( tenho orgulho de mim ) \ I ´m ashamed
of that attitude ( estou com vergonha daquela atitude) \ I´m
jealous of my things (tenho ciúmes das minhas coisas ).
24) To be good at ( ser bom em) \ to be bad at (ser ruim em)
I´m good at making desserts (sou boa em fazer sobremesas )
he´s bad at playing soccer (ele é ruim em jogar futebol).
25) to be married to ( ser casada com ) \ to be engaged to
( ser noiva de )
She´s married to Phil ( ela é casada com Phil) \ He´s engaged
to Sarah ( ele é noivo de Sarah).
26) To be aware of \ to be conscious of (estar consciente de)
I´m aware of global warming ( tenho consciência do
aquecimento global ).
27) On strike ( em greve) \ There are no buses today. The
drivers are on strike ( não há ônibus hoje. Os motoristas estão
em greve).
28) on a business trip ( em uma viagem de negócios) \ on a
cruise ( em um cruzeiro ) to go on a cruise ( fazer um cruzeiro)
- I want to go on a cruise next year ( eu quero fazer um
cruzeiro no próximo ano ) \ to go on a diet ( fazer uma dieta )
- She needs to go on a diet immediately ( ela precisa fazer uma
dieta imediatamente) \ on a tour ( em uma excusão) \ on tv
( na tv ) \ on the radio ( no rádio ) \ on fire (em chamas);
29) To go for a walk ( dar uma caminhada ) \ I need to go for
a walk tonight . ( preciso fazer uma caminhada hoje a noite).
30) For dinner ( no jantar ) for lunch ( no almoço) \ for
breakfast ( no café da manhã ) \ for a snack ( no lanche) - I
love to eat French fries, well done steak, salad, rice and beans
for lunch ( eu adoro comer batata frita, bife bem passado,
salada, arroz e feijão no almoço)
31) at lunchtime (na hora ho almoço) - meet me at lunchtime
( me encontre na hora do almoço)
32) toward \ towards ( em direção à ) \ He went towards the
hospital (ele foi em direção ao hospital).
33) before ( antes de ) x after ( depois de )
Watch out before crossing the street ! ( cuidado antes de
atravessar a rua ) \ She always brushes her teeth after eating
something ( ela sempre escova seus dentes depois de comer
alguma coisa).
34) in front of ( em frente a ) \ The bus stop is in front of the
school ( o ponto de ônibus é em frente a escola).
100
 CAPÍTULO XII

EXERCISES

1. Choose the alternative where there is an CORRECT 4. AFA Choose the correct prepositions to fill in the gaps
PREPOSITION: above.
(A) I was born in Europe. (A) of – off – at – in
(B) about – to – over – at
(B) My cousins like to go to the mall on the morning..
(C) under – for – off – in
(C) I hardly ever go to church in Saturday evenings. (D) on – from – at – on
(D) Thelma was born on June 20 , 2011.
(E) I live on 150 Cesario de Melo avenue. 5. EN 2013 Which of the alternatives below correctly
completes the sentences?
2. Choose the alternative where there is an INCORRECT
PREPOSITION: What I like about Jenny is that she always comes (1)______
with great ideas.
(A) I was in the supermarket yesterday.
(A) on (B) off
(B) My students don´t study at night.. (C) through (D) up
(C) I seldom go to the beach at weekends. (E) for
(D) Daniel likes to eat out in Mother´s day
(E) She lives in São Paulo. 6. EFOMM We must congratulate him _________ his design
for the new building.
TEXT (A) for
(B) on
Hale Mary (C) in
(D) off
Hale Mary full of grace (E) to
the Lords is with thee
Blessed are thou 7. EFOMM The man jumped ____________ the horse and
among sinners went away.
and blessed is thy (A) of
Womb Jesus. (B) under
Holy Mary Mother of God (C) out of
pray for our sinners now (D) onto
and at the hour of our death (E) into
Amen.
8. EFOMM We´ve had such a busy day ! At least twelve 12
3 AFA How many different prepositions can you find in the people called. Oh _____________ the way, there´s a message
text? here for you ________ your cousin.
(A) four (B) five (C) six (D) seven (A) over \ of
(B) by\ from
Text (C) in \-
(D) on \ from
Twilight
(E) into \ of
Twilight is a 2008 American romantic vampire film based ___
Stephenie Meyer’s popular novel of the same name. It is the 9. EFOMM Sally based her opinion ____________
first film in The Twilight Saga film series. This film focuses Stephan´s theory on Black Holes.
on the development of the relationship between Bella Swan (A) under (B) on
and Edward Cullen (a vampire), and the subsequent efforts of (C) at (D) beneath
Cullen and his family to keep Swan safe ___ a coven of evil (E) in
vampires.
The project was in development for approximately 3 years 10. Let´s serve dinner. Our guests are already __________ the
___ Paramount Pictures, during which time a screen table.
adaptation that differed significantly from the novel was (A) on (B) at
written. Principal photography took 44 days and the film was (C) under (D) in
primarily shot in Oregon. (E) beneath
Twilight was theatrically released ___ November 21 2010,
grossing over US$392 million worldwide and became the 11. EFOMM Besides running and maintaining the main
most purchased DVD of the year. The soundtrack was propulsion machinery ________ the ship, the engineer officer
released in the same year. Following the success of the film, has a great deal ________ auxiliar to look _______.
New Moon and Eclipse, the next two novels in the series, were (A) in \ on \ about (B) of \ of \ after
produced as films the following year. (C) out \ in \ above (D) on\ of \ at
Adapted from Wikipedia (E) in \ on \ out

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 101


12. EFOMM Congratulations __________ your wedding .
(A) in (B) on (C) for
(D) at (E) -
13. I´ll go ______right now, but I won´t go ________ his
house tonight.
(A) - \ for
(B) for \ to
(C) - \ to
(D) - \ -
(E) straight \ for
14. I work ________ 7 a.m ________ 6 p.m
(A) from \ till
(B) about \ by
(C) at \ at
(D) from \ -
15. I´ll buy it ________you and sell it ______ them.
(A) for \ for
(B) to \ to
(C) to\ for
(D) for \to
(E) to \ -
16. I was searching _______ this file.
(A) for
(B) in
(C) through
(D) -
(E) to
Text
A rich old man became very ill and called his three sons to
him. ¨ I´ll reward the son who is the cleverest ¨ , he said . ¨
Each of you take one coin and buy something that will fill my
room ¨ . The oldest son went to the market , but he could not
decide if he should buy flowers or straw. ¨ Flowers take up
less space than straw and they are more expensive¨. So he
bought straw. The second son also went to the market but he
could not decide whether to buy papers or feathers. ¨ Feathers
are lighter than paper. And they are cheaper¨ . So he bought
feathers. The youngest son thought and thought . ¨ What can
I buy with this coin that will fill a whole room ? ¨ At last he
found the answer and bought something.
That evening , the three sons returned to their father´s room,
each with his gift. The oldest spread his straw, but it covered
one small corner; the second son spread the feathers, but they
filled only two corners. Quietly , the youngest son showed a
candle and lighted it with a match. The whole dark room filled
with a warm glow. The old father happily smiled and said: ¨
You are my youngest son , but you are the cleverest, The
reward is yours¨
Modal Verbs = Anomalous Verbs
Eles tem um diferencial comparados aos demais tempos
verbais . Por exemplo quando usamos o simple present , temos
que ter cuidado ao usarmos a terceira pessoa do singular ( He
, she , it ) em frases afirmativas .
Nos verbos modais , não importa mesmo quando houver
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
terceira pessoa do singular , o verbo ficará inalterado .
Can - Usaremos quando :
* Expressar habilidade física ou mental. eg .: He can drive a
bus ( habilidade física ) . He can speak Italian and French
fluently . ( habilidade mental )
* Expressar permissão informal . eg.: Can I drink some water?
/ Can I go to the restroom ?
* Habilidade adquirida - eg.: Can you say the multiplication
table by hearty ?
* Verbos relacionados aos sentidos - eg.: Can you hear me ?
* Para pedir ajuda, favores - eg .: Can you help me with the
shopping bags ?
Aff: He can make pancakes very well.
Int : Can he make pancakes very well ?
Neg : He cannot make pancakes very well ou He can´t make
pancakes
very well.
Int Neg : Can´t you do that ? \ Can´t you solve these exercises?
OBSERVAÇÃO 1 : NOS CONCURSOS TENHA
CUIDADO, POIS QUANDO HOUVER A PALAVRA
CAPABLE , JÁ INDICA UMA SUBSTITUIÇÃO DO CAN
PARA O TO BE ABLE TO ... É UMA GRANDE DICA !!!
CAN pode ser substituido por : To be + able to + verb
I can iron clothes = I´m able to iron clothes.
She can dance waltz = She is able to dance waltz.
They can dance kind of music = They are able to dance any
kind of music.
Aff: She is able to understand physics quickly.
Int : Is she able to understand physics quickly ?
OBSERVAÇÃO 2 :
Short answers :
Is your mother able to park well ? yes , she is / no, she isn´t
Can you answer the door for me , please ? yes , I can / no , I
can´t .
Are you able to kill a rat ? yes , I am / No, I´m not.
Observação 3 :
¨ CAN ¨ não pode ter plural como VERBO , mas pode exisitir
como substantivo no singular ou plural com sentido
totalmente diferente .
I had a student that told me he drank lots of cans of beer
when he went to the beach.
I can´t drink 3 cans of beer . She likes to drink a can of coke
in the morning.
Could ( podia , poderia )
* Expressa permissão formal - É mais formal que o MAY .
Could you tell me where the restroom is ?
Could you bring me a glass of water ?
* Expressa impossibildade ( especialmente no passado ou
alguma ação relacionada ao passado ) .
eg.: She couldn´t go to the supermarket yesterday , because
she was sick.
eg.: She could play the keyboard when she was 9 years.
* Fazer sugestões.
eg.: We could take the subway instead of the bus.
* Expressando algo que poderia ter sido feito :
Could + Have + p.p
eg.: You Could have studied more hours . / She could have
saved money.
102

OBSERVAÇÃO :
Could - Pode ser substituido por : was /were able + to
eg.: He could drive any kind of car in the past. = He was able
to drive any kind of car in the past.
eg.: They could solve any math problem at school . = They
were able to drive any kind of car in the past.
FUTURE - NÃO PODERÁ SER SUBSTITUIDO .
WILL + BE + ABLE + TO + VERB . ( PODERÁ , PODEREI
, PODEREMOS )
eg.: I will be able to visit you next weekend. / She will be able
to make many trips next month.
aff: They´ll be able to work many hours straight tonight.
int : Will they be able to work many hours straight tonight ?
neg : They will not be able to work many hours straight
tonight . or They won´t be able to work many hours straight
tonight .
May - Permissão Formal .
eg.: May I go drink some water ? / You may go now.
Possibilidade -
eg.: The test may be difficult . / You may be right this time.
aff: She may come back home later tonight .
Int : May she come back home later tonight ?
Neg : She may not come back home later tonight.
OBSERVAÇÂO :
MAY + HAVE + P.P
eg.: He may have missed the bus , that´s why he ´s so late for
the meeting.
MIGHT - Há alguns livros que fazem distinção entre MAY e
MIGHT .
A maioria dos livros ainda diz que May é uma possibilidade
e que Might é uma possibilidade REMOTA. Outros que
MAY e Might não tem diferença. O fato é que de uns anos
para cá , não há diferença entre um e outro. A banca das
provas tem seguido o critério da maioria dos livros , como
Might sendo usado para possibilidade remota.
Eg.: It might snow later . ( possibilidade )
aff: She might come to the party.
int : Might she come to the party ?
neg : She might not come to the party.
Observação : Might + have + p.p
eg.: You might have told me she was coming.
SHOULD = OUGHT TO - Indicam opinião forte ou conselho
***** Should é igual ao Ought to , porém o Ought to é o único
MODAL que aceita a partícula TO .
eg.: You should think about your professional life. / You
should save some money by December.
aff: People should eat less fat. / People ought to eat less fat.
int : Should people eat less fat ? / Ought people to eat less fat?
neg : People shouldn´t eat less fat. / People ought not to eat
less fat.
Observação :
Should + have + p.p ( a ação deveria ter acontecido )
eg.: You should have told me the truth. / You ought to have
told me the truth
Should + Be + ING. ( a ação deve estar acontecendo , no
sentido de opinião )
eg.: She should be sleeping at this time. / she ought to be
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
sleeping at this time
MUST - Indica 4 situações :
1- Obligation - (obrigação )
eg.: You must study . / All the passengers must wear seat belts.
2- Deduction - ( dedução )
eg.: He´s worked a lot recently ... He must be tired .
3- Necessity ( necessidade ) = Have to / has to + verb
eg.: I must go to the bank = I have to go to the bank . / She
must really go = She really has to go .
Há livros que fazem a seguinte substituição :
I´m to go to the bank = I must go to the bank = I have to go to
the bank.
She´s to create a project = She must create a project = She
must create a project.
4- Prohibition - ( proibição ) - Normalmente a frase está na
negativa .
eg.: You mustn´t park over there . / You mustn´t tell anyone.
Poderemos também usar :
He must be working now ( se você tiver quase absoluta certeza
de que algo possa estar acontecendo em algum determinado
momento , sendo a seguinte estrutura : must + be + ing )
He must have studied hard ! he passed and has a high score !
( por dedução algo deve ter acontecido então a estrutura será:
must + have + p.p )
Observação:
1- Would rather - usaremos na forma contrata - ´d rather
( indica preferência ) . O verbo não tem partícula TO após to
RATHER.
would rather + verb ( ´d rather )
eg.: I´d rather drink lemonade .( eu preferiria beber limonada)
/ She ´d rather sleep earlier today. ( ela preferiria dormir mais
cedo hoje )
2- Had better - Usaremos também na forma contrata - ´d better
( seria melhor ) had better + verb
eg.: You´d better take an umbrella. ( seria melhor você levar
um guarda-chuva ) / You´d better stay home this weekend.
( seria mehor você ficar em casa este fim de semana )
PORÉM A EXPRESSÃO IT´S BETTER , USAREMOS A
PARTÍCULA TO .
eg.: It´s better to take the umbrella . ( é melhor levar o guarda-
chuva) / It´s better to study ! ( é melhor estudar )
Observação :
USED TO ( PAST ) X VERB TO BE + USED + TO + ING
( PRESENT)
Used to ( past ) - Açôes que ocorrem no passado e não
acontecem mais no presente.
eg.: I used to dance on Fridays. ( eu costumava dançar às
sextas , quer dizer que não danço mais) / They used to smoke.
( eles costumavam fumar . quer dizer que eles costumavam
fumar )
aff.: He used to play dodge ball in the past .
int : Did he use to play dodge ball in the past ?
neg: He didn´t use to play dogde ball in the past.
Verb to be + used + to + ing ( ações que ainda
acontecem) .
103
 CAPÍTULO XII

eg.: I´m used to getting up early on Sundays.( nesse caso a 21. My parents love to go to the theater __________.
ação ainda acontece e a tradução fica : eu estou acostumada a (A) By themself
levantar cedo aos domingos ou seja faz parte de minha rotina) (B) by themselves
/ She´s used to cooking during the week.( ela está acostumada (C) by yourselves
a cozinhar durante a semana ) (D) themselves
aff: Paul is used to take a nap after lunch.
int : Is he used to take a nap after lunch ? 22. ____ like _______ a look ______ ______ the mirror .
neg: He isn´t used to take a nap after lunch . (A) Me / to take / in myself / at
(B) I / taking / at myself / on
OBSERVAÇÃO : (C) I / take / by myself / in
O verbo Need pode ser modal ou regular . Observe os (D) I / to take /at myself / in
exemplos abaixo :
Need sendo regular : 23. I´m wondering if ___________________ me finish this
Does he need to send this email today ? homework .
He doesn´t need to send this email today. (A) I could help
Doesn´t he need to send this email today ? (B) I could you help
He needs to send this email today . (C) help
Vamos ver o NEED como modal : (D) could
(E) you could help
1- Será usado sem auxiliar.
2- Sem partícula TO 24. Anyone who ______________ to a psychiatrist ought
3- Em frases negativas ou interrogativas __________ his head examined .
4- Não será usado em frases afirmativas. (A) goes \ to have (B) to go\ have
(C) goes\ having (D) gone\ to have
Need he send the email today ? (E) going \ have
He needn´t send the email today.
Needn´t he send the email today ? 25. Indicate the alternative that best completes the following
sentence:
EXERCISES When the manager arrived , the problem ______________.
(A) was been solved already
17. In the sentence , You may be wrong , and you may be (B) should to be solved yet.
right, ¨May¨ expresses : (C) had already been solved
(A) possibility (B) permission (D) has still been solved
(C) ability (D) deduction (E) had already solved
(E) obligation
26. A: ¨ I have to see Mary today ¨.
18. EFOMM- 2012 Match the following sentences with the B : ¨ Then you _______________ come at 9: OO . She´ll leave
meaning expressed by the modal verb in each of them : at 9: 30 sharp.
(A) ought (B) can´t
1- Romans must be vacated by noon (C) must (D) needn´t
2- May I take a look at your newspaper ? (E) don´t have to
3- John might have borrowed his partner´s computer
4- If you are going to the forest , you ought to buy some 27. People ______________ to separate facts from opinions.
mosquito repellent (A) can
5- You must be joking ! (B) might
(A) obligation \ permission \ possibility \ advice\deduction (C) ought
(B) advice \ ability \ permission \ ability \ obligation (D) could
(C) advice \ permission \ permission \ advice \ obligation (E) may
(D) obligation \ ability \ possibility \ obligation \ deduction
(E) deduction \ ability \ permission \ advice \ obligation 28. He _______________ have a large family. He bought
_________ food.
19. Mary and ________ ___________ to sleep more. (A) may \so many
(A) me / must (B) might \ so few
(B) I / ought (C) can \ a lot of
(C) I / should (D) will \ very little
(D) me / would (E) must \ so much
(E) their / ought
29. As soon as you ______________ ready, we will go
20. _________ need to talk to _______ right now. downtown .
(A) Him / us (B) he / we (A) will be (B) was
(C) she / it (D) he / us (C) shall be (D) are
(E) you / them (E) be
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 104
 CAPÍTULO XII

Text 36. EN 2015 Which is the correct option to complete the

paragraph below?
To tip or not to tip.
Canadians and Americans usually tip in places like restaurants The construction of means to control maritime areas will
, airports, hotels and hair salons because people __1_____ focus ____ the strategic areas _____ maritime access _______
work _____2 these places get low salaries. A tip shows that Brazil. Two coastal areas will continue to deserve special
__3____ customer is pleased __4____ the service. At the attention: the strip that goes ______ Santos _____ Vitória, and
airports, porters usually get a dollar for each bag. Hotel the area around the mouth of the Amazon River.
bellhops usually get a dollar for carrying one or two suitcases. (Adapted from http://wsvw.globalsecurity.org)
A hotel door attendant or parking valet also gets about a dollar
for getting a taxi or for parking a car. Many people also tip (A) on/of/in/to/in
hotel maids, especially when they stay in a hotel for several (B) in/of/in/from/to
days. They usually leave a dollar a day. (C) on/from/in/to/from
The usual tip for __5______kinds of service - for example , (D) on/of/to/from/to
for taxi drivers, barbers, hairdressers , waiters and waitresses (E) in/from/to/to/in ,
- is __6____ fifteen and twenty percent of the check. The size
of the tip depends __7____ how pleased the customers are. In 37. EN 2016 Which is the correct option to complete this
most restaurants, __8__ bill does not include a service charge. paragraph?
There is no tip _9___ cafeterias or fast food restaurants.
We would like to invite you to participate ______ a
30. Complete the gaps 1 and 2 : conference on the Contemplative Heart of Higher Education
(A) whose \ on (B) that \ about that will be held ____ Amherst College _____ April 24-26,
(C) who \ in (D) whom \ towards 2009.
(E) which \ in
This year's conference will be the first to be sponsored_____
31. Complete the gaps 3 and 4 : the new Association for Contemplative Mind in
(A) a \ for (B) the \ for Higher Education, which is affiliated with the Center for
(C) x \ to (D) the \ with Contemplative Mind in Society. The conference will explore
(E) x \ by the special role that contemplative practices can play in
cultivating those capacities of attention, equanimity, wisdom
32. Complete the gaps 5 and 6 : and compassion that are central to the lives______our
(A) another \ between students and ourselves.
(B) others \ among (Adapted from http://www.internationaXpeac.eandconflict.org)
(C) other \ between (A) in/at/in/for/in (B) of/on/in/of/from
(D) another one \ among (C) in/at/on/by/of (D) of/on/on/by/to
(E) other \ among (E) on/in/in/for/on

33. The gap 7 is : 38. EN 2017 Choose the correct option to complete the text
(A) for (B) by below.
(C) on (D) through International Congress
(E) with
Join us _________our 2016 International Education
34. The gaps 8 and 9 are : Conference _____________Orlando, at the Disney's
(A) x \ in (B) a \ on Boardwalk Inn! The Boardwalk is located within the Walt
(C) the \ in (D) x \ in Disney World Resort and 10 minutes away ______ the
(E) x \ a Epcot Theme Park. In addition to the Education
Conference, we are also hosting a Business Conference
35. EN 2014 Which sequence best completes the text below? that will be held on the same days, at the same venue.
"Derived (1) ____ "vita," meaning life (2) ____ Latin, (Abridged from http://www,eluteinstitute.com/education-
vitamins are necessary to convert food (3) ____ energy. conferences/)
When people don't get enough vitamins, they suffer diseases (A) in/in/at
like scurvy and rickets. The question isn't whether people (B) on/in/under
need vitamins. They do. The questions are how nuch do they (C) at/at/under
need, and do they get enough (4) ____ foods?" (D) at/in/from
(Adapted from http:// http://www.nytimes.com/2013/06/09) (E) in/at/from

(A) from - in - in - out 39. EN 2018 Which option completes the paragraph below
(B) of - in - into - of correctly?
(C) of - of - in - in
(D) of - of - in - out If Brazilian industry is successful ______ producing
(E) from - in - into – in submarines and stealth corvettes, demand for Brazilian
military hardware will only grow (...). Of concern, however,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 105
 CAPÍTULO XII

are Brazil's long-term intentions with regard______ the IV. The mountains are covered ______ snow.
construction of BNS Alvaro Alberto. (...) It will be necessary V. Everybody’s annoyed ______ you.
to keep a very close eye ______ the Brazilian shipbuilding (A) I. at – II. to – III. about – IV. with – V. with
and nuclear industries in the 2030s, especially as domestic (B) I. to – II. on – III. of – IV. in – V. with
demand for this class of vessel is satisfied, (C) I. with – II. for – III. with – IV. in – V. with
(https ://www.offiziere.ch/?p=19043) (D) I. about – II. in – III. for – IV. with – V. on
(A) at/to/of (B) at/of/on (C) in/to/on (E) I. for – II. to – III. with – IV. in – V. by
(D) in/of/in (E) on/to/in
44. EFOMM 2017 Which option is correct?
40. EN 2019 Which is the correct option to complete the text She was afflicted ______ severe asthma.
below? (A) to (B) by (C) of (D) with (E) at
Chock-a-block
45. EFOMM 2017 Choose the option that correctly
Today, this adjective means ‘crammed full with people or completes the text below, respectively.
things' (the narrow roads are chock-a-block with vehicles).
Chock derives ,_____ , chock-full, a Middle English “______ half-past twelve next day Lord Henry Wotton
word______unknown origin meaning “very full’. It rhymes strolled from Curzon Street over to the Albany to call on his
nicely______the block in question, more fully known as a uncle, Lord Fermor, a genial if somewhat rough-mannered old
pulley block, part______ a block and tackle. This is a device bachelor, ______ the outside world called selfish, ______ it
much used______, boats and elsewhere to make lifting heavy derived no particular benefit from him, but ______ was
weights less demanding. considered generous by Society as he fed the people who
(https ://blog.oxforddictionaries.com) amused him.”
(A) of /with / for / of / in (WILDE, Oscar. The Picture of Dorian Gray. Collins
(B) o f/o f / for / in / on Classics.)
(C) from / with / with / from / in (A) On / which / nonetheless / that
(D) from / with / to / of / for (B) About / where / notwithstanding / which
(E) from / of / with / of / on (C) In / who / instead / whom
(D) At / whom / because / who
41. EFOMM 2014 ‘Navigation , derived ________ the Latin (E) Around / that / consequently / which
words “navis” (meaning “ship”) and “agere” (meaning “to
drive”) is the process of accurately determining the position
and controlling of a craft or vehicle _________ a desired GABARITO
course. This is accomplished ______ finding the navigator’s
position compared ________ known locations or patterns 1. D 2. D
3. B 4. D
(…)’. (MarineLink.com – Maritime Reporter and 5. D 6. B
MarineNews magazines online) The blanks of this excerpt can 7. D 8. B
be adequately filled by: 9. B 10. B
(A) from – towards – by – with 11. D 12. B
(B) from – along – on – with 13. C 14. A
(C) of – along - on – to 15. D 16. A
(D) of – towards- by – to 17. A 18. A
(E) from – along – by – to 19. B 20. E
21. B 22. D
42. EFOMM 2015 "I cannot understand why the Spring is so 23. E 24. A
late ______ coming," said the Selfish Giant, as he sat _______ 25. C 26. C
the window and looked _____________ this cold white 27. C 28. E
garden; "I hope there will be a change ______ the weather." 29. D 30. C
(Adapted from The Selfish Giant by Oscar Wilde) 31. D 32. C
(A) in – at – out – in – of 33. C 34. C
(B) in – on – at – out – in 35. E 36. D
(C) for – by – out – on – of 37. C 38. D
(D) in – at – out – at – in 39. C 40. E
(E) for – by – at – out – in 41. E 42. D
43. A 44. D
43. EFOMM 2016 Complete the passage below with the 45. D
correct word.
Then choose the correct alternative.

I. I was shocked _______ her behavior.

II. The man is known ______ the police.
III. We’re worried _______ the future.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 106

 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

2. Check the statement which mentions an idea found in the
first and the two paragraphs:
Text
(A) Compulsive spenders are not very well-known .
(B) There are some little things about shopaholics that
SHOPAHOLICS psychiatrists don´t know.
(C) The phenomenon of compulsive spending hasn´t been
1- What are the warning signs of compulsive shopping ? well described.
There is still very little known about compulsive spenders. (D) Many things about compulsive spenders will always
remain mysterious.
2- ¨ A compulsion is the uncontrollable need to do something (E) The information available on shopaholics is still very
. The individual overwhelmed by the desire to do very stupid
insufficient.
things in order to reduce anxiety ¨ , psychiatrists say. ¨ The
tension is there and even though they recognize that what they
do may be ridiculous , they do it anyway¨ . 3. Mark the only option that does NOT express an idea
contained in the 5 th paragraph.
3- Researchers estimate that as many as 10 million Americans (A) University researchers are willing to help compulsive
are compulsive shoppers, with a growing number of people shoppers.
addicted to home-shopping catalogs and TV shopping
(B) Shopaholics usually end up having moeny problems.
services.
(C) Reseachers are developing several different therapies.
4- A compulsive shopper told a researcher that she could (D) Compulsive shoppers are experimenting with a new drug.
never go to a supermarket and buy just one bottle of milk. It (E) Ritualized hand-washing is an obsession.
had to be two. Why ? I´d been brought up to please eveybody¨.
She said. ¨So I thought I was pleasing the store ¨ 4. ¨... engage in compulsive behavior ¨ (6 th paragraph) , the
verb ¨ engage¨ means :
5- ¨ To help anxious shopaholics , who often wind up with (A) attack
major financial and personal difficulties , researchers at (B) fit
several Universities in the United States are working on a (C) work at
variety of therapeutic approaches , from behavior (D) lock together
modification to experiments with a drug used to treat such (E) to be involved
obsessions as ritualized hand-washing.
5. The modals Could , Might and May appear in the 6th
6- Psychiatrists and social scientists have various theories as paragraph to express the idea of :
to why people engage in compulsive behavior . Shopaholics , (A) permission
they suggest , could be sexually frustrated , might suffer from (B) possibility
lack of self-esteem , or may just have a neurotic reaction to (C) intention
television commercials and glossy advertisements. (D) prohition
(E) ability
7-¨ Often , there is a background of emotional problems such
as anxiety , depression , substance abuse and mood disorders 6. According to psychiatrists and social scientists (6th
¨ , says Dr.Donald Black , a professor of psychiatry ¨ at the and 7 th ) paragraphs , compulsive shoppers and spend too
University of lowa College of Medicine. Though much money to :
overshoppers later experience considerable remorse, they (A) show off
¨find shopping exciting. They think about doing it. They
(B) please eveybody
fantasy about selecting and the purchasing. They have closets
(C) impress others
full of clothing they don´t wear , but feel embarressed about
(D) make up for their problems.
returning items . They go into a store for a specific, such as a
(E) become more fashion.
shampoo, and come out with $ 100 worth of goods ¨ .
7. After reading the 6 th paragraph , the only thing we cannot
8- Who needs help? ¨ If you have had clothes for six months
conclude is that psychhiatrists and social scientists :
and haven´t taken the tags off ¨ , one compulsive shopper
(A) don´t know the definite patterns of behavior of
recently suggested , ¨ you probably need to evaluate what you
shopaholics .
are doing ¨ .
(B) have reached different conclusions about overspenders.
(C) have come up with different suggestions about
1. ¨The individual is overwhelmed by the desire to do very
shopaholics.
stupid things ... ¨ (2nd paragraph) means that he:
(D) believe that television plays a very important role to
(A) is unable to fight for this impulse.
oversshoppers.
(B) wishes he could do stupid things.
(E) are sure that shopaholics don´t have a good opinion about
(C) believes that doing stupid things is quite appropriate.
themselves.
(D) feels that he should overcome this urge.
(E) hopes to resist this stupid feeling.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 107

Text
No one knows exactly knows exactly how many disabled
people there are in the world , but estimates suggest the figure
is over 450 million. The number of disabled people in India
alone is probably more than double the total population of
Canada.
In the United Kindgom about one in ten people have some
disability. Disabled people in this context are those who are
physically handicapped , deaf , hard of hearing , blind ,
partially sighted , speech impaired , mentally handicapped ,
mentally ill , or suffer from handicaps such as epilepsy.
Disability is not just something that happens to other
people : as we get older , many of us will become less mobile
, hard of hearing or have failing eyesight .
Disablement can take many forms and occur at any time of
life. Some people are born with disabilities . Many others
become disabled as they get older. The longer time goes on ,
the worse they become. Some people are disabled in
accidents. Many others may have a period of disability on the
form of a mental illness. All are affected by people´s attitude
towards them.
Disabled people face many physical barriers. Next time you
go shopping or to work or visit friends , imagine how you
would manage if you could not climb stairs , get up steps , or
go to buses and trains . How would you cope if you could not
see where you were going or could not hear the trafiic ? But
there are other barriers : prejudice can be even more
formidable and harder to break down and ignorance
inevitably by far the greatest barrier of all. It is almost
impossible for the able-bodied to fully appreciate what the
severely handicapped go through, but the internacional Year
of disabled people was of enormous value in drawing
attention to these barriers and showing that it is the individual
person and their ability, not their disability, which counts.
8. In paragraph 1, it is said that the number of disabled people
in the world is:
(A) approximately calculated.
(B) exactly presented.
(C) probably numbered.
(D) exactly guessed .
(E) rarelu counted.
9. Over 450 million , means :
(A) equal.
(B) more than.
(C) less than.
(D) as much as .
(E) so much as .
10. When the author says : ¨Disability is not just something
that happens to other people ¨ , he means that :
(A) Disability is usually not faced by other people.
(B) Some people are just hard of hearing or less mobile.
(C) only old people may have some physical or mental
problems.
(D) Everybody will definitely become handicapped in the
future.
(E) Anyone may have some physical or mental deficienty at
any time in life.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
11. The word THEY underlined in the text refers to :
(A) forms. (B) others.
(C) people. (D) diseases.
(E) accidents.
12. The word underlined ¨ formidable¨ means:
(A) frightening . (B) others.
(C) people. (D) diseases.
(E) accidents.
13. The main idea of the text is :
(A) to call people´s attention to the danger of car accidents.
(B) to give an estimate of how may disabled people there are
in the world.
(C) to exemplify the different aspects of disability by
enumerating them.
(D) to emphasize the importance , of the Internacional Year
od Disabled People.
(E) to change people´s attitude the disabled by making them
more conscious of the problems those people face.
EsPCEx 2013
Facebook Song Iyrics
I wouldn’t call myself a social butterfly
And there’s not much that separates me from the other guy
But when I log in begin to live
There’s an online world where I am king
Of a little website dedicated to me
With pictures of me and a list of my friends
And an unofficial record of the groups that I’m in
Before the internet, friendship was so tough
You actually had to be in people’s presence and stuff
Who would have thought that with a point and a click
I could know that Hope Floats is your favorite flick
Facebook
I’m hooked on Facebook
I used to meet girls hanging out at the mall
Now I just wait for them to write on my wall
Oh! Link’s status changed, it says he’s playing the
recorder...
How do you know this person?
Did you hook up with this person?
Do you need to request confirmation?
Or did you just think they Iooked cute...
From their picture on Facebook?
If the internet crashed all across the land
Or my Facebook account was deleted by the man
I’d carry around a picture of my face
And a summary of me typed out on a page
Adaptado de http://www.lyricsmode.com/Iyrics/r/
rhett_and_Iink/facebook_song.html
108

14. The text above can be considered
(A) obscene. (B) obsolete.
(C) religious. (D) ironic.
(E) thrilling.
15. The sentence “But when I login I begin to live” brings
the readers a reflection about the extreme importance that
people, in our society, give to
(A) school and internet. (B) love and life.
(C) life and death. (D) girls and computers.
(E) the online world.
16. In the sentence “Before the internet, friendship was so
tough”, the word tough can be replaced by
(A) easy. (B) difficult.
(C) respectable. (D) nice.
(E) flexible.
President Obama Launches Gun-Violence Task Force
Five days after deadliest elementary school shooting
in U.S. history, President Obama said his administration plans
immediate action early next year on proposals to curb an
“epidemic of gun violence”. At a morning news conference,
Obama announced the formation of a task force to be headed
by Vice President Joe Biden that will formulate a package of
policy recommendations by January. “The fact that this
problem is complex can no longer be an excuse for doing
nothing”, Obama said. “The fact that we can’t prevent every
act of violence doesn’t mean that we can’t steadily reduce the
violence and prevent the very worst violence.” The president
said he intends to push for implementation of the proposals
without delay”. “This is a team that has a very specific task to
pull together real reforms right now”, he said.
While Obama did not offer specifics, he suggested
the task force would examine an array of steps to curb gun
violence and prevent mass shootings, including legislative
measures, mental health resources and a “look more closely
at a culture that all-too-often glorifies guns and violence”. “I
will use all the powers of this office to help advance efforts
aimed at preventing more tragedies like this”, Obama said.
Obama made similar pronouncements following at
least four other mass shootings that marked his first term. But
few policy changes were made. “This is not the first incident
of horrific gun violence of your four years. Where have you
been?”, asked ABC News’ Jake Tapper. ‘I’ve been president
of the United States, dealing with the worst economic crisis
since the Great Depression, an auto industry on the verge of
collapse, two wars. I don’t think I’ve been on vacation”,
Obama responded.
Adaptado de http://abcnews.go.com/PoIitics/OTUS/presldent-
obama-Iaunches-gun-violence-task-
force/story?id=18015694#UOA3AOTAdyw
17. In the sentence “The fact that this problem is complex
can no longer be an excuse for doing nothing... “, this
problem refers to
(A) task force.
(B) economic crisis.
(C) police recommendations.
(D) an array of steps.
(E) gun violence.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
18. In the sentence “This is a team that has a very specific
task ...“, who is the leader of this team?
(A) the press.
(B) Jake Tapper.
(C) Joe Biden.
(D) the task force.
(E) ABC channel.
19. According to the text, Obama
(A) is not trying to solve the mass shootings problem.
(B) is not worried about gun violence.
(C) was on vacation during the shooting.
(D) requests a task force to try to solve the problem.
(E) decides to take action after talking to the reporter.
20. In the sentences “... proposals to curb an “epidemic of
gun violence”...” and “an array of steps to curb gun
violence...”, the word curb means
(A) control. (B) cultivate. (C) increase.
(D) encourage. (E) originate.
Welcome to Madrid: City of Protests
Madrid (CNN) — “The people, united, will never be
divided!” yells the crowd, angrily waving banners and
placards. “To fight is the only way!” Dog-walkers, mothers
with strollers, an pensioners carrying shopping bags join the
crowd. These people on the sidewalk are no curious
neighbors. Indeed, many of them are complete strangers to the
family living on the fifth floor, but they are all here to protect
Rocio from eviction – being forced to leave her property by
legal process
Rocio and her son, now 17 and in high school,
moved from Ecuador in 2003, when times were good and jobs
plentiful in Spain. But then the global financial crisis hit,
bringing Spain’s economy’ down, Rocio lost her two jobs –
in a shop, and as a cleaner. For a while, Rocio got by on
benefits but then those stopped too. She is an example of the
crisis many Spaniards face as the country deals with the
highest unemployment rate since the Civil War in the 1930s,
and a recession entering its second year. “I can’t stand the
thought of living on the streets with my son, but I have no idea
where else to go”, she says.
Rocio’s story is echoed by others all over Spain. It is
this fear that took many Spanish citizen to action. Many of
those people who are outside the door of Rocio’s apartment
block are supporter of “Stop Desahucios” (Stop Evictions),
part of the Platform of People Affected by Mortgages (PAI –
Plataforma de Afectados por la Hipoteca), a group that
campaigns to prevent banks and authorities from eviction
because of the country’s economic crisis. They accuse the
banks and authorities o ‘real estate terrorism”.
There are also the mass marches of the 15-M
movement – also known as the “Indignados”. Activist Dante
Scherma, 24, says citizens were not used to speaking out on
political issues. “The 15-M movement made people talk about
social issues, and about politics in normal conversations - in
cafés, restaurants, bars – where before they only talked about
football or fashion.”
109
 CAPÍTULO XIII

Back in Vicalvaro, the moment of truth has arrived, 24. According to the text, we can state that
but the crowd – now shouting at the police, insisting they have (A) empathy is part of emotional intelligence.
to stop forcing families to leave their properties – appears to (B) emotional intelligence does not include empathy.
have had an impact. Lawyers from the PAH explain that (C) emotional intelligence is the ability to avoid empathy.
Rocio will be able to stay – for a while, at least. For those (D) the US Army wants soldiers to hide feelings.
working to stop Spain’s eviction epidemic, today has seen a (E) the US Army wants leaders to control subordinates’
small and temporary victory. For those demonstrating about feelings.
cuts, corruption and lack of cash, the protests will go on.
Adaptado de: 25. In the sentence “...an awareness of one’s own emotions
http://edition.cnn.com/2013/02/20/world/europe/madrid-city-of- as well as the ability to control them...” the expression as
protests/index.html well as has the same meaning as
(A) but.
21. According to the text, Rocio (B) thus.
(A) moved to Spain when there were many jobs there. (C) also.
(B) was the only person affected by the crisis in Spain. (D) unless.
(C) is getting benefits from Spain’s government nowadays. (E) then.
(D) had two jobs in Ecuador before moving to Spain.
(E) has the best job in Spain nowadays. GABARITO
22. According to the text, the 15-M movement made 1. A
(A) Spaniards’ lives lose their importance.
(B) citizens in Spain more interested in social issues. 2. B
(C) Spaniards talk more about football and fashion. 3. D
(D) people go to cafés, restaurants and bars.
(E) Spaniards accept evictions. 4. E
5. B
23. In the sentence “...insisting they have to stop forcing
families to leave their properties...”, words they and their 6. D
respectively refer to 7. E
(A) the crowd and families.
(B) the crowd and the police. 8. A
(C) the police and families. 9. B
(D) the families and the properties.
(E) the police and the properties. 10. E
11. C
Empirically Based Leadership
12. A
A significant area of interest within the US Army 13. E
empirical literature on leadership is emotional Intelligence
(EI), which in recent years has been the focus of considerable 14. D
attention in relationship to leadership efficacy. Emotional 15. E
intelligence Involves an awareness of one’s own emotions as
well as the ability to control them, social awareness of others 16. B
and their emotions, and the capacity to understand and 17. E
manage relationship and social networks.
In understanding others’ emotions, an important 18. C
contributing factor to the success of the more effective 19. D
military officers is their ability to empathize with their
subordinates. In discussing empathy, EM (Field Manual) 6- 20. A
22 defines it as “the ability to see something from another 21. A
person’s point of view, to identify with and enter into another
person’s feelings and emotions”. Empathy is not typically a 22. B
quality that most soldiers would readily identify as an 23. C
essential characteristic to effective leadership or necessary to
producing positive organizational outcomes, but it is an 24. A
important quality for competent leadership, especially as it 25. C
relates to EI.
Adaptado de McDONALD. Sean P. Military Review, Jan-Feb,
2013.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 110

 FRENTE I

MATEMÁTICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 111

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 112
 CAPÍTULO VII

CAPÍTULO VII - FUNÇÃO MODULAR EXERCÍCIOS

1. EEAR 2017 Seja f (x) =| x − 3 | uma função. A soma dos

DEFINIÇÃO: valores de x para os quais a função assume o valor 2 é
A relação: (A) 3
f: → (B) 4
 x, x  0 (C) 6
x f (x) = x :=  (D) 7
−x , x  0
é uma função, chamada função modular.
2. MACKENZIE 2016 Os gráficos de f (x) = 2 | x 2 − 4 | e
g(x) = (x − 2) 2 se interceptam em
Definida assim temos:
(A) apenas um ponto.
Df =
(B) dois pontos.
CDf = (C) três pontos.
Im f = +
(D) quatro pontos.
(E) nenhum ponto.

GRÁFICO 3. PUCRJ 2016 Qual dos gráficos abaixo representa a

função real f (x) =| 3x − 1| ?
O gráfico de uma função modular é obtido de maneira (A) (B)
imediata da sua definição.
y

y = −x y=x

EQUAÇÃO MODULAR (C) (D)

DEFINIÇÃO:
Seja a  , uma equação modular é uma sentença aberta
equivalente a:
x =a
Assim, da definição de módulo, temos:
a  0  S =  a
a = 0  S =  0
a 0S= (E)

INEQUAÇÃO MODULAR

DEFINIÇÃO:
Seja a  , uma inequação modular é uma sentença aberta
equivalente a uma das seguintes:
x a
x a
x a
x a

A solução de uma inequação modular é obtida pela

definição do módulo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 113
 CAPÍTULO VII

4. EFOMM 2016 Determine a imagem da função f , 8. EN 1989 O conjunto solução da inequação

3 |x – 1| + x > |1 – x| é
definida por f (x) =|| x + 2 | − | x − 2 ||, para todo x , (A) (2/3, ) (B) (–, 2)
conjunto dos números reais. (C) (2/3,2) (D) 
(A) Im(f ) = (E) (–,)
(B) Im(f ) = {y  | y  0}.
(C) Im(f ) = {y  | 0  y  4}. 2x + 1
9. EN 1994 O conjunto solução de  3 é:
x −3
(D) Im(f ) = {y  | y  4}.
(A) ]8 5 , 3[  ] 3 , +  [
(E) Im(f ) = {y  | y  0}.
(B) ] 3,10[  ]10, +  [
5. AFA 1999 O conjunto solução da inequação (C) ] − , 8 5[  ] 3,10[
1 + 2x − 3x 2 <5 é (D) ]8 5 , 3[  ] 3,10[
 19 1 + 19  (E) ]8 5 , 3[  ]10, +  [ .
(A) x  R x .
 3 3 
10. EN 2014 A soma das raízes reais distintas da equação
 1 − 19 1 + 19  ||x – 2|–2| = 2 é igual a
(B) x  R x . (A) 0 (B) 2 (C) 4 (D) 6 (E) 8
 3 3 
 11. EsPCEx 2015 O número de soluções da equação
− 1 − 19 − 1 + 19 
(C) x  R x . 1 3
 3 3  | x |  | x − 3 |= 2  x − , no conjunto , é
2 2
 1 − 19 1 + 19  (A) 1. (B) 2. (C) 3.
(D) x  R x  ou x  . (D) 4. (E) 5.
 3 3 
12. EsPCEx 2013 Se Y = {y  R tal que
6. EFOMM 2014 Os valores de x IR, para os quais a função |6y – 1| ≥ 5y –10}, então:
real dada por f (x) = 4 − 2x − 1 − 6 está definida, formam o  1
(A) Y =  −, 
conjunto  6
 1 3  9 5 3 7  (B) Y = {–1}
(A)  − ,  (B)  − , −    ,  (C) Y = R
 2 2  2 2 2 2 
(D) Y = 
 5 1   7 11   5   7
(C)  − , −    ,  (D)  − ,0   0,  1 
 2 2 2 2   2   2 (E) Y =  , + 
6 
 9 1   3 11 
(E) − , −    , 
 2 2 2 2  13. EsPCEx 2010 Considerando a função Real
f(x) = (x – 1) | x – 2|, o intervalo real para o qual f(x)  2 é
7. EN 2005 O conjunto dos números reais x que satisfaz a (A) {x  R | x  3}
3 − 2x (B) {x  R | x  0 ou x  3}
desigualdade  4 é: (C) {x  R | 1  x  2}
2+x
(D) {x  R | x  2}
(A) ] −  , − 2 [  ] − 2 , +  [ . (E) {x  R | x  1}
 5 
(B) ] −  , − 2 [   − , +  . 14. ESPCEX 2009 Dada a função real modular
 6  f(x) = 8 + ( |4k – 3| – 7) x, em que k é real. Todos os valores
 11 5   3  de k para que a função dada seja decrescente pertencem ao
(C)  − , −    , +  .
 2 6   2  conjunto
 11   5  (A) k > 2,5
(D)  −  , −   − ,+ .
 2   6  (B) k < –1
(C) –2,5 < k < –1
 5   3 
(E)  −  , −    , +  . (D) –1 < k < 2,5
 6   2  (E) k < –1 ou k > 2,5

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 114

 CAPÍTULO VII

15. ESPCEX 2008 é:

   3 
   5, +   .
7
(A)  −  , −    1, 2
 3   
   3 
   5, +   .
7
(B)  −  , −    1, 2
 3   

(C)  −  , − 5   3
,+  .

 2 
(D)  −  , − 5    5 , +   .
(E)  −  , − 5    1, +   .
22. EN 1997 O máximo absoluto e o mínimo absoluto da
Observando o gráfico, que representa a função real função real
f(x) = |x – k| – p , pode-se concluir que os valores de k e p
são, respectivamente, 0 se x  6 ou x  −1
(A) 2 e 3 (B) –3 e –1 
(C) –1 e 1 (D) 1 e –2 − x − 3 + 2 se 2  x  6
f(x) = 
(E) –2 e 1.  1 se 1  x  2
 x se − 1  x  1

16. ESPCEX 2007 Sejam x e y números reais não nulos.
Das seguintes afirmações:
são, respectivamente:
I. Se |x| = |y| então x = y (A) 2 e –1 (B) 1 e –2 (C) 1 e 0
II. |x + y| ≥ |x| + |y| (D) 2 e 0 (E) 3 e –2.
III. Se 0 < x < 1 então x2< x
IV. Se x < 0 então x= x2 GABARITO

Pode-se concluir que 1. C

(A) todas são verdadeiras Queremos calcular x de modo que se tenha f (x) = 2. Desse
(B) somente a IV é falsa modo, vem
(C) somente I e III são verdadeiras | x − 3 | = 2  x − 3 = 2
(D) somente II e IV são falsas
(E) somente a III é verdadeira.  x = 1 ou x = 5.
O resultado é, portanto, 1 + 5 = 6.
17. ESPCEX 2003 A soma dos quadrados de todas as raízes
da equação x2 + 4x – 2 . |x + 2| + 4 = 0 é igual a 2. C
(A) 16. (B) 20. (C) 24. Para determinarmos os pontos de intersecção dos gráficos das
(D) 28. (E) 36. funções devemos resolver um sistema com as suas equações.
 f (x) = 2 x 2 − 4

18. ESPCEX 2002 O número de raízes reais distintas da   2 x 2 − 4 = (x − 2) 2
equação x x− 3x + 2 = 0 é 
g(x) == (x − 2)
2
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4.
Logo,
19. ESPCEX 2000 O valor da soma entre o menor e o maior
x y 2xy 2(x 2 − 4) = (x − 2) 2  2x 2 − 8 = x 2 − 4x + 4 
valor assumido pela expressão + + , quando x e y
x y xy x 2 + 4x − 12 = 0  x = 2 ou x = −6
variam no conjunto de todos os números reais não nulos, é ou
(A) –6 (B) –2 (C) 2 (D) 4 (E) 6. 2(x 2 − 4) = −(x − 2)2  2x 2 − 8 = − x 2 + 4x − 4 
20. ESPCEX 2000 Dada a expressão 3x 2 − 4x − 4 = 0  x = 2 ou x = − 2 3
2x – 3  + x  – 5 = 0, a soma de todas as suas soluções é Como temos 3 valores distintos para x, os gráficos se
igual a interceptam em três pontos distintos.
(A) 3 (B) 8/3 (C) 2
(D) 4/3 (E) 2/3. 3. D
Basta tomar o gráfico da função g(x) = 3x − 1 e refletir, em
21. EN 2006 O conjunto de todos os números reais que
satisfazem a desigualdade relação ao eixo das abscissas, a parte em que g(x)  0.
Logo, o gráfico de f é o da alternativa [D].
1 − 2x + x + 1 − 2x − 3  2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 115
 CAPÍTULO VII

4. C 13. A
Tem-se que:
 x + 2, se x  −2 14. D
| x+2|= 
− x − 2, se x  −2 15.
e
 x − 2, se x  2 16. E
| x−2| =  .
− x + 2, se x  2
17. B
Logo, podemos definir g : → , dada por:
 −4, se x  −2 18. D

g(x) = | x + 2 | − | x − 2 | = 2x, se − 2  x  2 .
 4, se x  2 19. C

Em consequência, temos f (x) = | g(x) |, cujo gráfico é: 20. C

21. E

22. A

Portanto, segue que Im(f ) = {y  | 0  y  4}.

5. B

 6 + 2x − 3x  0
2

1 + 2x − 3x 2  5  −5  1 + 2x − 3x 2  5   
−4 + 2x − 3x  0

2

1 − 19 1 + 19
 x 1 − 19 1 + 19
 3 3  x
 x  IR 3 3


6. E

7. D
3 − 2x
 4  3 − 2x  4 2 + x  9 − 12x + 4x 2  64 + 64x + 16x 2
2+x
11 5
 12x 2 + 76x + 55  0  x  − ou x  −
2 6

8. E

9. D

10. D

11. D
1 3 x2 − 3  x 2(2x − 3)
| x |  | x − 3 |= 2  x −  = 
2 2 2 2
x 2 − 3x = 4x − 6 ou x 2 − 3x = −2x + 6 
x 2 − 7x + 6 = 0 ou x 2 − x − 6 = 0 
x = 1 ou x = 6 ou x = −3 ou x = 2

Portanto, a equação possui quatro raízes.

12. C

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 116

 CAPÍTULO VIII

CAPÍTULO VIII - FUNÇÃO EXPONENCIAL ax

• = ax− y .
ay
x
DEFINIÇÃO: a ax
Seja a  , a  0 e a  1 . A relação: • b = .
  bx
f: →
• ax  0 .
x f (x) = a x
• Se a  1 , então ax = ay se e somente se x = y .
é uma função, chamada função exponencial de base a, em
particular, tem-se: a  1  x  y
• Se ax  ay , então:  .
Df = 0  a  1  x  y
CDf =
EQUAÇÃO EXPONENCIAL
Im f = R +
DEFINIÇÃO:
GRÁFICO Seja a  , a  0 e a  1 , uma equação exponencial de
O gráfico de uma função exponencial é uma curva que possui base a é uma sentença aberta equivalente a:
algumas particularidades, por exemplo, para todo a  ,
ax = b
a  0 e a  1 , temos f (0) = 1 , ou seja, o gráfico de toda
função exponencial contém o ponto (0 ,1) .
Discussão de equações do tipo ax = b :
O próximo passo é determinar o comportamento da função
exponencial quanto ao crescimento.
Se b  0 , a equação exponencial é possível e determinada.
Se a  1 , então x1  x2  ax1  ax2 . Se b  0 , a equação exponencial é impossível.
Logo a função exponencial é crescente.
Se 0  a  1 , então x1  x2  ax1  ax2 .
INEQUAÇÃO EXPONENCIAL
Logo é a função exponencial é decrescente.
DEFINIÇÃO:
Assim dado a  , a  0 e a  1 , a função exponencial de
Seja a  , a  0 e a  1 , uma inequação exponencial de
base a é uma função injetora.
base a é uma sentença aberta equivalente a uma das
seguintes:
Em seguida um esboço para o gráfico de uma função
exponencial nos dois casos: ax  b
y
ax  b
y =a x

(a  1)
ax  b
ax  b

A solução de uma inequação exponencial é obtida a partir

1 do comportamento da função.

x
EXERCÍCIOS
y
1. PUCRJ 2016 Quanto vale a soma de todas as soluções
y = ax reais da equação abaixo?
(0  a  1)

(5x )2 − 26  5x + 25 = 0
(A) 0 (B) 1 (C) 2
(D) 3 (E) 4
1
2. ENEM PPL 2015 O sindicato de trabalhadores de uma
x empresa sugere que o piso salarial da classe seja de
R$ 1.800, 00, propondo um aumento percentual fixo por
PROPRIEDADES: cada ano dedicado ao trabalho. A expressão que corresponde
• a x .a y = a x + y . à proposta salarial (s), em função do tempo de serviço (t),
• (a .b)x = ax .b x . em anos, é s(t) = 1.800  (1, 03) t .
• (a x )y = a x . y .
De acordo com a proposta do sindicato, o salário de um
profissional dessa empresa com 2 anos de tempo de tempo de
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 117
 CAPÍTULO VIII

serviço será, em reais, 9. AFA 1997 O produto das raízes da equação

(A) 7.416,00. (B) 3.819, 24. x x
   
(C) 3.709,62. (D) 3.708,00.  2+ 3  + 2− 3  = 4 pertence ao conjunto dos
   
(E) 1909,62. números:

3. PUCRS 2014 O decrescimento da quantidade de massa (A) naturais e é primo

de uma substância radioativa pode ser apresentado pela (B) inteiros e é múltiplo de quatro
função exponencial real dada por f (t) = a t . Então, pode-se (C) complexos e é imaginário puro
afirmar que (D) racionais positivos e é uma fração imprópria.
(A) a  0 (B) a = 0
(C) 0  a  1 (D) a  1 10. EN 2004 O valor de 6 + x 2 + y 2 onde x e y são
(E) a 
números inteiros que satisfazem a equação
x +1 y+ 2
4. MACKENZIE 2014 Seja f : → uma função tal 2 x
+2 =3 y
−3
+ +
é:
que f ( x + y) = f (x)  f (y) para quaisquer x + e
4
y +. Se f (1) = 8, o valor de f   é (A) 8 .
3 (B) 3.
1 1
(A) 16 (B) (C) (C) 11 .
3 4
(D) 3 (E) 4 (D) 14 .
(E) 4.
5. AFA 1994 A solução da inequação exponencial
x2 +2 x 11. EN 2007 No universo U = IR + , o conjunto solução da
1  1 
    é: 2x 2 −9x + 4
5  125  inequação x  1 é:
(A) (x  R | 0  x 1)
 1 
(B) (x  R 1 x 2 ) (A)  0 ,    1, 4  .
(C) (x  R 0 x 2 )  2 
(D) (x  R x 1ou x 2 )  1 
(B)  ,1    4 , +   .
 2 
6. AFA 1990 O conjunto solução da desigualdade:
 1 
x 2 −4 (C)  ,1    0  .
1  2 
   8x+2 é:
2  1 
(D)  , 4    0  .
(A) {x  IR | –2  x  –1 }  2 
(B) {x  IR | –1  x  2 }
(E)  0 ,1    1, 4  .
(C) {x  IR | x  –2 ou x  –1}
(D) {x  IR | x  – 1 ou x  2}
(E) nra 12. EN 2005 O conjunto solução da inequação
4
7. EN 1986 A inequação 21/x< 1/4 se verifica para todo x 1 (1− x)
3 , onde x é uma variável real, é:
pertencente a: 3 (x + 2)
(A) (– 1 ,  ) (B) (–  , – 1 ) (A) ] −  , − 3 [  ] 1 , 2 [ .
2 2
(B) ] −  , − 3 [  ] 2 , +  [ .
1
(C) (– , 0) (D) (–  , 0) (C) ] −  , − 2 [  ] 1 , 3 [ .
2
(E) (0, 2). (D) ] − 2 , 1 [  ] 3 , +  [ .
(E) ] − 3 , 1 [  ] 2 , +  [ .
8. EFOMM 2008 Em uma certa região, ocorreu uma
infecção viral que se comportou de acordo com a função:
N(t)= a.2b.t , em que N(t) são pessoas infectadas em t dias 13. EFOMM 2009 A equação 2–x+ cos(π–x) = 0 tem quantas
após a realização do estudo; a e b constantes reais. Sabe-se raízes no intervalo [0, 2 π] ?
que, ao iniciar o estudo, havia 3000 pessoas infectadas e que, (A) Zero.
após 2 dias, esse número chegava a 24000 pessoas. Assinale (B) Uma.
a alternativa que representa o número de pessoas infectadas (C) Duas.
após 16 horas. (D) Três.
(A) 5.000 (B) 6.000 (C) 7.000 (E) Quatro.
(D) 8.000 (E) 9.000.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 118

 CAPÍTULO VIII

14. EsPCEx 2012 Na figura abaixo estão representados os 4x − x 2

1
gráficos de três funções reais, sendo a>1 e b>0. 17.EsPCEx2010 Dada a expressão   , em que x é
3
um número real qualquer, podemos afirmar que

(A) o maior valor que a expressão pode assumir é 3

(B) o menor valor que a expressão pode assumir é 3
1
(C) o menor valor que a expressão pode assumir é
81
1
(D) o maior valor que a expressão pode assumir é
27
1
(E) o menor valor que a expressão pode assumir é
9

18. ESPCEX 2009 Um dos modelos matemáticos de

crescimento populacional é conhecido como “Modelo
Malthusiano” (Thomas Malthus, 1766-1834). Neste modelo,
a evolução de uma população é dada pela função
P(t) = P0 · Kt
As expressões algébricas que podem representar cada uma em que P0é a população inicial, k indica a taxa de crescimento
dessas funções são, respectivamente (considerada constante e não negativa neste modelo) e t é o
x
x+a tempo decorrido.
 1 
(A) y = x − a − b; y =   +a e y = Um biólogo que estudava uma cultura de bactérias observou
 1+ b  x−a que, oito horas após o início do experimento, a população era
x de 8000 indivíduos e que, duas horas depois dessa
(B) y = x − a + b; y = (1 + a ) + b e y = +a
x
observação, a população era de 16000 indivíduos. Podemos
x afirmar que a população inicial era de
x
x+a (A) 250. (B) 500. (C) 512.
1
(C) y = x + a − b; y =   + b e y = (D) 1000. (E)1024
a x+a
x 19. ESPCEX 2008 Os gráficos das funções f(x) = ax–2 e
1 x g(x) = x2 – 9x – 7 se interceptam em um ponto cuja abscissa
(D) y = x − a + b; y =   + b e y = + a
a x é igual a 5. Nesse caso, o valor de a é
(A) –1/3 (B) 1/3
 1 
x
x+a (C) 3 (D) –3
(E) y = x + a + b; y =   +a e y =
 1+ b  x−a (E) 27.

20. ESPCEX 2007 A quantidade de números inteiros

15. EsPCEx 2011 Na pesquisa e desenvolvimento de uma ímpares que pertencem ao intervalo que satisfaz a inequação
nova linha de defensivos agrícolas, constatou–se que a ação
x 2 −8x + 5
do produto sobre a população de insetos em uma lavoura 1
exponencial   > 4 é de
pode ser descrita pela expressão N ( t ) = N0 .2kt , sendo N 0 2
população no início do tratamento, N ( t ) , a população após (A) um número ímpar.
(B) dois números ímpares.
t dias de tratamento e k uma constante, que descreve a
(C) três números ímpares.
eficácia do produto. Dados de campo mostraram que, após
(D) quatro números ímpares.
dez dias de aplicação, a população havia sido reduzida à
(E) cinco números ímpares.
quarta parte da população inicial. Com estes dados, podemos
afirmar que o valor da constante de eficácia deste produto é
21. ESPCEX 2007 Ao encontrarmos as raízes da equação
igual a
exponencial 4x – 12 . 2x + 32 = 0 e multiplicarmos essas
(A) 5−1 (B) −5−1 (C) 10
−1 raízes entre si, obteremos por produto o valor:
(D) 10 (E) −10−1
(A) 6 (B) 8 (C) 10
16. EsPCEx 2011 A inequação (D) 12 (E) 15.
10x + 10x +1 + 10x + 2 + 10x +3 + 10x + 4 11111, , em que x é um
22. ESPCEX 2005 O valor de revenda de um carro é dado
número real,
por V(t) = V0(0,8)t, em que V0é o valor inicial e V(t) é o valor
(A) não tem solução
após t anos de uso. A alternativa que mais se aproxima do
(B) tem apenas uma solução
percentual de desvalorização desse carro, em relação ao valor
(C) tem apenas soluções positivas
inicial, após 3 anos exatos de uso, é
(D) tem apenas soluções negativas
(A) 24%. (B) 47%. (C) 49%.
(E) tem soluções positivas e negativas
(D) 50%. (E) 51%.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 119
 CAPÍTULO VIII

23. ESPCEX 2004 Supondo x  IR , com x > 0 e x  1, a 29. FUVEST 2011 Seja f ( x ) = a + 2 bx + c , em que a, b e c
inequação x2x–1< x3tem como solução:
(A) 0 < x < 1 (B) x > 2 são números reais. A imagem de f é a semirreta −1,  e o
(C) x > 1 (D) 1 < x < 2 gráfico de f intercepta os eixos coordenados nos pontos
(E) 2 < x < 3. (1, 0) e (0, -3/4). Então, o produto abc vale
(A) 4 (B) 2 (C) 0
24. ESPCEX 2003 Se os números inteiros x e y satisfazem (D) – 2 (E) – 4
à equação 2x + 1 + 2x= 3y + 2– 3y, então x + y éigual a
(A) 1. (B) 2. (C) 3. 30. ITA 2012 Considere um número real a  1 positivo,
(D) 4. (E) 5. fixado, e a equação em x a 2x + 2a x −  = 0,   .
25. ESPCEX 2002 O gráfico que melhor representa a função Das afirmações:
x
f: IR→IR, definida por f (x) = 2 é I. Se   0 , então existem duas soluções reais distintas;
(A) (B) II. Se  = −1 , então existe apenas uma solução real;
III. Se  = 0 , então não existem soluções reais;
IV. Se   0 , então existem duas soluções reais distintas,

é (são) sempre verdadeira(s) apenas

(A) I. (B) I e III (C ) II e III.
(D) II e IV. (E) I, III e IV.

(C) (D) 31..MACKENZIE 2014 Se a função𝑓: ℝ ⟶ ℝ é definida

por f (x) =| 3x − 1|, a afirmação correta sobre f é
(A) 𝐷(𝑓) = ℝe𝐼𝑚(𝑓) = ℝ.
(B) f é uma função crescente para todo x real.
(C) f não é injetora nem sobrejetora.
(D) f é injetora mas não é sobrejetora.
(E) 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ∗+ .

(E) 32. EPCAR (AFA) 2017 A função real f definida por

f (x) = a 3x + b, sendo a e b constantes reais, está
graficamente representada abaixo.

26. ESPCEX 2002 O produto dos elementos do conjunto-

solução da equação exponencial
 2 1 
x + 
  1024
2 x2  = é
 1
 x+ 
2 x 
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5. Pode-se afirmar que o produto (a  b) pertence ao intervalo
real
27. ESPCEX 2002 A soma das soluções reais de (A) [−4, − 1[ (B) [−1, 2[
2 (C) [2, 5[ (D) [5, 8]
x x + 2 x −8 = 1 é
(A) –2 (B) –1 (C) 0 (D) 1 (E) 2.
33. ESPCEX (AMAN) 2019 Considere a função f : →
4+ 2 sen 3x
28. ESPCEX 2000 O menor valor que a função real definida por f (x) = ( 3) e a função g : → ,
− x 2 + 6 x −9 1+3 cos 2x
1  3
y=   pode assumir, é
definida por g(x) = 
 3 
2 . O produto entre o valor
 
1
(A) 1 (B) 2 (C) mínimo de f e o valor máximo de g é igual a
2
1 1 1 1
(D) (E) . (A) . (B) . (C) 1.
4 8 81 9
(D) 9. (E) 81.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 120
 CAPÍTULO VIII

17. C
34. IME 2019 - DESAFIO O número de soluções reais da 18. B
equação abaixo é: 19.
20. B
) 2
(cos x) 2018 = 2 − 2(x 21. A
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4 22. C
23. D
24. D
GABARITO 25. C
26. A
1. C
27. B
Completando o quadrado, vem 28. A
29. A
(5x ) 2 − 26  5x + 25 = 0  (5x − 13) 2 = 144
Como a imagem inicia-se em -1, concluímos que a = -1;
 5x − 13 = 12
5 x = 52 Logo, f(x) = -1 + 2x+ c
 ou Como f(1) = 0, temos 0 = -1 +2b.1+c  2b+c = 2o  b + c = 0
5x = 50 3 3
Como f(0) = − , temos − = -1+2c2c = ¼ c = -2 e
 x = 2 ou x = 0  4 4
Portanto, a resposta é 0 + 2 = 2. b=2

2. E Logo, a.b.c = -1.2.(-2) = 4

Fazendo os cálculos:
s(t) = 1.800  (1,03) t
30. C
s(2) = 1.800  (1,03)2
( )
2
s(2) = 1909,62 a 2x + 2a x −  = 0  a x + 2..(a x ) −  = 0

Calculando o discriminante, temos:

3. C  = 4.( + 1)
A função f (t) = a t é definida para valores positivos de a,   0  −1    0
sendo a diferente de 1. Temos dois casos a considerar:  = 0   = 0 ou =-1]
(primeiro caso) A função é decrescente para 0 < a < 1 .  >0   < -1 ou  > 0
(segundo caso) A função é crescente para a > 1.
Portanto, a alternativa correta é a [C]. I. (F) pois −1    0 a equação não admite raízes reais.

4. A II. (V) se  = −1 a equação será a 2x − 2a x + 1 = 0  a x = 1

Se f(x + y) = f(x)  f(y) para quaisquer x  + e y +, ou seja, x = 0.

( )
x 2
então f(x) = a (a  0). Assim, f(1) = 8 implica em a = 8 III. (V) fazendo  = 0 temos a x = 0 , como a é diferente
4
4 de zero, esta equação não possui solução.
e, portanto, f   =8 3 = 24 = 16.
3 IV. (F) o produto das raízes da equação y2 − 2y −  = 0 é
um número negativo logo
5. D
Uma de suas raízes será negativa, assim a x terá apenas o
6. C
valor positivo de y, o que sugere que a equação terá apenas
7. C
uma solução.
8. B
9. A
31. C
10. E
11. B
12. A
13. D
14. D
15. B
16. D
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 121
 CAPÍTULO VIII

32. A Note que:

Calculando: 2
π
 
h ( π ) = ( cos π )
f (x) = a  3x + b 2018
− 2 + 2 π 
f (0) = −1 → a  3 + b = −1 → a + b = −1 → b = −1 − a h(π) = 1  0
0

f (2) = 8 → a  32 + b = 8 → 9a + b = 8 → 9a − 1 − a = 8 → 2
π 1
9  π  π
2018   
a=  h   =  cos  − 2 + 2 2 π 
8  −153 2  2
→ → ab =  [−4, − 1[
17  64
b=− 1
8 π
h   = −2 + 2 4  0
2
33. D π
Pelo Teorema de Bolzano, existe  α  π, tal que
2
3  1  fmin = 3
4 + 2( −1)
=3 h ( α ) = 0.
1+3( −1) Como h h é uma função par,
3  3
0  1  gmáx = 
 3 
=3 h ( −α ) = 0
3   2
x
 
É possível mostrar que a equação ( cos x )
2018
Portanto, o produto pedido será dado por: = 2 − 2 π 
3  3 = 9. admite somente essas três raízes.

34. D
2
x
 
Façamos f ( x ) = ( cos x ) e g( x ) =
2018
2 − 2 π  .
Note que:
f ( 0 ) = ( cos0 )
2018

f (0) = 1

e
2
0
 
g(0) = 2 − 2 π 
g(0) = 1
Logo, x = 0 é uma solução da equação
2
x
 
( cos x ) 2018
= 2 − 2 π  .
Seja h : → , h ( x ) = f ( x ) − g ( x ), ou seja,
2
x
 
h ( x ) = ( cos x )
2018
− 2 + 2 π  .

É possível mostrar que h é uma função contínua em todo

seu domínio.
Note que:
2
 −x 
 
h ( − x ) = ( cos ( − x ) )
2018
− 2 + 2 π 
2
x
 
h ( − x ) = ( cos x )
2018
− 2 + 2 π 
h ( −x ) = h ( x ) , ou seja, h é uma função par.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 122

 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX - FUNÇÃO LOGARITMO Assim para a , a  1 tem-se

y

DEFINIÇÃO:
y = ax
O logaritmo de um número real positivo x, na base a  ,
(a  1)
a  0 e a  1 , é o número real y tal que ay = x , assim,
escreve-se
y = loga x ,
em particular x é chamado de logaritmando.
1
Resumindo:
Se a  , a  0 e a  1 , então:
ay = x  y = loga x . 1 x

Exemplos: y = log a x
23 = 8  log 2 8 − 3 (a  1)
2 = 128  log 2 128 = 7
7

E, para a  , 0  a  1 , temos:
Propriedades Básicas: y
• loga a = 1 ;
y = ax
• loga 1 = 0 ;
(0  a  1)
• loga a = b ;
b

loga x
• y = log a x  a = x  a = x.
y

Principais Bases:
• log10 = log x é o logaritmo decimal de x; 1
• loge x = n x = L x é o logaritmo neperiano de x e e é 1
x
n
o número irracional definido por lim 1 +  , tendo
1
n →  n
o valor aproximado de e  2,718 .
y = log a x
DEFINIÇÃO:
Seja a  , a  0 e a  1 , a relação: (0  a  1)

f : + → PRPRIEDADES DOS LOGARITMOS:

x f(x) = loga x Definido o logaritmo, a seguir enumeramos suas principais
é uma função chamada função logaritmo de base a, em propriedades:
particular, tem-se:
 Sejam a , b , c  , a  0 , b  0 , c  0 e a  1 , então:
Df = +
CDf = 1. Logaritmo do Produto:
Im f = loga (b .c) = loga b + loga c
Demonstração:
GRÁFICO Sendo:
Decorre da definição que a função logaritmo na base a é log b = m  b = a m
 a
a função inversa da função exponencial na base a, logo   bc = a m .a n = a m+ n 
seu gráfico é o simétrico do gráfico da função exponencial log
 a c = n  c = a n
em relação à bissetriz dos quadrantes ímpares.
 loga (b.c) = m + n  log a (b.c) = log a b + log a c

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 123

 CAPÍTULO IX

2. Logaritmo do Quociente: EQUAÇÃO LOGARÍTMICA

b
loga   = loga b − loga c DEFINIÇÃO:
c
Seja a  , a  0 e a  1 , uma equação logarítmica de
Demonstração: base a é uma sentença aberta equivalente a:
Sendo:
loga x = b .
log b = m  b = a m b am
 a
  = = a m−n 
n Discussão de equações do Tipo: loga x = b :
loga c = n  c = a
n c
 a
A equação logarítmica é sempre possível e determinada.
b b
 loga   = m − n  loga   = loga b − loga c
c c
INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA
3. Logaritmo de uma Potência:
loga b =  loga b,  
DEFINIÇÃO:
Seja a  , a  0 e a  1 , uma inequação logarítmica de
Demonstração: base a é uma sentença aberta equivalente a uma das
Sendo: seguintes:
loga b = m  b = a m  b = (a m ) = a  m  log a x  b
log a x  b
 loga b = loga a m =  m =  loga b
log a x  b
4. Potència da Base: log a x  b
1
loga b = loga b ,    A solução de uma inequação logarítmica é obtida a partir

Demonstração: do comportamento da função.
Sendo:
loga b = m  b = a m  b = (a m ) = (a  )m  EXERCÍCIOS
  m
 loga  b = loga  (a ) = m = loga b 
1. ESPCEX 2000 Há números reais para os quais o quadrado
1 de seu logaritmo decimal é igual ao logaritmo decimal de seu
  log a  b = log a b  log a  b = log a b
 quadrado. A soma dos números que satisfazem essa
igualdade é
5. Mudança de Base: (A) 90 (B) 99 (C) 100
logc b (D) 101 (E) 201.
loga b =
logc a
2. ESPCEX 2000 Acrescentando 48 unidades a um número,
Demonstração: seu logaritmo na base 5 aumenta de 2 unidades. Esse número
Sendo: é
log b = m  b = cm (A) 1 (B) 2 (C) 3
 c
  log a b = log cn cm = (D) 6 (E) 12.
log c a = n  a = c
n

1 m 3. ESPCEX 2000 A figura abaixo fornece a representação
= m log cn c = m log c c =  gráfica da função y = logb x
n n
1
logc b
 loga b =
logc a

DEFINIÇÃO:
O Antilogaritmo na base a é definido por:
loga x = y  antioga y = x
Exemplo:
log5 125 = 3  antilog5 3 = 125

DEFINIÇÃO:
O Cologaritmo na base a é definido por:
cologa x = − loga x Nestas condições, o valor de b é
Exemplo: (A) 1/4 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 10.
log3 81 = 4  colog3 81 = −4
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 124
 CAPÍTULO IX

4. EsPCEx 2011 Se x é um número real positivo, então a 11. EFOMM 2009 Os domínios das funções reais
sequência ( log3 x,log3 3x,log3 9x ) é f(x) = log x2 e g(x) = 2.log x são D1e D2, respectivamente.
(A) Uma Progressão Aritmética de razão 1 Sendo assim, pode-se afirmar que
(B) Uma Progressão Aritmética de razão 3 (A) D1= D2
(C) Uma Progressão Geométrica de razão 3 (B) D1 ≠ D2, mas D1D2
(D) Uma Progressão Aritmética de razão log3 x (C) D1 ≠D2, mas D2 D1
(D) D1 ≠ D2, e D1 D2 = 
(E) Uma Progressão Geométrica de razão log3 x
(E) D1 ⊄D2, D2 ⊄ D1e D1≠  .
5. EsPCEx2010 O conjunto-solução da inequação
logx (x +1)2
12. EFOMM 2005 Determine o domínio da função real
x  4 , no conjunto dos números Reais, é
(A) {x  R | 0 < x < 1} (B) {x  R | 0  x  1}  
 log x + 2 
(C) {x  R | 0 < x  1} (D) {x  R | –3  x  1} y=  1 
(E) {x  R | –3  x < 1}  2 
(A) D = {x  IR / 0 < x  4}
6. ESPCEX 2004 Se log3 4 = a e log3 5 = b, então o valor de
log3 5 em função de a e b é: (B) D = {x  IR / 0 > x  4}
(C) D = {x  IR / 0 < x  2}
(A) 1
(B) b (C) 1
a+b a ab (D) D = {x  IR / 0 > x  2}
(D) a (E) ab. (E) D = {x  IR / x < 4}.
b
13. ESPCEX 2004 O conjunto solução da inequação
7. ESPCEX 2004 O conjunto-solução da equação
1 log 1 (x2 – 4x + 3) > – 1 é:
log10(x + 2) + log100(x – 2) = 1 é: 3
2
(A) S = {2 6 } (A) S = {x  IR x < 1 ou x > 3}
(B) S = {x  IR x < 0 ou x > 4}
(B) S = {–2 26 }
(C) S = {x  IR 0 < x < 1 ou 3 < x < 4}
(C) S = {–2 6 }
(D) S = {x  IR x < 1 ou x < 3}
(D) S = {2 26 } (E) S = {x  IR 0 < x < 1 ou 4 < x < 5}.
(E) S = {2 6 , – 2 6 }.
14. AFA 2014 Pesquisas realizadas verificaram que, no
8. ESPCEX 2000 Considere a soma planeta Terra, no início do ano de 2013, a população de
S = log 
3  + log  4  + log  5  + ... + log  n  , pássaros da espécie A era 12 vezes a população de pássaros
        da espécie B.
2 3 4  n −1 
Sabe-se que a população de pássaros da espécie A cresce a
em que n é um número natural. O menor valor de n para o uma taxa de 5% ao ano, enquanto que a população de
qual S > 1 é pássaros da espécie B cresce a uma taxa de 20% ao ano.
(A) 20 (B) 21 (C) 22 (D) 25 (E) 29. Com base nesses dados, é correto afirmar que, essas duas
populações de pássaros serão iguais
9. EFOMM 2013 O número de bactérias B, numa cultura,
(Considere: log 7= 0,85; log 6= 0,78; log 2=0,3 )
após t horas, é B = B0e kt, onde K é uma constante real.
(A) no 1º semestre do ano de 2034.
Sabendo-se que o número inicial de bactérias é 100 e que essa
(B) no 2º semestre do ano de 2034.
ln 2
quantidade duplica em t = horas, então o número N de (C) no 1º semestre do ano de 2035.
2 (D) no 2º semestre do ano de 2035.
bactérias, após 2 horas, satisfaz:
(A) 800 < N < 1600 15. AFA 2009 Se a função real f é definida por
(B) 1600 < N < 8100 f(x) = log3 (3x + 4) − log3 (2x −1) , então o conjunto de
(C) 8100 < N < 128000 valores de x para os quais f(x) < 1 é
(D) 128000 < N < 256000
 7
(E) 256000 < N < 512000 (A) x  IR x  
 3
10. EFOMM 2010 Sabendo que o  1
log3o 3 = a e log30 5 = b,que opção representa logl0 2 ? (B) x  IR x  
1− a − b 1− a − b  2
(A) (B)  1 7
2+a a −1 (C) x  IR x  ou x  
1− a − b 1− a − b  2 3
(C) (D)  1 7
1+ a 2−a (D) x  IR  x  
1− a − b  2 3
(E)
1− a
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 125
 CAPÍTULO IX

16. AFA 2007 As funções que melhor descrevem as curvas (B) é positivo e menor que 1.
abaixo são (C) é negativo e menor que 1.
(D) é positivo e maior que 1.

21. AFA 2007 Sabe-se que o isótopo do carbono, C14, tem

(A) y = –loga x e sua inversa, sendo 0 <a <1
(B) y = loga (2x) e sua inversa, sendo a >1
(C) y = ax e sua inversa, sendo a >0
(D) y = loga (x + 1) e sua inversa, sendo a >1
17. AFA 2004 O gráfico expressa a variação de log y em
função de log x, onde log é p logaritmo na base decimal.
uma meia vida de 5760 anos, isto é, o número N de átomos
N
de C14 na substância é reduzido a após um espaço de
2
tempo de 5760 anos. Essa substância radioativa se degrada
segundo a seqüência N = N0 . 2–t, t{0, 1, 2, ...} em que N0
representa o número de átomos de C14 na substância no
instante t = 0 e t é o tempo medido em unidades de 5760 anos.
Com base nas informações acima, pode-se dizer que
(A) o número de átomos quando t = 1 era 5760
(B) o número de átomos será igual a um terço de N0 quando
decorridos 1920 anos.
(C) após 11520 anos haverá a quarta parte do número inicial
de átomos.
(D) quando t = 5760 haverá metade do número inicial de
átomos.

22. AFA 2002 Sejam f e g funções definidas por

f (x) = x − 4x + 3 e g(x) = log x +1 x . O domínio de (gof)(x)
2

é o conjunto dos números reais x, tais que

(A) 0 < x < 1 ou x > 3
(B) x < 1 ou x> 3
(C) 1 < x < 3 e x  0
(D) x > 3.

23. EN 2010 Uma progressão geométrica infinita tem o 4º

termo igual a 5. O logaritmo na base 5 do produto de seus 10
primeiros termos vale 10 – 15 log52. Se S é a soma desta
progressão, então o valor de log2 S é
(A) 2 + 3 log2 5 (B) 2 + log2 5 (C) 4 + log2 5
(D) 1 + 2 log2 5 (E) 4 + 2 log2 5

A relação correta entre x e y é igual a 24. EN 2008 No sistema cartesiano abaixo está esboçado
(A) y = 2 + 2x (B) y =
3
+x uma porção do gráfico de uma função y(x) = log 2 (x + a)
2
restrita ao intervalo [ 2 , 8 ] , a  R + .
*
5
(C) y = 100x2 (D) y = + x.
2

18. AFA 1994 Sendo log3, ( 7 –2 ) = K, o valor de

log3 ( 7 +2 ) é:
(A) 1 – k (B) 1 + k (C) 2 – k (D) 2 + k

19. AFA 1990 O domínio da função

log2 [log1/4(x2 – 2x + 1)] é:
(A) ]0,1/2[  ] 3/2, 2[
(B) ]–2, 0[  ] 3/2, 2[
(C) ] –1, 0[ ]3/2, + [
(D) ] – , ½ [ ]3/2, + [
(E) nra Se y(2) = 2 , então o valor da área hachurada é:
3
20. AFA 2010 Sejam as funções reais dadas por (A) 6 + log 4 3 . (B) 12 + log 2 3 .
2
1 (C) 8 + 2 log 2 3 . (D) 6 + log 1 3 .
f(x) = 22x +1 e g(x)=3x +1 . Se b IRtal que f   = 2g(b) e
2 2
p = log3 b, então sobre p é correto afirmar que (E) 12 + log 3
2 .
(A) não está definido.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 126
 CAPÍTULO IX

25. EN 2006 Seja A o menor inteiro pertencente ao domínio − x 2 + x +12

1 30. AFA 2000Se b = 2 , então o número de soluções
da função real, de variável real, f(x) = . 5 3
(1− x) inteiras que satisfaz a inequação log b    log b   é:
4 9 4 7 4
− 
16  3  (A) 4 (B) 5 (C) 6 (D) 7.

Pode-se afirmar que log A 2 2 2 pertence ao intervalo:

31. EN 2012 Sendo x e y números reais, a soma de todos os
1   1  xy = 1
(A)  , 1  . (B)  0 ,  .  y2
2   3  valores de x e de y, que satisfazem ao sistema  ,
 1 1   3   yx = 1
(C)  , . (D)  1 ,  . 
 x
 3 2   2 
vale
 3  36 9 5
(E)  , 2  . (A) (B) (C)
 2  5 2 2
25 −1
(D) (E)
26. EN 1988 O conjunto solução da inequação 4 2
1 1
− <1
log 2 x log 2 x − 1 1 log103
32. EsPCEx 2015 Seja  =  . O conjunto
é: 2 log103 − log107
(A) R (B) (0,  ) 3

(C) (0, 2)  (2,  ) (D) (1, 2) solução da desigualdade 3cos(x)    no intervalo 0,2) ,
(E) (0, 1)  (2,  ).
7  
é igual a
27. AFA 2006 Num certo dia, a temperatura ambiente era de
40°C. A água que fervia em uma panela, cinco minutos (A)  0,   . (B)   , 5  . (C)   , 2 .
depois de apagado o fogo tinha a temperatura de 70°C. Pela  3  3 3  3 
lei de resfriamento de Newton, a diferença de temperatura D    3 
(D)  3 , 2  . (E)  2 , 2  .
entre um objeto e o meio que o contém é dada por    
D(t) = D0 . e−a t , em que D0 é a diferença de temperatura no
instante t = 0 e D(t) a diferença num instante t qualquer. 33. EsPCEx 2013 Uma epidemia ocorre, quando uma
doença se desenvolve num local, de forma rápida, fazendo
Sabendo-se que a temperatura de ebulição da água é de várias vítimas, num curto intervalo de tempo. Segundo uma
100°C, n 2 = 0,7 e n 5 = 1,6 , pode-se dizer que a água pesquisa, após t meses da constatação da existência de uma
atingirá a temperatura de 46°C: epidemia, o número de pessoas por ela atingida é
(A) 10 minutos após o fogo ter sido apagado. 20000
(B) entre 18 e 20 minutos após o fogo ter sido apagado. N (t) = · Considerando que o mês tenha 30 dias,
(C) exatamente 30 minutos após o fogo ter sido apagado. 2 + 15.4−2t
(D) aproximadamente 16 minutos após apagado o fogo. log 2 0,30 e log 3 0,48, 2000 pessoas serão atingidas por
essa, epidemia, aproximadamente, em
28. AFA 2001A soma de todos os valores reais que
(A) 7 dias. (B) 19 dias. (C) 3 meses.
satisfazem a equação x 4 = 16 x , x > 0, é
log x
(D) 7 meses. (E) 1 ano.
17 33
(A) (B)
4 4 34. EsPCEx 2013 Na figura abaixo, está representado o
65 129 gráfico da função y = log x. Nesta representação estão
(C) (D) .
4 4 destacados três retângulos cuja soma das áreas é igual a:

29. AFA 2000 A expressão

  a    b 2 
(log a ) log 2  + (log c) log  = 0,
  b    c 

com a, b, c  R + , é verdadeira quando:

*

(A) b2 = ac ou a = c
(B) c2 = ab ou a = b
(A) log2 + log3 + log5 (B) log30
(C) a = bc2 ou b = c
(C) 1+ log30 (D) 1 + 2log15
(D) ac–1 = b2 ou a = b.
(E) 1 + 2log 30

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 127

 CAPÍTULO IX

6 − log a m (C) a . b = c (D) a + b = c

35. EsPCEx 2012Se = 2 , com a > 0, a ≠ 1 e (E) 10a + 10b = 10c.
1 + log a2 m
m 39. ESPCEX 2005 Um satélite será levado ao espaço por um
m > 0, então o valor de é. foguete que tem seu consumo de combustível calculado pela
a+ m
função C(t) = log2(t2 + 7)2 + 2log2 1 , em que C é o consumo
(A) 4 (B) 1 (C) 1 7
4
em toneladas e t é o tempo em horas. Para colocar o satélite
1
(D) 2 (E) em órbita, o foguete deverá percorrer uma distância de
2 56 000 km a uma velocidade média de 8 000 km/h. Com base
nessas informações, o físico responsável pelo cálculo chegou
36. EsPCEx 2011 Na figura abaixo, dois vértices do trapézio à conclusão de que o foguete, para cumprir a missão, terá um
sombreado estão no eixo x e os outros dois vértices estão consumo de combustível igual a
sobre o gráfico da função real f ( x ) = logk x, com k > 0 e (A) 1 tonelada. (B) 2 toneladas.
k  1. Sabe–se que o trapézio sombreado tem 30 unidades de (C) 6 toneladas. (D) 7 toneladas.
área; assim, o valor de k+p–q é (E) 8 toneladas.
(A) –20
(B) –15 40. ESPCEX 2005 A curva da figura representa o gráfico da
(C) 10 função f(x) = log2 x.
(D) 15 Dados: log10 2 0,30 e log10 12 1,08.
(E) 20 Com base nesses dados, a soma das áreas dos dois retângulos
hachurados é, aproximadamente,

37. ESPCEX 2009 O gráfico abaixo representa a função

y = ax . A partir dos dados fornecidos, pode-se concluir que o
valor de loga c + logc a é igual a

(A) 4
3 (A) 1,60. (B) 2,10. (C) 2,08.
(B) 10 (D) 2,60. (E) 3,60.
3
(C) 17 41. ESPCEX 2004 Se o gráfico da função f(x) = logb x passa
4 1
(D) zero pelo ponto 1 
 ,−3  , então o valor da expressão 3 é
(E) 2 8 
2
−1
b
igual a:
(A) 3 (B) 2 (C) 1
3

38. ESPCEX 2007 A figura abaixo representa o gráfico (D) – 1 (E) –4.
2
*
f :IR + →IR tal que f(x) = logax, onde a > 1.
42. ESPCEX 2003 A soma de dois números reais é igual a 7
e a soma de seus logaritmos na base 100 é 1 .
2
O módulo da diferença entre esses dois números é igual a
(A) 0,04. (B) 0,02. (C) 1.
(D) 3. (E) 2.

43. ESPCEX 2002 A intensidade (I) de um terremoto, em

Estão locados no gráfico os logaritmos de três abscissas: “a”
(que é a própria base), “b” e “c”.
Sabendo que OA = BC , podemos afirmar que
(A) logab = c (B) ac = b
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
uma determinada escala, é definida por I = 2 log E , em
3 E0
que E é a energia instantânea liberada pelo terremoto, em
kWh, e E0 = 10–3 kWh. Um determinado terremoto, cuja
duração foi de 8 segundos, variou em função do tempo
2
conforme a equação I(t) = – t + 2t, t em segundos e I em
4
128
 CAPÍTULO IX

kWh. No instante em que a intensidade do terremoto era 26. E

máxima, a energia liberada, em kWh, era de
27. D
(A) 5 .102 (B) 103 (C) 2 .103
(D) 2,5 .102 (E) 4 .103. 28. C

29. A

GABARITO 30. C

1. D 31. B

2. B 32. B

3. D 1 log 3
= 
2 log 3 − log 7
4. A  1
1 3
=  log 3 3    = 3 2
5. A 2
7
7

6. E  1
3 1
Portanto: 3cos x =    3cos x  3 2  cos x 
7. D 7 2

8. B

9. B

10. E

11. C
Portanto, a solução da inequação é:   5 
12. A S= , .
3 3 

13. C
33. A
14. C
34. D
15. D
35. E
16. C
36. B
17. A
37. B
18. A
38. C
19. D
39. C
20. A
40. D
21. C
41. E
22. B
42. D
23. A
43. B
24. A

25. A

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 129

 CAPÍTULO IX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 130

 CAPÍTULO X

CAPÍTULO X – PONTOS CLÁSSICOS triângulo órtico, já que neste o ortocentro coincide com o pé
das alturas relativas aos catetos e o vértice do ângulo reto.
TEOREMA DE CEVA

𝐴𝑃 𝐵𝑀 𝐶𝑁
⋅ ⋅ =1
𝑃𝐵 𝑀𝐶 𝑁𝐴
TEOREMA 2: As três medianas de um triângulo são
TEOREMA DE MENELAUS concorrentes em um único ponto, chamado baricentro do
triângulo. O baricentro de um triângulo divide cada mediana
na razão de 2:1.

𝐴𝑃 𝐵𝑀 𝐶𝑁
⋅ ⋅ =1
𝑃𝐵 𝑀𝐶 𝑁𝐴

TEOREMA 1: As três alturas de um triângulo são

concorrentes em um único ponto, chamado ortocentro do
triângulo. AG BG CG
= = =2
GM A GM B GM C

TEOREMA 3: As três bissetrizes internas de um triângulo

são concorrentes em um único ponto, chamado incentro do
triângulo que é o centro da circunferência inscrita no
triângulo.

TEOREMA 4: O ortocentro de um triângulo é o incentro do

triângulo órtico, quando este existir.
O triângulo órtico é o triângulo obtido unindo-se os pés das
três alturas do triângulo. O triângulo retângulo não possui

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 131

 CAPÍTULO X

TEOREMA 5: Duas bissetrizes externas de um triângulo são
concorrentes com a bissetriz interna do terceiro vértice em
um único ponto, chamado ex-incentro, cada triângulo possui
três ex-incentros, cada ex-incentro é o centro de uma
circunferência ex-inscrita ao triângulo.
2. AFA 2005 Considere o triângulo ABC, de lados
AB = 15 , AC = 10 , BC = 12 e seu baricentro G. Traçam-se
GE e GF paralelos a AB e AC, respectivamente, conforme a
figura abaixo.

O perímetro do triângulo GEF é um número que, escrito na

forma de fração irredutível, tem a soma do numerador com o
denominador igual a:
(A) 43.
TEOREMA 6: As três mediatrizes dos lados de um triângulo (B) 35.
são concorrentes em um único ponto chamado circuncentro (C) 38.
do triângulo que é o centro da circunferência circunscrita ao (D) 40.
triângulo.
3. AFA 1999 Na figura abaixo o perímetro do triângulo
equilátero ABC é 72 cm, M é o ponto médio de AB e
CE = 16 cm. Então, a medida do segmento CN, em cm, é um
sétimo de
(A) 48.
(B) 49.
(C) 50.
(D) 51.

4. EN 2013 O triângulo da figura abaixo é equilátero,

AM = MB = 5 e CD = 6. A área do triângulo MAE vale

TEOREMA 7: Em um triângulo isósceles o baricentro, o

ortocenro, o incentro e o ex-incentro relativo a base são
colineares.

TEOREMA 8: Em um triângulo equilátero o baricentro, o

ortocenro, o incentro são coincidentes. 200 3
(A)
11
100 3
(B)
EXERCÍCIOS 11
100 2
(C)
1. Em um triângulo ABC, de lados AB = 9, AC = 12 e 2
BC = 15, traça-se DE paralela a BC passando pelo baricentro 200 2
(D)
do triângulo (D em AB e E em AC ). O perímetro do 11
triângulo ADE é: 200 2
(E)
(A) 12 (B) 18 (C) 20 2
(D) 24 (E) NRA.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 132

 CAPÍTULO X

5. CN 2011 Em um triângulo acutângulo não equilátero, os GABARITO

três pontos notáveis (ortocentro, circuncentro e baricentro)
estão alinhados. Dado que a distância entre o ortocentro e o 1. D
circuncentro é 'k', pode-se concluir que a distância entre o 2. D
circuncentro e o baricentro será 3. C
5k 4k 4k 4. B
(A) (B) (C)
2 3 5 5. E
k k 6. A
(D) (E)
2 3

6. ITA 2014 Em um triângulo isósceles ABC, cuja área

mede 48cm2 , a razão entre as medidas da altura AP e da
2
base BC é igual a . Das afirmações abaixo:
3

I. As medianas relativas aos lados AB e AC medem

97 cm;
II. O baricentro dista 4 cm do vértice A;
III. Se α é o ângulo formado pela base BC com a mediana
3
BM, relativa ao lado AC, então cos α = ,
97

é (são) verdadeira(s)
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) Apenas II e III.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 133

 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 134

 FRENTE II

MATEMÁTICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 135

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 136
 CAPÍTULO VIII

CAPÍTULO VIII - TRIGONOMETRIA NO CÍRCULO c) Eixo das tangentes.

- DEFINIÇÕES

i) Circunferência trigonométrica.

d) Eixo das cotangentes.

Características:
O raio mede 1u.c. (unidade de comprimento).
O ponto A é a origem dos arcos.
O sentido ABA’B’ é chamado de sentido trigonométrico
ou positivo.
O sentido AB’A’B é chamado de sentido anti- Marcação de um arco.
trigonométrico ou negativo. a) AP = 0  P  A.
Quadrantes. b) AP  0  o arco orientado AP “percorre” a
circunferência no sentido positivo.
c) AP  0  o arco orientado AP “percorre” a
circunferência no sentido negativo.

ii) Arcos côngruos.

Definição:

Dados dois arcos x e  , eles são ditos congruentes quando

representados pelo mesmo ponto no ciclo trigonométrico.
Eixos. Em matematiques:
a) Eixo dos senos. “Arcos côngruos são arcos que diferem por um número
inteiro de voltas”.
Ou seja,
x −  = 360 k, k   x = 360 k + , k 
x −  = 2 k, k  x = 2k + , k 

Exemplo: Arcos côngruos a 30°.

b) Eixo dos cossenos.

... -1050°, – 690°, – 330°, 30°, 390°, 750°, 110°, ...

Observe que todos os arcos côngruos são representados pelo
ponto P e que 30° é a determinação principal desses arcos
côngruos.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 137

 CAPÍTULO VIII

Menor Determinação Positiva ou Determinação Principal Espaço para demonstração em sala de aula

É o menor valor positivo para a expressão geral.

A maneira de encontrar a menor determinação positiva de

uma família de arcos é dividi-lo por 360 e encontrar o resto
da divisão.

ii) Definições no Círculo Trigonométrico

viii) Arco simétrico

Seno:
OS
OPS : sen xˆ = e OP = 1  sen xˆ = OS .
OP Seno: sen ( − x ) = − sen x
Cosseno:
OPC : cos xˆ =
OC
e OP = 1  cos xˆ = OS .
Cosseno: cos ( −x ) = cos x
OP
Espaço para demonstração em sala de aula
iv) Variação de sinal.
Q1 Q2 Q3 Q4
Seno + + – –
Cosseno + – – +

v) Pontos quadrantais.
A=00 B=900 A’=1800 B’=2700
Seno 0 1 0 –1
Cosseno 1 0 –1 0

vi) Intervalos de variação.

i) Seno: sen xˆ   −1,1.

ii) Cosseno: cos xˆ   −1,1.

vii) Relação Fundamental.

sen 2 xˆ + cos2 xˆ = 1.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 138

 CAPÍTULO VIII

i) x = k − ( −1)k  , k  .
ix) Equações trigonométricas simples
2 6
Equação de Seno. 3k
j) x = , k .
5
𝒔𝒆𝒏𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝜶
3. A determinação principal do arco de –1290ºé:
(A) 150°. (B) 120°. (C) 210°.
(D) 240°. (E) 60°.

4. UFSCAR 2002 O valor de x, 0 ≤ x ≤ π/2, tal que

4 . (1 - sen2 x) . (sec2 x - 1) = 3 é
(A) π/2. (B) π/3. (C) π/4.
(D) π/6. (E) 0.

5. A roda-gigante de um parque de diversões tem dezoito

cadeiras, igualmente espaçadas ao longo do seu perímetro e
( x = 2k +  ou x = ( 2k + 1)  − , k  )  x = k + ( −1)k , k  move-se no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário
ao dos ponteiros do relógio.
Equação de Cosseno

𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝜶

( x = 2k +  ou x = 2k − , k  ) x = 2k  , k 

Na figura, as letras A, B, C, ...e R indicam as posições em

que as cadeiras ficam cada vez que a roda gigante para.
x) Exercícios Com a roda gigante parada, Bruna senta-se na cadeira que
está na posição A, posição mais baixa da roda gigante.
1. Determine em que quadrantes estão as extremidades dos
arcos: A roda gigante move-se 5 de uma volta e para. Nesse
6
a) 282°. b) 2800°.
momento, a letra relativa à posição da cadeira ocupada por
33
c) 29 rad. d) rad. Bruna é
6 4 (A) D. (B) I. (C) K.
(D) P. (E) R.
2. Desenhe as imagens no círculo trigonométrico dos
seguintes conjuntos: 6. Nos X-Games Brasil, em maio de 2004, o skatista
a) x = 2k, k  . brasileiro Sandro Dias, apelidado "Mineirinho", conseguiu
realizar a manobra denominada "900", na modalidade skate
b) x = 2k   , k  . vertical, tornando-se o segundo atleta no mundo a conseguir
6
esse feito. A denominação "900" refere-se ao número de
c) x = k, k . graus que o atleta gira no ar em torno de seu próprio corpo,
d) x = k + ( −1)k  , k  . que, no caso, corresponde a
6 (A) uma volta completa.
2k (B) uma volta e meia.
e) x= , k . (C) duas voltas completas.
5
2k 
(D) duas voltas e meia.
f) x= + , k . (E) cinco voltas completas.
5 4
k 
g) x=  , k . 7. Os valores de x que satisfazem a equação 3cos x = 1 são:
2 6
k  
k  (A) k + , k  . (B) 2k + , k  .
h) x= + ( −1) , k . 2 2
2 6

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 139

 CAPÍTULO VIII

k  k
(C) + , k . (D) , k . 13. Determine a condição que m deve satisfazer, de forma
2 4 4
que sen x = 2 − m e cos x = m − 1.
2
8. INSPER 2014 Considere o produto abaixo, cujos fatores
são os cossenos de todos os arcos trigonométricos cujas
medidas, em graus, são números inteiros pertencentes ao 14. Encontre as três menores soluções positivas da equação
intervalo [91, 269].  
cos  3x −  = 0.
P = cos 91  cos 92  cos 93  ...  cos 268  cos 269  4
Nessas condições, é correto afirmar que
1 1 15. Determine o conjunto dos números reais x tais que
(A) −1  P  − . (B) −  P  0.
4 4  
1 sen  2x −  = 0.
(C) P = 0. (D) 0  P  .  3
4
1
(E)  P  1. 16. Quantos são os valores distintos de cos k , k inteiro?
3
4

9. FGV 2013 No círculo trigonométrico de raio unitário 17. Determine para que valores de x a função
 
indicado na figura, o arco AB mede . Assim, PM é igual a y = 5 − cos  x +  assume seu valor máximo.
 5
(A) −1 − tg 
18. Determine o conjunto dos números reais x tais que
(B) 1 − cos  tg 2x = 3.
(C) 1 + cos 
(D) 1 + sen  19. Verdadeiro ou falso?
a) sen 2 > 0 b) cos 4 < 0
(E) −1 + cotg  c) sen 3 >sen 2 d) cos 3 >cos 2

e) tg 5 >tg 6 f) cos  cos 1
4
g) cos 3  0
10. G1 - CFTMG 2012 A figura abaixo representa uma
circunferência trigonométrica em que MN é diâmetro e o 20. Sabendo que sen x + cos x = m, calcular sen3 x + cos3 x.
ângulo  mede 5  radianos.
6 1 + cos x = a sen x
21. Sabendo que  encontre uma relação
A razão entre as medidas 1 − cos x = bsen x
dos segmentos AB e AC é entre a e b.

22. Resolver no intervalo de uma volta e no conjunto dos

(A) 26 3.
reais as equações fundamentais:
(B) 3. 3 − 2
a) senx = b) senx =
3 2 2
(C) .
2 c) senx = 0 d) senx = −1
3 − 3
e) cos x =
1
(D) . f) cos x =
3 2 2
11. Se x  R, determine o intervalo em que podem variar as g) cos x = 1 h) cos x = cos 
seguintes expressões: 8
i) tgx = 3 j) tgx = 0
1 4
(A) (B)
3 − cos ( x ) 3 + 2sen ( x ) l) tg3x = 1 m) tg2x = − 3
2 1 + 2sen ( x )
; x   + 2k, k  Z
3 + sen ( x )
(C) (D) 5  5 − 3a
3 + 3cos ( x ) 
23 .Considere a equação: cos  5x − =
13 
.
 7
12. Se y = 2 − 3sen x, então o valor máximo que y assume Determine a soma dos valores inteiros de “a” que tornam a
equação possível de ser resolvida.
quando variamos x em é:

(A) 5. (B) 1. (C) 3. (D) –1. (E) 6.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 140
 CAPÍTULO VIII

24. ESPCEX (AMAN 2015) O valor de 3. A

( cos 165 + sen 155 + cos 145 − sen 25 + cos 35 + cos 15) 4. B
5. D
é
6. D
(A) 2. (B) −1. (C) 0. 7. A
1 8. B
(D) 1. (E) . 1
2 Dentre os fatores de P, temos cos120 = cos 240 = − e
2
GABARITO cos180 = −1. Além disso, cada um dos
(269 − 91 + 1) − 3 = 176 fatores restantes é um número real
1. pertencente ao intervalo ] − 1, 0[.
a) 4º.
Portanto, como o produto de um número par de fatores
b) 4º.
negativos é um número positivo, segue-se que
c) 2º.
1
d) 1º. cos91 cos92 cos93  cos 268 cos 269 = − ,
4
2. 1
a) b) com   ]0, 1[, o que implica em −  P  0.
4

9. C

10. B
1 1
11. a)  , 
c) d) 4 2
4 
b)  , 4 
5 
1 
c)  ,  
3 
 1 3
e) f) d)  − , 
 2 4 
12. A
13. m = 1.
14.  / 4, 7 /12 e 11 /12.
15. k / 2 +  / 6 | k  Z.
16. 4
17. 2k + 4 / 5.
g) h)
18. k / 2 +  / 6 | k  Z.
19. a) V;b) V; c) F; d) F; e) F; f) V; g) V.
20. x = k, x = k −  / 3.
21. (3m – m3)/2.
29. ab = 1.
22. -
23. soma = 6
i) j) 24. C
( cos165 + sen155 + cos145 − sen25 + cos35 + cos15 ) =
− cos15 + sen25 − cos35 − sen25 + cos35 + cos15 = 0

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 141

 CAPÍTULO VIII

xi) Definição de tangente, cotangente, secante e xiv) Intervalos de variação.

cossecante
Tangente: tg xˆ  .
Cotangente: ctg xˆ  .
Secante: sec xˆ   −, −1 1, +.
Cossecante: cs c xˆ   −, −1 1, +.

xv) Relações.

sen xˆ
a) tg xˆ = .
cos xˆ
cos xˆ
b) c tg xˆ = .
sen xˆ
1
c) sec xˆ = .
cos xˆ
Tangente:
AT 1
OAT : tg xˆ = e OA = 1  tg xˆ = AT . d) csc xˆ = .
OA sen xˆ
Cotangente:
BC' e) sec2 xˆ = 1 + tg 2 xˆ .
OC'B : c tg xˆ = e OB = 1  c tg xˆ = BC' .
OB f) cs c2 xˆ = 1 + c tg 2 xˆ .

xvi) Equação de tangente.

i) 𝒕𝒈𝒙 = 𝒕𝒈𝜶
Secante:
sec xˆ = OS' .

Cossecante:
csc xˆ = OC'' .

( x = 2k +  ou x = ( 2k + 1)  +  , k  )  x = k +  , k 

xii) Variação de sinal. xvii) Arco simétrico

Q1 Q2 Q3 Q4
Tangente + – + –
Cotangente + – + –
Secante + – – +
Cossecante + + – –

xiii) Pontos quadrantais.

A=00 B=900 A’=1800 B’=2700
Tangente 0  0 
Cotangente  0  0
Secante 1  –1 
Cossecante  1  –1
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 142
 CAPÍTULO VIII

27. O valor de y = cos 150° + sen 300° - tg 225°– cos 90° é

28. O número

N = (3 cos180°– 4 sen210° + 2 tg135°) / (6 sen245°)

pertence ao intervalo
(A) ]–4 , –3 [ (B) [ –3 , –2 [
(C) [ –2 , –1 ] (D) ] –1 , 0 ]

29. Seja x um ângulo que possui tangente tal que

sen x + 2 cos x = 1. O valor de tg x é:
3 4 3
(A) . (B) . (C) − .
4 3 4
4
(D) − . (E) 0.
3
Tangente: tg ( − x ) = − tg x
tg 7x + tg11x + tg5x
Cotangente: ctg ( − x ) = − ctg x 30. Se f ( x ) = , qual o valor de
tg 23x + tg17x + tg19x
Secante: sec ( − x ) = sec x
 
Cossecante: csc ( − x ) = − csc x f  − ?
 4

3
(xviii) Exercícios 31. Sabendo que tg x + sec x = , calcular sen x e cos x.
2
25.. ESPCEX (AMAN) 2013 Os pontos P e Q representados
no círculo trigonométrico abaixo correspondem às 32. MACKENZIE-SP As raízes da equação cos2x = cosx,
extremidades de dois arcos, ambos com origem em (1,0), pertencentes ao intervalo [0, 2], têm soma igual a:
denominados respectivamente  e , medidos no sentido (A) 7 (B) 5 (C) 6
positivo. O valor de tg (  + ) é (D) 3 (E) 4

33. U. F. JUIZ DE FORA – MG Se θ for um ângulo tal que

1
00<θ < 900 e cos θ < , é correto afirmar que:
5
(A) 00<θ <30o (B) 300<θ <45o
(C) 450<θ < 60o (D) 600<θ < 75o
(E) 750<θ < 90o

34. FEI-SP Se 0 < x < 2 e sen x > cos x então:

 5  7
(A) x (B) x
4 4 4 4
 7  3
(C)  x  (D)  x 
8 8 2 2
 3
3+ 3 3– 3 (E)  x 
(A) (B) (C) 2 + 3 4 2
3 3
(D) 2 − 3 (E) −1 + 3 1
35. U. E. LONDRINA – PR Se x [0, 2], então cos x >
2
26. ESPCEX (AMAN) 2012 O valor numérico da se, e somente se, x satisfizer à condição:
sec1320  53   5
 + ( tg 2220 ) é:
2
expressão − 2  cos  (A) x
2  3  3 3
1  
(A) −1 (B) 0 (C) (B)  x 
2 3 2
3 (C) < x < 2
(D) 1 (E) −  3 5
2 (D)  x  ou  x  2
2 2 3
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 143
 CAPÍTULO VIII

 5
(E) 0  x  ou  x  2 (A) 0
3 3
(B) 1
36. Considere as seguintes afirmações para arcos medidos em (C) 2
radianos: (D) 3
(E) 4
I. sen 1 <sen 3
II. cos 1 <cos 3 5 3
III.cos1<sen1 42. Sabendo que x
6 2
 
Quais são verdadeiras? ache o intervalo de variação de M = 4sen 2  senx  + 2
 3 
(A) Apenas I é verdadeira
(B) Apenas II é verdadeira (A) [1, 4]
(C) Apenas III é verdadeira (B) [2, 5]
(D) São verdadeiras apenas I e II (C) [3, 6]
(D) (2, 5)
37. Se sen(a - 30°) = m, então cos(60° + a) é igual a: (E) (3, 6)

(A) 2 m. (B) m. (C) -m.    

43. Sendo sen  tg    csc (2cos(x – 9º)) = 1, com
(D) – 2 m. (E) 3 m.   3 
38. Determine quais proposições são verdadeiras: 0º < x < 90º, encontre x:

I. sen2 + cos 2  0 (A) 33º

II. sen4 − cos 4  0 (B) 39º
III. sen5 + cos 5  0 (C) 42º
(D) 49º
39. Dado que sec  ( 2, 4) (E) 51º
2 + 4 cos 
Encontre o intervalo de variação de E = 44. Resolver, no intervalo 0  x  2π , a inequação
2 + 3cos 
tgx (3 − tg 2 x)
(A) (2/11, 1) 0.
(B) (-12/11, -1) 1 − tg 2 x
(C) (12/11, 8/7)
(D) (-12/11, -1/8) 45. Determine o valor de k de modo que os dois ângulos
(E) (11/12, 8/7) agudos de um triângulo obtusângulo, no qual o ângulo obtuso
vale 105, sejam raízes da equação:

40. Sejam dois arcos tais que −  x1  x 2  − 3secx+ k (cosx − senx) = 3 (senx + cosx) e determine os dois
2
Quais afirmações abaixo são verdadeiras: ângulos.

I. sen(− x1 )  sen(− x 2 ) GABARITO

II. cos(x1 )  cos(x 2 )
25.D 26.D 27. − 3 − 1
III. sen(x1 )  sen(x 2 ) 28. C 29. C 30. 1.
31. 5/13 e 12/13. 32. E 33. E
(A) I (B) II (C) III
(D) I e II (E) II e III 34. A 35. E 36. C
41. MACKENZIE-SP Considere a condição
37. C 38. I e II 39. C
1
x + x > - senα para todo x real, 0 α  e sejam os
2
40. A 41. C 42. B
4
43. B 44.
     2   2 5   5 
intervalos 0,  ,  ,  ,  ,  e  ,  ; então o
 6 6 3   3 6   6  45. 
k
= tg 30 o =
3
k = 3
número de intervalos que contém pelo menos um valor de α 3 3
que satisfaz a condição dada é:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 144
 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX - REDUÇÃO AO PRIMEIRO 2. Se 0 < x < π/4, é válido afirmar-se que:

QUADRANTE (A) sen [(π/2) – x] = sen x
(B) cos (π– x) = cos x
(C) sen (π + x) = sen x
(D) sen [(π/2) – x] = cos x
(E) cos (π + x) = sen x

3. Para qualquer número real x,sen[x – (π/2)] é igual a:

(A) –sen x (B) 2 sen x (C) (sen x)(cos x)
(D) 2 cos x (E) –cos x

4. Analise os valores distintos assumidos abaixo, onde

   k :
A : x = 4k  , k   P : x = 4k  +  e W : 4k  −     
2 2 2 a) sen ( 4k + 1)   − a   .
k .  2  2 
    k  
B : x = ( 4k + 1)  , k   R : x = ( 4k + 1)  +  e b) cos ( 2k + 1) + ( −1)  a −   .
2 2  2  2 

Q : ( 4k + 1)  −  k  . c) sen  k + ( −1) a  .
k
2  
 
A ' : x = ( 4k + 2 )  , k   T : x = ( 4k + 2 )  +  e  3 
2 2 cos  − a   csc ( −a )
  2 
S : ( 4k + 2 )  −  k  . 5. Simplifique
 
.
2 tg (  + a )  sec  + a 
  2 
B' : x = ( 4k + 3)  , k   V : x = ( 4k + 3)  +  e
2 2
6. Se A + B + C = 2 e

V : ( 4k + 3)  −  k  .
2 P = sen A  sen ( A + B) − sen C  sen ( B + C ) ,
sen P = cosQ = − cosR = senS = − sen T = − cos U = cosV = − sen W. o valor de P é:
(A) 0. (B) –1.
cosP = senQ = sen R = − cosS = − cosT = − sen U = − sen V = cos W.
(C) sen A  sen C. (D) cos C.
Observe que: (E) 1.

1º) Em P, S, T e W, onde o número que multiplica é par,
2  
a razão trigonométrica não varia em relação a P. 7. A expressão cos(x + ) + sen  + x  − tg(−x) + ctgx , em
 2 
2º) Em Q, R, U e V, onde o número que multiplica
2
é 
que 0 < x < , é equivalente a:
ímpar, a razão trigonométrica varia em relação a P. 2
2
(A) (B) x
sen2x
Logo, podemos aglutinar essas informações na regra:
tgx
(C) 2  cos 2x (D)
x
    razão , n é par.
razão  n     =  . (E) ctgx
 2   co − razão , n é ímpar
8. UEL 2000 Se a medida x de um arco é tal que π /2 < x < π
Onde o sinal será dado observando-se o quadrante do então
ângulo da expressão do lado esquerdo na equação acima (A) sen (x + π ) > 0
e supondo 𝜶 no primeiro quadrante. (B) cos (x + π) < 0
(C) tg (x + π ) > 0
1.CESGRANRIO 1997 Sendo (D) cos (x + 2 π ) > 0
A = [7 cos(5π – x) – 3 cos(3π + x)]/{8 sen [(π/2) – x)]}, (E) sen (x + 2 π ) > 0
com x ≠ (π/2) + kπ, k ∈ Z, então:

(A) A = –1 9. PUCPR 1999 Se simplificarmos a expressão

(B) 2A = 1
(C) 2A + 1 = 0 {sen[(π /2) + ]tg(π - )}
(D) 4A + 5 = 0 ______________________________
(E) 5A – 4 = 0 {sec[(π /2) - ]sen(π - )cotg[(π /2) + ]}
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 145
 CAPÍTULO IX

obteremos: 14. UPF 2012 Reescrevendo os dados da tabela em forma de

(A) sen (B) tg (C) cos matriz, temos:
(D) -cos (E) -sen
11, 75 24,5 6, 7 
10. UEPG 2013 Assinale o que for correto. A =  2, 4 12 1, 2 
 3, 06 14, 6 1, 44 
01) cos 247° = sen 337°
02) A igualdade abaixo é uma identidade trigonométrica: Considerando que a ij , com 1  i  3, 1  j  3, são os
sen a  tg a  cossec a
= tg2a  a − a 21 
cos a  cotg a  sec a elementos da matriz A, então cos  22   rad vale:
1  a 33 
04) Se cos x  , então sec x  2 1
2 (A) − (B) – 1 (C) 0
 3  2
08) Se x   , 2  , então cos x − sen x  0
 2  1
(D) 1 (E)
  2
16) sen  2x +  = cos 2x
 2
15. INSPER 2009 Considere dois ângulos agudos cujas
medidas a e b, em graus, são tais que
1
11. ITA 2013 Se cos 2x = , então um possível valor de a + b = 90 e 4sen a − 10sen b = 0.
2
cotg x − 1 Nessas condições é correto concluir que
é
cossec(x − ) − sec( − x) (A) tg a = 1 e tg b = 1.
3 1
(A) . (B) 1. (C) 2. (B) tg a = 4 e tg b = .
2 4
(D) 3. (E) 2. 1
(C) tg a = e tg b = 4.
4
12. INSPER 2012 O professor de Matemática de Artur e Bia 2 5
pediu aos alunos que colocassem suas calculadoras (D) tg a = e tg b = .
científicas no modo “radianos” e calculassem o valor de 5 2
 5
(E) tg a = e tg b = .
2
sen . Tomando um valor aproximado, Artur digitou em sua
2 2 5
calculadora o número 1,6 e, em seguida, calculou o seu seno,
encontrando o valor A. Já Bia calculou o seno de 1,5, GABARITO
 1. C
obtendo o valor B. Considerando que vale
2 2. D
aproximadamente 1,5708, assinale a alternativa que traz a 3. E
4.

correta ordenação dos valores A, B e sen . a) sen a. b) cosa. c) sen a.
2 5. − cosa.
  6. 0.
(A) sen  A  B. (B) A  sen  B.
2 2 7. E
  8. E
(C) A  B  sen . (D) B  sen  A. 9. C
2 2 10. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31.

(E) B  A  sen . 11. A
2 12. E
13. E
n 14. A
13. ITA 2012 A soma  cos( + k) , para todo   0, 2 15. E
k =0
vale
(A) - cos (  ) quando n é par.
(B) - sen (  ) quando n é ímpar.
(C) cos (  ) quando n é ímpar.
(D) sen (  ) quando n é par.
(E) zero quando n é ímpar.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 146

 CAPÍTULO X

CAPÍTULO X – SEMELHANÇA E TRIÂNGULO lados de dois polígonos semelhantes é chamada de razão de

RETÂNGULO semelhança. No caso de triângulos pode-se identificar a
semelhança nos seguintes casos:
TEOREMA DE TALES

Retas paralelas dividem retas transversais em uma mesma 1. Dois triângulos que possuem dois ângulos congruentes
razão. são semelhantes
2. Dois triângulos que possuem os lados respectivamente
proporcionais são semelhantes.
3. Dois triângulos que possuem dois lados respectivamente
proporcionais e que formam ângulos congruentes são
semelhantes.

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO

RETÂNGULO

A1 A2 A2 A3
(r) (s) (t)  =
B1 B2 B2 B3

BASE MÉDIA de um triângulo é o segmento definido pelos

pontos médios de dois de seus lados.

(1) b 2 = an
(2) c 2 = am
(3) b 2 + c 2 = a 2
(4)ah = bc
(5) h 2 = mn
MN || BC
1 1 1
BC (6) 2 = 2 + 2
MN = h b c
2

TEOREMA 1 (TEOREMA DA BISSETRIZ INTERNA):

Dado um triângulo ABC e AI A a bissetriz interna do vértice EXERCÍCIO
A, então:
AB AC 1. O valor de x na figura é:
=
BI A CI A

TEOREMA 2 (TEOREMA DA BISSETRIZ

EXTERNA):Dado um triângulo ABC e AEA a bissetriz
externa do vértice A, então:

AB AC
=
BEA CEA
27
SEMELHANÇA (A) (B) 2 (C) 6
2 27
(D) 4 (E)
Dois polígonos são semelhantes se e somente se possuem
lados respectivamente proporcionais que formam ângulos
respectivamente congruentes. A razão de proporção entre os
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 147
 CAPÍTULO X

2. EEAr 2017 Seja um triângulo ABC, conforme a figura. 9. AFA 2018 A figura a seguir é um pentágono regular de
Se D e E são pontos, respectivamente, de AB e AC, de lado 2 cm.

forma que AD = 4, DB = 8, DE = x, BC = y, e se
DE P BC, então

(A) y = x + 8
(B) y = x + 4
Os triângulos DBC e BCP são semelhantes. A medida de
(C) y = 3x
AC, uma das diagonais do pentágono regular, em cm, é
(D) y = 2x
igual a
(A) 1 + 5 (B) −1 + 5
3. Em um triângulo ABC de lados AB = 12, AC = 8 e
5
BC = 10, o maior segmento que a bissetriz interna de  (C) 2 + (D) 2 5 −1
determina sobre BC é: 2
(A) 4 (B) 5,5 (C) 6
(D) 7,5 (E) NRA. 10. EFOMM 2014 Considere um triângulo retângulo de
catetos 9cm e 12cm. A bissetriz interna relativa à hipotenusa
4. ITA 1989 Considere um quadrilátero ABCD cujas desse triângulo mede:
diagonais AC e BD medem, respectivamente, 5 cm e 6 cm. (A) 36 2 (B) 25 2 (C) 4 2
Se R, S, T e U são os pontos médios dos lados do quadrilátero 7 7 15
dado, então o perímetro do quadrilátero RSTU vale: (D) 7
2 (E) 3
2
(A) 22 cm (B) 5,5 cm (C) 8,5 cm 5 5
(D) 11 cm (E) 13 cm.
11. AFA 2001 Na figura abaixo existem n triângulos
5. AFA 1995 Dados dois triângulos semelhantes, um deles retângulos onde ABC é o primeiro, ACD o segundo e APN é
com 4,7 e 9 cm de lado, e o outro com 66cm de perímetro, o n-ésimo triângulo. A medida do segmento HN é:
pode-se afirmar que o menor lado do triângulo maior mede, a n
em cm. (A)
n
(A) 9,8 (B) 11,6
(C) 12,4 (D) 13,2 a n +1
(B)
n +1
6. AFA 1996 Seja ABC um triângulo retângulo com catetos
a n −1
AB e BC. Divide-se AB em 10 partes congruentes, e, pelos (C)
pontos de divisão, traçam-se retas paralelas a BC, cortando o n −1
lado AC e determinando 9 segmentos paralelos a BC. a n +1
(D) .
Se BC = 18, então a soma das medidas desses segmentos é: n
(A) 81 (B) 64
(C) 49 (D) 100. 12. ITA 2014 Considere o triângulo ABC retângulo em A.
Sejam AE e AD a altura e a mediana relativa à hipotenusa
7. EEAr 2016 Sabe-se que a hipotenusa de um triângulo
retângulo tem 5 5 cm de comprimento e a soma dos
BC, respectivamente. Se a medida de BE é ( )
2 − 1 cm e a

catetos é igual a 15 cm. As medidas, em cm, dos catetos são medida de AD é 1 cm, então AC mede, em cm,

(A) 6 e 9 (B) 2 e 13 (A) 4 2 − 5. (B) 3 − 2. (C) 6−2 2.

(C) 3 e 12 (D) 5 e 10 (D) 3 ( )
2 −1 . (E) 3 4 2 − 5.

8. EFOMM 2010 Um triângulo isósceles ABC, com lados

AB=AC e base BC, possui a medida da altura relativa à base 13. ITA 2018 Os triângulos equiláteros ABC e ABD têm
igual a medida da base acrescida de dois metros. Sabendo que lado comum AB. Seja M o ponto médio de AB e N o
o perímetro do triângulo é igual a 36 metros, pode-se afirmar ponto médio de CD. Se MN = CN = 2 cm, então a altura
que sua base mede
(A) 8 metros. (B) 9 metros. relativa ao lado CD. do triângulo ACD mede, em cm,
(C) 10 metros. (D) 11 metros. 60 50
(E) 12 metros. (A) . (B) .
3 3

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 148

 CAPÍTULO X

40 30 (B) 10
(C) . (D) .
3 3 (C) 5 21
2 6 (D) 21
(E) .
3 (E) 2 21

14. ESPCEX 2019 Em um triângulo ABC, BC = 12 cm e 18. ESPCEX 2016 Na figura abaixo, a circunferência de
raio 3 cm tangencia três lados do retângulo ABCD.
a mediana relativa a esse lado mede 6 cm. Sabendo-se que a
mediana relativa ao lado AB mede 9 cm, qual a área desse Sabendo que a área deste retângulo é igual a 72 cm2 , a
triângulo? medida do segmento EF, em cm, é igual a:
2
(A) 35 cm .
(B) 2 35 cm 2 .
(C) 6 35 cm 2 .
35
(D) cm 2 .
2
(E) 3 35 cm2 .

15. ESPCEX 2019 Os centros de dois círculos distam 6 5

(A) 3 5 (B) (C) 6 5
25 cm. Se os raios desses círculos medem 20 cm e 15 cm, 5
a medida da corda comum a esses dois círculos é 12 5
(A) 12 cm. (D) (E) 12 5
5
(B) 24 cm.
(C) 30 cm. GABARITO
(D) 32 cm.
1. C
(E) 26 cm.
2. C
16. ESPCEX 2017 Se o perímetro de um triângulo 3. C
equilátero inscrito em um círculo é 3 cm, a área do círculo
4. D
(em cm 2 ) é igual a
5. D

(A) 6. A
3
(B) 3 7. D
(C)  8. B
(D) 3 3 9. A
(E) 81
10. A
17. ESPCEX 2017 Na figura, o raio da circunferência de 11. B
25 12. C
centro O é cm e a corda MP mede 10 cm.
2
13. A
14. C
15. B
16. A
17. E
18. D

A medida, em centímetros, do segmento PQ é

25
(A)
2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 149
 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 150

 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI – ÁREA E RELAÇÕES MÉTRICAS 2) Mediana

NO TRIÂNGULO
ma =
1
2
(
2 b2 + c 2 − a 2 )
( )
RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO 1
mb = 2 c 2 + a 2 − b2
QUALQUER 2
mc =
1
2
(
2 a 2 + b2 − c 2 )

3) Bissetriz Interna

bcp ( p − a )
2
bi a =
b+c
cap ( p − b )
2
bi b =
c+a
abp ( p − c )
LEI DOS COSSENOS 2
bi c =
a+b
a 2 = b2 + c 2 − 2bc cos Aˆ
b2 = c 2 + a 2 − 2ca cos Bˆ 4) Bissetriz Externa
ˆ
c 2 = a 2 + b2 − 2ab cos C
bc ( p − b )( p − c )
2
be a =
b−c
LEI DOS SENOS
ca ( p − c )( p − a )
2
be b =
a b c c −a
= = = 2R
ˆ ˆ ˆ
ab ( p − a )( p − b )
sen A sen B sen C 2
be c =
a−b

RELAÇÃO DE STEWART DEFINICÃO DE ÁREA:

Área de uma figura plana é um número real não negativo a
ele associado, que satisfaz aos seguintes axiomas:

AXIOMA DE ÁREA 1. A cada figura plana corresponde um

único número real não negativo, chamado área.

AXIOMA DE ÁREA 2. Figuras planas congruentes

c2 x2 b2
− + =1 possuem área iguais.
am mn an

AXIOMA DE ÁREA 3. Se uma figura plana é a união de

CÁLCULO DE CEVIANAS duas figura plana que se interceptam segundo um número
finito de pontos ou segmentos, então AS = A1+ A2
1) Altura

p ( p − a )( p − b )( p − c )
2 AXIOMA DE ÁREA 4. A área do retângulo é o produto das
ha =
a suas duas dimensões.
p ( p − a )( p − b )( p − c )
2
hb =
b
p ( p − a )( p − b )( p − c )
2
hc =
c

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 151

 CAPÍTULO XI

TEOREMA 1: A razão entra a área de duas figuras E que:

1 1 1 1
geométricas semelhantes é o quadrado da razão de = + +
r ra rb rc
semelhança.
1 1 1 1
1.TRIÂNGULO = + +
r ha hb hc
1 1 1 1
= + −
ra h b h c h a
1 1 1 1
= + −
rb h a h c h b
1 1 1 1
=− − −
rc ha hb hc

EXERCÍCIOS

1. AFA 2000 Seja P um ponto interior a um triângulo

A área de um triângulo pode ser calculada por: equilátero de lado k. Qual o valor de k, sabendo-se que a
a  ha b  hb c  hc soma das distâncias de P a cada um dos lados do triângulo é
S= = = 2?
2 2 2
2 3 4 3
(A) (B) 3 (C) (D) 2 3 .
Em particular também podemos calcular a área de 3 3
um triângulo por:
2. AFA 2013 Um triângulo é tal que as medidas de seus

( )
bc ângulos internos constituem uma progressão aritmética e as
S=  sen A ˆ medidas de seus lados constituem uma progressão
2
geométrica.
S = p ( p − a )( p − b )( p − c )
Onde Dessa maneira, esse triângulo NÃO é
(A) acutângulo (B) obtusângulo
(C) equilátero (D) isósceles.
a +b+c
p= .
2 3. AFA 2000 Uma corda de comprimento a define em uma
S = pr circunferência de raio 2a um arco , 0 </2. Nessa mesma
abc circunferência, o arco 20 é definido por uma corda de
S=
4R comprimento:
S = ( p − a )  ra a 11 a 13
(A) (B)
S = ( p − b )  rb 4 3
a 15 a 15
S = ( p − c )  rc (C) (D) .
4 2
S = r  ra  rb  rc
4. AFA 1994 Num triângulo ABC, os ângulos B̂ e Ĉ medem,
respectivamente, 45º e 60º; o lado AC mede 2cm. Então, a
Como consequência destas relações obtemos: medida do lado BC (em cm) é:
3 1
( p − a )( p − b )( p − c ) (A) 1 +
3
(B) + 3
2
r=
p (C) 1 + 3 (D) 2 + 2
abc
R=
4 p ( p − a )( p − b )( p − c ) 5. EFOMM 2012 Os números que exprimem o cateto, a
hipotenusa e a área de um triângulo retângulo isósceles estão
p ( p − b )( p − c ) em progressão aritmética, nessa ordem. O cateto do
ra = triângulo, em unidades de comprimento, vale:
p−a
(A) 2 2 − 1 (B) 2 2 − 2 (C) 4 2 − 2
p ( p − c )( p − a ) (D) 4 2 − 4 (E) 4 2 − 1
rb =
p−b
p ( p − b )( p − a ) 6. EFOMM 2010 As medidas dos lados AC, BC e AB de
rc = um triângulo ABC formam, nesta ordem, uma progressão
p−c
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 152
 CAPÍTULO XI

aritmética crescente. Os ângulos internos Â, B e C desse então o comprimento da outra mediana, CM , em cm, é igual
triângulo possuem a seguinte propriedade; sen  + sen B –
2 2 a:
sen2 C – 2 . sen . sen B . cos C = cos2 C . Se o perímetro do (A) 2 (B) 3 (C) 3 6 (D) 6 15
triângulo ABC mede 3 3 m, sua área, em m2, é igual a 11. EN 2007 Na figura abaixo, o triângulo PMR é equilátero
3 3 3 9 e o quadrilátero PQRS é um quadrado, cujo lado mede 2 cm.
(A) (B) (C)
4 4 8 A área do triângulo MNR, em cm 2 , vale:
(D) 2 (E) 4 (A) 1. M
(B) 2 .

7. EN 1989 Considere o problema de determinar o triângulo (C) 3 . P S

ABC, conhecidos C = 60o , AB = x e BC = 6. Podemos (D) 6 .

afirmar que o problema
(A) sempre admite solução, se x > 0 (E) 12 .
(B) admite duas soluções, se x > 3
(C) admite solução única, se x = 3
(D) admite duas soluções, se 3 3 < x < 6 Q R N
(E) não admite solução, se x > 6
12. EN 2006 Considere a figura abaixo:
8. AFA 2009 Considere num mesmo plano os pontos da B
figura abaixo, de tal forma que:
(I) AW = CW = EW = GW = IW = LW = NW = PW
(II) BW = DW = FW = HW = JW = MW = OW = QW
    
(III) AWB = BWC = CWD = ... = PWQ = QWA
 
(IV) PC = AE = CG = EI = GL = IN = NA = LP = a
D d2 C
d1

A área do triângulo BDC é:

d1 + d 2 d1 . d 2
(A) . (B) .
ctg  − ctg  2 (ctg  + ctg )
d1 + d 2 d1 . d 2
(C) . (D) .
2 (ctg  − ctg ) 2 ctg  − ctg 
d1 . d 2
(E) .
2 (ctg  − ctg )

13. AFA 2017 Considere, no triângulo ABC abaixo, os

A área da região sombreada da figura, em função de a, é pontos P  AB, Q  BC, R  AC e os segmentos PQ e
(A) 12a2 − 8a2 2 (B) 6a2 + 4a2 2
QR paralelos, respectivamente, a AC e AB.
(C) 12a2 + 8a2 2 (D) 6a2 – 4a2 2

9. EN 1988 O ponto B pertence ao segmento AC , dista 2 cm

do ponto A e dista 1 cm do ponto C. O raio dum círculo que
tangencia exteriormente os círculos de diâmetros AB e BC
e tangencia internamente o círculo de diâmetro AC é:
1 2 3
(A) cm (B) cm (C) cm
3 5 7
4 5
(D) cm (E) cm.
9 11
Sabendo que BQ = 3 cm, QC = 1 cm e que a área do
10. AFA 2008 Um triângulo ABC é não isósceles. Sejam M, triângulo ABC é 8 cm 2 , então a área do paralelogramo
N e P, respectivamente, os pontos médios dos lados
AB , BC e AC desse triângulo, de forma que AN = 3 cm e hachurado, em cm2 , é igual a
(A) 2 (B) 3
BP = 6 cm. Se a área do triângulo ABC mede 3 15 cm 2,
(C) 4 (D) 5

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 153

 CAPÍTULO XI

14. EPCAR 2017 Considere duas calçadas r e s, paralelas 18. ITA 2017 Seja ABC um triângulo cujos lados AB, AC
entre si, a uma distância de 6 m uma da outra. e BC medem 6 cm, 8 cm e 10 cm, respectivamente.
Considere os pontos M e N sobre o lado BC tais que AM
é a altura relativa a BC e N é o ponto médio de BC. A área
do triângulo AMN, em cm2 , é
(A) 3,36. (B) 3,60.
(C) 4, 20. (D) 4, 48.
(E) 6,72.

19. IME 2016 Em um triângulo ABC, o ponto D é o pé da

Duas pessoas distantes 5 m uma da outra se encontram nos bissetriz relativa ao ângulo A. Sabe-se que
pontos A e B definidos na calçada s.
AB
Na calçada r está uma placa de parada de ônibus no ponto AC = AD, r = e que C = 
X que dista 10 m da pessoa posicionada em A. Quando a AC
pessoa em A se deslocar para P sobre o segmento AX, a
distância que irá separá-la da pessoa posicionada no ponto Portanto o valor de sen 2 é
B, em metros, será de 3r − 1 3r − 1
(A) (B)
(A) 3 (B) 4 4 4r
(C) 5 (D) 6 r+3 3r + 1
(C) (D)
4 4r
3r + 1
(E)
15. EEAR 2016 Assinale a alternativa que representa, 4
corretamente, a área do triângulo esboçado na figura abaixo.
(A) 15 m 2 20. ITA 2016 Um triângulo está inscrito numa circunferência
de raio 1 cm. O seu maior lado mede 2 cm. e sua área é de
(B) 30 2 m 2
1
cm 2 . Então, o menor lado do triângulo, em cm, mede
(C) 15 3 m 2 2
2 1
(D) 30 3 m (A) 1 − . (B) 2− 2.
2
16. ITA 2018 Os lados de um triângulo de vértices A, B e 1 2
(C) . (D) .
C medem AB = 3 cm, BC = 7 cm e CA = 8 cm. A 2 6
circunferência inscrita no triângulo tangencia o lado AB no 3
(E) .
ponto N e o lado CA no ponto K. Então, o comprimento 6
do segmento NK, em cm, é
21. ITA 2016 Sejam  uma circunferência de raio 4 cm e
(A) 2. (B) 2 2. (C) 3.
7 PQ uma corda em  de comprimento 4 cm. As tangentes a
(D) 2 3. (E) .
2  em P e em Q interceptam-se no ponto R exterior a .
Então, a área do triângulo em PQR, em cm2 , é igual a
17. ITA 2017 Considere o triângulo ABC, em que os
2 3 3 2
segmentos AC, CB e AB medem, respectivamente, (A) . (B) .
3 2
10 cm, 15 cm e 20 cm. Seja D um ponto do segmento AB 6 2 3
(C) . (D) .
de tal modo que CD é bissetriz do ângulo AC B e seja E 2 5
um ponto do prolongamento de CD, na direção de D, tal 4 3
(E) .
que DB E = DC B. A medida, em cm, de CE é 3

11 6 13 6 22. AFA 2007 Um triângulo retângulo está circunscrito a um

(A) . (B) .
3 3 círculo de raio 15 m e inscrito em um círculo de raio
37,5 m. A área desse triângulo, em m 2, mede
17 6 20 6
(C) . (D) . (A) 1350 (B) 750
3 3 (C) 1050 (D) 350
25 6
(E) .
3
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 154
 CAPÍTULO XI

23. EN 2005 Na figura abaixo o triângulo ABC é equilátero

e está inscrito em uma circunferência de centro O e raio r. Se GABARITO
os segmentos BC e MQ são paralelos, então a área do
triângulo APN é: 1. C
B 2. B
3. D
Q
4. C
P
O 5. C
6. C
A N C
7. D

M
8. D
9. C
3 2 10. C
(A) r .
2
11. A
2 2
B) r . 12. E
3
13. B
3 2
(C) r .
6 14. A
2 2 15. A
(D) r .
4 16. A
3 2 17. E
(E) r .
12
18. A
24. ESPCEX 2014 Em um treinamento da arma de 19. D
Artilharia, existem 3 canhões A, B e C. Cada canhão, de
acordo com o seu modelo, tem um raio de alcance diferente 20. B
e os três têm capacidade de giro horizontal de 360°. Sabendo 21. E
que as distâncias entre A e B é de 9 km, entre B e C é de 8
km e entre A e C é de 6 km, determine, em km 2, a área total 22. A
que está protegida por esses 3 canhões, admitindo que os 23. B
círculos são tangentes entre si.
24. D
23 23 385
(A) π (B) π (C) π
2 4 8
195 529
(D) π (E) π
4 4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 155

 CAPÍTULO XI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 156

 CAPÍTULO XII

CAPÍTULO XII – ÁREA E RELAÇÕES MÉTRICAS SEGMENTO CIRCULAR

NO CÍRCULO

RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA

Seja P um ponto e (C) uma circunferência então toda secante

traçada por à circunferência é tal que o produto dos
comprimentos dos segmentos determinados por P e pelas
interseções da secante com a circunferência é constante.

R2
PA  PB = cte S=  (  − sen (  ) ) ,  radianos
2

COROA CIRCULAR

(
S =  R 2 − r 2 )
TRAPÉZIO CIRCULAR


CÍRCULO
S=
2
( )
 R 2 − r 2 ,  radianos

EXERCÍCIOS

1.AFA 2004 Seja PQ tangente à circunferência de centro

O e raio r. Se CQ = r, pode-se afirmar que PQ + PC é
igual a

S =  R 2

SETOR CIRCULAR

(A) r + 3
(B) 2r + r 3
(C) r 3
  R2 (D) r + r 3 .
S= ,  radianos
2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 157
 CAPÍTULO XII

2. AFA 1997 Sejam os triângulos: ABC e CDE. O triângulo 6. AFA 2012 Conforme a figura abaixo, A é o ponto de
ABC está inscrito em uma circunferência de raio tangência das circunferências de centros C1, C2 e C3.
3 . CA = 3 , e, ainda, AB é um diâmetro da mesma. Os Sabe-se que os raios dessas circunferências formam uma
vértices D e E do triângulo CDE são a intersecção do progressão geométrica crescente.
prolongamento dos lados CA e CB com a reta paralela a
AB e tangente à mesma circunferência. O valor de DE é
(A) 9 (B) 5 3
(C) 6 + 3 (D) 2(2 + 3 ).

3. EN 1986 O ponto O é o centro de um círculo de raio 3.

Pelo ponto P, que dista 5 de O, traça-se uma tangente ao
círculo e T é o ponto de tangência. A reta PO corta o círculo
nos pontos A e B (A entre P e O). O comprimento de BT é:
(A) 4
12 5 Se os raios das circunferências de centros C1 e C2 medem,
(B) respectivamente, 2r e 3r, então a área da região sombreada
5
(C) 5 vale, em unidades de área,
11 3
(D) 55 2 29 2
4 (A) r (B) r
(E) 2 6 . 8 4
61
(C)  r 2 (D) 8 r 2
4. EFOMM 2006 A região hachurada R da figura é 8
limitada por arcos de circunferência centrados nos vértices
do quadrado de lado 2. A área de R é 7. AFA 2011 As circunferências λ1 e λ2 da figura abaixo são
tangentes interiores e a distância entre os centros C1 e C2 é
igual a 1 cm
Se a área sombreada é igual à área não sombreada na figura,
é correto afirmar que o raio de λ2, em cm, é um número do
intervalo

2
(A)
2
( )
(B)  − 2 2  2

 4 2
(C)   −  (D) (4 – )2  11   11 23 
 3 (A)  2,  (B)  , 
(E) 2 2.  5  5 10 
 23 5   5 13 
(C)  ,  (D)  , 
5. EFOMM 2010 Um triângulo obtusângulo ABC tem 18cm  10 2  2 5 
de perímetro e as medidas de seus lados formam uma
( )
progressão aritmética crescente AB, AC, BC .Os raios das
8. AFA 2014 Na figura abaixo, os três círculos têm centro
circunferências inscrita e circunscrita a esse triângulo ABC sobre a reta AB e os dois de maior raio têm centro sobre a
medem, respectivamente, r e R. circunferência de menor raio.
15 3 15
Se sen Â= e sen B = então o produto r . R, em
4 16
cm2 , é igual a
35
(A)
9
(B) 6 6
(C) 3 15
16
(D)
3
(E) 1
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 158
 CAPÍTULO XII

A expressão que fornece o valor da área sombreada é 11. EEAR 2017

17 π − 6 3 2 11π + 9 3 2
(A) r (B) r
9 12
15π − 4 3 2 13π + 6 3 2
(C) r (D) r
9 12

9. EN 2008 Na figura abaixo, ABC é um triângulo

  
equilátero de lado 2re PQ , PR e QR são arcos de
circunferência de raio r. Os segmentos MN e CS são Na figura, O é o centro do semicírculo de raio r = 2 cm.

perpendiculares ao segmento NS e QRS é uma Se A, B e C são pontos do semicírculo e vértices do
semicircunferência de centro em C. triângulo isósceles, a área hachurada é _____ cm². (Use

(A) 2,26
(B) 2,28
(C) 7,54
(D) 7,56

GABARITO
2 2
Se sen α = e a soma das áreas hachuradas mede
3 1. D
 π 5
 3 −  r 2 + , então o valor de r é: 2. D
 2 9
3. B
(A) 2 − 2 .
1

(B) 2 − 4 .
1
4. D
1
(C) 2 4 .
1 5. D
(D) 2 2 .
(E) 2. 6. C

10. EFOMM 2018 Qual é a área de um círculo inscrito em 7. C

um triângulo equilátero, sabendo-se que esse triângulo está
inscrito em uma circunferência de comprimento igual a 8. D
10 π cm?
9. B
75 π
(A) 10. B
4
25 π 11. B
(B)
4
5π
(C)
2
25 π
(D)
16
5π
(E)
4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 159

 CAPÍTULO XII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 160

 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - ARCO SOMA E SUAS 15

CONSEQUÊNCIAS (C) (D) 15
4
1. UFU 2016 A figura a seguir, sem escala, apresenta (E) 4 15
informações parciais de um triângulo retângulo ABC, sendo
CD uma mediana e  um ângulo obtuso. 5. FUVEST 2016 No quadrilátero plano ABCD, os ângulos
ABCˆ e ADC
ˆ são retos, AB = AD = 1, BC = CD = 2 e BD
é uma diagonal.

ˆ vale
O cosseno do ângulo BCD
3 2 3
(A) (B) (C)
5 5 5
2 3 4
(D) (E)
5 5

Com base nessas informações, determinam-se as medidas 6. FUVEST 2015 No triângulo retângulo ABC, ilustrado
dos ângulos  e  que possibilitam encontrar os ângulos na figura, a hipotenusa AC mede 12cm e o cateto BC mede
internos do triângulo ABC. Esses ângulos internos são: 6cm.
Se M é o ponto médio de BC, então a tangente do ângulo
Observação: 6 2 = 2 3. MAC é igual a
ˆ = 90, CBA
(A) ACB ˆ = 15 e BAC
ˆ = 75. 2
(A)
ˆ = 90, CBA
(B) ACB ˆ = 10 e BAC
ˆ = 80. 7
ˆ = 90, CBA
ˆ = 20 e BAC
ˆ = 70. 3
(C) ACB (B)
7
ˆ = 90, CBA
(D) ACB ˆ = 30 e BAC
ˆ = 60. 2
(C)
7
2. G1 - IFCE 2016 O valor de cos (105) é
2 2
(D)
3 2+ 6 7
(A) . (B) .
2 4 2 3
2− 6 2+ 6 (E)
(C) . (D) . 7
2 2
2− 6 2
(E) . 7. UEG 2015 Considerando-se que sen(5) = , tem-se
4 25
que cos(50) é
3. EEAR 2016 O valor de cos 735 é
2 2
1 3 (A) ( 621 + 2) (B) ( 621 − 2)
(A) (B) 50 50
4 4
2 2
2+ 6 2+ 6 (C) (1 − 621) (D) ( 621 − 1)
(C) (D) 50 50
4 8
8. Se cosx = 0,8 e 0 < x < π/2 então o valor de sen2x é:
 (A) 0,6 (B) 0,8 (C) 0,96 (D) 0,36 (E) 0,49
4. UFJF-PISM 2 2016 Seja 0  x  uma medida de
2
ângulo em radianos tal que 9. Se y = 4cos15° . cos75°, então y2 vale:
(A) 1 (B) 1/4 (C) 1/2 (D) 3/4 (E) 2
5
cos x + sen x = 1
2 10. Sabendo-se que sen 30°= , o valor de sen15° é:
3 2
cos x − sen x =
2 ( 3 − 2) 1
(A) (B) (C) 1
2 4
O valor de tg 2x é:
(2 − 3) 1
15 (D) (E)
(A) 4 − 15 (B) 2 2
15

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 161

 CAPÍTULO XIII

10. UFF 2000 Dados os ângulos α e β tais que α, cos 2x

20. Suponha que = 2 para algum ângulo
  1 3 cos x
1 ∈ 0,  , cosα = e cosβ = , resolva a equação:
 2 2 2 sen 2x
0  x  1800 . O valor de é igual a:
sen(x - α) = sen(x - β) sen x
(A) 1 + 3 (B) 1 − 3 (C) 3 −1
12. FUVEST 2001 Se tgθ = 2, então o valor de
cos2θ/(1+sen2θ) é: (D) 3 (E) 2 + 3
(A) –3 (B) –1/3 (C) 1/3
(D) 2/3 (E) 3/4 21. Sejam  e  números reais tais que

13. Se cos (x) = a, para x ∈ (0, π/2) e assumindo que a ≠ 0 e 2 6

sen  + sen  = e cos  + cos  = o valor de
a ≠ 1, o valor de tg (2x) é, 2 2
2a 2 − 1 1− a2 sen (  + ) é igual a:
(A) . (B) .
2a 1 − a 2 a 1 2 3
(A) (B) (C)
2 2 2
2a 1 − a 2
(C) 2a 1 − a 2 . (D) . 6
2a 2 − 1 (D) (E) 1
2
(E) 2a2 - 1.
22. O valor da expressão
14. Simplifique a expressão: 64  sen1 cos1 cos 2 cos 4 cos8 cos16 cos 32 é:
(A) cos16 (B) cos 26
sen (a + b) − sen (a − b)
+ ctga (C) cos 36 (D) cos 46
cos (a + b) − cos (a − b)
23. O valor da expressão tg1 tg 2 ...  tg88 tg89 é:
15. O número 2+ 3 é raiz da equação (A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4
x − ( tg a + ctg a ) x + 1 = 0. Calcule o valor de sen 2a.
2

( ) ( 2)
o o
24. O valor de cos 4 15 2 − sen 4 15 é
sen x − cos x 6+ 2 6− 2
16. O valor numérico da expressão para (A) (B)
csc x − sec x 4 4
x = 15 é:
3 1
(A) − 1 (B) 1 (C) − 1 (D) 1 (C) (D)
2 2 4 4 2 2
3 −1
(E)
17 2
17. Sabendo que sen  + cos  = , o valor de sen 2 é:
13
120 122 124 25. Sabendo-se que x − y = 60, assinale a alternativa que
(A) (B) (C) corresponde ao valor da expressão
169 169 169
126 128 ( cos x + cos y )2 + (sen x + sen y )2 :
(D) (E)
169 169 1 3
(A) 1 (B) (C) 2 (D) 3 (E)
2 2
18. Sendo  e  as medidas dos ângulos agudos de um 1
26. PUC Os anglos agudos a e b são tais que tg a = e
triângulo retângulo e sabendo que sen 2 2 − 2cos 2 = 0 3
então sen  é igual a: 1
tg b = . O ângulo a + b é igual a:
4 4 2
2 2 8
(A) (B) (C)
2 2 2 1
(A) ar ctg (B) 30° (C) 45°
4
8 2
(D) (E) 0 (D) 60° (E) 90°
4

27. PUC A soma das soluções de sen 2x = cos x contidas no

cos3 15o + sen 315o
19. O valor de é igual a: intervalo fechado 0, 2 é:
cos 15o + sen 15o
3 3
1 1 (A) (B) 2 (C)
(A) 0 (B) (C) 2 2
4 2
7
3 (D) 3 (E)
(D) (E) 1 2
4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 162

 CAPÍTULO XIII

28. O valor de ( sen 22,5 + cos 22,5) é: 35. Num triângulo isósceles a razão entre a altura referente à
2

1+ 2
1− 2 1+ 2 base e esta é . Sobre o ângulo  oposto à base,
(A) (B) 2
2 2 podemos afirmar que:
2+ 2 2− 2
(C) (D)
2 2 (A)  = /4
(E) 1 (B)  = /2
(C)  = /3
29. UFRRJ Em um triângulo ABC, cujos ângulos são (D)  = /6
designados por A, B e C supõe-se que: (E) não temos dados suficientes para determiná-lo.

2 tg A = tg B + tg C e 0  A 
2 sen 41 + cos 4 1 − 1
A relação que vale neste triângulo é: 36. (Desafio) Simplifique
(A) tgB tgC = 3 sen 61 + cos6 1 − 1
(B) tgAtgBtgC = 1
sen ( 90 − x )  cos x
(C) cos ( B + C) = 2 cos A 37. Seja f ( x ) = − sen 2 x, 0  x   . O
tg ( 90 − x )  tg x 2
(D) tg B . tg C = tg A
valor de 32  f ( 22,5 ) é:
30. FUVEST O valor de ( tg10 + cot g10) sen 20 é:
38. Um possível valor de x, que satisfaz a equação:
1
(A) (B) 1 (C) 2
2 2sen x 1
5
(D) (E) 4 1 =0 é
2 cos x
2
 
31. A expressão cos(x + ) + sen  + x  − tg(−x) + ctgx ,   
2  (A) (B) (C)
3 4 6

em que 0 < x < , é equivalente a:  
2 (D) (E)
8 12
2
(A) (B) x (C) 2  cos 2x
sen2x 39. O valor de tg10° (sec 5° + cossec 5°) (cos 5° - sen 5 °) é
tgx igual a
(D) (E) ctgx
x
(A) 2. (B) 1/2. (C) 1. (D) 1/3 (E) 3
32. AFA 1998 O valor da expressão
40. EsPCEx Considere o triângulo com ângulos internos x,
cos 35 ( sen25 + cos 55 ) + sen35 ( cos 25 − sen55 ) 45º e 120º. O valor de tg2(x) é igual a

+
tg31 + tg14
é:
(A) 3-2 (B) 4 3-7
1 − tg31tg14 (C) 7-4 3 (D) 2 - 3
2 −3 3+ 2
(A)
2
(B)
2
(E) 2-4 3
2+ 3 2− 3
(C) (D)
2 3 GABARITO

33. AFA 1999 O valor da expressão cos15 + sen105 é: 1. A

6+ 2 6− 2
(A) (B)
4 4
6+ 2 6− 2
(C) (D)
2 2

34. AFA 2000 Os valores de m  para os quais a equação

2 ( sen x − cos x ) = m 2 − 2 admite soluções, são
( 6 + 2)
(A) –1  m  1 (B) –2  m  2 25
6+ 2
ˆ =
cos(CBA) 2 =  CBA = 15 e BAC = 75.
(C) 0  m  2 (D) – 2  m  2 50 4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 163

 CAPÍTULO XIII

2. E Do triângulo ABM encontramos

cos105 = cos(60 + 45)
BM 3 3
cos105 = cos 60  cos 45 − sen60  sen45 tg BAM =  tg BAM = = .
AB 6 3 6
1 2 3 2
cos105 =  − 
2 2 2 2 É fácil ver que tg BAC = 2  tg BAM. Logo, obtemos
2− 6 tg MAC = tg(BAC − BAM)
cos105 =
4
2  tg BAM − tg BAM
=
1 + 2  tg BAM  tg BAM
3. C
735 = 2  360 + 15 =
tg BAM
1 + 2  tg 2 BAM
Portanto,
cos 735 = cos15 = cos(45 − 30) = 3
= 6
= cos 45  cos 30 + sen 45  sen 30 =  3
2
1+ 2  
2 3 2 1 6+ 2  6 
=  +  =
2 2 2 2 4 3 6
= 
6 7
4. B 3
= .
7
5+ 3
Somando as duas equações, obtemos cos x = . 7. B
4 2
 2  621
5− 3 sen x cos 2 5 = 1 −    cos 5 =
Logo, vem sen x = . Ademais, como tg x = ,  
25 25
4 cos x
cos 50 = cos ( 45 + 5 ) = cos 45  cos 5 − sen45  sen5 =
segue que tg x = 4 − 15.

Finalmente, sabendo que tg 2x =

2 tg x
, encontramos =
2
2 621

25
−
2 2
 =
2 25 50
2
 ( 621 − 2 )
1 − tg x
2

2  (4 − 15) 15 8. C
tg 2x = = . 9. A
1 − (4 − 15) 2 15
10. D
11. x = kπ - π/4, k ∈ Z
5. C 12. B
Considere a figura. 13. D
14. zero
15. 1/2
16. D
17. A
18. C
19. D
Do triângulo ACD, pelo Teorema de Pitágoras, encontramos 20. B
2 2 2
21. C
AC = AD + CD  AC = 12 + 22 22. B
 AC = 5. 23. A
24. A
CD 2 25. D
Desse modo, vem cos ACD =  cos ACD =
.
AC 5 26. C
Como os triângulos ACD e ACB são congruentes por LAL, 27. D
28. C
segue que BCD = 2  ACD e, portanto, 29. A
cos BCD = 2  cos 2 ACD − 1 30. C
2 31. A
 2 
= 2  −1 32. C
 5 33. C
3 34. B
= . 35. A
5
36. 2/3
6. B
37. 4
Aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo ABC, vem
38. E
2 2 2 2
AC = AB + BC  AB = 122 − 62 39. A
40. C
 AB = 108
 AB = 6 3 cm.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 164
 CAPÍTULO XIV

CAPÍTULO XIV - TRANSFORMAÇÃO DE 2 sen( – 60o) = cos ( + 60o), então tg é um número da
PRODUTO EM SOMA E DE SOMA EM PRODUTO
forma a + b 3 onde
(A) a e b são reais negativos;
π 5π (B) a e b são inteiros;
1. FUVEST 1996 Os números reais sen , sen a, sen (C) a + b = 1;
12 12
(D) a e b são pares;
formam, nesta ordem, uma progressão aritmética. Então o
(E) a2 + b2 = 1.
valor de sen a é:
1
(A) 7. Transformando-se sen400 + cos100 em produto, obtemos:
4
3
3 (A) sen400
(B) 2
6
(B) 3sen200
2
(C) (C) 3 cos 200
4
(D) 2sen200
6
(D)
4
8. Encontre o valor de
3 1
(E) y= − 2sen700
2 2sen100
(A) 1/2
2. Transformando a expressão: (B) 1
(sen(a) + sen(b)) / (cos(a) + cos(b)) (C) 5/2
onde existir, temos: (D) -4/5
(A) sen (a + b) (E) 2
(B) 1/cos(a )
(C) cotg[(a + b)/2] 9. O valor da expressão
(D) tg[(a + b)/2] cos15º + cos 75º sen15º +sen75º
(E) 1/sen(a + b) + é igual a
sen15º cos15º
3. Três números α, β e θ estão em progressão aritmética. (A) 3
(B) 4
Então, o valor de: (C) 5
(D) 6
(senα + senβ + senθ)/(cosα + cosβ + cosθ) é: (E) 7.
(A) tg (α+β+θ)
(B) tg β 10. O valor numérico da expressão
(C) cotg (α+β) 13π 11π
sen . cos é
(D) tg α 12 12
(E) tg (θ - α) 1
(A)
2
1
4. Se cos(2x) = , onde x ∈ (0,π) então o valor de 1
3 (B)
3
sen ( 3x ) − sen ( x )
y=  é: 1
cos ( 2x ) (C)
4
(A) –1 1
(B)
( 3) (D)
6
3 1
3 (E) .
(C) 8
3

(D)
(2 3) 11. EN 1996 Sabendo-se que tgx = a e tgy = b ; pode-se
sen2x + sen2y
3 reescrever Z = como
(E) 1 sen2x − sen2y
 1 − ab   a − b 
(A)   
5. Se x, y e z são ângulos internos de um triângulo ABC e  1 + ab   a + b 
senx = (seny + senz)/(cosy + cosz), prove que o triângulo
 1 + ab   a − b 
ABC é retângulo. (B)   
 1 − ab   a + b 
6. Sabendo-se que  é um ângulo tal que

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 165

 CAPÍTULO XIV

 1 − ab   a + b  GABARITO
(C)   
 1 + ab   a − b 
1. D
 1 + ab   −a + b 
(D)   
 1 − ab   a − b  2. D
 1 + ab   a + b 
(E)   
 1 − ab   a − b  3. B

4. D
 5    
12. EN 1998 Sendo y = sen   cos   , o valor
 12   12  5.
numérico de y é sen x = tg [(y+z)/2]
1 3
Como (y+z)/2 = 90 - x/2
(A) +
2 4
sen x = tg (90 - x/2)
3
(B)
2 sen x = cotg (x/2)
1 2 . sen (x/2) . cos (x/2) = cos (x/2)/sen (x/2)
(C)
2 2
sen (x/2) = ±
(D) 3+2 2
(E) 2 ( 3 +1) x = 90°

6. B

7. C

8. B

9. D

10. C

11. E

12. A

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 166

 CAPÍTULO XV

CAPÍTULO XV - FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS iv. Função Cotangente

i. Função Seno Domínio: \ k, k  

Imagem: Reais
Domínio: Reais
Período: 
Imagem: [-1,1]
Período: 2 

ii. Função Cosseno

Domínio: Reais
Imagem: [-1,1] v. Função Secante
Período: 2
  
Domínio: \  k + ,k  
 2 
Imagem: \ ( −1,1)
Período: 2

iii. Função Tangente

  
Domínio: \ k + , k  
 2 
Imagem: Reais vi. Função Cossecante
Período: 

Domínio: \ k,k  
Imagem: \ ( −1,1)
Período: 2

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 167

 CAPÍTULO XV

vii. Arcoseno x. Funções Periódicas

Seja f uma função periódica de período p > 0. Seja também

Domínio:  −1,1
g(x) = cf (ax + b) + d
  
Contradomínio:  − 2 , 2 
Então, podemos dizer que:
 
“a” afeta o período

p
O período de g é .
a

“b” translada na horizontal

b
A função f é transladada na horizontal de − .
a

“c” comprime ou expande f na vertical

A função f se expande na vertical quando c  1 e se

comprime na vertical quando c  1 .
viii. Arco-cosseno
“d” translada na vertical

Domínio:  −1,1 A função “c. f” é transladada na vertical de d.

Contradomínio: 0, Teorema
Ao aplicarmos o módulo nas funções c.sen(ax+b) ou
c.cos(ax+b), o período original das funções se reduzem à
metade. Ou seja, o período será dado pelo módulo de π/a.

EXERCÍCIOS

Funções Trigonométricas - exercícios

1. UFJF 1998 Sendo

f (x) = (sen x)  1 − sen 2 x + (cos x)  1 − cos2 x
então f (5 / 8) é:
(A) 0 (B) 1 (C) –1
ix. Arcotangente 2 2
(D) − (E)
2 2
Domínio:
   1 − sen 2 x
2. EsPCEx 1998 Dada a função f(x) =
Contradomínio:  − 2 , 2 
e o intervalo
1 + senx
 
 = 0, 2 , pode-se afirmar que
(A) f é definida para todo x   e a imagem de f em I é [0, 2];
(B) f é definida para todo x   x 3  e a imagem de f em
2
 é [0, 2[;
(C) f não é definida para x = −1 e a imagem de f em  é ]−1, 1[;

π
(D) f não é definida para x = e a imagem de f em  é [0, 2[;
2
3π
(E) f não é definida para x = e a imagem de f em  é [0, 1[.
2

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 168

 CAPÍTULO XV

3. Analise as proposições a seguir: 6. Assinale a alternativa cujo gráfico pode representar a

   
I. O domínio da função f (x) = tg  x −  é função f (x) = 2cos  2x −  − 1 .
 6  4
2 (A)
D = {x  x + k, k  } . (B)
3
2
II. O período da função g(x) = 2sen3x é .
3
3
III. O número de raízes da equação cos 3x = ,
2
compreendidas entre 0, 2 é 4.
IV. O gráfico abaixo representa a função sen2x. (C)
(D)
y

· 0· · 3·
· ·
- 2
· · · · ·
3
2 4 2
−1
x
(E)

log x − log y = log 2

V) Se  x - y , então o valor de x + y é 6.
9 = 81

O número de proposições VERDADEIRAS é:

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

4. AFA Sabendo que o gráfico abaixo é da função 7. O número de soluções da equação x = 10  cos x é
y = a + senbx, pode-se afirmar que a + b é um número: (A) 3 (B) 5 (C) 6
(D) 7 (E) 10

8. ITA 1981 Se R denota o conjunto dos números reais e

(a , b) o intervalo aberto {x  R ; a < x < b}, seja
f :(0 , /2) → R definida por f (x) = sec2 x + csc2 x .
Se  (0 ,/2) é tal que tg = a / b, então f () é igual a:
a+b 1 2 2
(A) (B a +b
2 2
a − b2
2
a 2 + b2
(C) (D)
ab ab
(E) nda
(A) par
(B) primo 9. ITA 1982 A função f : [0 , /4] → [0 , 1] definida por
(C) divisor de 18 f (x) = (1 + tg x . tg (x/2)).cos x é uma função
(D) múltiplo de 7 (A) constante
(B) sobrejetora e ímpar
5. Sobre a função f definida por (C) injetora e ímpar
    (D) injetora e par
f (x) = cos2 x + cos 2  + x  + cos 2  − x  , podemos (E) sobrejetora e par
3  3 
afirmar que: 10. EsPCEX Represente graficamente a função:
(A) f não é limitada
1 1 1 1
(B) f é constante f ( ) = + + +
(C) f é injetora 1 + sen 
2
1 + cos 
2
1 + sec  2
1 + cos sec2 
(D) f é ímpar
11. ESPCEX (AMAN) 2015 A população de peixes em uma
(E) f (x) = cos 2 x , para todo x real
lagoa varia conforme o regime de chuvas da região. Ela
cresce no período chuvoso e decresce no período de
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 169
 CAPÍTULO XV

estiagem. Esta população é descrita pela expressão respectivamente. Suponha que, para esse satélite, o valor de
  t − 2    r em função de t seja dado por
P(t) = 103  cos      + 5  em que o tempo t é medido 5865
  6    r (t) =
1 + 0,15.cos ( 0, 06t )
em meses. É correto afirmar que
(A) o período chuvoso corresponde a dois trimestres do ano.
Um cientista monitora o movimento desse satélite para
(B) a população atinge seu máximo em t = 6. controlar o seu afastamento do centro da Terra. Para isso, ele
(C) o período de seca corresponde a 4 meses do ano. precisa calcular a soma dos valores de r, no apogeu e no
(D) a população média anual é de 6.000 animais. perigeu, representada por S.
(E) a população atinge seu mínimo em t = 4 com 6.000
O cientista deveria concluir que, periodicamente, S atinge o
animais. valor de
(A) 12 765 km. (B) 12 000 km.
12. ESPCEX (AMAN) 2012 A função real f(x) está (C) 11 730 km. (D) 10 965 km.
representada no gráfico abaixo. (E) 5 865 km.

Funções inversas - exercícios

15. AFA 1999 O valor real que satisfaz a equação

arcsen x + arcsen 2x =  / 2, para x pertencente ao intervalo
(0 , 1), é:
(A) 1/5 (B) 5 /5
(C) 1/2 (D) 2 /2
A expressão algébrica de f(x) é
- sen x , se x < 0 1 1
(A) f ( x ) =  16. AFA 2000 O valor de sen (arccos
2
+ arcsen ) é:
 cos x , se x  0
3
2 2 −1 2 6 +1

 cos x , se x < 0 (A) (B)
(B) f ( x ) =  2 6
 sen x , se x  0
 2 3 −1 −2 6 + 1
(C) (D)
- cos x , se x < 0 3 6
(C) f ( x ) = 
 sen x , se x  0 17. ITA 1983 A solução da equação

 sen x , se x < 0 x 
(D) f ( x ) =  arctg x + arctg = definida no conjunto dos reais
 cos x , se x  0
 x +1 4
diferentes de –1 é:
− sen x, se x < 0
(E) f ( x ) =  (A) 1 (B) 1/2 (C) 1/2 e 1
cos x, se x  0 (D) 2 (E) 2 e 1

18. ITA 1984 Sendo

13. ENEM PPL 2014 Uma pessoa usa um programa de
z = cos [arctg (a2 + b2) + arcctg(a2 + b2)], podemos afirmar
computador que descreve o desenho da onda sonora que:
correspondente a um som escolhido. A equação da onda é (A) z = 0
dada, num sistema de coordenadas cartesianas, por (B) z = 1
y = a  sen[b(x + c)], em que os parâmetros a, b, c são 3
(C) z =
positivos. O programa permite ao usuário provocar mudanças 2
no som, ao fazer alterações nos valores desses parâmetros. A (D) z = cos (a2 + b2), se a2 + b2 1
pessoa deseja tornar o som mais agudo e, para isso, deve (E) é impossível determinar o valor de z
diminuir o período da onda.
19. ITA 1986 Seja K uma constante real e considere a
O(s) único(s) parâmetro(s) que necessita(m) ser alterado(s)
1+ x2
é(são) equação em x, arcsen = K , sendo x  0. Então
(A) a. (B) b. (C) c. 2x
podemos afirmar que:
(D) a e b. (E) b e c.
(A) Para cada K  R, a equação admite uma única solução.
(B) Para cada K  R, a equação admite duas soluções.
14. ENEM 2010 Um satélite de telecomunicações, t minutos
após ter atingido sua órbita, está a r quilômetros de distância (C) Existe K  R tal que a equação admite uma infinidade de
do centro da Terra. Quando r assume seus valores máximo e soluções.
mínimo, diz-se que o satélite atingiu o apogeu e o perigeu, (D) Não existe K  R tal que a equação admita solução.
(E) Existe K  R tal que a equação admite uma única solução.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 170
 CAPÍTULO XV

26. ITA 2008 Sendo − / 2,  / 2 o contradomínio da

20. ITA 1987 Seja a um número real não-nulo, satisfazendo
–1  a  1. Se dois ângulos agudos de um triângulo são dados
função arcoseno e 0,  o contradomínio da função
por arcsen a e arcsec (1/a), então o seno trigonométrico do  3 4
terceiro ângulo desse triângulo é igual a: arcocosseno, assinale o valor de cos  arcsen + arccos  .
 5 5
(A) 1/2 (B) 1/3 1 7 4
(A) (B) (C)
(C) 3 /2 (D) 1 12 25 15
1 1
(E) 2 /2 (D) (E)
15 2 5
21. ITA 1988 O conjunto imagem da função
3x − 1 27. AFA 1999 O valor real que satisfaz a equação
f : [0, 1] → [0, ] definida por f (x) = arccos é: 
2 arcsen x + arcsen 2x = , para x pertencente ao intervalo
(A) {0, /4, 2/3} 2
(B) [0 ,] (0,1), é
(C) [/4 , 3/4] 1 5 1 2
(A) . (B) . (C) . (D) .
(D) [0 , 2/3] 5 5 2 2
(E) [0 ,/2]
28. EsPCEx 2019 Na figura abaixo está representado um
22.Considere os contradomínios das funções arco-seno e trecho do gráfico de uma função real da forma
   y = m  sen(nx) + k , com n > 0.
arco-cosseno como sendo − 2 , 2  e 0,  ,
 
respectivamente. Com respeito à função
  3 
f :  −1,1 → − , 
 2 2

f ( x ) = arcsenx + arccos x ,
temos que:
(A) f é não-crescente e ímpar
(B) f não é par e nem ímpar
(C) f é sobrejetora
(D) f é injetora
(E) f é constante

23. Calcule o valor exato de:

Os valores de m, n e k, são, respectivamente,
  
 4    5  (A) 3, e -1 (B) 6, e 1
sen  2 arc cot g    + cos  2 arc cos sec    3 6
  3    4 
 
(C) -3, e 1 (D) -3, e1
24. Considerando as funções 6 3
   
arcsen :  −1,1 →  − ,  e arccos :  −1,1 → 0,  , (E) 3, e -1
6
 2 2
 3 4
assinale o valor de cos  arcsen + arco cos  29. EsPCEx 2018 Dentre as alternativas a seguir, aquela que
 5 5 apresenta uma função trigonométrica de período 2π, cujo
6 7 1 gráfico está representado na figura abaixo é
(A) (B) (C)
25 25 3
2 5
(D) (E)
5 12

25.O intervalo   , que contém todas as soluções da

1+ x 1− x 
inequação arctg + arctg  é:
2 2 6
(A) [−1, 4] (B) [−3, 1]
(C) [−2, 3] (D) [0, 5] (A) f(x) = 1 – sen(π – x)
(E) [4, 6] (B) f(x) = 1 + cos(π – x)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 171
 CAPÍTULO XV

(C) f(x) = 2 – cos(π + x) 12. A

(D) f(x) = 2 – sen(π + x)  
(E) f(x) = 1 – cos(π – x) Como f  −  = −1, a lei de f só pode ser a lei apresentada
 2
1 na alternativa [A].
30. EsPCEx 2017 Sendo M = arctan ( X ) , N = arctan   e
X
13. B
P = tan ( M − N ) , o valor de 30P para X = 15 é
Reescrevendo a equação da onda, temos y = a  sen(bx + bc).
(A) 224/30
(B) 45/6 2
Logo, o período da onda é dado por , dependendo,
(C) 45 b
(D) 224 portanto, apenas do parâmetro b.
(E) 225
14. B
5865
Maior valor (cos (0,06t) = -1)  r(t) = = 6900
GABARITO 1 + 0,15.(−1)
5865
1. A Menor valor(cos(0,06t) = 1) r(t) = = 5100
2. B 1 + 0,15.(1)
3. C (VVFFV) Somando, temos:
4. A 6900 + 5100 = 12000
5. B 15. B
6. D 16. B
7. D 17. B
8. D 18. A
9. A 19. E
10. 20. D
21. D
F() 22. E
2 23. 17/25
24.B
25. C
 26. B
27. B
28. D
- -/2 0 /2  3/2 29. D
30. D
11. A
Construindo o gráfico da função, temos:

De acordo com o gráfico, o período chuvoso acontece em seis

meses, ou seja, dois trimestres.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 172

 FRENTE III

MATEMÁTICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 173

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 174
 CAPÍTULO VIII

CAPÍTULO VIII - SISTEMAS LINEARES TEOREMA 2: REGRA DE CRAMER

(i) INTRODUÇÃO E REPRESENTAÇÃO A solução de um sistema de Cramer é dada por:

Veja! i
xi =
Sejam a, b e x  IR. A equação ax = b, pode ser: 

1o caso: a 0 Em que i é o determinante obtido de A trocando-se a coluna i por

b B.
x = solução única (possível e determinado)
a
OBSERVAÇÃO 1: Quando  = 0 e algum i 0, então teremos
2o caso: a = b = 0 um sistema S.I.
0x = 0 infinitas soluções (possível e indeterminado)
OBSERVAÇÃO 2: Quando  = 1 = ... = n = 0, então só
3o caso: a = 0 e b 0 podemos dizer que não é S.P.D.
0x = b 0 sem solução (impossível)
(iii) SISTEMA HOMOGÊNEO
Agora, nosso interesse é resolver o sistema:
Um sistema de equações lineares é dito homogêneo se os
a11x1 + a12 x 2 + ... + a1n x n = b1 termos independentes de todas as equações são nulos.
 a11x1 + a12 x 2 + + a1n x n = 0
a 21x1 + a 22 x 2 + ... + a 2n x n = b 2
  
 a 21x1 + a 22 x 2 + + a 2n x n = 0
a m1 x1 + a m2 x 2 + ... + a mn x n = b m 
 
a m1x1 + a m2 x 2 + + a mn x n = 0
 a11 a12 ... a1n   x1   b1 
     
 a 21 a 22 ... a 2n   x 2  =  b2  Um sistema linear homogêneo sempre apresenta a solução
      (1, 2, ... , n) = (0, 0, ... , 0) que é chamada solução trivial.
     
 a m1 a m2 ... a mn   x n   bm  Se um sistema homogêneo é de Cramer (det A  0), então a
A X B solução trivial é a única solução.
Se um sistema homogêneo não é de Cramer (det A = 0), então
ou seja, queremos encontrar X tal que AX = B. ele é necessariamente possível e indeterminado, possuindo
infinitas soluções inclusive a trivial.
DEFINIÇÃO 1: Resolver um sistema AX = B é encontrar X
= (x1, x2, ..., xn) que satisfaz, simultaneamente, todas as (iv) RESOLUÇÃO DE SISTEMAS ESCALONADOS
equações. Caso esse X não exista, dizemos que o sistema é
impossível. A forma escalonada é uma forma extremamente conveniente
para a resolução dos sistemas lineares. Serão apresentados os
TEOREMA 1: um sistema linear pode ser: dois tipos de sistemas escalonados e a resolução de cada um
S.P.D. - solução única deles.
S.P.I. - infinitas soluções
S.I. - sem solução 1º Tipo: Sistemas com número de equações igual ao número
de incógnitas:
(ii) ESTUDO DOS SISTEMAS QUADRADOS
Nesse caso, o número de equações é igual ao número de
Anxn . Xnx1 = Bnx1 incógnitas e cada termo a ii  0, i = 1, 2, ..., n.
a11x1 + a12 x 2 + a13 x 3 + a1n x n = b1
1o caso: Existe A–1 
 a 22 x 2 + a 23 x 3 + a 2n x n = b 2

 a 33 x 3 + + a 3n x n = b3
AX = B  X = A–1B  solução única.

Logo, para sistemas quadrados vale 

 a nn x n = b n
S.P.D.  DET(A)  0 A matriz incompleta desse sistema é uma matriz triangular e
consequentemente seu determinante será não nulo.
DEFINIÇÃO 2: Vamos chamar DET(A) de .
a11 a12 a13 a1n
DEFINIÇÃO 3: Um sistema quadrado com  0 será 0 a 22 a 23 a 2n
chamado de sistema de Cramer. det A = 0 0 a 33 a 3n = a11a 22   a nn  0

0 0 0 a nn

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 175

 CAPÍTULO VIII

Logo, o sistema é de Cramer, e por conseguinte possível Matrizes Equivalentes:

edeterminado.
Para obter a solução do sistema, obtém-se xn na n-ésima
equação, depois, xn−1 na (n−1)-ésima equação e assim
sucessivamente para xn−2, xn−3, ..., x2, x1.
2º Tipo: Sistemas com número de equações menor que o
número de incógnitas:
Duas matrizes A e B de mesma ordem são equivalentes,
indicado por A ~B, quando uma é obtida da outra por meio
de uma seqüência de operações elementares.
O método de eliminação de Gauss é um procedimento para
escalonar um sistema, através de operações elementares, a
fim de resolvê-lo.

1º passo: Colocamos como 1ª equação aquela em que o

Nesse caso, o número de equações é inferior ao número de
incógnitas e nem todos os termos a ii , i = 1, 2, ..., n, são não
nulos.
Para resolver esse tipo de sistema devemos transformá-lo
num sistema do tipo anterior como segue:
coeficiente da 1ª incógnita seja não nulo.
2º passo: Anulam-se os coeficientes da 1ª incógnita de todas
as equações a exceção da 1ª, substituindo cada equação pela
sua soma com a 1ª multiplicada por um número conveniente.

1º) as incógnitas que não aparecem no início de nenhuma 3º passo: Deixa-se de lado a 1ª equação e aplicam-se o 1º e
equação, chamadas variáveis livres, devem ser transpostas 2º passos às equações restantes.
para os 2os membros das equações.
2º) O novo sistema assim obtido deve ser considerado como 4º passo: Deixam-se de lado a 1ª e a 2ª equações e repetem-
um sistema contendo apenas as incógnitas que sobraram nos se o 1º e 2º passo para as equações restantes e assim por
1os membros das equações. diante até que o sistema fique na forma escalonada.
3º) O sistema resultante estará na forma escalonada e pode
ser resolvido pelo método exposto no item anterior, onde as Se, durante o escalonamento, ocorrer alguma equação do tipo
variáveis do 1º membro serão apresentadas em função das 0x1 + 0x 2 + + 0x n = 0 , esta deverá ser suprimida do
variáveis do 2º membro (variáveis livres). sistema.
Se, durante o escalonamento, ocorrer alguma equação do tipo
Como para cada valor assumido pelas variáveis livres resulta 0x1 + 0x 2 + + 0x n = b , com b  0, o sistema será
uma solução diferente, o sistema possui infinitas soluções, ou impossível.
seja, é possível e indeterminado. O sistema escalonado pode apresentar uma das seguintes
O número de variáveis livres é obtido subtraindo do número características:
total de variáveis o número de equações do sistema
sistema
escalonado e é chamado grau de indeterminação do sistema. 1º nº de equações = nº 1 única
possível
tipo incógnitas solução
determinado
Nos dois tipos de sistemas escalonados não foram sistema
apresentados sistemas impossíveis. Isto se deve ao fato de ser 2º nº de equações < nº infinitas
possível
tipo incógnitas soluções
uma exigência para que o sistema seja considerado na forma indeterminado
escalonada que todas as equações possuam pelo menos um apresenta equação da
coeficiente não nulo. Como veremos a seguir, essa condição forma sistema nenhuma
não é satisfeita para os sistemas impossíveis. 0x1 + 0x 2 + + 0x n = b impossível solução
com b  0,
(v) MÉTODO DA ELIMINAÇÃO DE GAUSS

Operações elementares com filas: Determinação de matrizes inversas pelo método de

Denominam-se operações elementares com filas em uma
matriz às três seguintes operações:
a) permutação de duas filas quaisquer;
b) multiplicação de uma fila por um escalar; e
c) substituição de uma linha pela sua soma com outra
multiplicada por um escalar não-nulo.
eliminação de Gauss:
Esse método consiste em colocar uma matriz identidade ao
lado da matriz considerada. Em seguida, efetuam-se as
mesmas operações elementares nas filas de ambas as
matrizes até que a matriz A tenha sido reduzida à matriz
identidade. A matriz identidade sobre a qual foram efetuadas
as operações elementares será convertida, então, na matriz
inversa de A.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 176

 CAPÍTULO VIII

Observemos a aplicação desse método no exemplo a seguir: 4. FGV 2004 Determine os valores de a para os quais o sistema
1 3 3  linear abaixo admita solução não trivial.
Seja a matriz A = 1 4 3   2x + y + z = 0

1 3 4  (sen a)x + (cos a)y = 0
(cos a)x + (sen a)z = 0
1 3 3 1 0 0  1 3 3 1 0 0  
 
[A 3 ] = 1 4 3 0 1 0  (1) 0 1 0 −1 1 0  (2)

5. FGV 2003 Considere o sistema linear nas incógnitas x, y e z:
1 3 4 0 0 1  ~ 0 0 1 −1 0 1  ~
   x + y + mz = 3

 2x + 3y − 5z = −7
1 0 3 4 −3 0  1 0 0 7 −3 −3 3x − y + z = 4
 
0 1 0 −1 1 0  (3) 0 1 0 −1 1 0 
   
0 0 1 −1 0 1  ~ 0 0 1 −1 0 1  a) Para que valores de m o sistema é determinado?
 
b) Resolva o sistema para m = 0.

 7 −3 −3 6. UNIRIO 2003 Numa prova de Vestibular, uma das questões

−1   tinha o seguinte enunciado: “Discuta o seguinte sistema de 3
 A =  −1 1 0 
 −1 0 1  equações lineares a 3 incógnitas, em função de a e b”.

(1) 2ª linha menos 1ª linha e 3ª linha menos 1ª linha  2x + y − z =
(2) 1ª linha menos o triplo da 2ª linha 
(3) 1ª linha menos o triplo da 3ª linha  − x + ay + bz =
3x − 2y + z =


Ao iniciar a prova, um candidato notou que estavam faltando os

EXERCÍCIOS termos independentes das equações e comunicou ao fiscal. Este,
 x + 2y + z = 16 via Coordenação do Concurso, contatou a banca, que reconheceu

1. UFRN Se a, b e c são soluções do sistema 2x + y + z = 15 , a falha e, para não anular a questão, avisou a todos os candidatos
 x + y + 2z = 17 que o sistema era homogêneo.
 Sendo você um(a) candidato(a) desta prova, resolva a questão.
então, abc vale:
(A) 60 (B) 70 7. UNICAMP 2000 Seja A a matriz formada pelos coeficientes
(C) 80 (D) 90 do sistema linear abaixo:
(E) 100 x + y + z =  + 2

2. José e Maria, acompanhados de seu filho Pedro, queriam  x + y + z =  + 2
 x + y + z =  + 2
se pesar. Para tanto, utilizaram uma balança defeituosa que 
só indicava corretamente pesos superiores a 60 kg. Desta
forma, eles se pesaram, dois a dois, e obtiveram os seguintes a) Ache as raízes da equação: det A=0.
resultados: b) Ache a solução geral desse sistema para  = −2.
José e Pedro: 87 kg
José e Maria: 123 kg 8. A soma de todos os valores de a  [0, 2[ que tornam o sistema
Maria e Pedro: 66 kg
x + y + z = 0

Diante desses resultados, pode-se concluir que  x sen a + y cos a + z(2sen a + cos a) = 0
(A) cada um deles pesa menos que 60 kg. 
 x sen a + y cos a + z(1 + 3sen a + 2sen 2a) = 0
2 2 2
(B) dois deles pesam mais que 60 kg
(C) José é mais pesado que Maria e Pedro juntos. possível e indeterminado é:
(D) Maria é a mais pesada dos três. (A) 5 (B) 4 (C) 3 (D) 2 (E) 
(E) o peso de Maria é a média aritmética dos pesos de José
e Pedro. x + z + w = 0

 x − y + 2z = 1  x + ky + k 2 w = 1
 9. ITA 1991 Considere o sistema: (P) 
3. Determine para que valores de k o sistema  x + y − z = 2 é:  x + (k + 1)z + w = 1
 x − 3y + 5z = k  x + z + kw = 2
 
a) possível e determinado Podemos afirmar que (P) é possível e determinado quando:
b) possível e indeterminado (A) k  0 (B) k  1 (C) k −1
c) impossível (D) k  0 e k −1 (E) n.d.a.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 177

 CAPÍTULO VIII

x − z = 0
 x + (c + 1)y = 0
10. Os valores de k, que fazem o sistema kx + y + 3z = 0
16. FUVEST 2003 O sistema  , onde c  0,
 x + ky + 3z = 1 cx + y = −1

admitir uma única solução real, pertencem ao conjunto: admite uma solução (x, y) com x = 1. Então, o valor de c é:
(A) R – {1, 3} (B) R – {1, –4}
(C) R – {–1, 4} (D) R – {1, –3} (A) −3 (B) −2 (C) −1 (D) 1 (E) 2
(E) R – {–1, –3}
17. FGV 2004 Considere o sistema linear nas incógnitas x, y e z:
11. FUVEST 2003 Um caminhão transporta maçãs, pêras e  x − 2y − z = 8

laranjas, num total de 10.000 frutas. As frutas estão condicionadas  2x + y + 3z = −2
em caixas (cada caixa só contém um tipo de fruta), sendo que cada ax + y + 2z = 8
caixa de maçãs, pêras e laranjas, tem, respectivamente 50 maçãs, 
60 pêras e 100 laranjas e custam, respectivamente, 20, 40 e 10
reais. Se a carga do caminhão tem 140 caixas e custa 3300 reais, a) Encontre o valor de a que torna o sistema impossível ou
calcule quantas maçãs, pêras e laranjas estão sendo transportadas. indeterminado.
b) Utilize o valor de a encontrado no item anterior para verificar
12. Em uma mesa de uma lanchonete, o consumo de se o sistema dado é impossível ou indeterminado.
3 sanduíches, 7 xícaras de café e 1 pedaço de torta totalizou
R$ 31,50. Em outra mesa, o consumo de 4 sanduíches, 10 xícaras 18. FGV 2002
de café e 1 pedaço de torta totalizou R$ 42,00. Então, o consumo a) No plano cartesiano, mostre que as retas de equações
de 1 sanduíche, 1 xícara de café e 1 pedaço de torta totaliza o valor x − y − 1 = 0
de: 
 4x − y − 10 = 0
(A) R$ 17,50 (B) R$ 16,50 (C) R$ 12,50  2x + y − 8 = 0
(D) R$ 10,50 (E) R$ 9,50 
concorrem num mesmo ponto e obtenha esse ponto.
3x − 2y + z = 7 b) Discuta, em função do parâmetro m, a posição relativa das
 3x − 2y − 5 = 0
13.Analisando o sistema  x + y − z = 0 concluímos que este retas de equações  .
 2x + y − 2z = −1
 mx − y + 2 = 0
é:
(A) possível e determinado com xyz = 7 19. FGV 2001 O sistema linear nas incógnitas x e y:
(B) possível e determinado com xyz = −8  x − 2y = 7

(C) possível e determinado com xyz = 6  2x + my = 0
(D) possível e indeterminado 3x − y = 6

(E) impossível
(A) é determinado qualquer que seja m.
14. Os dados experimentais da tabela abaixo correspondem às (B) é indeterminado para m = 2/3.
concentrações de uma substância química medida em intervalos (C) é impossível para m  2/3.
de 1 segundo. Assumindo que a linha que passa pelos três pontos (D) é determinado para m  2/3.
experimentais é uma parábola, tem-se que a concentração (em (E) é impossível qualquer que seja m.
moles) após 2,5 segundos é:
Concentração 20. UFF 1996 Determine os valores de a para que o sistema
Tempo (s)
(moles) ax + a 2 y = a 2
1 3,00 S: seja:
a x + a y = a
6 5 4
2 5,00
3 1,00 a) possível e determinado
b) indeterminado
(A) 3,60 (B) 3,65 (C) 3,70 c) impossível
(D) 3,75 (E) 3,80
21. UFSC 2002 Indique a soma da(s) proposição(ões)
15. UFRS 1981 Se (an), (bn) e (cn) são progressões geométricas de CORRETA(S).
01. Dada uma matriz A, de ordem mn, e uma matriz B de ordem
mesma razão, com a1  b1 , não nulo, então o sistema
2 2
np, a matriz produto AB existe e é de ordem mp.
a1x + b1 y = c1

a 2 x + b 2 y = c 2 é: 02. A terna (2, 1, 0) é uma solução do sistema
a x + b y = c  x + 2y + 3z = 4
 3 3 3
 2x − y − 2z = 3
(A) indeterminado 

(B) determinado 3x + y + z = 7
(C) incompatível 6x + 2y + 2z = 14
(D) determinado se e somente se c1 = c2 = c3 = 0
(E) indeterminado se e somente se c1 = c2 = c3 = 0
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 178
 CAPÍTULO VIII

04. Se um sistema de equações possui mais equações do concluímos que o sistema é possível e indeterminado se:
que incógnitas, então ele é incompatível (impossível). 3 −17 3
(A) a = (B) a  (C) a 
19 9 19
08. Três pessoas foram a uma lanchonete. A primeira
−17 −17
tomou 2 (dois) guaranás e comeu 1 (um) pastel e pagou (D) a = (E) a 
R$ 4,00. A segunda tomou 1 (um) guaraná e comeu 2 (dois) 9 11
pastéis e pagou R$ 5,00. A terceira tomou 2 (dois) guaranás
e comeu 2 (dois) pastéis e pagou R$ 7,00. Então, pelo menos, 27. ESPCEX 2001 Numa partida de basquetebol, uma
uma das pessoas não pagou o preço correto. equipe, entre cestas de 2 (dois) pontos e 3 (três) pontos, fez
40 cestas, totalizando 98 pontos. Pode-se dizer que o número
22. UNICAMP 1995 Encontre o valor de a para que o de cestas de 3 (três) pontos dessa equipe foi de:
 2x − y + 3z = a (A) 20 (B) 18 (C) 26
 (D) 24 (E) 22.
sistema  x + 2y − z = 3 seja possível. Para o valor
7x + 4y + 3z = 13
 28. ESPCEX 2002 No Brasil, três turistas trocaram por
encontrado de a ache a solução geral do sistema, isto é, ache reais, no mesmo dia e pelas mesmas cotações, as quantias que
expressões que representem todas as soluções do sistema. possuíam em dólares, libras e euros, da seguinte forma:
Explicite duas dessas soluções. Turista A: 10 dólares, 20 libras e 15 euros por 122 reais;
Turista B: 15 dólares, 10 libras e 20 euros por 114 reais;
23. IME 1999 Determine  para que seja impossível o sistema: Turista C: 20 dólares, 10 libras e 10 euros por 108 reais.
 x + 2y − 3z = 4 O valor em reais recebido por uma libra foi
 (A) 2,60 (B) 2,80 (C) 3,00
3x − y + 5z = 2 (D) 3,20 (E) 3,40.

4x + y + ( − 14)z =  + 2
2
29. ESPCEX 2007 Em uma bolsa existem peças em formatos
de triângulos, quadrados e pentágonos, nas quantidades de x
24. As quantidades dos produtos que Elaine, Pedro e Carla triângulos, y quadrados e z pentágonos. Sabendo-se que a
compraram num mercado estão esquematizadas na tabela que soma das quantidades de peças é igual a 10; que, se
segue somarmos as quantidades de vértices de todas as peças,
obtemos 37; e que a quantidade de triângulos é igual à soma
produto A produto B produto C das quantidades de quadrados e pentágonos, o valor de
Elaine 1 2 3 2x + 3y + z é igual a:
Pedro 3 6 2 (A) 21 (B) 19 (C) 15
Carla 2 4 1 (D) 10 (E) 8.

Sabendo-se que Pedro gastou R$ 21,00 e Carla R$ 13,00, 30. ESPCEX 2008 A soma das idades dos amigos Pedro,
pode-se concluir, necessariamente, que José e Ivo é igual a 60. Sabe-se que a soma da idade de José
(A) Elaine gastou R$ 10,00. com a diferença entre as idades de Pedro e Ivo (nesta ordem)
(B) o preço do produto C é R$ 3,00. é igual a 30 e que o dobro da idade de Pedro mais a idade de
(C) o preço do produto A é R$ 1,00. José, menos a idade de Ivo é igual a 55.
(D) o preço do produto B é R$ 3,00. Assim, a idade de José é
(A) 10 (B) 15 (C) 20
25.Um supermercado vende três marcas diferentes A, B e C (D) 25 (E) 30.
de sabão em pó, embalados em caixas de 1 kg. O preço da
marca A é igual à metade da soma dos preços das marcas B ì x + y + az = 1
e C. Se uma cliente paga R$ 14,00 pela compra de dois 31. EsPCEx Para que o sistema linear ï x + 2 y + z = 2 , em
pacotes do sabão A, mais um pacote do sabão B e mais um í
ï2x + 5y - 3z = b
do sabão C, o preço que ela pagaria por três pacotes do sabão î
A seria: que a e b são reais, seja possível e indeterminado, o valor de
(A) R$ 12,00 (B) R$ 10,50 a + b é igual a
(C) R$ 13,40 (D) R$ 11,50 (A) 10 (B) 11 (C) 12
(D) 13 (E) 14
26. Na discussão do sistema
32. EsPCEx A condição para que o sistema
1 2 1 ì ax + y + z = 0
 − + =0 ï , tenha solução única é
x y z í x + 2 y + z = 0 , a ÎIR
a 1 2 ïx + y + z = 0
 + + = 0 com x, y, z  R * î
x y z (A) a ≠ 1 (B) a ≠ –1
3 1 4 (C) a ≠ 2 (D) a ≠ –2
 − − =0 (E) a ≠ 0
x y z

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 179

 CAPÍTULO VIII

33. EsPCEx Considere o sistema linear homogêneo GABARITO

ì x - 3y + kz = 0
ï , onde k é um número real. O único valor 1. A
í3x + ky + z = 0 2. C
ï kx + y = 0
î 3. a) não existe k b) k = 0 c) k  0
que torna o sistema, acima, possível e indeterminado, 
pertence ao intervalo 4. a = + k   , k  Z.
4
5. a) m −19/11 b) V = {(1, 2, 3)}
(A) (–4,–2]
6. 5a + 7b = 0 – SPI e 5a +7b  0 − SPD
(B) (–2,1]
(C) (1,2] 7. a) 1 (dupla) e −2 b) S = {(k, k, k): k  R}
(D) (2,4] 8. A
(E) (4,6] 9. D
10. B
11. 2000 maçãs, 3000 pêras e 5000 laranjas
13. C
14. D
15. A
16. B
17. a) a = 1 b) impossível
18. a) (3,2)
b) m  3/2, concorrentes e m = 3/2 paralelas
19. C
21. 1(V) 2(V) 4(F) 8(V)
22. a = 2 , S = {(1,4 −t; t +0,8; t): t  R}, (1,4; 0,8; 0) e (0,4;
1,8; 1)
24. B
25. B
26. D
30. B
31. D
32. A
33. C

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 180

 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX - NÚMEROS COMPLEXOS MULTIPLICAÇÃO

Sejam z e w números complexos tais que z = a + bi e w
i. DEFINIÇÃO DA UNIDADE IMAGINÁRIA = c + di.
z  w = (ac – bd) + (bc + ad)i
i 2 = −1 Ex.:
z = 2 +4i, w = 3 – 2i →
ii. POTÊNCIAS DE “i ” z  w = (2.3 – 4.(-2)) + (4.3 + 2.(-2))i = 14 + 8i

i0 = 1 DIVISÃO
Sejam z e w números complexos tais que z = a + bi e w
i1 = i = c + di.
i 2 = −1 z zw ac + bd bc − ad
= = + i
i3 = i 2  i = (−1)  i = −i w ww c2 + d 2 c2 + d 2

i 4 = i3  i = (−i)  i = −i 2 = −(−1) = 1 Ex.:

i 4k
= i =1 0 z = 2 + 4i, w = 3 – 2i →
4k +1 z zw 2.3 + 4.( −2) 4.3 − 2.( −2) 2 16
i = i1 = i = + 2 i=- + i
k , w ww 32 + (−2) 2 3 + ( −2) 2 13 13
i 4k + 2 = i 2 = −1
i 4k +3 = i3 = −i viii) Exercícios Resolvidos

Ex.: i 274 = i 4.68+ 2 = i 2 = −1 01. Ache todos os valores de z que satisfazem a igualdade z2
+|z|=0
iii. CONJUNTO DOS COMPLEXOS
Solução:
= {a + bi | a, b R i 2 = −1 } z2 + |z| = 0
iv. IGUALDADE
Seja z = a + bi  z2 = a2 + 2abi + b2i2 = (a2 – b2) + 2abi
Sejam z ew números complexos tais que z = a + bi e w
= c + di. | z |= a 2 + b2
z=w a=c  b=d

v. MÓDULO Então: a 2 − b2 ) + 2abi + a 2 + b2 = 0

Seja z um número complexo tal que z = a + bi.

(a 2 − b2 ) + 2abi = − a 2 + b2 + ai(1)
|z|= a +b
2 2

Igualdade de complexos: Igualam-se parte real e parte

vi. CONJUGADO imaginária. De (1), temos:

Seja z um número complexo tal que z = a + bi. a 2 − b2 = − a 2 + b2

z = a + bi  z = a − bi 
2ab = 0  a = 0 ou b = 0
Importante!!!
( )
zz = ( a + bi )( a − bi ) = a 2 − b2i 2 = a 2 + b2 = z 
2
Se a = 0, −b 2 = − a 2 + b 2

vii. OPERAÇÕES ALGÉBRICAS b2 = a 2 + b2

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
b4 = a 2 + b2  b4 − b2 = 0  b = 1
Sejam z e w números complexos tais que z = a + bi e w
= c + di.
z  w = (a  c) + (b d)i Se b = 0, a 2 = − a 2 + b 2  0 (impossível)

Ex.: z = 2 +4i, w = 3 – 2i Logo, a = 0 e b =  1; sendo assim, z = i ou z = + i

z + w = (2 + 3) + (4 + (-2))i = 5 + 2i
z – w = (2 – 3) + (4 – (-2))i = -1 + 6i Resposta: {-i, i}
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 181
 CAPÍTULO IX

02. Calcule 3 + 4i : ix) Exercícios de forma algébrica

Solução: 1. UF. PA Qual o valor de m para que o produto
Seja z = 3 + 4i = a + bi (2 + mi) . (3 + i) seja um imaginário puro?
(A) 5 (B) 6 (C) 7 (D) 8 (E) 10.
 3 + 4i = (a + bi)2 = (a 2 − b2 ) + 2abi
2.U.MACK A igualdade
3 = a 2 − b 2 2 (1 + i)n = (1 – i)n
 2 4 − b4
 2  3 = b − b 2
= verifica-se para todos os números naturais divisíveis por:
4 = 2ab  a =   b2 (A) 1 (B) 2 (C) 3
 b
(D) 4 (E) NRA.

 b4 + 3b2 − 4 = 9, b  R 3.U.MACK Sejam os números complexos u = 1 + i e

v = 1 – i. Então u52 . v-51 é igual a:
y = b 2  y 2 + 3y − 4 = 0   = 9 + 16 = 25 (A) v (B) u (C) 2v
(D) 2u (E) não sei.
−3  5  y = 1
y= 
2  y = −4 4. PUC-SP Se f(Z) = Z2 – Z + 1, então, f (1 – i) é igual a:
(A) i (B) –i + 1
(C) i – 1 (D) i + 1
• b2 = 1  b = 1
(E) –i.

• b2 = −4 (impossível, porque b é real) 5. PUC-SP (1 + i)12 – (1 – i)12, onde i2 = -1, é igual a:

(A) –128i (B) – 128
b = 1  a = 2 (C) 128 (D) 128i
Logo, z = i + a    z = 2 + i ou –2 – i (E) 0.
b = −1  a = −2
6. PUC-SP Quantos são os números complexos z que
Resposta: V = {-2 – i, 2 + i} satisfazem as condições z4 = 1 e z + z = 0?
( z = conjugado de z)
(A) 0 (B) 1 (C) 2
03. Um imaginário puro é um complexo cuja parte real é nula.
(D) 3 (E) 4.
2+ai
Determine a real para que seja um imaginário puro.
1− i 7. PUC-SP O número complexo z que verifica a equação
iz + 2 z + 1 – i = 0
Solução: a  R é:
(A) -1 + 2i (B) -1 – i
2 + ai (2 + ai)(1 + i) (2 − a) + (2 + a)i (C) 1 – i (D) 1 + i
z= = =
1− i (1 − i)(1 + i) 2 (E) -1 – i.

8. PUC-RJ Considere os números complexos

2−a
z imaginário puro  = 0  a = 2. 5
2 z=2–iew= . Então, se w indica o complexo
Resposta:2 2+i
conjugado de w:
04.Calcule 1+i+i2+i3+....+i2005 (A) z = -w (B) z = w
1
(C) z = - w (D) z =
Solução: w
 i =1 i4 = 1 ... i 2000 = 1 i 2004 = 1 (E) z = w.

 i = i i5 = i ... i 2001 = i i 2005 = i
Soma nula  (2 + i)101 .(2 − i)50
i = −1 i = −1
2 6
... i 2002
= −1 9.U.MACK Simplificando , obtêm-se:
3 ( −2 − i)100 .(i − 2) 49
 i = −i i = −i ... i 2003 = −i
7
(A) 1 (B) 2 + i (C) 2 – i (D) 5 (E) –5.

Somando, obtemos: i + i + i2 + i3 + ... + i2005 = 0 + 0 + ... + 0 10.CESGRANRIO Seja z = x + iy um número complexo

+1+i=1+i não nulo, onde x e y são reais. Se a e b são números reais tais
x − iy
que = a + ib, podemos afirmar que:
Resposta: 1 + i x + iy
(A) a + b 1 (B) a = -b

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 182

 CAPÍTULO IX

(C) a = b = 1 (D) a2 + b2 = 1 xi. OPERAÇÕES NA FORMA TRIGONOMÉTRICA

(E) a > 0 e b > 0.
Multiplicação:
11.U.MACK Se u = 3 + 2i e v = 1 + i, então u + v é:
Sejam z e w números complexos tais que z = 1cis e w
(A) 5 (B) 26 (C) 29 = 2 cis.
(D) 7 (E) 15. z.w = (1 cis ).(2 cis ) = 1.2.(cis ).(cis ) = 1.2.(cos
+ isen).(cos  + isen)=
= 1.2.(cos cos + i cos sen + isen cos  + i2sensen)
INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DOS =
COMPLEXOS
= 1.2.((cos cos – sensen) + i (sen cos  + cos
sen)) =
ix. PLANO DE ARGAND-GAUSS
= 1.2.(cos( + ) + isen( + )) = 1.2cis( + )
Im(z) “Concluímos que para calcular o produto de 2 complexos
 : argumento
P ( z = a + bi ) basta multiplicar os módulos e somar os argumentos”
P: afixo
 Inverso de um Complexo
b −
|OP| =  (módulo)
1 1 a − bi a − bi z
 = = = =
z a + bi (a + bi)(a − bi) a 2 + b 2 2
O a Re(z) z
Divisão:

w0
: argumento
z w
= z.w –1 = z =
P: afixo w | w |2
(1cis) (2 cis(−) ) 1 
| OP| =  (módulo) = (cis) (cis (−) ) = 1 cis ( + ( −) )
22 2 2

x. FORMA TRIGONOMÉTRICA 1
= cis( − )
2
Im(z) z = a +bi
P ( z = a + bi ) “Concluímos que para dividir 2 complexos basta dividir os
a
cos  = → a =  cos
módulos 
e diminuir os argumentos”
 
b
Potenciação – Primeira Fórmula de Moivre
b
 sen  = → b =  sen 

Consideremos o complexo z = (cos  + i.sen) e seja dado
O a Re(z)
o número  +  sen n,i temos:
natural
z =n  cos = cis
z = n(cos n + i.senn)
z = a +bi Exemplo: z = 3 + i =>z = 2[cos (/6) + i.sen (/6)]
a z4 = 24[cos (4/6) + i.sen (4/6)] = 16[cos (2/3) + i.sen
cos  = → a =  cos  (2/3)] = 16[1/2 – 3 i/2] = 8 – 8 3 i

b
sen  = → b =  sen  Conjugado na forma trigonométrica

)
Sendo z = (cos  + i sen ) então z = r(cos(−) + i sen(−)).
z =  cos  +  sen  i = cis
xii) Exercícios de forma trigonométrica
Ex.: z = 1 + i
 = 12 + 12 = 2 12. U.E.LONDRINA Sejam z1 e z2 os números complexos
1 2 z1 = 3 . (cos 30º + i .sen 30º) e
cos  = = z2 = 5 . (cos 45º + i .sen 45º).
2 2
→=  / 4→ z = 2 cis / 4 O produto de z1 por z2 é o número complexo:
1 2
sen  = = (A) 15 . (cos 1350º + i .sen 1350º);
2 2 (B) 8 . (cos 75º + i .sen 75º);
(C) 8 . (cos 1350º + i .sen 1350º);
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 183
 CAPÍTULO IX

(D) 15 . (cos 15º + i .sen 15º); 3 1 3 1

(E) 15 . (cos 75º + i .sen 75º). (B) + i e − i
2 2 2 2
13. U.F.PR Escrevendo Ex = cos x + i sen x, onde i é a 3 1 3 1
(C) − + i e − i
unidade imaginária (i2 = –1), então, Eu . Ev é igual a: 2 2 2 2
(A) Eu + Ev (B) Eu + iEv
3 1 3 1
(C) Euv (D) E 2uv (D) + i e − − i
2 2 2 2
(E) Eu+v.
3 1 3 1
(E) − − ie − + i.
14. VUNESP A expressão 2 2 2 2
109
 2 2  21. F.C.M.STA CASA O número complexo
 + i
 2 2   
z = 8 2(cos + i sen ) é uma das raízes quartas do
onde i é a unidade imaginária dos complexos, é igual a: 16 16
2 2 2 2 número complexo:
(A) + i (B) − i 1 1
2 2 2 2 (A) 1 – i (B) 1 + i (C) + i
2 2
2 2 2 2
(C) – + i (D) – − i 1 2 2
2 2 2 2 (D) 1 – i (E) + i.
(E) 1. 2 2 2

15. PUC Se o número complexo z = 1 – i é uma das xiii) Exercícios Gerais

raízes da equação x10 – a = 0, o valor de a é:
(A) 16 (B) 32 (C) 64 3 − 2a.i
22.Determine a para que o quociente seja;
(D) –16i (E) –32i. 4 − 3.i
a) real;
16.CESGRANRIO O menor inteiro n > 0, de modo que b) imaginário puro.
n
 3 1 
 + i  seja real positivo, é: 23.Calcule
 2 2  a) i 2098737623982146084876938
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 8 (E) 12. 2007
b)  ik
17. F.C.M.STA.CASA O menor valor de n inteiro e k =0
positivo para o qual yn = (2 + 2 3 i)n seja real e positivo é:
(Obs.: i = −1 ) 24. Sabendo que i = −1 , calcule
(A) 3 (B) 12 (C) 6(D) 9 (E) NRA. 1 + 2i + 3i2 + 4i3 + ... + 21i20 .

25. ITA-87 Seja S a coleção de todos os números

18. F.C.STA.CASA Considere o produto (x – z) . (x – z )
complexos z, que são raízes da equação |z| – z = 1 + 2i, onde
onde z =  + i com e  pertencentes ao conjunto dos
i é a unidade imaginária. Então podemos garantir que:
números reais e  .  0. (A) S = {3/2 – 2i}
Então podemos afirmar que: (B) S = {1/2 + 2i, – 1/2 – 2i}
[(x – z) . (x – z )]m, x  IR, (C) S = {1/2 + 4k; k = 1, 2, 3}
(A) é negativo caso m seja ímpar (D) S = {1/4 + 3i}
(B) é sempre um número par (E) S = {1 + 2ki; k = 1, 2, 3}
(C) é positivo para qualquer m real
(D) vale 3 26. Sejam z e w números complexos tais que:
(E) não satisfaz a nenhuma das alternativas anteriores.
w 2 − z 2 = 4 + 12i
19. ITA Seja z um número complexo de módulo 1 e de

argumento . Se n é um número inteiro positivo, z − w = 2 + 4i
zn + 1/zn é igual a:
(A) cos (n) (B) 2cos (n) (C) sen (n) onde z e w representam, respectivamente, os números
(D) 2sen (n) (E) sen (n) + cos (n). complexos conjugados de z e w. O valor de z + w é:
(A) 1 − i
20. U.F.GO As raízes quadradas do número complexo (B) 2 + i
1 3 (C) −1 + 2i
− i são: (D) 2 − 2i
2 2
(E) −2 + 2i
3 1 3 1
(A) + i e− + i
2 2 2 2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 184
 CAPÍTULO IX

27.CESGRANRIO A figura mostra, no plano complexo, o 31. ESC. NAVAL 2016 O conjunto S formado por todos os
círculo de centro na origem e raio 1, e as imagens de cinco números complexos z que satisfazem a equação
números complexos. | z − 1|= 2 | z + 1| é representado geometricamente por uma
(A) reta vertical.
5  4
(B) circunferência de centro  , 0  e raio .
3  3
(C) parábola com vértice na origem e eixo de simetria 0x.
(D) elipse de centro ( −3, 0) e eixo maior horizontal.
 5  4
(E) circunferência de centro  − , 0  e raio .
 3  3

32. EPCAR (AFA) 2016 Considere no Plano de Argand-

Gauss os números complexos z = x + yi, onde i = −1 e
cujos afixos são os pontos P(x , y)  2

Dada a equação (z − 1 + i) 4 = 1, sobre os elementos que

O complexo 1/z é igual a:
(A) z (B) w (C) r (D) s (E) t compõem seu conjunto solução, é INCORRETO afirmar
que
(A) apenas um deles é imaginário puro.
28. O conjunto A definido por A={z  C; (z − i)(z − i) = 4 }
(B) todos podem ser escritos na forma trigonométrica.
representa no plano complexo: (C) o conjugado do que possui maior argumento é 1 + 2i
(A) uma elipse cujos focos se encontram nos pontos i e (D) nem todos são números imaginários.
– i.
(B) uma circunferência de centro no ponto (0, 1) e raio 2. 33.ESPCEX (AMAN) 2016 Se
(C) uma circunferência de centro no ponto (0, 0) e raio 4.
  
(D) um par de retas que se cortam no ponto (1, 1). (1 + i)  cos + i sen  = x + iy, em que i é a unidade
(E) nenhuma das anteriores.  12 12 
imaginária e x e y são números reais, o valor de 3x + y
29. EPCAR (AFA) 2017Resolva a equação z3 − 1 = 0 no é
conjunto dos números complexos. Considerando as raízes (A) 6 (B) 3
encontradas, analise as proposições abaixo e classifique-as
em V (VERDADEIRA) ou F (FALSA). 2
(C) (D) 3 6
2
( ) A equação possui três raízes de multiplicidade 1. 3
( ) Os afixos das raízes formam um triângulo equilátero (E)
2
3 3
cuja área é unidades de área.
2 34. EFOMM 2016 O número complexo,
( ) Duas das raízes são conjugadas. z =| z | (cos  + i  sen ), sendo i a unidade imaginária e
( ) Todas as raízes têm o mesmo módulo. 0    2, que satisfaz a inequação | z + 3i | 2 e que possui
A sequência correta é o menor argumento , é
(A) V – F – V – V (B) V – V – F – V 5 2 5 5 2 5
(C) F – F – V – F (D) V – F – V – F (A) z = − − i (B) z = − + i
3 3 3 3
2 5 5 2 5 5
30. EFOMM 2016 Seja o número complexo z = −1 − 3i, (C) z = − − i (D) z = − + i
3 3 3 3
onde i é a unidade imaginária. O valor de z8 é:
(E) z = −2 5 + 5i
 4 4 
(A) z = 256  cos + isen
 3 3  35. ESC. NAVAL 2015 Considere os números complexos da
    
(B) z = 256  cos + isen  forma z n = p cis  (17 − n),  , com n  *. O menor
 3 3  50 
 5 5  número natural n, tal que o produto z1  z 2   z n é um
(C) z = 256  cos + isen 
 3 3  número real positivo, é igual a
(A) 8
 2 2 
(D) z = 256  cos + isen (B) 16
 3 3  (C) 25
(E) z = 256 ( cos 2 + isen 2) (D) 33
(E) 50
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 185
 CAPÍTULO IX

36. ESPCEX (AMAN) 2015 A representação geométrica, no 42.ESC. NAVAL 2013Qual valor de n,n inteiro maior que
Plano de Argand-Gauss, do conjunto de pontos que
zero, para que (1 + i ) seja um número real?
n
satisfazem a condição z + 2 − 3i = z − 1 + 4i , com
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5 (E) 6
z = x + y i , sendo x e y números reais, é reta de equação
(A) 2x − 3y + 7 = 0. (B) 3x − 7y − 2 = 0. 43. EsPCEx 2018 No plano complexo, temos uma
(C) 2x − 3y + 3 = 0. (D) 4x − 3y + 3 = 0. circunferência  de raio 2 centrada na origem. SendoABCD
(E) 2x − y = 0. um quadrado inscrito à  , de acordo com a figura abaixo,
podemos afirmar que o número complexo que representa o
37. ESPCEX (AMAN) 2014 Sendo z o número complexo vértice B é
obtido na rotação de 90°,em relação à origem, do número
complexo 1 +i, determine z3:
(A) 1 – i (B) – 1 + i (C) – 2i
(D) – 1 – 2i (E) 2 + 2i

38. EPCAR (AFA) 2014 Considere no plano complexo, o

conjunto dos números z = x + yi ; {x, y}  e i 2 = −1 que
satisfazem a condição | z |  | 2z + 1|

É FALSO afirmar que

(A) este conjunto pode ser representado por um círculo de
1 3
1 (A) − + i (B) − 3 − i (C) −1 + 3i
raio igual a 2 2
3
(B) b) z = −1 é o elemento de maior módulo, neste conjunto. 1 3 3 1
(D) − − i (E) − + i
1 2 2 2 2
(C) c) z = − é o elemento de maior argumento, neste
3
44. EsPCEx 2017 Seja a igualdade
conjunto.
4
(D) não existe z, neste conjunto, que seja imaginário puro. a b   
− i =  cos + i sin  , onde i é a unidade imaginária.
3 5  6 6
39. ESC. NAVAL 2014 Desenha-se no plano complexo o Se a e b são números reais, então o quociente a/b é igual a
triângulo T com vértices nos pontos correspondentes aos
3 3 3 3 3
números complexos z1, z2 , z3 , que são raízes cúbicas da (A) (B) (C) −
5 5 5
unidade. Desenha-se o triângulo
S, com vértices nos pontos correspondentes aos números 3 15 3
(D) − (E)
complexos w1, w 2 , w 3 , que são raízes cúbicas de 24 3. 5 4
Se A é a área de T e B é a área de S, então
45. EsPCEx 2017 Na figura abaixo, está representado o
(A) B = 12A (B) B = 18A (C) B = 24A plano de Argand-Gauss com os afixos de 12 números
(D) B = 36A (E) B = 42A complexos, identificados de A a L. Sabe-se que esses afixos
dividem a circunferência em 12 partes iguais e que
40. ESPCEX (AMAN) 2014De todos os números A = (1,0).
complexos z que satisfazem a condição z − (2 − 2i) = 1, O polígono regular cujos vértices são os afixos de 4 E é
existe um número complexo z1 que fica mais próximo da
origem. A parte real desse número complexo z 1 igual a:
4− 2 4+ 2
(A) (B)
2 2
4− 2 4+ 2
(C) (D)
4 4
2
(E)
2

41. ESPCEX (AMAN) 2013A figura geométrica formada

3 (A) BEHK
pelos afixos das raízes complexas da equação x − 8 = 0
(B) CFIL
tem área igual a (C) ADGJ
(A) 7 3 (B) 6 3 (C) 5 3 (D) BDHJ
(D) 4 3 (E) 3 3 (E) CEIK

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 186

 CAPÍTULO IX

46. EsPCEx 2016 Sejam z e v números complexos onde 25. A

|z| = 1 e v tem coordenadas no plano de Argand-Gauss
 2 2 26. D
 ,  . Sobre o número complexo z e v (resultante da
 2 2  27. E
multiplicação dos complexos z e v), podemos afirmar que
(A) sempre é um número real 28. B
(B) sempre tem módulo igual a 2
(C) sempre é um número imaginário puro 29. A
(D) pertence à circunferência x2 + y2 = 1
(E) sempre tem argumento igual a π/4 30. D

31. E
GABARITO
32. C
1. B
33. A
2. D
34. C
3. A
35. A
4. E
36. B
5. E
37. E
6. C
38. C
7. E
39. A
8. E
40. A
9. E
41. E
10. D
42. C
11. A
43. C
12. E
44. A
13. E
45. A
14. D
46. D
15. E

16. E

17. C

18. C

19. B

20. C

21. B

22. a) a = 9/8 b) a = –2

23. a) –1 b) 0

24. 11 – 10i

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 187

 CAPÍTULO IX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 188


CAPÍTULO X - POLINÔMIOS
i. DEFINIÇÃO
Chama-se polinômio inteiro em x, a função P: C →C dada
por:
P(x) = aoxn + an-1xn−1 + ... + a1x + a0
onde ao, a1, ..., an são chamados coeficientes e podem ser
números reais ou complexos.
Monômio: é o polinômio que possui um único termo.
Ex.: p(x) = −3x3.
Polinômio completo: é aquele que não possui coeficientes
nulos. Um polinômio completo de grau n possui n+1 termos.
ii. VALOR NUMÉRICO
O valor numérico de p(x) em a (a  C) é a imagem de a pela
função p, ou seja, P(x) = an .an + an-1an−1 +... + a1a + a0
Exemplos:
P(x) =2x4−5x3 + 2x2−x +1 P(2) = 224−523 +222−2 +1 =−1
P(x) = x3−2ix2−x + (3i −2)  P(i) = i3−4ii2−i + (3i −2) = 5i
−2
P(x) = x3 +3x2 +2x P(−1) = (−1)3 +3(−1)2 +2(−1) = 0
Observação:
P(1) = ao + a1 +a2 + ... + an−1 + ané a soma dos coeficientes.
P(0) = a0 é o termo independente.
iii. RAÍZES
Chamam-se raízes do polinômio P(x) os valores de x  C tais
que P(x) = 0.
Um polinômio de grau n possui exatamente n raízes reais ou
complexas. Desta forma, a quantidade de raízes reais é no
máximo n.
Exemplo: O polinômio P(x) = x3 + 2x2− x − 2 é um polinômio
completo de grau 3 e possui três raízes reais: −1 , 1 e 2.
iv. GRAU:
Dado um polinômio P(x) com pelo menos um termo de
coeficiente não nulo, o grau de P, indicado por gr(P) é o
maior dos expoentes da variável x nos termos com
coeficientes não nulos.
Se P tem todos os coeficientes nulos, não se define o grau de
P.
Exemplo:
P(x) = 2x3−x +1 gr(P) = 3
P(x) = 1 +2x −x4 gr(P) = 4
P(x) = 3  gr(P) = 0
P(x) = 0  não se define gr(P)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
v. OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS:
Adição e Subtração de polinômios:
A adição e a subtração de polinômios são feitas somando-se
ou subtraindo-se os coeficientes dos termos de mesmo grau
em todas as variáveis.
Exemplos:
1) (4x2− 3x) − (x2−4x − 3) = 3x2 + x + 3
2) (x3− 1) + (x4− x3 +1) = x4
Atenção:
Freqüentemente na subtração de polinômios é preciso
eliminar parênteses. Deve-se atentar para o fato do sinal
menos incidir sobre todos os termos entre parênteses de
acordo com a propriedade distributiva da multiplicação.
Exemplo:
x2− 3x + 1 − (x2− 5x + 1) = x2− 3x + 1 − x2 + 5x − 1 = 2x
Multiplicação de polinômios:
Para multiplicar polinômios basta aplicar a distributividade
da multiplicação.
Exemplo 1: (x3 +2x −1)(x2 + x + 2) = x5+ x4 + 2x3 + 2x3 +
2x2 +4x − x2− x − 2 = x5 + x4 + 4x3 + x2 + 3x − 2
Note que se o produto de dois polinômios é nulo, pelo menos
um dos polinômios deve ser nulo.
pq = 0  p = 0 ou q = 0
Observação:
O grau do produto é a soma dos graus dos fatores.
gr(pq) = gr(p) +gr(q)
No exemplo acima, o produto de fatores de graus 3 e 2 teve
graus 2+3 = 5.
Divisão de polinômios:
Dados dois polinômios P(x) e D(x), de graus p e q,
respectivamente, dividir P(x) por D(x) significa encontrar
dois polinômios Q(x) e R(x), denominados quociente e resto,
respectivamente, que satisfazem
P(x) = D(x)  Q(x) + R(x) (IMPORTANTE!!)
onde o grau de R(x) deve ser menor que o grau de D(x) ou
R(x) = 0.
Se gr(P) <gr(D), então Q(x) = 0 e R(x) = P(x).
Se gr(P) gr(D), a divisão pode ser efetuada pelo seguinte
algoritmo denominado Método da Chave.
I. Ordenam-se P(x) e D(x) segundo as potências
decrescentes de x, inclusive com os termos do
dividendo que possuem coeficiente 0.
II. Divide-se o primeiro termo de P(x) pelo primeiro
termo de D(x), obtendo-se o primeiro termo do
quociente.
III. Multiplica-se D(x) pelo primeiro termo do
quociente e subtrai-se o resultado de P(x), obtendo-
se o primeiro resto parcial.
IV. Com o primeiro resto parcial e o divisor D(x)
repetem-se as operações, obtendo-se o segundo
termo do quociente e assim sucessivamente até se
encontrar um resto de grau menor que o divisor.
189
 CAPÍTULO X

Exemplo 1: Calcular (x3 +2x -1)  (x2 + x + 2)  x4 +2x3 +3x2 +4x +5  ax4 +bx3 +cx2+(a +d)x +(b +e)
a = 1
x3 +0x2 + 2x − 1 x2 + x + 2 b = 2
−x3− x2− 2x x−1 
 c = 3  Q(x) = x+2 e R(x) = 3x2 +3x +3
− x2 + 0x − 1
a + d = 4  d = 3
x2 + x + 2 
x+1 b + e = 5  e = 3

Q(x) = x − 1 e R(x) = x + 1 Exemplo 5: Determine p e q de modo que x 3− 6x2 + px− 1

seja divisível por x2 + 3x − q.
Observação:
Devemos fazer o resto R(x) = 0 e adotar um quociente
O grau do quociente é a diferença dos graus do dividendo e Q(x) = ax + b do primeiro grau. Assim,
do divisor. x3− 6x2 + px− 1 = (x2 + 3x − q)(ax + b) 
gr(Q) = gr(P) −gr(D) x3− 6x2 + px−–1 = ax3 +(b + 3a)x2 + (3b −aq)x −bq
No exemplo acima, o quociente tem grau 1 = 3 − 2.
Igualando os coeficientes dos termos de mesmo grau, temos:
a=1
IDENTIDADE DE POLINÔMIOS:
b + 3a = b + 31 = −6  b = −9
3b −aq = 3(−9) −1q = p p + q = −27
Dois polinômios são ditos idênticos quando têm sempre o
−bq = −1 −(−9)q = −1  q = −1/9
mesmo valor qualquer que seja o valor atribuído à variável. p = −27 − (−1/9) = −242/9

Importante: Polinômio identicamente nulo: É aquele que é nulo para

Dois polinômios idênticos são sempre de mesmo grau e têm qualquer valor da variável. Um polinômio identicamente
todos os coeficientes iguais. nulo tem todos os seus coeficientes iguais a zero.

Observação:
Exemplo 2: Calcular a, b e c de modo que se tenha, xR, Se um polinômio de grau n possuir mais de n raízes, então
ax4 +(b +1)x2 + (2c −1) = x2 +1. ele é identicamente nulo.
A igualdade se verifica x  R se os polinômios forem
idênticos, assim: TEOREMA DE D’ALEMBERT:
a = 0
 O resto da divisão de um polinômio P(x) por ax +b, com a 
ax4 +(b +1)x2 + (2c −1)  x2 +1   b + 1 = 1  b = 0
2c − 1 = 1  c = 2 0, é igual a P(−b/a).

Demonstração: Na divisão de P(x) por ax +b o resto deve ter
Exemplo 3: Obtenha A e B de forma que grau zero. Assim, podemos dizer que a divisão terá um
1 A B quociente Q(x) e resto R(x) = R = constante. Logo,
= + para todo x  0 e x −1. P(x) = (ax +b)Q(x) + R(x)  P(x) = (ax +b)Q(x) +R
x(x + 1) x x +1
Fazendo x = −b/a, teremos
1 A B
= +  1 = A(x+1) + Bx 1 = (A+B)x + A P(a) = (a(−b/a) +b)Q(−b/a) + R R = P(−b/a)
x(x + 1) x x +1
Exemplo 6: Calcule o resto de P(x) = x3 + x2 + x + 1 por
Igualando os coeficientes temos: x + 1.
A=1 O resto será P(−1) = (−1)3 + (−1)2 + (−1) + 1 = 0. Logo, −1 é
A+B = 1+B = 0  B = −1 raiz de P(x).

A divisão de polinômios também pode ser efetuada pelo O polinômio P(x) é divisível por ax +b, com a 0, se, e
método de Descartes ou método dos coeficientes a somente se, P(−b/a) = 0.
determinar, que é uma aplicação da identidade de
polinômios. Nesse método, parte-se da expressão Exemplo 7: Determine m para que o polinômio
P(x) = D(x)  Q(x) + R(x), onde gr(Q) = gr(P) −gr(D) e P(x) = x3 +2x2 +mx−10 seja divisível por x −2.
gr(R)MAX = gr(D) −1. O quociente e o resto são obtidos então P(2) = 23 +222 +m2 −10 = 0  m = −3
igualando-se os coeficientes dos dois lados.
REGRA DE RUFFINI-HORNER:
Exemplo 4: Dividir P(x) = x4 +2x3 +3x2 +4x +5 e
D(x) = x3 +1.
Numa divisão de um polinômio P(x) por x −a, temos:
S
upondo Q(x) = ax +b e R(x) = cx2 +dx +e, temos:
1º) dispomos a e os coeficientes de P(x) inclusive os nulos
P  QD + R
 x4 +2x3 +3x2 +4x +5  (ax +b)(x3 +1) + (cx2 +dx +e)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 190
 CAPÍTULO X

2º) o coeficiente do primeiro termo do quociente é igual ao 3.UFRJ 2000 O polinômio P(x) = x3 – 2x2 – 5x + d, d  R,
coeficiente do primeiro termo do dividendo; é divisível por (x – 2).
3º) o coeficiente do segundo termo do quociente é igual ao a) Determine d.
coeficiente do segundo termo do dividendo mais o produto b) Calcule as raízes da equação P(x) = 0.
do coeficiente do primeiro termo do quociente pelo segundo
termo do binômio tomado com o sinal trocado; 4. UFF 1996 Um aluno dividiu o polinômio
4º) em geral, o coeficiente do termo de ordem p do quociente p(x) = ax2+ bx+c, sucessivamente, por (x–1), (x–2) e (x–3) e
é igual ao coeficiente do termo da mesma ordem do encontrou, respectivamente, restos 0, 0 e 1. Determine o
dividendo, mais o produto do coeficiente do termo polinômio p(x).
antecedente do quociente pelo segundo termo do binômio
tomado com o sinal trocado; 5. UFF 1998 Considere o polinômio de coeficiente reais
5º) finalmente, obtém-se o resto da divisão multiplicando o p(x) = x2 + ax + b. Determine os valores dos números reais a
coeficiente do termo constante do quociente pelo segundo e b para os quais sejam satisfeitas, simultaneamente, as
termo do binômio tomado com o sinal trocado e adicionando seguintes condições:
a esse produto o coeficiente do termo constante do dividendo.
I. p(x) seja divisível por x −1;
Exemplo 8: Dividir 2x3− 5x2 + 3x − 4 por x − 2 II. o resto da divisão de p(x) por x −2 seja igual ao resto da
divisão de p(x) por x −3.
Inicialmente alocar no dispositivo os coeficientes do
dividendo e o segundo termo do binômio com o sinal trocado 6. UFF 199 O resto da divisão de p(x)= x3 + 2x2 + a por
e então proceder como acima: q(x)= x2 + 1 é um polinômio cujo termo independente é 8.
Determine o valor do número real a.
2 −5 3 −4
2 2 −1 1 −2 7. PUCRJ 2001 Se o polinômio p(x) = x5 + 2ax4 + 2b é
   divisível por (x + 1)2, então a soma a + b vale:
22+(−5) 2(−1)+3 21+(−4) (A) 1
(B) –1
Q(x) = 2x2− x + 1 e R = −2 (C) 2
(D) –1/2
Exemplo 2: Determinar a e b para que o polinômio (E) 1/2
x3− ax2 + bx− 10 seja divisível por (x+2)(x−1).
8. PUCRJ 2001 Dado que as raízes do polinômio
p(x) = x3 + ax2 + bx + c são 0, 1 e –1, calcule p(2).
1 −a b −10
−2 1 −2−a 4+a+b −18−2a−2b=0 9. UFF 1999 Determine as constantes reais r, s e t de modo
1 1 −1−a 3+b=0 que o polinômio p(x) = rx2 + s x + t satisfaça às seguintes
condições:
2a+2b = −18 e b+3 = 0  b = −3 e a = −6
I. p (0) = 1; e
II. a divisão de p(x) por x2+1 tem como resto o polinômio 3x
EXERCÍCIOS +5.

1. FATEC 2002 O polinômio f(x) dividido por ax + b, com 10. UFF 1999 O resto da divisão do polinômio p(x) por
a  0, tem quociente q(x) e resto r. O resto da divisão de xf(x) (x–1)3 é o polinômio r(x). Sabendo que o resto da divisão de
b r(x) por x –1 é igual a 5, encontre o valor de p(1).
por x + é:
a
11. AMAN Determine ae b , para que 5x2 – 19x +
a b
(A) r2 (B) r (C) r +18 = (x – 2) (x – 3) + a(x – 1) (x – 3) + b (x – 1) (x – 2)
b a
b a 12. IFURJ Quatro polinômios em x, P(x), D(x), Q(x) e R(x)
(D) − r (E) − r
a b satisfazem a identidade P(x) = Q(x) D(x) + R(x). Sabendo
que a é um valor de x que anula D(x) mas não anula Q(x),
2. FGV 2005 O polinômio P(x) = ax3 + bx2 + cx + 2 satisfaz pode-se afirmar que:
P(−1) = 0 (A) R(a) = 0 (B) R(a) > 0
as seguintes condições:  , qualquer que (C) R(a) < 0 (D) R(a) = P(a)
P(x) − P(− x) = x
3
(E) R(a)  0
seja x real.
Então: 13. Determine A e B de modo que
(A) P(1) = −1 (B) P(1) = 0 x
=
A
+
B
(C) P(2) = 0 (D) P(2) = −8 x − 3x + 2 x − 1 x − 2
2
(E) P(2) = 12

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 191

 CAPÍTULO X

14. Determine p e q reais de modo que x4 + 1 seja divisível 26.ESC. NAVAL 2013 Sejam F(x) = x3 + ax + b e
por x2 + px + q
G(x) = 2x2 + 2x − 6 dois polinômios na variável real x,
4 3 2
15. Se x + 4x + 6px + 4qx + r é divisível por com a e b números reais. Qual valor de (a + b) para que
x3 + 3x2 + + 9x + 3, o valor de (p + q) r é:
(A) –18 (B) 12 (C) 15 (D) 27 (E) 45. F(x)
a divisão seja exata?
G(x)
16. Seja Q o quociente e R o resto da divisão de um (A) −2 (B) −1 (C) 0
polinômio A por um polinômio B. Então, quando A é (D) 1 (E) 2
dividido por 2B.
(A) o quociente é 2Q e o resto R/2 27.ESPCEX (AMAN) 2012Os polinômios A(x) e B(x) são
(B) o quocientes é Q/2 e o resto R/2
(C) o quociente é 2Q e o resto R tais que A ( x ) = B ( x ) + 3x 3 + 2x 2 + x + 1. Sabendo-se que
(D) o quociente é Q/2 e o resto R −1 é raiz de A(x) e 3 é raiz de B(x), então A ( 3 ) − B ( −1) é
(E) o quociente é 2Q e o resto R/2.
igual a:
(A) 98 (B) 100 (C) 102
17. Se x + kx – 3x + 1 é divisível por x + 1 então o valor
4 3
(D) 103 (E) 105
de k é
(A) 5 (B) –5 (C) 3
28.IME 2012Considere o polinômio 5x3 – 3x2 – 60x + 36 = 0.
(D) –3 (E) 1.
Sabendo que ele admite uma solução da forma n, onde n é
18. O resto da divisão de P(x) por bx + a é: um número natural, pode se afirmar que:
a b (A) 1  n  5 (B) 6  n  10
(A) P( ) (B) P( ) (C) 10  n  15 (D) 15  n  20
b a
a b (E) 20  n  30
(C) P(– ) (D) P(– ).
b a
29.ITA 2011Se 1 é uma raiz de multiplicidade 2 da equação
x4 + x2 + ax + b = 0, com a, b  , então a2 – b3 é igual a
19. Determine p sabendo que são iguais os restos das (A) – 64. (B) – 36. (C) – 28.
divisões de 2x3 – 5x2 – px + 3p por x – 2 e por x + 1. (D) 18. (E) 27.
20. Determine m, n e p para que x5 – 5x4 – x3 + mx2 +nx+p 30. EsPCEx 2019 Dividindo-se o polinômio
seja divisível por (x2 – 1) (x – 1). P(x) = 2x4 – 5x3 + kx – 1 por (x - 3) e (x + 2), os restos são
iguais. Neste caso, o valor de k é igual a
21. O polinômio 2x3 + mx2 + px + 3 diminuído de 10 é (A) 10 (B) 9 (C) 8 (D) 7 (E) 6
divisível por 2x + 1 e aumentado de 10 é divisível por x + 3.
Calcule m e p. 31. EsPCEx 2018 Sabendo que o número complexo i
(sendo i a unidade imaginária) é raiz do polinômio
22. Um polinômio dividido por x + 1 deixa resto 1 e sua p(x) = x5 – 2x4 – x + 2, podemos afirmar que p(x) tem
derivada, dividida por x + 1, tem para quociente (A) duas raízes iguais a i, uma raiz racional e duas raízes
4x2 – 4x + 6 e resto 3. Determine o polinômio. irracionais.
(B) i e -i como raízes complexas e três raízes irracionais
23. Sendo 8 e 6 os restos das divisões de P(x) por x – 5 e x (C) uma raiz complexa i e quatro raízes reais
– 3 pede-se determinar o resto da divisão de P(x) pelo (D) i e -i como raízes complexas e três raízes inteiras
produto (x – 5) (x – 3). (E) três raízes simples e uma raiz dupla
24. O polinômio P(x) dividido por x + 2 dá resto 1, por 32. EsPCEx 2015 Considere os polinômios p(x) = x80 +
x + 1 dá resto –1 e por x – 1 dá resto 1. Qual o resto da 3x79 – x2 – x – 1 e b(x) = x2 + 2x – 3. Sendo r(x) o resto da
divisão do polinômio P(x) por (x + 2) (x + 1) (x – 1)? divisão de p(x) por b(x), o valor de r(1/2) é igual a
(A) 0 (B) 1/2 (C) 1
25.ESPCEX (AMAN) 2013Um polinômio q(x), do 2º grau, (D) 2 (E) 5/2
é definido por q ( x ) = ax + bx + c, com a, b e c reais,
2

a  0. Dentre os polinômios a seguir, aquele que verifica a
igualdade q( x ) = q(1− x ), para todo x real, é
(A) q ( x ) = a ( x 2 + x ) + c
(B) q ( x ) = a ( x 2 – x ) + c
(C) q ( x ) = a2 ( x 2 – x ) + c
(D) q ( x ) = a2 ( x 2 + x ) + c
(E) q ( x ) = a2 x + c
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
33. EsPCEx 2015 Considere o polinômio
p(x) = x6 – 2x5 + 2x4 – 4x3 + x2 – 2x.
Sobre as raízes de p(x) = 0, podemos afirmar que
(A) quatro raízes são reais distintas
(B) quatro raízes são reais, sendo duas iguais
(C) apenas uma raiz é real
(D) apenas duas raízes são reais e iguais
(E) apenas duas raízes são reais distintas
192
 CAPÍTULO X

34. EsPCEx 2015 Sendo R a maior das raízes da equação 26. B

11x + 6
= x2 , então o valor de 2R – 2 é
x- 4
(A) 2 (B) 4 (C) 6 (D) 8 (E) 10

35. EsPCEx 2014 O polinômio f(x) = x5 – x3 + x2 + 1,

quando dividido por q(x) = x3 – 3x + 2 deixa resto r(x).
Sabendo disso, o valor numérico de r(-1) é
(A) –10 (B) – 4 (C) 0 De acordo com a divisão efetuada acima, temos:
(D) 4 (E) 10 a + 4 = 0  a = −4
b−3 = 0 b = 3
Logo, a + b = −1.
GABARITO
27. C
1. D
Como −1 é raiz de A(x) e 3 é raiz de B(x), segue que
2. C
3. a) d = 10 b) S = {2, 5 ,− 5 } A( −1) = 0 e B(3) = 0. Logo,
A( −1) = B( −1) + 3  ( −1)3 + 2  ( −1)2 + ( −1) + 1  B( −1) = 1
x2 3
4. p(x) = − x +1 e A(3) = B(3) + 3  33 + 2  32 + 3 + 1  A(3) = 103.
2 2
5. a = −5 e b = 4 Portanto, A(3) − B( −1) = 103 − 1 = 102.
6. a = 10
7. E 28. C
8. 6 5x3 – 3x 2 – 60x + 36 = 0.
9.r = −4, s = 3 e t = 1 x 2 ( 5x − 3 ) − 12 ( 5x − 3 ) = 0
10. 5
(5x − 3)(x 2 − 12) = 0
11. impossível
5x − 3 = 0  x = 3 / 5 ou x 2 − 12 = 0  x  12
12. D
Considerando n = 12, temos 10  n  15 .
13. A = –1, B = 2
14. P =  2 , q = 1
29. C
15. C
16. D
17. A
a + 2 + b = 0 , resolvendo temos a = -6 e b = 4 logo a2 – b3 = (-
18. D 
a + 6 = 0
19. p = 1 6)2 – 43 = - 28
20. m = 3, p = –3 30. B
44 1
21. P = – em=– 31. E
3 3
32. A
22. x4 + x2+ 9x + 8
33. E
23. x + 3
34. E
24. R(x) = x2 + x – 1
35. A
25. Questão anulada no gabarito oficial.
Se q(x) = q(1 − x), então
ax2 + bx + c = a(1 − x)2 + b(1 − x) + c
= ax2 − (2a + b)x + a2 + b + c.
Assim, obtemos o sistema
b = −2a − b a = −b
 2  2
a + b + c = c a = −b
 a2 − a = 0
a = 0 e b = 0

  ou
a = 1 e b = −1

Dado que a  0, segue que a = 1 e b = −1. Portanto,
q(x) = x2 − x + c = a(x 2 − x) + c. Por outro lado, como

a2 = a = 1, vem que as alternativas [B] e [C] estão corretas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 193
 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 194

 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI - EQUAÇÕES ALGÉBRICAS Exemplo 1:

Verificar qual é a multiplicidade da raiz −3 na equação
i. EQUAÇÃO POLINOMIAL OU ALGÉBRICA: x4 +6x3 +11x2 +12x +18 = 0 e obter as outras raízes.

Denominamos equação polinomial ou equação algébrica 1 6 11 12 18

de grau n a toda equação da forma: −3 1 3 2 6 0
−3 1 0 2 0
p(x) = anxn + an−1 xn−1 +an−2xn−2 + ... + a1x + a0 = 0 −3 1 −3 11

onde ao, a1, ..., an são chamados coeficientes e podem ser

números reais ou complexos. e an 0 é chamado coeficiente
dominante.
Os conjuntos solução ou conjunto verdade de uma
equação algébrica, no conjunto universo U, é o subconjunto
de U que contém as raízes da equação.
Duas equações são ditas equivalentes em U, quando
apresentam o mesmo conjunto solução nesse domínio.
 P(x) = (x +3)2(x2 +2) −3 tem multiplicidade 2
Exemplo 2:
Qual é o grau de uma equação polinomial P(x) = 0 cujas
raízes são 3, 2, −1 com multiplicidades 7, 6 e 10,
respectivamente?
P(x) = k(x −3)7(x −2)6(x +1)10, com k  C gr(P) = 23

ii. QUANTIDADE DE RAÍZES: iv. PESQUISA DE RAÍZES:

Teorema Fundamental da Álgebra: Todo polinômio

Raízes racionais de equações com coeficientes inteiros:
de grau n  1 admite ao menos uma raiz complexa.
p
Se r = p e q inteiros primos entre si, é uma raiz
Corolário 1: Toda equação polinomial de grau n admite q
exatamente n raízes complexas. racional da equação de coeficientes inteiros

Corolário 2: Todo polinômio

p(x) = anxn + an−1 xn−1 +an−2xn−2 + ... + a1x + a0 = 0
P(x) = anxn + an−1 xn−1 +an−2xn−2 + ... + a1x + a0 de grau n pode
ser colocado na forma fatorada:
P(x) = an (x −r1)(x −r2)...(x −rn) onde r1, r2, ..., rn são as raízes de então p é divisor de a0 e q é divisor de an.
P(x). Exemplo:
Verificar se a equação 2x3 +x2 +x −1 = 0 admite raízes
Corolário 3: Se um polinômio de grau n possuir mais de n racionais.
raízes, então ele é identicamente nulo.
p
r=  p  {1, −1} e q  {1, −1, 2, −2}
q
Exemplo:
Verificar que uma raiz da equação x3−3x2 +4x −2 = 0 é o número p 1 1
 r=  {1, −1, , − }
1, obter as outras raízes e obter a forma fatorada de P(x). q 2 2

Podemos aplicar diretamente o algoritmo de Ruffini: p(x) = 2x3 +x2 +x −1

p(1) = 3 p(−1) = −3 P(1/2) = 0 p(−1/2) = −3/2
1 −3 4 −2
1 1 −2 2 0 Logo, a única raiz racional da equação é 1/2.

Como o resto da divisão por x −1 é 0, então 1 é raiz de P(x).
O quociente é q(x) = x2−2x +2, cujas raízes são 1  i.
Raízes: 1, 1+ i e 1 − i. P(x) = (x −1)(x −1 − i)(x −1 + i)
iii. MULTIPLICIDADE:
Dizemos que r é raiz de multiplicidade m (m  1) da
equação P(x) = 0 se, e somente se,
Raízes complexas de equações com coeficientes reais
Se um complexo z = a+bi, a  R e b  R, é raiz de uma
equação algébrica de coeficientes reais, então o
conjugado z = a − bi também é raiz da equação.
Corolários:

P(x) = (x −r)mQ(x) e Q(r)  0

ou seja, r é raiz de multiplicidade m de P(x) = 0 quando o
polinômio P é divisível por (x−r)m e não é divisível por
(x−r)m+1.
Quando m =1 dizemos que r é uma raiz simples; quando
m = 2, dupla; tripla quando m = 3, etc.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
1) Toda equação algébrica de coeficientes reais e grau ímpar
admite pelo menos uma raiz real.
2) Se o complexo z é raiz de multiplicidade m de uma equação
algébrica de coeficientes reais, então o conjugado z
também é raiz de multiplicidade m da equação.
195
 CAPÍTULO XI

Exemplo: vi. TEOREMA DE BOLZANO:

Resolver a equação x4 +4x3−17x2 +26x −14 = 0 sabendo
que 1 −i é uma de suas raízes. Se um polinômio P(x) apresenta valores P(a) e P(b) tais que
Como trata-se de uma equação de coeficientes reais, se 1 −i P(a)P(b)< 0, então a equação admite um número ímpar (pelo
é raiz , então 1 +i também é raiz. menos uma) de raízes reais entre a e b.

Aplicando o algoritmo de Briot-Ruffini:

1 4 −17 26 −14 x

1 −i 1 5 −i −13 −6i 7 +7i 0

1 +i 1 6 −7 0

 x2 +6x −7 = 0  raízes: x =1 ou x =−7

 S = {1, −7, 1+i, 1−i}

Vale notar que esse exercício pode ser mais facilmente x

resolvido aplicando-se as relações de Girard do próximo
tópico.

v. RELAÇÕES DE GIRARD:

Seja o polinômio P(x) = anxn + an−1 xn−1 +an−2xn−2 + ... + a1x + a0 Exemplo: P(x) = x3− 3x2− x + 3
e Sk a soma das raízes tomadas em grupos de k, temos: P(0) = 3 e P(2) = 23− 322− 2 + 3 = −3
Pelo Teo. de Bolzano existe pelo menos uma raiz entre 0 e 2.
a n−k
S k = ( −1)k
a0

Exemplo 1:
Sendo o polinômio P(x) = x3 + 6x2 + 11x + 6 cujas raízes são
1, 2 e 3.
6
S1 = − 1 + ( − 2) + ( − 3) = ( − 1)1 = −6
1
11
S 2 = ( −1)( −2) + ( −1)( −3) + ( −2)( −3) = ( −1)2 = 11
1
6
S 3 = ( −1)( −2)( −3) = ( −1)3 = −6
1 Na verdade, 1 é raiz de P(x).
Exemplo 2:
Se a, b, c e d são as raízes da equação EXERCÍCIOS
x4−2x3 +3x2−5x +7 = 0,
calcule o valor da expressão 1. UENF 2002 O gráfico abaixo é a representação cartesiana
do polinômio y = x3−3x2−x +3.
1 1 1 1
E= + + + .
a b c d
( −5)
bcd + acd + abd + abc −
E= = 1 =5
abcd 7 7
1
Observação:

1) Se an = 1, o simétrico do coeficiente do 2º termo é a soma

das raízes.
2) Se an = 1, o termo independente multiplicado por (−1)n é
o produto das raízes.
3) Qualquer raiz inteira não nula de uma equação de a) Determine o valor de B.
coeficientes inteiros é um divisor do termos b) Resolva a inequação x3−3x2−x +3 > 0.
independente.
2. UERJ 2004 Os zeros do polinômio p(x) = x3−12x2 +44x −48
4) Se as raízes da equação são todas positivas, os seus
formam uma P.A. O conjunto solução da equação p(x) = 0 pode
coeficientes são alternadamente positivos e negativos. ser descrito por:
5) Uma equação de coeficientes positivos tem todas as (A) {0, 4, 8} (B) {2, 4, 6}
raízes negativas. (C) {1, 4, 9} (D) {2,4,6}

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 196

 CAPÍTULO XI

3. FGV 2003 11. EAESP – FGV – 80 Determinar as raízes da equação:

a) Um polinômio P, de coeficientes reais, apresenta 2 +3i e x3 – 12x2 + 39x – 28 = 0, sabendo que uma das raízes é a
−2 −3i como suas raízes (i é a unidade imaginária). Qual média aritmética das outras duas.
o menor grau possível de P? Justifique. (A) 3, 9, 6 (B) 1, 9, 5 (C) 0, 12, 6
b) A equação polinomial x3−x2−7x +15 = 0 apresenta uma (D) 1, 7, 4 (E) 3, 13, 8
raiz igual a 2 +i. Obtenha as outras raízes.
12. U. F. CE – 92 Sejam x1 e x2 as raízes da equação
4. FGV 2005 Dado o polinômio 3x2 – kx – 1 = 0. Se x12 + x 22 = 1 , então k2 é igual a:
P(x) = x4 + x3 – 6x2 – 4x + k:
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5
a) Resolva a equação P(x) = 0, para k = 8.
13. U. E. CE – 91 Se p e q são as raízes da equação
b) Determine o valor de k de modo que as raízes estejam em
2x2 – 6x + 7 = 0, então (p + 3) (q + 3) é igual a:
progressão aritmética de razão igual a 3.
41 43 45 47
(A) (B) (C) (D)
5. FGV 2002 2 2 2 2
a) Sejam a, b e c as raízes da equação x 3−4x2 +6x −1 = 0.
1 1 1 14. F. C. M. STA. CASA – 82 Se a equação
Calcule o valor da expressão: + + . 4x3 + kx2 – x + 2 = 0, com coeficientes reais, admite duas
ab ac bc
raízes recíprocas, então k é um número:
b) Resolva a equação x3−2x2−5x +6 = 0, sabendo que a soma
(A) negativo.
de duas raízes vale 4.
(B) maior que 0 e menor que 2.
(C) maior que 2 e menor que 3.
6. FGV 2000
(D) maior que 3 e menor que 5.
a) Um polinômio P do 3º grau com coeficientes reais é tal
(E) maior que 5.
que P(2) = 0 e P(2 +i) = 0, onde i é a unidade imaginária.
Obtenha P sabendo-se que P(1) = 4.
15. F. C. M. STA. CASA – 80 Sejam x1, x2 e x3 as raízes da
b) A equação polinomial x3 +x2 +x +k = 0 tem uma raiz igual
equação x3 – 2x2 + x + 1 = 0. Compondo-se uma nova
a −1. Obtenha o valor de k e as outras raízes.
equação, cuja raízes sejam os números y 1 = x2 . x3, y2 = x3 .
x1 e y3 = x1 . x2, obtém-se:
7. FUVEST 2004 O produto de duas das raízes do polinômio
(A) y3 – y2 – 2y + 1 = 0
p(x) = 2x3−mx2 +4x +3 é igual a −1. Determinar (B) y3 + y2 + 2y - 1 = 0
a) o valor de m (C) – 2y3 – y2 + y + 1 = 0
b) as raízes de p. (D) y3 – y2 – 2y - 1 = 0
(E) n. d. a.
8. CESESP – 85 Considere o polinômio
P(x) = x4 – 4x2 + 3x – 6. 16. VUNESP – 92 O gráfico da figura representa o polinômio
real f(x) = - 2x3 + ax2 + bx + c. Se o produto das raízes de
Sabendo-se que P(2) = 0, assinale a única alternativa que f(x) = 0 é igual à soma dessas raízes, então a + b + c é igual
corresponde ao valor do produto das outras três raízes de a:
P(x). (A) 4
(A) 3 (B) 12 (C) –3 (B) 5
(D) –4 (E) 6 (C) 6
(D) 3
9. U. E. CE – 80 Sejam a, b e c as raízes do polinômio
9
2x x 1 (E)
2
P(x) = 3x 0 1
x x x −1

Então a2 + b2 + c2 é igual a:
25 16
(A) (B) 17. PUC – SP – 83 Os números complexos 1 e 2 + i são raízes
4 9 do polinômio x3 + ax2 + bx + c, onde a, b e c são números
16 25 reais. O valor de c é:
(C) (D)
4 9 (A) – 5 (B) – 3 (C) 3 (D) 5 (E) 9

10. U. MACK. – 82 A equação x3 – 4x2 – 4x + 16 = 0 tem 18. U. F. RS – 83 O módulo das raízes complexas não reais
1 1 b da equação x3 – mx2 + 9x – 5 = 0 é 5 , com m ℝ. A soma
raízes a, b e c tais que a = b + c. O valor de + + é:
a b ac de todas as raízes é:
1 1 (A) 1 (B) 2 (C) 4 (D) 5 (E) 9
(A) –16 (B) –4 (C) 4 (D) (E) −
4 4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 197

 CAPÍTULO XI

19. PUC – RS – 80 O gráfico na figura é de uma função f: 23.Sabendo-se que a equação ax4 + bx3 + 5x + 3 = 0 é
ℝ → ℝ em que f(x) é um polinômio do 3º grau. Para a recíproca e tem o 1 como raiz, o produto das raízes reais desta
equação f(x) = 0, afirmamos: equação é:
(A) 2 (B) –1 (C) 1
(D) 3 (E) 4

24.Considere as afirmações:

I – A equação 3x4 – 10x3 + 10x – 3 = 0 só admita raízes

reais.
II – Toda equação recíproca admite um número par de raízes.
III – As raízes da equação x3 + 4x2 – 4x – 16 = 0 são
exatamente o dobro das raízes de x3 + 2x2 – x – 2 = 0.

Então:
(A) Apenas I é verdadeira.
I – o termo independente de x é igual a 2, (B) Apenas II é falsa.
II – suas raízes são – 2, 2 e 1, (C) Apenas III é verdadeira.
III – suas raízes são – 2, – 2 e 1, (D) Todas são verdadeiras.
IV – suas raízes são –2, 1 e 1. (E) n. d. a.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 25. AFA 1999 Se a, b, c, d, e são as raízes do polinômio
(A) II (B) III (C) I e II P(x) = 2x5 – 6x4 + 3x3 + x2 + 7x + 5, então, o valor de
(D) I e III (E) I e IV 1 1 1 1 1
+ + + + é
20. U. MACK. – 80 Considere as afirmações: a b c d e
7 2 3 1
(A) – . (B) – . (C) . (D) .
I – Qualquer raiz racional da equação x3 + 3x2 – 3x – 9 = 0 5 5 7 3
é inteira.
II – O menor grau da equação polinomial de coeficientes 26. AFA 1999 Sendo P(x) = x3 – x2 + x + a divisível por
reais, que admite as raízes 3, 2 + i e – i, é 5. (x – 1), a média geométrica de suas raízes complexas é
III – Toda equação polinomial da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx (A) 1. (B) i .
+ e = 0 de coeficientes reais e a  0 necessariamente
possui uma raiz real. (C) - i . (D) i.

Então: 27. AFA 2003 Seja a> 1 e ea base dos logaritmos

(A) todas as afirmações são verdadeiras. neperianos, o valor real de m para o qual a equaç ão
(B) somente as afirmações I e II são verdadeiras. x3 – 9x2 + (loge am + 8)x – loge am = 0 tenha raízes em
(C) somente as afirmações I e III são verdadeiras. progressão aritmética, é dado por
(D) somente as afirmações II e III são verdadeiras. (A) m = loge a – 8
(E) nenhuma afirmação é verdadeira. 15
(C) m =
log e a
21. Seja a equação 2x8 + 7x5 – 2x2 – kx + 4 = 0, onde k ℤ. (B) m = loge a – 9
Se β é uma raiz racional da equação, então o conjunto de 9
possíveis valores de β é: (D) m = − loge a
8
 1 
(A) −2, − ,3, −3, 4, −4
 2  28.ESPCEX (AMAN) 2017As três raízes da equação
(B) {0, 1, 2, 4, 8} x3 − 6x2 + 21x − 26 = 0 são m, n e p. Sabendo que m
1 1  e n são complexas e que p é uma raiz racional, o valor de
(C)  , − , 2, −3,3, 4 
 2 2 
m2 + n2 é igual a
(D) {1, –1, 2, –2, 3, –3} (A) −18 (B) −10 (C) 0
(E) {1, –1, 2, –2, 4, –4}
(D) 4 (E) 8
22. U. F. CE – 92 Se m é um inteiro, determine os valores de
29.EFOMM 2017Considere a equação
m para os quais a equação x3 + 5x2 + mx – 2 = 0 tenha pelo
menos uma raiz racional. O módulo da soma de todos os x4 − 2ax3 + 9ax2 − 6ax + 9a = 0. Sabendo que a é raiz
valores de m encontrados é igual a: dupla dessa equação e não é nulo, determine o valor de a.
(A) 6 (B) 7 (C) 8 (A) a = −1 (B) a = 1 (C) a = 2
(D) 9 (E) 10 (D) a = 3 (E) a = 4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 198

 CAPÍTULO XI

30.ESPCEX (AMAN) 2017 O número real 35.ESPCEX(AMAN) 2014Dado o polinômio q (x) que
25 11 2 3 25 11 2 satisfaz a equação x3 + ax2 − x + b = (x − 1)  q(x) e
3 + + − pertence ao conjunto
8 4 8 4 sabendo que 1 e 2 são raízes da equação
(A) [ −5, − 3) (B) [ −3, − 1) (C) [ −1, 1) x3 + ax2 − x + b = 0, determine o intervalo no qual
(D) [1, 3) (E) [3, 5) q(x)  0 :
(A) [ −5, − 4] (B) [ −3, − 2] (C) [ −1, 2]
5 (D) [3, 5] (E) [6, 7]
31.EFOMM 2016Sabendo que é uma raiz do polinômio
2
P(x) = 2x3 − 3x 2 − 9x + 10, a soma das outras raízes é 36.ESPCEX (AMAN) 2013 A figura a seguir apresenta o
gráfico de um polinômio P(x) do 4º grau no intervalo
igual a:
(A) −2 (B) 0 (C) 10 (D) 1 (E) −1 0,5 .
32.EFOMM 2016A solução do sistema:
 x+y+z+w =7
 xy + xz + xw + yz + yw + zw = 4


 xyz + xyw + xzw + yzw = 6
 xyzw = 1

pode ser representada pelas raízes do polinômio:

(A) x3 + 6x2 + 4x + 7
(B) x3 + 6x2 + 4x − 7
(C) 2x4 − 14x3 + 8x2 − 12x + 2 O número de raízes reais da equação P ( x ) + 1 = 0 no
4 3
(D) 7x − 4x + 6x + x 2 intervalo 0,5 é
(E) x4 + 7x3 + 4x2 + 6x (A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4

33.EFOMM 2016Seja o polinômio 37.EPCAR (AFA) 2013 As raízes da equação algébrica

p(x) = x6 − 26x 4 − 32x3 − 147x2 − 96x − 180. 2x3 − ax2 + bx + 54 = 0 formam uma progressão
geométrica.
A respeito das raízes da equação p(x) = 0, podemos
a
afirmar que Se a, b  , b  0, então é igual a
b
(A) todas as raízes são reais.
(B) somente duas raízes são reais, sendo elas distintas. 2 3 1
(A) (B) 3 (C) − (D) −
(C) somente duas raízes são reais, sendo elas iguais. 3 2 3
(D) somente quatro raízes são reais, sendo todas elas
distintas. 38.ESPCEX (AMAN) 2012 As medidas em centímetros das
(E) nenhuma raiz é real. arestas de um bloco retangular são as raízes da equação
polinomial x3 − 14x2 + 64x − 96 = 0. Denominando-se r, s
34.ESPCEX (AMAN) 2015A função f : → definida
e t essas medidas, se for construído um novo bloco
4 3 2
por f(x) = x − 5x + 5x + 5x − 6 tem como algumas de retangular, com arestas medindo (r − 1) , ( s − 1) e ( t − 1) ,
suas raízes os números −1 e 1. Assinale a alternativa que ou seja, cada aresta medindo 1 cm a menos que a do bloco
representa o conjunto de todos os números reais para os anterior, a medida do volume desse novo bloco será
quais a função f(x) é positiva. 3 3 3
(A) 36 cm (B) 45 cm (C) 54 cm
(A) ( − , − 1)  ( 0,1)
(D) 60 cm3 (E) 80 cm3
(B) ( −, − 1)  ( 2, +  )
 1 1
(C) ( − , − 1)   − ,    2, +  )
39.ESPCEX (AMAN) 2012 Seja a função complexa
 2 2 P ( x ) = 2x3 − 9x 2 + 14x − 5. Sabendo-se que 2 + i é raiz
1  5 
(D) ( − , − 3 )   ,2    , +   de P, o intervalo I de números reais que faz P ( x )  0, para
2  2  todo x  I é
(E) ( −, − 1)  (1,2)  (3, +  )  1
(A)  − ,  (B)  0,1
 2

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 199

 CAPÍTULO XI

1  6.
(C)  ,2  (D)  0, +  a) P(x) = −2x3 +12x2−26x +20
4 
b) k = 1 e S = {−1,  i}
 1 3
(E)  − , 
 4 4 7. a) m = 7
b) S = {3/2, 1 + 2 , 1 − 2 }
40.EPCAR (AFA) 2012 O polinômio
P ( x ) = x 4 − 75x 2 + 250x tem uma raiz dupla. 8. C
Em relação à P(x) é correto afirmar que 9. D
10.E
(A) apenas uma de suas raízes é negativa. 11. D
(B) a sua raiz dupla é negativa. 12. B
(C) três de suas raízes são negativas. 13. B
(D) nenhuma de suas raízes é negativa.
14. A
41. EsPCEx 2019 Se a equação polinomial x2 + 2x + 8 = 0 15. D
tem raízes a e b e a equação x2 + mx + n = 0 tem raízes (a+1) 16. A
e (b+1), então m+n é igual a 17. A
18. D
(A) –2 (B) –1 (C) 4 19. E
(D) 7 (E) 8 20. B
21. E
42. EsPCEx 2019 Sabe-se que as raízes da equação
x3 – 3x2 – 6x + k = 0 estão em progressão aritmética. Então 22. E
podemos afirmar que o valoe de k/2 é igual a 23. C
24. B
(A) 5/2 (B) 4 (C) 7/2 25. A
(D) 3 (E) 9/2 26. A
27. C
43. EsPCEx 2016 As três raízes da equação x3 – 6x2 + 21x –
26 = 0 são m, n e p. Sabendo que m e n são complexas e que 28. B
p é uma raiz racional, o valor de m2 + n2 é igual a 29. ANULADA
30. D
(A) –18 (B) –10 31. E
(C) 0 (D) 4 32. C
(E) 8 33. B
34. E
GABARITO 35. C
36. C
1. 37. D
a) B = −3 38. B
b) S = ]−1, 1[  ]3, +[ 39. A
40. A
2. B
41. D
3. 42. B
a) 4 43. B
b) S = {2 +i, 2 −i, −3}

4.
a) S = {1, −2, 2}
b) k = 11305/256

5.
a) 4
b) S = {−2, 1, 3}

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 200

FRENTE I
FÍSICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 201

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 202

CAPÍTULO XI - LEIS DE NEWTON
1. Introdução
Na cinemática estudamos diversos tipos de movimentos
sem se preocupar com suas causas. A partir deste capítulo
estudaremos a dinâmica, que a parte da Mecânica que estuda
a relação entre força e movimento.
2. O Princípio da Inércia – 1ª Lei de Newton
Podemos enunciar o Princípio da Inércia ou 1ª Lei de
Newton da seguinte maneira:
Todo corpo permanecerá em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme até que uma força externa atue sobre ele.
Nosso dia-a-dia parece contradizer esse princípio, mas
isso ocorre devido a presença da aceleração da gravidade e
dos diversos atritos existentes.
Porém, se conseguíssemos uma superfície horizontal e
perfeitamente lisa (imagine uma superfície de um lago
congelado) e colocássemos um bloco sobre ela, esse bloco
não entraria em movimento sozinho, certo? Pense agora que
de alguma maneira colocamos esse bloco em movimento,
logo ele ficará indefinidamente se movendo com velocidade
constante ao longo de uma reta.
3. O Princípio Fundamental da Dinâmica –
2ª Lei de Newton
Podemos enunciar o Princípio Fundamental da Dinâmica
ou 2ª Lei de Newton da seguinte maneira:
Sendo F a resultante de todas as forças que atuam sobre uma
partícula de massa m, temos que:
F = m.a
Importante
Observe que pela expressão acima a aceleração sempre
terá mesma direção e sentido da força resultante.
A unidade da força no S.I. é o newton, cujo símbolo é N.
Só para lembrar:
 F =  m.a   F = MLT −2
   
4. Equilíbrio de uma partícula
Uma partícula encontra-se em equilíbrio quando a
resultante das forças que atuam sobre ela é nula.
Da definição acima podemos tirar a seguinte conclusão:
 v = 0  equilíbrio estático
F=0  a=0  
 v = c  equilíbrio dinâmico
te
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
5. Exercícios
Nível I e II
1. VUNESP-SP As estatísticas indicam que o uso do cinto
de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais
graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes.
Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a:
(A) Primeira Lei de Newton
(B) Lei de Snell
(C) Lei de Ampère
(D) Lei de Ohm
(E) Primeira Lei de Kepler
2. MACKENZIE-SPUm automóvel de massa 1600 kg
desloca-se a partir do repouso e atinge certa velocidade
devido à ação de uma força resultante, constante, paralela à
trajetória, de intensidade de 800 N. A aceleração sofrida
pelo carro nesse intervalo foi:
(A) 0,5 m/s2 (B) 1,0 m/s2
2
(C) 2,0 m/s (D) 40 m/s2
2
(E) 20 2 m / s
3. Uma partícula de massa m = 4,0 kg está submetida à ação
de apenas duas forças F1 e F2 , de mesma sentido, como
mostra a figura. Calcule o módulo da aceleração da partícula,
sabendo que os módulos de F1 e F2 são F1 = 13 N e
F2 =17 N.
4. Uma partícula de massa m = 5,0 kg está submetida à ação
de apenas duas forças, F1 e F2 , de mesma direção e sentidos
opostos, como mostra a figura. Calcule o módulo da
aceleração da partícula sabendo que F1 = 50 N e F2 = 30 N.
5. Analise as assertivas abaixo e depois assinale a opção
correta:
I. Uma partícula A está livre da ação de forças, enquanto
uma partícula B está sujeita a duas forças de mesma
intensidade, mesma direção e sentidos opostos. É
correto afirmar que as partículas estão em repouso.
II. Um ponto material está em repouso em relação a um
referencial inercial. É necessária a aplicação de uma
força para tirá-lo do estado de repouso.
III. É necessária a aplicação de uma força para manter um
ponto matrial em movimento retilíneo uniforme.
Estão corretas apenas as assertivas:
(A) I, II e III. (B) I e II. (C) II e III.
(D) I e III. (E) II.
203
 CAPÍTULO XI

6. CEFET-PR Um automóvel de massa 1,0.103 kg 12. Aplica-se a mesma força resultante de módulo F em três
movendo-se inicialmente com velocidade escalar de blocos de massas m1, m2 e m3, de modo que esses blocos
72 km/h é freado uniformemente e pára após percorrer adquirem acelerações respectivamente iguais a 1 m/s2,
50 m. O intervalo de tempo de frenagem e o módulo da força 3 m/s2, 6 m/s2. Aplicando-se uma força resultante de módulo
resultante sobre o automóvel durante a frenagem valem, 3F em um bloco de massa m1 + m2 + m3 ele adquire
respectivamente: aceleração igual a:
(A) 5,0 s e 4,0.103 N (B) 2,5 s e 8,0.103 N (A) 2,0 m/s2 (B) 5,0 m/s2
(C) 2,5 s e 4,0.103 N (D) 5,0 s e 8,0.103 N (C) 4,5 m/s2 (D) 3,6 m/s2
3
(E) 2,5 s e 6,0.10 N
13. Analise as afirmativas abaixo, julgue-as verdadeiras ou
7. AFA Uma força provoca uma aceleração de 12 m/s2, em falsas, depois marque a alternativa correta.
um objeto de massa m1. A mesma força provoca, num objeto
de massa m2, uma aceleração de 4 m/s2. A aceleração, em I. Um corpo que sofre atuação de forças pode
m/s2, que esta força provocaria num outro objeto de massa permanecer em repouso.
igual à diferença (m2 – m1) seria: II. Um corpo cuja resultante das forças que atuam sobre
(A) 3 (B) 6 (C) 9 (D) 12 ele é nula pode ter altas velocidades.
III. Sobre um corpo que possui velocidade vetorial
8. FEI-SP Um corpo de massa de 2 kg movimenta-se num constante não atuam forças.
plano horizontal em trajetória retilínea. No instante t = 0, sua
velocidade é v0 = 10 m/s, e no instante t = 10 s, ela é Estão corretas apenas:
v1 = 1,0 m/s. Calcule a intensidade da força resultante que (A) I e III (B) II e III(C) I e II (D) I
atua no corpo durante o intervalo de tempo considerado,
supondo que essa força tenha sido constante. 6. Peso
(A) 4,0 N (B) 1,8 N
(C) 2,5 N (D) 3,0 N Vimos anteriormente todos os corpos liberados em
regiões próximas a superfície da Terra são acelerados e essa
9. PUCC-SP Uma força de intensidade 12 N é aplicada aceleração é representada por um vetor g .
separadamente a dois corpos cujas massas são m1 e m2, De acordo com a 2a lei de Newton, essa aceleração deve
produzindo neles aceleração de 4,8 m/s2 e 8,0 m/s2, ser provocada por uma força. Então podemos concluir que a
respectivamente. Se os corpos em questão fossem unidos, Terra exerce uma força sobre todos os copos próximos a ela.
determine o valor da aceleração do sistema formado por eles Chamaremos esta força de peso do corpo.
sob ação da mesma força. O peso de um corpo tem direção da reta que une o corpo
(A) 1,2 m/s2 (B) 2,0 m/s2 ao centro da Terra e sentido para o centro dela.
2
(C) 3,6 m/s (D) 2,5 m/s2
2
(E) 3,0 m/s
Representamos o peso de um corpo por P .
10. VUNESP-SP Dois corpos equilibram-se quando
colocados cada um num dos pratos de uma balança de braços
iguais. Em seguida, um dos corpos é acelerado por uma única
força constante cuja intensidade é 2 N. Verifica-se então que
sua velocidade varia de 8 m/s a cada 2 s. A massa do corpo
que ficou na balança é:
1
(A) kg
4
1
(B) kg
2
Considerando um corpo de massa m em queda livre, ou
(C) 1 kg 
(D) 2 kg seja, com aceleração g , como a única força que atua nele é
(E) 4 kg a força peso, aplicando a 2a Lei de Newton, vem:
P = mg
11. Aplica-se uma força de módulo F em um bloco de massa
M que repouso sobre uma superfície sem atrito eele adquire
aceleração a. Dobrando-se a massa do bloco e multiplicando 6.1 O quilograma-força (kgf)
2
a força por , a aceleração fica reduzida em duas unidades. Um quilograma-força é o peso de um corpo de 1 kg de
3
massa, num local onde a aceleração da gravidade vale
Determine a: aproximadamente 9,8 m/s2.
(A) 1,0 m/s2 P = mg
(B) 2,4 m/s2 1 (kgf) = 1 (kg) . 9,8 (m/s2)
(C) 1,5 m/s2
(D) 3,0 m/s2 portanto,
1 kgf = 9,8 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 204

 CAPÍTULO XI

7. Exercícios corpo 2, e F21 a intensidade da força que o corpo 2 faz sobre

o corpo 1.
Nível I e II

14. FUND. CARLOS CHAGAS-SP Qual é, em Newtons, a

intensidade da força de atração gravitacional entre um corpo
de massa igual a 5,0 kg e a Terra, em um local onde o módulo
da aceleração da gravitacional é 9,8 m/s2?
(A) 5,0 (B) 9,8 (C) 49 (D) 50 (E) 98

15. U. F. VIÇOSA-MG Desprezando a resistência do ar, a

opção que representa corretamente a(s) força(s) que atua(m)
Nesta situação, pode-se afirmar que:
sobre uma bola de futebol após ter sido chutada é:
(A) F12 = F21 = 0 (B) F12 = F21 < 0
(A) (B)
(C) F12 > F21 = 0 (D) F12 > F21 > 0
(E) F21 > F12 > 0

20. VUNESP-SP Um foguete, livre no espaço, se desloca em

(C) (D) movimento retilíneo e uniforme, em relação a um referencial
inercial, na direção indicada na figura e no sentido de I para
II, com seu eixo perpendicular à direção do movimento.

(E)

16. FCMSC-SP Qual a intensidade da força que devemos

aplicar a um corpo de massa 1,0 kg de modo que o corpo suba
verticalmente, com aceleração 1,0 m/s2?
(A) 1,0 N (B) 2,0 N (C) 10 N Quando atinge II, os motores são ligados e o foguete fica
(D) 11 N (E) 15 N sujeito à ação de uma força constante, que atua
perpendicularmente à direção do deslocamento inicial, até
17. VUNESP-SP Um elevador que pode mover-se que atinja um certo ponto III. A trajetória do foguete no
verticalmente tem peso P = 5000 N. Desprezar atrito nas espaço, de II até III, pode ser representado por:
guias. A força de tração exercida pelo cabo é T = 5000 N. O (A) (B) (C)
elevador:

(D) (E)

(A) só pode estar em repouso.

(B) não pode subir em movimento uniforme.
(C) não pode descer em movimento uniforme.
(D) pode descer acelerado.
(E) está parado ou em MRU.

18. Na Terra, num local em que a aceleração da gravidade 21. Qual ó módulo da força que devemos aplicar a um corpo
vale 9,8 m/s2, um corpo pesa 49 N. Esse corpo é, então, de massa igual a 1 kg para que ele desça verticalmente com
levado para a Lua, onde a aceleração da gravidade vale aceleração constante igual a 2 m/s2:
1,6 m/s2. (A) 10 N (B) 2 N
Determine: (C) 8 N (D) 12 N
a) a massa do corpo. b) seu peso na Lua
22. Qual força que devemos aplicar a um corpo de massa
19. CESGRANRIO Na figura a seguir, dois corpos, 1 e 2, igual a 1 kg para que ele desça verticalmente com aceleração
caem em queda livre (com aceleração igual à da gravidade). constante igual a 12 m/s2:
A massa do corpo 1 é muito maior do que a massa do corpo (A) 12 N (B) 2 N
2. Seja F12 a intensidade da força que o corpo 1 faz sobre o (C) 8 N (D) 10 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 205

 CAPÍTULO XI

8. O Princípio da Ação e Reação – 3ª Lei de Newton Exemplo 2

Podemos enunciar o Princípio da Ação e Reação ou 3ª Lei Considere um bloco A apoiado sobre uma mesa, a qual
de Newton da seguinte maneira: está apoiada na Terra.
Vamos analisar as forças que atuam sobre o bloco A e
identificar onde estão atuando suas respectivas reações
Se um corpo A exerce uma força FA em um corpo B,
então o corpo B reage com uma força FB em A de mesmo
módulo, direção e sentido contrário, ou seja:
FB = − FA

Veja a figura abaixo que mostra um homem empurrando

uma parede:

Para isso isolamos os corpos, ou seja,

desenhamos cada corpo envolvido no
problema separadamente e marcamos todas
as forças de interesse que atuam neles.

Chamaremos de F , a força que o homem exerce na

parede:

Forças que atuam no bloco A e suas reações:

Conseqüentemente a parede reagirá sobre o homem com Força Quem exerce Onde atua a reação
uma força de mesmo módulo, direção e sentido contrário:

Importante:

Observe que a reação da força peso do bloco P não é a

força normal N que a mesa faz no bloco.
Observe que as forças de ação e reação atuam em
corpos diferentes.
A reação da força P é a força −P e a reação da força N
Exemplo 1 é a força −N .

É importante ressaltar que a Questão

reação da força peso de um
corpo atua no centro da Sobre o exemplo 2, diga se as assertivas abaixo estão
Terra: certas ou erradas:

I - P +N =0
II - P = N
III - P = −N
IV - P = N , onde P = P e N = N
Resumo:
As forças de ação e reação têm:

1. mesmo módulo;
2. mesma direção;
3. sentidos opostos;
4. atuam em corpos diferentes;
5. mesma natureza.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 206
 CAPÍTULO XI

9. Exercícios III. A força para cima (item II) é reação à força para baixo
(item I)? ___________
Bizu: Roteiro para resolver os exercícios (A) Mão, 14 N, Terra, Sim.
(B) Terra, 4 N, Livro, Sim.
1. Isole os corpos de interesse; **. (C) Terra, 4 N, Terra, Não.
2. Marque as forças que atuam neles; (D) Terra, 8 N, Terra, Sim.
3. Escolha um par de eixos; *** (E) Terra, 4 N, Livro, Não.
4. Aplique a 2º Lei de Newton para cada eixo. ****
24. G1 – CFTMG Um homem faz uma força vertical de
Notas: 10 N, na tentativa de levantar uma caixa de 5,0 kg, que está
** - Vc pode analisar todos os corpos separadamente ou sobre uma mesa. Nessa situação, o valor da força normal, em
juntar dois ou mais corpos e analisá-los como se fossem um newtons, é igual a
só. A esse conjunto de um ou mais corpos damos o nome de
sistema.
Ex.: Considere dois blocos A e B apoiados sobre um piso
horizontal sem atrito submetido à ação de uma força
horizontal constante F :

(A) 5,0. (B) 10. (C) 40. (D) 50.

Podemos analisar cada corpo separadamente: 25. UFSM

Uma força F de módulo igual a 20N é aplicada,

Ou analisar o sistema formado pelos dois corpos, ou
seja, considerá-los como se fossem um só:
verticalmente, sobre um corpo de 10kg, em repouso sobre
uma superfície horizontal, como indica a figura. O módulo
(em N) da força normal sobre o corpo, considerando o
módulo da aceleração gravitacional como 10m/s2, é
(A) 120. (B) 100. (C) 90.
(D) 80. (E) 0.

26. Um bloco de massa m = 2,0 kg está inicialmente em

repouso sobre uma superfície plana horizontal sob a ação de
apenas duas forças: o seu peso P e a força normal N exercida
pela superfície horizontal. A partir de determinado instante
aplicamos ao bloco uma força horizontal F , de intensidade
F = 14 N, como mostra a figura:
Observe que nesse caso, as forças FAB e FBA não foram
marcadas, pois são forças internas e só aparecem quando
separamos os corpos.

*** - Geralmente é melhor escolher o par de eixos de

modo que um deles tenha a mesma direção da aceleração do
sistema:
**** - Dependendo do exercício, você precisará escrever
apenas a equação para um dos eixos.
Nível I
23. UFLAVRAS Um livro de peso igual a 4 N está apoiado,
em repouso, na palma de sua mão. Complete as sentenças
abaixo.
I. Uma força para baixo de 4 N é exercida sobre o livro
pela _____________.
II. Uma força para cima de _______________ é exercida
sobre o(a) _______________ pela mão.
Desprezando o atrito e a resistência do ar e considerando
g = 10 m/s2, determine:
a) a intensidade de N após a aplicação de F ;
b) o módulo da aceleração adquirida pelo corpo após a
aplicação de F
27. ESPECEX Dois blocos A e B, de massas
respectivamente iguais a 8 kg e 6 kg, estão apoiados em uma
superfície horizontal e perfeitamente lisa. Uma força
horizontal, constante e de intensidade F = 7 N, é aplicada no
bloco A, conforme a figura abaixo.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 207

 CAPÍTULO XI

31. A figura abaixo mostra dois blocos A e B de massas

respectivamente iguais a 3M e M apoiados sobre um piso
horizontal e liso. Aplica-se ao conjunto uma força F
horizontal.

Nessas condições, podemos afirmar que o bloco B adquire

uma aceleração de
(A) 0,50 m/s2 (B) 0,87 m/s2
(C) 1,16 m/s2 (D) 2,00 m/s2 A força de contatos entre os blocos vale:
2
(E) 3,12 m/s F 2F F F
(A) (B) (C) (D)
4 3 3 2
28. UEL Na figura ao lado, os blocos A e B estão sobre um
plano horizontal sem atrito. Sendo F igual a 45, M A igual a 32. A figura abaixo mostra dois blocos A e B apoiados sobre
8 kg e MB igual a 7 kg, a força que A exerce sobre B, em
uma superfície horizontal e lisa. Aplica-se uma força F de
newtons, vale:
(A) 15 intensidade igual a 10 N. A massa do bloco B vale
(B) 21 2 kg. Sabendo que a força de contato entre os blocos tem
(C) 24 intensidade igual a 4 N, a massa do bloco A vale:
(D) 45
(E) zero

29. UDESC Dois blocos, A e B, de massas mA = 2,0 kg e (A) 1,0 kg (B) 6,0 kg
mB = 3,0 kg estão sobre uma superfície perfeitamente lisa, (C) 2,5 kg (D) 3,0 kg
conforme a figura a seguir. O atrito entre os blocos e a
superfície é desprezível. Sobre o corpo A é aplicada uma 33. EsPCeX (AMAN)Um corpo de massa igual a 4 kg é
força F , horizontal e constante, de intensidade igual a submetido à ação simultânea e exclusiva de duas forças
15,0 N. constantes de intensidades iguais a 4 N e 6 N,
respectivamente. O maior valor possível para a aceleração
desse corpo é de:
(A) 10, 0 m s 2 (B) 6,5 m s 2 (C) 4, 0 m s 2
(D) 3, 0 m s 2 (E) 2,5 m s 2

Assinale a alternativa CORRETA: 34. EsPCeX (AMAN) Deseja-se imprimir a um objeto de

(A) a aceleração do bloco B é igual à aceleração do bloco A, 5 kg, inicialmente em repouso, uma velocidade de 15 m/s em
porque as forças resultantes sobre o blocos A e B são de 3 segundos. Assim, a força média resultante aplicada ao
mesma intensidade; objeto tem módulo igual a:
(B) a aceleração do conjunto é igual a 5,0 m/s2; (A) 3 N (B) 5 N (C) 15 N (D) 25 N (E) 45 N
(C) a força exercida pelo bloco B sobre o bloco A tem
intensidade igual a 9,0 N; GABARITO
(D) a força exercida pelo bloco A sobre o bloco B tem
intensidade igual a 15,0 N; 1. A 2. A 3. 7,5 m/s2 4. 4,0 m/s2
(E) a força exercida pelo bloco A sobre o bloco B e a força 5. A 6. A 7. B 8. B
exercida pelo bloco B sobre o bloco A têm intensidades 9. E 10. B 11. D 12. A
diferentes. 13. C 14. C 15. E 16. D
17. E 18. a) 5,0 kg b) 8 N19. A
30. A figura representa dois blocos A e B, de massas 20. B
respectivamente iguais a 8.0 kg e 6,0 kg, inicialmente em 21. C
repouso sobre um plano horizontal sem atrito. 22. B
A partir de determinado instante, aplicamos ao conjunto as 23. E
forças horizontais F1 e F2 , de intensidades F1 = 41 N e 24. C
F2 = 13 N, como ilustra a figura. Calcule: 25. D
26. a) 20 N b) 7,0 m/s2
27. A
28. B
29. C
30. a) 2 m/s2 b) 25 N
31. A
32. D
a) o módulo da aceleração adquirida pelo conjunto; 33. E
b) o módulo da força que um bloco exerce sobre outro. 34. D

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 208

 CAPÍTULO XII

CAPÍTULO XII - APLICAÇÕES DAS LEIS DE O fio exerce uma força T bloco, mas pelo princípio da
NEWTON Ação e Reação, o bloco exerce uma força T1 no fio tal que
T1 = −T . O teto exerce uma força T2 sobre o fio. As forças
1. TIPOS DE FORÇAS que atuam nos extremos do fio, T1 e T2 são chamadas de
trações. Podemos fazer um esquema mais simplificado.
Para escopo de interesse do nosso estudo, podemos
dividir as forças em dois grupos: forças de contato e forças
de campo. T2
T

1.1 Forças de contato

São forças que surgem quando há contato físico entre dois mg

corpos. Alguns exemplos de forças de contao: força normal,
força de atrito, força de tração.
Mg
T
1.2 Forças de campo

São forças que não necessitam de contato físico entre dois

Como o bloco e o fio estão em equilíbrio, o somatório das
copos para atuarem, pois são forças que atuam a distância.
forças que atuam sobre cada um deles tem que ser zero, pela
Força gravitacional e força eletromagnética são exemplos de
2a Lei de Newton, logo:
forças de campo.
Bloco : T = Mg
2. Força de Tração Fio : T + mg = T2

A força de tração é uma força que quando atua num fio,
corda ou viga produz uma solicitação que tende a esticar o
fio, corda ou viga.
Considere a figura abaixo que mostra um bloco de massa
M suspenso por um fio de massa m preso ao teto.
Se o fio for ideal, ou seja, um fio de massa nula e inextensível
poderíamos escrever a seguinte equação para o equilíbrio do
fio;
Fio : T = T2
Ou seja, as trações nas duas extermidades de um fio ideal tem
o mesmo módulo. O esquema de forças no fio poderia ser o
seguinte:

mg

Isolando o bloco e o fio para fazer o esquema de força, vem:

T
T T2

mg

Mg
T1

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 209

 CAPÍTULO XII

Exercícios 5. FATEC Três blocos, A, B e C, deslizam sobre uma

superfície horizontal cujo atrito com estes corpos é
Nível I e II desprezível, puxados por uma força F de intensidade 6,0N.

1. EsPCEx A esfera de ferro maciça e homogênea de massa

20 kg está suspensa em equilíbrio, conforme a figura abaixo.
O módulo da força resultante no ponto A do fio ideal,
utilizando o sistema internacional de unidades, é: A aceleração do sistema é de 0,60m/s2, e as massas de A e B
(dado: g = 10 m/s2 ) são respectivamente 2,0kg e 5,0kg.
(A) 200 kg. A massa do corpo C vale, em kg,
(B) 20 kg. (A) 1,0 (B) 3,0 (C) 5,0 (D) 6,0 (E) 10
(C) 20 N.
(D) 0 N. 6. UNESP Dois blocos, A e B, de massas m e 2m,
(E) 200 N. respectivamente, ligados por um fio inextensível e de massa
desprezível, estão inicialmente em repouso sobre um plano
horizontal sem atrito. Quando o conjunto é puxado para a
direita pela força horizontal F aplicada em B, como mostra
2. UNESP Dois corpos, de peso 10 N e 20 N, estão suspensos a figura, o fio fica sujeito à tração T1. Quando puxado para a
por dois fios, P e Q, de massas desprezíveis, da maneira esquerda por uma força de mesma intensidade que a anterior,
mostrada na figura. mas agindo em sentido contrário, o fio fica sujeito à tração
T2.

Nessas condições, pode-se afirmar que T2 é igual a

(A) 2T1. (B) 2 T1 . (C) T1.
A intensidades (módulos) das forças que tencionam os fios P
e Q são respectivamente, de T1 T1
(D) . (E) .
(A) 10 N e 20 N (B) 10 N e 30 N 2 2
(C) 30 N e 10 N. (D) 30 N e 20 N
(E) 30 N e 30 7. AFA Um homem de massa 70kg está subindo por um fio
ideal com aceleração igual a 0,50 m/s2. Nessas condições, a
3. ITA Num teste de salvamento, um helicóptero levantava intensidade da tração, em newtons, no fio, vale
verticalmente uma massa de 100 kg através de uma corda. (A) 350
Quando a aceleração atingiu 3,0m/s2 a corda se rompeu. A (B) 665
aceleração máxima que esta corda suportará ao içar um (C) 700
homem de 70 kg será: (D) 735
(A) 13 m/s2; (B) 4,3 m/s2; (C) 8,6 m/s2;
2 2
(D) 7,0 m/s ; (E) 24 m/s .

4. PUCMG Na figura abaixo, estão representados dois

blocos de massas 1,0 kg e 2,0 kg, sobre uma superfície
horizontal. O atrito é desprezível. Os dois blocos estão
ligados por um fio de massa desprezível. Sobre o segundo 8. PUCCAMP No piso de um elevador é colocada uma
bloco, age uma força horizontal F = 6,0 N. A aceleração do balança graduada em newtons. Um menino, de massa 40kg,
sistema e a tração no fio valerão, RESPECTIVAMENTE: sobe na balança quando o elevador está descendo acelerado,
com aceleração de módulo 3,0 m/s2, como representa a figura
a seguir.
Se a aceleração da gravidade
vale 9,8 m/s2, a balança estará
indicando, em N, um valor
mais próximo de
(A) 120 (B) 200
(A) 2,0 m/s2 e 2,0 N (C) 270 (D) 400
(B) 3,0 m/ s2 e 6,0 N (E) 520
(C) 6,0 m/ s2 e 6,0 N
(D) 3,0 m/ s2 e 2,0 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 210


9. UFF O elevador de passageiros começou a ser utilizado
em meados do século XIX, favorecendo o redesenho
arquitetônico das grandes cidades e modificando os hábitos
de moradia.
Suponha que o elevador de um prédio sobe com aceleração
constante de 2,0 m/s2, transportando passageiros cuja massa
total é 5,0×102 kg.
Durante esse movimento de subida, o piso do elevador fica
submetido à força de:
Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s2
(A) 5,0 × 102 N (B) 1,5 × 103 N
3
(C) 4,0 × 10 N (D) 5,0 × 103 N
3
(E) 6,0 × 10 N
10. UFPEL Uma pessoa de massa igual a 65 kg está dentro
de um elevador, inicialmente parado, que começa a descer.
Durante um curto intervalo de tempo, o elevador sofre uma
aceleração para baixo de módulo igual a 2 m/s2.
Considerando-se a aceleração gravitacional no local igual a
10 m/s2, durante o tempo em que o elevador acelera a força
normal exercida pelo piso do elevador na pessoa é igual a
(A) 520 N. (B) 650 N.
(C) 780 N. (D) zero.
11. UFMS Uma lâmpada está pendurada verticalmente em
uma corda no interior de um elevador que está descendo. O
elevador está desacelerado a uma taxa igual a 2,3 m/s2 . Se a
tensão na corda for de 123 N, qual a massa da lâmpada em
kg?
(Considere g = 10 m/s2).
(A) 10 kg (B) 0,2 kg (C) 0,3 kg (D) 5 kg
12. UFU Uma pessoa de massa m está no interior de um
elevador de massa M, que desce verticalmente, diminuindo
sua velocidade com uma aceleração de módulo a.
Se a aceleração local da gravidade é g, a força feita pelo cabo
que sustenta o elevador é
(A) (M+m)(g-a) (B) (M+m)(g+a)
(C) (M+m)(a-g) (D) (M-m)(g+a)
13. IME Um peso está suspenso por uma corda no teto de um
elevador. A tração na corda é maior quando o elevador está:
(A) subindo com uma velocidade constante de 1 m/s.
(B) descendo com uma velocidade constante de 1 m/s.
(C) subindo com uma aceleração constante de 1 m/s2.
(D) descendo com uma aceleração constante de 1 m/s2.
(E) parado
14. UERJ Um passageiro está no interior de um elevador
que desce verticalmente, com aceleração constante "a".
Se "a" vale 1/5 da aceleração da gravidade, a razão entre a
intensidade da força que o piso do elevador exerce sobre o
passageiro e o peso do passageiro é igual a:
(A) 5 (B) 6/5 (C) 1 (D) 4/5
15. PUCMG Uma pessoa está dentro de um elevador em
repouso, sobre uma balança que acusa uma leitura igual a P.
Se o elevador subir com aceleração igual a duas vezes a
aceleração da gravidade, a nova leitura será:
(A) P (B) 2P (C) 3P (D) 4P (E) 5P
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
16. UFMG Uma pessoa entra no elevador e aperta o botão
para subir. Seja P o módulo do peso da pessoa, e N o módulo
da força que o elevador faz sobre ela.
Pode-se afirmar que, quando o elevador começa a subir,
(A) P aumenta, e N não se modifica.
(B) P não se modifica, e N aumenta.
(C) P e N aumentam.
(D) P e N não se modificam.
(E) P e N diminuem.
17. AFA Um bloco de massa m repousa sobre o piso de um
elevador. Quando o elevador sobe com aceleração
a = 2,0 m/s2, a reação do piso sobre o bloco é N. Quando
desce com a mesma aceleração, a reação é N1. Considerando-
se g = 10,0 m/s2, a razão N1/N é:
(A) 1/5 (B) 2/3 (C) 3/2 (D) 5
18. UFRS A figura a seguir representa dois objetos, P e Q,
cujos pesos, medidos com um dinamômetro por um
observador inercial, são 6 N e 10 N, respectivamente.
Por meio de dois fios de massas desprezíveis, os objetos P e
Q acham-se suspensos, em repouso, ao teto de um elevador
que, para o referido observador, se encontra parado. Para o
mesmo observador, quando o elevador acelerar verticalmente
para cima à razão de 1 m/s2, qual será o módulo da tensão no
fio 2?
(Considere a aceleração
da gravidade igual a 10m/s2)
(A) 17,6 N
(B) 16,0 N.
(C) 11,0 N.
(D) 10,0 N
(E) 9,0 N
19. EsPCEx Na figura abaixo, as massas A e B são iguais a
2 kg, cada uma, e estão ligadas por uma fio e uma roldana
ideais. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis e que a
aceleração da gravidade é igual a 10m/s2, podendo afirmar
que a tração no fio ideal, em newtons, é de
(A) 2
(B) 5
(C) 10
(D) 20
(E) 40
20. Na situação indicada na figura, os fios têm massa
desprezível e passam pelas polias sem atrito.
Adote g = 10 m/s2. Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a tração no fio que liga A a B;
c) a tração no fio que liga B a C.
211
 CAPÍTULO XII

21. AFA O conjunto abaixo, constituído de fio e polia ideais, O diagrama que melhor representa as forças que atuam nesse
é abandonado do repouso no instante t = 0 e a velocidade do bloco é:
corpo A varia em função do tempo segundo o gráfico dado.

Desprezando o atrito, a razão entre a massa de A e a massa

de B é:
1 2 3
(A) (B) (C) (D) 2
2 3 2

22. EsPCEx (Aman) Três blocos A, B e C de massas 4 kg,

6 kg e 8 kg, respectivamente, são dispostos, conforme
representado no desenho abaixo, em um local onde a
2
aceleração da gravidade g vale 10m / s . 25. Três corpos estão interligados por fios ideais, conforme a
figura. A força de tração T sobre o bloco 1 tem intensidade
igual a 150N.

As massas dos blocos valem respectivamente m1 = 50kg,

m2 = 30kg e m3 = 20kg. As trações T1 no fio entre os blocos 1
e 2 e T2 entre os blocos 2 é
Desprezando todas as forças de atrito e considerando ideais (A) 75N e 45N.
(B) 75N e 30N.
as polias e os fios, a intensidade da força horizontal F que
(C) 45N e 75N.
deve ser aplicada ao bloco A, para que o bloco C suba
(D) 40N e 30N.
verticalmente com uma aceleração constante de 2m/s2, é de:
(E) 30N e 75N.
(A) 100 N
(B) 112 N
26. Fazendo compras num supermercado, um estudante
(C) 124 N
(D) 140 N utiliza dois carrinhos. Empurra o primeiro, de massa m, com
(E) 176 N uma força F, horizontal, o qual, por sua vez, empurra o outro
carrinho de massa M sobre o assoalho plano e horizontal. Se
23. EsPCEx (AMAN)Um elevador possui massa de 1500 kg o atrito entre os carrinhos e o assoalho puder ser desprezado,
Considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2,a pode-se afirmar que a força que está aplicada sobre o segundo
tração no cabo do elevador, quando ele sobe vazio, com uma carrinho é:
aceleração de 3 m/s2, é de:
(A) F
(A) 4500 N
(B) 6000 N (B) M.F/(m+M)
(C) 15500 N (C) F(m+M)/M
(D) 17000 N (D) F/2
(E) 19500 N
27. Durante um intervalo de tempo de 4s atua uma força
24. A figura a seguir mostra um bloco que está sendo constante sobre um corpo de massa 8, 0kg que está
pressionado contra uma parede vertical com força horizontal inicialmente em movimento retilíneo com velocidade escalar
F e que desliza para baixo com velocidade constante. de 9m/s. Sabendo-se que no fim desse intervalo de tempo a
valocidade do corpo tem môdulo de 6m/s, na direção e
sentido do movimento original, a força que atuou sobre ele
tece intensidade de:

(A) 3, 0N no sentido do movimento original.

(B) 6, 0N em sentido contrário ao movimento original.
(C) 12, 0N no sentido do movimento original.
(D) 24, 0N em sentido contrário ao movimento original.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 212


28. Considere uma motocicleta cuja massa é 200 kg, que se
move sob a ação de uma força resultante, em uma trajetória
retilínea. O gráfico da força resultante, em newton (N), no
sentido do movimento, em função da distância (d), em
metros (m), percorrida pela motocicleta, está representado
na figura a seguir.
Sabendo-se que a medida do segmento OA é numericamente
igual a 1.200, a medida do segmento OD é numericamente
igual a 1.300, a distância do ponto B até o segmento CP é
numericamente igual a 300, e que ABCD representa um
quadrado, é correto afirmar que:
01) Até o ponto A, a força é variável e a aceleração que
produz também é variável.
02) Para d = 1.500 m, F = 500 N.
04) A aceleração em d = 1.600 m é 1 m s 2 .
08) A medida do segmento CP é numericamente igual a
625.
16) O trabalho total, realizado pela força, de O a P, é
675.000 J.
29. Dois corpos, A e B, de massas 30kg e 10kg,
respectivamente, estão presos através de um fio inextensível
que passa por uma roldana fixa de atrito desprezível, de
acordo com a figura. Admitindo-se a aceleração de gravidade
local igual a 10m/s2, o módulo da aceleração resultante e a
intensidade da força de tração no fio serão, respectivamente:
(A) 5m/s2 e 150N.
(B) 10m/s2 , 200N.
(C) 5m/s2 , 200N.
(D) 25m/s2 , 150N.
(E) 25m/s2 , 200N.
30. Durante o momento do saque, em uma partida de
voleibol, a velocidade da bola é alterada de zero até
20,00 m/s. A mão do jogador, durante o saque, permaneceu
em contato com a bola por 0,02 s. Considerando a aceleração
constante, e que a bola nesse intervalo se movimenta
horizontalmente, determine o deslocamento da bola durante
o período em que a mão do jogador esteve em contato com
ela.
(A) 0,10 m
(B) 0,20 m
(C) 0,30 m
(D) 0,40 m
(E) 0,50 m
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
31. Uma corrente com dez elos, sendo todos de massas iguais,
está apoiada sobre o tampo horizontal de uma mesa
totalmente sem atrito. Um dos elos é puxado para fora da
mesa, e o sistema é abandonado, adquirindo, então,
movimento acelerado. No instante em que o quarto elo perde
contato com a mesa, a aceleração do sistema é
(A) g (B) (2/3) . g (C) (3/5) . g
(D) (2/5) . g (E) (1/10) . g
32. No livro de Jonathan Swift "As viagens de Gulliver", o
viajante imaginário Lemuel Gulliver passou um tempo de sua
vida no reino de Lilliput, onde todas as coisas vivas - homens,
árvores, grama - eram semelhantes às de nosso mundo,
exceto pelo fato de serem formadas em uma escala muito
pequena.
Os lilliputianos, por exemplo, não tinham mais do que 15 cm
de altura e eram construídos proporcionalmente como nós.
Gulliver visitou também Brobdgnag, um país de coisas
gigantes, cujos habitantes eram exatamente como nós,
porém, 12 vezes maiores. Na realidade, Lilliput e Brobdgnag
não existem.
Galileu (1564-1642), no seu trabalho "Duas Novas Ciências",
mostra, através de diálogos entre uma pessoa de senso
comum e um cientista, que modelos muito pequenos ou
muito grandes de homens não poderiam ser como nós.
Baseados no texto de "Duas Novas Ciências", pode-se
concluir que o peso de um habitante de Brobdgnag seria
aproximadamente 1728 vezes o nosso, e seus ossos seriam
144 vezes mais resistentes.
Considere, por exemplo, um cubo de lado L apoiado sobre
uma superfície horizontal, sem atrito sobre o qual atua uma
força F. Observa-se que, quando a força F é aplicada a este
corpo, ele percorre ao final de 10 s uma distância de 80m. Se
um cubo idêntico a este, mas de lado L/2, for submetido à
mesma força F, ao final dos mesmos 10s ele percorrerá uma
distância de:
(A) 160 m (B) 320 m
(C) 640 m (D) 1080 m
33. Um elevador que se encontra em repouso no andar térreo
é acionado e começa a subir em movimento uniformemente
acelerado durante 8 segundos, enquanto a tração no cabo que
o suspende é igual a 16250 N. Imediatamente após esse
intervalo de tempo, ele é freado com aceleração constante de
módulo igual a 5 m/s2, até parar. Determine a altura máxima
alcançada pelo elevador, sabendo que sua massa é igual a
1300 kg.
34. A mesma força horizontal é aplicada a objetos de
diferentes massas. Assinale o gráfico que melhor representa
a aceleração em função da massa.
(A) (B)
213
 CAPÍTULO XII

(C) (D) relativamente ao solo, é, aproximadamente,

(A) 15 m/s2.
(B) 24 m/s2.
(C) 36 m/s2.
(D) 42 m/s2.
(E) 53 m/s2.

GABARITO

1. D
35. A força-G, ou "G-force", como é mostrada nas corridas 2. D
3. C
de Fórmula 1, é equivalente a uma unidade da aceleração da
4. A
gravidade na superfície da Terra. Com mudanças rápidas no
5. B
vetor velocidade de uma pessoa, a força-G pode ser
6. A
multiplicada a valores extraordinários. Exemplo disso
aconteceu no Grande Prêmio do Canadá 2007, no acidente 7. D
8. C
ocorrido com o piloto Robert Kubica. Neste caso, Kubica foi
9. E
submetido a 75-G.
10. A
Disponível em: <http://www.autosport.com/>
11. A
Acesso em: 6 set. 2007. [Adaptado].
12. B
Com relação à força-G, é CORRETO afirmar: 13. C
14. B
(A) Se Kubica estava a 270 km/h (75 m/s) e sentiu 75-G,
15. C
significa que ele reduziu sua velocidade a zero em 0,1
16. B
segundos.
17. B
(B) Em uma curva, com o módulo da velocidade constante,
os pilotos não experimentam forças-G. 18. C
(C) Ela depende da sua massa, ou seja, quanto maior for a 19.
20. a) 2,5 m/s2 b) 125 N c) 150 N
massa maior será a força-G.
21. C
(D) Ela tem relação direta com as dimensões do nosso
22. E
planeta e sua unidade é o Newton.
23. E
36. Um sistema é constituído por um barco de 100 kg, uma 24. D
pessoa de 58 kg e um pacote de 2,0 kg que ela carrega 25. B
26. B
consigo. O barco é puxado por uma corda de modo que a
27. B
força resultante sobre o sistema seja constante, horizontal e
28. 01 + 02 + 08 = 11.
de módulo 240 newtons.
29. A
30. B
31. D
32. C
33. VER ARQUIVO DE GABARTO COMENTADO
34. A
35. A
36. 3,0 N
Supondo que não haja movimento relativo entre as partes do 37. 10 kg
sistema, calcule o módulo da força horizontal que a pessoa 38. E
exerce sobre o pacote.

37. Uma lâmpada está pendurada verticalmente em uma

corda no interior de um elevador que está descendo. O
elevador está desacelerado a uma taxa igual a 2,3 m/s2 . Se a
tensão na corda for de 123 N, qual a massa da lâmpada em
kg?
(Considere g = 10 m/s2).

38. Usado para missões suborbitais de exploração do espaço,

o VS-30, foguete de sondagem brasileiro, possui massa total
de decolagem de, aproximadamente, 1 500 kg e seu propulsor
lhe imprime uma força de 95×103 N. Supondo que um desses
foguetes seja lançado verticalmente em um local onde a
aceleração da gravidade tem valor 10 m/s2, desconsiderando
a gradual perda de massa devido à combustão, a aceleração
imprimida ao conjunto nos instantes iniciais de sua ascensão,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 214
 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - 1ª Solução

APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON II
Isolemos o pêndulo:

1. Introdução

Estudaremos alguns problemas agora que para

resolvermos é interessante decompormos algumas forças
sobre duas direções perpendiculares.

Segue abaixo, o nosso roteiro para solução dos

exercícios propostos:
Aplicando a 2º Lei de Newton:
Roteiro para resolução das questões:
Escolhemos as direções (x) e (y) de modo que a direção
1. Isole os corpos de interesse; (x) coincidisse com a direção da aceleração, que é horizontal.
2. Marque as forças que atuam neles; Aplicando a 2a Lei de newton, vem:
3. Escolha um par de eixos; *
4. Decomponha as forças nas direções dos eixos;
5. Aplique a 2º Lei de Newton para cada eixo.  Fx = ma   Tsen = ma

 Fy = 0  T cos  = mg
Notas:
Dividindo membro a membro, vem:
* - A escolha do par de eixo de seguir os seguintes critérios:
Tsen ma a
1º Caso: A partícula tem aceleração nula: =  tg =  a = g tg
T cos  m g g
Nesse caso, o mais conveniente é escolhemos o par de
eixo que contenha o maior número de forças Observe que na direção (y), por não ter aceleração, terá
somatório de forças igual a zero.
2º Caso: A partícula tem aceleração não nula:
2ª Solução
Nesse caso, o mais conveniente é escolhermos o par dei
eixos de modo que um dos eixos tenha a mesma direção da
aceleração.

A partir de agora resolveremos alguns casos clássicos de

interesse:

2. Pêndulo simples dentro de um vagão em movimento

acelerado
Observe o somatório da forças da figura f o triângulo
Considere que um pêndulo simples está preso ao teto de sombreado que foi destacado na figura g.
um vagão inicialmente em repouso (figura a). A massa do
pêndulo vale m. F ma a
tg = = =  a = g tg
P mg g

Para encontramos o valor da tração no fio podemos

utilizar o triângulo da figura g:

P mg
cos  =  T=
Suponha que em determinado instante o vagão adquira um T cos 
movimento com aceleração a constante. Por inércia, o
pêndulo tenderá a permanecer em repouso, porém como ele ou então, fazermos :
está preso ao teto por um fio, este se inclina, conforme mostra
a figura b. Queremos determinar em função de m, g, e :  ( Tsen )2 = ( ma )2


( T cos  ) = ( mg )
2 2
a) o modulo da aceleração a ; e
b) o módulo da tração no fio.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 215

 CAPÍTULO XIII

e somarmos membro a membro as equações: 4. Exercícios

T 2sen 2  + T 2 cos2  = m2a 2 + m2g 2  1. Um bloco de massa m = 15 kg está inicialmente em

repouso sobre um plano horizontal sem atrito, num local em
( ) (
 T2 sen 2 + cos2  = m2 a 2 + g2 )  que g = 10 m/s2. A partir de determinado instante aplica-se

(sen  + cos ) = m (a + g ) 
ao bloco uma força constante F , como mostra a figura
 T2 2 2 2 2 2
5 12
(sen = e cos  = ), sendo F = 130 N. A partir do
= m (a + g )  T = m a + g
13 13
 T2 2 2 2 2 2
instante em que F é aplicada, calcule:

o equivale a aplicarmos o teorema de Pitágoras no triângulo

da figura g.

3. Plano Inclinado

Considere um bloco de massa m, apoiado sobre uma
superfície plana e sem atrito, que forma um ângulo  com o
plano horizontal (Fig. 1). A Fig. 2 mostra as forças que atuam
no bloco, o seu peso P e a força normal N exercida pela
superfície sobre o bloco.
a) o módulo da força normal exercida pelo plano horizontal
sobre o bloco;
b) o módulo da aceleração adquirida pelo bloco.
2. Consideremos um bloco de massa m = 20 kg, inicialmente
em repouso sobre uma superfície plana e horizontal sem
atrito, num local em que g = 10 m/s2. A partir de determinado
instante, aplica-se ao bloco uma força constante F , como
mostra a figura (sen = 0,60 e cos = 0,80), cuja intensidade
é F = 100 N. A partir do instante em que F é aplicada,
calcule:

Para estudar o movimento deste bloco é interessante que

decomponhamos o peso do corpo segundo uma direção
paralela ao plano inclinado (Ox) e uma direção perpendicular
ao plano inclinado (Oy).

Note que:
a) o módulo da força normal exercida pela superfície
Px = P sen
horizontal sobre o bloco;
Py = P cos  b) o módulo da aceleração do bloco.

Apliquemos a 2a Lei de Newton: 3. Um bloco de massa 6,0 kg está inicialmente em repouso

sobre uma superfície plana e horizontal sem atrito. A partir
Eixo Oy: de determinado instante, aplicamos ao bloco uma força
constante F , como mostra a figura, cuja intensidade é
Nesta direção, não tem aceleração, logo a força resultante F = 200 N. São dados:g = 10 m/s2, sen = 0,40 e
nesta direção tem que ser nula: cos = 0,90.

N = P cos 

Eixo Ox:

Observe que a componente Px é a força resultante, logo:

Psen = ma  mg sen = ma A partir do instante de aplicação de F , calcule:

a) o módulo da força normal exercida pela superfície
horizontal sobre o bloco;
a = g sen b) o módulo da aceleração do bloco.

Observe que a aceleração do bloco não depende de sua 4. Consideremos um bloco de massa m = 12 kg, inicialmente
massa. em repouso sobre um plano horizontal sem atrito, num local
em que g = 10 m/s2. A partir de determinado instante,
aplicamos ao bloco uma força F de direção e sentido
constantes, como indica a figura (sen = 0,60 e cos = 0,80).

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 216


a) Calcule a máxima intensidade que pode ter a força F ,
de modo que o bloco não perca o contato com o plano
horizontal.
b) Para a intensidade máxima de F , obtida no item a,
calcule a aceleração do bloco.
5. Consideremos dois blocos, A e B, de massas
respectivamente iguais a 20 kg e 10 kg, inicialmente em
repouso sobre um plano horizontal sem atrito, encostados um
no outro. A partir de determinado instante, aplicamos ao
bloco A uma força constante F , de intensidade F = 60 N,
como mostra a figura. São dados: g = 10 m/s2, sen = 0,40 e
cos = 0,90.
Calcule as intensidades:
a) da aceleração do sistema;
b) da força exercida pelo bloco A sobre o bloco B;
c) das forças normais exercidas pelo plano horizontal sobre
os blocos A e B.
6. Um vagão move-se sobre trilhos retos e horizontais, com
movimento uniformemente acelerado, numa região em que
g = 10 m/s2. Preso ao teto do vagão há um pêndulo simples
que se mantém em repouso em relação ao vagão, formando
ângulo  com a vertical.
São dados: sen = 0,60 e cos = 0,80. Sabendo que a massa
da partícula presa ao fio é m = 4,0 kg, calcule:
a) o módulo da aceleração do vagão;
b) o módulo da tração no fio.
7. Cada uma das figuras a seguir representa um vagão (que
pode mover-se sobre trilhos retos e horizontais, com um
pêndulo simples pendurado no seu teto, estando o pêndulo
em repouso em relação ao vagão.
Para cada uma das situações propostas a seguir, indique qual
é a figura correspondente.
a) O vagão está em repouso
b) O vagão tem velocidade constante.
c) O vagão move-se para a direita em movimento acelerado.
d) O vagão move-se para a direita em movimento retardado.
e) O vagão move-se para a esquerda em movimento
acelerado.
f) O vagão move-se para a esquerda em movimento
retardado.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
8. FCMSC-SP As forças F,G e H representadas na figura
estão aplicadas ao ponto P. O módulo da resultante dessas
forças é igual a:
(A) zero (B) 1,0 N (C) 2,0 N
(D) 3,0 N (E) 4,0 N
9. Um fio ideal tem uma de suas extremidades presa ao teto
de um vagão que se move sobre trilhos retos e horizontais,
com aceleração constante a . Na outra extremidade do fio
está presa uma partícula em repouso em relação ao vagão,
formando com a vertical um ângulo , tal que sen = 12/13
e cos = 5/13. Sabe-se ainda que g = 10 m/s2.
a) Calcule o módulo de a
b) Calcule o módulo da tração no fio, dado que a massa da
partícula vale 1,0 kg.
10. ITA Um vagão desloca-se horizontalmente, em linha
reta, com aceleração a constante. Um pêndulo simples está
suspenso do teto do vagão, sem oscilar e formando ângulo 
com a vertical. Sendo g a aceleração da gravidade e m a
massa do pêndulo, a tensão F no fio do pêndulo é:
(A) F = m . g . cos
(B) F = m . a . sen
(C) F = m a 2 + g 2
(D) F = m(g . cos – a . sen)
(E) F = m(g . sen + a . cos)
11. Uma partícula de massa m é abandonada do a partir do
repouso do topo de plano inclinado sem atrito. O ângulo de
inclinação do plano inclinado com relação à horizontal vale
.
H
. 
a) Calcule o módulo da aceleração da partícula.
b) Sabendo que a altura do plano inclinado vale H, calcule o
tempo que a partícula leva para percorrer o plano
inclinado.
217
 CAPÍTULO XIII

12. Uma partícula é lançada com velocidade inicial v 0 sobre
um plano inclinado, sem atrito, conforme mostra a figura,
numa região em que a aceleração da gravidade tem módulo
g = 10 m/s2. São dados v0 = 12 m/s e sen = 0,30.
Calcule, em função de m, g e :
a) o módulo da aceleração do bloco B;
b) o módulo da tração no fio.
16. O bloco A da figura tem massa igual a 20 kg. O fio e a
polia são ideais, o módulo da aceleração da gravidade é
10 m/s2 e não há atrito. Determine a massa do bloco B, de
modo que o sistema fique em equilíbrio.

a) Determine o módulo da aceleração da partícula, durante

a subida.
b) Determine o intervalo de tempo decorrido desde o
instante em que a partícula é lançada até o instante em
que ela pára. 17. No sistema esquematizado na figura, os blocos A e B tem
c) Sendo B o ponto do plano inclinado em que a partícula massas respectivamente iguais a mA e mB. A aceleração da
pára, determine a distância AB. gravidade tem módulo g, o fio é ideal e não há atrito.
13. Um bloco de massa m = 15 kg move-se sobre um plano
inclinado sem atrito, puxado por uma força F paralela ao
plano inclinado, como mostra a figura, numa região em que
g = 10 m/s2. Calcule o módulo de F nos seguintes casos:

Determine:
a) o módulo da aceleração dos blocos;
b) o módulo da tração no fio.

18. No sistema representado a seguir, os blocos A e B tem

a) o bloco sobe o plano inclinado em movimento acelerado, massas respectivamente iguais a 7,0 kg e 3,0 kg. O fio e a
com aceleração de módulo 4,0 m/s2; polia são ideais e a aceleração da gravidade tem módulo
b) o bloco sobe o plano inclinado em movimento retardado, g = 10 m/s2. Desprezando o atrito, calcule:
com aceleração de módulo 4,0 m/s2;
c) o bloco sobe o plano inclinado com velocidade constante;
d) o bloco desce o plano inclinado com velocidade
constante.

14. O sistema esquematizado na figura é abandonado em

repouso. A polia e o fio são ideais e não há atrito. As massas
dos blocos A e B são, respectivamente, mA = 12 kg e
mB = 8,0 kg. Sendo g = 10 m/s2 e sen = 0,25.
a) o módulo da aceleração do bloco A;
b) o módulo da tração no fio.

19.UERJ Uma pequena caixa é lançada sobre um plano

Calcule:
a) o módulo da aceleração de cada bloco e o módulo da
tração no fio;
b) o módulo da força exercida pelo fio sobre a polia.
inclinado e, depois de um intervalo de tempo, desliza com
velocidade constante.
Observe a figura, na qual o segmento orientado indica a
direção e o sentido do movimento da caixa.
Entre as representações a seguir, a que melhor indica as
forças que atuam sobre a caixa é:

15. Os blocos A e B representados na figura tem massas

iguais a m. O fio e a polia são ideais e a aceleração da
gravidade tem módulo igual a g.

(A) (B)

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 218

 CAPÍTULO XIII

(C) (D) 23. UFJF-MG Um carro é rebocado por outro, idêntico,

20. UERJ Um jovem, utilizando peças de um brinquedo de
montar, constrói uma estrutura na qual consegue equilibrar
dois corpos, ligados por um fio ideal que passa por uma
roldana. Observe o esquema.
através de uma corda ideal, mantendo o conjunto velocidade
constante. O trajeto inclui algumas subidas. Sabe-se que a
massa de cada carro é de 1 200 kg e que a corda suporta uma
tração máxima de 6 000 N. Nessas condições, a subida de
máxima inclinação (sem atrito) que o conjunto é capaz de
transpor, sem que a corda se rompa, tem, em relação à
horizontal, a inclinação de:
(Dado g = 10 m/s2)
(A) 15º (B) 30º (C) 45º (D) 60º (E) 75º

24. ITA No sistema representado a seguir, são desprezíveis

todos os atritos, a massa do fio e a massa da polia. Sendo m
a massa de cada bloco e g e aceleração da gravidade, a tração
no fio tem intensidade igual a:

Admita as seguintes informações:

• os corpos 1 e 2 têm massas respectivamente iguais a

0,4 kg e 0,6 kg;
• a massa do fio e os atritos entre os corpos e as superfícies e
entre o fio e a roldana são desprezíveis.
mg  1 + sen 2  
Nessa situação, determine o valor do ângulo  . (A) (1 + sen) (B) mg  
2  1 + sen 
 
Nível II (C) mg (D) mg . sen
(E) mg . tg
21. UF-GO Um bloco desliza sobre um plano horizontal sem
atrito com velocidade constante v0 . Em seguida, ele sobe 25. Os blocos A, B e C representados na figura tem massas
respectivamente iguais a 1,0 kg, 5,0 kg e 4,0 kg. Os fios e as
uma rampa de inclinação , também sem atrito, até parar no
polias são ideais e não há atrito. Adotando g = 10 m/s2,
ponto C da figura. A distância BC percorrida ao longo da
calcule:
rampa é:

v 02 v02
(A) (B)
2.g . tg 2.g.cos 
2v02 v02
(C) (D)
g.sen g.sen
v 02 a) o módulo da aceleração do bloco B;
(E) b) o módulo da tração no fio que liga os blocos A e B;
2.g.sen
c) o módulo da tração no fio que liga os blocos B e C.
22. UF-BA Um garoto puxa um carrinho de massa 2,0 kg 26. MACKENZIE-SP Os corpos A e B da figura abaixo,
com velocidade de 10 m/s, por uma rampa de inclinação de cujas massas são respectivamente iguais a 2,0 kg e 4,0 kg,
30º, conforme a figura. Ao atingir a altura h = 15 m o sobem a rampa em movimento uniforme, devido à força
barbante se rompe. Sabendo que g = 10 m/s2, calcule o
F paralela ao plano inclinado. Despreze os atritos e adote
intervalo de tempo entre o instante do rompimento do
g = 10 m/s2. A intensidade da força que A exerce em B é:
barbante e a chegada do carrinho até a base da rampa.
(A) 2,0 N
Despreze o atrito
(B) 3,0 N
(C) 20 N
(D) 30 N
(E) 40 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 219

 CAPÍTULO XIII

Desprezando-se o atrito entre quaisquer superfícies, o valor

27. UF-CE de a é proporcional a:
(A) cos 
(B) cossec 
(C) cotg 
(D) tg 

31. Um prisma triangular de massa M = 2,4 kg está apoiado

Dois blocos, A e B, de massas respectivamente iguais a sobre uma superfície horizontal. Uma das faces do prisma
20 kg e 10 kg, foram abandonados em um plano inclinado forma ângulo  com a superfície horizontal, como mostra a
sem atrito, como ilustra a figura. Qual a intensidade da força figura. Sobre a face inclinada do prisma apóia-se um bloco
de contato entre os blocos? de massa m = 1,6 kg.Aplica-se no prisma uma força
(Adote g = 10 m/s2.) horizontal F, de modo que o sistema todo se move com o
bloco ficando em repouso em relação ao prisma. São dados:
28. EFOMM Em uma manobra de atracação, uma g = 10 m/s2, sen = 0,60 e cos = 0,80
embarcação é auxiliada por dois rebocadores “A” e “B”. A
força de tração que cada rebocador transmite através do cabo
de reboque para o navio, é, respectivamente, Ta = 8 kN e
Tb = 10 kN. O mar está tranqüilo, o motor da embarcação
não está atuando, não há vento nem correntes. A resultante
dessas forças que atuam sobre o navio é de:

Desprezando os atritos, determine:

a) o módulo da aceleração do conjunto;
b) o módulo de F

32. Um corpo A, de 10 kg, é colocado num plano horizontal

sem atrito. Uma corda ideal de peso desprezível liga o corpo
A a um corpo B, de 40 kg, passando por uma polia de massa
desprezível e também sem atrito. O corpo B, inicialmente em
repouso, está a uma altura de 0,36m, como mostra a figura.
Sendo a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determine:
(A) 19,87 kN
(B) 16,34 kN
(C) 15,62 kN
(D) 14,32 kN
(E) 11,38 kN

29. UF-PI Três forças de mesma intensidade, F, estão

aplicadas numa partícula como na figura. O módulo da força
resultante sobre a partícula é:
(A) 3 F
(B) 2 F a) O módulo da tração na corda.
(C) 1,5 F b) O mínimo intervalo de tempo necessário para que o
(D) F corpo B chegue ao solo.
(E) 0
33. Os corpos A e B são puxados para cima, com aceleração
de 2,0 m/s2, por meio da força, conforme o esquema a seguir.
Sendo mA = 4,0kg, mB = 3,0kg e
g = 10m/s2, a força de tração na corda
Nível III que une os corpos A e B tem módulo,
em N, de:
30. AFA Um bloco encontra-se em repouso sobre um plano (A) 14
inclinado que se move com aceleração horizontal de (B) 30
intensidade a, como indica a figura. (C) 32
(D) 36
(E) 42.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 220

 CAPÍTULO XIII

34. O bloco da figura, de massa 50 kg, sobe o plano inclinado
perfeitamente liso, com velocidade constante, sob a ação de
uma força F, constante e paralela ao plano.
37. Um bloco de massa m é abaixado e levantado por meio
de um fio ideal. Inicialmente, o bloco é abaixado com
aceleração constante vertical, para baixo, de módulo a (por
hipótese, menor do que o módulo g da aceleração da
gravidade), como mostra a figura 1. Em seguida, o bloco é
levantado com aceleração constante vertical, para cima,
também de módulo a, como mostra a figura 2. Sejam T a
tensão do fio na descida e T’ a tensão do fio na subida.

Determine a razão T’/T em função de a e g.

38. Um garoto, apoiando-se em uma bengala, encontra-se em

cima de uma balança que marca 40 Kg. Se o garoto empurrar
fortemente a bengala contra a balança e, se durante essa ação,
Adotando g = 10 m/s2, o módulo de F, em newtons, vale: ele não tirar os pés da balança, mantendo o corpo numa
(A) 400 posição rígida, como mostra a figura, podemos afirmar que:
(B) 250
(C) 200
(D) 350
(E) 300

35. O sistema ao lado consiste de polias e fios ideais. Os

corpos A e C têm massas iguais a 3kg cada um, e a massa de
B é 4kg. Estando o corpo B ligado, por fios, aos corpos A e
C, a aceleração com que ele sobe é de: Adote: g = 10m/s2
(A) 5m/s2
(B) 4m/s2
(C) 3m/s2
(D) 2m/s2 (A) É a lei da Gravitação Universal que rege o
(E) 1m/s2 funcionamento da balança.
(B) A balança marcará menos de 40 Kg.
(C) A balança marcará mais de 40 Kg.
(D) Nada se pode concluir, pois não sabemos o valor da força
que a bengala faz sobre a balança.
(E) A balança marcará os mesmos 40 Kg.

39. Um garoto sobre o seu skate desliza livremente numa

36. Uma esfera de massa m o está pendurada por um fio,
ligado em sua outra extremidade a um caixote, de massa
M = 3 mo, sobre uma mesa horizontal. Quando o fio entre
eles permanece não esticado e a esfera é largada, após
percorrer uma distância Ho, ela atingirá uma velocidade vo,
sem que o caixote se mova. Na situação em que o fio entre
eles estiver esticado, a esfera, puxando o caixote, após
percorrer a mesma distância Ho, atingirá uma velocidade v
igual a:
superfície horizontal, com velocidade escalar constante de 36
km/h e energia cinética de 2,5 kJ, conforme ilustra a figura I.
Numa segunda situação, esse mesmo garoto (com o seu
skate) encontra-se parado sobre o plano inclinado ilustrado
na figura II, segurando-se a uma corda esticada, presa à
parede. Desprezando-se o atrito e considerando-se a corda e
a polia como ideais, a força tensora na corda, na segunda
situação, tem intensidade:

(A) 1/4 vo
(B) 1/3 vo Dados: sem  = 0,60 cos  = 0,80 g = 10 m/s2
(C) 1/2 vo (A) 5,00 . 102 N
(D) 2 vo (B) 4,00 . 102 N
(E) 3 vo (C) 3,00 . 102 N
(D) 2,31 . 102 N
(E) 2,31 . 101 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 221

 CAPÍTULO XIII

40. Um corpo de 4 kg desloca-se com movimento retilíneo 43. Os corpos A e B, de massas mA e mB, encontram-se em
uniformemente acelerado, apoiado sobre uma superfície equilíbrio, apoiados nos planos inclinados lisos, como mostra
horizontal e lisa, devido à ação da força. A reação da a figura. O fio e a roldana são ideais. A relação m A/mB entre
superfície de apoio sobre o corpo tem intensidade 28 N. as massas dos corpos é:
√2
(A)
2
(B) √2
(C) √3
(D) 3√2
(E) 2√3

Dados: cos α = 0,8, sem α = 0,6 e g = 10 m/s2 A aceleração

escalar desse corpo vale: 44. Em um laboratório de Física, Agostinho realiza o
(A) 2,3 m/s2 (B) 4,0 m/s2 (C) 6,2 m/s2 experimento representado esquematicamente nesta figura:
(D) 7,0 m/s2 (E) 8,7 m/s2

41. Um carrinho com peso igual a 200 N é puxado com

velocidade constante ao longo de um plano inclinado que
forma 30º com a horizontal, conforme a figura abaixo.
Desprezando o efeito do atrito, é correto afirmar:

Agostinho segura o bloco K sobre uma mesa sem atrito. Esse

01. Considerando um sistema de coordenadas cartesianas,
com o eixo x paralelo ao plano inclinado e o eixo y
perpendicular a esse mesmo plano inclinado, a componente
do peso do carrinho paralela ao eixo x tem módulo iguala 174
N.
02. As forças que atuam no carrinho são: seu peso, a força F,
paralela ao plano inclinado, e a força normal exercida pelo
plano.
03. O carrinho está em movimento retilíneo e uniforme.
04. A força F aplicada sobre o carrinho tem módulo igual a
100 N
05. À medida que o carrinho sobe sua energia potencial em
relação à horizontal decresce.
bloco está ligado por um fio a um outro bloco L, que está
sustentado por esse fio. Em um certo momento, Agostinho
solta o bloco K e os blocos começam a se movimentar. O
bloco L atinge o solo antes que o bloco K chegue à
extremidade da mesa.
Despreze as forças de atrito. Os blocos K e L são idênticos e
cada um tem massa m. A altura da mesa é H e o bloco L,
inicialmente, está a uma altura h do solo. A aceleração da
gravidade é g. Assinale a alternativa cujo gráfico melhor
descreve a velocidade do bloco K em função do tempo, desde
o instante em que é solto até chegar próximo à extremidade
da mesa:
(A) (B)

42. Os corpos A, B e C têm massas iguais. Um fio

inextensível e de massa desprezível une o corpo C ao B,
passando por uma roldana de massa desprezível. O corpo A (C) (D)
está apoiado sobre o B. Despreze qualquer efeito das forças
de atrito. O fio f mantém o sistema em repouso. Logo que o
fio f é cortado, as acelerações aA, aB e aC dos corpos A, B e C
serão,

45. Considere dois blocos A e B, com massas mA e mB

respectivamente, em um plano inclinado, como apresentado
na figura.

(A) aA = 0 ; aB = g/2 ; aC = g/2

(B) aA = g/3 ; aB = g/3 ; aC = g/3
(C) aA = 0 ; aB = g/3 ; aC = g/3
(D) aA = 0 ; aB = g ; aC = g
(E) aA = g/2 ; aB = g/2 ; aC = g/2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 222
 CAPÍTULO XIII

Desprezando forças de atrito, representando a aceleração da 24. A

gravidade por g e utilizando dados da tabela: 25. a) 2,0 m/s2 b) 12 N c) 32 N
26. C
27. zero
28. C
29. E
a) determine a razão mA/mB para que os blocos A e B
permaneçam em equilíbrio estático. 30. D
b) determine a razão mA/mB para que o bloco A desça o 31. a) a = 7,5 m/s2 b) F = 30 N
plano com aceleração g /4. 32. a) T = 80 N b) t = 0,3 s
33. D
46. Um bloco de 10kg repousa sozinho sobre o plano 34. E
inclinado a seguir. Esse bloco se desloca para cima, quando 35. D
se suspende em P2 um corpo de massa superior a 13,2 kg.
36. C
Retirando-se o corpo de P2, a maior massa que poderemos
suspender em P1 para que o bloco continue em repouso, 37.
supondo os fios e as polias ideais, deverá ser de:

(A) 1,20kg
(B) 1,32kg 38. E
(C) 2,40kg 39. C
(D) 12,0kg
(E) 13,2kg. 40. B
41.
1–F
2–V
3–V
4–V
5–F
GABARITO
42. A
1. a) N = 100 newtonsb) a = 8,0 m/s2 43. B
2. a)140 N b) 4,0 m/s2 44. A
3. a)140 N b) 30 m/s2 45.
4. a)Fmáxima = 200 N b)a  13 m/s2
5. a) 1,8 m/s2 b) 18 N c) NA = 224 N; NB = 100 N
6. a) 7,5 m/s2 b) 50 N
7. a) I b) I c) II d) III e) III f) II
8. A
9. a) 12 m/s2b) T =  15, 6 N 46. A
10.C
2H
11. a) gsenb)
gsen 2 
12. a) 3 m/s2b) 4 s c) 24 m
13. a) 135N b) 15 N c) 75 N d) 75 N
14. a) a = 2,5 m/s2 b) F = 30 10 N
g(1 − sen) mg(1 + sen)
15. a) b)
2 2
16. 6,0 kg
17. a) g . sen b) zero
18. a) 1,7 m/s2 b) 23,1 N
19. A
20. sen  = 2/3
21. E
22. 6,0 s
23. B

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 223

 CAPÍTULO XIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 224

 CAPÍTULO XIV

CAPÍTULO XIV - APLICAÇÃO DAS LEIS DE NEWTON - ASSOCIAÇÃO DE POLIAS

1. Talha Exponencial

O acréscimo sucessivo de polias móveis, como indicamos na seqüência abaixo, leva-nos á montagem de uma talha
exponencial.

P
Para n polias móveis: F =
2n

2. Cadernal, moitão ou talha

P
Para n polias móveis: F =
2n

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 225

 CAPÍTULO XIV

Exercícios (A) 800 N

(B) 600 N
1. EsPCEx Um corpo de peso P encontra-se em equilíbrio, à (C) 400 N

ação da força F , como indica a figura. Os pontos A, B e C são (D) 300 N
pontos de contato entre os fios e a superfície. A força que a (E) 100 N
superfície exerce sobre os fios nos pontos A, B e C são
respectivamente:

4. PUC-MG A figura abaixo mostra uma associação de

roldanas. Ela é utilizada para elevar um caixote, de peso
20 N, até uma altura de 0,40 m. Para isso, foi necessário
deslocar o ponto A, na corda superior, de uma distância d
igual a:
(A) 0,40 m
(B) 0,80 m
(C) 1,6 m
(A) iguais a P/2. (D) 2,0 m
(B) P/2, P/4, P/8. (E) 2,4 m
(C) P, P/2, P/4.
(D) iguais a P.
(E) P/8, P/4, P/2

2. AFA Para levantar um pequeno motor até determinada

altura, um mecânico dispõe de três associações de polias:

5. FUVEST-SP Para erguer um bloco de peso 1 800 N é

utilizado um sistema de polias e fios conforme o esquema.

Aquela(s) que exigirá(ão) MENOR esforço do mecânico é

(são) somente
(A) I. (B) II.
(C) I e III. (D) II e III.

3. MACKENZIE-SP Para conseguir obter o peso de um Considerando-se o sistema ideal:

corpo, um profissional dispunha de apenas um dinamômetro
muito leve e insuficiente para a medida desejada. Neste caso,
esta pessoa adequou o instrumento (D) ao sistema de polias e
fios ideais abaixo e suspendeu o corpo (C) conforme a
ilustração. Sabendo que o dinamômetro assinala então
100 N, pode-se dizer que o peso do corpo é:
a) que força mínima F se deve aplicar na extremidade A do
fio para que o corpo comece a ser erguido?
b) seria possível a uma pessoa de peso 500 N erguer o bloco
puxando o fio verticalmente pelo ponto A? Explique.
(Adote g = 10 m/s2)

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 226

 CAPÍTULO XIV

6. Determine a força que o homem deve exercer no fio para 9. EsPCEx No sistema apresentado na figura abaixo, o fio e
manter em equilíbrio estático o corpo suspenso de 120 N. Os as polias ideais, todos os atritos são desprezíveis e o módulo

fios são considerados inextensíveis e de massas desprezíveis; da força F que atua sobre o bloco A vale 550 N. Considerando
entre os fios e as polias não há atrito. As polias são ideias, isto a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 e sabendo que as
é, não têm peso. massas de A e de B valem 20 kg e 15 kg, respectivamente, a
aceleração do bloco B, em m/s2, é igual a
(A) 10
(B) 15
(C) 20
(D) 25
(E) 30

10. O sistema representado na figura é abandonado em

repouso. Os fios e as polias são ideais. Sabendo que a massa
do bloco A é mA = 40 kg, determine a massa de B para que o
sistema permaneça em repouso.

7. EFOMM Analise a figura a seguir:

11. Quatro funcionários de uma empresa receberam a tarefa

de guardar caixas pesadas de 100 kg em prateleiras elevadas
de um depósito. Como nenhum deles conseguiria suspender
sozinho pesos tão grandes, cada um resolveu montar um
Um trabalhador pretende elevar uma carga de peso W usando sistema de roldanas para a tarefa. O dispositivo que exigiu
um dos mecanismos a e b mostrados acima. Sabendo que menos força do operário que o montou, foi
o peso do trabalhador é igual ao da carga e que o atrito nas
roldanas é desprezível, é correto afirmar que a relação entre as (A)
trações, Ta e Tb, que o trabalhador exerce sobre cada um dos
macanismos é
1
(A) Ta = Tb (B) Ta = 2 Tb
2 3
(C) Ta= 3 Tb (D) Ta = 4 Tb
(E) Ta = 2Tb

8. AFA Os corpos A e B da figura abaixo têm massas M e m,

respectivamente. Os fios são ideais. A massa da polia e todos
os atritos podem ser considerados desprezíveis.
(B)
A aceleração de B é igual a
2mg
(A)
4M + m
(C) 2Mg
M+m
(B) mg
M+m
(D) mg
4M + m

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 227


(C)
(D)
12. A ilustração a seguir mostra um sistema de polias
projetado para levantar um objeto de massa m. O sistema
consiste de uma polia fixada ao teto e de uma polia não fixa à
qual o objeto está ligado. Sobre o assunto, assinale o que for
correto.
Dado: g = 10 m s 2
01) A força que deve ser exercida na corda, para baixo, de
modo a suspender o objeto com uma velocidade constante
1 01) a força de tração no fio ligado ao bloco é de 1400 N.
é igual a mg.
2 02) o bloco adquire uma aceleração de 2, 0 m s 2 .
02) Suspender o objeto de massa m com uma velocidade
constante não é uma situação de equilíbrio.
04) Se o sistema representado contivesse três polias não fixas
em vez de uma, a força necessária para suspender o
objeto, com uma velocidade constante, seria igual a
1 para movimentar o bloco é de 290 N.
mg.
3
08) Para uma situação semelhante à esquematizada, porém,
com uma força exercida igual a 400 N, a qual equilibraria
o corpo de massa m, teríamos m = 80 kg.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
13. Um homem queria derrubar uma árvore que estava
inclinada e oferecia perigo de cair em cima de sua casa. Para
isso, com a ajuda de um amigo, preparou um sistema de
roldanas preso a outra árvore para segurar a árvore que seria
derrubada, a fim de puxá-la para o lado oposto de sua suposta
queda, conforme figura.
Sabendo que para segurar a árvore em sua posição o homem
fez uma força de 1.000 N sobre a corda, a força aplicada pela
corda na árvore que seria derrubada é:
(A) 2.000 N.
(B) 1.000 N.
(C) 500 N.
(D) 4.000 N.
14. Um professor de Física realiza um experimento sobre
dinâmica para mostrar aos seus alunos. Ele puxa um bloco de
400 kg a partir do repouso, aplicando sobre a corda uma força
constante de 350 N, como mostra a figura abaixo.
O sistema é constituído por fios inextensíveis e duas roldanas,
todos de massa desprezível. Existe atrito entre a superfície
horizontal e o bloco. Os coeficientes de atrito estático e de
atrito cinético são 0,30 e 0, 25, respectivamente.
Com base no que foi exposto, é CORRETO afirmar que:
04) apenas três forças atuam sobre o bloco: o peso, a força de
atrito e a tração.
08) a força resultante sobre o bloco é de 400 N.
16) a força mínima que o professor deve aplicar sobre a corda
15. Uma invenção que significou um grande avanço
tecnológico na Antiguidade, a polia composta ou a associação
de polias, é atribuída a Arquimedes (287 a.C. a 212 a.C.). O
aparato consiste em associar uma série de polias móveis a uma
polia fixa. A figura exemplifica um arranjo possível para esse
228
 CAPÍTULO XIV

aparato. É relatado que Arquimedes teria demonstrado para o
rei Hierão um outro arranjo desse aparato, movendo sozinho,
sobre a areia da praia, um navio repleto de passageiros e
cargas, algo que seria impossível sem a participação de muitos
homens. Suponha que a massa do navio era de 3.000 kg, que
o coeficiente de atrito estático entre o navio e a areia era de
0,8 e que Arquimedes tenha puxado o navio com uma força
F, paralela à direção do movimento e de módulo igual a
400 N.
Considere os fios e as polias ideais, a aceleração da gravidade
igual a 10 m s 2 e que a superfície da praia é perfeitamente
horizontal.
17. Analise a situação descrita.
Um geólogo, em atividade no campo, planeja arrastar um
grande tronco petrificado com auxílio de um cabo de aço e de
uma roldana. Ele tem duas opções de montagem da roldana,
conforme as ilustrações a seguir, nas quais as forças F e T
não estão representadas em escala.
Montagem 1: A roldana está fixada numa árvore; e o cabo de
aço, no tronco petrificado.

Montagem 2: A roldana está fixada no tronco petrificado; e o

cabo de aço, na árvore.
O número mínimo de polias móveis usadas, nessa situação,
por Arquimedes foi
(A) 3. (B) 6. (C) 7. (D) 8. (E) 10.

16. Um pedreiro precisa transportar material para o primeiro

piso de uma construção. Para realizar essa tarefa, ele utiliza
um sistema do tipo elevador mostrado na figura a seguir.

Considerando que, em ambas as montagens, a força aplicada

na extremidade livre do cabo tem módulo F, o módulo da
força T que traciona o bloco será igual a

(A) F, em qualquer das montagens.

(B) F / 2 na montagem 1.
(C) 2F na montagem 1.
(D) 2F na montagem 2.
(E) 3F na montagem 2.

18. O arranjo de polias da figura é preso ao teto para erguer

O peso máximo que pode ser levantado pelo sistema é uma massa de 24 kg, sendo os fios inextensíveis, e
limitado pelo peso do pedreiro e não pelo suporte ou pela desprezíveis as massas das polias e dos fios. Desprezando os
corda. O pedreiro pesa 800 N. atritos, determine:

A partir dessas informações, responda aos itens a seguir.

a) Construa um diagrama de forças para o sistema e,
m
considerando g = 10 2 , calcule o peso máximo que
s
poderia ser levantado pelo pedreiro.
b) Considerando o elevador com peso máximo, calcule o
módulo do torque no ponto A.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 229


1. O valor do módulo da força F necessário para equilibrar o
sistema.
2. O valor do módulo da força F necessário para erquer a
massa com velocidade constante.
3. A força ( F ou peso?) que realiza maior trabalho, em
módulo, durante o tempo T em que a massa está sendo
erguida com velocidade constante.
19. Alberto (A) desafiou seu colega Cabral (C) para uma
competição de cabo de guerra, de uma maneira especial,
mostrada na figura. Alberto segurou no pedaço de corda que
passava ao redor da polia enquanto que Cabral segurou no
pedaço atado ao centro da polia. Apesar de mais forte, Cabral
não conseguiu puxar Alberto, que lentamente foi arrastando o
seu adversário até ganhar o jogo. Sabendo que a força com
que Alberto puxa a corda é de 200 N e que a polia não tem
massa nem atritos:
(A) especifique a tensão na corda que Alberto está segurando;
(B) desenhe as forças que agem sobre a polia, fazendo um
diagrama de corpo livre;
(C) calcule a força exercida pelo Cabral sobre a corda que ele
puxava;
(D) considerando que Cabral foi puxado por 2,0 m para
frente, indique quanto Alberto andou para trás.
20. Observe estes quatro sistemas de roldanas, em que objetos
de mesma massa são mantidos suspensos, em equilíbrio, por
uma força aplicada na extremidade da corda:
Sejam F1 , F2 , F3 e F4 as forças que atuam numa das
extremidades das cordas em cada um desses sistemas, como
representado na figura. Observe que, em dois desses sistemas,
a roldana é fixa e, nos outros dois, ela é móvel. Considere que,
em cada um desses sistemas, a roldana pode girar livremente
ao redor do seu eixo; que a corda é inextensível; e que a massa
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
da roldana e a da corda são desprezíveis. Considerando-se
essas informações, em relação aos módulos dessas quatro
forças, é correto afirmar que:
(A) F1 = F2 e F3 = F4 . (B) F1  F2 e F3  F4 .
(C) F1 = F2 e F3  F4 . (D) F1  F2 e F3 = F4 .
21. A figura a seguir representa um sistema composto por uma
roldana com eixo fixo e três roldanas móveis, no qual um
corpo R é mantido em equilíbrio pela aplicação de uma força
F, de uma determinada intensidade.
Considere um sistema análogo, com maior número de
roldanas móveis e intensidade de F inferior a 0,1% do peso de
R.
O menor número possível de roldanas móveis para manter
esse novo sistema em equilíbrio deverá ser igual a:
(A) 8 (B) 9 (C) 10 (D) 11
22. Antônio precisa elevar um bloco até uma altura h. Para
isso, ele dispõe de uma roldana e de uma corda e imagina duas
maneiras para realizar a tarefa, como mostrado nas figuras:
Despreze a massa da corda e a da roldana e considere que o
bloco se move com velocidade constante.
Sejam FI o módulo da força necessária para elevar o bloco e
TI o trabalho realizado por essa força na situação mostrada na
Figura I. Na situação mostrada na Figura II, essas grandezas
são, respectivamente, FII e TII.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que
(A) 2FI = FII e TI = TII.
(B) FI = 2FII e TI = TII.
(C) 2FI = FII e 2TI = TII.
(D) FI = 2FII e TI = 2TII.
230
 CAPÍTULO XIV

GABARITO Logo, como o sistema é limitado pelo peso do pedreiro de

800 N, o mesmo pode erguer o dobro disso, ou seja,
1. E
Pmáx
2. C = 800 N  Pmáx = 1600 N
2
b) O torque é dado pelo produto do módulo da força total
3. 400 N aplicada no suporte pela distância perpendicular ao ponto
de aplicação, isto é, 1 m.
4. C
Assim, temos:
5. a) 600 N
b) Sim, mas ele teria que subir com aceleração igual a 2 m/s 2 Força total no suporte:
em relação à Terra. P 3P
Ftotal = máx + Pmáx  Ftotal = máx 
2 2
6. 15 N 3
Ftotal = 1600 N = 2400 N
2
Portanto o torque será:
 = F  d   = 2400 N 1 m  = 2400 Nm

17. D
18. a) Se o sistema está em equilíbrio estático, a resultante das
forças é nula. A figura ilustra essa situação de equilíbrio.

7. B
8. D
9. A
10. 80 kg
11. A
13. D
14. 01 + 08 = 09.
15. B
16. a) Diagrama de forças:

T P m g 240
F= = = =  F = 60 N.
4 4 4 4

b) Se o sistema é erguido com velocidade constante, é uma

situação de equilíbrio dinâmico. A resultante das forças
também é nula. Assim

T P m g 240
F= = = =  F = 60 N.
4 4 4 4

c) Enquanto o corpo sobe h, a extremidade livre do fio desce

4h. Como a velocidade é constante, de acordo com a
P
conclusão do item anterior: F = .
4

Calculando os módulos dos trabalhos:

 =Ph
 P
 P  P = F .
 F = F S =  4 h = P h
A força motriz para mover o peso P pelo pedreiro é
P
.  4
2

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 231

 CAPÍTULO XIV

19. a) A tensão (ou tração, que é o termo mais adequado) na

corda corresponde à intensidade da força aplicada por
Alberto: T = 200 N.

b) F : força de tração no centro da polia, aplicada por Cabral;

T : forças aplicadas pela corda que passa pela polia.

c) Como a polia não tem massa (ou seja, sua massa é

desprezível) e, além disso, ela está sendo arrastada quase-
estaticamente (ou seja, com velocidade constante  a = 0),
aplicando o princípio fundamental, temos:

F – 2 T = m a  F – 2 T = 0  F = 2 T = 2 (200) 
F = 400 N.

d) A figura a seguir mostra que quando a ponta da corda

desloca D (do ponto do ponto P até o ponto P’ ), o centro
da polia desloca D/2.

Assim, se corda que Alberto puxa enrola D, essa distância é

distribuída nos dois braços da polia, fazendo com o seu centro
desloque D/2. Portanto, se Carlos avança 2 m, Alberto recua
4 m.

20. C
21. C
22. B

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 232

 CAPÍTULO XV

CAPÍTULO XV – APLICAÇÃO DAS LEIS DE deformação x , quando submetida a mesma força F (ver fig.
NEWTON 3).

1. Lei de Hooke

Considere uma mola de massa desprezível e comprimento

natural x 0 com uma extremidade fixa no teto e a outra livre.

Figura 3
Isolando as molas, vem:

Figura 1
A fig. 1a mostra a situação em que a mola não está
submetida a nenhuma força. Aplicamos então uma força F ,
vertical para baixo, e verificamos que a mola aumenta seu
tamanho de um comprimento x , chamado de deformação da
mola (ver fig.1 b).
Experimentalmente pode-se verificar que, se x não for
muito grande em comparação com x 0 , vale a seguinte
expressão:
F = k x
Figura 4
ou seja, a intensidade da força F é proporcional a deformação Aplicando a lei de Hooke a cada uma das molas, temos:
da mola. A constante de proporcionalidade k é chamada de
constante elástica e depende da mola e tem por unidade no SI
F
é o N/m. F = k1 x1  x1 = (i)
k1
2. Associação de molas em série
F
Considere duas molas ideais de constantes elásticas k1 e F = k 2 x 2  x 2 = (ii)
k2
k 2 , associadas em série conforme a fig. 2a. Aplicando a lei de Hooke à mola equivalente:

F
F = k eq x  x = (iii)
k eq
Note que:
x = x1 + x 2 (iv)

Substituindo (i), (ii), (iii) em (iv), temos;

F F F
= +
k eq k1 k 2
Portanto:
Figura 2 1 1 1
Aplica-se ao conjunto uma força vertical F e verifica-se = +
k eq k1 k 2
que o conjunto sofre uma deformação x , conforme a fig. 2b.
Queremos substituir estas duas molas por uma mola
equivalente, ou seja, uma única mola que sofra a mesma
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 233
 CAPÍTULO XV

Considere n molas de constantes elásticas k1 , k 2 , ..., k n , a Aplicando a Lei de Hooke à mola equivalente:
constante keq da mola equivalente será dada por: F = k eq x (ii)
1 1 1 1
= + + ... +
k eq k1 k 2 kn Substituindo (i) em (ii), temos;
2 k x = k eq x
3. Associação de molas em paralelo Portanto:
Considere duas molas ideais e idênticas de constantes
elásticas iguais a k , associadas em paralelo conforme a fig. 5. k eq = 2k

Considere n molas idênticas de constantes elásticas iguais a k

, a constante keq da mola equivalente será dada por:
k eq = n k

4. Dinamômetro

Figura 5
Aplicando uma força F no centro da barra que une as
molas, elas experimentarão a mesma deformação x .
Queremos determinar a constante elástica keq da mola
equivalente a esse sistema. Esta mola sofrerá a mesma
deformação x , quando submetida à força F (ver fig. 6).

Figura 8
Um dinamômetro é um instrumento utilizado para medir a
intensidade de forças. Ele nada mais é do que uma mola na
qual foi adaptada um ponteiro e uma escala graduada, de
Figura 6
A figura abaixo mostra o diagrama de forças que atuam nas modo que quando a mola é solicitada por uma força F , ela se
molas: deforma e o ponteiro irá registrar o valor do módulo de F .

Figura 7 Figura 9

Considere que aplicamos uma força F em um dinamômetro

Aplicando a Lei de Hooke a uma das molas da associação, preso no teto, conforme mostra a figura 10a. A figura 10b e
temos: 10c mostram o diagrama de forças que atuam no teto e no
dinamômetro.
F
= k x  F = 2 k x (i)
2

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 234

 CAPÍTULO XV

Observe que se o mostrador está registrando F é porque o 4. FEI-SP Um dinamômetro possui duas extremidades presas
dinamômetro recebe em cada extremidade forças, em sentidos a duas cordas. Duas pessoas puxam as cordas na mesma
opostos, de intensidade F. direção e em sentidos opostos, com força de mesma
intensidade F = 100 N. Quanto marcará o dinamômetro?

(A) 200 N
(B) 0
(C) 100 N
(D) 50 N
(E) 400 N

5. O sistema representado na figura é abandonado em repouso.

Os blocos A e B têm massas respectivamente iguais a 3,0 kg
e 7,0 kg. Os fios e a mola M são ideais, a aceleração da
Figura 10 gravidade tem módulo g = 10 m/s2 e a constante elástica da
Exercícios mola é k = 210 N/m. calcule a deformação da mola durante o
movimento.
1. Consideremos uma mola ideal, de comprimento natural
L0 = 0,70 m. Prendemos uma das extremidades da mola a um
suporte e na outra extremidade penduramos um bloco de
massa m = 0,60 kg, como mostra a figura, de modo que na
posição de equilíbrio, o comprimento da mola seja
L = 0,80 m. Calcule a constante elástica da mola, sabendo que
a aceleração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2.

6. Uma mola de comprimento natural L0 = 1,3 m e constante

elástica k = 260 N/m está pendurada no teto de um elevador.
Na extremidade inferior da mola está preso um bloco de massa
m = 4,0 kg. A aceleração da gravidade tem módulo
g = 10 m/s2 e o elevador está subindo em movimento
acelerado, de aceleração a = 3,0 m/s2. Calcule o comprimento
da mola, sabendo que o bloco está em repouso para um
2. A figura nos dá o gráfico da intensidade da força F exercida
observador situado dentro do elevador.
por uma mola ideal, em função da deformação x. Calcule a
constante elástica da mola.

3. No sistema representado na figura, os blocos A e B têm

massas iguais a 4,0 kg. Os fios são ideais, a aceleração da
gravidade tem módulo g = 10 m/s2 e a constante elástica da
mola é k = 5,0 N/cm. Calcule a deformação da mola.

7. FEI-SP O bloco da figura, de massa m = 4,0 kg, desloca-se

sob a ação de uma força horizontal constante de intensidade
F. A mola ideal, ligada ao bloco, tem comprimento natural
(isto é, sem deformação) L0 = 14,0 cm constante elástica
K = 160 N/m.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 235


Desprezando-se as forças de atrito e sabendo-se que as
velocidades escalares do bloco em A e B são respectivamente,
iguais a 4,0 m/s e 6,0 m/s, qual é, em centímetros, o
comprimento da mola durante o movimento.
8. Calcule a constante elástica equivalente da associação ao
lado, sabendo que k1 = 15 N/m e k2 = 20 N/m.
9. A figura a seguir mostra um bloco unido a uma mola ideal
de constante elástica K = 1250 N/m, inicialmente relaxada, no
interior de um vagão em repouso. Aplica-se ao vagão uma
força horizontal que irá aumentar a aceleração do vagão
lentamente até atingir o valor de 7,5 m/s2. Qual o valor da
deformação da mola se nesse instante o bloco perde contato
com o piso?
(A) 5 cm
(B) 4 cm
(C) 3 cm
(D) 2 cm
(E) 1 cm
10. AFA A figura abaixo representa um vagão se movendo
sobre trilhos, retilíneos e horizontais, com aceleração
constante igual a 3,0 m/s2. No interior do vagão, existe uma
mesa de tampo horizontal e sobre ela está colocado um corpo
preso à parede dianteira do vagão por meio de uma mola de
constante elástica desconhecida. Sabe-se que a massa do
corpo é 2,0 kg e que está em repouso, em relação ao vagão, e
que a mola está distendida 4,0 cm, em relação ao seu
comprimento normal. Pode-se afirmar que a constante elástica
da mola, em N/cm, é
(A) 1,5
(B) 3,0
(C) 4,5
(D) 6,0
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
11. EsPCEx Dois blocos de massa m1 = 10,0 kg e
m2 = 2,0 kg interligados por uma mola ideal de constante
elástica 50 N/m são colocados em repouso sobre uma
superfície plana, horizontal e sem atrito.
m
1 m
2
Logo após terem sido afastados e soltos simultaneamente ao
longo do plano horizontal, os corpos de massa m 1 e m2
adquirem as acelerações a 1 e a 2 respectivamente.
Desprezando o atrito do ar, o valor da razão a 1/a2 é
(A) 0,2 (B) 0,6 (C) 1,0 (D) 4,2 (E) 5,0
12. EsPCEx O conjunto dos blocos unidos por uma mola
ideal, inicialmente não deformada, encontra-se em queda
livre no vácuo, conforme a figura abaixo. Sabendo que os
blocos A e B pesam 200 N e 500 N, respectivamente, e que a
constante elástica da mola vale 1000 N/m, podemos afirmar
que durante a queda a distensão da mola, em metros , será de
(A) 0,7.
(B) 0,5. A
(C) 0,3.
(D) 0,2.
(E) 0,0.
B
13. Nas figuras abaixo estão indicadas as leituras de um
dinamômetro preso ao teto de um elevador que sobe, estando
um corpo de massa 1 kg pendurado na extremidade do
aparelho. Com base nesses dados, responda: como é o
movimento de subida do elevador nas três situações
esquematizadas-acelerado, retardado ou uniforme? Justifique.
Considere g = 10 m/s².
14. Uma bolinha pendurada na extremidade de uma mola
vertical executa um movimento oscilatório. Na situação da
figura, a mola encontra-se comprimida e a bolinha está
subindo com velocidade v. Indicando por F a força da mola e
por P(vetorial) a força peso aplicadas na bolinha, o único
esquema que pode representar tais forças na situação descrita
anteriormente é
236
 CAPÍTULO XV

15. MACKENZIE 1996 Para a verificação experimental das 18. FUVEST Um corpo C de massa igual a 3kg está em
leis da Dinâmica, foi montado o sistema a seguir. equilíbrio estático sobre um plano inclinado, suspenso por um
fio de massa desprezível preso a uma mola fixa ao solo, como
mostra a figura a seguir.

O comprimento natural da mola (sem carga) é L 0 = 1,2m e ao

Nele, o atrito é desprezado, o fio e a aceleração são ideais. Os sustentar estaticamente o corpo ela se distende, atingindo o
corpos A e B encontram-se em equilíbrio quando a mola comprimento L = 1,5m.
"ultraleve" M está distendida de 5,0cm . A constante elástica
desta mola é: Os possíveis atritos podem ser desprezados. A constante
(A) 3,0.102N / m (D) 1,0.102N / m elástica da mola, em N / m , vale então
2
(B) 2,0.10 N / m (E) 5,0.103 N / m (A) 10. (B) 30. (C) 50.
(C) 1,5.102 N / m (D) 90. (E) 100

16. O conjunto abaixo é constituído de polias, fios e molas
ideais e não há atrito entre o corpo A e a superfície do plano
inclinado. Os corpos A e B possuem a mesma massa. O
sistema está em equilíbrio quando a mola M, de constante
elástica 2.000 N/m, está deformada de 2 cm.
19. Uma esfera, de dimensões desprezíveis, sob ação de um
campo gravitacional constante, está inicialmente equilibrada
na vertical por uma mola. A mola é ideal e se encontra com
uma deformação x, conforme ilustrado na figura 1.

O sistema esfera-mola é posto, em seguida, a deslizar sobre

uma superfície horizontal, com velocidade constante,
conforme indicado na figura 2. Nessa situação, quando o
ângulo de inclinação da mola é , em relação à horizontal,
sua deformação é y.
Dados: g = 10 m/s2
cos = 0,8
sen = 0,6

A massa de cada um desses corpos é:

(A) 10 kg (D) 4 kg
(B) 8 kg (E) 2 kg
(C) 6 kg

17. Um conjunto massa-mola desloca-se sob a ação de uma Nessas condições, o coeficiente de atrito cinético entre a
força F em uma superfície plana, sem atrito, conforme mostra esfera e a superfície horizontal vale
a figura a seguir. A aceleração do conjunto é 5 m / s2, a massa cos 
do bloco é 2kg , e a distensão da mola permanece constante. (A)
x
Determine a distensão da mola, em centímetros, desprezando − sen 
a massa da mola e assumindo que sua constante elástica y
vale200N / m . x
(B)
y
x sen 
(C)
x + y cos 
y cos 
(D)
x sen 
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 237

20. Na montagem experimental abaixo, os blocos A, B e C
têm massas m A = 2, 0 kg, mB = 3, 0 kg e mC = 5, 0 kg.
Desprezam-se os atritos e a resistência do ar. Os fios e as
polias são ideais e adote g = 10 m s 2 .
No fio que liga o bloco B com o bloco C, está intercalada
uma mola leve de constante elástica 3,5 103 N m. Com o
sistema em movimento, a deformação da mola é?
(A) 2,0 cm (B) 1, 0 cm
(C) 1,5 cm (D) 2,8 cm
(E) 4, 2 cm
21. O uso de arco e flecha remonta a tempos anteriores à
história escrita. Em um arco, a força da corda sobre a flecha é
proporcional ao deslocamento x, ilustrado na figura abaixo,
a qual representa o arco nas suas formas relaxada I e
distendida II.
Uma força horizontal de 200 N, aplicada na corda com uma
flecha de massa m = 40 g, provoca um deslocamento
x = 0,5 m.
Supondo que toda a energia armazenada no arco seja
transferida para a flecha, qual a velocidade que a flecha
atingiria, em m s , ao abandonar a corda?
(A) 5 103. (B) 100.
(C) 50. (D) 5.
(E) 101 2.
22. Três molas idênticas, de massas desprezíveis e
comprimentos naturais , são dispostas verticalmente entre o
solo e o teto a 3 de altura. Conforme a figura, entre tais
molas são fixadas duas massas pontuais iguais. Na situação
inicial de equilíbrio, retira-se a mola inferior (ligada ao solo)
resultando no deslocamento da massa superior de uma
distância d1 para baixo, e da inferior, de uma distância d 2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
também para baixo, alcançando-se nova posição de equilíbrio.
Assinale a razão d2 d1 .
(A) 2.
(B) 3 2.
(C) 5 3.
(D) 4 3.
(E) 5 4.
23. Um sistema é constituído por uma sequência vertical de
N molas ideais interligadas, de mesmo comprimento natural
e constante elástica k, cada qual acoplada a uma partícula
de massa m. Sendo o sistema suspenso a partir da mola 1 e
estando em equilíbrio estático, pode-se afirmar que o
comprimento da
(A) mola 1 é igual a + (N − 1)mg k .
(B) mola 2 é igual a + Nmg k .
(C) mola 3 é igual a + (N − 2)mg k .
(D) mola N − 1 é igual a + mg k .
(E) mola N é igual a .
24. Uma mola de massa desprezível foi presa a uma estrutura
por meio da corda "b". Um corpo de massa "m" igual a
2.000 g está suspenso por meio das cordas "a ", "c" e "d",
de acordo com a figura abaixo, a qual representa a
configuração do sistema após ser atingido o equilíbrio.
Considerando que a constante elástica da mola é 20 N cm e
a aceleração gravitacional é 10 m s 2 , assinale a alternativa
que apresenta a deformação que a mola sofreu por ação das
forças que sobre ela atuaram, em relação à situação em que
nenhuma força estivesse atuando sobre ela. Considere ainda
que as massas de todas as cordas e da mola são irrelevantes.
(A) 0,5 cm.
(B) 1, 2 cm.
(C) 2,5 cm.
(D) 3,5 cm.
(E) 5, 2 cm.
25. Um rapaz de 50 kg está inicialmente parado sobre a
extremidade esquerda da plataforma plana de um carrinho em
repouso, em relação ao solo plano e horizontal. A extremidade
direita da plataforma do carrinho está ligada a uma parede
rígida, por meio de uma mola ideal, de massa desprezível e de
constante elástica 25 N m , inicialmente relaxada.
O rapaz começa a caminhar para a direita, no sentido da
parede, e o carrinho move-se para a esquerda, distendendo a
mola. Para manter a mola distendida de 20 cm e o carrinho
em repouso, sem deslizar sobre o solo, o rapaz mantém-se em
movimento uniformemente acelerado.
238

Considerando o referencial de energia na situação da mola
relaxada, determine o valor da energia potencial elástica
armazenada na mola distendida de 20 cm e o módulo da
aceleração do rapaz nessa situação.
26.
Considere a situação mostrada acima, na qual um bloco “B”
é sustentado, em um plano inclinado, por meio de cabos, uma
polia e uma mola “M”, a qual é fixada a uma parede.
As distâncias das extremidades esquerda e direita da mola, até
a polia, mostradas na figura acima, valem, respectivamente,
d1 = 5 cm e d 2 = 10 cm. A mola “M” tem constante elástica
K = 24 N m.
Nestas condições, o maior peso possível para o bloco “B”, de
forma que a mola “M” fique na iminência de tocar a polia é
(Despreze as forças de atrito e considere que os cabos são
inextensíveis.
Considere ainda que sen = 0,6 e cos = 0,8 e que a
aceleração da gravidade tem o valor g = 10 m s 2 .)
(A) 0, 4 kg.
(B) 4 kg.
(C) 0, 25 kg.
(D) 2,5 kg.
(E) 1 kg.
27. Um sistema com molas é montado como na figura abaixo,
onde a constante elástica de cada uma delas é, alternadamente,
10 N / m e 20 N / m.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
O valor da constante elástica equivalente do sistema, em
N / m, é:
(A) 110
(B) 10
(C) 30
(D) 20
28.
A figura acima mostra um conjunto massa-mola conectado a
uma roldana por meio de um cabo. Na extremidade do cabo
há um recipiente na forma de um tronco de cone de
10 cm  20 cm  30 cm de dimensões (diâmetro da base
superior  diâmetro da base inferior  altura) e com peso
desprezível. O cabo é inextensível e também tem peso
desprezível. Não há atrito entre o cabo e a roldana. No estado
inicial, o carro encontra-se em uma posição tal que o
alongamento na mola é nulo e o cabo não se encontra
tracionado. A partir de um instante, o recipiente começa a ser
completado lentamente com um fluido com massa específica
de 3000 kg m3 . Sabendo que o coeficiente de rigidez da
mola é 3300 N m e a aceleração da gravidade é 10 m s 2 , o
alongamento da mola no instante em que o recipiente se
encontrar totalmente cheio, em cm, é igual a
(A) 0,5
(B) 1,5
(C) 5,0
(D) 10,0
(E) 15,0
29. Um elevador sobe verticalmente com aceleração constante
e igual a a. No seu teto está preso um conjunto de dois
sistemas massa-mola acoplados em série, conforme a figura.
O primeiro tem massa m1 e constante de mola k1 , e o
segundo, massa m 2 e constante de mola k 2 . Ambas as molas
têm o mesmo comprimento natural (sem deformação) . Na
condição de equilíbrio estático relativo ao elevador, a
239
 CAPÍTULO XV

deformação da mola de constante k1 é y, e a da outra, x. Pode- 6. 1,5 m

se então afirmar que (y − x) é 7. 16,5 cm
8. 20 N/m
9. E
10. A
11. A
12. E
13. acelerado, uniforme e retardao.
14. A
15.A
16.A
17. 5 cm
(A) (k 2 − k1 )m2 + k 2 m1  (g − a)/k1k 2 18. C
(B) (k 2 + k1 )m2 + k 2 m1  (g − a)/k1k 2 19.A
20. B
(C) (k 2 − k1 )m2 + k 2 m1  (g + a)/k1k 2 21. C
(D) (k 2 + k1 )m2 + k 2 m1  (g + a)/k1k 2 − 2 22. A
23. C
(E) (k 2 − k1 )m2 + k 2 m1  (g + a)/k1k 2 + 2 24. A
25.
30. Sensores de dimensões muito pequenas têm sido Dados: m = 50 kg; k = 25 N/m; x = 20cm = 2 10−1 m.
acoplados a circuitos microeletrônicos. Um exemplo é um
medidor de aceleração que consiste de uma massa m presa a Energia potencial elástica (E P )

( )
uma micromola de constante elástica k. Quando o conjunto é 2
−1
k x 2 25 2 10 25  4 10−2
submetido a uma aceleração a , a micromola se deforma, EP = = =  E P = 0,5J.
2 2 2
aplicando uma força F el na massa (ver diagrama a seguir). O Aceleração (a)
gráfico a seguir do diagrama mostra o módulo da força
aplicada versus a deformação de uma micromola utilizada A intensidade da força elástica que a mola exerce no carrinho
num medidor de aceleração. é dada pela lei de Hooke.

a) Qual é a constante elástica k da micromola? Fel = k x = 25  2 10−1  Fel = 5 N.

b) Qual é a energia necessária para produzir uma Como o carrinho está em repouso, a força elástica exercida
compressão de 0,10 ìm na micromola? pela mola para a direita tem a mesma intensidade da força
c) O medidor de aceleração foi dimensionado de forma que aplicada pelos pés do rapaz para a esquerda.
essa micromola sofra uma deformação de 0,50 ìm quando Assim:
a massa tem uma aceleração de módulo igual a 25 vezes Frap = Fel = 5 N.
o da aceleração da gravidade. Qual é o valor da massa m
ligada à micromola? Pelo Princípio da Ação-Reação, o rapaz recebe do carrinho
uma força de mesma intensidade para a direita, possibilitando
que ele acelere.
Pelo Princípio Fundamental da Dinâmica
Frap = m a  5 = 50 a  a = 0,1 m/s 2 .

26. ANULADA
27. D
28. C
29. C

30. a) LEI DE HOOKE

F = k.x → 0,8 = k  0,8 → k = 1, 0N / m = 1, 0N / m
b) ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

( )
1 1 2
EPE = .k.x 2 = 1,0  0,1x10−6 = 5,0 10−15 J
GABARITO 2 2
c) SEGUNDA LEI DE NEWTON
1. 60 N/m FR = ma = kx → mx25 10 = 1, 0  0,5 10−6 →
2. 1000 N/m
3. 8 cm m = 2, 0 10−9 kg = 2, 0ng
4. C
5. 0,2 m
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 240

CAPÍTULO XVI – APLICAÇÕES DAS LEIS DE
NEWTON
FORÇAS DE ATRITO
1. Introdução
Por mais que uma superfície seja bem polida, ela sempre
apresenta irregularidades:
Imagine agora dois corpos em contato. Quando as
superfícies que estão em contato escorregam ou tendem a
escorregar uma em relação à outra, as irregularidades de cada
uma se interpenetram provocando uma força chamada força
de atrito.
Didadicamente dividimos as forças de atrito em dois tipos:
força de atrito estático, enquanto não houver escorregamento
entre as superfícies em contato e força de atrito cinético,
quando há escorregamento entre as superfícies.
2. Força de Atrito Estático
Considere um bloco em repouso sobre uma superfície
horizontal, conforme a figura abaixo:
S e aplicarmos uma pequena força F neste bloco, paralela a
superfície, ele não se moverá. Isto acontece porque a
superfície, por não ser perfeitamente polida, exerce uma força
de atrito no bloco, vejamos:
Como o bloco está em equilíbrio:
F + Fat = 0  F = Fat
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
Se aumentarmos gradativamente o módulo da força F ,
enquanto o bloco permanecer em repouso, as igualdades
acima valerão, ou seja, o módulo da Fat também aumentará.
Mas sabemos que, em um determinado momento, o bloco
entrará em movimento. Podemos concluir que a força de atrito
estático possui um valor máximo. Pode-se verificar que o
( )
módulo da força de atrito estático máxima Fat,máx é dada
por:
Fat,máx = e N
onde e é chamado de coeficiente de atrito estático e seu valor
depende dos materiais das suprefícies em contato e N é o
módulo da força normal entre essas superfícies.
Resumindo, a força de atrito estático tem módulo variável
desde zero até e N :
0  Fat  e N
3. Força de atrito cinético
A força de atrito cinético ou dinâmico atua quando as
superfícies atritantes possuem movimento relativo.
Consideremos um bloco que se movimenta sobre uma
superfície horizontal.
`
Enquanto o bloco se mover em relação à superfície horizontal
a força de atrito cinético será constante. Pode-se verificar que
seu módulo vale:
Fat = c N
onde c é chamadado de coeficiente de atrito cinético ou
dinâmico e seu valor depende dos materiais das superfícies em
contato e N é a força normal entre essas superfícies.
Verifica-se experimentalmente que c<e. Podemos
represesntar graficamente o módulo da força de atrito recebido
por um corpo em função do módulo da força F que aplicamos
ao bloco:
241
 CAPÍTULO XVI

Exercícios 5. O bloco A da figura tem massa igual a 10 kg e o coeficiente

de atrito entre ele e o solo vale 0,2. Determine o maior valor
Nível I da massa do bloco B, para que o sistema permaneça em
repouso, considerando g = 10 m/s2.

1. Um homem empurra um grande caixote de massa igual a

20 kg que repousa sobre uma superfície horizontal, cujo
coeficiente de atrito estático vale  = 0,6. Determine o valor
da força de atrito que o solo exerce sobre a caixa quando o
homem exerce uma força nela de intensidade:
Considere g = 10 m/s2.
a) 20 N
b) 80 N
c) 120 N
6. EsPECEx Na figura abaixo, um bloco A de massa 3 kg está
2.G1 - cftmg Em uma superfície horizontal, uma caixa é ligado a um bloco B de massa 2 kg através de um fio e polia
arrastada para a direita, sob a ação de uma força constante F e ideais e a resistência do ar é desprezível. Sabendo que o
de uma força de atrito FAT conforme a figura. conjunto encontra-se em equilíbrio estático, podemos afirmar
que o módulo da força de atrito entre o bloco A e o plano
inclinado, em N, vale:
Dados: Considere a intensidade da aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2, cos 30o = 0,9 e sen 30o = 0,5

Considerando essa situação, a alternativa correta é

Relação entre os Tipo de

Aceleração
módulos F e FAT movimento
F < FAT contrária ao
(A) Repouso
movimento
F > FAT contrária ao (A) 2 (B) 4 (C) 5
(B) Retardado
movimento (D) 7 (E) 8
F < FAT a favor do
(C) acelerado
movimento 7. EFOMM Analise a figura a seguir.
(D) F = FAT nula uniforme

3. EFOMM Um marinheiro precisa deslocar uma caixa de

massa 204,6 kg está sobre o convés, fazendo-o em linha reta.
O coeficiente de atrito estático entre o piso do convés e a caixa
vale 0,45. A menor força, em Newtons, que o marinheiro terá
que fazer para deslocar a caixa é:
(A) 1,5.102 (B) 1,6.102 (C) 1,2.103
3 3
(D) 1,5.10 (E) 1,8.10
No convés de um navio um marinheiro apoia uma caixa de
4. AFA No sistema da figura abaixo, o bloco de massa M
20 kg de massa sobre um plano inclinado de 60°, aplicando
começa a escorregar ao longo da rampa, quando a inclinação
uma força F de módulo igual a 100N paralela à superfície do
for de um ângulo  . Portanto, o coeficiente de atrito estático
plano inclinada, conforme indica a figura acima.
entre as superfícies do bloco e da rampa vale.
(A) tg  Nestas condições, ele observa que a caixa está na iminência
(B) sen  de descer o plano inclinado. Para que a caixa fique na
(C) cos  iminência de subir o plano inclinado, ele deve alterar o
(D) sec  módulo da força F para.
Dados: g=10m/s2; sen600 = 0,85.
(A) 100 N (B) 140 N (C) I50 N
(D) 200 N (E) 240 N

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 242


8. EsPCEx A figura mostra um corpo A de massa
m = 3 kg, apoiado em uma parede vertical onde o coeficiente
de atrito estático entre o bloco e a parede valeu e = 0,2. Então
o valor mínimo de | F | para mantê-lo em equilíbrio é: Dado:
g = 10 m/s2
(A) 40 N
(B) 80 N
(C) 120 N
(D) 150 N
(E) 30 N
9. Sobre um plano inclinado, de ângulo θ variável, apóia-se
uma caixa de dimensões desprezíveis, conforme sugere o
esquema a seguir.
Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre a caixa e
o plano de apoio vale 1,0, qual o máximo valor de θ para que
a caixa ainda permaneça em repouso?
10. EsPECEx Um bloco retangular M de massa 18 kg é
puxado com uma força F de 126 N ao longo de um piso
segundo uma trajetória retilínea e plana. Sabendo que o bloco
de desloca com uma velocidade constante, o valor do
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o piso é:
Dados: Considere a intensidade da aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.
(A) 1,2 (B) 1,1 (C) 0,9
(D) 0,7 (E) 0,4
11. EFOMM Aplica-se força de 200 N a um corpo de massa
25kg, em plano horizontal com atrito; verifica-se, em
laboratório, que sua velocidade aumenta de 18km/h para
27km/h em 0,4s. O coeficiente de atrito dinâmico entre o
corpo e a superfície do plano horizontal é:
(A) 0,125 (B) 0,175 (C) 0,225
(D) 0,275 (E) 0,325
12. AFA Um automóvel desloca-se numa estrada horizontal
com velocidade constante de 30 m/s. Num dado instante o
carro é freado e, até parar, desliza sobre a estrada numa
distância de 75 m. O coeficiente de atrito entre os pneus e a
estrada vale
(A) 0,4. (B) 0,6. (C) 0,5. (D) 0,3.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
13. EN Um pequeno bloco de massa m está, devido ao atrito,
em repouso sobre uma superfície cilíndrica numa posição que
forma um ângulo  com a vertical, conforme indica a figura.
Os coeficientes de atrito estático e cinético entre o bloco e a
superfície são, respectivamente, iguais a e ec. Considerando
o bloco como uma partícula, quanto vale o módulo da força
de atrito entre o bloco e a superfície?
(A) mgsen (B) mgcos
(C) emg (D) emgsen
(E) cmgcos
14. Um bloco de massa 5,0 kg é puxado horizontalmente sobre
uma mesa, por uma força constante de módulo 15 N, conforme
indica a figura. Observa-se que o corpo acelera à razão de
2,0 m/s2, no mesmo sentido de F.
Adotando g = 10 m/s2 e desprezando o efeito do ar, determine:
a) o módulo da força de atrito presente no bloco;
b) o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a mesa.
Nível II
15. Uma força F = 100 N, inclinada de 30o em relação à
horizontal, puxa um corpo de 20 kg sobre uma superfície
horizontal com coeficiente de atrito cinético igual a 0,2. A
cada segundo o corpo sofre, aproximadamente, uma variação
de velocidade igual a:
2,8 km/h
(A) 1,3 km/h
(B) 4,7 km/h
(C) 10,2 km/h
(D) zero
16. ITA Um caixote de peso W é puxado sobre um trilho
horizontal por uma força de magnitude F que forma um
ângulo  em relação à horizontal, como mostra a figura. Dado
que o coeficiente de atrito estático entre o caixote e o trilho é
, o valor mínimo de F, a partir de qual seria possível mover
o caixote, é:
2W
(A)
1− 
243

Wsen
(B)
1 −  tan 
Wsen
(C)
1 −  tan 
Wsec
(D)
1 −  tan 
(E) (1 - tan)W
17. Um bloco de massa m = 1 kg é puxado para cima, ao longo
de um plano inclinado, sob efeito de uma força F paralela ao
plano e de módulo constante e igual a 8 N (ver figura). O
movimento de subida é realizado com velocidade constante.
Quando a força F deixa de ser aplicada, o bloco desce o plano
com aceleração constante. (g = 10 m/s2)
Calcule:
a) a força de atrito durante a subida (indique claramente
omódulo, a direção e o sentido);
b) a aceleração do bloco durante a descida
(indiqueclaramente o módulo, a direção e o sentido).
18. Na figura, representa-se um caminhão em repouso sobre
uma pista plana e horizontal. Na sua carroceria, apóia-se um
bloco de massa M. Sendo o coeficiente de atrito estático entre
o bloco e a carroceria igual 0,4 e o valor da aceleração da
gravidade igual a 10m/s2, determine a máxima aceleração que
o caminhão pode adquirir sem que o bloco escorregue.
19. Na situação da figura, os blocos A e B têm massas mA = 4,0 kg
e mB = 6,0 kg. A aceleração da gravidade no local tem módulo
10m/s2, o atrito entre A e o plano horizontal de apoio é desprezível
e o coeficiente de atrito estático entre B e A valeμe = 0,50.
Desprezando-se o efeito do ar, qual a máxima intensidade da força
F , paralela ao plano, de modo que B não se movimente em
relação a A?
20. AFA No assoalho de um veículo, é colocado um caixote
cujo coeficiente de atrito com o assoalho é igual a 0,5. Se esse
veículo se move na horizontal a 40 m/s, a menor distância, em
metros, que ele pode percorrer até parar, sem que o caixote
escorregue, é igual a
(A) 50 (B) 100 (C) 160 (D) 200
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
21. No esquema, o carrinho A e o bloco B estão acelerados
para a esquerda, o coeficiente de atrito estático entre eles é
 = 0,6 e a aceleração da gravidade vale g = 9,8 m/s2.
Para que o bloco permaneça estático em relação ao carrinho,
a aceleração do conjunto deve valer :
(A) 0,5 m/s2.
(B) 35,2 m/s2.
(C) 16,3 m/s2.
(D) 6,2 m/s2.
(E) 26,2 m/s2.
22. Na figura abaixo o bloco tem massa igual a 10 kg e o
coeficiente de atrito cinético entre ele o solo vale 0,4. Aplica-
se uma força de intensidade F = 50 N no bloco. A força forma
um ângulo  com a horizontal tal que cos = 0,8, conforme
mostra a figura abaixo. Considerando g = 10 m/s2, determine
a aceleração do bloco.
23. Um corpo de massa m é abandonado a partir do repouso
do alto de um plano inclinado de um ângulo  com relação a
horizontal. A aceleração da gravidade vale g. Determine a
aceleração do bloco.
24. A figura representa dois móveis M e N ligados por uma
corda de peso desprezível, deslocando-se sobre um plano, sob
a ação de uma força de 15 N aplicada na direção do
deslocamento. Não há atrito entre M e o plano, porém o
coeficiente de atrito de escorregamento entre o corpo N e o
plano vale 0,2. As massas de M e Nsão, respectivamente,
1 kg e 3 kg. Adote g = 10 m/s2. A aceleração do sistema é,
em m/s2 ,igual a :
(A) 3, 75
(B) 1,25
(C) 2,25
(D) 0,15
(E) 4,05
244
 CAPÍTULO XVI

25. Um pequeno objeto de massa m é colocado sobre a 29. EN Na experiência esquematizada abaixo, o fio e a polia
superfície de uma cúpula esférica de raio R, como mostra a são ideais e sabe-se o coeficiente de atrito entre as massas ma
figura abaixo. Se o objeto inicia um movimento de e mb e o plano de apoio são 0,20 e 0,10, respectivamente. O
escorregamento em um ângulo θ=30º , o coeficiente de atrito conjunto é liberado a partir do repouso e observa-se que a
estático μ entre o objeto e a superfície é massa mc desce 50 cm no primeiro segundo. Se m a = 1,0 kg e
3 mc = 2,0 kg, o valor de mbé em kg: Dado: g = 10m/s2
(A)
3
(B) 1/2
3
(C)
2
(D) 3
2 3
(E)
3
(A)1,5 (B) 3,0 (C) 5,5 (D) 7,5
26. Dois blocos A e B de massas 2,0 kg e 4,0 kg,
respectivamente, estão em contato, conforme a figura abaixo, 30. IME Um corpo que repousa sobre uma superfície rugosa
sendo que B se apóia num plano horizontal liso. O coeficiente horizontal, recebe um impacto horizontal e desliza sobre a
de atrito entre os blocos vale 0,2. A minima força horizontal referida superfície durante 5 segundos, quando para, tendo
F que se deve aplicar a A, para não escorregar em relação a B, percorrido 25 m. Determine o coeficiente de atrito entre o
vale: Use g = 10 m/s2 corpo e a superfície horizontal.
(A) 1,0 x 102 N Nota: g = 10 m/s2
(B) 1,5 x 102 N
(C) 2,0 x 102 N 31. AFA Os blocos A e B, de massas iguais a 2 kg e 3 kg,
(D) 2,5 x 102 N respectivamente, ligados por um fio ideal, formam um sistema
(E) 3,0 x 102 N que submetido a ação de uma força constante F de
intensidade 15 N, desloca-se com aceleração de 1 m/s2,
27. O bloco A e o bloco B da figura têm massas iguais a conforme a figura abaixo. Se a tração no fio que liga osblocos
10 kg cada um. Ocoeficiente de atrito entre o bloco A e o solo durante o deslocamento é de 9 N, pode-se afirmar que a razão
vale 0,2. Determine a aceleração da cada bloco, entre os coeficientes de atrito dos blocos A e B com a
considerandog = 10 m/s2. superfície vale
(A) 1
3
(B)
2
2
(C)
3
1
(D) .
3

32. AFA Três blocos, cujas massas mA = mB = m e mC = 2m,

são ligados através de fios e polias ideais, conforme a figura.
Sabendo-se que C desce com uma aceleração de 1m/s2 e que
28.EFOMM Na figura a seguir, o bloco “I” de massa 2 kg 0,2 é o coeficiente de atrito entre B e a superfície S, pode-se
repousa sobre o bloco “II” de massa 4 kg. O bloco “I” está afirmar que o coeficiente de atrito entre A e S vale
preso por uma corda a uma parede. Sabendo que o coeficiente (A) 0,10
de atrito cinético entre os blocos é de 0,1 e entre o bloco “II” (B) 0,20
(C) 0,30
e o solo é 0,2, qual seria a intensidade da força “F” que, ao
(D) 0,40.
ser aplicada ao corpo “II”, o aceleraria a 2 m/s2 (considerar a
aceleração da gravidade como 10 m /s 2)?
(A) 42 N
(B) 40 N
(C) 32 N
(D) 22 N
(E) 12 N
33. EFOMM Três blocos A, B e C encontram-se agrupados e
sob a ação das forças F1 = 100 N e F2 = 50 N, conforme
desenho abaixo, deslizando em superfície na qual o
coeficiente de atrito é μ = 0,1. Sabendo que as massas desses

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 245

 CAPÍTULO XVI

blocos são, respectivamente, 5, 10 e 5 kg, a aceleração do (C) O automóvel tem tração apenas nas rodas dianteiras.
sistema é de (D) O automóvel move-se em “ponto morto”, isto é, sem que
(dado : g = 10 m/s2) nenhuma das rodas seja tracionada.

37. ESPCEX (AMAN) Um trabalhador da construção civil

tem massa de 70 kg e utiliza uma polia e uma corda ideais e
sem atrito para transportar telhas do solo até a cobertura de
uma residência em obras, conforme desenho abaixo.

(A) zero ( não há deslocamento).

(B) 1,5 m/s2, para a direita.
(C) 1,5 m/s2, para a esquerda.
(D) 3,0 m/s2, para a direita.
(E) 3,0 m/s2, para a esquerda.

34. AFA Na situação de equilíbrio abaixo, os fios e as polias

são ideais e a aceleração da gravidade é g. Considere eo
coeficiente de atrito estático entre o bloco A, de massa mA, e o
plano horizontal em que se apoia. A maior massa que o bloco
B pode ter, de modo que o equilíbrio se mantenha, é: O coeficiente de atrito estático entre a sola do sapato do
(A) 2emA trabalhador e o chão de concreto é μ e = 1,0 e a massa de cada
(B) 3emA telha é de 2 kg.
(C) emA O número máximo de telhas que podem ser sustentadas em
(D) 4emA repouso, acima do solo, sem que o trabalhador deslize,
permanecendo estático no solo, para um ângulo θ entre a
corda e a horizontal, é:

Dados:
Aceleração da gravidade : g = 10 m / s 2
35. FEI Na figura temos: o fio AB é inextensível e horizontal, cos  = 0,8
a massa do corpo 1 é m1 = 5kg, a massa do corpo 2 é sen = 0, 6
m2 = 10 kg, a mola tem constante elástica k = 1000 N/m, o (A) 30
coeficiente de atrito entre os corpos 1 e 2 e entre o corpo 2 e a (B) 25
pista é μ = 0,1. se a mola é deformada de 10 cm, a aceleração (C) 20
adquirida pelo corpo 2 é, em m/s2 ( adotar a aceleração da (D) 16
gravidade g = 10 m/s2): (E) 10

38. A figura a seguir, em que as polias e os fios são ideais,

ilustra uma montagem realizada num local onde a aceleração
da gravidade é constante e igual a g, a resistência do ar e as
dimensões dos blocos A, B, C e D são desprezíveis.

(A) 5,7 (B) 8,0 (C) 5,0 (D) 4,5 (E) nula

36. As figuras I, II, III e IV representam automóveis em

movimento da esquerda para direita. As flechas nas rodas
representam os sentidos das forças de atrito que atuam sobre
elas.

O bloco B desliza com atrito sobre a superfície de uma mesa

plana e horizontal, e o bloco A desce verticalmente com
Para cada situação a seguir, escolha a figura correspondente. aceleração constante de módulo a. O bloco C desliza com
(A) O automóvel tem tração apenas nas rodas traseiras. atrito sobre o bloco B, e o bloco D desce verticalmente com
(B) O automóvel tem tração nas quatro rodas. aceleração constante de módulo 2a.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 246
 CAPÍTULO XVI

As massas dos blocos A, B e D são iguais, e a massa do 42. Um caminhão transporta em sua carroceria um bloco de
bloco C é o triplo da massa do bloco A. Nessas condições, o peso 5.000 N. Após estacionar, o motorista aciona o
coeficiente de atrito cinético, que é o mesmo para todas as mecanismo que inclina a carroceria.
superfícies em contato, pode ser expresso pela razão
a g
(A) (B)
g a
2g 3a
(C) (D)
3a 2g

39. Com um dedo, um garoto pressiona contra a parede duas

moedas, de R$ 0,10 e R$ 1, 00, uma sobre a outra, mantendo-
as paradas. Em contato com o dedo estás a moeda de R$ 0,10
e contra a parede está a de R$ 1, 00. O peso da moeda de Sabendo que o ângulo máximo em relação à horizontal que a
R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$ 1, 00 é 0, 09 N. A força de carroceria pode atingir sem que o bloco deslize é , tal que
atrito exercida pela parece é suficiente para impedir que as sen = 0,60 e cos  = 0,80, o coeficiente de atrito estático
moedas caiam. entre o bloco e a superfície da carroceria do caminhão vale
(A) 0,55. (B) 0,15. (C) 0,30.
Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$ 1, 00? (D) 0, 40. (E) 0,75.
(A) 0,04 N (B) 0,05 N (C) 0,07 N
(D) 0,09 N (E) 0,14 N 43.

40. Um automóvel de 1.000 kg com o freio de mão acionado

desce uma rampa com 10 m de extensão e com 30 de
inclinação em relação à horizontal com uma velocidade
constante de 1 m s. Em relação às transformações de energia
envolvidas durante a descida, assinale o que for correto.
Considere o módulo da aceleração da gravidade igual a
10 m s 2 .

01) A energia cinética do automóvel aumenta devido à

redução de sua energia potencial.
02) O trabalho da força resultante sobre o automóvel é igual a
zero.
04) A energia potencial inicial do sistema foi transformada em
outras formas de energia.
08) Durante a descida há força de atrito, e o trabalho realizado
por ela é de −50 kJ.
16) O sistema é conservativo porque a energia cinética
permanece constante.
41. Um carrinho de brinquedo funciona por fricção. Ao ser
forçado a girar suas rodas para trás, contra uma superfície
rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao
soltar o brinquedo, ele se movimenta sozinho para frente e
sem deslizar.
Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a
energia potencial elástica é convertida em energia cinética
pela ação da força de atrito
(A) dinâmico na roda, devido ao eixo.
(B) estático na roda, devido à superfície rugosa.
(C) estático na superfície rugosa, devido à roda.
(D) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda.
(E) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa.
Um bloco de massa m = 4 kg está apoiado sobre um plano
inclinado, de um ângulo  = 30, que se encontra fixado ao
piso de um elevador. Sabendo que existe atrito entre o bloco e
o plano e que eles não se movem um em relação ao outro,
analise as afirmativas a seguir para um observador no solo:
I. Se a velocidade de subida do elevador é constante e igual a
1 m s , o trabalho da força de reação normal sobre o bloco
em 5 segundos de movimento é igual a 150 J.
II. Se o elevador desce com uma aceleração de
a = 10, 0 m s 2 , a força de reação normal sobre o bloco tem
módulo nulo.
III. Se o elevador parte do repouso e desce com uma
aceleração de módulo a constante, desprezando os efeitos
do atrito, a distância percorrida pelo bloco no plano
inclinado é proporcional a (g − a)t 2 4.
Está CORRETO o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas.
(E) I, II e III.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 247


44. Ao se projetar uma rodovia e seu sistema de sinalização, é
preciso considerar variáveis que podem interferir na distância
mínima necessária para um veículo parar, por exemplo.
Considere uma situação em que um carro trafega a uma
velocidade constante por uma via plana e horizontal, com
determinado coeficiente de atrito estático e dinâmico e que, a
partir de um determinado ponto, aciona os freios,
desacelerando uniformemente até parar, sem que, para isso,
tenha havido deslizamento dos pneus do veículo.
Desconsidere as perdas pela resistência do ar e pelo atrito
entre os componentes mecânicos do veículo.
A respeito da distância mínima de frenagem, nas situações
descritas, são feitas as seguintes afirmações:
I. Ela aumenta proporcionalmente à massa do carro.
II. Ela é inversamente proporcional ao coeficiente de atrito
estático.
III. Ela não se relaciona com a aceleração da gravidade local.
IV. Ela é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade
inicial do carro.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas
corretas.
(A) I e II (B) II e IV
(C) III e IV (D) I e III
45. Na situação da figura a seguir, os blocos A e B têm
massas m A = 3, 0 kg e m B = 1, 0 kg. O atrito entre o bloco
A e o plano horizontal de apoio é desprezível, e o coeficiente
de atrito estático entre B e A vale e = 0, 4. O bloco A está
preso numa mola ideal, inicialmente não deformada, de
constante elástica K = 160 N m que, por sua vez, está presa
ao suporte S.
O conjunto formado pelos dois blocos pode ser movimentado
produzindo uma deformação na mola e, quando solto, a mola
produzirá certa aceleração nesse conjunto. Desconsiderando a
resistência do ar, para que B não escorregue sobre A, a
deformação máxima que a mola pode experimentar, em cm,
vale
(A) 3,0 (B) 4,0 (C) 10 (D) 16
46.Analise a figura a seguir.
A figura anterior exibe um bloco de 12 kg que se encontra na
horizontal sobre uma plataforma de 3, 0 kg. O bloco está
preso a uma corda de massa desprezível que passa por uma
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
roldana de massa e atrito desprezíveis fixada na própria
plataforma. Os coeficientes de atrito estático e cinético entre
as superfícies de contato (bloco e plataforma) são,
respectivamente, 0,3 e 0,2. A plataforma, por sua vez,
encontra-se inicialmente em repouso sobre uma superfície
horizontal sem atrito. Considere que em um dado instante uma
força horizontal F passa a atuar sobre a extremidade livre da
corda, conforme indicado na figura.
Para que não haja escorregamento entre o bloco e a
plataforma, o maior valor do módulo da força F aplicada, em
newtons, é: Dado: g = 10 m s 2
(A) 4 9 (B) 15 9 (C) 10
(D) 20 (E) 30
47. balhador está puxando, plano acima, uma caixa de massa
igual a 10 kg, conforme indica a figura abaixo.
A força de atrito cinético entre as superfícies de contato da
caixa e do plano tem módulo igual a 6 N. Considere a
aceleração da gravidade igual a 10 m s 2 , o cos 30,0 = 0,87,
o sen 30,0 = 0,5, o cos 20,0 = 0,94 e o sen 20,0 = 0,34.
Após colocar a caixa em movimento, o módulo da força F
que ele precisa aplicar para manter a caixa em movimento de
subida com velocidade constante é aproximadamente igual a
(A) 200 N.
(B) 115 N.
(C) 68 N.
(D) 46 N.
48. Na linha de produção de uma fábrica, uma esteira rolante
movimenta-se no sentido indicado na figura 1, e com
velocidade constante, transportando caixas de um setor a
outro. Para fazer uma inspeção, um funcionário detém uma
das caixas, mantendo-a parada diante de si por alguns
segundos, mas ainda apoiada na esteira que continua rolando,
conforme a figura 2.
No intervalo de tempo em que a esteira continua rolando com
velocidade constante e a caixa é mantida parada em relação ao
funcionário (figura 2), a resultante das forças aplicadas pela
esteira sobre a caixa está corretamente representada na
248
 CAPÍTULO XVI

alternativa intensidade da força F passa a ser de

(A) (B) (C) (A) 400 N. (B) 350 N. (C) 800 N.
(D) 270 N. (E) 500 N.

51.

(D) (E)

49. Na situação apresentada no esquema abaixo, o bloco B

cai a partir do repouso de uma altura y, e o bloco A percorre Um corpo de massa m está apoiado sobre a superfície vertical
uma distância total y + d. Considere a polia ideal e que existe de um carro de massa M, como mostra a figura acima. O
atrito entre o corpo A e a superfície de contato. coeficiente de atrito estático entre a superfície do carro e a do
corpo é . Sendo g o módulo da aceleração da gravidade, a
menor aceleração (a) que o carro deve ter para que o corpo
de massa m não escorregue é
m g
(A) a  
M 
M g
(B) a  
m 
Sendo as massas dos corpos A e B iguais a m, determine o g
coeficiente de atrito cinético . (C) a 

y 2d m+M g
(A)  = (B)  = (D) a  
(y+ 2d) (y+ 2d) m 
(2d + y) y
(C)  = (D)  = (E) a 
m g
 b
y 2d m+M 
d
(E)  =
(2d + y) 52.

50. Um homem sustenta uma caixa de peso 1.000 N, que está

apoiada em uma rampa com atrito, a fim de colocá-la em um
caminhão, como mostra a figura 1. O ângulo de inclinação da
rampa em relação à horizontal é igual a 1 e a força de
sustentação aplicada pelo homem para que a caixa não deslize
sobre a superfície inclinada é F, sendo aplicada à caixa
paralelamente à superfície inclinada, como mostra a figura 2.
Quando o ângulo 1 é tal que sen 1 = 0, 60 e cos 1 = 0,80,
o valor mínimo da intensidade da força F é 200 N. Se o
ângulo for aumentado para um valor  2 , de modo que
sen 2 = 0,80 e cos 2 = 0, 60, o valor mínimo da
Dois blocos, A e B, de massas, respectivamente, iguais a
10, 0 kg e 30, 0 kg, são unidos por meio de um fio ideal, que
passa por uma polia, sem atrito, conforme a figura.
Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade local
igual a 10, 0 m s 2 , o coeficiente de atrito cinético entre os
blocos e as superfícies de apoio igual a 0, 2,
sen 37 = cos 53 = 0,6 e sen 53 = cos 37 = 0,8, é correto
afirmar que o módulo da tração no fio que liga os dois blocos,
em kN, é igual a
(A) 0,094
(B) 0,096
(C) 0,098
(D) 0,102
(E) 0,104

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 249

 CAPÍTULO XVI

GABARITO

1. a) 20 N b) 80 N c) 120 N 30. 0,2

2. D 31. A

3. C 32. C

4. A 33. B

5. 4 kg 34. 2emA

6. C 35. A

7. E 36. a) I b) III c) II d) IV

8. D 37. B

9. 45º 38. D

10. D 39. E

11. B 40. 02 + 04 + 08 = 14.

12. B 41. B

13. A 42. E

14. a) 5 N b) 0,1 43. E

15. D 44. B

16. D 45. C

17. a) 3 N b) 2 m/s2 46. D

18. 4 m/s2 47. D

19. 50 N 48. C

20. C 49. A

21. C 50. E

22. 1,2 m/s2 51. C

23.g(sen - cos) 52. D

24. 3 m/s2

25. A

26. B

27. 1,2 m/s2

28. D

29. D
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 250

CAPÍTULO XVII - FORÇAS EM TRAJETÓRIAS
CURVILÍNEAS
1. Resultante tangencial e centrípeta
Considere uma partícula de massa m descrevendo, em
relação a um referencial inercial, uma trajetória curva e plana.
Considere também que diversas forças atuam nesta partícula,
como por exemplo, F1 , F2 e F3 , conforme a figura abaixo.
A figura abaixo mostra a resultante das forças que
atuam na partícula no instante considerado.
Em muitos casos é conveniente decompor a força
resultante nas direções da tangente e da normal à trajetória.
Ft
Fcp
A componente Ft chamamos de resultante tangencial e
a componente Fcp chamamos de resultante centrípeta.
Note que:
F2 = Ft2 + Fcp2
a tangencial, a resultante centrípeta e a resultante de todas as
Aplicando a 2 Lei de Newton na direção tangencial,
vem:
Ft = m.a t
A resultante tangencial ( Ft ) tem a função de variar o
módulo da velocidade vetorial ( v ) da partícula.
O módulo da aceleração tangencial é igual ao módulo
da aceleração escalar:
at = a
Se Ft tiver o mesmo sentido de v , o movimento da
partícula será acelerado. Se Ft tiver sentido oposto ao de v ,
o movimento da partícula será retardado.
Aplicando a 2a Lei de Newton na direção normal,
vem:
Fcp = m.a cp
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVII
A resultante centrípeta ( Fcp ) tem a função de variar a
direção da velocidade vetorial ( v ) da partícula.
O módulo da aceleração centrípeta é dado por:
v2
a cp =
R
onde v é o módulo da velocidade da partícula e R é o raio de
curvatura da curva no ponto considerado.
Se a trajetória for uma circunferência o raio de
curvatura em qualquer ponto é igual ao raio. Podemos
escrever o módulo da aceleração centrípeta da seguinte
maneira:
v2 ( .R )
2
a cp = =  a cp = 2 . R
R R
onde  é a velocidade angular da partícula.
Exercícios
1. Uma partícula descreve um movimento circular
uniformemente acelerado no sentido anti-horário.
Represente graficamente a velocidade vetorial, a resultante
forças, quando a partícula passa pelo ponto P indicado.
2. Um ponto material de massa m = 0,20 kg descreve uma
trajetória circular de raio R = 0,50 m, com velocidade angular
constante  = 8,0 rad/s. Determine a intensidade da resultante
centrípeta que age sobre a partícula.
3. Um ponto material de massa m = 0,25 kg descreve uma
trajetória circular de raio R = 0,50 m, com velocidade escalar
constante e frequência f = 4,0 Hz. Calcule a intensidade da
resultante centrípeta que age sobre o ponto material. Adote
2 = 10.
4. ITA-SPSeja F a resultante das forças aplicadas a uma
partícula de massa m, velocidade v e aceleração a . Se a
partícula descreve uma trajetória plana, indicada pela curva
tracejada em cada um dos esquemas abaixo, segue-se que,
aquele que relaciona corretamente os vetores coplanares F ,
v e a é:
251
 CAPÍTULO XVII

(A) (B)

(C) (D)
T2
Determine a razão entre as intensidades das trações T2 e
T1
T1 que atuam, respectivamente, nos fios (2) e (1).

9. No esquema, temos um pêndulo simples de comprimento

= 1,0 m e com uma esfera de massa m = 0,40 kg,
(E)
oscilando entre os pontos A e B. A velocidade escalar da
esfera ao passar pelo ponto mais baixo C é v = 5,0 m/s.

5. Um móvel de massa m = 1,0 kg, realiza um movimento

circular de raio R = 2,0 m, obedecendo à seguinte equação
horária do espaço:
s = 2,0 – 8,0t + 3,0t2 (SI)
Determine, no instante t = 2,0 s, a intensidade da resultante:
a) tangencial; Qual a intensidade da força que traciona o fio quando a esfera
b) centrípeta; e passa pelo ponto C? É dado g = 10 m/s2.
c) de todas as forças que agem no móvel.
10. Uma pequena esfera de massa m = 0,20 kg está presa a
6. Um pequeno bloco de massa m = 2,0 kg, preso à um fio de comprimento = 0,80 m e gira num plano vertical,
extremidade de um fio, descreve, sobre uma mesa lisa, uma descrevendo uma circunferência. Ao passar pelo ponto mais
circunferência horizontal de raio R = 0,60 m, com velocidade baixo A, a velocidade da esfera é vA = 5,0 m/s e pelo ponto
escalar constante v = 6,0 m/s. mais alto B é vB = 3,0 m/s.

Sendo g = 10 m/s2, determine a intensidade da força de tração

que o fio exerce no bloco.

7. Na figura temos dois corpos de massas iguais a 0,20 kg,

ligados por fios de 1,0 m de comprimento cada, girando num Determine as intensidades das trações nos fios, nos pontos A
plano horizontal, sem atrito, com velocidade angular e B.
constante  = 2,0 rad/s, em torno do ponto fixo O.
11. UF-PA Um pequeno corpo de massa m está preso à
extremidade de uma corda de comprimento L e gira com
velocidade angular  em uma circunferência vertical. A
tração na corda, quando o corpo está no ponto mais alto da
trajetória, é dada por:
 2 L 
(
(A) m 2 L + g ) (B) m  −g
 4 

( )
Determine as intensidades das trações nos fios.
( )
12
(C) m  L − g (D) m 2 L − g
2
8. A figura mostra um sistema de dois corpos de massa iguais,
ligadas por fios inextensíveis e de massas desprezíveis,
(E) m (  L + g )
12
2
girando num plano horizontal, sem atrito, com velocidade
angular , constante, em torno do ponto fixo O.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 252

12. A figura representa o corte vertical de um trecho de
rodovia. Os raios de curvatura nos pontos A e B são iguais a
100 m. Um automóvel de massa 1000 kg percorre o citado
trecho com velocidade escalar 10 m/s.
Determine as intensidades das forças normais que a pista
aplica no automóvel nos pontos A e B.
É dado g = 10 m/s2.
13. Na figura abaixo, um disco de massa 3,0 kg encontra-se
preso a uma mola de constante elástica 3,0.104 N/m, podendo
mover-se em torno do ponto O num plano horizontal, sem
atrito. Para que o disco possa executar um movimento
circular e uniforme com velocidade escalar de 5,0 m/s numa
trajetória de raio 10 cm, a deformação apresentada pela mola
deverá ser, em centímetros, igual a:
(A) 1,1
(B) 2,5
(C) 3,0
(D) 5,0
(E) 10
14. UnB-DF Um certo trecho de uma montanha-russa é
aproximadamente um arco de circunferência de raio R. Os
ocupantes de um carrinho, ao passar por este trecho, sentem
uma sensação de aumento de peso. Avaliam que, no máximo,
o seu peso foi triplicado. Desprezando os efeitos de atritos,
os ocupantes concluirão que a velocidade máxima atingida
foi de:
(A) 3gR (B) 3 gR
(C) 2 gR (D) 2gR
15. Um motociclista realiza um movimento circular, num
plano vertical, no interior de um “globo da morte”, de raio R.
Determine a menor velocidade do motociclista no ponto mais
alto, para conseguir efetuar a curva completa. É conhecida a
aceleração da gravidade g.
16. UNISA-SP Um motociclista descreve uma
circunferência vertical num “globo da morte” de raio 4 m.
Que força é exercida sobre o globo no ponto mais alto da
trajetória se a velocidade da moto é ali de 12 m/s? A massa
total (motociclista + moto) é de 150 kg.
(A) 1500 N (B) 2400 N (C) 3900 N
(D) 5400 N (E) 6900 N
17. A ilustração abaixo representa um globo da morte, dentro
do qual um motociclista realiza evoluções contidas em um
plano vertical.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVII
O raio da circunferência descrita pelo conjunto moto-piloto é
igual ao do globo e vale R. O ponto A é o mais alto da
trajetória e por lá o conjunto moto-piloto, que tem massa M,
passa com a mínima velocidade admissível para não perder
contato com a superfície esférica. Supondo que a aceleração
da gravidade tenha módulo g, analise as proposições a seguir:
(01) No ponto A, a força vertical trocada pelo conjunto moto-
piloto e o globo é nula.
(02) No ponto A, a força resultante no conjunto moto-piloto
tem intensidade Mg.
(04) No ponto A, ao peso do conjunto moto-piloto
desempenha a função de resultante centrípeta.
(08) No ponto A, a velocidade do conjunto moto-piloto tem
gR
módulo .
(16) Se a massa do conjunto moto-piloto fosse 2M, sua
2g R
velocidade no ponto A teria módulo .
Dê a resposta como a soma dos números associados às
proposições corretas.
18. Um carro entra em uma curva circular de raio R, num
plano horizontal, em movimento uniforme. O coeficiente de
atrito estático entre os pneus e o asfalto é .
Sendo g a aceleração da gravidade, determine a máxima
velocidade do carro para fazer a curva sem derrapar.
19. UFLA-MG um dos fatores que influem no desempenho
de um carro de Fórmula 1 é o “efeito asa”. Esse efeito, que
pode ser mais ou menos acentuado, surge na interação do ar
com a geometria do carro. Quando se altera o ângulo de
inclinação dos aerofólios, surge uma força vertical para
baixo, de forma que o carro fica mis preso ao solo.
Considerando-se um carro com “efeito asa” igual ao seu
peso, coeficiente de atrito estático e = 1,25 entre pneus e
asfalto e g = 10 m/s2, esse carro pode fazer uma curva plana
e horizontal de raio de curvatura 100 m, sem deslizar, com
velocidade escalar máxima de:
(A) 90 km/h
(B) 144 km/h
253
 CAPÍTULO XVII

(C) 180 km/h

(D) 216 km/h
(E) 252 km/h

20. Considere um carro de massa m percorrendo uma curva

circular de raio R, sobrelevada de um ângulo  em relação ao
plano horizontal. Suponhamos que a aceleração da gravidade
tenha módulo g e que o movimento seja uniforme, com
velocidade escalar v. Determine o valor de v em função dos
demais parâmetros para que o carro descreva a trajetória sem
precisar da força de atrito.
Sendo o raio da trajetória R = 0,30 m; g = 10 m/s 2;
21.
sen = 0,60 e cos = 0,80, determine a intensidade da força
que traciona o fio e a velocidade escalar da esfera.

24. O “rotor” é um brinquedo que existe em parques de

diversões. Ele é constituído de um cilindro oco provido de
um assoalho. As pessoas entram no cilindro e ficam de pé
encostadas na parede interna. O cilindro começa a girar em
torno de seu eixo vertical e, a partir de uma velocidade
angular mínima, o assoalho é retirado e as pessoas ficam
“presas” à parede do cilindro.

Um automóvel, de dimensões desprezíveis e de massa

m = 1000 kg, percorre co m velocidade escalar constante de
10 m/s uma circunferência de raio 100 m, contida num plano
horizontal. Esse movimento ocorre numa pista sobrelevada,
isto é, a margem externa é mais elevada que a margem
interna. Determine o ângulo  de sobrelevação da pista com
a horizontal para que o automóvel consiga efetuar a curva
independente da força de atrito. É dado g = 10 m/s2. O ângulo
 pode ser dado pela tg.

22. No esquema, temos um pêndulo simples de comprimento Sendo R = 2,0 m o raio do cilindro; g = 10 m/s2 a aceleração
= 1,0 m e com uma esfera de massa m = 0,50 kg, da gravidade e  = 0,20 o coeficiente de atrito entre as
oscilando entre os pontos A e B. A velocidade escalar da pessoas e o cilindro, determine a velocidade angular mínima
esfera ao passar pelo ponto C indicado é v = 4,0 m/s. que o cilindro deve ter para que as pessoas não escorreguem.

25. ITA Uma massa puntiforme se move, sob a influência da

gravidade e sem atrito, com velocidade angular em um
circulo a uma altura h  0 na superfície interna de um cone
que forma um ângulo  com seu eixo central, como mostrado
na figura. A altura h da massa em relação ao vértice do cone
é
g
(A) 
2

g 1
(B) 2
sen
Determine: g cot 
(C)  sen
a) a intensidade da força que traciona o fio, quando a esfera 2

passa pelo ponto C; e

g
b) o módulo da aceleração tangencial da esfera em C. cot g 2 
(D)  2

Dados: g = 10 m/s2; sen = 0,60 e cos = 0,80 (E) Inexistente, pois a única posição de equilíbrio é h = 0.

23. Uma pequena esfera de massa m = 0,40 kg, suspensa por 26. Considere duas partículas de massa m, cada qual presa
um fio, descreve um movimento circular uniforme em torno
numa das pontas de uma corda, de comprimento e massa
do centro C, em um plano horizontal, constituindo o chamado
desprezível, que atravessa um orifício de uma mesa
pêndulo cônico.
horizontal lisa. Conforme mostra a figura, a partícula sobre a
mesa descreve um movimento circular uniforme de raio r e
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 254
 CAPÍTULO XVII

velocidade angular 1 . A partícula suspensa também
descreve esse mesmo tipo de movimento, mas com
velocidade angular 2 , estando presa a uma mola de
constante elástica k e comprimento natural desprezível,
mantida na horizontal.
04) a velocidade mínima para o piloto 1 realizar a manobra é
de 11, 0 m s.
08) a velocidade mínima para o piloto 1 realizar a manobra
aumenta se o raio do Globo aumentar.
16) a força centrífuga sobre o sistema piloto-moto tem o
sentido para o centro da trajetória.
32) um piloto com massa menor do que o piloto 1 poderia
realizar a manobra com menor velocidade.

28. Em um autódromo, cuja pista tem 5.400 m de

comprimento, há uma curva de raio 120 m, em superfície
plana inclinada, na qual a borda externa é mais elevada que a
interna, como mostra a figura. O ângulo de inclinação  é tal
que sen = 0,60.

Sendo g o módulo da aceleração da gravidade e  o ângulo

do trecho suspenso da corda com a vertical, a razão
( 1 2 ) é dada por
2

r[mg + k( − r) cos ) ( − r)(mg + kr cos )

(A) . (B) .
mg( − r) mgrsen
( − r)(mg + kr tg) k( − r) cos  a) Supondo que um carro de competição desenvolva uma
(C) . (D) . velocidade média de 216 km h , determine o intervalo
kr 2 mg + kr
de tempo, em segundos, em que ele completa uma volta
( − r)k cos  nessa pista.
(E) .
mg + k( − r) cos  b) Considere que a massa do carro seja igual a 600 kg, que
sua velocidade na curva inclinada seja 30 m s e que a
27. Finalmente, o momento mais aguardado pela plateia do
componente horizontal desta velocidade seja igual à
Circo da Física: o Globo. Em uma esfera de aço com 4,84 m
resultante centrípeta. Determine a intensidade da força
de diâmetro cujo coeficiente de atrito entre o pneu e o aço é normal, em newtons, aplicada pela pista sobre o carro,
0, 2, cinco destemidos pilotos fazem manobras radicais com nessa curva.
suas motos. No ponto alto da apresentação, o Globo se abre,
deixando a plateia apreensiva e extasiada, e três pilotos 29. Na figura, presa a um fio de comprimento de 1, 0 m, uma
parecem flutuar no ar com suas motos, como mostrado na massa de 1, 0 kg gira com uma certa velocidade angular num
figura abaixo.
plano vertical sob a ação da gravidade, com eixo de rotação
a h = 6, 0 m do piso. Determine a velocidade angular mínima
dessa massa para a ruptura do fio que suporta no máximo a
tração de 46 N, bem como a distância ao ponto P do ponto
em que, nesse caso, a massa tocará o solo.

30. Um pequeno objeto de massa m é pendurado por um fio

ao teto, e é largado do repouso na posição 1, como mostra a
Figura 1, onde também são indicadas outras quatro posições
pelas quais o objeto passa em seu movimento oscilatório. Na
Figura 2, está indicado um conjunto de vetores em cada uma
Com base no exposto acima e na figura, é correto afirmar das posições.
que:
01) o período da rotação do piloto 1, quando está com a
velocidade mínima para realizar a manobra, é de 2,0 s.
02) a velocidade angular mínima do piloto 1 é de
aproximadamente 4,54 rad s.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 255

 CAPÍTULO XVII

A associação correta entre as grandezas físicas descritas e os

vetores da Figura 2 nas posições mencionadas, quando o
objeto é largado e está se deslocando da esquerda para a
direita, em sua primeira oscilação, é:
(A) na posição 5, o vetor f representa a força resultante
sobre o corpo, e a velocidade do corpo é nula.
(B) na posição 4, o vetor d representa a aceleração do corpo,
e o vetor e representa sua velocidade.
(C) na posição 1, a velocidade e a aceleração do objeto são
nulas.
(D) na posição 2, o vetor b representa a velocidade, e o vetor
a representa a aceleração do objeto no instante em que
passa pelo ponto.
(E) na posição 3, a aceleração do objeto é nula, e sua
velocidade é representada pelo vetor c.
31. Os grandes parques de diversões espalhados pelo mundo
são destinos tradicionais de férias das famílias brasileiras.
Considere um perfil de montanha-russa mostrado na imagem,
na qual o looping possui um raio R.
Desprezando todas as forças de atrito e considerando o
equipamento uma partícula, o módulo da força de tração na
corda no ponto mais baixo da trajetória é
Dado: considere a aceleração da gravidade g = 10 m s 2 .
(A) 500 N
(B) 600 N
(C) 700 N
(D) 800 N
(E) 900 N
33. O projeto para um balanço de corda única de um parque
de diversões exige que a corda do brinquedo tenha um
comprimento de 2,0 m. O projetista tem que escolher a
corda adequada para o balanço, a partir de cinco ofertas
disponíveis no mercado, cada uma delas com distintas
tensões de ruptura.
A tabela apresenta essas opções.

Corda I II III IV V
Tensão
de
ruptura 4.200 7.500 12.400 20.000 29.000
(N)

Ele tem também que incluir no projeto uma margem de

Desprezando qualquer forma de dissipação de energia no
sistema e supondo que a energia cinética medida para o
carrinho seja apenas de translação, a altura mínima em
relação ao nível de referência em que o carrinho pode partir
do repouso e efetuar o looping com sucesso é
(A) h1 (B) h 2 (C) h 3 (D) h 4
32. Um operário, na margem A de um riacho, quer enviar um
equipamento de peso 500 N para outro operário na margem
B.
Para isso ele utiliza uma corda ideal de comprimento
L = 3 m, em que uma das extremidades está amarrada ao
equipamento e a outra a um pórtico rígido.
Na margem A, a corda forma um ângulo  com a
perpendicular ao ponto de fixação no pórtico.
O equipamento é abandonado do repouso a uma altura de
1, 20 m em relação ao ponto mais baixo da sua trajetória. Em
seguida, ele entra em movimento e descreve um arco de
circunferência, conforme o desenho abaixo e chega à
margem B.
segurança; esse fator de segurança é tipicamente 7, ou seja,
o balanço deverá suportar cargas sete vezes a tensão no ponto
mais baixo da trajetória. Admitindo que uma pessoa de
60 kg, ao se balançar, parta do repouso, de uma altura de
1, 2 m em relação à posição de equilíbrio do balanço, as
cordas que poderiam ser adequadas para o projeto são
Note e adote:
- Aceleração da gravidade: 10 m s 2 .
- Desconsidere qualquer tipo de atrito ou resistência ao
movimento e ignore a massa do balanço e as dimensões da
pessoa.
- As cordas são inextensíveis.
(A) I, II, III, IV e V.
(B) II, III, IV e V, apenas.
(C) III, IV e V, apenas.
(D) IV e V, apenas.
(E) V, apenas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 256

 CAPÍTULO XVII

34.
Para avaliar o papel da “Downforce”, considere um carro de
Fórmula 1, de massa M, realizando uma curva em
determinada pista plana. Ao se desprezar completamente os
efeitos produzidos pelo seu movimento em relação ao ar, mas
considerando o atrito entre pneus e o asfalto, o carro
consegue fazer a curva, sem derrapar, a uma velocidade
máxima V. Porém, ao levar em conta, especificamente, a
atuação da “Downforce” D (desconsiderando a força de
arrasto) a velocidade máxima V ' do carro, nessa mesma
O sistema mostrado na figura gira em torno de um eixo curva, muda em função de D. Nessas condições, o gráfico
central em velocidade angular constante . Dois cubos que melhor representa a relação
V'
em função de D é
idênticos, de massa uniformemente distribuída, estão V
dispostos simetricamente a uma distância r do centro ao (A)
eixo, apoiados em superfícies inclinadas de ângulo .
Admitindo que não existe movimento relativo dos cubos em
relação às superfícies, a menor velocidade angular  para
que o sistema se mantenha nessas condições é:
Dados:
- aceleração da gravidade: g;
- massa de cada cubo: m;
- aresta de cada cubo: a; e (B)
- coeficiente de atrito entre os cubos e as superfícies
inclinadas: .
1
g    cos ()  2
(A)   
 r  sen () +   cos ()  
1
g    cos ()  2
(B)   
 r  cos () +   sen ()   (C)
1
 g    sen () + cos ()   2
(C)   
 r  sen () +   cos ()  
1
 g  sen () −   cos ()   2
(D)   
 r  cos () +   sen ()  
1
 g  sen () −   cos ()   2 (D)
(E)   
 r  sen () +   cos ()  

35. Em muitos problemas de física desprezam-se as forças de

resistência ao movimento. Entretanto, sabe-se que, na
prática, essas forças são significativas e muitas vezes
desempenham um papel determinante.
Por exemplo, “no automobilismo, os veículos comumente
possuem dispositivos aerodinâmicos implementados, os
quais têm a função de contribuir para o aumento da 36. Uma criança deixa sua sandália sobre o disco girante que
‘Downforce’, uma força vertical, inversa à sustentação, que serve de piso em um carrossel. Considere que a sandália não
busca incrementar a aderência dos pneus ao asfalto através desliza em relação ao piso do carrossel, que gira com
de um acréscimo na carga normal, permitindo que o veículo velocidade angular constante, . A força de atrito estático
possa realizar as curvas com uma velocidade maior do que o sobre a sandália é proporcional a
faria sem estes dispositivos”. (A) .
(Trecho retirado da monografia intitulada Sistema ativo de (B) 2 .
redução de arrasto aerodinâmico por atuador aplicado a um
protótipo de fórmula SAE, de autoria de Danilo Barbosa (C) 1 2 .
Porto, apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos, (D) 3 2 .
da Universidade de São Paulo, em 2016).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 257
 CAPÍTULO XVII

37. Numa pista de corrida sobrelevada, deseja-se verificar a é constante.

inclinação da pista numa curva de raio igual 60 3 m sem
considerar o atrito, onde o carro possa desenvolver uma
velocidade de 72 3 km h.
Na figura a seguir, estão representados o carro de corrida e a
pista numa perspectiva frontal, em que  é a inclinação da
pista. Considere g = 10 m s 2 .

Considerando sen  = 0, 6, cos  = 0,8, g = 10 m s 2 e

desprezando a resistência do ar, a velocidade angular do
objeto, em seu movimento de João a José, é igual a
Qual a inclinação da pista de corrida para que a segurança do (A) 1, 0 rad s.
piloto não dependa do atrito entre a pista e os pneus do carro? (B) 1,5 rad s.
(A) 40.
(C) 2,5 rad s.
(B) 30.
(D) 2, 0 rad s.
(C) 25.
(D) 35. (E) 3, 0 rad s.
(E) 45.
40. Em um filme de ficção científica, uma nave espacial
possui um sistema de cabines girantes que permite ao
38. Uma partícula de massa m, presa na extremidade de uma
astronauta dentro de uma cabine ter percepção de uma
corda ideal, descreve um movimento circular acelerado, de aceleração similar à gravidade terrestre. Uma representação
raio R, contido em um plano vertical, conforme figura a esquemática desse sistema de gravidade artificial é mostrada
seguir. na figura a seguir. Se, no espaço vazio, o sistema de cabines
gira com uma velocidade angular , e o astronauta dentro
de uma delas tem massa m, determine o valor da força
normal exercida sobre o astronauta quando a distância do
eixo de rotação vale R. Considere que R é muito maior que
a altura do astronauta e que existe atrito entre o solo e seus
pés.

Quando essa partícula atinge determinado valor de

velocidade, a corda também atinge um valor máximo de
tensão e se rompe. Nesse momento, a partícula é lançada
horizontalmente, de uma altura 2R, indo atingir uma
distância horizontal igual a 4R. Considerando a aceleração
da gravidade no local igual a g, a tensão máxima
experimentada pela corda foi de
(A) mg
(B) 2 mg (A) mR2
(C) 3 mg
(B) 2mR2
(D) 4 mg
(C) mR2 2
39. Em um edifício em construção, João lança para José um (D) m2 R
objeto amarrado a uma corda inextensível e de massa
(E) 8mR2
desprezível, presa no ponto O da parede. O objeto é lançado
perpendicularmente à parede e percorre, suspenso no ar, um
arco de circunferência de diâmetro igual a 15 m, contido em
um plano horizontal e em movimento uniforme, conforme a
figura. O ponto O está sobre a mesma reta vertical que passa
pelo ponto C, ponto médio do segmento que une João a José.
O ângulo , formado entre a corda e o segmento de reta OC,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 258
 CAPÍTULO XVII

m  v2
600 kg  ( 30 m s )
GABARITO 2
N= r N=  N = 7500 N
1. - sen  120 m  0, 60
2. 6,4 N
3. 80 N 29. No ponto mais baixo da trajetória, temos:
4. D Fcp = Tmáx − P
5. a) 6,0 N b) 8,0 N c) 10 N
m2 r = Tmáx − mg
6. 120 N
7. T1 = 1,6 N e T2 = 2,4 N 1  2 1 = 46 − 110
8. 3/2  = 6 rad s
9. 14 N
10. 8,25 N; 0,25 N Velocidade horizontal:
11. D v = r = 6 1  v = 6 m s
12. NA = 11000N e NB = 9000 N Tempo de queda após o lançamento horizontal:
13. B gt 2 10t 2
14. D y = v0y +  6 −1 =  t =1s
2 2
gR Portanto, chegamos ao alcance:
15.
16. C A = v  t = 6 1
17. 15 A = 6 m
v = gR
18. máx 30. B
19. C 31. B
v = g R tg 32. E
20.
33. C
21. tg = 0,10 34. D
22.a) 12 N b) 6,0 m/s2 35. B
23. T = 5,0 N e v = 1,5 m/s
36. B
24. 5 rad/s
25. D 37. ANULADA
26. A 38. C
27. 02 + 04 + 08 = 14. 39. A
28. a) Cálculo do intervalo de tempo através da velocidade 40. A
média:
s s 5400 m 5400 m
vm =  t =  t = =  t = 90 s
t vm 216 km h 60 m s
km h
3, 6
ms
b) Sendo a componente horizontal a resultante centrípeta,
conforme a figura abaixo podemos determinar um
triângulo retângulo e a partir deste resolver o problema
com o auxílio da trigonometria:

Assim, pelo triângulo retângulo, obtemos:

cateto oposto Fc F
sen  = = N= c
hipotenusa N sen 
m  v2
Como a resultante centrípeta é: Fc = , então:
r

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 259

 CAPÍTULO XVII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 260

 CAPÍTULO XVIII

CAPÍTULO XVIII - TRABALHO E ENERGIA

1. Motivação

Estudamos, nas aulas anteriores, como aplicamos as Leis

de Newton à resolução de diversas situações de problemas
existentes, de maneira satisfatória. Para que então estudar
mais uma ferramenta para resolver esses problemas?
Tente resolver os seguintes problemas:

•Problema 1: Uma caixa de massa M e puntiforme é Observe que agora a

abandonada a partir do repouso de uma altura H de um plano aceleração do bloco é variável,
inclinado de um ângulo  com relação à horizontal. Determine logo as equações de MUV que
a intensidade da velocidade com que a caixa chega ao fim do conhecemos não poderão ser
plano inclinado. usadas. Como sairemos desta
cilada?

Os conceitos de trabalho e energia nos fornecerão novas

equações (todas oriundas das Leis de Newton) que trarão uma
grande economia de algebrismos na resuloçãs desses
problemas.

2. Ententendo o que é trabalho realizao por força ao longo

de um deslocamento

Quando um corpo de massa M se desloca com velocidade

v , dizemos que ele possui uma energia de movimento,
denominada energia cinética (EC) dada, matematicamente,
pela expressão:
Para encontrarmos a velocidade desejada, precisamos
encontrar a aceleração da caixa. Para isso observe que a
componente P sen é a força resultante, logo: 1
EC = m v2
2
P sen = ma  m gsen = ma  a = gsen
A unidade de energia no SI é o joule (J).
Como a aceleração é constante temos um MRUV. Utilizando
a equação de Torricelli, temos: Considere um corpo de massa m sobre uma superfície
horizontal sem atrito. O corpo encontra-se inicialmente (t0 =
 0) com velocidade v0 , em relação a um referencial fixo à
 v0 = 0
 Terra. Sob ação de uma força resultante F , constante e
v = v0 + 2as a = g sen
2 2
, então : horizontal, o corpo, após percorrer uma distância d, possuirá
 H H velocidade v .
s = , pois sen =
 sen s
H
v2 = 02 + 2.g sen .  v = 2gH
sen

•Problema 2: Uma caixa de massa M e puntiforme é

abandonada a partir do repouso de uma altura H de uma rampa
ondulada, conforme mostra a figura. Determine a intensidade Da equação de Torricelli, vem:
da velocidade com que a caixa chega ao fim do plano
inclinado.
v2 = v02 + 2a d

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 261

 CAPÍTULO XVIII

m
O Multiplicando os dois membros da equação por , vem: Vejamos alguns casos particulares:
2

1 1
m v2 = m v02 + m a d a) F e d têm mesma direção e sentido:
2 2

Observe que, da 2a Lei de Newton:

F = ma

Logo:
b) F e d têm mesma direção e sentidos opostos:
1 1
Fd = m v 2 − m v02
2 2

Observe que o termo F d representa a quantidade de

energia cinética que o corpo “ganhou” devido à ação da força
durante o deslocamento.
Por definição esse termo é denominado de “trabalho
realizado pela força F durante o deslocamento d” e o c) F é perpendicular a d :
representamos da seguinte maneira:

W = Fd

onde W representa o trabalho da força resultante F . Sua

unidade no SI é a mesma da energia, que é o joule (J).
Portanto o trabalho realizado por uma força corresponde a
quantidade de energia que a força transfere para o corpo
durante o movimento.
Nos próximos itens estudaremos mais detalhadamente a
grandeza trabalho.
3. Trabalho realizado por uma força constante
Considere uma partícula que descreve uma trajetória
qualquer e está submetida à uma força constante F , dentre
outras forças. A partícula vai do ponto A até o ponto B.
Indiquemos por d o vetor deslocamento de A até B e seja  o
ângulo entre F e d.
4. Trabalho motor e trabalho resistente
Quando 0    90o , temos cos > 0 e portanto o
trabalho realizado pela força F será positivo. Neste caso a
força F favorece o deslocamento e a energia cinética do
corpo aumenta. Dizemos que o trabalho da força F é um
trabalho motor.
Quando 90    180o , temos cos < 0 e portanto o
trabalho realizado pela força F será negativo. Neste caso a
força F desfavorece o deslocamento e a energia cinética do
corpo diminui. Dizemos que o trabalho da força F é um
trabalho resistente.

5. Lembrando das unidades do trabalho

No SI:
1J=1N.m

Por definição, o trabalho realizado pela força F ao longo No sistema CGS:

1 erg = 1 dyn . cm
do deslocamento d é dado por:
A relação entre erg e joule é dada por:
W = F.d .cos  1 J = 107 erg

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 262

 CAPÍTULO XVIII

Exercícios 6. Situações em que não há realização de trabalho

1. EsPECEx Um bloco B sobe a rampa de um plano • Exemplo 1:

inclinado, descrevendo um movimento
uniformemente acelerado. Sobre ele, age uma força
constante, conforme a figura abaixo. Há força de atrito entre
as superfícies do bloco e da rampa.
Com relação às forças que agem no bloco, podemos afirmar
que:

(A) a força F realiza um trabalho negativo.
(B) a força peso realiza um trabalho positivo.
(C) a força normal não realiza trabalho.
(D) a força de atrito não realiza trabalho.
(E) a força resultante não realiza trabalho.
retilíneo
Dintoquinovaslei, o homem da
figura ao lado, está segurando as malas
por mais de 20 minutos, nessa posição
fixa, sem se mexer. Ele está realizando
trabalho (do ponto de vista da Física)?
Ele está fazendo bastante esforço,
mas não realiza trabalho, pois não há
deslocamento na direção da força que
ele exerce para equilibrar o peso das
malas.
Note que o conceito de trabalho do
ponto de vista da Física não condiz com
as nossas idéias do cotidiano.
• Exemplo 2:
Suponha, agora, que Dintoquinovaslei, resolva andar
calmamente e com velocidade constante, mas sempre
segurando as malas do mesmo jeito.
E agora? Ele realiza trabalho?

2. Uma partícula percorre o eixo Ox indicado, deslocando-se

da posição x1 = 2 m para a posição x2 = 8 m:

Observe que tanto a força F, realizada pelo

Dintoquinovaslei, tanto a força Peso (P) possuem direções
perpendiculares ao deslocamento, portanto não realizam
  trabalho.
Sobre ela agem duas forças F1 e F2 , de intensidades
• Exemplo 3:
respectivamente iguais a 80 N e 10 N. Calcule os trabalhos de
 
F1 e F2 no deslocamento de x1 a x2.

3. EsPECEx Uma partícula de massa 10 mg parte do repouso

e sob a ação exclusiva de duas forças constantes e
 
perpendiculares entre si F1 e F2 , de módulos
respectivamente iguais a 12 N e 16 N, sofre um deslocamento
de 2 m. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis, o
trabalho realizado pela força resultante na partícula, durante
esse deslocamento, em joules, é de

Observe que a força de tração, que o fio exerce sobre a

(A) 8
esfera, é sempre perpendicular à sua trajetória e, portanto, não
(B) 40 realiza trabalho.
(C) 56 Podemos generalizar esse resultado da seguinte maneira:
(D) 144
(E) 256 Forças que são que são radiais ou centrípetas nunca
realizam trabalho.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 263
 CAPÍTULO XVIII

7. Soncim desmistifica o trabalho da força de atrito
Será que o trabalho da força de atrito é sempre negativo?
Será que ele sempre irá dissipar energia do sistema?
Observe o exemplo abaixo, onde um bloco A repousa
sobre um bloco B e ambos estão inicialmente em repouso
sobre uma superfície horizontal lisa. Há atrito somente entre
os blocos A e B.
multiplicado pelo cosseno do ângulo entre as direções da força
e do deslocamento.
N
W = A . cos 
Se a força possuir mesma direção do deslocamento o
ângulo na equação acima será igual a 0º ou 180º e o cos será
igual a 1 ou -1, conforme mostra a figura abaixo:

Num determinado instante aplica-se uma força horizontal

F no bloco B para direita. Os blocos começarão a se mover
para direita. Isolemos o bloco A:

N Observe que o gráfico agora mostra o valor algébrico da

força F , ou seja, seu módulo acompanhado do sinal de + ou
A de –.
Fat O valor do trabalho será dado por:

P N
W = A1 − A 2

Observe que o sentido da força de atrito no bolo A é para

direita bem como o sentido do seu deslocamento, portanto,
nesse caso, o trabalho da força de atrito é positivo, IMPORTANTE
aumentando a energia cinética do bloco A.
Você, caro aluno, tem que prestar atenção
8. Trabalho de uma força variável se o enunciado da questão está dizendo a
direção da força F para que você não caia
Considere uma partícula submetida à ação de diversas em nenhuma pegadinha.
forças e uma delas, força F , tem sempre a mesma direção, mas
possui intensidade variável.
F F Exercícios
F F
    4. EsPCEx O gráfico da figura mostra a variação da

intensidade da força F que atua sobre um corpo paralelamente
A B à sua trajetória, em função de seu espaço (x). Qual o trabalho
em joules, realizado por essa força quando o corpo vai de
Podemos calcular o trabalho que esta força realiza ao x = 2 m para x = 6 m?
longo de um deslocamento, se conhecermos o gráfico da
intensidade da força F em função do deslocamento. F (N)

20

0
10 x (m)

(A) 30.
(B) 6.
O trabalho da força F ao longo de um deslocamento AB é (C) 10.
numericamente igual a área entre o gráfico e o eixo horizontal (D) 32.
(E) 12.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 264
 CAPÍTULO XVIII

5. AFA Uma partícula está sob efeito de uma força conforme 9. Trabalho do peso
o gráfico abaixo:
Considere uma partícula de massa m que será deslocada
F
(N) de A até B, percorrendo a trajetória indicada na figura abaixo,
sob atuação de algumas forças (não-representadas) e do Peso.
3

0 4 8 1
0 x
(m)
–
2

O trabalho , em joules, realizado pela força no intervalo x = 0

a x = 10 é de
(A) 7. (B) 70.
(C) 4. (D) 23.

6. AFA Na figura, um bloco de 10 kg é arrastado por uma

força F ao longo da superfície horizontal. O gráfico mostra a
variação da força resultante no bloco, ao longo de 5 m. Se o
coeficiente do atrito é de 0,2, o trabalho realizado pela força

F , em J, quando o bloco se desloca de 0 a 3 m, será
Considere d o deslocamento vetorial da partícula da A até
B,  o ângulo entre P e d , g o módulo da aceleração da
gravidade e h a diferença de altura dos pontos A e B.
Da definição do trabalho de uma força constante, temos
que o trabalho de P ao longo do deslocamento d é dado por:

WP = P d cos 

Observe que do ABC:

h
cos  =  h = d cos 
d
Portanto:

(A) 30
(C) 150
(B) 90
(D) 250
WP = P h = mg h

7. O gráfico abaixo fornece a intensidade da força elástica que

uma mola exerce num bloco. Importante

O trabalho do Peso independe da trajetória e só depende

do desnível entre os pontos inicial e final do deslocamento,
por isso o Peso é uma força conservativa.

Note também que se o deslocamento da partícula tivesse

acontecido de B para A, o trabalho do peso seria negativo,
portanto:

Importante

O trabalho do Peso é positivo na subida, valendo

WP = P h = m g h , e negativo na subida, valendo
Determine:
a) a constante elástica da mola; WP = − P h = − m g h .
b) o trabalho da força elástica quando o bloco se desloca de
x = 0 a x = 1,0 m; e
c) o trabalho da força elástica quando o bloco se desloca de
x = 1,0 m a x = 2,0 m.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 265

 CAPÍTULO XVIII

Importante Nos dois casos, o bloco parte do repouso, parando ao atingir a

altura h. Desprezando todas as forças passivas, analise as
Se a variação de altura da proposições seguintes:
partícula é zero em um
deslocamento, ou seja, se ela I. Na situação 1, a força média exercida pelo homem é
sai de um ponto A e chega em menos intensa que na situação 2.
um ponto B cuja altura é a II. Na situação 1, o trabalho realizado pela força do
mesma de A, o trabalho de homem é menor que na situação 2.
Peso será nulo. III. Em ambas as situações, o trabalho do peso da carga
é calculado por – Ph.
IV. Na situação 1, o trabalho realizado pela força do
homem é calculado por Ph.
Exercícios
Responda mediante o código
8. AFA Na figura temos um pêndulo simples. Quando a (A) todas são corretas.
massa m oscilar de A até B, o trabalho realizado pela força (B) Todas são erradas
peso será: (C) Somente II e III são corretas.
(D) Somente I, III e IV são corretas.
(E) Somente III é correta.

11. Uma pequena esfera, de massa m = 2,0 kg, está presa à

extremidade de um fio de comprimento 2,0 m.

(A) 0 (B) 2mgL

(C) 2mgL (D) mgL(1 - cos)

Obs.: A e B estão no mesmo nível.

9. EFOMM Um objeto de massa 2 kg é deslocado pelo trecho

ABCD, conforme o desenho abaixo. O trabalho total da força
peso, em joules, no trecho é (dado : g = 10 m/s2) Determine o trabalho realizado pelo peso da esfera no
deslocamento de A para B. É dado g = 10 m/s2.

10. Trabalho da força elástica

Considere uma mola que está presa a um bloco e a parede.

Após a mola ser distendida, a mola exerce no bloco a força
elástica Fel que faz com que o bloco retorne a posição de
(A) 0 (B) 80 (C) 160 (D) 240 (E) 320 equilíbrio.

10. Nas duas situações representadas abaixo, uma mesma

carga de peso P é levada a uma altura h:

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 266

 CAPÍTULO XVIII

Como a força elástica é variável, já que ela é proporcional

ao deslocamento Fel = k x , pra calcularmos o trabalho
precisamos utilizar o gráfico do módulo da Fel em função x.

(A) 6000 J
(B) 250 J
(C) 3000 J
A área hachurada fornece o módulo do trabalho da força
elástica em um deslocamento x. (D) 500 J
(E) 125 J
( k.x ) .x 1
A= = k x2 13. A mola da figura abaixo possui constante elástica igual a
2 2
2000 N/m. Seu comprimento natural vale 10 cm.
Logo:
P
1 1
WF = k x 2  WF =  k x 2
2
el
2
el

2 cm
O trabalho da força elástica será positivo se a mola anel
estiver retornando para a posição de equilíbrio e será 10 cm
negativo se a mola estiver se afastando da posição de
equilíbrio. Q

Se quisermos calcular o trabalho da força elástica para

levar o bloco de uma posição A, onde a deformação vale x A, O trabalho da força elástica para levar o anel da posição P até
até uma posição B, onde a deformação vale x B devemos usar a posição Q vale:
a seguinte fórmula: (A) 8 J
(B) – 8 J
1 2 1 2 (C) 4 J
WF = k xA − k xB (D) – 4 J
el
2 2
(E) 0
Você saberia demonstrar por quê?

Importante 11. Teorema da Energia Cinética

A expressão anterior nos mostra que o trabalho da força Na folha de anterior consideramos um corpo de massa m
elástica independe da trajetória, só dependendo apenas das sobre uma superfície horizontal sem atrito. O corpo
posições inicial e final. encontrava-se inicialmente (t0 = 0) com velocidade v0 , em
relação a um referencial fixo à Terra. Sob ação de uma força
Exercícios resultante F , constante e horizontal, o corpo, após percorrer
uma distância d, possuiria velocidade v .
12. FEI Um corpo de massa 10 kg é puxado por uma mola de
constante elástica K = 100 N/m. O comprimento natural é
0
= 2 m. Qual é o trabalho realizado pela força elástica para
deslocar o corpo da posição x = 10 m para a posição
x = 4 m?

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 267


Demonstramos que vale a seguinte relação:
1 1
Fd = m v 2 − m v02
2 2
E, portanto:
1 1
W= m v2 − m v02
2 2
Ou seja, o trabalho da força resultante que atua na partícula
da é igual a variação da energia cinética da partícula.
W = EC, final − EC, inicial
Apesar dessa expressão ter sido demonstrada para um caso
particular, ela tem validade geral e constitui a expressão
matemática para o Teorema da Energia Cinética (TEC).
Teorema da Energia Cinética
O trabalho da resultante das forças que atuam na partícula
ao longo de um deslocamento é igual a variação da energia
cinética desta partícula no mesmo deslocamento
WResultante = EC = EC, final − EC, inicial
• Exemplo – Trabalho realizado no erguimento de um
corpo
A figura a seguir mostra um agente externo (operador)
levando um corpo de massa m, que encontra-se inicialmente
em repouso na posição A, e o deixando em repouso em um
ponto B, que encontra-se a uma altura h do ponto A.
Sabemos que o trabalho da força peso ao longo desse
percurso é facilmente calculado e vale:
WP = −mg h
Estamos interessado em saber qual é o valor do trabalho
realizado pelo agente externo ao longo desse percurso.
Utilizando o TEC, podemos escrever:
WRe sultante = E C, final − E C, inicial 
 Wagente + WPeso = 0  um bloco entrar em movimento:
 Wagente = − WPeso 
 Wagente = mgh
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
Exercícios
14. EN Uma partícula de massa M desloca-se ao longo de uma
trajetória retilínea. Sabe-se que no instante t = 0, quando a
partícula possui uma velocidade v = 1 m/s e ocupa a posição
x = 0, uma força que tem a mesma direção e sentido do vetor
velocidade atua sobre a partícula. Sob ação desta força, após
um deslocamento de 2 metros, a partícula passa a ter uma
velocidade v’ = 3 m/s.
Com o auxílio do gráfico dessa força em função da posição,
pode-se afirmar que a massa M da partícula, em kg, é:
(A) 0,5 (B) 1,0 (C) 2,0 (D) 4,0 (E) 8,0
15. Uma partícula de massa 2 kg é lançada a partir do solo
com velocidade de módulo 10 m/s e que forma um ângulo de
30º com relação ao solo. Determine a energia cinética desta
partícula ao atingir o ponto mais alto da trajetória.
(A) 30 J (B) 75 J
(C) 55 J (D) 90 J
16. Um bloco, de massa m = 5,0 kg, possuía velocidade
escalar igual a 10 m/s quando começou a sofre a ação de uma
força paralela ao solo e no mesmo sentido da velocidade. Após
percorrer 2,0 m a velocidade escalar do bloco passou a ser
igual a 12 m/s. O módulo da força vale:
(A) 40 N (B) 37 N
(C) 55 N (D) 70 N
17. AFA Um projétil de massa 10 g, com velocidade de
280 m/s, atravessa horizontalmente uma placa de madeira de
espessura 7 cm. Sendo a força de resistência da madeira
penetração do projétil constante e de valor igual a 4x10 3 N,
pode-se afirmar que a velocidade, em m/s, com que o projétil
sai da madeira vale, aproximadamente,
(A) 50 (B) 150
(C) 180 (D) 200
18. Um projétil de massa m = 0,10 kg atinge
perpendicularmente uma parede vertical com velocidade
escalar de 60 m/s. O projétil penetra na parede e desloca-se
20 cm até parar. Determine a intensidade da força que a parede
exerce no projétil e que se opõe ao movimento. Considere essa
força constante.
(A) 900 N (B) 550 N
(C) 750 B (D) 1200 N
19. AFA A figura abaixo representa três formas distintas para
268
 CAPÍTULO XVIII

23. ESPCEX (AMAN) Um corpo de massa 300 kg é

Sabe-se que as forças 1 F1 , F2 e F3 são constantes e de
abandonado, a partir do repouso, sobre uma rampa no ponto
mesma intensidade. Desprezando-se qualquer resistência, A, que está a 40 m de altura, e desliza sobre a rampa até o
pode-se afirmar que, depois de percorrida uma mesma
distância, a energia cinética, E1, E2 e E3 adquirida em cada ponto B, sem atrito. Ao terminar a rampa AB, ele continua
situação, é tal que o seu movimento e percorre 40 m de um trecho plano e
(A) E1 = E2 = E3 (B) E1> E2 = E3 horizontal BC com coeficiente de atrito dinâmico de
(C) E1< E2< E3 (D) E1 = E2> E3 0,25 e, em seguida, percorre uma pista de formato circular de
20. EFOMM raio R, sem atrito, conforme o desenho abaixo. O maior raio
R que a pista pode ter, para que o corpo faça todo trajeto,
sem perder o contato com ela é de

Dado: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m / s 2

Um bloco de massa igual a 500 g está em repouso diante de

uma mola ideal com constante elástica de 1,1 x 104 N/m e será
lançado pela mola para atingir o anteparo C com velocidade
de 10 m/s. O percurso, desde a mola até o anteparo C, é quase
todo liso, e apenas o trecho de 5 m que vai de A até B possui
atrito, com coeficiente igual a 0,8. Então, a compressão da
mola deverá ser
(A) 2 cm. (B) 5 cm. (C) 8 cm.
(A) 8 m (B) 10 m (C) 12 m
(D) 10 cm. (E) 2 m.
(D) 16 m (E) 20 m
21. EFOMM Observe a figura a seguir
24. Dois corpos de massas iguais são soltos, ao mesmo tempo,
a partir do repouso, da altura h1 e percorrem os diferentes
trajetos (A) e (B), mostrados na figura, onde x1  x 2 e
h1  h 2 .

Na figura acima o bloco de massa 30 kg, que é abandonado do Considere as seguintes afirmações:
ponto A com velocidade zero, desliza sobre a pista AB.
Considere que ao longo do percurso a força de atrito entre o I. As energias cinéticas finais dos corpos em (A) e em (B)
bloco e a pista dissipa 60 J de energia. A velocidade do bloco são diferentes.
no ponto B, em m/s, é II. As energias mecânicas dos corpos, logo antes de
Dado: g = 10m/s2 começarem a subir a rampa, são iguais.
(A) 6,0 (B) 7,0 (C) 8,0 (D) 9,0 (E) 10,0 III. O tempo para completar o percurso independe da
trajetória.
22. ESPCEX (AMAN) Um bloco, puxado por meio de uma IV. O corpo em (B) chega primeiro ao final da trajetória.
corda inextensível e de massa desprezível, desliza sobre uma V. O trabalho realizado pela força peso é o mesmo nos dois
superfície horizontal com atrito, descrevendo um movimento casos.
retilíneo e uniforme. A corda faz um ângulo de 53° com a
horizontal e a tração que ela transmite ao bloco é de 80 N. Se É correto somente o que se afirma em
o bloco sofrer um deslocamento de 20 m ao longo da
superfície, o trabalho realizado pela tração no bloco será de: Note e adote:
(Dados: sen 53° = 0,8 e cos 53° = 0,6) Desconsidere forças dissipativas.
(A) 480 J (B) 640 J (C) 960 J (A) I e III. (B) II e V. (C) IV e V.
(D) 1280 J (E) 1600 J (D) II e III. (E) I e V.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 269

 CAPÍTULO XVIII

25. Numa competição envolvendo carrinhos de controle deslocamento do conjunto para que os blocos, que partiram
remoto, a velocidade de dois desses carrinhos foi medida em do repouso, atinjam a velocidade v = 2, 0 m s ?
função do tempo por um observador situado num referencial
inercial, sendo feito um gráfico da velocidade v em função
do tempo t para ambos os carrinhos. Sabe-se que eles se
moveram sobre a mesma linha reta, partiram ao mesmo tempo
da mesma posição inicial, são iguais e têm massa constante de
valor m = 2 kg. O gráfico obtido para os carrinhos A (linha
cheia) e B (linha tracejada) é mostrado a seguir.

b) Em certos casos, a lei de Amontons da proporcionalidade

Com base nos dados apresentados, responda:
a) Após 40 s de movimento, qual é a distância entre os dois
carrinhos?
b) Quanto vale o trabalho total realizado sobre o carrinho A
entre os instantes t = 0 s e t = 10 s?
c) Qual o módulo da força resultante sobre o carrinho B entre
os instantes t = 20 s e t = 40 s?
entre a força de atrito cinético e a força normal continua
válida nas escalas micrométrica e nanométrica. A figura (c)
mostra um gráfico do módulo da força de atrito cinético,
Fat , em função do módulo da força normal, N, entre duas
monocamadas moleculares de certa substância, depositadas
em substratos de vidro. Considerando N = 5,0 nN, qual
será o módulo do trabalho da força de atrito se uma das
monocamadas se deslocar de uma distância d = 2, 0 m
sobre a outra que se mantém fixa?

26. Importantes estudos sobre o atrito foram feitos por

Leonardo da Vinci (1452-1519) e por Guillaume Amontons
(1663-1705). A figura (a) é uma ilustração feita por Leonardo
da Vinci do estudo sobre a influência da área de contato na
força de atrito.

27. A figura mostra o deslocamento horizontal de um bloco

preso a uma mola, a partir da posição A e até atingir a posição
C.

a) Dois blocos de massas m1 = 1, 0 kg e m 2 = 0,5 kg são

ligados por uma corda e dispostos como mostra a figura (b).
A polia e a corda têm massas desprezíveis, e o atrito nas
polias também deve ser desconsiderado. O coeficiente de
atrito cinético entre o bloco de massa m 2 e a superfície da
mesa é c = 0,8. Qual deve ser a distância de

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 270


O gráfico representa o módulo da força que a mola exerce
sobre o bloco em função da posição deste.
O trabalho realizado pela força elástica aplicada pela mola
sobre o bloco, quando este se desloca da posição A até a
posição B, é
(A) 0, 60 J. (B) −0,60 J. (C) −0,30 J.
(D) 0,80 J. (E) 0,30 J.
28. Um elevador de carga de uma obra tem massa total de
100 kg. Ele desce preso por uma corda a partir de uma altura
de 12 m do nível do solo com velocidade constante de
1, 0 m s. Ao chegar ao nível do solo, a corda é liberada, e o
elevador é freado por uma mola apoiada num suporte abaixo
do nível do solo. A mola pode ser considerada ideal, com
constante elástica k, e ela afunda uma distância de 50 cm até
frear completamente o elevador.
Considerando que a aceleração da gravidade seja 10 m s 2 , e
que todos os atritos sejam desprezíveis, o trabalho da força de
tração na corda durante a descida dos 12 metros e o valor da
constante da mola na frenagem valem, respectivamente, em
kilojoules e em newtons por metro,
(A) 0; 400 (B) 12; 400
(C) −12; 4400 (D) −12; 400
(E) 12; 4400
29. Considere um objeto de massa 1 kg. Ele é abandonado de
uma altura de 20 m e atinge o solo com velocidade de
10 m s. No gráfico abaixo, é mostrado como a força F de
resistência do ar que atua sobre o objeto varia com a altura.
Admitindo que a aceleração da gravidade no local é de
10 m s 2 , determine a altura h, em metros, em que a força de
resistência do ar passa a ser constante.
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5 (E) 10
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
30. Para a questão considere o módulo da aceleração da
gravidade como g = 10, 0 m s 2 e utilize  = 3, (3)1 2 = 1, 7 e
1 hp = 746 W.
Um bloco de massa m = 4 kg está apoiado sobre um plano
inclinado, de um ângulo  = 30, que se encontra fixado ao
piso de um elevador. Sabendo que existe atrito entre o bloco e
o plano e que eles não se movem um em relação ao outro,
analise as afirmativas a seguir para um observador no solo:
I. Se a velocidade de subida do elevador é constante e igual
a 1 m s , o trabalho da força de reação normal sobre o
bloco em 5 segundos de movimento é igual a 150 J.
II. Se o elevador desce com uma aceleração de
a = 10, 0 m s 2 , a força de reação normal sobre o bloco
tem módulo nulo.
III. Se o elevador parte do repouso e desce com uma
aceleração de módulo a constante, desprezando os
efeitos do atrito, a distância percorrida pelo bloco no
plano inclinado é proporcional a (g − a)t 2 4.
Está CORRETO o que se afirma em
(A) I e II, apenas. (B) II e III, apenas.
(C) I e III, apenas. (D) III, apenas.
(E) I, II e III.
31. Um guindaste arrasta por 100 metros, com velocidade
constante, um caixote de 200 kg, por meio de um cabo
inextensível e de massa desprezível, conforme esquema a
seguir. Nessa situação, o ângulo formado entre o cabo e o solo
é de 37 e o coeficiente de atrito cinético entre o caixote e o
solo é 0,1.
A partir de tal situação, faça o que se pede.
a) Represente o diagrama de forças que agem sobre o caixote
quando ele está sendo arrastado.
b) Calcule o valor do trabalho da força que o guindeste faz
sobre o caixote quando ele é arrastado por 100 metros.
Dados: sen 37 = 0,6; cos 37 = 0,8 e g = 10 m s 2 .
271
 CAPÍTULO XVIII

32. Durante o estágio realizado por uma aluna do curso de GABARITO

Mecânica de Precisão da FATEC, ela faz uma análise de um
material por meio de um sistema mecânico que tensiona a peça 1. C
de maneira longitudinal. Esse sistema está interligado a um 2. 240 J e – 60 J
dispositivo eletrônico que registra a tensão aplicada e a 3. B
deformação sofrida por essa peça.
4. D
Para saber o módulo de resiliência (energia acumulada durante
essa deformação) dessa peça, ela esboça um gráfico com as 5. A
duas grandezas. 6. C
7. a) 40 N/m b) - 20 J c) - 60 J
8. A
9. A
10. D
11. 20 J
12. C
13. E
14. C
15. B
16. C
17. B
De acordo com a leitura dos dados apresentados pelo gráfico 18. A
podemos afirmar que o trabalho realizado pela força tensora 19. B
até atingir a deformação máxima de 10 mm é, em joules, de 20. D
21. A
(A) 5,0 10−1 (B) 2,5 100 22. C
(C) 5,0 101 (D) 2,5 102 23. C
24. B
(E) 5, 0 103
25. Ver arquivo de gabarito discursivo
33. Ao deslizar por uma pista localizada nos Andes, sem
utilizar os bastões para impulsionar seu movimento, a energia 26. Ver arquivo de gabarito discursivo
27. A
cinética de um esquiador aumenta de 1, 40 104 J quando
28. C
desce uma altura de 25 m.
29. Ver arquivo de gabarito discursivo
30. E
31. Ver arquivo de gabarito discursivo
32. B
33. D

Considerando que o peso do esquiador juntamente com o do

equipamento seja 800 N, o trabalho realizado pelas forças de
resistência nesse deslocamento é, em módulo, igual a

(A) 5, 6  102 J.
(B) 3, 4 104 J.
(C) 2, 0  104 J.
(D) 6, 0 103 J.
(E) 3,5 105 J.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 272

 CAPÍTULO XVIII

CAPÍTULO XIX - POTÊNCIA Supondo que o fardo parte do repouso e volta ao repouso,
calcule:

1. Potência Média a) o trabalho desenvolvido pela força aplicada pelo motor;

Considere um sistema S1 que transfere uma quantidade de
energia E para um sistema S2 durante um intervalo de tempo
t.
b) o intervalo de tempo gasto nessa operação.
2. Unidades de Potência
•cavalo-vapor (cv) → 1 cv  735,5 W

•horse-power (HP) → 1 HP  745,7 W

3. Potência Instantânea
Define-se potência média (Pm) como sendo o quociente
entre a energia Ee o intervalo de tempo t.
A potência de uma força em um determinado instante é
dada pela seguinte expressão:
E
Pm =
t W
P = lim
t → 0 t
Agora considere que essa energia transferida se deve a um
trabalho W realizado por uma força F durante um intervalo Considere uma partícula que esteja descrevendo a
trajetória abaixo sob a atuação de um sistema de forças.
de tempo t. A potência média de F é dada por:

W
Pm =
t

A unidade de Potência no Sistema Internacional é o watt,

cujo símbolo é W.

Exercícios

1. Na figura, um operário ergue um balde cheio de concreto, Considere um deslocamento d bem pequeno, tal que
de 20 kg de massa, com velocidade constante. possamos considerar a força F praticamente constante. Já
sabemos que o trabalho realizado por F no deslocamento d
vale W = Fd cos  , logo:

W Fd cos  d
P = lim = lim = Fcos  . lim
t →0 t t →0 t t →0 t

Portanto a expressão que determina a potência

instantânea de F será:

P = Fvcos 

Se F tiver o mesmo sentido de v , a potência será dada por:

P = Fv
2
A corda e a polia são ideais e, no local, g = 10 m/s .
Considerando um deslocamento vertical de 4,0 m, que ocorre Se F tiver sentido oposto ao de v , a potência será dada por:
em 25 s, determine:
P = −F v
a) o trabalho realizado pela força do operário;
Se F e v forem perpendiculares, a potência será nula.
b) a potência média útil na operação.
4. Gráfico da Potência em função do tempo
3. FUVEST-SP Dispõe-se de um motor com potência útil de
No gráfico da potência instantânea em função do
200 W para erguer uma fardo de massa 20 kg à uma altura de
tempo, a área entre o gráfico e o eixo horizontal, num
100 m em um local onde g = 10 m/s2.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 273

 CAPÍTULO XVIII

intervalo de tempo t, é numericamente igual ao trabalho Com base no diagrama, determine:
realizado por essa força nesse intervalo de tempo. a) o trabalho realizado pela máquina, de t0 = 0 até t1 = 30
s;
b) a potência média fornecida pela máquina no referido
item anterior.

5. Rendimento

Suponhamos que um carro receba da combustão da

gasolina uma potência Pt (potência recebida). Nem toda essa
potência é utilizada no movimento do carro, pois uma parte é
dissipada, perdendo-se por aquecimento, ruídos e outros
N
fatores.
W=A Considere Pu a potência útil, que é a utilizada no
Exercícios movimento do carro e Pd a potência dissipada, então temos:

1. UFRS Um balde cheio de argamassa, pesando ao todo Pt = Pu + Pd

200 N, é puxado verticalmente por um cabo para o alto de
uma construção, à velocidade constante de 0,5 m/s. O rendimento () do carro é definido da seguinte
Considerando-se a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, a maneira:
energia cinética do balde e a potência a ele fornecida durante Pu
=
o seu movimento valerão, respectivamente, Pt
(A) 2,5 J e 10 W. (B) 2,5 J e 100 W.
(C) 5 J e 100 W. (D) 5 J e 400 W. ou seja, o rendimento de um sistema físico é calculado pelo
(E) 10 J e 10 W. quociente da potência útil pela recebida.

2. UFPE Um automóvel se desloca em uma estrada plana e

reta com velocidade constante v = 80 km/h. A potência do
motor do automóvel é P = 25 kW. Supondo que todas as
forças que atuam no automóvel são constantes, calcule o
módulo da força de atrito total, em newtons.
(A) 1125 (B) 2250 (C) 3120
(D) 3200 (E) 4500
Exercícios
3. UFPE um gerador elétrico suposto ideal é acionado pela
queda de um bloco de massa M que desce sob ação da 5. O rendimento de uma determinada máquina é de 80 %.
gravidade com velocidade escalar constante de 5,0 m/s. Sabendo que ela recebe uma potência de 10,0 kW, calcule:
Sabendo que a potência fornecida pelo gerador é usada para a) a potência útil oferecida;
acender uma lâmpada de 100 W, calcule o valor de M. b) a potência dissipada.

6. Na situação da figura a seguir, o motor elétrico faz com

que bloco de massa 30 kg suba com velocidade constante de
1,0 m/s. O cabo que sustenta o bloco é ideal, a resistência do
ar é desprezível e adota-se g = 10 m/s2. Considerando que
nessa operação o motor apresenta rendimento de 60%,
calcule a potência por ele dissipada.

Despreze os atritos e adote g = 10 m/s2.

4. O diagrama a seguir representa a potência instantânea

fornecida por uma máquina, desde t0 = 0 até t1 = 30 s:

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 274

 CAPÍTULO XVIII

11. EFOMM Um automóvel se desloca com velocidade

Exercícios Diversos constante de 72 km/h, sujeito a uma força útil de tração
constante desenvolvida pelo seu motor, de 3000N. Se o
7. UFAL Uma pedra é arremessada horizontalmente por uma rendimento do motor for de 40 %, a potência total que ele
pessoa que lhe aplica uma força de intensidade F que varia fornece ao veículo é de:
com a velocidade v da pedra segundo o gráfico. (A) 220 kw (B) 200 (C) 190 kw
(D) 180 kw (E) 150 kw

12. EFOMM Um sistema móvel de talhas é usado para

A potência instantânea da força F quando a velocidade da
pedra é de 20 m/s é, em W,
(A) 8,0 × 102 (B) 6,0 × 102
(C) 4,0 × 102 (D) 2,0 × 102
(E) 1,0 × 10 2
8. UPE No dispositivo representado na figura a seguir, um
bloco de granito de massa 1500 kg é puxado para cima em
um plano inclinado, com uma velocidade constante de
2,0 m/s por uma força F aplicada ao cabo. As distâncias
indicadas são d1 = 40 m e d2 = 30 m, e o coeficiente de atrito
cinético entre o bloco e o plano inclinado é 0,50. Considere
g = 10 m/s2. O atrito na roldana e as massas da corda e da
roldana são desprezíveis. Nessas condições, a potência
desenvolvida pela força F aplicada ao bloco pelo cabo vale
em kW:
remoção/troca de camisas em uma praça de máquinas;
conseguiu-se remover uma camisa de massa 320 kg de um
cilindro de 2,4 metros de altura em 4,4 segundos. A potência
mecânica útil (em kW) do sistema de talhas utilizado é,
aproximadamente (considere g = 10 m/s2),
(A) 1,75 (B) 2,25 (C) 3,55
(D) 4,35 (E) 5,15
13. EN Em uma academia de ginástica, uma pessoa exerce
sobre um aparelho, durante dois segundos, uma força
constante de 400N. A função temporal da velocidade da mão
que provoca essa força é mostrada no gráfico abaixo. A
velocidade da mão tem a mesma direção e sentido da força
durante todo o movimento. Quais são, respectivamente, o
trabalho realizado pela força nesse intervalo de tempo, e a
potência máxima aplicada ao aparelho?

(A) 200 N.m e 200W (B) 400N.me 200W

(C) 400N.me 400W (D) 800N.me 400W
(E) 800N.me 800W

14. ESPCEX (AMAN) Uma força constante F de

intensidade 25 N atua sobre um bloco e faz com que ele sofra
um deslocamento horizontal. A direção da força forma um
ângulo de 60° com a direção do deslocamento. Desprezando
(A) 30 (B) 40 (C) 50 todos os atritos, a força faz o bloco percorrer uma distância
(D) 70 (E) 10 de 20 m em 5 s
.

9. AFA Para manter uma lancha a uma velocidade constante

de 36 km/h, é necessário que o motor forneça às hélices
propulsoras uma potência de 40 cv (29400 W). Se a lancha
estivesse sendo rebocada a esta velocidade, qual seria a
tensão no cabo de reboque?
(A) 294 N (B) 2940 N
(C) 8160 N (D) 816 N
A potência desenvolvida pela força é de:
10. EFOMM Um automóvel se desloca com velocidade Dados: Sen 60 = 0,87; Cos 60º = 0,50.
constante de 72 km/h, sujeito a uma força útil de tração
(A) 87 W (B) 50 W (C) 37 W
constante desenvolvida pelo seu motor, de 3000N. Se o
(D) 13 W (E) 10 W
rendimento do motor for de 40 %, a potência total que ele
fornece ao veículo é de:
15. ESPCEX (AMAN) Um prédio em construção, de 20 m
(A) 220 kw (B) 200 kw
(C) 190 kw (D) 180 kw de altura, possui, na parte externa da obra, um elevador de
(E) 150 kw carga com massa total de 6 ton, suspenso por um cabo
inextensível e de massa desprezível.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 275

O elevador se desloca, com velocidade constante, do piso
térreo até a altura de 20 m, em um intervalo de tempo igual
a 10 s. Desprezando as forças dissipativas e considerando a
intensidade da aceleração da gravidade igual a 10 m s 2 ,
podemos afirmar que a potência média útil desenvolvida por
esse elevador é:
(A) 120 kW (B) 180 kW
(C) 200 kW (D) 360 kW
(E) 600 kW
16. A Usina de Jaguará está instalada na bacia hidrográfica
do Rio Grande, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.
A usina tem potência instalada de aproximadamente
424 MW (megawatts). Além disso, sua eficiência é da
ordem de 90% da energia da queda d'água no início do
processo, que se transforma em energia elétrica, sendo a
altura da barragem igual a 40 m. Adote g = 10 m s 2 e
considere que 1 (um) litro de água corresponde a uma massa
de 1 (um) quilograma.
Nessas condições, é CORRETO afirmar que a vazão de água
do Rio Grande em litros por segundo deve ser da ordem de:
(A) 954.000 (B) 1.200.000
(C) 1.526.000 (D) 1.696.000
(E) 1.850.000
17. Uma residência tem como média de consumo de energia
elétrica 300 kWh. Como uma medida de economia desse
valor, os moradores dessa residência decidiram diminuir o
tempo de banho de cada um de 20 minutos para 15 minutos,
por banho.
Sabendo que existem 3 moradores nessa casa e que cada um
toma um banho por dia, o valor da energia economizada, em
kWh, durante um mês é de
Dados: potência elétrica do chuveiro = 3000 W.
(A) 22,5 (B) 30 (C) 45
(D) 67,5 (E) 90
18. “Gelo combustível” ou “gelo de fogo” é como são
chamados os hidratos de metano que se formam a
temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada.
São geralmente encontrados em sedimentos do fundo do mar
ou sob a camada de solo congelada dos polos. A considerável
reserva de gelo combustível no planeta pode se tornar uma
promissora fonte de energia alternativa ao petróleo.
Considerando que a combustão completa de certa massa de
gelo combustível libera uma quantidade de energia igual a
E = 7, 2 MJ, é correto afirmar que essa energia é capaz de
manter aceso um painel de LEDs de potência P = 2 kW por
um intervalo de tempo igual a
(A) 1 minuto. (B) 144 s.
(C) 1 hora. (D) 1 dia.
19. Uma estrela de nêutrons é o objeto astrofísico mais denso
que conhecemos, em que uma massa maior que a massa do
Sol ocupa uma região do espaço de apenas alguns
quilômetros de raio. Essas estrelas realizam um movimento
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
de rotação, emitindo uma grande quantidade de radiação
eletromagnética a uma frequência bem definida. Quando
detectamos uma estrela de nêutrons através desse feixe de
radiação, damos o nome a esse objeto de Pulsar.
Considere que um Pulsar foi detectado, e que o total de
energia cinética relacionada com seu movimento de rotação
equivale a 2 1042 J. Notou-se que, após um ano, o Pulsar
perdeu 0,1% de sua energia cinética, principalmente em
forma de radiação eletromagnética. A potência irradiada pelo
Pulsar vale
(Se necessário, utilize a aproximação 1 ano ~ 3, 6 107 s.)
(A) 7, 2 1046 W. (B) 2, 0 1039 W.
(C) 5, 6 1031 W. (D) 1,8 1042 W.
20. Um prédio em construção, de 20 m de altura, possui, na
parte externa da obra, um elevador de carga com massa total
de 6 ton, suspenso por um cabo inextensível e de massa
desprezível.
O elevador se desloca, com velocidade constante, do piso
térreo até a altura de 20 m, em um intervalo de tempo igual
a 10 s. Desprezando as forças dissipativas e considerando a
intensidade da aceleração da gravidade igual a 10 m s 2 ,
podemos afirmar que a potência média útil desenvolvida por
esse elevador é:
(A) 120 kW (B) 180 kW
(C) 200 kW (D) 360 kW
(E) 600 kW
21. Segundo o manual do proprietário de determinado
modelo de uma motocicleta, de massa igual a 400 kg, a
potência do motor é de 80 cv (1 cv  750 W).
Se ela for acelerada por um piloto de 100 kg, à plena
potência, a partir do repouso e por uma pista retilínea e
horizontal, a velocidade de 144 km h será atingida em,
aproximadamente,
(A) 4,9 s. (B) 5,8 s. (C) 6,1 s.
(D) 6,7 s. (E) 7,3 s.
22. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Quando necessário, adote:
• módulo da aceleração da gravidade: 10 m  s−2
• densidade do ar: 1, 2 kg m3
• calor específico do ar: 0, 24 cal  g −1 C−1
• 1 cal = 4, 2 J
• valor de pi:  = 3
276
 CAPÍTULO XVIII

Nos veículos com motores refrigerados por meio líquido, o
aquecimento da cabine de passageiros é feito por meio da
troca de calor entre o duto que conduz o líquido de
arrefecimento que circula pelo motor e o ar externo. Ao final,
esse ar que se encontra aquecido, é lançado para o interior do
veículo. Num dia frio, o ar externo, que está a uma
temperatura de 5 C, é lançado para o interior da cabine, a
30 C, a uma taxa de 1, 5 L s. Determine a potência térmica
aproximada, em watts, absorvida pelo ar nessa troca de calor.
24. A usina de Itaipu é uma das maiores hidrelétricas do
mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras
e 14.000 MW de potência total instalada, apresenta uma
queda de 118, 4 m e vazão nominal de 690 m3 s por
unidade geradora. O cálculo da potência teórica leva em
conta a altura da massa de água represada pela barragem, a
gravidade local (10 m s 2 ) e a densidade da água
(1.000 kg m3 ). A diferença entre a potência teórica e a
instalada é a potência não aproveitada.
Disponível em: www.itaipu.gov.br. Acesso em: 11 mai. 2013
(adaptado).

Qual e a potência, em MW, não aproveitada em cada

unidade geradora de Itaipu?
(A) 0 (B) 1,18 (C) 116,96
(D) 816,96 (E) 13.183,04

25. Um gerador eólico de diâmetro d é acionado por uma

corrente de ar de velocidade v durante um tempo t na
direção frontal à turbina. Sabendo-se que a massa específica
do ar é  e o rendimento do sistema é  , sua potência
(A) 20 (B) 25 (C) 45 (D) 60
elétrica é dada por
23. d 2 v3 d 2 v3
(A) (B)
2 4
d 2 v3 d3 v3
(C) (D)
8 10
d 3 v3
(E)
12

GABARITO

1. B
Considere uma partícula que se desloca sobre o eixo
2. A
horizontal x sob a ação de uma força horizontal que varia 3. 2 kg
com a posição x da partícula, de acordo com o gráfico 4.a) 4,5.104 J b) 1,5.103 V
representado. Sabe-se que o tempo gasto pela partícula para 5. a) 8,0 kW b) 2,0 kW
chegar à posição x igual a 10,0 m é de 4,0 s. 6. 2,0.102 W
7. B
Com base nessas informações, analise as afirmativas e 8. A
marque com V as verdadeiras e com F, as falsas. 9. B
( ) A partícula realiza um movimento uniforme entre as 10. E
posições x = 0 m e x = 4,0 m. 11. E
( ) O trabalho realizado sobre a partícula entre as posições 12. A
13. C
x = 4, 0 m e x = 6,0 m é igual a 4, 0 kJ.
14. B
( ) A potência média necessária para a partícula se deslocar 15. A
de x = 0 m até x = 10, 0 m é igual a 4, 0 kW. 16. B
( ) No intervalo entre x = 6,0 m e x = 10,0 m, a partícula 17. A
desenvolveu uma velocidade constante de módulo 18. C
igual a 4, 0 m s. 19. C
20. A
21. D
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para
22. C
baixo, é a
23. A
(A) F – V – V – F (B) F – F – V – V
24. C
(C) F – V – F – V (D) V – F – V – V
25. C
(E) V – V – F – F

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 277

 CAPÍTULO XVIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 278

FRENTE II
FÍSICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 279

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 280
 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI - REFRAÇÃO LUMINOSA Quando ocorrer desvio na refração, a Lei de Snell-Descartes

deve ser usada:
A refração ocorre quando a luz muda de meio de propagação.
Como a velocidade da luz só depende do meio onde ela se
propaga, podemos dizer que ocorre mudança no valor da
velocidade da luz na refração.

Durante nosso curso de Ondas, mais à frente, estudaremos

com mais detalhes o significado do comprimento de onda (λ).
Por enquanto, basta entender que o comprimento de onda
depende do meio em que a luz se propaga, assim como a
velocidade da luz. Na mudança de meios, apenas a frequência
se mantém constante. A relação entre a velocidade, o
comprimento de onda e a frequência é:
V = f
sen i n 2
2. Índice de refração absoluto (n) =
sen r n1
O índice de refração absoluto de um meio é a razão entre a
velocidade da luz no vácuo (c = 3.108 m/s) e a velocidade da c
Como n meio = e a freqüência da luz é constante na
luz neste meio. Vmeio
refração, temos:
c
n meio =
Vmeio sen i V1 1 n 2
= = =
sen r V2 2 n1
O índice de refração de cada material varia com o tipo de luz
monocromática que o ilumina. Para cada material, o índice
Vale observar que quando a luz passa de um meio menos
de refração aumenta a partir da luz vermelha até a violeta.
refringente (n menor) para um meio mais refringente (n
Vermelha → Alaranjado → Amarelo → Verde → Azul → maior), ela se aproxima da normal. Quando a luz passa do
Anil → Violeta meio mais refringente para o menos refringente, ela se afasta
da normal.

3. Índice de refração relativo (nA,B)

Exercícios de aula
nA
n A,B =
nB 1. MACKENZIE Um estudante, ao fazer a experiência em
que um feixe de luz monocromático vai da água, de índice de
refração 1,3, para o ar, de índice de refração 1,0, pode
4. Desvio e Lei de Snell-Descartes concluir que, para essa onda,
(A) o comprimento de onda diminui e a velocidade aumenta.
Se o raio incidente estiver sobre a normal, a refração acontece (B) o comprimento de onda e a frequência da luz diminuem.
sem desvio. (C) a frequência aumenta, mas o comprimento de onda
diminui.
(D) a frequência não se altera e o comprimento de onda
diminui.
(E) a frequência não se altera e o comprimento de onda
aumenta.

2. UFRJ Uma onda de luz monocromática tem, no vácuo, um

Porém, se a incidência for oblíqua, o raio refratado não terá a
mesma direção do raio incidente.
comprimento de onda . Suponha que esta onda de luz, vinda
do vácuo, incida num meio transparente cujo índice de
refração seja 1,5.
a) Calcule a razão    entre o comprimento de onda da
onda refletida (  ) e o comprimento de onda da onda
incidente ().
b) Calcule a razão    entre o comprimento de onda da
onda refratada (   ) e o comprimento de onda da onda
incidente ().

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 281

 CAPÍTULO XI

3. PUC-RIO Um feixe de luz de comprimento de onda de

600 nm se propaga no vácuo até atingir a superfície de uma
placa de vidro. Sabendo-se que o índice de refração do vidro
é n = 1,5 e que a velocidade de propagação da luz no vácuo é
de 3 x 108 m/s, o comprimento de onda e a velocidade de
propagação da onda no vidro em nm e m/s, respectivamente,
são:
(Obs: 1 nm = 1 x 10-9 m).
(A) 200 nm ; 4 x 108 m/s
(B) 200 nm ; 3 x 108 m/s
(C) 200 nm ; 2 x 108 m/s
(D) 400 nm ; 1 x 108 m/s
(E) 400 nm ; 2 x 108 m/s Supondo que a direção do ralo incidente é dada pela escala
indicada na figura, calcule o índice de refração do líquido.
4. PUCRS Resolver a questão com base nas informações a
seguir. 6. UFRJ Um raio luminoso que se propaga no ar (n ar =1)
O efeito causado pela incidência da luz solar sobre um vidro, incide obliquamente sobre um meio transparente de índice de
refração n, fazendo um ângulo de 60° com a normal. Nessa
dando origem a um feixe colorido, é conhecido como
situação, verifica-se que o raio refletido é perpendicular ao
dispersão da luz branca. Este fenômeno é resultado da raio refratado, como ilustra a figura.
refração da luz ao atravessar meios diferentes, no caso, do ar
para o vidro. Na superfície de separação entre os dois meios,
a luz sofre um desvio em relação à direção original de
propagação desde que incida no vidro em uma direção
diferente da direção normal à superfície.
A tabela a seguir informa os índices de refração de um tipo
de vidro para algumas das diferentes cores que compõem a
luz branca.

Índice de refração do Calcule o índice de refração n do meio.

Cor
vidro relativo ao ar
Vermelho 1,513 7. UFRJ Dois raios luminosos paralelos, monocromáticas e
Amarelo 1,517 de mesma freqüência, incidem sobre a superfície de uma
Verde 1,519 esfera transparente. Ao penetrar nesta esfera, os raios
Azul 1,528 convergem para um ponto P, formando entre si um ângulo de
Violeta 1,532 60o, como ilustra a figura.

A partir das informações e da tabela apresentadas, em relação

a um raio de luz branca proveniente do ar que incide no vidro,
é correto afirmar que
(A) as cores são percebidas porque o vidro apresenta
aproximadamente o mesmo índice de refração para todas
elas. Calcule o índice de refração do material que constitui a
(B) há a predominância da luz verde porque o índice de esfera.
refração do vidro para essa cor aproxima-se da média 8. FATEC O esquema a seguir representa a direção de um
dos índices para todas as cores. feixe luminoso monocromático incidente e as direções dos
(C) a luz violeta é a que sofre menor desvio. respectivos feixes refletido e refratado.
(D) a luz vermelha é a que sofre maior desvio.
(E) a luz azul sofre desvio maior do que a luz vermelha.

5. UFRJ Um recipiente cilíndrico de material fino e

transparente tem 6,0 cm de diâmetro, 8,0 cm de altura e está
totalmente cheio com um líquido. Considere um raio de luz
monocromático que penetra no líquido, em um ponto A da
borda do recipiente. O ângulo de incidência é Sabendo-se que o ângulo de reflexão vale 60°, que o índice
convenientemente escolhido, de modo que o raio sai pela de refração do meio A vale 1 e que o do meio B vale 3 , é
borda do fundo, em um ponto B diagonalmente oposto, como correto afirmar que o ângulo de refração vale:
indica a figura.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 282

1 IV.
Dados: sen 30° = cos 60° =
2
3 Assinale a única alternativa correta:
sen 60° = cos 30° =
2 (A) I.
(A) 15° (B) 30° (C) 45° (D) 60° (E) 90°
9. EsPCEx Um raio de luz monocromática passa do meio 1
para o meio 2 conforme a figura abaixo.
Quando  = 45º,  = 60º.
O menor valor do Sen α para que ocorra reflexão total do raio
incidente (i) é
(A) 1/2 (B) 3 /3 (C) 3 /2
(D) 2 (E) 6 /3
Exercícios propostos
10. UEPG A respeito de um raio de luz que se propaga de
um meio 1 para um meio 2, assinale o que for correto.
01) Quanto maior a sua velocidade no meio 2, menor será seu
índice de refração.
02) Quanto maior o índice de refração, maior será o desvio
do raio de luz no meio 2.
04) Na superfície de separação dos meios só ocorre refração.
08) O ângulo de refração é, em toda circunstância, menor que
o ângulo incidente.
11. PUC-RIO Uma onda luminosa se propagando no vácuo
incide sobre uma superfície de vidro cujo índice de refração
é maior que o índice de refração do vácuo tendo um ângulo
de incidência de 30° em relação à normal da superfície. Neste
caso, podemos afirmar que:
(A) a velocidade de propagação da luz é igual em ambos os
meios e sua direção não é alterada.
(B) a velocidade de propagação da luz é maior no vidro do
que no vácuo e sua direção é alterada.
(C) a velocidade de propagação da luz é maior no vácuo do
que no vidro e sua direção é alterada.
(D) a velocidade de propagação da luz não é alterada quando
muda de meio e apenas sua direção é alterada.
(E) a velocidade de propagação da luz é alterada quando
muda de meio, mas sua direção de propagação não é
alterada.
12. PUCPR Amanda segura um copo de vidro cheio de água.
Um raio luminoso monocromático vindo do ar com
velocidade de aproximadamente 3.108m/s atravessa todo o
copo. Sobre este fenômeno, analise as afirmações a seguir:
I. Ao entrar no vidro, a velocidade da onda luminosa
passa a ser maior do que 3.108m/s.
II. ao entrar na água, a velocidade da onda luminosa
passa a ser menor do que 3.108m/s.
III. Ao sair do copo, a velocidade da onda luminosa
volta a ser de 3.108m/s.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Durante todo o fenômeno, a frequência da onda
luminosa permanece constante.
(B) Apenas II. (C) Apenas III.
(D) Apenas II e III. (E) II, III e IV.
13. G1 - UTFPR Um raio luminoso se propaga no ar e
refrata, passando a se propagar na água. Qual dos esquemas
pode representar corretamente essa refração?
(A) (B)
(C) (D)
(E)
14. UFAL Um raio de luz propaga-se no ar (n = 1,0) e incide
na superfície de um líquido transparente de índice de refração
1,6. O ângulo θ1 que o raio incidente forma com a normal no
ponto de contato é tal que cos θ1 = 0,60.
a) Determine o valor de tg θ1.
b) Determine o ângulo θ2 que o raio refratado forma com a
normal no ponto de incidência.
15. UFSC A mãe zelosa de um candidato, preocupada com o
nervosismo do filho antes do vestibular, prepara uma receita
caseira de "água com açúcar" para acalmá-lo. Sem querer, a
mãe faz o filho relembrar alguns conceitos relacionados à luz,
quando o mesmo observa a colher no copo com água, como
mostrado na figura a seguir.
Considerando o fenômeno apresentado na figura acima, é
CORRETO afirmar que:
01) a luz tem um comportamento somente de partícula.
02) a velocidade da luz independe do meio em que se
propaga.
04) a colher parece quebrada, pois a direção da propagação
da luz muda ao se propagar do ar para a água.
08) a velocidade da luz na água e no ar é a mesma.
16) a luz é refratada ao se propagar do ar para a água.
283
 CAPÍTULO XI

16. PUCCAMP Uma onda eletromagnética visível possui, A seguir, o copo foi preenchido com água e o aluno passou a
no ar ou no vácuo, velocidade de 3,00.10 8 m/s e no vidro ver a moeda, mantendo os olhos na mesma posição O.
1,73.108 m/s. Essa onda, propagando no ar, incide sobre uma
superfície plana de vidro com ângulo de incidência de 60 °. O
ângulo de refração da onda, no vidro, vale:
Dados: sen 30° = cos 60° = 0,50
sen 60° = cos 30° = 0,87
(A) 90° (B) 60° (C) 45° (D) 30° (E) zero

17. FATEC Na figura adiante, um raio de luz

monocromático se propaga pelo meio A , de índice de
Podemos afirmar que
refração 2,0.
(A) a luz proveniente da moeda sofre refração ao passar da
água para o ar, permitindo a sua visualização.
(B) a luz proveniente da moeda sofre reflexão na água,
propiciando a sua visualização.
(C) os raios luminosos emitidos pelos olhos sofrem reflexão
ao penetrar na água, permitindo a visualização da moeda.
(D) os raios luminosos emitidos pelos olhos sofrem refração
ao penetrar na água, permitindo a visualização da moeda.
(E) é impossível que o aluno consiga ver a moeda,
Dados: sen 37° = 0,60 independentemente da quantidade de água colocada no
sen 53° = 0,80 copo.
Devemos concluir que o índice de refração do meio B é:
(A) 0,5 (B) 1,0 (C) 1,2 21. UERJ O apresentador anuncia o número do ilusionista
(D) 1,5 (E) 2,0 que, totalmente amarrado e imerso em um tanque
transparente, cheio de água, escapará de modo surpreendente.
18. UFPE A figura apresenta um experimento com um raio Durante esse número, o ilusionista vê, em um certo instante,
de luz que passa de um bloco de vidro para o ar. Considere a um dos holofotes do circo, que lhe parece estar a 53 ° acima
velocidade da luz no ar como sendo igual à velocidade da luz da horizontal.
no vácuo. Qual é a velocidade da luz dentro do bloco de
vidro, em unidades de 108 m/s? Sabendo que o índice de
4
refração da água é ,
3
determine o ângulo real
que o holofote faz com a
horizontal.

19. CESGRANRIO 22. UFRS A figura a seguir representa um raio de luz

monocromática que se refrata na superfície plana de
separação de dois meios transparentes, cujos índices de
refração são n1 e n2. Com base nas medidas expressas na
figura, onde C é uma circunferência, pode-se calcular a razão
n2/n1 dos índices de refração desses meios.

Na figura acima, um raio luminoso monocromático parte do

Meio I, refrata-se ao penetrar no Meio II e refrata-se
novamente ao retornar ao Meio I. O ângulo XYZ é reto.
A opção que melhor representa a trajetória do raio após a
segunda refração é:
(A) A (B) B (C) C (D) D (E) E

20. PUCSP Em um experimento, um aluno colocou uma Qual das alternativas apresenta corretamente o valor dessa
moeda de ferro no fundo de um copo de alumínio. A razão?
princípio, a moeda não pode ser vista pelo aluno, cujos olhos 2 3 4 3
situam-se no ponto O da figura. (A) . (B) . (C) 1. (D) . (E) .
3 4 3 2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 284

REFLEXÃO TOTAL
Considere a luz propagando-se do meio mais refringente para
o meio menos refringente, ou seja, do meio 1 para o meio 2,
com n1 > n2.
Quando o raio de luz incide normalmente (i = 0°), não ocorre
desvio.
Ao incidir obliquamente, o raio de luz se refrata, afastando-
se da normal.
Aumentando-se o ângulo de incidência i, o ângulo de
refração r também aumenta, porém, sempre temos i < r.
Quando o ângulo de refração atinge seu valor extremo, isto
é, r = 90° (emergência rasante), o ângulo de incidência atinge
seu valor limite iL. Chamamos este valor limite de ângulo
limite de incidência.
Assim, podemos concluir que para haver refração, a luz deve
incidir sob ângulo i variando de 0° a iL.
Aplicando a Lei de Snell-Descartes, temos:
n n
sen(i L ) = 2 = menor
n1 n maior
Se o ângulo de incidência superar o ângulo limite, não haverá
refração. Portanto, a luz incidente é refletida. Dizemos que
ocorre a reflexão total.
Para haver reflexão total, devemos ter duas condições
obedecidas:
1. A luz deve se propagar do meio mais refringente
para o meio menos refringente.
n1  n 2
2. O ângulo de incidência deve ser superior ao ângulo
limite.
n quantidade de energia vinda do Sol. Aquecida, essa areia faz
i  i L  i  arcsen( 2 )
n1
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Exercícios de aula
23. Uma pequena lâmpada encontra-se 1,5 m abaixo da
superfície livre de um líquido contido em um tanque exposto
ao ar. O índice de refração do líquido é 5/4. Determine o raio
mínimo de um disco opaco, que deve ser colocado
convenientemente sobre o líquido, de modo que um
observador, situado no ar, não consiga ver a lâmpada.
24. AFA Uma fonte pontual de luz monocromática está
imersa numa piscina de profundidade h. Para que a luz
emitida por essa fonte não atravesse a superfície da água para
o ar, coloca-se na superfície um disco opaco circular cujo
centro encontra-se na mesma vertical da fonte. O raio mínimo
desse anteparo é:
( )
tg(n ar / n água )
(A) (B) h.tg arcsen n ar / nágua 
h  
(
(C) h.sen n ar / n água ) (D) h.arctg sen ( n ar / n água )
 
25. Num filme de televisão, ladrões tentam recuperar um
cofre afundado por eles próprios a uma profundidade de 8,0
metros em água, cujo índice de refração em relação ao ar é
4/3. Como cobertura da operação, ancoram sobre o lugar uma
plataforma circular. Se as dimensões do cofre são pequenas
em comparação com as da plataforma, o valor mínimo do raio
da plataforma necessário para que ninguém, de outras
embarcações, possa ver o que está se passando sob a
superfície é:
(A) 3,2m (B) 9,1m (C) 15,0m
(D) 18,0m (E) 25,0m
26. EsPCEx A figura abaixo mostra a trajetória de um feixe
de luz monocromático que vem de um meio I, atravessa os
meios II e III, é totalmente refletido na interface dos meios
III e IV . Os ângulos ,  e  são os ângulos formados entres
as normais às superfícies de separação dos meios e o feixe de
luz monocromático, sendo  >  > . Os meios são
homogêneos, transparentes, estão em equilíbrio estático e as
interfaces são planas e paralelas.
Sabe-se que o índice de refração absoluto do vidro é maior
que o da água e que o índice de refração absoluto da água é
maior que o do ar. Baseado nestas informações é correto
afirmar que os meios I, II, III e IV podem ser,
respectivamente:
(A) ar, vidro, água e ar.
(B) vidro, ar, água e vidro.
(C) água, vidro, ar e água.
(D) vidro, água, ar e vidro.
(E) ar, água, vidro e ar.
27. Ao meio-dia, a areia de um deserto recebe grande
com que as camadas de ar mais próximas fiquem mais
quentes do que as camadas de ar mais altas. Essa variação de
285
 CAPÍTULO XI

temperatura altera o índice de refração do ar e contribui para 29.

a ocorrência de miragens no deserto, como esquematizado na
figura 1.

A flor Vitória Régia em um lago amazonense calmo

A vitória régia é uma flor da Amazônia que tem forma de

Para explicar esse fenômeno, um professor apresenta a seus
alunos o esquema da figura 2, que mostra um raio de luz
monocromático partindo do topo de uma palmeira, dirigindo-
se para a areia e sofrendo refração rasante na interface entre
as camadas de ar B e C.
círculo. Tentando guardar uma pepita de ouro, um índio a
pendurou em um barbante prendendo a outra extremidade
bem no centro de uma vitória régia de raio R = 0,50 m,
dentro da água de um lago amazonense muito calmo.
Considerando-se o índice de refração do ar igual a 1,0, o da
água n A e o comprimento do barbante, depois de amarrado
no centro da flor e solto, 50 cm, pode-se afirmar que o valor
de n A , de modo que, do lado de fora do lago, ninguém
consiga ver a pepita de ouro é:
(A) 2,0 (B) 3 (C) 2
(D) 1,0 (E) 0,50

30. Em férias no litoral, um estudante faz para um colega as

seguintes observações:
I. A luz solar consiste de uma onda eletromagnética
transversal, não polarizada e policromática.
Sabendo que nesse esquema as linhas que delimitam as II. A partir de um certo horário, toda a luz solar que incide
camadas de ar são paralelas entre si, que n A , n B e n C são sobre o mar sofre reflexão total.
os índices de refração das camadas A, B e C, e sendo  o III. A brisa marítima é decorrente da diferença entre o calor
específico da areia e o da água do mar.
ângulo de incidência do raio na camada B, o valor de sen 
A respeito dessas observações, é correto afirmar que
é (A) todas são verdadeiras.
n n n n n (B) apenas I é falsa.
(A) C (B) A (C) B (D) B (E) C
nB nB nA nC nA (C) apenas II é falsa.
(D) apenas III é falsa.
28. (E) há mais de uma observação falsa.

31. Na era da informação, os fenômenos e instrumentos

ópticos são de fundamental importância. Desde a construção
de aparatos para buscar informações do Cosmo, como
telescópios, até a utilização da luz como meio de enviar
informações, a óptica é um dos ramos da Física com grande
valor para o desenvolvimento do conhecimento humano.

Com relação aos fenômenos e instrumentos ópticos, é correto

afirmar que:
01) espelho é a denominação dada para qualquer superfície
A figura acima mostra três meios transparentes, de índices de reta que permita a reflexão regular ou especular da luz.
refração n1 , n 2 e n 3 , e o percurso de um raio luminoso. 02) quando a luz atinge a fronteira entre dois meios
transparentes e homogêneos, ela sofre reflexão, refração
Observando a figura, é possível concluir que:
e absorção.
(A) n 2  n 3  n1 (B) n1  n 2  n 3
04) a cor percebida de um objeto depende da cor da luz
(C) n 3  n1  n 2 (D) n1  n 3  n 2 incidente sobre o objeto e do pigmento existente nele.
(E) n 2  n1  n 3 08) uma das leis da reflexão diz que o ângulo de reflexão com
a normal é igual ao ângulo de incidência com a normal,
mas ela só é aplicável aos espelhos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 286
 CAPÍTULO XI

16) o arco-íris é consequência somente da reflexão da luz nas

gotículas de água dispersas na atmosfera após a chuva.
32) qualquer superfície transparente pode se tornar um
espelho, desde que as condições para a reflexão total –
ângulo de incidência maior do que o ângulo limite e
propagação da luz do meio mais refringente para o
menos refringente – sejam respeitadas.
Levando em consideração os dados apresentados, determine
32. Em 1968, o físico russo Victor Veselago chamou a o valor da velocidade da luz no meio 2.
atenção para o fato de que nenhum princípio fundamental
proíbe a existência de materiais com índice de refração 34.
negativo. (...) O fenômeno mais interessante previsto por
Veselago aconteceria na interface entre um meio com índice
de refração negativo e outro com índice positivo. Um raio de
luz que incidisse sobre a fronteira entre os dois meios seria
refratado para o lado “errado” da linha normal. Usando a lei
de Snell, ao invés de cruzar essa linha, como ocorre quando
ambos os meios têm índices de refração positivos, o raio
permaneceria sempre do mesmo lado da normal. As fibras ópticas funcionam pelo Princípio da Reflexão
Fonte: Total, que ocorre quando os raios de luz que seguem
http://www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/material_didatico/
2011/refracao_negativa/refracao_negativa.html, acessado e
determinados percursos dentro da fibra são totalmente
adaptado em: 11 de julho de 2017. Adaptado. refletidos na interface núcleo-casca, permanecendo no
interior do núcleo. Considerando apenas a incidência de raios
Considere uma radiação monocromática que se propaga de meridionais e que os raios refratados para a casca são
um meio com índice de refração positivo, n1 = 1, 0, para um perdidos, e ainda, sabendo que os índices de refração do ar,
do núcleo e da casca são dados, respectivamente, por n 0 , n1 ,
meio com índice de refração negativo, n 2 = −(3)−1 2 , de e n 2 (n1  n 2  n 0 ), o ângulo máximo de incidência  a , na
espessura igual a h = 1, 0 mm. Se o raio incidente forma um interface ar-núcleo, para o qual ocorre a reflexão total no
ângulo  = 30, segundo ilustra a figura, determine a interior da fibra é:
coordenada x do ponto de onde o feixe emerge do meio 2.
Considerações:

- raios meridionais são aqueles que passam pelo centro do

núcleo; e
- todas as opções abaixo correspondem a números reais.
 n 2 − n 02 
(A) arc sen  2 
 n1 
 
 n 2 − n 22 
(B) arc sen  1 
 n0 
(A) −1,7 (B) −0,5 (C) 0,0  
(D) 0,5 (E) 1, 7  n 2 −n 2 
(C) arc sen  
1 2
 n0 
33. Um feixe de luz incide num espelho plano fazendo um  
ângulo 1 = 60 com a normal ao espelho, propagando-se
 n 2 −n 2 
(D) arc sen  
pelo ar (meio 1). O feixe refletido propaga-se no meio 1 e 2 0
incide na interface entre o meio 1 e o meio 2, onde sofre  n1 
refração. O feixe refratado sai com ângulo  2 com relação à  
normal à interface, conforme mostra a figura a seguir. As  n 2 −n 2 
(E) arc cos  
1 2
duas normais são perpendiculares entre si. Sabe-se que o
índice de refração do ar vale n1 = 1, que  n0 
 
1 3
sen30 = cos 60 =, que sen60 = cos 30 = e que 35. Durante um ensaio com uma amostra de um material
2 2
transparente e homogêneo, um aluno do Curso de Materiais
1 2 6
sen2 = e cos 2 = . Além disso, a velocidade da luz da FATEC precisa determinar de que material a amostra é
5 5 constituída. Para isso, ele utiliza o princípio da refração,
no meio 1 é c = 3,0 108 m s. fazendo incidir sobre uma amostra semicircular, de raio r,
um feixe de laser monocromático, conforme a figura.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 287

 CAPÍTULO XI

de vidro transparente e homogêneo.

Se o índice de refração absoluto do vidro é maior para a cor

azul do que para a vermelha e se não houve reflexão total
dentro da esfera, a figura que representa corretamente a
trajetória desses raios desde a sua incidência no ponto P até
a sua emergência da esfera está indicada em
Material (A) (B)
n
ar 1,00
resina 1,50
policarbonato 1,59
cristal dopado 1,60
cristal de titânio 1,71
cristal de lantânio 1,80 (C) (D)

Utilizando os dados da figura e as informações apresentadas

na tabela de referência, podemos concluir corretamente que
o material da amostra é

Lembre-se de que:
n I  senI = n R  senR (E)
(A) cristal de lantânio.
(B) cristal de titânio.
(C) cristal dopado.
(D) policarbonato.
(E) resina.
38. Uma mancha de óleo em forma circular, de raio inicial
36. r0 , flutua em um lago profundo com água cujo índice de
refração é n. Considere que a luz que atinge a mancha e a
superfície da água seja difusa e que o raio da mancha cresça
com a aceleração constante a.
Partindo do repouso em t = 0, o volume de água abaixo da
mancha que não recebe luz, após um intervalo de tempo t,
é:
2
r0 1 2 
(A) at + r0 
 −1  1    2 
3 tan  sen   
  n  
3
A figura mostra uma lente semiesférica no ar de raio  1 2 
(B)  at + r0 
R = 3 2 m com índice de refração n = 3. Um feixe de   1   2 
2 tan  sen −1   
luz paralelo incide na superfície plana, formando um ângulo   
n
de 60 em relação a x. 3
 1 2 
a) Indique se há raio refratado saindo da lente paralelamente (C) at + r0 
aos incidentes.  −1  1    2 
3 tan  sen   
b) Se houver, ele incide a que distância do centro da lente?   n 
c) Para quais ângulos  será iluminado o anteparo esférico 2
r0 1 2 
de raio 2R de mesmo centro da lente? (D) −1  2 at + r0 
3tan (sen (n))  
37. Dois raios de luz monocromáticos provenientes do ar, um r02 1 2 
azul e o outro vermelho, incidem no ponto P da superfície (E) −1 at + r0 
3tan (sen (n))  2 
de uma esfera maciça de centro C, paralelos um ao outro, na
direção da linha tracejada indicada na figura. A esfera é feita
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 288
 CAPÍTULO XI

26. A
GABARITO
27. E
1. E 28. D
29. C
 
2. a) refletida = = 1 30. C
incidente 
31. 04 + 32 = 36.
32. E
b) 33. No diagrama abaixo, foi utilizado conhecimentos de
trigonometria para determinar o ângulo de incidência do raio
 refratado  2
= = luminoso do meio 1 para o meio 2.
incidente  3

3. E
4. E
4
5 Liq = = 1,3
3

6. n = 3.

7.  = 3 Usando a Lei de Snell juntamente com a definição de índice

de refração, podemos relacionar as velocidades da luz em
8. B cada meio:
n1  sen 1 = n 2  sen 2 
9. E   sen 1 sen 2 v  sen 2
 c  =  v2 = 1
 n =  v1 v 2 sen 1
 v 
10. 1 + 2 = 3 Assim, substituindo os valores:
1
11. C 3 108 m s 
v1  sen 2 5  v = 1, 2 108 m s
12. E v2 = = 2
sen 1 1
13. D 2
14. a) 1,33
34. C
b) 30° 35. E
15. (04) + (16) = 20 36. a) Temos a figura:

Resolução
A luz também apresenta comportamento de onda.
A velocidade da luz depende do meio em que se propaga,
apresentando máxima velocidade no vácuo.

16. D
17. D
18. 2,12 u
19. C
Aplicando a Lei de Snell para a 1ª refração, temos:
20. A
3
21. 37° n ar  sen 60 = n  sen r  1  = 3  sen r  r = 30
2
22. A
23. Rmin = 2 m
24. B
25. B

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 289

 CAPÍTULO XI

3 3
Analogamente para a 2ª refração, temos:  = arcsen + 30 (para   0) e  = arcsen − 30
3 3
3  sen ( 30 +  ) = 1  sen ( 60 +  ) (para   0)
3 ( sen 30 cos  + sen  cos 30 ) = sen 60 cos  + sen  cos 60
1 3 3 1
3   cos  + sen    =  cos  + sen  
2 2 2 2
 
3 3 3 1
cos  + sen = cos  + sen
2 2 2 2
sen = 0   = 0
Portanto, para  = 0, há um raio refratado emergindo
paralelamente aos incidentes.
b) Para  = 0, temos a situação:
Como n azul  n vermelho , devemos ter a configuração do item
[B].

37. B
38. C

Sendo d a distância procurada, podemos escrever:

d 3 d
tg 30 =  =
R 3 3
2
 d = 0,5 m
c) Situações de iminência de reflexão total:

Seno do ângulo limite L :

1 3
sen L = =
3 3
Devemos ter que:
3
sen (  30)  sen L  sen (  30 ) 
3

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 290


CAPÍTULO XII - LENTES ESFÉRICAS DELGADAS
Denomina-se lente esférica uma associação de dois dioptros,
sendo um deles necessariamente esférico. Estudaremos as
lentes esféricas delgadas, que são aquelas em que a distância
entre os dioptros no centro da lente é desprezível perto das
distâncias desta lente ao objeto e à imagem produzida por ela.
NOMENCLATURA
Para nomearmos uma lente, sempre pensaremos como um
observador externo à lente enxerga cada uma de suas faces.
• Bordos finos
• Bordos grossos
COMPORTAMENTO ÓPTICO DAS LENTES
Dividiremos as lentes em dois grupos: as de comportamento
convergente e as de comportamento divergente.
Na verdade, qualquer lente pode ter comportamento
convergente ou divergente, dependendo do material que a
constitui e do meio em que ela está imersa.
O comportamento das lentes segue a tabela a seguir:
nLente > nmeio nLente < nmeio
Bordos finos Convergente Divergente
Bordos grossos Divergente Convergente
ELEMENTOS DE UMA LENTE ESFÉRICA
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
• Centro óptico (O) → Ponto pelo qual passam os raios
que atravessam a lente sem sofrer desvio.
• Focos (F e F’) → Os focos são os pontos que servem
como vértices dos feixes que incidem (ou emergem)
paralelamente ao eixo principal da lente. A interpretação é a
mesma dos espelhos esféricos. Porém, devemos tomar muito
cuidado, uma vez que existem dois focos. O foco objeto (F)
é relativo aos raios que chegam à lente, enquanto que o foco
imagem (F’) é relativo aos raios que saem da lente.
• Pontos antiprincipais (A e A’) → São os pontos
distanciados de 2f da lente. Também existem dois pontos: o
ponto antiprincipal objeto (A), relativo aos raios que chegam
à lente, e o ponto antiprincipal imagem (A’), relativo aos
raios que saem da lente.
RAIOS PARTICULARES
1. Raio que incide passando pelo centro óptico da lente
não sofre desvio.
2. Raio que incide na lente, na direção do foco objeto,
é refratado paralelamente ao eixo principal.
3. Raio que incide na lente, paralelamente ao eixo
principal, é refratado na direção do foco imagem.
4. Raio que incide na lente, na direção do ponto
antiprincipal objeto, é refratado na direção do ponto
antiprincipal imagem.
291
 CAPÍTULO XII

FORMAÇÃO DE IMAGENS

1. LENTE DIVERGENTE 2.5 Objeto entre F e C

2. LENTE CONVERGENTE

2.1 Objeto antes de A REFERENCIAL DE GAUSS

2.2 Objeto em A

p → Abscissa do objeto
p’ → Abscissa da imagem
o → Ordenada do objeto
i → Ordenada da imagem

AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL

i p'
A= =−
o p
2.3 Objeto entre A e F
EQUAÇÃO DE GAUSS

2.4 Objeto em F

1 1 1
= +
f p p'

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 292

 CAPÍTULO XII

CONVENÇÃO DE SINAIS 5. UNESP Um projetor rudimentar, confeccionado com uma

lente convergente, tem o objetivo de formar uma imagem real
e aumentada de um slide. Quando esse slide é colocado bem
próximo do foco da lente e fortemente iluminado, produz-se
uma imagem real, que pode ser projetada em uma tela, como
ilustrado na figura.

VERGÊNCIA (OU CONVERGÊNCIA) DE UMA LENTE

1
C=
f
A distância focal é de 5 cm e o slide é colocado a 6 cm da
lente. A imagem projetada é real e direita. Calcule
A unidade utilizada para expressar a vergência de uma lente
a) a posição, em relação à lente, onde se deve colocar a tela,
é a dioptria (di), que é equivalente a m-1.
para se ter uma boa imagem.
b) a ampliação lateral (aumento linear transversal).
Exercícios de aula
6. ITA A figura mostra um sistema óptico constituído de uma
lente divergente, com distância focal f1 = – 20 cm, distante
1. UFRRJ A figura mostra dois raios luminosos que incidem
14 cm de uma lente convergente com distância focal
sobre uma lente, formando um ângulo de 30° com a normal a
f2 = 20 cm. Se um objeto linear é posicionado a 80 cm
ela e emergindo paralelos. A distância entre os pontos A e B
à esquerda da lente divergente, pode-se afirmar que a imagem
em que os raios atingem a lente é de 20 cm.
definitiva formada pelo sistema

(A) é real e o fator de ampliação linear do sistema é – 0,4.

Determine a distância focal da lente. (B) é virtual, menor e direita em relação ao objeto.
(C) é real, maior e invertida em relação ao objeto.
2. UFPE Um estudante utiliza uma lente biconvexa para (D) é real e o fator de ampliação linear do sistema é – 0,2.
projetar a imagem de uma vela, ampliada 5 vezes, numa (E) é virtual, maior e invertida em relação ao objeto.
parede. Se a vela foi colocada a 30 cm da lente, determine a
distância focal da lente, em cm.
Nível 1
3. UNESP Uma lupa utilizada para leitura é confeccionada
com uma lente delgada convergente, caracterizada por uma 7. UFPE Um objeto de altura h = 2,5 cm está localizado a
distância focal f. Um objeto é colocado a uma distância 4,0 cm de uma lente delgada de distância focal
0,8 f, medida a partir da lente. Se uma letra de um texto tem f = +8,0 cm. Determine a altura deste objeto, em cm, quando
altura 1,6 mm, determine o tamanho da letra observado pelo observado através da lente.
leitor. (A) 2,5 (B) 3,0
(C) 4,5 (D) 5,0
4. ITA Um objeto tem altura h0 = 20 cm está situado a uma (E) 6,5
distância d0 = 30 cm de uma lente. Esse objeto produz uma
imagem virtual de altura hi = 4,0 cm. A distância da imagem 8. EEAR Um objeto de 12 cm de altura é colocado sobre o
à lente, a distância focal e o tipo da lente são respectivamente: eixo principal a 20 cm do centro óptico de uma lente
(A) 6,0 cm; 7,5 cm; convergente convergente.
(B) 1,7 cm; 30 cm; divergente Qual a altura da imagem, em centímetros, conjugada por esta
(C) 6,0 cm; –7,5 cm; divergente lente, cuja distância focal é de 5 cm?
(D) 6,0 cm; 5,0 cm; divergente (A) 2 (B) 3
(E) 1,7 cm; –5,0 cm; convergente. (C) 4 (D) 5

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 293

 CAPÍTULO XII

9. UFPE A figura mostra uma montagem onde um objeto foi 13.

colocado sobre o eixo ótico distando 4,2 cm de uma lente
convergente de distancia focal f = 4 cm. Calcule o fator de
ampliação, em modulo, para a montagem descrita.

10. UFTM As figuras mostram um mesmo texto visto de
duas formas: na figura 1 a olho nu, e na figura 2 com o auxílio
de uma lente esférica. As medidas nas figuras mostram as
dimensões das letras nas duas situações.
Sabendo que a lente foi posicionada paralelamente à folha e
a 12 cm dela, pode-se afirmar que ela é
(A) divergente e tem distância focal – 20 cm.
(B) divergente e tem distância focal – 40 cm.
(C) convergente e tem distância focal 15 cm.
(D) convergente e tem distância focal 20 cm.
(E) convergente e tem distância focal 45 cm.
11. UFSM Na figura a seguir, são representados um objeto
(O) e a sua imagem (I) formada pelos raios de luz
Como mostra a figura, uma lente convergente, que está
pendurada no teto por duas molas ideais de constante elástica
F é submetida a uma força vertical F para baixo. Determine:
a) para que valores de F a lente produz uma imagem real
de uma figura colada no teto; e
b) o valor de F para o qual a imagem real tem o dobro do
tamanho da figura colada no teto.
Dados:
- distância entre o centro óptico da lente e o teto para F = 0 : d;
e
- distância focal da lente: f = 3d.
14. Duas lentes esféricas delgadas 1 e 2, com índices de
refração n1 e n 2 , respectivamente, são usadas para observar
a figura plana mostrada abaixo, quando o observador, objeto
e lente estão imersos em um meio homogêneo, transparente
e isótropo com índice de refração n maior do que os índices
n1 e n 2 .

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. As imagens observadas são apresentadas nas figuras 1 e 2 em
A lente em questão é ___________, porque , para um objeto comparação com o objeto observado.
real, a imagem é _______ e aparece_______ que o objeto.

(A) convergente - real - menor

(B) convergente - virtual - menor
(C) convergente - real - maior
(D) divergente - real - maior
(E) divergente - virtual - menor

12. EEAR Um objeto real é colocado perpendicularmente ao

eixo principal de uma lente delgada e a distância do objeto à
lente é de 10 cm. A imagem conjugada por esta lente é real e Se a mesma observação for realizada, porém com o
seu tamanho é 4 vezes maior que o do objeto. Portanto, trata- observador, objeto e lente imersos em um outro meio com
se de uma lente ________ e cuja vergência vale ______ di. índice de refração n ' menor do que n1 e n 2 , das opções
abaixo a que apresenta as imagens que poderão ser
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas observadas, respectivamente, pelas lentes 1 e 2 serão
do texto acima. (A)
(A) convergente; 12,5
(B) divergente; 0,125
(C) convergente; 2,0
(D) divergente; 8,0
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 294
 CAPÍTULO XII

18.
(B)

(C)

(D)
Conforme a figura acima, duas lanternas muito potentes,
cilíndricas, com diâmetro D = 4 cm, estão alinhadas no plano
vertical. Ambas possuem lentes nas extremidades, cujos
centros ópticos O estão alinhados verticalmente e cujas
distâncias focais são f = 3 cm. Uma das lentes é convergente
e a outra é divergente. Suas lâmpadas geram raios de luz
15. Uma luneta astronômica é composta essencialmente de
horizontais, que encontram as lentes das respectivas lanternas
duas lentes: a objetiva e a ocular. Sobre as características
e são projetados até um anteparo vertical.
desse instrumento óptico, assinale o que for correto.
Sabendo que a distância entre os centros ópticos das duas
01) A imagem fornecida pela objetiva é real e invertida.
lentes é y = 12 cm, a distância máxima x entre os centros
02) A imagem fornecida pela objetiva é objeto para a ocular.
04) A imagem fornecida pela ocular é virtual e direita. ópticos das lentes O e o anteparo, em centímetros, que faz
08) Se a objetiva e a ocular apresentam distâncias focais de com que a luz projetada pelas lanternas não se sobreponha é:
2 m e 5 m, respectivamente, então o aumento visual da (A) 6 (B) 9 (C) 12
luneta em condições normais de observação será igual a (D) 15 (E) 18
40.
16) A objetiva é convergente, e a ocular é divergente. 19. Câmeras digitais, como a esquematizada na figura,
possuem mecanismos automáticos de focalização.
16. Um objeto é colocado a 4,0 cm à esquerda de uma lente
convergente de distância focal de 2,0 cm. Um espelho
convexo de raio de curvatura de 4,0 cm está 10,0 cm à direita
da lente convergente, como mostra a figura abaixo.

Em uma câmera digital que utilize uma lente convergente

com 20 mm de distância focal, a distância, em mm, entre a
lente e o sensor da câmera, quando um objeto a 2 m estiver
corretamente focalizado, é, aproximadamente,
Assinale a alternativa que corresponde à posição da imagem (A) 1. (B) 5. (C) 10.
final, com relação ao vértice V do espelho. (D) 15. (E) 20.
(A) 1,5 cm (B) −1,5 cm
(C) −1,3 cm (D) 1,3 cm 20. Um objeto é colocado perpendicularmente ao eixo
(E) 3,0 cm principal e a 20 cm de uma lente divergente estigmática de
distância focal igual a 5 cm. A imagem obtida é virtual,
17. Um objeto real de 10 cm de altura é posicionado a 30 cm direita e apresenta 2 cm de altura. Quando essa lente é
do centro óptico de uma lente biconvexa, perpendicularmente substituída por outra convergente estigmática de distância
ao seu eixo principal. A imagem conjugada tem 2,5 cm de focal igual a 4 cm e colocada exatamente na mesma posição
altura. Para produzirmos uma imagem desse mesmo objeto e da anterior, e mantendo-se o objeto a 20 cm da lente, a
com as mesmas características, utilizando, porém, um imagem agora apresenta uma altura de _____ cm.
espelho esférico, cujo raio de curvatura é igual a 20 cm, a que (A) 2,5
distância do vértice, em cm, da superfície refletora do (B) 4,0
espelho ele deverá ser posicionado, perpendicularmente ao (C) 5,0
seu eixo principal?
(D) 10,0
(A) 20 (B) 25 (C) 50 (D) 75
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 295

21. Em função de suas características, uma lente
convergente, ao ser exposta à luz do Sol, gera uma
concentração de luz a 60 cm do seu centro óptico, como
ilustra a imagem.
Considere que um objeto é colocado a 180 cm do centro
óptico dessa lente para que sua imagem seja projetada com
nitidez sobre uma tela.
Calcule a distância, em centímetros, em que a tela deve ser
colocada, a partir do centro óptico da lente, para obtenção
dessa imagem.
22. Um recipiente vazio, perfeitamente transparente, no
formato de uma lente esférica delgada gaussiana, de raio a,
é preenchido com água límpida e cristalina até a metade de
sua capacidade (Figura 1).
Essa lente é então fixada a uma determinada distância de uma
fotografia quadrada de lado 3a (Figura 2), tendo seus centros
geométricos alinhados (Figura 3).
Considerando que o sistema lente-fotografia esteja imerso no
ar, um observador na posição O (Figura 3), poderá observar,
dentre as opções abaixo, a imagem da situação apresentada,
como sendo
(A) (B)
(C) (D)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
23. Um microscópio composto é constituído por duas lentes
convergentes. A objetiva possui uma distância focal de 3 mm
e a ocular uma distância focal de 3 cm. Considerando que um
objeto real está situado a 3,1 mm da objetiva e a distância
entre a objetiva e a ocular é 11,8 cm, assinale o que for
correto.
01) A imagem formada pela lente objetiva é virtual.
02) O aumento linear transversal do microscópio é −180.
04) A imagem formada pelo microscópio é virtual.
08) A imagem formada pela lente objetiva situa-se a uma
distância de 2,5 cm da lente ocular.
16) Mantendo todas as condições anteriores, se aumentarmos
a distância entre o objeto real e a lente objetiva para
3,3 mm, o aumento linear transversal do microscópio
também aumentará.
24. A figura 1 mostra a boneca Mônica de altura h a ser
colocada em frente a um dispositivo óptico. A figura 2 mostra
a imagem desta boneca vista através do dispositivo, com
altura 3h.
Sobre essa situação, pode-se afirmar que:
(A) O dispositivo fornece uma imagem real da boneca.
(B) O dispositivo pode ser uma lente divergente ou um
espelho convexo.
(C) A distância da boneca até o dispositivo óptico é três
meios de sua distância focal.
(D) A distância da imagem da boneca até o dispositivo é o
dobro de sua distância focal.
25. Sabe-se que o objeto fotografado por uma câmera
fotográfica digital tem 20 vezes o tamanho da imagem nítida
formada no sensor dessa câmera. A distância focal da câmera
é de 30 mm. Para a resolução desse problema, considere as
p' I 1 1 1
seguintes equações: A = − = e = + .
p O f p p'
Assinale a alternativa que apresenta a distância do objeto até
a câmera.
(A) 630 mm.
(B) 600 mm.
(C) 570 mm.
(D) 31,5 mm.
(E) 28,5 mm.
26. Durante a análise de uma lente delgada para a fabricação
de uma lupa, foi construído um gráfico que relaciona a
coordenada de um objeto colocado diante da lente (p) com a
296
 CAPÍTULO XII

coordenada da imagem conjugada desse objeto por essa lente 02) a refração da luz é caracterizada pelo desvio da luz ao
(p’). A figura 1 representa a lente, o objeto e a imagem. A mudar de meio com refringências distintas.
figura 2 apresenta parte do gráfico construído. 04) a luz incide no pentaprisma e sofre duas reflexões antes
de emergir. Estas reflexões são chamadas de reflexões
totais, pois duas condições estão sendo satisfeitas: a luz
está no meio mais refringente e o ângulo de incidência é
maior que o ângulo limite.
08) o conjunto de lentes da objetiva é formado por lentes
divergentes, pois somente elas formam imagens reais,
que são projetadas.
16) a imagem projetada no sensor é real, direita e menor. Isto
garante que ela possa ser vista com a mesma orientação,
tanto pela ocular quanto pelo visor LCD.
32) pela figura, podemos observar que o raio de luz que
Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss para incide no pentaprisma cruza com o raio de luz que irá
essa lente, calcule a que distância se formará a imagem emergir. O princípio da independência dos raios
conjugada por ela, quando o objeto for colocado a 60 cm de luminosos garante que este “encontro” não interfira na
seu centro óptico. Suponha que a lente seja utilizada como imagem vista pelo observador pela ocular.
lupa para observar um pequeno objeto de 8 mm de altura,
colocado a 2 cm da lente. Com que altura será vista a imagem
GABARITO
desse objeto?
1. 10 3 cm
27. Fotografar é uma arte que se popularizou com os celulares
e se intensificou com as redes sociais, pois todos querem 2. 25 cm.
“postar”, publicar os seus registros, suas selfies. Talvez 3. 8 mm
alguns celulares de última geração consigam a qualidade de 4. C
uma máquina fotográfica profissional, mas nada como
utilizar a própria máquina fotográfica profissional com todos 5. a) 30 cm
os seus recursos de alto desempenho para tirar uma foto de b) A imagem é ampliada cinco vezes e o aumento
alta qualidade. Antigamente as máquinas fotográficas linear é -5 (imagem invertida)
usavam filmes, hoje usam sensores que captam a luz e a
convertem em sinal digital, registrando a imagem em um 6. A
arquivo digital. Na essência, tirando a tecnologia embarcada, 7. 5 cm
as máquinas profissionais funcionam do mesmo jeito que 8. C
antes. A luz incide pela objetiva (conjunto de lentes), reflete 9.
em um espelho, incide em um pentaprisma e emerge Dados: f = 4 cm; p = 4,2 cm.
passando pela ocular. Além da ocular, as máquinas mais Da equação do aumento linear transversal:
modernas possuem um visor LCD para ver o que está sendo f 4 4
A = = = 
focalizado para fotografar. Quando se aperta o disparador f −p 4 − 4, 2 0, 2
para fotografar, o espelho refletor levanta e a luz se propaga A = 20.
diretamente para o sensor, registrando desta forma a imagem
desejada. A figura abaixo ilustra o que foi explicado antes.
10. D
11. A
12. A
13. a) Isolando a lente:

Com base na figura e no exposto acima, é CORRETO

afirmar: Após o equilíbrio, temos:
Distância da lente ao teto: p = d + x.
01) a reflexão da luz é classificada de duas formas: a reflexão
Aplicando a equação de Gauss, vem:
difusa e a reflexão especular, que só ocorre em
1 1 1 1 1 1 3d ( d + x )
superfícies planas. = +  = +  p' =
f p p' 3d d + x p' x − 2d

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 297

 CAPÍTULO XII

Condição para que a imagem seja real: p'  0. Logo: 26. Analisando o gráfico dado, nota-se que:
3d ( d + x ) 1
p → 10cm  p' →   → 0. Aplicando esses
 0  x  2d p'
x − 2d
F resultados na equação dos pontos conjugados:
F = 2kx  x = 1 1 1 1 1
2k = +  = + 0  f = 10cm.
F f p p' f 10
 2d
2k Para p = 60cm :
 F  4kd 1 1 1 pf 60 10
b) Pela equação do aumento linear: = +  p' = =  p' = 12cm.
f p p' p−f 50
3d ( d + x ) - Para p = 2cm :
−p' x − 2d
A = 2= pf 2  10
p d+x p' = =  p' = − 2,5cm.
p−f −8
Aplicando a equação do aumento linear transversal:
Como a imagem é real, x  2d. Sendo assim:
h ' −p' h' − ( −2,5 ) 20
3d 7d A= =  =  h' =  h' = 10mm.
2= x= h p 8 2 2
x − 2d 2
Portanto:
7d 27. 04 + 32 = 36.
F = 2k  [01] (Falsa) A reflexão ocorre também em superfícies
2
 F = 7kd irregulares.
[02] (Falsa) O que caracteriza a refração é a alteração da
14. A velocidade da onda quando esta muda de meio de
propagação.
15. 01 + 02 + 04 = 07. [04] (Verdadeira) Informação correta.
16. B [08] (Falsa) O conjunto de lentes da objetiva é convergente.
17. C [16] (Falsa) A imagem projetada é real e invertida.
18. B [32] (Verdadeira) Um raio de luz não interfere com outro ao
19. E se cruzarem.
20. A
21. Como o Sol é um objeto impróprio para a lente, sua
imagem forma-se no foco que, de acordo com a figura, está a
60 cm da lente. Assim, f = 60cm.
A distância da lente à tela é a distância da lente à imagem,
p '.
Aplicando a equação de Gauss:
1 1 1 pf 180  60
= −  p' = =  p' = 90cm.
p' f p p−f 120

22. B

23. 02 + 04 + 08 = 14.

24. D
25. A

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 298

 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - REFRAÇÃO LUMINOSA

(COMPLEMENTO)

OLHO HUMANO

O dispositivo de visão que temos em nossos olhos é bastante

interessante. Como já vimos anteriormente, nossos olhos
possuem uma “lente” fixa, a córnea (C) e outra lente flexível,
o cristalino (L), que pode ser comprimido ou distendido,
alterando assim seu foco. Chamamos este processo de ajuste
pelo termo acomodação.
Na hipermetropia, o problema não reside na observação
de objetos muito afastados, mas na visão de objetos
próximos. O ponto próximo do olho hipermétrope situa-se
mais distante do olho que o normal. A correção é feita pelo
uso de lentes convergentes.

A acomodação do cristalino, mudando sua distância focal,

2. Miopia
permite que um olho normal de uma pessoa jovem possa ver
com nitidez desde uma distância muito grande (tendendo a
O defeito consiste num alongamento do globo ocular.
infinito) até um ponto próximo, localizado a cerca de 15 cm
O ponto remoto do olho míope é real, ou seja, um olho míope
do olho. A distância d0 em que a visão é mais nítida é de 25
não acomoda a visão para objetos impróprios, como o olho
cm. Estes valores variam com a idade. Tomemos como base
normal. Ao visar um objeto no “infinito”, o olho míope
d0 = 25 cm.
conjuga uma imagem real, situada antes da retina, que, por
A acomodação visual faculta ao globo ocular a conjugação
isso, se mostra embaçada. Entretanto, a miopia favorece a
de imagens nítidas para objetos situados dentro de um
visão de objetos próximos, pois o ponto próximo do olho
intervalo da reta visual. Denomina-se intervalo de
míope é mais próximo que do olho normal.
acomodação. Nesta reta, os valores limitadores são:
Ponto Remoto (PR): É o ponto objeto para o qual a vista
conjuga imagem nítida sem nenhum esforço de acomodação.
Nesse caso, os músculos ciliares mostram-se relaxados e o
cristalino assume máxima distância focal.
Ponto Próximo (PP): É o ponto objeto para o qual a vista
conjuga imagem nítida com máximo esforço de acomodação.
Nesse caso, os músculos ciliares mostram-se contraídos e o
cristalino assume mínima distância focal.

A correção é feita mediante uso de lentes divergentes.

Adaptação visual

Em ambientes claros, a pupila apresenta um diâmetro entre

1,5mm e 2,0mm. Em ambientes escuros, o diâmetro varia de
8,0mm a 10mm. Este fato protege a retina de eventuais
ofuscamentos pela intensidade luminosa. Essa propriedade
que o globo ocular tem de se adequar à luminosidade
ambiente chama-se adaptação visual.

3. Astigmatismo
Defeitos visuais
O defeito consiste em imperfeições na simetria de
1. Hipermetropia revolução do sistema óptico ocular em torno do seu eixo
óptico.
O defeito consiste num encurtamento do globo ocular. A correção é feita com o uso de lentes cilíndricas, que
O olho hipermétrope, embora acomode a visão para objetos têm o objetivo de compensar a assimetria do sistema óptico
impróprios, o faz com algum esforço. Em condições de ocular.
músculos ciliares relaxados, a um objeto no “infinito”, ele
conjuga imagem real, situada depois da retina.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 299

 CAPÍTULO XIII

4. Presbiopia (vista cansada) medida em metros. Uma pessoa com hipermetropia, para ver
com nitidez um objeto colocado a 25 cm de seus olhos,
O defeito consiste no enrijecimento dos músculos precisa usar óculos de leitura de "grau" 2 di positivas. A
ciliares, o que acontece com o passar dos anos. A presbiopia distância mínima, em centímetros, para que essa pessoa,
é comum às pessoas com idade superior a 40 anos, que, com quando sem óculos, veja um objeto com nitidez é de:
a limitação de sua capacidade de acomodação visual, têm (A) 20 (B) 30 (C) 40
dificuldades em enxergar objetos próximos e também (D) 50 (E) 80
distantes.
A correção é feita mediante o uso de lentes bifocais, que GABARITO
têm uma região destinada à visão de objetos distantes e outra
destinada à visão de objetos próximos. 1. A
2. Divergente, com C = - 0,5 di
3. a) Míope b) 20 cm c) 20 cm
5. Estrabismo 4. a) 3 di b) 2,4 cm c) Hipermetropia
5. D
O defeito consiste na incapacidade de dirigir
simultaneamente as retas visuais dos dois olhos para o ponto
visado.
A correção pode ser feita com o uso de lentes
prismáticas, cirurgia ou exercícios de sustentação do globo
LÂMINA DE FACES PARALELAS
ocular.
A lâmina de faces paralelas é a associação de dois dioptros
Exercícios planos, cujas superfícies dióptricas são paralelas.
Normalmente, consideramos que os meios 1 e 3 coincidem.
1. EEAr Das afirmações abaixo a respeito do olho humano e É o exemplo de uma lâmina de vidro, que é o meio 2, no ar.
dos defeitos da visão: Na figura abaixo, consideramos o caso em que n1  n3 .
I. A forma do cristalino é modificada com o auxílio dos
músculos ciliares.
II. A miopia pode ser corrigida com o uso de lentes
divergentes.
III. A hipermetropia é um defeito da visão que se deve ao
alongamento do globo ocular em relação ao
comprimento normal.
São corretas:
(A) I e II Aplicando a Lei de Snell-Descartes nas duas refrações,
(B) I e III temos:
(C) II e III n1 .seni = n2 .senr
(D) I, II e III
n2 .senr = n3 .seni'
2. Considere um olho míope. Se seu ponto remoto está a 2m Note que n1 = n3  i = i' .
de distância, qual o tipo de lente (convergente ou divergente)
Logo, se os meios extremos forem coincidentes, os raios
e a vergência da lente corretiva? (Considere desprezível a
emergente e incidente são paralelos.
distância da lente ao olho.)

3. Uma pessoa dotada de um defeito visual usa lentes

corretivas que têm vergência igual a – 5,0 di.

a) A pessoa é míope ou hipermétrope?

b) Qual a distância focal das lentes corretivas?
c) A que distância do olho localiza-se o ponto remoto da
visão da pessoa?

4. Uma pessoa, com certa deficiência visual, utiliza óculos

com lentes convergentes. Colocando-se um objeto de Dizemos, então, que houve apenas um deslocamento lateral
0,6 cm de altura a 25,0 cm da lente, é obtida uma imagem a do raio incidente.
100 cm da lente. Considerando que a imagem e o objeto estão
localizados do mesmo lado da lente, determine: Calculamos o desvio lateral d pela equação a seguir:
a) a convergência da lente, em dioptrias.
b) a altura da imagem do objeto, formada pela lente.
c) o defeito visual desta pessoa. sen(i − r )
d = e.
cos r
5. A vergência ou "grau" de uma lente de óculos, expressa
em dioptrias (di), equivale ao inverso da distância focal (f),
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 300
 CAPÍTULO XIII

DIOPTRO PLANO A alternativa que melhor representa o que a pessoa enxerga

é:
Dioptro plano é um sistema constituído por dois meios (A) (B) (C)
transparentes de diferentes índices de refração, que fazem
fronteira plana.

(D) (E)

2. UEL Um raio de luz r atravessa uma lâmina de faces

paralelas, sendo parcialmente refletido nas duas faces.
Considerando os ângulos
Objeto no meio mais refringente e observador no meio indicados na figura, o
menos refringente ângulo θ é igual a
(A) γ + δ
(B) 90° - δ
(C) 90° - γ
(D) 90° - β
(E) 90° - α

3. UECE Uma folha de papel, com um texto impresso, está

protegida por uma espessa placa de vidro. O índice de
Objeto no meio menos refringente e observador no meio refração do ar é 1,0 e o do vidro 1,5. Se a placa tiver 3 cm de
mais refringente espessura, a distância do topo da placa à imagem de uma letra
do texto, quando observada na vertical, é:
(A) 1 cm
(B) 2 cm
(C) 3 cm
(D) 4 cm

4. UFRJ Um raio luminoso proveniente do ar atravessa uma

placa de vidro de 4,0cm de espessura e índice de refração 1,5.
Para pequenos ângulos de incidência, relacionamos as
distâncias real (p) e aparente (p’) do objeto até a superfície de
separação dos dois meios pela equação abaixo:

p' n2
=
p n1

Exercícios de aula

1. FUVEST Numa folha de papel num plano horizontal, está

desenhado um círculo de centro C. Sobre a folha é colocada
uma placa grossa de vidro, cobrindo metade do círculo. A
figura 1, a seguir mostra uma pessoa olhando para o círculo,
com seu olho no eixo vertical OC.
Sabendo que o ângulo de incidência θ do raio luminoso é tal
que sen θ = 0,90 e que o índice de refração do ar é 1,0, calcule
a distância que a luz percorre ao atravessar a placa.
Exercícios propostos

5. Determine o desvio lateral sofrido por um raio que incide

sobre a superfície superior de uma lâmina de faces paralelas,
cuja espessura vale 10 cm. A incidência é formando 60° e o
raio refratado forma 30°, ambos com a normal à superfície.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 301

 CAPÍTULO XIII

6. Um estudante nadando, totalmente submerso, observa o
refletor da piscina aparentemente 4 m acima da linha da água.
Determine a altura real do refletor em relação à superfície da
água. Dado: nágua = 4/3.
7. Um feixe luminoso, que se propaga no ar, incide sobre uma
lâmina de faces paralelas, cujo índice de refração é 2 , com
ângulo de incidência igual a 45°. Determine a espessura da
lâmina, sabendo que o desvio lateral sofrido por este feixe
vale 1,5 cm. Dado: sen 15 = 0,26.
8. UFSC Uma lâmina de vidro de faces paralelas,
perfeitamente lisas, de índice de refração n, é mergulhada
completamente em um líquido transparente de índice de
refração também igual a n. Observa-se que a lâmina de vidro
torna-se praticamente invisível, isto é, fica difícil distingui-la
no líquido.
01. A lâmina de vidro torna-se opaca à luz.
02. A luz, ao passar do meio líquido para a lâmina de vidro,
sofre reflexão total.
04. A luz sofre forte refração, ao passar do meio líquido para
a lâmina de vidro e, também, desta para o meio líquido.
08. Quando a luz passa do líquido para o vidro, ocorre
mudança no seu comprimento de onda.
16. A luz não sofre refração, ao passar do meio líquido para
a lâmina de vidro.
32. A luz que se propaga no meio liquido não sofre reflexão
ao incidir na lâmina de vidro.
64. A luz sofre desvio, ao passar do líquido para a lâmina e,
desta para o líquido, porque a velocidade da luz nos dois
meios é diferente.
A soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S) é:
(A) 7 (B) 28 (C) 48 (D) 75 (E) 112
11. UDESC Considere uma lâmina de vidro de faces
paralelas imersa no ar. Um raio luminoso propaga-se no ar e
incide em uma das faces da lâmina, segundo um ângulo θ
em relação à direção normal ao plano da lâmina. O raio é
refratado nesta face e refletido na outra face, que é espelhada.
O raio refletido é novamente refratado na face não espelhada,
voltando a propagar-se no ar. Sendo nAr e nVidro,
respectivamente, os índices de refração da luz no ar e no
vidro, o ângulo de refração α que o raio refletido forma no
vidro, com a direção normal ao plano da lâmina, ao refratar-
se pela segunda vez, obedece à equação:
(A) nVidro sen α = nAr sen θ /2
(B) α = θ
(C) sen α = cos θ
(D) nVidro sen α = nAr sen θ
(E) nAr sen α = nVidro sen θ
12. FUVEST Um jovem pesca em uma lagoa de água
transparente, utilizando, para isto, uma lança. Ao enxergar
um peixe, ele atira sua lança na direção em que o observa. O
jovem está fora da água e o peixe está 1 m abaixo da
superfície. A lança atinge a água a uma distância
x = 90 cm da direção vertical em que o peixe se encontra,
como ilustra a figura abaixo. Para essas condições,
determine:
a) O ângulo  , de incidência na superfície da água, da luz
refletida pelo peixe.
b) O ângulo  que a lança faz com a superfície da água.
c) A distância y, da superfície da água, em que o jovem
enxerga o peixe.

9. UECE Um cubo de vidro tem 6,0 cm de aresta. Observa-

se, por transparência, a partir da face I e perpendicularmente
a ela, um desenho colado sobre a face II, oposta a I. O Índice
de refração do vidro é 1,5 e o do ar 1,0. A aproximação
aparente da imagem observada é de:
(A) 2,0 cm (B) 3,0 cm (C) 1,5 cm (D) 1,0 cm

10. ITA Um pescador deixa cair uma lanterna acesa em um

lago a 10,0 m de profundidade. No fundo do lago, a lanterna
emite um feixe luminoso formando um pequeno ângulo θ
com a vertical (veja figura). NOTE E ADOTE
Considere: tan θ  sen θ  θ e o índice de refração da água Índice de refração do ar = 1
n = 1,33. Então, a profundidade aparente h vista pelo Índice de refração da água = 1,3
pescador é igual a Lei de Snell: v1 / v 2 = sen1 / sen2

Ângulo  sen  tg 
30º 0,50 0,58
40º 0,64 0,84
42º 0,67 0,90
53º 0,80 1,33
60º 0,87 1,73

13. UFPA Os índios amazônicos comumente pescam com

arco e flecha. Já na Ásia e na Austrália, o peixe arqueiro
captura insetos, os quais ele derruba sobre a água, acertando-
(A) 2,5 m (B) 5,0 m (C) 7,5 m os com jatos disparados de sua boca. Em ambos os casos a
(D) 8,0 m (E) 9,0 m. presa e o caçador encontram-se em meios diferentes. As

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 302


figuras abaixo mostram qual é a posição da imagem da presa,
conforme vista pelo caçador, em cada situação.
Identifique, em cada caso, em qual dos pontos mostrados, o
caçador deve fazer pontaria para maximizar suas chances de
acertar a presa.
(A) Homem em A; peixe arqueiro em 1
(B) Homem em A; peixe arqueiro em 3
(C) Homem em B; peixe arqueiro em 2
(D) Homem em C; peixe arqueiro em 1
(E) Homem em C; peixe arqueiro em 3
14. FUVEST Dois sistemas óticos, D1 e D2, são utilizados
para analisar uma lâmina de tecido biológico a partir de
direções diferentes. Em uma análise, a luz fluorescente,
emitida por um indicador incorporado a uma pequena
estrutura, presente no tecido, é captada, simultaneamente,
pelos dois sistemas, ao longo das direções tracejadas.
Levando-se em conta o desvio da luz pela refração, dentre as
posições indicadas, aquela que poderia corresponder à
localização real dessa estrutura no tecido é:
Suponha que o tecido biológico seja transparente à luz e
tenha índice de refração uniforme, semelhante ao da água.
(A) A (B) B (C) C (D) D (E) E
15. UNIFESP Na figura, P representa um peixinho no
interior de um aquário a 13 cm de profundidade em relação à
superfície da água. Um garoto vê esse peixinho através da
superfície livre do aquário, olhando de duas posições: O 1 e
O2
Sendo n(água) = 1,3 o índice de refração da água, pode-se
afirmar que o garoto vê o peixinho a uma profundidade de
(A) 10 cm, de ambas as posições.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
(B) 17 cm, de ambas as posições.
(C) 10 cm em O1 e 17 cm em O2.
(D) 10 cm em O1 e a uma profundidade maior que 10 cm em
O2.
(E) 10 cm em O1 e a uma profundidade menor que 10 cm em
O2.
16. UFU Um pescador, ao observar um peixe dentro da água,
sabe que deve atirar com o arpão alguns centímetros abaixo
da posição do peixe observada por ele, para acertá-lo.
Isso ocorre porque:
(A) a luz proveniente do peixe que atinge o olho do pescador
sofre uma refração ao sair da água e entrar no ar.
(B) a luz, ao entrar na água, sofre uma dispersão, separando
os diferentes comprimentos de onda (diferentes cores) de
forma a enganar o pescador sobre a posição real do
peixe.
(C) a água funciona com uma lente e, portanto, a imagem do
objeto nem sempre é real.
(D) a água funciona como um espelho côncavo, devido ao
movimento ondulatório de sua superfície, fazendo com
que a imagem seja virtual e não real.
17. UFRN Ainda hoje, no Brasil, alguns índios pescam em
rios de águas claras e cristalinas, com lanças pontiagudas,
feitas de madeira. Apesar de não saberem que o índice de
refração da água é igual a 1,33, eles conhecem, a partir da
experiência do seu dia, a lei da refração (ou da sobrevivência
da natureza) e, por isso, conseguem fazer a sua pesca.
A figura acima é apenas esquemática. Ela representa a visão
que o índio tem da posição em que está o peixe. Isto é, ele
enxerga o peixe como estando na profundidade III. As
posições I, lI, III e IV correspondem a diferentes
profundidades numa mesma vertical.
Considere que o peixe está praticamente parado nessa
posição. Para acertá-lo, o índio deve jogar sua lança em
direção ao ponto:
(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV
303
 CAPÍTULO XIII

PRISMAS ÓTICOS Verifique que a luz violeta é a que sofre maior desvio,
enquanto que a vermelha é a que menos desvia:
Esse sistema óptico é definido como uma associação de dois
dioptros planos e não paralelos que causam dupla refração na
luz que neles incide. As figuras a seguir mostram os
elementos geométricos básicos de um prisma e o caminho
óptico do raio luminoso monocromático ao atravessá-lo:

Note que, para que todas as cores possam emergir, como na

figura acima, nenhuma delas deve ter atingido o ângulo limite
de incidência na face de saída do prisma.

PRIMAS DE REFLEXÃO TOTAL

Prisma de Amici

Prisma de Porro

Considere os ângulos descritos abaixo, que aparecem na

figura anterior:

A → Ângulo de abertura do prisma

θ1 → Ângulo de incidência da refração na primeira face
θ2 → Ângulo de refração da refração na primeira face
θ1’ → Ângulo de incidência da refração na segunda face Exercícios
θ2’ → Ângulo de refração da refração na segunda face
δ1 → Desvio na refração na primeira face 18. EEAr O prisma de Porro é aquele em que os raios
δ2 → Desvio na refração na segunda face luminosos incidem normalmente sobre a face-hipotenusa e
δ → Desvio total que, ao emergirem, sofrem um desvio, em relação à
incidência, em graus, de:
Na refração na primeira face, temos: 1 = 1 −  2 . (I)
Na refração na segunda face, temos:  2 = 1 '− 2 ' .
(II)
Podemos dizer que, como A é externo ao triângulo que
contém θ2 e θ2’, temos: A =  2 +  2 ' . (III)
O desvio total δ é dado por:  =  1 +  2 . (IV)
Assim, substituindo (I) e (II) em (IV), depois utilizando o (A) 60 (B) 90
resultado de (III), temos: (C) 120 (D) 180

19. MACKENZIE Um raio luminoso incide

 = 1 + 1 '− A perpendicularmente a uma das faces de um prisma de vidro
(nvidro = 2 ), imerso no ar (nar=1), e emerge rasante à outra
Podemos provar que, na ocorrência do desvio mínimo, temos: face. O ângulo de refringência A desse prisma é:
1 = 1 ' e  2 =  2 ' . (A) 15° (B) 30° (C) 40°
(D) 45° (E) 60°

20. PUCCAMP Um prisma de vidro, cujo ângulo de

DECOMPOSIÇÃO DA LUZ NOS PRISMAS
refringência é 60°, está imerso no ar. Um raio de luz
monocromática incide em uma das faces do prisma sob
Os prismas também são muito utilizados na dispersão da luz
ângulo de 45° e, em seguida, na segunda face sob ângulo de
branca, pois a dupla refração nas faces acentua o fenômeno.
30°, como está representado no esquema.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 304

Nessas condições, o índice de refração do vidro em
relação ao ar, para essa luz monocromática vale
3 2
(A) (B) 3
2
6 (A)
(C) 2 (D)
2
2 3
(E)
3 (E)
21. UNESP Um raio de luz monocromática, I, propagando-
se no ar, incide perpendicularmente à face AB de um prisma
de vidro, visto em corte na figura, e sai pela face AC. A figura
mostra cinco trajetórias desenhadas por estudantes, tentando
representar o percurso seguido por esse raio luminoso ao
atravessar o prisma.
O percurso que melhor representa a trajetória do raio é
(A) 1. (B) 2.
(C) 3. (D) 4.
(E) 5.
22. UFPR O índice de refração de meios transparentes
depende do comprimento de onda da luz. Essa dependência
é chamada de dispersão e é responsável pela decomposição
da luz branca por um prisma e pela formação do arco-íris.
Geralmente o índice de refração diminui com o aumento do
comprimento de onda. Considere um feixe I de luz branca
incidindo sobre um ponto P de um prisma triangular de vidro
imerso no ar, onde N é a reta normal no ponto de incidência,
como ilustra a figura abaixo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
Com base nisso, avalie as seguintes afirmativas:
I. O ângulo de refração da componente violeta dentro
do prisma é maior que o ângulo de refração da
componente vermelha.
II. Na figura, a cor vermelha fica na parte superior do
feixe transmitido, e a violeta na parte inferior.
III. O feixe sofre uma decomposição ao penetrar no
prisma e outra ao sair dele, o que resulta em uma
maior separação das cores.
Assinale a alternativa correta.
Somente a afirmativa I é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa II é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
(D) Somente a afirmativa III é verdadeira.
Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
23. O olho humano é um sistema óptico complexo,
constituído por vários meios transparentes que são
atravessados pela luz. Sobre as diferentes estruturas que
compõem o olho humano, o seu funcionamento e as
principais anomalias da visão, assinale o que for correto.
01) Na formação das imagens na retina de uma vista normal,
o cristalino (lente) funciona como uma lente
convergente, formando imagens reais, invertidas e
diminuídas.
02) Lentes convergentes, divergentes e cilíndricas podem ser
utilizadas para corrigir miopia, hipermetropia e
astigmatismo, respectivamente.
04) O astigmatismo resulta de uma assimetria na curvatura
da córnea ou na curvatura do cristalino. Isso faz com que
parte das imagens seja projetada sem nitidez na retina.
08) Um raio de luz que penetra no olho passa, na sequência,
pela pupila, pelo humor aquoso, pela córnea, pela lente e
pelo corpo vítreo.
16) A função da retina é regular a quantidade de luz que entra
no olho e gerar impulsos nervosos por estimulação
química.
24. Três amigos vão acampar e descobrem que nenhum deles
trouxe fósforos. Para acender o fogo e fazer o almoço,
resolvem improvisar e prendem um pedaço de filme plástico
transparente num aro de “cipó”. Colocam um pouco de água
sobre o plástico, formando uma poça de aproximadamente
14 cm de diâmetro e 1 cm de profundidade máxima, cuja
forma pode ser aproximada pela de uma calota esférica.
Quando o sol está a pino, para aproveitamento máximo da
energia solar, a distância, em cm, entre o centro do filme e a
palha seca usada para iniciar o fogo, é, aproximadamente,
Note e adote:
1 1
- Para ua lente plano-convexa, = (n − 1) , sendo n o
f R
índice de refração da lente e R o seu raio de curvatura.
- Índice de refração da água = 1,33.
(A) 75
(B) 50
(C) 25
(D) 14
(E) 7
305

25. Entre os cinco sentidos humanos, a visão é um dos mais
importantes, por isso deve-se cuidar muito bem dos olhos.
Ainda assim, defeitos visuais como miopia, hipermetropia e
astigmatismo aparecem no decorrer da vida. Mas nada está
perdido, pois os óculos são alternativas acessíveis e
satisfatórias na melhoria da qualidade visual dos indivíduos.
Considere o esquema do olho abaixo para responder aos itens
da questão.
Dados:
i −P ' 1 1 1 C
A= = ; = + ; n = ; n1  sen 1 = n 2  sen 2
O P f P P' v
a) Com base no esquema do olho abaixo, desenhe a imagem
do objeto (seta) formada em um olho hipermetrope.
b) b) Que tipo de lente esférica corrige o defeito da
hipermetropia e que fenômeno óptico explica o
funcionamento de uma lente esférica?
c) Considere uma pessoa hipermetrope capaz de enxergar
nitidamente quando seu ponto próximo é de 1, 0 m. Nesse
caso, qual a vergência da lente corretiva para conjugar a
imagem de um objeto no ponto próximo, se esse objeto
estiver a 25 cm do olho?
26.
A presbiopia é um defeito na visão que ocorre com o
envelhecimento da pessoa. Define-se ponto próximo como o
ponto mais perto dos olhos com que uma pessoa consegue
ver com nitidez. Para uma pessoa de visão normal, este ponto
está localizado a 25 cm do cristalino do olho – denominada
de distância mínima de visão distinta. Com o
envelhecimento, os músculos ciliares perdem elasticidade,
provocando um enrijecimento do cristalino e,
consequentemente, a incapacidade da acomodação visual.
Por causa disso, como mostrado na figura, há um afastamento
do ponto próximo, isto é, há dificuldade de visão de objetos
próximos, uma vez que a formação das imagens nítidas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
ocorre somente atrás da retina do olho, embora a visão de
objetos distantes permaneça inalterada. A dioptria D (ou
“grau”) de uma lente é definida como
D = 1 (distância focal) , ou seja: 1 grau = 1 m −1. Um
oftalmologista examina um paciente com presbiopia e
conclui que ele enxerga bem somente a partir de uma
distância de 2, 0 m dos seus olhos.
a) Qual a vergência D, em dioptria, que a lente deve possuir
para que o paciente descrito acima possa enxergar bem um
objeto colocado a uma distância de 0, 25 m dos seus
olhos?
b) Que tipo de lente o oftalmologista deve receitar ao
paciente descrito acima? Justifique.
27.
A atmosfera densa de um planeta hipotético possui um índice
de refração dependente das condições meteorológicas do
local, tais como pressão, temperatura e umidade. Considere
um modelo no qual a região da atmosfera é formada por k + 1
camadas de índice de refração diferentes, n 0 , n1 , , n k , de
1 km de altura cada, onde o índice de refração decai 10% a
cada quilômetro de aumento na altitude.
Considerando somente os efeitos da reflexão e da refração na
atmosfera, se um raio luminoso, proveniente de um laser
muito potente for disparado da superfície do planeta,
formando um ângulo de 60 com a tangente à superfície,
verifique se este raio alcançará o espaço, e, em caso negativo,
determine qual será a altitude máxima alcançada pelo raio.
Dados:
- o planeta é esférico com raio R P = 6.370 km;
- log10 (9) = 0,95 e log10 (2) = 0,3; e
- k = 9.
28. A miopia é um defeito de refração, bastante frequente,
caracterizado por afetar a visão à distância. A miopia surge
em função de um maior comprimento do globo ocular ou do
aumento na curvatura da córnea. A hipermetropia é um
defeito de refração caracterizado por afetar mais a visão de
perto. A hipermetropia surge em função de um menor
comprimento do globo ocular ou de uma menor curvatura da
córnea.
Sabe-se que um olho normal pode ver, nitidamente, objetos
situados desde o infinito até 25, 0 cm do olho.
306
 CAPÍTULO XIII

Desprezando-se a distância entre a lente e o olho, sobre
miopia e hipermetropia e suas correções é correto afirmar:
(A) A lente dos óculos de um míope com ponto remoto
situado a 75, 0 cm do olho tem vergência igual a −1,5
dioptrias.
(B) A imagem visual é formada em uma região anterior à
retina no olho de um paciente com hipermetropia.
(C) O defeito refrativo que causa a miopia pode ser corrigido
utilizando-se óculos com lentes plano-convexas.
(D) A lente dos óculos de um hipermétrope com o ponto
próximo a 100, 0 cm do olho tem vergência igual a 3,0
dioptrias.
(E) O defeito refrativo que causa a hipermetropia pode ser
corrigido utilizando-se óculos com lentes convexo-
côncava.
(D) Não, pois o seno do ângulo refratado é menor que o seno
do ângulo limite.
(E) Não, pois o seno do ângulo refratado é maior que o seno
do ângulo limite.
31. Em uma aula de laboratório de física, utilizando-se o
arranjo experimental esquematizado na figura, foi medido o
índice de refração de um material sintético chamado
poliestireno. Nessa experiência, radiação eletromagnética,
proveniente de um gerador de micro-ondas, propaga-se no ar
e incide perpendicularmente em um dos lados de um bloco
de poliestireno, cuja seção reta é um triângulo retângulo, que
tem um dos ângulos medindo 25, conforme a figura. Um
detetor de micro-ondas indica que a radiação eletromagnética
sai do bloco propagando-se no ar em uma direção que forma
um ângulo de 15 com a de incidência.

29. Um raio de luz incide com um ângulo de 45 com a

normal à face de prisma cuja seção principal é um triângulo
equilátero. Considerando que o meio onde o prisma se
encontra é o ar e que o desvio do raio de luz ao atravessar o
prisma corresponde ao valor mínimo, assinale o que for
correto.
01) O ângulo, em relação à normal, com que o raio emerge A partir desse resultado, conclui-se que o índice de refração
do prisma é 60. do poliestireno em relação ao ar para essa micro-onda é,
02) O desvio sofrido pelo raio de luz ao atravessar o prisma aproximadamente,
é 30. Note e adote:
04) O índice de refração do prisma vale 2. - índice de refração do ar: 1,0
08) O ângulo de refração do raio de luz na primeira face do - sen 15  0,3
prisma é 15. - sen 25  0, 4
16) O ângulo de refringência do prisma é 30. - sen 40  0,6
(A) 1,3 (B) 1,5 (C) 1, 7
30. O aquário da figura abaixo apresenta bordas bem espessas (D) 2,0 (E) 2, 2
de um material cujo índice de refração é igual a 3. Um
observador curioso aponta uma lanterna de forma que seu 32. Óptica da Visão
feixe de luz forme um ângulo de incidência de 60,
atravessando a borda do aquário e percorrendo a trajetória
AB. Em seguida, o feixe de luz passa para a região que
contém o líquido, sem sofrer desvio, seguindo a trajetória
BC.

O olho humano, responsável pela visão, pode distinguir

Considere o índice de refração do ar igual a 1,0. O feixe de
cerca de 10 milhões de cores e é capaz de detectar um único
luz emergirá do líquido para o ar no ponto C ? fóton.
3 É um sistema óptico complexo, formado por vários meios
(A) Sim, e o seno do ângulo refratado será . transparentes, além de um sistema fisiológico com inúmeros
3
componentes e todo o conjunto é chamado GLOBO
3 OCULAR. Pela complexidade de se traçar os trajetos dos
(B) Sim, e o seno do ângulo refratado será .
2 raios luminosos através desses diferentes meios,
3 convencionou-se representar todos eles por uma única lente
(C) Não, e o seno do ângulo limite será .
2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 307
 CAPÍTULO XIII

convergente biconvexa (o cristalino), de distância focal GABARITO

variável, essa representação é chamada de olho reduzido.
1. B
2. E
3. B
4. Usando a Lei de Snell, obtemos para o ângulo θ’ de
refração do raio ao passar do ar para o vidro, 1,0 sen θ = n
sen θ’, donde 1,0×0,90 = 1,5 sen θ’, ou seja, sen θ’ = 0,6. Pela
geometria do problema, a distância D percorrida pela luz ao
atravessar a placa satisfaz à relação D cos θ’ = 4,0cm. Logo,
D = 5,0 cm.

sen(i − r ) sen(60 − 30)

5. d = e → d = 10.  d = 10.tg 30
cos r cos30
3
d = 10 cm
3
4
p ' n2 4
6. = → = 3 → p = 3m
p n1 p 1
Chama-se Óptica da Visão o estudo das trajetórias dos raios
luminosos, através do globo ocular, até a formação de
imagens no cérebro. As pessoas que tem visão considerada 7. 5 cm
normal, emetropes, têm a capacidade de conjugar imagens 8. C
nítidas para objetos situados em média a 25 cm da lente 9. A
10. B
(ponto próximo), por convenção, até distâncias no infinito
11. Ver arquivo de gabarito comentado
visual (ponto remoto).
12. E
O cristalino é uma lente transparente e flexível, localizada
13. C
atrás da pupila. Sua distância focal pode ser ajustada para
14. E
focar objetos em diferentes distâncias, num mecanismo
15. B
chamado acomodação.
16. A
17. D
18. D
19. D
20. C
21. D
22. B
A íris (na figura acima) é a área verde/cinza/marrom 2,5 di.
(castanha), medindo cerca de 12 mm de diâmetro. As outras 23. 01 + 04 = 05.
estruturas visíveis são a pupila (círculo preto no centro) e a 24. A
esclera (parte branca do olho) ao redor da íris. A córnea está 25. Ver arquivo de gabarito comentado
presente, mas não é possível vê-la na foto, por ser 26. Ver arquivo de gabarito comentado
transparente. Teoricamente, poderíamos pensar no centro da 27. Ver arquivo de gabarito comentado
pupila como sendo o centro da íris. 28. D
A pupila é um espaço vazio em forma circular, normalmente 29. 02 + 04 = 06.
preto, definido pela margem interior da íris. Mede de 1,5 mm 30. E
de diâmetro com muita luz até 8mm de diâmetro com pouca 31. B
luz. Sua função é controlar a passagem de luz que chega até 32. a) O resultado é dado por:
2 2
a retina. Quando o olho é exposto a níveis de iluminação  12  8
muito elevados, a pupila se contrai (na verdade a íris dilata),     −      62 mm 2 .
 2 2
efeito chamado de Pupillary Reflex.
1
a) Admita a íris da figura recebendo pouca luz. Qual a área b) = 1,5 m−1  d H = 0,667 m
da região colorida? (adote   3,1) dH
b) Chamamos de amplitude de acomodação visual a
variação da vergência do cristalino de um olho,
funcionando como uma lente, capaz de conjugar
imagens nítidas para um objeto situado em seu ponto
próximo e no seu ponto remoto. Determine, em metros,
a distância do ponto próximo para uma pessoa que
possua o ponto remoto normal e cuja amplitude de
acomodação visual seja de

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 308

 CAPÍTULO XIV

CAPÍTULO XIV - MOVIMENTO HARMÔNICO Posição de equilíbrio ou origem (O): posição em que a força
SIMPLES (MHS) resultante sobre o corpo que executa o MHS é nula. Ao
CINEMÁTICA E OSCILADORES associarmos o MHS a um MCU, a posição de equilíbrio é
aquela em que o móvel que executa o MCU passa pelas
• Relembrando do MCU... 
posições angulares de forma geral  = k + , onde
2
k .

Amplitude (A): máximo deslocamento em relação à posição

de equilíbrio.

• Cinemática do MHS

1. Posição (x)

Seja P0 a posição inicial do ponto que executa MCU, cuja

Em um movimento circular uniforme (MCU), a velocidade posição angular é 0. No instante posterior t, o móvel ocupa a
angular  é constante e pode ser calculada por: posição P, cuja posição angular é .

 2
= = = 2 f
t T
Onde T é o período do MCU (tempo para completar uma
volta) e f é a freqüência do MCU (número de voltas por
intervalo de tempo).

A posição angular  do móvel que executa MCU é

determinada, em função do tempo, por:

 =  0 + t Daí, temos:
 =  0 + t

Do triângulo retângulo OPQ, temos: x = A cos  . Logo,

vem:

x = A.cos(0 + t )

2. Velocidade escalar (v)

No MCU, a aceleração é centrípeta, tendo seu módulo
calculado por:
O móvel que executa MCU tem velocidade tangencial vP .
2
V A componente horizontal desta velocidade é a velocidade
acp = = 2R escalar do ponto Q, que executa MHS.
R
• Conceitos básicos

Período (T): tempo para completar uma oscilação.

Freqüência(f): número de oscilações por intervalo de tempo.

n 1
f = =
t T

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 309

 CAPÍTULO XIV

Da figura, vem: Exercícios de aula

v = −vP .sen
1. Um movimento harmônico simples é descrito pela função
x = (0,050) cos(2 .t +  ) , em unidades do Sistema
Assim, temos:
Internacional. Nesse movimento, a amplitude e o período, em
unidades do Sistema Internacional, valem, respectivamente:
v = − A.sen(0 + t ) (A) 0,050 e 1,0
(B) 0,050 e 0,50
(C) π e 2 π
3. Aceleração escalar (a) (D) 2 π e π
(E) 2,0 e 1,0
O móvel que executa MCU tem aceleração centrípeta aP . A 2. Uma partícula descreve um movimento harmônico simples
segundo a equação x = 0,3cos(  + 2t ) , no S.I.. O módulo da
componente horizontal desta aceleração é a aceleração escalar
do ponto Q, que executa MHS.
3
máxima velocidade atingida por esta partícula, em m/s, é:
(A) 0,3
(B) 0,1
(C) 0,6
(D) 0,2
(E) π/3

3. Uma partícula oscila ao longo do eixo x com movimento


harmônico simples, dado por x = (3,0) cos( .t +
3
) , onde
2 2
x é dado em cm e t em segundos. Nessas condições, pode-se
afirmar que a amplitude, a freqüência e a fase inicial valem,
Da figura, vem: respectivamente:
(A) 3,0cm, 4Hz, 3 π/2rad
(B) 1,5cm, 4Hz, 3 π /2rad
a = −aP .cos  (C) 3,0cm, 0,5Hz, 3 π /2rad
(D) 3,0cm, 0,25Hz, 3 π /2rad
Assim, temos:
4. Uma massa M executa um movimento harmônico simples
a = − A .cos(0 + t )
2 entre as posições x=-A e x=A, conforme representa a figura.

Como já encontramos as equações horárias da posição e da

velocidade, podemos eliminar a variável tempo utilizando
estas duas equações. Para isto, temos: Qual das alternativas refere-se corretamente aos módulos e
aos sentidos das grandezas velocidade e aceleração da massa
x
cos(0 + t ) = M na posição x=-A?
A (A) A velocidade é nula; a aceleração é nula.
−v
(B) A velocidade é máxima e aponta para a direita; a
sen(0 + t ) = aceleração é nula.
A (C) A velocidade é nula; a aceleração é máxima e aponta para
a direita.
Elevando as duas equações ao quadrado e somando, temos: (D) A velocidade é nula; a aceleração é máxima e aponta para
a esquerda.
x2 v2
1= + (E) A velocidade é máxima e aponta para a esquerda; a
A2 A2 2 aceleração é máxima e aponta para a direita.
De onde vem: 5. Uma partícula realiza um M.H.S. (movimento harmônico
simples), segundo a equação x = (0,2) cos(
 
+ .t ) , no S.I..
v =  (A − x )
2 2 2 2
2 2
A partir da posição de elongação máxima, o menor tempo que
esta partícula gastará para passar pela posição de equilíbrio é:
Conhecida como Equação de Torricelli para o MHS.
(A) 0,5 s
(B) 1 s

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 310

 CAPÍTULO XIV

(C) 2 s Movimento Harmônico Simples (MHS) - II

(D) 4 s
(E) 8 s Já vimos que em um MHS, a posição e a aceleração são
calculadas por:
6. Um corpo de massa m é preso a um fio de comprimento L,
constituindo um pêndulo que passa a oscilar em movimento x = A.cos(0 + t )
harmônico simples com amplitude A. Em meio período, o
corpo percorre uma distância de, aproximadamente: a = − A 2 .cos(0 + t )
(A) A
(B) 2 A
(C) 2 A
Daí, podemos concluir que: a = − 2 x
(D) 3 A
(E) 4 A Considerando que o MHS seja executado por um corpo de
massa m, concluímos que existe uma força resultante atuando
7. Duas partículas descrevem movimentos harmônicos nele, da forma:
simples representados nos gráficos (I) e (II) a seguir.
FR = ma  FR = −m 2 x

Esta força é chamada de força restauradora, uma vez que

aponta sempre para a posição de equilíbrio. Como a massa do
corpo e a velocidade angular são constantes, a força
restauradora pode ser escrita:

FR = −kx
Onde k = m2 .
2
Como = , podemos calcular o período do MHS a partir
T
da seguinte equação:

É CORRETO afirmar que os dois movimentos têm:
(A) mesma frequência, amplitudes iguais e fases diferentes.
(B) frequências diferentes, amplitudes iguais e fases
diferentes.
(C) mesma frequência, amplitudes diferentes e mesma fase.
(D) mesma frequência, amplitudes iguais e mesma fase.
(E) frequências diferentes, amplitudes iguais e mesma fase.
m
T = 2
k
A partir de agora, temos condições de identificar se
determinado movimento é um MHS e calcular seu período.
Vamos a alguns casos conhecidos e importantes:
1. Oscilador massa-mola horizontal

Considere uma mola, de comprimento relaxado L0 e constante

elástica k, colocada em uma mesa lisa horizontal. Um corpo
de massa m é acoplado a esta mola, de forma que ela continue
relaxada. (Fig 1)

Figura 1

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 311

 CAPÍTULO XIV

Ao deslocarmos o corpo da posição de equilíbrio, este

começará a oscilar em torno dela.
A força resultante é da forma F = -kx. Ou seja, o corpo executa
um MHS. Daí, o período das oscilações é:

m
T = 2
kmola

2. Oscilador massa-mola vertical A força resultante é da forma F = -kx. Ou seja, o corpo executa
um MHS. Daí, o período das pequenas oscilações é:
Considere o mesmo corpo preso à mesma mola do caso
anterior. Porém, o conjunto está na vertical.

Na figura 2a, a mola está livre qualquer esforço. Na figura 2b, T = 2

o corpo está preso à mola e em equilíbrio. Na figura 2c, o g
corpo está oscilando em torno da posição de equilíbrio, em
uma posição x.
Exercícios de aula

8. UECE Das afirmativas a seguir:

I. Todo movimento periódico é um movimento

harmônico simples
II. No movimento harmônico simples, a aceleração é
proporcional ao deslocamento e tem sentido oposto
III. O período de oscilação de um pêndulo simples, cujo
movimento se realiza nas vizinhanças do equilíbrio
estável, é proporcional ao comprimento do pêndulo.

Está(ão) correta(s):
(A) apenas I e II
(B) apenas I e III
(C) somente II
(D) somente III

9. UFAL Um bloco de massa 4,0 kg, preso à extremidade de

uma mola de constante elástica 25π2 N/m, está em equilíbrio
sobre uma superfície horizontal perfeitamente lisa, no ponto
O, como mostra o esquema.
A força resultante é da forma F = -kx. Ou seja, o corpo executa
um MHS. Daí, o período das oscilações é:

m
T = 2 O bloco é então comprimido até o ponto A, passando a oscilar
kmola entre os pontos A e B.
O período de oscilação do bloco, em segundos, vale
(A) 20π (B) 8,0 (C) π
3. Pêndulo Simples (D) 0,80π (E) 0,80

O pêndulo simples é constituído de um fio ideal, de
comprimento , preso a um ponto fixo, sustentando um corpo
de massa m.
Na situação de equilíbrio, o fio fica na vertical. Ao
deslocarmos o corpo da situação de equilíbrio, ele realizará
pequenas oscilações, praticamente ao longo de uma reta.
10. MACKENZIE Um corpo, preso a uma mola conforme
figura a seguir, executa na Terra um M. H. S. de frequência 30
Hz. Levando-se esse sistema à Lua, onde a aceleração da
1
gravidade é da aceleração da gravidade da Terra, a
6
frequência do M. H. S. descrito lá é:

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 312


(A) 5 Hz (B) 10 Hz (C) 30 Hz
(D) 60 Hz (E) 180 Hz
11. (UFPR) Um técnico de laboratório comprou uma mola
com determinada constante elástica. Para confirmar o valor da
constante elástica especificada pelo fabricante, ele fez o
seguinte teste: fixou a mola verticalmente no teto por uma de
suas extremidades e, na outra extremidade, suspendeu um
bloco com massa igual a 10 kg. Imediatamente após suspender
o bloco, ele observou que este oscilava com frequência de 2
Hz. Com base nesses dados, o valor da constante elástica vale:
(A) 16 π2 N/m.
(B) 1,6 π2 N/m.
(C) (16 π)2 N/m.
(D) 160 π2 N/m.
(E) 0,16 π2 N/m.
12. MACKENZIE
Um corpo C, de massa 1,00.10-1 kg, está preso a uma mola
helicoidal de massa desprezível e que obedece à Lei de Hooke.
Num determinado instante, o conjunto se encontra em
repouso, conforme ilustra a figura 1, quando então é
abandonado e, sem atrito, o corpo passa a oscilar
periodicamente em torno do ponto O. No mesmo intervalo de
tempo em que esse corpo vai de A até B, o pêndulo simples
ilustrado na figura 2 realiza uma oscilação completa. Sendo
g = 10 m/s2, a constante elástica da mola é:
(A) 0,25 N/m (B) 0,50 N/m
(C) 1,0 N/m (D) 2,0 N/m
(E) 4,0 N/m
13. EsPCEx Em um sistema massa-mola ideal, sem forças
dissipativas, a freqüência de oscilação f de uma massa m é
1 k
dada por f = , onde k representa a constante
2 m
elástica da mola. Nos sistemas A e B representados abaixo, as
forças dissipativas são nulas, as molas são ideais, X1 e X2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
representam a posição de elongação máxima das molas e as
massas m1 e m2 são iguais.
Para que a situação indicada na figura se repita a cada 3
oscilações do sistema A e 2 oscilações do sistema B, a razão
entre k1 e k2 é igual a:
(A) 0,667 (B) 1,500 (C) 0,444
(D) 1,120 (E) 2,250
14. Na opinião de Klaus R. Mecke, professor no Instituto de
Física Teórica da Universidade de Stuttgart, Alemanha, o uso
da linguagem da física na literatura obedeceria ao seguinte
propósito:
Uma função literária central da fórmula seria simbolizar a
violência. A fórmula torna-se metáfora para a violência, para
o calculismo desumano, para a morte e para a fria mecânica -
para o golpe de força. Recorde-se também O Pêndulo de
Foucault, de Umberto Eco, em que a fórmula do pêndulo
caracteriza o estrangulamento de um ser humano. Passo a
citar: “O período de oscilação, T, é independente da massa do
corpo suspenso (igualdade de todos os homens perante
Deus)...”. Também aqui a fórmula constitui uma referência
irônica à marginalização do sujeito, reduzido à “massa inerte”
suspensa.
(Adaptado de Klaus R. Mecke, A imagem da Física na Literatura.
Gazeta de Física, 2004, p. 6-7.)
Segundo Mecke, a função literária de algumas noções da
Física, presentes em determinados romances, expressa
(A) a falta de liberdade do sujeito nas relações sociais, mas o
uso da independência do período do pêndulo simples com
a massa do corpo suspenso, feito por Umberto Eco, está
incorreto.
(B) a revogação parcial das leis da natureza, e o uso da
independência do período do pêndulo simples com a massa
do corpo suspenso, feito por Umberto Eco, está correto.
(C) a concordância quanto ao modo como representamos a
natureza, mas o uso da independência do período do
pêndulo simples com a massa do corpo suspenso, feito por
Umberto Eco, está incorreto.
(D) a privação da liberdade do ser humano, e o uso da
independência do período do pêndulo simples com a massa
do corpo suspenso, feito por Umberto Eco, está correto.
15. Um relógio de pêndulo, constituído de uma haste metálica
de massa desprezível, é projetado para oscilar com período de
1, 0 s, funcionando como um pêndulo simples, a temperatura
de 20 C. Observa-se que, a 35 C, o relógio atrasa 1,8 s a
cada 2,5 h de funcionamento. Qual é o coeficiente de
dilatação linear do material que constitui a haste metálica?
(A) 0,7 10−5 C−1 (B) 1, 2 10−5 C−1
(C) 1, 7  10−5 C−1 (D) 2, 2 10−5 C−1
(E) 2,7 10−5 C−1
313

16. Em uma mola ideal pendurada no teto, foi colocado um
corpo de massa igual a 10 kg, que causou uma deformação na
mola igual a 50 cm. Posteriormente, a massa de 0,1 kg foi
substituída por uma massa de 12,5 kg. Nessa nova condição,
o sistema foi posto para oscilar. Admitindo que a aceleração
da gravidade g = 10 m s 2 , determine o período de oscilação
do movimento.
(A)  2 s (B) 3 4 s (C)  s
(D) 2 3 s (E) 2 s
17. Considere duas situações em que dois pêndulos (A e B)
de mesmo comprimento oscilam livremente em um cenário
isento de resistência do ar. A esfera A tem o mesmo volume
que a B, todavia, por serem de materiais diferentes, a
densidade de A é um terço da de B. Ambas são soltas da
mesma altura e do repouso para iniciarem a oscilação.
Com base na situação descrita, são feitas algumas afirmações.
I. O período de oscilação de A é igual ao de B.
II. A velocidade com que B passa pelo ponto mais baixo da
trajetória é três vezes maior do que a velocidade com que
A passa pelo mesmo ponto.
III. A aceleração com que B passa pelo ponto mais baixo da
trajetória é maior do que a de A nesse mesmo ponto.
Em relação às afirmações acima, marque V para as
verdadeiras e F para as falsas e assinale a alternativa correta.
(A) I – F; II – V; III – F.
(B) I – V; II – F; III – V.
(C) I – F, II – V; III – V.
(D) I – V; II – F; III – F.
18. COMO A HIPERMETROPIA ACONTECE NA
INFÂNCIA:
É muito comum bebês e crianças apresentarem algum tipo de
erro refrativo, e a hipermetropia é o caso mais constante. Isso
porque este tipo de ametropia (erro de refração) pode se
manifestar desde a fase de recém-nascido. A hipermetropia é
um erro de refração caracterizado pelo modo em que o olho,
menor do que o normal, foca a imagem atrás da retina.
Consequentemente, isso faz com que a visão de longe seja
melhor do que a de perto. (...)
De acordo com a Dra. Liana, existem alguns fatores que
podem influenciar a incidência de hipermetropia em crianças,
como o ambiente, a etnia e, principalmente, a genética. “As
formas leves e moderadas, com até seis dioptrias, são passadas
de geração para geração (autossômica dominant(E). Já a
hipermetropia elevada é herdada dos pais (autossômica
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
recessiv(A)”, explicou a especialista.
A médica ainda relatou a importância em identificar,
prematuramente, o comportamento hipermétrope da criança,
caso contrário, esse problema pode afetar a rotina visual e
funcional delas. “A falta de correção da hipermetropia pode
dificultar o processo de aprendizado, e ainda pode reduzir, ou
limitar, o desenvolvimento nas atividades da criança. Em
alguns casos, pode ser responsável por repetência, evasão
escolar e dificuldade na socialização, requerendo ações de
identificação e tratamento”, concluiu a Dra. Liana.
Os sintomas relacionados à hipermetropia, além da
dificuldade de enxergar de perto, variam entre: dores de
cabeça, fadiga ocular e dificuldade de concentração em
leitura.(...)
O tratamento utilizado para corrigir este tipo de anomalia é
realizado através da cirurgia refrativa. O uso de óculos (com
lentes esféricas) ou lentes de contato corretivas é considerado
método convencional, que pode solucionar o problema visual
do hipermétrope.
Disponível em: www.cbo.net.br/novo/publicacao/revista_vejabem.
Acesso em: 18 fev. 2017.
De acordo com o texto acima, a hipermetropia pode ser
corrigida com o uso de lentes esféricas. Dessa maneira, uma
lente corretiva, delgada e gaussiana, de vergência igual a
+2 di, conforme figura a seguir, é utilizada para projetar, num
anteparo colocado a uma distância p' da lente, a imagem de
um corpo luminoso que oscila em movimento harmônico
simples (MHS). A equação que descreve o movimento
 
oscilatório desse corpo é y = (0,1) sen 4t +  .
 2
Considere que a equação que descreve a oscilação projetada
 3 
no anteparo é dada por y ' = (0,5) sen 4t +  (SI).
 2
Nessas condições, a distância p ', em cm, é
(A) 100 (B) 200
(C) 300 (D) 400
19. Analise o gráfico abaixo.
314
 CAPÍTULO XIV

O gráfico acima representa a posição x de uma partícula que 9. E

realiza um MHS (Movimento Harmônico Simples), em 10. C
função do tempo t. A equação que relaciona a velocidade v,
11. D
em cm s , da partícula com a sua posição x é
12. B
(A) v2 = 2 (1 − x 2 )
13. E
2  x2 
(B) v = 2
1 − 
2  2  14. D
 
15. E
(C) v2 = 2 (1 + x 2 )
16. ANULADA
 x2 
(D) v =  1 −
2 2
 17. D
 4 
 
18. C
2
(E) v = 2
(1 − x 2 ) 19. D
4
20. B
20. Em um oscilador harmônico simples, do tipo massa-mola, 21. D
a posição e a velocidade podem variar com o tempo conforme
as seguintes funções:
(A) sen(t) e sen(t).
(B) sen(t) e cos(t).
(C) cos(t) e tg(t).
(D) tg(t) e cos(t).

21. Um pêndulo simples de comprimento L está fixo ao teto

de um vagão de um trem que se move horizontalmente com
aceleração a. Assinale a opção que indica o período de
oscilações do pêndulo.
1
 2
 
 42 L2  L
(A)   (B) 2
 a2  2g
 −1 
2 
 g 
1
2L  L2 2
(C) 2 (D) 2  2 
 g + a2 
g + a2
2
 
L
(E) 
2g

GABARITO

1. A
2. C
3. D
4. C
5. B
6. C
7. B
8. C
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 315
 CAPÍTULO XIV

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 316

 CAPÍTULO XV

CAPÍTULO XV - ONDAS FUNDAMENTOS As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material

para se propagar. Elas são compostas de um campo elétrico e
um campo magnético variáveis.
Certamente você já teve a oportunidade de atirar uma
pedra na água tranqüila de um lago, e observou que, após o
impacto, formam-se na superfície da água, ondulações que se
afastam do ponto onde a pedra caiu.

Onda eletromagnética

São exemplos de ondas eletromagnéticas: luz, ondas de rádio,

microondas e raios-X.
Todas as ondas eletromagnéticas são transversais e, no vácuo,
O choque entre a pedra e a água perturbou o estado de
possuem a mesma velocidade: 3.108 m/s.
equilíbrio da superfície tranqüila da água, e essa perturbação
propagou-se através dela, sendo percebida depois de certo
Ondas transversais e longitudinais
tempo, em um ponto distante daquele onde se originou.
As figuras abaixo ilustram duas situações em que ocorre
Movimento ondulatório
a propagação de um pulso em um meio elástico (no caso, uma
mola).
Na figura A, cada ponto do meio elástico se desloca
perpendicularmente à direção de propagação da onda. Nesse
caso, temos uma onda transversal.
Na figura B, cada ponto do meio elástico se desloca numa
direção paralela à direção de propagação da onda. Assim,
temos uma onda longitudinal.

A partir da figura acima, fica evidente uma importante

característica da propagação ondulatória:

As ondas se propagam sem transportar matéria. Elas

transportam apenas energia.

Ondas mecânicas e eletromagnéticas

As ondas mecânicas são aquelas em que a agitação de uma

partícula causa o movimento de sua vizinha. Assim, a energia
se propaga. Estas ondas podem ser divididas, como vimos
pouco tempo atrás, em transversais e longitudinais. Como
Conceitos básicos
exemplos, temos as ondas em cordas (transversais) e o som
(longitudinal).
Velocidade de propagação da onda

Na figura abaixo, uma onda simples (ou pulso), emitida

em uma das extremidades de uma corda tracionada, se
propaga ao longo dela.
Se conhecermos o deslocamento do pulso (S) em certo
intervalo de tempo (t), poderemos calcular sua velocidade de
propagação. Assim:

S
Onda sonora V=
t

(velocidade do pulso ou velocidade da onda)

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 317


Note que essa velocidade não está associada ao
deslocamento de matéria; é a velocidade com a qual a energia,
introduzida na extremidade da corda, caminha ao longo dela,
até chegar ao outro extremo.
Após uma oscilação completa da mão (percurso A → B
→ C → A), gasta-se um período de oscilação do MHS. Esse
mesmo período (T) é o tempo gasto entre a emissão de um
pulso e a do próximo pulso. Assim:
Um período (T) é o intervalo de tempo gasto entre a emissão
de dois pulsos consecutivos.
A cada vibração completa da mão (percurso A → B →
C → A) é emitido um pulso. Como a freqüência de vibração
da fonte é o número de vibrações efetuadas na unidade de
tempo, temos:
1 T
f = fonda = ffonte =
T 4
Logo, a freqüência da onda só depende da fonte
emissora.
Note que da figura II para a figura III, representamos o
que ocorreu no intervalo de tempo de um período, e o pulso
sofreu um deslocamento . Logo, podemos definir:
Comprimento de onda () é a distância percorrida pela
onda em um período.
O comprimento de onda corresponde à distância entre dois
pontos em situações idênticas, em dois pulsos sucessivos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
Recalculando a velocidade da onda
S 
V=  V = =f
t T
Observações:
1. A amplitude é o máximo deslocamento sofrido pelos
pontos do meio, em relação à sua posição de equilíbrio.
No caso da onda transversal da figura anterior, a amplitude
é representada por A.
2. O topo e a região inferior da onda são denominados,
respectivamente, crista e vale. Note que a distância entre
duas cristas consecutivas (ou entre dois vales
consecutivos) é igual a um comprimento de onda .
Dado o perfil da corda em um certo instante e o sentido de
propagação dos pulsos nela, podemos traçar o seu novo perfil
após um certo intervalo de tempo t, como mostra o exemplo
da figura seguinte:
λ
Observe que o pulso se deslocou horizontalmente de S =
4
no intervalo t = . No mesmo intervalo de tempo, o ponto
P da corda se movimentou verticalmente, deslocando-se de
uma distância d como mostra a figura.
Fenômenos Ondulatórios
Inicialmente, trabalharemos com um exemplo simples, a
propagação de ondas em cordas, porque nelas a propagação
dos pulsos se dá segundo uma única direção (neste caso, a
corda recebe o nome de meio unidimensional, e a onda que
se propaga nela, de onda unidimensional).
318
 CAPÍTULO XV

Assim, depois de analisados os fenômenos ondulatórios em

meios unidimensionais, torna-se mais fácil entender o que
ocorre com eles em meios bidimensionais (como, por
exemplo, a propagação de ondas na superfície da água,
quando nela atiramos uma pedra) e em meios tridimensionais
(como é o caso das ondas sonoras que se propagam no ar, em
todas as direções).

Ondas em meios unidimensionais

• Reflexão

1. Suporte móvel sem atrito Ondas em meios bidimensionais e tridimensionais

• Frentes, linhas e superfícies de onda – A propagação

ondulatória em meios bidimensionais pode ser visualizada
através do uso de linhas de onda e de frentes de onda.

A reflexão acontece sem inversão de fase.

2. Suporte fixo A figura seguinte mostra uma onda circular periódica,

onde as linhas circulares representam as cristas de onda. A
primeira linha representa a frente de onda, e as demais são
denominadas linhas de onda,
É importante saber que todos os pontos de uma linha de
onda estão em fase, pois foram atingidos no mesmo instante
por pulsos idênticos.
A distância entre duas linhas de onda consecutivas é igual
ao comprimento de onda .

A reflexão acontece com inversão de fase.

• Refração - A figura seguinte representa a propagação de um

pulso ao longo de uma corda "leve", e o fenômeno observado A figura seguinte representa a formação de uma onda
quando esse pulso atinge o ponto de união entre ela e uma reta periódica na superfície da água. Nesse caso, a fonte
corda "pesada". geradora de perturbações tem forma retilínea.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 319

 CAPÍTULO XV

Podemos ter, ainda, a propagação ondulatória em meios

tridimensionais. Neste caso, teremos frentes de onda e • Reflexão de ondas — A reflexão de ondas em meios
superfícies de onda, que podem ser esféricas ou planas, como bidimensionais pode ser facilmente analisada se utilizarmos
mostram as figuras. os raios de onda.

• Raios de onda – A propagação ondulatória pode ser Ângulo de incidência → i

representada através de um modelo bastante conveniente: os Ângulo de reflexão → r
raios de onda.

Raios de onda são entes puramente geométricos, que i=r

representam a propagação das ondas que evoluem a partir da
fonte emissora. Os raios de onda indicam a direção e o • Refração de ondas – A refração de ondas em meios
sentido em que os pulsos se propagam, e são sempre bidimensionais também pode ser analisada de forma mais
perpendiculares às linhas de onda. simples se utilizarmos os raios de onda.

• Princípio de Huygens –
Quando uma frente de onda se propaga em um meio, todo
ponto atingido por ela se comporta como um novo centro
emissor de ondas secundárias de mesmas características que
a onda que o atingiu. Após um intervalo de tempo t, a nova
frente de onda será a superfície tangente às ondas
secundárias emitidas por esses pontos.
A figura seguinte representa a posição de uma frente de
onda AB no instante t. Após o intervalo de tempo t, cada
onda secundária emitida pelos pontos 1, 2, 3,..., n terá
percorrido a distância r = V.t. A frente de onda no instante t
+ t é a superfície tangente a essas ondas secundárias.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 320

 CAPÍTULO XV

Lei de Snell-Descartes
seni V1
= em todas as direções no ponto F, como mostra a figura
sen r V2
Difração
Verifica-se, experimentalmente, que toda onda
contorna os obstáculos colocados em seu caminho. Esse
fenômeno recebe o nome de difração.
A figura representa um caso de difração: na água, as
ondas retas, ao atingirem a abertura O do obstáculo, se
propagam, em seguida, em todas as direções.
Um exemplo mecânico de polarização pode ser obtido
com uma corda vibrante. Gerando perturbações transversais
seguinte, a onda transversal que se propaga não apresenta
direção preferencial de vibração. Essa onda é chamada de
onda natural.
Fazendo-se a onda natural atravessar uma guia rígida
vertical, ela é polarizada, de modo que os pontos da corda,
após a guia, vibrem apenas no plano vertical. Esse dispositivo
recebe o nome de polarizador.
É importante observar que a polarização só ocorre com
ondas transversais, não ocorrendo com ondas longitudinais.

Observação
O fenômeno da difração é observado mais facilmente quando
a abertura tem dimensões da mesma ordem de grandeza do
comprimento de onda, como mostra a figura.
Interferência de ondas
Duas ondas que se propagam através de um mesmo meio
podem se encontrar em uma determinada região. É o caso das
ondas na água, representadas na foto.

Polarização de ondas

Em uma onda transversal, os pontos do meio elástico

vibram perpendicularmente à direção de propagação da onda.
Quando as vibrações são todas paralelas, de modo que
os pontos do meio vibrem em um plano, dizemos que a onda
é polarizada.
A figura abaixo mostra os casos de uma onda polarizada
verticalmente e de uma onda polarizada horizontalmente:

A experiência mostra que, quando duas ondas se

encontram, elas agem independentemente uma da outra e
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 321

continuam a se propagar posteriormente como se a outra não
existisse, mantendo as mesmas características que possuíam
antes do encontro.
Entretanto, no ponto em que as ondas se encontram, os
seus efeitos se superpõem, dando origem ao fenômeno da
interferência.
Exercícios
1. MACKENZIE Com relação ao movimento ondulatório,
podemos afirmar que:
(A) a velocidade de propagação da onda não depende do meio
de propagação.
(B) a onda mecânica, ao se propagar, carrega consigo as
partículas do meio.
(C) o comprimento de onda não se altera quando a onda muda
de meio.
(D) a frequência da onda não se altera quando a onda muda
de meio.
(E) as ondas eletromagnéticas somente se propagam no
vácuo.
2. PUCRS
I. O som é uma onda mecânica, longitudinal, e a luz é
uma onda eletromagnética, transversal.
II. O som e a luz são ondas mecânicas e propagam-se
também no vácuo.
III. O som e a luz são ondas eletromagnéticas e necessitam
um meio material para se propagar.
Pela análise das afirmações, conclui-se que somente
(A) está correta a I.
(B) está correta a II.
(C) está correta a III.
(D) estão corretas a I e a III.
(E) estão corretas a II e a III.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
3. PUCMG Uma martelada é dada na extremidade de um
trilho. Na outra extremidade, encontra-se uma pessoa que
ouve dois sons separados por um intervalo de tempo de 0,18s.
O primeiro dos sons se propaga através do trilho com uma
velocidade de 3400m/s, e o segundo através do ar, com uma
velocidade de 340m/s. O comprimento do trilho em metros
será de:
(A) 340 m (B) 68 m (C) 168 m (D) 170 m
4. PUCRS Para a percepção inteligível de dois sons
consecutivos, o intervalo de tempo entre os mesmos deve ser
igual ou maior que 0,100s. Portanto, num local onde a
velocidade de propagação do som no ar é de 350m/s, para que
ocorra eco, a distância mínima entre uma pessoa gritando seu
nome na direção de uma parede alta e a referida parede deve
ser de
(A) 17,5 m
(B) 35,0 m
(C) 175 m
(D) 350 m
(E) 700 m
5. UFG O gráfico do movimento de subida e descida de uma
rolha, na superfície de um lago ondulado, é mostrado na figura
a seguir, em que y é a altura da rolha em relação ao nível da
água parada e t é o tempo transcorrido.
Se a rolha leva 1,0 s para sair do nível zero e atingir, pela
primeira vez, a altura máxima, a frequência do movimento é
igual a
(A) 0,125 Hz
(B) 0,25 Hz
(C) 0,50 Hz
(D) 1,0 Hz
(E) 4,0 Hz
6. UFMG Enquanto brinca, Gabriela produz uma onda
transversal em uma corda esticada. Em certo instante, parte
dessa corda tem a forma mostrada na figura a seguir.
A direção de propagação da onda na corda também está
indicada na figura.
Assinale a alternativa em que estão representados
CORRETAMENTE a direção e o sentido do deslocamento do
ponto P da corda, no instante mostrado.
322

7. A figura abaixo representa uma onda harmônica que se
propaga, para a direita, em uma corda homogênea. No instante
representado, considere os pontos da corda indicados: 1, 2, 3,
4 e 5.
Assinale a afirmativa correta.
(A) Os pontos 1 e 3 têm velocidade nula
(B) Os pontos 2 e 5 têm velocidade máxima
(C) O ponto 4 tem velocidade maior que o ponto 1
(D) O ponto 2 tem velocidade maior que o ponto 3
(E) Os pontos 1 e 3 têm velocidade máxima.
8. A figura I mostra, em um determinado instante de tempo,
uma mola na qual se propaga uma onda longitudinal. Uma
régua de 1,5 m está colocada a seu lado. A figura II mostra
como o deslocamento de um ponto P da mola, em relação a
sua posição de equilíbrio, varia com o tempo.
As MELHORES estimativas para o comprimento de onda λ e
para o período T dessa onda são:
(A) λ = 0,20 m e T = 0,50 s.
(B) λ = 0,20 m e T = 0,20 s.
(C) λ = 0,50 m e T = 0,50 s.
(D) λ = 0,50 m e T = 0,20 s.
9. A figura abaixo representa uma forma senoidal num gráfico
y (deslocamento vertical) versus x (deslocamento horizontal),
como uma fotografia de uma corda, na qual se propaga uma
onda estacionária. Estão destacadas, na figura, duas
grandezas, enumeradas por 1 e 2.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
É correto afirmar:
(A) A grandeza 1 é a amplitude e a 2 é o comprimento de
onda.
(B) Se o eixo horizontal do gráfico representasse o tempo, a
grandeza 1 seria o período.
(C) A grandeza 1 é o período e a 2 é a frequência.
(D) Se o eixo horizontal do gráfico representasse o tempo, a
grandeza 2 seria a frequência.
10. A luz propaga-se com velocidade de módulo
c = 3.108 m/s no vácuo; no entanto, quando a propagação se
dá em um meio material, a velocidade será de módulo
V < c. O índice de refração é definido como sendo c/V.
Imagine um feixe de luz monocromática que passa de um
meio para outro, mudando, assim, o módulo V de sua
velocidade. Nessa mudança de meio, a(s) propriedade(s) do
feixe que não sofrerá(ão) alteração é(são)
(A) a frequência.
(B) o comprimento de onda.
(C) a frequência e o comprimento de onda.
(D) a amplitude, a frequência e o comprimento de onda.
11. UFMG Na figura, está representada uma onda que, ao se
propagar, se aproxima de uma barreira. A posição das cristas
dessa onda, em certo momento, está representada pelas linhas
verticais. A seta indica a direção de propagação da onda. Na
barreira, existe uma abertura retangular de largura
ligeiramente maior que o comprimento de onda da onda.
Considerando essas informações, assinale a alternativa em que
MELHOR estão representadas as cristas dessa onda após ela
ter passado pela barreira.
(A) (B)
(C) (D)
12. CESGRANRIO
Na figura acima, um raio luminoso monocromático parte do
Meio I, refrata-se ao penetrar no Meio II e refrata-se
novamente ao retornar ao Meio I. O ângulo XYZ é reto.
323
 CAPÍTULO XV

Sendo λ1 e λ2 os comprimentos de onda, e v1 e v2 as 16. Ondas na superfície de líquidos têm velocidades que
velocidades do raio nos meios I e II, respectivamente, é dependem da profundidade do líquido e da aceleração da
gravidade, desde que se propaguem em águas rasas. O gráfico
correto afirmar que:
representa o módulo v da velocidade da onda em função da
(A) λ1 < λ2 e v1 > v2
profundidade h da água.
(B) λ1 < λ2 e v1 < v2
(C) λ1 > λ2 e v1 < v2
(D) λ1 > λ2 e v1 > v2
(E) λ1 = λ2 e v1 = v2

13. A diferença entre ondas mecânicas, como o som, e

eletromagnéticas, como a luz, consiste no fato de que

(A) a velocidade de propagação, calculada pelo produto do

comprimento de onda pela frequência, só é assim obtida
para ondas eletromagnéticas.
(B) as ondas eletromagnéticas podem assumir uma Uma onda no mar, onde a profundidade da água é 4,0 m, tem
configuração mista de propagação transversal e comprimento de onda igual a 50 m. Na posição em que a
longitudinal. profundidade da água é 1, 0 m, essa onda tem comprimento de
(C) apenas as ondas eletromagnéticas, em especial a luz, onda, em m, aproximadamente igual a
sofrem o fenômeno denominado difração. (A) 8.
(D) somente as ondas eletromagnéticas podem propagar-se (B) 12.
em meios materiais ou não materiais. (C) 25.
(E) a interferência é um fenômeno que ocorre apenas com as
(D) 35.
ondas eletromagnéticas.
(E) 50.
14. EsPCEx Um barítono emite um som uníssono na
frequência de 180 Hz. Sabendo que a velocidade do som no ar 17. Algumas pessoas apreciam assistir a eventos esportivos
é constante e igual a 324 m/s, pode-se afirmar que o pela TV enquanto ouvem sua narração pelo rádio.
comprimento de onda do som emitido pelo barítono é de:
(A) 2,4 m
(A) 1,8 m
(C) 0,9 m
(D) 0,6 m
(E) 0,5 m

15. EsPCEx A figura abaixo representa, em determinado

instante, a configuração de uma corda homogênea e flexível
na qual, a partir de movimentos verticais, se produz um trem
de ondas transversais.

Entretanto, ocorre uma defasagem entre as recepções da

Sabendo-se que a frequência de uma dessas ondas é de 4 Hz,
qual das afirmações abaixo é a correta?
(A) A amplitude da onda vale 80 cm.
(B) período da onda vale 0,4 s.
(C) A velocidade de propagação da onda é de 160 cm/s. (D)
comprimento de onda vale 20 cm.
(D) A distância entre um vale e uma crista consecutiva é de
40 cm.
imagem gerada pela TV e o som emitido pelo rádio. Essa
defasagem ocorre porque
(A) as ondas de rádio são mecânicas, e as de TV são
eletromagnéticas, mas ambas viajam à mesma
velocidade no ar; as ondas de rádio são refletidas pela
ionosfera, enquanto as de TV são refletidas por satélites
artificiais mais distantes da superfície terrestre.
(B) ambas as ondas são eletromagnéticas, vibram com a
mesma frequência diferindo pelos seus comprimentos de
onda e pelas velocidades de propagação no ar; ambas são
refletidas apenas por satélites artificiais.
(C) ambas são eletromagnéticas e, apesar de vibrarem com
frequências diferentes, viajam no ar com a mesma

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 324


velocidade; as de rádio são refletidas pela ionosfera,
enquanto as de TV são refletidas por satélites artificiais
mais distantes da superfície terrestre.
(D) ambas as ondas são eletromagnéticas, mas, por vibrarem
com frequências diferentes, viajam no ar a velocidades
diferentes, mesmo sendo ambas refletidas pela ionosfera.
(E) as ondas de rádio são mecânicas e viajam no ar mais
devagar do que as de TV, que são eletromagnéticas,
embora ambas sejam refletidas pela ionosfera.
18. Nas extremidades de uma corda vibrante de 80 cm de
comprimento, são produzidos dois pulsos que se propagam em
sentidos opostos. A velocidade de propagação de pulsos nesta
corda é 10 cm s .
Nas duas figuras a seguir, mostram-se imagens da corda em
repouso (indicando pontos uniformemente distanciados sobre
el(A) e com os pulsos produzidos sobre ela no instante t = 0.
Cinco das oito configurações abaixo correspondem a imagens
obtidas a partir da observação da propagação dos pulsos.
A sequência temporal das configurações que corresponde ao
perfil dos pulsos na corda é
(A) 7 – 6 – 4 – 3 – 5 (B) 2 – 7 – 3 – 8 – 6
(C) 1 – 2 – 4 – 3 – 6 (D) 1 – 2 – 7 – 6 – 3
(E) 1 – 6 – 5 – 8 – 4
19. Alguns modelos mais modernos de fones de ouvido
contam com uma fonte de energia elétrica para poderem
funcionar. Esses novos fones têm um recurso, denominado
“Cancelador de Ruídos Ativo”, constituído de um circuito
eletrônico que gera um sinal sonoro semelhante ao sinal
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
externo de frequência fixa. No entanto, para que o
cancelamento seja realizado, o sinal sonoro produzido pelo
circuito precisa apresentar simultaneamente características
específicas bem determinadas.
Quais são as características do sinal gerado pelo circuito desse
tipo de fone de ouvido?
(A) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e
diferença de fase igual a 90 em relação ao sinal externo.
(B) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e
diferença de fase igual a 180 em relação ao sinal
externo.
(C) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e
diferença de fase igual a 45 em relação ao sinal externo.
(D) Sinal de amplitude maior, mesma frequência e diferença
de fase igual a 90 em relação ao sinal externo.
(E) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e mesma
fase do sinal externo.
20. Considere um sistema formado por duas cordas elásticas
diferentes, com densidades lineares 1 e  2 , tal que 1  2 .
Na corda de densidade linear 1 é produzido um pulso que se
desloca com velocidade constante e igual a v, conforme
indicado na figura abaixo.
Após um intervalo de tempo t , depois de o pulso atingir a
junção das duas cordas, verifica-se que o pulso refratado
percorreu uma distância 3 vezes maior que a distância
percorrida pelo pulso refletido.
Com base nessas informações, podemos afirmar,
respectivamente, que a relação entre as densidades lineares
das duas cordas e que as fases dos pulsos refletido e refratado
estão corretamente relacionados na alternativa:
(A) 1 = 3  2 , o pulso refletido sofre inversão de fase mas o
pulso refratado não sofre inversão de fase.
(B) 1 = 3  2 , os pulsos refletido e refratado não sofrem
inversão de fase.
(C) 1 = 9  2 , o pulso refletido não sofre inversão de fase
mas o pulso refratado sofre inversão de fase.
(D) 1 = 9  2 , os pulsos refletido e refratado não sofrem
inversão de fase.
21. Isaac Newton é reconhecido como um dos grandes gênios
da humanidade. Em sua lápide, na Abadia de Westminster, em
Londres, está escrito: “Disse Deus ‘Faça-se Newton’ e houve
luz nas jazidas”. Dentre suas contribuições para o
desenvolvimento da Física, estão os estudos relacionados à
dispersão da luz do Sol ao atravessar um prisma de vidro.
Nessas condições, ocorre a decomposição da luz branca nas
várias cores.
Com relação ao fenômeno de dispersão da luz branca, analise
as informações a seguir.
I. O arco-íris aparece quando os raios de luz branca
incidem em gotículas de água presentes na atmosfera.
II. A cor que sofre menor desvio quando a luz branca
atravessa um prisma de vidro é a vermelha.
325
 CAPÍTULO XV

III. A frequência das cores que compõem a luz branca não determine o número inteiro aproximado de ondas dessa
sofre alteração ao atravessar um prisma. radiação por centímetro linear do Universo.
IV. No interior de um prisma de vidro, as diversas cores que
compõem a luz branca apresentam velocidades de
propagação diferentes.

Está correto o que se afirma em:

(A) II e IV, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV.
(E) I e II, apenas

22. As ondas em um oceano possuem 6,0 metros de distância

entre cristas sucessivas. Se as cristas se deslocam 12 m a cada (A) 1 (B) 5 (C) 7 (D) 9
4,0 s, qual seria a frequência, em Hz, de uma boia colocada
25. O comprimento de onda da luz amarela de sódio é
nesse oceano?
0,589  m. Considere um feixe de luz amarela de sódio se
(A) 1,80 (B) 1,50 (C) 1, 00 propagando no ar e incidindo sobre uma pedra de diamante,
cujo índice de refração é igual a 2, 4. Quais são o
(D) 1, 20 (E) 0,50
comprimento de onda, em angstroms, e a frequência, em
quilo-hertz, da luz amarela de sódio no interior do diamante?
23. Considere que, de forma simplificada, a resolução máxima
de um microscópio óptico é igual ao comprimento de onda da Dados: c = 3 108 m s ; 1 angstrom = 10−10 m
luz incidente no objeto a ser observado. Observando a célula (A) 2.454 e 5,1 1011 (B) 2.454 e 5,1 1014
representada na figura abaixo, e sabendo que o intervalo de (C) 5.890 e 2,1 1011 (D) 5.890 e 2,1 1014
frequências do espectro de luz visível está compreendido entre
(E) 14.140 e 5,1 1014
4,0 1014 Hz e 7,5 1014 Hz, a menor estrutura celular que
se poderia observar nesse microscópio de luz seria
(Se necessário, utilize c = 3 108 m s .) GABARITO

1. D
2. A
3. B
4. A
5. B
6. B
7. E
8. D
9. B
10. A
11. D
12. B
13. D
14. B
15. C
(A) o ribossomo. 16. C
(B) o retículo endoplasmático. 17. C
(C) a mitocôndria. 18. D
(D) o cloroplasto. 19. B
20. D
24. Radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB em
21. D
inglês), predição da teoria do Big Bang, é uma forma de
22. E
radiação eletromagnética que preenche todo o universo, cuja
23. B
descoberta experimental se deve a Arno Penzias e Robert
24. B
Wilson. Em qualquer posição do céu, o espectro da radiação
25. A
de fundo é muito próximo ao de um corpo negro ideal, cujo
espectro tem uma frequência de pico de 160 GHz.
Considerando a CMB distribuída isotropicamente pelo
Universo, com velocidade de propagação de 3 105 km  s −1 ,

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 326

 CAPÍTULO XVI

CAPÍTULO XVI - ONDAS UNIDIMENSIONAIS Esta força resultante centrípeta é calculada por
2
V
Vamos começar agora a aprofundar nossos estudos em um FCP = m . Calculando o ângulo  em radianos, temos
grupo específico de ondas: aquelas que se propagam em uma R
única dimensão. O maior exemplo de ondas unidimensionais s
é a onda presente em uma corda esticada. = 2 . Logo, temos:
R

s V2
2.T . =m
2R R
Isolando a velocidade V do pulso, temos:

T
V=
L

Velocidade de ondas em cordas Onde T é a tração na corda e µL é a densidade linear de massa,

m
Considere um pulso que se move para a direita, com
calculada por L = (razão da massa pelo comprimento
L
velocidade constante V, medida em um referencial da corda).
estacionário. Para a análise, convém escolher um referencial
solidário com o pulso, ou seja, que se desloque com a mesma
velocidade que o pulso, de modo que este esteja em repouso Ondas estacionárias em cordas
no referencial escolhido. Um pequeno segmento da corda, de
comprimento s tem a forma aproximada de um arco de
círculo, de raio R, como na figura a seguir. • Corda fixa nas duas extremidades

Este segmento tem uma aceleração centrípeta igual a V2/R,

provocada pela força de tração T presente na corda. A força 1º harmônico (ou harmônico fundamental)
T atua em cada extremidade do segmento, tangencialmente
ao arco de curva, como na figura abaixo.

1
1 = L → 1 = 2 L
2

Como as componentes horizontais de T se anulam, a força

resultante centrípeta é 2Tsen . Para um pequeno segmento
de corda,  → 0 . Assim, sen →  . Daí, vem:

FR = 2.T .sen  2T

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 327

 CAPÍTULO XVI

2º harmônico 3º Harmônico
A segunda configuração possível acontece quando a
extremidade fixa (nodo) corresponde a x = 0 e a extremidade
livre (antinodo) corresponde a x = 3λ/4. Observe que, neste
caso, existe um nodo (x = λ/2) entre as extremidades.

2 = L

3º harmônico

Calculando o valor de λ, temos:

1 1 4
L =  + 3 → 3 = L
2 4 3
Chamamos esta configuração de terceiro harmônico para
manter a relação matemática entre a freqüência necessária
3 2
3 = L → 3 = L para executar as oscilações e o índice do harmônico. Logo,
2 3 para cordas fixas em apenas uma das extremidades, dizemos
que só existem os harmônicos ímpares.
Assim, a frequência do harmônico N é:
Assim, a frequência do harmônico N é:
NV
fN = NV
2L fN = com N ímpar.
4L
• Corda fixa em uma das extremidades

Considere agora uma corda, de comprimento L, que tem uma

de suas extremidades fixa em uma parede e a outra
extremidade presa a um anel, que pode se mover livremente Exercícios de aula
ao longo de uma barra.
1. Um cabo de aço, com 2,0 m de comprimento e 200 g de
massa é esticado com força de tração de 40 N. A velocidade
de propagação de um pulso nesse cabo é, em m/s:
(A) 1,0 (B) 2,0 (C) 4,0 (D) 20 (E) 40

2. Traciona-se uma corda homogênea de 4,0 m de

A extremidade que está fixa, necessariamente, será um nodo.
Por outro lado, a extremidade presa ao anel é considerada
extremidade livre, uma vez que o anel pode se mover
livremente sem atrito. Logo, esta extremidade será antinodo.
1º Harmônico (ou fundamental)
comprimento com uma força de intensidade 50 N. Ondas
produzidas nessa corda propagam-se com velocidade de
10 m/s. Determine a massa da corda.
3. Uma onda transversal senoidal propaga-se em um fio de
densidade d = 10 g/m. O fio está submetido a uma tração
F = 16 N. Verifica-se que o período da onda é 0,4 s. Calcule
o comprimento de onda λ, em metros.

4. Uma corda de massa específica linear 10 g/m tem uma de

suas extremidades presa a um motor ligado e a outra, após
passar por uma polia fixa, sustenta um peso de 100 N. Nota-
se na parte mantida horizontal a formação de ondas de
comprimento 25 cm. Nestas condições, a freqüência própria
1 de vibração do motor é, em Hz:
L= 1 → 1 = 4 L (A) 4 (B) 4.104 (C) 400 (D) 2500 (E) n.r.a.
4

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 328

 CAPÍTULO XVI

5. UECE Uma corda de 90 cm é presa por suas extremidades, 9. UFTM A figura 1 mostra a configuração da corda quando
em suportes fixos, como mostra a figura Sílvia está brincando e a figura 2 mostra a configuração da
. mesma corda quando Patrícia está brincando.

Assinale a alternativa que contém os três comprimentos de

onda mais longos possíveis para as ondas estacionárias nesta
corda, em centímetros.
(A) 90, 60 e 30
(B) 180, 90 e 60
(C) 120, 90 e 60
(D) 120, 60 e 30

6. UFMG Bruna afina a corda mi de seu violino, para que

ela vibre com uma frequência mínima de 680 Hz.
A parte vibrante das cordas do violino de Bruna mede
35 cm de comprimento, como mostrado nesta figura:

Considerando-se iguais, nas duas situações, as velocidades

de propagação das ondas na corda, e chamando de fS e fP as
frequências com que Sílvia e Patrícia, respectivamente, estão
fazendo a corda oscilar, pode-se afirmar corretamente que a
relação fS / fP é igual a
(A) 1,6.
(B) 1,2.
Considerando essas informações, (C) 0,8.
a) CALCULE a velocidade de propagação de uma onda na (D) 0,6.
corda mi desse violino. (E) 0,4.
b) Considere que a corda mi esteja vibrando com uma
frequência de 680 Hz. DETERMINE o comprimento de 10. FUVEST A figura abaixo representa imagens
onda, no ar, da onda sonora produzida por essa corda. instantâneas de duas cordas flexíveis idênticas, C1 e C 2 ,
Velocidade do som no ar = 340 m/s tracionadas por forças diferentes, nas quais se propagam
ondas.
7. PUCRS O comprimento de uma corda de guitarra é
64,0 cm.
Esta corda é afinada para produzir uma nota com frequência
igual a 246 Hz quando estiver vibrando no modo
fundamental. Se o comprimento da corda for reduzido à
metade, a nova frequência fundamental do som emitido será:
(A) 123 Hz (B) 246 Hz
(C) 310 Hz (D) 369 Hz
(E) 492 Hz

8. UDESC Determine a velocidade de propagação da onda Durante uma aula, estudantes afirmaram que as ondas nas
para um fio de aço de 80,0 cm de comprimento e 200,0 g de cordas C1 e C 2 têm:
massa, que é mantido tracionado pelas extremidades fixas.
Nesse fio originam-se ondas mecânicas estacionárias, I. A mesma velocidade de propagação.
formando 5 (cinco) nós, quando excitado por uma fonte de II. O mesmo comprimento de onda.
onda de 80,0 Hz. Assinale a alternativa correta, em relação III. A mesma frequência.
ao contexto.
(A) 16,0 m/s (B) 25,6 m/s Está correto apenas o que se afirma em
(C) 32,0 m/s (D) 12,8 m/s (A) I.
(E) 8,0 m/s (B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 329

 CAPÍTULO XVI

11. Ana Clara ganhou de seu pai um balão e, para evitar que (B)
esse balão, contendo gás hélio e com volume V = 5,0 L, se
perdesse voando para a atmosfera, ela pediu a seu pai que
utilizasse um cordão de massa m = 10 g e comprimento
= 1,0 m para amarrá-lo. Para atender ao pedido de sua
família e ao mesmo tempo estudar o fenômeno da propagação
de ondas, o pai prendeu a extremidade livre do cordão à (C)
parede e utilizou uma polia ideal para montar o experimento
(conforme apresentado na figura abaixo). Sabe-se que a
massa específica do gás no interior do balão é de 0,17 kg m3
e a do ar atmosférico é de 1, 21 kg m3 .
Qual é, então, a velocidade com que uma onda transversal se
propaga no cordão do balão de Ana Clara? (D)
(Dados: Despreze a massa do revestimento do balão)

13. Na figura abaixo, uma corda é presa a um suporte e

tensionada por um corpo esférico de 500 g , que se encontra
totalmente imerso em um recipiente contendo água.
(A) 1, 41 m s Determine a velocidade com que se propaga uma onda na
corda. Considere a corda como um fio ideal.
(B) 2, 28 m s
(Dados: massa específica da água = 1 g cm3 ; volume da
(C) 2,83 m s
esfera = 0,1 dm3 ; densidade da corda = 1, 2 g m ; aceleração
(D) 3,32 m s
da gravidade = 10 m s2 .)
(E) 4, 00 m s

12. A figura abaixo representa dois harmônicos A e B, de

frequências, respectivamente, iguais a f A e f B , que podem
ser estabelecidos em uma mesma corda, fixa em suas
extremidades, e tracionada por uma força de módulo F .

(A) 47,3 m s (B) 49 m s

(C) 52,1 m s (D) 54,5 m s
(E) 57, 7 m s

14. Para ferver três litros de água para fazer uma sopa, Dona
Marize mantém uma panela de 500 g suspensa sobre a
fA
Nessas condições, a mesma razão, entre as frequências , fogueira, presa em um galho de árvores por um fio de aço
fB
com 2 m de comprimento. Durante o processo de
pode ser obtida entre as frequências das ondas estacionárias
aquecimento, são gerados pulsos de 100 Hz em uma das
representadas nos tubos sonoros abertos e idênticos A ' e B ',
extremidades do fio. Esse processo é interrompido com a
indicados na opção
observação de um regime estacionário de terceiro harmônico.
Determine, aproximadamente, a massa de água restante na
(A)
panela.
(Dados: densidade linear do aço = 10−3 Kg m ; aceleração da
gravidade = 10 m s 2 e densidade da água = 1 Kg L .)
(A) 1, 28 kg (B) 1,58 kg (C) 2, 28 kg
(D) 2,58 kg (E) 2,98 kg

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 330

 CAPÍTULO XVI

15. Considere um forno micro-ondas que opera na frequência GABARITO

de 2, 45 GHz. O aparelho produz ondas eletromagnéticas
estacionárias no interior do forno. A distância de meio 1. B
comprimento de onda, em cm, entre nodos do campo 2. m = 2 kg
elétrico é aproximadamente 3.  = 16 m
(Dado: considere a velocidade da luz no ar, c = 3 108 m s.) 4. C
(A) 2, 45. (B) 12. 5. B
(C) 6. (D) 4,9. 6. a) 476 m/s b) 50 cm
7. E
16. Duas fontes harmônicas simples produzem pulsos 8. C
transversais em cada uma das extremidades de um fio de 9. D
comprimento 125 cm, homogêneo e de secção constante, de 10. B
massa igual a 200 g e que está tracionado com uma força de 11. B
64 N . Uma das fontes produz seu pulso  t segundos após o 12. D
pulso produzido pela outra fonte. Considerando que o 13. E
primeiro encontro desses pulsos se dá a 25 cm de uma das 14. A
extremidades dessa corda, determine, em milissegundos, o 15. C
valor de t. 16. A
17. E
18. D

(A) 37,5
(B) 75,0
(C) 375,0
(D) 750,0

17. A figura abaixo representa uma onda estacionária

produzida em uma corda de comprimento L = 50 cm.

Sabendo que o módulo da velocidade de propagação de ondas

nessa corda é 40 m s , a frequência da onda é de
(A) 40 Hz. (B) 60 Hz.
(C) 80 Hz. (D) 100 Hz.
(E) 120 Hz.

18. Uma corda de cobre, com seção de raio rC , está

submetida a uma tensão T . Uma corda de ferro, com seção
de raio rF , de mesmo comprimento e emitindo ondas de
mesma frequência que a do cobre, está submetida a uma
tensão T 3. Sendo de 1,15 a razão entre as densidades do
cobre e do ferro, e sabendo que ambas oscilam no modo
fundamental, a razão rC rF é igual a
(A) 1, 2. (B) 0,6.
(C) 0,8. (D) 1,6.
(E) 3, 2.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 331

 CAPÍTULO XVI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 332

 FRENTE III
FÍSICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 333

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 334
 CAPÍTULO VIII

CAPÍTULO VIII - ELETRIZAÇÃO Representando por Q a carga elétrica de corpo eletrizado,

temos:

PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO Q =  ne (n = 1, 2, 3, ...)

Noções de Carga Elétrica

Princípios da Eletrostática
No século VI a.C., o matemático e filósofo grego Tales,
natural da cidade de Mileto, observou que ao atritar uma A Eletrostática fundamenta-se em dois princípios:
resina fóssil (o âmbar) com tecido, esta adquiria a
propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. Daí • Princípio da atração e repulsão
iniciou-se a história da eletricidade. A palavra grega que
significa âmbar é "elektron", que deu origem as palavras Partículas eletrizadas com cargas de mesmo sinal de repelem,
"elétron" e "eletricidade". enquanto partículas eletrizadas com cargas de sinais
Se pegarmos dois bastões de âmbar (ou de vidro) e atritarmos contrários se atraem.
com tecido, notremos que estes bastões se atraem. Para
explicar tal fenômeno é necessária a compreensão da
estrutura da matéria.
Todos os corpos são constituídos por inúmeros átomos. Os
átomos são constituídos principalmente por três partículas
elementares: prótons, elétrons e nêutrons. Para entendermos
como estas partículas se distribuem nos átomos podemos
pensar no seguinte modelo: Os prótons e os nêutrons estão
fortemente coesos numa região central chamada de núcleo,
enquanto os elétrons giram ao redor deste núcleo, Figura 1. Cargas de mesmo sinal se atraem e
constituindo a eletrosfera. de sinais contrários se repelem.
Por meio de experiências constatou-se que os elétrons se
repelem, o mesmo acontecendo com os prótons. O elétron e • Princípio das conservação das cargas elétricas
o próton se atraem. Para explicar estes acontecimentos,
estabeleceu-se que prótons e elétrons possuem uma
Num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das
propriedade física, denominada carga elétrica. Outras
cargas elétricas é constante.
experiências mostram que os prótons e os elétrons possuem
comportamentos elétricos opostos, por isso devem possuir
cargas elétricas de sinais opostos. Sendo assim, Se colocarmos alguns corpos em um sistema eletricamente
convencionou-se que o próton teria carga positiva e o elétron isolado, poderá ocorrer troca de cargas elétricas entre eles,
carga negativa. mas a soma algébrica dessas cargas será a mesma durante
Os nêutrons não são nem atraídos nem repelidos por toda a troca.
nenhuma carga elétrica, por isso o nêutrons é eletricamente
neutro.
No átomo o número de prótons é igual ao número de elétrons
e ele é eletricamente neutro, daí pode-se concluir que o
módulo da carga do próton é igual ao módulo da carga do
elétron. O valor absoluto dessas cargas é denominado carga
elétrica elementar e é simbolizado por e. Figura 2 Corpos eletrizados em um sistema
Ela recebe este nome, pois é a menor quantidade de carga que eletricamente isolado antes da troca de cargas.
podemos encontrar na natureza.
A unidade de medida de carga elétrica no SI é o Coulomb
(C), em homenagem ao físico francês Charles Augustin de
Coulomb (1736 - 1806)
O valor de e no SI tem o seguinte valor aproximado:

e = 1,6 . 10–19 C

Como os prótons estão presos no núcleo, os elétrons é que Figura 3 Corpos eletrizados em um sistema
são transferidos de um corpo para o outro quando atritamos eletricamente isolado após a troca de cargas.
dois orpos. Um corpo com excesso ou falta de elétrons é
chamado de corpo eletrizado. Para estes dois corpos:

Quantização da Carga Elétrica QA + QB = Q'A + Q'B

Quando um corpo é eletrizado, ele recebe ou perde um Quando há mais corpos, podemos escrever:
número inteiro de elétrons. Por isso a carga elétrica de um
corpo é quantizada, ou seja, é um múltiplo inteiro da carga
elétrica elementar.
Q antes da troca =  Q'depois da troca

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 335

 CAPÍTULO VIII

Condutores e Isolantes Elétricos • Eletrização por contato

Em alguns materiais, os elétrons mais afastados dos núcleos Colocando-se dois comdutores em contato, um eletrizado
estão fracamente ligados a eles, por isso apresentam grande (A) e outro neutro (B), B se eletrizará com carga de mesmo
liberdade de movimentação. Esses elétrons são chamados de sinal de A.
elétrons livres e os materiais são chamados de condutores
elétricos. Nos demais materiais, essa liberdade de
movimentação praticamente não existe, pois os elétrons estão
fortemente ligados ao núcleo. Esses materiais não possuem
elétrons livres e são denominados isolantes elétricos ou
dielétricos.
É importante ressaltar que tanto um condutor como um
isolante podem ser eletrizados. Só que num isolamnte as
cargas permanecem na região onde ocorreu o processo de
eletrização, já nos condutores a carga elétrica se distribui por
toda a superfície externa. Figura 4 Eletrização por contato
Na prática não existem condutores e isolantes perfeitos e sim
bons condutores, como os metais e o grafite, e bons Considerando condutores esféricos e de mesmo raio, após o
isolantes, como a borracha e o vidro. contato as esferas apresentaram cargas iguais:

Processos de Eletrização

Como vimos, os elétrons é que são transferidos para que um

corpo seja eletrizado. Desta maneira um corpo neutro deve
receber elétrons, para ficar eletrizado negativamente, e ceder
elétrons, para ficar eletrizado positivamente.
Figura 5 Eletrização por contato
• Eletrização por atrito

Ao atritarmos dois corpos neutros de diferentes materiais, um

deles recebe elétrons do outro, ficando eletrizado
negativamente, enquanto o outro que cedeu os elétrons, fica
carregado positivamente.
Os corpos atritados adquirem cargas de mesmo módulo e
sinais contrários. Figura 6 Eletrização por contato
Ao se atritar, por exemplo, lã com um bastão de vidro, este
passa a apresentar carga positiva, enquanto a lã apresentará Condutores em contato com a Terra
carga negativa. Agora, se eletrizarmos um pedaço de lã com
um bastão de ebonite, este passará a ter carga negativa, Quando um condutor eletrizado entra em contato com a Terra
enquanto a lã passará a ter carga positiva. le se torna neutro. Se ele tiver eletrizado com carga negativa,
Nota-se do experimento acima que um corpo pode adquirir o excesso de elétrons escoará para a Terra. Caso o condutor
esteja eletrizado com carga positiva, os elétrons subirão da
carga positiva ou negativa dependendo do material que é
terra para neutralizá-lo. Pode-se dizer então que todo corpo
atritado com ele. Convencionou-se então, uma lista eletrizado de desarrega ao entrar em contato com a Terra.
chamanada série triboelétrica, que funciona da seguinte
maneira: Um dado material fica eletrizado positivamente ao
ser atritado com outro material que sucede na lista, e fica
elretrizado negativamente ao ser atritado com outro material
que o precede.

Exemplo de materiais dispostos numa série triboelétrica:

...vidro, cabelo humano, lã, seda, algodão, âmbar, ebonite,
Figura 7 Condutores carregados em contato com a Terra
isopor, plástico, ...

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 336


• Eletrização por indução
Quando aproximamos um condutor eletrizado (A) de um
condutor neutro (B), provocamos no condutor neutro uma
redistribuição dos seus elétrons livres. Este fenômeno é
chamado de indução eletrostática. Considerando que A
esteja eletrizado positivamente, os elétrons livres de B se
acumulam na região de B mais próxima de A, enquanto que
a região de B mais afastada fica com falta de elétrons. O
condutor eletrizado é chamado de indutor e o condutor é
chamado de induzido.
Figura 8 Fenômeno da indução eletrostática
Para eletrizarmos o condutor B utilizando a indução
eletrostática devemos seguir os seguintes passos:
1. Aproxima-se o indutor do induzido
Figura 9 Eletrização por indução
2. Na presença do indutor, liga-se o induzido à Terra.
Figura 10 Eletrização por indução
3. Ainda na presença do indutor, desliga-se o induzido da
Terra.
Figura 11 Eletrização por indução
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
4. Afasta-se o indutor do induzido
Figura 12 Eletrização por contato
É importante ressaltar que a carga adquirida pelo induzido
tem sinal contrário a do indutor.
Se o indutor tivesse carga negativa, após seguir o
procedimento acima, o induzido ficaria com carga positiva.
Exercícios
1. CESGRANRIO Um corpo adquire uma carga elétrica
igual a +1 C. Podemos afirmar, então, que a ordem de
grandeza do número de elétrons do corpo é de:
(A) 10-19perdidos
(B) 10-19 ganhos
(C) 1018perdidos
(D) 1019 ganhos
(E) 1019 perdidos
2. FEI Qual das afirmativas está correta?
(A) Somente corpos carregados positivamente atraem corpos
neutros.
(B) Somente corpos carregados negativamente atraem
corpos neutros.
(C) Um corpo carregado pode atrair ou repelir um corpo
neutro.
(D) Se um corpo A eletrizado positivamente atrai um outro
corpo B, podemos afirmar que B está carregado
negativamente.
(E) Um corpo neutro pode ser atraído por um corpo
eletrizado.
3. UFRRJ Um aluno tem 4 esferas idênticas, pequenas e
condutoras (A, B, C e D), carregadas com cargas
respectivamente iguais a -2Q, 4Q, 3Q e 6Q. A esfera A é
colocada em contato com a esfera B e a seguir com as esferas
C e D sucessivamente. Ao final do processo a esfera A estará
carregada com carga equivalente a
(A) 3Q. (B) 4Q. (C) Q/2.
(D) 8 Q. (E) 5,5 Q.
4. EEAR Em um sistema eletricamente isolado, é provocado
o atrito entre dois corpos eletricamente neutros. Logo após,
percebe-se que ambos estão eletrizados.
De acordo com o princípio da conservação das cargas
elétricas, os corpos eletrizaram-se
a) positivamente
b) negativamente
c) com a mesma quantidade de carga e mesmo sinal
d) com a mesma quantidade de carga, mas com sinais
contrários.
337
 CAPÍTULO VIII

5. UFF A figura representa quatro esferas metálicas 8. EFOMM Observe a figura a seguir.
idênticas penduradas por fios isolantes elétricos.

Duas esferas condutoras, A e B, idênticas e ligadas por um

O arranjo está num ambiente seco e as esferas estão
inicialmente em contato umas com as outras. A esfera 1 é
carregada com uma carga elétrica +Q.
Escolha a opção que representa a configuração do sistema
depois de atingido o equilíbrio.
(A) (B)
cabo rígido isolante, estão em repouso sobre uma superfície
isolante de atrito desprezível, como indica a figura acima. Se
a esfera A for carregada com carga +Q, a energia B mantida
neutra, e em seguida o cabo isolante removido, qual das
opções abaixo, que expõe uma sequência de três fotos
consecutivas, melhor descreve o que ocorrerá com as
esferas?
(A) (B)

(C) (D)

(C) (D)

(E)

(E)

6. EEAR Quatro esferas idênticas (A, B, C e D) têm cargas

elétricas respectivamente iguais a 8Q, 4Q, 2Q e Q.
Determine a carga final de D após contatos sucessivos com
A em seguida com B, e finalmente com C, uma esfera de cada
vez.
(A) 3,125 (B) 3,750 (C) 5,000 (D) 7,500
9. U. E. Londrina-PR Quatro esferas condutoras iguais têm,
7. AFA Na figura a seguir, a esfera A suspensa por um fio
Q
flexível e isolante, e a esfera B, fixa por um pino também respectivamente, cargas elétricas , Q, 2Q e X
isolante, estão em equilíbrio 2
(desconhecida). Pondo-se todas em contato e depois
separando-as, cada uma ficou com uma carga elétrica igual a
7Q
. Supondo que as esferas tenham trocado cargas elétricas
8
A somente entre si, a carga elétrica X, da quarta esfera, era igual
B a:
Q
(A) zero (B) (C) Q
2
3Q
(D) (E) 2Q
É correto afirmar que: 2

(A) é possível que somente a esfera A esteja eletrizada; 10. Um aluno do IFCE dispõe de quatro objetos esféricos
(B) a esfera A pode estar neutra, mas a esfera B certamente idênticos eletrizados conforme mostra a figura a seguir.
estará eletrizada;
(C) as esferas A e B devem estar eletrizadas com cargas de
mesma natureza;
(D) as esferas devem estar eletrizadas com cargas de mesmo
módulo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 338

Ele efetua os seguintes procedimentos:
1) toca C em B, com A mantida à distância, e em seguida
separa C de B;
2) toca C em A, com B mantida à distância, e em seguida
separa C de A;
3) toca A em B, com C mantida à distância, e em seguida
separa A de B.
É correto afirmar-se que a carga final das esferas A até D
e a soma das cargas das quatro esferas após os procedimentos
realizados pelo aluno valem, respectivamente,
(A) + Q 2; Q 2; zero; −7Q e −8Q.
(B) − Q 2; − Q 2; zero; −7Q e −8Q.
(C) − Q 4; Q 2; zero; −7Q e −8Q.
(D) − Q 4; Q 2; zero; 7Q e 8Q.
(E) Q 4; Q 4; zero; −7Q e −8Q.
11. Em relação a conceitos de eletrização, de materiais
condutores e de materiais isolantes de eletricidade, assinale o
que for correto.
01) O eletroscópio é um dispositivo que permite verificar se
um corpo está eletrizado.
02) Em um material condutor de eletricidade, cargas podem
se movimentar por todo seu interior.
04) Comumente, o ar comporta-se como isolante, mas se
torna condutor ao ser ionizado.
08) Se um corpo condutor eletrizado estiver apoiado em um
suporte isolante e for aterrado por meio de um fio
condutor, todas as cargas livres do corpo se deslocarão
para a Terra.
16) Os conceitos de material condutor e de material isolante
de eletricidade são relativos, ou seja, a classificação em
relação à condução ou ao isolamento elétricos depende
da quantidade de cargas livres disponíveis no material e
do contexto em que ele está sendo considerado.
12. Um pente plástico é atritado com papel toalha seco. A
seguir ele é aproximado de pedaços de papel que estavam
sobre a mesa. Observa-se que os pedaços de papel são
atraídos e acabam grudados ao pente, como mostra a figura.
Nessa situação, a movimentação dos pedaços de papel até o
pente é explicada pelo fato de os papeizinhos
(A) serem influenciados pela força de atrito que ficou retida
no pente.
(B) serem influenciados pela força de resistência do ar em
movimento.
(C) experimentarem um campo elétrico capaz de exercer
forças elétricas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
(D) experimentarem um campo magnético capaz de exercer
forças magnéticas.
(E) possuírem carga elétrica que permite serem atraídos ou
repelidos pelo pente.
13. Analise a figura abaixo.
Na figura acima temos uma esfera AB, maciça, de material
isolante elétrico, dividida em duas regiões concêntricas, A e
B. Em B há um excesso de carga elétrica Q, de sinal
desconhecido. A região A está eletricamente neutra. No
pêndulo eletrostático temos a esfera metálica C aterrada por
um fio metálico. Ao se aproximar a esfera isolante AB da
esfera metálica C pela direita, conforme indica a figura, qual
será a inclinação  do fio metálico?
(A) Negativa, se Q  0.
(B) Nula, se Q  0.
(C) Positiva, independente do sinal de Q.
(D) Negativa, se Q  0.
(E) Nula, independente do sinal de Q.
14. O ato de eletrizar um corpo consiste em gerar uma
desigualdade entre o número de cargas positivas e negativas,
ou seja, em gerar uma carga resultante diferente de zero. Em
relação aos processos de eletrização e às características
elétricas de um objeto eletrizado, é CORRETO afirmar que:
01) em qualquer corpo eletrizado, as cargas se distribuem
uniformemente por toda a sua superfície.
02) no processo de eletrização por atrito, as cargas positivas
são transferidas de um corpo para outro.
04) em dias úmidos, o fenômeno da eletrização é
potencializado, ou seja, os objetos ficam facilmente
eletrizados.
08) dois objetos eletrizados por contato são afastados um do
outro por uma distância D. Nesta situação, podemos
afirmar que existe um ponto entre eles onde o vetor
campo elétrico resultante é zero.
16) o meio em que os corpos eletrizados estão imersos tem
influência direta no valor do potencial elétrico e do
campo elétrico criado por eles.
15. Duas esferas metálicas iguais, A e B, estão carregadas
com cargas Q A = +76μC e QB = +98μC,
respectivamente. Inicialmente, a esfera A é conectada
momentaneamente ao solo através de um fio metálico. Em
seguida, as esferas são postas em contato momentaneamente.
Calcule a carga final da esfera B, em μC.
339
 CAPÍTULO VIII

são transferidos de um corpo para outro através da

GABARITO eletrização por atrito.
[04] (Falsa) Pelo contrário, dias úmidos prejudicam a
1. E eletrização dos corpos, devido ao excesso de umidade
2. E do ar, que funciona com se fosse um fio terra,
3. B descarregando os corpos mais rapidamente através das
4. D moléculas polares da água na fase vapor.
5. C [08] (Verdadeira) Quando se faz eletrização por contato,
6. A temos as cargas depois de separadas com o mesmo sinal
7. D de carga elétrica, com isso o vetor campo magnético se
8. B anula em um ponto entre os dois corpos eletrizados.
9. C [16] (Verdadeira) Tanto o potencial elétrico como o campo
10. B elétrico são influenciados pelo meio em que estão
1) toca C em imersos, basta verificar a presença da constante
− 6Q + 4Q eletrostática do meio (K) nas equações de ambas.
B : Q'C = Q'B =  QC '
= Q'B = − Q. Q Q
2 V=K e E=K 2
−Q +Q d d
2) toca C em A : Q"C = Q'A =  QC ''
= Q'A = 0.
2
0 −Q Q 15. Como a esfera A foi conectada com a terra ela se
3) toca A em B : Q"A = Q''B =  Q''A = Q''B = − . descarregou.
2 2 Ao ter contato com a esfera B a carga desta esfera irá
Portanto, as cargas finais e a soma das cargas são: distribuir-se igualmente pelas duas.
−Q ( Q ) inicial 98
QA = QB =
2 ( QA )final = ( QB )final = B = = 49C.
2 2
QC = 0
QD = −7 Q
 −Q   −Q 
Qsoma =  +  + ( − 7 Q ) = − 8Q.
 2   2 

11. 01 + 02 + 04 + 16 = 23.
[01] Verdadeiro. Essa é a função do eletroscópio.

[02] Verdadeiro. Sendo o material condutor, as cargas têm

livre acesso por todo o seu corpo, inclusive o interior.

[04] Verdadeiro. O ar é tido como isolante, mas, com a sua

ionização, se torna condutor devido aos íons livres.

[08] Falso. O sentido das cargas depende do sinal da carga

efetiva do condutor.

[16] Verdadeiro. O texto descreve corretamente os conceitos

sobre os materiais condutores e isolantes.

12. C
Quando o pente é atritado com o papel toalha, ele fica
eletrizado, criando nas suas proximidades um campo elétrico.
Ao aproximá-lo dos pedaços de papel, ocorre o fenômeno da
indução e esses pedaços de papel recebem do campo elétrico
uma força elétrica.

13. C
A esfera B induzirá cargas de sinal oposto em C, e, após a
conexão desta com o fio terra, C ficará com o excesso de
cargas de sinal contrário ao da esfera B.

14. 08 + 16 = 24.
[01] (Falsa) As cargas somente se distribuem uniformemente
pela superfície de um corpo eletrizado se ele for de
material condutor perfeitamente esférico e estiver em
equilíbrio eletrostático.
[02] (Falsa) São as cargas negativas, ou seja, os elétrons que
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 340
 CAPÍTULO IX

é liberada, de maneira que se move em relação a Q. A

CAPÍTULO IX - LEI DE COULOMB aceleração da carga q, no instante de sua liberação, em m/s2,
vale
Nível I Dado: K = 9 x 109 N m2/C2
(A) 0,04 (B) 0,40
1. EEAR Duas esferas idênticas e eletrizadas com cargas (C) 4,00 (D) 40,00
elétricas q1 e q 2 se atraem com uma força de 9 N. Se a
carga da primeira esfera aumentar cinco vezes e a carga da 8. AFA Duas cargas pontuais positivas, q1 e q2 = 4q1, são
segunda esfera for aumentada oito vezes, qual será o valor da fixadas a uma distância d uma da outra. Uma terceira carga
força, em newtons, entre elas? negativa q3 é colocada no ponto P entre q1 e q2, a uma
(A) 40 (B) 49 (C) 117 (D) 360 distância x da carga q1, conforme mostra a figura.

Para que as forças sobre a carga q3 sejam nulas, o valor de x

2. Duas cargas puntiformes idênticas, no vácuo, repelem-se
é
com força de intensidade 1,0.10-1 N, quando separadas por
d
30 cm uma da outra. É dada a constante eletrostática (A)
2
K0 = 9,0.109 N.m2.C-2. O valor de cada carga elétrica poderá
ser igual a: d
(B)
(A) – 1,0 C 3
(B) – 2,0 C (C)
d
(C) 1,5 C 4
(D) 3,0 C (D)
d
6
3. AFA Duas cargas elétricas puntiformes q e q’ estão
colocadas a uma distância d, e a força com que uma atua 9. AFA As cargas Q1 = 9 C e Q3 = 25 C estão fixas nos
sobre a outra tem intensidade F. Substituindo a carga q’ por pontos A e B. Sabe-se que a carga Q2 = 4 C está em
outra igual a 5q’ e aumentando a distância para 3d, a nova equilíbrio sob a ação de forças elétricas somente na posição
força terá intensidade: indicada. Nestas condições:
(A) 0,55 F (B) 1,66 F
(C) 2,55 F (D) 5,0 F

4. AFA Uma força elétrica de intensidade F aparece quando

duas pequenas esferas idênticas, com cargas 3 C e 9
C são colocadas a uma distância d, no vácuo. Quando
colocadas em contato e afastadas a uma distância 3d, a nova `
intensidade da força elétrica, em função de F, será:
2F 4F 7F 8F (A) x = 1,85 cm (B) x = 2,30 cm
(A) (B) (C) (D)
27 27 27 27 (C) x = 3,38 cm (D) x = 4,81 cm

5. A figura mostra três cargas elétricas puntiformes 10. FEI – Qual dos gráficos abaixo representa a variação da
positivas, presas a fios de massas desprezíveis, separadas por força elétrica que uma carga puntiforme exerce sobre outra
uma distância d. As cargas estão apoiadas e em repouso sobre carga puntiforme quando a distância entre elas é alterada?
um plano horizontal sem atrito. (A) (B)

(C) (D)
Calcule o módulo da força de tração em cada um dos fios.

6. EFOMM Duas cargas elétricas puntiformes +16q e +4q

foram colocadas sobre uma reta horizontal nas posições
2 cm e 17 cm, respectivamente . Uma carga de +8q
permanece em repouso quando colocada sobre um ponto da
reta horizontal. A posição desse ponto, em cm, é de (E)
(A) 4 (B) 8 (C) 12
(D) 18 (E) 24

7. AFA Uma pequena esfera condutora, fixa e isolada é

carregada com uma carga Q = 10-6 C. A uma distância de
2 mm, é colocada uma partícula carregada com carga
q = 1,6 x 10-9 C e de massa m = 9 x 10-2 kg. Essa partícula
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 341
 CAPÍTULO IX

11. Qual dos seguintes gráficos melhor representa o módulo 15. EFOMM Observe a figura a seguir.
(F) da força de interação elétrica de duas esferas carregadas,
em função do inverso do quadrado das distâncias entre os
centros das esferas (1/d2)?
(A) (B)

(C) (D)

Duas esferas iguais estão em equilíbrio e suspensas por dois

fios isolantes de mesmo comprimento L = 20 cm, conforme
mostra a figura acima. Sabendo que elas estão carregadas
com cargas de sinais opostos, mas de mesmo valor absoluto
(E) Q = 2C, e que a distância entre os pontos de apoio dos fios
é 2L, qual é o módulo, em newtons, da tração em cada fio?
Dado: k0 = 9 x 109N . m2/C2
(A) 0,9 (B) 1,2 (C) 1,6
(D) 1,8 (E) 2,0

12. EN Duas esferas metálicas iguais, eletricamente 16. AFA Um corpo B, de massa igual a 4 kg e carga elétrica
carregadas com cargas de módulos q e 2q, estão a uma +6 C, distam 30 mm do corpo A, fixo e com carga elétrica
distância r uma da outra e se atraem, eletricamente, com uma –1 C. O corpo B é suspenso por um fio isolante, de massa
força de intensidade F. São postas em contato uma com a desprezível ligado a uma mola presa ao solo, como mostra a
outra e, a seguir, recolocadas nas posições iniciais. A nova figura. O comprimento natural da mola é L0 = 1,2 m e ao
força F’ está relacionada com F pela expressão. sustentar estaticamente o corpo B ela se distende, atingindo
F F F o comprimento L = 1,6 m. Considerando-se a constante
(A) F’ = (B) F’ = (C) F’ =
8 4 2 eletrostática do meio k = 9 . 109 N.m2/C2, que as cargas
(D) F’ = F (E) F’ = 2F originais dos corpos pontuais A e B são mantidas e
desprezando-se os possíveis atritos, o valor da constante
13. FUVEST-SP Um objeto A, com carga elétrica +Q e elástica da mola, em N/m, é
dimensões desprezíveis, fica sujeito a uma força de
intensidade 20. 10-6 N quando colocado em presença de um
objeto idêntico, à distância de 1,0 m. Se A for colocado na
presença de dois objetos idênticos, como indica a figura, fica
sujeito a uma força de intensidade aproximadamente igual a:
(A) 40.10–6 N
(B) 10.10–6 N
(C) 7,1.10–6 N
(D) 5,0.10–6 N (A) 320 (B) 600 (C) 200 (D) 800
(E) 14,1.10–6 N

17. EFOMM Duas pequenas esferas (seus diâmetros são

14. AFA Duas esferas condutoras idênticas, muito pequenas,
de mesma massa m = 0,40 g, encontram-se no vácuo,
suspensas por meio de dois fios leves, isolantes, de mesmo
comprimento L = 1,00 m, presos a um mesmo ponto de
suspensão 0. Estando as esferas separadas, eletriza-se uma
delas com carga Q, mantendo-se a outra neutra. Em seguida,
elas são colocadas em contato e depois abandonadas,
verificando-se que, na posição de equilíbrio, a distância que
as separa é d = 1,20 m. Considere Q > 0.
(A) 0,69.10-6 C
O
(B) 1,38.10-6 C
(C) 4,48.10-6 C g (D) 2,0
L=1,00m
(D) 6,28.10-6 C
desprezíveis) não condutoras carregadas positivamente com
cargas q1 e q2, encontram-se em equilíbrio eletrostático
penduradas por fios isolantes de massa desprezível e
comprimento  = 1,0 m cada, fixados no mesmo ponto do
teto. Considerando que o módulo da força eletrostática que
atua sobre cada esfera é igual ao seu peso, a distância d, em
metros, entre os centros das esferas, é
(A) 2/3
(B) 1,0
(C) 2
(E) 2 3

d = 1,20m

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 342

 CAPÍTULO IX

18. Duas pequenas esferas idênticas, contendo cargas outras três podem ser obtidas a partir da figura.
elétricas iguais, são colocadas no vértice de um perfil
quadrado de madeira, sem atrito, conforme representa a
figura 1 abaixo.

As esferas são liberadas e, devido à repulsão elétrica, sobem

pelas paredes do perfil e ficam em equilíbrio a uma altura h Sendo Q = 2 10−4 C, q = −2 10−5 C e d = 6 m, a força
em relação à base, conforme representa a figura 2. elétrica resultante sobre a carga q
Sendo P, Fe e N, os módulos, respectivamente, do peso de Note e adote:
uma esfera, da força de repulsão elétrica entre elas e da força A constante k 0 da lei de Coulomb vale 9 109 N m2 C2
normal entre uma esfera e a parede do perfil, a condição de
(A) é nula.
equilíbrio ocorre quando
(B) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo
(A) P = Fe .
1,8 N.
(B) P = −Fe .
(C) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo
(C) P − Fe = N.
1, 0 N.
(D) Fe − P = N.
(D) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo
(E) P + Fe = N.
1, 0 N.
(E) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo
19.
0,3 N.

21. UERJ 2018 O esquema abaixo representa as esferas

metálicas A e B, ambas com massas de 10−3 kg e carga
elétrica de módulo igual a 10−6 C. As esferas estão presas
por fios isolantes a suportes, e a distância entre elas é de 1 m.

A figura acima mostra um sistema em equilíbrio composto

por três corpos presos por tirantes de comprimento L cada,
carregados com cargas iguais a Q. Os corpos possuem
massas m1 e m 2 , conforme indicados na figura.
Admita que o fio que prende a esfera A foi cortado e que a
Sabendo que o tirante conectado à massa m 2 não está força resultante sobre essa esfera corresponde apenas à força
tensionado, determine os valores de m1 e m 2 em função de de interação elétrica.
k e Q. Calcule a aceleração, em m s 2 , adquirida pela esfera A
Dados: imediatamente após o corte do fio.
- constante dielétrica do meio: k[Nm 2 C2 ]; Dado: constante eletrostática do meio,
- carga elétrica dos corpos: Q[C]; k = 9 109 N  m2  C−2 .
- comprimento dos tirantes: L = 2 m;
22. Uma carga q 0 é colocada em uma posição fixa. Ao
 3
- altura: h =  2 −  m; colocar uma carga q1 = 2q 0 a uma distância d de q 0 , q1
 3 
 sofre uma força repulsiva de módulo F. Substituindo q1 por
- aceleração da gravidade: g = 10 m s 2 ; e uma carga q 2 na mesma posição, q 2 sofre uma força
-  = 30. atrativa de módulo 2F.
Se as cargas q1 e q 2 são colocadas a uma distância 2d entre
20. Três pequenas esferas carregadas com carga positiva Q si, a força entre elas é
ocupam os vértices de um triângulo, como mostra a figura. (A) repulsiva, de módulo F
Na parte interna do triângulo, está afixada outra pequena (B) repulsiva, de módulo 2F
esfera, com carga negativa q. As distâncias dessa carga às (C) atrativa, de módulo F

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 343

 CAPÍTULO IX

(D) atrativa, de módulo 2F figura abaixo.

(E) atrativa, de módulo 4F

23. Uma pequena esfera C, com carga elétrica de

+5 10−4 C, é guiada por um aro isolante e semicircular de
raio R igual a 2,5 m, situado num plano horizontal, com
extremidades A e B, como indica a figura abaixo.

Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a

aceleração da gravidade constante.
Ao abandonar a esfera, a partir do repouso, na extremidade
A, pode-se afirmar que a intensidade da reação normal, em
A esfera pode se deslocar sem atrito tendo o aro como guia. newtons, exercida pelo aro sobre ela no ponto mais baixo
Nas extremidades A e B deste aro são fixadas duas cargas (ponto D) de sua trajetória é igual a
elétricas puntiformes de +8 10−6 C e +1 10−6 C, (A) 0,20 (B) 0,40 (C) 0,50 (D) 0,60
respectivamente. Sendo a constante eletrostática do meio
N  m2 27. Duas cargas elétricas pontuais, Q = 2,0 C e q = 0,5 C,
igual a 4 5 109 , na posição de equilíbrio da esfera estão amarradas à extremidade de um fio isolante. A carga q
C2
C, a reação normal do aro sobre a esfera, em N, tem módulo possui massa m = 10g e gira em uma trajetória de raio
igual a R = 10cm, vertical, em torno da carga Q que está fixa.
(A) 1 (B) 2 (C) 4 (D) 5

24. Duas pequenas esferas estão separadas por uma distância

de 30 cm. As duas esferas repelem-se com uma força de
7,5 10−6 N. Considerando que a carga elétrica das duas
esferas é 20 nC, a carga elétrica de cada esfera é,
respectivamente:
(A) 10 nC e 10 nC (B) 13 nC e 7 nC
(C) 7,5 nC e 10 nC (D) 12 nC e 8 nC Sabendo que o maior valor possível para a tração no fio
durante esse movimento é igual a T = 11N , determine o
(E) 15 nC e 5 nC
módulo da velocidade tangencial quando isso ocorre
25. Sabe-se atualmente que os prótons e nêutrons não são A constante eletrostática do meio é igual a 9 109 Nm2C−2 .
partículas elementares, mas sim partículas formadas por três (A) 10 m / s (B) 11m / s (C) 12 m / s
quarks. Uma das propriedades importantes do quark é o (D) 14 m / s (E) 20 m / s
sabor, que pode assumir seis tipos diferentes: top, bottom,
charm, strange, up e down. Apenas os quarks up e down GABARITO
estão presentes nos prótons e nos nêutrons. Os quarks 1. D 2. A
possuem carga elétrica fracionária. Por exemplo, o quark up 3. A 4. B
tem carga elétrica igual a q up = + 2 3e e o quark down e o 5. T = 9kq2/4d2 6. C
q down = −1 3e , onde e é o módulo da carga elementar do 7. D 8. B
elétron. 9. C 10. A
a) Quais são os três quarks que formam os prótons e os 11. A 12. B
nêutrons? 13. C 14. B
b) Calcule o módulo da força de atração eletrostática entre 15. D 16. C
um quark up e um quark down separados por uma 17. C
18. A
distância d = 0, 2 10−15 m. Caso necessário, use 19. Veja arquivo de gabarito comentado
K = 9 109 Nm2 C2 e 20.E
21. a = 9 m/s2
22.C
26. Uma pequenina esfera vazada, no ar, com carga elétrica
23. B
igual a 1 C e massa 10 g, é perpassada por um aro
24. E
semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num 25.Veja arquivo de gabarito comentado
plano vertical. 26. B
Uma partícula carregada eletricamente com carga igual a 27. A
4 C é fixada por meio de um suporte isolante, no centro C
do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 344

 CAPÍTULO X

CAPÍTULO X - CAMPO ELÉTRICO

1. Definição de Campo Elétrico

Considere um região do espaço livre de qualquer tipo de

interação (força). Colocaremos uma cara q, chamada de carga
de prova, em um ponto P dessa região: Vetores força elétrica e campo elétrico com mesmo sentido.

Note que essa carga de prova não sofre nenhum tipo de Vetores força elétrica e campo elétrico com sentidos
força. Colocaremos agora, uma carga Q: opostos.

Vetores força elétrica e campo elétrico com mesmo sentido.

Observe que agora, a carga de prova sofreu uma força

elétrica. Dizemos então que a carga Q modificou as
propriedades em volta dela, então podemos definir campo
elétrico da seguinte maneira:

Campo elétrico é a região do espaço que influencia um carga

Vetores força elétrica e campo elétrico com sentidos
elétrica colocada nele.
opostos.

A região ao redor da carga Q é um exemplo de campo Observação

elétrico, pois uma carga q colocada nessa região sofreu uma
influência. Apesar da carga de prova aparecer na definição do vetor
campo elétrico, este não depende dela. O campo elétrico só
2. Vetor Campo Elétrico depende da carga que a criou e da distância do ponto
considerado.
Considere o exemplo anterior. Por definição, o vetor
A unidade do campo elétrico é dada por:
campo elétrico gerado pela carga Q no ponto P é dado por:
Fel F F F = 1N 1N
F E=  E = el  E =  E= =1 N / C
E = el q q q q = 1 C 1C
q
Portanto a unidade do campo elétrico é o Newton por
Ou seja, é a razão entre a força elétrica sofrida por uma Coulomb (N/C).
carga de prova e sua carga.
Posteriormente mostraremos que o campo elétrico pode
Observações ser expresso em volt por metro (V/m), que é a unidade oficial
de campo elétrico no SI.
• Se a carga de prova for positiva, ou seja, q > 0, a força
elétrica terá mesmo sentido do campo elétrico. Observação:

• Se a carga de prova for negativa, ou seja, q < 0, a força A equação dimensional do campo elétrico é dada por:
elétrica terá sentido oposto ao do campo elétrico
F
 E =
 F = MLT −2  E = MLI−1T −3
E=  
q q  IT

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 345

 CAPÍTULO X

3. Exercícios de fixação

1. ESPCEX (AMAN) Uma partícula de carga q e massa

10−6 kg foi colocada num ponto próximo à superfície da
Terra onde existe um campo elétrico uniforme, vertical e
ascendente de intensidade E = 105 N C.

Se tivermos uma região em que vetor campo elétrico for

constantes em todos os pontos, estamos diante de um campo
elétrico uniforme. Suas linhas de força são linhas paralelas
e igualmente espaçadas.

Sabendo que a partícula está em equilíbrio, considerando a

intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m s 2 , o
valor da carga q e o seu sinal são respectivamente:
(A) 10−3 C, negativa
(B) 10−5 C, positiva
(C) 10−5 C, negativa Observações:
−4
(D) 10 C, positiva
• O campo elétrico é mais intenso onde as linhas de força são
−4
(E) 10 C, negativa mais próximas.

2. Uma partícula de massa m e carga q foi colocada num • Duas linhas de força nunca se cruzam.
ponto A de um campo elétrico onde o vetor campo elétrico é
vertical ascendente e tem intensidade E. Sendo dados E, m e
g (aceleração da gravidade), determine q (módulo e sinal), 5. Exercícios de fixação
sabendo que em A a partícula fica em equilíbrio.
g mg
(A) (B) 3. UF-RS A figura representa as linhas de força do campo
Em E
elétrico que existe em certa região do espaço. Sobre uma
m2 + g2 E carga de prova positiva colocada em P agirá uma força:
(C) (D)
E mg

4. Linha de Força

Linhas de força são linhas imaginárias que facilitam a

representação do campo elétrico em uma região, a fim de
mostrar a sua direção e seu sentido.

Por definição, as linhas de força são traçadas de modo a

possuir, em cada ponto, a mesma direção e sentido do vetor
campo elétrico. Dessa maneira, o vetor campo elétrico é (A) dirigida para A.
tangente à linha de força. (B) dirigida para B.
(C) dirigida para C.
(D) dirigida para D.
(E) nula.

6. Campo Elétrico gerado por uma carga puntiforme

Considere uma carga elétrica puntiforme Q (podendo ser

positiva ou negativa) criando, na região ao seu redor, um
campo elétrico. Queremos saber as característica do vetor
campo elétrico em um ponto P situado a uma distância d da
carga Q.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 346

 CAPÍTULO X

6.1 Direção e sentido do campo elétrico 7. Exercícios de fixação

4. Determine a intensidade, a direção e o sentido do vetor

campo elétrico nos pontos P1 e P2 indicados na figura.

Observação
• Para uma carga positiva o campo elétrico é sempre de
afastamento
• Para uma carga negativa o campo elétrico é sempre de
aproximação.
Observe que as linhas de força serão radiais e os sentidos
estão mostrados na figura abaixo:
O campo elétrico é gerado pela carga puntiforme Q = 1 C
e o meio é o vácuo, cuja constante eletrostática é
k0 = 9.109 N.m2.C-2.
5. Em um ponto P, a uma dada distância de uma carga
puntiforme positiva isolada no vácuo, o campo elétrico tem
intensidade E. Dobrando-se a distância e dividindo-se por 3
o valor da carga, qual é a intensidade do novo campo elétrico.

E E 4E
(A) (B) (C) (D) E
12 6 3

8. Campo elétrico gerado por diversas cargas

puntiformes

6.2 Intensidade do campo elétrico

Coloquemos no ponto P uma carga de prova q. Essa

carga de prova vai sofrer a atuação de uma força elétrica, cujo
módulo é dado pela lei de Coulomb:
O campo elétrico resultante é a soma dos campos
K | Q || q |
F= elétricos gerados por cada carga individualmente, ou seja:
d2
E res = E1 + E 2 + E3
Para determinar o módulo do campo elétrico, fazemos: 8.1Linhas de força de um campo elétrico gerado por duas
cargas puntiformes
K| Q || q |
F d2 K| Q |
E= =  E= 2 De mesmo módulo
|q| |q| d

Observe que a intensidade do campo elétrico é

inversamente proporcional ao quadrado da distância do ponto
à carga.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 347


De módulos diferentes
Observação:
As linhas de força sempre nascem nas cargas positivas e
morrem nas cargas negativas.
9. Exercícios de fixação
6. Determine a intensidade, a direção e o sentido do vetor
campo elétrico resultante em P nos casos (a) e (b) indicados.
Admita, em cada caso, que Q = 10-6 C e d = 0,3 m. O meio é
o vácuo, cuja constante eletrostática é k0 = 9.109 N.m2.C-2.
10. Exercícios clássicos envolvendo campo elétrico
uniforme
7. Uma pequena esfera eletrizada, com carga - 2C e peso
−5
igual a 3.10 N , está fixa à extremidade de um fio de seda
e em equilíbrio, conforme a figura. Na região existe um
campo elétrico uniforme horizontal E .
Determine a intensidade desse campo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
8. Uma partícula de carga 5,0.10-4 C e massa 1,6.10-3 kg é
lançada com velocidade de 102 m/s, perpendicularmente ao
campo elétrico uniforme produzido por placas paralelas de
comprimento igual a 20 cm, distanciadas 2 cm entre si. A
partícula penetra no campo, em um ponto equidistante das
placas, e sai tangenciando a borda da placa superior,
conforme representado na figura abaixo. Desprezando a ação
gravitacional, determine, em 103 N/C, a intensidade do
campo elétrico.
11. Exercícios
9. Num dado ponto de um campo elétrico, a carga de prova
q1 = 6,0.10-8 C fica sujeita a uma força de intensidade
F1 = 8,0 N. Que carga deveria ser colocada nesse mesmo
ponto para que a força atuante tivesse sentido oposto a F1 e
intensidade F2 = 4,0.10-2 N?
10. Uma partícula de massa m e carga positiva q é colocada
em repouso no interior de um campo elétrico uniforme de
intensidade E no instante t0 = 0. Desprezando a força peso da
partícula, podemos afirmar que a velocidade adquirida pela
partícula no instante t0 = 1 s, é:
1 qE q
(A) (B)
2 m mE
qE 3qE
(C) (D)
m 5m
11. Em um ponto A e B, separados pela distância
AB = 3 m, fixam-se cargas elétricas puntiformes QA = 8 C
e QB = - 2 C, respectivamente. Determine um ponto onde o
vetor campo elétrico resultante é nulo.
12. AMAN Duas cargas idênticas negativas, simetricamente
dispostas, conforme mostra a figura, produzem no ponto P
um campo elétrico resultante de módulo E. Para uma carga
apenas, o módulo do vetor campo elétrico em P, vale:
3 1
(A) E (B) E (C) 3E
3 2
(D) 2 E (E) E
348
 CAPÍTULO X

13. AFA A intensidade, direção e sentido do campo elétrico
no ponto P da figura abaixo é:
17. AFA Uma partícula de carga q e massa m é lançada com
velocidade v, perpendicularmente ao campo elétrico
uniforme produzido por placas paralelas de comprimento L e
separadas por uma distância D.
A partícula penetra no campo num ponto eqüidistante das
placas e sai tangenciando a borda da placa superior, conforme
representado na figura.

Dado: K = 9.109 N.m2/C2

(A) 2,25.106 N/C, direção da reta BD e sentido de B para D.
(B) 2,25.106 N/C, direção da reta BD e sentido de D para B.
(C) 4,5.106 N/C, direção da reta BD e sentido de B para D.
(D) 4,5.106 N/C, direção da reta BD e sentido de D para B. Desprezando ações gravitacionais, a intensidade do campo
elétrico pode ser calculada por:
14. A figura representa, na convenção usual, a configuração mLv 2 mv 2 2mDv mDv 2
(A) (B) (C) (D)
de linhas de força associadas a duas cargas puntiformes Q 1 e qD2 qLD qL qL2
Q2. Podemos afirmar que:
18. Uma gota de óleo de massa m e carga q é solta em uma
região de campo elétrico uniforme E, conforme mostra a
figura.

E
(A) Q1 e Q2 são cargas positivas.
(B) Q1 é positiva e Q2 é negativa.
(C) Q1 e Q2 são cargas positivas.
(D) Q1 é negativa e Q2 é positiva. Mesmo sob o efeito da gravidade a gota move-se para cima
(E) Q1 e Q2 são neutras. com aceleração g. O módulo do campo elétrico é
2mg 2mq
(A) E = (B) E =
15. UNICAP-PE Uma esfera de peso 20 3 N , com carga q g
2 C, está em repouso sobre um plano inclinado, liso, feito de 2qg 2m
(C) E = (D) E =
um material isolante, como mostra a figura. Determine, em m qg
N/C, a intensidade do campo elétrico E.
3 19. EFOMM Um pequeno bloco de massa m = 40,0g e carga
Dados: sem 30º = 1/2 ; cos30º =
2 elétrica positiva q = 2,00 C é colocado sobre um plano
inclinado de 45 em relação à horizontal, conforme a figura.
Sabendo que o coeficiente de atrito estático é e = 1/3, o
módulo do campo elétrico horizontal mínimo, em kN/C,
atuando sobre o bloco, de modo a mantê-lo em equilíbrio
estático, é

16. Uma carga pontual positiva é lançada com velocidade vo

no campo elétrico representado por linhas de força na figura.

Dado: g = 10,0 m/s2.

(A) 100 (B) 150 (C) 175
(D) 220 (E) 225
Então:
(A) nos pontos A e B a carga possui acelerações iguais. 20. ESPCEX (AMAN) Uma pequena esfera de massa M
(B) a aceleração da carga no ponto A é menor que em B. igual a 0,1 kg e carga elétrica q = 1,5 μ C está, em
(C) a aceleração da carga no ponto A é maior que em B. equilíbrio estático, no interior de um campo elétrico uniforme
(D) a velocidade da carga em A é maior que em B. gerado por duas placas paralelas verticais carregadas com
(E) a velocidade da carga é a mesma em A e em B. cargas elétricas de sinais opostos. A esfera está suspensa por
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 349
 CAPÍTULO X

um fio isolante preso a uma das placas conforme o desenho
abaixo. A intensidade, a direção e o sentido do campo elétrico
são, respectivamente,
Dados: cos θ = 0,8 e sen θ = 0,6
intensidade da aceleração da gravidade
g = 10 m / s2
criar um campo elétrico uniforme de 2, 0 N C. Para
demonstrar o efeito “antigravidade”, eles devem carregar
eletricamente uma bolinha de isopor e inseri-la entre as
placas. Sabendo que a massa da bolinha é igual a 0,50 g e
que a placa carregada negativamente está localizada no fundo
da caixa, escolha a opção que apresenta a carga com que se
deve carregar a bolinha para que ela flutue.
Considere que apenas a força elétrica e a força peso atuam
sobre a bolinha.
(A) 3,5 10−2 C (B) −3,5 10−2 C
(C) −2,5 10−3 C (D) 2,5 10−3 C
(E) −3,5 10−3 C

23. Três esferas puntiformes, eletrizadas com cargas elétricas

q1 = q 2 = +Q e q 3 = –2Q, estão fixas e dispostas sobre uma
circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a
constante eletrostática é igual a k 0 , conforme representado
(A) 5 105 N / C, horizontal, da direita para a esquerda. na figura.
(B) 5 105 N / C, horizontal, da esquerda para a direita.
(C) 9 105 N / C, horizontal, da esquerda para a direita.
(D) 9 105 N / C, horizontal, da direita para a esquerda.
(E) 5 105 N / C, vertical, de baixo para cima.

21. Duas placas metálicas planas e circulares, de raio R,

separadas por uma distância d  R, estão dispostas na
Considere VC o potencial eletrostático e E C o módulo do
direção horizontal. Entre elas, é aplicada uma diferença de
potencial V, de modo que a placa de cima fica com carga campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valores
negativa e a de baixo, positiva. No centro da placa superior, de VC e E C são, respectivamente,
está afixado um fio isolante de comprimento L  d com uma 4  k0  Q
pequena esfera metálica presa em sua extremidade, como (A) zero e
r2
mostra a figura. Essa esfera tem massa m e está carregada 4  k0  Q k Q
com carga negativa − q. O fio é afastado da posição de (B) e 02
r r
equilíbrio de um ângulo , e a esfera é posta em movimento
(C) zero e zero
circular uniforme com o fio mantendo o ângulo  com a 2  k0  Q 2  k0  Q
vertical. (D) e
r r2
2  k0  Q
(E) zero e
r2

24. Duas cargas elétricas, q1 = +1 C e q2 = −4 C, estão

no vácuo, fixas nos pontos 1 e 2, e separadas por uma
distância d = 60 cm, como mostra a figura abaixo.

Determine
a) o módulo E do campo elétrico entre as placas;
b) os módulos T e F, respectivamente, da tração no fio e
da força resultante na esfera;
c) a velocidade angular  da esfera. Como base nas informações, determine:
a) A intensidade, a direção e o sentido do vetor campo
22. Para uma feira de ciências, os alunos pretendem fazer elétrico resultante no ponto médio da linha reta que une as
uma câmara “antigravidade”. Para isso, os estudantes duas cargas.
colocaram duas placas metálicas paralelas entre si, paralelas b) O ponto em que o campo elétrico resultante é nulo à
à superfície da Terra, com uma distância de 10,0 cm entre esquerda de q1.
elas. Ligando essas placas a uma bateria, eles conseguiram
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 350
 CAPÍTULO X

25. Os primeiros astronautas a pousar na Lua observaram a 27. Uma pequena massa m com carga q se encontra em
existência de finas camadas de poeira pairando acima da equilíbrio, como mostrado abaixo.
superfície lunar. Como não há vento na Lua, foi entendido
que esse fenômeno estava ligado ao efeito fotoelétrico
causado pela luz solar: elétrons são extraídos dos grãos de
poeira do solo lunar ao receberem energia da radiação
eletromagnética proveniente do Sol e, assim, os grãos
tornam-se positivamente carregados. O mesmo processo
também arranca elétrons da superfície lunar, contribuindo
para a carga positiva do lado iluminado da superfície da Lua.
A altura de equilíbrio acima da superfície lunar dessas
camadas depende da massa e da carga dos grãos. A partir
dessas informações, determine

a) o módulo Fe da força eletrostática que age sobre cada grão O campo elétrico E é uniforme e constante. A aceleração da
em equilíbrio da camada, sabendo que um grão de poeira gravidade é g. Assinale o que for correto.
tem massa m = 1, 2 10−14 kg e que a aceleração da 01) A carga q é positiva.
gravidade nas proximidades da superfície da Lua é |q|E
02) O ângulo  é dado por  = arctan .
g L = 1, 6 m s ;
2 mg

b) o módulo E do campo elétrico na posição dessa camada 04) O módulo da tensão no fio vale T = q 2 E 2 + m2g 2 .
de poeira, sabendo que a carga adquirida por um grão é 08) Se quisermos colocar a partícula na horizontal
Q = 1,9 10−15 C. ( →  2), devemos aplicar um campo elétrico infinito.
Uma característica do efeito fotoelétrico é a necessidade de 16) Se o fio se romper, a coordenada horizontal da partícula
os fótons da luz incidente terem uma energia mínima, abaixo varia linearmente com o tempo t .
da qual nenhum elétron é arrancado do material. Essa energia
mínima está relacionada à estrutura do material e, no caso dos 28. Para responder à questão, considere a figura abaixo, que
−19
grãos de poeira da superfície lunar, é igual a 8 10 J. representa as linhas de força do campo elétrico gerado por
duas cargas puntuais Q A e Q B .
c) Determine a frequência mínima f dos fótons da luz solar
capazes de extrair elétrons dos grãos de poeira.
Na superfície da Lua, 5 105 é o número de fótons por
segundo incidindo sobre cada grão de poeira e produzindo
emissão de elétrons.
d) Determine a carga q emitida em 2 s por um grão de
poeira, devido ao efeito fotoelétrico, considerando que
cada fóton arranque apenas um elétron do grão.
Note e adote:
Carga do elétron: −1,6 10−19 C
Energia do fóton:  = hf ; f é a frequência e
h  6 10−34 J  s é a constante de Planck. A soma Q A e Q B é necessariamente um número
Desconsidere as interações entre os grãos e a influência (A) par. (B) ímpar. (C) inteiro.
eletrostática dos elétrons liberados. (D) positivo. (E) negativo.

26. As cargas elétricas puntiformes q1 = 20 C e 29. Durante a formação de uma tempestade, são observadas
(
q 2 = 64 C estão fixas no vácuo k0 = 9 10 Nm C , 9 2 2
) várias descargas elétricas, os raios, que podem ocorrer: das
nuvens para o solo (descarga descendente), do solo para as
respectivamente nos pontos A e B, conforme a figura a nuvens (descarga ascendente) ou entre uma nuvem e outra.
seguir. As descargas ascendentes e descendentes podem ocorrer por
causa do acúmulo de cargas elétricas positivas ou negativas,
que induz uma polarização oposta no solo.
Essas descargas elétricas ocorrem devido ao aumento da
intensidade do(a)
(A) campo magnético da Terra.
(B) corrente elétrica gerada dentro das nuvens.
(C) resistividade elétrica do ar entre as nuvens e o solo.
O campo elétrico resultante no ponto P tem intensidade de (D) campo elétrico entre as nuvens e a superfície da Terra.
(E) força eletromotriz induzida nas cargas acumuladas no
(A) 3, 0 106 N C (B) 3, 6 106 N C
solo.
(C) 4, 0 106 N C (D) 4,5 106 N C
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 351
 CAPÍTULO X

30. Uma carga pontual de 8 C e 2 g de massa é lançada b) Ilustrando as forças na esfera, temos:
horizontalmente com velocidade de 20 m / s num campo
elétrico uniforme de módulo 2,5 kN / C, direção e sentido
conforme mostra a figura a seguir. A carga penetra o campo
por uma região indicada no ponto A, quando passa a sofrer a
ação do campo elétrico e também do campo gravitacional,
cujo módulo é 10 m / s 2 , direção vertical e sentido de cima
para baixo.

qV
Onde Fel = qE = . Logo:
d
Em y :
Ao considerar o ponto A a origem de um sistema de qV
coordenadas xOy, as velocidades v x e v y quando a carga T cos  = mg +
d
passa pela posição x = 0, em m / s, são: mgd + qV
T =
d cos 
(A) (−10, −10). Em x :
(B) (−20, −40) mgd + qV
F = T sen  =  sen 
(C) (0, −80). d cos 
(D) (16,50). ( mgd + qV )
F = tg
(E) (40,10). d
c) A força resultante F atua como resultante centrípeta.
Portanto:
GABARITO Fcp = F
( mgd + qV )
1. D m2 R = tg
2. B d
2. B Onde R = Lsen . Sendo assim:
3. E1 = 102 N/C () e E2 = 9.105 (→) Fcp = F
4. A
5.a) E = 105 N/C (→) b) 2.105 N/C (→) ( mgd + qV ) sen 
m2 L sen  = 
6. x = 3,0 cm d cos 
7. 16 mgd + qV
8. - 3,0.10-10 C.  =
mdL cos 
9. C
10. 2 m à direita de A
11. E 22. C
12. B 23. E
13. B
14. 4 s 24. a) E = 5 x 105 N/C; b) x = 0
15. 10 N/C 25. a) Fe = 1,92 x 10–14N; b) E  10 N/C ;
16. B c) f = 1,33 x 1015 Hz; d) q = –1,6 x 10–13C
17. D
18. A 26. B
19. A 27. 02 + 04 + 08 = 14.
20. B 28. D
29. D
21. a) Dado que d  R, podemos aproximar o campo 30. B
como sendo uniforme. Portanto:
V = Ed
V
E =
d
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 352
 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI - POTENCIAL ELÉTRICO 2. Potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme

Considere uma carga puntiforme Q que está gerando um

1. Energia potencial eletrostática e potencial eletrostático campo elétrico ao seu redor.

Considere um condutor eletrizado positivamente com

carga Q fixo no espaço e gerando um campo elétrico ao seu
redor.

Se abandonarmos uma carga de prova q, seja ela positiva

ou negativa, num ponto Ppróximo ao condutor eletrizado,
essa carga entrará em movimento devido à força elétrica (seja
de repulsão ou atração) e, consequentemente, irá adquirir
energia cinética.

De onde veio essa energia cinética? Dizemos que veio de Ao colocarmos uma carga de prova q num ponto P que
uma energia potencial eletrostática ou elétrica armazenada no dista d de Q, o sistema adquire energia potencial elétrica
sistema, que vamos simbolizar por EP. dada por:

K Qq
Ep =
d

Onde K é a constante eletrostática do meio.

EP
Só que V = , portanto:
q

KQ q
d KQ
V=  V=
q d

Lembrando que o potencial eletrostático ou elétrico é

definido por: Observe que o potencial gerado por uma carga
puntiforme em um ponto é proporcional ao inverso da
EP distância do ponto até a carga.
V=
q
As figuras abaixo mostras como o potencial varia com a
distância para cargas geradoras poitivas e negativas:
Podemos inferir que esse é o potencial elétrico no ponto
P gerado pelo condutor de carga Q.

Notas:

Lembre-se de que a unidade SI do potencial elétrico é o volt

(V).

Lembre-se de que o potencial elétrico é uma grandeza

escalar.

Observe que o potencial não depende da carga de prova,

assim como o campo elétrico. Observe que o potencial, em ambos os casos, tende a zero
conforme a distância aumenta, assim podemos concluir que
o nível de referência do potencial elétrico está no “infinito”.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 353

 CAPÍTULO XI

3.Exercícios 6. Trabalho da força elétrica

1. UFPE O gráfico mostra a dependência do potencial
elétrico criado por uma carga pontual, no vácuo, em função
da distância à carga. Determine o valor da carga elétrica. Dê
a sua resposta em unidades de 10−9C .
Vimos em aulas anteriores que o trabalho realizado pela
força elétrica que atua em uma carga elétrica q ao longo de
um percurso qualquer AB é dado por:
WAB = E P, A − E P, B

Só que temos que:

E P, A = qVA
E P, B = qVB

onde VA e VB são os potenciais elétricos nos pontos A e B,

respectivamente. Logo:

WAB = E P, A − E P, B = qVA − qVB 

 WAB = q ( VA − VB ) 
4. Potencial elétrico gerado por várias cargas puntiformes  WAB = qU

A figura abaixo mostra uma região do espaço onde

encontram-se várias cargas. O Potencial elétrico no ponte L Ou seja, o trabalho da força elétrica para deslocar uma carga
é dado pela soma algébrica de todos os potenciais gerados entre A e B é igual ao produto da carga pela d.d.p. entre os
por todas as cargas tomadas individualmente. pontos A e B.

Importante

O trabalho da força elétrica independe da trajetória e

isso acontece porque ela é uma força conservativa.

7. Exercícios de aula

3.
a) Nos pontos A e B encontram-se cargas fixas QA e QB de
valores iguais a -1C e 2 C. A distâncias entre os pontos
vale d = 3 cm.

A d B
V = V1 + V2 + V3 + ... + Vn Determine a energia potencial elétrica do sistema.
Dado: K0 = 9.109 N/m2C2.
5. Exercícios
8. Propriedades do potencial elétrico
2. Nas figuras seguintes, o meio ambiente é o vácuo e o
potencial resultante em P é devido somente às cargas 1ª Propriedade:
mostradas. Determine-o, usando K0 = 9,0.109 V.m/C.
O potencial elétrico é decrescente no sentido da linha de
força.

V A > V B > VC

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 354

 CAPÍTULO XI

2ª Propriedade: Logo, a figura formada por estes pontos é uma esfera (no
espaço) ou uma circunferência (no plano).
As linhas de força de um campo elétrico, gerado por
cargas elétricas em repouso, não podem ser linhas fechadas.

9. Exercícios de aula

4. AFA A figura abaixo representa as linhas de força de um

determinado campo elétrico.

IMPORTANTE

Sendo VA, VB e VC os potenciais eletrostáticos em três
pontos A, B e C, respectivamente, com 0 < VA – VC< VB –
Vc, pode-se afirmar que a posição desses pontos é melhor
representada na alternativa
(A)
• As superfícies equipotenciais são perpendiculares às linhas
de força.
• O trabalho da força elétrica durante o deslocamento de uma
carga elétrica puntiforme entre dois pontos pertencentes a
mesma superfície equipotencial é nulo.
• Superfícies equipotenciais no campo elétrico uniforme

(B)

(C)
Observe que nesse caso, as superfícies equipotencias são
superfícies planas (no espaço) e são retas (no plano).

11. Diferença de potencial entre dois pontos de um campo

elétrico uniforme
(D)
Considere um campo elétrico uniforme, como mostra a figura
abaixo. As linhas tracejadas representam as superfícies
equipotenciais.

10. Superfícies Equipotenciais

A superfície equipotencial é constituída por pontos que

possuem o mesmo potencial.
Usando como exemplo o caso de uma carga puntiforme
geradora de campo, todos os pontos situados à mesma
distância da carga geradora possuem o mesmo potencial.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 355

 CAPÍTULO XI

Vimos agora que o trabalho da força elétrica F para
deslocar uma carga q de A para B vale:
WAB = qU
Mas nesse caso, a força elétrica F é constante, portanto
seu trabalho pode ser calculado como:
WAB = Fd
Lembrando que F = qE e igualando as duas expressões,
temos:
qU = Fd  qU = qEd  U = Ed
6. MACKENZIE Na determinação do valor de uma carga
elétrica puntiforme, observamos que, em um determinado
ponto do campo elétrico por ela gerado, o potencial elétrico
é de 18 kV e a intensidade do vetor campo elétrico é
9,0 kN/C. Se o meio é o vácuo (k0 = 9.109 N.m2/C2), o valor
dessa carga é
(A) 4,0 μC (B) 3,0 μC (C) 2,0 μC
(D) 1,0 μC (E) 0,5 μC
7. UFPE Duas cargas elétricas -Q e +q são mantidas nos
pontos A e B, que distam 82cm um do outro (ver figura). Ao
se medir o potencial elétrico no ponto C, à direta de B e
situado sobre a reta que une as cargas, encontra-se um valor
nulo. Se |Q|=3|q|, qual o valor em centímetros da distância
BC?

Ou seja, num campo elétrico uniforme a diferença de

potencial entre dois pontos A e B é igual ao produto do
módulo do campo elétrico E pela distância entre as duas
superfícies equipotenciais que passam por A e B.

OBSERVAÇÃO:
8. AMAN Uma pequena esfera condutora está com 10 C e
Observe a figura a seguir: tem massa igual a 4,0 g. QUando a esfera passa de um ponto
de potencial + 1200 V, onde sua velocidade era nula, para
outro de – 2000 V, adquire uma velocidade de:
(A) 6,0 m/s (B) 8,0 m/s (C) 4,0 m/s
(D) 16 m/s (E) 2,0 m/s

9. EFOMM Uma partícula de massa 0,0015 kg, carregada

com -5 x 10-5 C, é abandonada próximo à placa negativa de
um capacitor (distância entre as placas 40 cm), com diferença
de potencial de 200 V.

Note que os pontos B e C estão na mesma superfície

equipotencial, ou seja, B e C possuem o mesmo potencial. +

Logo, a diferença de potencial entre A e B é a mesma que +

entre A e C. 200 V
40 cm
A distância deve ser medida ao longo do campo elétrico.
– q = –5 x 10 –5 C
Neste caso, a distância a ser utilizada é dx. –
VA VB = Edx

12. Exercícios de aula A energia cinética aproximada de impacto na placa positiva,

em Joules, considerando g = 10 m/s2 , será de:
5. AFA A figura abaixo ilustra um campo elétrico uniforme, (A) 0,008 (B) 0,006 (C) 0,004
de módulo E, que atua na direção da diagonal BD de um (D) 0,002 (E) 0,001
quadrado de lado l.
Se o potencial elétrico é nulo no vértice D, pode-se afirmar 10. EFOMM Observe a figura a seguir.
que a ddp entre o vértice A e o ponto O, intersecção das
diagonais do quadrado, é
(A) nulo
2
(B) E
2
(C) 2 E
(D) E

Uma pequena esfera está presa à extremidade de um fio

flexível e isolante, cuja outra extremidade está fixa no ponto
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 356
 CAPÍTULO XI

O, conforme indica a figura acima. Essa esfera de massa 15. EPCAR (AFA) Um sistema é composto por quatro
m = 3,0.10-6 kg e carga elétrica q = 1,2.10-6 C, está em cargas elétricas puntiformes fixadas nos vértices de um
equilíbrio estático no interior de um campo elétrico uniforme quadrado, conforme ilustrado na figura abaixo.
E . A ddp, em volts, entre os pontos A e B, que distam
0,20 m, é
Dado: tg60º = 1,7 ; g = 10 m/s2
(A) 7,5 (B) 8,5 (C) 9,5
(D) 10,5 (E) 11,5

11. EN Uma partícula eletrizada, possuindo carga elétrica

positiva igual a + 2,0 x 10 -9C e massa igual a
1,0 x 10 -10 Kg, é abandonada do repouso num ponto P de um
campo elétrico uniforme, horizontal e de módulo igual a
400 V/ m . Desprezando-se a ação gravitacional, a perda de
energia potencial no deslocamento de 4,0 m até um outro
ponto Q é
(A) 32 x 10 -7 J
(B) 16 x 10 -7 J As cargas q1 e q 2 são desconhecidas. No centro O do
(C) 8 x 10 -7 J quadrado o vetor campo elétrico E, devido às quatro cargas,
(D) 32 x 10 -9 J tem a direção e o sentido indicados na figura.
(E) 16 x 10 -6 J A partir da análise deste campo elétrico, pode-se afirmar que
o potencial elétrico em O
12. AFA Uma carga Q = 400 C produz um campo elétrico (A) é positivo.
na região do espaço próxima a ela. A diferença de potencial, (B) é negativo.
produzida pela carga entre os pontos A e B do esquema (C) é nulo.
abaixo, é, em kV: (D) pode ser positivo.
Dados: K0 = 9.109 Nm2/C2
1 C = 10-6 C 16. Duas partículas eletrizadas A e B, localizadas num
plano isolante e horizontal  , estão em repouso e
interligadas por um fio ideal, também isolante, de
comprimento igual a 3 cm, conforme ilustrado na figura
abaixo.

(A) 450 (B) 480 (C) 560 (D) 740

13. EFOMM Duas cargas elétricas puntiformes, de valores

+3q (positiva) e –5q (negativa), estão separadas por uma
distância linear de 120 cm. Considere o potencial elétrico
nulo no infinito (potencial de referência) e as cargas isoladas.
Nessas condições, um ponto A, pertencente ao segmento de
reta que une as cargas terá potencial elétrico nulo se sua
distância, em cm, à carga positiva +3q for de
(A) 75,0 (B) 60,0 (C) 50,0
(D) 48,0 (E) 45,0 A partícula A está fixa e B pode mover-se, sem quaisquer
resistências sobre o plano. Quando B, que tem massa igual
14. EFOMM Em um experimento de Millikan a 20 g, está em repouso, verifica-se que a força tensora no
(determinação da carga do elétron com gotas de óleo), sabe-
se que cada gota tem uma massa de 1,60 pg e possui uma fio vale 9 N. Imprime-se certa velocidade na partícula B,
carga excedente de quatro elétrons. Suponha que as gotas são que passa a descrever um movimento circular uniforme em
mantidas em repouso entre as duas placas horizontais torno de A, de tal forma que a força tensora no fio se altera
separadas de 1,8 cm A diferença de potencial entre as placas
deve ser, em volts, igual a para 15 N. Desprezando as ações gravitacionais, enquanto a
Dados: carga elementar e = 1, 60 10−19 C; tensão no fio permanecer igual a 15 N, pode-se afirmar que
a energia do sistema, constituído das partículas A e B, será,
1 pg = 10−12 g; g = 10 m s 2
em J, de
(A) 45,0
(B) 90,0 (A) 0,09
(B) 0,18
(C) 250
(C) 0,27
(D) 450
(D) 0,36
(E) 600

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 357


17. Na figura, A e B representam duas placas metálicas; a
diferença de potencial entre elas é VB − VA = 2,0 10 V. 4 depende do caminho percorrido entre os pontos A e B.
As linhas tracejadas 1 e 2 representam duas possíveis
trajetórias de um elétron, no plano da figura.
Considere a carga do elétron igual a −1,6 10−19 C e as
seguintes afirmações com relação à energia cinética de um
elétron que sai do ponto X na placa A e atinge a placa B :
I. Se o elétron tiver velocidade inicial nula, sua energia
cinética, ao atingir a placa B, será 3, 2  10−15 J.
II. A variação da energia cinética do elétron é a mesma,
independentemente de ele ter percorrido as trajetórias 1
ou 2.
III. O trabalho realizado pela força elétrica sobre o elétron na
trajetória 2 é maior do que o realizado sobre o elétron na
trajetória 1.
Apenas é correto o que se afirma em
(A) I. (B) II. (C) III.
(D) I e II. (E) I e III.
18. Numa experiência feita para investigar relações entre
grandezas eletrostáticas, duas placas condutoras paralelas A
e B, separadas por uma distância d = 5 cm, foram
submetidas a uma diferença de potencial U = 100 V, sendo
que a placa que tem o potencial elétrico mais alto é a B. Por
hipótese, como as dimensões das placas são muito maiores
que a distância que as separa, o campo elétrico que se
estabeleceu entre elas pode ser considerado, para todos os
efeitos, como sendo uniforme.
a) Determine o módulo do campo elétrico existente na região
entre as placas.
b) Uma partícula com carga q = 3, 2 C sai da placa B e
chega à placa A. Qual o trabalho realizado pela força
elétrica sobre essa partícula durante esse movimento?
19. Uma carga elétrica puntiforme de 2 10−6 C, no vácuo,
situa-se na origem de um sistema de referencial inercial. Uma
−6
carga teste de −3 10 C é utilizada para estudar as
propriedades elétricas da região próxima à primeira carga.
Considerando um ponto A situado a 20 cm da origem e um
ponto B situado a 10 cm da origem, assinale o que for
correto.
01) O campo elétrico no ponto A é 4,5 105 N C.
02) O potencial elétrico no ponto B é 180 kV.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
04) O trabalho realizado pela força elétrica na carga teste
08) Se a carga teste é largada a partir do repouso quando ela
se encontra no ponto A, a variação da sua energia
cinética quando ela se encontra no ponto B é 0,54 J.
16) Se a carga teste é mantida em repouso no ponto A, o
módulo da força entre as duas cargas é 1,35 N.
20. Seis cargas elétricas iguais a Q estão dispostas,
formando um hexágono regular de aresta R, conforme
mostra a figura abaixo.
Com base nesse arranjo, sendo k a constante eletrostática,
considere as seguintes afirmações.
I. O campo elétrico resultante no centro do hexágono tem
módulo igual a 6kQ R 2 .
II. O trabalho necessário para se trazer uma carga q, desde o
infinito até o centro do hexágono, é igual a 6kQq R .
III. A força resultante sobre uma carga de prova q, colocada
no centro do hexágono, é nula.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
21. Um sistema de cargas pontuais é formado por duas
cargas positivas +q e uma negativa − q, todas de mesma
intensidade, cada qual fixa em um dos vértices de um
triângulo equilátero de lado r. Se substituirmos a carga
negativa por uma positiva de mesma intensidade, qual será a
variação da energia potencial elétrica do sistema? A
constante de Coulomb é denotada por k.
(A) 2kq 2 r
(B) −2kq 2 r
(C) −4kq 2 r
(D) 4kq 2 r
(E) kq 2 r
22. O mecanismo de formação das nuvens de tempestade
provoca a separação de cargas elétricas no interior da nuvem,
criando uma diferença de potencial elétrico U entre a base
358
 CAPÍTULO XI

da nuvem e o solo. Ao se atingir certo valor de potencial 3. a) 0,2 J

elétrico, ocorre uma descarga elétrica, o raio. 4. A
5. C
6. A
7. 41 cm.
8. C
9. E
10. D
11. A
12.A
13. E
14. B
15. B
16. D
17. D
18. Veja arquivo de gabarito comentado
19. 01 + 02 + 16 = 19.
20. D
21. D
22. Intensidade média da corrente elétrica.
Dados: Q = 30C; t = 200ms = 0, 2s.
Suponha que, quando a diferença de potencial entre a nuvem
Da definição de corrente elétrica:
e o solo atingiu o valor de 1,8 108 V, ocorreu um raio que
Q 30
transferiu uma carga elétrica de 30 C, em módulo, da nuvem im = =  i m = 150 A.
t 0, 2
para o solo, no intervalo de 200 ms. Calcule a intensidade
- Quantidade de baterias que podem ser carregadas.
média da corrente elétrica, em ampères, estabelecida pelo Nota 1: O enunciado especifica: "Suponha que, quando a
raio. Considerando que uma bateria de capacidade 50 A  h diferença de potencial entre a nuvem e o solo atingiu o valor
acumula energia para fornecer uma corrente de 50 A durante de 1,8 108 V, ocorreu...". Isso sugere que durante o
uma hora, calcule quantas baterias de 10 V e capacidade processo de carga do sistema solo-nuvem a tensão aumenta.
50 A  h poderiam ser totalmente carregadas supondo que Conclui-se, então, que durante a descarga do raio a tensão
toda a quantidade de energia desse raio pudesse ser entre a nuvem e o solo não é mantida constante, caindo de
transferida a elas. Apresente os cálculos. 1,8 108 V a 0 V. Essas informações sobre tensões
constantes ou variáveis deveriam estar no enunciado para
23. Um sistema é composto por quatro cargas elétricas melhor direcionar a resolução da questão.
puntiformes fixadas nos vértices de um quadrado, conforme Trabalhando com valores médios, como sugeriu o
ilustrado na figura abaixo. examinador no cálculo da corrente elétrica, a energia
potencial elétrica armazenada no sistema solo-nuvem é
semelhante à de um capacitor de placas paralelas.
Q  U 30 1,8 108
E pot = =  E pot = 2, 7  109 J.
2 2
A carga acumulada em cada bateria é:
q = 50 A  h = 50 A  3.600s  q = 1,8 105 C.
A energia potencial elétrica armazenada por cada bateria é:
E1 = q  U1 = 1,8 105 10  E1 = 1,8 106 J.
As cargas q1 e q 2 são desconhecidas. No centro O do
Quantidade ( n ) de baterias que podem ser carregadas com a
quadrado o vetor campo elétrico E, devido às quatro cargas,
tem a direção e o sentido indicados na figura. energia do raio:
A partir da análise deste campo elétrico, pode-se afirmar que E pot 2, 7  109
n E1 = E pot  n = =  n = 1.500.
o potencial elétrico em O E1 1,8  106
(A) é positivo. Nota 2: caso seja considerada constante a tensão durante a
(B) é negativo. descarga do raio, o número de baterias passa a ser o dobro ou
(C) é nulo.
(D) pode ser positivo. seja: n = 3.000.

GABARITO 23. B

1. Q = 5.10−9 C.
2. a) 7,5.103 Vb) -1,8.104 Vc) zerod) 2,7.104 V
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 359
 CAPÍTULO XI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 360

 CAPÍTULO XII

CAPÍTULO XII - CONDUTORES EM EQUILÍBRIO

ELETROSTÁTICO

1. Equilíbrio eletrostático

Um condutor isolado encontra-se em equilíbrio

eletrostático quando não há movimento ordenado de cargas
elétricas no seu interior e na sua superfície.

Observemos que o condutor isolado, em equilíbrio

eletrostático, pode ou não estar eletrizado.
3ª) O potencial elétrico em todos os pontos de um condutor
2. Distribuição de cargas elétricas em excesso num em equilíbrio eletrostático é constante.
condutor isolado e em equilíbrio eletrostático
Como o campo elétrico é nulo, não existe d.d.p. entre dois
pontos quaisquer do condutor.
As cargas em excesso de um condutor são de um mesmo
sinal: ou positivas ou negativas. Essas cargas irão se repelir e 4. Blindagem eletrostática
procurarão a maior distância entre si, ou seja, irão para
superfície do condutor.

Em um condutor isolado em equilíbrio eletrostático, as

cargas elétricas em excesso distribuem-se pela superfície
externa.

3. Propriedades do condutor isolado em equilíbrio

eletrostático

1ª) O campo elétrico resultante nos pontos internos do 5. O poder das pontas
condutor em equilíbrio eletrostático é nulo.

Se houvesse um campo elétrico, não nulo, no interior do

condutor, este atuaria sobre os elétrons livres do campo,
ocasionando o movimento ordenado dos elétrons.

2ª) O campo elétrico nos pontos da superfície de um condutor

em equilíbrio eletrostáticoé perpendicular a ela.

Se o campo elétrico não fosse perpendicular à superfície,

este possuiria uma componente tangente a ela que atuaria
sobre as cargas ali presentes e geraria o movimento ordenado
delas, contrariando a hipótese de equilíbrio eletrostático.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 361

 CAPÍTULO XII

6. Campo elétrico e potencial elétrico gerados por um Exercícios

condutor esférico em equilíbrio eletrostático
1. ITA Uma carga q distribui-se uniformemente na superfície
Considere uma esfera condutora eletrizada, em equilíbrio de uma esfera condutora, isolada, de raio R. Assinale a opção
eletrostático e totalmente afastada de outros corpos. que apresenta a magnitude do campo elétrico e o potencial
elétrico num ponto situado a uma distância r = R/3 do centro
da esfera.
(A) E = 0 V/m e U = 0 V
1 q
(B) E = 0 V/m e U =
4 πε 0 R
1 3q
(C) E = 0 V/m e U =
4 πε0 R
1 qr
(D) E = 0 V/m e U =
4 πε0 R 2
1 rq
(E) E = e U = 0 V.
4 πε0 R 3

2. UNAERPNuma região em que existe um campo

eletrostático uniforme, uma pequena esfera condutora
descarregada é introduzida. Das configurações, a que melhor
representa a distribuição de cargas que aparecerá na
superfície da esfera, é:

Vamos dividir nossas análises em três partes:

8.1 Pontos exteriores à esfera

Pode-se considerar que toda a carga da esfera está

concentrada no seu centro. Logo, para um ponto P a uma
distância d > R, temos:
(A) (B) (C)
KQ KQ
Vext = e E ext = 2
d d

8.2 Pontos na superfície da esfera (D) (E)

A superfície da esfera é equipotencial. Nela, todos os
pontos possuem potencial dado por:

KQ 1KQ 1
Vsup = e Esup = = E prox
R 2 R2 2 3. AFADurante tempestade, um raio atinge um avião durante
o voo.
8.3 Pontos no interior da esfera

Com a esfera em equilíbrio eletrostático, o potencial é o

mesmo em todos os pontos da esfera. Isto significa que todos
os pontos internos possuem o mesmo potencial da superfície
da esfera.
Para qualquer ponto P interior à esfera:
KQ
Vint =
R
Pode-se afirmar que a tripulação:
Como o potencial no interior da esfera é constante, o (A) não será atingida, pois aviões são obrigados a portar um
campoelétrico é nulo. para-raios em sua fuselagem.
(B) será atingida em virtude da fuselagem metálica ser boa
Eint = 0 condutora de eletricidade.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 362


(C) será parcialmente atingida, pois a carga será
homogeneamente distribuída na superfície interna do
avião.
(D) não sofrerá dano físico, pois a fuselagem metálica atua
como blindagem.
4. No interior de uma esfera metálica oca, isolada, de raio
interno de 60 cm e externo de 80 cm, e eletrizada com carga
Q = + 8,0 C, é colocada, concentricamente com ela, outra
esfera condutora, de 20 cm de raio, eletrizada com carga
q = -4,0 C.
Atingindo o equilíbrio eletrostático, determine:
a) as cargas elétricas nas superfícies interna e externa da
esfera oca;
b) a intensidade do campo elétrico distante 70 cm das
esferas;
5. IME Uma esfera de plástico, maciça, é eletrizada, ficando
com uma densidade de carga superficial igual a +0,05 C/m 2.
Em consequência, se uma carga puntiforme q = +1 C fosse
colocada exteriormente a 3 metros do centro da esfera
sofreria uma força de repulsão de intensidade F = 0,02
newtons. A esfera é descarregada e cai livremente de uma
altura de 750 m, adquirindo ao fim da queda, uma energia
cinética de 0,009 joules. Sabendo que g = 10 m/s2, calcule
a massa específica do plástico da esfera.
6. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.
Uma casca esférica metálica fina, isolada, de raio
R = 4,00 cm e carga Q, produz um potencial elétrico igual
a 10, 0 V no ponto P, distante 156 cm da superfície da casca
(ver figura). Suponha agora que o raio da casca esférica foi
alterado para um valor quatro vezes menor. Nessa nova
configuração, a ddp entre o centro da casca e o ponto P, em
quilovolts, será
(A) 0,01 (B) 0,39 (C) 0,51
(D) 1,59 (E) 2,00
7. ESPCEX (AMAN) Duas esferas metálicas de raios R A
e R B , com R A  R B , estão no vácuo e isoladas
eletricamente uma da outra. Cada uma é eletrizada com uma
mesma quantidade de carga positiva. Posteriormente, as
esferas são interligadas por meio de um fio condutor de
capacitância desprezível e, após atingir o equilíbrio
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
eletrostático, a esfera A possuirá uma carga Q A e um
potencial VA , e a esfera B uma carga Q B e um potencial
VB . Baseado nas informações anteriores, podemos, então,
afirmar que
(A) VA  VB e Q A = Q B
(B) VA = VB e Q A = Q B
(C) VA  VB e Q A  Q B
(D) VA = VB e Q A  Q B
(E) VA  VB e Q A = Q B
8. Um condutor P, de raio 4,0 cm e carregado com carga
8,0 nC, está inicialmente muito distante de outros
condutores e no vácuo. Esse condutor é a seguir colocado
concentricamente com um outro condutor T, que é esférico,
oco e neutro. As superfícies internas e externa de T têm raios
8, 0 cm e 10,0 cm, respectivamente.
Determine a diferença de potencial entre P e T, quando P
estiver no interior de T.
(A) 154,8 102 V (B) 16 101 V (C) 9, 0 102 V
(D) 9,8 101 V (E) 180, 0 102 V
9. Um grupo de alunos, em uma aula de laboratório, eletriza
um canudo de refrigerante por atrito, com um lenço de papel.
Em seguida, com o canudo, eles eletrizam uma pequena
esfera condutora, de massa 9 g, inicialmente neutra,
pendurada em um fio de seda isolante, de comprimento L,
preso em um ponto fixo P. No final do processo, a esfera e o
canudo estão com cargas de sinais opostos.
a) Descreva as etapas do processo de eletrização da esfera.
Em seguida, os alunos colocam a esfera eletrizada (E1 ) em
contato com outra esfera (E 2 ), idêntica à primeira,
eletricamente neutra e presa na extremidade de outro fio de
seda isolante, também de comprimento L, fixo no ponto
P. O sistema adquire a configuração ilustrada na figura,
sendo d = 8 cm.
Para o sistema em equilíbrio nessa configuração final,
determine
b) o módulo da tensão T em um dos fios isolantes;
c) o módulo da carga q 2 da esfera E 2 ;
d) a diferença N entre o número de elétrons e de prótons na
esfera E 2 após a eletrização.
Note e adote:
363
 CAPÍTULO XII

Para a situação descrita, utilize: cos  = 1 e sen  = 0,1. receba elétrons. Após rompida a ligação, afasta-se o
canudo, ficando ele e a esfera eletrizados com cargas de
Aceleração da gravidade: 10 m s 2 . sinais opostos.
Força elétrica entre duas cargas puntiformes Q1 e Q2 , b) Na situação de equilíbrio, para uma das esferas, temos:
distantes r uma da outra: K Q1 Q2 r 2
K = 9 109 N m2 C2 .
Carga do elétron: 1, 6 10−19 C.
Ignore a massa dos fios.

10. Muitos são os fenômenos naturais capazes de provocar a

morte de inúmeras pessoas e de destruir edificações que
estejam em seu caminho, como furações e vulcões em
erupção. Porém, mesmo sendo eventos destruidores, sua
frequência não é tão alta em todo o globo terrestre, pois
T cos  = P
dependem de fenômenos ideais e ocorrem em localidades
específicas. Todavia, outros fenômenos são comuns e T 1 = 9 10−3 10
frequentes em todas as localidades da terra, como as
tempestades elétricas, que são ao mesmo tempo assustadoras,  T = 9 10−2 N
fascinantes e perigosas, um verdadeiro espetáculo de beleza c) Teremos:
e força da natureza que tem muita física envolvida. Fel = T sen 
k q1 q 2
Com base nos princípios físicos envolvidos, é correto afirmar = T sen 
que: d2
2
01) o raio é uma descarga elétrica que ocorre quando o campo 9 109  q 2
elétrico, entre nuvens ou entre a nuvem e a terra, = 9 10−2  0,1 ( q1 = q 2 )
(8 10 )
2
ultrapassa o valor da rigidez dielétrica do ar e a rompe, −2
produzindo som (trovão) e luz (relâmpago).
02) admitindo que, em uma descarga elétrica, 3, 0 1023  q 2 = 8 10−8 C
elétrons se desloquem entre nuvens em 0, 60 s, isso d) Teremos:
q2 = N  e
significa uma corrente elétrica de 8 104 A.
04) a diferença entre condutores e isolantes está na 8 10−8 = N 1, 6 10 −19
quantidade de prótons livres na camada de valência.  N = 5 1011
08) o principal objetivo dos para-raios instalados em casas e 10. 01 + 02 = 03.
prédios é transformá-los em isolantes elétricos, [01] Correta. Se a intensidade do vetor campo elétrico
impedindo que se estabeleça um fluxo de elétrons.
16) o poder das pontas, princípio no qual se baseia o exceder o valor de 3 106 V m, , o ar se torna condutor,
funcionamento dos para-raios, estabelece que o campo ocorrendo a descarga elétrica.
elétrico na extremidade de objetos pontudos é mínimo. [02] Correta. Calculando a corrente elétrica média, sendo a
carga elementar e = 1,6 10−19 C :
GABARITO
n e 3 1023 1,6 10−19 4,8 104
i= = =  i = 8 104 A.
1. B t 0,6 6 10−1
2. A [04] Incorreta. A diferença entre condutores e isolantes está
3. D na quantidade de elétrons livres na camada de valência.
4. [08] Incorreta. Os para-raios são condutores.
a) Qint = +4,0 C; Qext = - 4,0 C [16] Incorreta. O poder das pontas, princípio no qual se
b) zero baseia o funcionamento dos para-raios, estabelece que o
5. 0,9 kg/m3 campo elétrico na extremidade de objetos pontudos é
6. D máximo.
7. B
8. C
Quando P for interior a T, teremos:
kQ kQ  1 1 
VPT = − = 9 109  8 10−9   − 
r1 r2  4 10−2 8 10−2 
 VPT = 9 102 V
9. a) O canudo eletrizado é aproximado da esfera sem que
haja contato, esta é então atraída por ele por indução
eletrostática, com as cargas de sinal contrário às do canudo
concentradas no lado próximo a ele. Em seguida, aterra-se
o lado oposto da esfera, fazendo com que ela perca ou
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 364

CAPÍTULO XIII - CAPACITORES
1. Definição de Capacitância
Considere dois condutores, inicialmente neutros. Ao
ligarmosos condutores aos terminais de uma bateria, os
condutorespassama ter cargas iguais em módulo, porém, de
sinais opostos. Vamoschamar a diferença de potencial entre
os condutores de V.
Este dispositivo formado por dois condutores, com certa
diferença de potencial entre eles e cargas de mesmo módulo
e
sinais opostos é chamado de capacitor.
A capacitância deste capacitor é calculada por:
Q
C=
V
A unidade de capacitância, no Sistema Internacional, é o
farad(F).
1coulomb
1 farad =
1 volt
Como exemplo, considere um condutor esférico isolado,
de
raioR e carga Q. Associado a este, existe outra esfera
condutora,concêntrica e de raio infinito.
Já vimos anteriormente que, paraum condutor esférico, o
potencial é dado por:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
2. Energia Potencial Elétrica Armazenada
Considerando um capacitor, inicialmente neutro, de
capacitância C. Para que este capacitor seja carregado, é
necessário que se realize trabalho, que se transforma em
energia potencial elétrica e fica armazenada no capacitor. A
descarga do capacitor pode ser vista usualmente como uma
centelha. Vamos calcular agora a energia potencial elétrica
armazenada em um capacitor.
Q
Sabe-se que C = Como a capacitância é uma
V
propriedade do capacitor, ela não vai variar durante o
processo de carga.
Assim, pode-se relacionar a diferença de potencial no
capacitor com sua carga acumulada.
Traçando um gráfico para relacionar V e Q, vem:
Traçando um gráfico para relacionar V e Q, vem:
Se quisermos expressar a energia acumulada em função
da capacitância, teremos:
Exercícios
1. EEAR Calcule a capacitância de um capacitor que
armazena 10 C decarga e 2 V nos seus terminais, em seguida
assinale a alternativacorreta.
(A) 3 F (B) 4 F
(C) 5 F (D) 6 F
2. Um condutor isolado tem potencial V = 2,0.103 V quando
eletrizado com carga Q = 6,0.10-6 C. Calcule a capacitância
desse condutor.
365
 CAPÍTULO XIII

3. Um condutor isolado tem potencial V1 = 2,0.103 V quando As cargas máximas dos capacitores são chamadas de Q 1,
eletrizado com carga Q1 = 7,0.10-6 C. Qual será a carga desse Q2, …, QN.
condutor quando seu potencial for Logo, a carga total acumulada nos capacitores é dada por:
V2 = 6,0.103 V?
Q = Q1 + Q2 + ... + QN
4. Consideremos um condutor isolado de capacitância
6,0 nF. Qual será a energia elétrica armazenada nesse
condutor, se for eletrizado até atingir um potencial Como a diferença de potencial é a mesma, pode-se
V = 4,0.103 V? escrever todas as cargas dos capacitores como :

5. Um condutor isolado, eletrizado com carga Q = 6,0 C, Q1 = C1V, Q2 = C2 V, ..., QN = CN V

tem potencial V = 9,0 kV. Qual a energia elétrica armazenada
nesse condutor? Logo, vem:

6. Qual será a energia potencial eletrostática armazenada em Q = C1 V + C2 V + ... + CN V

um condutor de capacitância igual a 5,0 nF, se ele for
eletrizado com uma carga de 6,0 C. Se substituíssemos todos os capacitores por um capacitor
equivalente, este teria carga Q e diferença de potencial V.
3. Associação de capacitores

Assim como os fazemos com os resistores, podemos

associar os capacitores de muitas maneiras. Estudaremos
associação de capacitores em série e associação em paralelo.
Denomina-se capacitor equivalente de um associação o
capacitor que sozinho, sob a mesma d.d.p. dessa associação,
armazena a mesma carga elétrica que ela. Ao valor da
capacitância desse capacitor equivalente damos o nome de
capacitância equivalente.

4. Associação em paralelo

Ao associarmos capacitores em paralelo, ligamos as Logo:

placas positivas de todos eles, por meio de um fio, ao terminal
positivo de uma bateria. Logo, todas as placas positivas Q = Ceq.V
apresentam o mesmo potencial. O mesmo acontece com as Ceq.V = C1 V + C2 V + ... + CN V
placas negativas. Ou seja, todos os capacitores ligados em
paralelo apresentam a Eliminando a diferença de potencial, temos:
mesma diferença de potencial.
Ceq = C1 + C2 + ... CN

5. Associação em série

Na associação em série, a carga é a mesma em todas as

placas.
Observe a figura a seguir:

Podemos ver que a diferença de potencial total V é dada

pela soma das diferenças de potencial de todos os
capacitores.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 366
 CAPÍTULO XIII

Logo, vem: Determine:

a) a carga de cada capacitor;
V = V1 + V2 + ... + VN b) a carga total associada;
c) a capacitância equivalente;
Como a carga em todos os capacitores é a mesma, temos: d) a energia total armazenada na associação.

Q Q Q 8. Na figura abaixo, temos três capacitores associados em

V1 = , V2 = , ... , V3 =
C1 C2 CN série, inicialmente descarregados. O terminal A é então
ligado através do pólo positivo de um gerador de corrente
Logo, vem: contínua e o terminal B ao pólo negativo. O capacitor C1
adquire carga de 30 C.
Q Q Q
V= + + ... +
C1 C2 CN

Se substituíssemos todos os capacitores por um capacitor

equivalente, este teria carga Q e diferença de potencial V.

Determine:

a) a carga elétrica de C2, C3 e da associação;

b) a ddp em C1, C2 e C3;
c) a ddp da associação;
d) a capacitância equivalente da associação;
e) a energia armazenada na associação.

9. Em cada caso a seguir, calcule a capacitância equivalente

entre os pontos A e B.

Logo:

Q
V=
Ceq
Q Q Q Q
= + + ... +
Ceq C1 C2 CN

Eliminando a carga, temos:

1 1 1 1
= + + ... +
Ceq C1 C2 CN

6. Exercícios

7. Considere a associação em paralelo formada pelos

capacitores de capacitância C1 = 2,0 F e C2 = 3,0 F. Aplica-
se aos terminais A e B uma d.d.p. de 50 V.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 367

 CAPÍTULO XIII

10. Quanto vale a capacitância equivalente entre A e B? 13. AMAN Na figura aplica-se entre os pontos A e B uma
Dado: C1 = C2 = C3 = C4 = 1,0 F ddp de 100 V.

A energia potencial elétrica armazenada na associação dos

capacitores vale:
11. Determine a capacitância equivalente entre os pontos A e (A) 7,5.10-1 J (B) 2,5.10-2 J
B. -2
(C) 2,0.10 J (D) 7,5.10-3 J
(E) 5,0.10-2 J

14. AFA Considere a figura abaixo:

(A) 2,4 F (B) 3,6 F

(C) 1,0 F (D) 2,0 F

12. ITA Há quatro maneiras possíveis de se ligarem três A capacitância entre os pontos A e B, em F, vale:
capacitores iguais. Qual dos itens a seguir apresenta todos os (A) 0,5 (B) 1,0 (C) 2,0 (D) 3,0
valores corretos?
15. EFOMM Qual o valor da capacitância entre os terminais
“A” e “B” da associação mostrada na figura abaixo?

A
12F
3F 11F
6F

9F
B

(A) 8 F. (B) 12 F. (C) 6 F.

(D) 15 F. (E) 13 F.

16.

Na associação de capacitores, esquematizada acima, a

capacitância está indicada na figura para cada um dos
capacitores. Assim, a capacitância equivalente, entre os
pontos A e B no circuito, é
(A) C. (B) 2C. (C) 3C. (D) 4C. (E) 8C.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 368


17. Na figura a seguir, temos um capacitor de placas paralelas
de área A separadas pela distância d. Inicialmente, o
dielétrico entre as placas é o ar e a carga máxima suportada é
Qa . Para que esse capacitor suporte uma carga máxima Qb ,
foi introduzida uma placa de porcelana de constante
dielétrica k e espessura d 2. Considerando que seja
mantida a diferença de potencial entre as placas, determine a
razão entre as cargas Q b e Qa .
2k 2k
(A) (B)
k +1 5k + 3
2k0 A k 0 A
(C) (D)
d(k + 1) dk
2k0
(E)
d(k + 1)
18. Dois capacitores de capacitâncias 3 F e 5 F são
ligados em paralelo aos terminais de uma fonte de tensão
15 V. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
01) A energia potencial elétrica armazenada pela associação
é 0,9 mJ.
02) A carga elétrica da associação é 120 C.
04) A capacitância equivalente da associação é 15 8 F.
08) A carga elétrica armazenada no capacitor de 3 F é
75 C.
16) A ddp no capacitor de 5 F é 3 V.
19. Um capacitor pode ser formado por duas placas
condutoras (eletrodos) separadas por um meio isolante.
Quando se aplica uma tensão elétrica entre os eletrodos,
cargas elétricas de sinais opostos irão se acumular nas
superfícies das placas. Caso venha a ser aplicada uma tensão
elétrica elevada, pode-se romper a rigidez dielétrica do meio
isolante e este passa a conduzir cargas elétricas.
Em relação a capacitores e dielétricos, avalie as seguintes
sentenças e assinale a CORRETA:
(A) O Cobre é um excelente condutor. Por isso, é muito
utilizado como meio dielétrico em capacitores.
(B) O acúmulo de cargas na superfície do dielétrico não
depende da permissividade do meio. Apenas a tensão
aplicada nos terminais irá determinar a densidade de
carga acumulada.
(C) A capacitância de um capacitor é diretamente
proporcional à razão entre a tensão aplicada e a
permissividade do meio.
(D) Em um capacitor ideal, toda carga flui pelo dielétrico
sem que a corrente sofra alterações.
(E) As densidades de cargas em ambas as placas do
capacitor são iguais, em módulo, mas de sinais
contrários.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
20. Um capacitor plano a vácuo é constituído por duas placas
metálicas com área de 0,10 m2 cada e separadas por uma
distância de 5 cm. Este capacitor é ligado a uma bateria de
500 V. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
Dados: 0 = 8,85 10−12 F m
01) Umas das funções básicas de um capacitor é o
armazenamento de energia elétrica.
02) O valor da carga armazenada no capacitor será igual a
8,85 10−9 C.
04) Mantendo as condições apresentadas no enunciado, se for
colocado entre as placas do capacitor um material
dielétrico de constante elétrica igual a 2 e que irá
preencher totalmente a região entre as placas, o valor da
carga elétrica armazenada nas placas irá dobrar em
relação ao valor sem dielétrico.
08) Uma das consequências da introdução de um material
dielétrico entre as placas de um capacitor é o aumento do
valor do campo elétrico na região entre as placas.
16) A capacitância do capacitor a vácuo, apresentado no
enunciado, é 3 10−11 F.
21. Considere dois capacitores ligados em série e conectados
a uma bateria. Um dos capacitores tem capacitância maior
que a do outro. É correto afirmar que a capacitância
equivalente
(A) é menor que qualquer uma das capacitâncias individuais.
(B) é maior que qualquer uma das capacitâncias individuais.
(C) tem valor entre as duas capacitâncias da associação.
(D) depende da tensão na bateria.
22. Carregada com um potencial de 100 V, flutua no ar uma
bolha de sabão condutora de eletricidade, de 10 cm de raio e
3,3 10−6 cm de espessura. Sendo a capacitância de uma
esfera condutora no ar proporcional ao seu raio, assinale o
potencial elétrico da gota esférica formada após a bolha
estourar.
(A) 6 kV (B) 7 kV (C) 8 kV
(D) 9 kV (E) 10 kV
23. Uma garrafa de Leyden é um capacitor de alta tensão,
inventado por volta do ano de 1745. Consiste num pote
cilíndrico de material altamente isolante com folhas
metálicas fixadas nas superfícies interna e externa do frasco,
como mostra a figura. Um terminal elétrico, atravessando a
tampa do pote, faz contato com a folha interior; e um terminal
externo faz contato com a folha exterior. Ligando os
terminais a uma bateria, pode-se acumular carga nas
superfícies metálicas. A ideia de usar pote tampado veio da
teoria antiga de que a eletricidade era um fluido, e que
poderia ser armazenado na garrafa. Num experimento de
eletrostática, Ana quer construir garrafas de Layden com
frascos de vidro. Ela usa dois frascos de maionese, A e B, de
tamanhos iguais, mas a espessura das paredes de vidro do
frasco A é 4,0 mm e a espessura das paredes do frasco B é
de 2, 0 mm. Os terminais dos dois frascos submetidos a uma
tensão de 12,0 V, com o uso de baterias, durante bastante
tempo.
369
 CAPÍTULO XIII

Considere que área total das folhas metálicas em cada uma Se nesse circuito houver um capacitor de dados nominais
2
das garrafas é de 0, 02 m . 315 V e 100 F, corresponderá a uma carga, em coulomb,
máxima, acumulada de

(A) 3,1500. (B) 0,3175. (C) 0,3150.

(D) 0,0315. (E) 3,1750

GABARITO

1. C
2. 3,0 nF
3. 21.10-6 C
4. 4,8.10-2 J
a) Considerando a garrafa de Layden como capacitores de
placas paralelas, CALCULE o campo elétrico entre as 5. 2,7.10-2 J
paredes dos condutores para as garrafas A e B. 6. 3,6.10-6 J
b) Sabe-se que o campo elétrico entre as placas do capacitor
é calculado aproximadamente por E =   . Nesta 7. a) Q1 = 100 C e Q2 = 150 C

equação,  é a densidade superficial de carga acumulada b) 250 V

no capacitor e tem unidades de Coulomb por metro c) 5,0 F
quadrado, e  = 4,5 10−11 C2 Nm2 é a permeabilidade
d) 6,2 mJ
elétrica do meio. Com base nesta informações,
CALCULE a capacitância de cada garrafa. 8. a) Q1 = Q2 = Q3 = 30 C
c) Depois disso, Ana montou um circuito em série com os b) U1 = 10 V; U2 = 15 V; U3 = 5,0 V
dois capacitores de Layden A e B. CALCULE a
capacitância equivalente do circuito. c) UAB = 30 V
d) Ceq = 1,0 F
24.
e) 4,5.10-4 J
9. a) 12 F
b) 5,2F
c) 8,0F
d) 2C
10. 1,0 F
11. A
12. D
13. B
Um circuito é composto por capacitores de mesmo valor C
e organizado em três malhas infinitas. A capacitância 14.
equivalente vista pelos terminais A e B é 15. C
1 C 1 C 16. A
(A) (3 2 + 7) (B) (3 2 + 1) 17. A
6 3 18. 01 + 02 = 03.
1 C 1 C
(C) (3 2 + 1) (D) (3 2 + 5) 19. E
6 2 20. 01 + 02 + 04 = 07.
1 C 21. A
(E) (3 2 + 1) 22. E
2
23. Veja arquivo de gabarito comentado
24. A
25. Uma das aplicações dos capacitores é no circuito
25. D
eletrônico de um flash de máquina fotográfica. O capacitor
acumula carga elétrica por um determinado tempo (alguns
segundos) e, quando o botão para tirar a foto é acionado, toda
carga acumulada é “despejada” sobre a lâmpada do flash, daí
o seu brilho intenso, porém de curta duração.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 370
 CAPÍTULO XIV

CAPÍTULO XIV – CAMPO MAGNÉTICO Outro fenômeno importante é a inseparabilidade dos

pólos de um ímã.
1. Ímãs

As regiões de um ímã em que as ações magnéticas são

mais intensas denominam-se pólos magnéticos.

Observe que quando um

ímã em forma de barra
entra em contato com
limalha de ferro, esta se
acumula nas extremidades
do ímã, onde se encontram
os pólos.
2. Campo Magnético de um ímã
Suspendendo-se um ímã de modo que ele possa girar
livremente, ele toma aproximadamente a direção norte-sul Um ímã cria uma região de influências, que são
geográfico do lugar. significativas tanto em outros ímãs como em alguns
materiais, como o ferro e o cobalto. Essa região é
A região do ímã que se denominada campo magnético.
volta para o norte O campo magnético de um ímã também é descrito por um
geográfico denomina-se vetor, que é denominado vetor indução magnética e

pólo norte (N), e a outra simbolizado por B .
região é o pólo sul (S).

Se você manusear um ímã de pólos magnéticos

conhecidos, facilmente notará que:

Pólos de mesmo nome se repelem e de nomes diferentes

se atraem.

Este fato nos leva a concluir que se o pólo norte da agulha

da bússola aponta para o norte geográfico, é porque no pólo • Externamente ao ímã, as linhas de indução orientam-
norte geográfico existe um pólo sul magnético. E no pólo se do pólo norte para o pólo sul.
sul geográfico existe um pólo norte magnético.
• As linhas de indução são sempre linhas fechadas.

3. Campo Magnético Uniforme

É aquele no qual, em todos


os pontos, o vetor B tem
a mesma intensidade,
direção e o mesmo sentido.
No campo magnético
uniforme, as linhas de
indução são retas paralelas
igualmente espaçadas e
orientadas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 371

 CAPÍTULO XIV

Exercícios

1. FUVEST A figura I adiante representa um imã (A) 

permanente em forma de barra, onde N e S indicam,
respectivamente, polos norte e sul. Suponha que a barra seja
dividida em três pedaços, como mostra a figura II. (B) →
Colocando lado a lado os dois pedaços extremos, como
indicado na figura III, é correto afirmar que eles (C) 

(D) 

(E) 

4. UECE Um ímã permanente retilíneo, cujos extremos N e

S são os polos norte e sul, respectivamente, acha-se
representado na figura (1). Suponha que a barra ímã seja
dividida em três partes, segundo mostra a figura (2). Por fim,
os segmentos das extremidades são colocados lado a lado,
(A) se atrairão, pois A é polo norte e B é polo sul. como na figura (3). Nesta situação, é correto afirmar que:
(B) se atrairão, pois A é polo sul e B é polo norte.
(C) não serão atraídos nem repelidos.
(D) se repelirão, pois A é polo norte e B é polo sul.
(E) se repelirão, pois A é polo sul e B é polo norte.

2. FUVEST A figura esquematiza um ímã permanente, em

forma de cruz de pequena espessura, e oito pequenas
bússolas, colocadas sobre uma mesa. As letras N e S
representam, respectivamente, polos norte e sul do ímã e os
círculos representam as bússolas nas quais você irá
representar as agulhas magnéticas. O ímã é simétrico em
relação às retas NN e SS. Despreze os efeitos do campo
magnético terrestre.
a) Desenhe na própria figura algumas linhas de força que (A) eles se atrairão, pois x é polo norte e y é polo sul
permitam caracterizar a forma do campo magnético (B) eles se atrairão, pois x é polo sul e y é polo norte
criado pelo ímã, no plano da figura. (C) eles se repelirão, pois x é polo norte e y polo sul
b) Desenhe nos oito círculos da figura a orientação da agulha (D) eles se repelirão, pois x é polo sul e y é polo norte
da bússola em sua posição de equilíbrio. A agulha deve
5. UEL Considere o campo magnético nos pontos P1, P2, P3,
ser representada por uma flecha ( → ) cuja ponta indica
P4 e P5 nas proximidades de um ímã em barra, conforme
o seu polo norte. representado na figura a seguir.

3. UEL A agulha de uma bússola assume a posição indicada

na figura a seguir quando colocada numa região onde existe,
além do campo magnético terrestre, um campo magnético
uniforme e horizontal. Considerando a posição das linhas de
campo uniforme, desenhadas na figura, o vetor campo A intensidade do campo magnético é menor no ponto
magnético terrestre na região pode ser indicado pelo vetor (A) P1 (B) P2 (C) P3
(D) P4 (E) P5

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 372


6. G1 Pares de imãs em forma de barra são dispostos
conforme indicam as figuras a seguir:
A letra N indica o polo Norte e o S o polo Sul de cada uma
das barras. Entre os imãs de cada um dos pares anteriores (a),
(b) e (c) ocorrerão, respectivamente, forças de:
(A) atração, repulsão, repulsão;
(B) atração, atração, repulsão;
(C) atração, repulsão, atração;
(D) repulsão, repulsão, atração;
(E) repulsão, atração, atração.
7. G1 Tem-se três barras, AB, CD, EF, aparentemente
idênticas. Experimentalmente constata-se que:
I - a extremidade A atrai a extremidade D;
II - A atrai a extremidade C;
III - D repele a extremidade E ;
Então:
(A) AB, CD e EF são ímãs.
(B) AB é ímã, CD e EF são de ferro.
(C) AB é de ferro, CD e EF são ímãs.
(D) AB e CD são de ferro, EF é ímã.
(E) CD é ímã, AB e EF são de ferro.
8. UFRS A figura (a) representa uma metade magnetizada
de uma lâmina de barbear, com os polos norte e sul indicados
respectivamente pelas letras N e S. Primeiramente, esta
metade de lâmina é dividida em três pedaços, como indica a
figura (b). A seguir, os pedaços 1 e 3 são colocados lado a
lado, como indica a figura (c).
Nestas condições, podemos afirmar que os pedaços 1 e 3 se
__________, pois P assinala um polo __________ e Q um
polo __________ .
A alternativa que preenche corretamente as lacunas na
afirmativa anterior é:
(A) atrairão - norte - sul
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
(B) atrairão - sul - norte
(C) repelirão - norte - sul
(D) repelirão - sul - norte
(E) atrairão - sul - sul
9. FUVEST Um imã, em forma de barra, de polaridade N
(norte) e S (sul), é fixado numa mesa horizontal. Um outro
imã semelhante, de polaridade desconhecida, indicada por A
e T, quando colocado na posição mostrada na figura 1, é
repelido para a direita. Quebra-se esse imã ao meio e,
utilizando as duas metades, fazem-se quatro experiências,
representadas nas figuras I, II, III e IV, em que as metades
são colocadas, uma de cada vez, nas proximidades do imã
fixo.
Indicando por "nada" a ausência de atração ou repulsão da
parte testada, os resultados das quatro experiências são,
respectivamente,
(A) I - repulsão; II - atração; III - repulsão; IV - atração.
(B) I - repulsão; II - repulsão; III - repulsão; IV - repulsão.
(C) I - repulsão; II - repulsão; III - atração; IV - atração.
(D) I - repulsão; II - nada; III - nada; IV - atração.
(E) I - atração; II - nada; III - nada; IV - repulsão.
10. UNIRIO
Dois ímãs estão dispostos em cima de uma mesa de madeira,
conforme a figura anterior. F 1 é a força que o ímã II exerce
sobre o ímã I, enquanto que este exerce uma força F 2 sobre
o ímã II. Considerando que F1 e F2 representam os módulos
dessas duas forças, podemos afirmar que:
(A) F1 = F2 ≠ 0.
(B) F1 = F2 = 0.
(C) F2< F1, pois o polo Norte atrai o polo Sul.
(D) F2> F1, pois o polo Sul atrai o polo Norte.
(E) as forças são diferentes, embora não se possa afirmar
qual é a maior.
11. FUVEST Um objeto de ferro, de pequena espessura e
em forma de cruz, está magnetizado e apresenta dois polos
Norte (N) e dois polos Sul (S). Quando esse objeto é colocado
horizontalmente sobre uma mesa plana, as linhas que melhor
representam, no plano da mesa, o campo magnético por ele
criado, são as indicadas em
373

(A) (B) (C)
(D) (E)
12. G1 - CFTMG A bússola é um dispositivo composto por
uma agulha imantada que pode girar livremente em torno de
um eixo perpendicular a ela. Sobre seu funcionamento,
afirma-se:
I. O polo sul magnético aponta para o norte geográfico
terrestre.
II. O polo norte magnético aponta para o sul de um ímã
colocado próximo à bússola.
III. A agulha sofre uma deflexão quando está próxima e
paralela a um fio que conduz corrente elétrica.
IV. A agulha, na ausência de campos magnéticos
externos, orienta-se na direção leste-oeste terrestre.
São corretas apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
13. G1 - CFTMG Em relação às propriedades e aos
comportamentos magnéticos dos ímãs, das bússolas e do
nosso planeta, é correto afirmar que
(A) a agulha de uma bússola inverte seu sentido ao cruzar a
linha do Equador.
(B) um pedaço de ferro é atraído pelo polo norte de um ímã
e repelido pelo polo sul.
(C) as propriedades magnéticas de um ímã perdem-se
quando ele é cortado ao meio.
(D) o polo norte geográfico da Terra corresponde,
aproximadamente, ao seu polo sul magnético.
Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a
soma dos itens corretos.
14. UFPR Sobre os conceitos e aplicações da Eletricidade e
do Magnetismo, é correto afirmar que:
01) Quebrando um ímã ao meio, obtemos dois novos ímãs.
02) Ímãs permanentes e correntes elétricas geram campos
magnéticos.
04) É possível provocar a deflexão de uma agulha
magnetizada aproximando-a de um fio conduzindo uma
corrente elétrica.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
08) Se uma partícula carregada se move num campo
magnético uniforme perpendicularmente à direção do campo,
então a força magnética sobre ela é nula.
16) As linhas de força do campo magnético nas vizinhanças
de um fio retilíneo longo conduzindo corrente elétrica são
circunferência com centros no fio.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O ano de 2009 foi o Ano Internacional da Astronomia. A 400
anos atrás, Galileu apontou um telescópio para o céu, e
mudou a nossa maneira de ver o mundo, de ver o universo e
de vermos a nós mesmos. As questões, a seguir, nos colocam
diante de constatações e nos lembram que somos, apenas,
uma parte de algo muito maior: o cosmo.
15. UEMG Um astronauta, ao levar uma bússola para a Lua,
verifica que a agulha magnética da bússola não se orienta
numa direção preferencial, como ocorre na Terra. Considere
as seguintes afirmações, a partir dessa observação:
1. A agulha magnética da bússola não cria campo magnético,
quando está na Lua.
2. A Lua não apresenta um campo magnético.
Sobre tais afirmações, marque a alternativa CORRETA:
(A) Apenas a afirmação 1 é correta.
(B) Apenas a afirmação 2 é correta.
(C) As duas afirmações são corretas.
(D) As duas afirmações são falsas.
16. EEAR Três barras metálicas AB, CD e EF são
aparentemente iguais. Aproximando as extremidades das
barras, verifica-se, então, experimentalmente que a
extremidade A atrai D e repele E, enquanto a extremidade B
repele F e atrais D.
Portanto, conclui-se corretamente que:
(A) CD não é ímã.
(B) Somente AB é ímã.
(C) Somente EF é ímã.
(D) Todas as barras são ímãs.
17. A configuração do campo magnético terrestre causa um
efeito chamado inclinação magnética. Devido a esse fato, a
agulha magnética de uma bússola próxima à superfície
terrestre, se estiver livre, não se mantém na horizontal, mas
geralmente inclinada em relação à horizontal (ângulo α, na
figura 2). A inclinação magnética é mais acentuada em
regiões de maiores latitudes. Assim, no equador terrestre a
inclinação magnética fica em torno de 0, nos polos
magnéticos é de 90, em São Paulo é de cerca de 20, com
o polo norte da bússola apontado para cima, e em Londres é
de cerca de 70, com o polo norte da bússola apontado para
374
 CAPÍTULO XIV

baixo. passe, por exemplo, por um imã. Esse processo permite que
sejam separados materiais magnéticos, como o metal
(A) alumínio. (B) ferro.
(C) cobre. (D) zinco.
(E) magnésio.

20. Entre as substâncias magnéticas, aquelas que ao serem

colocadas próximas a um imã, cujo campo magnético é
intenso, são repelidas por ambos os polos do imã, são
classificadas como
(A) diamagnéticas. (B) paramagnéticas.
(C) ferromagnéticas. (D) imãs permanentes.

21. Considere as seguintes afirmações.

I. A denominação de Polo Norte de um ímã é a região que

se volta para o Norte geográfico da Terra e Polo Sul a
região que volta para o Sul geográfico da Terra.
II. Ímãs naturais são formados por pedras que contém
óxido de ferro (Fe3O4 ), denominadas magnetitas.
III. Ímãs artificiais são obtidos a partir de processos
denominados imantação.

Com relação às afirmações, podemos dizer que

(A) apenas I é correta.
(B) apenas I e II são corretas.
(C) apenas I e III são corretas.
(D) apenas II e III são corretas.
(E) todas são corretas.

22. A figura representa um ímã em forma de barra, seus dois

polos magnéticos Norte e Sul e algumas linhas de indução,
contidas no plano da figura, do campo magnético criado pelo
Esse efeito deve-se ao fato de a agulha magnética da bússola
alinhar-se sempre na direção ímã. Sobre essas linhas estão assinalados os pontos de A até
(A) perpendicular às linhas de indução do campo magnético H.
da Terra e ao fato de o polo norte magnético terrestre
estar próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(B) tangente à Linha do Equador e ao fato de o eixo de
rotação da Terra coincidir com o eixo magnético que
atravessa a Terra.
(C) tangente às linhas de indução do campo magnético da
Terra e ao fato de o polo norte magnético terrestre estar
próximo ao polo norte geográfico da Terra.
(D) tangente às linhas de indução do campo magnético da
Terra e ao fato de o polo norte magnético terrestre estar
próximo ao polo sul geográfico da Terra.
(E) paralela ao eixo magnético terrestre e ao fato de o polo
sul magnético terrestre estar próximo ao polo norte Desprezando a ação de quaisquer outros campos magnéticos,
geográfico da Terra. o vetor campo magnético criado por esse ímã tem a mesma
direção e o mesmo sentido em
18. Quanto à facilidade de imantação, podemos afirmar que: (A) B e H. (B) B e D. (C) E e G.
(D) A e C. (E) D e H.
“Substâncias __________ são aquelas cujos ímãs
elementares se orientam em sentido contrário ao vetor 23. Considere as seguintes afirmações.
indução magnética, sendo, portanto, repelidas pelo ímã que
criou o campo magnético”. O termo que preenche I. Quando se coloca um ímã em contato com limalha
corretamente a lacuna é: (fragmentos) de ferro, estes não aderem a ele em toda a
(A) diamagnéticas (B) paramagnéticas sua extensão, mas predominantemente nas regiões
(C) ultramagnéticas (D) ferromagnéticas próximas das extremidades.
II. Cortando-se um ímã em duas partes iguais, que por sua
19. Para que se possa efetuar a reciclagem do lixo, antes é vez podem ser redivididas em outras tantas, observa-se
necessário separá-lo. Uma dessas etapas, quando não se faz a que cada uma dessas partes constitui um novo ímã, que
coleta seletiva, é colocar o lixo sobre uma esteira, para que embora menor tem sempre dois polos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 375
 CAPÍTULO XIV

III. Polos de mesmo nome se atraem e de nomes diferentes magnético criado pelo ímã.
se repelem.

Com relação às afirmações, podemos dizer que

(A) apenas I é correta.
(B) apenas I e II são corretas.
(C) apenas I e III são corretas.
(D) apenas II e III são corretas.
(E) todas são corretas.

24. Magnetismo é o fenômeno de atração ou repulsão

observado entre determinados corpos, chamados ímãs, entre
ímãs e certas substâncias magnéticas, tais como ferro, cobalto
ou níquel, e também entre ímãs e condutores que estejam
conduzindo correntes elétricas.
Desconsiderando o campo magnético terrestre e
Com base nos conhecimentos sobre Eletromagnetismo, é considerando que a agulha magnética de cada bússola seja
correto afirmar: representada por uma seta que se orienta na mesma direção e
(A) A força magnética é uma interação de contato entre um no mesmo sentido do vetor campo magnético associado ao
fio longo condutor e uma carga elétrica em movimento. ponto em que ela foi colocada, assinale a alternativa que
(B) Quando um ímã é aquecido, suas propriedades indica, correta e respectivamente, as configurações das
magnéticas são aumentadas significativamente. agulhas das bússolas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
(C) Uma bússola sempre tende a orientar-se (A)
perpendicularmente ao campo magnético aplicado sobre
ela, com o polo sul da bússola apontando no sentido do
campo.
(D) Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção
do campo magnético, sendo no seu sentido ou contrário, (B)
ocorre o aparecimento de uma força eletromagnética que
atua sobre ela.
(E) Todo ímã apresenta duas regiões distintas, em que a
influência magnética se manifesta com maior (C)
intensidade, e essas regiões são chamadas de polos do
ímã.

25. A magnetohipertermia é um procedimento terapêutico

(D)
que se baseia na elevação da temperatura das células de uma
região específica do corpo que estejam afetadas por um
tumor. Nesse tipo de tratamento, nanopartículas magnéticas
são fagocitadas pelas células tumorais, e um campo
magnético alternado externo é utilizado para promover a (E)
agitação das nanopartículas e consequente aquecimento da
célula.

A elevação de temperatura descrita ocorre porque

(A) o campo magnético gerado pela oscilação das 27. Três carrinhos idênticos são colocados em um trilho,
nanopartículas é absorvido pelo tumor. porém, não se encostam, porque, na extremidade de cada um
(B) o campo magnético alternado faz as nanopartículas deles, conforme mostra o esquema abaixo, é acoplado um
girarem, transferindo calor por atrito. ímã, de tal forma que um de seus polos fica exposto para fora
(C) as nanopartículas interagem magneticamente com as do carrinho (polaridade externa).
células do corpo, transferindo calor.
(D) o campo magnético alternado fornece calor para as
nanopartículas que o transfere às células do corpo.
(E) as nanopartículas são aceleradas em um único sentido
em razão da interação com o campo magnético, fazendo-
as colidir com as células e transferir calor.

26. Um ímã em forma de barra, com seus polos Norte e Sul,

é colocado sob uma superfície coberta com partículas de Considerando que as polaridades externas dos ímãs (N –
limalha de ferro, fazendo com que elas se alinhem segundo norte e S – sul) nos carrinhos são representadas por números,
seu campo magnético. Se quatro pequenas bússolas, 1, 2, 3 e conforme o esquema a seguir, assinale a alternativa que
4, forem colocadas em repouso nas posições indicadas na representa a ordem correta em que os carrinhos foram
figura, no mesmo plano que contém a limalha, suas agulhas organizados no trilho, de tal forma que nenhum deles encoste
magnéticas orientam-se segundo as linhas do campo
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 376
 CAPÍTULO XIV

no outro: 6. A

7. C

8. D

9. A

10. A

11. A

(A) 1 – 2 – 4 – 3 – 6 – 5.
(B) 6 – 5 – 4 – 3 – 1 – 2.
(C) 3 – 4 – 6 – 5 – 2 – 1.
(D) 2 – 1 – 6 – 5 – 3 – 4.
28. Em “Você Verá”, Luiz Vilela valoriza os animais. Por
exemplo, no conto “Quando fiz sete anos”, ele se lembra de
uma bússola estragada, e de como voou “como um alegre
pássaro da manhã”, ao ir para casa, doido para abrir o
embrulho onde estava uma bússola estragada, que ganhara do
avô.
Mas, por que a bússola estava estragada? Alguns candidatos
aos cursos da UEMG fizeram algumas hipóteses para
responder a essa pergunta:
Leonardo: um fio solto fez com que o contato elétrico da
bússola estragasse e, por isso, a bússola deixou de funcionar.
Lorena: o Polo Norte da agulha da bússola apontava para o
Polo Norte geográfico, e isto estava errado, pois ele deveria
apontar para o Polo Sul geográfico, pois um Polo Norte é
atraído por um Polo Sul.
Amanda: a agulha magnética poderia ter se desprendido de
seu apoio, e não estava girando livremente para se orientar,
segundo o campo magnético da Terra.
Fez (fizeram) comentários apropriados
(A) apenas Lorena.
(B) Leonardo e Lorena.
(C) apenas Amanda.
(D) Leonardo e Amanda.
GABARITO
1. E
2. Observe as figuras a seguir.
12. B
Analisando as afirmações:
I – Errada. O polo sul magnético aponta para o sul geográfico.
II – Correta.
III – Correta.
IV – Errada. Na ausência de campos magnéticos externos, a
agulha orienta-se na direção norte-sul terrestre.
13.
14.
15.
16.
17. D
A agulha magnética da bússola fica alinhada segundo a
tangente das linhas de indução do campo magnético terrestre
de cada local, apontando sempre para o sul magnético que
aproximadamente representa o norte geográfico e o fato do
polo norte magnético estar próximo ao polo sul geográfico.
Alternativa [D].
18. A
A questão descreve corretamente as substâncias
diamagnéticas, que se distinguem das paramagnéticas por
razões como, dentre outras, terem seus ímãs elementares
orientados em sentido contrário ao vetor indução magnética,
enquanto que as paramagnéticas têm seus elétrons
desemparelhados alinhados com a presença de um campo
elétrico, que causa a imantação de substâncias
ferromagnéticas quando submetidas a este.
19. B
Dentre os materiais apresentados, o ferro é o que possui
característica ferromagnética (capacidade de sofrer atração
por ímãs).
20. A
As substâncias diamagnéticas são materiais que se colocados
na presença de um campo magnético (como o do ímã),
estabelecem um campo de sentido contrário ao do campo
magnético aplicado.

21. E
[I] Verdadeira. No magnetismo, polos contrários se atraem,
portanto, o polo norte de um imã é atraído pelo Polo Sul
magnético da Terra que se encontra próximo ao norte
geográfico da Terra, assim como o polo sul de um imã é
atraído pelo Polo Norte magnético da Terra que se
3. E encontra próximo ao sul geográfico da Terra.
[II] Verdadeira.
4. D [III] Verdadeira.

5. A
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 377
 CAPÍTULO XIV

22. E
O vetor campo magnético criado por esse ímã em cada ponto
está representado na figura abaixo:
27. D
Para que os imãs não se encostem, basta que a sequência de
carrinhos tenha sempre polos iguais próximos entre si,
promovendo uma repulsão magnética. A sequência correta é:
2(S) – 1(N) – 6(N) – 5(S) – 3(S) – 4(N).

Logo, a mesma direção e sentido do vetor campo magnético
está representado em D e H, A e E, B e F e finalmente
em C e G. Alternativa correta letra [E].
28. C
Justificando os comentários inapropriados:
Leonardo: inapropriado – na bússola não há circuito
elétrico algum.
Lorena: inapropriado – o Polo Norte da agulha deve
mesmo apontar para o Polo Norte geográfico, que
corresponde ao Sul magnético. Só não entendemos porque,
então, a bússola estava estragada.
Amanda: apropriado.

23. B
[I] Verdadeira. As regiões das extremidades do imã
possuem linhas de campo magnético mais concentrado
provocando forças mais intensas enquanto que as regiões
centrais do imã contêm as linhas mais esparsas, assim a
tendência é a limalha de ferro ir ocupando lugares
próximos às extremidades dos polos acompanhando as
linhas magnéticas.
[II] Verdadeira. Cada divisão de um imã gera novos imãs
contendo os dois polos sul e norte, até o limite da menor
partícula que ainda terá dois polos.
[III] Falsa. Polos de mesmo nome se repelem e de nomes
diferentes se atraem.

24. E
[A] Falsa. A força magnética é uma interação à distância.
[B] Falsa. O aquecimento de um imã destrói o arranjo
magnético dos micropolos da estrutura diminuindo
significativamente suas propriedades magnéticas.
[C] Falsa. As bússolas se orientam paralelamente ao campo
magnético.
[D] Falsa. A força magnética depende do seno entre a carga
e o campo, assim quando tivermos 0 ou 180 resulta
nula a força magnética.
[E] Verdadeira.
25. B
O campo magnético alternado faz com que as nanopartículas,
que se comportam como nanoímãs, estejam em constante
agitação, chocando-se contra as células tumorais, aquecendo-
as por atrito.

26. C
As agulhas da bússolas orientam-se tangenciando as linhas
de força que, por convenção, estão orientadas do Norte para
o Sul, conforme mostrado na figura.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 378

FRENTE I
QUÍMICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 379

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 380
 CAPÍTULO VI

CAPÍTULO VI - PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Na2SO4 → 2Na+(aq) + SO42-
(aq)
Propriedades coligativas são aquelas que dependem
Início 1 0 0
exclusivamente do número de partículas de um soluto que
Reação - 0,6 1,2 0,6
estão dissolvidas em um determinado solvente e Final 0,4 1,2 0,6
independem da natureza das partículas. Tal definição
facilita nosso estudo, pois garantimos que mesmo em Podemos generalizar para chegar numa fórmula geral:
soluções com solutos diferentes, se sabemos que a

quantidade de partículas é a mesma observamos os Cx Ay ⎯⎯ → xC y + + yAx −
mesmos efeitos coligativos. As propriedades coligativas Início 1 0 0
são: Reação -α αx αy
Final 1-α αx αy
1) Tonometria – Relacionada com o abaixamento
relativo da pressão máxima de vapor de um líquido pela i = 1 −  +  x +  y ⎯⎯⎯
q= x+ y
→i = 1 +  (q −1)
adição de um soluto não-volátil.
OBS: É importantíssimo ressaltar que quando estamos
2) Ebuliometria – Relacionada com o aumento da
trabalhando com soluções moleculares, não ocorre a
temperatura de ebulição de um líquido pela adição de um ionização e,comisso, o fator de Van’tHoff fica igual a 1.
soluto não-volátil. Em muitas questões são utilizados solutos orgânicos, que
3) Criometria – Relacionada com o abaixamento da formam essas soluções moleculares.
temperatura de congelamento de um líquido pela adição
de um soluto não-volátil. Pressão Máxima de Vapor (PMV)
4) Osmometria – Relacionada com o aumento da pressão
osmótica de um líquido pela adição de um soluto não- A pressão máxima de vapor de um líquido pode ser
volátil. definida como a pressão parcial exercida pelos vapores
advindos de um líquido, num recipiente fechado, que
Fator de Van`tHoff (i) saturam o meio no estado gasoso, quando este vapor está
em equilíbrio com o líquido, a uma certa temperatura.
Uma das classificações para os diversos tipos de soluções Quando chegamos nesta pressão máxima de vapor
é aquela que trata da natureza do soluto que foi qualquer excesso de vapor se precipitará em forma de
adicionado ao solvente. Nesse critério temos soluções corpo de fundo. É esse fenômeno que acontece quando
moleculares onde todas as partículas dissolvidas são pessoas ficam fechadas em um carro e começam a emitir
moléculas com o soluto não sofrendo ionização e soluções vapor de água até passar o limite de saturação do ar
iônicas onde temos a presença de íons na solução atmosférico, quando este excesso se precipita embaçando
provenientes da dissolução de um sólido iônico ou da o vidro.
ionização de uma substância molecular. Como exemplo
de solução molecular temos a solução aquosa de sacarose Dentro desse conceito, podemos comentar sobre a
(C12H22O11) e como exemplo de solução iônica podemos umidade relativa do ar. Esta vale 100% quando está
pensar em uma solução aquosa de cloreto de sódio chovendo ou na iminência de chuva. A seguinte fórmula
(NaCl). nos permite calcular essa umidade relativa:
PV
UR = .100% , onde:
O fator de Van’tHoff consiste em uma correção que deve PMV
ser feita nas propriedades coligativas associadas com
soluções iônicas. Para calculá-lo, inicialmente devemos UR: umidade relativa do ar
descobrir qual o número total de íons que um determinado PV: pressão de vapor d’água
composto liberaria em solução caso se ionizasse (ou PMV: pressão máxima de vapor d’água
dissociasse) completamente. Observe os exemplos abaixo: Outro ponto muito importante é que em um determinado
momento, quando estamos aquecendo um líquido, a
HCl → H+(aq) + Cl-(aq) →q = 2 pressão máxima de vapor alcançará o valor da pressão
Na2SO4 → 2Na+(aq) + SO42-(aq) →q=3 atmosférica local, e, a evaporação se tornará intensa com
Al2(SO4)3 → 2 Al3+(aq) + 3SO42-(aq) → q = 5 a formação de bolhas gasosas, caracterizando a ebulição.
Ca3(BO3)2 → 3 Ca2+(aq) + 2BO33-(aq) → q = 5 Além disso, sabemos que a pressão máxima de vapor é
diretamente proporcional à temperatura.
No entanto, para diversos solutos temos ionizações
(dissociações) parciais, e, nesses casos, precisamos Podemos notar que quando a pressão atmosférica diminui,
utilizar o grau de ionização para calcular o fator de fica mais fácil para o líquido entrar em ebulição, pois a
Van’tHoff. Observe o exemplo abaixo: temperatura vai ficando cada vez menor. Por isso que
quanto mais aumentamos a altitude com relação ao nível
A) Na2SO4 com grau de ionização (α) = 60% do mar, a redução da pressão atmosférica faz com que a
Consideremos 1 partícula de soluto adicionada e temperatura de ebulição vá diminuindo
montamos o seguinte esquema:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 381
 CAPÍTULO VI

Tonometria b) o abaixamento absoluto da pressão de vapor

c) a pressão de vapor da solução aquosa de sacarose
Tonometria é o estudo do abaixamento relativo da pressão
máxima de vapor de um líquido pela adição de um soluto Resolução:
não-volátil. Quando adicionamos um soluto a um sistema
em equilíbrio, a evaporação do solvente não continuará Temos que a sacarose é um composto orgânico → i = 1
acontecendo com a mesma velocidade já que a entrada do
soluto provocará um desequilíbrio. Com isso, seguindo o m1 34, 2
Princípio de Le Chatelier, o sistema tentará retornar à n1 = = = 0,1
M1 342
situação de equilíbrio e fará isso reduzindo a quantidade
de vapor, o que consequentemente diminui a pressão m2 180
n2 = = = 10
máxima de vapor desse determinado líquido. Observe o M 2 18
gráfico:
n1 n1 0,1
X1 = = = = 0,0099
n n1 + n2 10 + 0,1

P P P
a) = X1.i → = 0,0099.1 → = 0,0099
P0 P0 P0
b)
P = X 1 .P0 → P = 0, 0099.17,5 → P = 0,1732mmHg
c)
P = P0 − P → P = 17,5 − 0,1732 → P = 17,3268mmHg
A parte quantitativa da propriedade, ou seja, o cálculo do
efeito coligativo causado pela adição do soluto, é aqui
Ebuliometria
pautado pela Lei de Raoult já que afirma em uma variante
que o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor Ebuliometria é o estudo do aumento da temperatura de
de um líquido é aproximadamente igual à fração molar do ebulição de um líquido pela adição de um soluto não-
soluto. Temos então as seguintes variáveis: volátil. Tal efeito está diretamente relacionado ao
anterior, quando pensamos que a redução da pressão
P0 = pressão máxima de vapor do solvente máxima de vapor torna mais difícil o alcance da pressão
P = pressão máxima de vapor da solução atmosférica local, o que acaba provocando essa elevação
da temperatura de ebulição. O efeito quantitativo também
Δp = P0 – P: abaixamento absoluto da pressão máxima de pode ser medido, através de Raoult:
vapor
P P0 − P R.T 2
= : abaixamento relativo da pressão máxima de TEb = K Eb .W .i , onde K Eb = , onde:
P0 P0 1000 LV
vapor. R: constante = 1,98 cal/mol.K

Pela Lei de Raoult, teríamos: T: Temperatura de ebulição do solvente (K)

P LV: Calor latente de vaporização do solvente (cal/g)

= X 1 .i
P0
Manipulando a fração molar, temos: : Uma solução aquosa de cloreto de cálcio, em
determinada temperatura, e na qual o grau de dissociação
do soluto é igual a 90%, ferve sob pressão normal a
n1 SolucaoDiluída n m .M
X1 = ⎯⎯⎯⎯⎯ → X1 = 1 → X1 = 1 2 102,8oC. Determine a concentração molal da solução,
n n2 m2 .M1 sabendo que a constante ebulioscópica da água é igual a
M 2 1000.m1 0,5oC/molal.
→ X1 = → X1 = KT .W
1000 m2 .M1
Resolução
Logo, temos: CaCl2 → Ca2+ + 2Cl-
P M
= KT .W .i e KT = 2
P0 1000 Fator de Van’tHoff → i = 1 + α(q-1)→ i = 1 + 0,9(3-1)
Exemplo: Dissolvemos 34,2g de sacarose (C12H22O11) em → i = 2,8
180 g de água. Sabendo que na temperatura da
experiência a pressão de vapor da água pura é igual a 17,5 TEb = K Eb .W .i → 102,8 − 100 = 0,5.W .2,8 → W = 2molal
mmHg, calcule:

a) o abaixamento relativo da pressão de vapor

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 382

Criometria
Criometria é o estudo do abaixamento da temperatura de
congelamento de um líquido pela adição de um soluto
não-volátil. Para compreensão deste efeito coligativo
podemos novamente utilizar o estudo da pressão de vapor
como base. Sabemos que a curva de vapor da solução
sempre está abaixo da curva de vapor do solvente puro, e,
sendo assim, é intuitivo imaginar que o ponto triplo da
solução se encontre a uma pressão e temperatura menores
do que os valores do ponto triplo do solvente. Observe o
gráfico utilizado em uma questão da prova do IME de
1998:
P (mm Hg)
760
água
solução
269 273 373 374
Aqui podemos observar claramente a alteração no
diagrama de fases a partir da adição do soluto não-volátil.
Por exemplo, analisando a pressão atmosférica de 760
mmHg, fica evidente que a temperatura de congelamento
que para a água pura era de 273K reduziu para 269K a
partir desta adição do soluto. Fazendo a análise
quantitativa temos:
R.T 2
Tc = K c .W .i , onde K C = , onde:
1000 L f
R: constante = 1,98 cal/mol.K
T: Temperatura de congelamento do solvente (K)
Calor latente de fusão do solvente (cal/g)
Uma aplicação interessante da Criometria pode ser vista
em países muito frios, onde a neve pode provocar
acidentes muito graves, mas a adição de um composto
como por exemplo o sal de cozinha pode facilitar o
descongelamento da neve e minimizar esse risco de
acidentes.
Exemplo: Qual a temperatura de início do congelamento
de um líquido de motor de um automóvel, composto por
água e C2H6O2, na proporção em massa 1:1?
Dados: H=1 O=16 C = 12
Kc(água) = 1,86oC/molal
Resolução:
1000m1
Tc = Kc .W .i → 0 − T = 1,86. → T = −30o C
62m2
Osmometria
Osmometria é o estudo do aumento da pressão osmótica
de um líquido pela adição de um soluto não-volátil. O
primeiro conceito importante para compreensão da
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VI
osmometria é o conceito de membrana, um tipo de
superfície de contato, e os seus tipos existentes, que são:
- Membrana impermeável: Não permite passagem nem de
soluto nem de solvente
- Membrana semipermeável: Só permite passagem do
solvente, mas não permite passagem do soluto
- Membrana permeável: Permite passagem tanto do soluto
quanto do solvente.
Também precisamos definir termos que comparem a
pressão osmótica de soluções distintas. Nesse sentido,
temos:
- Soluções isotônicas: Soluções de mesma pressão
osmótica
- Solução hipotônica: A é hipotônica com relação a B
quando a pressão osmótica de A é menor do que B
- Solução hipertônica: A é hipertônica com relação a B
quando a pressão osmótica de A é maior do que B
O efeito coligativo denominado osmometria está
T (K)
associado com a colocação de uma membrana
semipermeável ligando soluções de pressões osmóticas
diferentes. Surge então o conceito de osmose, que é
definida como a passagem de solvente através de uma
membrana semipermeável, do meio hipotônico para o
meio hipertônico. Observe:
L f:
Assim, é possível que se exerça uma pressão externa ao
meio hipertônico, para impedir que o fenômeno da
osmose ocorra. Essa pressão necessária para evitar o
fenômeno é o que chamamos de pressão osmótica (π).
As experiências determinaram que o valor da pressão
osmótica (π) é o mesmo valor da pressão calculada para
gases pela Equação de Clapeyron. Logo, chegamos em:
n
V = nRTi →  = .RTi →  = MRTi
V
Exemplo: Uma solução de concentração igual a 60 g/L de
um soluto não-iônico de massa molecular 180 é isotônica
à mesma temperatura de uma solução aquosa de sulfato
de ferro III contendo 40g do soluto em 1200 mL de
solução. Calcule o grau de ionização do sal.
Resolução
Parte I – Solução não-iônica (i =1)
Temos que a concentração molar pode ser calculada
por:
383
 CAPÍTULO VI

n1 m1 60 1
M= = = = mol / L
V M 1.V 180.1 3

1 1
 = MRTi →  = .R.T .1 →  = .R.T
3 3

Parte II – Solução iônica (i = ?)

Fe2(SO4)3 → 2 Fe3+(aq) + 3SO42-(aq) → q = 5

Com base nos efeitos coligativos observados nesses
Temos que a concentração molar pode ser calculada diagramas, calcule as constantes molal ebuliométrica (KE)
por: e criométrica (KC) da água.

n1 m1 40 1 5. FATEC Uma solução de concentração igual a 60

M= = = = mol / L gramas por litro de um soluto não iônico de massa
V M 1.V 400.1, 2 12
molecular 180 é isotônica a mesma temperatura de uma
solução aquosa de sulfato de ferro III contendo 40 g do
1 1 soluto em 1200 mL de solução. O grau de dissolução
 = MRTi →  = .R.T .i →  = .R.Ti
12 12 aparente do sal é igual a:
(A) 1,24
Mas temos soluções isotônicas, então: (B) 0,90
1 1 (C) 0,75
Π1 = Π2 → .R.T = .R.Ti → i = 4 (D) 0,50
3 12
(E) 1,00
Logo, para calcular o grau de dissociação, utilizamos a
6. O diagrama abaixo se refere a três líquidos A, B e C.
fórmula do fator de Van’tHoff já definida
anteriormente:

i = 1 +  (q − 1) → 4 = 1 +  (5 − 1) →  = 0, 75

Exercícios

1. O eugenol, componente ativo do óleo de cravo, tem

fórmula mínima C5H6O. Dissolvem-se 0,164g de eugenol
em 11,7 g de benzeno, a 25oC. A pressão de vapor do
benzeno nesta solução é de 94,37 mmHg. Determine a
fórmula molecular do eugenol.
Assinale a alternativa errada:
Dados: M.A.(u): H=1 ; C=12 ; O=16 ;
(A) O líquido mais volátil é o A
Pressão de vapor do benzeno puro(25oC) = 95,00 mmHg
(B) A pressão de vapor do líquido B é maior que a do
líquido C para uma mesma temperatura
2. ITA Um polímero de fórmula (C2H4)n rebaixou o ponto
(C) A temperatura de ebulição a 1atm do líquido C é
de solidificação do benzeno (KC=5,04oC/molal) de 0,36oC
120°C
em uma solução contendo 1,0 g do polímero dissolvido
(D) A temperatura de ebulição no pico do monte Everest
em 5,0 g de benzeno. O valor de n é:
(240mmHg) do líquido A é 20°C
(A) 500 (B) 250 (C) 200
(E) As forças intermoleculares do líquido A são mais
(D) 100 (E) 50
intensas em relação aos demais líquidos
3. IME Uma solução foi preparada dissolvendo-se 2,76 g
7. ITA Considere os valores da temperatura de
de um álcool puro em 100,00 g de acetona. O ponto de
congelação de soluções 1 milimol/L das seguintes
ebulição da acetona pura é 56,13oC e o da solução é
substâncias:
57,16oC. Determine:
I. Al2(SO4)3. II. Na2B4O7. III. K2Cr2O7.
a) o peso molecular do álcool;
IV. Na2CrO4. V. Al(NO3)3.9H2O.
b) a fórmula molecular do álcool.
Dado: KCB=1,72oC/mol (constante molal de elevação do
Assinale a alternativa CORRETA relativa à comparação
ponto de ebulição da acetona)
dos valores dessas temperaturas.
(A) I < II < V < III < IV.
4. IME Uma solução com 102,6 g de sacarose
(B) I < V < II ¸ III ¸ IV.
(C12H22O11) em água apresenta concentração de 1,2 molar
(C) II < III < IV < I < V.
e densidade de 1,0104 g/cm3. Os diagramas de fase dessa
(D) V < II < III < IV < I.
solução e da água pura estão representados a seguir.
(E) V ¸ II < III < IV < I.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 384
 CAPÍTULO VI

8. OQRJ Sobre o ponto de ebulição de um líquido é é 1,86 °C kg/mol e sua massa específica é 1,00 kg/dm 3.
correto afirmar: Determine:
(A) é a temperatura na qual líquido e vapor coexistem em a) a fórmula estrutural plana e o nome do produto
equilíbrio. utilizado;
(B) varia com a pressão atmosférica. b) a massa de produto necessária para alcançar este
(C) é a temperatura na qual a pressão de vapor é 1 atm. efeito.
(D) é diretamente proporcional à massa molecular do
líquido.
(E) é a temperatura na qual a pressão de vapor é igual à GABARITO
pressão externa.
1. C10H12O2
9. UNICAMP Considere quatro garrafas térmicas 2. D
contendo: 3. A) 46 g/mol B) C2H5OH
4. KE=0,5 K/molal , KC=2K/molal
Garrafa 1: 20 gramas de água líquida e 80 gramas de gelo 5. C
picado. 6. C
Garrafa 2: 70 gramas de solução aquosa 0,5 mol.dm -3 em 7. B
sacarose e 30 gramas de gelo picado. 8. E
Garrafa 3: 50 gramas de água líquida e 50 gramas de gelo 9. a) T4 < T2 < T1 = T3
picado. b) T4 pois tem maior número de partículas dispersas.
Garrafa 4: 70 gramas de solução aquosa 0,5 mol.dm -3 de 10. B
NaCl e 30 gramas de gelo picado. 11. a) CH3OH - metanol b) 3,2kg
O conteúdo de cada garrafa está em equilíbrio térmico,
isto é, em cada caso a temperatura do sólido é igual à do
líquido.

a) Considere que as temperaturas T1, T2, T3 e T4

correspondem, respectivamente, às garrafas 1,2,3 e 4.
Ordene essas temperaturas de maneira crescente,
usando os símbolos adequados dentre os seguintes: >,
<, ≥, ≤, =.
b) Justifique a escolha da menor temperatura.

10. ITA Considere as afirmações abaixo, todas relativas à

pressão de 1atm:

I. A temperatura de fusão do ácido benzóico puro é

122oC, enquanto que a da água pura é 0oC.
II. A temperatura de ebulição de uma solução aquosa
1,00 mol L−1 de sulfato de cobre é maior do que a de
uma solução aquosa 0,10 mol L−1 deste mesmo sal.
III. A temperatura de ebulição de uma solução aquosa
saturada em cloreto de sódio é maior do que a da
água pura.
IV. A temperatura de ebulição do etanol puro é 78,4 oC,
enquanto que a de uma solução alcoólica 10% (m/m)
em água é 78,2 oC.

Das diferenças apresentadas em cada uma das afirmações

acima, está(ão) relacionada(s) com propriedades
coligativas
(A) apenas I e III.
(B) apenas I.
(C) apenas II e III.
(D) apenas II e IV.
(E) apenas III e IV.

11. IME Um produto anticongelante foi adicionado a 10,0

L de água de um radiador para que a temperatura de
congelamento da mistura fosse – 18,6 °C. A análise
elementar do anticongelante forneceu o seguinte resultado
em peso: C = 37,5 %, O = 50,0 % e H =
12,5 %. Sabe-se que a constante crioscópicamolal da água

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 385

 CAPÍTULO VI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 386


CAPÍTULO VII - ESTEQUIOMETRIA DE
REAÇÕES – CASOS ESPECIAIS
Problemas de Rendimento
Quando uma reação química não produz as quantidades
de produto esperadas, de acordo com a proporção da
reação química, dizemos que o rendimento não foi total.
Rendimento de uma reação é o quociente entre a
quantidade de produto realmente obtida e a quantidade
esperada, de acordo com a proporção da equação química.
1. O etanol (C2H5OH) pode ser produzido por
fermentação da glicose (C6H12O6), conforme a reação:
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2
Se 360g de glicose produzem 92g de etanol, o rendimento
desse processo é:
(A) 92% (B) 75% (C) 100%
(D) 50% (E) 25%
Problemas de Grau de Pureza
Neste caso é importante calcularmos a massa referente à
parte pura, supondo que as impurezas não participam da
reação.
Grau de pureza (p) é o quociente entre a massa da
substância pura e a massa total da amostra (substância
impura).
2. UnB Nas receitas para fazer bolos, é muito utilizado
um fermento chamado sal bicarbonato de amônia,
também chamado de carbonato ácido de amônia. Quando
aquecido, esse sal decompõe em gás carbônico, amônia e
água. Partindo-se de 158g de fermento que apresenta 50%
de pureza em carbonato ácido de amônia, calcule a massa
(em gramas) de gás carbônico obtida.
Massas molares:
_ M(N) = 14,0g/mol. _ M(C) = 12,0 g/mol.
_ M(O) = 16,0 g/mol. _ M(H) = 1,0 g/mol.
Reação fornecida:
NH4HCO3(s) → CO2(g) + NH3(g) + H2O(g)
Problemas de Excesso e Limitante
Quando o exercício fornece quantidades (massa, volume,
mols, etc.) de dois reagentes, devemos verificar se existe
excesso de algum reagente.
As quantidades de substâncias que participam da reação
química são sempre proporcionais aos coeficientes da
equação. Se a quantidade de reagente estiver fora da
proporção indicada pelos coeficientes da equação, reagirá
somente a parte que se encontra de acordo com a
proporção; a parte que estiver a mais não reage e é
considerada excesso.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VII
3. Metanol é um excelente combustível que pode ser
preparado pela reação entre monóxido de carbono e
hidrogênio, conforme a equação química:
CO(g) + 2 H2(g) → CH3OH(ℓ)
Supondo rendimento de 100% para a reação, quando se
adicionam 336g de monóxido de carbono a 60g de
hidrogênio, devemos afirmar que o reagente em excesso e
a massa máxima, em gramas, de metanol formado são,
respectivamente:
(A) CO, 384. (D) H2, 384.
(B) CO, 396. (E) H2, 480
(C) CO, 480.
Exercícios
1. A ustulação da blenda, minério de zinco, é feita
segundo o esquema:
ZnS + oxigênio do ar → ZnO + SO2
Considerando-se a presença de 3% de impurezas em 20g
do minério, que volume de ar atmosférico, medido em
litros e nas CNTP, seria necessário para ustulação desta
amostra?
Considere que a composição volumétrica do ar
atmosférico corresponde a 20% de oxigênio e 80% de
nitrogênio.
2. UFCE Considere a seguinte reação química
desenvolvida em altos fornos para a obtenção de ferro a
partir da hematita:
2 Fe2O3 + 6 C + 3 O2 → 4 Fe + 6 CO2
Admitindo-se no processo um rendimento de 75%,
quantas toneladas de ferro são produzidas quando se
utilizam 40 toneladas de minério?
3. Amônia gasosa pode ser preparada pela seguinte reação
balanceada:
CaO(s) + 2NH4Cℓ(s) → 2 NH3 + H2O(g) + CaCℓ2(s).
Se 224g de cloreto de amônio forem misturados com
112g de óxido de cálcio, então a massa máxima, em
gramas, de amônia produzida será de:
4. UFMG O sulfato de cobre, CuSO4 é um sal com ampla
aplicação na agricultura (fungicida, fertilizante,
componente da ração de animais, etc.). Ele é obtido
industrialmente através de um processo que, de forma
simplificada, pode ser representado pela seguinte
equação:
CuO(s) + H2SO4(aq) → CuSO4(aq) + H2O(ℓ).
387

Em relação ao sistema contendo 10mol de CuO e 1,3kg
de H2SO4 pode-se afirmar que:
(A) a adição de maior quantidade de H2SO4 ao sistema
aumenta a massa de CuSO4 formada.
(B) a quantidade de CuSO4 formada será inferior a
13mol.
(C) a quantidade de CuSO4 (em mol), no final da reação,
será igual à quantidade de H2SO4 (em mol) no início
da reação.
(D) a solução resultante será neutra após a reação ter-se
completado.
(E) o sistema contém CuO após a reação ter-se
completado.
5. A fabricação do óxido de etileno, a partir do eteno, é
representada pela equação:
Em um processo industrial, cada 28kg de eteno
produziram 22kg de óxido de etileno. Logo, o rendimento
desse processo (% em massa) foi cerca de
Dados: Massas molares (g/mol): C2H4= 28; C2H4O = 44
(A) 50% (B) 40% (C) 30%
(D) 20% (E) 10%
6. Uma amostra de 200 kg de calcário (com teor de 80%
de CaCO3) foi tratada com ácido fosfórico - H3PO4 -
conforme a equação química balanceada:
3CaCO3 + 2H3PO4→ 1Ca3(PO4)2 + 3H2O + 3CO2.
Calcule a massa de Ca3(PO4)2 formado.
7. Foram misturados 40g de gás hidrogênio (H 2) com 40g
de gás oxigênio, com a finalidade de produzir água,
conforme a equação: H2 + O2→ H2O.
Determine:
a) o reagente limitante;
b) a massa de água formada;
c) a massa de reagente em excesso.
8. FUVEST-SP Quando 96g de ozônio se transformam
completamente, a massa de oxigênio comum produzida é
igual a:
(A) 32g. (B) 48g. (C) 64g.
(D) 80g. (E) 96g.
9. FUVEST Nas indústrias petroquímicas, o enxofre pode
ser obtido pela reação:
2H2S + SO2 → 3S + 2H2O
Qual a quantidade máxima de enxofre, em gramas, que
pode ser obtida, partindo-se de 5,0 mols de H2S e 2,0
mols de SO2? Indique os cálculos.
Massa atômica do S = 32,1
10. ITA Num recipiente inerte, hermeticamente fechado,
estão presentes 100g de ferro, 100g de água e 100g de
oxigênio. Supondo que ocorre a reação
2 Fe(s) + 3 H2O(ℓ) + 3/2 O2(g) → 2 Fe(OH)2(s)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VII
e que a reação prossiga até o consumo completo do(s)
reagente(s) minoritário(s), podemos prever que irá(irão)
sobrar:
(A) Fe e H2O (B) Fe e O2 (C) H2O e O2
(D) Fe (E) H2O
11. UnB A reação de combustão de um dos componentes
do gás de cozinha, o gás butano, pode ser representada
pela seguinte equação química não-balanceada:
C4H10(g) + O2(g) → CO2(g) + H2O(ℓ)
Sabendo que o volume molar de um gás ideal nas CNTP é
22,71 L/mol e que M(C) = 12 g/mol, M(O) = 16 g/mole
M(H) = 1 g/mol, julgue os itens que se seguem:
1 De acordo com a lei das proporções definidas,
dobrando-se as massas dos gases butano e oxigênio, as
massas de gás carbônico e de água diminuirão na mesma
proporção.
2 São necessários 13 mols de gás oxigênio para reagir
com 2 mols de gás butano.
3 A queima de 58 g de butano produzirá 90 g de água.
4 Nas CNTP, para produzir 45,42 L de gás carbônico são
necessários 116 g de gás butano.
12. UERJ" O químico francês Antoine Laurent de
Lavoisier ficaria surpreso se conhecesse o município de
Resende, a 160 quilômetros do Rio. É lá, às margens da
Via Dutra, que moradores, empresários e o poder público
seguem à risca a máxima do cientista que revolucionou o
século XVIII, ao provar que, na natureza, tudo se
transforma. Graças a uma campanha que já reúne boa
parte da população, Resende é forte concorrente ao título
de capital nacional da reciclagem. Ao mesmo tempo em
que diminui a quantidade de lixo jogado no aterro
sanitário, a comunidade faz sucata virar objeto de
consumo. Nada se perde."
(Revista Domingo, 11 jul. 1993.)
Assim, com base na equação:
2Aℓ2O3(s) → 4Aℓ(s) + 3O2(g)
e supondo-se um rendimento de 100% no processo, a
massa de alumínio que pode ser obtida na reciclagem de
255 kg de sucata, contendo 80% de Al2O3 em massa, é:
Dados: M(Al) = 27 g/mol. M(O) = 16 g/mol.
M(H) = 1 g/mol. M(S) = 32 g/mol.
(A) 540 kg. (B) 270 kg.
(C) 135 kg. (D) 108 kg.
13. FUVEST Devido à toxicidade do mercúrio, em caso
de derramamento desse metal, costuma-se espalhar
enxofre no local, para removê-lo. Mercúrio e enxofre
reagem, gradativamente, formando sulfeto de mercúrio.
Para fins de estudo, a reação pode ocorrer mais
rapidamente se as duas substâncias forem misturadas num
almofariz. Usando esse procedimento, foram feitos dois
experimentos. No primeiro, 5,0 g de mercúrio e 1,0 g de
388

enxofre reagiram, formando 5,8 g do produto, sobrando
0,2 g de enxofre. No segundo experimento, 12,0 g de
mercúrio e 1,6 g de enxofre forneceram 11,6 g do
produto, restando 2,0 g de mercúrio.
a) Mostre que os dois experimentos estão de acordo
com a lei da conservação da massa (Lavoisier) e a lei
das proporções definidas (Proust).
b) Existem compostos de Hg (I) e de Hg (II).
Considerando os valores das massas molares e das
massas envolvidas nos dois experimentos citados,
verifique se a fórmula do composto formado, em
ambos os casos, é HgS ou Hg2S. Mostre os cálculos.
Dados: massas molares: (g mol-1)
mercúrio (Hg) ..... 200
enxofre (S) ..... 32
14. CESGRANRIO O gás hidrogênio pode ser obtido em
laboratório a partir da reação de alumínio com ácido
sulfúrico, cuja equação química não-ajustada é dada a
seguir:
Aℓ+ H2SO4 → Aℓ2(SO4)3 + H2
Um analista utilizou uma quantidade suficiente de H2SO4
para reagir com 5,4g do metal e obteve 5,71 litros do gás
nas CNTP. Nesse processo, o analista obteve um
rendimento aproximado de:
(A) 75% (B) 80% (C) 85%
(D) 90% (E) 95%
15. A prata de lei é uma liga constituída por prata e cobre.
Em 9,73g do material são encontrados 5,0.10 23 átomos de
prata. Qual a composição porcentual da liga?
Cu=63,5; Ag = 107,8; Avogadro = 6,0 . 10 23.
16. PUC Em um laboratório foram realizadas reações
entre ferro (Fe) e bromo (Br2), produzindo um brometo de
ferro. Os dados obtidos estão resumidos na tabela abaixo:
Assinale alternativa que indica corretamente o valor de x
e a fórmula do brometo de ferro:
(A) 10g e FeBr4 (B) 10g e FeBr3
(C) 20g e FeBr2 (D) 5g e FeBr2
(E) 30g e FeBr3
17. A grafite (uma forma alotrópica do carbono que é
utilizada em minas para lapiseiras) possui em sua
composição, além do elemento carbono, outros
componentes como caulim, sílica etc. que lhe conferem
dureza. Para escrever a sigla CEFET-PR são necessários
3,0 miligramas de grafite com 80% em carbono. Em
relação ao carbono é correto afirmar que a quantidade de
matériae o número de átomos presentes nessa amostra de
grafite é:
(A) 2,0x10-5 mol e 1,2x1023
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VII
(B) 2,0x10-4 mol e 1,5x1021
(C) 2,0 x 10-4 mol e 1,25 x 1020
(D) 2,5x10-4 mol e 1,5x1020
(E) 5,0x10-5 mol e 3,0x1019
As questões 18 e 19 baseiam-se no texto seguinte:
“O vazamento do produto MTBE (éter metil terc-
butílico), ocorrido em uma tubulação da Petrobrás em
Guarajuba, distrito de Paracambi, na Baixada Fluminense,
pode ter atingido o lençol freático da região. (...). Segundo
a Petrobrás, o vazamento que ocorreu está entre 100 e
1.000 litros. (...) O MTBE é proibido no Brasil. Toda a
produção brasileira é exportada para os Estados Unidos,
onde é empregado como aditivo na gasolina”. (JB, 2000).
Na verdade, a notícia nos remete a uma significativa
preocupação ambiental, e nesse sentido é importante
considerar a reação representada por:
(C4H9O)-1 K+1 + CH3I →C5H12O + KI.
Partindo-se de 560 gramas de t-butóxido de potássio e de
750 gramas de iodeto de metila, (considerar densidade do
MTBE = 0,8 g/mL)
18. Indiquea massa de regente em excesso?
(A) 25,2 g (B) 31,5 g (C) 40 g
(D) 50 g (E) 190 g
19. Determine ovolume, em litros, de MTBE formado?
(A) 352 mL (B) 440 mL (C) 464,8 mL
(D) 550 mL (E) 581 mL
20. EsPCEx Uma fabrica produz amoníaco (NH3) com
rendimento de 80%. Se na sua caldeira forem misturadas
42 ton de cada substância simples necessária será obtida a
seguinte massa de amoníaco:
Dado: N2 + 3H2 → 2NH3
(A) 22,4 ton; (B) 67,2 ton;
(C) 44,8 ton; (D) 40,8 ton;
(E) 238,0 ton.
21. EsPCEx A reciclagem de materiais representa uma
grande economia de matéria-prima e energia. O Brasil é o
campeão mundial de reciclagem de latas de alumínio. Em
2003 reciclou 88.108 latas, o que representa 90% das latas
utilizadas no país.
Considerando a massa de uma lata igual a 10g e 60% o
rendimento da extração de alumínio, a partir da bauxita,
que é o minério utilizado na produção deste metal, pode-
se afirmar que a massa, em toneladas, da bauxita
economizada com essa reciclagem foi, aproximadamente:
(A) 52,8 (B) 146666
(C) 88000 (D) 1466,7
(E) 528
22. CESGRANRIO Na obtenção de ferro gusa no alto
forno de uma siderúrgica utilizam-se, como matérias-
primas, hematita, coque, calcário e ar quente. A hematita
é constituída de Fe2O3 e ganga (impureza ácida rica em
SiO2), com o calcário sendo responsável pela eliminação
da impureza contida no minério e pela formação do
389
 CAPÍTULO VII

redutor metalúrgico para a produção do ferro gusa, de
acordo com as seguintes reações:
27. EsPCEx A nitroglicerina é um líquido oleoso de cor
amarelo-pálida, muito sensível ao choque ou calor. É
empregada em diversos tipos de explosivos. Sua reação
de decomposição inicia-se facilmente e gera rapidamente
grandes quantidades de gases, expressiva força de
expansão e intensa liberação de calor, conforme a
equação da reação:

4C3H5N3O9 ( ) → 6N2 (g) + 12CO2 (g) + 10H2O(g) + O2 (g)

Admitindo-se os produtos gasosos da reação como gases

Nesse processo de produção de ferro gusa, para uma carga ideais, cujos volumes molares são iguais a 24,5 L, e
de 2 toneladas de hematita com 80% de Fe2O3 a tomando por base a equação da reação de decomposição
quantidade necessária de calcário, em kg, contendo 70% da nitroglicerina, o volume total aproximado, em litros, de
de CaCO3, será: gases produzidos na reação de decomposição completa de
(A) 2.227 (B) 2.143 (C) 1.876 454 gde nitroglicerina será de
(D) 1.428 (E) 1.261
Dados: massa molar da nitroglicerina = 227g / mol;
23. FUVEST Uma instalação petrolífera produz 12,8kg
de SO2 por hora. A liberação desse gás poluente pode ser volume molar = 24,5L / mol (25C e 1 atm)
evitada usando-se calcário, o qual por decomposição (A) 355,3 L (B) 304,6 L
fornece cal, que reage com o SO2 formando CaSO3, de (C) 271,1L (D) 123,1L
acordo com as equações:
(E) 89,2 L
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)
CaO(s) + SO2(g) → CaSO3(s) 28. EsPCEx Uma amostra de 5 g de hidróxido de sódio
(NaOH) impuro foi dissolvida em água suficiente para
Qual a massa mínima de calcário (em kg), por dia, formar 1 L de solução. Uma alíquota de 10 mL dessa
necessária para eliminar todo SO2 formado? Suponha
100% de rendimento para as reações. solução aquosa consumiu, numa titulação, 20 mL de
(A) 128 (B) 240 (C) 480 solução aquosa de ácido clorídrico HCl de concentração
(D) 720 (E) 1200 igual 0,05M.

24. O elemento boro pode ser preparado pela redução do Admitindo-se que as impurezas do NaOH não reagiram
B2O3, segundo a equação abaixo. com nenhuma substância presente no meio reacional, o
B2O3 + Mg → B + MgO
grau de pureza, em porcentagem, de NaOH na amostra é
Partindo-se de 262,5 g do óxido de boro em excesso de
magnésio, obtiveram-se 33 g de B, o que significa que o (A) 10% (B) 25%
rendimento percentual (%) da reação foi mais próximo de: (C) 40% (D) 65%
(Dados: B= 11; O = 16 e Mg= 24) (E) 80%
(A) 30 (B) 35 (C) 40 (D) 45 (E) 50
29. O ferro metálico pode ser produzido a partir da reação
25. FEI O cobre é um metal encontrado na natureza em do Fe2O3 com CO de acordo com a seguinte equação
diferentes minerais. Sua obtenção pode ocorrer pela química não balanceada: (Fe=56u, O=16u e C=12u).
reação da calcosita (Cu2S) com a cuprita (Cu2O) x Fe2O3(s) + y CO(g) → w Fe(s) + z CO2(g)
representada a seguir: Considere a reação completa entre 1,60 g de Fe2O3 e 3,00
g de CO e assinale a alternativa correta.
Cu2S(s) + 2 Cu2O(s) → 6 Cu(s) + SO2(g) (A) O reagente limitante dessa reação é o monóxido de
carbono.
Numa reação com 60% de rendimento, a massa de cobre (B) A quantidade máxima de ferro metálico produzida
obtida a partir de 200g de calcosita com 20,5% de será de aproximadamente 1,12 g.
impureza e cuprita suficiente é: (C) Após a reação se completar, restará 0,58 g de
Dados: O = 16 u S = 32,0 u Cu = 63,5 u monóxido de carbono no meio reacional.
(A) 58,9 g (B) 98,2 g (C) 228,6 g (D) A quantidade máxima de dióxido de carbono
(D) 381,0 g (E) 405,0 g produzida será de aproximadamente 4,60 g.
(E) Se o rendimento for de 80%, serão produzidos
26. EsPCEx Em um reator foram dispostos 560 g de aproximadamente 2,50 g de ferro metálico.
monóxido de carbono e 355 g de cloro. Admitindo-se a
reação entre o monóxido de carbono e o cloro com 30. Considere a seguinte reação corretamente balanceada:
rendimento de 100% da reação e as limitações de (g/mol: Na= 23, Aℓ= 27, O= 16).
reagentes, a massa de fosgênio (COCℓ2) produzida é de 6 Na(ℓ) + Aℓ2O3(s)→ 2 Aℓ(ℓ) + 3 Na2O(s)
a) Determine o reagente limitante e o reagente em
(A) 228 g (B) 495 g (C) 654 g excesso dessa reação quando 5,52g de sódio reage
(D) 832 g (E) 928 g com 5,10 g de Al2O3.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 390
 CAPÍTULO VII

b) Qual é a massa de alumínio produzida? GABARITO

c) Qual é a massa do reagente em excesso que
permanecerá sem reagir no final do processo? 1. 34 L
2. 21
31. Todos os componentes da reação mencionada são
gases e foram medidos à mesma pressão e temperatura. 3. 68g
Na combustão total de 40 litros de substância C3H8, o
4. B
volume de ar usado, e o volume total de produtos obtidos
em litros, é igual a: 5. A
1 C3H8 + 5 O2 => 3 CO2 + 4 H2O
Observação - Considerar a composição volumétrica do ar:
80% de N2. 6. 165,33 kg
(A) 112 L e 152 L
(B) 1000 L e 280 L
(C) 200 L e 240 L 7.
(D) 40 L e 80 L
a) reagente limitante: O2
(E) 560 L e 600 L
b) massa de água formada: 45g
32. Certa massa de sódio (Na) reagiu com água (H 2O),
c) massa de H2 em excesso: 35g
produzindo NaOH e H2, o NaOH produzido reagiu com
ácido clorídrico (HCℓ) e forneceu a substância B. Quando
se tratou B com excesso de nitrato de prata (AgNO 3),
8. E
obteve-se um precipitado de AgCℓ que, depois de lavado
e seco, apresentou uma massa de 14,35 g. 9. 192,6g
10. C
Qual a massa de sódio usada? Considere 100% para cada
reação. 11. F – V – V – F
12. D
33. Uma amostra de 25g de carbonato de cálcio impuro
foi submetida à decomposição por aquecimento e 13.
verificou-se a produção de 4,8L de gás carbônico que foi a) Reagentes e produtos:
medido a 27°C e 1atm. O porcentual de carbonato de
cálcio presente na amostra é aproximadamente: 1aexp: 5 g de Hg, 0,8 g de S, 5,8 g de produto.
Dados: MM(CaCO3) = 100g/mol 2aexp: 10 g de Hg, 1,6 g de S, 11,6 g de produto.
R = 0,082 atm.L.mol-1.K-1
(A) 20% Existe conservação das massas, logo, a lei de Lavoisier é
(B) 60% obedecida. Observe:
(C) 80%
(D) 90% 1aexp → 5 g + 0,8 g = 5,8 g (produto)

34. Hematita é um minério de ferro constituído de Fe2O3 e 2aexp → 10 g + 1,6 g = 11,6 g (produto)
impurezas. Ao se misturar 4,0 g de uma amostra deste Como as massas são diretamente proporcionais,
minério com ácido clorídrico concentrado, obtêm-se 6,5 g
de cloreto de ferro III. concluímos que a lei de Proust é obedecida:
A porcentagem em massa de Fe2O3 no minério é igual a 5 g/10 g = 0,8 g/1,6 g = 5,8 g/11,6 g
(A) 80 %.
(B) 65 %. b) Pela proporcionalidade das massas, concluímos que o
(C) 70 %. produto é o HgS.
(D) 75 %.
(E) 85 %.
14. C
35. O ácido sulfúrico (H2SO4) pode ser obtido em
laboratório a partir do sulfito de sódio (Na 2SO3) e do 15. 92,58% de prata e 7,42% de cobre
ácido clorídrico (HCℓ). Essa reação produz NaCℓ, H2O e 16. B
dióxido de enxofre (SO2), o qual reage com água
oxigenada (H2O2), produzindo ácido sulfúrico. Partindo- 17. C
se de 74 gramas de HCℓ e 150 gramas de Na2SO3, a 18. C
quantidade máxima de H2SO4 (em gramas) produzida será
igual a 19. D
(A) 76 20. D
(B) 116
(C) 196 21. B
(D) 98 22. B
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 391
 CAPÍTULO VII

23. C
24. C

25. C
26.B
27.A
28.E
29. B
30. a) Al2O3(s) é o reagente em excesso e o Na é o
reagente limitante.
b) 2,16 g
c) 1,02 g

31. B
32. 2,3g
33.C
34. A
35. D

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 392


CAPÍTULO VIII – TERMOQUÍMICA
Introdução
A Termoquímica é o ramo da Química que tem como
preocupação central estudar as trocas de energia que
acontecem nos processos químicos. Aqui também
estudamos os fatores que influenciam a ocorrência ou não
de reações químicas.
Inicialmente precisamos definir alguns conceitos:
Sistema – Porção do Universo que temos particular
interesse em estudar;
Vizinhanças ou Ambiente – Região restante ao redor do
sistema.
Variação de entalpia (H)
Quando realizamos um processo sob pressão constante, a
quantidade de calor trocada entre o ambiente e o sistema
ganha uma nova nomenclatura – variação de entalpia. Ou
seja, temos:
H = QP
Numa definição mais formal podemos definir a entalpia
como o conteúdo de energia de uma substância que pode
ser liberada na forma de calor. A variação de entalpia em
uma reação química pode ser medida através da diferença
das entalpias de produtos e reagentes. Ou seja:
H = HProd – HReag
De acordo com o sinal dessa variação de entalpia
podemos classificar um determinado processo como
endotérmico ou exotérmico:
H > 0 – Processo Endotérmico
H < 0 – Processo Exotérmico
Alguns processos podem ser claramente classificados
como endotérmicos ou exotérmicos. Por exemplo, reações
de combustão são exotérmicas, ocorrendo com liberação
de calor.
As mudanças de estado físico também são facilmente
determináveis. Por exemplo a vaporização e a fusão são
transformações endotérmicas, enquanto a solidificação e a
liquefação são exemplos de transformações exotérmicas.
OBS: Também podemos calcular a entalpia utilizando a
seguinte expressão:
H = QP = nCPT
Fatores que influenciam a variação de entalpia
I) Quantidade de substância
A entalpia é uma propriedade extensiva do sistema, ou
seja, dependente da quantidade. Logo, quando
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VIII
multiplicamos uma determinada reação química por um
fator, o valor da entalpia também é multiplicado. Observe:
1 CH4(g) + 2O2(g) → 1CO2(g) + 2H2O(g) H = -890kJ/mol
2 CH4(g) + 4O2(g) → 2CO2(g) + 4H2O(g) H = -1780
kJ/mol
3 CH4(g) + 6O2(g) → 3CO2(g) + 6H2O(g) H = -2670
kJ/mol
II) Fase de Agregação
O estado físico dos componentes do sistema é
extremamente importante para a determinação de
entalpia. Por isso, TODA reação química escrita em
questões de Termoquímica deve ter o estado físico dos
reagentes e produtos explicitado. Comparando os estados,
temos que:
HGas>HLiq>HSol
III) Sentido do Processo
A inversão de um determinado processo provoca a
inversão automática do sinal da entalpia. Isso fica claro
quando lembramos que a mesma representa uma função
de estado. Sendo assim, temos por exemplo:
H2O(l) → H2O(g) H = +x kJ/mol
H2O(g) → H2O(l) H = -x kJ/mol
OBS: Apesar da transformação acima estar descrita como
uma reação, é importante lembrar que as mudanças de
estado são processos físicos e, sendo assim, não são
reações químicas.
IV) Forma Alotrópica
Formas alotrópicas diferentes possuem conteúdos
energéticos diferentes e a transformação entre elas
envolve variação de entalpia. Nos compostos alótropos
mais comuns, é necessário ressaltar que o carbono grafite,
o gás oxigênio e o enxofre ortorrômbico são as variedades
mais estáveis de cada um desses elementos.
Métodos de cálculo do calor de uma reação
A) Método do calor de formação
A entalpia de uma substancia não pode ser medida
diretamente. Para se realizar um estudo foi definida pelos
cientistas uma escala relativa que pudesse comparar
reações e processos distintos.
Para se definir a escala, foram definidas substâncias que
representassem o valor nulo (zero). Então, foi
determinado que as substâncias simples nas variedades
alotrópicas mais estáveis e no estado físico que se
encontram nas CATP receberiam valor nulo de entalpia.
Para chegar no método precisamos definir inicialmente
que reações de formação são aquelas reações em que 1
mol de um único produto é formado a partir de
substâncias simples no estado padrão.
393
 CAPÍTULO VIII

Exemplos: C) Método da energia de ligação

H2 (g) + O2 (g) ==> H2O( l ) ΔHf0= - 285,5 kJ/mol Inicialmente precisamos novamente definir energia de
6C(s, grafita) + 3H2(g) C6H6(l) ligação:

Para determinar o calor de qualquer reação a partir desse Energia de ligação: é a variação de entalpia na “quebra”
método, basta fazermos: de 1 mol de determinada ligação química (reação
endotérmica), supondo todas as substâncias no estado
gasoso. Para se formar uma ligação, libera-se energia,
H =  H Produtos − H Re agentes assim, para se calcular o H de uma reação, basta somar a
energia absorvida na quebra com a energia liberada na
Exemplo Aplicado formação de uma ligação química.

MACKENZIE-SP Cℓ2(g) → 2Cℓ (g) H = 58 Kcal

N2(g) →2N (g) H = 226 Kcal
CH4 (g) + H2O (v) → CO (g) + 3 H2 (g) HCℓ (aq) → H(g) + Cℓ(g) H = 103 Kcal
O gás hidrogênio pode ser obtido pela reação acima
equacionada. Dadas as entalpias de formação em kJ/mol, Exemplo Aplicado
CH4 = - 75, H2O = - 287 e CO = - 108, a entalpia da
reação a 25°C e 1 atm, é igual a: Calcule o H da reação: C2H4(g) + H2(g) → C2H6(g),
dadas as energias de ligação em kcal:
(A) + 254 kJ (B) – 127 kJ (C) – 470 kJ
(D) + 508 kJ (E) – 254 kJ C = C ... 146,8 kcal/mol
C – C ... 83,2 kcal/mol
B) Lei de Hess C – H ... 98,8 kcal/mol
H – H ... 104,2 kcal/mol
A Lei de Hess diz que se uma reação ocorre em várias
etapas, a sua entalpia é a soma das entalpias de cada Exercícios
etapa. Por exemplo, observe o caso abaixo:
1. A transformação representada por N2(g) → 2N(g) é:
1. 2A + B → C H1 (A) endotérmica, pois envolve ruptura de ligações
2. C + D → E H2 intramoleculares
3. 2A + B + D → E H3 (B) endotérmica, pois envolve ruptura de ligações
intermoleculares
H3 = H1 + H2 (C) endotérmica, pois envolve formação de ligações
intramoleculares
Como resolver um problema: (D) exotérmica, pois envolve ruptura de ligações
I) Somar convenientemente as equações com H intramoleculares
conhecidos. (E) exotérmica, pois envolve formação de ligações
Obs: Se necessário, uma etapa poderá ser invertida intermoleculares
e/oudividida ou multiplicada por 2, 3, 4 etc.
II) O resultado da soma das equações, deverá ser a 2. As denominações combustível "limpo" e combustível
equaçãocomH desconhecido. "verde" são empregadas em relação ao hidrogênio, pelo
fato de sua queima provocar baixo impacto ambiental.
III) Aplicar a Lei de Hess:Htotal= HETAPAS
Observe a reação química da combustão do hidrogênio,
representada abaixo:
Exemplo Aplicado

Com base nas reações 2H2(g) + O2(g) → 2H2O (v) ∆H= -116,24 kcal

I. 2Na(s) + H2(g) + 2 C(graf.) + 3 O2(g) → Utilizando os dados acima e supondo suficiente a

→2 NaHCO3(s) ΔH = -1901,6 kJ quantidade de oxigênio, é possível estabelecer o valor da
II. 2Na(s) + C(graf.) + 3/2 O2(g) → massa de hidrogênio que, ao ser queimado, produzirá
→Na2CO3(s) ΔH = -1130,7 kJ energia equivalente a 232,48 kcal. Esse valor, em gramas,
III. C(graf.) + O2(g) →CO2(g) ΔH = -393,5 kJ é igual a:
IV. H2(g) + 1/2 O2(g) →H2O(g) ΔH = -241,8 kJ Dado
Massa molar (g/mol): H2 = 2,0
Assinale a alternativa que apresenta a entalpia da reação (A) 2,0
de decomposição do bicarbonato de sódio: (B) 4,0
(C) 6,0
2 NaHCO3(s) → Na2CO3(s) + CO2(g) + H2O(g) (D) 8,0

(A) – 3667,6 kJ (B) – 11901,6 KJ (C) - 135,6 kJ

(D) + 135,6 kJ (E) + 3667,6 kJ
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 394
 CAPÍTULO VIII

3. EsPCEx São dadas as seguintes informações relativas
às reações que ocorrem à temperatura de 25ºC e à pressão
de 1 atm.
C3H4O3(s) + 5/2 O2(g) → 3 CO2(g) + 2 H2O(l)
∆H = –1158 kJ/mol
Pode-se então afirmar que, na formação do ácido pirúvico
a partir de 1 mol de glicose, há
(A) liberação de 492 kJ de energia.
(B) absorção de 492 kJ de energia.
(C) liberação de 1650 kJ de energia.
(D) absorção de 1650 kJ de energia.
(E) liberação de 5124 kJ de energia

6. ITA Assinale a opção ERRADA que apresenta (em

Com base nesses dados, é possível afirmar que, quando há kJ/mol) a entalpia padrão de formação (∆Hf) da
produção de somente 1(um) mol de óxido de ferro III, a substância a 25 °C.
partir de substâncias simples, ocorre (A) ∆Hf (H2(g)) = 0
(A) absorção de 1012,6 kJ (B) ∆Hf (F2(g)) = 0
(B) liberação de 1012,6 kJ (C) ∆Hf (N2(g)) = 0
(C) absorção de 824,2 kJ (D) ∆Hf (Br2(g)) = 0
(D) liberação de 824,2 kJ (E) ∆Hf (Cℓ2(g)) = 0
(E) liberação de 577,38 kJ.
7. Quando o óxido de magnésio está na presença de uma
4. UEPA O gráfico no painel abaixo se refere à reação de atmosfera de gás carbônico, este é convertido a carbonato
neutralização de um ácido forte por uma base forte de magnésio.
quepode ser, assim representada: São dadas as entalpias-padrão de formação:
Mg(s) + ½ O2(g) → MgO(s)
∆H = -602 kJ/mol
C(graf) + O2(g) → CO2(g)
∆H = -394 kJ/mol
Mg(s) + C(graf) + 3/2 O2(g) → MgCO3(s)
∆H = -1096 kJ/mol

A formação de um mol de carbonato de magnésio, a partir

I. A reação descrita no gráfico é exotérmica.
II. 13,7 Kcal é a quantidade de energia absorvida
pelosreagentes para produzir um mol de H2O
III. ∆H é negativo porque o conteúdo de calor da
águaformada é menor que o dos reagentes
IV. 13,7 Kcal/mol é o calor de neutralização do íon
H+
V. Para dois mols de água formada, 27,4 Kcal de
energia
são perdidos para a vizinhança.
do óxido de magnésio e gás carbônico, é uma reação
(A) endotérmica, com valor absoluto de entalpia de
100 kJ.
(B) exotérmica, com valor absoluto de entalpia de 100 kJ.
(C) endotérmica, com valor absoluto de entalpia de
888 kJ.
(D) exotérmica, com valor absoluto de entalpia de 888 kJ.
(E) endotérmica, com valor absoluto de entalpia de
1304 kJ.
8. PUCCAMP-SP São dadas as seguintes energias de
ligação:
Com os dados fornecidos é possível prever que a reação:

São verdadeiras as afirmações:

(A) I e II
(B) II e III
(C) II, III e IV
(D) I, II e V
(E) I, III e V

5. A respiração celular é um processo vital e ocorre por

meio de reações químicas. Um exemplo pode ser a 2HCℓ(g) + F2(g) → 2HF(g) + Cℓ2(g)
conversão da glicose em ácido pirúvico por meio da
reação: Tenha H, em kJ, da ordem de
(A) – 584,9, sendo endotérmica.
C6H12O6(S) + O2(g) → 2 C3H4O3(s) + 2 H2O(l) (B) – 352,3, sendo exotérmica
glicose ácido pirúvico (C) – 220,9, sendo endotérmica
Considere as reações a 25 ºC e 1atm: (D) + 220,9, sendo exotérmica.
C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O(l) (E) + 352,3, sendo endotérmica.
∆H = -2808 kJ/mol

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 395


9. Determine a entalpia de combustão do metanol
líquido, a
25°C e 1atm, em kJ/mol, sendo dados:
10. ITA Considere os valores das seguintes variações de
entalpia (ΔH) para as reações químicas representadas
pelas equações I e II, onde (graf) significa grafite.
I. C(graf) + O2(g) → CO2(g); ΔH(298 K;
1 atm) = – 393 kJ
II. CO(g) + 1/2 O2(g) → CO2(g); ΔH(298 K;
1 atm) = – 283 kJ
Com base nestas informações e considerando que todos
ΔH se referem à temperatura e pressão citadas acima,
assinale a opção CORRETA:
(A) C(graf) + 1/2O2(g) → CO(g); ΔH = + 110 kJ
(B) 2C(graf) + O2(g) → 2CO(g); ΔH = – 110 kJ
(C) 2C(graf) + 1/2O2(g) → C(graf) + CO(g); ΔH =
+ 110 kJ
(D) 2C(graf) + 2 O2(g) → 2CO(g) + O2(g); ΔH =
+ 220 kJ
(E) C(graf) + O2(g) → CO(g) + 1/2O2(g); ΔH = – 110 kJ
11. UNICAMP A variação de entalpia de uma reação na
fase gasosa, ∆Hr, pode ser obtida indiretamente por duas
maneiras distintas:
1) pelas diferenças entre as entalpias de formação, ∆Hf,
dos produtos e dos reagentes;
2) pela diferença entre as entalpias de ligação, ∆Hℓ, das
ligações rompidas e das ligações formadas.
Considerando a reação e as tabelas a seguir:
a) Determine o valor de ∆Hr.
b) Calcule a entalpia de formação para o H3CCℓ(g).
12. Dadas as equações termoquímicas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VIII
a entalpia de formação da água pode ser obtida pela lei de
Hess e é igual a
(A) + 3.218 kJ (B) + 480 kJ
(C) + 322 kJ (D) – 480 kJ
(E) – 3.218 kJ
13. EsPCEx O metanol é um combustível que pode ser
obtido através da fermentação do caldo da cana-de-açúcar
ou da reação controlada do oxigênio do ar com o gás
metano.
Dados:
Com base nos dados, pode-se concluir que a variação de
entalpia (em kJ/mol), na formação do metanol a partir do
metano, é
(A) – 405,87 (B) – 164,05 (C) – 149,21
(D) + 149,21 (E) + 164,05
14. EsPCEx O diborano ( B2H6) é um hidreto de boro
altamente reativo, considerado um possível combustível
de foguetes em programas espaciais. O cálculo da energia
envolvida na síntese de um mol de diborano pode ser feito
utilizando-se a Lei de Hess e conhecendo-se as reações
ecalores envolvidos nas reações, conforme as equações
abaixo:
A respeito das reações e do calor envolvido no processo
de síntese, é correto afirmar que
(A) a reação II é exotérmica, e o H = -3550 kJ
(B) as três reações são exotérmicas, e o H= -520 kJ
(C) a reação II é endotérmica, e o H= -36 kJ
(D) a reação II é exotérmica, e o H= +3550 kJ
(E) as três reações são exotérmicas, e o H= +36 kJ
15. EsPCEx Em condições adequadas, a água vaporiza-
se, passando do estado líquido para vapor.
Considerando o processo de vaporização da água, nas
condições fornecidas:
A quantidade de calor necessária para provocar a
vaporização de 900 mL de água líquida nesse processo é:
Dados:
Densidade da água = 1,0 g/mL
Massas atômicas: H = 1 u; O = 16 u
(A) 3000 kJ (B) 1500 kJ
(C) 2200 kJ (D) 2000 kJ
(E) 1800 kJ
396
 CAPÍTULO VIII

16. O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores, variações de entalpia de formação e de combustão a
expelindo uma solução quente. Quando ameaçado, em seu 298,15 K e 1 bar, respectivamente.
organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de (A) - 3.568,3 (B) - 2.186,9
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que (C) + 2.186,9 (D) + 125,4
promovem uma reação exotérmica, representada por: (E) + 114,0

enzimas 19. UFRJ A figura a seguir apresenta a variação da

C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) ⎯⎯⎯⎯→ C6H4O2(aq) + entalpia ao longo do caminho de uma reação.
2H2O(ℓ)

O calor envolvido nessa transformação pode ser

calculado, considerando-se os processos:

C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g)

∆H0 = + 177 KJ  moℓ-1
1
H2O(ℓ) + 2 O2(g) → H2O2(aq)
∆H0 = +95 KJ  moℓ-1
1
H2O(ℓ) → 2 O2(g) + H2(g)
∆H0 = +286 KJ  moℓ-1

Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no Determine o valor da entalpia desta reação, classificando-
organismo do besouro é a como endotérmica ou exotérmica.
(A) -558 kJ.moℓ-1
(B) -204 kJ.moℓ-1 20. FUVEST Uma das reações que ocorrem na obtenção
(C) +177 kJ.moℓ-1 de ferro a partir da hematita é:
(D) +558 kJ.moℓ-1
(E) +585 kJ.moℓ-1 Fe2O3(s) + 3CO (g) → 3CO2 (g) + 2Fe (s)
17. FUVEST As reações, em fase gasosa, representadas O calor liberado por esta reação é cerca de 29kJ por mol
pelas equações I, II e III, liberam, respectivamente, as de hematita consumida. Supondo que a reação se inicie à
quantidades de calor Q1 J, Q2 J e Q3 J, sendo Q3> Q2> Q1. temperatura ambiente (25°C) e que todo esse calor seja
absorvido pelo ferro formado (o qual não chega a fundir),
5 a temperatura alcançada por este é da ordem de
I) 2NH3 + 2 O2 → 2NO + 3H2O ∆H1 = - Q1J
Calor requerido para elevar de 1°C a temperatura de um
7 mol de ferro = 25J/(mol°C)
II) 2NH3 + 2 O2 → 2NO2 + 3H2O ∆H2 = - Q2J (A) 1 × 102°C (B) 2 × 102°C
III) 2NH3 + 4O2 → N2O5 + 3H2O ∆H3 = - Q3J
2°
(C) 6 × 10 C (D) 1 × 103°C
3°
(E) 6 × 10 C
Assim sendo, a reação representada por
21. EsPCEx O propan-2-ol (álcool isopropílico), cuja
1 fórmula é C3H8O, é vendido comercialmente como álcool
de massagem ou de limpeza de telas e de monitores.
IV) N2O5 → 2NO2 + 2 O2 ∆H4 será: Considerando uma reação de combustão completa com
(A) exotérmica, com ∆H4 = (Q3 - Q1)J. rendimento de 100% e os dados de entalpias padrão de
(B) endotérmica, com ∆H4 = (Q2 - Q1)J. formação (∆Hf0) das espécies participantes desse processo
(C) exotérmica, com ∆H4 = (Q2 - Q3)J. e da densidade do álcool, a quantidade de energia liberada
(D) endotérmica, com ∆H4 = (Q3 - Q2)J. na combustão completa de 10,0 L desse álcool será de:
(E) exotérmica, com ∆H4 = (Q1 - Q2)J.

18. ITA Assinale a opção que indica a variação

CORRETA de entalpia, em kJ/mol, da reação química a
298,15 K e 1 bar, representada pela seguinte equação:

C4H10(g) → C4H8(g) + H2(g). (A) 974783 kJ.

(B) 747752 kJ.
Dados eventualmente necessários: (C) 578536 kJ.
∆Hf0 (C4H8(g)) = - 11,4; ∆Hf0 (CO2(g)) = - 393,5; (D) 469247 kJ.
∆Hf0 (H2O(ℓ)) = - 285,8 e ∆Hc0 (C4H10(g)) = - 2.877,6, (E) 258310 kJ
em que ∆Hf0 e ∆Hc0, em kJ/mol, representam as

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 397

 CAPÍTULO VIII

22. EsPCEx O texto a seguir serve como base para a 24. Substâncias com calor de dissolução endotérmico são
questão. empregadas na fabricação de balas e chicletes, por
O fosgênio é um gás extremamente venenoso, tendo sido causarem sensação de frescor. Um exemplo é o xilitol,
usado em combates durante a Primeira Guerra Mundial que possui as seguintes propriedades:
como agente químico de guerra. É assim chamado porque
foi primeiro preparado pela ação da luz do sol em uma
mistura dos gases monóxido de carbono (CO) e cloro
(Cℓ2), conforme a equação balanceada da reação descrita
a seguir:

CO(g) + Cℓ2(g) → COCℓ2(g).

Considerando os dados termoquímicos empíricos de

energia de ligação das espécies, a entalpia da reação de Considere M a massa de xilitol necessária para a
síntese do fosgênio é formação de 8,04 g de solução aquosa saturada de xilitol,
a 25ºC. A energia, em quilocalorias, absorvida na
dissolução de M corresponde a:
(A) 0,02 (B) 0,11
(C) 0,27 (D) 0,48

25. Observe o gráfico abaixo.

(A) + 552 kJ
(B) –78 kJ
(C) –300 kJ
(D) +100 kJ
(E) –141 kJ

23. EsPCEx Uma das aplicações da trinitroglicerina, cuja

fórmula é C3H5N3O9 é a confecção de explosivos. Sua
decomposição enérgica gera como produtos os gases
nitrogênio, dióxido de carbono e oxigênio, além de água,
conforme mostra a equação da reação a seguir: I. O gráfico corresponde a um processo endotérmico.
II. A entalpia da reação é igual a + 226 kcal.
III. A energia de ativação da reação é igual a 560 kcal.

Está(ão) correta(s):
Além de explosivo, a trinitroglicerina também é utilizada (A) I apenas (B) II apenas
como princípio ativo de medicamentos no tratamento de (C) II e III apenas (D) I e III apenas
angina, uma doença que acomete o coração. (E) I, II e III
Medicamentos usados no tratamento da angina usam uma
dose padrão de 0,6 mg detrinitroglicerina na formulação. 26. Em relação ao gráfico de energia em função do
Considerando os dados termoquímicos da reação a 25 C caminho de uma reação química hipotética, assinale a
e 1 atm e supondo que essa massa de trinitroglicerina sofra alternativa correta. (Eat é a energia de ativação da reação)
uma reação de decomposição completa, a energia liberada
seria aproximadamente de

Dados:
C = 12 u; H = 1 u; N = 14 u; O = 16 u.
Hº f (H 2 O) = −286 kJ mol;
Hº f (CO2 ) = −394 kJ mol;
Hº f (C3H5 N3O9 ) = −353, 6 kJ mol.
(A) 4,1 J.
(B) 789, 2 J. (A) (1) 13,0 kJ x mol-1; (2) reagentes; (3) Eat; (4)
(C) 1.432,3 J. produtos; (5) 12 kJ x mol-1 de calor absorvido.
(D) 5,3 kJ. (B) (1) reagentes; (2) Eat; (3) estado ativado; (4)
produtos; (5) 12 kJ x mol-1 de calor liberado.
(E) 362, 7 kJ. (C) (1) reagentes; (2) Eat; (3) estado ativado; (4) 12 kJ x
mol-1 de calor liberado; (5) produtos.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 398

 CAPÍTULO VIII

(D) (1) produtos; (2) Eat; (3) reagentes; (4) estado massa molar do gás em questão é 60g.mol-1 e o calor
ativado; (5) 12 kJ x mol-1 de calor absorvido. específico da água é 4kJ.kg-1°C-1, pode-se calcular que a
(E) (1) reagentes; (2) Eat; (3) estado ativado; (4) entalpia de combustão completa, por mol de butano, é, da
produtos; (5) 12 kJ x mol-1 de calor absorvido. ordem de,

27. As entalpias-padrão de formação de substâncias (A) 1000 KJ.mol-1

participantes na combustão do sulfeto de hidrogênio são (B) 2000 KJ.mol-1
fornecidas adiante. (C) 3000 KJ.mol-1
(D) 4000 KJ.mol-1
(E) 6000 KJ.mol-1

GABARITO

1. A
2. D
3. D
4. E
5. A
O valor da entalpia-padrão de combustão do sulfeto de 6. D
hidrogênio em kJ × mol-1 é igual a: 7. B
8. B
(A) - 562 (B) - 602 (C) - 1124 (D) – 1204 9. H = –726 kJ/mol
10. E
28. Os valores de energia de ligação entre alguns átomos 11. a) ∆Hr = - 206 kJ b) ∆Hf = - 189 kJ
são fornecidos no quadro abaixo. 12. D
13. B
14. E
15. C
16. B
17. D
18. E
19. -200 kJ/mol de produto – Exotérmica
20. C
21. E
22. B
23. A
24. B
Considerando a reação representada por 25. E
CH4(g) + 2 O2(g) => CO2(g) + 2 H2O(v) 26. B
o valor aproximado de ÐH, em kJ, é de 27. A
(A) -820 (B) -360 (C) +106 28. A
(D) +360 (E) +820 29. B
30. C
29. Na tabela, são dados os valores de entalpia de
combustão do benzeno, carbono e hidrogênio.

A entalpia de formação do benzeno, em kJ/mol, a partir

de seus elementos, é

(A) + 2588. (B) + 46. (C) –46.

(D) –618. (E) –2588.

30. A combustão completa de 120g de gás butano (C4H10)

libera energia térmica suficiente para elevar, de 10°C a
40°C, a temperatura de 50kg de água. Admitindo que a
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 399
 CAPÍTULO VIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 400

 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX- CINÉTICA QUÍMICA b) colisões devidamente orientadas (colisões

Introdução
A Cinética Química estuda a velocidade com a qual
as reações acontecem e os fatores que são capazes de
realizar influência sobre ela. A medida mais comum de
velocidade dentro das reações químicas é a variação de
concentração ou variação de quantidade de mols de uma
espécie em um intervalo de tempo definido. Observe:
Para uma reação A → B temos que a velocidade de
cada composto participante é:
efetivas); e
c) moléculas adquiram energia suficiente para a
reação ocorrer, ou seja, que atinjam a chamada Energia de
Ativação.
Definindo melhor, temos que a Energia de Ativação
(EAt) é a mínima energia necessária para que o complexo
ativado seja formado e para que a reação efetivamente
ocorra. O complexo ativado é um ponto intermediário na
reação, situado entre os reagentes e produtos no qual
ainda existem ligações presentes nos reagentes (que estão
em processo de quebra) e já aparecem as ligações que vão
formar os produtos (que estão em processo de formação)
e no qual a energia é máxima. Observe a seguinte reação:

n n −n A2 + B2 → 2AB
v = → v = final inicial
t t
Num momento inicial, no qual temos apenas os
Toda reação química envolve o consumo de reagentes, as moléculas estão com as ligações abaixo:
reagentes e a formação dos produtos. Sendo assim, a
velocidade calculada para um reagente é negativa,
enquanto para um determinado produto ela é positiva.
Isso também pode ser interpretado quando pensamos
no módulo da velocidade. Nesse caso, o reagente tem a O complexo ativado da reação é:
chamada velocidade de consumo, enquanto o produto tem
velocidade de formação. Imagine a situação descrita na
tabela abaixo:

Reação: A → 2B

Número Início Fim

de mols (t = 0s) (t = 1s)
Até que num momento final teríamos apenas o
A 5 mols 3 mols produto da reação química:
B 0 mols 4 mols

Para o reagente A:
v A=
n n −n 3−5
→ v A = final inicial → vA = →
t t 1− 0
vA = -2 mol/s ou velocidade de consumo de A = 2
mol/s.
A energia de ativação seria então a energia necessária
Para o produto B: para que o complexo ativado seja atingido partindo dos
reagentes, ou seja, a energia entre o patamar dos reagentes
v B= e o máximo de energia da reação e está representada no
n n −n 4−0 gráfico abaixo (EA):
→ v B = final inicial → vB = →
t t 1− 0
vB = 4 mol/s ou velocidade de formação de B = 4
mol/s.

Teoria das Colisões

A Teoria das Colisões é utilizada para descrever

como e quando uma determinada reação química ocorre.
De acordo com ela, para que uma reação aconteça é
necessário:

a) a ocorrência de colisões entre as moléculas

participantes;

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 401


Fatores de Influência
a) Natureza dos reagentes
Para que as reações químicas aconteçam sempre é
necessário que os reagentes possuam algum tipo de
afinidade que permita a quebra das ligações previamente
existentes e a formação de novas ligações relativas aos
produtos da reação.
Sendo assim, quanto maior for a afinidade entre as
espécies mais rapidamente ocorrerá a reação.
b) Temperatura
A temperatura de qualquer sistema pode ser definida
como o grau de agitação das moléculas presentes no
mesmo. A elevação da temperatura produz aumento tanto
na quantidade de colisões entre as partículas reagentes,
quanto na energia cinética das partículas, aumentando a
freqüência e as chances de choques produtivos,
implicando aumento da velocidade da reação.
Uma observação importante é que a velocidade da
reação sempre aumenta com o aumento da temperatura
(diretamente proporcionais), independente se estamos
tratando uma reação endotérmica ou uma reação
exotérmica.
c) Concentração dos Reagentes
O aumento na concentração dos reagentes provoca
um aumento na quantidade de choques e na freqüência
dos mesmos, ou seja, é responsável por acelerar a reação.
d) Estado Físico dos Reagentes
O estado físico dos reagentes também é um fator
influente na velocidade de uma reação. Em fase gasosa e
em fase líquida as reações são bem mais rápidas do que
em fase sólida, por haver maior contato entre os
reagentes, com aumento da freqüência de colisões. Por
sua vez, em fase sólida a reação será tanto mais rápida
quanto maior for a superfície de contato disponível.
e) Superfície de contato
Quanto maior for a superfície de contato, maior será
a quantidade de choques efetivos realizados num dado
intervalo de tempo, ou seja, maior será a velocidade da
reação. Sendo assim, por exemplo, quando reagimos um
sólido pulverizado ao invés de uma placa do mesmo
sólido, a superfície de contato é maior e
conseqüentemente a velocidade da reação aumenta.
f) Catalisador
Catalisador de uma reação é uma substância que tem
as seguintes propriedades:
- Não é consumido na reação global
- Altera a velocidade da reação
- Não influencia o equilíbrio da reação
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
O catalisador geralmente provoca alteração no
mecanismo da reação, e, sendo assim, o aumento da
velocidade da reação é provocado pela redução da energia
de ativação. Além disso, determinados compostos podem
funcionar como inibidores, reduzindo a velocidade da
reação a partir do aumento da energia de ativação.
Observe o gráfico:
No gráfico acima, a reação normal é representada na
curva de energia de ativação EA. A inserção de um
catalisador aumenta essa velocidade através da
diminuição da energia de ativação que passa a ser Ea1,
enquanto que a inserção de um inibidor provocaria a
redução da velocidade da reação através do aumento da
energia de ativação que passa a ser Ea2.
Ex:
2 H2O2 → 2 H2O + O2 (g) ; velocidade = v
MnO2 (s)
2 H2O2 2 H2O + O2 (g) ; velocidade = v1
ace tan ilida
2 H2O2 2 H2O + O2 (g) ; velocidade = v2
Como v1> v >v2 , temos que o dióxido de manganês
é um catalisadore a acetanilida é um inibidor para a
decomposição da “água oxigenada” (peróxido de
hidrogênio).
Observações
(1) O conceito de catalisador está diretamente
relacionado com a reação específica. Nenhuma substância
pode ser chamada isoladamente de catalisador, já que ela
só é catalisadora de uma determinada reação e precisa da
mesma para ser assim classificada.
(2) Promotor de catálise é uma substância que
melhora o desempenho do catalisador. Veneno catalítico é
uma substância que prejudica o desempenho do
catalisador.
(3) A catálise pode ser classificada em homogênea
(quando o catalisador e o meio reacional formam uma só
fase) ou heterogênea (quando o catalisador e o meio
reacional estão em fases diferentes).
Lei de Velocidade de uma Reação
A Lei de Velocidade de uma reação química pode ser
descrita como a equação matemática na qual estão
expressas as influências de cada reagente na velocidade
da reação além da constante de proporcionalidade que a
402

representa. Uma forma genérica de representá-la pode ser
definida como se segue abaixo:
aA +bB + ... → PRODUTOS
V = k [A]x[B]y..; onde k representa a constante
de proporcionalidade e [X] a concentração de um
determinado reagente X.
Os expoentes relativos a cada uma das concentrações não
são necessariamente iguais aos coeficientes da reação e
sua determinação deve ser feita experimentalmente ou a
partir de informações precisas sobre o mecanismo através
do qual se processa.
Em algumas situações de reações apenas gasosas, a
concentração pode ser substituída pela pressão parcial do
reagente, já que as mesmas são diretamente
proporcionais. O cuidado a ser tomado é com a unidade
utilizada, pois as unidades de pressão são bem variadas.
Ordem de uma reação
A ordem de uma reação com relação a um determinado
reagente (ordem parcial) é o expoente ao qual sua
concentração fica elevada na lei de velocidade. Já a ordem
global ou total de uma reação é a soma dos expoentes de
todos os compostos que aparecem nessa lei de velocidade.
Quando sabemos, por exemplo, que a ordem parcial
relativa a um determinado reagente é 1, isso significa que
em caso de sua concentração ser dobrada, sendo mantidas
as quantidades dos demais reagentes, teremos a
velocidade também duplicada. Já para o caso de ordem
parcial 2, quando a concentração do reagente é dobrada, a
velocidade acaba sendo quadruplicada. Por exemplo, se
temos uma reação na qual a lei de velocidade é:
V = k [A]1[B]2
Ordem parcial do reagente A: 1
Ordem parcial do reagente B: 2
Ordem global da reação: 1 + 2 = 3
Uma das formas mais comuns de se calcular essas ordens
é utilizando uma séria de experimentos e associando os
resultados obtidos.
Reação Elementar
Podemos definir uma reação elementar como aquela que
se processa em uma única etapa. Para reações desse tipo,
podemos afirmar diretamente que os coeficientes da
reação são iguais aos expoentes de cada um dos reagentes
na lei de velocidade.
A quantidade de moléculas que se chocam (levando em
consideração os coeficientes) é denominada
molecularidade da reação.
Observe o caso abaixo:
Etapa 1: Unimolecular: O3(g) → O2(g) + O(g)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
Etapa 2: Bimolecular: O3(g) + O(g) → 2O2(g)
Reação Global: 2O3(g) → 3O2(g)
Cada uma das etapas do processo é uma reação elementar
e a reação global do processo nada mais é do que a soma
dessas etapas.
OBS: Como regra geral, quanto maior for o número de
reagentes, mais difícil de ocorrer é a reação, pois mais
choques efetivos precisam acontecer para a reação
efetivamente ser concluída.
Reações de Múltiplas Etapas
A grande maioria das reações químicas se processa em
mais de uma etapa. Sendo assim, para analisar a
velocidade das reações precisamos compreender aquelas
etapas que influenciam significativamente na mesma. Um
dos aspectos mais importantes é que os produtos de uma
reação nunca podem ser produzidos com uma velocidade
maior do que a velocidade da etapa mais lenta. Se uma
etapa em uma reação do mecanismo é mais lenta do que
as demais, podemos afirmar que a mesma é a etapa
determinante da velocidade. Observe o seguinte
mecanismo:
Etapa Elementar 1 (Lenta – k1): A + B → X + M
Etapa Elementar 2 (Rápida – k2): M + A → Y
Reação Global: 2A + B → X + Y
No mecanismo acima, a etapa 1 é a determinante, pois é a
mais lenta do mecanismo. Logo, a lei de velocidade é a
definida pela etapa elementar 1, ou seja:
V1 = k1[A][B]
Exercícios
1. FUVEST NaHSO4 + CH3COONa → CH3COOH +
Na2SO4
A reação representada pela equação acima é realizada
segundo dois procedimentos:
I. Triturando reagentes sólidos.
II. Misturando soluções aquosas concentradas dos
reagentes.
Utilizando mesma quantidade de NaHSO4 e mesma
quantidade de CH3COONa nesses procedimentos, à
mesma temperatura, a formação do ácido acético:
(A) é mais rápida em II porque em solução a freqüência
de colisões entre os reagentes é maior.
(B) é mais rápida em I porque no estado sólido a
concentração dos reagentes é maior.
(C) ocorre em I e II com igual velocidade porque os
reagentes são os mesmos.
(D) é mais rápida em I porque o ácido acético é liberado
na forma de vapor.
(E) é mais rápida em II porque o ácido acético se
dissolve na água.
403

2. ITA Considere as seguintes afirmações relativas a
reações químicas ocorrendo sob as mesmas temperatura e
pressão e mantidas constantes.
I. Uma reação química realizada com a adição de um
catalisador é denominada heterogênea se existir
uma superfície de contato visível entre os
reagentes e o catalisador.
II. A ordem de qualquer reação química em relação à
concentração do catalisador é igual a zero.
III. A constante de equilíbrio de uma reação química
realizada com a adição de um catalisador tem valor
numérico maior do que o da reação não catalisada.
IV. A lei de velocidade de uma reação química
realizada com a adição de um catalisador, mantidas
constantes as concentrações dos demais reagentes,
é igual àquela da mesma reação não catalisada.
V. Um dos produtos de uma reação química pode ser
o catalisador desta mesma reação.
Das afirmações feitas, estão CORRETAS
(A) apenas I e III. (B) apenas I e V.
(C) apenas I, II e IV. (D) apenas II, IV e V.
(E) apenas III, IV e V.
3. UFJF Considere o diagrama de energia da reação de
decomposição do H2O2 representado.
Assinale a alternativa INCORRETA:
(A) A reação de decomposição do H2O2 é exotérmica.
(B) A curva "A" apresenta maior energia de ativação que
a curva "B".
(C) A presença de um catalisador afeta o ΔH da reação.
(D) A curva "B" representa a reação com a presença de
um catalisador.
(E) A letra "Z" representa o ΔH da reação de
decomposição do H2O2
4. ITA Considere a reação química representada pela
seguinte equação:
Num determinado instante de tempo t da reação, verifica-
se que o oxigênio está sendo consumido a uma velocidade
de 2,4x10-2 mol. L-1. s-1. Nesse tempo t, a velocidade de
consumo de NO2 será de:
(A) 6,0 x 10-3mol.L-1.s-1
(B) 1,2 x 10-2mol.L-1.s-1
(C) 2,4 x 10-2mol.L-1.s-1
(D) 4,8 x 10-2mol.L-1.s-1
(E) 9,6 x 10-2mol.L-1.s-1
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
5. UNIRIO
Em cada um dos recipientes A, B, C e D foi colocada a
mesma massa, em gramas, de pérolas de zinco e o mesmo
volume de ácido clorídrico de igual concentração, nas
temperaturas indicadas na figura anterior. Após um tempo
t, observou-se, em cada recipiente, desprendimento de gás
e calor. Com base nos dados apresentados, a única opção
que podemos considerar verdadeira é:
(A) não há aumento de energia cinética e,
conseqüentemente, não haverá maior número de
choques efetivos entre as moléculas reagentes.
(B) há liberação de cloro gasoso na reação, em virtude do
aumento da temperatura.
(C) a intensidade da reação será a mesma nos recipientes
A, B, C e D, pois o volume de ácido clorídrico é
também o mesmo.
(D) a temperatura não interfere na velocidade da reação,
sendo a taxa de desaparecimento do zinco
proporcional ao volume do ácido.
(E) a taxa de desaparecimento do zinco nos recipientes
será A<B<C<D.
6. FUVEST Ao abastecer um automóvel com gasolina, é
possível sentir o odor do combustível a certa distância da
bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos
componentes da gasolina, que são percebidas pelo olfato.
Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de
oxigênio, não há combustão nesse caso. Três explicações
diferentes foram propostas para isso:
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do
oxigênio estão em equilíbrio químico e, por isso,
não reagem.
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos
componentes da gasolina e as do oxigênio não têm
energia suficiente para iniciar a combustão.
III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do
oxigênio encontram-se tão separadas que não há
colisão entre elas.
Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe
em
(A) I. (B) II. (C) III.
(D) I e II. (E) II e III.
7. UERJ O gráfico a seguir refere-se às curvas de
distribuição de energia cinética entre um mesmo número
de partículas, para quatro valores diferentes de
temperatura T1, T2, T3 e T4, sendo T1< T2< T3< T4. Note
que as áreas sob cada uma das curvas são idênticas, uma
vez que são proporcionais aos números de partículas.
404

(Adaptado de GEPEQ. "Interações e Transformações II". São
Paulo: EDUSP, 1998.)
As transformações químicas serão tanto mais rápidas
quanto maior for o número de colisões possíveis.Mas isso
depende não só do valor do número de colisões, mas
também do valor mínimo da energia, chamado energia de
limiar ou de ativação (por exemplo, a energia E indicada
no gráfico).
Assim, com relação ao gráfico apresentado, a
transformação química torna-se mais rápida na seguinte
temperatura:
(A) T1 (B) T2 (C) T3 (D) T4
8. UERJA amônia é empregada como matéria-prima na
fabricação de fertilizantes nitrogenados. É obtida
industrialmente por síntese total, como mostra a reação:
N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)
O quadro a seguir mostra a variação do número de mols
de nitrogênio durante essa reação.
Considere rendimento de 100% no processo e condições
normais de temperatura e pressão.Assim, a velocidade
média da reação em L/min, no intervalo de 2 a 10
minutos, em função do consumo de H2, equivale a:
(A) 22,4 (B) 44,8 (C) 67,2 (D) 89,6
9. Reações químicas ocorrem, geralmente, como resultado
de colisões entre partículas reagentes. Toda reação requer
um certo mínimo de energia, denominada energia de
ativação. Os gráficos a seguir representam diferentes
reações químicas, sendo R = reagente e P = produto.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
Aquele que representa um processo químico exotérmico
de maior energia de ativação é o de número:
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4
10. Certa reação química é representada pela equação:
2A(g) + 2B(g) → C(g), onde A , B e C significam as
espécies químicas que são colocadas para reagir.
Verificou-se experimentalmente, numa certa temperatura,
que a velocidade desta reação quadruplica com
duplicação da concentração da espécie A, mas não
depende das concentrações das espécies B e C. Assinale a
opção que contém, respectivamente, a expressão correta
da velocidade e o valor correto da ordem da reação.
(A) v = k[A]2[B]2 e 4.
(B) v = k[A]2[ B ]2 e 3.
(C) v = k[A]2[B]2 e 2.
(D) v = k[A]2 e 4.
(E) v = k[A]2 e 2.
11. A equação: 2 A + B = PRODUTOS representa uma
determinada reação química que ocorre no estado gasoso.
A lei de velocidade para esta reação depende da
concentração de cada um dos reagentes, e a ordem parcial
desta reação em relação a cada um dos reagentes é igual
aos respectivos coeficientes estequiométricos. Seja v1 a
velocidade da reação quando a pressão parcial de A e B é
igual a pA e pB, respectivamente, e v2 a velocidade da
reação quando essas pressões parciais são triplicadas.
A opção que fornece o valor CORRETO da razão v2/v1
é:
(A) 1. (B) 3. (C) 9. (D) 27. (E) 8
12. FUVEST Para a transformação representada por
2NO(g) + 2H2(g) → N2(g) + 2H2O(g),
a velocidade da reação, em função da pressão de
hidrogênio P(H2), para duas diferentes pressões de óxido
nítrico P(NO), à temperatura de 826 °C, está indicada no
gráfico a seguir:
Examinando o gráfico, pode-se concluir que as ordens da
reação, em relação ao óxido nítrico e em relação ao
hidrogênio, são, respectivamente,
(A) 1 e 1 (B) 1 e 2 (C) 2 e 1
(D) 2 e 2 (E) 3 e 1
405
 CAPÍTULO IX

15. EsPCEx Considere o gráfico abaixo da equação

13. UFF Considere a reação: representada pela equação química:

M(g) + N(g) → O(g) N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)

Observa-se, experimentalmente, que, dobrando-se a

concentração de N, a velocidade de formação de O
quadruplica e, dobrando-se a concentração de M, a
velocidade da reação não é afetada.
A equação da velocidade v desta reação é:
(A) v = K [M]2 (B) v = K [N]2
(C) v = K [M] (D) v = K [M].[N]
(E) v = K [M].[N]2

14. UERJ A fim de aumentar a velocidade de formação

do butanoato de etila, um dos componentes do aroma de
abacaxi, emprega-se como catalisador o ácido sulfúrico.
Observe a equação química desse processo:

Relativo ao gráfico envolvendo essa reação e suas

informações são feitas as seguintes afirmações:

I. O valor de energia envolvida por um mol de NH 3 é

22 kcal.
As curvas de produção de butanoato de etila para as II. O valor da energia de ativação dessa reação é 80 kcal.
reações realizadas com e sem a utilização do ácido III. O processo que envolve a reação
sulfúrico como catalisador estão apresentadas no seguinte N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g) é endotérmica.
gráfico:
Das afirmações feitas, está(ão) correta(s)
(A) (A) apenas III (B) apenas II e III
(C) apenas I e II (D) apenas II
(E) todas.

16. Considere a equação balanceada:

4NH3(g) + 5O2(g) → 4 NO(g) + 6H2O(g)

(B) Admita a concentração em mol por litro do NO em função

do tempo em segundos, conforme os dados, da tabela
abaixo:

(C) A velocidade média, em função do NO e a velocidade

média da reação acima representada no intervalo de 6 a 9
minutos são, respectivamente, em mol/L.min:
(A) 2 . 10–2 e 5 . 10–3
(B) 5 . 10–2 e 2 . 10–2
(C) 3 . 10–2 e 2 . 10–2
(D) 2 . 10–2 e 2 . 10–3
(E) 2 . 10–3 e 8 . 10–2
(D)
17. Considere a sequencia de reações associadas ao
processo de oxidação do dióxido de enxofre.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 406


A alternativa que apresenta corretamente o catalisador e a
expressão da lei de velocidade para a reação global é:
(A) catalisador NO e v=k·[SO2]2 ·[O2]
(B) catalisador NO2 e v=k·[SO2]2 ·[O2]
(C) catalisador NO2 e v=k·[SO2]·[NO2]
(D) catalisador NO e v=k·[SO2]·[NO2]
(E) catalisador O2 e v=k·[SO2]·[NO2]
18. EsPCEx A tabela abaixo indica valores das
velocidades da reação (v) em três experimentos e as
correspondentes concentrações em mol/L dos reagentes X
e Y em idênticas condições.
O processo químico representado pela equação abaixo, na
qual a, b e c representam seus coeficientes
aX + bY → cZ.
A equação de velocidade desse processo é:
(A) v = k[X]2[Y]
(B) v = k[X]
(C) v = k[Y]
(D) v = k[X][Y]2
(E) v = k[X][Y]
19. ITA Considere uma reação química representada pela
equação Reagentes → Produtos. A figura abaixo mostra
esquematicamente como varia a energia potencial (Ep)
desse sistema reagente em função do avanço da reação
química. As letras a, b, c, d e e representam diferenças de
energia.
Ep
d (E) somente II e III.
e
b
Reagentes
c apresenta a afirmativa INCORRETA:
a
Produtos
Avanço da reação
Com base nas informações apresentadas na figura, é
CORRETO afirmar que:
(A) A energia de ativação da reação direta é a diferença
de energia entre dada por c – a + d.
(B) A variação de entalpia da reação é a diferença de
energia dada por e – d.
(C) A energia de ativação direta é a diferença de energia
dada por b + d.
(D) A variação de entalpia da reação é a diferença de
energia dada por e – (a + b) .
(E) A variação de entalpia da reação é a diferença de
energia dada por e.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
20. Suponhamos que a equação
A + 2B → Produtos; v = k [A]2[B]
represente a etapa determinante da velocidade numa
seqüência de reações, a respeito das quais são feitas as
afirmativas:
I. a reação é de 1ª ordem em relação a B;
II. a reação é de 2ª ordem em relação a A;
III. a reação global é de 3ª ordem.
É (são) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s):
(A) somente I
(B) somente II
(C) somente III
(D) somente I e II
(E) todas
21. A baixa temperatura, a equação de velocidade para a
reação representada por:
CO(g) + NO2(g) → CO2(g) + NO(g)
é v = k [NO2]2.
Com base nessa informação, considere as afirmativas:
I. Aumentando-se a concentração molar de CO, a
velocidade aumenta, mantidas todas as outras
condições inalteradas;
II. A reação é de 2ª ordem;
III. Duplicando-se a concentração molar de NO2, a
velocidade da reação quadruplica.
São VERDADEIRAS as afirmativas:
(A) somente I
(B) somente II
(C) somente III
(D) somente I e II
22. Sabendo que a velocidade da reação de decomposição
do pentóxido de nitrogênio, N2O5, aumenta duas vezes
quando sua concentração é duplicada, assinale o item que
2 N2O5(g) →4NO2 (g) + O2 (g)
(A) A reação de decomposição do pentóxido de
nitrogênio é uma reação cuja cinética é de segunda
ordem.
(B) A equação de velocidade que rege a decomposição
do dióxido de nitrogênio é igual a v = k[N2O5], onde
v é a velocidade da reação, e k é a constante de
velocidade.
(C) Se o uso de um catalisador acarretasse o aumento da
velocidade da reação, isso seria conseqüência da
diminuição da energia de ativação da reação.
(D) Se a velocidade da reação é 3 x 10−2 mol s−1 quando a
concentração de N2O5 é 0,1 mol/litro, a constante de
velocidade da reação é igual a 0.3 s−1.
(E) Após a reação de decomposição do N2O5 em um
balão de volume fixo, a pressão do sistema é maior
do que a pressão inicial.
407

23. Considere a reação de 1,0 g zinco com solução 4,0
mol/L de HCl em excesso, estando o metal nas seguintes
condições:
I. 1 cubo de 1,0 g
II. 1 esfera de 1,0 g
III. 1000 cubos de 1,0 mg
IV. 1000 esferas de 1,0 mg.
Assinale a alternativa onde as velocidades de reação (vI,
vII ,vIII , vIV) estão colocadas em ordem decrescente:
(A) vI>vIII>vII>vIV (B) vIII>vIV>vI>vII
(C) vIV>vIII>vII>vI (D) vII>vI>vIII>vIV
(E) vIV>vII>vIII>vI.
24. Seja a decomposição de água oxigenada:
2H2O2 -=> 2H2O + O2.
Em dois minutos, observa-se uma perda de 3,4g de água
oxigenada. Qual a velocidade média dessa reação em
relação ao gás oxigênio em mol/min?
25. IME A decomposição do aldeído acético ocorre
segundo a reação:
CH3CHO(g) → CH4(g) + CO(g)
A velocidade inicial da reação foi medida na mesma
temperatura para duas concentrações do aldeído,
fornecendo os resultados abaixo:
[CH3CHO] (mol / l) Velocidade da reação (mol/l.s)
0,10 0,020
0,20 0,081
Determine a constante de velocidade e a ordem dessa
reação.
26. UERJA reação química entre o gás hidrogênio e o
monóxido de nitrogênio, representada a seguir, foi
analisada em duas séries de experimentos.
Na primeira série, a velocidade de reação foi medida em
função da concentração de hidrogênio, mantendo-se a
concentração de monóxido de nitrogênio constante em
1 mol.L–1. Na segunda série, determinou-se a velocidade
em função da concentração de monóxido de nitrogênio,
mantendo-se a concentração de hidrogênio constante em
1 mol.L–1. Os resultados dos experimentos estão
apresentados nos gráficos.
Determine a ordem de reação de cada um dos reagentes e
calcule o valor da constante cinética.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
27. UERJA reação expressa pela equação xX + yY→ zZ
+ wW foi realizada em diversas experiências nas quais se
manteve constante a temperatura. As Velocidades de
reação foram medidas, variando-se a concentração molar
de um dos reagentes e mantendo-se a de outro constante.
Os resultados obtidos estão representados no gráfico
abaixo:
Em função dos dados apresentados, determine a ordem da
reação dos reagentes X e Y, respectivamente
28. ENEM Alguns fatores podem alterar a rapidez das
reações químicas. A seguir destacam-se três exemplos no
contexto da preparação e da conservação de alimentos:
1. A maioria dos produtos alimentícios se conserva por
muito mais tempo quando submetidos à refrigeração. Esse
procedimento diminui a rapidez das reações que
contribuem para a degradação de certos alimentos.
2. Um procedimento muito comum utilizado em práticas
de culinária é o corte dos alimentos para acelerar o seu
cozimento, caso não se tenha uma panela de pressão.
3. Na preparação de iogurtes, adicionam-se ao leite
bactérias produtoras de enzimas que aceleram as reações
envolvendo açúcares e proteínas lácteas.
Com base no texto, quais são os fatores que influenciam a
rapidez das transformações químicas relacionadas aos
exemplos 1, 2 e 3, respectivamente?
(A) Temperatura, superfície de contato e concentração.
(B) Concentração, superfície de contato e catalisadores.
(C) Temperatura, superfície de contato e catalisadores.
(D) Superfície de contato, temperatura e concentração.
(E) Temperatura, concentração e catalisadores.
29. EsPCEx “Uma amostra de açúcar exposta ao
oxigênio do ar pode demorar muito tempo para reagir.
Entretanto, em nosso organismo, o açúcar é consumido
em poucos segundos quando entra em contato com o
oxigênio. Tal fato se deve à presença de enzimas que
agem sobre as moléculas do açúcar, criando estruturas
que reagem mais facilmente com o oxigênio...”.
Adaptado de Usberco e Salvador, Química, vol 2, FTD, SP, pág
377, 2009.
Baseado no texto acima, a alternativa que justifica
corretamente a ação química dessas enzimas é:
408
 CAPÍTULO IX

(A) As enzimas atuam como inibidoras da reação, por
ocasionarem a diminuição da energia de ativação do
processo e, consequentemente, acelerarem a reação
entre o açúcar e o oxigênio.
(B) As enzimas atuam como inibidoras da reação, por
ocasionarem o aumento da energia de ativação do
processo e, consequentemente, acelerarem a reação
entre o açúcar e o oxigênio.
(C) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por
ocasionarem o aumento da energia de ativação do
processo, fornecendo mais energia para o realização
da reação entre o açúcar e o oxigênio.
(D) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por
ocasionarem a diminuição da energia de ativação do
processo, provendo rotas alternativas de reação
menos energéticas, acelerando a reação entre o
açúcar e o oxigênio.
(E) As enzimas atuam como catalisadores da reação, por
ocasionarem a diminuição da energia de ativação do
processo ao inibirem a ação oxidante do oxigênio,
desacelerando a reação entre o açúcar e o oxigênio.
Qual das alternativas abaixo contém a expressão da
velocidade para essa reação genérica?
(A) v = k.[A]2.[B]1
(B) v = k.[A]1.[B]2
(D) v = k.[A]1.[B]1
(D) v = k.[B]2
32. A água oxigenada é uma substância oxidante que, em
meio ácido, permite a obtenção de iodo, a partir de
iodetos existentes nas águas-mães das salinas, como
mostra a reação escrita abaixo:
H2O2 + 2 H3O+ + 2I- → 4 H2O + I2
Quando se faz um estudo cinético dessa reação em
solução aquosa e se examina, separadamente, a influência
da concentração de cada reagente, na velocidade da
reação (v), obtém-se os gráficos seguintes:

30. EsPCEx A água oxigenada ou solução aquosa de

peróxido de hidrogênio ( H2O2 ) é uma espécie bastante
utilizada no dia a dia na desinfecção de lentes de contato e
ferimentos. A sua decomposição produz oxigênio gasoso
e pode ser acelerada por alguns fatores como o
incremento da temperatura e a adição de catalisadores.
Um estudo experimental da cinética da reação de
decomposição da água oxigenada foi realizado alterando-
se fatores como a temperatura e o emprego de
catalisadores, seguindo as condições experimentais
listadas na tabela a seguir:

Tempo de (A) v = k.[H2O2].[I-]

Duração da (B) v = k.[H3O+]
Condição Temperatura
Reação no Catalisador
Experimental
Experimento
(°C) (C) v = k.[H2O2].[H3O+]
(t) (D) v = k.[H3O+].[I-]
1 t1 60 ausente
33. Quando o ar de uma cidade está muito poluído, várias
2 t2 75 ausente reações químicas podem ocorrer na atmosfera do local.
3 t3 90 presente Uma delas é a reação entre o dióxido de nitrogênio e o
t4 ozônio, que forma trióxido de nitrogênio e gás oxigênio,
4 90 ausente
como na equação a seguir:
NO2(g) + O3(g) → NO3(g) + O2(g)
Analisando os dados fornecidos, assinale a alternativa Utilizando os dados a seguir para a equação fornecida,
correta que indica a ordem crescente dos tempos de determine a expressão da velocidade e o valor da
duração dos experimentos. constante da velocidade desse processo:
(A) t1  t 2  t 3  t 4 (B) t 3  t 4  t 2  t1
(C) t 3  t 2  t1  t 4 (D) t 4  t 2  t 3  t1
(E) t1  t 3  t 4  t 2

31. Certa reação química genérica, representada pela

equação abaixo:
A+4B→X+Y (A) v = k · [NO2] e 2,2. 107
(B) v = k · [O3] e 4,4. 107
É formada após a ocorrência de três etapas, as quais estão (C) v = k · [NO2] [O3] e 1,5. 107
representadas a seguir: (D) v = k · [NO2] [O3] e 2,0. 107
Reação I: A + 2 B → C + D (etapa lenta) (E) v = k · [NO2] + [O3] e 2,2. 107
Reação II: C + B → X
Reação III: D + B → Y (etapa rápida)

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 409

 CAPÍTULO IX

34. Observe a equação química que representa a produção GABARITO

do açúcar invertido:
1. A 2. B 3. C 4. E 5. E

6. B 7. D 8. C 9. C 10. E
Em um processo de fabricação de açúcar invertido, a
velocidade da reação foi medida em função da 11. D 12. C 13. B 14. B 15. D
concentração de sacarose, uma vez que a concentração de
água não afeta essa velocidade. O gráfico abaixo indica os 16. A 17.C 18. D 19. A 20. E
resultados obtidos:
21. E 22. A 23. B 24. 0,025

25. K = 2 L/mol.s - Ordem = 2

26.

Ordens: 1 e 2

K = 3 L2.mol–2.min–1
Determine a constante cinética dessa reação.
35. Considere a seguinte reação química hipotética: 27. –
A(g) + 2 B(g) → AB2(g)
28. C 29. D 30. B 31. B
Com os dados obtidos, construiu-se o seguinte gráfico,
em que foi medida a velocidade inicial da reação, 32. A 33. C 34. 5.10-6 h-1 35. D
variando-se as concentrações de A e B.

Determine a lei da velocidade dessa reação genérica:

(A) v = k . [A]2 . [B]3

(B) v = k . [A]2 . [B]2
(C) v = k . [A]2 . [B]
(D) v = k . [A] . [B]
(E) v = k . [A]

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 410


CAPÚTULO X - EQUILÍBRIO QUÍMICO –
INTRODUÇÃO
Equilíbrio químico é a parte da físico-química que estuda
asreações reversíveis e as condições para o
estabelecimentodestaatividadeequilibrada.Qualquer
sistema em equilíbrio representa um estado dinâmico no
qual dois ou mais processos estão ocorrendo ao mesmo
tempo e namesma velocidade.
Podemos construir vários tipos de gráficos, colocando
naordenada a velocidade da reação direta (V 1) e indireta
(V2), asconcentrações de reagentes ou produtos ou ambos,
em função dotempo:
Lei da Ação das Massas (1864)
O conceito que descreve o equilíbrio químico em termos
quantitativos foi propostopelos noruegueses Cato
Guldberg e Peter Waage em 1864. Eles observaram que a
concentração
molar dos reagentes e produtos em uma reação química
em equilíbrio sempre obedecia a umacerta relação,
característica para cada tipo de reação e dependente
apenas da temperatura, a qualeles denominaram de
constante de equilíbrio.
Para um equilíbrio químico na forma de:
aA + bB ↔ cC + dD
o quociente da reação:
[C ]C [ D] d
KC =
[ A] a [ B]b
avaliado através das concentrações molares em equilíbrio
(simbolizadas por [ ] ) dos reagentes eprodutos, é igual a
uma constante, Kc, a qual tem um valor específico para
uma dada reaçãoquímica e temperatura (o subscrito c
indica que a constante de equilíbrio é definida em termos
deconcentração).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO X
Observe o gráfico representativo desse equilíbrio:
A constante de equilíbrio também pode ser expressa por
meio das pressões parciais para o caso de uma reação
gasosa. Observe:
Regras para escrever as constantes de equilíbrio:
1) As concentrações ou atividades dos produtos são
sempre colocadas no numerador;
2) As concentrações ou atividades dos reagentes são
sempre colocadas nodenominador;
3) As pressões parciais ou concentrações são elevadas às
potências dos coeficientesestequiométricos da reação
balanceada;
4) Elimine os sólidos ou líquidos puros e qualquer
solvente da expressão.
Exemplos:
a) 2NO2(g) ↔ 2NO(g) + O2(g)
b) CaCO3(s) ↔ CaO(s) + CO2(g)
c) NH4HS (s) ↔ NH3(g) + H2S(g)
O valor da constante de equilíbrio indica a extensão com
que a reação químicafavorece os reagentes ou os produtos
no equilíbrio químico.
OBS: Se uma reação puder ser expressa como a soma de
duas ou mais reações, a constante de equilíbrio para o
processo global é dada peloproduto das constantes de
equilíbrio das reações individuais.
Princípio de Le Chatelier
Ao estudar o andamento das reações, Le Chatelier
percebeu que era possível prever o sentido do
deslocamento dos equilíbrios químicos, criando a
afirmativa que hoje é conhecida como “Lei de Le
Chatelier”, que possui o seguinte enunciado: “Quando um
fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, ele se
desloca com o objetivo de anular a ação esse fator, e
procura atingir um novo estado de equilíbrio.”.
411

As principais variáveis que podem alterar ou não seguem
analisadas abaixo:
I) Concentração
O aumento do valor da concentração de um componente
do sistema, é seguida do consumo desse componente, até
se atingir um novo estado de equilíbrio. Já a diminuição
do valor da concentração de um componente do sistema é
seguida do consumo dos componentes do lado oposto do
mesmo até se atingir um novo estado de equilíbrio.
II) Temperatura
O aumento de temperatura desloca o equilíbrio no sentido
endotérmico da reação, já que mais calor pode ser
absorvido. O oposto acontece quando ocorre um
resfriamento que permite que mais calor seja liberado
favorecendo o sentido exotérmico da reação.
III) Pressão e Volume
A reduçãodo volume de um gás, com consequente
aumento do número de partículas por unidade de volume
(e, assim, aumento da pressão do sistema pois pressão e
volume são inversamente proporcionais), é seguida
dodeslocamento da reação no sentido em que diminui o
número de partículas, ou seja, sentido do menor número
de mols, tendendo a diminuir a pressão do sistema. O
contrário é visto quando se diminui a pressão e, logo, se
aumenta o volume do gás.
IV) Catalisador
O catalisador apenas acelera a velocidade a que decorre a
reação química, não afetando o equilíbrio químico,
rendimento ou constante de equilíbrio. Um catalisador
pode assim ser útil numa reação química, afetada pelos
fatores anteriormente mencionados, pois permite que o
equilíbrio seja atingido mais rapidamente, e que o
rendimento seja o mesmo mas num menor espaço de
tempo aumentando assim a produtividade da reação.
V) Adição de gás inerte
A adição de um gás inerte apesar de aumentar a pressão
total do sistema não provoca nenhuma alteração no
equilíbrio, já que as pressões parciais não ficam alteradas.
Quadro de Equilíbrio
Exemplos de aula:
1. A 440ºC, a constante de equilíbrio para a reação
H2(g) + I2(g) ↔2HI(g)
é 49,5. Se 0,200 mols de H2 e 0,200 mols de I2 são
colocados em um reator de 10,0 L, e postos para reagir a
esta temperatura, qual será a concentração de cada
substância no equilíbrio?
Gabarito: 0,0044 M, 0,0044 M e 0,0312M
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO X
2. O gás castanho NO2 e o gás incolor N2O4 existem em
equilíbrio, como indicado pela equação:
2NO2(g) ↔ N2O4(g)
Em uma experiência, 0,625 mols de N2O4 foram
introduzidos em um reator de 5,0L e deixou-se atingir o
equilíbrio com NO2. A concentração de equilíbrio do
N2O4 foi 0,075M. Qual o Kc da reação?
Gabarito: 7,51 mol-1
Exercícios
1. FUVEST Um recipiente fechado de 1 litro contendo
inicialmente, à temperatura ambiente, 1 mol de I 2 e 1 mol
de H2 é aquecido a 300°C. Com isto estabelece-se o
equilíbrio
H2(g) + I2(g) → 2HI(g)
cuja constante é igual a 1,0 × 102. Qual a concentração,
em mol/L, de cada uma das espécies H2(g), I2(g) e HI(g),
nessas condições?
(A) 0, 0, 2
(B) 1, 1, 10
(C) 1/6, 1/6, 5/3
(D) 1/6, 1/6, 5/6
(E) 1/11, 1/11, 10/11
2. FUVEST Na síntese da amônia, pelo processo Haber,
podem ser empregadas pressão de 200 atm e temperatura
de 750K. O gráfico a seguir mostra a porcentagem, em
volume, Q, de conversão dos reagentes (N2 e H2) em
produto, no equilíbrio, em função da pressão P (em atm) a
750 K. Utilizando 2,0x105L de N2 e 6,0x105L de H2, qual
a massa aproximada de amônia, em kg, que pode ser
obtida no equilíbrio, nas condições especificadas acima?
* Os volumes são medidos a 200atm e 750K. Nessas
condições o volume molar de um gás é igual a 0,30L.
* A massa molar da amônia é igual a 17g/mol.
(A) 1,6 x 103
(B) 3,2 x 103
(C) 6,0 x 103
(D) 9,0 x 103
(E) 18 x 103
3. ITA Dentro de um forno, mantido numa temperatura
constante, temos um recipiente contendo 0,50mols de
Ag(s), 0,20mols de Ag2O(s) e oxigênio gasoso exercendo
uma pressão de 0,20 atm. As três substâncias estão em
412

equilíbrio químico. Caso a quantidade de Ag 2O(s) dentro
do recipiente, na mesma temperatura, fosse 0,40mols, a
pressão, em atm, do oxigênio no equilíbrio seria:
(A) 0,10 (B) 0,20 (C) 0,40
(D) 0,20 (E) 0,80
4. CESGRANRIO Assinale, entre as opções abaixo, a
razão Kp/Kc relativas à reação:
2NaHCO3 (s) → Na2CO3 (s) + CO2 (g) +H2O(g):
(A) 1 (B) 2 (C) RT (D) (RT)2 (E) (RT)3
5. ITA Carbamato de amônio sólido NH2COONH4
decompõe-se em amônia e dióxido de carbono, ambos
gasosos. Considere que uma amostra de carbamato de
amônio sólido esteja em equilíbrio químico com CO 2(g) e
NH3(g) na temperatura de 50 ºC, em recipiente fechado e
volume constante. Assinale a opção CORRETA que
apresenta a constante de equilíbrio em função da pressão
total P, no interior do sistema.
(A) 3P (B) 2P2 (C) P3
2 3
(D) 2/9 P (E) 4/27 P
6. FUVEST No sistema em equilíbrio
2NO(g) + O2(g) ⎯⎯⎯ → 2NO2(g) ∆H = - 27 kcal
⎯
a quantidade de NO2 aumenta com a
(A) adição de um catalisador.
(B) diminuição da concentração de O2.
(C) diminuição da temperatura.
(D) diminuição da pressão.
(E) introdução de um gás inerte.
7. ITA As opções a seguir se referem a equilíbrios
químicos que foram estabelecidos dentro de cilindros
providos de êmbolo. Se o volume interno em cada
cilindro for reduzido à metade, a temperatura
permanecendo constante, em qual das opções a seguir o
ponto de equilíbrio será alterado?
(A) H2(g) + l2(g) ↔ 2HI(g)
(B) CaCO3(s) ↔ CaO(s) + CO2(g)
(C) PbS(s) + O2(g) ↔Pb(s) + SO2(g)
(D) CH4(g) + 2O2(g) ↔ CO2(g) + 2H2O(g)
(E) Fe2O3(s) + 3CO(g) ↔ 2Fe(s) + 3CO2(g)
8. ITA A síntese de metanol a partir de gás de água é
representada por:
CO(g) + 2H2(g) ⇌ CH3OH(g); H< O
Com base no princípio de Le Chatelier é possível prever
como se pode aumentar a quantidade de metanol, partindo
de certa quantidade de monóxido de carbono. A alteração
que NÃO contribuiria para esse aumento é:
(A) Aumento da quantidade de hidrogênio a volume
constante.
(B) Aumento da pressão pela introdução de argônio a
volume constante.
(C) Diminuição da temperatura pelo resfriamento do
sistema.
(D) Aumento da pressão pela redução do volume.
(E) Condensação do metanol à medidaque ele se forma.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO X
9. IME Dada a reação química abaixo, que ocorre na
ausência de catalisadores,
H2O(g) + C(s) + 31,4 kcal ↔ CO(g) + H2(g)
pode-se afirmar que:
(A) o denominador da expressão da constante de
equilíbrio é[H2O].[C].
(B) se for adicionado mais monóxido de carbono ao
meioreacional, o equilíbrio se desloca para a direita.
(C) o aumento da temperatura da reação favorece a
formação dosprodutos.
(D) se fossem adicionados catalisadores, o equilíbrio iria
sealterar tendo em vista uma maior formação de
produtos.
(E) o valor da constante de equilíbrio é independente
datemperatura.
10. UEL Uma forma de identificar a presença de íons
Cu2+ em solução aquosa, mesmo em baixas
concentrações, é acrescentar amônia. Forma-se um íon
complexo que confere à solução uma cor azul intensa.
Dessa forma, quando amônia é acrescentada em um
sistema químico no qual ocorre o equilíbrio de
solubilidade:
Cu2+(aq) + 2 OH-(aq) ↔ Cu(OH)2(s)
o mesmo
(A) mantém-se inalterado, mas a solução sobrenadante
torna-se ácida.
(B) mantém-se inalterado, mas a solução sobrenadante
fica mais básica.
(C) sofre perturbação e estabelece-se outro estado de
equilíbrio no qual a quantidade de precipitado é
maior.
(D) sofre perturbação e estabelece-se outro estado de
equilíbrio no qual a quantidade de precipitado é
menor ou inexistente.
(E) sofre perturbação e estabelece-se outro estado de
equilíbrio no qual a concentração de íons OH(aq) é
menor ou inexistente.
11. Um sistema químico, a certa temperatura, contém
osgases NO2, NO e O2 em equilíbrio, de acordo com a
equação abaixo:
2NO2(g) ↔ 2NO(g) + O2(g)
Analisando o sistema e considerando uma reação
endotérmica, podemos afirmar que:
I. Se aumentarmos a temperatura do sistema, as
concentrações de NO e O2 aumentarão.
II. Se aumentarmos a pressão sobre o sistema, a
concentração de NO2 diminuirá.
III. Se aumentarmos a pressão sobre o sistema, a
constante de equilíbrio aumentará.
(A) Somente a afirmativa II está correta.
(B) Somente as alternativas I e II estão corretas.
(C) Somente a afirmativa I está correta.
(D) Todas as afirmativas estão corretas.
(E) Todas as afirmativas estão erradas.
413
 CAPÍTULO X

12. ESPCEX Considere a seguinte reação química em (B) aumentando-se a temperatura, o equilíbrio é
equilíbrio num sistema fechado a uma deslocado no sentido dos produtos.
temperaturaconstante: (C) aumentando-se a concentração dos reagentes, o
equilíbrio é deslocado no sentido dos mesmos.
(D) adicionando-se catalisador, o equilíbrio é deslocado
no sentido dos produtos.
A respeito dessa reação, são feitas as seguintes (E) aumentando-se a concentração dos produtos, o
afirmações: equilíbrio é deslocado no sentido dos reagentes

I. a reação direta trata-se de um processo exotérmico;
II. o denominador da expressão da constante de
equilíbrio em termos de concentração molar (Kc) é
igual a [H2O]·[C];
III. se for adicionado mais monóxido de carbono
(CO(g)) ao meio reacional, o equilíbrio será
deslocado para a esquerda, no sentido dos
reagentes;
IV. o aumento na pressão total sobre esse sistema não
provoca deslocamento de equilíbrio.
15. UEL As concentrações de N2(g), H2(g) e NH3(g) no
equilíbrio são 1, 72 mol L−1, 1,51 mol L−1 e 0, 67 mol L−1,
respectivamente.
Com base nos conhecimentos sobre equilíbrio químico,
considere as afirmativas a seguir.
Dado: A constante de equilíbrio (Kc) da reação à
temperatura de 25 ºC e pressão de 1,0 atm é igual a 5 ×
108.

Das afirmações feitas, utilizando os dados acima, está(ão) I. A constante de equilíbrio da reação, nas condições
correta(s): dadas pelo enunciado, é 0,08.
(A) Todas. (B) apenas I e II. (C) apenas II e IV. II. Um aumento na pressão do sistema faz com que as
(D) apenas III. (E) apenas IV. moléculas dos gases se aproximem.
III. A elevação da pressão aumenta a quantidade relativa
13. O gráfico a seguir mostra como varia a constante de de amônia no equilíbrio.
equilíbrio (Kc) em função da temperatura para a reação de IV. À temperatura de 25 ºC e pressão de 1,0 atm, a
síntese da amônia. posição de equilíbrio favorece a decomposição da
amônia.

Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(B) Somente as afirmativas II e III são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
(E) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

16. No equilíbrio 2HI(g) ↔ H2(g) + I2(g), encontramos as

A respeito dessa transformação química, as seguintes
afirmações foram feitas:
I. a diminuição da temperatura aumenta o rendimento
da reação;
II. a elevação da temperatura diminui a velocidade da
reação;
III. a reação de síntese da amônia é exotérmica;
IV. a elevação da temperatura favorece o consumo de
N2 e H2.
seguintes concentrações: 10mol/L de H2 e 0,01mol/L de
I2. Qual a concentração em mol/L do HI, sabendo que, nas
condições de experiência, Kc vale 10-3.
17. Em determinado processo industrial, ocorre uma
transformação química, que pode ser representada pela
equação genérica:
xA(g) + yB(g) ↔zC(g)
em que x, y e z são, respectivamente, os coeficientes
estequiométricos das substâncias A, B e C.

Dessas afirmações, são corretas apenas:

(A) I e II. (B) I e III. (C) III e IV.
(D) II e III. (E) II e IV

14. UFG "quando um fator externo age sobre um sistema

em equilíbrio, ele se desloca, procurando minimizar a
ação do fator aplicado". H. L. Le Chatelier, 1888
De acordo com esse princípio, em uma reação exotérmica,
em que os reagentes estão no estado sólido e os produtos
no estado gasoso,
(A) aumentando-se a pressão, o equilíbrio é deslocado no
sentido dos produtos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 414
 CAPÍTULO X

O gráfico representa a porcentagem, em mols, de C na Calcule a constante de equilíbrio para esta reação,
mistura, sob várias condições de pressão e temperatura. sabendo que as concentrações dos reagentes e produto, no
Com base nesses dados, pode-se afirmar que essa reação é equilíbrio, foram medidas como sendo:
(A) exotérmica, sendo x + y = z
(B) endotérmica, sendo x + y < z [N2] = 0,15 mol/L;
(C) exotérmica, sendo x + y > z [H2] = 1,00 mol/L;
(D) endotérmica, sendo x + y = z [NH3] = 0,50 mol/L.
(E) endotérmica, sendo x + y > z
22. Considere o seguinte equilíbrio em fase gasosa:
18. UFAL Na expressão da constante de equilíbrio da
reação H2(g) + Br2(g) → 2HBr(g) estão presentes as N2(g) + O2(g) ⇄ 2NO(g).
concentrações em mol/L das três substâncias envolvidas.
Isto porque a reação: Em determinadas condições de temperatura e pressão, foi
(A) envolve substâncias simples, como reagentes; verificado que, depois de essas substâncias terem atingido
(B) envolve moléculas diatômicas; o equilíbrio, as pressões parciais de gás nitrogênio, gás
(C) envolve moléculas covalentes; oxigênio e monóxido de nitrogênio eram,
(D) se processa em meio homogêneo; respectivamente, 1 atm, 2 atm e 3 atm. Com base nessas
(E) se processa sem alteração de pressão, a volume informações, o valor do Kp é:
constante. (A) 5,5 (B) 4,5
(C) 3,5 (D) 2,5
19. EsPCEx Os corais fixam-se sobre uma base de (E) 1,5
(CaCO3 ),
carbonato de cálcio produzido por eles
23. Sabendo-se que Kp = Kc (RT)∆n, podemos afirmar que
mesmos. O carbonato de cálcio em contato com a água do
Kp = Kc, para:
mar e com o gás carbônico dissolvido pode estabelecer o
(A) CO2(g) + H2(g) ⇄ CO(g) + H2O(g)
seguinte equilíbrio químico para a formação do
(B) H2(g) + ½O2(g) ⇄ H2O(ℓ)
hidrogenocarbonato de cálcio:
(C) N2(g) + 3H2(g) ⇄ 2NH3(g)
(D) NO(g) + ½ O2(g) ⇄ NO2(g)
CaCO3(s) + CO2(g) + H2O( ) Ca(HCO3 )2(aq)
(E) 4FeS(s) + 7O2(g) ⇄ 2Fe2O3(s) + 4SO2(g)

Considerando um sistema fechado onde ocorre o 24. São colocados 8,0 mol/L de amônia num recipiente
equilíbrio químico da reação mostrada acima, assinale a fechado. Acima de 450°C, estabelece-se, após algum
alternativa correta. tempo, o equilíbrio:
(A) Um aumento na concentração de carbonato causará
um deslocamento do equilíbrio no sentido inverso da 2NH3(g) ⇄ 3H2(g) + N2(g)
reação, no sentido dos reagentes.
(B) A diminuição da concentração do gás carbônico não Sabendo que a variação do número de mol/L dos
causará o deslocamento do equilíbrio químico da participantes está registrada no gráfico:
reação.
(C) Um aumento na concentração do gás carbônico
causará um deslocamento do equilíbrio no sentido
direto da reação, o de formação do produto.
(D) Um aumento na concentração de carbonato causará,
simultaneamente, um deslocamento do equilíbrio nos
dois sentidos da reação.
(E) Um aumento na concentração do gás carbônico
causará um deslocamento do equilíbrio no sentido
inverso da reação, no sentido dos reagentes.

20. ITA Um mol de hidrogênio é misturado com um mol

de iodo num recipiente de um litro a 500°C, onde se
estabelece o equilíbrio H2(g) + I2(g) → 2 HI(g). Se o valor
da constante de equilíbrio (Kc) for 49, a concentração de Podemos afirmar que, nestas condições, a constante de
HI no equilíbrio em mol/litro valerá: equilíbrio, Kc, é igual a:
(A) 1/9 (B) 14/9 (C) 2/9 (A) 27,0 (B) 5,40
(D) 7/9 (D) 11/9 (C) 2,16 (D) 1,08
(E) 0,52
21. O processo de Haber para a síntese da amônia foi um
grande avanço em relação à fixação de nitrogênio 25. Em um recipiente fechado de 4 L de capacidade,
atmosférico. A reação que ocorre é: encontram-se 7,2 g de H2O, 8 g de H2 e 6,4 g de O2 em
equilíbrio e a 727oC. Qual dos valores propostos a seguir
N2(g) + 3H2(g) ⇌ 2NH3(g) condiz com o valor da constante do equilíbrio em termos

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 415

 CAPÍTULO X

de pressão (Kp) desse sistema? Dados: Massas molares: K. O gráfico representa a variação da constante de
H2O = 18g/mol; H2 = 2g/mol e O2 = 32g/mol. equilíbrio (escala logarítmica) em função da temperatura,
R=0.08 para a reação de formação do NO, dada por
1/2 N2(g) + 1/2 O2 (g)  NO(g)

(A) 2,5 atm-1

(B) 0,00025 atm-1
(C) 0,25 atm-1
(D) 0,025 atm-1
(E) 0,0025 atm-1

26. A aplicação do princípio de Le Chatelier possibilita o

controle da direção e da extensão de uma determinada
reação química. Um exemplo típico é o equilíbrio entre as
formas cor de rosa e azul dos íons cobalto.
Considere as seguintes afirmações:

I. Um catalisador adequado deslocará o equilíbrio da

reação no sentido da conversão do NO em N2 e O2.
II. O aumento da pressão favorece a formação do NO.
Assinale a alternativa que apresenta uma ação sobre o III. A 2400 K há maior quantidade de NO do que a
sistema, que favorece a formação da solução de cor azul. 1200 K.
(A) Diminuição da concentração de Cℓ–. IV. A reação de formação do NO é endotérmica.
(B) Diminuição da temperatura.
(C) Diluição da solução. São corretas as afirmações contidas somente em
(D) Aumento da concentração de água. (A) I, II e III.
(E) Adição de cloreto de sódio aquoso.
(B) II, III e IV.
27. (C) I e III.
Em uma das etapas da fabricação do ácido sulfúrico (D) II e IV.
ocorre a reação (E) III e IV.
SO2(g) + 1/2 O2(g) SO3(g)
Sabendo-se que as constantes de equilíbrio da reação 30. Considere as equações indicadas por 1 e 2 cujas
diminuem com o aumento da temperatura, e que o constantes de equilíbrio são, respectivamente, K1 e K2.
processo de fabricação do ácido sulfúrico ocorre em
1) SO2(g) + 1/2 O2 (g)  SO3(g)
recipiente fechado. Conclui-se que a reação anterior
(A) é favorecida pelo aumento do volume do recipiente. 2) 2 SO3(g)  2 SO2(g) + O2(g)
(B) é desfavorecida pelo aumento da pressão total
exercida sobre o sistema. Identifique a expressão que relaciona, corretamente, K1 e
(C) é exotérmica. K2.
(D) não é afetada pelo aumento parcial de SO3. (A) K12 = K2 (B) K1 = K2
(E) tem seu rendimento aumentado quando o equilíbrio é
estabelecido em presença de um catalisador. (C) K1 = K2 (D) K1 = K 2
–2
(E) K1 = K2
28. Na gaseificação do carvão a p e T constantes ocorre,
entre outros, o equilíbrio químico representado por: 31. "A conversão da mistura de dióxido de enxofre e
C(s) + H2O(g)  CO(g) + H2(g) ΔH = +4,4 x 104 kJ/mol oxigênio em trióxido de enxofre é uma reação exotérmica
Esse equilíbrio será deslocado no sentido de apresentar que ocorre com diminuição de volume gasoso. Uma
maior rendimento em produtos, se for pressão _X_ deve aumentar o rendimento dessa
(A) aumentada a pressão. conversão. O melhor rendimento deveria ser obtido a _Y_
(B) acrescentado mais carvão. temperatura, porém nesse caso, a velocidade da reação
(C) adicionado catalisador. seria _Z_ . Sendo assim, utiliza-se uma temperatura da
(D) aumentada a temperatura. ordem de 400°C junto a um catalisador."
(E) condensado o vapor de água. Para completar o texto acima, substitui-se X, Y e Z,
respectivamente, por
29. O monóxido de nitrogênio é um dos poluentes (A) alta, baixa e muito alta.
atmosféricos lançados no ar pelos veículos com motores (B) baixa, alta e muito alta.
mal regulados. No cilindro de um motor de explosão (C) baixa, baixa e muito baixa.
interna de alta compressão, a temperatura durante a (D) alta, baixa e muito baixa.
combustão do combustível com excesso de ar é da ordem (E) alta, alta e muito baixa.
de 2400 K e os gases de descarga estão ao redor de 1200
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 416
 CAPÍTULO X

32. O gás hidrogênio é obtido industrialmente a partir da GABARITO

reação de hidrocarbonetos com vapor d'água a altas
temperaturas. 1. C
CH4(g) + 2H2O(g)  CO2(g) + 4H2 (g) ΔHº = +163 kJ 2. D
Considere um sistema fechado em que as substâncias 3. B
metano, água, dióxido de carbono e hidrogênio, 4. D
encontram-se em equilíbrio a 700 °C e pressão de 1 bar. 5. E
6. C
São propostas três modificações no sistema: 7. B
8. B
I. Reduzir o volume do recipiente, elevando a pressão 9. C
interna para 10 bar. 10. D
II. Alterar a temperatura para 800 °C. 11. C
III. Adicionar um catalisador de Ni. 12. D
13. B
Entre as modificações sugeridas, contribuem para um 14. E
aumento da concentração de H2, em relação ao sistema 15. D
em equilíbrio, 16.10M
(A) somente a modificação I. 17. C
(B) somente a modificação II. 18. D
(C) somente as modificações I e III. 19. C
(D) somente as modificações II e III. 20. B
(E) somente as modificações I e II. 21. 1,66
22. B
23. A
24. A
25. E
26. E
27. C
28. D
29. E
30. E
31. D
32. B

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 417

 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 418

FRENTE II
QUÍMICA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 419

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 420
 CAPÍTULO VI

CAPÍTULO VI - LIGAÇÕES QUÍMICAS

Quando recebemos uma determinada amostra material, devemos estabelecer um método de análise que segue o esquema
abaixo:

Desta forma, percebemos que na maioria das amostras materiais, os átomos, íons ou moléculas se encontram
unidos de certa forma por um “enlace” que são denominadas de ligações químicas.

Regra do Octeto.
A descoberta dos gases nobres no início do século XX e o fato de suas substâncias serem monoatômicas, levaram
o cientistas a entenderem que esses átomos , de uma certa forma, estáveis.Logo, os demais átomos realizam ligações
químicas perdendo, ganhando ou compartilhando elétrons para atingir essa estabilidade.O termo octeto se deve ao fato de
os gases nobres, a exceção do Hélio, apresentam oito elétrons em sua camada de valência.Atualmente, a estabilidade está
associada a condição do mesmo em apresentar os seus orbitais completos com dois elétrons.

Ligação Iônica:
Átomos de metais, por apresentarem uma baixa energia de ionização, perdem elétrons, transformando-se em
cátions estáveis. Por sua vez , átomos de ametais, que apresentam grande afinidade eletrônica, ganham elétrons,
transformando-se em ânions estáveis .Os compostos iônicos resultam da atração de natureza eletrostática entre os cátions
metálicos , de carga elétrica positiva e os ânions ametálicos , que apresentam carga elétrica negativa. A união de infinita
quantidade de cátions e ânions forma uma estrutura sólida cristalina denominada agregado iônico.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 421

 CAPÍTULO VI

Valência e Eletrovalência:
Valência é o número que indica a capacidade máxima de combinação de um elemento. Em função no número de
elétrons na camada de valência de um determinado átomo, é possível, de certa forma, prever o íon mais provável, é a
fórmula mínima do composto iônico formado pela combinação de um cátion com um ânion. A fórmula mínima de um
composto iônico deve sempre seguir o princípio de que o total de cargas positivas do(s) cátion(s) presente(s) dever igual ao
total das cargas negativas do(s) ânion(s).

Cátions mais frequentes:

Monovalentes H+(H3O+);NH4+;Li+;Na+;K+;Rb+;Cs+;Fr+;Ag+;Cu+;Hg+(Hg2+);Au+
Bivalentes Mg2+;Ca2+;Sr2+;Ba2+;Ra2+;Zn2+;Cd2+;Cu2+;Hg2+;Fe2+;Co2+;Ni2+;Cr2+;Sn2+;Pb2+;Mn2+;Pt2+
Trivalentes Al3+;Au3+;Fe3+;Co3+;Ni3+;Cr3+
Tetravalentes Sn4+;Pb4+;Mn4+;Pt4+

Ânions mais frequentes:

F1-;Cl1-;Br1-;I1-;ClO1-;ClO21-;ClO31-;ClO41-;BrO1-;BrO31-;IO1-;IO31-;IO41-;CN1-;CNO1-;CNS1-
Monovalentes
;NO21-;NO31-H2PO21-;PO31-;H1-;MnO41-;OH1-
Bivalentes CO3 ;C2O4 ;HPO32-;S2-;SO32-;SO42-;S2O32-;S2O82-;O2-;O22-;CrO42-;Cr2O72-
2- 2-

Trivalentes Fe(CN)63-;PO43-;AsO43-;AsO43-;SbO43-;bO33-
Tetravalentes Fe(CN)64-;P2O74-;Sb2O74-;SiO44-

Ligação Covalente:
Quando dois átomos ametálicos se combinam, em geral, percebemos um compartilhamento de elétrons. Esse
processo transforma-se numa estrutura neutra denominada molécula. Isso é possível, porque os orbitais atômicos se
sobrepõem criando os denominados orbitais moleculares.

a) Ligação Covalente Normal ou Simples

b) Orbitais Moleculares:

c) Ligação Covalente Dativa:

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 422

 CAPÍTULO VI

d) Eletronegatividade:

É a capacidade que um átomo tem de atrair elétrons de outro átomo quando os dois formam ligação química.

e) Polaridade de uma Ligação Covalente:

O esquema abaixo mostra que à medida que se diminui a diferença de eletronegatividade dos átomos numa ligação
química, menos a sua polaridade. Ou seja, mais apolar é a ligação.

Quando essa diferença de eletronegatividade extrapola a um valor igual ou superior a 1,7, já podemos afirmar que se trata
de uma ligação praticamente iônica.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 423

 CAPÍTULO VI

f) Polaridade das Moléculas e Geometria Molecular:

g) Forças Intermoleculares:

Ordem crescente de Intensidade das forças intermoleculares:

Forças de Van der Waals< Interação Dipolo – Dipolo < Ligações (ou Ponte) de Hidrogênio

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 424

 CAPÍTULO VI

Quanto mais intensa a força intermolecular, maior será a temperatura de ebulição da substância.

As Substâncias iônicas e polares normalmente são solúveis em solventes polares

As sustâncias apolares normalmente são solúveis em solventes apolares

Algumas sustâncias, como os detergentes apresentam em sua molécula uma parte polar, solúvel em água,e outra
apolar, solúvel em substâncias apolares como as gorduras por exemplo.

h) Ligações Metálicas:
Os metais apresentam de forma particular um tipo de ligação especial denominada ligação metálica. O grande
destaque desta ligação é a sobra de elétrons que dá as características típicas destas substâncias.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 425

 CAPÍTULO VI

i) Ligações Químicas e Propriedades dos compostos:

COVALENTE COVALENTE
SUBSTÂNCIA METÁLICA IÔNICA
POLAR APOLAR
PARTÍCULAS
Átomos e cátions. Íons. Moléculas. Moléculas.
FORMADORAS
ATRAÇÃO ENTRE AS Dipolo-dipolo ou ponte Van der Waals
Pelos “elétrons livres”. Eletrostática.
PARTÍCULAS de hidrogênio. (London).
Líquido (ou sólido, Gasoso (ou líquido,
Sólido (exceção
ESTADO FÍSICO Sólido. quando tem moléculas quando tem moléculas
comum, mercúrio).
grandes). grandes).
PONTOS DE FUSÃO E
Em geral, altos. Em geral, altos. Baixos Muito baixos.
EBULIÇÃO
Praticamente nula
Alta (fundidos ou em
Alta (no estado sólido e quando pura. Ou
CONDUTIVIDADE solução), com
líquido), sem alteração condutora, quando em Nula.
ELÉTRICA decomposição da
da substância soluções apropriadas
substância (eletrólise).
(HCl em H2O).
Dura, porém maleável e
DUREZA Dura, porém quebradiça - -
dúctil.
SOLUBILIDADE EM
Em geral, solúvel em Em geral, solúvel em Em geral, solúvel em
SOLVENTES Insolúvel.
solventes polares. solventes polares. solventes apolares.
COMUNS

Exercícios

1. Com relação à geometria das moléculas: 5. Sejam os elementos X, com 53 elétrons, e Y, com 38
elétrons. Depois de fazermos a sua distribuição eletrônica,
Cl podemos afirmar que o composto mais provável formado
O Cl
C Cl
pelos elementos é:
P Cl C Cl
Cl Cl (A) YX2 (B) Y3X2 (C) Y2X3
Cl
Cl (D) Y2X (E) YX
I II
III
(A) todas são planas 6. Assinale a afirmativa correta:
(B) todas são piramidais
(C) I e II são planas A natureza da ligação P-O na molécula do POCℓ3 é:
(D) Apenas I é plana (A) Forças de Van der Waals
(E) Apenas II é espacial
(B) Iônica
2. A ligação covalente de maior polaridade ocorre entre H (C) Covalente Normal Polar
e átomos de: (D) Covalente Dativa
(A) F (B) Cl (C) Br (D) I (E) At (E) Covalente Normal Apolar

3. Pode-se verificar que uma massa de água ocupa maior 7. Um átomo possui a seguinte distribuição eletrônica:
volume no estado sólido (gelo) do que no estado liquido. [Ar]3d104s24p5
Isso pode ser explicado pela natureza dipolar das ligações
Esse átomo, ao se ligar a outros átomos não metálicos, é
entre átomos de hidrogênio e oxigênio, pela geometria da
molécula e pela rigidez dos cristais. capaz de realizar:
As interações entre as moléculas de água são (A) somente uma covalência normal
denominadas: (B) somente duas covalências normais
(A) Forças de Van der Waals (C) uma covalência normal e no máximo uma dativa
(B) força de dipolo induzido (D) duas covalências normais e no máximo duas dativas
(C) forças de dipolo permanente (E) uma covalência normal e no máximo três dativas
(D) ligações de hidrogênio
(E) ligações covalentes
8. EsPCEx O sulfato de amônio é formado pelos íons
2 2
4. Um elemento de configuração 1s 2s 2p 3s 3p possui 6 2 5 amônio, (NH4)+, e sulfato, (SO4)-2. Na sua fórmula
forte tendência para: aparecem as seguintes ligações covalentes:
(A) perder 5 elétrons. (A) Nenhuma.
(B) perder 1 elétron. (B) 5 comuns e 3 dativas.
(C) perder 2 elétrons. (C) 7 comuns e 5 dativas.
(D) ganhar 2 elétrons. (D) 8 comuns e 4 dativas.
(E) ganhar 1 elétron (E) 10 comuns e 2 dativas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 426


]9. ITA Assinale a opção que contém a geometria
molecular CORRETA das espécies OF2, SF2, BF3, NF3,
CF4 e XeO4, todas no estado gasoso.
(A) Angular, linear, piramidal, piramidal, tetraédrica e
quadrado planar.
(B) Linear, linear, trigonal plana, piramidal, quadrado
planar e quadrado planar.
(C) Angular, angular, trigonal plana, piramidal,
tetraédrica e tetraédrica.
(D) Linear, angular, piramidal, trigonal plana, angular e
tetraédrica.
(E) Trigonal plana, linear, tetraédrica, piramidal,
tetraédrica e quadrado planar.
10. EsPCEx Na estrutura molecular do ácido fosforoso
(H3PO3) encontramos:
(A) 5 ligações covalentes normais simples e um dupla.
(B) 5 ligações covalentes normais simples e uma ligação
covalente coordenada (dativa).
(C) 3 ligações covalentes normais simples e duas ligações
dativas.
(D) 6 ligações covalentes normais simples.
11. ITA Assinale a opção que contém a afirmação
FALSA.
(A) NH3 tem três momentos de dipolo elétrico cujo
somatório não é nulo.
(B) CH4 tem quatro momentos de dipolo elétrico cujo
somatório é nulo.
(C) CO2 tem dois momentos de dipolo elétrico cujo
somatório é nulo.
(D) O momento de dipolo elétrico total do acetileno C2H2
é zero.
(E) A ligação dupla de carbono tem momento de dipolo
elétrico menor do que a ligação tripla entre átomos de
carbono.
12. UFSM Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada
uma das seguintes afirmativas:
( ) Em condições ambientes, os compostos iônicos são
sólidos que têm pontos de fusão altos.
( ) Nos compostos covalentes, a ligação ocorre por
compartilhamento de elétrons entre os átomos.
( ) A condutividade elétrica dos metais se explica pela
mobilidade dos elétrons na sua superfície.
( ) As ligações iônicas ocorrem entre átomos de
eletronegatividade semelhantes.
A sequência correta é
(A) F - V - V - F. (B) F - F - F - V.
(C) V - F - F - F. (D) F - V - F - V.
(E) V - V - V - F.
13. Relacione cada substância da primeira coluna com as
propriedades da segunda coluna.
Substância
1. Diamante
2. Ouro
3. CO2
4. CaF2
5. H2O2
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VI
Propriedades
( ) Insolúvel, sólido, bom condutor de corrente elétrica.
( ) Apolar com ligações polares.
( ) Cristal covalente de ponto de fusão e dureza elevados.
( ) Apresenta ligações polares e apolares.
( ) Sólido, solúvel em água, altos pontos de fusão e
ebulição
Assinale a associação CORRETA encontrada:
(A) 4 - 5 - 1 - 3 - 2 (B) 5 - 4 - 3 - 2 - 1
(C) 3 - 2 - 5 - 4 - 1 (D) 2 - 3 - 1 - 5 – 4
(E) 3 - 2 - 1 - 5 - 4
14. As variadas maneiras pelas quais os diferentes átomos
se ligam permitem a formação das milhões de substâncias
químicas, que se comportam distintamente quanto à
condução de calor e eletricidade.
A tabela abaixo mostra o comportamento de três
substâncias A, B e C, quanto à condução da corrente
elétrica.
Substância Condutibilidade elétrica
I Alta, no estado sólido e líquido
II Alta, fundida ou em solução aquosa
Praticamente nula quando pura, ou
III
condutora quando em soluções adequadas.
É correto afirmar que o tipo de ligação existente em cada
uma dessas substâncias A, B e C, respectivamente, é:
(A) metálica, covalente apolar e iônica
(B) iônica, metálica e covalente polar
(C) covalente apolar, metálica e iônica
(D) metálica, iônica e covalente apolar
15. A Folha de S. Paulo (03/03/2002) informou-nos que o
monóxido de carbono (CO), produzido pela queima de
combustível dos veículos, e o ozônio (O3) são
responsáveis pelo florescimento excessivo das
quaresmeiras na cidade de São Paulo. As afirmativas
abaixo referem-se ao ozônio (O3) e ao monóxido de
carbono (CO).
I. O monóxido de carbono é formado por duas
ligações covalentes normais e uma dativa.
II. As ligações químicas entre os átomos de oxigênio
na molécula de ozônio são iônicas.
III. O ozônio é formado somente por ligações
covalentes normais.
IV. A molécula do ozônio possui 1 ligação dativa e 2
normais.
As afirmativas CORRETAS são:
(A) II e IV. (B) I e II.
(C) I e IV. (D) II e III.
(E) III e IV.
16. UFPE Os elementos X e Z têm configurações
eletrônicas1s22s22p63s23p64s2 e 1s22s22p63s23p5,
respectivamente. Quais das afirmativas a seguir são
corretas?
I. Os dois elementos reagirão para formar um sal de
composição X2Z
II. O elemento X é um metal alcalino
427
 CAPÍTULO VI

III. O núcleo do elemento Z tem 17 prótons solubilidade da sacarose =203,9 g em 100g de água a
IV. A ligação química entre os dois elementos é apolar 20OC.
V. O elemento Z é um gás Sobre as estruturas abaixo, qual das afirmativas é
(A) I, II e IV (B) III e V incorreta?
(C) II, III e V (D) II e V (A) A molécula do n-octano é apolar
(E) I, II, III, IV e V (B) Entre as moléculas de açúcar podem ocorrer ligações
de hidrogênio.
17. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita (C) As forças intermoleculares no n-octano são mais
relacionando a espécie química com a respectiva fracas que as entre as moléculas de açúcar.
geometria, e marque a sequência correia, de cima para (D) Ocorrem ligações de hidrogênio entre as moléculas de
baixo: n-octano e as moléculas de açúcar
(E) As forças intermoleculares no n-octano são
I. SO3 (x) Tetraédrica denominadas dipolo induzido-dipolo induzido
II. H2O (x) Linear
III. NH41+ (x) Angular 21. UNESP Os elementos químicos O, S, Se e Te, todos
IV. CO2 (x) Trigonalplana do grupo 16 da tabela periódica, formam compostos com
(A) l, IV, II e III. o hidrogênio, do grupo 1 da tabela periódica, com
(B) III, IV, II e l. fórmulas químicas H2O, H2S, H2Se e H2Te,
(C) II, III, IV e l. respectivamente. As temperaturas de ebulição dos
(D) III, II, IV e l. compostos H2S, H2Se e H2Te variam na ordem mostrada
(E) IV, III, l e II. na tabela. A água apresenta temperatura de ebulição muito
mais alta que os demais.
18. UFRRJ 99 O elemento "X", do terceiro período, que
tem maior afinidade eletrônica, combina-se com o
elemento "Z", do quarto período, que possui menor
energia de ionização. A fórmula do composto resultante
será
(A) ZX. (B) ZX2. (C) Z3X.
(D) ZX3. (E) Z2X3.

19. UFU As substâncias SO2, NH3, HCℓ e Br2 apresentam

as seguintes interações intermoleculares, respectivamente:
(A) forças de London, dipolo-dipolo, ligação de
hidrogênio e dipolo induzido-dipolo induzido.
(B) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo e
dipolo induzido-dipolo induzido.
(C) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, ligação de
hidrogênio e dipolo-dipolo.
(D) dipolo instantâneo-dipolo induzido, dipolo-dipolo,
ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo.
20. A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos, dos
quais o octano pode ser tomado como representante. Sua
estrutura , bem como a da sacarose, é mostrada a seguir.
Essas observações podem ser explicadas, respectivamente:
(A) pela diminuição das massas molares e aumento nas
forças das interações intramoleculares.
(B) pela diminuição das massas molares e diminuição nas
forças das interações intermoleculares.
(C) pela diminuição das massas molares e pela formação
de ligações de hidrogênio.
(D) pelo aumento das massas molares e aumento nas
forças das interações intramoleculares.
(E) pelo aumento das massas molares e pela formação de
pontes de hidrogênio.
22. PUC-MG Correlacione as substâncias da coluna 1
com os pontos de fusão da coluna 2.

Coluna 1
I. NaF
II. CH3OH
III. CH3CH2CH3
IV. CH3OCH3

Coluna 2
( ) -98°C
( ) -188°C
( ) +993°C
( ) -116°C

A sequência CORRETA encontrada de cima para baixo é:

Dados:
(A) I, III, IV e II (B) II, III, I e IV
massa molar da sacarose =342g
(C) IV, II, III e I (D) IV, II, I e III
densidade da sacarose = 159g/cm3
densidade da gasolina < 0,7g/cm3
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 428

23. CESGRANRIO Analise o tipo de ligação química
existentes nas diferentes substâncias: Cℓ2, HI, H2O e
NaCℓ, e assinale a alternativa que as relaciona em ordem
crescente de seu respectivo ponto de fusão:
(A) Cℓ2< HI < H2O <NaCℓ
(B) Cℓ2<NaCℓ < HI < H2O
(C) NaCℓ < Cℓ2< H2O < HI
(D) NaCℓ < H2O < HI < Cℓ2
(E) HI < H2O <NaCℓ < Cℓ2
24. EsPCEx Compostos contendo enxofre estão
presentes, em certo grau, em atmosferas naturais não
poluídas, cuja origem pode ser: decomposição de matéria
orgânica por bactérias, incêndio de florestas, gases
vulcânicos etc. No entanto, em ambientes urbanos e
industriais, como resultado da atividade humana, as
concentrações desses compostos são altas. Dentre os
compostos de enxofre, o dióxido de enxofre (SO 2 ) é
considerado o mais prejudicial à saúde, especialmente
para pessoas com dificuldade respiratória.
Adaptado de BROWN, T.L. et al, Química: a Ciência Central.
9ª ed, Ed. Pearson, São Paulo, 2007.
Em relação ao composto SO 2 e sua estrutura molecular,
pode-se afirmar que se trata de um composto que
apresenta
Dado: número atômico S = 16; O = 8.
(A) ligações covalentes polares e estrutura com
geometria espacial angular.
(B) ligações covalentes apolares e estrutura com
geometria espacial linear.
(C) ligações iônicas polares e estrutura com geometria
espacial trigonal plana.
(D) ligações covalentes apolares e estrutura com
geometria espacial piramidal.
(E) ligações iônicas polares e estrutura com geometria
espacial linear.
25. EsPCEx O carvão e os derivados do petróleo são
utilizados como combustíveis para gerar energia para
maquinários industriais. A queima destes combustíveis
libera grande quantidade de gás carbônico como produto.
Observe as afirmativas:
I. é um composto covalente de geometria molecular
linear.
II. apresenta geometria molecular angular e ligações
triplas, por possuir um átomo de oxigênio ligado a
um carbono.
III. é um composto apolar.
Das afirmativas apresentadas está(ão) correta(as)
(A) apenas II.
(B) apenas I e II.
(C) apenas I e III.
(D) apenas II e III.
(E) todas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VI
26. EsPCEx Compostos iônicos são aqueles que
apresentam ligação iônica. A ligação iônica é a ligação
entre íons positivos e negativos, unidos por forças de
atração eletrostática.
(Texto adaptado de: Usberco, João e Salvador, Edgard, Química:
química geral, vol 1, pág 225, Saraiva, 2009).
Sobre as propriedades e características de compostos
iônicos são feitas as seguintes afirmativas:
I. Apresentam brilho metálico.
II. Apresentam elevadas temperaturas de fusão e
ebulição.
III. Apresentam boa condutibilidade elétrica quando
em solução aquosa.
IV. São sólidos nas condições ambiente 25oC e 1 atm
V. São pouco solúveis em solventes polares como a
água.
Das afirmativas apresentadas estão corretas apenas
(A) II, IV e V. (B) II, III e IV.
(C) I, III e V. (D) I, IV e V.
(E) I, II e III.
27. EsPCEx As substâncias ozônio (O3 ); dióxido de
carbono (CO2 ); dióxido de enxofre (SO2 ); água
(H2O)
e cianeto de hidrogênio (HCN) são exemplos que
representam moléculas triatômicas. Dentre elas, as que
apresentam geometria molecular linear são, apenas,
H1 ; C12 ; O16 ; S32 ; N14
Dados: 1 6 8 16 7
(A) cianeto de hidrogênio e dióxido de carbono.
(B) água e cianeto de hidrogênio.
(C) ozônio e água.
(D) dióxido de enxofre e dióxido de carbono.
(E) ozônio e dióxido de enxofre.
28. O ácido nítrico (HNO3) é um dos ácidos mais antigos
e importantes da Química, usado pelos alquimistas sob o
nome de água fortis e utilizado, hoje, na produção de
adubos, explosivos, corantes etc. Na montagem de sua
fórmula estrutural encontramos:
(A) 2 ligações covalentes simples, 1 ligação covalente
dupla e uma ligação dativa.
(B) 5 ligações covalentes simples.
(C) 1 ligação covalente simples e 2 ligações covalentes
duplas.
(D) 2 ligações covalentes simples e 1 ligação covalente
tripla.
(E) 2 ligações covalentes simples e 2 ligações dativas.
29. Em 1916, G. N. Lewis publicou o primeiro artigo
propondo que átomos podem se ligar compartilhando
elétrons. Esse compartilhamento de elétrons é chamado,
hoje, de ligação covalente. De modo geral, podemos
classificar as ligações entre átomos em três tipos
genéricos: ligação iônica, ligação metálica e ligação
covalente. Assinale a alternativa que apresenta substâncias
que contêm apenas ligações covalentes.
(A) H2O, C(diamante), Ag e LiH
(B) O2, NaCℓ, NH3 e H2O
(C) CO2, SO2 , H2O e Na2O
429
 CAPÍTULO VI

(D) C(diamante), Cℓ2, NH3 e CO2 34. As temperaturas de ebulição de tetraclorometano,

(E) C(diamante), O2, Ag e KCℓ CCℓ4, e metano, CH4, são iguais, respectivamente, a + 77
ºC e a -164 ºC. Assinale a alternativa que explica
30. O fosgênio (COCℓ2) é um gás incolor, tóxico, CORRETAMENTE essa diferença de valores.
asfixiante e de cheiro penetrante. Esse gás, utilizado como (A) A eletronegatividade dos átomos de Cℓ é maior que a
arma na Primeira Guerra Mundial, era produzido a partir dos átomos de H.
da reação do monóxido de carbono (CO) e do gás cloro (B) A energia necessária para quebrar ligações C—Cℓ é
(Cℓ2). Qual é a geometria da primeira molécula e a maior que aquela necessária para quebrar ligações
polaridade da ligação interatômica da segunda e da C—H.
terceira respectivamente? (C) As interações de dipolos induzidos são mais intensas
(A) Trigonal plana, apolar e polar. entre as moléculas de CCℓ4 que entre as moléculas de
(B) Piramidal, polar e apolar. CH4.
(C) Trigonal plana, polar e apolar. (D) As ligações químicas de CCℓ4 têm natureza iônica,
(D) Piramidal, apolar e polar. enquanto as de CH4 têm natureza covalente.
(E) Angular, polar e apolar.
35. Considere as seguintes afirmações sobre atrações
31. Considere as substâncias: benzeno (C6H6), NH3, I2, moleculares.
CCℓ4 e H2O, levando em conta suas ligações químicas,
polaridade de suas moléculas e os tipos de forças I. No HCN líquido, as atrações intermoleculares
intermoleculares envolvidas. Dentre essas substâncias, é são do tipo forças de van der Waals.
correto afirmar que o solvente mais apropriado para II. As forças de atração existentes entre as moléculas
dissolver a amônia, o solvente mais apropriado para do H2S líquido devem ser mais intensas do que as
dissolver o iodo e uma substância cujas moléculas não existentes entre as moléculas de água líquida,
formam ligações de hidrogênio são, respectivamente: uma vez que as geometrias moleculares são
(A) H2O, CCℓ4 e C6H6. (B) H2O, CCℓ4 e NH3. semelhantes e o H2S apresenta maior massa
(C) CCℓ4, H2O e C6H6. (D) CCℓ4, C6H6 e NH3. molecular.
(E) C6H6, CCℓ4 e I2. III. O vapor de água não apresenta pontes de
hidrogênio, pois essas ligações são rompidas na
32. Em 1997, comemoram-se 100 anos da ―descoberta‖ vaporização.
do elétron. Entre outros fatos importantes, a distribuição IV. Alcanos (classe de compostos formados apenas
dos elétrons em uma molécula permite classificá-la de por carbono e hidrogênio) com mais de vinte
acordo com a sua polaridade. Para isso, é necessário átomos de carbono são sólidos na temperatura
conhecer a geometria da molécula e a polaridade das suas ambiente devido às várias pontes de hidrogênio
ligações. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta: que se formam ao longo da cadeia entre
moléculas vizinhas. Quais estão incorretas?
(A) As moléculas lineares sempre são apolares. (A) Apenas I e II.
(B) O gás carbônico possui ligações apolares, mas sua (B) Apenas I e III.
molécula é polar e sua geometria é linear. (C) Apenas II e IV.
(C) A amônia possui geometria piramidal e é polar, (D) Apenas I, II e IV.
enquanto que o cátion amônio possui geometria (E) Apenas II, III e IV.
tetraédrica.
(D) As moléculas apolares apresentam forças
intermoleculares do tipo ligação de hidrogênio. GABARITO
(E) A água é uma molécula polar e dessa maneira,
dissolve com facilidade os óleos e gorduras. 1. D 2. A 3. C
4. E 5. A 6. D
33. O modelo abaixo serve para representar as ligações 7. E 8. D 9. C
covalentes de uma molécula diatômica homonuclear. 10. B 11. E 12. E
13. D 14. D 15. C
16. B 17. B 18. A
19. A 20. D 21. E
22. B 23. A 24. A
Analise as afirmativas: 25. C 26. B 27. A
28. A 29. D 30. C
I- Essa molécula tem ângulo de 180° entre seus átomos. 31. A 32. C 33. D
II- Essa molécula poderia ser a representação do N2 e do 34. C 35. D
CO.
III- Essa molécula é solúvel em tetracloreto de carbono
líquido.

Marque a opção com a(s) afirmativa(s) correta(s):

(A) Somente I (B) Somente II
(C) Somente III (D) I e III
(E) II e III
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 430
 CAPÍTULO VII

CAPÍTULO VII - NÚMERO DE OXIDAÇÃO (NOX) Exercício de fixação:

Número de Oxidação (Nox) 1. Monte as estruturas dos compostos abaixo e determine

É uma carga elétrica aparente que o átomo de um o número de oxidação (nox) de cada átomo representado:
elemento químico apresenta quando realiza uma ligação
química. a) HCℓO4
b) HNO2
Observações c) K2SO4
d) (NH4)3PO4
1. Nos compostos iônicos, o nox dos elementos
participantes é igual à carga dos respectivos íons. REGRAS BÁSICAS PARA A DETERMINAÇÃO DOS
NÚMEROS DE OXIDAÇÃO:
EXEMPLO:
Cloreto de Sódio: 1. Todos os metais alcalinos apresentam nox igual a 1+.
O cloreto de sódio é um composto iônico formado pelo
cátion sódio e o ânion cloreto conforme o esquema 2. O hidrogênio apresenta nox igual a 1+ na maioria dos
abaixo: seus compostos. Porém nos compostos binários com
[Na+][Cl-] metais, hidretos metálicos, ele apresenta nox igual a 1-.
Desta forma o nox do sódio é +1 ou 1+ e o do cloro é -1
ou 1-. 3. O metal prata (Ag) apresenta nox igual a 1+ na grande
maioria de seus compostos.
2. Em compostos, que na sua estrutura verificamos apenas
ligações covalentes simples, devemos levar em conta as 4. Todos os metais alcalinos terrosos apresentam nox igual
eletronegatividades dos átomos dos elementos a 2+.
participantes. Para cada ligação, atribuímos nox igual a 1-
para o mais eletronegativo e nox igual a 1+ para o menos 5. Os metais Zinco (Zn) e Cádmio (Cd) apresentam nox
eletronegativo. igual a 2+ na maioria de seus compostos.

EXEMPLOS: 6. O metal Alumínio (Al) apresenta nó igual a 3+ na

2- maioria de seus compostos.
O 2- 4+
7. O flúor apresenta nox igual a 1- em qualquer de seus
1+ 1+ O C O compostos.
H H
água dióxido de 8. Os demais halogênios quando em compostos binários
carbono em que o outro elemento é menos eletronegativo apresenta
1+ 1+ 2- nox igual a 1-.
H H O
9. Os demais halogênios quando combinados com
1+ 3-
H C X C2- X C1+ elementos que apresentam uma maior eletronegatividade,
1+ fluoretos e compostos nitrogenados e oxigenados,
1+ H apresentam nox de valor positivo. Geralmente, esses
1+ valores são iguais a 1+ , 3+ , 5+ e 7+.
H H
propanal 10. O Oxigênio pode apresentar os seguintes valores de
3. Em compostos, que na sua estrutura verificamos nox:
ligações covalentes dativas, também devemos levar em a) Nos Fluoretos , compostos binários com o flúor,
conta as eletronegatividades dos átomos dos elementos valores positivos iguais a 1+ e 2+.
participantes. Para cada ligação, atribuímos nox igual a 2- b) Nos óxidos normais, compostos binários de fórmula
para o mais eletronegativo e nox igual a 2+ para o menos geral E2OX, nox igual a 2-.
eletronegativo. c) Nos peróxidos, compostos binários de fórmula geral
E2O2, nox médio igual a 1-.
EXEMPLOS: d) Nos superóxiodos ou polióxidos, compostos binários
de fórmula geral EO2, nox médio igual a 1/2-.
2-
O Observação:
2- Eé um elemento químico participante da substância. No
1+ 5+ 1+ 2- 3+ 2- caso dos peróxidos, geralmente E é o hidrogênio ou um
H O N H O
2- Cl O metal alcalino, e nos superóxidos, E é um metal alcalino
O ou metal alcalino terroso.
ácido nítrico ácido clórico e) Na maioria dos compostos ternários, quaternários,
etc. ,nox igual a 2-.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 431

 CAPÍTULO VII

11. Nas substâncias simples elementares, o nox do único 3. Qual o numero de oxidação correto do N,
elemento apresentado é sempre igual à zero. respectivamente , em todos os compostos apresentados a
seguir?
12. Nas substâncias compostas, o somatório do nox total
dos elementos químicos participantes é sempre igual à N2 HNO3 N2 O NO2 NH3 NO
zero. a) 0 3+ 2+ 2+ 3+ 2-
b) 1+ 6+ 1- 4- 3- 2-
13. Nas espécies iônicas elementares ou compostas, o c) 0 5+ 1+ 4+ 3- 2+
somatório do nox total dos elementos químicos d) 1+ 5+ 1+ 4+ 3- 2+
participantes e sempre igual à carga elétrica apresentada e) 0 5+ 1- 4+ 3+ 2+
pela espécie.
4. Considere os seguintes compostos: Na4P2O7 e XPO4
ALGUNS METAIS QUE APRESENTAM NOX Sabendo que os elementos químicos apresentam os
VARIÁVEL: mesmos números de oxidação em ambos os compostos, o
número de oxidação do elemento X é:
Metal Símbolo Valores do Nox (A) 1+ (B) 2+ (C) 3+ (D) 4+ (E) 7+
COBRE Cu 1+ e 2+
MERCÚRIO Hg 1+ e 2+ 5. O formol é uma solução aquosa de metanal, utilizada
FERRO Fe 2+ e 3+ na conservação dos tecidos de animais e cadáveres
COBALTO Co 2+ e 3+ humanos para estudos em Biologia e Medicina. Ele é
NÍQUEL Ni 2+ e 3+ oxidado a ácido fórmico, segundo a equação abaixo, para
ESTANHO Sn 2+ e 4+ evitar que os tecidos animais sofram deterioração ou
CHUMBO Pb 2+ e 4+ oxidação.
O O
PLATINA Pt 2+ e 4+ [O]
H C H H C OH
CROMO Cr 2+ ,3+ ,4+ e 6+ Formol Ácido Fórmico
2+ , 3+ , 4+ , 6+ e
MANGANÊS Mn
7+ A opção que mostra respectivamente os números de
oxidação do carbono no formol e no ácido fórmico é:
Exercício de fixação: (A) 0 e 2+
(B) 0 e 3+
2. Determine o número de oxidação dos elementos (C) 2- e 3+
destacados nas espécies químicas abaixo: (D) 2- e 3-
(E) 0 e 1+
a) H2SO4
b) KMnO4 6. Os números de oxidação dos halogênios nos compostos
c) Na2O NaCℓ, NaCℓO3, KI, I2, KCℓO3 são respectivamente:
d) Al2(SO3)3 (A) +1, +3, 0, -2, +4
e) ClO31- (B) +1, –5, –1, 0, +5
f) KO2 (C) –1, –5, +1, 0, –5
(D) –1, +5, –1, 0, +5
g) O2F2 (E) –1, –3, +1, 0, –4
h) FeCℓ3
i) Br2 7. Nas espécies químicas a seguir, o nitrogênio tem
j) O3 número
k) NH41+ de oxidação máximo no:
l) Zn(NO2)2 (A) NH3 (B) NH4+ (C) NO2-
-
(D) N2O3 (E) NO3
Exercícios
8. Os números de oxidação do fósforo, carbono e enxofre,
1- respectivamente, nos compostos, Na4P2O7, CaC2 e Na2S,
1. Nas espécies químicas KI, Cℓ2 e BrO3 ,os halogênios são
têm na ordem dada, número de oxidação:
(A) +5, −1 e −2.
(A) 1+,1- e 5- (B) 1-,0 e 3-
(B) +7, −4 e −3.
(C) 1-, 0 e 3+ (D) 1- ,0 e 5+
(C) +3, +2 e +3.
(E) 1+, 0 e 3-
(D) +5, −2 e −1.
2. Abaixo apresenta a fórmula e o nome de alguns ânions: (E) +3, +4 e −2.
PO43- - fosfato CO32- - carbonato
SO42- - sulfato MnO41- - permanganato 9. ITA Assinale a opção relativa aos números de oxidação
a) Determine o número de oxidação do manganês no íon CORRETOS do átomo de cloro nos compostos KClO2,
permanganato. Ca(ClO)2, Mg(ClO3)2 e Ba(ClO4)2, respectivamente.
b) Escreva a fórmula bruta do fosfato de cálcio. (A) -1,-1,-1 e 1
(B) +3,+1,+2 e +3

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 432

 CAPÍTULO VII

(C) +3,+2,+4 e +6 II. H2S(g) + 2H+(aq) + SO42-(aq) → SO2(g) + S(s) +

(D) +3,+1,+5 e +6 2H2O(l)
(E) +3,+1,+5 e +7
III. H2S(g) + Pb(s) → PbS(s) + H2(g)
10. Os números de oxidação dos átomos Sb, Br, Ir, Fe, C e
P, nos compostos Sb4O10, BrO4–, IrCℓ6–, Na2Fe2O4, IV. 2H2S(g) + 4Ag(s) + O2(g) → 2Ag2S(s) + 2H2O(l)
CaC2O4 e HPO32–, serão, respectivamente,
(A) +5, +7, +5, +3, +3 e +3. Nas reações representadas pelas equações acima, o sulfeto
(B) –5, +5, +5, +3, –3 e +3. de hidrogênio é agente redutor em
(C) +5, +7, +5, +2, +3 e +1. (A) apenas I.
(D) +7, –5, +5, –4, +2 e –4. (B) apenas I e II.
(E) –5, –7, –5, –3, –3 e –3. (C) apenas III.
(D) apenas III e IV.
11.Determine o número de oxidação dos elementos (E) apenas IV.
sublinhados nos íons e associe as colunas:
16. Uma das principais impurezas que existem nos
( ) HCO3- ( 1 ) +5 derivados de petróleo e no carvão mineral é o enxofre.
( ) NH4+ ( 2 ) +7 Quando esses combustíveis são utilizados, a queima do
( ) P2O74- ( 3 ) -3 enxofre produz SO2 de cheiro irritável e esse, por sua vez,
( ) CℓO4- ( 4 ) +6 na atmosfera, reage com o oxigênio e se transforma
( ) S2O72- ( 5 ) +4 lentamente no SO3. Essa reação é acelerada pela presença
de poeira na atmosfera. O SO3 reage com a água da chuva
A coluna da esquerda, de cima para baixo, forma o produzindo o H2SO4que é um ácido forte. Durante esse
numeral processo o enxofre passa por diferentes estados de
(A) 41523 (B) 53124 (C) 35412 oxidação. Em relação às substâncias SO2, SO3 e H2SO4 o
(D) 43152 (E) 52341 número de oxidação do enxofre é, respectivamente:
(A) + 4, + 6, + 6 (B) – 4, + 4, + 6
12. Os números de oxidação do cromo e do manganês nos (C) + 2, – 3, 0 (D) – 2, + 3, + 6
compostos CaCrO4 e K2MnO4 são respectivamente: (E) – 4, + 6, 0
(A) +2 e +4 (B) –2 e +2
(C) +6 e +4 (D) +6 e +6 17. O esmalte dos dentes contém um mineral chamado
hidroxiapatita Cax(PO4)3OH. Sabendo que o número de
13. A cebola, por conter derivados de enxofre, pode oxidação do fósforo nesse composto é o maior possível.
escurecertalheres de prata. Este fenômeno pode ser Ache o valor de x.
representado pela equação:
GABARITO
4Ag(s) + 2H2S(g) + O2(g) → 2Ag2S(s) + 2H2O(l)
1. D
A respeito deste fato, pode-se afirmar que: 2. +7, Ca2(PO4)3
(A) A prata sofre redução. 3. C
(B) A prata sofre oxidação.
(C) O oxigênio sofre oxidação. 4. C
(D) O enxofre sofre redução. 5. A
(E) O hidrogênio sofre redução.
6. D
14. Tratando-se o fósforo branco (P4) com solução aquosa 7. E
deácido nítrico (HNO3) obtém-se ácido fosfórico e
monóxido de nitrogênio, segundo a equação química 8. A
equilibrada: 9. E
3P4 + 20HNO3 + 8H2O → 12H3PO4 + 20NO 10. A
11. B
Os oxidados e reduzidos desta reação são,
respectivamente: 12. D
(A) P e H (B) P e O 13. B
(C) N e P (D) O e H
(E) P e N 14. E
15. B
15. ITA Considere as reações envolvendo o sulfeto de
hidrogênio representadas pelas equações seguintes: 16. A
17. 5
I. 2H2S(g) + H2SO3(aq) → 3S(s) + 3H2O(l)

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 433

 CAPÍTULO VII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 434


CAPÍTULO VIII - BALANCEAMENTO DE
REAÇÕES - OXIREDUÇÃO
Esse método fundamenta-se no fato de que o total de
elétrons cedidos é igual ao total de elétrons recebidos. As
regras práticas a serem seguidas são:
a) Descobrir todos os elementos que sofreram oxidação
ou redução, isto é, mudaram o número de oxidação.
b) Feito isso, calcula-se o delta de cada espécie, isto é, a
c) variação do NOX sofrida multiplicada pela
atomicidade da espécie nos produtos (direita) ou nos
reagentes (esquerda) – uma vez escolhido onde será
feita a contagem da atomicidade, deve-se sempre
fazer a contagem nesse lado.
d) Calculado o delta de cada espécie, somam-se os
deltas das espécis que se oxidam de modo a obter-se o
delta de oxidação. De forma análoga procede-se com
o delta das espécies que se reduzem.
e) Dar a inversão dos resultados para determinar os
coeficientes.
f) Prosseguir com os demais elementos químicos usando
o método das tentativas.
Caso 1: Uma oxidação e uma redução
a) P + HNO3 + H2O →H3PO4 + NO
b) As2S3 + HNO3 + H2O → H2SO4 + H3AsO3 + NO
Caso 2: Oxidação e/ou redução parcial
Tal caso ocorre quando um dos elementos que sofreu
variação de NOX não o variou completamente. Observe:
a) KMnO4 + HCℓ→ KCℓ +MnCℓ2 + H2O + Cℓ2
b) MnO2 + HBr→ MnBr2 + Br2 + H2O
Caso 3: Mais de uma oxidação e/ou mais de uma
redução
a) SnS + HCℓ+ HNO3→ SnCℓ4 + S + NO + H2O
Caso 4: Auto-oxirredução
Em alguns casos, uma mesma espécie pode sofrer tanto
oxidação quanto redução. O artifício é utilizar os produtos
na hora de calcular a atomicidade. Observe os exemplos:
a) H2O2 → H2O + O2
b) Cℓ2 + NaOH→NaCℓ + NaCℓO3 + H2O
Agente redutor
O agente redutor é o composto capaz de provocar a
redução de uma determinada espécie química. É o
composto onde o elemento que sofreu oxidação se
encontra. Já o elemento redutor é aquele elemento
químico que efetivamente sofreu oxidação.
Agente oxidante
O agente oxidante é o composto capaz de provocar a
oxidação de uma determinada espécie química. É o
composto onde o elemento que sofreu redução se
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO VIII
encontra. Já o elemento oxidante é aquele elemento
químico que efetivamente sofreu redução.
Exercícios
1. Tratando-se o fósforo branco (P4) com solução aquosa
deácido nítrico (HNO3) obtém-se ácido fosfórico e
monóxido de nitrogênio, segundo a equação química
equilibrada:
3P4 + 20HNO3 + 8H2O → 12H3PO4 + 20NO
Os oxidados e reduzidos desta reação são,
respectivamente:
(A) P e H (B) P e O (C) N e P
(D) O e H (E) P e N
2. ITA Considere as reações envolvendo o sulfeto de
hidrogênio representadas pelas equações seguintes:
I. 2H2S(g) + H2SO3(aq) → 3S(s) + 3H2O(l)
II. H2S(g) + 2H+(aq) + SO42-(aq) → SO2(g) + S(s) +
2H2O(l)
III. H2S(g) + Pb(s) → PbS(s) + H2(g)
IV. 2H2S(g) + 4Ag(s) + O2(g) → 2Ag2S(s) + 2H2O(l)
Nas reações representadas pelas equações acima, o sulfeto
de hidrogênio é agente redutor em
(A) apenas I. (B) apenas I e II.
(C) apenas III. (D) apenas III e IV.
(E) apenas IV.
3. FUVEST A pólvora é o explosivo mais antigo
conhecido pela humanidade. Consistem na mistura de
nitrato de potássio, enxofre e carvão. Na explosão, ocorre
uma reação de oxirredução, formando-se sulfato de
potássio, dióxido de carbono e nitrogênio molecular.
Nessa transformação, o elemento que sofre maior variação
denúmero de oxidação é o:
(A) carbono. (B) enxofre. (C) nitrogênio.
(D) oxigênio. (E) potássio.
4. EsPCEx Dada a seguinte equação iônica de
oxidorredução:
CrI3 + Cℓ2 + OH1-→IO41- + CrO42- + Cℓ1- + H2O
Considerando o balanceamento de equações químicas por
oxidorredução, a soma total dos coeficientes mínimos e
inteiros obtidos das espécies envolvidas e o(s) elemento(s)
que sofrem oxidação, são, respectivamente,
(A) 215 e cloro.
(B) 187, crômio e iodo.
(C) 73, cloro e iodo.
(D) 92, cloro e oxigênio.
(E) 53 e crômio.
5. EsPCEx O sódio metálico reage com água, produzindo
gás hidrogênio e hidróxido de sódio, conforme a equação
não balanceada: Na(s) + H2O (I) → NaOH (aq) + H2 (g)
Baseado nessa reação, são feitas as seguintes afirmativas:
I. O sódio atua nessa reação como agente redutor.
II. A soma dos menores coeficientes inteiros que
balanceiam corretamente a equação é 7.
435
 CAPÍTULO VIII

III. Os dois produtos podem ser classificados como 10. EsPCEx A equação química não balanceada e
substâncias simples. incompleta a seguir:
IV. Essa é uma reação de deslocamento. a Cr2O72– + b Fe2+ + y Y → u Cr3+ + v Fe3+ + x X
se completa em meio ácido:
Das afirmativas feitas, estão corretas: (A) a = 1; b = 3; yY = 14 H2O; u = 2; v = 3; x X = 14 OH–
(A) Todas. (B) a = 1; b = 6; yY = 14 OH–; u = 2; v = 6; x X = 7 H2O
(B) Apenas I, II e III. (C) a = 1; b = 6; yY = 14 H+; u = 2; v = 6; x X = 7 H2O
(C) Apenas I, II e IV. (D) a = 1; b = 6; yY = 14 H+; u = 2; v = 6; x X = 14 H2O
(D) Apenas I, III e IV. (E) a = 2; b = 3; yY = 14 H2O; u = 1; v = 2; x X = 7 H2O2
(E) Apenas II, III e IV.
11. EsPCEx Considere as seguintes equações químicas e
6. EsPCEx Dada a seguinte equação iônica de as afirmativas sobre elas:
oxidorredução da reação, usualmente utilizada em etapas
de sínteses químicas, envolvendo o íon dicromato(Cr 2O72-) A - 2KIO3 2KI + 3O2
e o ácido oxálico (H2C2O4): B - Ba(OH)2 + H2SO4 BaSO4 + 2H2O
C - Ca + ZnF2 CaF2 + Zn
Cr2O72– + H2C2O4 + H+→ Cr3+ + CO2 + H2O
I. A representa uma reação de síntese do iodeto de
Considerando a equação acima e o balanceamento de potássio.
equações químicas por oxidorredução, a soma total dos II. A representa uma reação de análise do iodato de
coeficientes mínimos e inteiros obtidos das espécies potássio.
envolvidas e a substânciaque atua como agente redutor III. B representa uma reação de dupla troca da hidrólise
são, respectivamente, de um sal
(A) 21 e ácido oxálico. IV. Brepresenta uma reação de óxi-redução.
(B) 26 e dicromato. V. C representa, simultaneamente, uma reação de
(C) 19 e dicromato. deslocamento e de óxi-redução.
(D) 27 e ácido oxálico.
(E) 20 e hidrogênio. Estão corretas as afirmativas:
(A) I e II. (B) I e IV. (C) III, IV e V.
7. EsPCEx Dada a seguinte equação de óxido-redução: (D) II, III e V. (E) II e V

12. EsPCEx Identifique, entre as reações abaixo, a única

Considerando o método de balanceamento de equações que é de óxido-redução
químicas por oxi-redução, a soma total dos coeficientes (A) Br2 + 2NaI → 2 NaBr + I2
mínimos e inteiros das espécies envolvidas, após o (B) NaCℓ + AgNO3 → NaNO3 + AgCℓ
balanceamento da equação iônica, e o agente oxidante é, (C) H2SO3 + 2KOH→ K2SO3 + 2H2O
respectivamente,
(D) 2HCℓ + CaCO3 → CaCℓ2 + H2O + CO2
(A) 15 e o íon iodato.
(B) 12 e o hidróxido de crômio. (E) ZnO + H2SO4 → ZnSO4 + H2O
(C) 12 e o íon hidroxila.
(D) 11 e a água. 13. A remoção de ferrugem com ácido oxálico ocorre de
(E) 10 e o íon hidroxíla. acordo com a equação não-balanceada:
Fe2O3(s) + H2C2O4(aq) → [Fe(C2O4)3]3–(aq) + H2O(l) +
8. EsPCEx Na equação da reação de óxido-redução, H+(aq)
representada no quadro abaixo, a soma dos
menorescoeficientes estequiométricos inteiros, necessários Indique quantos gramas de ferrugem podem ser removidos
para balanceá-la, e o agente redutor são,respectivamente, com 500 mL de solução de ácido oxálico 0,10 mol/L:
(A) 1,3 (B) 3,3 (C) 8,0
(D) 47,9 (E) 79,8

(A) 24 e H2O2 (B) 23 e O2 14. Ao misturar solução aquosa de bromato de sódio com
(C) 24 e KMnO4 (D) 26 e H2O2 solução aquosa não balanceada:
−
(E) 26 e KMnO4
1BrO3 + xI − + yH + → 1Br − + zI 2 + wH 2 O
9. EsPCEx A soma dos menores coeficientes Assinale a opção que contém a soma dos coeficientes que
estequiométricos inteiros que balanceiam a equação balanceiam a equação:
iônica, da reação de óxido-redução, representada no (A) 33 (B) 30 (C) 27 (D)18 (E) 21
quadro abaixo é:
15. A reação que representa a formação do cromato de
chumbo II, que é um pigmento amarelo usado em tintas, é
representada pela equação:

Pb(CH3COO)2 + Na2CrO4 → PbCrO4 + 2 CH3COONa

(A) 13 (B) 14 (C) 18 (D) 20 (E) 19
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 436
 CAPÍTULO VIII

Que é uma reação de: GABARITO

(A) oxirredução
(B) dupla troca 1. E
(C) síntese
(D) deslocamento 2. B

16. EsPCEx O cobre metálico pode ser oxidado por ácido 3. B

nítrico diluído, produzindo água, monóxido de nitrogênio
e um sal (composto iônico). A reação pode ser 4. B
representada pela seguinte equação química (não
balanceada): 5. C

Cu(s) + HNO3(aq) → H2O( ) + NO(g) + Cu(NO3 )2(aq) 6. D

A soma dos coeficientes estequiométricos (menores 7. A

números inteiros) da equação balanceada, o agente redutor
da reação e o nome do composto iônico formado são, 8. D
respectivamente,
(A) 18; Cu; nitrato de cobre I. 9. C
(B) 20; Cu; nitrato de cobre II.
(C) 19; HNO3; nitrito de cobre II. 10. C
(D) 18; NO; nitrato de cobre II.
(E) 20; Cu; nitrato de cobre I. 11. E

17. No estado de oxidação VI o cromo é classificado 12. A

como composto mutagênico e carcinogênico em animais.
A equação química, não balanceada, apresenta a redução 13. A
do cromo (VI) pela glicose, em meio ácido:
14. D
K2Cr2O7(aq)+ C6H12O6(aq)+ H2SO4(aq) →
Cr2(SO4)3(aq)+ K2SO4(aq)+ CO2(g)+ H2O(ℓ) 15. B

Marque a opção com a(s) afirmativa(s) correta(s): 16. B

I. A soma dos menores coeficientes estequiométricos 17. E

inteiros é 58.
II. O agente oxidante é o dicromato de potássio. 18. C
III. O carbono doa 24 elétrons.
(A) Somente I
(B) Somente II
(C) Somente III
(D) I e II
(E) II e III

18. A cebola, por conter derivados de enxofre, pode

escurecer talheres de prata. Este fenômeno pode ser
representado pela equação:

a Ag(s) + b H2S(g) + c O2(g) → d Ag2S(s) + e H2O(ℓ)

A respeito deste fato, analise as afirmativas:

I. A razão entre (d + e) e (a + b) é igual à 2/3.

II. A prata sofre oxidação.
III. O oxigênio doa 4 elétrons.

Quais afirmativas estão corretas:

(A) apenas I
(B) apenas II
(C) I e II
(D) apenas III
(E) II e III

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 437

 CAPÍTULO VIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 438

 CAPÍTULO IX

CAPÍTULO IX - FUNÇÕES INORGÂNICAS I II. Oxiácidos

Ácidos Sendo HxEzOy a fórmula de um ácido de um elemento E

qualquer, temos
Toda substância que em solução aquosa sofre ionização m=y-x
produzindo como cátion, apenas o íon H+. Essa ionização em que:
pode ser descrita da seguinte forma:

Exemplo 1:
se:
H2SO4 → H+ + HSO4- (Ionização Parcial 1)
m=3 ácido muito forte
HSO4-→ H+ + SO42- (Ionização Parcial 2)
Exemplos: HCℓO4, HMnO4...
H2SO4 -→ 2H+ + SO42- (Ionização Total)
m= 2 ácido forte
OBS: A soma de todas as ionizações parciais deve resultar
na ionização total. Também é importante ressaltar que a Exemplos: HNO3 H2SO4...
primeira ionização sempre é mais fácil do que a segunda e
assim sucessivamente. m=1 ácido moderado

Classificação quanto ao número de hidrogênios Exemplos: H3PO4, H2SO3, H3PO3(2H+), H3PO2(1H+)

ionizáveis
m=0 ácido fraco
Monoácidos (ou monopróticos) – apresentam um
hidrogênio ionizável. Exemplos: HCℓO, H3BO3

Exemplos: HCℓ, HBr, HNO3 , H3PO2 (exceção). Observação:

Diácidos (ou dipróticos) – apresentam dois hidrogênios
ionizáveis.
Exemplos: H2S, H2SO4, H3PO3 (exceção).
Triácidos – apresentam três hidrogênios ionizáveis.
Exemplos: H3PO4, H3BO3.
Tetrácidos – apresentam quatro hidrogênios ionizáveis.
Exemplos: H4SiO4, H4P2O7
OBS:
1º) O ácido carbônico (H2CO3) é uma exceção, pois é um
ácido fraco (α = 0,18%), embora o valor de m = 1
2º) Todos os ácidos carboxílicos são fracos.
Classificação quanto à volatilidade
Volatilidade pode ser definida como a capacidade de uma
substância de evaporar. Ou seja, quanto mais volátil é uma
substância menor é a sua temperatura de ebulição. A
grande maioria dos ácidos inorgânicos são voláteis com
alguns deles sendo inclusive gasosos nas condições
ambiente.

a) Voláteis: Baixo ponto de ebulição

Exemplo:
Gasosos: HF, HCℓ, HBr, HI, HCN e H2S
Líquidos: CH3COOH, HNO3

b) Fixos: Alto ponto de ebulição

Classificação quanto ao grau de ionização (força de um Exemplo:
ácido) Líquido: H2SO4
Sólido: H3PO4, H3BO3, C2H2O4
Ácidos fortes: possuem α > 50%
Ácidos moderados: 5% α 50% Nomenclatura:
Ácidos fracos: α < 5%
A) Hidrácidos: Ácidos que não possuem oxigênio em
Regra Prática para Determinação da Força de um sua fórmula.
Ácido
ÁCIDO ______________ ÍDRICO
I. Hidrácidos
Ácidos fortes: HI > HBr > HCl. (Motivo: EX: HCℓ: Ácido Clorídrico
Eletronegatividade) HCN: Ácido Cianídrico
Ácido moderado: HF. H2S: Ácido Sulfídrico
Ácidos fracos: demais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 439
 CAPÍTULO IX

B) Oxiácidos: Ácidos que possuem oxigênio em sua Exercícios de fixação

fórmula. A nomenclatura baseia-se no grupo do elemento
central. 1. Escreva a nomenclatura para os ácidos abaixo:

Família 7A: Elementos podem possuir 4 NOX a) HBrO

(+1,+3,+5,+7) b) H2S
c) H2MnO4
Exemplo: d) H4P2O7
HClO: NOX(Cl) = +1 - ÁCIDO HIPO CLOR OSO e) HI
HClO2: NOX(Cl) = +3 - ÁCIDO CLÓR OSO
HClO3: NOX(Cl) = +5 - ÁCIDO CLÓR ICO 2. Escreva as fórmulas moleculares dos ácidos abaixo:
HClO4: NOX(Cl) = +7 - ÁCIDO PER CLÓR ICO
a) Ácido Perclórico
b) Ácido Sulfuroso
Para as famílias 3A, 4A, 5A e 6A c) Ácido Clorídrico
d) Ácido Hipoiodoso
6A: +4, +6 MAIOR NOX: ÁCIDO ______ ICO e) Ácido Carbônico.
5A: +3, +5 MENOR NOX: ÁCIDO ______ OSO
3. Classifique os ácidos abaixo quando ao número de
hidrogênios ionizáveis e quanto ao grau de ionização
EX: H2SO4: NOX(S) = +6: ÁCIDO SULFÚRICO
(força).
H2SO3: NOX(S) = +4: ÁCIDO SULFUROSO
a) H3PO4
Exceção: Caso do fósforo, arsênio e cromo: O fósforo b) HNO3
possui prefixo associado com o grau de hidratação da c) HCN
molécula. d) H3PO3
e) HClO4
H3PO4: NOX(P) = +5: ÁCIDO (ORTO)FOSFÓRICO –
Bases ou Hidróxidos
Prefixo opcional
Toda substância que em solução aquosa sofre dissociação
2*ORTO – 1*H2O = 2*H3PO4 – H2O = H4P2O7: ÁCIDO produzindo como ânion, apenas o íon OH-. Essa
PIROFOSFÓRICO dissociação pode ser descrita da seguinte forma:
1*ORTO – 1*H2O = H3PO4– H2O = HPO3: ÁCIDO
Ca(OH)2 → Ca2+ + 2OH-
METAFOSFÓRICO
Como as soluções básicas têm íons livres, são soluções
Outros: H3PO3: ÁCIDO FOSFOROSO eletrolíticas.
H3PO2: ÁCIDO HIPOFOSFOROSO
Classificação quanto ao número de hidroxilas
Para o caso do cromo não existe o ácido metacrômico.
No caso das bases, todas as hidroxilas são dissociáveis.
OBS1: Quando um ácido resulta de um oxiácido pela Temos então as seguintes possibilidades:
substituição de um átomo de oxigênio por um átomo de
enxofre, seu nome é formando acrescentando-se o prefixo Monobases: NaOH, LiOH, etc...
tio ao nome do ácido de origem:
Dibases: Ca(OH)2, Mg(OH)2, etc...

Tribases: Al(OH)3, Fe(OH)3, etc...

Tetrabases: Pb(OH)4, Sn(OH)4, etc...

Classificação quanto a Força

As bases podem ser:

OBS2: Existem alguns outros casos especiais de
nomenclatura. Fortes: as bases das famílias 1A e 2A
Exemplos:
Fracas: todas as demais.
HMnO4: ácido permangânico
H2MnO4: ácido mangânico
C2H2O4: ácido oxálico.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 440


Classificação de acordo com a solubilidade
As bases podem ser:
Soluveis: bases da 1A e NH4OH
Parcialmente solúveis: bases da 2A (exceto Mg(OH)2)
Praticamente insolúveis: todas as demais.
Nomenclatura
Se o elemento possuir somente uma valência, usamos a
expressão “hidróxido de” seguida do nome do elemento.
Exemplo:
• NaOH – hidróxido de sódio
• Ca(OH)2 – hidróxido de calcio
Se o elemento possuir duas valências, usamos a expressão
“hidróxido de” seguida do nome do elemento e os sufixos
OSO e ICO, ou então a valência em números romanos.
Exemplo:
Fe(OH)2 – hidróxido ferroso ou hidróxido de ferro II
Fe(OH)3 – hidróxido férrico ou hidróxido de ferro III
Exercícios
1. O ácido que corresponde à classificação monoácido,
oxiácido e forte é:
(A) HNO3. (B) HCℓ.
(C) H2SO4. (D) HCNO.
(E) H3PO4.
2. Entre os oxiácidos H2SO3, H3BO3, HCℓO3 e HMnO4, a
ordem crescente de força ácida para esses compostos é:
(A) H2SO3, HCℓO3, H3BO3, HMnO4.
(B) HCℓO3, HMnO4, H2SO3, H3BO3.
(C) H3BO3, HCℓO3, H2SO3, HMnO4.
(D) H3BO3, H2SO3, HCℓO3, HMnO4.
(E) HMnO4, HCℓO3, H3BO3, H2SO3.
3. FEI-SP Os nomes dos ácidos oxigenados abaixo são,
respectivamente:
HNO2 (aq), HCℓO3 (aq), H2SO3 (aq), H3PO4 (aq)
(A) nitroso, clórico, sulfuroso, fosfórico.
(B) nítrico, clorídrico, sulfúrico, fosfórico.
(C) nítrico, hipocloroso, sulfuroso, fosforoso.
(D) nitroso, perclórico, sulfúrico, fosfórico.
(E) nítrico, cloroso, sulfídrico, hipofosforoso.
4. Dê as fórmulas das substâncias:
a) hidróxido de lítio
b) hidróxido de magnésio
c) hidróxido de níquel III
d) hidróxido de prata
e) ácido hipofosforoso
f) ácido fosforoso
g) ácido metabórico
h) ácido pirossulfúrico
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO IX
5. UFF Os alquimistas foram muito importantes para a
química, a ciência da transformação. Tentando encontrar a
pedra filosofal, que teria o poder de transformar qualquer
metal em ouro, e o elixir da longa vida, que tornaria o ser
humano imortal, criaram um grande número de aparelhos
de laboratório e desenvolveram processos importantes
para a produção de metais, de papiros, de sabões e de
muitas substâncias, como o ácido nítrico, o ácido
sulfúrico, o hidróxido de sódio e o hidróxido de potássio.
Sobre essas substâncias, ácidos e bases, pode-se afirmar
que:
(A) as fórmulas do ácido nítrico e do ácido sulfúrico são
HONO3 e H2SO4, respectivamente;
(B) a reação entre ácido nítrico e o ácido sulfúrico conduz
à produção de apenas um sal;
(C) o hidróxido de sódio não reage com o ácido nítrico,
pois se trata de uma base forte;
(D) na reação entre ácido sulfúrico e o hidróxido de sódio
podem ser formados dois sais;
(E) a reação entre o ácido nítrico e o hidróxido de
potássio pode conduzir à formação de dois sais: o
Cu(NO3)2 e o Na2NO3.
6. O ácido sulfúrico é um ácido tóxico e corrosivo,
causando danos ao meio ambiente, principalmente quando
derramado sobre o solo onde existem mananciais de água.
O melhor modo de atenuar seu efeito e tentar, o mais
possível, eliminá-lo é o de espalhar no local:
(A) Óleo diesel
(B) H2O
(C) Ca(OH)2
(D) HNO3
(E) NaCℓ
7. UNESP Escreva:
a) as fórmulas moleculares do ácido hipoiodoso e do
ácido perbrômico.
b) os nomes dos compostos de fórmulas H2SO3 e H3PO4.
8. CESGRANRIO Discutem-se ultimamente os
distúrbios ecológicos causados pelos poluentes
ambientais. A chamada "chuva ácida" constitui-se num
exemplo das conseqüências da poluição na atmosfera,
onde a formação de ácidos pode ser obtida a partir da
dissolução de certas substâncias na água da chuva. Dentre
as substâncias passíveis de formar ácidos quando
adicionadas à água, podemos citar:
(A) Na2O.
(B) SO3.
(C) Aℓ2O3.
(D) CaO.
(E) BaO.
9. UDESC Quando os derivados de petróleo e o carvão
mineral são utilizados como combustíveis, a queima do
enxofre produz dióxido de enxofre. As reações de dióxido
de enxofre na atmosfera podem originar a chuva
ácida.Sobre a chuva ácida, escolha a alternativa incorreta.
(A) O trióxido de enxofre reage com a água presente na
atmosfera produzindo o ácido sulfúrico, que é um
ácido forte.
441
 CAPÍTULO IX

(B) SO2 reage com o oxigênio e se transforma lentamente concentrações idênticas, quais dos ácidos citados no texto
em trióxido de enxofre. Essa reação é acelerada pela conferem maior acidez às águas das chuvas?
presença de poeira na atmosfera. (A) HNO3 e HNO2.
(C) A chuva ácida é responsável pela corrosão do (B) H2SO4 e H2SO3.
mármore, do ferro e de outros materiais utilizados em (C) H2SO3 e HNO2.
monumentos e construções.
(D) H2SO4 e HNO3.
(D) Tanto o dióxido quanto o trióxido de enxofre são
óxidos básicos. (E) H2CO3 e H2SO3.
(E) Na atmosfera, o SO2 reage com o oxigênio e se
transforma lentamente em trióxido de enxofre (SO3). 12. UNESP Ácidos instáveis são ácidos que se
decompõem parcial ou totalmente sob condições normais
10. FATEC Leia atentamente a seguinte notícia publica de temperatura e pressão, formando, quase sempre, como
da em jornal: produtos de decomposição, água líquida e um gás. Entre
os pares de ácidos relacionados, é constituído apenas por
ALUNOS TOMAM SODA CÁUSTICA DURANTE ácidos instáveis
AULA E PASSAM MAL. (A) H2SO4 e H3PO4.
(B) HCℓO4 e HBr.
Dezesseisalunos de umaescola particular de Sorocaba, (C) H2CO3 e H2SO3.
interior de São Paulo, foraminternadosapóstomar soda (D) H2C2O4 e H3BO3.
cáusticaduranteuma aula de química.
Osalunosparticipavam de um exercíciochamado "teste do (E) HI e HF.
sabor": jáhaviamprovadolimão, vinagre e leite de
magnésia e insistiramemprovar a soda cáustica, 13. FUVEST As figuras a seguir representam, de maneira
produtoutilizadonalimpezadoméstica. Empouco tempo, simplificada, as soluções aquosas de três ácidos, HA, HB
osalunosjácomeçaram a sentirosprimeirossintomas: e HC, de mesmas concentrações. As moléculas de água
ardêncianalíngua e no estômago, e foramencaminhadosao não estão representadas.
Hospital Modelo da cidade.
(Adaptado do "Diário do Grande ABC OnLine",
19/09/2005.)

Sobreessanotícia, foramfeitas as seguintesafirmações:

I. Osprodutosingeridospelosalunos (limão, vinagre,

leite de magnésia e soda cáustica) sãotodosácidos e,
porisso, corrosivos.
II. Tanto o leite de magnésiacomo a soda
cáusticasãocompostosalcalinos.
III. A soda cáustica (NaOH) é uma base forte; o leite de
Considerando essas representações, foram feitas as
magnésia (suspensão de Mg(OH)2) é uma base fraca.
seguintes afirmações sobre os ácidos:
Istoajudaaentenderporque o leite de
magnésiapodeseringerido, mas a soda cáusticanão.
I. HB é um ácido mais forte do que HA e HC.
II. Uma solução aquosa de HA deve apresentar maior
Dessas afirmações,
condutibilidade elétrica do que uma solução aquosa
(A) apenas I é correta.
de mesma concentração de HC.
(B) apenas II é correta.
III. Uma solução aquosa de HC deve apresentar pH
(C) apenas III é correta.
maior do que uma solução aquosa de mesma
(D) II e III são corretas.
concentração de HB.
(E) I e III são corretas.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
11. ENEM O processo de industrialização tem gerado
(B) I e II, apenas.
sérios problemas de ordem ambiental, econômica e social,
(C) II e III, apenas.
entre os quais se pode citar a chuva ácida. Os ácidos
(D) I e III, apenas.
usualmente presentes em maiores proporções na água da
(E) I, II e III.
chuva são o H2CO3, formado pela reação do CO2
atmosférico com a água, o HNO3, o HNO2, o H2SO4 e o 14. Mesmo em ambientes não poluídos, a chuva apresenta
H2SO3. Esses quatro últimos são formados um caráter ácido. A opção que apresenta o composto que
principalmente a partir da reação da água com os óxidos pode ser obtido capaz de provocar acidez da chuva nesses
de nitrogênio e de enxofre gerados pela queima de ambientes é:
combustíveis fósseis. A formação de chuva mais ou (A) Ácido sulfúrico
menos ácida depende não só da concentração do ácido (B) Ácido hipocloroso
formado, como também do tipo de ácido. Essa pode ser (C) Ácido fosfórico.
uma informação útil na elaboração de estratégias para (D) Ácido sulfuroso
minimizar esse problema ambiental. Se consideradas (E) Ácido carbônico
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 442
 CAPÍTULO IX

15. Dentre os oxiácidos abaixo, aquele que classificado GABARITO

como um ácido moderado é:
(A) H2SO4 (B) HCℓO4 1. A
(C) H2CO3 (D) HCℓO 2. D
(E) H3PO2 3.A
4. a) LiOH b) Mg(OH)2 c) Ni(OH)3 d) AgOH
16. Com relação às propriedades das bases de Arrhenius, é e) H3PO2 f) H3PO3 g) HBO2 h) H2S2O7
incorreto afirmar: 5. D
(A) O hidróxido de amônio é uma base não metálica, 6. C
bastante solúvel em água. 7. a) HIO e HBrO4
(B) Metais alcalinos formam monobases com alto grau de b) H2SO3: ácido sulfuroso
dissociação. H3PO4: ácido fosfórico
(C) As bases formadas pelos metais alcalinoterrosos são 8. B
fracas, pois são moleculares por sua própria natureza. 9. D
(D) Os hidróxidos dos metais alcalinoterrosos são pouco 10. D
solúveis em água. 11. D
(E) Uma base é tanto mais forte quanto maior for seu 12. C
grau de dissociação. 13. E
14. E
17. Para desentupir um cano de cozinha e para combater a 15. E
acidez estomacal, necessita-se, respectivamente, de 16. C
hidróxido de sódio e Mg(OH)2. Apresente a classificação 17. Forte, solúvel e monobase. Hidróxido de magnésio e
(força, solubilidade em água e n° de hidroxilas) da base +2.
usada para desentupir canos, assim como a nomenclatura e 18. a) ácido sulfídrico. b) H2S -> 2H+ + S-2
o NOX do metal da base usada para combater acidez 19. H3BO3 e H2CO3
estomacal. HCℓ -> H+ + Cℓ-
Diácido ou ácido diprótico
18. Todo mundo já verteu lágrimas ao descascar e cortar 20. D
uma cebola, mas por que isso acontece? A explicação é
simples: compostos da cebola se misturam e produzem
H2S, que faz os olhos arderem e lacrimejarem.
a) Qual é a nomenclatura do composto que faz os olhos
arderem e lacrimejarem.
b) Apresente a reação de ionização do composto que faz
os olhos arderem e lacrimejarem.

19. Os ácidos são substâncias químicas sempre presentes

no cotidiano do homem. Por exemplo, durante a
amamentação, era comum usar-se água boricada (solução
aquosa de ácido bórico) para fazer a assepsia do seio da
mãe; para limpezas mais fortes da casa, emprega-se ácido
muriático (solução aquosa de ácido clorídrico); nos
refrigerantes, encontra-se o ácido carbônico; e, no ovo
podre, o mau cheiro é devido à presença do ácido
sulfídrico. Apresente a formula molecular dos ácidos
oxigenados, mostre também a reação de ionização (reação
com água) do hidrácido mais forte e classifique o
hidrácido mais fraco quanto ao n° de prótons.

20. A experiência está baseada na condutividade elétrica e

tem como consequência o acendimento da lâmpada. A
lâmpada acenderá quando no recipiente estiver presente a
seguinte solução:

(A) O2. (B) H2O. (C) C12H22O11. (D) HCℓ.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 443
 CAPÍTULO IX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 444

 CAPÍTULO X

CAPÍTULO X - FUNÇÕES INORGÂNICAS II Exemplos de aula:

SAIS I) Nomeie os seguintes compostos:

CaCO3:
Sais são os compostos inorgânicos provenientes da reação (NH4)2NO3:
de neutralização total ou parcial entre um ácido e uma PbP2O7:
base, no mínimo. SnS2:
NaClO:
Classificação dos sais Cs2S2O3:
FeMnO4:
Sais neutros Au(MnO4)3:

Uma reação comum de formação de sais é: II) Escreva a fórmula dos seguintes compostos:
Nitrito de sódio:
Ácido + Base → Sal +Água Hipoclorito de lítio:
Fosfato de alumínio:
Assim, o nome do sal deriva do ácido e da base que o Sulfato de potássio:
formam. A primeira parte do nome do sal (ânion) deriva Periodato férrico:
do ácido, com a seguinte variação: Sulfito plumboso:

ÍDRICO → ETO Hidrogenossais

OSO → ITO
ICO → ATO São sais provenientes da neutralização parcial de um
ácido, resultando num sal que possui pelo menos um
OBS: Bico de Pato, Formoso Periquito átomo de hidrogênio que não foi neutralizado pela base.

A segunda parte depende da base e das variações de NOX Nomenclatura: (Mono/Di/Tri/etc. Hidrogeno) + (Nome do
do elemento utilizado. ânion) + (Nome do Cátion)

Exemplos: Exemplo: H3PO4+ NaOH → NaH2PO4 + H2O

HCl + NaOH → NaCl + H2O (Ácido) + (Base) → (Sal ácido) + água
H4As2O7 + 4CuOH→ Cu4As2O7 + 4 H2O
NaH2PO4 - Diidrogeno fosfato de sódio
Nomes: Cloreto de sódio e Piroarseniatocuproso (de cobre NaHCO3 - hidrogeno carbonato de sódio (nome oficial),
II) bicarbonato de sódio (nome comum), carbonato ácido de
sódio (nome comum).
Principais Cátions e Ânions :
Hidroxissais

São sais provenientes da neutralização parcial de uma

base, resultando num sal que possui pelo menos uma
hidroxila que não foi neutralizada pela base.

Nomenclatura: (Mono/Di/Tri/etc. + hidróxi) + (nome do

ânion) + (nome do cátion)

Exemplo: HNO3 + Ca(OH)2 = Ca(OH)NO3 + H2O

(Ácido) + (Base) →(Sal básico) + água
Nomenclatura:

Pb(OH)3Cl - triidróxi cloreto de chumbo IV (ou

plúmbico);
Pb(OH)2Cl2 - diidróxi cloreto de chumbo IV (ou
plúmbico).

Obs.: nomes comuns para sais:

Pb(OH)3Cl - cloreto tribásico de chumbo IV (ou

plúmbico);
Pb(OH)2Cl2 -cloreto dibásico de chumbo IV (ou
plúmbico).

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 445

 CAPÍTULO X

Exceções c) CuSO4.5H2O
d) NH4OCN
Já vimos anteriormente o caso dos ácidos fosforoso e e) NaHS
hipofosforoso, que possuem alguns hidrogênios não
ionizáveis. Sendo assim, podemos afirmar que compostos 4. IME Preencha o quadro abaixo conforme o exemplo
como Na2HPO3 e KH2PO2 formados a partir do ácido
fosforoso e hipofosforoso respectivamente são ácidos
neutros. N° quântico
Nox Distribui.
Nome do Fórmul. principal do
do Eletrôni.
Sais duplos ou mistos Composto Molecu. elétron de
ânion do cátion
valência
São sais provenientes de reações de neutralização entre
dois ácidos e uma base ou um ácido e duas bases. Carbonato de
Li2CO3 −2 2 1s2
lítio
Exemplo: Borato de
HCl + HBr + Ca(OH)2 → CaBrCl + 2H2O sódio
Sulfato de
Como regra geral o recomendado é que os elementos alumínio
sejam escritos em ordem crescente de eletronegatividade e Nitrato de
o nome seja dado de maneira inversa. Sendo assim, o zinco
composto anterior recebe como nomenclatura cloreto- Ferrocianeto
brometo de sódio. de cobre II
Fluoreto de
Também podemos ter sais duplos formados por dois enxofre VI
cátions como, por exemplo, o KNaSO4 e o Cs(NH4)HPO4,
que receberão respectivamente os nomes de sulfato duplo
de sódio e potássio e fosfato ácido duplo de amônio e 5. Escreva a fórmula dos seguintes compostos
césio. Nesse caso sempre usamos a palavra duplo na a) Bromato de potássio
nomenclatura. b) Permanganato de potássio
c) Hidrogenossulfito de sódio
Sais hidratados d) Fosfato de ferro II
e) Manganato de ferro III
Alguns sais têm a propriedade de incorporar água na sua
estrutura, formando os sais hidratados. Observe: 6. Escreva a reação de neutralização que forma os
seguintes sais:
Na2SO4.10H2O: Sulfato de sódio pentahidratado a) Carbonato de magnésio
CaCl2.2H2O: Cloreto de cálcio dihidratado. b) Fosfato de cálcio
c) Sulfeto de alumínio
Exercícios
7. São considerados sais terciários:
1. FUVEST Molibdato de amônio é usado como fonte de (A) NaCℓ e Na2S
molibdênio para o crescimento das plantas. Sabendo que (B) CaO e H2SO4
este elemento, de símbolo Mo, pertence à mesma família (C) NaHS e Na2CO3
do crômio, Cr, e que a fórmula do íon cromato é (CrO 4)2-, (D) Ni(OH)3 e FePO4
a fórmula do molibdato de amônio é: (E) H2SO4 e Ni(OH)3
(A) NH2MoO2
(B) NH3MoO3 8. VUNESP Escreva:
(C) (NH3)2MoO4 a) as fórmulas químicas dos compostos
(D) NH4MoO4 hidrogenocarbonato de sódio e sulfato de ferro (III);
(E) (NH4)2MoO4 b) os nomes dos compostos químicos de fórmulas
NH4NO3 e PbI2.
2. Os sais mono-hidroxilados são chamados de mono-
hidróxi-sais ou sais monobásicos. Com base nessa 9. VUNESP Escreva as fórmulas químicas e o respectivo
informação, escreva a fórmula de: nome de quatro sais diferentes formados por cátions de
a) cloreto básico de magnésio; metais alcalino-terrosos e ânions contendo enxofre e
b) hidroxinitrato de bário oxigênio.
c) monoidroxifosfato de sódio; 10. Um caminhão transportando ácido sulfúrico capotou,
d) clorato monobásico de alumínio; derramando o ácido na estrada. O ácido foi totalmente
e) brometo monobásico férrico neutralizado por uma solução aquosa de hidróxido de
sódio. Essa neutralização pode ser corretamente
3. Escreva o nome dos seguintes compostos: representada pelas equações abaixo.
a) NH4H3P2O7 H2SO4 + 2 NaOH→ X + 2 H2O
b) AℓSI H2SO4 + NaOH→ Y + H2O
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 446

As substâncias X e Y são respectivamente:
(A) Na2SO4 e NaHSO4.
(B) NaHSO4e Na2SO4.
(C) Na2SO3 e Na2SO4.
(D) Na2SO4 e NaHSO3.
(E) NaHSO3 e Na2SO4.
11. COVEST Em uma solução de sulfato de sódio, qual
das espécies abaixo é mais abundante?
(A) Na+
(B) SO3– 2
(C) Na2SO4
(D) SO2
(E) H2SO4
12. UDESC Alguns sais inorgânicos são utilizados na
medicina no tratamento de doenças, são exemplos disso o
bicarbonato de sódio como antiácido, o carbonato de
amônio como expectorante, o permanganato de potássio
como antimicótico e o nitrato de potássio como diurético.
Assinale a alternativa que contém a fórmula química
desses sais, respectivamente.
(A) Na2CO3, (NH4)2CO3, KMnO4 e KNO3
(B) NaHCO3, (NH4)2CO3, KMnO4 e KNO3
(C) NaHCO3, (NH4)2CO3, KMnO4 e K2NO3
(D) NaHCO3, NH4CO3, KMnO4 e KNO3
(E) Na2CO3, NH4CO3, KMnO4 e K2NO3
13. ITA Considere a seguinte sequência de sais de sódio:
sulfato; sulfito; tiosulfito e sulfeto. A opção que contém a
sequência de fórmulas corretas destes sais é:
(A) Na2SO4; Na2SO3; Na2S2O3; Na2S
(B) Na2SO4; Na2S; Na2S2O3; Na2SO3.
(C) Na2S2O3 Na2S; Na2SO4; Na2SO3.
(D) Na2SO4; Na2S2O3; Na2S2O2; Na2S.
(E) Na2SO3; Na2SO4; Na2S2O3; Na2S.
14. Muitos produtos químicos estão presentes no nosso
cotidiano, como por exemplo, o leite de magnésio,
vinagre, calcário, a soda cáustica, entre outros. Estas
substâncias citadas pertencem, respectivamente, às
funções químicas:
(A) ácido, base, sal e base;
(B) base, sal ,ácido e base;
(C) base, ácido, sal e base;
(D) ácido, base, base e sal;
(E) sal, ácido, sal e base.
15. Quanto aos sais KHS, KCℓ, Ca(OH)Cℓ e
CaCℓ2 • 2H2O. São classificados, respectivamente, como:
(A) sal ácido, sal normal, sal básico e sal hidratado;
(B) sal ácido, sal básico, sal normal e sal hidratado;
(C) sal normal, sal hidratado, sal ácido e sal básico;
(D) sal ácido, sal normal, sal hidratado e sal básico;
(E) sal normal, sal básico, sal hidratado e sal ácido.
16. Mackenzie-SP
A:
1) sulfato de alumínio
2) platina
3) hidróxido de sódio
4) bicarbonato de sódio
5) chumbo em placas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO X
B:
( ) matéria prima usada na manufatura de pinos utilizados
em cirurgias ortopédicas
( ) usado como um dos componentes de extintores de
incêndio (pó pressurizado)
( ) usado no tratamento de água
( ) usado em baterias de automóveis
( ) vendido no comércio com o nome de soda cáustica
Relacionando as substâncias da coluna A com as
afirmações da coluna B, a sequência numérica correta
encontrada, de cima para baixo, é:
(A) 5, 3, 4, 2, 1
(B) 2, 1, 3, 5, 4
(C) 2, 1, 4, 3, 5
(D) 2, 4, 1, 5, 3
(E) 5, 4, 1, 2, 3
17. EsPCEx Uma fina película escura é formada sobre
objetos de prata expostos a uma atmosfera poluída
contendo compostos de enxofre, dentre eles o ácido
sulfídrico. Esta película pode ser removida quimicamente,
envolvendo os objetos em questão em uma tolha de papel
alumínio e mergulhando-os em um banho de água quente.
O resultado final é a recuperação da prata metálica. As
equações balanceadas que representam, respectivamente, a
reação ocorrida com a prata dos objetos e o composto de
enxofre supracitado, na presença de oxigênio, e a reação
ocorrida no processo de remoção da substância da película
escura com o alumínio metálico do papel, são
(A)
4 Ag (s) + 2 H2S (g) + 1 O2 (g) → 2 Ag2S (s) + 2 H2O ( );
3 Ag2S (s) + 2 A (s) → 6 Ag (s) + 1 A 2S3 (s).
(B)
4 Ag (s) + 1H2S (s) + 1 O2 (g) → 2 Ag2O (s) + H2SO3 ( ) + 1 2 O2 (g);
3 Ag2O (s) + A (s) → 3 Ag (s) + A 2O3 (s).
(C)
4 Ag (s) + 1H2S (s) + 1 O2 (g) → 2 Ag2S (s) + 2 H2O ( );
2 Ag2S (s) + 4 A (s) → 4 Ag2S (s) + 2 A 2S(s).
(D)
2 Ag (s) + 1H2SO4 (g) + 1 2 O2 (g) → 1 Ag2SO4 (s) + H2O ( );
3 Ag2SO4 (s) + 2 A (s) → 3 Ag (s) + A 3S 2 (s) + O2 (g).
(E)
2 Ag (s) + 1H2SO3 (s) + 1 O2 (g) → 1 Ag2SO3 (s) + H2O2 ( );
3 Ag2SO3 (s) + 2 A (s) → 6 AgO (s) + A 2S3 (s) + 3 2 O2 (g).
18. Para realização de movimentos de ginástica olímpica,
os atletas passam um pó branco nas mãos, constituído
principalmente por carbonato de magnésio. Em relação a
esse composto, apresente sua fórmula química, sua função
química inorgânica e o número de oxidação do magnésio.
447
 CAPÍTULO X

Nomeie, também, a ligação interatômica que ocorre entre 5.

o carbono e o oxigênio. a) KBrO3
b) KMnO4
19. O técnico de uma farmácia deve usar um composto de c) NaHSO3
enxofre para preparar um determinado medicamento. Os d) Fe3(PO4)2
compostos de que ele dispõe são: e) Fe2(MnO4)3

I- sulfato de sódio; 6.
II- sulfeto de zinco; a) MgCO3
III- sulfato de magnésio; b) Ca3(PO4)2
IV- sulfeto de sódio c) Aℓ2S3

O preparo desse medicamento deverá ser feito com o 7. C

composto que apresente a maior razão entre o número de
átomos de enxofre e o número total de átomos dos outros 8. NaHCO3 /Fe2(SO4)3
elementos. Considerando uma unidade de cada composto, b) nitrato de amônio, iodeto de chumbo II ou plumboso
aquele a ser utilizado é o de número:
(A) I; 9. CaSO4 / MgSO4 / BaSO4 / RaSO4
(B) II;
(C) III; 10. A 11. A 12. B 13. D
(D) IV; 14. C 15. A 16. D 17. A

20. O ácido clórico é um ácido forte, utilizado como 18. MgCO3, sal, +2 e covalente.
catalisador em reações de polimerização e como agente
oxidante. Soluções aquosas desse ácido podem causar 19. B
grande irritação na pele e nas mucosas. Qual o nome e a
fórmula química do sal formado pela reação de 20. Clorato de alumínio e Aℓ(CℓO3)3
neutralização total do ácido clórico pelo hidróxido de
alumínio?

GABARITO

1. E

2.
a) Mg(OH)Cl;
b) Ba(OH)NO3;
c) Na2(OH)PO4;
d) Al(OH)(ClO3)2;
e) Fe(OH)Br2

3.
a) tri-hidrogeno pirofosfato de amônio
b) iodeto-sulfeto de alumínio
c) sulfato cúprico pentahidratado.
d) cianato de amônio.
e) sulfeto ácido de sódio

4.
a) Na3BO3 / -3 / 3 / 1s2(...)2p6
b) Al2(SO4)3 / -2 / 3 / 1s2(...)2p6
c) Zn(NO3)2 / -1 / 4 / (...) 3p6 3d10
d) Cu2[Fe(CN)6] / -4 / 4 / (...) 3p6 3d9
e) SF6 / -1 / 3 / Não tem cátion

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 448

 CAPÍTULO XI

CAPÍTULO XI - FUNÇÕES INORGÂNICAS III 1) Óxidos ácidos

Óxidos São óxidos formados por ametais ou até mesmo metais de

carga (NOX) maior que +5, que quando reagem com água
Óxidos são compostos binários (dois elementos químicos) geram ácidos e quando reagem com bases geram sal e
onde o elemento mais eletronegativo é o oxigênio. água.

Resultam da desidratação dos ácidos e, por isso, são

OBS: Compostos binários formados entre oxigênio e flúor chamados anidridos de ácidos. Observe alguns exemplos
não são considerados óxidos já que nesse caso o flúor é o de reações:
elemento mais eletronegativo. SO2 + H2O H2SO3
P2O5 + 3H2O 2H3PO4
Os elementos que se ligam ao oxigênio formando óxidos N2O3 + H2O 2HNO2
podem ser metais ou ametais. No caso dos metais temos a CO2 + H2O H2CO3
formação de ligação iônica, enquanto que no caso dos
Para escrever a reação de um óxido ácido com uma base
ametais temos a formação de ligações moleculares. podemos pensar nas seguintes reações sucessivas:
Devemos salientar então que são compostos de
propriedades muito variadas. ÓXIDO ÁCIDO + AGUA → ÁCIDO
ÁCIDO + BASE → SAL + ÁGUA
Fórmula geral: Ey+O2- → E2Oy
SO2 + H2O H2SO3
H2SO3+ 2KOH K2SO3 + 2H2O
A regra geral de nomenclatura dos óxidos tem como base
a quantidade de oxigênios e do átomo do segundo SO2 + 2KOH K2SO3 + H2O
elemento:

Hipótese 1: Se o átomo do elemento A for um metal, P2O5 + 3H2O 2H3PO4

damos a palavra óxido de nome do metal ou colocando o 2H3PO4+ 6LiOH 2Li3PO4 + 6H2O
nome associado ao sufixo ICO e OSO. Observe: P2O5 + 6LiOH 2Li3PO4 + 3H2O

FeO: óxido ferroso Outros exemplos:

Na2O: óxido de sódio
Aℓ2O3: óxido de alumínio N2O3 + Ba(OH)2 Ba(NO2)2 + H2O
CuO: óxido cúprico CO2 + Ca(OH)2 CaCO3 + H2O
Cu2O: óxido cuproso
OBS: Um mesmo óxido pode formar compostos
Hipótese 2: Se o elemento for um ametal podemos utilizar diferentes dependendo da proporção utilizada. Observe o
o prefixo mono, di, tri, etc..para indicar o número de caso do fósforo:
átomos de A e também do oxigênio. Observe:
P2O5 + H2O 2HPO3
SO2: dióxido de enxofre P2O5 + 2H2O H4P2O7
SO3: trióxido de enxofre P2O5 + 3H2O 2H3PO4
N2O5: pentóxido de dinitrogênio
CO: monóxido de carbono Diversas nomenclaturas podem ser usadas para o caso dos
óxidos ácidos. Por exemplo o CO2 pode receber diferentes
Classificação dos Óxidos nomenclaturas:
- dióxido de carbono (regra geral)
- anidrido carbônico (regra particular dos óxidos ácidos)
- gás carbônico (nome usual)

OBS2: CrO3 (anidrido crômico) – Também é óxido ácido.

OBS3: Observe o caso do nitrogênio:

N2O3 + H2O → 2HNO2 – Anidrido nitroso ou trióxido de

dinitrogênio
N2O5 + H2O → 2HNO3 – Anidrido nítrico ou pentóxido
de dinitrogênio.

Mas:
N2O3
+ N2O5
4 NO2 – anidrido nitroso-nítrico ou dióxido de nitrogênio.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 449

2) Óxidos básicos
São os óxidos formados por metais que quando reagem
com água formam hidróxidos e quando reagem com
ácidos geram sal e água. São formados por elementos que
possuem NOX baixo.
Exemplos: Na2O, K2O, CaO, CuO, Cu2O, Ag2O e MnO
K2O + H2O → 2KOH – óxido de potássio
FeO+ H2O→ Fe(OH)2 – óxido ferroso
Fe2O3 +2H2O → 2Fe(OH)3 - óxido férrico
CaO + H2O → Ca(OH)2
Ca(OH)2 + 2HCl → CaCl2 + 2 H2O
CaO + 2HCl → CaCl2 + H2O (Correção de acidez dos
solos)
FeO + H2O → Fe(OH)2
Fe(OH)2 + 2HCN → Fe(CN)2 + 2H2O
FeO + 2HCN → Fe(CN)2 + H2O
OBS: Os óxidos ácidos podem reagir com os óxidos
básicos gerando sais.
MgO + H2O → Mg(OH)2
N2O5 + H2O → 2HNO3
Mg(OH)2 + 2HNO3 → Mg(NO3)2 + 2H2O
MgO + N2O5 → Mg(NO3)2
3) Óxidos anfóteros
São aqueles que por vezes se comportam como óxidos
ácidos e por outras como óxidos básicos. São os óxidos de
alumínio (Al2O3), de zinco (ZnO) e de alguns metais de
transição como o cromo e o manganês. Exemplo de
reações:
ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
ZnO + 2NaOH → Na2ZnO2 + H2O
4) Óxidos neutros
São aqueles que não reagem nem com ácidos, nem com
bases nem com água. Temos apenas três exemplos:
NO: monóxido de nitrogênio
N2O: monóxido de nitrogênio (também conhecido como
gás hilariante, já que provoca o riso)
CO: monóxido de carbono
OBS: Não confunda a reatividade dos óxidos neutros.
Apesar de não reagirem nem com água, nem com ácido e
nem com base, os mesmos participam de diversas outras
reações na natureza. Por exemplo, os três podem sofrer
queima através de reações muito comuns.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO XI
5) Óxidos duplos ou mistos
São os óxidos provenientes da reação de outros dois
óxidos. Observe:
FeO + Fe2O3→ Fe3O4 (óxido ferroso + óxido férrico =
óxido ferroso-férrico)
2PbO + PbO2→ Pb3O4 (óxido plumboso + óxido
plùmbico = óxido plumboso-plúmbico)
Quando reagimos esses óxidos com ácidos devemos
formar dois sais, um com o cátion de carga menor e o
outro cátion de carga maior. Podemos pensar na reação
separadamente:
FeO + H2SO4→ FeSO4 + H2O
Fe2O3 + 3H2SO4 → Fe2(SO4)3+ 3H2O
Fe3O4+ 4H2SO4 → FeSO4 + Fe2(SO4)3 + 4H2O
OBS: O Fe3O4 é chamado de magnetita e é o principal
constituinte dos imãs. Já o Pb3O4 é chamado de zarcão e
serve para proteger grades de ferro de formarem ferrugem.
6) Peróxidos
São óxidos que apresentam o grupo O22-. Eles reagem com
água ou com ácidos diluídos produzindo “água
oxigenada”.
Os peróxidos comuns são:
- Peróxido de Hidrogênio: quando em solução aquosa
chama-se “água oxigenada.” – H2O2
-Peróxidos de metais alcalinos.
-Peróxidos de metais alcalinos terrosos
Exemplos:
K2O2: peróxido de potássio
CaO2: peróxido de cálcio.
7) Superóxidos
São óxidos que apresentam o grupo O42-. São os
compostos extremamente instáveis e dificilmente
encontrados na natureza.
Exemplos:
K2O4: superóxido de potássio
MgO4: superóxido de magnésio.
450

Hidretos
Compostos binários onde o hidrogênio é o elemento mais
eletronegativo.
NaH: hidreto de sódio
AℓH3: hidreto de alumínio
Hidretos reagem com água:
NaH + H2O → NaOH + H2
Carbetos
São compostos binários com o carbono sendo o elemento
mais eletronegativo.
CaC2: carbeto de cálcio
Aℓ4C3: carbeto de alumínio
CaC2 + 2H2O → Ca(OH)2 + C2H2
Aℓ4C3 + 12H2O → 4Aℓ(OH)3 + 3CH4
Exercícios
1. ITA Considere as seguintes afirmações:
I. Óxidos como Na2O, MgO e ZnO são compostos
iônicos.
II. Óxidos como K2O, BaO e CuO são básicos.
III. Óxido de carbono, nitrogênio e enxofre são
compostos moleculares.
IV. PbO2 e MnO2 são oxidantes fortes.
Destas afirmações estão CORRETAS:
(A) Apenas I e II. (B) Apenas I e III.
(C) Apenas III e IV. (D) Apenas I, II e III.
(E) Todas.
2. UFRRJ Muitas pessoas já ouviram falar de "gás
hilariante". Mas será que ele é realmente capaz de
provocar o riso? Na verdade, essa substância, o óxido
nitroso (N2O), descoberta há quase 230 anos, causa um
estado de euforia nas pessoas que a inalam. Mas pode ser
perigosa: na busca de uma euforia passageira, o gás já foi
usado como droga, e, em várias ocasiões, o resultado foi
trágico, como a morte de muitos jovens.
Sobre o óxido nitroso, responda:
(A) Como é classificado?
(B) Qual o número de oxidação do nitrogênio?
(C) Que tipo de ligação une seus átomos?
(D) Que outra nomenclatura também pode ser usada?
3 UFRJ A reação de hidratação de um certo óxido é
representada pela equação:
X2O + H2O → 2 XOH,
Onde X é um elemento desconhecido
a) Classifique o óxido X2O.
b) A reação de neutralização de XOH com um ácido
produz sal e água.
Sabendo que 112g de XOH reagem com 73g de ácido
clorídrico, apresente o nome do sal formado nesta
neutralização.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho
CAPÍTULO XI
4. PUC Considere as seguintes substâncias:
I. cal virgem, CaO
II. cal hidratada, Ca(OH)2
III. gipsita, CaSO4.2H2O
De acordo com as regras de nomenclatura de substâncias
inorgânicas, os nomes desses compostos são,
respectivamente,
(A) peróxido de cálcio, hidreto de cálcio e sulfato de
cálcio anidro.
(B) monóxido de cálcio, hidróxido de cálcio e sulfeto
hidratado de cálcio.
(C) óxido de cálcio, hidreto de cálcio e sulfito de cálcio
diidratado.
(D) peróxido de cálcio, hidreto de cálcio e sulfato de
cálcio hidratado.
(E) óxido de cálcio, hidróxido de cálcio e sulfato de
cálcio diidratado
5. 26,5g de uma amostra de carbonato de sódio contendo
20% de impurezas são misturados com excesso de ácido
fosfórico produzindo fosfato de sódio, água e anidrido
carbônico. Sabendo-se que um mol de gás ocupa 40 litros,
qual o volume gasoso produzido?
6. Muitos óxidos são usados em nosso cotidiano, o óxido
de alumínio é usado em cerâmicas, o peróxido de
hidrogênio é vendido nas farmácias como água oxigenada
e o óxido de chumbo IV usado na produção de
máquinas de segurança. A fórmula dos três óxidos está
corretamente representada em:
(A) Aℓ2O3, HO2 e PbO4.
(B) AℓO, H2O2 e PbO4.
(C) Aℓ2O3, H2O2 e PbO2.
(D) AℓO, HO2 e PbO2.
7. ITA Qual é o composto cuja solução aquosa contém
dois ácidos?
(A) NO2 (B) SO2 (C) N2O
(D) Cl2O (E) CrO3
8. VUNESP Considere as reações de K2O com água e de
SO3 com água. Escreva:
a) as equações químicas balanceadas, indicando os
nomes e as fórmulas dos produtos dessas reações;
b) a equação balanceada da reação que ocorre e o nome
do composto formado, se as soluções dos produtos
resultantes dessas reações forem misturadas.
9. Na reação de óxido de alumínio com ácido sulfúrico,
formam-se sulfato de alumínio e água. Para se obter
1026g desse sulfato, quantos mols do ácido são
necessários?
10. FUVEST Em um acidente, um caminhão carregado de
solução aquosa de ácido sulfúrico tombou, derramando
19,6 toneladas dessa solução no asfalto. Quantas toneladas
de cal (óxido de cálcio) seriam necessárias para reagir
totalmente com essa quantidade de ácido?
451
 CAPÍTULO XI

11. - Estatísticas mostram que ao longo das décadas, os (D) Magnésio e dióxido de carbono.
raios são os fenômenos naturais que mais provocam (E) Cloreto de amônio e sulfato de chumbo.
mortes, comparados a fenômenos como tornados,
enchentes e vendavais. 15. A formação frequente de grandes volumes de pirita
Embora contraditório, os relâmpagos são essenciais à (FeS2) em uma variedade de depósitos minerais favorece a
vida, pois dentre outros benefícios, combinam formação de soluções ácidas ferruginosas , conhecidas
quimicamente o oxigênio e o nitrogênio, que, juntamente como “drenagem ácida de minas “,Esse fenômeno tem
com a chuva, formam um excelente adubo natural. sido bastante pesquisado entre os impactos da mineração
Da combinação química mencionada surge um composto no ambiente. Em contato com oxigênio, a 25 OC , a pirita
que é classificado como: sofre reação , de acordo com a equação química:
(A) Binário e óxido básico
(B) Ternário e óxido anfótero
(C) Binário e peróxido
(D) Ternário e superóxido
(E) Binário e óxido ácido
Para corrigir os problemas ambientais causadas por essa
12. Ao preparar doce de abóbora, para se obter a rigidez drenagem , a substância mais recomendada a ser
superficial dos cubos, adiciona-se óxido de cálcio à adicionada ao meio é o
mistura. Esse óxido reage com a água que existe na (A) sulfeto de sódio.
abóbora e produz o hidróxido de cálcio, que por sua vez (B) cloreto de amônio.
reage com o gás carbônico da atmosfera, produzindo um (C) dióxido de enxofre.
sal pouco solúvel. (D) dióxido de carbono.
Sobre as substâncias químicas citadas no texto, são feitas (E) carbonato de cálcio
as seguintes afirmações:
I. o óxido adicionado é classificado como óxido 16. EsPCEx Conversores catalíticos de automóveis são
básico; utilizados para reduzir a emissão de poluentes. Os gases
II. o gás carbônico possui momento dipolar diferente de resultantes da combustão no motor e o ar passam por
zero; substâncias catalisadoras que aceleram a transformação de
III. o hidróxido de cálcio é muito solúvel em água; monóxido de carbono (CO) em dióxido de carbono
IV. o sal formado possui fórmula CaCO3. (CO2 ) e a decomposição de óxidos de nitrogênio
(genericamente Nx Oy ) em gás nitrogênio (N2 ) e gás
É correto o que se afirma apenas em
(A) I e II. (B) III e IV. oxigênio (O2 ).
(C) I e IV. (D) II e III.
(E) I, III e IV. Em relação ao uso de catalisadores e as substâncias
citadas no texto, são feitas as seguintes afirmações:
13. As três colunas abaixo apresentam as fórmulas, as
classificações e as nomenclaturas para cinco óxidos. I. As reações de decomposição dos óxidos de
Indique a opção que apresenta a correlação corretas entre nitrogênio a gás oxigênio e a gás nitrogênio ocorrem
elas: com variação no número de oxidação das espécies.
II. O CO 2 é um óxido ácido que quando reage com a
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 água forma o ácido carbônico.
I – Óxido III. Catalisadores são substâncias que iniciam as reações
duplo A – Óxido de Alumínio químicas que seriam impossíveis sem eles,
1 – NO II – Anidrido B – Óxido Nitroso aumentando a velocidade e também a energia de
2 – Cℓ2O III - Óxido C - Óxido duplo de ativação da reação.
3 – Mn3O4 Anfótero manganês. IV. O monóxido de carbono é um óxido básico que ao
4 – MnO IV – Óxido D – Óxido de Manganês reagir com a água forma uma base.
5 – Aℓ2O3 Básico (II). V. A molécula do gás carbônico apresenta geometria
V – Óxido E – Anidrido Hipocloroso. espacial angular.
Neutro
Das afirmativas feitas estão corretas apenas:
(A) 1; IV; B (B) 2; III; E (A) I e II. (B) II e V.
(C) 3; I; D (D) 4; IV; D (C) III e IV. (D) I, III e V.
(E) 5; I; A (E) II, IV e V.

14. Em qual dos pares de substâncias puras abaixo, ambas
no estado sólido, são encontradas em cada uma delas,
simultaneamente, ligações covalentes e ligações de Van
der Waals?
(A) Iodo e dióxido de carbono.
(B) Dióxido de silício e naftaleno.
(C) Iodo e óxido de magnésio
17. EsPCEx Baseado no texto a seguir, responda a(s)
questão(ões)
“... Por mais surpreendente que pareça, a desintegração do
exército napoleônico pode ser atribuída a algo tão
pequeno quanto um botão — um botão de estanho, para
sermos mais exatos, do tipo que fechava todas as roupas

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 452

 CAPÍTULO XI

no exército, dos sobretudos dos oficiais às calças e paletós

dos soldados de infantaria. GABARITO
“Quando a temperatura cai, o reluzente estanho metálico
exposto ao oxigênio do ar começa a se tornar friável e a se 1. E
esboroar (desfazer) num pó acinzentado e não metálico —
continua sendo estanho, mas com forma estrutural 2.
diferente”. a) Óxido neutro.
(Adaptado deOs Botões de Napoleão — Penny Le Couteur e Jay b) Nox = +1.
Burreson— p. 8). c) Ligação covalente.
d) Monóxido de dinitrogênio.
O texto acima faz alusão a uma reação química, cujo
produto é um pó acinzentado e não metálico. A alternativa 3.
que apresenta corretamente o nome e fórmula química a) Óxido básico.
dessa substância b) Cloreto de x.
(A) cloreto de estanho de fórmula SnC 2 .
(B) estanho metálico de fórmula Sno . 4. E
(C) óxido de estanho VI de fórmula Sn2O3 . 5. 8 L
6. C
(D) peróxido de estanho de fórmula Sn3O2 .
7. A
(E) óxido de estanho II de fórmula SnO.
8.
18. EsPCEx Considere os seguintes óxidos: K2O + H2O → KOH (hidróxido de potássio)
SO3 + H2O → H2SO4 (ácido sulfúrico)
I. MgO b) KOH + H2SO4 → K2SO4 + H2O
II. CO
III. CO2 9. 9 mols
IV. CrO3 10. 11,2
V. Na2O 11. E
12. E
Os óxidos que, quando dissolvidos em água pura, reagem 13. D
produzindo bases são 14. A
15. E
(A) apenas II e III. 16. A
(B) apenas I e V. 17. E
(C) apenas III e IV. 18. B
(D) apenas IV e V.
(E) apenas I e II. 19. Cr3O2, ZnO e Fe3O2. Óxido anfótero.
MgO + H2O -> Mg(OH)2
19. Vários óxidos fazem parte do nosso dia a dia e são de
grande importância econômica. Por exemplo, o óxido de 20. Dióxido de carbono, ácido, +2 e -2.
alumínio e o óxido de cromo III são matérias-primas para
a extração do alumínio e do cromo, respectivamente. O
óxido de zinco é utilizado em pomadas, e o óxido de
magnésio, em produtos de higiene. O óxido de ferro III é
utilizado como pigmento em tintas para a obtenção da cor
vermelha. Apresente a formula molecular dos óxidos
formados por metais de transição. Indique também a
classificação do primeiro óxido do texto e por último
mostre a reação com água do óxido formado pelo metal
alcalino-terroso.

20. Em algumas indústrias, a fumaça produzida pelo

processo de queima de combustíveis fósseis contém a
mistura dos seguintes gases residuais: CO2,CO,SO2,N2 e
O2. Nomeie o CO2, classifique o caráter ácido-base do
SO2 e escreva o NOX dos elementos que formam o óxido
neutro.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 453

 CAPÍTULO XI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” – Bernardinho 454

HISTÓRIA GERAL

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 455

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 456
 CAPÍTULO VII

CAPÍTULO VII - ILUMINISMO 3. PENSADORES ILUMINISTAS:

O Iluminismo foi o movimento intelectual burguês surgido Observe o quadro com os principais pensadores iluministas.
na Inglaterra em fins do século XVII e consolidado na França
do século XVIII (o “século das luzes”). Pensador Livro Principais Ideias
John Locke “Segundo Defendeu os direitos
(1632-1704) Tratado do naturais do homem, como
O objetivo era criticar o “antigo regime”, servindo de
Governo a vida, a liberdade e a
ideologia para as Revoluções Burguesas, cujo principal Civil” propriedade.
exemplo foi a Revolução Francesa. Montesquie “O Espírito Defendeu a limitação do
u das Leis” poder real através da
Alguns autores chamam o Iluminismo de “movimento das (1689-1755) divisão em Três Poderes.
luzes” ou “Ilustração”. Voltaire “Cartas Criticou a Igreja e
(1694-1778) Inglesas” defendeu a liberdade de
expressão. Era elitista e
1. REVOLUÇÃO CIENTÍFICA DO SÉCULO XVII:
inspirou o “despotismo
esclarecido”
No século XVII, após a intolerância religiosa da Reforma do Rousseau “Contrato O mais popular, criticou
século XVI, o racionalismo voltou a ser exaltado no (1712-1778) Social” o absolutismo e a
movimento conhecido como Revolução Científica. propriedade, defendendo
a liberdade, a educação e
A transformação viria do pensamento de diversos a vontade do povo.
filósofos/cientistas. É importante observar que naquela
4. O DESPOTISMO ESCLARECIDO:
época, filosofia e ciência caminhavam juntos. Não havia a
atual divisão entre humano e matemático. As indagações Inspirados no pensamento de Voltaire, na segunda metade do
sobre as origens da vida e do homem geraram o saber século XVIII, alguns reis tentaram aplicar o Iluminismo aos
científico. seus governos absolutistas.

2. OS IDEAIS ILUMINISTAS: As idéias claramente contraditórias foram usadas para

Visando criticar o Antigo Regime, o pensamento iluminista
negou os principais valores da época, como o Absolutismo e
o Mercantilismo.
O princípio é bem simples: a sociedade não tinha liberdades
e era desigual, portanto, os iluministas defenderam a
liberdade e a igualdade.
modernizar Estados absolutistas em regiões mais atrasadas,
como a Península Ibérica e a Europa Oriental.
Dentre os monarcas considerados “esclarecidos” podemos
citar: Frederico II (Prússia), José II (Áustria), Catarina II
(Rússia) e os ministros Marquês de Pombal (rei D. José I de
Portugal) e Aranda (rei Carlos III de Espanha).
A modernização consistia em conceder pequenas liberdades
e estimular a educação e a produção industrial e agrícola.

Apesar de aparentar ser uma proposta social, onde os pobres
poderiam igualar-se aos ricos e o povo acreditar nisso, na
realidade a proposta era de igualdade jurídica onde “todos
seriam iguais perante a lei”.
Além das ideias básicas de crítica ao Absolutismo e ao
Mercantilismo e a defesa da liberdade e igualdade, também
podemos listar outras características, como:
- Crítica ao comportamento da Igreja que sustentava o direito
divino, ficando conhecido como anti-clericalismo.
- Defesa de direitos naturais do homem, como a vida, a
liberdade, a propriedade e a felicidade.
- Para garantir a liberdade o homem teria o direito de resistir
à opressão, como, por exemplo, do rei absolutista e da
exploração colonial.
- Defesa da limitação do poder do rei e da não-intervenção na
economia.
O despotismo pode ser sintetizado na frase: “tudo pelo povo,
mas sem o povo”, denotando o caráter elitista do movimento.
A curta duração deve-se ao processo revolucionário francês
do fim do século XVIII que assustou a monarquia européia e
levou ao endurecimento do Absolutismo.
5. A FISIOCRACIA:
No contexto da crítica iluminista ao Mercantilismo,
desenvolveu-se no século XVIII a escola francesa de
economia propondo a valorização da natureza.
Baseados na idéia do “laissezfaire, laissezpasser” (“deixai
fazer, deixai passar”), defendiam a liberdade econômica
através da não-intervenção do Estado na economia.
A principal fonte de riqueza era a terra (agricultura),
destacando-se os pensadores franceses Quesnay, Gournay e
Turgot.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 457


6. O LIBERALISMO:
O Liberalismo foi a aplicação prática dos ideais iluministas
burgueses. Desenvolveu-se no contexto das Revoluções
Burguesas do século XVIII e consolidou-se no século XIX
com as Revoluções Liberais. É predominante até os dias
atuais.
O Liberalismo Político defende:
- Igualdade Jurídica: todos são iguais perante a lei. O
documento que legitima os direitos dos cidadãos é a
Constituição, um conjunto de leis máximas que regem a
nação.
- Liberdade de pensamento, de expressão, de religião e o
direito de ir e vir.
- Anti-absolutismo expresso na divisão dos Três Poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário.
- Descentralização do poder através do federalismo,
fortalecendo as elites regionais.
- Sistema Representativo: os cidadãos escolhem os seus
representantes através de eleições.
O Liberalismo Econômico defende:
- Liberdade Econômica: livre produção (inspirada no
“laissez-faire”), livre comércio (inspirada no “laissez-
passer”), livre consumo, livre concorrência, livre cambismo
(eliminação ou redução das tarifas alfandegárias) e liberdade
de contrato entre capital e trabalho (o governo não deve
interferir na relação salarial entre patrões e empregados).
- Fonte de riqueza: trabalho.
- Para aumentar a produtividade era necessária a
especialização através da divisão do trabalho.
- Não-intervenção do Estado na economia, na medida em que
as “leis naturais” regulam preços e salários, como a “lei da
oferta e da procura”.
Além de Adam Smith, considerado o “pai do liberalismo”,
compunham a chamada “escola clássica” do Liberalismo,
Thomas Malthus e David Ricardo. Malthus defendeu a
pessimista teoria de que os alimentos crescem em progressão
aritmética enquanto a população cresce em progressão
geométrica, justificando a miséria no mundo. Ricardo
propôs, dentre outras coisas, a “lei férrea dos salários” no
qual os salários dos trabalhadores seria o mínimo necessário
para a sobrevivência.
EXERCÍCIOS
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao
pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto
entre políticos e intelectuais das cidades mais importantes
quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas
que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em
declínio.
(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992, p. 224)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
1. Faz parte das características do pensamento liberal
europeu, no século XIX, a defesa
(A) da liberdade de imprensa e de ações afirmativas visando
à reparação estatal a grupos discriminados.
(B) da distribuição equitativa de riquezas e do estado de
bem-estar social.
(C) do livre cambismo e do direito à propriedade privada.
(D) da liberdade de culto e do mutualismo.
(E) da nacionalização dos meios de produção e da doutrina
do destino manifesto.
2. “O gênero humano é de tal ordem que não pode subsistir,
a menos que haja uma grande infinidade de homens úteis que
não possuam nada.” (Dicionário filosófico, verbete Igualdade)
“O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra,
contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua
vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio do
Estado.” (Cartas inglesas)
Sobre os trechos de Voltaire, é correto afirmar que o autor
(A) define, com suas ideias, os interesses da burguesia como
classe, no século XVIII: o comércio como condição para
a acumulação de capital, a riqueza como fator de
liberdade e do poder de Estado e a propriedade ligada à
desigualdade.
(B) crê, como filósofo iluminista do século XVIII, nas
igualdades social e política, pois a filosofia burguesa
elabora uma doutrina universalista que confunde a causa
da burguesia com a de toda a humanidade.
(C) critica a centralização do poder na medida em que ela
breca a liberdade, impedindo o progresso das técnicas e
a expansão do comércio que geram riqueza, e, ao mesmo
tempo, aceita a propriedade como fundamento da
igualdade.
(D) considera que a burguesia não se constitui em uma classe
no século XVIII, e ela precisa do poder do Estado
centralizado para garantir a sua riqueza e, nessa medida,
aproxima-se da nobreza para obter apoio político.
(E) defende, como representante da Ilustração, a liberdade
ligada à ausência da propriedade e elabora princípios
universais, com direitos e deveres para todos os homens,
o que faz a igualdade econômica ser o fundamento da
sociedade.
3. O Princípio de Separação dos Poderes, embora tenha sido
positivado por meio da revolução constitucionalista do final
do século XVIII, tem raízes muito mais profundas, tendo em
vista que a preocupação de atribuir as funções fundamentais
do estado a órgãos distintos é objeto de reflexão e discussão
desde os primórdios da organização estatal. A separação dos
poderes do Estado tem suas bases definidas por meio de uma
teoria, que se desenvolveu ao longo do tempo, mediante a
reflexão de filósofos que remontam à Antiguidade,
consagrando-se efetivamente após a análise de Montesquieu,
no século XVIII.
BARBOSA, Marília Costa. Revisão da Teoria da Separação dos
Poderes do Estado. Escola Superior do Ministério Público do
Ceará. (Adaptado)
Diante do contexto explicado, qual a principal característica
da separação dos poderes no pensamento de Montesquieu?
(A) Combater a expansão dos ideais socialistas.
458

(B) Possibilitar a exploração dos trabalhadores.
(C) Garantir a manutenção do Antigo Regime.
(D) Propiciar a expansão da industrialização.
(E) Assegurar a liberdade dos indivíduos.
4. O movimento intelectual conhecido como Iluminismo
ocorreu no século XVIII.
Leia as informações abaixo.
I. O pensamento político e econômico dos iluministas
correspondia aos anseios da burguesia e ambos se
opunham ao Positivismo.
II. O período ficou conhecido como o Século das Luzes.
III. O Iluminismo combateu o absolutismo monárquico, o
mercantilismo e o poder da Igreja.
IV. O Iluminismo encontrou forte resistência entre os
adeptos do liberalismo.
Estão corretas
(A) as afirmativas I, II, III, IV.
(B) apenas as afirmativas I e II.
(C) apenas as afirmativas III e IV.
(D) apenas as afirmativas I e IV.
(E) apenas as afirmativas II e III.
5. Observe a imagem:
O Iluminismo foi o movimento cultural europeu ocorrido
entre a revolução inglesa (1688) e a Revolução francesa
(1789). Acerca desse movimento assinale a alternativa
INCORRETA:
(A) Em política atacava-se o poder absoluto dos governantes
e propunha governos constitucionais.
(B) Criticava-se a Igreja Católica, sustentáculo ideológico
do Antigo Regime e propunha a separação Igreja –
Estado.
(C) As propostas do Liberalismo, tais como a não
intervenção na economia, eram opostas ao
Mercantilismo dos Estados Absolutistas.
(D) A representação da luz – o sol – símbolo da razão,
deveria nortear a construção de uma nova sociedade
capitalista e dissipar a treva identificada com o
Absolutismo.
(E) O movimento iluminista defendia a manutenção do
direito divino dos soberanos em oposição ao
obscurantismo da tradição.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
6. No século XVIII a Europa foi marcada por um movimento
intelectual que configurou a nova ordem das relações sociais
no mundo ocidental. Dentre as ideias políticas e sociais do
Iluminismo, apareceram as bases do que se denominou
“liberalismo”. Destacou-se nessa corrente o autor inglês
Adam Smith, que em 1776 escreveu uma importante obra que
defendia os princípios das doutrinas liberais. Este manual de
comportamento liberal, que colocava os princípios básicos do
sistema capitalista, foi denominado
(A) A Origem da Família, da Propriedade Privada e do
Estado.
(B) A Riqueza das Nações.
(C) A Evolução das Espécies.
(D) O Capital.
(E) O Mal Estar na Modernidade.
7. Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador
de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida,
a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses
direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam
seus justos poderes do consentimento dos governados.
Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas
finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e
instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre
tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a
ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a
segurança e a felicidade.
(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In:
Harold Syrett (org.).
Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)
O documento expõe o vínculo da luta pela independência das
treze colônias com os princípios
(A) liberais, que defendem a necessidade de impor regras
rígidas de protecionismo fiscal.
(B) mercantilistas, que determinam os interesses de
expansão do comércio externo.
(C) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de
rebelião contra governos tirânicos.
(D) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar
pela própria salvação.
(E) católicos, que justificam a ação humana apenas em
função da vontade e do direito divinos.
8. Em meados do século XVIII, diversas monarquias
europeias se modernizaram com base nos ideais iluministas
para um programa de reformas que assegurasse uma
administração mais racional e eficiente do Estado. Embora
afirmassem agir em nome da “maior felicidade dos povos”,
estes permaneciam excluídos da tomada de decisões
políticas.
Considerando as relações entre a cultura iluminista e as
reformas promovidas pelos “soberanos esclarecidos”, analise
as afirmativas a seguir.
I. Os soberanos reformadores concentraram seus esforços no
desmantelamento de privilégios fiscais e no
redimensionamento dos poderes eclesiásticos, como no
caso de Frederico II na Prússia e de D. José I e de seu
ministro Pombal em Portugal.
II. Os filósofos iluministas forneceram o tema da razão, da
boa administração e da pública felicidade aos projetos
459

absolutistas dos monarcas e o da liberdade à oposição
antiabsolutista.
III. Os opositores do reformismo monárquico eram juristas e
magistrados tradicionalistas, a nobreza fundiária e o alto
clero, ameaçados pela dissolução da sociedade de ordens
promovida pelos soberanos esclarecidos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
9. François-Marie Arouet, conhecido como Voltaire, afirma
que “a história não é mais que um quadro de delitos e
desventuras”. Interessado nos aspectos sociais, culturais e
econômicos de diferentes povos, é considerado um dos
precursores da ideia da história como ciência autônoma da
teologia, da moral, e capaz de desfazer o mito da
superioridade dos antigos. Voltaire representa uma corrente
cultural denominada de
(A) Cartesianismo. (B) Evolucionismo.
(C) Iluminismo. (D) Racionalismo.
10. A Filosofia das Luzes teria destruído as bases sobre as
quais a monarquia se mantivera durante séculos. Revolução,
Iluminismo e Republicanismo formariam assim uma tríade
inseparável para a compreensão dos acontecimentos que
abalaram a França no final do século XVIII.
(BIGNOTTO, Newton. As aventuras da virtude: As ideias
republicanas na França do século XVIII. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010. pp. 16-17. Adaptado)
Sobre a temática e o período indicado no texto, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) O ideário republicano iluminista teve um papel muito
importante na formatação ideológica da Revolução
Americana de 1776.
(B) Na América Hispânica, esse ideário não influenciou o
processo de independência das antigas colônias
espanholas.
(C) Jean-Jacques Rousseau foi um dos grandes críticos do
Republicanismo.
(D) As ideias republicanas francesas foram a base política do
processo de independência do Brasil em 1822.
(E) Apesar da força do pensamento republicano no processo
revolucionário, a monarquia persistiu na França, após a
Revolução de 1848.
11. O pensamento iluminista, baseado no racionalismo,
individualismo e liberdade absoluta do homem, ao criticar
todos os fundamentos em que se assentava o Antigo Regime,
revelava as suas contradições e as tornava transparentes aos
olhos de um número cada vez maior de pessoas.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982. Adaptado.)
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto,
podemos citar a rejeição iluminista do
(A) princípio da igualdade jurídica.
(B) livre comércio.
(C) liberalismo econômico.
(D) republicanismo.
(E) absolutismo monárquico.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
12. A Europa Ocidental vivenciou, entre os séculos XVI e
XVIII, inúmeras transformações culturais. É(são) uma dessas
transformações:
(A) o Movimento Reformista do Século XVI foi
caracterizado por uma unificação de pensamento e
práticas nos diversos países nos quais se difundiu.
(B) o Pensamento Científico, nos Séculos XVII e XVIII,
fundamenta-se na Crítica, no Empirismo e no
Naturalismo.
(C) os Tribunais da Santa Inquisição foram extintos entre
1545 e 1563, graças à Contrarreforma Religiosa, que
alterou os dogmas católicos a partir de um enfoque
humanista.
(D) as ideias liberais econômicas, na metade do século
XVIII, criticavam o Sistema Colonial e defendiam a
Manutenção dos Monopólios que eram o principal
gerador de riqueza da sociedade.
(E) o Movimento Iluminista, no século XVIII, baseava-se no
racionalismo e criticava os fundamentos do poder da
igreja que apoiava os princípios do poder monárquico
absoluto.
13. No livro Investigação sobre a natureza e a causa da
riqueza das nações, publicado em 1776, Adam Smith
argumentou que um agente econômico, procurando o lucro,
movido pelo seu próprio interesse, acaba favorecendo a
sociedade como um todo. Esse ponto de vista é um dos
fundamentos
(A) do liberalismo, que dispensou a regulamentação da
economia pelo Estado.
(B) do utilitarismo, que defendeu a produção especializada
de objetos de consumo.
(C) do corporativismo, que propôs a organização da
sociedade em grupos econômicos.
(D) do socialismo, que expôs a contradição entre produção e
apropriação de riqueza.
(E) do mercantilismo, que elaborou princípios de
protecionismo econômico.
14. O iluminismo (ou ilustração) foi uma corrente de ideias
que teve origem no século XVII e se desenvolveu sobretudo
no século XVIII. O referido movimento é considerado
importante por transformar a visão tradicional do homem
moderno.
O iluminismo expressou a
(A) consolidação dos dogmas religiosos como importantes
na vida humana.
(B) negação dos princípios do uso da razão, pois não
contribuía para o conhecimento humano.
(C) consolidação do uso da razão, ou racionalismo, como
elemento essencial do ser humano.
(D) consolidação da providência divina dos reis.
(E) negação dos valores do humanismo e do uso da razão.
15. Os direitos civis, surgidos na luta contra o Absolutismo
real, ao se inscreverem nas primeiras constituições modernas,
aparecem como se fossem conquistas definitivas de toda a
humanidade. Por isso, ainda hoje invocamos esses velhos
“direitos naturais” nas batalhas contra os regimes autoritários
que subsistem.
QUIRINO, C. G.; MONTES, M. L. Constituições. São Paulo:
Ática, 1992 (adaptado).
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 CAPÍTULO VII

O conjunto de direitos ao qual o texto se refere inclui (B) fortalecimento do poder papal após o surgimento da
(A) voto secreto e candidatura em eleições. Teoria do Direito Divino.
(B) moradia digna e vagas em universidade. (C) apesar da intensidade das ideias revolucionárias
(C) previdência social e saúde de qualidade. iluministas, a penetração desses ideais não chegava às
(D) igualdade jurídica e liberdade de expressão. colônias americanas.
(E) filiação partidária e participação em sindicatos. (D) criou bases ideológicas para a Revolução Francesa e
influenciou o desenvolvimento da cultura e da educação
16. François-Marie Arouet, conhecido como Voltaire, ocorrido na Europa.
afirma que “a história não é mais que um quadro de delitos e (E) mesmo com bases revolucionárias, defendia a servidão.
desventuras”. Interessado nos aspectos sociais, culturais e
econômicos de diferentes povos, é considerado um dos 20. Da Independência dos Estados Unidos (1776), da
precursores da ideia da história como ciência autônoma da Revolução Francesa (1789) e do processo de independência
teologia, da moral, e capaz de desfazer o mito da na América Ibérica (1808-1824), pode-se dizer que todos
superioridade dos antigos. Voltaire representa uma corrente esses movimentos
cultural denominada de (A) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e
(A) Cartesianismo. da propriedade privada.
(B) Evolucionismo. (B) tiveram início devido à pressão popular radical e
(C) Iluminismo. terminaram sob o peso de execuções em massa.
(D) Racionalismo. (C) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada,
viabilizar a revolução industrial.
17. "A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da (D) adotaram ideias democráticas e defenderam a
natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor superioridade do homem comum.
de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação (E) sofreram influência das ideias ilustradas, mas variaram
e independentemente da escolha estabelecida no contrato de no encaminhamento das soluções políticas.
submissão..."
Diderot, artigo "Autoridade política", Enciclopédia. 1751 21. O Iluminismo trouxe uma nova concepção de homem e
de mundo. Dentre os iluministas, Rousseau (1712 - 1778)
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar pode ser considerado o mais polêmico. Ele glorificava os
que o autor valores da vida natural e atacava a corrupção e a avareza da
(A) pressupunha, como os demais iluministas, que os sociedade aristocrática. Foi um importante defensor da
direitos de cidadania política eram iguais para todos os pequena burguesia e inspirador dos ideais da Revolução
grupos sociais e étnicos. Francesa. Para Rousseau a democracia verdadeira estava
(B) propunha o princípio político que estabelecia leis para centrada em um trinômio formado por
legitimar o poder republicano e democrático. (A) liberdade - propriedade - família.
(C) apoiava uma política para o Estado, submetida aos (B) liberdade - igualdade - vontade geral.
princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio (C) contrato social - igualdade - voto direto.
do voto universal. (D) vida natural - igualdade - humanidade.
(D) acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na (E) constituição - fraternidade - revolução.
revolução armada como único meio para a deposição de
monarcas absolutistas. 22. O Liberalismo Econômico se constituiu numa doutrina
(E) defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os política do capitalismo industrial e financeiro. Qual das
princípios do liberalismo político que se contrapunham alternativas a seguir NÃO reflete um de seus princípios
aos regimes absolutistas. fundamentais?
(A) Fortalecimento do mercantilismo.
18. Dentre as características do Iluminismo, filosofia que (B) Livre concorrência.
alcançou sua máxima consagração na França do século (C) Defesa da propriedade privada.
XVIII, NÃO está presente : (D) Explicação científica dos fatos econômicos.
(A) O combate ao absolutismo real, não necessariamente à (E) Liberdade de contrato.
monarquia.
(B) A defesa do liberalismo no plano econômico, ou seja,
combatia o intervencionismo estatal na economia. GABARITO
(C) A defesa da pena de morte como forma de controle da
criminalidade. 1. C 2. A
(D) O ensino de que o homem deve governar-se observando 3. E 4. E
a tradição, a religião e a fé. 5. E 6. B
(E) A crença num Deus que pode ser alcançado pela razão, 7. C 8. B
numa espécie de religião natural, dispensando dogmas e 9. C 10. A
sacerdócio: o Deísmo. 11. E 12. E
13. A 14. C
19. O Iluminismo contribuiu para uma série de modificações 15. D 16. C
políticas e sociais. Entre elas, destaca-se: 17. E 18. D
(A) fim do Despotismo Esclarecido. 19. D 20. E
21. B 22. A
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 CAPÍTULO VII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 462

 CAPÍTULO VIII

CAPÍTULO VIII – REVOLUÇÃO AMERICANA ,causando uma insatisfação por parte dos colonos gerando
uma reação dos mesmos Os interesses da metrópole , após a
Os acontecimentos revolucionários aparecem no cenário revolução industrial, em transformar as colônias em
europeu e nas denominadas revoluções atlânticas, isto é,
mercados para seus produtos foi outro motivador para
movimentos que ocorreram em regiões banhadas pelo
oceano Atlântico baseadas em ideias iluministas. Estes iniciar o conflito. Junto com isso destaca se os ideais
movimentos circundaram o período histórico de 1760 até iluministas que nortearam os movimentos..
1815, e ocorreram na Europa como também no Novo Um outro importante fato que se destaca no
Mundo. contexto do processo de independência dos EUA foi a
competição anglo-francesa na América, a presença francesa
em determinadas regiões na América do Norte incomodava
Nort Nova Não eram Cultura de
e York,Pensilvânia,Nova subordinadas a subsistência; a Coroa inglesa. As possessões francesas em Ohio , no
Jersey e Delaware(centro) política pequenas Missouri , no Canadá iam de encontro aos interesses
mercantilista da propriedades
metrópole;contava ; policultura comerciais ingleses na região.Este atrito entre franceses e
m com assembléias e trabalho ingleses gerou a chamada guerra dos 7 anos (1756 – 1763).
eleitas pelo povo livre dos
colonos.
Sul Virgínia,Maryland,Carolin Dependentes da Agricultura
a do Norte,Carolina do metrópole, os de
Sul e Geórgia governadores eram exportação
nomeados pela monocultor e
Coroa inglesa grande
propriedade,
trabalho
escravo

As treze colônias inglesas na América se diferenciavam entre

Norte (Povoamento ) e sul (exploração) e suas principais
características que diferem uma da outra apresentam-se no
quadro abaixo:

Este conflito marcou uma ação direta entra as

1-O movimento:
A Revolução Americana foi o processo de
independência das treze colônias.O desenvolvimento das
colônias do lado nortista , em meados do século XVIII,
associado ao envolvimento das mesmas em conflitos contra
os franceses levaram a Coroa inglesa a realizarem uma
intervenção junto aos colonos americanos.. A partir do
aumento da fiscalização metropolitana na região colonial
duas nações envolvidas em disputas territoriais na América
do Norte . O conflito teve o seu início motivado por
uma disputa territorial pela região do vale de Ohio. A França
se aliou à Espanha e à Áustria. Já do outro lado , a Inglaterra
buscou aliança com a Prússia. A vitória ficou do lado dos
ingleses , tomando o controle de boa parte da região
colonial francesa. As duas maiores conquistas por parte dos
ingleses foram Quebec (1759) e Montreal (1760).
A paz somente foi firmada no ano de 1763
através da assinatura do tratado de Paris, que firmou o
controle inglês no Canadá , no vale de Ohio , nas ações
comerciais na Índia e recebeu da Espanha , também
derrotada neste conflito, a região da Flórida.
Devido ao elevado gasto ,por parte do governo
inglês , neste conflito, o mesmo entrou numa profunda crise
econômica. Com o objetivo de reequilibrar as suas finanças
, a coroa determinou a cobrança de vários impostos às
colônias americanas . Esta cobrança foi uma forma de
retalhação do governo inglês as colônias que aumentaram
muito o seu comércio e a sua lucratividade com o comércio
realizado com os franceses.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 463

 CAPÍTULO VIII

1.2) OS IMPOSTOS : Outras leis :

DATA LEI CONTEÚDO OBJETIVOS • Lei da Moeda ( Currency Act ) : proibição da emissão
1764 Lei do açúcar Taxação sobre a Eliminar a de moeda nas colônias , e limitava a alta de preços dos
importação de concorrência das
produtos que não Antilhas produtos agrícolas.
viessem das francesas;bloquear
Antilhas o envio de matérias • Lei do Aquartelamento: os colonos deveriam alojar ,
britânicas –primas para as
destilarias de rum
fornecer o que de beber e de comer e parte dos
da Nova Inglaterra transportes para as tropas da Inglaterra enviadas pela
1765 Lei do selo Obrigatoriedade Aumentar a receita própria para combater os movimentos revolucionários
de uso de selos real; reduzir a dentro da colônia.
em qualquer quantidade de
documento mercadorias que
legal,jornais podiam ser 1.3) Os congressos:
,contratos ou importadas pelas
comprovantes de colônias O Primeiro Congresso Continental da Filadélfia
transação reuniu os representantes das colônias , e determinou o
comercial
1767 Atos Conjunto de leis Tribunar a colônia boicote aos produtos ingleses , além de pedir a revogação
Townshend ( que taxavam a para aliviar os das leis intoleráveis.
primeiro importação de impostos pagos por Já o segundo Congresso Continental da Filadélfia,
ministro inglês artigos de proprietários de apresentou um choque direto entre tropas inglesas e os
– Charles consumo como terras na Inglaterra
Towshend) chá , vidro , papel ;impedir o colonos armados ,destacando -se alguns importantes
,corantes ,etc. contrabando e o personagens neste processo como George Washington e
Criavam também comércio Thomas Jefferson .Este segundo Congresso já possuía um
tribunais internacional caráter separatista, isto é , um movimento em prol da
alfandegários nas
colônias independência das Treze colônias.
1773 Lei do chá Concedia o Recuperar a
monopólio do companhia das 1.4) O conflito e a independência:
comércio do chá Índias Orientais ,
indiano,muito que passava por
consumido na dificuldades No ano de 1776,em seu início , Thomas
América , à financeiras Jefferson proclamou a independência dos EUA, através do
Companhia das manifesto escrito por Thomas Payne, e declarado pelo
Índias Orientais congresso continental no dia 4 de Julho. A guerra pela
1774 Leis Interdição do Ressarcir a
intoleráveis porto de Boston companhia das
independência durou até o ano de 1781 e teve como
até o Índias Orientais destaque dois pontos. O primeiro foi a participação crucial
ressarcimento dos dos prejuízos pela das milícias que auxiliaram na desarticulação do exército
prejuízos da destruição de um inglês. Já o segundo ponto foi o apoio direto da França
Companhia das carregamento de
Índias Orientais. chá no episódio da
aos lado dos colonos e o apoio indireto da Espanha , que
Nomeação do Festa do Chá de ajudou os colonos em troca de territórios.
governador de Boston.Limitar a No processo de independência ,os
Massachussets autonomia da colonos americanos tiveram o auxílio dos franceses liderados
pela Coroa , com província de
amplos poderes Massachussets, cuja
por Rochambeau, que entraram no conflito após a vitória
de arbítrio. Assembleia na batalha de Saratoga.
Aquartelamento organizara um A grande vitória dos colonos veio no ano de 1781,
de tropas “comitê de na famosa batalha de Yorktown, pondo o fim na resistência
britânicas na correspondência”
cidade de Boston. com as outras
inglesa. No ano de 1783 foi assinado o tratado de Versalhes
Transferência colônias , determinando a paz e o reconhecimento da independência
para a Inglaterra . Neste acordo ,a França recuperou a Luisiânia e a Flórida
dos julgamentos foi devolvida a Espanha.
de oficiais
britânicos
1774 Ato de Extensão das Impedir que as
Quebec fronteiras de colônias de 1.5) A CONSTITUIÇÃO:
Quebec até os rios Massassuchets
de Ohio e ,Connecticut, O corpo eleitoral foi formado pela elite ,
Mississipi. Virgínia e principalmente por grandes proprietários. Estabeleceu –se
Criação de uma Pensilvânia uma separação entre a Igreja e o Estado.
reserva indígena incorporassem as
de norte a sul , terras do Oeste. A organização político –institucional foi firmada no
entre Quebec e as ano de 1781 caracterizando uma aliança entre os 13 estados
Treze colônias . , porém mantendo a autonomia de cada um. A convenção
Regulamento do norte-americana criou a constituição no ano de 1787 ,
comércio de
peles pelo primeira e única constituição dos EUA , baseada no sufrágio
governador de universal; na república representativa , federalista e
Quebec constitucional ; e no espírito das Leis de Montesquieu (

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 464


Teoria dos 3 poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário )e
nos ideais de Rousseau. Vale aqui ressaltar que a primeira
eleição norte –americana foi indireta, garantindo com isso o
poder nas mãos das elites coloniais. Outro ponto a destacar
é que a abolição da escravidão foi decretada na criação da
constituição e sim algumas décadas depois pelo presidente
Abraham Lincoln durante a guerra de secessão.
No ano de 1789 , foi eleito o primeiro presidente dos
EUA , George Washington. A independência dos EUA
estimulou as de ideias de liberdade nos países da América
Latina ,objetivando o domínio de mercado consumidor e
fornecedor de matéria –prima ,na região que mais tarde seria
conhecida como o “quintal” dos EUA
A independência dos EUA também agravou a crise
econômica na qual a França passava, acarretando um dos
fatores que levou a eclosão da Revolução Francesa.
EXERCÍCIOS
1. Sobre o processo de independência das treze colônias
inglesas, podemos afirmar as seguintes considerações,
EXCETO:
(A) Teve amplo apoio da Espanha que inclusive liderou o
movimento de emancipação política nas treze colônias,
quando estas se enfraqueceram durante a guerra contra a
Inglaterra.
(B) Contou com a influência das ideias iluministas que
questionavam as formas de poder existentes, além de
divulgar ideais de liberdade.
(C) Não trouxe mudanças significativas para os escravos
tendo em vista que esta forma de trabalho fora mantida
mesmo depois da independência, em 1776.
(D) Estabeleceu, no final do movimento, uma nova nação
republicana e federalista, mas ainda com características
econômicas e sociais bem distintas entre o norte e o sul.
2. Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara
conta dos franceses nos anos que precederam a revolução,
como testemunham Chateaubriand e o próprio Franklin, que
escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é
comum dizer que nossa causa é a do gênero humano”. Além
do mais, essa república fora fundada por colonos com quem
a França tecera contra a Inglaterra uma aliança vitoriosa: os
que tinham se engajado na aventura eram conhecidos por ter
sofrido [...] de “inoculação americana”.
OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de
1791. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 175-176
(Adaptado).
A historiografia é consensual em afirmar que o movimento
revolucionário francês e os ideais iluministas foram de
grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na
América. Menos estudada é a influência que os norte-
americanos exerceram sobre os revolucionários franceses.
Essa influência pode ser explicada, para além dos fatores
mencionados na citação de Mona Ozouf,
(A) pela forte tradição liberal dos colonos norte-americanos
que, durante a luta pela independência, foram contrários
a toda forma de exploração do trabalho.
(B) pelo forte apelo simbólico que exercia o exemplo norte-
americano de emancipação colonial, visto como caso
modelar de luta contra a opressão dos poderes
instituídos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
(C) pelo desprezo que os colonos norte-americanos tinham
em relação à religião, vista por eles como braço aliado
do poder da metrópole inglesa, contra a qual deveriam
lutar.
(D) pela defesa da doutrina fisiocrata que, no plano político,
se traduzia na permanência de privilégios
constitucionais para as camadas senhoriais.
3. Em 1776, foi declarada a emancipação política dos
Estados Unidos. Comparando o processo de independência
estadunidense com outros casos na América, podemos
afirmar que
(A) a independência dos Estados Unidos foi pacífica,
semelhante ao processo brasileiro e diferente do restante
da América espanhola, caracterizado pelas guerras
contra forças metropolitanas.
(B) a escravidão não foi abolida pelo governo dos Estados
Unidos no momento da independência política, de
maneira semelhante ao que ocorreu no Brasil e na maior
parte da América Latina.
(C) ao contrário do caso brasileiro e latino-americano, a
independência dos Estados Unidos foi liderada pelas
camadas populares da sociedade colonial.
(D) a instauração de repúblicas democráticas é um traço
comum entre o processo de emancipação política dos
Estados Unidos e o das outras nações do continente
americano.
(E) ao estabelecer a sua independência, os líderes
estadunidenses imediatamente concederam direito de
voto às mulheres, o que não ocorreu no Brasil e
tampouco no restante da América Latina.
4. Leia as afirmações abaixo.
I. Permitiu o acesso à cidadania a todos os norte-americanos.
II. Abalou o prestígio do rei na Inglaterra e provou que era
possível fazer valer a soberania popular.
III. Trouxe prejuízos aos povos indígenas, pois suas terras,
localizadas em sua maior parte a oeste do Mississipi,
passaram a ser atacadas pelos proprietários de terra e
comerciantes de peles de origem europeia.
IV. Propiciou a abolição da escravidão nos Estados Unidos.
São repercussões imediatas da independência norte-
americana
(A) as afirmações I, II, III e IV.
(B) apenas as afirmações I e II.
(C) apenas as afirmações II e III.
(D) apenas as afirmações II e IV.
(E) apenas as afirmações III e IV.
5. Na Declaração de Independência dos Estados Unidos da
América, em 1776, os colonos, na escrita de Thomas
Jefferson, registraram:
“Estas colônias unidas são, e têm o direito a ser, Estados
livres e independentes e toda ligação política entre elas e a
Grã-Bretanha já está e deve estar totalmente dissolvida.”
É correto dizer que a afirmação de liberdade e independência
presente no documento está relacionada:
(A) ao interesse das colônias do Norte de se separarem das
colônias do Sul, em função dos entraves que a
465

organização social escravista sulina criava ao
desenvolvimento capitalista.
(B) à vontade dos colonos norte-americanos de se aliarem
com a França revolucionária, que lhes oferecia
oportunidades mais promissoras para as trocas
comerciais.
(C) ao propósito dos colonos de alcançar a autonomia
política, embora preservando o monopólio comercial,
que favorecia a economia das colônias do Norte.
(D) à formalização de uma separação política que, na prática,
já existia, como comprova a liberdade comercial da qual
gozavam tanto as colônias do Norte quanto as do Sul.
(E) à reação dos colonos norte-americanos, baseada nas
ideias dos filósofos iluministas, contra a tentativa de
reforçar as medidas de exploração colonial impostas pela
Inglaterra.
6. A passagem do século XVIII para o XIX foi marcada por
um desequilíbrio nas relações entre a Europa e o Novo
Mundo. As lutas políticas na América estavam ligadas à
resistência contra a colonização europeia e às influências das
ideias liberais. Sobre essa crise do Antigo Regime e suas
implicações na América, assinale a alternativa CORRETA.
(A) A Guerra de Independência dos Estados Unidos acirrou
as tensões políticas pré-existentes entre a França e a
Inglaterra, servindo de palco para um confronto indireto
entre essas duas nações.
(B) As tensões políticas entre a Espanha e suas colônias na
América acabaram por reestruturar o império espanhol
que, mediante as reformas bourbonianas, conseguiu
manter seu poderio na América, até o final do século
XIX.
(C) As relações entre Portugal e a América Portuguesa só se
agravaram após a transmigração da família real para o
Brasil em 1808, fugindo da invasão napoleônica.
(D) A Guerra do Paraguai, envolvendo Brasil, Portugal,
Paraguai, Espanha e Inglaterra, é fruto direto desse
contexto.
(E) As Conjurações Baiana e Mineira, ocorridas no início do
século XIX, são reflexos desse quadro de desequilíbrio
político entre Portugal e sua colônia na América.
7. Entre os processos políticos citados abaixo, aquele que
instaurou um regime republicano fundamentado em
princípios liberais como a eleição do chefe de Estado e a
defesa da propriedade privada foi a
(A) Revolução Gloriosa na Inglaterra, em 1688.
(B) Independência dos Estados Unidos da América, em
1776.
(C) Independência do Brasil, em 1822.
(D) Revolução Russa, em 1917.
8. “Consideramos (...) que todos os homens são criados
iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos
inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a
busca da felicidade. Que para garantir esses direitos são
instituídos entre os homens governos que derivam os seus
justos poderes do consentimento dos governados; que toda
vez que uma forma qualquer de governo ameace destruir
esses fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e
instituir um novo governo, assentando a sua fundação sobre
tais princípios e organizando-lhe os poderes da forma que
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
pareça mais provável de proporcionar segurança e
felicidade.”
A Declaração de Independência dos Estados Unidos. Rio de
Janeiro: Zahar, 2004, p. 53.
Sobre a Declaração de Independência dos Estados Unidos, é
correto afirmar que:
(A) Defendia o princípio da igualdade de direitos dos seres
humanos, mas condenava o direito à rebelião como uma
afronta à ordem social.
(B) O radicalismo da sua formulação, com respeito ao direito
de rebelião dos escravos, provocou forte reação dos
proprietários de escravos em toda a América.
(C) Sua formulação foi baseada no ideário liberal-iluminista
e acabou influenciando outros movimentos políticos na
América e na Europa.
(D) Influenciada pelos tratadistas espanhóis, a declaração
defendia a origem do poder divino e condenava a
desobediência dos subordinados.
(E) A declaração sustentava que os governos poderiam
cercear a liberdade dos indivíduos em nome da
segurança e da felicidade coletivas.
9. Em 1773, procurando aliviar as dificuldades financeiras
da Companhia das Índias Orientais, o governo britânico
concedeu-lhe o monopólio do chá nas colônias. Os colonos
reagiram e disfarçados de índios, patriotas de Boston,
abordaram navios que transportavam chá, lançando a
mercadoria nas águas do porto.
(H. C. Allen. História dos Estados Unidos da América)
A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a
promulgar, em 1774, as Leis Coercitivas ou, como foram
chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis:
(A) lançavam impostos sobre vidro e corantes;
(B) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o
prejuízo causado pelos colonos;
(C) proibiam a emissão de papéis de crédito na colônia que,
até então, eram usados como moeda;
(D) impunham aos colonos os custos do alojamento e
fornecimento de víveres para as tropas britânicas
enviadas para a colônia;
(E) enfraqueceram a autoridade do governador de
Massachusetts.
10. Considere o enunciado abaixo e as três propostas para
completá-lo.
A Independência das treze colônias inglesas na costa leste da
América está inserida na conjuntura das revoluções
atlânticas. A declaração da independência dessas colônias
sustentava que
1. todos os homens nascem iguais, sendo dotados de direitos
inalienáveis, como a vida, a liberdade e a aspiração à
felicidade.
2. a origem de todo o poder reside no povo, cabendo a ele a
organização de seu próprio governo.
3. os direitos inalienáveis deveriam ser estendidos a toda
população, extinguindo-se a escravidão e o extermínio
dos índios.
Quais propostas estão corretas?
(A) Apenas 1. (B) Apenas 2.
466

(C) Apenas 3. (D) Apenas 1 e 2.
(E) 1, 2 e 3.
11. Durante a colonização inglesa na América, as colônias
do norte tiveram uma flexibilização política ao monopólio,
pois, durante algum tempo, permitiram o comércio entre as
colônias e com as Antilhas francesas e espanholas, além de a
metrópole não reprimir o contrabando. Tal fato sucedeu-se
devido a estas colônias
(A) terem como características o trabalho livre e a grande
propriedade.
(B) estarem localizadas em área de clima temperado, que
não favorecia o cultivo da cana-de-açúcar, tabaco e
algodão, por isto não produziam produtos tropicais que
interessavam à Inglaterra.
(C) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária,
que desejavam manter o “status quo”.
(D) serem de origem holandesa, colônia fundada por
Giovanni Caboto, italiano radicado em Amsterdã.
(E) estarem numa posição geográfica próxima às Antilhas;
além disso, a Inglaterra encontrava-se em guerra com a
França e por isso sofriam com a escassez de mão de obra
especializada.
12. Quando falamos da cidade de Nova Iorque, uma das
primeiras coisas que vem à nossa mente é a Estátua da
Liberdade. Você sabe o verdadeiro nome desse monumento?
Na realidade, chama-se A Liberdade iluminando o mundo, e
foi, em 1886, um presente dado pelo governo francês para os
Estados Unidos, que comemoravam o centenário de sua
independência.
Considerando essas informações, é correto afirmar que esse
monumento
(A) foi dado pelos franceses aos estadunidenses, pois os
Estados Unidos haviam sido uma colônia francesa de
exploração.
(B) representa a aliança firmada entre os EUA e a França
naquele momento, devido ao início da Segunda Guerra
Mundial.
(C) aponta para a possibilidade da construção de um regime
socialista nos EUA, semelhante ao da França pós-
revolucionária.
(D) demonstra que, desde a independência, os EUA aboliram
a escravidão, garantindo assim a liberdade de todos os
seus habitantes.
(E) simboliza a relação histórica entre a independência dos
Estados Unidos e os princípios da filosofia iluminista
surgidos na França.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
13. A partir de 1764, o governo inglês adotou medidas que
aumentaram a arrecadação fiscal e restringiram a autonomia
das 13 colônias norte-americanas. Nas alternativas abaixo,
assinale a medida que provocou o protesto dos representantes
das 13 colônias que realizaram o Primeiro Congresso da
Filadélfia.
(A) Leis Intoleráveis
(B) Lei do Chá
(C) Lei dos Alojamentos
(D) Lei do Selo
(E) Lei do Açúcar
14. Em 1781, o general inglês Cornwallis rendeu-se aos
revoltosos norte-americanos, na batalha de Yorktown, dando
início às negociações que levaram a Inglaterra a reconhecer
os Estados Unidos da América como nação livre.
Na formação desse novo estado pode-se destacar
(A) um poder central forte e nenhuma autonomia política e
administrativa aos estados membros.
(B) a adoção do sistema parlamentarista.
(C) a participação política dos indígenas e negros.
(D) um poder central muito fraco e estados membros com
muita autonomia política e administrativa.
(E) a formação de um estado com base em ideias oriundas
do Iluminismo.
15. Sobre o processo de independência das treze colônias
inglesas, podemos afirmar as seguintes considerações,
EXCETO:
(A) Teve amplo apoio da Espanha que inclusive liderou o
movimento de emancipação política nas treze colônias,
quando estas se enfraqueceram durante a guerra contra a
Inglaterra.
(B) Contou com a influência das ideias iluministas que
questionavam as formas de poder existentes, além de
divulgar ideais de liberdade.
(C) Não trouxe mudanças significativas para os escravos
tendo em vista que esta forma de trabalho fora mantida
mesmo depois da independência, em 1776.
(D) Estabeleceu, no final do movimento, uma nova nação
republicana e federalista, mas ainda com características
econômicas e sociais bem distintas entre o norte e o sul.
16. Leia as afirmações abaixo.
I. Permitiu o acesso à cidadania a todos os norte-
americanos.
II. Abalou o prestígio do rei na Inglaterra e provou que
era possível fazer valer a soberania popular.
III. Trouxe prejuízos aos povos indígenas, pois suas terras,
localizadas em sua maior parte a oeste do Mississipi,
passaram a ser atacadas pelos proprietários de terra e
comerciantes de peles de origem europeia.
IV. Propiciou a abolição da escravidão nos Estados
Unidos.
São repercussões imediatas da independência norte-
americana
(A) as afirmações I, II, III e IV.
(B) apenas as afirmações I e II.
(C) apenas as afirmações II e III.
(D) apenas as afirmações II e IV.
(E) apenas as afirmações III e IV.
467
 CAPÍTULO VIII

17. A Constituição dos Estados Unidos da América, de (B) a situação das colônias americanas tornou-se muito
1787, é considerada a primeira experiência significativa de difícil quando a monarquia francesa resolveu dar apoio
Estado federal. Isso se deve militar ao reino inglês.
(A) ao princípio constitucional baseado na pluralidade de (C) os colonos perceberam a inevitabilidade da
centros de poder soberanos e coordenados. independência logo que realizaram o Primeiro
(B) ao princípio constitucional caracterizado pela Congresso Continental de Filadélfia.
inexistência de leis gerais válidas para toda a nação. (D) as ideias liberais de John Locke inspiraram o
(C) ao princípio constitucional baseado na absoluta pensamento de Jefferson e outros líderes, mas pouco
submissão das unidades federativas ao governo central. influenciaram a Declaração da Independência.
(D) ao princípio constitucional de garantia dos direitos (E) os colonos encontraram no Iluminismo o suporte
individuais do cidadão e das minorias sociais. ideológico para defenderem a igualdade social e
(E) ao princípio constitucional baseado no corporativismo e recusarem qualquer influência religiosa.
na negação do direito de rebelião e insubordinação
política. 22. Uma forma de arrecadação de imposto e de censura foi
imposta pela metrópole inglesa aos colonos das Treze
18. A independência das 13 colônias inglesas da América Colônias, em 1765, através da(s):
do Norte - a Revolução Americana - resultou: (A) leis denominadas, pelos colonos, intoleráveis;
(B) Lei do Selo;
I. do desdobramento natural da relativa autonomia (C) Lei Townshend;
econômica e política dessas colônias de povoamento; (D) criação de um tribunal metropolitano de averiguação de
II. da reação dos colonos às medidas fiscais e preços e documentos na colônia.
administrativas tomadas pela Inglaterra após a Guerra (E) permissão de circulação exclusiva de jornais ingleses
dos Sete Anos; metropolitanos.
III. dos prejuízos causados aos colonos pela política liberal
inglesa, que aboliu o "pacto colonial";
IV. da manutenção e intensificação das práticas GABARITO
mercantilistas britânicas que se opunham ao "comércio
triangular". 1. A
2. B
Assinale se estão corretas apenas: 3. B
(A) I e II 4. C
(B) I e III 5. E
(C) II e IV 6. A
(D) I, II e III 7. B
(E) I, II e IV 8. C
9. B
19. Uma das características básicas do processo de 10. D
independência das 13 colônias da América do Norte é: 11. B
(A) isolamento do movimento no contexto americano. 12. E
(B) ocorrência pacífica. 13. A
(C) adoção de uma constituição republicana parlamentarista. 14. E
(D) alteração da estrutura social vigente. 15. A
(E) preservação da unidade territorial. 16. C
17. A
20. "O Congresso não poderá legislar de modo a estabelecer 18. E
uma religião, ou a proibir o livre exercício dos cultos, cercear 19. E
a liberdade da palavra ou da imprensa, restringir o direito do 20. B
povo de se reunir pacificamente ou de dirigir ao governo 21. A
petições para a reparação de seus agravos." 22. B

O conteúdo do texto identifica-o como pertencendo à

ideologia da:
(A) Revolução Soviética
(B) Revolução Americana
(C) Revolução Francesa
(D) Revolução Fascista

21. Sobre o processo de Independência dos Estados Unidos,

é correto afirmar que
(A) as leis do Parlamento inglês, reforçando o controle
comercial-tributário da metrópole, contribuíram para
convencer os colonos da necessidade de separação.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 468


CAPÍTULO IX– REVOLUÇÃO FRANCESA
1) Antecedentes:
A Revolução Francesa apresentou a crise final do
Antigo Regime , instalando a estrutura do Estado burguês.
Decorrente de uma crise geral , principalmente no âmbito
econômico , obteve um caráter estrutural e outra
conjuntural, isto é, representou o colapso do Feudalismo e
o aprofundamento das contradições sociais.
Esta crise econômica ficou caracterizada pelo
déficit público; além da perda de competitividade com a
Inglaterra; gastos com guerras e com privilégios ; crise
agrícola.
A crise no caráter social estava relacionada a
divisão da sociedade em três Estados: Clero ( 1º Estado) ,
Nobreza (2º Estado) , Burguesia e Povo( 3º Estado).
Já na visão política , demonstrava um absolutismo
incapaz de conter a aristocracia e de proceder as reformas
necessárias.
Vale lembrar que a Revolução Francesa inclui
várias revoluções no seu processo revolucionário : A
camponesa ( “O grande medo”) ; A burguesa; e a popular (
“sans – culottes”).
A burguesia que possuía um grande poder
econômico , ambicionava também uma maior participação
política . Todo este processo foi favorecido quando Luís
XVI premido pelo déficit orçamentário e optando pela
demissão de ministros que propunham reformas fiscais (
Turgot , Necker, Calonne , Brienne ) a se impor à resistência
da nobreza ( Revolta Aristocrática ) convoca os Estados
Gerais , possibilitando o início da Revolução. A pressão de
todas as forças resultou na subversão do regime. Pois , em
primeira questão verificou-se a vitória do voto por cabeça ,
em Junho de 1789, tornando o Terceiro Estado mais forte
,devido a sua representação dupla , na grande potência dos
Estados Gerais transformados em Assembléia Nacional e
soberana ( auxílio de votos provenientes do baixo clero e da
nobreza togada- burgueses que compram títulos de nobreza).
O Antigo Regime , sustentado pela Igreja católica e pelo rei
de caráter absolutista sucumbia perante os olhos da sociedade
francesa
O pensamento Iluminista , e conseqüentemente a
Revolução Francesa foram os responsáveis pela derrubada
dos tronos e dos altares no que se refere ao poder do Antigo
Regime.
1.2) CAUSAS GERAIS DA REVOLUÇÃO:
As principais causas da Revolução Francesa foram:
- Abusos do Absolutismo: elevadas despesas como palácios,
festas, guerras e pensões reais, aliado a falta de liberdades e
privilégios.
- Crise Econômico-Financeira: a seca provocou a queda da
produção agrária e o aumento dos preços, agravando a crise
e o déficit público francês.
- Desigualdade Social: clero e nobreza desfrutavam dos
principais cargos públicos e da isenção de impostos.
- Interesses políticos do Terceiro Estado: maioria da
população desejava participar dos destinos da França.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
- Influência do Iluminismo: o Terceiro Estado foi motivado
pela trilogia da liberdade, igualdade e fraternidade.
- Crise Política: marcada pela constante substituição de
ministros das finanças (Turgot, Brienne, Calonne e Necker).
2) – As fases da Revolução Francesa:
2.1) DA ASSEMBLÉIA DOS NOTÁVEIS À
ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE:
Diante da profunda crise econômico-financeira o rei Luís
XVI convocou, em 1787, aAssembléia dos Notáveis,
composta pelas lideranças do clero e da nobreza. O objetivo
era debater uma reforma tributária, apresentando a
possibilidade de cobrar impostos do 1º e 2º Estados. A
resistência em pagar impostos ficou conhecida como “revolta
aristocrática”.O ministro Calonne foi demitido, assumindo
Necker, propondoconvocar os Estados Gerais para debater a
crise.
Os Estados Gerais era a reunião dos três Estados,
fato que não ocorria desde 1614. Autorizada pelo rei em
julho de 1788, os debates para a escolha dos representantes
permitiu a difusão dos ideais iluministas.
Em 5 de maio de 1789, com a presença do rei, foram
abertos os Estados Gerais, em Versalhes (região próxima a
Paris, onde vivia a monarquia e sua corte). A reunião contava
com 291 representantes do 1º Estado, 270 do 2º Estado e 578
do 3º Estado.
Devido ao sistema de votação tradicional dos Estados Gerais.
Apesar de numericamente superior, o 3º Estado não levava
vantagem, pois o voto não era por cabeça, mas por Estado.
Como cada Estado tinha direito a um voto, clero e nobreza
que defendiam seus privilégios somariam dois votos.
Para tentar aumentar seu poder de decisão, o 3º
Estado exigiu a votação por representante. Para mudar o
sistema de votação era necessário o voto por Estado,
portanto, sem possibilidades do clero e nobreza aceitaram a
nova regra.
O impasse no sistema de votação gerou a revolta dos
membros do 3º Estado que decidiram afastar-se dos Estados
Gerais e escrever uma Constituição para a França (episódio
conhecido como “juramento da sala do jogo da péla” de 15
de junho de 1789).Recebendo elementos do clero e da
469

nobreza, os Estados Gerais tornaram-se Assembléia Nacional
e, em seguida, Assembléia Nacional Constituinte.
2.2) A ERA DAS INSTITUIÇÕES: ( 1789 – 1792) --
MONARQUIA
Diante do impasse em torno da crise , houve a
convocação dos Estados Gerais. Simultaneamente eclodiu
a revolta popular ( sans – culottes) , no campo ( Grande
Medo ) e na cidade Tomada da Bastilha - 14 de Julho - o
que levou o 3 º Estado a reunir - se em assembléia própria.
O rei Luís XVI procurou mobilizar suas tropas,
ameaçando a Assembléia Constituinte. O 3º Estado reagiu
formando uma milícia em Paris, conhecida como Guarda
Nacional, com centenas de voluntários.
Em 14 de julho de 1789, os revoltosos conseguiram armas no
Arsenal dos Inválidos. Mas faltava a munição. A informação
de que havia pólvora e chumbo na Bastilha, prisão-símbolo
do absolutismo, levou uma multidão para seus portões. Horas
depois a fortaleza foi invadida, reforçando belicamente as
forças do 3º Estado.
A tomada da Bastilha simbolizou a queda do Absolutismo. A
partir do dia 14 de julho, o rei teria que submeter-se às
decisões da Assembléia.
• 26 de Agosto : Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão
Esta declaração não se limitava a consagrar os
escritos dos dias 4 e 11 de Agosto que faziam tangência
ao processo de igualdade civil e fiscal.O destaque maior
desta declaração era a afirmação do direito do homem
às liberdades , o direito do cidadão à soberania e
constitui a segunda grande carta da Revolução . O texto
da declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não
menciona novamente a abolição do regime feudal, mas
repete o grande texto igualitário , que consagra a mesma,
por ter sido uma conquista de exploração burguesa ,e da
paridade legal com a nobreza.
O artigo 1º da declaração dos direitos do
Homem e do Cidadão dizia : “ os homens nascem e
permanecem ...iguais em direitos. As distinções sociais só
podem ser baseadas na utilidade comum.”
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
aprovada em 26 de Agosto de 1789, defendeu os direitos
naturais, como: a igualdade jurídica, a liberdade política e de
expressão, a propriedade, a segurança e a resistência à
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
opressão. É considerada um marco na legislação das
sociedades liberais-burguesas.
• 1790 → A constituição civil do clero
promoveu o confisco dos bens da Igreja e subordinação
do clero as leis civil – o episcopado passou a ser uma
carreira liberal e burguesa – o clero na França ficou
dividido em doi tipos . O Juramentado , composto
pelos que aceitavam a constituição , e o refratários ,
composto pelos que se recusavama aceitar a
constituição civil do clero. A emissão bônus do tesouro
-- asignats ( papel - moeda), estava diretamente
associado ao confisco os bens do clero.
• A constituição de 1791:
Os trabalhos da Assembléia Constituinte
terminaram em setembro de 1791, apresentando a
Constituição Francesa. Além de garantir os princípios da
Declaração dos Direitos, estabeleceu os princípios
políticos
Características:
➔ Formação de uma Assembléia Legislativa ;
Implantação de uma monarquia constitucional
censitária ;
➔ Subordinação do trabalho ao capital , com a
proibição de greves e sindicatos ( lei Le Chapelier);
➔ Implantação de uma monarquia constitucional
➔ Voto censitário
A Assembléia Constituinte deu lugar à Assembléia
Legislativa. O voto censitário permitiu a eleição de uma
maioria burguesa (girondinos) e a seguinte configuração
política:
- Girondinos: alta burguesia(direita) – entre seus líderes
podemos destacar Brissot e Condorcet
- Jacobinos: baixa burguesia(esquerda) e sans-culottes- entre
seus líderes podemos destacar Robespierre(principal),
Danton, Marat, Saint-Just
-Cordeliers: camadas mais baixas.
-Feuillants: burguesia financeira.
O rei Luís XVI tentou escapar para a região da
Vandéia para liderar um movimento contra –
revolucionário apoiado por alguns países, que
formavam a coligação ( Inglaterra, Rússia , Prússia e o
Império Austro –húngaro) que tinha como objetivo
restabelecer o absolutismo monárquico na França
No ano de 1792 a situação estava crítica , o
manifesto do Duque de Brunswick , formulando
ameaças caso se atentasse contra a família real ,
precipitou os acontecimentos. Com a prisão do rei Luis
XVI, e o seu retorno a Paris, a monarquia constitucional
foi suspensa, e era determinado o fim da primeira fase
revolucionária.
2.3) A ERA DAS ANTECIPAÇÕES: ( 1792 – 1794 ) -
CONVENÇÃO - REPÚBLICA
A reação absolutista ( guerra civil) e a pressão popular
( sans – culottes ) liderada pelos jacobinos ( baixa
470

burguesia ) levaram à queda da Monarquia e a formação da
Convenção - República. Esta fase ficou caracterizada pela
anistia das dívidas camponesas ; Reforma Agrária ;
Abolição da escravidão nas colônias e o controle de preços
e salários (“Lei dos Máximos”).
Em sua primeira parte , a Convenção descobriu
documentos secretos do rei Luis XVI a respeito de acordos
políticos com a liderança da Áustria , cujo objetivo era de
alguma forma retomar o poder na França.Este fato levou a
retratação do rei Luis XVI como traidor , e a pedido dos
montanheses ( jacobinos radicais) a execução do mesmo por
esse crime.Conforme o pedido , o rei Luis XVI foi
guilhotinado no dia 21 de Janeiro de 1793, dando início
ao período mais radical do processo revolucionário francês.(
o período do terror).
Neste período foi aprovada uma nova constituição
para a França ,com um maior proximidade do caráter
popular daquela fase.Era elaborada a constituição de 1793
Características da Constituição de 1793 ( ano I)
• a Convenção foi eleita por sufrágio universal ,
• abolição d a monarquia e a implantantação de uma
república.
• Convenção – est dividida em três partes: Comitês de
Salvção Pública e Nacional e o tribunal Revolucionário
A Convenção tinha a seguinte configuração política:
- Girondinos: sentados à direita, tornaram-se
conservadores dos interesses da alta burguesia. O
principal líder era Brissot.
- Planície ou Pântano: burgueses sem posição política
clara, apoiando medidas de seu interesse., sob a
liderança do abade Sieyes.
- Jacobinos ou Montanha: sentados à esquerda, eram
os mais radicais, exigindo mudanças que beneficiassem
a pequena burguesia e os sans-culottes. Os principais
líderes eram: Danton, Marat, Robespierre e Hebert.
• abolição da escravidão nas colônias francesas
• Lei dos preços máximos→ tabelava os preços dos
gêneros alimentícios
• Fim de todos os privilégios feudais
• Implantação do ensino público e gratuito
As contradições entre os revolucionários eram
constantes, ao ponto de Robespierre ordenar a execução de
dois de seus principais aliados , Danton e Hébert., perdendo
com isso parte do apoio popular que possuía a partir da
aliança com estes dois revoucionários.Os próprios jacobinos
entraram em rota de colisão. Robespierre ordenou a
execução de Danton devido a divergências políticas,;Marat
foi morto pela sua amante de origem Girondina. Saint Just
foi preso e abandonar a liderança da Convennção
Robespierre foi preso .As crises econômica e política
estavam acabando com o poder nacional de Robespierre e
deixando a França num processo explosivo, que resultou
mais tarde num golpe promovido pela alta burguesia , que
neste caso , retornaria ao poder.O retorn o da alta burguesia
foi através de um golpe que ficou conhecido como o
Golpe do 9 Termidor (27 de Julho de 1794 ) --
assassinato de Robespierre e a alta burguesia volta ao poder
Com Robespierre e outros mortos na guilhotina estava
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
concretizado o retorno dos girondinos ao poder , este
episódio foi denominado de a Reação Termidoriana.
2.4) – A ERA DAS CONSOLIDAÇÕES: ( 1794 – 1799) –
DIRETÓRIO
Foi a fase que consolidou os princípios burgueses da
Revolução Francesa.Os girondinos retornam ao poder com o
apoio do pântano, anulando as medidas radicais dos
jacobinos, como a Lei do Máximo e os abusos do tribunal
revolucionário.A Constituição de 1795 foi aprovada, criando
o Diretório, composto por cinco membros da alta
burguesia.O governo do Diretório foi marcado pela crise
econômica, corrupção e desorganização (anarquia). Além
disso, sofreu constantes ameaças internas (dos monarquistas
e dos “iguais”, essa última defendendo a igualdade social e
liderada por Graco Babeuf) e externas, diante das constantes
ameaças das forças contra-revolucionárias.
Características da 3ª fase da Revolução Francesa:
• A alta burguesia buscou estabilizar as conquistas
burguesas
• Formação do Diretório ( 1795 ) na constituição do Ano
III ( 1795) , caracterizada pelo regime censitário ,
dividido em um Coselho de Diretores , um Conselho dos
Anciãos e uma Assembléia dos Quinhentos.
• 1796 → Conspiração dos Iguais ( Gracus Babeuf ) -
possuía como objetivo implantar uma república
igualitária – foi um movimento repreimido e o seu líder
morto .
• Os conservadores liderados por Sieyès desejavam
promover uma reforma no Diretóro,pois o mesmo não
o agradava em relação ao seu tratamento perante a
Inglaterra, e com isso aproveitaram o retorno de
Napoleão do Egito , para realizar um golpe perante a
sociedade fancesa
• “Golpe do 18 Brumário”( Novembro de 1799) →
Napoleão Bonaparte subiu ao poder suprimindo o
Diretório e dando início ao que denominamos de
período Napoleônico.
A Revolução Francesa foi um movimento muito
complexo que enriqueceu os ideais liberais europeus e do
mundo . Vários movimentos revolucionários, inclusive
movimentos de independência foram influenciados nas
colônias americanas.
Com a subida de Napoleão iniciamos a Era
Napoleônica ( 1799-1815) que foi dividida em dois
períodos: O consulado ( 1799-1804) e o império ( 1804-
1815)
471

3) A ERA NAPOLEÔNICA:
3.1) CONSULADO
O Diretório deu lugar ao Consulado formado por três
cônsules (Napoleão, Sieyes e Ducos). Em 1800 Napoleão
tornou-se 1º cônsul e, em 1802, cônsul vitalício.A principal
medida desse período foi o Código Civil Napoleônico.O
Consulado realizou uma política reformista para modernizar
do Estado francês. A reforma administrativa colocou no
governo membros de confiança de Napoleão e aperfeiçoou a
cobrança de impostos; a reforma econômica criou o Banco
da França e a moeda chamada de franco, saneou as finanças
e garantiu à alta burguesia o controle do comércio, bancos e
indústrias; a reforma educacional incentivou o ensino
público, criando diversas escolas que atuaram na formação
dos cidadãos liberais franceses.Na política externa, Napoleão
percebeu a importância política da Igreja e reaproximou-se
do Papa Pio VI através da Concordata de 1801, no qual o
governo protegia o clero e garantia o catolicismo em troca do
direito de nomear os bispos. Também derrotou a 2ª Coligação
anti-francesa, controlou diversas regiões como a Itália,
Espanha, Suíça e Holanda, e restabeleceu a escravidão nas
colônias.
Napoleão assinou a Paz de Amiens que estabelecia
o fim do conflito iniciado em 1792, com os países que
formavam a Coligação , contrária aos interesses
revolucionários franceses.
Ele também desenvolveu os chamados Liceus ,
responsáveis pela educação francesa , voltada para os moldes
militares. Foi implantado neste mesmo período o chamado
Código Civil Napoleônico, que representava a lliberdade
individual , a liberdade de trabalho , a liberdade de
consciência, Estado leigo , igualdade perante a Lei ,
conquanto protegesse a fortuna adquirida e mantivesse e
defendesse a propriedade privada.O código criava uma
hierarquia social baseada na autoridade do pai âmbito
familiar) e do patrão (âmbito da vida social) O código ficou
completado no ano de 1804, e foi baseado no Direito
Romano.
3.2) IMPÉRIO:
A política externa era baseada nas guerras contra os
países que defendiam os interesses do Antigo Regime
( Áustria, Prússia ,Rússia e a Inglaterra). Foi formada neste
período a Terceira Coalizão que uniam a Inglaterra , a
Áustria e a Rússia contra a França no ano de 1805. Neste
conflito , os ingleses venceram no mar , em Trafalgar ,
enquanto os austríacos e russos perderam em terra na a
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
batalha de Austerliz .No ano posterior , 1806, houve a
formação da Quarta Coalizão , com a entrada da Prússia .
No ano de 1807 foi determinada a paz de Tilsit ,
pelo qual a França e a Rússia se tornavam aliadas.
A principal medida desse período foi o Bloqueio
Continental Napoleônico, que proibiuo comércio europeu
com a Inglaterra. Após a derrota na Batalha Naval de
Trafalgar contra os ingleses, Napoleão decidiu enfraquecer
economicamente o inimigo para depois tentar a invasão.
Ao decretar o Bloqueio continental contra a
Inglaterra, bloqueio este caracterizado pela proibição de
qualquer país em comercializar com a Inglaterra. Com isso
a França tentava arruinar com a indústria e o comércio da
mesma.A Inglaterra buscou os mercados ibéricos , já que
estes não se encontravam sob o domínio napoleônico. A
França sofreu problemas para manter esse bloqueio em
relação aos países ibéricos ( Espanha , Portugal ) No caso
da Espanha, Napoleão a invadiu e colocou no trono o seu
irmão José Bonaparte , rei da Sicília ,derrubando o rei
Fernando VII do poder . No caso português , a família real
portuguesa deixou o seu território e rumou para a sua
principal colônia , o Brasil , acarretando, nesta colônia , a
abertura dos portos as nações amigas , o que mais
fortaleceria o pensamento emancipacionista que culminaria
na independência do Brasil.
A Rússia ,que tinha assinado um acordo com
Napoleão (paz de Tilsit), não aguentava mais a pressão do
bloqueio continental sobre a sua economia, e com isso ,ela
rompeu o tratado com a França, passando a proibir as
mercadorias francesas em seu território. Em represália a este
acontecimento , Napoleão Bonaparte decidiu invadir a
Rússia , selando de vez a sua história de vitórias A
Campanha da Rússia em 1812 marcou o início da decadência
de Napoleão. Apesar de possuir um exército com mais de
seiscentos mil soldados, a tática russa de “terra arrasada” foi
vitoriosa. Consistiu em destruir construções e alimentos,
recuando para o interior do gigantesco território. As tropas
napoleônicas chegaram até a capital Moscou e não
encontravam abrigo ou comida. Os ataques em forma de
guerrilha, as deserções e o rigoroso inverno dizimaram os
invasores franceses. . O exército russo utilizou da chamada
tática da “terra arrasada” que se caracterizava em destruir os
campos cultivados e incendiar as cidades, recuando as suas
tropas para o interior do território russo, aguardando o
inverno rigoroso chegar ( “general inverno”).O exército
francês possuiu enormes baixas , cerca de 500mil soldados
mortos , na primeira grande derrota de napoleão , no ano de
1812 , na batalha de Maloyarolavets.
Napoleão retornou e foi derrotado por uma ampla
coligação em 1813(Leipzig). A França foi invadida e pelo
Tratado de Fontainebleau (1814) renunciou ao trono e foi
exilado na Ilha de Elba, no Mediterrâneo. A Dinastia
Bourbon foi restaurada com o rei Luís XVIII.
Após seu exílio na ilha de Elba , subiu ao trono novamente
a família dos Bourbons com o rei Luis XVIII .Porém em
menos de um ano depois, Napoleão voltou a França aclamado
pelo povo e pelos soldados. O rei teve que fugir .Neste
momento Napoleão voltava a governara França no que ficou
conhecido como o governo dos Cem dias .
As forças anti-francesas reorganizaram-se. O
exército napoleônico partiu para o ataque e foi derrotado na
Batalha de Waterloo (18 de junho de 1815), na
472

Bélgica.Derrotado definitivamente, Napoleão foi exilado na
Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde ficou até a morte
em 1821.
4. O CONGRESSO DE VIENA (1814-1815):
Reunidos em Viena, na Áustria, os líderes das
nações européias definiram o acordo de paz pós-derrota
napoleônica.O objetivo era reorganizar o mapa político
europeu, eliminando as influências liberais francesas. Os
debates foram dominados pelas principais potências
Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, destacando-se a atuação
do francês Talleyrand que conseguiu defender os interesses
da França restaurada.
Os princípios básicos que nortearam as decisões foram;
- Restauração: defendiam a manutenção ou retorno das
monarquias governantes antes das invasões napoleônicas.
- Legitimidade: garantia o retorno das mesmas dinastias
derrubadas por Napoleão, evitando possíveis guerras civis
pela disputa de poder.
- Equilíbrio de Forças: determinava que a divisão territorial
não deveria favorecer uma nação, pois o desequilíbrio
poderia gerar futuros conflitos.
As principais decisões do Congresso de Viena foram:
- Pelo Tratado de Paris, a França pagou indenização aos
vitoriosos e teve a marinha desativada, porém manteve o seu
território.
- A Inglaterra fortaleceu seu comércio exterior dominando a
Ilha de Malta, no Mediterrâneo, a Colônia do Cabo, no sul da
África, e o Ceilão, no sul da Índia.
- A Áustria dominou os Bálcãs, a Rússia ficou com parte da
Polônia, a Finlândia e a Bessarábia, e a Prússia com parte da
Saxônia, Westfália e Polônia.
- Portugal e Espanha obtiveram a restauração monárquica.
- O antigo Sacro Império tornou-se a Confederação Alemã,
composta por trinta e oito Estados alemães, sob influência da
Áustria e da Prússia.
- Ocorreu a união da Bélgica e Holanda no Reino dos Países
Baixos e da Suécia com a Noruega.
- Criação da Santa Aliança, uma aliança militar para anti-
liberal.
5. A SANTA ALIANÇA:
Por sugestão do czar russo Alexandre I, foi formado
um pacto militar de ajuda mútua entre as monarquias
absolutistas, chamado de Santa Aliança.Baseado no princípio
da intervenção militar, o objetivo era impedir movimentos
revolucionários liberais, garantindo a preservação do
Absolutismo na Europa e do colonialismo na América.Os
principais membros foram a Áustria, a Rússia e a Prússia.
A Inglaterra participou dos debates da Santa
Aliança, mas não ratificou a sua participação. A presença
inglesa visando a manutenção do absolutismo atendia seus
interesses industriais em dominar os mercados europeus,
predominantemente agrários. A possibilidade de intervenção
nas independências da América, que abririam mais mercados
aos ingleses, afastou a Inglaterra do pacto militar.
As duas intervenções bem sucedidas mais famosas
da Santa Aliança foram em Nápoles e na Espanha. Porém, o
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
insucesso foi marcante na aliança militar, não conseguindo
intervir nas independências da América, protegidas por
Inglaterra e Estados Unidos, e na Independência da Grécia,
em 1820, que recebeu apoio da Rússia com interesses
estratégicos na região.
A crise, portanto, foi marcada pelos seguintes fatos:
- o fracasso nas independências da América.
- o apoio russo à Independência da Grécia.
- a concorrência econômica entre os países-membros.
- o crescente avanço do Liberalismo nas Revoluções Liberais
em 1820, 1830 e 1848.
EXERCÍCIOS
1. “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. Estas três palavras,
somadas à bandeira azul, branca e vermelha, tornaram-se
símbolos das ideias defendidas e das reivindicações no
movimento chamado Revolução Francesa.
Com relação à Revolução Francesa, assinale a alternativa
correta.
(A) Das revoluções de esquerda ocorridas no século XIX, a
Revolução Francesa é das mais significativas,
justamente por ser a primeira a contar exclusivamente
com a participação de classes populares. Seu modelo foi
reimplementado posteriormente apenas em 1917,
durante a Revolução Russa.
(B) Apesar de sua relevância histórica, a Revolução
Francesa não influenciou qualquer movimento
revolucionário ou reivindicatório fora do território
europeu.
(C) A relevância da Revolução Francesa pode ser
compreendida por ter sido, entre outras coisas, o
primeiro movimento político que instaurou
popularmente o governo de uma mulher. Esta foi
personificada como “Marianne” e foi representada por
Delacroix no famoso quadro Liberdade guiando o povo.
(D) A Revolução Francesa teve reverberações não apenas na
Europa, mas também na América. Uma das principais
foi, certamente, a influência que exerceu sobre a
Independência dos EUA.
(E) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
proclamada em 1789, ainda que ressaltasse a liberdade e
a igualdade dos cidadãos perante a lei, era excludente em
relação às mulheres. Tal fato auxilia compreender a
composição da Declaração dos Direitos da Mulher e da
Cidadã, escrita por Olympe de Gouges, em 1791.
2. Norman Hampson, autor de História Social de la
Revolución Francesa, aborda as tensões na sociedade
francesa do século XVIII:
A França do ancien régime... era uma sociedade
extremamente complexa, caracterizada por grandes variações
locais em todos os níveis. Por uma série de razões – políticas,
econômicas, sociais e religiosas – as tensões foram se
tornando cada vez maiores durante a segunda metade do
século XVIII (...).
Apud MARQUES, Adhemar et al. História Contemporânea
através de textos.
São Paulo: Contexto, 2008. p. 18.
473

Considerando o que diz Hampson, essa realidade da
sociedade francesa daquele século se expressa nas tensões
decorrentes da
(A) alta dos tributos implementados durante o reinado de
Luís XVI, que atingiu, sobretudo, os servos que viviam
em glebas fora dos muros da cidade e que eram
arrendadas pelos aristocratas do 2º Estado.
(B) tomada de consciência da classe trabalhadora que vivia
no campo, ao reconhecer que era explorada pela Corte, a
qual tinha como única função nomear, convocar ou
demitir ministros, impedindo o rei de governar.
(C) luta de classes que se estabeleceu entre burgueses e
camponeses, representantes das então recentes forças
produtivas que se estabeleceram na França após a
superação do feudalismo e do clericalismo.
(D) sobrecarga de taxas sobre o campesinato enquanto as
ordens privilegiadas (nobreza e clero) ocupavam os
lugares honoríficos e lucrativos, ao mesmo tempo em
que a burguesia ficava fora do poder.
(E) dependência em que vivia a burguesia em relação à
nobreza, que tudo controlava desde os impostos até a
produção de alimentos, como forma de evitar a
revolução no campo.
3. Se não têm pão, que comam brioches!
A frase, erroneamente atribuída à rainha da França, Maria
Antonieta, foi considerada uma resposta cínica às
inquietações populares que levaram à eclosão da Revolução
Francesa.
Assinale a alternativa que aponta corretamente algumas das
causas da insatisfação da população francesa às vésperas
dessa Revolução.
(A) Contrários ao lema da monarquia, “Liberdade,
Igualdade, Fraternidade”, os camponeses alegavam que
a distribuição de renda provocava o empobrecimento da
classe média.
(B) A grave crise econômica, aliada a condições climáticas
adversas, inflacionou os preços nas cidades e no campo;
sofrendo com a fome, a população pagava altos impostos
para manter os privilégios do clero e da nobreza.
(C) A substituição de culturas alimentares pelo algodão,
decretada por Luís XVI, levou ao aumento da
mortalidade infantil e da fome entre os camponeses,
favorecendo a burguesia vinculada à indústria têxtil.
(D) Para sustentar os custos das guerras napoleônicas, o rei
Luís XVI aumentou a cobrança de impostos dos
camponeses e dos trabalhadores das cidades que,
insatisfeitos, se rebelaram contra o governo central.
(E) Devido à falta de terras férteis, à baixa produção de
alimentos e à fome, a população demandava o aumento
da ocupação francesa nas Américas e na África para a
ampliação da produção agrícola.
4. A respeito da Revolução Francesa e suas consequências
políticas e sociais, assinale a alternativa correta.
(A) Após a queda da monarquia francesa, o sistema político
implantado no país foi a república, que exigiu a
organização de uma nova constituição.
(B) No período da Revolução Francesa, os jacobinos
representavam a alta burguesia e defendiam a
propriedade privada, ao passo que os girondinos
defendiam os trabalhadores e os pobres.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(C) Na reformulação da constituição republicana, questões
sociais e econômicas foram contempladas. Sendo assim,
a população pobre adquiriu melhores condições de vida.
(D) Na elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, todos eram considerados cidadãos,
incluindo mulheres e escravos.
(E) O terceiro estado era composto por membros do clero,
incluindo bispos do alto clero e padres e monges do
baixo clero.
5. “O governo revolucionário tem necessidade de uma
atividade extraordinária, precisamente porque ele está em
guerra. Suas regras não são uniformes nem rigorosas, porque
as circunstâncias são tumultuadas e inconstantes (...). O
governo revolucionário não tem nada em comum com a
anarquia nem com a desordem. Sua meta, ao contrário, é de
as reprimir para implantar e consolidar o reinado das leis.”
Discurso de Robespierre diante da Convenção, 25 de dezembro de
1793. In: COSTA, M.; DOUBLET, F. (coord.). Histoire
Géographie, 4ª ed. Paris: Magnard, 1998. p. 60.
Durante a Revolução Francesa, ao assumir a direção da
Convenção (1792-1794), os jacobinos adotaram medidas
para conter as forças contrarrevolucionárias. O discurso de
Robespierre, ao afirmar que as ações do governo
revolucionário não podem estar submetidas a regras
uniformes e rigorosas, procurava justificativas para
(A) a criação do Tribunal Revolucionário, para julgar os
suspeitos de atitudes contrarrevolucionárias. Muitas
vezes, o destino dessas pessoas era a morte na guilhotina.
(B) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas
pessoas com posses poderiam exercer o poder de voto e
se candidatar para mandatos eletivos.
(C) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo
formado por representantes dos três estados e que não se
reunia desde 1614.
(D) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder
Executivo e era composto de cinco pessoas eleitas entre
os deputados.
(E) a coroação de Napoleão Bonaparte, definida a partir de
um plebiscito que aprovou o fim do Consulado e a
transformação da França em Império.
6. Leia o texto a seguir.
A conquista do tempo através da medida é claramente
percebida como um dos importantes aspectos do controle do
Universo pelo homem. De um modo não tão geral, observa-
se como, em uma sociedade, a intervenção dos detentores do
poder na medida do tempo é um elemento essencial do seu
poder: o calendário é um dos grandes emblemas e
instrumentos do poder; por outro lado, apenas os detentores
carismáticos do poder são senhores do calendário: reis,
padres, revolucionários.
LE GOFF, J. História e Memória. Trad. de Bernardo Leitão et al.
7.ed. Campinas: Unicamp, 2013. p.442.
No processo histórico das sociedades humanas, os senhores
do poder procuram ampliar o seu domínio socioeconômico
vinculando-o ao tempo cronológico.
474

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um
exemplo de apropriação do tempo associado a um poder que
originou um novo calendário.
(A) O Édito de Constantino impôs o calendário Justiniano a
todo o Ocidente cristão modificando as datas de
celebrações religiosas.
(B) A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de
tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado,
consagrando a epopeia da libertação.
(C) A Revolução Chinesa criou um novo calendário
apropriando-se do controle da temporalidade no campo
pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas por Mao
Tse Tung.
(D) A Revolução Francesa rompeu com o calendário em
vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada
para formular uma nova constituição.
(E) A Revolução Inglesa modificou o calendário no qual se
regulava a balança comercial britânica com as suas
colônias, aprimorando a concentração do lucro.
7. “Declaramos que não podemos mais suportar, juntamente
com a enorme maioria dos homens, o trabalho e o suor em
benefício de uma pequena minoria. Há muito tempo que
menos de um milhão de indivíduos vem desfrutando aquilo
que pertence a mais de vinte milhões de seus semelhantes.
Jamais projeto mais vasto foi concebido ou posto em prática.
Alguns homens de gênio, alguns sábios, o mencionaram de
tempos em tempos, com voz baixa e trêmula. Nenhum deles
teve a coragem de dizer toda a verdade. Povo da França, abri
vossos olhos e vossos corações à plenitude da felicidade.
Reconhecei e proclamai conosco a República dos Iguais!”
(Graco Babeuf. Manifesto dos Iguais. Citado em Edmundo
Wilson. Rumo a Estação Finlândia)
O Manifesto dos Iguais de Babeuf surgiu no contexto:
(A) da Revolução Gloriosa;
(B) da Revolução Francesa;
(C) da Revolução Liberal de 1848;
(D) da Revolução de 1848, na França;
(E) da Comuna de Paris.
8. Hino da França – A Marselhesa (tradução)
Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, a tirania
O estandarte encarnado se eleva!
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos
Nossa terra do sangue impuro se saciará.
(Disponível em: Link: http://www.vagalume.com.br/hinos/hino-
da-franca-a-marselhesa-traducao.html#ixzz3KrRj5hUi.)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
O Hino da Revolução Francesa, que mais tarde se tornaria o
Hino da França, reflete muito do espírito de luta e sede de
mudança que se expandiu principalmente entre
(A) os clérigos e nobres, que procuravam manter os
privilégios de que gozavam, principalmente em relação
aos impostos.
(B) os burgueses que, em muitos casos, apesar de possuírem
condições econômicas, não possuíam a participação
política desejada.
(C) os camponeses, que pretendiam romper de vez com os
laços escravistas que ainda ditavam as relações de
trabalho na França.
(D) os representantes do proletariado em ascensão na França
que, apesar de ter uma indústria incipiente, começava o
processo de Revolução Industrial.
9. A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria,
criada em setembro de 1815, após a derrota de Napoleão
Bonaparte, tinha por objetivo político
(A) promover e proteger os ideais republicanos e
revolucionários franceses em toda a Europa.
(B) impedir as intenções recolonizadoras dos países ibéricos
e apoiar as independências dos países latino-americanos.
(C) lutar contra a expansão do absolutismo monárquico e a
influência do papado em todos os países europeus.
(D) combater e prevenir a expansão dos ideais republicanos
e revolucionários franceses em toda a Europa.
(E) apoiar o retorno de Napoleão ao governo francês e
garantir o equilíbrio entre as potências europeias.
10. "Há duzentos anos, em 9 de junho de 1815, encerrava-
se o Congresso de Viena, conferência de países europeus que,
após nove meses de deliberações, estabeleceu um plano de
paz de longo prazo para o continente, que vivia um contexto
político conturbado(...). Para alcançar esse objetivo, os
diplomatas presentes ao Congresso de Viena criaram um
mecanismo de pesos e contrapesos conhecido como
"Concerto Europeu"(...). O Concerto Europeu procurou
substituir um arranjo unipolar por um sistema inovador de
consultas plurilaterais. Esse esforço visava a garantir a
estabilidade europeia no pós-guerra".
http://blog.itamaraty.gov.br/63-historia/146-200-anos-do-
congresso-de-viena.Acesso em: 20/7/2015.
O contexto conturbado vivido pela Europa antes do
Congresso de Viena e os resultados deste foram,
475

respectivamente:
(A) A guerra dos sete anos que colocaram em confronto
Inglaterra e França em função de disputas territoriais na
América. – A expulsão da França da Liga das nações por
ter desrespeitado regras internacionais preestabelecidas.
(B) A disputa imperialista protagonizada pelas nações
europeias em função da crise econômica vivida no
século XIX. – Evitou-se provisoriamente um conflito de
proporções mundiais já que, por meio de concessões,
garantiu-se um equilíbrio político.
(C) A expansão napoleônica que destronou reis e promoveu
a invasão e ocupação militar sobre diversas regiões. –
Restauração das monarquias depostas por Napoleão,
legitimação das existentes à época e a criação da Santa
Aliança.
(D) A primeira grande guerra, que foi consequência de um
momento marcado pelo nacionalismo exacerbado e por
rivalidades econômicas e territoriais. – A imposição de
uma paz despreocupada com o equilíbrio mundial pois
humilhava os derrotados.
11. O mapa abaixo representa a divisão geopolítica europeia
no início do século XIX, destacando a estratégia militar
napoleônica conhecida como Bloqueio Continental.
A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal
até a Noruega, representada no mapa, revela a intenção
francesa de
(A) integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas
alfandegárias.
(B) fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação
pelos portos britânicos.
(C) desenvolver a economia espanhola, consolidando seu
monopólio comercial na Península Ibérica.
(D) isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a
importantes mercados da Europa continental.
(E) inibir o comércio de escravos oriundos de portos
africanos, situados ao norte da Linha do Equador.
12. Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França, em
1799. A partir do chamado Golpe do 18 Brumário, tornou-se
primeiro cônsul, depois primeiro cônsul vitalício e,
posteriormente, imperador. Durante o seu governo,
(A) retomou as relações com a Igreja Católica e permitiu
total autonomia dos seus sacerdotes.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(B) estabeleceu uma monarquia parlamentarista, nos moldes
do sistema de governo vigente na Inglaterra.
(C) estabeleceu um novo Código Civil que manteve a
igualdade jurídica para os cidadãos do sexo masculino e
o direito à propriedade privada.
(D) procurou retomar antigas possessões marítimas
francesas, envolvendo-se em uma guerra desgastante no
Haiti e no sudeste asiático.
(E) aliou-se aos “sans culottes”, grupos mais radicais da
Revolução Francesa, e, por isso, foi derrubado em 1814.
13. Revolução Francesa não foi feita ou liderada por um
partido ou movimento organizado, no sentido moderno, nem
por homens que estivessem tentando levar a cabo um
programa estruturado. Nem mesmo chegou a ter do tipo que
as revoluções do século XX têm-nos apresentado, até o
surgimento da figura pós-revolucionária de Napoleão.
Entretanto, um surpreendente consenso de ideias gerais entre
um grupo social bastante coerente deu ao movimento
revolucionário uma unidade efetiva.
HOBSBAWM, E. J. A revolução francesa. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra
O caráter revolucionário destacado na passagem do texto tem
como referência a acepção da(o)
(A) nobreza.
(B) burguesia.
(C) clero.
(D) proletariado.
(E) gentry.
14. A Revolução Francesa, ocorrida em 1789, foi um dos
maiores movimentos sociais e políticos da história do
Ocidente. Os revolucionários tinham como ideais defender a
liberdade e a igualdade como elementos essenciais para a
construção de uma sociedade para todos. A Revolução
Francesa, com seu vigor revolucionário, influenciou diversos
movimentos no mundo, inclusive no Brasil.
Podemos apontar como um importante fator propulsor para a
Revolução Francesa
(A) as guerras de conquistas realizadas por Napoleão
Bonaparte.
(B) a revolta da maioria da população francesa (burguesia,
camponeses e trabalhadores urbanos), motivada pelas
injustiças sociais promovidas pela monarquia absolutista
e os governantes da época.
(C) a grande influência da burguesia e dos trabalhadores
urbanos sobre o sistema político da França.
(D) a busca pelo direito de voto da nobreza e por eleições
sem fraudes.
(E) o desejo de permanência da divisão da sociedade em três
ordens, conhecida como primeiro estado, segundo
estado e terceiro estado.
15. O Grande Medo de 1789 foi um dramático
acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revolução
Francesa.
Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre o
Grande Medo, EXCETO:
(A) Fez parte de uma conjuntura marcada por numerosas
agitações e insurreições urbanas e rurais.
476

(B) Foi considerado pelos revolucionários e pelo povo, em
geral, como um complô das hordas inimigas da ordem,
do Rei e da Igreja.
(C) Foi uma das faces da revolução camponesa que, durante
os primeiros anos da Revolução Francesa, impulsionou
e conduziu a revolução burguesa.
(D) Foi um acontecimento fundamentado em reações
coletivas de medo e pânico da população diante da
divulgação de boatos.
(E) Gerou fugas, medidas preventivas tais como ataques às
propriedades aristocráticas e a decisão de armar a
população para enfrentar os bandidos.
16. A Revolução Francesa representou um marco da história
ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao Antigo
Regime.
Dentre as características da crise do Antigo Regime, na
França, está:
(A) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado
pela burguesia contra os privilégios do clero e da
nobreza.
(B) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da
Revolução Industrial.
(C) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por
Colbert.
(D) o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões
camponesas contrárias à nobreza.
(E) o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a
participação vitoriosa na guerra de independência dos
E.U.A.
17. Na Revolução Francesa, foi uma das principais
reivindicações do Terceiro Estado:
(A) a manutenção da divisão da sociedade em classes
rigidamente definidas.
(B) a concessão de poderes políticos para a nobreza,
preservando a riqueza dessa classe social.
(C) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da
igualdade civil.
(D) a união de poderes entre Igreja e Estado, com
fortalecimento do clero.
(E) o impedimento do acesso dos burgueses às funções
políticas do Estado.
18. Revolução Francesa, marco histórico e cronológico da
contemporaneidade ocidental, apresentou em seu processo
várias fases que:
I. representaram a falta, no seu momento inicial, de um
projeto que pudesse acentuar os caminhos que deveriam
ser seguidos para implantação de uma sociedade liberal.
II. demonstraram como a oposição ao Antigo Regime não
se resumia aos setores burgueses, mas que também
havia insatisfação entre os nobres, o clero e os
camponeses.
III. acentuaram as dificuldades econômicas vividas por
uma sociedade que apresentava um crescimento
industrial que, desde 1780, já havia superado a
produção agrícola.
IV. identificaram as diferenças entre as ideologias feudal e
liberal, além de refletirem a supremacia dos interesses
camponeses especialmente durante o período jacobino.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
Assinale a opção que apresenta as afirmativas corretas:
(A) Somente I e II.
(B) Somente I e III.
(C) Somente I e IV.
(D) Somente II e III.
(E) Somente III e IV.
19. Durante a Revolução Francesa, a radicalização, típica da
"Época da Convenção" (1792-5), caracteriza-se pela:
(A) Promulgação da "Declaração Universal dos Direitos do
Homem";
(B) aprovação da "constituição civil do clero" por Luiz XVI;
(C) instituição de um regime político e social de caráter
democrático - o Diretório;
(D) criação de tribunais revolucionários e a abolição dos
direitos senhoriais;
(E) pacificação da Europa, a partir da paz entre a França e a
Inglaterra.
20. No contexto histórico da Revolução Francesa, o episódio
denominado "O Golpe do 18 Brumário", aconteceu
(A) quando se inicia o regime do Diretório, período que se
caracterizou pelos desmandos políticos.
(B) no momento em que a Conjura dos Iguais propõe a
tomada do poder à força e o fim da propriedade privada.
(C) quando Napoleão, apoiado pelo Exército e pela alta
burguesia, derruba o Diretório e chega ao poder.
(D) no momento em que os monarquistas tentam voltar ao
poder através de golpe, que foi sufocado por Napoleão
Bonaparte.
(E) quando Robespierre, Saint Just e seus companheiros do
Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina,
pondo fim ao Terror.
21. "O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a
formação da classe operária".
"Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser considerados
como os anos da contra-revolução".
[Durante esse período] "o povo foi submetido,
simultaneamente, à intensificação de duas formas
intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão
política."
Essas frases, extraídas de A FORMAÇÃO DA CLASSE
OPERÁRIA INGLESA do historiador E. P. Thompson,
relacionam-se ao quadro histórico decisivo na formação do
mundo contemporâneo, no qual se situam
(A) a revolução comercial e a reforma protestante.
(B) o feudalismo e o liberalismo.
(C) a revolução industrial e a revolução francesa.
(D) o capitalismo e a contra-reforma.
(E) o socialismo e a revolução russa.
22. No contexto da Revolução Francesa, a organização do
Governo Revolucionário significou uma forte centralização
do poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela
Convenção, passou a ser o efetivo órgão do Governo... .
Havia ainda o Comitê de Segurança Geral, que dirigia a
polícia e a justiça, sendo que estava subordinado ao Tribunal
Revolucionário que tinha competência para punir, até a morte
todos os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de
477
 CAPÍTULO IX

medidas de exceção adotadas pelo Governo revolucionário

deram margem a que essa fase da Revolução viesse a ser
conhecida como:
(A) os Massacres de Setembro.
(B) o Período do Terror.
(C) o Grande Medo.
(D) O Período do Termidor.
(E) o Golpe do 18 de Brumário.

GABARITO

1. E
2. D
3. B
4. A
5. A
6. D
7. B
8. B
9. D
10. C
11. D
12. C
13. B
14. B
15. B
16. A
17. C
18. A
19. D
20. C
21. C
22. B

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 478


CAPÍTULO X – REVOLUÇÕES LIBERAIS DO
SÉCULO XIX E UNIFICAÇÕES TARDIAS
1) O AMBIENTE EUROPEU:
Com a queda de Napoleão Bonaparte no ano ode
1815 , na batalha de Waterloo, os países vitoriosos formaram
o que chamamos de Congresso de Viena , com a finalidade
de penalizar a França , e dentre outras medidas , promover a
restauração do Antigo Regime nas nações afetadas pelo
ideal revolucionário francês, espalhado para outros países
devido principalmente aos conflitos napoleônicos. A Europa
conservadora caracterizada pelos regimes absolutistas
voltava a ser o centro das atenções. O próprio Congresso
de Viena restabeleceu o conservadorismo na Europa ,
1.1) Causas Gerais das Revoluções Liberais:
- fatores ideológicos: Liberalismo e Nacionalismo.
- fatores políticos: resistência ao Absolutismo.
- fatores econômicos: crises provocadas por problemas
climáticos (principalmente em 1830 e 1848), gerando o
aumento dos preços.
- fatores sociais: a desigualdade e a exclusão social gerada
pelos governos absolutistas, aliada a miséria e a fome
causada pela crise econômica.
A soma desses fatores sacudiu a Europa em diversos
movimentos, podendo destacar os movimentos ocorridos
nos anos de 1820, 1830 e 1848. Este último conhecido como
a Primavera dos Povos.
2.) As Revoluções:
2.1 A REVOLUÇÃO DE 1820:
As principais referências das Revoluções Liberais
da década de 1820 foram a Independência da Grécia e a
Revolução Liberal do Porto. Os gregos libertaram-se da
dominação turca, obtendo o apoio russo. A Rússia tinha
interesses estratégicos de expansão rumo ao Mar
Mediterrâneo, estremecendo relações com os membros da
Santa Aliança.
Em Portugal, a Revolução Liberal do Porto
mobilizou os militares e obteve o apoio da burguesia.
Organizada nas Cortes Portuguesas (o Parlamento português)
exigiu a volta da família real que estava no Brasil desde 1808
e ameaçou um processo de recolonização. O rei D. João VI
retornou em 1821.
Existiram movimentos que sofreram a repressão
militar da Santa Aliança, como na Espanha onde houve o
juramento de uma Constituição liberal na cidade de Cádiz,
além da região de Nápoles, na Península Itálica.
2.2) A REVOLUÇÃO DE 1830:
Foi durante o reinado de Luís XVIII (1814-1824) ,
três grandes grupos políticos encontravam-se na disputa
pelo poder no cenário francês .Os liberais, os Ultra –realistas
e os constitucionalistas
No ano de 1824 o rei Luís XVIII veio a falecer ,
deixando o trono para o seu irmão , o conde de Artois ,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
que passou a ser chamado de Carlos X(1824 –1830), tendo
apoio político do clero e dos latifundiários.Devido a uma
imensa crise econômica o rei decidiu aumentar os impostos
, causando um descontentamento das classes. Esta crise veio
a afetar os setores industriais e ,principalmente o comércio
francês.Este descontentamento levou a população
francesa a realizar protestos contra as decisões tomadas pelo
rei Carlos X.A situação veio a piorar quando a oposição
veio a ocupar cargos importantes na câmara dos deputados,
dificultando o poder absolutista do rei francês. Após a
vitória da oposição na câmara dos deputados ,o rei Carlos
X promoveu a criação das chamadasOrdenações de
Julho.Estas ordenações eram caracterizadas por medidas
contrárias ao interesse burguês. Estas medidas não foram
atendidas por todos ecom isso a população tomou as ruas
,promovendo a formação de barricadas
Com esses problemas durante o seu governo ,
Carlos X decidiu fugir com medo de um radicalismo por
parte da pequena burguesia e do proletariado urbano, como
tinha sido na Revolução de 1789.
A alta burguesia instalava no poder da França um
rei burguês , Luís Felipe ( 1830 – 1848 ), que iniciou um
programa de união entrre os políticos liberais e os
banqueiros, denominado sistema de Matternich.Neste
momento iniciava –se a monarquia de Julho.
No governo do rei burguês este ficou
caracterizado pelo fortalecimento do poder legislativo,
determinou o retorno da liberdade de imprensa e baixou o
censo eleitoral , ampliando com isso o número de votantes
dentro da população francesa. A crise ecoNômica recuou ,
graças aos investimentos promovidos pelo seu governo no
setor industrial.A alta burguesia foi a parcela da sociedade
francesa que mais saiu privilegiada no governo de Luís
Felipe, pois a mesma passou a deter o controle de ferrovias
, bancos , minas de carvão e ferro.
2.3)A REVOLUÇÃO DE 1848
A crise econômica ainda era um dos motivos do
movimento revolucionário, além do descontentamento da
burguesia e do proletariado. A guarda Nacional foi
convocada para conter o movimento ,porém o que aconteceu
foi que a guarda aderiu as manifestações . A revolta iniciada
com a proibição dos banquetes ficou fora de controle
levando o rei Luís Felipe a abdicar no dia 24 de Fevereiro
de 1848.
A Revolução de 1848 foi , caracterizado pelo
surgimento do pensamento socialista, marcado pela
publicação ,na Europa, do Manifesto Comunista de Marx e
Engels.
Após a queda do rei foi fundada a 2 º república
francesa, dando também a liberdade de imprensa e anistia
para presos políticos. A criação das oficinas Nacionais
,idealizada por Louis Blanc, um dos idealizadores do
socialismo utópico foi responsável em tentar solucionar o
problema econômico francês , gerando emprego para grande
parte da população desempregada.
A revolução dentro da revolução ( Junho de 1848)
foi o movimento liderado pelos socialistas , com a tentativa
de subir ao poder na França sozinhos , pois a burguesia já
ocupava a maioria do Congresso ,e de lá mandava acabar
com as oficinas Nacionais, repercutindo muito mal perante a
população francesa.
479

As manifestações foram duramente repirimidas
pelo general Cavaignac , que recebeu plenos poderes das
Assembléia. Com as mainfestações contidas , no ano de 1848
foi convocada eleições para a presidência da república
francesa. Neste mesmo ano era excolhido a figura de Luis
Napoleão Bonaparte, sobrinho do lendário Napoleão.
3) A FRANÇA DE LUÍS NAPOLEÃO BONAPARTE
A vitória esmagadora foi de Luís Napoleão
Bonaparte , membro do partido da Ordem Este mesmo
partido ocupou a maioria das cadeiras da assembléia
legislativa.O partido da ordem determinou a criação de
duas leis que vieram a atingir os menos favorecidos da
sociedade francea , dando um destaque , é óbvio para a classe
trabalhadora. A primeira lei editada pela assembléia
legislativa falava que só teria direito a votar o indivíduo
que comprovasse sua residência fixa por mais de três anos,
o que era impossível para o trabalhador Já a segunda
aumentava os impostos cobrados em relação as publicações
dos jornais ,dificultando a circulação de jornais associados
aos ideias socialistas e a compra dos mesmos pelas camadas
menos privilegiadas.
Luís Napoleão Bonaparte(1848-1871) pensava em
se manter no poder , porém a constituição da França não
permitia a reeleição. Logo ,Luís Napoleão Bonaparte
dissolveu a assembléia legislativa e prendeu os seus
principais líderes. Era dado neste momento um golpe de
Estado que ficou conhecido como GOLPE DO 18
BRUMÁRIO, fazendo uma alusão ao episódio que levou
ao poder o seu tio Napoleão Bonaparte . Vale aqui ressaltar
,que o golpe desta vez , havia sido aplicado no dia 2 de
Dezembro de 1851, dando lhe plenos poderes. Ressalto que
Luís Napoleão Bonaparte teve o apoio daparcela burguesa
que não fazia parte do partido da Ordem, e também das
camadas mais pobres da sociedade francesa.Em Dezembro
de 1852 era promovido um plebiscito que lhe dava plenos
poderes , anulando a segunda República francesa , e dando
início ao Segundo império , passando a se chamar de
Napoleão III
Napoleão III (Luís Napoleão Bonaparte) foi
apoiado por várias camadas da sociedade francesa ,como por
exemplo, a burguesia , a Igreja , o exército.Novamente a
França crescia economicamente na Europa . Com grandes
avanços nos setores da metalurgia , no setor têxtil , na
agricultura , nos transportes e outros setores.
A política externa francesa foi baseada na
expansão do domínio de territórios nos continentes africano
e asiático, destacando a construção do canal de Suez ,
permitindo a travessia entre os mares Mediterrâneo e o
Vermelho.Napoleão III promoveu o apoio a vários
movimentos nacionalistas , como por exemplo o da região
dos Balcãs. Porém três episódios levaram o governo de
Napoleão III a ruína . O primeiro associado direto ao
processo da unificação italiana, onde a França retirou o
apoio dado ao papa nas guerras de unificação. Já o segundo
retratou uma intervenção no México , onde lá para garantir
a presença francesa na América , nomeou o arquiduque
austríaco Maximiliano da Áustria. Ressalto que este não
agradou a população mexicana e acabou sendo morto no
ano de 1867.O terceiro e mais importante foi no episódio
da sucessã o do governo espanhol.A intromissão
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
napoleônica desagradou ao governo prussiano o que
acarretou mais tarde a guerra franco -prussiana(1870 –1871)
, que culminou na unificaçã o da Alemanha, após a vitória
esmagadora na batalha de Sedan. Após a unificação a França
foi humilhada ,pois o rei da Alemanha , Guilherme I , foi
coroado dentro do palácio de Versalhes , símbolo da
realeza francesa. Além desta humilhação, a França , pelo
tratado de Francfurt, teve que pagar uma indenização de
guerra à Prússia de 5 bilhões de francos , além de perder os
territórios de Alsácia-Lorena, regiões ricas em carvão.
Um governo provisório se instalou na França logo
após a queda de Napoleão III. Duas facções disputavam o
poder francês os moarquistas que eram a favor da rendição
aos prussianos , e os republicanos que defendiam a
continuação da luta contra os prussianos. A vitória ficou nas
mãos dos monarquistas, acarretando a retirada de vários
canhões das mãos da guarda nacional , composta
principalmente de trabalhadores descontentes com o
resultado das eleições . Não tardou muito para um novo
movimento explodir na França , no ano de 1871 era iniciado
a famosa Comuna de Paris, possuindo ideais socialistas , este
movimento ergueu várias barricadas pela cidade ,e
organizou um governo paralelo ao francês.Entre várias
medidas adotadas pela Comuna estava a separação da Igreja
perante o Estado, a instituição do ensino laico gratuito e
obrigatório e profissional, as indústrias passaram a ser
dirigidas por operários qualificados. Em Maio de 1871 a
Comuna de Paris era contida graças ao grande empenho do
governo republicano que encontrava –se sitiado em
versalhes. Muitos dos seus membros foram executados , e
como consequência deste movimento , a terceira República
foi instalada na França e duraria até o início da primeira
Guerra Mundial (1914).
4) AS UNIFICAÇÕES:
4.1) A Unificação da Itália:
A Península Itálica, conforme já estudamos, não obteve a
centralização política nos Tempos Modernos (séculos XV ao
XVIII). No século XIX, a fragmentação territorial pode ser
caracterizada da seguinte forma:
- Região Norte: diversos Estados sob influência austríaca,
além da independente região do Piemonte-Sardenha.
- Região Central: Estados Pontifícios, controlados pela Igreja
Católica sob o governo do Papa.
- Região Sul: Reino das Duas Sicíliassob influência da
Dinastia Bourbon.
Na primeira metade do século XIX destaca-se a ação de
sociedades secretas nacionalistas, como os Carbonários e o
Jovem Itália (liderado por Mazzini) e o movimento do
“Risorgimento”, defensores da Unificação Italiana. As
iniciativas fracassaram devido à repressão austríaca e
francesa.
Na segunda metade do século XIX, duas forças unificadoras
possibilitaram a centralização política:
- “Camisas-Vermelhas”: grupo republicano chefiado por
Giuseppe Garibaldi libertou o sul (Reino das Duas Sicílias),
derrubando o rei Fernando II. Apesar de defender o ideal
480

republicano, apoiou o monarquismo do rei Vitor Emanoel II
para garantir a centralização política.
- Reino do Piemonte-Sardenha: Estado independente em
processo de industrialização era governado pelo rei Vitor
Emanoel II com o apoio de liberais burgueses liderados pelo
primeiro-ministro Conde Cavour. Após vencer guerra contra
a Áustria, dominou grande parte da região norte, mas foi
barrada nos Estados Pontifícios que eram protegidos pela
França. As guerras de unificação alemã (Austro-Prussiana e
Franco-Prussiana) permitiram o domínio de Veneza (norte) e
dos Estados Pontifícios que perderam o apoio da França
derrotada na guerra.
Em 1870 estava consolidada Unificação Italiana.
4.2) A Unificação da Alemanha:
A Alemanha, antiga região do Sacro Império Romano-
Germânico, por decisão do Congresso de Viena tornou-se a
Confederação Germânica sob influência da Áustria e da
Prússia.
A Áustria detinha o poder político controlando o parlamento
germânico, enquanto a Prússia estava fortalecida
economicamente devido ao processo industrial, desejando
incorporar territórios para obter mão-de-obra, matérias-
primas e mercados consumidores.
Em 1834, a Prússia criou o Zollverein, uma união
alfandegária permitindo o livre-cambismo na região
germânica. Os prussianos participavam, mas excluíram os
austríacos.
Contento a onda das revoluções liberais de 1848, a Áustria
conseguiu impedir o avanço dos ideais centralizadores.
A Prússia era governada pelo rei Guilherme I, tendo como
primeiro-ministro Bismarck que liderou a unificação através
de três guerras:
- Guerra dos Ducados (1864): foi marcada pela união
austro-prussiana para derrotar a Dinamarca, libertando as
regiões de Holstein (influência austríaca) e Schleswig
(influência prussiana).
- Guerra Austro-Prussiana (1866): a disputa pela região de
Holstein levou a vitória da Prússia, que contou com o apoio
do Piemonte, dominando a porção centro-norte, na chamada
“Guerra das Sete Semanas”.
- Guerra Franco-Prussiana (1870-1871): Bismarck
estimulou um conflito nacionalista utilizando-se da “Questão
Sucessória ao Trono Espanhol” (oferecido a um membro
Hohenzollern), derrotando a França e dominando a porção
sul, incluindo a região francesa da Alsácia-Lorena, rica em
carvão e ferro. Além dessa perda, a França pagou indenização
e ocorreu a queda do imperador Napoleão III. Deste conflito
humilhante, mediante fracasso na Batalha de Sedan e
aceitação dos termos do Tratado de Frankfurt, nascia o
“Revanchismo Francês”, o desejo de vingança da França
frente à Alemanha, um dos antecedentes da Primeira Guerra
Mundial (1914-1918).
Em 1871 estava consolidada Unificação da Alemanha.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
EXERCÍCIOS
1. “(...) os homens que naquele momento estavam
encarregados de pôr termo à Revolução de 1848 eram
precisamente os mesmos que fizeram a de 30. (...)
O que a distinguia ainda, entre todos os acontecimentos que
se sucederam nos últimos sessenta anos na França, foi que
ela não teve por objetivo mudar a forma, mas alterar a ordem
da sociedade. Não foi, para dizer a verdade, uma luta política
(...), mas um embate de classe (...).
Havia se assegurado às pessoas pobres que o bem dos ricos
era de alguma maneira o produto de um roubo cujas vítimas
eram elas (...).
É preciso assinalar ainda que essa insurreição terrível não foi
fruto da ação de certo número de conspiradores, mas a
sublevação de toda uma população contra outra (...).”
(Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848. 1991)
A partir do texto, é correto afirmar que
(A) a revolução limitou-se, em 1848, a apelos políticos, no
sentido de a classe burguesa, líder do movimento, atrair
as classes populares para a luta, contra o absolutismo de
Carlos X, usando as ideias liberais como combustível
para a implantação do Estado liberal.
(B) a revolução de 1848, liderada pelos homens de 1830, isto
é, a classe burguesa, tinha como maiores objetivos a
queda de Luís Bonaparte e a vitória das ideias socialistas,
pregadas nos banquetes e nas barricadas contra o rei e
contra a nobreza.
(C) a revolução de 1848, influenciada pelo socialismo
utópico, significou a luta entre a classe burguesa, líder
da revolução de 1830, e as classes populares que, cada
vez mais organizadas na campanha dos banquetes e nas
barricadas, forçaram a queda do rei Luís Felipe.
(D) os líderes revolucionários de 1848, os mesmos da
revolução de 1830, sob forte propaganda das ideias
liberais e influenciados pela luta política, convocaram e
obtiveram o apoio das classes populares, no Parlamento,
contra o rei Luís Felipe.
(E) o rei Luís Felipe, no trono francês entre 1830 e 1848, foi
derrubado por uma bem orquestrada luta política no
Parlamento, que uniu liberais e socialistas, vitoriosa para
essa aliança, que formou o governo provisório e elegeu
o presidente Luís Bonaparte.
2. Ao analisar os acontecimentos e consequências de 1848,
na França, Karl Marx denominou de “18 brumário de Luís
Bonaparte” o golpe de Estado realizado por esse último. A
denominação é historicamente possível, pois
(A) estendeu a ação de seu Império da França até o norte da
África, incluindo regiões na Itália e Alemanha,
territórios anteriormente também conquistados por seu
tio.
(B) organizou um Império de caráter despótico absolutista,
impôs a censura aos meios de comunicação e
proclamou-se cônsul vitalício, atitudes já realizadas por
Napoleão.
(C) assim como Napoleão, Luís Bonaparte legitimou seu
golpe por meio de um plebiscito, extinguindo a
República até então vigente para proclamar-se
imperador.
(D) Luís Napoleão, assim como Napoleão, a princípio
realizou reformas absolutistas para depois, já no
481

Império, introduzir princípios iluministas de
administração pública.
(E) assim como seu tio, Luís Bonaparte se auto coroou
imperador, reduziu a interferência do alto clero no
governo e limitou o direito ao voto a critérios censitários.
3. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações
abaixo, sobre as Revoluções de 1848, ocorridas na Europa.
( ) A origem desses conflitos foi o levante espanhol
antiabsolutista de 1848.
( ) A principal meta dos revolucionários foi o
restabelecimento do absolutismo nos países europeus.
( ) Os revolucionários foram extremamente heterogêneos,
representando ideologias e setores sociais diversos.
( ) Os efeitos dos conflitos foram sentidos inclusive no
Brasil, como demonstra a Revolta da Praieira.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
(A) F - V - F - V. (B) V - F - V - F.
(C) V - V - F - F. (D) F - F - V - V.
(E) F - V - F - F.
4.
Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade
guiando o povo (1830), e assinale a alternativa correta.
(A) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na
tela são homens do campo com seus instrumentos de
ofício nas mãos.
(B) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a
bandeira tricolor e a figura da Liberdade, mas retrata um
ato político assentado na teoria bolchevique.
(C) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa
reavivado pelas lutas políticas de 1830 na França quanto
a posição política do pintor.
(D) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da
guerra entre nobres e servos durante a Revolução
Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais
aristocráticos.
5. Ao longo do ano de 1848, o continente europeu passou
por uma série de revoluções configurando um momento que
muitos historiadores vieram a denominar de “Primavera dos
Povos”.
Sobre esses movimentos, é CORRETO afirmar que:
(A) as revoluções de 1848 foram movimentos em defesa do
retorno dos regimes monárquicos, uma vez que as
tentativas de reformas políticas e econômicas de caráter
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
burguês tinham fracassado e produzido uma grave crise
econômica e social.
(B) este conjunto de revoluções, de caráter liberal e
nacionalista, foi iniciado com demandas por governos
constitucionais e, ao longo do processo, trabalhadores e
camponeses se manifestaram contra os excessos da
exploração capitalista.
(C) o movimento de 1848 deu prosseguimento às reformas
religiosas estendendo o protestantismo para a Europa
centro-oriental e enfraquecendo a posição dos regimes
autocráticos católicos em países da região como a
Áustria e Polônia.
(D) a “Primavera dos Povos” está relacionada à publicação
do Manifesto Comunista em fevereiro de 1848 e com a
organização de ações políticas revolucionárias de cunho
anarquista, republicano e secular.
(E) essas revoluções estavam associadas às demandas
burguesas por maior integração comercial e pelo fim das
políticas mercantilistas intervencionistas ainda em vigor
em países europeus dominados pela velha classe política
aristocrática.
6. O ano de 1848 foi marcado por manifestações populares
na Europa, conhecidas como “Primavera dos Povos”. Em
2010, um protesto na Tunísia deflagrou um conjunto de
manifestações populares em outros países árabes. A imprensa
aproximou os eventos de 1848 e 2010, quando cunhou a
expressão Primavera dos povos árabes. Essa aproximação
advém
(A) do interesse árabe em resolver conflitos entre minorias
étnicas, as quais, como em 1848, encontram-se
esmagadas por governos autoritários.
(B) da expectativa ocidental de que os países árabes
assimilem a democracia, assim como em 1848 se
esperava a ampliação das reformas liberais.
(C) do sentimento nacionalista laico das manifestações de
2010, que sustentou também as reivindicações das
mobilizações de 1848.
(D) do ideal romântico que, em 2010, se expressou no
martírio dos rebeldes e, em 1848, na disposição para a
luta nas barricadas.
(E) da insatisfação com as constituições árabes que, assim
como no constitucionalismo europeu de 1848,
obstaculizam a participação popular.
7. A unificação alemã foi articulada pelo reino da:
(A) Prússia, após a derrota da Comuna de Paris na Guerra
Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a
aristocracia austríaca e a burguesia prussiana.
(B) Áustria, devido à sua superioridade industrial e militar
dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma
aliança com a aristocracia prussiana.
(C) Áustria, como resposta à ameaça prussiana de unificação
após a instituição do Zollverein na Confederação
Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia
austríaca.
(D) Prússia, devido ao seu poderio militar e força econômica
dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma
aliança entre a aristocracia e a alta burguesia.
(E) Prússia, devido à mobilização nacionalista da
Confederação Germânica durante a Guerra Franco-
Prussiana, apoiado em uma aliança com a grande
burguesia austríaca.
482

8. No Brasil, desde 2011, tem havido diversas
comemorações dos 150 anos da Unificação Italiana,
relembrando os fortes laços culturais entre os dois países.
Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a imigração de
italianos para as Américas, é correto afirmar:
(A) A Unificação Italiana foi o resultado de uma série de
revoltas populares, que culminaram em 1861 com a
formação de uma república socialista sob a direção de
Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não concordava
com o novo regime, emigrou para as Américas, levando
capital suficiente para iniciar a industrialização em
países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
(B) O processo da Unificação Italiana contou com a intensa
participação do Império brasileiro, pois D. Pedro II
almejava estabelecer relações comerciais com os
italianos. É notória a participação de Giuseppe Garibaldi
na política brasileira do período imperial. Após a
unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais países
aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda
crise econômica, o que levou a uma grande leva
emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
(C) A Unificação Italiana foi um processo iniciado no início
do século XIX, que se concluiu em 1861, com uma
monarquia constitucionalista, sob o comando de uma
aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os
setores populares do poder. Muitos italianos camponeses
e trabalhadores saíram empobrecidos após a unificação,
o que estimulou uma intensa emigração para as
Américas entre 1880 e 1930, engrossando fileiras de
trabalhadores agrícolas e operários.
(D) A Unificação Italiana durou de 1861 a 1870, agregando
estados independentes sob a direção do reino de
Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi
possível após a Unificação Alemã, que marcou o fim da
ingerência de Otto Von Bismark na política europeia.
Após esse processo, o monarca instituído perseguiu
duramente seus inimigos políticos, que emigraram para
as Américas.
(E) A emigração italiana para as Américas teve início por
conta de uma série de dificuldades financeiras causadas
por problemas climáticos, que, por volta de 1850,
prejudicaram as colheitas. O volume de emigrantes
intensificou-se após a Unificação em 1861, em
decorrência do fato de que o governo anarquista
instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.
9. As imagens mostram dois importantes personagens da
história europeia do século XIX, figuras que expressaram
com sua liderança o sentimento nacionalista:
(A) a figura I é de Bismarck, ministro prussiano e articulador
do processo de unificação da Alemanha – a figura II é de
Vitor Emanuel, rei do Piemonte-Sardenha e primeiro rei
da Itália unificada;
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
(B) a figura I é de Guilherme I, declarado kaiser do II Reich
alemão em 1871 – a figura II é de Vitor Emanuel, rei do
Piemonte-Sardenha e primeiro rei da Itália unificada;
(C) a figura I é de Von Moltke, o comandante prussiano
responsável pela unificação alemã – a figura II é de
Giuseppe Garibaldi, líder dos camisas vermelhas, forças
populares republicanas, que combateram pela unificação
da Itália;
(D) a figura I é de Bismarck, representante da aristocracia
prussiana e artífice da unidade alemã – a figura II é
Giuseppe Garibaldi, herói da unificação italiana e líder
dos camisas vermelhas;
(E) a figura I é do kaiser Guilherme I, fundador do II Reich
alemão – a figura II é de Camilo Cavour, ministro do
reino do Piemonte-Sardenha e artífice da unificação
italiana.
10. A expressão Risorgimento designa o conjunto de
movimentos heterogêneos que desejaram a unificação da
Itália no século XIX. A vertente vitoriosa que promoveu a
unificação da Itália foi:
(A) o projeto republicano de Giuseppe Mazzini, que criou o
movimento Jovem Itália.
(B) o movimento popular e secreto dos Carbonários, que
defendeu a instituição de um Estado unitário e laico,
contra a influência da Igreja e do Império Austríaco.
(C) o Papado, que defendeu a instituição de uma monarquia
teocrática com sede no Vaticano.
(D) o movimento liderado pelo reino do Piemonte-Sardenha,
que adotou uma monarquia constitucional laica e
favoreceu a industrialização.
11. O Movimento das Nacionalidades traz em si a
concepção de Nacionalismo e reafirma os princípios liberais
aplicados à ideia de Nação. Ao ressaltar elos étnicos,
linguísticos e culturais, criam o arcabouço ideológico de
algumas unificações europeias. Dos países unificados, no
século XIX, destacam-se
(A) a Itália e a Alemanha. (B) a Rússia e a Inglaterra.
(C) a Áustria e a França. (D) a Prússia e a Suíça.
12. A Itália foi uma nação que se unificou tardiamente, na
segunda metade do século XIX. Levando em conta os fatores
históricos desse processo, é INCORRETO afirmar que:
(A) as determinações do Congresso de Viena (1814 - 1815)
assinalaram a divisão da Itália em sete Estados
submetidos parcialmente à ocupação austríaca.
(B) o norte da Península Itálica era industrializado, com
investimentos nos setores mecânicos e ferroviários, na
instalação de companhias de créditos e no
estabelecimento de bancos e redes comerciais.
(C) após a unificação, a burguesia do sul da Península Itálica
promoveu um desenvolvimento capitalista a partir de um
intenso surto de industrialização.
(D) interessava à burguesia do norte da Península Itálica
superar todos os obstáculos que emperravam o
crescimento capitalista. A Península Itálica, dividida em
vários reinos, apresentava diversas leis e impostos que
retardavam a livre circulação das mercadorias.
(E) no norte da Península Itálica se evidenciou a formação
de uma burguesia industrial interessada em fortalecer os
empreendimentos capitalistas, combatendo o domínio
das forças conservadoras.
483

13. As revoluções de 1848 na Europa:
(A) tentaram impor o retorno do Absolutismo, anulando as
conquistas da Revolução Francesa.
(B) foram marcadas pelo caráter nacionalista e liberal,
incluindo propostas socialistas.
(C) provocaram a união das tropas de Bismarck e Napoleão
III para destruir o governo revolucionário.
(D) conduziram Luís Felipe ao trono da França e deram
origem à Bélgica como estado independente.
(E) foram vitoriosas e completaram as unificações nacionais
na ltália e Alemanha.
14. "Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!"
Com essa frase, que se tornou famosa, Marx e Engels
começavam o "Manifesto Comunista" no fervilhar de um
período de profundas agitações em toda a Europa, no período
entre 1830 e 1848. Acerca dessa conjuntura, podemos
afirmar que:
(A) as barricadas de 1848, em Paris, exigiam mudanças
sociais na França e culminaram com a queda da
monarquia de Luiz Bonaparte.
(B) com a formação do II Reich, em 1830, os estados
alemães unificados começaram a atender aos anseios
nacionalistas dos movimentos sociais.
(C) as vitórias do movimento cartista inglês criaram as bases
para o surgimento do "Labour Party", intérprete das
demandas operárias na vida política nacional.
(D) a consolidação da Internacional Socialista, em 1848,
unificando os vários partidos social-democratas
europeus, colocou em xeque os governos democrata-
cristãos.
(E) a atuação dos "déspotas esclarecidos" contra o avanço do
nacionalismo e do liberalismo reafirmou os
compromissos do Congresso de Viena.
15. A história política da Europa, durante o século XIX, foi
marcada por uma sucessão de "ondas" revolucionárias
caracterizadas especificamente numa das opções a seguir.
Assinale-a.
(A) O Congresso de Viena representou a consolidação da
obra revolucionária na implantação da sociedade
burguesa.
(B) Os movimentos revolucionários de 1830 marcaram o
processo de Restauração, liderados pela aristocracia.
(C) As "ondas" revolucionárias corresponderam ao avanço
dos cercamentos dos campos - os "enclousures" - que
liberaram a população camponesa para as cidades.
(D) Os movimentos de 1848 contaram com a participação
das camadas populares e com a forte influência das
ideias socialistas.
(E) Os movimentos de 1870, na Itália e na Alemanha,
deixaram a questão nacional em segundo plano,
priorizando a conquista da ordem democrática.
16. Os movimentos revolucionários que ocorreram em parte
da Europa, entre 1830 e 1848, foram influenciados pelo
avanço de ideias:
(A) monárquicas.
(B) socialistas.
(C) liberais.
(D) sindicalistas.
(E) comunistas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
17. Analisando-se o Movimento Revolucionário ocorrido
na França, em 1848, verifica-se que apresenta uma
significativa diferença em relação às demais Revoluções
Liberais europeias do período de 1815 a 1850. Indique a
alternativa que diz respeito a essa diferença.
O Movimento Revolucionário:
(A) foi nitidamente liberal, provocando a queda de Carlos X
e o início da chamada "Monarquia de Julho".
(B) teve o duplo caráter: nacional e liberal, representando
um momento decisivo contra o estatuto político-
territorial estabelecido pelo Congresso de Viena.
(C) adquiriu um caráter bonapartista, anti-republicano e
antilegitimista.
(D) assumindo uma conotação socialista, dividiu as forças
revolucionárias, atemorizando a burguesia.
(E) colaborou para a vitória de uma experiência socialista
através da organização das "Oficinas Nacionais".
18. "Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao
Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos
Portugueses, e a seus herdeiros, 'in perpetuum'. Está
claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe
católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa
Igreja, (...) Por isso, nós, atendemos às qualidades de
prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua
pessoa, tomamo-la sob a proteção de São Pedro e nossa, e
concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu
excelso domínio o reino de Portugal (...)”
Disponível em: <http://ensina.rtp.pt/artigo/a-bula-manifestis-
probatum-o-documento-fundador-do-reino/>. Acesso em 06 de
mar. 2018.
Em 23 de maio de 1179, o Papa Alexandre III emitiu uma
bula, declarando D. Afonso Henriques soberano de Portugal.
Esse trecho do documento é testemunho do surgimento
precoce da primeira nação europeia. A aliança entre a
nobreza e a burguesia (abençoada pela Igreja) enfraqueceu os
senhores feudais, dando início ao aparecimento dos Estados
Nacionais. Esse processo se arrastaria até o século XIX
quando surgiu a última nação por meio da unificação de
reinos.
De acordo com as informações dadas, a nação referida no
trecho em destaque é
(A) Alemanha.
(B) Itália.
(C) França.
(D) Inglaterra.
19. Os movimentos nacionais, na Alemanha e na Itália, na
2a metade do século XIX, além das diferenças políticas têm
como objetivo a:
(A) unidade política e econômica como requisito para o
desenvolvimento capitalista através do fortalecimento
do Estado e da integração geográfica dos mercados.
(B) independência econômica frente à intervenção
econômica inglesa com a manutenção de estruturas de
produção medievais.
(C) valorização do arianismo como instrumento de
recuperação do homem germânico e italiano e criador do
"espaço vital".
(D) construção de um estado forte inspirado nos modelos
orientais como base política para a recuperação da
484
 CAPÍTULO X

posição que Itália e Alemanha haviam ocupado no final GABARITO

do século XVIII.
(E) manutenção de uma política de proteção territorial 1. C
contra os interesses franceses resultantes da expansão 2. C
napoleônica assentados numa perspectiva política 3. D
conservadora. 4. C
5. B
20. "Desde a 0h de hoje (20h de ontem em Brasília), existe 6. B
uma só Alemanha. O hasteamento da bandeira alemã de 75 7. D
metros no mastro de 45 metros de altura em frente ao 8. C
Reichstag, prédio do Parlamento, em Berlim, no primeiro 9. D
minuto deste dia 03, selou a anexação da Alemanha Oriental 10. D
pela Ocidental. 11. A
A praça da República, onde fica o Reichstag, estava 12. C
totalmente tomada. Centenas de milhares de alemães 13. B
cantaram em coro a canção da Alemanha, hino nacional, para 14. C
celebrar o fim da divisão do país". 15. D
(FOLHA DE S. PAULO, Quarta-feira, 03 de 16. B
outubro de 1990) 17. D
18. A
A notícia anterior refere-se à recente reunificação da 19. A
Alemanha, que "simboliza a conclusão de uma etapa marcada 20. E
pela divisão do mundo em blocos geopolíticos desenhados 21. E
por duas superpotências". No passado, a unificação alemã 22. A
também foi o principal objetivo da ação política de Bismarck,
que, para concretizá-la em 1871, combateu:
(A) Espanha, Prússia e Áustria.
(B) França, Inglaterra e Espanha.
(C) Dinamarca, Rússia e Itália.
(D) Prússia, Inglaterra e Holanda.
(E) Dinamarca, Áustria e França.

21. O desmonte do muro que dividia a cidade de Berlim e o

acordo sobre a reunificação alemã são fatores relevantes para
a construção de uma nova Europa. No entanto, a fundação do
Estado moderno alemão remonta ao século XIX e se
relaciona com a:
(A) cooperação abrangente entre a Prússia e a União
Soviética.
(B) multiplicação das taxas alfandegárias, a revogação da
Liga Aduaneira, a aliança franco-prussiana e a ação do
Papa.
(C) cooperação pacífica, duradoura e estável entre todos os
Estados da Europa.
(D) conhecida e inevitável neutralidade alemã na disputa de
mercados.
(E) reorganização do exército prussiano e com o despertar
do sentimento nacionalista de união.

22. A unificação política da Alemanha (1870-1871) teve

como consequências:
(A) a ruptura do equilíbrio europeu, o revanchismo francês,
a revolução industrial alemã e política de alianças.
(B) enfraquecimento da Alemanha e miséria de grande parte
dos habitantes do sul, responsável pela onda migratória
do final do século XIX.
(C) a anexação da Alsácia e Lorena, o empobrecimento do
Zollverein e retração do capitalismo.
(D) corrida colonial, revanchismo francês, o
enfraquecimento do Reich e anexação da Áustria.
(E) o equilíbrio europeu, a aliança com a França, a formação
da união aduaneira e a Liga dos Três Imperadores.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 485

 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 486


CAPÍTULO XI – AMÉRICA- XIX
1) AMÉRICA ESPANHOLA:
1.1)CAUSAS DA INDEPENDÊNCIA
➔ Ideias iluministas
➔ Revoluções industrial, Americana e Francesa
➔ Guerras napoleônicas
➔ Interesses econômicos ingleses e norte-americanos
Os grandes responsáveis pela liderança do processo de
independência da América espanhola foi a elite CRIOLLA
1.2) A EMANCIPAÇÃO DAS COLÔNIAS
ESPANHOLAS:
As lutas pela emancipação obtiveram características
específicas em determinados momentos do século XIX. A
independência foi caracterizada pela fragmentação
territorial; adoção de regimes políticos republicanos ( a
exceção num curto espaço de tempo foi o México);
participação popular e grande violência.
No período de 1780 a 1810, tivemos com destaque; a
rebelião liderada por um índio chamado Tupac Amaru, no
Peru. Além do movimento no Peru, ocorreu também a
criação de juntas governativas dominadas por criollos, em
várias partes das colônias espanholas.
De 1810 a 1816, a Espanha tentou contra – atacar, porém
sofreu duras perdas decorrentes do apoio norte – americano
e inglês ao processo de independência da América, cujo
objetivo era transformar a América em um mercado
consumidor dos seus produtos industrializados.
No período de 1817 a 1825, foi o grande momento dos
movimentos lutarem em prol da libertação da América que
estava sob o domínio espanhol.
O MÉXICO
O movimento possuiu caráter popular, possuindo
um forte contexto de luta social e racial. Destacamos neste
caso a figura do Padre José Maria Morellos, responsável pela
independência da Nova Espanha. Porém, no Ano de 1815 , o
exército espanhol conseguiu acabar com o foco
revolucionário do padre José Maria.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
O México só conheceu um novo movimento em prol
da independência, quando Vicente Guerrero , auxiliado pelo
general Iturbide, proclamou a independência do México, no
ano de 1821. O mesmo Iturbide, logo depois, assumia o poder
do México, se alto – decretando Imperador do México.
O movimento de independência partiu da capital ,
e não possuía ligações com as comunidades rurais ,
principalmente no que se refere à questão indígena. As
guerras de independência ( 1810-1821) tiveram como um
dos seus efeitos a devastação das propriedades
agropecuárias , o abandono das minas e a fuga da mão –se
–obra .
Nesta mesma época foi promovida a concentração
de terras , retirou os privilégios da aristocracia agrária, e
facilitou a entrada dos capitais ingleses. As pressões inglesas
impediram a formação de uma burguesia nacional . Ressalto
que a terra era a base da renda e fonte do poder . A burguesia
local ligava –se aos interesses das casas comerciais
inglesas, e as dificuldades de pagamento das importações
geravam um endividamento desse setor. A pequena
burguesia urbana formava o pequeno núcleo de oposição
ao regime conservador . A massa da população era a classe
social mais afetada pelo principal problema econômico e
do México independente.
Durante o século XIX, as comunidades
camponesas estavam divididas em 2 grandes grupos : o
primeiro vivia sob a dependência das grandes propriedades
eclesiásticas e leigas . Já o segundo grupo era inteiramente
desprovida de qualquer parcela da terra. Lembro que as
comunidades camponesas foram as grandes vítimas do
processo de modernização capitalista do México.
Coma derrubada do governo de Agustín Iturbide
(1821 –1823), ganhou Antônio López de Santa Ana , o
primeiro caudilho a subir ao poder e influenciar a vida
política do México.As classes dominantes estavam divididas
em conservadores e liberais. No ano de 1824 Iturbide foi
fuzilado e foi proclamada a República do México, sob as
diretrizes de uma constituição liberal . Os estados gozavam
de uma certa autonomia pol´tica; formou –se um congresso
bicameral; o presidente e o vice seriam eleitos pela
assembléia dos estados ; e o catolicismo foi posto como
a religião oficial. No ano de 1834 o congresso foi
dissolvido a partir de um golpe de Estado promovido por
Santa Ana que implantou uma ditadura apoiada pelo
exército.Foi formulada uma nova constituição de caráter
conservador , restringindo o voto aos cidadãos mais ricos
e estabeleceu um governo centralizado , onde os estados
perdiam a sua autonomia .
Dentro desse processo , temos destaque para o
surgimento do localismo político , como foi o caso do
Texas, que se retirou da federação mexicana e logo foi
anexado pelos EUA.Entre os anos de 1846 e 1848 o México
envolveu –se em uma guerra contra os EUA, que veio a
perder cerca de metade do seu território , incluindo o
Texas.. Entre os anos de 1854 e 1855 ,ocorreu no México
um movimento de caráter liberal e federalista, a chamada
república de Ayutla, que impôs um controle governamental
, pondo fim aos trinta anos de Santa Ana .
No ano de 1856 os liberais assumiram o governo
no México, expulsando os jesuítas e confiscou as terras da
Igreja; também elaborou uma nova constituição de bases
federalistas democrática e liberal , provocando a chamada
GUERRA DA REFORMA (1858 – 1860) sob a liderança de
487

Benito Juarez , as forças liberais tentaram quebrar o poder
da Igreja , do Exército e dos membros das oligarquias
rurais.
Sem o apoio dos EUA , os grandes proprietários
pediram auxílio ao governo de Napoleão III, propondo ao
mesmo transformar o México em um protetorado francês.
O pretexto para invadir o México foi o não pagamento de
dívidas. No na ode 1863 as forças invasoras derrotaram os
liberais, e no seu lugar foi imposto o governo de
Maximiliano ( Áustria) no México ( 1864 –67) que foi
marcado por uma intensa resistência popular.Após a derrota
de Maximiliano , Benito Juarez voltou ao poder ( 1867 –
72) tornando uma verdadeira ditadura. A marca registrada
desta ditadura veio com Porfírio Díaz (1876 –1911), onde
foi consolidado o capitalismo agrário exportador e testas
–de – ferro do capitalismo estrangeiro.
Os setores de oposição, duramente reprimidos e
sem meios institucionais de canalizar sua insatisfação; o
federalismo desaparecido, com os estados transformados em
meras dependências do governo central; a massa camponesa,
analfabeta, vivendo sob exploração e extrema miséria; o
operariado urbano, com os salários congelados...
Contrapondo-se a esse quadro político e social, uma minoria
privilegiada monopolizava o aparelho de Estado e repartia
com os estrangeiros as riquezas do país em seu próprio
benefício.
No ano de 1824 foi proclamada a constituição do
país, onde foi eleito o primeiro presidente mexicano, o
general Guadalupe Vitoria.
O VICE – REINO DO PRATA
Esta região é formada por três países ( Argentina,
Paraguai e Uruguai). O primeiro a conseguir a independência
foi o Paraguai. Movimento este liderado por José Gaspar
Francia que proclamou a sua libertação no ano de 1811.
Logo em seguida, veio a Argentina, tendo destaque para o
estabelecimento de uma Junta Provincial liderada por
Manuel Belgrano.
No caso argentino, a independência somente veio
quando apareceu a figura de San Martin, membro da elite
criolla, que liderou o movimento de separação em relação à
Espanha. No ano de 1816 foi proclamada a independência
da Argentina, e oficializada no Congresso de Tucamã.(
independência das Províncias Unidas da América do Sul)
No caso do Uruguai, este que pertenceu, durante um
bom tempo, à Coroa espanhola ( 1821), e logo depois passou
para o controle do Brasil, recebeu o nome de província da
Cisplatina. Liderados por Antônio Lavalleja e Frutuoso
Rivera, rompeu –se o movimento de independência do
Uruguai. tal processo deu início a chamada guerra da
Cisplatina, conflito esse disputado entre a Argentina e o
Brasil, na qual teve como desfecho, a proclamação da
independência do Uruguai em relação ao Brasil e a Argentina
no ano de 1828.
NOVA GRANADA E VENEZUELA
O processo de independência de Nova Granada (
Colômbia e Equador ) e da Venezuela tiveram como líder
Francisco Miranda, que proclamou a independência da
Venezuela ( 1811). Esse movimento foi esmagado pelas
forças espanholas no ano de 1812.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Essas regiões conheceram como o seu grande
libertador a figura de Simon Bolívar, que possuía como
objetivo unificar toda a América numa única nação(
Bolivarismo ou Pan – Americanismo )
Bolívar tentou demonstrar a sua teoria no
Congresso do Panamá ( 1826 ) e com isso formar a chamada
Confederação dos Andes. Bolívar morreu no ano de 1830
sem efetivamente ver a sua teoria concretizada, pois esta
esbarrava nas ações dos Caudilhos( chefes políticos locais
ou regionais, sendo em sua maioria grandes proprietários de
terras que defendiam seus próprios interesses.)
CHILE, PERU E BOLÍVIA
A aristocracia criolla foi o principal
elemento no processo de independência dessa região. A
figura que se destacou nesse movimento de independência
foi o líder do movimento na Argentina, San Martin, que tinha
como objetivo principal chegar ao coração do Império
espanhol, o Peru , e lá proclamar a independência desta
região.
O processo de independência foi longo, porém teve
a vitória dos emancipacionistas que proclamaram a
independência do Chile no ano de 1818; do Peru,
oficialmente, no ano de 1824.
O século XIX apresentava para nós o processo
revolucionário da América Latina ,e ao mesmo tempo ,o
interesse das potências imperialistas , como a Inglaterra ,
neste mercadoNo ano de 1810 ocorreu a Formação de uma
junta governativa em Buenos Aires , determinando a
formação de um Triunvirato.
As nações latino americanas despertavam o
interesse de várias nações imperialistas , principalmente no
que diz respeito à produção de matéria –prima para os
países industrializados , e fornecerem mão –de-obra barata
para estas empresas.O Chile fornecia cobre; o Peru o Guano
( acumulação de fosfato de cálcio -- aves marinhas ) e
nitrato ; o Brasil o café; Cuba fornecia açúcar; os países da
região do Prata forneciam couro; e a Inglaterra fornecia
para eles os produtos manufaturados.As vitórias de Bolívar
e do General Sucre asseguraram a independência peruana.O
Congresso de La Paz ( 1825) proclamou a independência do
Alto- Peru com o nome de República de Bolívar ( Bolívia)
A GUERRA DO PACÍFICO
Este conflito ficou marcado internamente pela
disputa dos caudilhos pelo poder.Enquanto que
externamente era um conflito que abordava a disputa por
fronteiras e problemas econômicos.
No ano de 1836 o palco do conflito era o Chile
contra a Confederação Peru –Bolívia, onde o motivo que
levou a este confronto foi às altas taxas de exportação do
trigo chileno de um lado , e do outro ,do açúcar peruano.
No ano de 1839 veio a paz deste conflito.
Nos anos de 1841 –1842 ocorreu um conflito entre
o Peru e a Bolívia motivado pela disputa por fronteiras.A
pretensão do Peru era de anexar parte do território
boliviano .
Este conflito foi entre o Chile , num dos lados ,
contra a aliança promovida pelo Peru e a Bolívia.O Chile
reivindicava a posse das regiões de Antofagasta , Tarapacá,
Tacna e Arica no ano de 1880.No ano de 1883 foi assinado
488

o tratado de Ancón , que determinava a posse de Tarapacá
para o Chile e a ocupação das regiões de Tacna e Arica
por 10 anos por esta mesma nação . Somente seria devolvida
esta região caso fosse pago uma indenização ao Chile. Um
ano após( 1884) foi fechado o tratado de Santiago que
determinava que o Chile ficaria com as posses territoriais
do litoral boliviano ( Atacama ) e o controle de 4 portos (
Antofagasta – Chuquicamata(cobre), Cobija, Mejillones,
Tocopilla)
No ano de 1904 a Bolívia e o Chile voltaram a
determinar um acordo , onde ficou decidido que a Bolívia
renunciava definitivamente a posse dos territórios que já
estavam sob o controle chileno. Em contrapartida , o Chile
pagava uma quantia de 300 libras esterlinas à Bolívia , além
da construção de uma ferrovia que ligaria Árica e Lapaz ,
promovendo a possibilidade do escoamento da produção
boliviana para o mar. No ano de 1929 O Chile e o Peru
chegaram a um acordo envolvendo territórios. O primeiro
ficou com a região de Àrica , e o segundo ficou com a
região de Tacana.A INGLATERRA FOI A GRANDE
BENEFICIADA DESTE CONFLITO
O Canal do Panamá
“ Essas desprezíveis criaturinhas de Bogotá deviam
compreender como estão dificultando as coisas e pondo em
perigo seu próprio futuro”
O Panamá apresentou –se como importante área por
ser a primeira rota comercial terrestre entre os oceanos
Atlântico e Pacífico. Já no século XVI , existia a idéia da
construção de uma via interoceânica através do istmo( faixa
de terra que liga uma península ao continente) .No ano de
1835 o Barão de Thierry teve autorização por parte do
governo colombiano para a construção de um canal , porém
nada foi feito.Devido ao crescimento do comércio mundial
, várias potências européias como também os EUA
começaram a se interessar naquela região e na construção
de uma possível passagem.
UM tratado firmado entre o presidente Polk (EUA
) e a Colômbia no ano de 1846 determinou o direito aos
norte –americanos de trânsito pelo istmo do Panamá , e
aos colombianos o reconhecimento de sua soberania e
propriedade sobre a região ( tratado de Mallarino -Bidlak.No
ano de 1855 começou a funcionar a estrada de ferro do
Panamá , que ligava os dois extremos do continente . A
Inglaterra também possuía interesse econômico naquela
região , e quando os norte –americanos promoveram a
tentativa de construir um canal na Nicarágua ( 1849) , os
ingleses tentaram demonstrar a sua supremacia na América
Central.
Nessas circunstâncias , tornou-se delicado o
relacionamento Estados Unidos-Inglaterra, o que levou os
governantes dos dois Estados ao Tratado de Clayton-Bulwer
(1850). Ficava estabelecido que os dois governos não
fortificariam o canal do istmo, nem obteriam o controle
exclusivo sobre o mesmo. Comprometiam-se, ainda, a
garantir sua neutralidade.
Ocorreram intervenções armadas norte –
americanas , que passaram a se processar em outros países
a fim de assegurar vantagens ao capitalismo estadunidense
( Big Stick). Pelo tratado de Hay –Pauncefote ( 1901) , a
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Inglaterra permitia aos EUA construir e fortificar um canal
, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico , através da
América Central.O senado colombiano não aderiu aos
acordos , por considera –los lesivos a hegemonia
republicana. Logo , uma conspiração foi articulada no
Panamá a fim de separa –lo da Colômbia , este movimento
foi liderado por Philippe Bunau –Varilla.Esta revolta foi
publicada no New York Times antes do fato ter ocorrido.
No dia 4 de novembro de 1903 era proclamada a república
do Panamá, e logo foi reconhecida pelos EUA. O Panamá
tornou –se independente da Colômbia ,porém transformou
–se me um protetorado dos EUA. A Colômbia , neste caso ,
teve que se contentar com 25 milhões de dólares firmados
no tratado de Tompson – Urrutia , no ano de 1921.Os norte
–americanos promoveram intervenções militares nos anos
de1908,1912 e 1918, para poder garantir a sua hegemonia
sob o canal.
A partir do ano de 1968 a pressão nacionalista
panamenha agravou –se , principalmente com a liderança
de Omar Torrijos Herrera, comandante da guarda nacional.
Herrera chegou ao poder prometendo transformar o Panamá
num novo Vietnã para os EUA.Vários tratados foram
realizados com o intuito de determinar a soberania
panamenha sob o canal .
Após a morte de Herrera , assumiu o governo o
general Manuel Antônio Noriega, que os EUA promoveram
uma fervorosa campanha difamatória e acirrada pressão
política e econômica. Noriega conseguiu retirar do poder
Eric Delvalle , pró –EUA , e colocar no poder , Manuel
Palma.No ano de 1989 , os EUA invadiram o Panamá , e
acabaram com a ditadura de Noriega , colocando no poder
Guilhermo Endara.
A GUERRA DO CHACO
Suas origens encontram –se ainda no período
colonial. Este território foi disputado entre o Paraguai e a
Bolívia
“Dos oito milhões de hectares do Chaco , a Standad Oil
tinha concessões antes da guerra sobre mais ou menos 600
mil (...) Durante o conflito adquiriu a quase totalidade das
jazidas” .
O Paraguai saiu como vencedor neste conflito ,
porém não levou nada , pois as terras do Chaco foram
confiscadas pela Standad Oil até o ano de 2006 , ou seja ,
as jazidas de petróleo da região encontram –se lacradas ,
contrastando com a pobreza da mesma.Alguns acordos para
a determinação de fronteiras foram tentados sob a região do
Chaco entre a Bolívia e o Paraguai. Quijarro-
Decoud(1879); Tamayo –Aceval ( 1887) e Ichaso –
Benitez(1894). Ressalto aqui , que no século XX , outras
tentativas para uma solução diplomática foram tentadas ,
porém todas sem êxito. As relações diplomáticas entre estas
nações foram rompidas entre os anos de 1915 – 1927.A
guerra tornava –se inevitável.
1.3)O Caudilhismo:
A ruptura política não significou a ruptura dos
laços econômicos e ideológicos da época colonial.A herança
colonial persistiu na manutenção da economia voltada para
atender o mercado externo com matéria –prima e produtos
tropicais , além de continuar sendo receptor dos produtos
manufaturados europeus e mais tarde dos produtos norte –
489

americanos. Essa desigualdade de desenvolvimento era uma
estratégia da política capitalista , voltada para um capitalista
auto – sustentado.. Nos estados latino americanos não havia
condições para o surgimento de uma burguesia nacional
forte,e a massa era proveniente do campo em sua maioria e
analfabeta.A classe dominante era formada pela oligarquia
agroexportadora e de uma burguesia mercantil.
Do ponto de vista ideológico , os pensamentos que
permeavam o século XIX na América eram o liberalismo e
o positivismo.
O CAUDILHO era um líder rural .O regime
caudilhista era de características autoritárias, aparentemente
acima das classes sociais, e por uma burocracia que
desfrutava de uma independência relativa . O seu objetivo
era a conservação da ordem e da hierarquia social . O
caudilho representava um estado de transição entre o poder
metropolitano e o poder nacional . Existiam dois tipos de
caudilhismo. O progressista e o conservador. O primeiro
apoiava –se no movimento popular, propiciando
modernização econômica em proveito das elites e do capital
estrangeiro . Já o segundo tipo caracterizava-se pelo apoio
dos setores tradicionais ( Igreja e Exército), reprimindo
qualquer movimento proveniente das massas, o seu
principal objetivo era a manutenção das estruturas
econômicas.. O caudilhismo opunha –se aos princípios
liberais do século XIX, na medida em que era fortemente
centralista e intervencionista. Os principais caudilhos eram :
Porfírio Díaz, Bolívar, Rosas, José Artigas, Benito Juarez,
Sucre , Santa Ana.
2) A Independência do Haiti:
O Haiti foi uma colônia francesa localizada na parte ocidental
da Ilha de São Domingos, antiga Ilha de Hispaniola. Em fins
do o início do século XIX, a sociedade era composta por 90%
negros e 10% brancos. A economia era baseada na plantation
açucareira.
Dentre as causas da independência podemos citar a influência
dos ideais iluministas, como a liberdade e a resistência à
opressão, aliada a exploração escravista.
O destaque do Haiti deve-se ao raro caso de liderança negra.
O processo de independência tem início com a revolta negra
liderada pelo ex-escravo Vincent Ogé, em 1791.
A Revolução Francesa, na fase da Convenção, sob influência
dos jacobinos, decretou o fim da escravidão nas colônias em
1794. Nessa época, o conflito entre França e Espanha chegou
a São Domingos, destacando-se a liderança militar do negro
ToussaintLouverture. Em 1801, Louverture comandava uma
revolta negra que controlou toda a ilha. Em 1802, Napoleão
restabeleceu a escravidão nas colônias e invadiu São
Domingos, prendendo Louverture.
A Independência do Haiti é concretizada, em 1804, pelo líder
negro Dessalines. Inicialmente uma república (a 2ª das
Américas e a 1ª negra), Dessalines proclamou-se imperador
sendo, em seguida, assassinado.
Ocorreu uma divisão norte-sul, reunificada sob o governo de
Pierre Boyer (1820). A França reconheceu a independência
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
em 1825. A separação Haiti e São Domingos concretizou-se
em 1844.
Você deve estar perguntando: Por que precisamos estudar a
Independência do Haiti? Por causa da sua importância
histórica representada pela liderança negra e a ameaça que
representou na História do Brasil de uma possível revolta
escravista em nosso país.
3) EUA – XIX:
3.1. A Expansão Territorial Norte-Americana: A
MARCHA PARA O OESTE:
No final do século XIX, os EUA começaram a sua
marcha para o Oeste, sendo responsáveis por este fato os
chamados Granjeiros ( fazendeiros), dando origem ao Novo
a Oeste, e finalmente, a abertura para o Pacífico. Por isso, o
choque com os mexicanos era uma questão de tempo.
Após a consolidação do processo de independência
no final do século XVIII, e sucessivamente as duas guerras
de independência contra a Inglaterra ( a primeira entre os
anos de 1777-1781 e a segunda entre os anos de1812-1814),
os antigos colonos do norte defendiam o expansionismo
territorial tendo como destino o lado do Pacífico. O norte
defendia a centralização cada vez maior do poder e a
adoção de tarifas protecionistas , para fortalecer a sua
economia . Já do lado do sul , estes defendiam o livre –
cambismo, ou seja, o livre- comércio, garantindo o
escoamento de suas produções de algodão, e de outros
produtos , garantindo a sua fonte de renda . O norte queria
o protecionismo para promover um crescimento industrial
, algo que os sulistas relutavam , pois os seus principais
objetivos estavam voltados para o setor agrícola , e não o
industrial .
Após os conflitos com a Inglaterra o governo
norte –americano acabou incentivando a conquista
territorial, dando início ao que foi denominado de
MARCHA PARA O OESTE.
No ano de1822 foi formulada a primeira lei de
imigração que excluíam os pobres , os anarquistas , os
doentes , os polígamos , as prostitutas e os alcoólatras.No
ano de 1823 foi formulada a DOUTRINA MONROE,Os
EUA possuíam o interesse de transformar toda a América
em seu mercado consumidor, a partir disso decidiu apoiar os
movimentos de independência existentes na América,
combatendo os interesse recolonizadores por parte da Santa
Aliança. No ano de 1823, o presidente James Monroe criou
uma emenda denominada Doutrina Monroe, ou
Monroismo,, que afirmava : “A América para os
americanos”, ou seja , uma frase de sentido dúbio, pois em
primeira análise era significava livrar o continente americano
da influência européia .Porém , um segundo sentido sentido
existia , que era na verdade transformar a América no
mercado consumidor e fornecedor de matéria-prima para os
EUA.
Voltando para análise sobre o que foi a Marcha
para o Oeste, podemos dizer que este avanço realizado pelos
colonizadores não respeitou os direitos dos índios, e na
verdade dizimaram tribos inteiras com o objetivo de tomar
as suas terras. Vale ressaltar alguns fatores cruciais para
490
 CAPÍTULO XI

entender a Marcha parta o Oeste. O primeiro era a O governo americano facilitou o processo através de doação
facilidade oferecida pelo governo para aquisição de terras. de terras e a construção de ferrovias. O exército serviu de
A procura de matérias –primas e novas fontes de alimentos; instrumento para conter a ameaça indígena e ocupar regiões
mexicanas.
a descoberta de ouro na região da Califórnia ; a falta de
terras na margem atlântica; e principalmente , a construção Das antigas Treze Colônias, o território praticamente dobrou
d e ferrovias , permitindo a integração dos mercados. Já na com a ocupação dos territórios além-Apalaches após a
primeira metade do século XIX e na meta de seguinte os Guerra de Independência e a assinatura do Tratado de
EUA incorporaram vários territórios ,sendo através da Versalhes de 1783.
compra ou de conquistas através de conflitos.No ano de
1803 comprou a Louisiana da França; no ano de 1819
comprou a Flórida da Espanha; no ano de 1848 anexou do
México através de um conflito em vários territórios.Tendo
como ênfase a questão do Texas, onde no ano de 1846,
ocorreu a primeira batalha entre as tropas americanas e as
mexicanas pela disputa do Texas. Este conflito durou até o
ano de 1848, quando o Texas passou a ser território norte –
americano, acordo este firmado pelo tratado de Guadalupe –
Hidalgo. Além do Texas, os EUA levaram os territórios que
hoje atualmente são a Califórnia, Nevada, Utah,Arizona, e a
maior parte do Novo México.No ano de 1867 os EUA
compraram o Alasca da Rússia.
Diferentemente da América Latina, os Estados
Unidos obtiveram um forte desenvolvimento econômico,
cuja base foi a expansão territorial norte-americana. Também
chamada de “conquista do oeste” consistiu na ocupação de
3.2. A Guerra de Secessão (1861-1865):
um território que se estendeu a partir das antigas 13 Colônias
do Oceano Atlântico até o Oceano Pacífico. Existiam Foi o conflito entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados
diversos “donos”, como os espanhóis no sudeste (Flórida), Unidos entre os anos de 1861 e 1865. Também é conhecido
ingleses no oeste próximo além dos Montes Apalaches como Guerra Civil Americana.
(Wisconsin, Ohio, Tenessee, Mississipi, etc) e noroeste
(Oregon), franceses no centro (região da Louisiana que deu
origem a Montana, Nebraska, Iowa, Arkansas, etc) e
mexicanos no sul-sudoeste (Califórnia, Arizona, Novo
México, Texas, etc). Também não podemos esquecer que
grande parte dessas terras era ocupada pelos povos indígenas
que foram exterminados para dar lugar ao desenvolvimento
capitalista americano.
A expansão tornou-se necessária no contexto de
crescimento populacional aliado a falta de terras disponíveis
no litoral atlântico. Os Estados Unidos tornaram-se foco de
atração de imigrantes em busca de melhores oportunidades
no século XIX europeu de guerras, revoltas e exploração de
trabalhadores (Era Napoleônica, Revoluções Liberais,
Unificação da Itália/Alemanha e o crescimento do Para compreender a guerra é necessário lembrar as
movimento operário). características das duas regiões:
O avanço da industrialização também exigiu
matérias-primas e mercados consumidores. A descoberta de NORTE SUL
metais preciosos na costa do pacífico estimulou a “febre do Economia Industrializado Agropecuário
ouro” em direção à Califórnia. Mão de Obra Livre e Escrava
Além de todos esses motivos, os norte-americanos assalariada
desenvolveram uma ideologia conhecida como “destino
Rural/Urbano Urbano Rural
manifesto”.
Destino Manifesto: ideologia que afirmava ser uma vontade
divina o direito dos norte-americanos em dominar o território
até o Oceano Pacífico. Podemos perceber uma clara
influência do pensamento puritano da predestinação nessa
idéia.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 491


Dois motivos principais foram os causadores da guerra: a
questão comercial e a questão da mão-de-obra.
Temendo a concorrência industrial inglesa, os estados do
norte defendiam o protecionismo alfandegário, ou seja, altos
impostos ou proibições para proteger a produção nacional.
O sul agropecuário dependia do comércio inglês para a venda
de seus produtos, principalmente o algodão, defendendo,
portanto, o livre comércio (ou livre-cambismo).
Durante a conquista do oeste a questão da mão-de-obra foi
um tema constante gerando conflitos entre norte e sul. As
duas regiões pressionavam os novos estados na adesão às
causas abolicionista ou escravista.
O Compromisso de Missouri, em 1820, tentou resolver o
problema estabelecendo o paralelo 36º30’ como divisão
norte-sul. Os novos estados ao norte do paralelo teriam mão-
de-obra livre, enquanto ao sul usariam escravos.
Em 1850 a Califórnia situada ao sul do paralelo rompeu o
acordo ao adotar o trabalho livre. A Lei Kansas-Nebraska de
1854 propôs a escolha através de consulta popular, mas a
rivalidade não reduziu.
O crescimento econômico favorecia o norte industrializado.
A eleição do presidente Abraham Lincoln em 1860, defensor
do abolicionismo nortista, deu início ao conflito.
Em 1861, onze estados do sul decidiram pela secessão, ou
seja, a separação do norte, criando os Estados Confederados
da América sob o governo de Jefferson Davis e o comando
do general Robert Lee.
Demonstrando o rompimento, os “confederados” atacaram
os “unionistas” do norte que manteve a maioria dos estados
sob a idéia da união, com o governo de Abraham Lincoln e o
comando do general Ulysses Grant.
A união venceu mediante superioridade econômica, humana
e militar.
Durante o conflito, o presidente Lincoln decretou em 1863
uma lei abolindo a escravidão, medida ratificada na 13ª
Emenda Constitucional (14/04/1865). Apenas cinco dias
depois, o presidente foi assassinato por um fanático sulista
chamado John Both.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
3.3. Consequências da Expansão e da Guerra:
A expansão e a guerra civil permitiram uma série de
conseqüências, destacando-se:
- desenvolvimento econômico norte-americano;
- incremento industrial através de uma política protecionista;
- crescimento populacional;
- assinatura do HomesteadAct (1862): lei norte-americana
que incentivou a colonização do oeste através da doação de
terras aos colonos;
- expansão da atividade agropecuária;
- fortalecimento do transporte ferroviário;
- extermínio dos povos indígenas;
- criação de reservas indígenas para a colocação dos grupos
sobreviventes;
- origens do imperialismo norte-americano
EXERCÍCIOS
1. O século XIX foi rico em acontecimentos relativos a lutas
pela independência política nas Américas. Simón Bolívar
idealizou uma América hispânica unida em uma grande
nação independente e forte. Entretanto sua proposta foi
derrotada e a América Latina tornou-se fragmentada em
vários países hispano-americanos. Sobre este assunto,
assinale a alternativa incorreta.
(A) Bolívar buscava consolidar novas estruturas políticas na
América independente.
(B) Identifica-se no plano bolivariano um projeto de
integração dos povos que lutaram pela independência do
Império Espanhol.
(C) Bolívar tornou-se símbolo da proposta de unidade da
América Latina.
(D) Inglaterra e Estados Unidos uniram-se à ideia de unidade
continental proposta por Bolívar, pois isso ajudaria os
interesses dos dois países na região.
(E) Bolívar tornou-se presidente de vários países que ajudou
a tornar independente do Império Espanhol.
2. “Em determinados períodos da História, há mudanças
significativas que acontecem em curto espaço de tempo. Foi
assim no início do século XIX, mais precisamente entre 1808
e 1824, na América de colonização espanhola”
(PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da
América Latina. São Paulo: Contexto, 2014. p. 25).
As autoras, neste trecho em particular, estão se referindo a
que conjuntura, especificamente?
(A) Às diferentes revoltas de escravos nos vice-reinos
espanhóis, as quais foram responsável pela abolição do
regime de trabalho compulsório na América Espanhola
ao longo da primeira metade do século XIX.
(B) Às lutas de indígenas e mestiços pela expulsão da Igreja
Católica dos domínios espanhóis, haja vista sua
sistemática tentativa de tornar cativa esta população
desde o século XV até aquele momento.
(C) Ao movimento político iniciado pelas elites nativas no
início do século XIX, tendo em vista a substituição do
domínio espanhol sobre os territórios americanos por
uma monarquia constitucional soberana e independente
do jugo europeu.
492

(D) À constituição, no início do século XIX, de diferentes
vice-reinos no território sob dominação espanhola, tendo
em vista o maior controle e melhor administração das
colônias espanholas na América.
(E) Ao contexto das lutas pela independência política das
diferentes porções do continente americano e à
decorrente formação de estados nacionais republicanos
naquele vasto território.
3. Considere as afirmações abaixo, sobre a história do Haiti
nos séculos XIX e XX.
I. A Guerra de Independência do Haiti iniciou como uma
ampla rebelião de escravos cujas consequências foram a
abolição da servidão e a emancipação do país do domínio
colonial francês.
II. Os franceses exigiram uma compensação financeira em
razão da abolição da escravidão e da independência, que
só terminou de ser paga em meados do século XX.
III. O país enfrentou, em janeiro de 2010, um terremoto
devastador que custou a vida de mais de cem mil haitianos
e forçou outros milhares à emigração, inclusive para o
Brasil.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III.
(D) Apenas I e II. (E) I, II e III.
4. Um dos nomes mais reivindicados por lideranças políticas
populares da América do Sul atual é o de Simón Bolívar
(1783-1830). Hugo Chávez (1954-2013) foi o maior exemplo
disto: em seus discursos oficiais como presidente da
Venezuela, Chavéz normalmente aparecia com a imagem de
Bolívar ao fundo. Tais lideranças, ao usarem a imagem de
Bolívar, reivindicam a ideia do Pan-Americanismo. Qual
alternativa apresenta corretamente esta ideia?
(A) O Pan-Americanismo seria a união política da América
Latina.
(B) O Pan-Americanismo seria a união econômica da
América Latina com a Europa.
(C) O Pan-Americanismo seria a união política da América
Latina com a África.
(D) O Pan-Americanismo de Bolívar defendia que todos os
países ibéricos deveriam ser comunistas.
5. A expansão territorial dos Estados Unidos, no século
XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo
governo central, da anexação de territórios mexicanos, da
distribuição de pequenos lotes de terra para colonos
pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim
como da anexação de terras indígenas.
Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado
pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual
(A) o direito pertence aos povos mais democráticos e
laboriosos.
(B) o mundo deve ser transformado para o engrandecimento
da humanidade.
(C) o povo americano deve garantir a sobrevivência
econômica das sociedades pagãs.
(D) as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros
ocupantes.
(E) a nação deve conquistar o continente que a Providência
lhe reservou.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
6. Há cem anos, um grande americano sob cuja simbólica
sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da
Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande
raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que
tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa
injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa
noite de cativeiro. Mas cem anos mais tarde, devemos encarar
a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos
mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada
pelas algemas da segregação e pelas correntes da discrimi-
nação. (...) Eu tenho um sonho que um dia nas montanhas
rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e
os filhos de donos de escravos poderão sentar-se juntos à
mesa da fraternidade.
Assinale a alternativa que apresente o grande americano,
citado no texto, responsável pela Proclamação da
Emancipação, bem como o contexto em que tal lei foi
aprovada:
(A) George Washington – Independência dos EUA;
(B) Thomas Jefferson – Promulgação da Constituição;
(C) James Monroe – Lançamento da Doutrina Monroe;
(D) James Polk – Expansão Territorial e Doutrina do Destino
Manifesto;
(E) Abraham Lincoln – Guerra de Secessão.
7. Na segunda metade do século XIX e nas primeiras
décadas do século XX, a sociedade norte-americana passou
por importantes transformações políticas, sociais,
econômicas e culturais. Sobre essas transformações, assinale
a alternativa INCORRETA.
(A) Os EUA viveram um grande desenvolvimento industrial,
com acelerada mecanização, concentração de capitais e
formação de grandes associações, trustes, cartéis e
outros monopólios.
(B) No plano externo, intensificou-se o expansionismo em
direção ao Pacífico e ao Caribe, como atestam a Guerra
Hispano-americana e a anexação das ilhas Havaí em
1898.
(C) Os EUA adotaram uma política, que rejeitava alianças e
acordos políticos com os países europeus, a qual foi
abandonada quando entraram na Primeira Guerra
Mundial, em 1917.
(D) Este período foi marcado por uma crescente mobilização
e organização dos trabalhadores em sindicatos e
associações operárias e pelo aumento das tensões raciais
e étnico-culturais.
(E) A partir da década de 1870, milhares de imigrantes
afluíram para os EUA, tendo este fluxo diminuído
consideravelmente na primeira década do século XX,
devido à aprovação de uma série de leis de restrição à
imigração.
8. Analise as proposições que se referem aos séculos XVII,
XVIII e XIX.
I. A Doutrina Monroe, estabelecida em 1823 pelo presidente
norte-americano James Monroe, definiu os princípios
sobre a segurança dos EUA, justificando intervenções e
guerras contra vários países da América Latina.
II. A dominação inglesa, no território indiano, foi ampliada
ao longo do século XVII e início do século XVIII por meio
do comércio e da compra de grandes extensões de terras,
493

pelas empresas como a Companhia Britânica das Índias
Orientais.
III. A partir do final do século XVIII e no decorrer do século
XIX, as condições de vida na Europa sofreram
transformações em decorrência de vários fatores, entre os
quais a melhoria dos meios de transporte e comunicação,
a introdução de novas técnicas de trabalho no campo e nas
indústrias, além do aumento populacional.
IV. A maioria dos países que surgiram após a Independência
da América Espanhola se tornaram países republicanos e
democráticos, devido à participação das populações
descendentes de indígenas e de mestiços que tiveram suas
reivindicações por terras e trabalhos atendidas.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
9. Entre as diferenças políticas que levaram o Norte e o Sul
dos Estados Unidos à Guerra Civil, em 1861, podemos citar
(A) a disputa pelo mercado consumidor europeu de matérias-
primas e pelo mercado consumidor latino-americano de
manufaturados.
(B) a disputa em relação às terras do Oeste, que vinham
sendo conquistadas e gradualmente incorporadas à
União.
(C) o apoio nortista às lutas pela independência de Cuba e a
rejeição sulista às emancipações políticas no Caribe.
(D) a anexação de terras do México por estados do Norte e a
defesa sulista da autonomia e da soberania territorial
mexicana.
(E) o esforço de expansão para o Sul e o consequente
estabelecimento de hegemonia norte-americana sobre a
América Latina.
10. A ideia de ocupação do continente pelo povo americano
teve também raízes populares, no senso comum e também em
fundamentos religiosos. O sonho de estender o princípio da
“união” até o Pacífico foi chamado de “Destino Manifesto”.
Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados Unidos. São
Paulo: Atual, 1986, p. 19.
A concepção de “Destino Manifesto”, cunhada nos Estados
Unidos da década de 1840,
(A) difundiu a ideia de que os norte-americanos eram um
povo eleito e contribuiu para justificar o desbravamento
de fronteiras e a expansão em direção ao Oeste.
(B) tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que os
homens deviam temer a Deus e respeitar a todos os
semelhantes, independentemente de sua etnia ou posição
social.
(C) baseava-se no princípio do multiculturalismo e impediu
a propagação de projetos ou ideologias racistas no Sul e
no Norte dos Estados Unidos.
(D) derivou de princípios calvinistas e rejeitava a
valorização do individualismo e do aventureirismo nas
campanhas militares de conquista territorial,
privilegiando as ações coordenadas pelo Estado.
(E) defendia a necessidade de se preservar a natureza e
impediu o prosseguimento das guerras contra indígenas,
na conquista do Centro e do Oeste do território norte-
americano.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
11. Em 1903 Washington promoveu a Independência do
Panamá em relação à Colômbia, onde anexaram a área em
que se encontravam interrompidas as obras do canal
transoceânico, que os Estados Unidos concluíram e
inauguraram em 1914.
(Paulo Visentini. História do Mundo Contemporâneo: da Pax
Britânica do século XVIII ao choque das civilizações do século
XXI)
O texto deve ser relacionado com:
(A) a doutrina Monroe do presidente James Monroe;
(B) a teoria do Destino Manifesto do presidente James Polk;
(C) a doutrina Hay do secretário de Estado dos EUA John
Hay;
(D) a política do Big Stick do presidente Theodore
Roosevelt;
(E) a política da Boa Vizinhança do presidente Franklin
Roosevelt.
12. No século XIX, o surgimento do transporte ferroviário
provocou profundas modificações em diversas partes do
mundo, possibilitando maior e melhor circulação de pessoas
e mercadorias entre grandes distâncias. Dentre tais
modificações, as ferrovias
(A) facilitaram a integração entre os Estados nacionais
latino-americanos, ampliaram a venda do café brasileiro
para os países vizinhos e estimularam a constituição de
amplo mercado regional.
(B) permitiram que a cidade de Manchester se conectasse
diretamente com os portos do sul da Inglaterra e, dessa
forma, provocaram o surgimento do sistema de fábrica.
(C) facilitaram a integração comercial do ocidente com o
extremo oriente, substituíram o transporte de
mercadorias pelo Mar Mediterrâneo e despertaram o
sonho de integração mundial.
(D) permitiram uma ligação mais rápida e ágil, nos Estados
Unidos, entre a costa leste e a costa oeste, chegando até
a Califórnia, palco da famosa corrida do ouro.
(E) permitiram a chegada dos europeus ao centro da África,
reforçaram a crença no poder transformador da
tecnologia e demonstraram a capacidade humana de se
impor à natureza.
13. Na história dos Estados Unidos, o movimento conhecido
como Marcha para o Oeste foi:
(A) A ocupação de terras além do rio São Lourenço para
efetivar a posse da Louisiana.
(B) a ocupação de todos os territórios onde os indígenas
eram hostis ao homem branco.
(C) a ocupação do Texas, conquistado junto ao México.
(D) a Corrida do ouro para a Califórnia.
(E) a colonização de terras do lado ocidental dos Apalaches,
por imigrantes dispostos a desbravar o interior do
continente.
14. Nos Estados Unidos, a Guerra de Secessão (1861-1865)
teve como uma de suas causas:
(A) a abolição da escravatura em todos os estados.
(B) a eleição de Abraham Lincoln para a Presidência.
(C) a industrialização do Sul em prejuízo do Norte.
(D) a adesão do Oeste aos estados sulistas.
(E) a posição tomada pelo Congresso de apoio ao Sul.
494

15. Sobre a Guerra de Secessão, é correto afirmar que
(A) os Estados Confederados eram os de economia
basicamente industrial e com os interesses mais voltados
para o mercado externo.
(B) a abolição da escravidão era desejada pelos nortistas, e,
quando se efetivou, enfraqueceu os sulistas.
(C) os sulistas venceram a guerra e a escravidão só foi
abolida cerca de 50 anos depois.
(D) os ex-escravos se organizaram e criaram a Ku Klux Klan
para lutarem pela igualdade social.
(E) ela se iniciou com o assassinato do presidente Lincoln e
terminou com o decreto abolicionista.
16. A incorporação de novas áreas, entre 1820 e 1850, que
deu aos Estados Unidos sua atual conformação territorial,
estendendo-se do Atlântico ao Pacífico, deveu-se
fundamentalmente:
(A) a um avanço natural para o oeste, tendo em vista a
chegada de um imenso contingente de imigrantes
europeus.
(B) aos acordos com as lideranças indígenas, Sioux e
Apache, tradicionalmente aliadas aos brancos.
(C) à vitória na guerra contra o México que, derrotado, foi
obrigado a ceder quase a metade de seu território.
(D) à compra de territórios da Inglaterra e Rússia que
assumiram uma posição pragmática diante do avanço
norte-americano para o oeste.
(E) à compra de territórios da França e da Espanha que
estavam, naquele período, atravessando graves crises
econômicas na Europa.
17. A KU KLUX KLAN representa, entre as organizações
de segregação racial, uma das mais conhecidas. Surgida e
proibida na segunda metade do século XIX, ainda hoje tem
adeptos que a fazem ressurgir em atos isolados e, muitas
vezes, apenas simbólicos.
Sobre a KKK é CORRETO afirmar que:
(A) foi uma resposta de intimidação à vitória do Sul na
Guerra de Secessão e à abolição dos escravos nos EUA;
(B) é uma organização que se inicia no norte dos EUA, após
o assassinato de Lincoln, representando o interesse dos
republicanos feridos pela derrota na Guerra de Secessão;
(C) sua criação está relacionada ao repúdio de setores
segregadores sulistas à aprovação da 13a e da 14a
Emendas Constitucionais, que buscaram definir as
relações inter-raciais nos EUA, após a Guerra de
Secessão;
(D) constituiu uma organização secreta, de segregação
racial, responsável pela campanha e pela vitória de
Lincoln, nas eleições presidenciais de 1860, pelo partido
republicano;
(E) foi uma resposta, dos negros sulistas, e uma política de
integração racial, autoritária e desigual, proposta pelos
Estados Confederados.
18. Há vários líderes cujos nomes estão associados à
emancipação de diferentes países da América Latina, como
por exemplo, José de San Martín, na Argentina; Bernardo
O’Higgins, no Chile, assim como Francisco José de Paula
Santander, na Colômbia, mas nenhum deles tem o prestígio
incontestável de principal líder expresso na figura de
(A) Che Guevara.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
(B) Fidel Castro.
(C) Simón Bolívar.
(D) Pedro de Valdivia.
19. “O véu já foi rasgado, já vimos a luz, e querem nos
devolver às trevas: romperam-se os grilhões, já fomos livres,
e nossos inimigos pretendem novamente nos escravizar [...]
Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na
América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e
riqueza do que por sua liberdade e glória. [...]
O texto é parte da Carta da Jamaica, escrita por Bolívar em
1815. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o
contexto no qual foi escrita e as ideias que a inspiraram:
(A) Aproveitando a conjuntura europeia transformada pelo
Bloqueio Continental e pela derrota da Espanha frente
aos ingleses, Bolívar e outros líderes latino-americanos
reuniram-se na atual Colômbia e dirigiram exércitos
inspirados pelas ideias nativistas e indigenistas contra as
tropas espanholas.
(B) Motivados pela expansão napoleônica, os “Libertadores
da América” aproveitaram o enfraquecimento dos laços
coloniais com a Espanha, governada por José Bonaparte,
e o fortalecimento da Inglaterra, para realizar guerras de
independência inspiradas por ideias liberais e socialistas.
(C) Com a derrota de Napoleão e a volta de Fernando VII ao
poder, a Espanha desenvolveu forte ofensiva militar
contra as forças independentistas hispano-americanas.
Movido por ideais iluministas e unitaristas, Bolívar
liderou o vitorioso movimento de independência de
regiões correspondentes hoje à Colômbia, Venezuela e
Bolívia.
(D) Reafirmando a independência da Colômbia e da Bolívia,
conquistadas em 1810, e questionadas pelo Congresso
de Viena depois da derrota de Napoleão, Bolívar liderou
novamente exércitos compostos por criollos e indígenas
para libertar a Venezuela, orientado por ideais
nacionalistas e iluministas.
20. Sobre o México e o seu processo de emancipação
política é correto afirmar:
(A) Foi iniciado em 1810, com forte caráter popular, e
concluído em 1821, como um movimento de elite.
(B) Foi o único movimento de independência política
comandado por escravos, libertos e mestiços.
(C) Foi inspirado no princípio de unidade latino-americana
defendido por Símon Bolívar.
(D) Serviu de referência para os demais movimentos
emancipatórios americanos pelo seu republicanismo.
(E) Foi marcado pela ausência de conflitos armados, ao
contrário dos demais movimentos americanos.
21. Levando-se em conta o processo histórico da Cisplatina,
considere as seguintes afirmações.
I. A tentativa inicial de apropriação da Cisplatina pelos
lusitanos ocorreu nos primeiros anos do governo
joanino no Brasil, resultando no "êxodo do povo
oriental", liderado por Artigas.
II. A conquista lusitana da Cisplatina se deu no contexto
da instabilidade política da Banda Oriental, onde
bandos milicianos artiguistas lutavam contra
fazendeiros sul-rio-grandenses.
495
 CAPÍTULO XI

III. A Guerra da Cisplatina, iniciada pelo movimento dos

"33 orientales" liderados por Lavalleja, resultou na
manutenção da província pelo Império brasileiro.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

22. Os movimentos de independência da América

Espanhola no século XIX tiveram apoio da Inglaterra.
Com esse apoio, a Inglaterra pretendia:
(A) abrir mercados consumidores para a sua crescente
produção industrial.
(B) implantar as ideias liberais no continente americano.
(C) cumprir os princípios intervencionistas da Santa
Aliança.
(D) incentivar o tráfico de escravos para a América Latina.

GABARITO

1. D
2. E
3. D
4. A
5. E
6. E
7. E
8. D
9. B
10. A
11. D
12. D
13. E
14. B
15. B
16. C
17. C
18. C
19. C
20. A
21. B
22. A

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 496


CAPÍTULO XII – DOUTRINAS SOCIAIS
DO SÉCULO XIX
Doutrinas Sociais do Século XIX
O século XIX certamente foi o mais complexo do ponto de
vista das ideologias. Inúmeras idéias circulavam e chocavam-
se no contexto das transformações e consolidação do
Capitalismo.
A compreensão dessa época começa com uma revisão da
ideologia política dominante nos Tempos Modernos: o
Absolutismo Monárquico. Entre os séculos XV e XVIII, o
autoritarismo dos reis, amparados pelo direito divino, com a
falta de liberdade e a existência de privilégios para uma
minoria dominou diversos governos europeus.
Conforme estudamos, a burguesia no século XVIII levantou-
se contra a falta de liberdade e a desigualdade com os ideais
do Iluminismo. Do Iluminismo surgiu o Liberalismo,
baseado na liberdade, igualdade jurídica e defesa da
propriedade. Para os liberais burgueses o progresso viria
através da livre iniciativa com o apoio da razão e da ciência.
No século XIX, após a Era Napoleônica e as Revoluções
Liberais, o Liberalismo, base do Capitalismo, consolidou-se
na Europa e difundiu-se pelo mundo.
O ponto negativo do avanço do Capitalismo Liberal era a
exploração dos trabalhadores. Na ânsia de maiores lucros, os
empresários nada faziam para atenuar a miséria e a fome do
operariado.
Os trabalhadores que tinham ajudado a burguesia a chegar ao
poder, percebiam em meados do século que foram
enganados. Os burgueses substituíram os reis, mas
mantiveram a miséria e a exclusão. Uma forma de impedir o
acesso dos mais pobres ao poder foi o voto censitário, onde
só votavam pessoas com elevada renda.
Diante da exploração e da exclusão era inevitável o
surgimento de novas ideologias e revoltas dos trabalhadores.
1. Do Ludismo ao Cartismo:
Ainda sem uma organização adequada as primeiras
manifestações operárias datam da primeira metade do século
XIX. Podemos destacar três movimentos dentro dessa época:
o ludismo, o cartismo e o socialismo utópico.
Diante da exploração, na Inglaterra, entre 1811 e 1813,
trabalhadores, destruíram máquinas em diversas fábricas.
Esse movimento dos quebradores de máquinas ficou
conhecido como “ludismo”, devido ao nome do líder Ned
Ludd. O governo de base burguesa reagiu com extrema
violência, com prisões e mortes dos seguidores.
Na década de 1820 surgiram as “trade-unions”, organizações
sindicais que atuavam como entidades assistenciais,
evoluindo gradativamente para os sindicatos modernos.
Na década de 1830 destacou-se também na Inglaterra o
movimento da “carta do povo” ou “cartismo”. Foi o envio ao
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
Parlamento de um documento contento solicitações das
camadas populares, como o sufrágio universal masculino,
eleições anuais e pagamento para os parlamentares, visando
permitir a participação do proletariado.
2. Socialismo Utópico:
O Socialismo Utópicoderiva do conceito “utopia” que
significa um sonho ou um desejo difícil de atingir. Foi
estabelecido por elementos de origem burguesa ou
aristocrática sensibilizados com a extrema miséria. Apesar
das idéias diferentes tinha em comum um modelo paternalista
onde defendiam melhores condições de vida e de trabalho
através da ação do governo ou da burguesia, sem contar com
a liderança dos trabalhadores.
Os principais socialistas utópicos foram:
- Charles Fourier (1772-1837): defendeu a criação dos
falanstérios, ou seja, fazendas coletivistas agroindustriais.
- Robert Owen (1771-1858): experimentou a redução da
carga horária, o cooperativismo e a construção de moradias e
escolas para beneficiar os operários em suas fábricas na
Escócia e, depois, nos Estados Unidos (comunidade New
Harmony - Nova Harmonia). Sua iniciativa fracassou diante
das pressões e falta de apoio liderada pela burguesia.
- Saint-Simon (1760-1825): defendeu uma sociedade em que
não haveria exploração nem ociosos, como segundo ele os
militares e elementos do clero e da nobreza.
- Louis Blanc (1811-1882): defendeu as “oficinas nacionais”,
cooperativas financiadas pelo Estado, cujo lucro seria
dividido com os trabalhadores. Sua idéia chegou a ser usada
na França pós-Revolução de 1848, mas durou pouco tempo
devido ao rompimento entre liberais e socialistas.
3. O Socialismo Científico:
Diferentemente dos reformistas “utópicos”, os socialistas
“científicos” eram revolucionários, propondo a mudança da
sociedade através da liderança dos trabalhadores.
Os líderes desse pensamento foram Karl Marx (1818-1883)
e Friedrich Engels (1820-1895). O socialismo científico
também é chamado de marxismo e teve suas origens no livro
“Manifesto Comunista” de 1848 e sua consolidação na obra
“O Capital” de 1867. Junto com o anarquismo, caracterizou
a luta operária da segunda metade do século XIX.
Através de um profundo estudo da evolução histórica das
sociedades humanas, Marx percebeu as mudanças ocorriam
a partir do conflito entre dominantes e dominados. Essa idéia
foi chamada de “luta de classes”. Um exemplo é a crise do
feudalismo, fruto da revolta dos servos que permitiu a
gradual passagem ao sistema capitalista.
Disposto a derrubar o capitalismo e implantar uma sociedade
mais justa, com igualdade social, daí o termo socialismo,
Marx pregou a luta de classes entre o proletariado e a
burguesia.
Para estimular esse conflito desenvolveu o conceito da
“mais-valia”. A mais-valia era a diferença entre a riqueza
produzida e o salário recebido. Como os salários eram
baixíssimos, essa riqueza era o fruto da exploração burguesa.
497

Revoltados, os trabalhadores deveriam derrubar a burguesia
do poder implantando a ditadura do proletariado, um governo
autoritário capaz de implantar a igualdade social, eliminando
a propriedade, o lucro e a desigualdade.
É importante observar que o socialismo não era um fim, mas
um meio de atingir uma sociedade igualitária perfeita, o
comunismo onde possivelmente não haveria necessidade do
autoritarismo.
4. Anarquismo:
Assim como o Socialismo, o Anarquismo também defendia
a igualdade social. A diferença entre as duas ideologias é que
o socialismo pregava um estado autoritário, enquanto o
anarquismo defendeu o fim do estado e suas bases de
sustentação como a justiça, as leis e as forças armadas.
Apesar de seus críticos a acusarem de pregar a confusão, o
caos, o anarquismo exigia a organização de comunidades
menores, baseadas na liberdade, sem a exploração e a
propriedade.
Os principais pensadores anarquistas foram:
- Proudhon (1809-1865): defendeu o estabelecimento de
cooperativas, a abolição das classes e do Estado.
- Bakunin (1818-1876): defendeu o uso da violência para
atingir uma sociedade sem Estado e sem desigualdades
sociais.
5. A Doutrina Social da Igreja:
Em fins do século XIX, a Igreja Católica através do Papa
Leão XIII firmou uma posição diante da exploração
capitalista e o avanço das idéias do socialismo e do
anarquismo.
Você deve estar perguntando: Por que a Igreja Católica
preocupou-se com essas questões?
É importante lembrar que a Igreja na época feudal e nos
Tempos Modernos possuía muito poder e influência na
sociedade. O Iluminismo e as Revoluções Liberais
enfraqueceram o clero, colocando-o em posição secundária.
Com a queda do absolutismo, o clero aproximou-se da
burguesia e, dessa forma, tornava-se cúmplice da exploração.
Socialismo e anarquismo criticavam a religião e ameaçavam
com a perda de fiéis. Dessa forma, era necessário demonstrar
que a Igreja estava preocupada com a questão social,
propondo melhoria nas condições de vida dos trabalhadores.
Através de um documento conhecido como
“Encíclica RerumNovarum” (Nova Era) de 1891 foi
formulada a “doutrina social da Igreja” ou “socialismo
cristão” (conceito pouco apropriado, pois gera confusão com
a idéia de socialismo).
As principais idéias da doutrina social da igreja eram: defesa
dos ideais cristãos na relação patrão-empregado, reduzindo a
exploração e aumentando o bem-estar social, além da crítica
à violência proposta pela luta de classes socialista.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
6. Ideologias Complementares:
Existiram outras ideologias características do século XIX,
destacando-se:
- Positivismo: desenvolvido pelo francês Auguste Comte,
defendeu a industrialização, urbanização e o progresso. Usou
como lema “o amor por princípio, a ordem por base e o
progresso por fim”, inspirando os militares brasileiros no
contexto da proclamação da República, estando presente na
bandeira brasileira: “Ordem e Progresso”.
- Idealismo Romântico ou Romantismo: destacou-se na
crítica à Revolução Industrial e ao racionalismo. Defendia a
volta ao passado, encontrando as origens nacionais no
camponês feudal, incentivando o nacionalismo. No Brasil,
diante da inexistência do camponês, encontrou o índio como
base de nossas raízes.
- Darwinismo Social ou Evolucionismo: baseado nas ideias
evolucionistas das espécies de Charles Darwin de que “o
mais forte sobrevive”, justificou as teorias pseudo-científicas
de superioridade do homem branco na expansão colonial
imperialista do século XIX.
EXERCÍCIOS
1. A ópera-balé Os Sete Pecados Capitais da Pequena
Burguesia, de Kurt Weill e Bertold Brecht, composta em
1933, retrata as condições dessa classe social na derrocada da
ordem democrática com a ascensão do nazismo na
Alemanha, por meio da personagem Anna, que em sete anos
vê todos os seus sonhos de ascensão social ruírem. A obra
expressa a visão marxista na chamada doutrina das classes.
Em relação à doutrina social marxista, assinale a alternativa
correta.
(A) A alta burguesia é uma classe considerada
revolucionária, pois foi capaz de resistir à ideologia
totalitária através do controle dos meios de
comunicação.
(B) A classe média, integrante da camada burguesa, foi
identificada com os ideais do nacional-socialismo por
defender a socialização dos meios de produção.
(C) A pequena burguesia ou camada lúmpen é
revolucionária, identificando a alta burguesia como sua
inimiga natural a ser destruída pela revolução.
(D) A pequena burguesia ou classe média é uma classe
antirrevolucionária, pois, embora esteja mais próxima
das condições materiais do proletariado, apoia a alta
burguesia.
(E) O proletariado e a classe média formam as classes
revolucionárias, cuja missão é a derrubada da
aristocracia e a instauração do comunismo.
2. A condição essencial da existência e da supremacia da
classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos
particulares, a formação e o crescimento do capital; a
condição de existência do capital é o trabalho assalariado. [...]
O desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em
498

que a burguesia assentou o seu regime de produção e de
apropriação dos produtos. A burguesia produz, sobretudo,
seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado
são igualmente inevitáveis.
(Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto Comunista”.
Obras escolhidas, vol. 1, s/d.)
Entre as características do pensamento marxista, é correto
citar
(A) o temor perante a ascensão da burguesia e o apoio à
internacionalização do modelo soviético.
(B) o princípio de que a história é movida pela luta de classes
e a defesa da revolução proletária.
(C) a caracterização da sociedade capitalista como jurídica e
socialmente igualitária.
(D) o reconhecimento da importância do trabalho da
burguesia na construção de uma ordem socialmente
justa.
(E) a celebração do triunfo da revolução proletária europeia
e o desconsolo perante o avanço imperialista.
3. Em conjunto com as grandes transformações econômicas,
políticas e sociais do século XIX, surgiram doutrinas e
correntes ideológicas. Uma delas foi o Anarquismo que
pregava:
(A) o respeito à propriedade privada, o controle demográfico
e a observância da lei natural da oferta e da procura;
(B) a revolução socialista, o controle do Estado pela ditadura
do proletariado, o comunismo;
(C) a erradicação do Estado, das classes, das instituições e
tradições visando à imediata instalação do comunismo;
(D) a necessidade de um contrato entre os governados e o
Estado, o imperativo da moral e do bem comum como
fundamentos do poder político;
(E) a religião como instrumento de reforma e justiça social,
além da formação de comunidades coletivistas.
4. A história de todas as sociedades tem sido a história das
lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a
burguesia conquistou a soberania política no Estado
moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a
exploração velada por ilusões religiosas.
A estrutura econômica da sociedade condiciona as suas
formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou
filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o
seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que
ele contrai que determinam a sua consciência.
(Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo:
AlfaÔmega, s./d., vol 1, p. 21-23, 301-302.0
As proposições dos enunciados acima podem ser associadas
ao pensamento conhecido como
(A) materialismo histórico, que compreende as sociedades
humanas a partir de ideias universais independentes da
realidade histórica e social.
(B) materialismo histórico, que concebe a história a partir da
luta de classes e da determinação das formas ideológicas
pelas relações de produção.
(C) socialismo utópico, que propõe a destruição do
capitalismo por meio de uma revolução e a implantação
de uma ditadura do proletariado.
(D) socialismo utópico, que defende a reforma do
capitalismo, com o fim da exploração econômica e a
abolição do Estado por meio da ação direta.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
5. Socialista surgiu como descrição filosófica em princípios
do século XIX. Sua raiz linguística era o sentido
desenvolvido de social.
A distinção decisiva entre socialista e comunista, como em
certo sentido esses termos são hoje comumente utilizados,
veio com a mudança de nome, em 1918, do Partido Operário
Socialdemocrata Russo para Partido Comunista Panrusso.
Dessa época em diante, uma distinção entre socialista e
comunista tornou-se amplamente vigente.
RAYMOND WILLIAMS Adaptado de “Socialista”. In: Palavras-
chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo:
Boitempo, 2007.
Na história europeia, durante o século XX, estabeleceu-se
uma diferença entre socialismo e comunismo relacionada ao
seguinte aspecto:
(A) crítica dos valores liberais
(B) controle da indústria pelo Estado
(C) defesa da ditadura do proletariado
(D) importância do sentimento patriótico
6. Compreender o processo revolucionário socialista
ocorrido na Rússia de 1917 implica discernir historicamente
os seus autores e as atitudes assumidas por eles.
Desta forma, pode-se afirmar.
(A) O partido comunista russo, criado por Marx e Engels em
pleno vigor da lei de exceção imposta pelo Czar Nicolau
II, adotou táticas de guerrilha de elevada eficácia sócio-
política, vencendo assim a guerra revolucionária.
(B) O processo revolucionário leninista colocou um ponto
final no período feudal soviético dos Petrogrados,
unindo os comerciantes revolucionários das principais
cidades e os camponeses como anteriormente havia
ocorrido na Revolução francesa de 1789.
(C) O comandante do exército bolchevique, Stalin, assumiu
o poder no processo revolucionário expulsando o Czar e
nomeando como seu líder no congresso socialista,
Trotski, organizador das barricadas sindicais na Praça
Vermelha.
(D) Marx e Bakunin elaboraram os princípios
revolucionários de uma sociedade socialista, no entanto,
devido aos intensos debates entre eles sobre a forma
como o processo deveria ocorrer, distanciaram-se,
tornando-se adversários.
(E) Proudhon, exilado na Rússia, organizou os operários em
sindicatos comunistas que, na revolução, se integraram
ao exército vermelho chefiado por Kerensky,
estabelecendo a estratégia da guerra total contra o
exército branco.
7. “A maneira como os indivíduos manifestam sua vida
reflete exatamente o que são. O que eles são coincide, pois,
com sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem
quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos
são depende, portanto, das condições materiais da sua
produção.”
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo:
Martins Fontes, 1989, p. 13.
Com base nessa citação do livro A ideologia alemã, que trata
da teoria marxista para a interpretação da sociedade, é correto
afirmar que:
(A) o capitalismo teve origem no modo de produção
socialista, a partir de uma revolução burguesa.
499

(B) o capitalismo teve origem em ideias religiosas, a partir
do Renascimento, e no crescimento da burguesia.
(C) a produção de ideias na vida social, no decorrer da
história, está separada da produção da vida material.
(D) a perspectiva de análise marxista examina a sociedade
levando em consideração as relações sociais estabelecias
no modo de produção.
(E) o pensamento marxista surgiu no início da revolução
francesa, com a defesa da igualdade e da fraternidade
entre todos os seres humanos.
8. Leia o texto a seguir.
Viva o Esporte Proletário!
A necessidade de esporte para a juventude é um fato
incontestável.
A burguesia se aproveita desse fato para canalizar
todos os jovens das fábricas para seus clubes.
Que fazem os jovens nos clubes burgueses?
Defendem as cores desses clubes. Se o clube é de
uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; a
burguesia cultiva neles a paixão e a luta contra a juventude
de outras empresas […]
Todo operário footballer deve ingressar nos clubes
proletários.
O trabalhador gráfico. 25 jun. 1928. Apud DECCA, Maria
Auxiliadora Guzzo de. Indústria, trabalho e cotidiano. Brasil –
1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 71. (Adaptado).
O fragmento do jornal conclama a uma prática organizativa
própria do movimento anarquista brasileiro, segundo a qual
(A) o exercício físico seria o meio para o fortalecimento do
espírito dos militantes.
(B) a militância política deveria ser exercida em todas as
dimensões da vida do trabalhador.
(C) a participação dos cidadãos nos clubes de futebol das
fábricas reforçaria a harmonia social.
(D) a aliança proletário-burguesa deveria ser buscada por
intermédio das práticas desportivas.
(E) os militantes deveriam conscientizar os operários de que
o futebol é um esporte alienante.
9. Sobre os Movimentos Sociais, sobretudo na Europa,
formados na segunda metade do século XIX, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) Problemas sociais como mão de obra barata numerosa e
jornada de trabalho de até dezesseis horas por dia
indicavam a necessidade de organização e a criação de
entidades como associações de ajuda mútua e sindicatos.
(B) Os anarquistas foram vitoriosos em quase todas suas
iniciativas de organização, e a maior expressão disso foi
a formação do Estado Franco-Prussiano.
(C) Os movimentos sociais do período buscaram melhorar
as relações tranquilas que patrões e operários mantinham
nas fábricas.
(D) O trabalho infantil e a exploração da mão de obra não
pertenciam mais à realidade europeia no período.
(E) Os sindicatos criados no período receberam imediato
apoio dos patrões, preocupados com a condição de vida
de todos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
10. Leia estes trechos, que expressam algumas das
principais correntes de pensamento do século XIX:
I. Ora, o que distingue a revolução francesa, e o que a
torna um acontecimento único na história, é que ela é
radicalmente má; nenhum elemento de bem alivia o
olhar do observador; é o mais alto grau de corrupção
conhecido; é a pura impureza.
II. A essência do sistema capitalista está, pois, na
separação radical entre o produtor e os meios de
produção. Esta separação torna-se cada vez mais
acentuada e numa escala progressiva, desde que o
sistema capitalista se estabeleceu.
III. O Estado foi sempre patrimônio de qualquer classe
privilegiada: classe sacerdotal, nobiliárquica, classe
burguesa. O Estado ergue-se ou cai quase como uma
máquina, mas o fundamental é que, para sua salvação e
existência, haja sempre qualquer classe social
privilegiada que se interesse pela sua existência.
Os trechos I, II e III podem ser associados,
RESPECTIVAMENTE,
(A) ao conservadorismo, ao marxismo e ao anarquismo.
(B) ao idealismo, ao nacionalismo e ao darwinismo.
(C) ao romantismo, ao positivismo e ao liberalismo.
(D) ao cientificismo, ao saint-simonismo e ao nihilismo.
11. A respeito do anarquismo, é correto afirmar que:
(A) como doutrina, defendia a necessidade de eliminar
qualquer forma de intervenção estatal.
(B) seus teóricos defendiam a intervenção do Estado na
economia com o apoio do operariado.
(C) condenava a violência como meio de ação, angariando,
assim, o apoio da Igreja Católica.
(D) a sua difusão representou a primeira ruptura surgida no
partido comunista da Rússia.
(E) o movimento restringiu-se aos países da América do Sul.
12. O chamado socialismo científico, formulado por Marx
e Engels no século XIX, propunha:
(A) a superação do capitalismo pela ação revolucionária dos
trabalhadores, aglutinados em torno da Internacional
Socialista.
(B) a redução do papel do Estado na economia para efetivar
o controle direto pelo proletariado sobre os meios de
produção.
(C) a supressão de toda legislação trabalhista e social, tida
como mecanismo de alienação e cooptação do
proletariado.
(D) a realização de sucessivas reformas na estrutura
capitalista, possibilitando a gradativa implantação do
comunismo avançado.
13. Características do capitalismo, exceto:
(A) acumulação de capital
(B) acumulação de lucro
(C) propriedade coletiva
(D) economia de mercado
(E) trabalho assalariado
500

14. O socialismo científico tem as seguintes características,
exceto:
(A) desenvolvimento por Marx e Engels
(B) a crise do capitalismo daria origem ao socialismo
(C) luta de classe entre burguesia e proletariado
(D) ditadura do proletariado
(E) teoria da mais-valia com ênfase na defesa da propriedade
privada
15. “Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas.
Têm um mundo a ganhar. Proletários de todo o mundo, uni-
vos.”. Estas frases, escritas por Karl Marx e Frederich Engels,
encerram o Manifesto Comunista, publicado em Londres, em
1848.
A respeito das condições de trabalho na Europa, durante o
século XIX, é correto afirmar:
(A) O manifesto escrito por Marx e Engels denunciava as
condições de desigualdade social entre, especialmente, a
burguesia e o proletariado.
(B) O texto escrito por Marx e Engels afirmava que uma
verdadeira revolução deveria ser promovida,
exclusivamente, pelos dirigentes do Estado.
(C) Marx e Engels consideravam que os proletários jamais
teriam condições de mudar de situação social, devido à
condição de opressão em que viviam.
(D) Marx e Engels escreveram o Manifesto Comunista após
a observação atenta das iniciativas de organização do
estado soviético sob o governo de Stalin.
(E) Marx descreveu, no Manifesto Comunista, o
detalhamento de seus projetos políticos relativos aos
anos em que governou a Rússia, tendo Engels no cargo
de vice-chanceler.
16. No século XIX, uma corrente de filósofos acreditava ser
possível reformar o capitalismo por meio da ação do estado
ou da associação dos trabalhadores em cooperativas
autogeridas. Esses princípios são denominados
(A) Materialismo Histórico.
(B) Socialismo Utópico.
(C) Socialismo Científico.
(D) Liberalismo.
(E) Anarquismo.
17. Recentemente, aconteceram no Brasil diversas marchas
e manifestações de protesto em favor de mudanças em setores
e em serviços prestados especialmente pela máquina pública
de governo. Grande parte dos manifestantes protestou de
maneira pacífica, inclusive levando filhos às marchas.
Algumas lideranças, inspiradas no Anarquismo, usaram
violência, enfrentaram a polícia e causaram várias
depredações em bancos, lojas, veículos, etc. Dentre as
principais ideias clássicas do Anarquismo, está
(A) o fim da autoridade do Estado e da propriedade privada.
(B) a instauração de uma república anarquista, apenas com
um presidente e sem leis.
(C) a criação de uma ditadura do proletariado, dirigida por
representações políticas.
(D) a instauração de uma coletividade socialista, baseada em
valores cristãos e solidários.
(E) a implantação de um regime coletivista, igualitário e
estamental.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
18. Em 1848, dois jovens revolucionários alemães
escreveram:
“Assim, o desenvolvimento da grande indústria mina sob os
pés da burguesia as bases sobre as quais ela estabeleceu o seu
sistema de produção e de apropriação. A burguesia produz,
antes de mais nada, os seus próprios coveiros. A sua queda e
a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”
(Cf. K. Marx-F. Engels. Obras Escolhidas em três tomos. Lisboa-
Moscovo: Edições “Avante!”/Edições Progresso, 1982.)
Esse texto expressa princípios da ideologia
(A) fascista.
(B) capitalista.
(C) comunista.
(D) iluminista.
(E) darwinista.
19. A modernidade não se fez sem a multiplicidade de
saberes e o confronto de concepções de mundo. Por exemplo,
no século XIX, o movimento romântico:
(A) incentivou ideais nacionalistas e construiu críticas ao
Iluminismo.
(B) negou as principais teorias de Rousseau e dos filósofos
idealistas.
(C) foi contra as tradições populares, o que favoreceu a
escolha de caminhos elitistas.
(D) aceitou muitas regras do classicismo, desprezando o
individualismo burguês.
(E) anulou a importância da memória histórica e do apego às
tradições.
20. No século XIX, o desenvolvimento socialmente desigual
da sociedade capitalista liberal deu origem à "questão social".
Para resolvê-la, surgiram então:
I. o socialismo utópico e reformista (de Fourier e
outros), que pretendia reconstruir a sociedade a partir
de um plano ideal, igualitário e justo;
II. o catolicismo social, preocupado com a defesa da
justiça social ameaçada pelo desenvolvimento da
sociedade industrial capitalista;
III. o socialismo científico de Marx e Engels, baseado no
materialismo histórico e dialético, que propunha uma
sociedade sem classes;
IV. o "movimento cartista", vitorioso na Inglaterra (1838-
42), que preconizava o anarco-sindicalismo.
Assinale se estão corretas apenas:
(A) I e II (B) II e III (C) III e IV
(D) I, II e III (E) I, II e IV
21. O socialismo científico foi uma síntese, feita por Marx
e Engels, com base na economia política inglesa, no
socialismo utópico francês e na filosofia idealista alemã, de
Hegel.
Assim, assinale a opção que contém ideia estranha ao
socialismo científico:
(A) a economia formava a base ou infraestrutura da
sociedade e sobre ela se erguia uma superestrutura
política, jurídica, filosófica, moral, etc.
(B) o comunismo deveria suceder ao socialismo e importar
no fim da exploração do homem pelo homem, e se
501
 CAPÍTULO XII

transformaria no anarquismo, sendo que este importava GABARITO

na supressão de qualquer governo, leis ou coerções,
conforme o lema "todo poder é opressor": 1. D
(C) exploração do proletariado, levada a efeito pelos 2. B
capitalistas, através da mais-valia. 3. C
(D) a luta de classes entre exploradores e explorados era 4. B
constante na história, tendo ocorrido na Idade Média 5. C
entre servos e senhores. 6. D
(E) após a derrubada do capitalismo deveria ocorrer a 7. D
ditadura do proletariado, passando-se a seguir ao 8. B
socialismo. 9. A
10. A
22. Sobre o Socialismo Utópico e o Socialismo Científico, 11. A
assinale a alternativa correta. 12. A
(A) Para o Socialismo Científico o surgimento de uma 13. C
sociedade sem classes se daria pela união e triunfo do 14. E
proletariado e para os socialistas utópicos pela 15. A
assistência do Estado, pela associação dos trabalhadores, 16. B
pela ação revolucionária e pelo anarquismo. 17. A
(B) O pensamento dos socialistas utópicos como Fourier e 18. C
Proudhon não influenciou as revoluções do século XIX. 19. A
(C) Para o Socialismo Científico a igualdade social só seria 20. D
possível se o sistema econômico fosse privatizado. 21. B
(D) O Socialismo Científico defendido por Thomas Morus 22. A
em seu livro Utopia teve como base a teoria socialista de
Karl Marx.
(E) Os socialistas utópicos foram os líderes da comuna de
Paris em 1870 na França.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 502

 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII – IMPERIALISMO Missão

Ideologia Expansão da fé
civilizadora
Na segunda metade do século XIX, diante da expansão da Política
industrialização, diversos países europeus, Estados Unidos e Mercantilismo Imperialismo
Econômica
Japão usaram a idéia de colonização, um novo colonialismo
ou neocolonismo. A América no século XIX tinha acabado de tornar-se
O Neocolonialismo ou Imperialismo foi a expansão colonial independente. Dessa forma, predominou na região a
desenvolvida entre a segunda metade do século XIX e a dominação financeira, via multinacionais e dívida externa.
primeira metade do século XX. Alguns autores também Alguma iniciativas imperialistas existiram, destacando-se a
chamam de Colonização Afro-Asiática, apesar de também ação norte-americana que estudaremos no fim do capítulo.
sido dominada a Oceania.
3. Tipos de Colonização:
1. Causas do Imperialismo:
Existiram três tipos básicos de colonização:
Para facilitar a compreensão existe uma frase clássica que
diz: “o Imperialismo é filho da industrialização”, ou seja, o - Área de Colonização: principal tipo ocorre quando toda a
crescimento industrial exigiu mercados consumidores para os região encontra-se sob controle militar, político e econômico.
produtos das potências industriais e matérias-primas, como Ex.: Argélia e África do Sul.
ferro, petróleo e algodão.
A extrema riqueza gerada na época gerou um excedente de -Protetorado: ocorre quando os governantes locais são
capitais que não poderiam ser reinvestidos na produção, pois substituídos e subordinam-se a uma autoridade européia.
geraria superprodução e queda de preços. Dessa forma, outra Ex.: Índia e Egito.
causa foi a busca de regiões para a exportação de capitais. Os
investimentos ocorriam através da organização de empresas -Área de Influência: ocorre quando os governantes locais
nas áreas dominadas, dando origem às famosas são mantidos, porém, é imposta a assinatura de acordos
“multinacionais” ou empréstimos gerando a dívida externa comerciais.
dos países subdesenvolvidos. Ex.: China.
A urbanização e a melhoria nas condições de saúde e higiene
permitiram o crescimento demográfico nos países 4. A Colonização Africana:
desenvolvidos. Por outro lado, uma maior população agravou
a questão social diante da falta de empregos, moradia e
adequadas condições de vida. Para evitar revoltas foi usada a
exportação de população excedente. Um exemplo é a
presença de ingleses na África do Sul, na Índia e na Austrália.
A disputa comercial também exigiu o controle de pontos
estratégicos, destacando-se o Marrocos situado na entrada do
Mar Mediterrâneo e o Canal de Suez, ligando o Mediterrâneo
ao Mar Vermelho e permitindo o acesso às regiões
petrolíferas do Oriente Médio.

2. Comparação Antigo Sistema Colonial e

Neocolonialismo:
Para facilitar a compreensão, podemos fazer a seguinte
comparação:
Antigo Sistema Neocolonialismo
Colonial
2ª metade séc.
Séculos XV ao
Época XIX à 1ª metade
XVIII
séc. XX Observando o mapa da África percebemos uma
Principais divisão diferente em relação aos demais continentes.
Regiões Américas África e Ásia Normalmente são usados critérios geográficos e culturais na
Dominadas demarcação de fronteiras. O Imperialismo não respeitou
Principais esses princípios e as linhas retas caracterizam um critério
Portugal e Inglaterra e
Países geométrico em diversas partes do continente. O principal
Espanha França
Colonizadores motivo desse modelo de colonização foi o Congresso de
Matérias-primas, Berlim.Neste Congresso foi determinada a Conferência de
Matérias-primas mercados Berlim (1885), que nada mais foi que uma reunião
e metais consumidores, organizada pelo 1º Ministro alemão Bismarck para definir os
Interesses preciosos, além locais para critérios de partilha da África, evitando conflitos. Contou
das especiarias exportar com a participação das principais potências industriais
das Índias população e imperialistas. A principal regra aprovada foi a invasão do
capitais. território, comunicando aos demais países para assinatura de
acordos de fronteiras.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 503

Após a reunião em Berlim intensificou-se a partilha
da África, atingindo mais de 90% do continente.
A principal potência colonial africana foi a Inglaterra
destacando-se o domínio do Egito e da região sul-africana.
No Egito os ingleses tinham interesse no Canal de Suez,
inicialmente construído por franceses e egípcios e depois
adquirido pela Inglaterra através dos elevados empréstimos
enviados para a obra. Em troca de ceder o canal, a França
ganhou o domínio do Marrocos. Na região sul-africana, a
descoberta de diamantes agravou o conflito entre colonos
ingleses (Colônia do Cabo) e holandeses (regiões de Orange
e Transvaal), chamados Boers. A vitória inglesa na Guerra
dos Boers (1899-1902) permitiu o controle do sul da África
e suas riquezas.
A segunda potência na África era a França, cuja
influência estava na região saariana, com destaque para a
Argélia e o Marrocos, cujo controle definitivo deu-se em
1904 com apoio inglês devido a cessão do Canal de Suez.
Contrariando interesses alemães, ocorreu a Crise do
Marrocos em 1905 e 1911, onde Alemanha e França quase
entraram em guerra. A solução veio com a França manteve o
domínio marroquino e entregando aos alemães o Congo
francês no oeste africano.Além de Inglaterra e França, outras
potências destacaram-se, como:
- Alemanha: Camarões, África do Sudoeste e África Oriental.
- Portugal: Angola, Moçambique e Guiné Portuguesa.
- Espanha: Líbia, Eritréia e Somália Italiana.
- Bélgica: Congo Belga.
Apenas a Abissínia (Etiópia) e a Libéria permaneceram
independentes.
5) A colonização da Ásia:
O processo de divisão da Ásia assemelha –se muito
ao da África, com uma “pequena” diferença, a população
asiática era maior que a africana. Por isso, a Ásia começou
a ser vista como um grande mercado consumidor de produtos
industrializados.
5.1) O CASO INDIANO
Esta sociedade era dividida em castas hereditárias,
isto é, a classe social da Índia, onde o povo vivia em regimes
rigorosos. A base da economia era a agricultura,
baseando –se na comunidade aldeã. O Estado indiano estava
dividido em três principais religiões, o Hinduísmo, o
Budismo e o Islamismo A ação dos países imperialistas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
somente iniciou com a criação da Companhia das Índias
Orientais, onde esta dominou o comércio indiano.
Durante o século XIX houve a ampliação das
atitudes inglesas no território indiano, cujo objetivo mais
importante era, além de abastecer o país ( colônia ) com
produtos industrializados, o de conseguir matérias – primas
para as suas indústrias. A situação sócio – econômica que
vivia a Índia era totalmente favorável para os ingleses, onde
estes através de impostos criavam a mão –de – obra barata
necessária para trabalhar em suas várias indústrias dentro da
própria Índia.)Logicamente, o povo indiano não ficou parado
diante dessa situação, pois os ingleses sugavam o sangue da
vítima.
Deu –se entre os anos de 1857 a 1859 a chamada
Revolta dos Sipaios. Revolta esta feita pelas próprias tropas
nativas, com caráter antiinglês, porém não nacionalista. Este
movimento foi facilmente reprimido pelas forças do
governo inglês e, além disso, permitiu a participação dos
indianos na administração da colônia, e também foi criado
o Partido do Congresso Nacional Indiano ( 1885) - grande
contribuidor no processo de independência da Índia alguns
anos mais tarde.
De uma melhor maneira os ingleses conseguiram um maior
controle econômico sobre a Índia.
5.2) O CASO CHINÊS
O maior mercado consumidor da Ásia ( cerca de
400 milhões de habitantes no século XIX) visava as grandes
potências européias e os EUA na disputa pelo mercado
consumidor atraente.
Na China, a dinastia Tsing dominava com poderes
absolutos, onde a sua economia era de base agrícola,
caracterizado pelo sistema de estado – aldeia. Como eu já
citei no primeiro parágrafo, no século XVIII existia o
interesse de comerciantes estrangeiros, principalmente
ingleses, no mercado chinês. Com certeza, era o maior
mercado consumidor do mundo.
O principal produto comercializado entre a
Inglaterra e a China era o Ópio. Protestos por parte do
governo chinês seguidos de embargos comerciais aos
ingleses levaram os mesmos a promoverem uma guerra, a
chamada Guerra do Ópio ( 1840 – 1842).
Mesmo proibido desde o ano de 1729, o comércio
do ópio intensificou -se no início do século XIX, devido à
ação de mercadores ingleses que, com a conivência do
governo britânico contrabandeavam a droga, levando –a de
Bengala, na Índia, onde era cultivada, para o território
chinês. No ano de 1839,as autoridades chinesas confiscaram
e mandaram destruir mais de 20 mil caixas deste produto,
isto é, do ópio.Foi o bastante para a Inglaterra se lançar à
guerra contra a China. Durante três anos, os ingleses exibiram
sua superioridade bélica,destruindo a resistência da China. O
conflito foi desastroso para a China que teve que ceder aos
domínios comerciais ingleses e à criação de tratados
desiguais, como o de Nanquim(1842), que estabelecia a
propriedade inglesa sobre Hong – Kong, cidade esta que
ficou no poder da Inglaterra até o ano de 1997.Esta cidade
somente foi devolvida após a Inglaterra firmar um novo
tratado de Nanquim no ano de 1984, estabelecendo o
retorno de Hong Kong à China,desde que ela mantivesse a
economia daquela território capitalista nos próximos
cinqüenta anos..
504

Na década de 1850 ocorreu a Revolução Taiping
que colocou em conflito os nacionalistas eo imperador que
possuía o apoio das potências imperialistas.A vitória do
imperador levou a China à assinatura de um novo acordo ,
o Tratado de Pequim ( 1860), abrindo um número grande
de portos para os produtos estrangeiros provenientes do
ocidente. No mesmo ano, aproveitando - se da fraqueza
do governo chinês, os russos também impuseram um tratado
sobre a China, era o Tratado de Aigum ( 1860 ),
garantindo para a Rússia uma saída para o Pacífico, por meio
da criação do porto de Vladivostok.
No final do século XIX outro conflito envolveu a
China , agora com o seu vizinho , o Japão. A guerra entre os
dois nas duas últimas décadas do século XIX levaram ao
chamado Break – up chinês, onde a China era partilhada
em áreas de influência das potências ocidentais. Neste
momento um novo tratado e um novo conflito surgiria. O
Tratado era o de Shimonoseki, que afirmava a aceitação
por parte da China da independência da Coréia, e enquanto
o Japão passava a ter o domínio sobre a ilha de Formosa.
O conflito gerado devido ao caráter nacionalista
por parte dos chineses, contra a opressão dos ocidentais, deu
–se início à chamada Guerra dos Boxers ( 1900 – 1901),
nome este que representa a sociedade secreta denominada
“Punhos Fechados “.Tanto a Guerra dos Boxers como a do
Ópio tiveram como forças vitoriosas os ocidentais, deixando
os prejuízos para a China.Mais tarde esta organizou a Liga
Revolucionária da China sob o comando de Sun – Yat – sen,
que ficou conhecida como Kuomintang, ( comitê
nacionalista), que disputou com os comunistas o poder na
China após a Segunda Guerra Mundial. No ano de 1911, foi
proclamada a República chinesa e teve como seu primeiro
presidente o próprio Sun –Yat –sen.
5.3) O JAPÃO
O Japão era um país totalmente fechado para o
exterior, principalmente com os países ocidentais. Este país
era marcado pelo regime Feudal (foi o país que ficou mais
tempo sob este regime), onde o Imperador ( Micado ) era
quem mandava. Este era uma figura decorativa, e quem
mandava mesmo eram os chamados DAIMOS( aristocracia
senhorial ) que cuidava dos feudos e determinava os serviços
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
a serem prestados pelos camponeses. Quem protegia os
Daimos eram os chamados SAMURAIS ( guerreiros).Os
Tokugawa ( família ) dominavam o Xogunato desde o
século XVII, exercendo o total poder sobre o Japão. A
abertura econômica do japonesa se deu através dos EUA, ao
estilo norte – americano Com isto, ocorreu o Tratado de
Kanagawa, onde os portos de Shimoda e Hakodate eram
forçados a aceitar o comércio norte – americano.
Para modernizar o Japão, o imperador Mutsuhito
(1868 –1889) aboliu a servidão e proclamou a igualdade de
todos perante a lei,desenvolveu a instrução pública,
reestruturou o exército,instituiu o iene como moeda básica do
sistema monetário japonês, desenvolveu as comunicações,as
estradas de ferro, a imprensa, o serviço postal, entre outras
medidas.
O Estado passou a estimular o desenvolvimento
industrial, intervindo diretamente na economia e
promovendo investimentos em empresas que depois eram
transferidas para a iniciativa privada. A partir da ação
estatal, a industrialização do país tomou impulso, levando à
formação de grandes conglomerados econômicos,
conhecidos como zaibatsus.
Sem agüentar as diversas invasões de dominação
política e econômica, o Japão tratou de agir para o seu
benefício, daí promoveu a chamada REVOLUÇÃO MEIJI,
que modernizou o Japão e abriu as portas do seu comércio
para o ocidente. O regime feudal foi abolido e o Japão
começou a caminhar para se tornar a segunda maior
potência capitalista do mundo.
A guerra russo – japonesa ( 1904 –05) foi
decorrente do interesse estratégico e principalmente
econômico do Japão e da Rússia na região da Manchúria,
região esta pertencente à China. A guerra teve como
derrotado o exército russo, que com isso prejudicou a
economia dentro da Rússia, mais tarde levando a um
processo revolucionário ( ver último tópico desta apostila).
Os EUA foram os grandes mediadores nesta guerra, e
conseguiram promover um tratado, o de Portsmouth, onde
o sul das ilhas Sacalina passavam a ser domínio japonês,
entre outras concessões.
6. O Imperialismo Norte-Americano:
Os Estados Unidos optaram por uma política
isolacionista em relação aos conflitos europeus. Apenas se
posicionaram diante de uma possível ameaça de intervenção
na América através da “Doutrina Monroe” de 1823 (“A
América para os americanos”).
Além de atuar na abertura de portos no extremo
oriente, os norte-americanos provocaram a venceram a
Guerra Hispano-Americana (1898), obtendo da Espanha as
Filipinas e Guam, no Oceano Pacífico, e Porto Rico e Cuba,
nas Antilhas. Cuba tornou-se independente, mas foi obrigada
a aceitar em sua constituição a Emenda Platt (1901), no qual
permitiam intervenções e a instalação da Base Naval de
Guantánamo. Atualmente os Estados Unidos mantém em
Guantánamo os prisioneiros islâmicos das Guerras do
Afeganistão e do Iraque.
No início do século XX, o presidente Theodore
Roosevelt lançou o “big stick” ou a política do “grande
porrete” no qual defendia o direito de intervenções nas
505

regiões em que o interesse econômico norte-americano
estivesse ameaçado.
7. Consequências do Imperialismo:
O Imperialismo gerou graves conseqüências que
caracterizaram o século XX, estendendo-se até hoje. Do
ponto de vista político-econômico consolidou o poder e a
riqueza das potências industriais, gerando a miséria e a fome
da maioria dos povos colonizados. A África ainda sofre com
as guerras tribais provocadas pela divisão geométrica de seus
territórios, desrespeitando os aspectos culturais.
Socialmente, a falsa teoria de superioridade racial estimulou
o racismo, cujos exemplos mais graves foram: o “apartheid”,
ou seja, o regime de segregação racial na África do Sul; o
surgimento da Ku-Klux-Klan, grupo radical racista norte-
americano; e a idéia da raça ariana, usada por Adolf Hitler
em suas pretensões expansionistas nazistas.
As rivalidades geradas pelo Imperialismo foram responsáveis
pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
EXERCÍCIOS
1. Observe o que diz o historiador Luiz Koshiba:
“Entre 1840 e 1880, uma vigorosa corrida rumo à
industrialização havia tomado conta da Europa e se estendido
também aos EUA e ao Japão. [...] Com a emergência de
novas potências industrialmente mais bem equipadas, a
concorrência foi acirrada e acabou resultando em
concentrações e centralizações de capital, o que gerou
empresas de grande porte, com poder suficiente para
monopolizar segmentos inteiros do mercado. [...] Os grandes
grupos empresariais capazes de monopolizar ramos inteiros
da economia precisavam de fornecimentos estáveis e baratos
de matérias-primas. [...] Em pouco tempo, os países
capitalistas centrais repartiram entre si os territórios e os
mercados da África e da Ásia.”.
KOSHIBA, Luiz. História: Origens, estruturas e processos.
São Paulo: Atual, 2000, p. 382-3.
O trecho acima narra fatos relativos ao período
(A) do renascimento cultural e da expansão ultramarina, que
foi responsável pela colonização do novo mundo.
(B) da crise do capitalismo liberal e da implantação dos
governos totalitários na Europa e na Ásia.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
(C) da crise do socialismo real e do predomínio hegemônico
do capitalismo liderado pelos EUA.
(D) da segunda revolução industrial e do imperialismo que
conduziria as potências capitalistas à Primeira Grande
Guerra Mundial.
2. O Canal do Panamá é uma obra de engenharia das mais
grandiosas. Tem 77 quilômetros de extensão e liga o oceano
Atlântico ao Pacífico. Suas eclusas, que são uma espécie de
elevador, levantam as embarcações até o lago Gatún, de onde
se pode ir para um ou outro lado do continente. A construção
dessa passagem que encurtaria as viagens, evitando as rotas
mortíferas que passavam pelo cabo Horn ou pelo estreito de
Magalhães, começou em 1881, mas os trabalhadores
morriam como moscas por conta das febres tropicais, houve
problemas de engenharia, e o projeto foi abandonado. Os
Estados Unidos resolveram retomar o trabalho em 1904 e em
dez anos terminaram as obras. O Canal foi inaugurado em 15
de agosto de 1914.
Adaptado de sindprevs-sc.org.br.
Passados mais de cem anos, o Canal do Panamá ainda
impressiona os que observam seu funcionamento.
No contexto de sua inauguração, essa obra possuía o seguinte
caráter estratégico:
(A) desenvolvimento da indústria naval
(B) globalização das economias nacionais
(C) monopólio das vias mundiais de transportes
(D) integração capitalista do comércio internacional
3. Sobre o processo histórico da denominada Guerra do
Ópio, ocorrida na China, em 1841, assinale a alternativa
correta.
(A) Os Estados Unidos da América iniciaram a expansão
para o Oriente, comercializando o ópio monopolizado
pelos chineses, o que provocou uma guerra entre eles,
encerrada com o acordo de divisão igualitária das cotas
comerciais.
(B) O Japão, em suas conquistas imperialistas no continente
asiático, travou uma guerra com a China pelo domínio
do comércio do ópio na região; nesse processo,
estabeleceram o Tratado de Pequim, no qual Hong Kong
passou ao domínio japonês.
(C) O império russo, parceiro da China no comércio do ópio,
transportava-o para os portos de Xangai com maior
agilidade e altas taxas aduaneiras, o que fez com que
exigisse a franquia desse produto.
(D) A Inglaterra, que dominava a comercialização do ópio
na China, impôs aos chineses uma indenização por eles
terem, a pretexto de proteger a saúde de sua população,
confiscado e destruído uma grande carga de ópio.
(E) A França teve uma de suas colônias, o Afeganistão,
como um grande produtor de ópio e concorrente
comercial dos chineses, que monopolizavam essa
atividade com elevados lucros; visando quebrar tal
monopólio, os franceses bloquearam os portos chineses.
4. Sobre o Imperialismo ocorrido durante os séculos XIX e
XX, é correto afirmar que uma de suas principais
características foi
(A) ser um fenômeno essencialmente econômico que em
nada afetou o cotidiano dos povos subjugados.
506

(B) ficar restrito ao Continente Africano, a partir do advento
conhecido como “Partilha da África”.
(C) representar um acordo entre as potências capitalistas,
visando dividir, de forma pacífica e ordeira, os mercados
mundiais.
(D) permitir a expansão econômica e política em escala
mundial das economias capitalistas, assegurando o
controle de vastos mercados consumidores.
(E) ser um empreendimento europeu e cristão, procurando
levar o processo civilizatório para os povos da África e
da América.
5. A industrialização do continente europeu marcou um
intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos
parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que
as grandes potências econômicas da Europa buscassem a
ampliação de seus mercados e procurassem maiores
quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi
nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações
buscaram explorar regiões na África e Ásia.
Disponível em:
http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011/04/aprenda-as-
diferencas-entre-o.html
Acesso em: 14/09/2015, às 14h06min.
Comparando o imperialismo do século XIX com o
colonialismo do século XVI, podemos concluir que
(A) o imperialismo do século XIX esteve voltado para a
procura de mercados consumidores de produtos
industrializados e fornecedores de matéria-prima.
(B) o colonialismo do século XVI buscava colônias para
instalar o excedente populacional e novas áreas de
investimentos de capitais industriais.
(C) o imperialismo do século XIX demonstrou respeito em
relação aos povos das colônias conquistadas,
preservando seus costumes e sua identidade cultural.
(D) o imperialismo do século XIX se dedicou à busca de
especiarias, gêneros tropicais e metais preciosos,
enquadrando-se no Mercantilismo.
(E) o colonialismo do século XVI limitou-se à costa
africana, enquanto o imperialismo do século XIX
voltou-se somente para a América do Norte.
6. Nas décadas finais do século XIX, o sistema capitalista
conhece uma nova conjuntura de expansão dos países
industrializados, marcada pelo imperialismo, quando se
promove a chamada partilha da Ásia e da África. Todos os
fatos a seguir são característicos dessa conjuntura histórica,
EXCETO
(A) a exportação de capitais por parte dos países
industrializados.
(B) a imigração maciça de populações pobres das regiões
colonizadas.
(C) os confrontos militares entre os países centrais e as
populações colonizadas.
(D) a difusão e implantação de novas técnicas produtivas nas
áreas coloniais.
(E) a diminuição das agitações operárias nos países
industrializados.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
7. Observe a figura abaixo.
A Conferência de Berlim (1884) e a subsequente “Partilha da
África” pelas potências europeias tiveram um papel
fundamental na transição de uma dominação informal para
um colonialismo bastante agressivo, o chamado “novo
imperialismo”.
Uma das principais características desse novo imperialismo
foi
(A) o convívio pacífico entre africanos e europeus, com
ampla extensão de direitos políticos e sociais aos
primeiros, nas regiões colonizadas.
(B) o fomento ao processo de descolonização da África,
iniciado na década de 1830 e encerrado na década de
1890, com amplo apoio das principais potências
europeias.
(C) a exploração econômica direta dos territórios ocupados
e a criação de estruturas coloniais de administração
excludentes e violentas.
(D) a dominação indireta, pelas potências europeias, das
regiões colonizadas, restrita somente a 10% de todo o
território africano.
(E) a limitação do imperialismo europeu somente à África e
a exclusão da Ásia e da Oceania das pretensões imperiais
das potências em disputa.
8. A expansão imperialista sobre a África e a Ásia começou
a sofrer resistência mais sistemática e duradoura a partir do
início do século XX.
Um evento que precedeu a Segunda Guerra Mundial e
fomentou movimentos nacionalistas ou anti-imperialistas na
Ásia foi a
(A) conquista pacífica da independência da Índia (1947), que
conseguiu frustrar os planos ingleses para a autonomia
de sua maior colônia.
(B) efetivação do apoio norte-americano à libertação das
colônias, com base nos Quatorze Pontos de Wilson
(1918).
(C) derrubada do regime czarista, na Revolução Russa de
1905.
(D) derrota da direita fascista na Espanha, com o término da
Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
(E) vitória do Japão, potência asiática emergente, na Guerra
Russo-Japonesa (1904-1905).
507

9.
A interpretação da imagem demonstra que a distribuição de
países onde se dirige do lado direito coincide, em grande
parte, com a zona de influência ou dominação exercida pela
(A) Índia. (B) Austrália. (C) Inglaterra.
(D) Indonésia. (E) África do Sul.
10. Leia o texto a seguir.
“Para os países industriais exportadores, a expansão colonial
é uma questão de salvação. Em nosso tempo, e diante da crise
que atravessam as indústrias europeias, a fundação de
colônias representa a criação de uma válvula de escape para
nossos problemas. (...)
Devemos dizer abertamente que nós, pertencentes às raças
superiores, temos direitos sobre as raças inferiores. Mas
também temos o dever de civilizá-las”.
(FERRY, Jules Discursos políticos. In: COTRIM, Gilberto.
História Global. V. 2. 2ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2013, pág. 190).
O texto acima traduz a mentalidade europeia dominante no
século XIX sobre os povos afro-asiáticos. Acerca dos
principais aspectos dessa relação, é correto afirmar-se que
(A) uma das justificativas para o expansionismo imperialista
das principais nações europeias foi a ideologia da
superioridade racial branca.
(B) a missão civilizadora europeia possibilitou a troca de
manifestações culturais entre ambos, significando, por
isso, o fortalecimento das bases culturais dos povos
dominados.
(C) não há elementos preconceituosos, uma vez que o texto
aborda claramente a ideia humanitária de civilizar os
povos com culturas inferiores.
(D) o interesse europeu pelas vastas áreas da África e da Ásia
era essencialmente cultural, antropológico e científico,
não tendo objetivos econômicos ou geoestratégicos.
(E) como o contato entre europeus e afro-asiáticos foi
filantrópico, não houve necessidade de conflitos bélicos
entre os agentes envolvidos.
11. As mudanças econômicas e políticas ocorridas na
Europa explicariam a formação de impérios coloniais no final
do século XIX. As transformações advindas da crise de 1873
(concentração de capital, monopólios e imperialismo) e os
nacionalismos, explicariam a presença das potências
europeias nos continentes africano e asiático.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
Dentre os resultados da presença europeia nos dois
continentes, ocorreu a
(A) manutenção de estruturas tradicionais nas colônias, cujo
artesanato secular foi incentivado e muitas vezes
aperfeiçoado.
(B) efetivação dos direitos sociais e civis para as populações
tradicionais em função do desenvolvimento industrial
nos países dominados.
(C) aceitação passiva da população nativa das novas técnicas
e conhecimentos que permitiram a melhoria das
condições de vida nas colônias.
(D) destruição, em países africanos, de estruturas
tradicionais como a propriedade coletiva do solo, bem
como a imposição de trabalhos forçados e o pagamento
de impostos.
12. Na segunda metade do século XIX, muitos povos
africanos e asiáticos viram seus territórios serem ocupados
pelas potências europeias. Sobre o imperialismo e
neocolonialismo europeu na África e na Ásia, leia
atentamente as afirmações abaixo:
I. O desenvolvimento industrial das grandes potências
europeias levou ao empreendimento de um novo modelo
de colonização. O aumento da produção e o acúmulo de
capitais fizeram com que essas potências buscassem
ampliar seus mercados e adquirir matéria-prima a custos
mais baixos.
II. Durante a Conferência de Berlim, ocorrida entre os anos
de 1884-1885, as potências europeias estabeleceram
regras para a exploração e ocupação da África, levando em
consideração a diversidade cultural e as identidades
étnico-territoriais.
III. Os povos africanos e asiáticos não aceitaram
passivamente o domínio dos europeus, o que gerou
diferentes formas de resistência em ambos os continentes.
Muitos nativos utilizaram varias técnicas e táticas
militares para defenderem-se contra a ocupação e
exploração dos europeus.
IV. O discurso ideológico que procurou legitimar o domínio
e exploração europeia nos continentes africano e asiático
foi baseado nas teorias raciais. Difundiu-se a ideia de que
os europeus constituíam a raça branca e superior, cuja
missão era levar a civilização para lugares habitados por
raças inferiores, primitivas e bárbaras.
Assinale a alternativa CORRETA:
(A) Todas as afirmativas estão corretas.
(B) Todas as alternativas estão incorretas.
(C) As afirmativas I, II e III estão corretas.
(D) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
(E) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
13. A conquista da Ásia e da África, durante a segunda
metade do século XIX, pela principais potências
imperialistas objetivava
(A) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais
excedentes e a procura de novos mercados para os
manufaturados.
(B) a implantação de regimes políticos favoráveis à
independência das colônias africanas e asiáticas.
(C) o impedimento da evasão em massa dos excedentes
demográficos europeus para aqueles continentes.
508

(D) a implantação da política econômica mercantilista,
favorável à acumulação de capitais nas respectivas
Metrópoles.
(E) a necessidade de interação de novas culturas, a
compensação da pobreza e a cooperação dos nativos.
14. A expansão colonialista europeia do século XIX foi um
dos fatores que levaram:
(A) à diminuição dos contingentes militares europeus.
(B) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
(C) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do
colonialismo do século XVI.
(D) à implantação do regime de monopólio.
(E) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à
Primeira Guerra Mundial.
15. A "partilha do mundo" (1870 -1914) resultou do
interesse das potências capitalistas europeias em:
(A) investir seus capitais excedentes nas colônias, obter
mercados fornecedores de matérias-primas e reservar
mercados para seus produtos industrializados;
(B) desenvolver a produção de gêneros alimentícios nas
colônias, visando suprir as deficiências de grãos
existentes na Europa na virada do século;
(C) buscar "áreas novas" para a emigração, uma vez que a
pressão demográfica na Europa exigia uma solução para
o problema;
(D) promover o desenvolvimento das colônias através da
aplicação de capitais excedentes em programas sociais e
educacionais;
(E) favorecer a atuação dos missionários católicos junto aos
pagãos e assegurar a livre concorrência comercial.
16. De 1815 a 1891, a Inglaterra viveu um período de grande
estabilidade política interna, combinada com grande
desenvolvimento econômico, que possibilitou aos ingleses o
domínio dos mares e a expansão colonialista. As principais
realizações desse período se deram durante:
(A) a Era Vitoriana.
(B) a Revolução Gloriosa.
(C) o governo de Henrique VIII.
(D) o governo de Elizabeth I.
(E) a instalação do anglicanismo.
17. A reação à presença inglesa na Índia pelos soldados
nacionalistas hindus, é conhecida como:
(A) Revolta dos Cipaios.
(B) Rebelião dos Boers.
(C) Guerra dos Boxers.
(D) Terror Branco.
(E) Conferência de Berlim.
18. No final do século XIX, em decorrência do
neocolonialismo, um violento conflito se deu entre China e
Inglaterra, devido ao interesse britânico em impor seu
domínio sobre a China.
O conflito a que se refere o texto foi:
(A) a Guerra da Manchúria.
(B) a Guerra dos Boers.
(C) a Guerra dos Boxers.
(D) a Guerra dos Cipaios.
(E) a Guerra do Ópio.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
19. Analise o fragmento a seguir.
A primeira grande fome registrou-se entre os anos de 1800 e
1825 e matou 1,4 milhão de pessoas. De 1827 a 1850,
morreram de fome cinco milhões de pessoas. Entre 1875 e
1900, a Índia sofreu dezoito grandes epidemias de fome que
mataram 26 milhões de pessoas. Em 1918, houve mais de
oito milhões de mortos por desnutrição e gripe.
Fonte: BRUIT, Héctor, in VICENTINO, Cláudio. História Geral:
ensino médio. São Paulo: Scipione, 2006. p. 356.
Essas acentuadas perdas humanas foram consequência da
desestruturação da economia tradicional e da imposição de
novos padrões de produção e consumo durante o período em
que a Índia esteve sob a dominação colonial do(a)
(A) China.
(B) Império Otomano.
(C) França.
(D) Inglaterra.
(E) Império Russo.
20. A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor;
o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são
dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar
ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder
(industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são
inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995
(adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências
europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a
partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações
imperialistas, concebendo-as como parte de uma
(A) cruzada religiosa.
(B) catequese cristã.
(C) missão civilizatória.
(D) expansão comercial ultramarina.
(E) política exterior multiculturalista.
21. A segunda metade do século XIX e os primeiros anos
do século XX, antes da Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), ficaram conhecidos como Belle Époque (Bela Época,
em tradução livre) em razão da prosperidade europeia e das
inúmeras inovações tecnológicas.
Entre as diversas inovações dessa época, estão as ferrovias e
os sistemas de metrô. O primeiro metrô foi o de Londres
(1863), inicialmente movido a vapor e eletrificado em 1890,
seguido por outros sistemas semelhantes, como o de Paris
(1900).
A prosperidade e desenvolvimento da Europa nesse período
podem ser atribuídos, principalmente,
(A) às guerras e conflitos com países americanos.
(B) à disputa por hegemonia com os Estados Unidos.
(C) às excelentes condições de trabalho nas fábricas.
(D) aos empréstimos obtidos de países como o Japão.
(E) à corrida imperialista, explorando recursos de colônias.
509
 CAPÍTULO XIII

22. A partilha da África entre os países europeus, no final

do século XIX,
(A) buscou conciliar os interesses de colonizadores e
colonizados, valorizando o diálogo e a negociação
política.
(B) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas
então existentes no continente africano.
(C) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até
então existentes no continente africano.
(D) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais,
os países que haviam perdido colônias em outras partes
do mundo.
(E) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no
Centro e no Sul do continente africano.

GABARITO

1. D
2. D
3. D
4. D
5. A
6. B
7. C
8. E
9. C
10. A
11. D
12. D
13. A
14. E
15. A
16. A
17. A
18. E
19. D
20. C
21. E
22. C

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 510

HISTÓRIA BRASIL

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 511

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 512

CAPÍTULO VII - AS REVOLTAS NATIVISTAS E
SEPARATISTAS
1. As Revoltas Nativistas
As primeiras revoltas coloniais são, de maneira generalizada,
classificadas como nativistas – o termo nativismo refere-se
à defesa de interesses locais frente às diretrizes estabelecidas
pela metrópole. Para compreender a geração destas
contradições é importante considerar a situação econômica
de Portugal logo após a União Ibérica (1580-1640). Durante
os sessenta anos de dominação espanhola, Portugal perdeu
diversas possessões coloniais na Ásia e na África por conta
das invasões estrangeiras. A concorrência da produção
açucareira holandesa nas Antilhas fez com que os lucros,
tanto dos senhores de engenho quanto dos comerciantes
reinóis, fossem abalados. Para sobreviver à crise, Portugal
adotou soluções como a aproximação em relação à Inglaterra,
potência em ascensão nas primeiras décadas do século XVIII,
consolidando as relações comerciais através do Tratado de
Methuen (1703). Outra solução encontrada foi a
centralização política através da criação do Conselho
Ultramarino (1642), órgão metropolitano que subordinava
todos os órgãos administrativos coloniais. O Brasil ainda foi
alvo da ação da Companhia de Comércio do Brasil (1649)
e da Companhia de Comércio do Maranhão (1682),
formada por portugueses que detinham o monopólio do
comércio sobre as áreas de exploração.
1.1 A Revolta de Beckman (1684)
LOCAL: Maranhão
A crise da produção açucareira afetou consideravelmente os
lucros dos proprietários de terra do Maranhão. Entretanto,
nem todos se dedicavam à produção açucareira já que a
exploração das drogas do sertão rendia razoáveis lucros.
Para isso, era imprescindível o uso do escravo indígena,
pelo conhecimento da localização e propriedades desses
produtos, o que foi duramente criticado pelos jesuítas
estabelecidos no Maranhão. Argumentando a necessidade de
superação do problema, a Coroa criou a Companhia de
Comércio do Maranhão em 1682, responsável pelo
fornecimento de mão-de-obra escrava africana, com o intuito
de eliminar o uso do indígena. Os preços elevados cometidos
pelos membros da companhia de comércio, não apenas para
os escravos como para outros produtos como vinho e
bacalhau, somados às denúncias de não-abastecimento destes
produtos fornecidos fizeram com que os vários latifundiários
liderados por Manuel e Tomás Beckman se insurgissem.
Os colonos derrubaram o governo da capitania, expulsaram
os jesuítas do Maranhão e invadiram os armazéns da
companhia. Tomás Beckman foi enviado a Portugal para
explicar ao monarca as razões do conflito, o que descarta
qualquer pretensão dos colonos em se separar de Portugal. A
Coroa enviou Gomes Freire de Andrade para ser o novo
governador do Maranhão. Ao chegar à região, Gomes Freire
debelou o conflito – Manuel Beckmanfoi preso e condenado
à morte. Em 1685, a Coroa extinguiu a Companhia de
Comércio do Maranhão, temendo que surgissem novos
conflitos.
1.2 A Guerra dos Emboabas (1707-1709)
LOCAL: Minas Gerais
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
Os bandeirantes paulistas foram os descobridores
das primeiras minas de ouro e exigiam da Coroa o monopólio
da extração aurífera. Entretanto, a notícia da descoberta de
ouro espalhou-se por todo o Império Português atraindo
pessoas de diversas regiões. Nos sessenta primeiros anos,
estima-se que cerca de 600 mil portugueses migraram para a
região mineradora com a pretensão de participar da extração
aurífera e explorar o comércio da região, sob o comando de
Manuel Nunes Viana. Esses forasteiros eram chamados pelos
tupis e pelos paulistas de emboabas(“pés enfeitados”), uma
vez que utilizavam sapatos ao contrário da população local
que comumente andava descalça.
As hostilidades entre paulistas e emboabas cresciam no ritmo
do avanço da mineração até que em 1707, dois paulistas
foram linchados por portugueses, dando início ao conflito
armado. Em maior número, os emboabas derrotaram os
paulistas que fugiram, mas um grupo foi cercado próximo ao
Rio das Mortes. Os emboabas exigiram que os paulistas
entregassem suas armas em troca de liberdade, mas não
cumpriram sua parte no acordo, massacrando os envolvidos.
O local do episódio ficou conhecido como o Capão da
Traição. Impedidos de realizar a mineração em Minas
Gerais, muitos paulistas deslocaram-se para o interior,
descobrindo novas jazidas em Goiás e Mato Grosso.
1.3 A Guerra dos Mascates (1709-1710)
LOCAL: Pernambuco
Os senhores de engenho pernambucanos viram os
lucros da venda do açúcar despencarem após a concorrência
holandesa nas Antilhas. Tradicionalmente, estes senhores
habitavam a vila de Olinda e exerciam o controle da Câmara
Municipal. Os senhores de engenho enfrentavam ainda a
exploração dos comerciantes portugueses, chamados de
mascates, que se organizavam para comprar o açúcar dos
senhores pelo menor preço possível, exercendo o privilégio
do monopólio comercial. Esses comerciantes concentravam-
se na freguesia de Recife, que havia se desenvolvido por
conta dos investimentos holandeses no século XVII. Como
Recife não possuía o status de vila ou cidade, não possuía
Câmara Municipal, ou seja, estava subordinada à Câmara de
Olinda, controlada pelos senhores.
Tal contradição fez com que, em 1709, a Coroa elevasse
Recife à categoria de vila, de modo que os comerciantes
portugueses ergueram um pelourinho, símbolo da autoridade
da Câmara Municipal. Liderados por Bernardo Vieira de
Melo, os senhores de engenho de Olinda invadiram Recife e
destruíram o pelourinho, mas foram derrotados pelas tropas
portuguesas.
Se por um lado Recife confirmava sua emancipação, por
outro os senhores de engenho, descendentes daqueles que,
em nome da dinastia de Bragança, haviam lutado contra a
dominação holandesa, sentiram-se traídos pelo apoio da
Coroa aos mascates – nascia assim o sentimento de
antilusitanismo ou lusofobia, presente em diversas
manifestações em Pernambuco daqui para frente.
1.4 A Revolta de Filipe dos Santos ou de Vila Rica (1720)
LOCAL: Minas Gerais
Em 1720, mineradores liderados por Filipe dos
Santos protestaram contra a instalação da Casa de Fundição
de Vila Rica, responsável pela sistematização da cobrança do
513

quinto. A obrigatoriedade da fundição causava problemas
como os gastos com o transporte do ouro para Vila Rica e a
possibilidade de saques aos mineradores, além de dificultar a
sonegação do quinto. Os rebeldes foram reprimidos
violentamente pelo governador Conde de Assumar e Filipe
dos Santos foi enforcado e esquartejado – a grande violência
era a maneira com que a Coroa Portuguesa procurava evitar,
através do exemplo à sociedade, a eclosão de novos levantes.
2. As Revoltas Separatistas
Este grupo de revoltas, localizado a partir do final
do século XVIII, incluía em suas propostas o questionamento
do pacto colonial, apontando a possibilidade de separação em
relação ao domínio português. Foram fortemente
influenciadas pelos princípios do pensamento Iluminista
de liberdade e do direito de resistir à opressão, assim como
pela Independência das 13 Colônias (1776), que por ser o
primeiro movimento de emancipação colonial, ofereceu às
demais regiões da América, o exemplo do separatismo.
Desta maneira, estas revoltas podem ser inseridas em um
contexto mais amplo de crise do Antigo Regime, desgastado
pelas luzes lançadas pelo pensamento iluminista. Afinal, um
dos fundamentos da política econômica mercantilista era o
sistema colonial, combatido por tais movimentos.
2.1 A Inconfidência Mineira (1789)
LOCAL: Minas Gerais
Este movimento é considerado por diversos
historiadores como a mais importante revolta separatista –
por ser a primeira, evidencia a presença do pensamento
iluminista no Brasil.
Entre as causas, é importante destacar a opressão tributária
e a derrama, que, quando cobrada, causava profunda
indignação entre a o população mineira (vale ressaltar que a
revolta foi marcada para o dia da derrama). O Alvará de
1785 realizado por D. Maria I, que proibia as atividades
manufatureiras é outra causa, bem como a restrição à
instalação de indústrias e universidades no Brasil, já que a
Coroa temia a difusão de ideias questionadoras como as
iluministas. Nesse ambiente, o Iluminismo difundia-se
entre a classe média mineira formada por profissionais
liberais e diversos funcionários públicos. Muitos destes
frequentaram a Universidade de Coimbra, absorvendo em
Portugal, mesmo à revelia da Coroa, aspectos da ideologia
iluminista.
Entre os principais participantes, destaque para Tomás
Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga
Peixoto e Silva Alvarenga.
É importante ressaltar a participação de Joaquim José da
Silva Xavier (o “Tiradentes”). O alferes (cargo equivalente
ao de um suboficial) Tiradentes ganhou esse apelido ao
exercer a função de extrator de dentes e seria um dos
responsáveis pela disseminação das propostas dos revoltosos
entre a população mais humilde, uma vez que era o elemento
menos abastado entre os inconfidentes.
Nas suas reuniões secretas, os envolvidos defendiam o
perdão dos impostos devidos, o fim da derrama, liberdade
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
para instalação de indústrias e manufaturas, liberdade de
expressão e de imprensa, instalação de uma universidade em
Vila Rica e proclamação da República. Tinham como lema a
expressão “libertas quaeseratamen” atualmente presente
na bandeira do estado de Minas Gerais.
A revolta estava marcada para ocorrer no dia da derrama de
1789, quando a população estaria no auge de sua indignação,
tornando-se facilmente mobilizada. Entretanto, Joaquim
Silvério dos Reis delatou o movimento ao governador
Visconde de Barbacena, entregando os principais envolvidos
e suas aspirações em troca do perdão dos impostos que devia.
Barbacena ordenou a prisão de todos os envolvidos. Pouco
tempo depois da prisão, Cláudio Manuel da Costa foi
encontrado morto na cadeia, tendo os solados portugueses
apresentando a versão de suicídio, desacreditada por muitos
que defendem o assassinato do inconfidente. Após a devassa
(investigação), Tomás Antônio Gonzaga foi degredado para
a África, mesmo não tendo confessado a participação na
inconfidência. O único réu a confessar a participação no
movimento foi Tiradentes, condenado a morte por
enforcamento em 21 de abril de 1789. Posteriormente foi
esquartejado e as partes do corpo foram espalhadas entre o
Rio de Janeiro, onde foi executado, e Minas Gerais. Mas uma
vez, assim como o ocorrido com Filipe dos Santos, castigava-
se de maneira extremamente violenta um condenado,
oferecendo o exemplo à sociedade.
O mito de Tiradentes, “herói republicano” só surgiu a partir
de fins do período monárquico, ganhando corpo com a
proclamação da República em 1889. A necessidade de um
mito popular para a República fez com que Tiradentes fosse
celebrado e sua imagem, aproximada a de Jesus Cristo.
Entretanto, apenas em 1933 (no governo Vargas), o dia 21 de
abril foi finalmente oficializado como feriado nacional.
2.2 A Conjuração Carioca (1794)
LOCAL: Rio de Janeiro
Em 1794, membros da Sociedade Literária do Rio
de Janeiro exaltaram-se na defesa de postulados iluministas,
gritando frases de ordem como “todo o rei é tirano”. Os
soldados portugueses fecharam a sociedade literária e o
movimento, que caracterizou-se por não apresentar um
projeto político concreto foi finalizado com a prisão da
alguns envolvidos como o Marques do Lavradio.
2.3. A Conjuração Baiana (1798)
LOCAL: Bahia
A crise da produção açucareira agravou ainda
mais as condições de vida da população humilde, entre
brancos, negros e mestiços, livres e pobres. A perda de
importância política por conta da transferência da capital
para o Rio de Janeiro incomodava setores expressivos da
sociedade baiana como os latifundiários. Neste ambiente, a
influência das ideias iluministas, da independência dos
Estados Unidos, da Revolução Francesa (principalmente o
período mais radical conhecido como República Jacobina) e
da independência do Haiti insuflou principalmente a
população mais humilde.
Entre os representantes dos segmentos populares
indivíduos como Luis Gonzaga das Virgens, Lucas
Dantas, Manuel Faustino dos Santos e o alfaiate João de
Deus. O grande número de alfaiates envolvidos fez com que
514

a Conjuração Baiana ficasse conhecida como Revolta dos
Alfaiates.
A sociedade secreta dos Cavaleiros da Luz (1794)
foi fundamental para a propagação das ideias iluministas na
Bahia. Dela participaram indivíduos como o jornalista
Cipriano Barata, além de diversos membros da aristocracia
local. Inicialmente, os revoltosos defendiam a proclamação
da República, a elevação dos soldos e a adoção de princípios
iluministas como a liberdade de expressão. O separatismo
interessava diretamente aos latifundiários baianos, pois
permitiria a busca de melhores preços para os produtos
exportados diante da superação o pacto colonial.
Entretanto, a radicalização dos populares,
defendendo medidas como a libertação dos escravos fez
com que os latifundiários escravistas se afastassem do
movimento. Luis Gonzaga das Virgens foi preso por elaborar
um panfleto contendo propostas dos revoltosos. Os soldados
portugueses então armaram uma emboscada que culminou
com a prisão e morte das lideranças populares, embora os
demais envolvidos fossem penalizados com prisão ou
degredo.
2.4. A Revolução Pernambucana de 1817
Este grande movimento separatista foi causado pela
pauperização da população diante da crise da produção
açucareira, pela elevação dos impostos devido aos altos
gastos de D. João e pela centralização administrativa oriunda
do processo de inversão administrativa. O fim do pacto
colonial não deu fim à exploração dos comerciantes
portugueses, uma vez que as principais casas comerciais
ainda eram controladas pelos lusitanos. Assim, a lusofobia,
herdada da Guerra dos Mascates, também estava entre os
motivos de indignação dos pernambucanos, sensíveis aos
impactos da difusão do liberalismo, e da influência da
Independência dos EUA (1776) e da Revolução Francesa
(1789).
Entre os líderes mais importantes estavam o
comerciante Domingos José Martins, o padre João Ribeiro e
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
o advogado Antônio Gonçalves da Cruz, vulgo “Cabugá”.
Em suas reuniões discutiam ideias liberais outrora discutidas
em um movimento precursor – a Conspiração dos
Suassunas (1801), onde grandes proprietários liderados pela
influente família Cavalcante e reunidos na sociedade secreta
Areópago de Itambé, discutiam a separação de
Pernambuco. Apesar da conspiração ter sido debelado pelas
tropas oficiais, as ideias liberais ainda estavam vivas em
Pernambuco.
A mobilização popular contou com a participação
dos padres Roma e Miguelinho. A presença de padres mostra
como o Seminário de Olinda formou alguns indivíduos que
romperam com o tradicionalismo da formação sacerdotal
para se aproximar dos anseios populares.
Os rebeldes depuseram o governo de Pernambuco e
criaram um Governo Provisório que apresentou a Lei
Orgânica, contendo os anseios dos insurgentes. Lá estava a
elevação dos soldos dos militares, o perdão dos impostos
devidos, a liberdade de expressão, o tratamento de “vós” e
“patriota” e a propriedade privada. Entretanto, não havia a
proposta de dar fim à escravidão, por conta do envolvimento
de escravocratas. Os pernambucanos chegaram mesmo a
enviar Cabugá aos Estados Unidos em busca de apoio. Porém
a viagem não foi bem sucedida, pois os norte-americanos
temiam entrar em conflito com a Inglaterra, tradicional aliada
de Portugal.A repressão oficial determinou o fim da
insurreição com a prisão e morte de diversos envolvidos.
EXERCÍCIOS
1. As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como
causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros
com as medidas tomadas pela coroa portuguesa. Ocorreram
entre o final do século XVII e início do XVIII.
Disponível em: <http:
//www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_nativistas.htm
>.
Acesso em: 22 jul. 2016.
Entre as principais revoltas nativistas, destacam-se,
(A) Beckman e Filipe dos Santos.
(B) Cabanagem e Balaiada.
(C) Sabinada e Farrapos.
(D) Carrancas e Setembrada.
2. Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas
características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o
movimento caracterizou-se pela oposição entre os
comerciantes de Recife contra os senhores de engenho
515

de Olinda, tendo como base a tentativa dos mercadores
recifenses em conseguir maior autonomia política e
cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como
base o descontentamento com a proibição da
escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa,
a pedido da Companhia de Jesus, medida que
prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos
colonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de
Filipe dos Santos, o levante teve como causa a
oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa,
que resolveu estabelecer 4 Casas de Fundição na
região mineradora, como forma de cobrar o quinto
(imposto de vinte por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito
opôs os paulistas (bandeirantes), primeiros
aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração,
contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que
chegaram depois na região, originários do reino ou de
outras capitanias.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é
(A) 3 – 1 – 4 – 2 (B) 1 – 2 – 3 – 5
(C) 3 – 4 – 1 – 2 (D) 2 – 3 – 4 – 5
(E) 3 – 4 – 5 – 2
3. A resistência dos negros à escravidão já se manifestava na
própria África. Em Angola, por exemplo, milhares de negros
reuniram-se em acampamentos fortificados denominados
kilombos, de onde partiam, armados, para tentar destruir as
tribos que forneciam escravos para os europeus.
FARIA, R.; MIRANDA, M.; CAMPOS, H. Estudos de História,
1. São Paulo: FTD, 2009, p. 286.
Na História dos Negros no Brasil, além da permanente
“resistência surda” através de assassinatos de senhores,
fugas, suicídios e infanticídios, houve ativa e expressiva
participação política de líderes e revoltosos negros em
movimentos, como a
(A) revolta de Beckman no Maranhão, no século XVII e a
guerra dos Emboabas, na região das Minas, no século
XVIII.
(B) guerra dos Mascates em Pernambuco e a revolta de
Felipe dos Santos em Vila Rica, ambas no século XVIII.
(C) Inconfidência Mineira, no século XVIII, e a Revolução
Pernambucana, no século XIX.
(D) Conjuração Baiana, no século XVIII, e a Revolta dos
Malês na Bahia, no século XIX.
(E) Guerra dos Farrapos, no sul do Brasil, e a Revolta
“Sabinada” na Bahia, ambas no século XIX.
4. Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir
definitivamente a circulação de ouro em pó, instalando a
Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal extraído
das minas deveria ser transformado em barras para depois
ser transportado ao litoral.
A medida pretendia acabar com o contrabando e
incrementar a arrecadação de impostos, prejudicando os
interesses dos proprietários de lavras auríferas,
comerciantes e profissionais liberais que recebiam ouro em
pó pelos seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a
produção.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares,
nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas, nas rodas de
conversa, contra a administração local. Uma revolta se
levantaria contra as medidas de controle da Coroa.
(Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles
formaram o Brasil)
A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa
portuguesa foi:
(A) a Guerra dos Emboabas;
(B) a Revolta de Felipe dos Santos;
(C) a Inconfidência Mineira;
(D) a Guerra dos Mascates;
(E) a Revolta de Beckman.
5. No bloco superior, abaixo, são citadas quatro razões que
justificaram a articulação de movimentos sociais no período
de 1708 a 1789, na região das Minas Gerais; no inferior, são
listados três desses movimentos sociais. Associe
adequadamente o bloco inferior ao superior.
1. A mobilização partiu dos setores subalternos da sociedade
colonial, particularmente de escravos e libertos, que
reivindicavam melhores condições de vida.
2. A supremacia paulista na região mineradora foi ameaçada
pela chegada de forasteiros.
3. A criação das Casas de Fundição para a devida cobrança
dos quintos e a proibição da circulação de ouro em pó
levaram à insurreição da população local.
4. A decadência da produção aurífera e a ameaça da
“derrama” sobre os habitantes da capitania acentuavam a
crise do sistema colonial.
( ) Guerra dos Emboabas
( ) Revolta de Vila Rica
( ) Inconfidência Mineira
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
(A) 2 – 3 – 4. (B) 4 – 1 – 2. (C) 3 – 1 – 4.
(D) 4 – 3 – 1. (E) 2 – 3 – 1.
6. Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros
as promessas de Bento. Os paulistas saíram dos matos aos
poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de
meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros,
cambaleavam, apoiavam-se em seus companheiros.
Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida.
Bento fez com que os paulistas se reunissem numa clareira
para receber água e comida. Os emboabas saíram da
circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento
deu ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros
foram sacrificados a golpes de espada.
(Ana Miranda, O retrato do rei)
O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz
parte da Guerra dos Emboabas, que se constituiu
(A) em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo
controle das áreas de mineração e tensões relacionadas
com o comércio e a especulação de artigos de consumo
como a carne de gado, controlada pelos forasteiros.
(B) em uma rebelião envolvendo senhores de minas de
regiões distantes dos maiores centros - como Vila Rica -
516
 CAPÍTULO VII

que não aceitavam a legislação portuguesa referente à reivindicavam um governo republicano inspirado na
distribuição das datas e a cobrança do dízimo. ideias presentes na Constituição dos EUA, mas foram
(C) no primeiro movimento colonial organizado que tinha traídos por um dos participantes em troca do perdão de
como principal objetivo separar a região das Minas suas dívidas pessoais.
Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da (E) Mesmo sem ter ocorrido de fato, a Inconfidência
metrópole portuguesa, e que teve a participação de Mineira, o apoio recebido da população revoltada e
escravos. influenciada pelos ideais iluministas, demonstrou a
(D) no mais importante movimento nativista da segunda maturidade do processo pela independência do país. Tal
metade do século XVIII, que envolveu índios cativos, engajamento vai estar presente durante todas as lutas em
escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores prol da nossa emancipação.
contra a criação das Casas de Fundição.
(E) na primeira rebelião ligada aos princípios do liberalismo, 9. “O quadro da vida colonial, tanto quanto dele conhecemos
pois defendia reformas nas práticas coloniais e exigia através do depoimento dos cronistas e da exposição dos
que qualquer aumento nos tributos tivesse a garantia de historiadores, apresenta-se à superfície, estável e tranquilo.
representação política para os colonos. Não é precisopenetrá-lo a fundo, entretanto, para verificar
que se trata de estabilidade e de tranquilidadeaparentes.
7. A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Desde os primeiros tempos, na realidade, há grandes choques
Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, de interesses, contrastes de orientação, contradições de toda
podem ser caracterizadas como a ordem.”
movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas (SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o
diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos Brasil. 1976, p. 130)
republicanos.
(A) movimentos de defesa das terras brasileiras, que No texto acima, o autor refere-se aos movimentos
resultaram num sentimento nacionalista, visando à conspiratórios que ocorreram na colônia brasileira contra a
independência política. metrópole portuguesa.
(B) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam
aspectos da política econômica de dominação do Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna
governo português. 1 com a descrição equivalente na coluna 2.
(C) manifestações das camadas populares das regiões
envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade 1. Conjuração dos ( ) Confronto entre os donos de
do governo metropolitano. Alfaiates engenho, de Olinda, e os
comerciantes, em sua
8. A Inconfidência Mineira representou potencialmente uma maioria portugueses, do
das maiores ameaças de subversão da ordem colonial. O fato Recife.
de ter ocorrido na área das Minas, área na qual a permanente 2. Inconfidência ( ) Movimento organizado por
vigilância e repressão sobre a população eram as tarefas Mineira mulatos e negros, livres ou
maiores das autoridades públicas, indica um alto grau de libertos, ocorrido na
consciência da capacidade de libertação da dominação Bahia,no contexto da
metropolitana. escassez de gêneros
Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfidência Mineira. São alimentícios e carestia.
Paulo: Global, 1988. 3. Guerra dos ( ) Conhecida também como
Mascates Revolução dos Padres,foi o
De acordo com o texto acima assinale a assertiva correta. único movimento que
(A) A opulência da produção mineradora alcançou o seu ultrapassou a fase
apogeu na segunda metade do século XVIII, conspiratória e atingiu o
aumentando a ganância da metrópole portuguesa, que processo de tomada do
acreditava que os mineiros estivessem sonegando poder em Pernambuco.
impostos e passou a usar de violência na cobrança dos 4. Revolução ( ) Revolta de caráter
mesmos. Pernambucana emancipatório que teve
(B) O descontentamento dos colonos aumentava de acordo como principal motivo o
com o preço das mercadorias importadas, já que eram estabelecimento da derrama
proibidas as manufaturas na Colônia. Além disso, os em Minas Gerais.
jornais que circulavam na região, alertavam a população
sobre a corrupção nos altos cargos administrativos A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
coloniais. cima para baixo, é:
(C) Sofrendo violenta opressão, a classe dominante mineira (A) 1–3–4–2. (B) 2–1–3– 4.
conscientizou-se das contradições entre os seus (C) 3–4–1–2. (D) 3–1–4–2.
interesses e os da metrópole. Influenciada pelo (E) 4–2–3–1.
pensamento iluminista e na iminência da cobrança da
derrama em Vila Rica, em 1789, preparou uma 10. No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII,
insurreição. ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram
(D) Contando com adesão e apoio efetivo de diversas conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração
parcelas da população mineira, os insurgentes Baiana (1798).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 517

Quais características são comuns entre eles?
(A) A influência do pensamento iluminista e a participação
maciça de pessoas da elite da sociedade local.
(B) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e
Fraternidade e pretendiam acabar com a escravidão.
(C) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram
influência do pensamento iluminista.
(D) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue,
pois havia grande participação de pessoas ligadas à elite
da sociedade local.
(E) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a
independência política do Brasil.
11. Durante o período colonial no Brasil, a desorganização
da administração metropolitana e a prática da venalidade do
funcionalismo real (compra e venda de cargos), aliadas às
dificuldades de comunicação entre a Europa e a América,
contribuíram para o crescimento do poder dos "homens
bons". Essa expressão era utilizada para designar aqueles
que:
(A) integravam a Companhia de Jesus, ordem religiosa
formada em torno de Inácio de Loyola, a qual, no Brasil,
buscou promover a conversão dos índios ao
cristianismo.
(B) podiam eleger e ser eleitos para os cargos públicos
ligados às câmaras municipais, principal instância de
representação local da monarquia portuguesa.
(C) participaram da Inconfidência Mineira, um levante
contra o governo colonial, no final do século XVIII,
tendo como uma de suas motivações a cobrança da
derrama.
(D) habitavam os quilombos e mocambos e lutavam pela
liberdade, sendo em sua maioria comerciantes e escravos
negros fugidos, de origem africana ou nascidos no
Brasil.
(E) integravam as expedições armadas, de caráter oficial ou
particular, entre os séculos XVI e XVIII, e se
aventuravam pelo interior do Brasil, em busca de ouro
ou de indígenas para fazê-los escravos.
12.Numere, em ordem crescente, os fatos relacionados a
seguir conforme a ordem cronológica em que ocorreram,
reservando o número 1 para o mais antigo.
( ) Presença holandesa no nordeste açucareiro
( ) Inconfidência Mineira
( ) Fundação da Colônia do Sacramento no Rio da Prata
( ) Revolta de Felipe dos Santos
( ) Instalação do Governo Geral com Tomé de Souza
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
(A) 2 - 5 - 3 - 4 - 1 (B) 1 - 3 - 5 - 2 - 4
(C) 2 - 4 - 1 - 3 - 5 (D) 5 - 2 - 3 - 1 - 4
(E) 4 - 1 - 2 - 5 - 3
13. Considerando os conflitos sociais que ocorreram no
período colonial, é CORRETO afirmar:
(A) Todos os conflitos ocorridos no período colonial
ocorridos entre colonos e forças metropolitanas são
considerados precursores da independência, sendo
iniciados por grupos de colonos sempre oprimidos que
buscavam mais liberdade, igualdade e fraternidade.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VII
(B) Foram movimentos nativistas que, estimulados pelo
antiabsolutismo e por ideias liberais, lutavam pela
independência do Brasil.
(C) A Revolta de Vila Rica de 1720, que teve a liderança de
Felipe dos Santos, foi motivada pela crise da economia
aurífera e tinha como principal objetivo a independência
do Brasil.
(D) A maior parte dos conflitos nos trezentos anos de
administração portuguesa não teve por finalidade a
separação do Brasil em relação a Portugal.
(E) Não há registros de participação popular e muito menos
de escravos em nenhum dos conflitos ocorridos na
América Portuguesa.
14. O termo Nativismo é utilizado pelos historiadores para
designar revoltas ou movimentos de resistência contra a
dominação portuguesa. São movimentos nativistas ocorridos
no Brasil:
(A) Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman.
(B) Guerra dos Bárbaros, Mascates.
(C) Revolução de 1817, Confederação do Equador.
(D) Revolução Praeira, Canudos, Quilombo dos Palmares.
(E) Confederação dos Tamoios, Guerra dos Bárbaros.
15. A respeito das invasões holandesas que ocorreram
durante o século XVII no nordeste brasileiro, é CORRETO
afirmar que:
(A) foram iniciativas de grupos de aventureiros holandeses,
sem qualquer vinculação com as disputas internacionais
entre os Estados-Nação do período.
(B) com a expulsão definitiva dos invasores holandeses em
1654, pela qual lutaram lado a lado índios, negros e
portugueses, saíram reforçados os vínculos entre a
Metrópole e a Colônia naquela região.
(C) nas batalhas de resistência à invasão dos holandeses em
Pernambuco, destacou-se a figura heroica de Domingos
Fernandes Calabar.
(D) durante o período da dominação holandesa no nordeste
brasileiro, a população foi obrigada a trocar o
catolicismo pelo calvinismo, por ser esta a religião do
príncipe Maurício de Nassau.
(E) a forma pela qual se deu a expulsão definitiva dos
holandeses explica o surgimento posterior de vários
movimentos nativistas, como a Revolta de Beckman
(1684-85), Guerra dos Mascates (1710-14) e a
Revolução Praieira (1848).
16. No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas
fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado
europeu. Os proprietários de engenho, em Pernambuco, para
minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos
junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou
um forte antagonismo entre estas partes, que se acirrou
quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando
esta de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os
comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor
de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima
relatado foi a
(A) Revolta de Beckman.
(B) Guerra dos Mascates.
(C) Guerra dos Emboabas.
(D) Insurreição Pernambucana.
(E) Conjuração dos Alfaiates.
518
 CAPÍTULO VII

17. Ocorridos entre os meados do século XVII até as
primeiras décadas do século XVIII, os movimentos nativistas
apresentam-se como os primeiros sinais de uma crise do
sistema colonial.
Sobre esses movimentos, é correto afirmar que
(A) tinham como principal objetivo a separação política
entre colônia e metrópole, com a autonomia
administrativa e a formação de novas nações livres nas
regiões onde ocorriam.
(B) em Minas Gerais, com a Guerra dos Emboabas e a
Revolta de Felipe dos Santos, no Maranhão, com a
Revolta dos Beckman, e em Pernambuco, com a
Insurreição Pernambucana e a Guerra dos Mascates,
aparecem as divergências entre os interesses dos colonos
e os da metrópole.
(C) ocorreram somente em locais que vivenciavam crises
econômicas, como o Rio Grande do Sul (Farroupilha
1835-1845) e Pernambuco (Revolução Pernambucana
de 1817).
(D) somente a Confederação do Equador, ocorrida no
nordeste brasileiro, pode ser tomada como um legítimo
movimento nativista, uma vez que não pretendia a
separação política em relação a Portugal, mas, somente,
maior autonomia administrativa.
18. A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Bahiana
(1798) expressaram localmente o conjunto de mudanças
ocorridas no Mundo Ocidental a partir de meados do século
XVIII. Apesar de suas diferenças, os dois movimentos
opunham-se
(A) à submissão colonial implícita na política mercantilista
metropolitana.
(B) à importação de ideais iluministas pela cultura brasileira.
(C) à divisão do país entre ricos donatários portugueses.
(D) à influência das independências das Colônias Inglesas da
América.
(E) à participação de homens livres pobres na preparação da
independência.
19. A Revolta de Vila Rica no século XVIII mostrou os
abusos que as autoridades portuguesas cometiam com os
mineradores e a população de Minas Gerais.
(A) Movimento de ruptura com a metrópole que
intencionava romper com a escravidão e proclamar a
independência de todo o território brasileiro de Portugal.
(B) Movimento de ruptura com a metrópole deflagrado,
especialmente, por uma elite ilustrada que rejeitava o
aumento dos impostos e a espoliação do fisco colonial.
(C) Movimento de ruptura com a metrópole que pretendia
romper os laços comerciais com Portugal, exigindo o
livre comércio e a abertura dos portos às nações amigas.
(D) Um levante bem-sucedido por meio do qual as classes
mais baixas implantaram a república durante alguns
anos, até quando foram vencidos pelos portugueses.
(E) Um levante mal sucedido que ocasionou no
enforcamento de vários inconfidentes, entre eles
Tiradentes, que foi exemplificado por ser a principal
liderança do movimento.
21. As ideias iluministas começaram a circular no Brasil na
segunda metade do século XVIII. Elas refletiram-se em
vários campos da atividade e do conhecimento humano.
Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta
um filósofo deste período, cujo pensamento incentivou, de
forma relevante, a Inconfidência Mineira.
(A) Jean-Jacques Rousseau
(B) Adam Smith
(C) François Quesnay
(D) Vicent de Gournay
(E) Nicolau Maquiavel
22. A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana
(1798) tiveram semelhanças e diferenças significativas. É
correto afirmar que
(A) as duas revoltas tiveram como objetivo central a luta
pelo fim da escravidão.
(B) a revolta mineira teve caráter eminentemente popular e
a baiana, aristocrático e burguês.
(C) a revolta mineira propunha a independência brasileira e
a baiana, a manutenção dos laços com Portugal.
(D) as duas revoltas obtiveram vitórias militares no início,
mas acabaram derrotadas.
(E) as duas revoltas incorporaram e difundiram ideias e
princípios iluministas.

No contexto dessa revolta é correto afirmar, exceto: GABARITO

(A) O movimento reivindicava a redução dos preços dos
alimentos e o cancelamento da medida que proibia a 1. A 2. A
circulação de ouro em pó.
3. D 4. B
(B) Foi um dos nomes dados à Inconfidência Mineira, que
entre seus participantes teve Joaquim José da Silva 5. A 6. A
Xavier.
7. C 8. C
(C) Os altos impostos e o rígido controle sobre a exploração
do ouro também contribuíram para o levante de Vila 9. D 10. C
Rica.
11. B 12. A
(D) Um dos líderes da revolta foi enforcado e teve seu corpo
esquartejado e exposto em praça pública. 13. D 14. A
15. E 16. B
20. Nos anos finais do século XVIII, uma série de medidas
tomadas por Portugal tencionou as relações políticas entre 17. B 18. A
alguns setores da população da colônia, proporcionando
19. B 20. B
condições para algumas manifestações de insatisfação, tal
qual a Inconfidência Mineira. A respeito desse movimento, 21. A 22. E
assinale a afirmativa correta.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 519
 CAPÍTULO VII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 520


CAPÍTULO VIII - O PROCESSO DE
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO
BRASIL (1808-1822)
Ao longo de mais de dez anos, a presença da
Família Real no Brasil (1808-1821) gerou transformações
responsáveis pela ruptura política, embora, do ponto de vista
econômico, o Brasil vinculava-se à dominação inglesa. É
impossível desvincular a emancipação do Brasil do conjunto
de transformações características dos séculos XVIII e XIX.
1. A Vinda da Família Real para o Brasil
A ascensão de Napoleão Bonaparte ao comando do
Estado francês a partir de 1799 alteraria significativamente
os rumos da política internacional europeia. Um de seus
principais objetivos: defender as conquistas obtidas com
Revolução Francesa frente aos países contrários à
proliferação do movimento liberal português. Entre estes
países estavam a Áustria, Rússia, Prússia e Inglaterra. Para
tanto, Napoleão tratou de organizar um poderoso exército
com centenas de milhares de solados. O poderio militar
terrestre não foi capaz de conter a superioridade naval da
Inglaterra e em 1805 o almirante Nelson derrotou a marinha
francesa na Batalha de Trafalgar. A frustração de Napoleão
no mar foi seguida de uma ousada estratégia: o Bloqueio
Continental (1806). Para enfraquecer economicamente a
Inglaterra, Napoleão estabeleceu que nenhum país do
continente europeu poderia comercializar com os ingleses. O
país que não respeitasse a determinação teria o território
invadido pelos soldados franceses. Com tal medida,
Napoleão ainda ampliaria os mercados consumidores
europeus à nascente indústria francesa.
A situação da Coroa portuguesa era extremamente delicada –
à dependência em relação à Inglaterra, oficializada através de
medidas como o Tratado de Methuen (1703) dificultava uma
tomada de decisão por parte do então príncipe regente D.
João (a rainha D. Maria estava afastada do governo por
problemas mentais desde 1792). D. João adotou uma política
pendular, ora aproximando-se da Inglaterra ora da França,
estratégia que durou apenas até 1807, ano em que o
embaixador inglês Strangford apresentou um ultimato à Casa
de Bragança. Caso aderisse ao bloqueio napoleônico, o litoral
português seria bombardeado e o Brasil invadido pela
marinha inglesa.
Diante do ultimato, D. João assinou com a Inglaterra a
Convenção Secreta (1807) que acertava a aliança anglo-
lusitana e a transferência da Família Real para o Brasil em
viagem escoltada pela marinha inglesa. A posição portuguesa
fez com que Napoleão declarasse guerra a Portugal –
soldados franceses comandados pelo general Junot chegaram
a Portugal em novembro de 1807,logo após passar por dentro
do território espanhol e destituir o rei Fernando VII - pouco
depois da partida da Família Real rumo ao Brasil.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
2. O Período Joanino (1808-1821)
Entre 1808 e 1821, o Rio de Janeiro foi a sede da
Corte portuguesa, sob o comando de D. João. A primeira
medida relevante do príncipe regente (D. João ainda estava
na Bahia e só posteriormente transferiu-se para a capital, o
Rio de Janeiro) foi do decreto de abertura dos portos do
Brasil às nações amigas (1808). Na prática, a medida dava
ao Brasil o direito de comercializar com as nações aliadas, ou
seja, era o fim do pacto colonial. Esta medida é o resultado
das seguintes causas:
* pressões inglesas por mercados consumidores devido às
restrições na Europa impostas pelo Bloqueio Continental
napoleônico;
* necessidade da Família Real de obter produtos
manufaturados europeus diante da ocupação francesa em
Portugal;
* ampliação da arrecadação alfandegária no Brasil, uma das
principais fontes de recurso do Estado português. As tarifas
alfandegárias foram fixadas em 16% para os produtos
portugueses e em 24% para os demais países.
No dia 01 de abril de 1808, d. João lançou um alvará
que tratava da revogação do Alvará de 1785. Desta maneira,
Brasil foi autorizado a ter indústrias e manufaturas, para
atender, principalmente, às necessidades da Corte. Apesar de
iniciativas isoladas, a industrialização do Brasil esbarrava na
forte concorrência dos produtos ingleses, na falta de apoio do
governo e na predominância da agroexportação escravocrata,
que restringia a ampliação do mercado consumidor interno.
Os Tratados de 1810, assinados com a Inglaterra, causaram
desconforto à Corte por causa das críticas de portugueses e
brasileiros a sua aceitação por D. João. Foram dois tratados
(Comércio e Navegação e Aliança e Amizade) que
determinavam:
* Tratado de Comércio e Navegação: a tarifa alfandegária
para os produtos ingleses ficou estabelecida em 15%,
enquanto Portugal e os outros países continuariam pagando,
respectivamente, 16% e 24%. Os ingleses passaram a gozar
de liberdade religiosa e poderiam indicar juízes para tratar de
seus casos no Brasil, direito este que não era recíproco em
relação aos portugueses estabelecidos na Inglaterra.
* Tratado de Aliança e Amizade: D. João comprometia-se a
não instalar Santa Inquisição (os ingleses são em sua maioria
anglicanos- protestantes) e a extinguir o tráfico de escravos
no Brasil. Devido às pressões dos latifundiários escravistas,
D. João não cumpriu com este último compromisso.
2.1. As Campanhas Militares
Em 1809, D. João ordenou a invasão à Guiana francesa, em
represália à invasão napoleônica a Portugal. Porém, o
Congresso de Viena (1814), encabeçado por países
responsáveis pela queda de Napoleão Bonaparte como
Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra, determinou a
restauração das fronteiras francesas anteriores à eclosão da
Revolução Francesa, de modo que D. João foi obrigado a
desocupar a região.
Em 1810, José Artigas declarou a independência do Uruguai
em relação à Espanha. Artigas apresentou o projeto de
521

formação de um único país, composto pelo Uruguai e pela
Argentina (independente em 1816), que controlaria a
navegação no importante Rio da Prata. Para evitar a coalizão,
D. João ordenou que tropas lideradas por Carlos Frederico
Lécor invadissem o Uruguai, que foi incorporado ao Brasil
com o nome de Província Cisplatina.
2.2. As Transformações no Brasil
A presença da Família Real fez com que o Brasil, mais
precisamente o Rio de Janeiro, adquirisse contornos europeus
devido às várias melhorias realizadas. Entre as principais
podemos citar:
➔ o Jardim Botânico,
➔ Banco do Brasil
➔ a Escola Médico-Cirúrgica de Salvador,
➔ a Escola Politécnica do Rio de Janeiro,
➔ a Casa da Moeda,
➔ a Imprensa Régia,
➔ o Teatro Real de São João,
➔ a Biblioteca Real,
➔ a Intendência Geral de Polícia,
➔ a Academia Real da Marinha,
➔ a Academia Real Militar,
➔ iluminação a gás em ruas do centro,
➔ entre outras.
No Rio de Janeiro, a população de cerca de 50 mil
pessoas ultrapassou a marca de 100 mil indivíduos, entre
nobres portugueses, militares, embaixadores e
comerciantes estrangeiros. O luxo tomava conta dos
trajes da aristocracia local que tentava romper com os
ares coloniais aproximando-se dos hábitos europeus
ditos “civilizados”.
D. João concedeu diversos títulos de nobreza a
projetados indivíduos no Brasil, com o intuito de obter o
apoio da aristocracia local, formada principalmente por
grandes proprietários de terras e comerciantes. Muitos destes
tiveram suas residências confiscadas para abrigar a Corte,
recebendo em troca privilégios como títulos, empregos
públicos e favores reais.Com a vinda da família real e
membros da corte o governo aqui instalado necessitou de
moradias, logo iniciaram um confisco de residências na qual
recebiam a inscrição “PR” (Príncipe Regente). De maneira
irônica, a população carioca referia-se às iniciais como
“Prédio Roubado” ou “Ponha-se na Rua”.
2.3. A Inversão Administrativa
D. João autorizou a instalação no Brasil de diversos
órgãos administrativos. Os diversos ministérios e tribunais
instalados pelo regente geraram a infraestrutura para o
exercício do governo monárquico a partir do Rio de Janeiro
e ao mesmo tempo, garantia os salários da nobreza
portuguesa. A presença de tais órgãos invertia a relação entre
o reino português e o Brasil, a favor deste último, o que
incomodou setores da nobreza e da burguesia em Portugal.
Controlados por segmentos da nobreza de lusitana, estes
órgãos conferiam maior centralização administrativa para
o Brasil, devido à proximidade dos órgãos, tornando mais
eficiente a gestão sobre a colônia.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
2.4.A Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e
Algarves
A inversão administrativa foi completada com a
elevação do Brasil a Reino Unido. Em outras palavras, o
Brasil perdia o status jurídico de colônia por conta das
pressões, principalmente inglesas, que emanavam do
Congresso de Viena. Instaurado em 1814, o Congresso de
Viena era encabeçado pelos países que derrotaram os
desígnios de Napoleão Bonaparte, principalmente a Áustria,
Prússia, Rússia e a Inglaterra. O grande intuito do congresso
era promover a restauração do Antigo Regime, abalado pela
difusão das ideias liberais após a Revolução Francesa (1789).
Para tal fim, os países congressistas apresentaram o
princípio da legitimidade que considerava legítimas as
dinastias que comandavam seus países antes da eclosão da
revolução. Entretanto, para serem considerados legítimos, os
Braganças deveriam retornar para as fronteiras do reino, uma
vez que o congresso considerava o Brasil apenas uma
colônia.
D. João era manifestadamente apreciador do Rio de
Janeiro, sem contar que, em Portugal, sofreria influências e
pressões mais efetivas por parte da Inglaterra. Ou seja, não
fazia parte das pretensões do príncipe regente retornar a
Portugal, apesar dos apelos efusivos da princesa Carlota
Joaquina. Assim, em 1815, o Brasil foi elevado pelo príncipe
a Reino Unido a Portugal e Algarves, recebendo a
legitimidade do congresso sem a necessidade do retorno para
Portugal. A ideia partiu de Talleyrand, embaixador francês
em Viena, que procurava alianças externas para o combalido
reino da França além da redução da influência inglesa em
Portugal.
2.5. A Missão Artística Francesa (1816)
Para celebrar a aliança entre os reinos de Portugal e
França foi organizada uma missão de expressivos artistas
franceses, chefiada por Joaquim Lebretton. Entre os
artistas, destaque para GrandejanMontigny, Antoine
Taunay e Jean-Baptiste Debret. A preocupação de Debret
com o cotidiano do Rio de Janeiro, fez das suas obras
importantíssimas para a compreensão da vida social em pleno
início do XIX.
A missão foi responsável pela criação da Academia Real de
Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Além dos artistas franceses, vieram para o Brasil
diverso viajantes a exemplo do zoólogo Spix, o botânico
Von-Martius e o naturalista Auguste de Saint-Hilaire. Suas
viagens pelo território brasileiro produziram importantes
relatos sobre o Brasil da época e também sua utilizados para
compreensão da maneira com que os europeus
compreendiam o Brasil.
2.6. A Revolução Liberal do Porto (1820)
A situação de Portugal era penosa nos primeiros anos do
século XIX. Em 1809, os franceses foram expulsos por tropas
anglo-lusitanas e o governo lusitano passou a ser exercido
por regentes, fortemente influenciados pelo inglês lord
William Beresford.
A ausência da Família Real era duramente questionada pela
burguesia portuguesa, assim como a política joanina em
relação ao Brasil. A abertura dos Portos abriu os mercados
brasileiros à concorrência estrangeira; os Tratados de 1810
davam condições mais favoráveis aos produtos ingleses no
522

Brasil; a instalação de órgãos administrativos e a elevação
do Brasil a Reino Unido desequilibravam a balança política
do império lusitano em detrimento de Portugal.
Os portugueses não atribuíam toda a responsabilidade destes
eventos à dinastia de Bragança, mas sim ao absolutismo que
dava poderes ilimitados ao monarca, gerando muitas vezes o
desligamento das medidas deste em relação aos anseios
populares. O questionamento do absolutismo se deu a partir
da difusão das ideias liberais através da sociedade secreta do
Sinédrio, comandada por Manuel Fernandes Tomás.
Aproveitando uma viagem de Beresford ao Rio de Janeiro,
segmentos da burguesia e das forças armadas se insurgiram,
derrubando o governo regencial e instalando a Corte
Constitucional de Lisboa que exigia:
* fechamento de órgãos administrativos instalados no Brasil;
* elaboração de uma Constituição para Portugal; dando fim
ao absolutismo;
* imediato retorno da Família Real;
* recolonização do Brasil.
Muitos historiadores apontam o duplo caráter da revolução –
se por um lado defendia o postulado liberal do fim do
absolutismo, por outro pretendia recolonizar o Brasil,
evidenciado um caráter conservador.
Diante das exigências dos revolucionários, D. João optou
pelo retorno da Família Real em 1821. Porém, antes de ir
embora, aconselhado por seu ministro Tomás Antônio
Vilanova Portugal, optou por deixar seu filho D. Pedro como
príncipe regente do Brasil, declarando a seu filho: “Pedro, se
o Brasil se separar, antes seja para ti, que és meu filho e hás
de me respeitar do que para alguns desses aventureiros”. Em
caráter quase premonitório, D. João VI percebeu que a
independência do Brasil seria algo quase inevitável, já que
membros da aristocracia brasileira – latifundiários e grandes
comerciantes – não aceitariam a recolonização do Brasil.
2.8. O Governo Regencial de D. Pedro (1821-1822)
Quando os portugueses insurgidos se depararam com a
ausência de D. Pedro, exigiram seu retorno diante de
ameaças de invasão ao Brasil.
No dia 09 de janeiro de 1922, D. Pedro recebeu um abaixo-
assinado com 8.000 assinaturas solicitando a sua
permanência no Brasil, após ler o documento, D. Pedro
declarou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da
nação estou pronto. Diga ao povo que fico”. O Dia do Fico
marcou a coalizão de D. Pedro a indivíduos como José
Bonifácio de Andrada, membro do Partido Brasileiro. O
partido, formado principalmente por membros da aristocracia
que gravitava em torno do Rio de Janeiro, defendia a
emancipação política e a criação de uma monarquia
centralizada capaz de manter a unidade do território
brasileiro e a exclusão de segmentos populares.
Contrapunha-se ao Partido Português, composto por
comerciantes e militares portugueses defensores da
restauração do colonialismo. A corrente dos liberais radicais
era composta por membros da classe média urbana que além
da emancipação, defendiam a ampliação da participação
popular.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
À medida que as pressões dos insurgentes portugueses
avançavam, as ações de D. Pedro caminhavam no sentido da
emancipação. Em maio de 1822, a Lei do “Cumpra-se”
decretava que somente após a aprovação de D. Pedro, as
determinações portuguesas seriam aplicadas no Brasil. Em
junho de 1822, D. Pedro convocou uma Assembleia
Constituinte para o reino do Brasil.
No dia 07 de setembro de 1822, às margens do rio
Ipiranga em São Paulo, D, Pedro, após receber um ultimato
dos portugueses, declarou “É tempo... Independência ou
Morte”. O Grito do Ipiranga foi considerado posteriormente
marco fundatório do Estado brasileiro. Em 12 de outubro D.
Pedro foi aclamado imperador do Brasil e em 01 de
dezembro, D. Pedro foi coroado Imperador do Brasil.
A emancipação do Brasil foi fruto da articulação
entre D. Pedro e o Partido Brasileiro, tendo a Maçonaria
brasileira como palco. Assim, após a independência, o Brasil
adotou o sistema de monarquia centralizada, reduzindo a
autonomia das várias províncias para evitar confrontos locais
que pudessem questionar a unidade do território. Sem levante
contra a metrópole e sem participação popular, a
independência do Brasil mantinha a exclusão política popular
e a estrutura agroexportadora e escravista. A opção pela
monarquia, ao contrário dos demais países da América é
explicada pela presença da Família Real no Brasil que criou
um imaginário positivo em torno do sistema monárquico.
A emancipação política não significou a
independência econômica do Brasil. As medidas tomadas por
D. João VI contribuíram diretamente para a subordinação da
economia brasileira à Inglaterra. Vale aqui lembrar que a
Inglaterra e os EUA foram os primeiros países a
reconhecerem a independência do Brasil . Portugal só aceitou
a independência brasileira mediante o “pagamento” de uma
quantia indenizatória , o que aconteceu por volta do ano de
1824.
EXERCÍCIOS
1. Em 1808, a família real portuguesa chegou ao Brasil.
Enquanto esteve na colônia, uma série de transformações
aconteceram. Sobre esse período, leia e analise as afirmações
abaixo:
I. Algumas atividades antes proibidas passaram a ser
liberadas na colônia, como a tipografia.
II. Ainda que a família real tenha se transferido para a
colônia também em função da política expansionista
de Napoleão Bonaparte, artistas franceses foram
convidados a virem ao Brasil.
III. A família real portuguesa foi transferida para o Brasil
para resolver os problemas causados pelo fim da
Guerra do Paraguai.
IV. A abertura dos portos às nações amigas beneficiou,
em especial, a França e a Espanha, parceiras
econômicas de Portugal.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmações I, II, e III são verdadeiras.
(E) Todas as afirmações são verdadeiras.
523

2. Em 1806, o Imperador francês Napoleão Bonaparte
anunciou o Bloqueio Continental à Inglaterra, estabelecendo
que nenhum país europeu poderia comercializar com os
ingleses. O rei de Portugal, pressionado pela onda liberal da
Revolução Francesa e apoiado pela Inglaterra, fugiu para a
colônia portuguesa, na América, para esperar a situação se
normalizar.
Com relação à presença da Família Real portuguesa no Brasil
é CORRETO afirmar que:
(A) A Revolução Farroupilha, ocorrida no sul do Brasil,
tinha como principal objetivo expulsar a Corte
portuguesa e proclamar a independência da colônia
americana.
(B) Salvador foi elevada à condição de capital do Reino
Unido de Portugal e Algarves, tornando-se o maior
centro político, econômico e cultural da colônia.
(C) A presença da Corte portuguesa no Brasil, exercendo um
governo absolutista e conservador, contribuiu para
retardar a Independência do Brasil, pois as melhorias
administrativas e econômicas deixaram a elite liberal
brasileira satisfeita.
(D) Chegando ao Brasil, D. João VI tratou logo de cumprir
o prometido aos ingleses e decretou a abertura dos
portos, em 1808, para as nações amigas comercializarem
diretamente com a colônia.
(E) Em 1821, os franceses foram expulsos de Portugal e D.
João VI foi chamado para assumir o trono português,
mas ele preferiu ficar no Brasil. Esse fato ficou
conhecido como “Dia do Fico”.
3. A transferência da corte trouxe para a América portuguesa
a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e
sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram
embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos
e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida
privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de
independência da América portuguesa por terem
(A) incentivado o clamor popular por liberdade.
(B) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
(C) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
(D) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
(E) provocado os movimentos separatistas das províncias.
4. As guerras napoleônicas e a invasão francesa da Península
Ibérica (1807-1808) resultaram na transferência da Corte
portuguesa e de setores dirigentes do Estado português para
o Brasil, criando uma situação inédita para a principal colônia
portuguesa. Entre as mudanças trazidas, assinale a opção que
expressa a opção verdadeira:
(A) A transformação do Rio de Janeiro em sede da
monarquia portuguesa trouxe uma série de benefícios
para esta cidade, como a criação de indústrias, centros
culturais e universidades.
(B) A transferência da sede do Império português para o
Brasil era um projeto existente desde o século XVII,
prevendo a modernização econômica da colônia e a
gradativa abolição da escravidão.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
(C) A vinda da família real democratizou de certa forma as
relações políticas existentes no Brasil, abrindo caminho
para uma maior participação de camadas populares
livres na vida política.
(D) A abertura dos portos, em 1808, e os tratados comerciais
assinados em 1810 resultaram, na prática, no fim do
exclusivo colonial português, em benefício dos
interesses econômicos ingleses.
5. Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas
inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que
chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e
molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas
mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...)
As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A
cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos
olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas,
acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um
pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo,
Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824).
Adaptado.
Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à
sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de
janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns
efeitos
(A) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra
o controle militar e comercial dos mares do norte, mas
permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do
sul.
(B) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca
regular de produtos portugueses por mercadorias de
outros países europeus, que seriam também distribuídas
nas colônias.
(C) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas,
decretada por D. João em 1808, após a chegada da
família real portuguesa à América.
(D) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu
início à exportação de produtos do Brasil para a
Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.
(E) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul,
gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua
vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
6.
Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil-França,
verificamos que as interfaces que ligam as duas nações são
marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da
família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou, entre
524

outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em
1816, porque
(A) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses
traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os
padrões da classe dominante europeia, sendo essa a
imagem que o governo português desejava transmitir,
nesse momento, do Brasil.
(B) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por
Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar o gosto
e a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada
pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.
(C) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e
exaltando o poder civil, as datas e os personagens
históricos, agradava mais às classes populares nacionais,
ansiosas por imitarem os padrões europeus.
(D) somente artistas franceses poderiam retratar, com
exatidão e competência, a paisagem e os costumes
brasileiros, modificados com a vinda da família real para
a colônia.
7. Leia o fragmento a seguir atentamente
“Em seguida, veio a mãe de D. João, em seus 73 anos, a
rainha Maria I. Dizem que quando a carruagem corria para as
docas, ela teria gritado: não vá tão depressa, pensarão que
estamos fugindo. Ao chegar ao porto, ela teria se recusado a
descer...”
WILCKEN, Patrick. Império à deriva: a corte portuguesa no Rio
de Janeiro (1808-1821). Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 44-46.
O episódio narrado acima está relacionado com a
(A) fuga da Família Real Portuguesa para a Colônia
Brasileira.
(B) chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro.
(C) chegada da Família Real Portuguesa a Salvador,
primeiro porto após a fuga de Portugal.
(D) fuga da Família Real Portuguesa de Recife, antes do
desembarque no Rio de Janeiro.
8. Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente
Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza
nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a
indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer
proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.
Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In:
Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil.
Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado ).
O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no
alvará, não se concretizou. Que características desse período
explicam esse fato?
(A) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o
fechamento das manufaturas portuguesas.
(B) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio
industrial inglês sobre suas redes de comércio.
(C) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante
da chegada da família real portuguesa.
(D) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição
dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.
(E) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de
mercados para as indústrias portuguesas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
9. O impacto da vinda da Família Real portuguesa para o
Brasil implicou alterações significativas para a cidade do Rio
de Janeiro que se prolongaram durante todo o período
conhecido como "joanino". Essas alterações produziram uma
nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em vários
aspectos, a inserção da cidade no contexto internacional.
Uma função urbana associada a essa nova inserção está
indicada em:
(A) crescente polo turístico em função da chegada da Missão
Artística Francesa
(B) expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede
ferroviária brasileira
(C) principal porto brasileiro relacionado à importação legal
de manufaturas britânicas
(D) importante centro religioso decorrente da instalação do
Tribunal da Santa Inquisição
10. Neste texto, Ruy Castro se transporta no tempo e se vê
como um jornalista a noticiar a chegada da Família Real ao
Rio de Janeiro, ocorrida há 200 anos.
É hoje!
Rio de Janeiro. O príncipe regente dom João
desembarca hoje no Rio com sua família e um enorme
séquito de nobres, funcionários, aderentes e criados. Precisou
que Napoleão botasse suas tropas nos calcanhares da Corte
para que esta fizesse o que há cem anos lhe vinha sendo
sugerido: transferir-se para o Brasil.
Não se sabe o que, a médio prazo, isso representará
para a metrópole. Mas, para a desde já ex-colônia, será
supimpa. Porque, a partir de agora, ela será a metrópole. E,
para estar à altura de suas novas funções, terá de passar por
uma reforma em regra - não apenas cosmética, para receber
o corpo diplomático, o comércio internacional e os grã-finos
de toda parte. Mas, principalmente, estrutural. Afinal, é um
completo arcabouço administrativo que se está mudando.
Para cá virão os ministérios, as secretarias, as
intendências, as representações e a burocracia em geral.
Papéis sem conta serão despachados entre esses serviços, o
que exigirá uma superfrota de estafetas [mensageiros]. A
produção de lacre para documentos terá de decuplicar. O
Brasil importará papel, tinta e mata-borrões em quantidade,
mas as penas talvez possam ser fabricadas aqui, colhidas dos
traseiros das aves locais.
Estima-se que, do Reino, chegarão 15 mil pessoas
nos próximos meses. Será um tremendo impacto numa
cidade de 60 mil habitantes. Provocará mudanças na
moradia, na alimentação, nos transportes, no vestuário, nas
finanças, na medicina, no ensino, na língua. Com a criação
da Imprensa Régia, virão os jornais. O regente mandará trazer
sua biblioteca. Da escrita e da leitura, brotarão as ideias.
Até hoje, na história do mundo, nunca a sede de um
império colonial se transferiu para sua própria colônia. É um
feito inédito - digno de Portugal. E que pode não se repetir
nunca mais. (Ruy Castro. "Folha de S. Paulo", 08/03/2008)
O texto de Ruy Castro apresenta algumas mudanças
ocorridas na Colônia após a chegada da Família Real
portuguesa ao Rio de Janeiro, as quais foram fundamentais
para o processo da Independência.
Assinale a alternativa que apresenta uma medida adotada e
sua importância para a emancipação política do Brasil.
(A) a transferência do corpo diplomático, do comércio
internacional e dos grã-finos, pois garantiu a formação
de uma elite nacional interessada na autonomia.
525

(B) um sensível crescimento da leitura e da escrita, com a
criação da Imprensa Régia, os jornais, a biblioteca e o
ensino, o que abriu espaço à formação e difusão de novas
ideias.
(C) a vinda de ministérios, secretarias e intendências, pois
sem essa burocracia seria impossível a formação de uma
nação.
(D) a importação de papel, tinta e mata-borrões, sem os quais
as aves não seriam utilizadas para o desenvolvimento de
uma produção local.
(E) as mudanças na moradia, na alimentação, nos transportes
e no vestuário, pois favoreceram a formação de uma
classe média crítica e transformadora.
11. Em 1808, a família real portuguesa se transferiu para o
Brasil. Esta transferência está ligada à:
(A) Tentativa portuguesa de impedir o avanço inglês na
América.
(B) Disputa entre Inglaterra e França pela hegemonia
europeia.
(C) Perda, por Portugal, de suas colônias na costa da África.
(D) Descoberta recente de ouro na região das Minas Gerais.
(E) Intenção portuguesa de proclamar a independência do
Brasil.
12. O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da
Família Real ao Brasil.
Sobre isso assinale a alternativa CORRETA.
(A) A monarquia que chegava ao Brasil representava, em
realidade, boa parte dos ideais da Revolução Francesa e
do liberalismo europeu daquele período.
(B) As motivações da vinda da Família Real para o Brasil
estão relacionadas mais à realidade europeia do período
do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil
monárquico e posteriormente independente de Portugal.
(C) Foi incentivada a manifestação pública de nossos
problemas, seguindo as práticas liberais e laicas da
monarquia portuguesa.
(D) Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a
ampliação da cidadania.
(E) A política de terras foi imediatamente implementada e,
em 1810, o Brasil realizava sua primeira reforma agrária.
13. “A vinda da Corte com o enraizamento do Estado
português no Centro-Sul daria início à transformação da
colônia em metrópole interiorizada. Seria esta a única
solução aceitável para as classes dominantes em meio à
insegurança que lhes inspiravam as contradições da
sociedade colonial, agravadas pelas agitações do
constitucionalismo português e pela fermentação mais
generalizada no mundo inteiro da época, que a Santa Aliança
e a ideologia da contrarrevolução na Europa não chegavam a
dominar.”
Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e
outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
O texto oferece uma interpretação da independência do
Brasil, que implica
(A) o reconhecimento da importância do processo de
emancipação, que influenciou a luta por autonomia na
Europa e em outras partes da América, impulsionou a
economia mundial e estabeleceu as bases para um pacto
social dentro do Brasil.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
(B) a caracterização da emancipação como um ato
meramente formal, uma vez que ela não foi
acompanhada de alterações significativas no cenário
político, nem de reformas sociais e econômicas capazes
de romper a dependência externa do Brasil.
(C) o reconhecimento da complexidade do processo de
emancipação, afetado simultaneamente por movimentos
como os reflexos da Revolução Francesa, a Revolução
do Porto, as disputas políticas na metrópole e na colônia
e as tensões sociais dentro do Brasil.
(D) a caracterização da emancipação como uma decorrência
inevitável do declínio econômico português provocado
pela invasão napoleônica, pelo endividamento crescente
com a Inglaterra e pela redução nos recursos obtidos com
a colonização do Brasil.
14. O desembarque da família real e da corte portuguesa,
em 1808, não só marcou o início de uma série de mudanças
econômicas, políticas e administrativas como representou
uma etapa decisiva no processo de emancipação política da
Colônia. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO
indica uma consequência da transferência da família real e da
corte portuguesa para a América.
(A) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina
e sua incorporação ao Império Português, como
resultado da política externa agressiva adotada por D.
João.
(B) Estabelecimento do Rio de Janeiro como sede do
Império Português, que a partir de 1816 passou a se
chamar Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
(C) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de
Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de
livre-comércio, ainda que com certas restrições.
(D) Revogação da lei que proibia a instalação de
manufaturas na Colônia, o que provocou maior
dinamização da economia, apesar da forte concorrência
dos produtos ingleses.
(E) Redução dos impostos e da emissão de papel-moeda, o
que impediu a reedição de movimentos de contestação
ao domínio lusitano na América Portuguesa.
15. Embora a independência política do Brasil tenha sido
declarada somente em 1822, o início do processo de
emancipação pode ser relacionado com uma conjuntura
anterior, na qual um acontecimento de grande impacto
desencadeou as mudanças que levaram à separação entre o
Brasil e Portugal. Esse fato, que assinalou o final efetivo da
situação colonial, foi
(A) a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, que
introduziu no Brasil as ideias iluministas e republicanas,
minando a monarquia portuguesa.
(B) a Inconfidência Baiana, ocorrida em 1798, que
introduziu no Brasil as ideias jacobinas e
revolucionárias, levando ao fim do domínio lusitano.
(C) a transferência da Corte para o Brasil em 1808, que
significou a presença do aparato estatal metropolitano na
Colônia, a qual passou a ser a sede da Monarquia
portuguesa.
(D) a Revolução Pernambucana de 1817, que trouxe para o
cenário político brasileiro o ideário maçônico e
republicano.
526

(E) a convocação das Cortes de Lisboa em 1820, que
exigiram o retorno de Dom João para Portugal e a
recolonização do Brasil.
16. A guerra que Napoleão Bonaparte movia na Europa
contra a Inglaterra, em princípio do século XIX, provocou a
vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Com isso
(A) formou-se no Brasil uma elite progressista agrupada no
Partido Brasileiro e dotada de profundos ideais
republicanos.
(B) desapareceram os atritos entre Metrópole e Colônia, pois
D. João VI adotou a política de priorizar os interesses
brasileiros em detrimento dos demais países.
(C) fez-se necessária a aberturas dos portos do Brasil às
nações amigas, prejudicando os interesses ingleses e dos
proprietários rurais produtores de bens para exportação.
(D) alterou-se a relação de poder entre a Metrópole e a
Colônia, pois a sede da monarquia portuguesa instalou-
se no Rio de Janeiro.
(E) acelerou-se consideravelmente o processo de
emancipação da Colônia, sob a liderança democrática de
D. João VI.
17. A transferência do governo português para o Brasil, em
1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação
política da colônia porque:
(A) introduziu as ideias liberais na colônia, incentivando
várias rebeliões.
(B) reforçou os laços de dependência e monopólio do
Sistema Colonial, aumentando a insatisfação dos
colonos.
(C) incentivou as atividades mercantis, contrariando os
interesses da grande lavoura.
(D) instalou no Brasil a estrutura do Estado português,
reforçando a unidade e a autonomia da colônia.
(E) favoreceu os comerciantes portugueses, prejudicando os
brasileiros e os ingleses ligados ao comércio de
importação.
18. Leia o texto a seguir:
“A abertura dos portos às nações amigas, em 1808, permitiu
que o Brasil fosse invadido por artigos importados dos mais
variados, principalmente de origem inglesa. Os produtos
ligados à indumentária e à beleza deram novo fôlego à
vaidade dos homens e mulheres de então. O período imperial
no Brasil foi marcado por modos e modas que
acompanharam as grandes mudanças políticas, econômicas e
sociais. Roupas, acessórios, joias e penteados revelam como
se comportavam as pessoas, a sutileza de seus costumes e os
códigos secretos da vida em sociedade.
O acesso aos itens de luxo, entretanto, não tornou os
moradores das terras brasileiras mais elegantes aos olhos dos
viajantes estrangeiros.”
RASPANTI, Márcia Pinna. Que deselegantes. Disponível em:
<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/que-
deselegantes>. Acesso em: 4 out. 2015.
A partir da leitura do texto, é possível afirmar:
I. Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, os
brasileiros tiveram mais acesso aos produtos ingleses.
II. As mudanças ocorridas nos modos e na moda no contexto
do período Imperial brasileiro foram bastante sutis.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO VIII
III. Roupas, acessórios e joias são itens supérfluos que pouco
informam sobre os costumes de uma época.
IV. Os viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil nesse
período não registraram informações relevantes sobre a
vestimenta dos brasileiros.
Está(ão) CORRETA(S):
(A) I e II, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) I, II e IV, apenas.
19. TEXTO I
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal.
Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colônia se
fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da
América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis
países distintos. (José Murilo de Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum
segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do
país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída
ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da
Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com
os territórios de Portugal e Brasil começou já no século
XVIII. (Evaldo Cabral de MeIlo)
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S.
Paulo, 25 nov. 2007(adtado).
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da
família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois
importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de
um dos possíveis legados desse episódio para a história do
país. O legado discutido e um argumento que sustenta a
diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão
associados, respectivamente, em:
(A) Integridade territorial – Centralização da administração
régia na Corte.
(B) Desigualdade social – Concentração da propriedade
fundiária no campo.
(C) Homogeneidade intelectual – Difusão das ideias liberais
nas universidades.
(D) Uniformidade cultural – Manutenção da mentalidade
escravista nas fazendas.
(E) Continuidade espacial – Cooptação dos movimentos
separatistas nas províncias.
20. ... é comumente, datado a partir de 1808, com a chegada
da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa
proposição reside, em especial, na montagem pelo Príncipe,
e depois Rei, João VI, de um aparelho governativo no Brasil.
Tal criação dá-se, por um lado, através da transferência de
órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento, no Rio de
Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas,
um jornal, instituições de fomento. Ao mesmo tempo, são
substituídos os institutos de caráter colonial, como os
monopólios e as restrições industriais e comerciais. Por fim,
todo o processo é coroado pela assinatura de dois tratados
527
 CAPÍTULO VIII

com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de GABARITO

Comércio e Navegação, em 1810.
(Monteiro, Hamilton de Mattos. In: Linhares, Maria Yedda. 1. C
História Geral do Brasil. 14ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p.
129.) 2. D
3. B
O trecho anterior se refere ao processo de
4. D
(A) abolição da escravidão.
(B) independência do Brasil. 5. C
(C) descolonização da região Sul do país. 6. A
(D) desenvolvimento industrial no Brasil.
7. A
21. A transferência da família real portuguesa para o Brasil 8. B
em 1808 causou intensa movimentação no panorama da
colônia. Estima-se que mais de 10.000 pessoas aportaram no 9. C
Rio de Janeiro. Sobre tal contexto, é CORRETO afirmar: 10. B
(A) A ruptura do pacto colonial e o processo de
11. B
independência são dois acontecimentos estreitamente
relacionados com o estabelecimento da corte portuguesa 12. B
no Brasil. 13. C
(B) D. João VI transferiu-se de Portugal para o Brasil em
função do intenso progresso econômico da colônia, 14. E
garantido pela exploração aurífera. 15. C
(C) A chegada da família real trouxe como resultado uma
repressão sistemática ao comércio de escravos e, ao 16. D
mesmo tempo, o incentivo à exportação de produtos 17. D
manufaturados para a Europa.
18. C
(D) A reciprocidade de interesses entre a Coroa portuguesa
e as elites locais pode ser percebida no esforço conjunto 19. A
para escapar da influência econômica inglesa. 20. B

22. Em 1808, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi criado 21. A

com a finalidade de aclimatar espécies vegetais provenientes 22. B
de diversos lugares do mundo. Com isso, esperava-se criar
condições para produzir bens apreciados na Europa. Hoje,
essa instituição científica desenvolve pesquisas sobre a flora
de áreas protegidas, contribuindo para a conservação
ambiental.

Sobre o contexto de criação dessa instituição, é correto

mencionar
(A) o reinado de D. Pedro II, responsável por diversas
iniciativas na área das ciências, sobretudo na capital do
país à época.
(B) a transfêrencia da Corte de Portugal para o Brasil,
quando o Rio de Janeiro se tornou a capital do império
português.
(C) a Independência do Brasil, quando o Rio de Janeiro se
tornou a capital da República recém-criada.
(D) a fundação da cidade do Rio de Janeiro, planejada para
ser a nova capital, em substituição a Salvador.
(E) a proclamação da República, quando D. Pedro II foi
deposto e a capital brasileira foi transferida para Brasília.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 528


CAPÍTULO IX - O PRIMEIRO REINADO (1822-1831)
Após a proclamação da independência o Brasil que
nascia mantinha os laços coloniais , ou seja, ainda era
baseado na plantation (monocultura latifundiária
escravocrata cuja produção estava voltada para atender o
mercado externo) .Além disso , a elite se mantinha a mesma,
ou seja, o poder continuava nas mãos dos latifundiários
Como características da independência do Brasil
podemos retratar a adoção de um regime monárquicas
absolutistas nas mãos do agora imperador D. Pedro I. Neste
processo também podemos destacar a manutenção da
unidade territorial, além do movimento ter sido feito pela
elite, isto é, não houve a participação popular na proclamação
da independência. Podemos destacar também que não houve
luta pela independência e sim após ser proclamada a
existência de alguns conflitos ara legitimar a mesma.
Surgiram diversos levantes contrários à
emancipação do Brasil liderados por portugueses,
principalmente no Grão-Pará, Maranhão, Cisplatina e Bahia.
Para reprimir o conflito, D. Pedro I utilizou-se de
mercenários estrangeiros como Grenfell, Labatut e Cochrane.
Os anos iniciais da construção do Estado brasileiro
foram marcados por diversas contradições entre segmentos
da sociedade que culminarão algum tempo depois na
abdicação do imperador D. Pedro I.
1. O Reconhecimento da Independência
O primeiro país a reconhecer nossa independência
foram os Estados Unidos em 1824, em nome da Doutrina
Monroe que, sintetizada na expressão “América para os
americanos”, manifestava o apoio norte-americano aos
processos de emancipação, reduzindo a interferência
europeia no continente.
Somente após o reconhecimento é que o Brasil
poderia realizar acordos comerciais e diplomáticos com os
demais países. O segundo país a reconhecer a nossa
independência foi a Inglaterra devido aos interesses
econômicos na região. Portugal somente reconheceu a nossa
independência mediante pressões inglesas. O rei de Portugal
D. João VI exigiu uma indenização no valor de dois milhões
de libras. O esvaziamento dos cofres do Banco do Brasil
obrigou D. Pedro I a recorrer a um empréstimo junto à
Inglaterra, mas o dinheiro sequer saiu de seus cofres, diante
da histórica dívida externa portuguesa. Houve apenas uma
transferência da dívida de Portugal para o Brasil.
2) O Anteprojeto Constitucional de 1823 – a
“Constituição da Mandioca”
A Assembleia Constituinte, convocada por D. Pedro
I ainda em maio de 1822, só foi finalmente instalada em
1823. O voto censitário, defendido por José Bonifácio, fez
com que as classes populares fossem excluídas das eleições
para deputados. A aristocracia brasileira, aglutinada em torno
do Partido Brasileiro, apresentou, em 1823 um anteprojeto,
contendo as principais propostas para confecção de uma
posterior Constituição
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
2.1) Características da Constituição da Mandioca: a “
pseudo-constituição”:
→ os portugueses não poderiam exercer cargos políticos
(antilusitanismo);
→ divisão do Estado em três poderes – Executivo
(imperador, ministros e presidentes das províncias).
Legislativo (composto pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado) e Judiciário (juízes);
→ limitação ao poder do imperador, pois este não poderia
dissolver a Câmara dos Deputados, nem mesmo vetar as
decisões do Legislativo. Cabia ainda ao Legislativo o
controle sobre as Forças Armadas.
→ o voto seria censitário, de modo que a renda deveria ser
comprovada em alqueires de mandioca, um dos principais
produtos consumidos no Brasil. Daí o apelido do anteprojeto
constitucional.
O anteprojeto constitucional causou extrema
indignação em D. Pedro I, que se aproximou do Partido
Português, também inconformado com o antilusitanismo
expresso no anteprojeto. O jovem imperador, ordenou a
dissolução da Assembleia Constituinte que se recusou a
esvaziar o prédio, decretando-se em seção permanente na
noite do dia 11 para 12 de novembro de 1823. O episódio,
que ficou conhecido como a “Noite da Agonia”, terminou
com a invasão da guarda de honra de D. Pedro I ao prédio da
constituinte, determinando o encerramento de suas
atividades. Vários membros da assembleia após a invasão
foram presos , entre eles José Bonifácio.
3) A Constituição de 1824
Logo após o fechamento da Assembleia
Constituinte, D. Pedro I convocou um Conselho de Estado
formado por dez membros de sua confiança, que o ajudaram
na elaboração da Constituição de 1824, a primeira
constituição brasileira. O principal documento do jovem
Estado brasileiro foi outorgado, ou seja, imposto por D.
Pedro I sem a atuação de uma constituinte. Entre as principais
características da Constituição de 1824 podemos citar:
→ divisão do Estado em quatro poderes – além dos três
propostos em 1823 foi criado o Poder Moderador, de uso
exclusivo do imperador. Na prática, dava ao imperador o
direito de intervir nos demais poderes através do veto às
decisões do Legislativo e indicar os juízes, ministros e
presidentes de província. A centralização do poder nas
mãos do imperador manifestava a tradição autoritária de D.
Pedro I, herdeiro da dinastia de Bragança;
→ o voto permanecia censitário, embora a renda devesse ser
comprovada em dinheiro (no mínimo 100 mil-réis). Também
não votavam mulheres, índios, padres, entre outros grupos.
Pela Constituição, as eleições no Brasil eram em dois níveis,
de modo que os eleitores das paróquias (mínimo de 100 mil-
réis de renda anual) escolhiam os eleitores das províncias
(mínimo de 200 mil-réis de renda anual). Estes últimos
escolhiam os deputados (mínimo de 400 mil-réis de renda
anual) e os senadores (mínimo de 800 mil-réis de renda
anual) de cada província;
529

→ os portugueses ganharam o direito de exercer cargos
políticos;
→ liberdade de expressão e religiosa, embora o catolicismo
fosse declaradamente a religião oficial.
→ adoção do Padroado, que determinava o controle do
Estado sobre a Igreja Católica. O Estado brasileiro cobraria
os dízimos religiosos e indicaria os cargos eclesiásticos. E o
Beneplácito, que consistia que o Imperador ainda poderia
autorizar ou não a aplicação das decisões papais no Brasil
CONSTITUIÇÃO DE 1824
Vigência: 1824-1891
Contexto histórico: a independência do Brasil havia sido
proclamada dois anos antes
Vencedores: D Pedro I e a elite nacional
Perdedores: Portugal
Como a constituição refletiu a nova ordem: Dom Pedro
precisava de uma carta que legitimasse seu trono sem perda
de autoridade. Isso foi alcançado com a invenção do poder
moderador, que se sobrepunha aos 3 poderes da teoria
clássica. Foram criados a Câmara e o Senado, mas as
eleições espelhavam o poder econômico : só os ricos podiam
votar e ser votados
• Brasil imperial
• Monarquia hereditária
• Quatro poderes ( executivo, legislativo, judiciário e
moderador)
• Senado vitalício
• Estado confessional católico; manutenção do
padroado
• Beneplácito(autoridade imperial)
.
Não havia menção ao fim da escravidão nem no anteprojeto
de 1823 nem na Constituição de 1824.
Devido o autoritarismo da constituição outorgada
pelo imperador vários movimentos eclodiram pelo Brasil, o
mais importante deles foi a Confederação do Equador
ocorrida no mesmo ano da formulação da constituição, 1824.
4) A Confederação do Equador (PE/1824)
A continuada crise da produção açucareira ainda
afetava grande parte da população local. A difusão das ideias
liberais em Pernambuco chocou-se com a outorga da
Constituição de 1824 e com a criação do Poder Moderador ,
com isso estava preparado o ambiente favorável à eclosão de
mais uma revolta na província.
NO ano de 1824 D. Pedro I indicou Frâncico Paes
Barreto para a presidência da província, os pernambucanos
se insurgiram depondo o governo local, pois eram favoráveis
à indicação de Manuel Carvalho Paes de Andrade. Os
revoltosos contavam ainda com a participação de Cipriano
Barata e do frei carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca
(Frei Caneca). A adesão da Paraíba, Rio Grande do Norte e
Ceará deu origem à República da Confederação do Equador
que adotou provisoriamente a Constituição colombiana de
1817 e declarou extinta a escravidão. Esta decisão causou o
afastamento de segmentos da aristocracia local que
participavam do levante.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
Mais uma vez D. Pedro I contou com a ação de mercenários
ingleses como Cochrane e Taylor para reprimir a revolta. Frei
Caneca foi preso e fuzilado.
5. A Guerra da Cisplatina (1825-1828)
O palco desta guerra retratou um duelo entre o
protecionismo e o livre –cambismo ; entre o federalismo e
o unitarismo. Destacamos aqui a existência dos chamados
CAUDILHOS ( chefes militares) que detinham o poder de
uma determinada região , como era o caso de Juan Manoel
Rosas. Por volta de 1816 ocorreu a independência da
Argentina. Nesta mesma época , os portugueses invadiram
a região da Banda Oriental ( Uruguai), onde no ano de 1821
foi incorporado ao Brasil , dando origem às províncias da
Cisplatina. Neste período entre a população da Cisplatina
deu origem a um movimento de resistência armada
denominado TRINTA Y TRES ORIENTALES. No ano de
1825 a banda oriental foi incorporada às províncias Unidas
do Rio da Prata, onde no ano de 1828 , por exigência da
Inglaterra , foi criado o Estado independente do Uruguai
sob o governo de Fructuoso Rivera. No ano de 1829, Rosas
liderou a massa Argentina , defendendo os interesses dos
latifundiários, e tomou a província de Buenos Aires ,
promovendo ali uma política nacionalista , indo contra os
interesses intervencionistas.
No ano de 1833 a Inglaterra tomou as ilhas
Malvinas. Neste mesmo período os franceses , sentindo –se
prejudicados comercialmente , decidiram promover uma
intervenção nos portos da Argentina e do México ,porém
sem a ocorrência de ações militares.
Enquanto isso no Uruguai dava –se início a
formação dos famosos partidos políticos daquele país , o
COLORADO e o BLANCO, a partir da luta entre rivais
políticos , Frutuoso Rivera ( Colorado) e Manoel Oribe
( Blanco)
O ano de183 ficou marcado por uma intervenção por parte
do Uruguai na Argentina , apoiada pelos franceses, onde a
própria Argentina encontrava –se em sérias dificuldades
políticas e econômicas. Para escapar desta situação , no ano
de 1840 , a Argentina fechou acordos com a França, dando
um fim no nacionalismo e promovendo o livre -comércio
daquela região do Prata. Vale lembrar que o Uruguai além
do apoio da Inglaterra e da França, também possuiu o apoio
de Giuseppe Garibaldi e do Paraguai ,neste conflito. A
Inglaterra promoveu esta intervenção em nome da abertura
do rio Paraná. Este fato gerou um conflito entre a Argentina
e seus inimigos europeus ( França e Inglaterra), onde a paz
somente foi decretada no ano de 1849.
Ressalto aqui , que o governo brasileiro investiu
pesado no governo uruguaio contra Rosas , que acabou
derrotado, facilitando o comércio na Bacia do Prata.
6. A Situação Econômica do Brasil
A situação econômica do Brasil era bastante
delicada nos primeiros anos de sua história como Estado
independente. Entre os fatores que promoveram tal crise
podemos citar:
→ a falência oficial do Banco do Brasil (1829), após o saque
de seus fundos por D. João VI;
530

→ a dívida externa com a Inglaterra para arcar com os
crescentes gastos do governo que vinham desde o
reconhecimento da independência;
→ a baixa arrecadação alfandegária decorrente da
prorrogação dos Tratados de 1810;
→ a concorrência internacional sobre os dois principais
produtos de exportação brasileiros (açúcar e algodão);
→ os gastos com as campanhas militares (repressão aos
movimentos contrários à independência, Confederação do
Equador e Guerra da Cisplatina).
7. A Abdicação de D. Pedro I (1831)
A curta duração do Primeiro Reinado é explicada
basicamente pelas contradições entre as aspirações de D.
Pedro I e da aristocraciaen. Este segmento influente da
sociedade brasileira percebia a emancipação política como
forma de garantia de seu controle político sobre o Estado
brasileiro. A proposta era nitidamente percebida no
anteprojeto Constitucional de 1823.
Entretanto, logo após a Noite da Agonia (1823), a
aproximação de D. Pedro I ao Partido Português, a outorga
da Constituição de 1824 e a instauração do Poder Moderador
levaram o Partido Brasileiro à oposição ao imperador,
desgastado por sua incapacidade de debelar a crise
econômica pela qual o Brasil passava.
A questão da sucessão do trono português também
acirrou os ânimos no Brasil. Com a morte de D. João VI em
1826, D. Pedro I deveria assumir o trono português, uma vez
que era o príncipe herdeiro. Mas pressões do Partido
Brasileiro, temeroso diante de tal possibilidade e uma
eventual recolonização do Brasil, fizeram D. Pedro I abdicar
do trono português a favor de sua filha Maria da Glória, então
com sete anos de idade. D. Pedro I propôs um casamento
entre a menina e D. Miguel, irmão do imperador brasileiro.
D. Miguel governaria Portugal como regente até a
maioridade da princesa. Porém, em 1828, D. Miguel destituiu
D. Maria da Glória e, com o apoio de nobres e militares
absolutistas, destituiu a Constituição portuguesa. No Brasil,
o grande envolvimento de D. Pedro I com a sucessão em
Portugal fez com que a aristocracia local temesse cada vez
mais a possibilidade de recolonização.
Em novembro de 1830 ocorreu o assassinato do
jornalista Libero Badaró, responsável pelo jornal
“Observador Constitucional”. Badaró era um severo crítico
de D. Pedro I e, quando as investigações concluíram o
envolvimento de portugueses partidários do imperador no
assassinato, surgiram diversos focos de oposição,
principalmente em Minas Gerais. D. Pedro I resolveu
pessoalmente viajar até a região, mas foi duramente criticado,
retorno pouco depois de sua chegada. Para compensar o
insucesso da viagem, a sociedade secreta Colunas do Trono,
partidário de D. Pedro I, resolveu fazer uma festa em sua
homenagem no Rio de Janeiro. Ao saber da homenagem,
opositores partiram para o local da festa e entraram em
confronto com os membros da sociedade secreta. O episódio
ficou conhecido como a Noite das Garrafadas (13.03.1831).
Para amenizar as críticas, D. Pedro I indicou o
Ministério dos Brasileiros em março de 1831, formado
exclusivamente por brasileiros natos. Entretanto, diante do
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
avanço das críticas, o imperador decretou a demissão do
Ministério dos Brasileiros no dia 05 de abril de 1831,
escolhendo apenas políticos aliados, em sua maioria do
Partido Português.
A medida fez com que o comandante do Exército
Francisco de Lima e Silva rompesse com D. Pedro I que, sem
o apoio dos militares, optou pela renúncia em 07 de abril de
1831 em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara, na época
com 05 anos de idade.
A Constituição de 1824 previa que nestes casos, na
ausência de um membro maior de 18 anos na Família Real, o
governo deveria ser formado por três regentes escolhidos
pela Assembleia dos Deputados, até a maioridade do
imperador, adquirida aos 18 anos. José Bonifácio,
reconciliado a D. Pedro I após o seu afastamento da
Assembleia Constituinte por discordar do centralismo de D.
Pedro I, foi proclamado pelo imperador tutor do menino.
Começava o Período Regencial (1831-1840), época em que
a escolha de indivíduos fora da dinastia real para o exercício
do governo em tempo determinado (4 anos de mandato),
aproximava o Brasil da “experiência republicana”.
O precoce fim do reinado de D. Pedro I atesta o
anseio da aristocracia brasileira em acessar a participação
política no Brasil independente, contrastando com o
característico centralismo de D. Pedro I.
EXERCÍCIOS
1. Observe o seguinte enunciado:
“Com a dissolução da Assembleia Constituinte, em 12 de
novembro de 1823, aumentou a insatisfação com o governo
de D. Pedro I, sobretudo no Nordeste. Em 2 de julho de 1824,
em Pernambuco, Manuel Carvalho Paes de Andrade lança o
manifesto que dá origem ao movimento. Contudo, antes da
manifestação ocorrida no Recife, apoiada por Cipriano
Barata e por Joaquim da Silva Rabelo (o Frei Caneca), ambos
experientes revoltosos, a província do Ceará já tinha sua
manifestação contrária ao Imperador, ocorrida no município
de Nova Vila do Campo Maior (hoje Quixeramobim), em 9
de janeiro de 1824 e liderada por Gonçalo Inácio de Loyola
Albuquerque e Melo (o Padre Mororó)”.
O movimento ocorrido no Brasil durante o Império a que o
enunciado acima se refere é denominado
(A) Revolução Pernambucana.
(B) Revolução Praieira.
(C) Contestado.
(D) Confederação do Equador.
2. O texto a seguir é um fragmento de decreto de D. Pedro
I, de 1823, em que o imperador dissolve a Assembleia
Constituinte.
Havendo Eu convocado, como Tinha Direito de convocar, a
Assemblea Geral, Constituinte e Legislativa, [...] e havendo
esta Assemblea perjurado ao tão solemne juramento, que
prestou á Nação [...]: Hei por bem, como Imperador, e
Defensor Perpetuo do Brasil, dissolver a mesma Assemblea,
e convocar já huma outra na forma das Instruções, feitas para
a convocação desta, que agora acaba; a qual deverá trabalhar
sobre o Projecto de Constituição, que Eu Hei-de em breve
531

Apresentar; que será duplicadamente mais liberal, do que a
extincta Assemblea acabou de fazer.
D. PEDRO I. Decreto de dissolução da Assembleia Nacional
Constituinte, em 12 nov. 1823 apud PEREIRA, V. “A longa ‘noite
da agonia’”. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de
Janeiro: SABIN, ano 7, n. 76, jan. 2012, p. 42.
Com base na justificativa do ato político explicitado no texto
do decreto, e analisando as suas consequências, identifica-se
um antagonismo entre:
(A) Monarquia e República
(B) Capitalismo e Socialismo
(C) Imperialismo e Independência
(D) Absolutismo e Liberalismo
(E) Nacionalismo e antilusitanismo
3. Após a emancipação política do Brasil, o império foi
instalado e, em 1824, foi outorgada a primeira constituição
desse nascente país. Sobre a Constituição de 1824, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) A partir da Constituição de 1824, a cidadania brasileira
foi estendida aos escravos.
(B) A Constituição de 1824 previa o Estado laico e a
liberdade religiosa.
(C) A Constituição de 1824 previa a divisão em três poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário.
(D) A Constituição de 1824 instituía o voto censitário,
determinado pela renda do eleitor.
(E) O Brasil foi o primeiro país do mundo a garantir, através
da Constituição de 1824, a igualdade entre homens e
mulheres.
4. No que concerne à Confederação do Equador de 1824,
analise as afirmações a seguir, e assinale com V o que for
verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um
prolongamento da Revolução Pernambucana de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas
serviram de bandeira política para os insurretos.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma
república nos moldes dos Estados Unidos da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para
unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e
nenhum jornal nas províncias envolvidas quis apoiar a
causa.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
(A) F, V, V, V, F.
(B) V, F, F, V, V.
(C) V, F, F, V, V.
(D) V, V, V, F, F.
5. Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante
o Primeiro Reinado, é INCORRETO afirmar que
(A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de
exportação, devido à queda das suas vendas externas de
açúcar no mercado Europeu.
(B) a situação brasileira se agravou na medida em que,
depois do declínio da produção aurífera colonial, a
Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do
Brasil.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não
voltados ao desenvolvimento econômico, como o
financiamento da Guerra da Cisplatina, além de
existirem problemas na arrecadação de impostos.
(D) o café, que seria o grande produto brasileiro de
exportação no século XIX, ainda não ocupava espaço
significativo no comércio exterior do país.
(E) havia grande carência em transportes que, aliada às
dimensões continentais do território brasileiro,
dificultava a integração econômica do novo país e o
adequado aproveitamento de suas riquezas naturais.
6. “Em 1822, a América espanhola, de independência
conquistada em oposição a uma metrópole e suas Cortes em
muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como
eram os Estados Unidos, ofereceria um modelo para a
independência do Brasil.”
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência
hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p.
448.
O caráter exemplar que a independência da América
espanhola representou, segundo o texto, para aqueles que
lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado,
por exemplo, na
(A) capacidade de manter a coesão territorial da antiga
colônia, que acabou por gerar uma única e poderosa
nação.
(B) subserviência imediata aos interesses comerciais e
políticos norte-americanos, que rapidamente se
impuseram sobre toda a América.
(C) disposição de defender princípios emancipacionistas e
enfrentar militar e politicamente as forças da metrópole.
(D) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos
e lucrativos com as antigas colônias portuguesas do
litoral africano.
7. Associe os nomes dos países (coluna A) à política adotada
para o reconhecimento da Independência do Brasil (coluna
B).
Coluna A
1. Inglaterra
2. França
3. Estados Unidos
4. Espanha
Coluna B
( ) País pioneiro no reconhecimento da independência
brasileira entre as nações livres, desejava intensificar
suas trocas comerciais com o Brasil e impor sua
influência na América Latina.
( ) Apesar de o pedido da diplomacia brasileira ter ocorrido
ainda em 1826, esta nação só veio a reconhecer a
Independência do Brasil em 1834, quando o Primeiro
Reinado já havia terminado no País.
( ) Nação signatária do Tratado de Versalhes e integrante
da Santa Aliança, somente reconheceu a
Independência do Brasil depois que Portugal
oficialmente aceitou esta situação.
( ) Intermediou o reconhecimento da Independência do
Brasil por Portugal através de um Tratado no qual a
532

Coroa Lusitana exigia, dentre outras medidas, que a
governo brasileiro não reivindicasse a anexação de
Angola.
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é
(A) 2 – 3 – 1 – 4 (B) 2 – 4 – 3 – 1
(C) 3 – 1 – 2 – 4 (D) 3 – 4 – 2 – 1
(E) 4 – 2 – 4 – 3
8. República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em
todo o processo de Independência do Brasil. Mas a
monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras
brasileiras, ao contrário do que ocorreu em outras nações
americanas, pois, para essas novas nações surgidas na
América espanhola, a república
(A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma
vez que o regente deveria ser eleito pelo povo.
(B) significava um rompimento maior com a metrópole e a
fragmentação do antigo império colonial.
(C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos
dos chefes de Estado e dos proprietários rurais.
(D) garantia a implantação do princípio da soberania popular
e da igualdade de direitos na América.
(E) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de
libertar as províncias do poder metropolitano.
9. Com a naturalidade de um soberano que sabia usar da
autoridade em sua plenitude, D. Pedro criou a Ordem do
Cruzeiro. Não será certamente coincidência que o ato
aproximava-se daquele de Napoleão Bonaparte ao
estabelecer a legião de Honra (1802). Também a coroação de
10 de dezembro tivera como modelo, em grande medida por
intermédio da competência de Jean-Baptiste Debret, a
cerimônia de sagração do imperador francês.
Fonte: NEVES, Lúcia Bastos Pereira. A vida Política. In: COSTA
E SILVA, Alberto (coord.) Crise Colonial e Independência: 1808-
1930. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011 (Adaptado)
A criação da honorífica Ordem do Cruzeiro por D. Pedro I
representava a
(A) limitação do imperador em remunerar financeiramente
os feitos públicos.
(B) preocupação em disseminar os ideais revolucionários
franceses no Brasil.
(C) concessão de privilégios sociais em oposição ao modelo
estamental europeu.
(D) inspiração nos ideais liberais divulgados pela imprensa
dos radicais jacobinos.
(E) manutenção de práticas típicas das monarquias
absolutistas na nação independente.
10. O processo de independência do Brasil foi efetivado com
o Grito do Ipiranga de D. Pedro I, em 1822. Alguns
historiadores aceitam que esse processo pode ser analisado
desde o ano de 1808. Sobre o período de 1808 a 1822, é
CORRETO afirmar que:
(A) Em 1821, D. Pedro I tentou proclamar a independência,
porém foi sufocado pela Revolução Pernambucana.
(B) O ano de 1808 é marcado pela vinda da família real
portuguesa ao Rio de Janeiro.
(C) No ano de 1815, toda a família real portuguesa retornou
a Portugal, permitindo a José Bonifácio articular a
independência com seu filho Pedro.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(D) A abertura dos portos em 1815 tirou o Brasil do status
de colônia, pois poderia comercializar com todos os
países com tarifas iguais.
(E) O Grito do Ipiranga foi apenas simbólico. Desde 1821, o
Brasil não tinha nenhuma ligação política com Portugal.
11. A Constituição de 1824, primeira Constituição do Brasil,
estabelecia:
I. Estado unitário, monárquico e hereditário.
II. Independência da Igreja Católica em relação ao Estado.
III. Voto indireto, censitário e aberto.
Quais estão corretas?
(A) Apenas II.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
12. Observe o quadro.
A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do
Brasil no I Império, é possível classificar o voto, naquele
período, como
(A) censitário, amplo, indireto e irrestrito.
(B) universal, masculino, direto e representativo.
(C) censitário, masculino, indireto e em dois graus.
(D) universal, apartidário, direto e em quatro graus.
13. Considerando-se o intervalo entre o contexto em que
transcorre o enredo da obra Memórias de um sargento de
milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua
publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde
o processo de
(A) reforma e crise do Império Português na América.
(B) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na
colônia.
(C) Independência do Brasil e formação de seu Estado
nacional.
(D) consolidação do Estado nacional e de crise do regime
monárquico brasileiro.
(E) Proclamação da República e instauração da Primeira
República.
533

14. Sobre a Confederação do Equador é correto afirmar-se
que
(A) limitou-se à ação de lideranças e populares
pernambucanos, causa maior do seu insucesso.
(B) insatisfeitos com as tentativas de negociação do império,
os revoltosos buscaram criar uma nova constituição mais
democrática, mas que continuava reafirmando seu
caráter monarquista.
(C) foi uma das mais significativas revoltas do Segundo
Reinado.
(D) buscava a construção de um estado independente, com
capital em Recife, criticava a escravidão e a
centralização do poder exaltados pelo absolutismo,
conservadorismo e autoritarismo do monarca.
(E) Frei Caneca foi um grande aliado de D. Pedro I, o que
contribuiu para o fim do movimento separatista e a
vitória do imperador.
15. A história brasileira é repleta de eventos em que
determinados grupos promoveram ações de ruptura das
regras do jogo político, visando à conquista do poder, de
forma que, tradicionalmente, tais ações, em muitos casos,
acabaram por compor a história da nação classificadas como
golpes.
Em um desses eventos, o poder central determinou que o
exército invadisse o plenário do congresso que estava em
reunião para a elaboração da Constituição Brasileira, o que
resultou na prisão de diversos deputados e na deportação de
outros.
Esse episódio refere-se à
(A) Ditadura Civil-militar.
(B) Declaração da Maioridade.
(C) Noite da Agonia.
(D) Proclamação da República.
16. A primeira Constituição brasileira, de 1824, foi
(A) aprovada pela Câmara dos Deputados e estabeleceu o
voto censitário.
(B) imposta por Portugal e determinou o monopólio
português do comércio colonial.
(C) outorgada pelo imperador e definiu a existência de
quatro poderes.
(D) promulgada por uma Assembleia Constituinte e
concentrou a autoridade no Poder Executivo.
(E) determinada pela Inglaterra e estabeleceu o fim do
tráfico de escravos.
17. Na interpretação mais conhecida sobre a História do
Brasil, a data de 7 de setembro de 1822 representou um
marco, pois, nesse dia, D. Pedro proclamou oficialmente a
separação da Colônia da metrópole portuguesa.
Sobre o processo de Independência do Brasil, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) As relações entre a Coroa portuguesa e o Brasil
melhoraram quando Dom João VI, de Portugal, apoiado
pela Corte portuguesa, assinou um decreto concedendo
o título de Regente do Brasil a seu filho Dom Pedro.
Entretanto, aproveitando-se da autoridade que lhe foi
concedida, no dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro
rompeu politicamente com Portugal e proclamou a
Independência do Brasil.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO IX
(B) A Independência brasileira foi um processo liderado, em
grande parte, pelos setores sociais que mais se
beneficiavam com a ruptura dos laços coloniais: os
grandes proprietários de terra e os grandes comerciantes,
pois a separação tinha como objetivo preservar a
liberdade de comércio e a autonomia administrativa. A
maioria da população permaneceu na situação anterior à
proclamação da Independência.
(C) Após o processo de Independência, a economia
brasileira tornou-se competitiva no mercado
internacional, pois devido ao apoio econômico inglês o
Brasil começou a desenvolver a atividade industrial, o
que era proibido pelo governo metropolitano.
(D) A mudança mais significativa após a Independência do
Brasil ocorreu no âmbito econômico-social, pois com o
desenvolvimento econômico surgiram novas classes
sociais urbanas ligadas ao processo industrial.
(E) A Inglaterra, interessada em manter os benefícios
comerciais garantidos pelos tratados de comércio e
navegação de 1810, foi a primeira nação a reconhecer a
Independência do Brasil.
18. Em 25 de março de 1824, Dom Pedro I outorgou a
Constituição Política do Império do Brasil. Em relação à
Constituição de 1824, assinale a alternativa correta.
(A) O Texto Constitucional foi construído coletivamente
pela Câmara de Deputados, votado e aprovado em 25 de
março de 1824. Expressava os interesses tanto do partido
liberal quanto do partido conservador, para o futuro na
nação que recém conquistara sua independência.
(B) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no
território nacional, extinguindo a religião católica como
religião oficial do império e expressando textualmente
que “todas as outras religiões serão permitidas com seu
culto doméstico, ou particular em casas para isso
destinadas, sem forma alguma exterior do Templo”.
(C) A organização política instaurada pela Constituição de
1824 dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo,
Judiciário e Moderador, sendo que este último
determinava a pessoa do imperador como inviolável e
sagrada.
(D) A Constituição de 1824 determinou a cidadania
amplificada e o direito ao voto para todos os nascidos em
solo brasileiro, independentemente de gênero, raça ou
renda.
(E) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos,
ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldo
para movimentos políticos posteriores, tais como a
Revolta dos Farrapos e a Revolta dos Malês.
19. Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de
março de 1824)
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização
política, e é delegado privativamente ao Imperador, como
Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para
que incessantemente vele sobre a manutenção da
independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes
Políticos.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015
(adaptado).
534
 CAPÍTULO IX

A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da GABARITO

norma constitucional citada tinha o objetivo de
(A) expandir os limites das fronteiras nacionais. 1. D
(B) assegurar o monopólio do comércio externo. 2. D
(C) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal. 3. D
(D) evitar a reconquista pelas forças portuguesas. 4. D
5. B
(E) atender os interesses das oligarquias regionais. 6. C
7. D
20. “A dissolução da Assembleia Constituinte e a outorga 8. B
da Carta de 1824 acirraram os ânimos, principalmente em 9. E
Pernambuco. O que incomodava os pernambucanos, assim 10. B
como os membros da elite de outras províncias dos atuais 11. C
Nordeste e Norte, era a falta de autonomia, em decorrência 12. C
da opção de D. Pedro por um regime centralizado a partir do 13. C
Rio de Janeiro.” 14. D
15. C
VAINFAS, Ronaldo e outros. História 2: o longo século XIX. – 2°
16. C
Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 153.
17. B
18. C
O texto faz referência à política autoritária de D. Pedro I, a 19. C
qual ocasionou a 20. C
(A) Revolução Praieira. 21. E
(B) Guerra dos Mascates. 22. D
(C) Confederação do Equador.
(D) Revolta de Beckman.

21. Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo quanto
podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É
impossível que vossa majestade, havendo alcançado suas
reais pretensões negue ratificar um tratado que lhe felicita
seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio estagnado, e
que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa
majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a
ventura de ser imperador.
Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem
revelado por cartas e documentos inéditos.

O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI,

versando sobre o tratado por meio do qual Portugal
reconhecia a independência do Brasil, mediante:
(A) a renovação dos tratados comerciais de 1810;
(B) a concessão aos portugueses da Ilha de Trindade;
(C) a assinatura de um acordo de reciprocidade;
(D) o compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico
negreiro;
(E) o pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2
milhões de libras.

22. Após a emancipação política do Brasil, o império foi

instalado e, em 1824, foi outorgada a primeira constituição
desse nascente país. Sobre a Constituição de 1824, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) A partir da Constituição de 1824, a cidadania brasileira
foi estendida aos escravos.
(B) A Constituição de 1824 previa o Estado laico e a
liberdade religiosa.
(C) A Constituição de 1824 previa a divisão em três poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário.
(D) A Constituição de 1824 instituía o voto censitário,
determinado pela renda do eleitor.
(E) O Brasil foi o primeiro país do mundo a garantir, através
da Constituição de 1824, a igualdade entre homens e
mulheres.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 535

 CAPÍTULO IX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 536


CAPÍTULO X – O PERÍODO REGENCIAL (1831-
1840)
O Período Regencial foi marcado por ter siso a “
experiência republicana” brasileira, pois o seu regente teria
um mandato de quatro anos e existiria uma maior autonomia
para as provinciais o que dava ao Brasil um ar de federalismo.
Muitos historiadores afirmam que foi devido a esta
descentralização que acarretou a existência de várias
revoltas durante este curto período de tempo .Os nove anos
em que os regentes assumiram o governo brasileiro foram
extremamente conturbados, marcados por disputas entre
grupos políticos divergentes e pela eclosão de diversos
conflitos sociais como a Cabanagem e a Farroupilha, que
serão analisados no próximo capítulo.
O Primeiro Reinado, do ponto de vista político,
caracterizou-se por uma excessiva centralização que afastou
os latifundiários escravistas e grandes comerciantes
brasileiros da participação política tanto na capital quanto no
governo das províncias. Desta maneira, os antigos membros
do Partido Brasileiro deram lugar ao Partido Liberal
Moderado(os “chimangos”), defensores de redução do
centralismo e da ampliação da autonomia provincial. Porém,
o temor da fragmentação territorial fazia com que os
“chimangos”, liderados por Evaristo da Veiga e pelo padre
Diogo Feijó fossem contrários à concessão da plena
autonomia oferecida pelo federalismo.
Mais radicais, o Partido Liberal Exaltado (os
“farroupilhas” ou “jurujubas”) de Cipriano Barata,
formado por membros da classe média urbana e por
proprietários de terra nordestinos, que estes perderam grande
parte de sua influência com a transferência do eixo
econômico e da capital para o Sudeste, defendiam a
ampliação da autonomia através da adoção do federalismo,
que daria aos estados o direito de cobrar seus próprios
impostos, elaborar leis e escolher seus próprios governantes,
à época, chamados de presidentes de província e indicados
pelo governo da capital. Contrários às pretensões
autonomistas de “chimangos” e “farroupilhas”, havia o
Partido Restaurador (os “caramurus) de José Bonifácio, que
defendiam, em torno da Sociedade Conservadora da
Constituição Jurada do Império (1832), a atual organização
política brasileira e o retorno de D. Pedro I ao trono
brasileiro.
A ação de moderados e exaltados, articulada em
torno da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência
(1831) fez com que o Brasil, logo após a independência do
Brasil, ingressasse num período que ficou conhecido como
Avanço Liberal (1831-1837). Através de diversas medidas,
os membros ativos do governo regencial procuravam corrigir
o centralismo a favor da aristocracia brasileira e de seus
representantes, tanto na capital quanto no comando político
das províncias.
1) A Regência Trina Provisória (Abril-Jun/1831)
Com a abdicação de D. Pedro I os políticos foram
pegos de surpresa, logo a Assembleia Geral estava em
recesso, de modo que foram escolhidos três regentes para
governar o Brasil até o retorno das atividades e escolha dos
regentes permanentes. Eram os três primeiros regentes o
deputado José Carneiro de Campos, o senador Nicolau
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
Campos Vergueiro e o comandante do Exército Francisco de
Lima e Silva.
Uma das primeiras medidas da regência foi a
assinatura da Lei Anti-Tráfico (1831), que extinguia o
tráfico de escravos em portos oficiais. Na prática, e lei não
surtiu grande efeito, uma vez que os escravos eram
desembarcados em outros portos e transportados até os
tradicionais pontos de venda.
A regência provisória foi responsável pela
suspensão do exercício do Poder Moderador e do Conselho
de Estado, reduzindo o caráter centralizador do Império do
Brasil. Além disso ,foi promovida a restauração do
Ministério dos Brasileiros, deposto por D. Pedro I e a anistia
aos presos políticos do Primeiro Reinado.
2) A Regência Trina Permanente (1831-1835)
Após o recesso da Assembleia Geral, foram
escolhidos os deputados Bráulio Muniz, representante das
províncias do Norte, o deputado Costa Carvalho,
representante das províncias do Sul e, mais uma vez,
Francisco de Lima e Silva. Entre as medidas mais
importantes desta regência podemos destacar:
→ criação da Guarda Nacional (1831), uma grupamento
militar comandado pelas autoridades provinciais,
responsáveis pelo estabelecimento da ordem local. A Guarda
Nacional foi utilizada para reprimir movimentos de
contestação locais, ampliando o poder das autoridades
provinciais. O comando da Guarda Nacional era exercido por
indivíduos que recebiam a patente de coronéis. Como muitos
destes eram grandes proprietários de terra, convencionou-se
chamá-los de coronéis – esta é a origem do termo
coronelismo, que expressava a influência política local dos
latifundiários durante a República Velha (1889-1930).
→criação do Código de Processo Criminal (1832), que
dava plena autonomia judicial às autoridades provinciais,
responsáveis pela indicação dos juízes-de-paz. Estes eram as
principais autoridades judiciais de cada província, de modo
que sua relação com os grandes proprietários oficializava a
impunidade no Brasil, uma vez que os últimos gozavam da
proteção do judiciário provincial.
Um dos principais articuladores destas
transformações foi o Ministro da Justiça Diogo Antônio
Feijó. Porém, ao questionar a tutoria de José Bonifácio em
relação a D. Pedro de Alcântara, foi afastado do cargo em
1832.
Em 1834, o governo regencial aprovou o Ato
Adicional à Constituição de 1824. A reforma da
Constituição, defendida por “chimangos” e “farroupilhas”,
apresentava como características:
→ extinção do Conselho de Estado e do Poder Moderador;
→ criação do município neutro do Rio de Janeiro;
→manutenção da vitaliciedade do Senado;
→ criação das Assembleias Legislativas Provinciais;
537

→ transformação da regência trina em una, eleita não mais
pela Assembleia Geral, mas sim pelos eleitores nas
provinciais, descentralizando o sistema eleitoral do governo.
O ex-Ministro da Justiça, padre Diogo Feijó foi eleito regente
em 1835.
Estas medidas liberais manifestavam o desejo de
ampliar o poder provincial, reduzindo os impactos do
centralismo, mas na prática, acabaram beneficiando apenas a
aristocracia rural brasileira, que ganhou novos instrumentos
para reforçar o seu poder e influência a nível local.
3) A Regência Una:
3.1) A Regência Una de Feijó (1835-1837)
A ascensão de Feijó coincidia com a eclosão de
levantes como a Revolta dos Malês (1835), a Cabanagem
(1835) e Farroupilha (1835). As pressões sociais fizeram
com que muitos liberais-moderados passassem a defender o
retorno ao centralismo, como forma de restauração da ordem.
Os Regressistas, liderados por Pedro de Araújo Lima, faziam
forte oposição a Feijó, recusando mesmo a ampliar o
orçamento para combate às revoltas. Os regressistas
contavam ainda com forte apoio dos egressos do Partido
Restaurador, extinto após a morte de D. Pedro I em 1834.
Feijó contava com o apoio daqueles que defendiam a
manutenção das medidas liberais, principalmente as que
compuseram o Ato Adicional. Estes foram chamados de
progressistas.
Diante da forte oposição dos regressistas, do
confronto com a Igreja Católica (Feijó era contrário ao
celibato clerical) e de problemas de saúde, Feijó renunciou
em 1837. A regência foi assumida interinamente por Pedro
de Araújo Lima, eleito posteriormente regente uno.
3.2) A Regência Una de Araújo Lima (1838-1840)
O regente Araújo Lima pertencia à corrente
regressista e nomeou um novo ministério comandado por
Bernardo Pereira de Vasconcelos, conhecido como o
“Ministério das Capacidades”.
Pelo menos duas revoltas foram extintas, a Sabinada
e a Cabanagem. Entretanto a Balaiada e a Farroupilha só
foram suprimidas no Segundo Reinado.
Em 1840 foi apresentada a Lei Interpretativa do
Ato Adicional que estabelecia:
→ subordinação dos juízes-de-paz e da Guarda Nacional ao
Ministério da Justiça;
→ fim dasAssembleias Legislativas Provinciais;
→ restauração do Poder Moderador e do Conselho de Estado.
A criação do Colégio Pedro II (1837) e do Instituto
Histórico-Geográfico Brasileiro/IHGB (1838) foi
importantíssima para a elaboração da memória histórica da
nação brasileira, fundamental para a construção da identidade
e para superação de pressupostos separatistas.
Excluídos do controle político na capital, os
progressistas criaram o Clube da Maioridade para defender a
antecipação da maioridade de D. Pedro de Alcântara, então
com 15 anos incompletos. A proposta, apoiada pelos
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
regressistas deu origem ao “golpe da maioridade” – no dia
23 de julho de 1840, a maioridade de D. Pedro de Alcântara
foi decretada. No dia seguinte, o imperador indicava um
ministério formado apenas por liberais, que conseguiam se
projetar novamente no cenário político.
Apesar disso, o centralismo continuou como forte
marca da política brasileira já que as principais medidas da
Lei Interpretativa do Ato Adicional não foram revogadas,
quadro que só seria alterado após a Proclamação da
República (15.11.1889).
4) AS REVOLTAS REGENCIAIS
O Período Regencial foi marcado pela disputa entre
os principais grupos políticos que englobavam os membros
da aristocracia rural brasileira. Apesar das divergências
políticas que afastavam progressistas liberais e regressistas
conservadores, existiam unanimidades, como a manutenção
do latifúndio escravista e da exclusão político popular.
A crise econômica que o Brasil enfrentava e que só
teria seus efeitos amenizados no Segundo Reinado tornava
ainda mais dura a vida da população mais humilde. Por causa
da crise, o governo regencial promoveu a elevação dos
impostos para bancar os gastos do Estado.
A concentração das decisões no Rio de Janeiro
projetava os políticos das áreas próximas à capital, em
detrimento de importantes personagens políticos de outras
províncias, causando grande descontentamento.
A eclosão das revoltas está relacionada às causas
destacadas acima e contribuiu diretamente para a mudança
nos rumos políticos do Brasil, gerando argumento para os
anseios regressistas em nome da ordem. Para reprimir tais
levantes, os regentes criaram a Guarda Nacional, garantindo
os interesses da aristocracia rural nas várias regiões do Brasil.
4.1) A Revolta dos Malês (Bahia / 1835)
A Revolução Haitiana (1791) estimulou o
levante de escravos em diversas regiões coloniais, inclusive
no Brasil, onde escravos muçulmanos – os malês – de
Salvador, liderados por Manuel Calafate e Elesbão do
Carmo, se insurgiram em defesa do fim da escravidão. As
tropas governistas foram deslocadas para finalizar a revolta
que foi desarticulada com a morte dos principais envolvidos.
4.2) A Cabanagem (Pará / 1835 - 1840)
O termo “cabanos” era frequentemente utilizado
para se referir a população miserável, composta basicamente
por negros, índios, brancos e muitos mestiços. A população
miserável se insurgiu sob a liderança de Eduardo Nogueira
Angelim, os irmãos lavradores Antônio e Francisco Pedro
Vinagre, o jornalista Vicente Ferreira Lavor além do
fazendeiro Felix Antônio Clemente Malcher. Chegaram
mesmo a derrubar o presidente do Pará Lobo de Sousa e a
tomar a capital, invadindo armazéns e propriedades,
formando o governo dos cabanos, sob comando de Félix
Malcher.
Porém, após a ação das tropas regenciais e a traição
de Felix Malcher e Francisco Vinagre, que juraram fidelidade
ao governo regencial, o movimento foi violentamente
esmagado. Alguns historiadores apontam a morte de 30 a 40
538

mil pessoas, considerando que a população paraense era de
aproximadamente 90 mil pessoas.
4.3) A Sabinada (Bahia / 1837 - 1838)
O termo Sabinada refere-se ao seu principal líder, o
médico e jornalista Francisco Sabino. Sua participação
atesta o envolvimento de diversos profissionais liberais e
outros grupos que compõem tradicionalmente a compões a
classe média. O recrutamento compulsório de soldados
baianos para compor as tropas regenciais que combateriam a
Farroupilha é considerado um dos principais fatores que
determinaram e eclosão da revolta que culminou, em 1837,
com o afastamento e fuga do presidente da província da
Bahia. Os rebeldes pretendiam formar uma república na
Bahia que duraria até a maioridade de D. Pedro de Alcântara,
além da libertação dos escravos que aderissem à revolta.
Entretanto, foram duramente reprimidos pelas tropas
regenciais – Sabino foi exilado para Goiás, porém mais de
mil e duzentos indivíduos ligados ao movimento foram
mortos.
4.4) Balaiada (Maranhão / 1838 - 1841)
A maior parte da população maranhense sofria com
a miséria social, a exploração dos latifundiários e a
concentração fundiária, que restringia o acesso da maioria
à terra. Neste quadro, despontaram lideranças populares
como o artesão Manuel “Balaio” (que dá nome à revolta), o
vaqueiro Raimundo Gomes e o chefe de quilombo Negro
Cosme.
A disputa política entre liberais progressistas e
conservadores regressistas também dividiu os grandes
proprietários do Maranhão. Os liberais, conhecidos como
“bem-te-vis” governaram o Maranhão durante a regência de
Feijó, mas foram depostos pelos conservadores, os
“cabanos”, quando da ascensão de Araújo Lima, em 1838.
A deposição dos “bem-te-vis” em 1838 fez com que
estes se aproximassem das lideranças populares com o intuito
de desarticular o governo cabano da província. Em 1839, os
rebeldes chegaram mesmo a tomar a vila de Caxias,
ameaçando tomar a capital. Porém, com o avançar do
movimento, as lideranças populares radicalizaram suas
propostas, criticando a concentração fundiária e a escravidão.
Tal postura determinou o afastamento dos “bem-te-vis” do
confronto.
Em fevereiro de 1840, tomava posse da presidência
da província o coronel Luis Alves de Lima e Silva (futuro
Duque de Caxiase filho do ex-regente Francisco de Lima e
Silva) que desarticulou o conflito.
4.5) A Guerra dos Farrapos ou Farroupilha (Rio Grande
do Sul e Santa Catarina / 1835-1845)
O nome Guerra dos Farrapos foi dado por
indivíduos que pretendiam depreciar o movimento,
utilizando como referência os trajes típicos da população
local. É considerada a mais longa revolta social do Brasil, o
que em parte é explicado não apenas pela grande dimensão
do levante, mas também pelo envolvimento dos soldados
brasileiros na repressão a outros movimentos.
Diante da grave crise econômica que o Brasil
enfrentava, os altos impostos cobrados sobre a produção
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
do charque gaúcho encareciam enormemente tal gênero,
favorecendo a concorrência do charque oriundo de regiões
como Argentina e Uruguai, onde o governo oferecia
isenções de impostos para estimular a produção.
A oposição à política regencial fez com que a
influência do Partido Liberal-Exaltado fosse
extremamente notória, especialmente em relação ao
federalismo. A proximidade com as repúblicas platinas
contribuiu diretamente para a difusão do republicanismo
entre a população local.
Em setembro de 1836, os rebeldes liderados pelo
fazendeiro Bento Gonçalves e Antônio de Souza Neto
tomaram Porto Alegre, decretando a formação da República
Rio-Grandense (ou República de Piratini) em 1836.
Garibaldi, Bento Gonçalves e outro expressivo líder,
Davi Canabarro, tomaram Santa Catarina em 1839,
decretando a formação da República Catarinense (ou
República Juliana, pois foi proclamada no mês de julho). A
proclamação da república materializava o temor do governo
da capital em relação ao separatismo difundido em diversas
províncias.
Os altos gastos com o conflito, a desarticulação da
produção do charque em virtude da guerra e a perda do
mercado brasileiro após a separação, mergulharam a região
em uma grave crise econômica, o que não abateu os ânimos
dos insurgentes que lutavam bravamente.
Para debelar o conflito, o jovem imperador D. Pedro
II enviou Luis Alves de Lima e Silva (então barão de Caxias),
que havia se destacado na repressão à Balaiada. As
negociações entre Caxias e Davi Canabarro originaram a Paz
de Ponche Verde(1845), onde o governo fazia uma série de
concessões, em troca do fim do conflito como:
→ anistia geral aos revoltosos;
→ incorporação de soldados e oficiais farroupilhas ao
exército brasileiro (com exceção dos generais) em igual
posto;
→devolução das terras confiscadas dos revoltosos pelo
governo;
→ as dívidas contraídas pelas repúblicas proclamadas foram
assumidas pelo Estado;
→ os escravos que atuaram no conflito foram libertos;
539
 CAPÍTULO X

Tabela do período regencial

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 540


EXERCÍCIOS
1. Rio de Janeiro, 1831. Com cerca de 150 mil habitantes,
a capital do Império era um grande caldeirão político e social
em ebulição. A chamada Revolução de 7 de abril forçara a
abdicação do primeiro imperador e instituíra uma regência
trina para governar a nação até a maioridade de Pedro II.
BASILE, Marcello. “Revolta e cidadania na corte regencial”.
In: http://www.scielo.br/pdf/tem/v11n22/v11n22a03
No contexto apontado, a arena política brasileira encontrava-
se dividida entre três grupos, que disputavam o poder e os
cargos públicos com interesses bastante distintos. Eram eles,
respectivamente:
(A) unitaristas, maragatos e jacobinos.
(B) liberais, militares e conservadores.
(C) socialistas, federalistas e anarquistas.
(D) liberais moderados, liberais exaltados e caramurus.
(E) comerciantes, proprietários de escravos e militares.
2. Entre abril de 1831 e julho de 1840, durante o período em
que o príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, foi menor de
idade, o Brasil esteve sob comando de regentes. As quatro
regências (duas trinas e duas unas) se seguiram durante nove
anos que marcaram a nossa história no século XIX. Sobre
esse período, é correto afirmar que
(A) ocorreram avanços sociais inegáveis, como a abolição da
escravatura e a concessão do direito ao voto para os
analfabetos, contudo ambos foram revogados com a
chegada de D. Pedro II ao trono.
(B) foi um período de grande agitação social e política no
qual ocorreram revoltas de escravos, como a dos Malês,
em Salvador e revoltas separatistas como a Cabanagem,
no Pará, a Sabinada, na Bahia e a Farroupilha, no Rio
Grande do Sul e Santa Catarina.
(C) foi um período de grande paz interna, o que
proporcionou um desenvolvimento econômico e social
sem precedentes, isso foi o que garantiu a D. Pedro II um
governo longevo de 49 anos que só acabou com sua
morte em 1889.
(D) durante esses anos o país expandiu seu território, tendo
anexado a Província Cisplatina e o estado do Acre,
definindo assim suas atuais fronteiras e sua posição de
maior país da América do Sul.
3. O Período Regencial é considerado como um dos mais
agitados da História do Brasil. A Independência ainda era
recente e os debates acerca do grau de autonomia das
Províncias eram muito presentes.
Sobre esse contexto e as revoltas dele decorrentes, marque V
para Verdadeiro e F para Falso. Em seguida, assinale a
alternativa que representa a sequência correta:
( ) O grupo político dos liberais exaltados defendiam,
dentre outras ideias, uma maior autonomia das
Províncias.
( ) A Revolta dos Malês, que ocorreu em Salvador, 1835,
demonstrou às elites o poder de contestação de
africanos e escravos, desencadeando no aumento da
repressão aos revoltosos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
( ) A Sabinada e a Cabanagem foram exemplos dos poucos
movimentos ocorridos no Brasil durante a Regência.
As demais Províncias vivenciaram esse período sem
conflitos.
( ) Nesse período, o chamado Ato Adicional estabeleceu a
criação das Assembleias Provinciais e da Regência
Una, eletiva e temporária.
( ) A Farroupilha, que durou cerca de 10 anos, foi um
movimento do período regencial que resultou na
Independência do Rio Grande do Sul e sua união com
o Uruguai.
A sequência correta é:
(A) V, V, F, V, F. (B) V, F, F, V, V.
(C) F, V, F, V, V. (D) F, F, F, V, V.
(D) V, V, F, F, F.
4. A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 na Bahia, contou
com ampla participação popular e defendeu, entre outras
propostas,
(A) a rejeição ao catolicismo e a construção de uma ordem
islâmica.
(B) a manutenção da escravidão de africanos e a ampliação
da escravização de indígenas.
(C) o retorno de D. Pedro I e o restabelecimento da
monarquia absolutista.
(D) a ampliação das relações diplomáticas e comerciais com
os países africanos.
(E) o reconhecimento dos direitos e deveres de todo cidadão
brasileiro.
5. Sob o ponto de vista das ideias, foram diversas as
correntes políticas que atuaram no período regencial no
Brasil (1831-1840).
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os
integrantes e suas posições político-ideológicas.
(A) Os cabanos situavam-se na região norte do país, eram
administradores das províncias, corporações do exército
local e elite dos comerciantes portugueses; defendiam o
retorno da família imperial.
(B) Os farroupilhas eram pequenos proprietários rurais e
comerciantes, representavam o setor mais conservador
do grupo dos chimangos; postulavam o retorno da
monarquia com a imposição de medidas centralizadoras.
(C) Os liberais exaltados eram proprietários rurais,
integrantes do exército e classe média urbana, que
defendiam a descentralização do poder imperial e a
autonomia das províncias.
(D) Os liberais moderados, ou chimangos, eram
comerciantes portugueses, aristocratas e integrantes da
alta patente do exército, que defendiam a volta do ex-
imperador e a autonomia das províncias.
(E) Os restauradores, ou caramurus, eram membros do setor
rural abolicionista e intelectuais da classe média;
defendiam as reformas socioeconômicas que visavam à
expulsão do ex-imperador.
6. A antinomia centralização-descentralização foi um dos
principais temas presentes nos debates parlamentares. Para
alguns a proposta de descentralização era a única capaz de
salvar o país da desagregação. Acreditavam que, com a
concessão de maior liberdade de ação, as províncias
541

continuariam ligadas ao império. Para outros, era justamente
essa maior autonomia que poderia levar a ruptura definitiva.
Apesar da oposição dos dois argumentos, o objetivo de am-
bos os grupos era o mesmo: preservar a unidade nacional. (...)
Em 12 de maio de 1840, depois de prolongados debates
parlamentares foi aprovada a Lei Interpretativa do Ato Adi-
cional de 1834.
Sonia Guarita do Amaral – organizadora. O Brasil como Império.
A Lei Interpretativa do Ato Adicional deve ser relacionada
com:
(A) a extinção da Regência Trina e a criação da Regência
Una;
(B) a abolição do Conselho de Estado, principal órgão de
assessoria do imperador;
(C) a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, com
deputados eleitos que possuíam um relativo poder
deliberativo;
(D) a criação da Guarda Nacional, subordinada ao Ministério
da Justiça e, em grande parte, controlada pelos senhores
de terras e de escravos;
(E) diminuição dos poderes das Assembleias Legislativas
Provinciais, assegurando o retorno da centralização dos
poderes.
7.
Queremos Pedro II,
Ainda que não tenha idade
A nação dispensa a lei.
Viva a Maioridade!
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
(Disponível em
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html)
Os dois versos se referem ao processo que culminou com a
antecipação da maioridade de D. Pedro II em 1840 e
permitem vislumbrar as preocupações na transição para o
Segundo Império.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade
de alçar ao trono um nobre com 14 anos de idade, assim
como encerrar o período denominado como Regencial.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que
o momento correto para a coroação do Imperador deveria
respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é
posta no sentido de que existe um grupo interessado na
subida ao trono e que interesses políticos e econômicos
específicos podem não satisfazer a nação como um todo.
Está(ão) correta(s):
(A) Somente a I. (B) I e II.
(C) I e III. (D) II e III.
(E) I, II e III.
8. As revoltas provinciais do período Regencial, que
varreram o país de norte a sul, tiveram distintos atores sociais
e propostas.
“As províncias, desprezadas pela corte, curtindo o exílio
dentro do país, e insatisfeitas com a Regência, reagem...”
(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p.
320)
Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.
I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação
de elementos de baixa condição social (índios,
seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham
um programa sistemático de reivindicações, mas
demonstravam seu ódio aos portugueses.
II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos
estancieiros e teve como principal proposta a abolição
incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a
defesa do trabalho assalariado.
III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo
integrantes da classe média e do comércio de Salvador.
Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do
federalismo.
IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes,
inclusive de escravos, sem unidade entre si, o que levou a
ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade.
O separatismo não foi proposto pelos rebeldes.
Está correto apenas o que se afirma em:
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
9. Observe a charge a seguir:
542

É correto afirmar que a charge acima faz referência
(A) à Constituição de 1824, na qual destacamos, entre outros
aspectos, a criação do Poder Moderador de uso exclusivo
do imperador que também era chefe do Legislativo e do
Judiciário.
(B) ao período das Regências, mais precisamente a Regência
Una do Padre Diogo Feijó a qual se caracterizou por ser
de orientação mais liberal e descentralizadora.
(C) ao início do Segundo Reinado, quando D. Pedro II sobe
ao poder, a partir de um arranjo político entre Liberais e
Conservadores que ficou conhecido como Golpe da
Maioridade.
(D) ao período das Regências, destacando-se o momento da
implantação da Regência Una que substitui a Regência
Trina Provisória de 1831, tendo a frente o Padre Diogo
Feijó.
(E) à convocação da Assembleia Constituinte de 1823, a
qual foi dissolvida pelos Conservadores no que ficou
conhecido como noite da agonia, por se tentar limitar os
poderes do imperador.
10. Durante o Período Regencial – 1831-1840 – o Brasil foi
palco de diferentes tipos de rebeliões como a Farroupilha, a
Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem
particularidades, esses movimentos apontam para pontos
comuns como:
(A) o questionamento da unidade territorial, apresentando
projetos separatistas e republicanos.
(B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como
forma de garantir um governo de base nacional.
(C) o estabelecimento temporário de um novo regime
político, capaz de unir o país até a posse de D. Pedro II.
(D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o
estabelecimento do trabalho assalariado em todos os
setores econômicos.
(E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária
que permitisse uma reestruturação agrária no país.
11. Em 1835, a Regência Una foi assumida por Diogo Feijó.
Foi eleito em votação apertada, com pouco mais da metade
dos votos, numa demonstração clara de que enfrentaria
grande oposição em seu governo. Logo explodiram rebeliões
em várias províncias, alguma reivindicando mais poder,
outras com objetivos separatistas e até mesmo tendência
republicana. Todas com maior ou menor mobilização
popular.
VAINFAS, Ronaldo ET AL. História. São Paulo: Saraiva, v. 2,
2010, p. 207.
No clima de rebeliões do período descrito no texto, as
maiores mobilizações populares ocorreram
(A) na Cabanagem do Grão-Pará, na Balaiada do Maranhão
e nos Malês, na Bahia.
(B) na guerra da Cisplatina, no quilombo dos Palmares e na
guerra de independência na Bahia.
(C) na Revolução Pernambucana de 1817, na Confederação
do Equador e na guerra dos Mascates.
(D) na campanha da Maioridade, na pressão pela abdicação
de D. Pedro I e na declaração de guerra do Brasil ao
Paraguai.
(E) em todas as províncias do Sul e do Sudeste, onde
prevalecia a maioria da população rural, carente de
atendimento por parte dos setores governamentais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
12. No bloco à esquerda, são citadas cinco rebeliões
ocorridas no Brasil durante o período regencial; no bloco à
direita, as razões de ocorrências dessas rebeliões.
Associe adequadamente o bloco da direita com o da
esquerda.
1. Abrilada ( ) Movimento popular ocorrido
2. Cabanagem na Bahia, em 1835, com o
3. Levante Malê objetivo de tomar o poder em
4. Sabinada Salvador e de estendê-lo para
5. Balaiada a região do Recôncavo.
( ) Movimento popular ocorrido
no Pará, que levou ao
desligamento do Império e à
proclamação da República.
( ) Movimento surgido da disputa
entre conservadores e liberais
no Maranhão, com a
participação também de
índios, negros e mestiços.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
(A) 1 - 3 - 5. (B) 2 - 4 - 3. (C) 3 - 4 - 1.
(D) 5 - 3 - 4. (E) 3 - 2 - 5.
13. Durante o período Regencial (1831-1840) ocorreram no
Brasil várias rebeliões provinciais, expressões, ao mesmo
tempo, das lutas das elites pelo poder local e por maior
autonomia das províncias, e da marginalização das camadas
populares, empobrecidas e excluídas da participação política.
A revolta que, ocorrida no Maranhão, contou também com a
participação de escravos foragidos foi:
(A) Farroupilha. (B) Cabanagem.
(C) Sabinada. (D) Balaiada.
14. Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre
1835 e 1837, é correto afirmar que
(A) o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio
recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe
emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate
às rebeliões regenciais e o início do processo de
centralização político-administrativa.
(B) o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças
políticas do Império foi, progressivamente, sendo
corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo
projeto político da Balaiada, que defendia uma
Monarquia baseada no voto universal.
(C) a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com
a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação
dos grupos mais conservadores, especialmente do
Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó
por meio de um golpe de Estado.
(D) o isolamento político do regente Feijó, que provocou a
sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua
incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam
por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral
do grupo regressista.
(E) as condições econômicas brasileiras foram se
deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um
forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao
cargo depois de um acordo para uma reforma
constitucional.
543

15. A abdicação de Dom Pedro I, em 1831, foi seguida por
anos turbulentos, nos quais diferentes grupos políticos
defendiam distintos projetos para os destinos da nação. Neste
período – que, até a coroação de Dom Pedro II, é conhecido
como “Período Regencial” diversas revoltas eclodiram nas
províncias e reivindicavam, especialmente, autonomia em
relação ao poder central.
Assinale a alternativa que contém apenas os nomes das
revoltas ocorridas durante o “Período Regencial”.
(A) Farroupilha, Cabanagem, Inconfidência Mineira,
Revolta dos Malês.
(B) Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Cabanagem.
(C) Inconfidência Mineira, Revolução Pernambucana,
Conjuração Baiana, Sabinada.
(D) Sabinada, Balaiada, Farroupilha, Coluna Prestes.
(E) Cabanagem, Sabinada, Araguaia, Revolução
Pernambucana.
16. Além da Revolta dos Malês, outras revoltas fizeram-se
presentes, durante o Período Regencial. Dentre estas revoltas,
destaque para a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio
Grande do Sul e Santa Catarina.
Sobre a Revolução Farroupilha, leia e analise as seguintes
afirmações.
I. Anita Garibaldi foi uma das principais protagonistas
da Revolução. Nascida em Santa Catarina, morreu
na Itália, onde lutou pela unificação daquele país.
II. Dentre os principais motivos da Revolução
Farroupilha, destacam-se o aumento dos impostos
sobre o charque e maior autonomia política das
províncias.
III. A Guerra dos Farrapos, nome também conhecido da
Revolução Farroupilha, teve, como principais
líderes, Davi Canabarro, Bento Gonçalves e
Giuseppe Garibaldi.
IV. Apesar de iniciar-se no Rio Grande do Sul, foi
apenas em Santa Catarina que a Revolução
Farroupilha conseguiu instituir uma república, a
República Juliana em Laguna e Nossa Senhora do
Desterro.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmações III e IV são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmações I, II e III são verdadeiras.
(E) Todas as afirmações são verdadeiras.
17. A Farroupilha foi uma revolta
(A) separatista, que contou com o apoio dos cafeicultores
paulistas interessados no mercado da região do Prata.
(B) popular, que tinha como objetivo o fim da escravidão no
Brasil e o rompimento com a Inglaterra.
(C) popular, cujos líderes foram duramente punidos com
penas de exílio e enforcamento.
(D) socialista, liderada por Giuseppe Garibaldi, que
pretendia estabelecer uma reforma agrária no Brasil.
(E) separatista, que proclamou a República no Rio Grande
do Sul, em 1836, e em Santa Catarina, em 1839.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO X
18. O período regencial vai de 1831 a 1840. Nesse período,
o país foi governado por regentes, pois o herdeiro do trono
do Império do Brasil, Pedro de Alcântara, tinha apenas cinco
anos de idade, quando D. Pedro I abdicou do trono em seu
favor, em sete de abril de 1831. Nesse período, algumas
províncias rebelaram-se e chegaram até mesmo a se separar,
temporariamente, do resto do país.
Sobre as revoltas do período regencial, leia e analise as
afirmações abaixo:
I. A revolta da Cabanagem eclodiu em 1835, na província
do Grão-Pará, reunindo pobres, escravos e fazendeiros
contra o governo central. Os pobres queriam distribuição
de terras, o fim da escravidão e os fazendeiros queriam
escolher seu governador.
II. A Revolução Farroupilha, de 1835 a 1845, ocorreu no
Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os fazendeiros
gaúchos reclamavam dos altos impostos cobrados pela
entrada de seus produtos nas outras províncias
brasileiras. O movimento fundou a República Rio-
Grandense e a República Juliana.
III. A Revolta dos Malês e a Sabinada ocorridas no
Maranhão, em 1838, eram movimentos pela
Independência do Brasil, pois a exploração portuguesa
estava levando à falência os produtores de algodão.
Assinale a alternativa CORRETA:
(A) Apenas a afirmação I e III são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
(D) Apenas a afirmação III é verdadeira.
(E) Todas as afirmações são verdadeiras.
19. “Entretanto, a revolta não uniu toda a população gaúcha.
Ela foi preparada por estancieiros da fronteira e algumas
figuras da classe média das cidades, obtendo apoio
principalmente nesses setores sociais. Eles pretendiam
acabar com a taxação de gado na fronteira com o Uruguai ou
reduzi-la, estabelecendo a livre circulação dos rebanhos que
possuíam nos dois países [...]. Nas fileiras dos revoltosos,
destacaram-se pelo menos duas dezenas de revolucionários
italianos refugiados no Brasil, sendo o mais célebre deles
Giuseppe Garibaldi”.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2003, p. 169.
O texto refere-se a um dos períodos mais agitados da história
política do país, pois estavam em jogo a unidade nacional, a
centralização e a descentralização do poder, a autonomia das
províncias e a organização das forças armadas. A passagem
descreve a revolta da
(A) Sabinada. (B) Cabanagem.
(C) Balaiada. (D) Farroupilha.
20. Considere as seguintes afirmações sobre o processo
histórico da Guerra dos Farrapos.
I. A oposição de estancieiros e charqueadores ao Império
foi motivada pela elevada tributação do charque gaúcho
e da importação de sal, que beneficiava a importação do
charque platino.
544
 CAPÍTULO X

II. O poderio militar dos farroupilhas, sustentado pelos

armamentos provenientes dos Estados Unidos, foi GABARITO
demonstrado ao Império nos combates de Fanfa, Batovi
e Porongos. 1. D
III. A Paz de Poncho Verde, em 1845, permitiu ao Império 2. B
o apoio militar da Província e o uso de seu território 3. A
como base de operações para enfrentar os conflitos com 4. A
o Prata, que se avizinhavam. 5. C
6. E
Quais estão corretas? 7. E
(A) Apenas I. (B) Apenas I e II. 8. C
9. B
(C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III.
10. A
(E) I, II e III.
11. A
12. E
21. A ocorrência de rebeliões, tais como a Cabanagem 13. D
(1835-1840), no Pará, a Sabinada (1837-1838), na Bahia, e a 14. D
Balaiada (1838-1841), no Maranhão, determinou a 15. B
caracterização da Regência como um período conturbado. 16. D
Todavia, a ocorrência de rebeliões tão distintas apresenta 17. E
como aspecto comum a 18. B
(A) reivindicação popular pela abolição da escravatura, 19. D
tornando inviável o apoio das camadas médias urbanas 20. C
aos movimentos contra a ordem regencial. 21. C
(B) influência da experiência republicana da América 22. C
Hispânica, decorrente da proximidade intelectual entre
as elites imperiais e os criollos.
(C) mobilização das camadas populares pelos segmentos da
elite, objetivando o controle do poder nas referidas
províncias.
(D) tentativa de restabelecer o poder moderador,
transferindo- o para a Regência Una como forma de
resistir às reformas liberais.
(E) rejeição ao regime monárquico, revelador da
permanência do privilégio concedido ao português desde
a Colônia.

22. Leia o texto a seguir e responda:

"A província da Bahia era no século XIX uma das

mais prósperas regiões canavieiras das Américas. Os
engenhos de açúcar, movidos pela mão de obra escrava,
estavam localizados sobretudo no Recôncavo, região fértil e
úmida que abraça a Baía de Todos os Santos. Salvador, então
mais conhecida como Cidade da Bahia, deveria contar,
segundo estimativa da historiadora Kátia Mattoso, com 68
mil habitantes na época da rebelião. A recessão econômica
das décadas de 1820 e 1830 e o processo turbulento de
descolonização e formação do Estado nacional convergiriam
para romper a relativa apatia política que caracterizara a
sociedade colonial baiana. Então houve momentos de
violência.
A revolta de 1835 foi um elemento importante dessa
correnteza. Foi um movimento envolvendo escravos e
libertos. A revolta de 1835 deve ser compreendida na
articulação entre conflitos de classes, étnicos e religiosos".
(João José Reis. "Rebelião Escrava no Brasil")

O texto apresentado trata da:

(A) Cabanagem;
(B) Guerra dos Farrapos;
(C) Revolta dos Malês;
(D) Sabinada;
(E) Balaiada.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 545
 CAPÍTULO X

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 546


CAPÍTULO XI – 2º REINADO ( 1840 -1889)
1) O SEGUNDO REINADO (1840-1889) – A
POLÍTICA INTERNA
Logo pós anos de turbulências causadas pelas revoltas
regenciais o Estado brasileiro se consolidou, através do
Segundo Reinado (1840-1889), principalmente diante do
apoio dos dois principais partidos (Liberal e Conservador) ao
Imperador D. Pedro II. O apoio dos grandes proprietários ao
imperador foi fundamental para a longevidade de seu
reinado.
No Segundo Reinado, duas revoltas que haviam
eclodido no Período Regencial foram desarticuladas,a
Balaiada ocorrida no Maranhão e a Farroupilha ocorrida no
sul do país. A ação do Barão Caxias foi decisiva para
superação de tais levantes. Entretanto, o Império do Brasil
seria sacudido por mais um levante pernambucano, a
Revolução Praieira (1848-1850).
1.1) A alternância Ministerial
O Golpe da Maioridade foi articulado pelos Liberais e
em contrapartida, D. Pedro II anunciou a formação de um
ministério formado apenas por liberais, que ficou conhecido
como o Ministério dos Irmãos, por ser formado por
membros de três famílias importantes (os Andradas, os
Coutinhos e os Cavalcantes).
Apesar do controle do ministério, na Câmara dos
Deputados a hegemonia ainda era conservadora. Nas eleições
de 1841, os liberais organizaram uma série de ações violentas
e de fraudes para obter a maioria dos votos. Estas eleições
ficaram conhecidas como as “eleições do cacete” e foram
denunciadas pelos conservadores. D. Pedro II afastou o
Ministério Liberal em 1841, indicando em seguida um
ministério formado apenas por conservadores, que
governaria o Brasil até 1844. Iniciava-se a estratégia de D.
Pedro II de alternância entre os dois partidos, conhecida
como Revezamento Ministerial. A prática fazia com que D.
Pedro II tornasse sua vontade hegemônica, negociando a
instituição de suas propostas em troca da presença dos
partidos nos ministérios.
Lembrando da frase “Nada mais conservador do que um
liberal no poder” , este era o verdadeiro retrato da política
brasileira, ou seja, não importando o grupo político que
estivesse no poder , ambos defendiam os interesses dos
latifundiários cafeeiros. Sendo assim tudo era “farinha do
mesmo saco” no jargão popular.
1.2) O “Parlamentarismo às Avessas” (1847)
Em 1847, D. Pedro II criou o cargo de presidente do
Conselho de Ministros, responsável pela indicação dos
demais ministros. Em teoria, o Brasil tornava-se uma
monarquia parlamentarista.
O parlamentarismo tinha como maior exemplo o
inglês como forma de limitação ao poder real .O rei inglês
ganhou a atribuição de chefe de Estado, representante
internacional da nação, mas não exercia a chefia do governo.
Esta era realizada pelo primeiro ministro, escolhido pelo
Parlamento.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
No Brasil, a indicação do presidente do conselho de
ministros (equivalente ao primeiro ministro inglês) era
atribuição do Poder Moderador, exercido exclusivamente
pelo Imperador. Ou seja, ao invés de limitar sua influência, o
parlamentarismo no Brasil ampliava o Poder do Imperador.
1.3) O Bill Aberdeen (1845) e a Lei Eusébio de Queiroz
(1850)
As pressões da Inglaterra, que se arrastavam desde
os Tratados de 1810, fizeram com que o Brasil firmasse em
1831 um tratado que proibia o tráfico em portos oficiais, o
que não surtiu grande efeito, graças às fortes pressões dos
latifundiários escravistas, que ganharam projeção com o
advento da produção cafeeira no Vale do Paraíba.
A resistência brasileira fez com que, em 1845, a
Inglaterra aprovasse o Bill Aberdeen, conferindo à marinha
inglesa o direito de aprisionar navios negreiros, fazendo com
que os tripulantes fossem julgados na Grã-Bretanha. O
interesse no fim do tráfico era justificado pela necessidade
de mais mercados consumidores, frente ao avanço da
indústria inglesa. Também é importante considerar que, ao
longo do XIX, a Inglaterra ampliou sua ação na África e não
fazia parte dos planos das grandes empresas imperialistas que
os africanos fossem retirados do continente. Estes deveriam
permanecer na região para garantir a exploração por parte de
tais empresas.
Diante da ação da marinha inglesa, que chegou
mesmo a atacar navios negreiros na costa brasileira, o Brasil
aprovou a Lei Eusébio de Queiróz (ministro de D. Pedro II)
em 1850, decretando o fim do tráfico intercontinental de
escravos .A medida causou uma série de repercussões como:
→ a ampliação do tráfico interprovincial, principalmente do
nordeste para os cafezais do Sudeste;
→ a ampliação da entrada de imigrantes para substituição do
trabalho escravo;
→ a fragilização de áreas de produção escravocratas como o
Nordeste e o Vale do Paraíba, grande produtor de café;
→ a liberação de capitais então utilizados para a aquisição
dos escravos. Estes capitais foram investidos na expansão
dos cafezais, na construção de ferrovias para o escoamento
da produção e na criação de indústrias para diversificar a
produção.
→elevação do preço do escravo
2) A Revolta Praieira (Pernambuco – 1848-1850)
A crise da produção açucareira, a concentração
fundiária (principalmente em torno da família Cavalcante, a
exploração dos comerciantes portugueses (ampliando o
sentimento de lusofobia). Problemas tradicionais que
somados a influência da primeira geração de socialistas em
voga na Europa da “Primavera dos Povos” (onda de levantes
liberais que sacudiu a Europa a partir de 1848) geravam uma
conjuntura favorável a eclosão de um novo levante.
A influência do Partido Liberal em Pernambuco era
notória e organizada em torno do Partido da Praia, de
composição extremamente heterogênea, por englobar desde
547

grandes proprietários de terra até militares como o capitão
Pedro Ivo e intelectuais como o jornalista Borges da Fonseca.
Por meio do jornal “O Diário Novo”, os “praieiros”
difundiam suas propostas e combatiam os saquaremas
opositores.
O estopim do conflito foi a ascensão em 1848 de um
ministério conservador, comandado pelo Visconde de
Olinda, o ex-regente Pedro de Araújo Lima, que afastou
Antônio Chichorro da Gama da presidência da província,
uma vez que este pertencia aos quadros do Partido Liberal.
Os insurgidos apresentaram o Manifesto ao
Mundo(1848)¸escritopor Borges da Fonseca, contendo as
seguintes propostas:
1a – Voto livre e universal;
2a – Liberdade de expressão e de imprensa;
3a – Garantia de trabalho para todos os indivíduos;
4a – Nacionalização do comércio varejista de Pernambuco;
5a – Independência dos poderes constituídos
6a – Fim do Poder Moderador;
7a – Adoção do federalismo em todo o país;
8a – Reforma do poder judicial, assegurando garantias
individuais para todo o cidadão;
9a – Extinção dos juros convencionais;
10a – Fim do sistema anual de recrutamento.
Dentre várias reivindicações ficava de fora das
aspirações dos rebeldes o fim da escravidão. Apesar da
grande mobilização popular, o movimento foi debelado em
1850 – Borges da Fonseca foi morto e o capitão Pedro Ivo
preso. Na fuga da prisão, Pedro Ivo acabou falecendo.
A Revolta Praieira foi a última grande revolta social do
Império do Brasil, mergulhando o país em um clima de
estabilidade que duraria até a crise monárquica,
3) O Ministério da Conciliação (1853)
A estabilidade obtida com o fim da Revolta Praieira
foi consolidada pela iniciativa do chefe do Conselho de
Ministros Hermeto Carneiro Leão de formar um ministério
composto por liberais e conservadores, que ganhou o apelido
de “Ministério da Conciliação”. Formado em 1853, o
ministério durou apenas 5 anos, embora a proposta tenha sido
reeditada em 1862 sob a liderança de Zacarias Góes, desta
vez com o nome de Liga Progressista. Porém, conflitos entre
o liberal Zacarias Góes e os conservador Duque de Caxias
determinaram a queda de todo o gabinete liberal em 1868.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
4) O SEGUNDO REINADO (1840-1889) – ECONOMIA
O reinado de D. Pedro II trouxe para a economia
um período de estabilidade baseado na expansão da
cafeicultura no Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais). A atividade proporcionou recursos que promoveram
não apenas a diversificação da economia quanto também da
sociedade brasileira, a partir da segunda metade do século
XIX.
4.1) A Economia Cafeeira
Somente nas primeiras décadas do século XIX o
café ganhou espaço na produção em grandes fazendas
exportadoras, aproveitando a difusão mundial do consumo,
principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra. Estima-se
que entre 1830 e 1840, o café tenha ocupado o posto de
principal produto de exportação na década de 1830.
O centro irradiador da agroexportação cafeeira foi o
Rio de Janeiro a partir da região da Tijuca em direção ao
norte e ao litoral fluminense atingindo tanto o sul de Minas
Gerais quanto o Vale do Paraíba. Nesta última, o solo fértil
e as chuvas regulares tornaram-se fatores facilitadores da
instalação dos grandes cafezais, tornando a região a maior
produtora de café no Brasil.
A rápida expansão da cafeicultura é explicada pela
simplicidade do processo de produção, principalmente
quando comparado aos engenhos açucareiros. Foi
imprescindível para a propagação da cafeicultura no Vale do
Paraíba a grande oferta de escravos, por conta da decadência
da mineração, de mulas (utilizadas para o escoamento da
produção) e a proximidade do porto do Rio de Janeiro. Fica
claro que esta primeira grande área produtora de café optou
pelo tradicional sistema de plantation, outrora utilizado pela
lavoura açucareira.
Entretanto, o desmatamento desordenado e a
consequente erosão em terrenos montanhosos foram aos
poucos deteriorando a produção de café no Vale do Paraíba.
A decadência de região, a partir da década de 1850, foi
acompanhada na expansão da atividade para o interior de São
Paulo, a partir de Campinas, atingindo regiões como Jundiaí,
548
 CAPÍTULO XI

Itu, Sorocaba, Araraquara e Ribeirão Preto. Nestas áreas, o Sistemas de trabalho utilizados para a mão –de- obra
terreno mais plano que o do Vale do Paraíba combinou-se à imigrante
fertilidade da “terra roxa”, fruto da decomposição de
material vulcânico. Assim, a partir da década de 1870, o Parceria Colonato
Propaganda nos países Governo faria a propaganda
Oeste Paulista se transformou na principal área de produção,
europeus para atrair para atrair interessados
demandando o melhoramento do sistema de transportes, interessados
devido à distância em relação ao litoral. Muitos fazendeiros Empréstimos feitos pelos As passagens seriam
associaram-se para construir ferrovias como a Santos- fazendeiros aos imigrantes a integralmente subsidiadas
Jundiaí (1868) e a Itu-Campinas (1872). O porto de Santos fim de pagar suas para que os imigrantes não
projetava-se como grande porto exportador em detrimento do passagens para o Brasil ficassem endividados
porto de Rio de Janeiro que, paulatinamente, perdia o posto Novos empréstimos para Os gastos com as primeiras
financiar as instalações e o instalações e primeiras
de principal porto brasileiro.
início do processo plantações ficariam a cargo
produtivo dos fazendeiros
Compromisso do Além das terras para o café
4.2) A Imigração para O Brasil fazendeiro em repassar os colonos receberiam
metade do lucro líquido terras para a produção de
Com o final do tráfico de escravos a partir da lei Eusébio de obtido com a venda do café subsistência
Queiroz ,a expansão da cafeicultura tornava grave a plantado pelo imigrante
necessidade de mão-de-obra, obrigando produtores a
utilizarem alternativas como os imigrantes oriundos 4.3) A Lei de Terras (1850)
principalmente do continente europeu. Como em 1850 o
Oeste Paulista apresentava-se em forte projeção, coube aos Em 1850, o Congresso brasileiro aprovou a Lei de
cafeicultores da região às primeiras iniciativa para vinda de Terras que regulamentava a compra e venda da propriedade
imigrantes. fundiária, substituindo o velho sistema de concessão de
Entre os imigrantes que vieram para o Brasil, sesmarias. Para adquirir terras a partir da lei só seria através
da compra, o que trazia ao campo brasileiro as modernas
estavam principalmente italianos, alemães, portugueses e
práticas capitalistas. Por outro lado, a Lei de Terras
espanhóis. O pioneiro na introdução da mão-de-obra conservava a velha estrutura latifundiária uma vez que
imigrante foi o senador Nicolau Campos Vergueiro que, em tanto imigrantes quanto ex-escravos estavam impedidos de
1847, trouxe imigrantes alemães e suíços para sua fazenda invadir as terras ditas “devolutas”, além de dificilmente
em Ibicaba (Limeira/São Paulo). Vergueiro pagou a viagem possuírem capitais suficientes para aquisição das terras.
dos imigrantes para o Brasil que deveriam assumir o
compromisso de cultivar, colher e beneficiar o café, de modo 4.4) A Tarifa Alves Branco (1844)
que os lucros seriam repartidos com os trabalhadores – nascia
No ano de 1840 os acordos comerciais que
o “sistema de parceria”. favoreciam a entrada de produtos ingleses no Brasil haviam
Entretanto, ao chegar ao Brasil, o imigrante padeceu se encerrados ,com isso visando aumentar a arrecadação de
com problemas como os altos juros que corrigiam o valor impostos alfandegários no Brasil, o ministro da fazenda
emprestado para o pagamento da viagem. Isto tornava cada Manuel Alves Branco elevou as tarifas alfandegárias no
vez maior a dívida do imigrante que era comumente obrigado Brasil de 15% para 30%, caso o produto importado não
apresentasse similares produzidos no Brasil. Se possuísse
a comprar os produtos que necessitava no armazém da
similar, a tarifa poderia atingir até 60%. Determinava com a
fazenda (geralmente os preços eram superfaturados). Muitos tarifação ad valoren de 60% prejudicando a entrada de
latifundiários portavam a velha mentalidade escravocrata, produtos ingleses. A Inglaterra nã gostou do fato e promoveu
castigando à chibata as infrações dos trabalhadores. O uma retaliação através da implantação no ano posterior do
resultado: em 1857, camponeses da fazenda de Campos Bill Aberdeen.
Vergueiro se insurgiram contra tais agravos.
Diante da ineficácia do “sistema de parceria” o 4.5) O Surto Industrial e a Era Mauá (1850-1870)
governo imperial resolveu subvencionar a imigração para o
A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil
Brasil, a viagem era paga pelo governo, minimizando a conheceu um momento de crescimento da atividade
“escravidão por dívida” gerada pela parceria. Desta industrial, principalmente para produção de alimentos e
maneira, propagou-se a prática do trabalho assalariado no tecidos. A dinamização da economia está relacionada às
campo brasileiro, garantindo mão-de-obra suficiente para o seguintes causas:
crescimento da atividade cafeeira.Esta nova forma ficou
conhecida como colonato.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 549


→Tarifa Alves Branco (1844): apesar de não possuir
objetivos protecionistas, a elevação das tarifas alfandegárias
encareceu os produtos importados, favorecendo os
investimentos na produção de gêneros industriais no Brasil;
→ Lei Eusébio de Queirós (1850): ao extinguir o tráfico
negreiro, a lei liberava capitais outrora destinados à produção
industrial que puderam ser aplicados em outras atividades
como indústrias e ferrovias;
→ Ampliação da entrada de imigrantes com o fim do tráfico
negreiro: as grandes levas de imigrantes assalariados
proporcionaram mais do que a ampliação do mercado
consumidor interno. Geraram mão-de-obra com algum
conhecimento das operações industriais.
→Os lucros da atividade cafeeira: o excedente de capital foi
aplicado na diversificação dos investimentos dos
cafeicultores.
Diversos empreendimentos, muitos próximos ao
universo urbano, surgiram nesta época. Um dos principais
empreendedores foi Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de
Mauá. A infância pobre contrastava com a
convicção da importância da diversificação dos capitais
investidos já que Mauá atuou em diversas frentes. Como
exemplo de sua atuação, podemos citar:
→ a criação do primeiro estaleiro da América do Sul
(o Estaleiro Mauá),
→ a Companhia de Iluminação a gás do Rio de
Janeiro,
→ a Companhia de Navegação a Vapor do rio
Amazonas
→ e o Banco Mauá & Cia.
→ferrovias como a Rio-Petrópolis e a Santos-
Jundiái.
Apesar da notória prosperidade, a “Era Mauá” foi
desarticulada diante de restrições tradicionais da economia
brasileira, como o predomínio da agroexportação escravista,
os altos gastos com a Guerra do Paraguai (1864-1870), a falta
de apoio governamental e a Tarifa Silva Ferraz que, em 1860,
reduziu as tarifas alfandegárias para importação de máquinas,
ferragens, ferramentas e armas, ampliando novamente a
concorrência internacional.
O sonho da industrialização foi adiado em nome da
manutenção da agroexportação.
5) O SEGUNDO REINADO (1840-1889) –
POLÍTICA EXTERNA E CRISE DO IMPÉRIO
No campo da política externa, o Segundo Reinado é
marcado por dois importantes acontecimentos: A Questão
Christie (1861-1865) e a Guerra do Paraguai (1864-70).
Ambos demonstram a projeção política do Estado brasileiro.
Entretanto, o fim da Guerra do Paraguai mergulhou o Brasil
em uma grave crise financeira, abrindo espaço para a
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
contestação do Estado imperial e do governo de D. Pedro II,
o que culminou na proclamação da república
5.1) A Questão Christie (1861-1865)
O embaixador inglês no Brasil, William Dougal
Christie era conhecido por sua arrogância no trato com os
brasileiros, característica que se tornou evidente em dois
incidentes ocorridos no Brasil:
→ Em 1861, um navio inglês naufragou no Rio Grande do
Sul e teve sua carga saqueada. Christie exigiu do governo
brasileiro uma indenização no valor de 3.200 libras e o
acompanhamento de um oficial inglês nas investigações.
→ No ano seguinte, marinheiros ingleses bêbados foram
presos por realizarem arruaças no Rio de Janeiro. Christie
exigiu novamente a indenização, o afastamento dos policias
que prenderam os ingleses e um pedido oficial de desculpas
do governo brasileiro à marinha inglesa.
D. Pedro II pagou a indenização exigida por Christie
e solicitou a arbitragem da Bélgica para avaliar a situação.
O rei Leopoldo I deu ganho de causa ao Brasil e determinou
que a Inglaterra deveria desculpar-se da prepotência de
Christie. Como a Inglaterra recusou-se a pedir desculpas, D.
Pedro II rompeu relações diplomáticas com a Inglaterra em
1863. Mas logo em seguida os dois países se reaproximaram
devido aos interesses na Guerra do Paraguai .
5.2) A Questão Platina
A disputa pela hegemonia na Bacia Platina tem um
longo histórico. Desde a fundação da Colônia de Sacramento
(1680), portugueses e espanhóis já demonstravam a
importância comercial e estratégica da bacia que permite uma
grande penetração no interior do território. Quando em 1816,
D. João VI ordenou a invasão da Cisplatina diante da
pretensão argentina de incorporar a área, a Questão Platina
ganhava mais um episódio. O Brasil estabeleceu o controle
sobre a Província Cisplatina até 1828 quando esta declarou
sua independência, dando origem ao atual Uruguai.
5.2.1) Os Interesses dos Países platinos
Na segunda metade do XIX, Brasil e Inglaterra
defendiam a liberdade de navegação na região, com o intuito
de facilitar o escoamento dos seus produtos . Já a Argentina
ainda pretendia estabelecer o controle sobre o Uruguai,
revivendo as fronteiras do antigo Vice-Reino da Prata, e
assim, consolidar a hegemonia sobre a navegação na Bacia
Platina controlando os portos de Buenos Aires e Montividéu.
O Uruguai refletia esta disputa, através da existência
de duas grandes facções partidárias: os blancos
(representantes dos criadores de gado e produtores de
charque próximos à Argentina) e os colorados
(representantes dos comerciantes que recebiam apoio do
Brasil).
550
 CAPÍTULO XI

5.2.2) A Intervenção Brasileira contra Oribe e Rosas Argentina, Uruguai e Paraguai – do que da ação dos
(1851-1852) interesses ingleses.

Em 1851, o blanco Manoel Oribe assumiu a 5.2.4) A Guerra do Paraguai (1864-70)

presidência do Uruguai , com o apoio do presidente argentino
Juan Manuel Rosas, ordenou o bloqueio do porto de
Montevidéu ao Brasil.
Posteriormente, os blancos ainda invadiram o Rio
Grande do Sul, assassinaram estancieiros e roubaram
milhares de cabeças de gado. Este foi o argumento para que
D. Pedro II ordenasse a invasão do Uruguai por tropas
lideradas pelo então Barão de Caxias, com o apoio das tropas
do general argentino Urquiza (governador das províncias de
Entre-Rios e Corrientes).O líder uruaio, Oribe, foi derrubado,
dando lugar ao colorado Frutuoso Rivera.O líder argentino
também seguiu o mesmo caminho da liderança uruguaia , ou
seja, Rosas foi deposto e em seu lugar, assumiu o general
Urquiza.

5.2.3)A Intervenção Brasileira contra Aguirre (1864)

Em 1864, os blancos retornaram à presidência

uruguaia com a eleição de Atanásio Aguirre. Este contava
com o apoio do presidente paraguaio Solano López. Mais
uma vez, uruguaios invadiram o território do Rio Grande do
Sul e confiscaram propriedades de brasileiros,
principalmente dos que viviam no Uruguai.
D. Pedro II ordenou uma nova invasão ao Uruguai,
sob a liderança do general Mena Barreto e do vice-almirante
Tamandaré, que derrubou Aguirre, dando lugarnovamente ao
colorado Frutuoso Rivera. Indignado com uma nova
intervenção militar brasileiro, alterando o equilíbrio político
na região, Solano López capturou, em terras paraguaias,
o navio Brasileiro Marquês de Olinda, declarando guerra
ao Brasil em 13 de novembro de 1864. Posteriormente, o
Mato Grosso do Sul seria invadido, dando início à Guerra
do Paraguai.
A produção historiográfica das décadas de 1960 e
1970 percebia a Guerra do Paraguai como um resultado
direto da política imperialista inglesa, que se apropriou do
Brasil como instrumento de seus interesses. Solano Lopes
teria sido o idealizador de uma política de desenvolvimento
antiimperialista, visando o crescimento autônomo da
economia paraguaia.
De fato, no Paraguai desde a sua independência em
1811, havia uma preocupação com o desenvolvimento
econômico através de medidas como a expropriação de terras
da Igreja Católica e da aristocracia local para fins de reforma
agrária, investimentos na ampliação da atividade industrial
(barcos, papel, louças etc.) e ferroviária. A redução do
número de analfabetos também era uma preocupação dos
governantes, embora no campo político os governos
ditatoriais reprimiam com violência os opositores.
Porém, as pesquisas mais recentes, demonstram que
as relações entre Paraguai e Inglaterra não eram tão odiosas
assim, uma vez que o país contou com capital britânico em
diversas atividades. E se a Inglaterra ofereceu muito mais
recursos para o financiamento da guerra para o Brasil e seus
aliados, isso se deve ao fato de que os investidores britânicos
perceberam prontamente a maior chance de vitória destes.
Ou seja, a Guerra do Paraguai é fruto muito mais das
disputas entre os quatro países envolvidos – Brasil,
Desde 1862, o Paraguai era governado por Solano
López que procurava articular o plano de construção do
“Grande Paraguai”, em virtude da ausência de uma saída
para o mar, dificultando o escoamento da produção
paraguaia.
O projeto expansionista de Solano López incluía a
incorporação das províncias argentinas de Entre-Rios e
Corrientes, parte do Mato Grosso, o Rio Grande do Sul e o
Uruguai .Logo após ter invadido o Mato Grosso, Solano
López ordenou a invasão das demais áreas pretendidas, fato
que determinou a aproximação entre Brasil e , Argentina
(governada por Bartolomeu Mitre) e Uruguai culminando na
criação da Tríplice Aliança.
O Brasil contava no início do conflito com cerca de
18 mil combatentes em seus quadros,em contrapartida o
exército paraguaio contava com mais de 70 mil homens. A
Guarda Nacional resistiu à convocação. O Exército deu início
ao recrutamento dos “Voluntários da Pátria”, indivíduos
que se alistavam nas tropas brasileiras, embora existam
relatos de violência no recrutamento, principalmente no caso
de negros.
A Marinha brasileira também foi extremamente
atuante, aproveitando-se da fragilidade da marinha
paraguaia, praticamente destruída na Batalha do Riachuelo
(1865)pelo almirante Barroso. A partir desta batalha,
começava uma segunda fase para a guerra - a ofensiva aliada
ao Paraguai.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 551


Em 1866, as forças aliadas comandadas pelo general
Luis Osório avançaram por terra para tomar a fortaleza do
Curupaiti, sem a devida proteção da marinha brasileira, então
comandada pelo almirante Tamandaré. A derrota na Batalha
do Curupaiti (1866) gerou a morte de mais de 4 mil soldados
aliados e a retirada da forças uruguaias do confronto. D.
Pedro II entregou o comando do conflito ao então marquês
de Caxias (futuro duque de Caxias) que tratou de reorganizar
o Exército por meio de treinamento, compra de equipamentos
modernos e melhoria das condições de higiene, uma vez que
a cólera fazia vítimas em ambos os lados. Pouco depois, a
Argentina também se retirou do conflito.
Após a ascensão de Caxias, o Exército brasileiro
conseguiu expressivas vitórias como em Humaitá (1868). N
mesmo ano , no mês de Dezembro ocorreram várias batalhas
em diversas regiões paraguaias,como por exemplo Itororó,
Avaí, Angosturas e Lomas Valentinas. Em 1869, a ofensiva
brasileira chegou a Assunção, quando Caxias foi substituído
pelo conde d’Eu, marido da princesa Isabel, filha de D. Pedro
II. Solano López fugiu, mas foi capturado em 1º de março de
1870 no Cerro-Corá.
O saldo da guerra foi trágico para o Paraguai. A
morte de cerca de 50% da população, em sua maioria homens
com mais de 25 anos, determinou a falta de braços para a
economia. Diversas indústrias e ferrovias foram destruídas.
A reconstrução do país foi em grande parte financiada pelo
capital britânico.
O endividamento ocorreu também nos países
aliados, embora o Brasil tenha assumido a maior parte dos
empréstimos, em virtude de seu grande envolvimento nas
diversas batalhas. As sucessivas remessas de dinheiro para o
pagamento da dívida junto aos bancos ingleses fez com que
o Brasil conhecesse uma grave crise financeira por conta da
falta de papel moeda para operações como investimentos,
compras, pagamento de salários frente a expansão do
trabalho imigrante, aluguéis, entre outras.
6) A Crise do Império
De fato, a Guerra do Paraguai pode ser interpretada
como um “divisor de águas”. Afinal, os tempos de
prosperidade provocada pela expansão da cafeicultura
contrastavam com a crise financeira que tomou conta do país.
Mais importante do que isso é a análise das
transformações sociais ao longo do extenso do Segundo
Reinado. A Guerra do Paraguai foi importante por permitir a
projeção de um importante grupo , o Exército. A
modernização das atividades econômicas fez crescerem
grupos como o empresariado e a classe média urbana. Os
cafeicultores paulistas se projetaram já a partir da década de
1870 como principal segmento econômico do Brasil.
Esses grupos encontravam dificuldades para incluir
suas propostas políticas nas ações governamentais, afinal de
contas, D. Pedro II permanecia próximo à aristocracia
cafeeira de regiões como o Vale do Paraíba, base do partido
conservador. Em outras palavras, a crise do Império é fruto
do processo de isolamento da monarquia, frente à projeção
de tais grupos. Separadamente, analisaremos as várias
questões que resultaram na proclamação da República
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
6.1) A Questão Militar
A situação do Exército ao longo das primeiras
décadas do reinado de D. Pedro II era extremamente difícil.
Os baixos investimentos (a Marinha e a Guarda Nacional
canalizavam as atenções governamentais), a restrita
participação política e a proibição da manifestação pública de
críticas incomodavam diversos oficiais.
A situação ficou mais crítica após a Guerra do
Paraguai (1864-1870). As vitórias sobre os soldados
paraguaios e os investimentos realizados trouxeram prestígio
e modernização ao Exército, que passou a defender a sua
atuação enquanto agente transformador da política brasileira
– era a “idéia da salvação nacional”.
A politização do Exército incluía a defesa da
ampliação de sua atuação política e do abolicionismo,
resultado da participação de muitos negros na Guerra do
Paraguai. Vários oficiais, gradativamente, alteraram sua
concepção sobre a escravidão, atacando uma das bases do
Império. E se o Império não incluía as propostas dos oficiais,
tomava corpo entre estes o republicanismo, assimilado a
partir do contato dos militares brasileiros com solados das
repúblicas da Argentina e Uruguai.
O positivismo foi outra ideologia que atingiu o
Exército, principalmente a jovem oficialidade. Criado pelo
francês Auguste Comte, o positivismo no Brasil foi difundido
pelo tenente-coronel Benjamin Constant e possuía como
lema principal “ordem e progresso”. A ordem, vista como
chave para o progresso seria obtida através da adoção de uma
república ditatorial e centralizadora, comandada pelos
oficiais do Exército .As principais ideias foram expostas no
Manifesto Republicano de 1870
À medida que estas três ideologias se difundiam no
imaginário dos oficiais, as tensões entre o Exército e a
monarquia se agravavam. O ponto alto foi a demissão, em
1886, do Marechal Deodoro da Fonseca da presidência e da
chefia das armas da província do Rio Grande do Sul, por ter
se recusado a prender o tenente-coronel Sena Madureira, que
havia se manifestado a favor do jangadeiro cearense
Francisco Nascimento. O jangadeiro havia organizado um
movimento contra o transporte de escravos para outras
províncias no Ceará. Três anos depois, Deodoro comandaria
o grupo de oficiais que deu fim à monarquia brasileira.
6.2) A Questão Religiosa
No ano de 1864, o papa Pio IX lançou a Bulla
Syllabus, proibindo a vinculação entre maçonaria e Igreja
Católica. Pela bula, maçons não poderiam freqüentar a Igreja
mesmo se fossem sacerdotes. A forte influência da maçonaria
no Brasil, fez com que D. Pedro II utilizasse o direito do
Beneplácito, presente na Constituição de 1824, para não
autorizar a aplicação da bula no Brasil.
Porém, em 1874, o bispo de Olinda D. Vital e o
bispo de Olinda D. Antônio de Macedo foram presos por
desobediência ao Imperador após tentarem aplicar a Bula
Syllabus em seus bispados. Em 1875, quando Caxias assumiu
o comando do ministério, os bispos foram soltos, mas
diversos membros da Igreja Católica protestavam contra a
subordinação da Igreja ao Estado através do Padroado. Deste
modo, muitos eclesiastas se aproximavam da ideia de
552

construção de um Estado laico (desvinculado de instituições
religiosas), pensamento tipicamente republicano.
6.3) A Oposição dos Segmentos Urbanos
A ampliação das atividades industriais e de centros
urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo ampliou os quadros
da classe média. A partir da Era Mauá, quantidade de
empresários ligados às atividades industriais também
aumentou. Mesmo não possuindo quantidade ampla de
indivíduos nem mesmo uma organização política eficiente
que os identificasse enquanto grupo, os segmentos urbanos
criticavam a hegemonia dos segmentos rurais nos quadros da
monarquia. Questionavam a vinculação de D. Pedro II às
decadentes oligarquias do Vale do Paraíba e do Nordeste e
exigiam o fim da escravidão, a proteção à produção
nacional e a ampliação dos investimentos governamentais
nas atividades industriais. Como não tinham suas propostas
atendidas, acabaram aderindo ao movimento republicano.
6.4) O Movimento Republicano no Brasil
Em 1870 foi criado o Partido Republicano no Rio
de Janeiro. Apesar de contar com apoio de segmentos
urbanos e de militares, o partido nasceu de uma disputa
política entre os principais partidos do Brasil. Em 1868, D.
Pedro II atendeu a um pedido do conservador Caxias e
afastou o gabinete liberal comandado por Zacarias Góis que
compunha o Ministério da Conciliação. A hegemonia
conservadora irritou os liberais que, em 1870, optaram pela
fundação do Partido Republicano e no mesmo ano
apresentaram o Manifesto Republicano o qual defendia:
→ fim da vitaliciedade do Senado;
→ criação de um Estado laico;
→ instalação de uma República Federativa, garantindo a
autonomia das províncias.
Apesar das propostas transformadoras do partido, a
influência da aristocracia outrora ligada aos “luzias” fazia
com que o partido não criticasse elementos estruturais da
economia brasileira como a escravidão e o latifúndio.
Em 1873, aConvenção de Itu(SP), lançou as
diretrizes do Partido Republicano Paulista. O PRP
expressava os interesses dos cafeicultores paulistas que
haviam recém assumido o posto de principais produtores de
café do Brasil. Criticavam a tradicional vinculação de D.
Pedro II aos “barões do café” do Vale do Paraíba e, através
da proclamação da república, pretendiam obter participação
política proporcional á sua importância econômica.
O partido republicano não expressava interesses de
cunho nacional e sim de segmentos aristocráticos locais.
6.5) O Movimento Abolicionista
Os Militares do Exército, membros da classe
média e empresários urbanos defendiam abertamente a
abolição da escravidão, com apoio da Inglaterra. Intelectuais
abolicionistas como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e
Silva Jardim reforçavam a propaganda abolicionista. D.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Pedro II não poderia atender de imediato às aspirações destes
grupos, em virtude da grande participação política dos
escravocratas no governo. Mas, à medida que os protestos
ficavam mais acentuados, principalmente a partir da década
de 1870, D. Pedro II percebeu que não era possível ignorar
por completo os abolicionistas. Esta contradição deu origem
à algumas leis abolicionistas que, mais do que extinguir a
escravidão, pretendiam retardar a decisão do governo
imperial e acalmar os apelos dos descontentes. As duas
primeiras leis com tal fim foram:
→ A Lei do Ventre Livre ou Rio Branco (1871):
Considerava livres os escravos nascidos a partir da
publicação da lei, embora os recém-nascidos ficassem sob a
guarda do senhor até os 8 anos de idade, quando este optava
entre libertá-lo mediante pagamento de indenização pelo
Estado ou utilizar de seu trabalho até os 21 anos de idade.
→ A Lei dos Sexagenário ou Saraiva Cotegipe (1885):
Libertava os escravos com mais de 60 anos. Poucos, em
virtude da baixa expectativa de vida dos escravos.
→Lei Áurea(1888): Finalmente no dia 13 de maio a então
Princesa Regente Isabel, filha de D. Pedro II, proclamou a lei
que extinguiu a escravidão no Brasil. Sabemos que a Lei
Áurea não previa a integração sócio-econômica dos ex-
escravos, gerando uma massa de indivíduos com
conhecimento profissional restrito, que exercia funções que
remuneravam mal como agricultura. Nascia um grupo de
indivíduos miseráveis que não tardou a ocupar as primeiras
favelas. A mistura cruel entre racismo e exclusão social
deixou marcas em nossa sociedade atual. Infelizmente a
liberdade não veio acompanhada dos direitos.
Do ponto de vista político, a Lei Áurea também
provocou uma sensível alteração: indignados pelo fato de não
terem recebido qualquer indenização pela perda de seus
escravos, a aristocracia escravocrata, que compunha a base
política de D. Pedro II, irritou-se, dando origem a um grupo
que ficou conhecido como “os republicanos de 13 de
maio”. Completava-se o processo de isolamento de D. Pedro
II.
6.6) A Proclamação da República
Enfim, em 15 de novembro de 1889, oficiais
comandados pelo Marechal Deodoro da Fonseca depuseram
o primeiro-ministro visconde do Ouro Preto e proclamaram
a república no Brasil, com apoio de membros do PRP e do
PR como Quintino Bocayuva e Aristides Lobo.
553

Sem apoio de expressivos segmentos da sociedade,
D. Pedro II aceitou a proclamação que, apesar de ter alterado
o sistema político nacional, mantinha intactas estruturas
como a agroexportação latifundiária e a exclusão social e
política da maioria da população.
EXERCÍCIOS
1.
A restituição da passagem
As famílias chegadas a Santos com passagens de 3ª classe,
tendo pelo menos 3 pessoas de 12 a 45 anos, sendo
agricultores e destinando-se à lavoura do estado de São
Paulo, como colonos nas fazendas ou estabelecendo-se por
conta própria em terras adquiridas ou arrendadas de
particulares ou do governo, fora dos subúrbios da cidade,
podem obter a restituição da quantia que tiverem pago por
suas passagens.
Adaptado de O immigrante, nº 1, janeiro de 1908
A publicação da revista O immigrante fazia parte das ações
do governo de São Paulo que tinham como objetivo
estimular, no final do século XIX e início do XX, a ida de
imigrantes para o estado. Para isso, ofereciam-se inclusive
subsídios, como indica o texto.
Essa diretriz paulista era parte integrante da política nacional
da época que visava à garantia da:
(A) oferta de mão de obra para a cafeicultura
(B) ampliação dos núcleos urbanos no interior
(C) continuidade do processo de reforma agrária
(D) expansão dos limites territoriais da federação
2.
O romance Iracema, de José de Alencar, publicado em 1865,
influenciou artistas, como José Maria de Medeiros, que nele
encontraram inspiração para representar imagens do Brasil e
do povo brasileiro no período imperial (1822-1889).
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
Na construção da identidade nacional durante o Império do
Brasil, identifica-se a valorização dos seguintes aspectos:
(A) clima ameno / índole guerreira dos ameríndios
(B) grandeza territorial / integração racial das etnias
(C) extensão litorânea / sincretismo religioso do povo
(D) natureza tropical / herança cultural dos grupos nativos
3. A partir da década de 1840, o café se consolidou como o
principal produto de exportação do Brasil. Em função da
cafeicultura, criou-se toda uma rede de infraestrutura, com
aparelhamento dos portos, melhoria dos transportes,
instituição de novos mecanismos de crédito e estímulo à
vinda de imigrantes europeus para diversificação da mão de
obra.
A cafeicultura definiu o deslocamento do polo econômico do
país para as zonas:
(A) Recôncavo Baiano e Chapada Diamantina.
(B) Grão-Pará e Costa de Sauípe.
(C) Vale do Paraíba e oeste paulista.
(D) Sertão pernambucano e Triângulo mineiro.
(E) Vale do Itajaí e oeste catarinense.
4. Compare as duas ilustrações de Angelo Agostini (1843-
1910) sobre o reconhecimento da República brasileira pela
Argentina (fig.1) e pela França (fig.2).
Assinale a alternativa correta.
(A) As alegorias expressam visões diferentes sobre o
imaginário da República brasileira: na primeira ela é
representada com um olhar de proximidade, e, na
segunda o olhar expressa admiração, remetendo à visão
corrente do gravurista sobre as relações entre Brasil,
França e Argentina.
(B) O reconhecimento da França traz a confraternização
entre dois países com tradições políticas muito
diferentes, porém unidos pelo constitucionalismo
monárquico e posteriormente pelo ideário republicano.
(C) No reconhecimento da Argentina ao regime republicano
brasileiro, as duas repúblicas ocupam a mesma posição,
indicando ter a mesma idade de fundação do regime e a
similaridade de suas histórias de passado colonial
ibérico.
(D) As duas imagens usam a figura feminina para
representar as três repúblicas, característica não usual
para a representação artística do ideário republicano,
protagonizado por lideranças masculinas.
554

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao
pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto
entre políticos e intelectuais das cidades mais importantes
quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas
que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em
declínio.
(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia
das Letras, 1992, p. 224)
5. Considere as seguintes proposições sobre a situação do
escravismo no Brasil Império, na segunda metade do século
XIX,
I. A Lei Eusébio de Queiroz, ainda que tenha determinado o
fim do tráfico negreiro para o Brasil, não impediu o
comércio interno de escravos, ativo até o final do século.
II. Diversas rebeliões populares, algumas rurais, outras
urbanas, como a Balaiada, a Revolta dos Malês ou a
Revolta de Manuel Congo foram integradas por cativos e
escravos foragidos, causando ações repressivas virulentas
por parte das elites.
III. A condenação moral da escravidão fez-se cada vez mais
presente na imprensa, durante esse período no qual se
fortaleceram os movimentos abolicionistas.
IV. A abolição da escravatura foi decretada com a Lei Áurea,
que não garantiu o direito à cidadania aos libertos e previu
o pagamento de indenizações aos fazendeiros.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) I e III.
(E) II, III e IV.
6. Na História do Rio Grande do Sul, encontramos diferentes
exemplos de disputas entre portugueses e espanhóis, entre
grupos políticos regionais, e de conflitos sucessivos em torno
de interesses e de fronteiras na Região do Prata. Assinale a
alternativa que apresenta exemplos desses conflitos, com a
participação sul-rio-grandense, no século XIX.
(A) Campanha da Legalidade, Guerra da Cisplatina e Guerra
do Paraguai.
(B) Guerra da Cisplatina, Guerra contra Aguirre e Guerra do
Paraguai.
(C) Revolução Farroupilha, Revolução de 1923 e Revolução
Federalista.
(D) Revolta da Armada, Guerra da Cisplatina e
Confederação do Equador.
(E) Guerra da Cisplatina, Guerras Guaraníticas e Campanha
da Legalidade.
7. Apesar da prosperidade econômica do Império, a
estrutura socioeconômica brasileira não sofreu modificações
significativas. As lutas pela modernização do país acabariam
resultando na Proclamação da República em 1889. O fim da
monarquia no Brasil foi o resultado da ruptura das relações
do governo com os seguintes setores da sociedade que lhe
davam sustentação:
I. A Igreja.
II. O exército.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
III. A aristocracia escravista.
Quais estão corretos?
(A) Apenas I. (B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
8. Em meados do século XIX, durante o Segundo Reinado,
o Brasil vivenciou um grande surto de crescimento industrial.
Sobre os fatores responsáveis pelo referido crescimento,
considere as proposições a seguir.
I. Disponibilidade de capitais oriundos dos lucros obtidos
com a exportação do café, principal produto da economia
brasileira naquele momento.
II. Redução das taxas alfandegárias sobre os produtos
importados com as tarifas Alves Branco (1844), o que
favoreceu a aquisição das máquinas necessárias ao
desenvolvimento industrial.
III. Disponibilidade de capitais com a extinção do tráfico
negreiro através da Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
IV. Iniciativas de empresários como Irineu Evangelista de
Sousa, o Barão de Mauá, principal incentivador das
atividades urbano-industriais no país.
V. Abundância de mão de obra negra especializada a partir
do fim da escravidão, com a Lei Áurea, em 1888.
Está correto somente o afirmado em
(A) III, IV e V. (B) I, II e IV.
(C) II, III e V. (D) I, III e IV.
(E) I, II e III.
9. Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico
de escravos para o Brasil foi proibido definitivamente. Sobre
a importação de escravos e sua proibição, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão
estrangeira, principalmente exercida pela França sobre o
Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão.
(B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei
sem aplicação no Brasil, pois quando ela foi
promulgada, já não existia mais escravidão no país.
(C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes
movimentos armados empreendidos pelos escravos
brasileiros.
(D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não
surtiu efeito, pois o trabalho realizado por eles já não era
economicamente relevante.
(E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do
comércio interno e do preço dos escravos entre as
regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
10. A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista,
promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de 1871.
Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.
(A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia
liberdade a todas as crianças e às respectivas mães que
viviam sob a escravidão no território brasileiro.
(B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores,
visto que não previa indenização pelo fim da escravidão
das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
555

(C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir
da publicação da lei, mas deixava a possibilidade dessas
crianças permanecerem sob “os cuidados” do antigo
proprietário até a idade de 21 anos.
(D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais,
assim que nasciam essas crianças eram retiradas do
convívio com os pais escravizados e eram destinadas a
um abrigo mantido pelo Estado.
(E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de
manter as crianças libertas junto aos pais escravizados
até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir
da mão de obra delas.
11. A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a
partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que
tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter
uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia
do Prata.
Uma das consequências dessa guerra foi que
(A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua
dívida externa, bem como uma crescente influência
política e social do Exército na política vigente.
(B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e
Bolívia, para combater as tropas de Solano Lopes e
acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico
através da Bacia do Prata.
(C) estimou-se uma pequena perda de soldados paraguaios e
as importações chegavam ao dobro das exportações no
final da guerra.
(D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que
ficou arrasada após a guerra.
12. A rica literatura sobre a Insurreição Praieira ensina que
sua história tem início na década de 1840, quando apareceu,
em Pernambuco, uma dissidência do Partido Liberal, mais
conhecida pelo apelido de “Partido Praieiro”.
CARVALHO, Marcus J. M. de. Os nomes da Revolução:
lideranças populares na Insurreição Praieira, Recife, 1848-1849.
Revista Brasileira de História, São Paulo, V. 23, nº 45, pp. 209-
238, 2003. (Adaptado)
Esse movimento insurrecional teve como principal(ais)
característica(s) sociopolítica(s) a
(A) configuração de um movimento militar de caráter
republicano.
(B) defesa da emancipação do Brasil com o apoio dos
comerciantes.
(C) batalha pelo fim do regime escravista e a liberdade de
imprensa.
(D) manutenção do poder das elites e a repressão aos
comerciantes.
(E) luta contra oligarquias locais e certa influência do
socialismo utópico.
13. Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos
no Brasil, foi votada a Lei de Terras. Esta lei, em linhas
gerais, determinou que
I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando
proibida a doação de propriedades ou qualquer outra
forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por
meio da compra.
II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
impedindo que os posseiros mais pobres obtivessem a
propriedade do solo onde plantavam.
III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes – cujo
trabalho, em muitos casos, substituiria o trabalho dos
escravos – de se tornarem proprietários das terras onde
laboravam.
IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras
públicas, a baixo custo, pelos grandes proprietários,
seus herdeiros e descendentes.
Estão corretas as complementações contidas em
(A) I, II, III e IV.
(B) I e II apenas.
(C) II, III e IV apenas.
(D) I, III e IV apenas.
14. Leia o trecho e em seguida responda ao que se pede:
Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos
doze a treze mil habitantes – imaginem! Treze mil! e essa
densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da
Estrada de Ferro D. Pedro II. Em 1885 a cidade começa a ser
dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo
ano as casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande
animação com uma Exposição Industrial que reflete a
pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não
terminar os serviços que começara, de dotar a cidade de luz
e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos – memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1978, pp. 200-201.
O memorialista Pedro Nava mostra na cidade de Juiz de Fora
aspectos do processo de transformação que ocorria na
sociedade brasileira no final do século XIX. Acerca deste
contexto, assinale a afirmativa INCORRETA:
(A) Era um período de expansão do capitalismo que se
estendia mundialmente.
(B) Caracterizava-se pela preservação da herança luso-
brasileira do período colonial que adentrou pelo Império.
(C) Marcava-se pela organização de indústrias têxteis e
alimentícias com capitais excedentes do café.
(D) Processava-se o aumento da malha ferroviária e a criação
de novos núcleos urbanos.
(E) Ocorria a intensificação da imigração para substituição
do trabalho escravo.
15. Em meados do século XIX, foi implementado um tipo
de trabalho no qual se custeava a viagem de imigrantes para
fazendas em São Paulo. Nelas, esses imigrantes se tornariam
uma espécie de “sócios”, recebendo mantimentos,
instrumentos para o trabalho, um pedaço de terra e, em
contrapartida, deveriam dar ao proprietário metade da
produção de café e não poderiam deixar a fazenda até o
pagamento de todo o gasto assumido pelo fazendeiro.
Assinale a alternativa CORRETA, que corresponde ao nome
dado a esse tipo de experiência de trabalho:
(A) Servidão brasileira.
(B) Sistema de parceria.
(C) Povoamento de exploração.
(D) Imigração compulsória.
(E) Novo escravismo.
556
 CAPÍTULO XI

16. O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II
Império e foi defendido por políticos ilustres como Benjamin
Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando
fortemente os ideais republicanos que culminaram com a
Proclamação da República, em 1889.
Com base nos conhecimentos sobre as influências
positivistas no processo de transição do regime imperial para
o republicano, considere as afirmativas a seguir.
I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão
imperial adotou o lema positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção
do sistema do voto universal, o que permitia a acomodação
das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor
militar, sobretudo entre os oficiais de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário
caracterizou-se pela imposição da ordem através da força
militar, na chamada República de Espadas.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
17. Observe os seguintes quadros:
aplicados no setor industrial. Este se beneficiou também da
entrada de levas de imigrantes europeus que seriam
utilizados como mão de obra operária.
II. Na virada do século XIX para o XX, o Brasil ainda possuía
como principal pilar de sua economia a exportação de
produtos agrícolas, produzidos em larga escala nas
grandes propriedades.
III. O fluxo imigratório para o Brasil nesse período foi
elevado. A totalidade dos imigrantes fixou-se nas áreas
urbanas em função do baixo recrutamento de mão de obra
no campo. Após a abolição da escravidão estes postos de
trabalho foram ocupados por negros e seus descendentes.
IV. A intensa produção cafeeira no final do século XIX
saturou tanto o mercado interno como o externo, gerando
uma queda nos preços. Essa crise foi estimulada pela
ausência de medidas que viessem defender e valorizar o
café, levando à falência dos produtores já na primeira
década de século XX.
Marque a alternativa CORRETA:
(A) Todas as alternativas estão corretas.
(B) Todas as alternativas estão incorretas.
(C) Apenas a II alternativa está correta.
(D) Apenas a IV alternativa está incorreta.
(E) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
18. Atente às seguintes afirmações acerca do momento
histórico brasileiro conhecido como
Segundo Reinado:

Produção agrícola da pauta das exportações I. Esse período, no primeiro momento, constituiu a luta a
brasileiras favor da permanência da monarquia, sob a égide de
Pedro I.
Período Café Borracha Açúcar Cacau II. A crise interna do sistema escravista, aliada aos vários
1881- conflitos e revoltas internas observadas durante esse
61,5% 8,0 9,9 1,6
1890 período, contribuíram para pôr fim ao Segundo
1891- Reinado.
64,5% 15,0 6,0 2,5
1900 III. O final do Segundo Reinado representou o fim do
1900- período Imperial no Brasil e o início do sistema
51,5% 28,2 1,2 2,8 republicano.
1910
FAUSTO, B.(Org.) História Geral da Civilização Brasileira.
São Paulo: Difel, Tomo III (O Brasil Republicano), 1981. É correto o que se afirma somente em
(A) I e II.
(B) I e III.
Imigração para o Brasil (C) II.
(D) III.
(números aproximados)
Nacionalidade 1891-1900 1901-1910 19. A Proclamação da República é um episódio da
modernização à brasileira. Nas décadas finais do Império, o
Portugueses 313.000 202.000 vocábulo república expandiu seu campo semântico,
Italianos 360.000 678.000 incorporando as ideias de liberdade, progresso, ciência,
democracia, termos que apontavam, todos, para um futuro
Espanhóis 45.800 157.000 desejado.
HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, MELLO, Maria Tereza Chaves. A modernidade Republicana. In:
Rio de Janeiro http://www.scielo.br/pdf/tem/v13n26/a02v1326.pdf. (Adaptado)

O texto demonstra que, no final do Segundo Império, os

Estes dados referem-se às primeiras décadas da implantação ideais republicanos já estavam bastante difundidos no Brasil.
da República no Brasil. Acerca desse período e baseando-se Os adeptos do republicanismo, nesse período, tinham como
neles e em seus conhecimentos, leia as afirmativas abaixo e principal pensamento a
em seguida, responda ao que se pede: (A) defesa do federalismo, buscando maior autonomia para
as províncias.
I. Os capitais advindos da grande produção cafeeira foram
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 557

(B) luta pela continuidade da concentração política, mesmo
sem a figura do imperador.
(C) organização de uma República centralizadora, sendo o
Estado de São Paulo a sede político-administrativa.
(D) implantação de um regime militar em que os grandes
nomes da guerra da Tríplice Fronteira tomassem a
direção nacional.
(E) construção de um parlamentarismo em que o primeiro-
ministro seria o responsável pela manutenção da unidade
nacional.
20. Observe a charge a seguir.
A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na
atual Bandeira do Brasil. A sua origem e significado remetem
a um contexto marcado
(A) pela presença do catolicismo romano nas instituições
políticas do Império Brasileiro e o esforço de preservar
a ordem social vigente.
(B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais
militares republicanos e uma postura ideológica das
elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
(C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em
romper os laços com a sociedade agrária imperial,
inspirando-se no liberalismo norte-americano.
(D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em
manter os seus privilégios sociais e políticos, mas, ao
mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
21. Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu
com a transição para o regime republicano, surgiram aquelas
perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época,
muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como
construir uma nação se não tínhamos uma população definida
ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e
futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era
o brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas
estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante
várias décadas.
Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque
brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir
(A) as explicações positivistas e evolucionistas sobre o
impacto da mistura de raças na formação do caráter
nacional brasileiro.
(B) os projetos de valorização dos vínculos entre o caráter
nacional brasileiro e os produtos da indústria cultural
norte-americana.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
(C) o reconhecimento e a celebração da origem africana da
maioria dos brasileiros e a rejeição das tradições
europeias.
(D) a percepção de que o país estava plenamente inserido na
modernidade e havia assumido a condição de potência
mundial.
(E) o desejo de retornar ao período anterior à chegada dos
europeus e de recuperar padrões culturais e cotidianos
indígenas.
22. Observe com atenção a notícia em destaque no jornal
Gazeta de Notícias.
Assinale a alternativa que identifica corretamente a lei a que
o jornal se refere e sua relação com o processo de extinção da
escravidão no Brasil.
(A) Lei Eusébio de Queiroz: endurecia a fiscalização das leis
que proibiam a escravidão desde os primeiros séculos da
presença portuguesa na América.
(B) Lei Eusébio de Queiroz: promulgada após a abolição,
visava garantir direitos e condições de reinserção da
população liberta na sociedade e na economia
brasileiras.
(C) Lei Áurea: foi promulgada após a proclamação da
República, quando toda a legislação imperial foi
revogada e a questão da escravidão passou por nova
regulamentação.
(D) Lei Áurea: instituía uma série de dispositivos legais e foi
adotada anos antes da abolição para garantir que, uma
vez liberta, a população negra estivesse preparada para o
mercado de trabalho.
(E) Lei Áurea: representou o último passo para a abolição da
escravidão, que já vinha ocorrendo gradualmente com a
adoção de leis como a Eusébio de Queiroz, Lei do Ventre
Livre e Lei do Sexagenário.
23. Considere as seguintes afirmações sobre a história do
republicanismo no Ocidente.
I. A organização política da República Romana
compreendia um corpo de magistrados vitalícios,
senadores oriundos da aristocracia com função
consultiva, e assembleias populares que constituíam o
centro decisório do sistema.
558
 CAPÍTULO XI

II. O humanismo cívico, na Florença do século XV, Considerando as imagens das telas e as informações do texto,
ofereceu novas compreensões sobre o ideal as pinturas históricas para o governo do Segundo Reinado
republicano, conciliando uma perspectiva de vida tinham a função essencial de:
pública com a manutenção dos princípios morais da (A) consolidar o poder militar
religião cristã. (B) difundir o pensamento liberal
III. A publicação do Manifesto Republicano, em 1870, no (C) garantir a pluralidade política
Rio de Janeiro, assinala a primeira manifestação do (D) fortalecer a identidade nacional
republicanismo no Brasil.
25. Observe a tabela:
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. IMIGRAÇÃO: BRASIL, 1881-1930 (EM
(B) Apenas II. MILHARES)
(C) Apenas I e III. Ano Chegadas
(D) Apenas II e III. 1881-1885 133,4
(E) I, II e III. 1886-1890 391,6
1891-1895 659,7
4. 1896-1900 470,3
1901-1905 279,7
1906-1910 391,6
1911-1915 611,4
1916-1920 186,4
1921-1925 368,6
1926-1930 453,6
Total 3.964,3
Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History of Latin America, vol.
IV. Adaptado.

Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre outros

fatores,
(A) pela industrialização significativa em estados do
Nordeste do Brasil, sobretudo aquela ligada a bens de
consumo.
(B) pela forte demanda por força de trabalho criada pela
expansão cafeeira nos estados do Sudeste do Brasil.
(C) pela democracia racial brasileira, a favorecer a
convivência pacífica entre culturas que, nos seus
continentes de origem, poderiam até mesmo ser rivais.
(D) pelos expurgos em massa promovidos em países que
viviam sob regimes fascistas, como Itália, Alemanha e
Japão.
(E) pela supervalorização do trabalho assalariado nas
cidades, já que no campo prevalecia a mão de obra de
origem escrava, mais barata.

26. “O ano de 1850 foi um marco divisor de águas, devido

A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar
no projeto político do Segundo Reinado. Esse gênero
artístico mantinha intenso diálogo com a produção do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da
pintura histórica, forjou-se um passado épico e monumental,
em que toda a população pudesse se sentir representada nos
eventos gloriosos da história nacional. O trabalho de Araújo
Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da Academia
Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura
histórica com seus pintores oficiais, Pedro Américo e Victor
Meirelles.
CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.
à promulgação da lei Eusébio de Queiroz. Embora, após a
extinção oficial do tráfico, tenham sido registrados alguns
desembarques clandestinos de africanos, estes foram em
pequeno número e, dez anos após a promulgação da referida
lei, o Brasil havia definitivamente deixado de ser um país
importador de escravos.”
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Ed. Planeta do Brasil, 2010. p. 183. (Adaptado)
A lei de 1850 representou um marco importante no processo
de abolição da escravidão no país. Essa medida teve como
impacto o(a)
(A) declínio da produção cafeeira.
(B) crescimento do número de alforrias.
(C) distribuição de terras para os libertos.
(D) intensificação do tráfico interprovincial.
(E) adoção de uma política de reprodução de cativos.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 559


27. Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo
de Abolição dos Escravos no Brasil, e assinale com V as
afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico
internacional, porém, surgiu o tráfico interno com a
venda de escravos das áreas mais pobres para as mais
desenvolvidas.
( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o
objetivo de acalmar os abolicionistas e ir lenta e
gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam:
Lei do Ventre Livre, Lei do Sexagenário.
( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições
ou ações dos próprios escravos em prol da própria
liberdade, em virtude da forte repressão presenciada
nos últimos momentos do período escravocrata.
( ) A abolição da escravatura se deu ainda no Reinado de
D. Pedro II e representou um grande avanço para a
inserção do ex-escravo como cidadão na sociedade
brasileira.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
(A) V - V - V - F.
(B) V - V - F - F.
(C) F - V - F - V.
(D) F - F - F - V.
28. A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes
começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar
bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois
Sexo Africano % Criolo % Indeter % Tota
s s m.
Homens 52 91,2 37 92, 8 42,1
2 5 0 2
Mulhere 5 8,78 3 7,5 0 0
s
Indeter 2 0 0 0 11 57,9
m. 0
Total 57 100 40 100 19 100
*Africanos: escravos nascidos na África.
** Criolos: escravos nascidos no Brasil, conforme os
anúncios do jornal.
Fonte: AMANTINO, Márcia. Os escravos fugidos em Minas
Gerais e os anúncios do jornal “O Universal” - 1825 a 1832.
Locus: Revista de História, Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p.59-74,
jul./dez. 2006.
pelotões do Exército ocuparam o Largo de São Francisco,
postando-se parte da tropa em frente à Escola Politécnica,
atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da
UFRJ. A multidão dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios
nos três dias seguintes, estava findo o motim do vintém. A
cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias
companhias de bondes pediam ao governo que a revogasse.
Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém.
Revista de História, setembro/2007.
Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta
do Vintém representou a manifestação de segmentos
populares descontentes com a decisão do governo de
aumentar os preços das passagens dos bondes puxados a
burro, que trafegavam na então capital do Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
(A) politização dos oficiais militares
(B) privatização dos serviços públicos
(C) modernização dos meios de transporte
(D) enfraquecimento das instituições monárquicas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
29. Leia o segmento abaixo, escrito entre os dias 18 e 19 de
maio de 1888.
O momento político e social é grave, gravíssimo. Os
problemas que nos assediam, a despeito de havermos
arredado o trambolho da questão servil, são ainda muito
sérios, são da índole daqueles que decidem o futuro de um
povo.
ROMERO, Sílvio. Prólogo da 1ª edição. In: História da literatura
brasileira. Tomo I. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1953.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
O trecho faz referência ao contexto de ___________,
agravada, entre outros fatores, pela consolidação dos ideais
__________, pela extinção formal do __________, pelo
descontentamento dos __________ em relação ao governo
central, culminando com o fim da monarquia no Brasil em
1889.
(A) crise do segundo reinado - republicanos - trabalho
escravo- militares
(B) crise do primeiro reinado - parlamentaristas - trabalho
escravo - militares
(C) crise do segundo reinado - positivistas - trabalho de
imigrantes - liberais
(D) crise do primeiro reinado- republicanos - trabalho
escravo - conservadores
(E) crise do segundo reinado - escravistas - parlamentarismo
% - republicanos
l
97 83,6
30. Os anúncios publicados em diferentes jornais que
8 6,90
circularam no Brasil, durante o século XIX, a respeito dos
11 9,48 anúncios de fugas e/ou vendas de negros cativos, constituem
116 100 documentos importantes para a escrita da História, pois
permitem verificar o perfil do escravo que fugia, o cotidiano
da escravidão, dentre outras questões. O levantamento
realizado no quadro abaixo sobre anúncios de escravos
publicados no jornal O Universal (Ouro Preto/MG), entre
1825-1831, permite algumas inferências sobre a história da
escravidão.
Analise as proposições, considerando as informações do
quadro acima e a história da escravidão no Brasil.
I. O quadro fornece informações importantes sobre sexo
e etnia, por exemplo, dos 116 escravos fugidos mais
de 90% eram africanos, e mais de 80% do sexo
masculino.
II. A maioria de homens, entre os fugitivos nos anúncios,
não deve ser explicada somente pelo fato de que eram
predominantes no conjunto da escravaria, outras
questões devem ser observadas para além dos
números como, por exemplo, as relações familiares,
principalmente a existência de crianças que
dependiam das mulheres, dentre outros fatores que
merecem estudos auxiliares.
III. A publicação de inúmeros anúncios de fuga permite
inúmeras inferências, a mais óbvia deve-se à negação
do cativeiro, a uma forma de recobrar o domínio de
suas vidas, haja vista que o sistema lhes negava tal
domínio.
IV. Menos de 7% das mulheres cativas fugiam, segundo
os anúncios publicados, o que se explica pelo fato de
560

os homens serem a maioria no conjunto dos escravos,
e, considerando-se a questão de gênero, serem mais
corajosos e propensos ao risco da fuga.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
31. Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou
a ser possível por meio da compra com pagamento em
dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o
acesso à terra para os trabalhadores escravos que
conquistavam a liberdade.
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes.
In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de
(A) reforma agrária.
(B) expansão mercantil.
(C) concentração fundiária.
(D) desruralização da elite.
(E) mecanização da produção.
32. Leia as seguintes afirmações a respeito da Guerra do
Paraguai.
I. A presença de mulheres brasileiras no conflito, atuando
no abastecimento, no tratamento aos feridos e,
inclusive, nas frentes de batalha, foi significativa.
II. Um decreto imperial foi promulgado, garantindo
liberdade aos escravizados que se alistassem e
indenização aos seus proprietários.
III. O governo monárquico cumpriu integralmente o
acordo de concessão de terras, empregos e pensões a
todos os “Voluntários da Pátria” que retornaram do
conflito.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas III.
(C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
33. É particularmente no Oeste da província de São Paulo –
o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais adquirem
seu caráter próprio, emancipando-se das formas de
exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais
no modelo clássico da lavoura canavieira e do “engenho” de
açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui
alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais
da terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura
deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar
unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda […].
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)
O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de
1840 pode ser explicado, em parte, pelo
(A) menor isolamento dessas fazendas em relação aos meios
urbanos.
(B) emprego exclusivo de mão de obra imigrante e
assalariada.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XI
(C) desaparecimento das práticas de mandonismo local.
(D) maior volume de produção de mantimentos nessas
fazendas.
(E) esforço de produzir prioritariamente para o mercado
interno.
34. Somente a partir de 1850 vai se observar um maior
dinamismo no desenvolvimento econômico do país em geral
e de suas manufaturas em particular. O crescimento do
número de empresas industriais se faria com relativa rapidez.
(Sonia Mendonça. A Industrialização Brasileira)
O assunto tratado no texto guarda relação com:
(A) a eficácia duradoura da tarifa Alves Branco que protegeu
a produção brasileira da concorrência dos produtos
estrangeiros, sobretudo ingleses;
(B) o fim do tráfico de africanos para o Brasil, estipulado
pela Lei Eusébio de Queirós, medida que liberou
capitais, até então empatados na compra de escravos,
para outras atividades, como indústria, serviços urbanos
e bancos;
(C) a opção firme do governo imperial por apoiar a indústria
em detrimento da agricultura, o que é comprovado pelo
auxílio irrestrito às atividades do Visconde de Mauá;
(D) a expansão da indústria, a partir de meados do século
XIX, que ocorreu em todos os grandes centros do país,
conforme comprovam o elevado número de empresas
com mais de cem trabalhadores em regiões como o Norte
e o Nordeste;
(E) a formação de um consistente mercado interno
decorrente da mineração, que impulsionou uma robusta
urbanização capaz de oferecer escoamento da produção
no âmbito local.
35. O termo Abolicionismo diz respeito mais propriamente
ao movimento iniciado em 1880, reunindo diversos grupos
sociais e tendências políticas. Os abolicionistas fundaram a
“Sociedade Brasileira contra a Escravidão” e o seu jornal,
que circulou entre 1880 e 1881.
VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-
1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. P.19). (Adaptado).
Sobre esse tema, afirma-se que:
I. Algumas lideranças do movimento abolicionista
defendiam publicamente as fugas de escravos e a
formação de quilombos.
II. Joaquim Nabuco e André Rebouças destacavam-se
dentre as lideranças abolicionistas de tendência política
monarquista.
III. O quilombo de Palmares fazia parte de uma rede de
resistência ligada à Confederação Abolicionista.
IV. A força política dos abolicionistas no Parlamento foi
limitada, tendo sido aprovada a indenização aos
proprietários de escravos.
V. Os representantes de várias classes sociais, incluindo
os ex-escravos, participavam do movimento
abolicionista dos Caifazes em São Paulo.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) I, II, V. (B) I, II, IV.
(C) II, III, IV. (D) III, IV, V.
561
 CAPÍTULO XI

36. A Revolução Praieira foi um movimento que (C) o início da industrialização e a ampliação da escravidão.
arregimentou oligarcas e setores empobrecidos da população (D) o apoio à política migratória e a defesa do sistema
pernambucana contra o Império do Brasil. Ao divulgarem o parlamentar.
“Manifesto ao Mundo”, os rebeldes exigiam, entre outras (E) a reforma no modelo político e a demarcação das terras
demandas, o voto livre e universal, a independência dos indígenas.
poderes constituídos, o fim do Poder Moderador e o
monopólio de brasileiros no comércio varejista. 39. Leia o texto abaixo e assinale a alternativa que indica o
conflito militar ao qual o documento faz referência.
Em relação aos seus ideais, é correto afirmar que os rebeldes
(A) foram inspirados pela Revolução Francesa, eram S. M. o Imperador do Brasil, e os governos da República
favoráveis à centralização política no poder executivo e Oriental do Uruguai, e dos estados de Entre-Rios e de
partidários da presença portuguesa na economia. Corrientes, reconhecendo que as declarações oficiais do
(B) foram influenciados pela “Primavera dos Povos” de Governador de Buenos Aires, e o caráter dos preparativos
1848, eram liberais e possuíam um componente bélicos que está fazendo, os colocam no caso da aliança
antilusitano. comum estipulada no art. 15 do convênio de 29 de maio deste
(C) eram adeptos das teorias socialistas, incentivando a luta ano, contra aquele Governo, cuja existência se tem tornado
de classes e a administração centrada no poder do incompatível com a paz, a segurança e o bem-estar dos
imperador. Estados
(D) lutavam contra o predomínio das oligarquias regionais, Aliados, acordaram estabelecer, em uma convenção especial,
preconizavam a “revolução dos pobres” e a o modo e os meios de satisfazer os deveres dessa aliança,
independência da região Nordeste. malogrando as intenções e disposições hostis do dito
(E) defendiam o fim do Império, o retorno à condição Governador [...].
colonial e o incentivo ao comércio interno. Convênio especial de aliança entre o Império do Brasil, a
República Oriental e os Estados de Entre-Rios e Corrientes.
37. A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, nervosa, In: TITÁRA, L. dos S. Memórias do grande exército libertador do
pedindo desculpas por não possuir títulos nem Sul da América na guerra de 1851 e 1852. Rio Grande do Sul:
conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem Typographia Berlink, 1852.
ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. (A) Guerra da Cisplatina.
Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os (B) Guerra do Paraguai.
ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, (C) Guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra
declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, Oribe e Rosas.
“heroínas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar (D) Guerra do Chaco.
liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer (E) Guerra do Pacífico.
os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANOA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso 40. Ainda que não se possa falar na existência de um projeto
em: 10 jun. 2015. de industrialização, em São Paulo, o setor industrial cresceu
significativamente após a abolição da escravidão, embora
As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao estivesse anunciado desde 1870. Os especialistas falam em
movimento “surto industrial” e destacam que essa conjuntura contou com
(A) feminista. (B) sufragista. o desenvolvimento urbano, a criação de mercado para os
(C) socialista. (D) republicano. manufaturados, o investimento em estradas de ferro, a
(E) abolicionista. disponibilidade de mão de obra e a importação de maquinário
industrial. Esse crescimento industrial originou-se de pelo
38. Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil menos duas fontes inter-relacionadas, que foram
viveu um período extremamente turbulento em sua História. (A) o setor comercial e os escravos libertos.
Novos ideais emergiam diante de uma estrutura política, que (B) o setor açucareiro e os trabalhadores livres nacionais.
não atendia aos interesses de um grupo, a nova burguesia (C) o setor minerador e os imigrantes.
urbana, que ascendia no cenário político da época, buscando (D) o setor da pecuária e o gaúcho.
representação e participação na vida política brasileira. (E) o setor cafeeiro e os imigrantes.
Contudo, não encontravam espaço no sistema, que vigorava
até então. A base de sustentação do Império – a monarquia GABARITO
monocultora e escravista – via-se, então, em processo de 1. A 2. D 3. C
desestruturação, sendo alvo de pesadas críticas. 4. A 5. D 6. B
CARVALHO, Mariana Nunes de. Intelectuais, imprensa e a 7. E 8. D 9. E
contestação ao regime monárquico. 10. C 11. D 12. E
Fonte: 13. B 14. B 15. B
http://www.encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/121 16. C 17. E 18. D
2976674_ARQUIVO_MARIANA-ANPUH-2008.pdf 19. A 20. B 21. A
22. E 23. B 24. D
Esse momento relatado propiciou várias contestações do 25. B 26. D 27. B
sistema político brasileiro, as quais tinham entre suas 28. D 29. A 30. C
bandeiras 31. C 32. C 33. A
(A) o fim da monarquia e a abolição da escravidão. 34. B 35. A 36. B
(B) a instituição do trabalho compulsório e da República. 37. E 38. A 39. C 40. E
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 562
 FRENTE I

GEOGRAFIA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 563

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 564
 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - CLIMATOLOGIA - TEMPO X diretamente, em planos perpendiculares, portanto, a região

CLIMA E FATORES CLIMÁTICOS
DETERMINANTES
O estudo do tempo e do clima ocupa uma posição central
e importante no amplo campo da ciência ambiental. Os
processos atmosféricos influenciam os processos nas
outras partes do ambiente, principalmente na biosfera,
hidrosfera e litosfera. Do mesmo modo, os processos e as
outras partes do ambiente não podem ser ignorados no
estudo do tempo e do clima. Os quatro domínios globais -
a atmosfera, a hidrosfera, a litosfera e a biosfera - não se
superpõem uns aos outros, mas continuamente permutam
matéria e energia entre si"
(AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos.
Bertrand. p. 1. 2002).
é mais aquecida e conseqüentemente, as temperaturas são
mais elevadas. Na medida em que nos afastamos da linha
do Equador, ocorre uma maior dispersão da radiação solar
sobre a superfície e conseqüentemente um menor
aquecimento da mesma, o que explica a redução da
temperatura na medida em que a latitude aumenta.
Assim, podemos concluir que, à medida que nos
afastamos da parte central do Planeta, as médias térmicas
diminuem.

DEFINIÇÕES

Tempo (meteorológico): são condições atmosféricas de

um determinado lugar em um dado momento.
Clima: é a sucessão habitual dos tipos de tempo num d"É
importante conhecer os fatores climáticos benéficos ao
homem, como a luminosidade, os ventos, a pluviosidade e
o calor, e saber como utilizá-los sabidamente. Aqueles que
trazem prejuízos, como secas, tempestades, enchentes,
geadas e furacões, não podem ser encarados como
inevitáveis, pois, com conhecimento e ação eficiente,
podem ser controlados. Ou, ainda, podem-se criar
condições para enfrentar suas conseqüências. É o que o
geógrafo Milton Santos denomina controle passivo da
natureza" (OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Roberto.
Espaço e Modernidade: temas da Geografia Mundial.
Atual. p. 271. 2001).
O estudo do clima implica o conhecimento e a análise de
inúmeros elementos e fatores: RELAÇÃO TEMPERATURA / ALTITUDE
Elementos do clima: Temperatura atmosférica, chuvas,
umidade, massas de ar, pressão atmosférica, ventos.
Fatores climáticos: Relevo, vegetação, massas líquidas,
latitude, altitude, massas de ar.

RELAÇÃO TEMPERATURA / LATITUDE

A luz do Sol incide na Terra em feixes de raios
praticamente paralelos. À medida que se aproxima dos
pólos, a incidência dá-se cada vez mais obliquamente,
enquanto que no Equador essa incidência ocorre num
plano perpendicular. Como o aquecimento da atmosfera
ocorre de forma indireta, os raios solares aquecem a
superfície do planeta e esta envia para atmosfera a
radiação infra-vermelha ( calor ), que em parte será
absorvida pelos gases da atmosfera. Nas imediações da
linha do Equador os raios solares atingem a superfície
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 565
 CAPÍTULO XIII

"A altitude exerce grande influência sobre a temperatura. b) Latitude:

O calor é irradiado para "cima", e a atmosfera aquece-se
por irradiação. Quanto maior a altitude, mais rarefeito
torna-se o ar, ocorrendo também menor irradiação e, por
conseqüência, menores temperaturas. O contrário ocorre
em altitudes baixas" (Coelho, Marcos A. e Terra, Lygia.
Geografia Geral: o espaço natural e sócioeconômico.
Moderna. p. 122 e 123. 2001).
Assim, podemos concluir que quanto maior for a altitude
menor será a temperatura e quanto menor for a altitude a
temperatura também será menor. Isso porque a cada 180m
de altitude, em média, temos uma diminuição da ordem de
1°C. A altitude, portanto, compensa a latitude. O relevo,
além de influenciar na variação da temperatura em função
dos perfis altimétricos, também influencia na medida em
que sua disposição pode facilitar, desviar ou até impedir a
passagem de uma massa de ar.
Em virtude da forma praticamente esférica (geóide) da
Terra, da inclinação do seu eixo (23° 27') e do movimento
de translação, a região equatorial recebe uma intensidade
luminosa quase constante o ano inteiro. Já nas regiões
polares, isso não acontece. No verão, para cada
hemisfério, a intensidade luminosa é maior; no inverno, é
menor.
A amplitude térmica tende a aumentar na medida em que
a latitude também aumenta.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A AMPLITUDE TÉRMICA
É a diferença entre as máximas e as mínimas temperaturas
de algum lugar. Podemos aferir a amplitude térmica por
dia, por mês ou por ano.
AT = T. MÁXIMA – T.MÍNIMA
A amplitude térmica varia em função de dois fatores:
Ter peso e estar em constante movimentação são duas das
inúmeras características da atmosfera. Portanto pressão
atmosférica é a ação do peso da atmosfera sobre a
superfície do Planeta. Pode variar em função da altitude e
da temperatura.
A pressão atmosférica varia da seguinte forma:

ALTITUDES SEMELHANTES - devemos neste caso

levar em consideração a temperatura. A pressão
atmosférica será mais baixa na área mais quente ( o ar
quente é leve e sobe, portanto exerce menor pressão sobre
a superfície ) e mais alta na área mais fria ( o ar frio é mais
pesado, portanto ele desce exercendo maior pressão sobre
a superfície ).
a) Distância do mar

Maritimidade – A presença de uma grande massa líquida

nas proximidades de um local funciona como um
regulador térmico, fazendo que as diferenças térmicas
entre o inverno e o verão e entre os dias e as noites sejam
menores. Os climas das regiões do planeta que sofrem
maior influência da maritimidade são mais úmidos.
OBS: A influência da maritimidade é maior no Hemisfério
sul

Continentalidade – Uma região mais afastada do mar

tende apresentar um clima com maiores amplitudes
térmicas diárias e anuais. Tal fato é explicado pelo menor
calor específico das rochas, ou seja, ela leva menos tempo
para se aquecer, o que gera maior aquecimento da
atmosfera durante o dia. Como ela se resfria rapidamente,
durante a noite a temperatura no interior dos continentes
cai rapidamente.
As áreas sobre influência da continentalidade tendem a
apresentar climas mais secos.
OBS: A influência da continentalidade é maior no
Hemisfério Norte.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 566


ALTITUDES DIFERENTES – devemos levar em
consideração a coluna de ar. Quanto maior for a altitude
mais rarefeito será o ar, portanto, o peso que ele exercerá
sobre a superfície será menor. Ao nível do mar existe uma
maior coluna de ar, uma vez que os gases mais pesados
ficam mais próximos da superfície, exercendo assim uma
maior pressão atmosférica.
OBS: OS DESERTOS NAS IMEDIAÇÕES DOS
TRÓPICOS
Os principais desertos do mundo estão localizados entre
os paralelos 30º N e 30º S e os trópicos. Tal fato pode ser
assim explicado: Nas imediações dos trópicos
encontramos centros de altas pressões atmosféricas, áreas
dispersoras de ventos, que impedem a penetração de
massas de ar carregadas de umidade. O posicionamento
desses centros de altas pressões derivam da circulação
atmosférica, uma vez que os ventos alísios que migram
das imediações dos trópicos para a Linha do Equador,
sobem, se resfriam, o vapor d água se condensa, formando
nuvens que provocam chuvas na zona equatorial. Ao se
resfriarem e perderem umidade, esses ventos descem nas
imediações dos trópicos gerando a formação de centros de
altas pressões atmosféricas.
O VENTO
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
Vento: é o ar em movimento. O ar move-se
horizontalmente (em superfície e em altitude) e também
verticalmente, devido às diferenças de temperatura e de
pressão em diversos locais da Terra. Seu mecanismo está
expresso na primeira Lei da Circulação Atmosférica, do
holandês Buys Ballot, que diz "os ventos sempre sopram
das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão".
Como nas áreas de menor temperatura ou mais frias a
pressão é maior, o vento sai dessas áreas e vai em direção
às de maior temperatura, que apresentam menor pressão.
Quanto maior for a diferença de pressão entre as regiões,
maior será a velocidade do vento, podendo ocorrer, nessas
situações, vendavais ou ventos mais fortes, que recebem
diferentes nomes, conforme o local: furacão (Caribe),
tornado (EUA), tufão (Ásia). Em superfície, os ventos
alísios sopram dos trópicos para o Equador, que é uma
área ciclonal, de convergência de ventos. Nas áreas
equatoriais, o ar quente (mais leve) é úmido. Em altitude,
o ar esfria-se e retorna aos trópicos (contra-alísios). Em
virtude do movimento de rotação, os ventos, a partir da
área de dispersão, desviam-se para a direita no hemisfério
Norte e para a esquerda no hemisfério Sul.
567
 CAPÍTULO XIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 568


CAPÍTULO XIV - CLIMATOLOGIA - A
CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA, FENÔMENOS
METEOROLÓGICOS, TIPOS DE CHUVAS E
MASSAS DE AR:
PRINCIPAIS TIPOS DE VENTOS
VENTOS PLANETÁRIOS OU CONSTANTES São
aqueles que sopram no mesmo sentido o ano inteiro,
destacando-se os ventos alísios de sudeste no hemisfério
sul e os alísios de nordeste no hemisfério norte.
Nas imediações da Linha do Equador ocorre a
convergência desses ventos, dando origem a uma área de
grande instabilidade, denominada FRENTE OU
CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL, responsável
pelo elevado índice pluviométrico nas áreas onde atua.
ZCIT atuando no Brasil
VENTOS PERIÓDICOS – São aqueles que durante uma
época do ano sopram numa direção e na outra no sentido
inverso. Destacamos dois importantes ventos periódicos:
MONÇÕES
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIV
São ventos que durante os meses mais quentes sopram do
oceano para o continente, deslocando muita umidade e
conseqüentemente provocando muitas chuvas. Nos meses
mais frios os ventos sopram do continente para o mar,
proporcionando um período de estiagem. O sul e sudeste
da Ásia é a principal área de ocorrência. Observe o
desenho abaixo.
BRISAS são ventos que sopram num determinado
momento do mar para o continente ( brisas marinhas ) e
do continente para o mar ( brisas terrestres.
Durante o dia o maior aquecimento do ar sobre os
continentes faz com que a pressão atmosférica sobre os
mesmos fique relativamente mais baixa em relação aos
oceanos. Como os ventos sopram da maior para menor
pressão, formará uma corrente de ar do oceano para o
continente ( brisa marinha ).
Durante a noite a temperatura do ar sobre o mar fica um
pouco mais elevada em relação ao continente ( a água tem
um calor específico maior e portanto conserva por mais
tempo o calor ). Por essa razão a pressão atmosférica fica
mais baixa sobre o mar e mais alta sobre o continente,
criando uma corrente de ar do continente para o oceano (
brisa noturna ). Observe o desenho abaixo.
Circulação Global da Atmosfera
O Sol aquece toda a Terra mas verifica-se uma
distribuição desigual de energia à sua superfície: as
regiões equatorial e tropical recebem mais energia solar
que as latitudes médias e regiões polares.
A energia recebida por radiação nos trópicos é superior à
que essa região é capaz de emitir enquanto que as regiões
polares emitem mais do que recebem. Se não se
verificasse um transporte de energia dos trópicos para as
regiões polares, a temperatura da região tropical
aumentariaindefinidamente enquanto que as regiões
polares ficariam com uma temperatura cada vez menor. É
este desequilíbrio térmico que induz a circulação da
Atmosfera e dos Oceanos. A energia é redistribuída das
regiões em excesso para as regiões em falta, pela
circulação atmosférica (60%) e correntes oceânicas (40%).
Circulação Atmosférica
A transferência da energia do equador para os pólos
poderia ser conseguida com uma célula de circulação com
movimento ascendente nos trópicos, movimento na
direção dos pólos em altitude, movimento descendente
sobre os pólos e em direção ao equador à superfície. Este
modelo de circulação de uma única célula foi proposto por
Hadley no século XVIII.
569
 CAPÍTULO XIV

Em condições normais os ventos alísios sopram em

direção a Ásia nas camadas inferiores da atmosfera. Ao se
1.Célula Tropical (célula de Hadley) - Nas baixas aquecerem, sobem, resfriam-se, formando pesadas nuvens
de chuvas que precipitam no sul e sudeste da Ásia e norte
latitudes, o movimento do ar para o equador com o
da Oceania.
aquecimento, ascende verticalmente, com movimeno no Os ventos de altitude sopram em direção a América,
sentido dos pólos nos níveis superiores da Atmosfera. Esta descendo nas imediações do continente relativamente
circulação forma a célula convectiva que domina o clima secos.
tropical e sub-tropical. Tal mecanismo é alterado nas situações de El Niño e La
Niña.
2. Célula das latitudes médias (célula de Ferrel) - É
AS CORRENTES MARINHAS
uma célula de circulação atmosférica média nas latitudes
médias, denominada por Ferrel no século XIX. Nesta
célula, o ar mover-se para os pólos e para o Leste junto à
superfície e no sentido do equador e para Oeste nos níveis
mais altos.

3. Célula Polar - O ar sobe, diverge, e desloca-se para os

pólos. Uma vez sobre os pólos, o ar desce, formando as
altas pressões polares. À superfície o diverge para o
exterior da região de alta pressão. Ventos de superfície na
célula polar são para Leste (ventos polares de Oeste).

4. Célula de Walker

As grandes massas de água que se deslocam pelo oceano

com condições próprias de temperatura, salinidade e
pressão possuem grande influência no clima, além de
favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro
de correntes quentes com correntes frias, nas quais há
ressurgência de plâncton. As correntes marinhas podem
ser quentes ou frias. As quentes mantêm a umidade e as
altas temperaturas nas áreas costeiras das baixas latitudes.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 570

 CAPÍTULO XIV

Quando se dirigem para áreas de altas latitudes, amenizam II – CHUVAS FRONTAIS

os rigores climáticos no inverno. Já as correntes frias, ao
contrário, aumentam o rigor climático no inverno pelos
litorais onde passam além de estarem associadas aos
litorais secos nas proximidades dos trópicos de Câncer e
Capricórnio.

TIPOS DE CHUVAS

I – CHUVAS CONVECTIVAS

Ocorrem a partir do encontro de uma massa de ar fria com

uma massa de ar quente em deslocamento horizontal. Na
medida em que o ar frio avança, o ar quente e úmido por
ser mais leve sobe, se resfria e o vapor d água se condensa
formando nuvens que ao atingirem o ponto de saturação
provocarão chuvas leves e moderadas ( as vezes chove
forte ), podendo durar horas ou dias, dependendo da
velocidade de deslocamento da frente fria ou frente
quente. São mais comuns no outono, inverno e início da
É aquela que ocorre em dias de muito calor, primavera, sendo a zona extratropical a principal área de
principalmente no verão. O ar quente e úmido sobe ocorrência desse tipo de chuva.
durante o dia, levado pelas correntes ascendentes. No
III – CHUVAS OROGRÁFICAS OU DE RELEVO
início da tarde encontra-se com o ar frio que desce, o
vapor d água se condensa, formando nuvens do tipo
cúmulos nimbos ( nuvens de grande crescimento vertical,
semelhantes a bigornas ). No transcorrer da tarde ou no
início da noite temos chuvas fortes, acompanhadas de
rajadas de ventos e descargas elétricas. Tais chuvas são
normalmente de curta duração ( menos de uma hora ).

Resultam do deslocamento horizontal de uma massa de ar

carregada de umidade. Quando esta massa encontra-se
com um obstáculo montanhoso, ela sobe, resfria-se, o
vapor d água se condensa formando nuvens que ao
atingirem o ponto de saturação promoverão chuvas nas
encostas de barlavento ( receptoras de vento ). As encostas
de sotavento são normalmente mais secas.

imagem de uma nuvem Cúmulos-nimbos

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 571

 CAPÍTULO XIV

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 572

 CAPÍTULO XV

CAPÍTULO XV - CLIMATOLOGIA - ANÁLISE DE Sudeste dos EUA, Leste da China, boa parte do Japão,
CLIMOGRAMAS E CARACTERÍSTICAS Nova Zelândia, parte da Argentina etc.
CLIMÁTICAS

PRINCIPAIS TIPOS CLIMÁTICOS DO PLANETA

Apresenta as 4 estações do ano bem definidas, a amplitude

térmica anual não é muito elevada, tal fato é explicado
pela influência da maritimidade, as chuvas são bem
distribuídas durante o ano, com índices pluviométricos
anuais acima de 1000 mm.
► Temperado Continental – Tem como principais áreas
de ocorrência o norte dos EUA, sul e sudeste do Canadá,
Europa centro-oriental, nordeste da China etc.

POLARES – Ocorrem em latitudes extremas, próximo

aos círculos polares Ártico e Antártico, grande variação da
duração do dia e da noite. Baixas temperaturas o ano todo,
máxima de 10°C no verão.

Ele apresenta uma elevada amplitude térmica anual,

reflexo da influência da continentalidade. O índice
pluviométrico anual gira em torno de 500 à 800 mm em
média. O verão é quente, podendo registrar temperaturas
próximas a 40ºC e o inverno é frio.
MEDITERRÂNEO – Tipo de clima encontrado no sul da
Europa, norte e sul da África, litoral sul da Austrália,
litoral da Califórnia, trecho do litoral chileno etc.
O índice pluviométrico é baixo, as amplitudes térmicas
anuais são elevadas, apresenta um inverno longo e
rigoroso e um verão curto.

TEMPERADOS – Apresentam as quatro estações bem

definidas. Há diferenças entre os locais próximos e os que
estão longe do mar, razão pela qual está dividido em dois
tipos.

► Temperado Oceânico ou Marítimo – Está presente

nas regiões temperadas que sofrem influência da
maritimidade, tais como: Europa Centro-Ocidental,

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 573

 CAPÍTULO XV

Os Verões são quentes e secos, fruto dos ventos que

sopram de regiões desérticas relativamente próximas e os
invernos são amenos e chuvosos, reflexo dos ventos
úmidos procedentes de regiões oceânicas.
Ele é classificado como um tipo de clima subtropical
específico.

TROPICAL – Tipo de clima encontrado na zona

intertropical do nosso planeta. Apresenta temperaturas
médias mensais acima de 19ºC, a amplitude térmica anual
oscila entre 5º e 8º C e o índice pluviométrico é superior a
1000 mm.
Está dividido em:
► Tropical Subúmido, Típico ou Continental – Tem
como característica marcante a concentração de chuvas no
verão e o inverno seco. Ele é encontrado no interior dos
continentes onde a influência da martitimidade é mínima.
Apresenta uma estação chuvosa nos meses mais quentes
do ano, que dura em média de 5 a 7 meses. O período
chuvoso é determinado pelos ventos quentes e úmidos
procedentes do mar. O índice pluviométrico anual pode
superar os 4000 mm . O inverno é seco em razão dos
ventos continentais que sopram durante a estação.
►Tropical de Altitude – Apresenta uma temperatura
média mais baixa em razão da altitude. O verão é mais
ameno e o inverno é relativamente frio.

► Tropical Úmido ou Litorâneo – É encontrado no

litoral, onde a influência da maritimidade e das massas de
ar úmidas procedentes dos oceanos é grande. As chuvas
ocorrem com maior regularidade, porém existem períodos EQUATORIAL – As suas principais áreas de ocorrência
mais chuvosos. são a Amazônia, África Central e Sul da Ásia.

É um clima quente e úmido. As temperaturas médias

► Tropical Monçônico – A sua principal área de
ocorrência é o sul e o sudeste da Ásia, estando presente
com menor intensidade no litoral norte da Austrália, no
litoral oriental da África etc.
mensais são superiores a 24º C, a amplitude térmica anual
é baixa, variando entre 1º a 3º C. O índice pluviométrico
anual é elevado, superior a 2000 mm. O elevado índice
pluviométrico é explicado pela atuação da Zona de
Convergência Intertropical, pelo intenso processo de

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 574

 CAPÍTULO XV

evapotranspiração e pela atuação das Massas de Ar

equatoriais ao longo do ano.

SUBTROPICAL – Clima encontrado numa faixa de

transição entre as regiões tropicais e temperadas da Terra.
Tem como principais áreas de ocorrência: Sul do Brasil,
Uruguai, Flórida ( EUA ), sudeste da China, sul do Japão
etc.

O índice pluviométrico médio varia em torno de 500 mm

anuais.
Esse tipo de clima está exposto a longos períodos de secas
sazonais.

CLIMA FRIO CONTINENTAL – É encontrado no

norte do Canadá, norte da Europa, região Siberiana ( norte
da Rússia ) etc.

Apresenta as 4 estações do ano bem definidas e as chuvas

são bem distribuídas ao longo do ano. A amplitude
térmica anual oscila em torno de 10º C. O índice
pluviométrico anual é superior a 1000 mm.

ÁRIDOS OU DESÉRTICOS – A maioria dos desertos

são encontrados entre os trópicos e as latitudes 30º N e S.

Apresenta um inverno longo e rigoroso, com duração que

varia de 6 à 9 meses. O verão é curto e ameno. O índice
pluviométrico oscila em torno de 500 mm anuais.
A amplitude térmica anual é elevada.

CLIMA SUBPOLAR – Tipo de clima encontrado nas

imediações dos Círculos Polares, sobretudo no Círculo
Polar Ártico.
A presença de desertos nesta faixa é explicada pela
existência de centros de alta pressão atmosférica, que são
centros dispersores de ventos que impedem a penetração
de massas de ar úmidas.
O clima apresenta uma elevada amplitude térmica anual,
que por sua vez resulta da baixa umidade atmosférica. O
índice pluviométrico é baixo, normalmente inferior a 250
mm anuais, ocorrendo em média durante 1 a 3 meses.

SEMI-ÁRIDOS – São climas de transição. Chuvas

escassas e irregulares. Encontrados tanto nas regiões
tropicais quanto nas zonas temperadas (onde apresentam
invernos frios).
Apresenta um inverno muito longo, com duração
aproximada de 9 meses. O verão é curto e brando. O
índice pluviométrico é muito baixo, girando em torno de
250 mm anuais. A amplitude térmica anual é elevada.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 575

 CAPÍTULO XV

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 576

 CAPÍTULO XVI

CAPÍTULO XVI - OS FENÔMENOS EL NIÑO E LA provoca aumento de chuva na costa do Peru e seca em
NIÑA algumas regiões do Brasil.
Basicamente, se estamos no braço da célula descendente,
No final do século XX, com o crescimento das
isto é, na parte da circulação que desce da atmosfera para
informações meteorológicas nos meios de comunicação,
a superfície da Terra, temos uma região sem nuvens, por
começou-se a falar muito no fenômeno El Niño. Mas
isso sofre com a seca. Neste caso, as regiões Norte e
afinal, o que é o El Niño? Quais são suas conseqüências
Nordeste do Brasil são bastante afetadas. Já se estamos na
no Brasil e no mundo? A Equipe do CIÊNCIAONLINE
parte da circulação que sobe da superfície da Terra para a
foi atrás destas respostas e explica que este fenômeno é
atmosfera, temos uma região de formação de nuvens, por
muito mais antigo do que se pensa, mas até hoje não se
isso chove acima da média, provocando inundações.
conseguiu compreender como e por que ele acontece.
Na prática, as células de grande escala atuam em todas as
O próprio nome El Niño já é uma informação histórica.
regiões do planeta, por isso a modificação da temperatura
Normalmente, seus efeitos acontecem durante os meses de
da superfície no Oceano Pacífico provoca mudanças no
dezembro/janeiro, por isso o nome El Niño (o menino, em
clima em diferentes regiões da Terra. Dependendo da
espanhol), devido à proximidade do Natal e do nascimento
intensidade do fenômeno El Niño e da época do ano, estas
do menino Jesus.
mudanças são mais ou menos intensas. Na figura 2, temos
O fenômeno El Niño é basicamente um aquecimento
a distribuição global dos efeitos do El Niño em algumas
anormal das águas do Oceano Pacífico tropical. O grande
regiões do planeta para duas épocas do ano. Uma para
problema está nas conseqüências deste aquecimento para
junho-agosto e outra para dezembro/fevereiro.
o planeta. Sua interferência na circulação atmosférica de
toda a Terra provoca mudanças nas condições climáticas
de várias regiões, como aumento de chuva em alguns
lugares e seca em outros.
Se voltarmos para o aspecto histórico, os navegadores da
região já sentiam seus efeitos no século XVI. Relatos do
conquistador espanhol Francisco Pizarro, por volta de
1525, já mostravam que um fenômeno semelhante
acontecia. Uma explicação mais clara e correta sobre o
funcionamento do El Niño só veio aparecer em 1969.
Ele normalmente acontece em um período de 2 a 7 anos e
tem uma duração típica de 12 a 18 meses. O
acompanhamento do fenômeno El Niño pelos
pesquisadores, mostra que ele se inicia no começo do ano,
atinge sua máxima intensidade (aquecimento da águas)
durante dezembro daquele ano e janeiro do próximo,
enfraquecendo na metade do segundo ano. Mas como o No Brasil, as pesquisas e o monitoramento do El Niño
aquecimento das águas superficiais do Pacífico pode indicam que três regiões são afetadas pelas mudanças na
modificar a chuva no Brasil ou mesmo provocar seca no circulação atmosférica: o semi-árido do Nordeste, o norte
continente africano? Isso acontece por que a Terra, através e o leste da Amazônia e o sul do Brasil. A Região Sul do
da circulação dos ventos, tenta equilibrar a temperatura e a Brasil é afetada pelo aumento de chuva. O norte e o leste
chuva nos continentes e nos mares. Esta circulação, da Amazônia e o Nordeste sofrem pela diminuição da
chuva. O Sudeste do Brasil apresenta temperaturas mais
chamada de células de grande escala pelos
altas, tornando o inverno mais ameno. Já para as demais
meteorologistas, é responsável por todo o clima na Terra e regiões do país os efeitos são considerados mais fracos.
é quem transporta calor e umidade de uma região para Em contrapartida, no mundo os efeitos do El Niño são
outra. Em outras palavras, as células retiram a umidade de bastante significativos em algumas regiões. Acontecem
algumas regiões, como exemplo, oceanos e florestas e grandes secas na Índia, na Austrália, Indonésia e África
provocam chuva em outras. decorrentes do fenômeno, assim como algumas enchentes
Quando uma grande superfície do planeta sofre uma no Peru, Equador e no meio oeste dos Estados Unidos. Em
algumas áreas, observam-se temperaturas mais elevadas
mudança em sua temperatura, que no caso do El Niño é a
que o normal, enquanto em outras ocorrem frio e neve em
superfície do Oceano Pacífico tropical, acontece uma excesso. As conseqüências associadas ao fenômeno El
alteração de intensidade e direção na circulação destas Niño são desastrosas e provocam sérios prejuízos sócio-
células, modificando as regiões em que normalmente econômicos e ambientais.
chove ou que sofrem mais com a seca. Na figura 1, vemos Apesar de todas as pesquisas e esforços dos estudiosos em
um esquema para explicar como as células de grande entender como e porque o fenômeno El Niño acontece e
escala se movimentam no fenômeno El Niño e como ela qual a sua origem, atualmente não há uma conclusão
definitiva que mostre porque acontece o aquecimento das
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 577
 CAPÍTULO XVI

águas superficiais do Oceano Pacífico. O que se consegue Consequências da La Niña no mundo:

entender são os seus efeitos na atmosfera e as mudanças
no clima, mas uma resposta definitiva, ainda esta longe de
se conseguir.
Apenas para deixar a curiosidade afiada: você sabia que
existe outro fenômeno parecido com o El Niño? Apesar de
pouco conhecido, o resfriamento das águas do Oceano
Pacífico, fenômeno inverso ao El Niño é chamado La
Niña, mas isso fica para uma outra curiosidade do website
CIÊNCIAONLINE... no futuro. Aguardem!
Consequências do El Niño no mundo:

1. FGV/2009 Gustav e Ike foram dois dos furacões que

atingiram a região do golfo do México entre os meses de
agosto e setembro de 2008. Assinale a alternativa que
apresenta características de um furacão.
(A) Ocorre nos meses de verão e tem sua origem
relacionada ao aquecimento das águas do mar em
O FENÔMENO DA LA NIÑA áreas do hemisfério Norte.
(B) Constitui-se de uma massa de ar fortemente aquecida
e seca que, ao se deslocar, ganha velocidade, resfria-
se e se umidifica.
(C) É uma extensa porção de ar com alta pressão, que se
resfria e se umedece em contato com os mares da
região intertropical.
(D) É uma grande quantidade de ar com alta pressão
atmosférica e elevada umidade, que se movimenta
sobre os mares tropicais.
(E) Trata-se de um fenômeno atmosférico de curta
duração, encontrado no hemisfério Norte, que pode
formar ventos que chegam a atingir 70 km/hora.

2. FGV/2009 A questão está relacionada à figura a

seguir:

A La Niña é um fenômeno inverso ao El Niño. Ela resulta

do resfriamento das águas do Oceano Pacífico na porção
ocidental do continente americano nas imediações da linha
do Equador. Os ventos alísios de SE e NE deslocam as
águas mornas das regiões equatorial e tropical do Pacífico
em direção a Oceania e Ásia. A La Niña é responsável
pela ocorrência de invernos mais frios e verões mais
amenos no Centro-Sul do Brasil, regulariza o regime das
chuvas no Nordeste e eleva o índice pluviométrico na
Amazônia Setentrional e provoca secas no sul do Brasil
durante o verão.Alguns cientistas alegam que a La Niña
não é um fenômeno e sim uma situação de normalidade na
dinâmica climática

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 578


Sobre a figura, é correto afirmar que representa, de forma
esquemática, o fenômeno denominado
(A) ilha de calor, provocada pela concentração de
construções; o ar em 3, quente e seco, permanece
junto à superfície terrestre, enquanto o ar, em 2,
permanece mais frio que em 3.
(B) ilha de calor, que se forma pela associação das
condições de poluição local do ar com o avanço de ar
2, que é úmido; 1 e 2 permanecem sobre a cidade
devido às baixas temperaturas do ar 3.
(C) inversão térmica, em que o ar 3 é frio e permanece
próximo à superfície terrestre porque o ar 2, quente,
funciona como um tampão, impedindo a ascensão do
ar e dos poluentes.
(D) frente fria, provocada pelo deslocamento de ar polar,
indicado pelo número 2, que fica comprimido entre o
ar 3, carregado de poluentes, e o ar 1, que também é
quente, mas livre de poluentes.
(E) frente quente, provocada pelo deslocamento de ar 3,
que é continental e, por sua alta temperatura, é mais
pesado e fica impedido de ascender devido ao ar 2,
que é frio e não se mistura com o ar 1, que é quente.
3. CSTFC/2008 Sobre as zonas climáticas e
fitogeográficas da Terra assinale a alternativa CORRETA.
(A) O clima temperado continental predomina em todo o
território brasileiro.
(B) Na zona tropical devido às altas temperaturas e à forte
incidência de radiação solar, não ocorrem formações
florestais significativas.
(C) As zonas temperadas ocorrem entre os trópicos de
Câncer e de Capricórnio.
(D) As zonas glaciais ocorrem junto aos polos, em
latitudes superiores às dos Círculos Polares.
(E) Nas zonas temperadas, ocorrem extensas florestas
tropicais.
4. UFRGS/2008 Climogramas são gráficos que
representam as variações das temperaturas (°C) e das
precipitações (mm) médias de um local ao longo do ano.
Observe os climogramas a seguir, que representam
diferentes tipos de clima.
Assinale a alternativa que indica os climas representados
nos climogramas 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
(A) subtropical úmido - equatorial úmido - tropical árido -
tropical semi-úmido
(B) tropical semi-úmido - subtropical úmido - tropical
árido - equatorial úmido
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
(C) tropical árido - subtropical úmido - tropical semi-
úmido - equatorial úmido
(D) equatorial úmido - tropical semi-úmido - subtropical
úmido - tropical árido
(E) tropical semi-úmido - equatorial úmido - tropical
árido - subtropical úmido.
5. PUCRJ/2008
O aumento da temperatura média do oceano Pacífico, nos
meses de dezembro, janeiro e fevereiro, entre a América
do Sul e a Oceania, apresentado como uma mancha na
gravura anterior, é um velho fenômeno reconhecido por
navegadores europeus e pelo povo inca, desde o século
XVI, mas que só passou a ser estudado a partir do final do
século XX. Sobre esse fenômeno, é CORRETO afirmar
que se trata do(a):
(A) El Niño, que se forma nos meses de inverno no
hemisfério sul do planeta, acarretando chuvas
desenfreadas em algumas regiões do planeta e secas
em outras;
(B) La Niña, que ocorre no verão e provoca veranicos na
costa ocidental da América do Norte e ressacas
violentas na América do Sul;
(C) El Niño, que provoca chuvas intensas no litoral
ocidental da América do Sul, seca no Nordeste e
enchentes no Sul brasileiro;
(D) La Niña, que é um evento frio que promove estiagem
no Sul e chuvas no Nordeste do Brasil;
(E) Nenhuma das afirmações anteriores está correta.
6. CFTSC/2008 O iatismo é um dos esportes que
utilizam a força dos ventos. Nele, o atleta conduz o barco
à vela, que é impulsionado pelo deslocamento do ar. Leia
atentamente as proposições a seguir, relativas à formação
dos ventos.
I. A pressão atmosférica, além de variar de acordo
com a altitude, assume características diferentes
conforme a temperatura do ar.
II. O comportamento das massas de ar, assim como o
avanço ou recuo das frentes de transição, não muda
de acordo com as estações do ano.
III. O vento, sempre sopra de um ponto de baixa
pressão para um de alta pressão.
IV. Nas regiões próximas ao paralelo de 0° temos
grandes áreas de baixa pressão atmosférica.
Assinale a alternativa CORRETA:
(A) Apenas a proposição III é verdadeira.
(B) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras.
(C) Apenas a proposição II é verdadeira.
579

(D) Apenas as proposições I e IV são verdadeiras.
(E) Apenas as proposições I, III e IV são verdadeiras.
7. UEL/2008 Sobre o fenômeno El Niño é correto
afirmar:
(A) É um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado
por um resfriamento anormal das águas superficiais
na porção Oriental do Oceano Pacífico, nas
proximidades da Indonésia. O fenômeno é local,
porém causa as chuvas de monções com graves
conseqüências.
(B) Em termos sazonais, o fenômeno ocorre com mais
freqüência no período do carnaval, em fevereiro, o
que explica o seu nome que significa, em espanhol, "o
menino", uma alusão a um garoto travesso.
(C) O fenômeno, por ter uma ocorrência bem delimitada,
causa uma alteração regional que assume dimensões
locais, entretanto, o desarranjo climático é grave,
ocasionando chuvas fortes com queda de temperatura.
(D) O fenômeno é climático e decorre da forte influência
das condições dos ventos frios. O Anti-El Niño
(também chamado La Niña), ao contrário do El Niño,
é representado pelo aquecimento anormal das águas
do Pacífico e também desempenha consideráveis
impactos nas atividades humanas.
(E) O fenômeno se faz notar com maior evidência nas
costas peruanas, pois as águas frias provenientes do
fundo oceânico (ressurgência) e da Corrente Marinha
de Humboldt são ali interceptadas por águas quentes
provenientes do norte e oeste.
8. CFTCE/2008 A alternativa INCORRETA sobre a
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a:
(A) A Zona de Convergência Intertropical desloca-se
sazonalmente em função do movimento aparente do
Sol.
(B) A ZCIT é dominada pela massa Equatorial
continental (mEc).
(C) Durante o outono e na primavera, a ZCIT fica
praticamente sobre o Equador.
(D) No verão do hemisfério Sul, A ZCIT move-se na
direção trópico de Capricórnio.
(E) Nas latitudes temperadas, a insolação amena cria uma
zona de baixa pressão atmosférica denominada de
Zona de Convergência Intertropical.
9. UEL/2008 Leia o texto seguinte:
"A poluição atmosférica caracteriza-se
basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas
sólidas no ar. [...] As principais causas desse fenômeno
são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias
(siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima
de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de
aquecimento. [...] O ar poluído penetra nos pulmões,
ocasionando o aparecimento de várias doenças, em
especial do sistema respiratório, como a bronquite crônica,
a asma e até o câncer pulmonar."
(VESENTINI, J. W. "Sociedade & espaço - Geografia
Geral e do Brasil". 31. ed., 2. reimpressão. São Paulo. Ática.
2001. p. 303 e 308.)
O agravo dessas doenças ocorre quando
(A) Na primavera e no verão, a temperatura próxima ao
solo aumenta e o ar se aquece. Na camada
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
ionosférica, o ar fica mais quente, favorecendo a
formação de correntes convectivas de ar. Esse
fenômeno é conhecido como Inversão Térmica.
(B) Os encontros entre as massas marítimas e as massas
continentais dão origem às frentes de baixa pressão.
Este fenômeno é conhecido como Ilhas de Calor.
(C) A concentração de poluentes secundários na
estratosfera, como os ácidos sulfúrico e nítrico,
solúveis em água, a torna mais ácida, provocando
impactos ambientais. Este fenômeno é conhecido
como Inversão Térmica.
(D) A concentração de poluentes atmosféricos - como
dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e
clorofluorcarbonetos - contribui para uma mudança
de baixa densidade para alta densidade do ar na
estratosfera. Este fenômeno é conhecido como Ilhas
de Calor.
(E) As estações de outono e inverno favorecem a
ocorrência de Inversão Térmica, que se caracteriza
pela diminuição da temperatura do ar próxima ao solo
e pelo seu aquecimento nas camadas superiores,
impedindo a formação de correntes convectivas de ar.
10. CPS/2008 Sabe-se que os parques públicos nas
grandes cidades funcionam como importantes locais de
lazer, entre outros motivos pela qualidade de suas
condições microclimáticas: em geral, pode-se encontrar ali
um ar mais úmido e com temperaturas mais amenas em
relação ao resto da cidade. O esquema gráfico a seguir
representa a variação de temperaturas do ar numa certa
hora do dia, típica das grandes cidades.
Esse fenômeno climático, típico das grandes cidades, é
conhecido como
(A) aquecimento global.
(B) ilhas de calor.
(C) inversões térmicas.
(D) buraco na camada de ozônio.
(E) frentes quentes e frentes frias.
11. UFMS/2007 Observe os climogramas, a seguir,
referentes a localidades do continente asiático e assinale a
alternativa correspondente aos respectivos tipos
climáticos.
580
 CAPÍTULO XVI

13. PUCPR/2007 Responder à questão com base no

texto e nas afirmativas.

Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura

(A) Clima tropical, clima temperado, clima equatorial.
(B) Clima subtropical, clima mediterrâneo, clima frio.
(C) Clima frio, clima mediterrâneo, clima tropical.
(D) Clima temperado, clima equatorial, clima tropical.
(E) Clima equatorial, clima frio, clima desértico.
12. UFPEL/2007 Observe as figuras a seguir.
média global. De acordo com os cientistas do Painel
Intergovernamental em Mudança de Clima da
Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX
apresentou um aumento de temperatura média entre
0,3 °C e 0,6 °C.
Sobre esse tema, afirma-se:
I. O aumento de temperatura verificada nos últimos
anos não tem influenciado no consumo de energia
doméstica.
II. O aquecimento global tem ocasionado degelo em
diversas partes do mundo, como no entorno do
Oceano Ártico e na linha das neves das principais
cordilheiras.
III. Se o aquecimento global prosseguir, as águas
oceânicas poderão subir e inundar cidades e
plantações, provocando o desaparecimento de
países e o êxodo de milhares de pessoas.
IV. O aquecimento global tem direcionado a atenção
da humanidade para o necessário cuidado com o
equilíbrio do Planeta.

A análise das afirmativas permite concluir que são

verdadeiras apenas
(A) II. (B) IV. (C) I, II e III.
(D) I, III e IV. (E) II, III e IV.

14. PUCRS/2007 Responder com base no climograma e

nas afirmativas.

A figura B se refere a um impacto ambiental que pode ser

caracterizado pelo seguinte:

I. Instala camadas de ar frio sob a camada de ar mais

quente, impedindo a circulação natural ascendente I. Trata-se de um clima subtropical úmido com maiores
do vento. concentrações pluviométricas no verão, superando os
II. Acontece mais freqüentemente nas áreas urbanas mil milímetros anuais.
do que nas áreas rurais. II. Refere-se a um clima de baixa amplitude térmica,
III. Faz com que os poluentes fiquem mais com grande pluviosidade anual.
concentrados e prejudiquem a saúde humana, III. Nas áreas em que predomina esse clima, é produzido
causando problemas respiratórios entre outros. trigo, com excelente produtividade.
IV. Ocorre com mais freqüência durante o inverno. IV. O clima representado é denominado de Equatorial,
existindo nestas áreas uma vegetação do tipo
A figura B e as características descritas são típicas do higrófila e latifoliada, combinando-se para a
impacto ambiental conhecido como formação da Floresta Equatorial.
(A) chuva ácida. (B) efeito estufa.
(C) aquecimento global. (D) ilhas de calor. Estão corretas as afirmativas
(E) inversão térmica. (A) I e III. (B) II e IV. (C) III e IV.
(D) I, II e III. (E) I, II e IV.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 581

15. FUVEST/2007
As geleiras da foto podem ser utilizadas como
indicadores da tendência de aumento das temperaturas
globais, pois
(A) o maior aporte de sedimentos nas partes baixas das
geleiras representa aumento da precipitação pluvial
em detrimento da precipitação nival (niveal).
(B) o maior aporte de água doce no mar interfere nas
temperaturas e pode ser calculado a partir da retração
dos lagos glaciais.
(C) a área de recuo do gelo indica aumento de
temperatura e pode ser identificada pela maior
exposição dos depósitos glaciais típicos.
(D) a maior precipitação nival (niveal) representa
desequilíbrio nas temperaturas globais e pode ser
identificada pelo aumento dos icebergs.
(E) a ampliação de escavação dos vales glaciais pode ser
precisamente medida, indicando desequilíbrio nas
temperaturas globais.
16. UFC/2007 O desenvolvimento técnico-científico
vem proporcionando ao sistema produtivo maior
capacidade de transformar a natureza, gerando, entretanto,
vários fenômenos ambientais desfavoráveis. Sobre as
mudanças climáticas globais e o moderno conhecimento
técnico-científico, é correto afirmar que:
(A) os estudos científicos realizados a partir de dados de
satélite demonstram que, desde o final da década de
1960 até o presente, o conjunto da cobertura de gelo
da Terra continua sem modificações.
(B) o aumento do nível do mar e o aumento de
intensidade e freqüência de episódios de tempestades
são fenômenos ambientais sobre os quais o sistema
técnico-científico moderno detém completo controle.
(C) o sistema climático terrestre é bastante complexo, e,
mesmo diante do avanço técnico-científico, há muito
que ser compreendido em relação à magnitude, tempo
e impactos das mudanças climáticas.
(D) os cientistas demonstram que o clima no planeta
Terra sofre alterações e sobrevive a essas mudanças
há milhões de anos, na mesma escala de tempo que as
mudanças climáticas globais da atualidade.
(E) a mudança de padrões de chuvas e de temperatura, o
aumento de incêndios e tempestades, em países com
fraco desenvolvimento técnico-científico, vêm
provocando as mudanças climáticas globais.
17. CFTCE/2004 Na Ásia das Monções, ocorrem ventos
que, durante uma época do ano, sopram num sentido e, em
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
outra época, no sentido inverso. Com base nessas
informações, está INCORRETA a afirmativa do item:
(A) esses ventos são produzidos por diferenças de pressão
atmosférica entre o oceano Índico e o Sul e o Sudeste
da Ásia.
(B) as monções chegam às regiões asiáticas no verão,
provocando fortes chuvas e inundações.
(C) durante o inverno, as massas de ar continentais
úmidas deslocam-se para o oceano, provocando muita
precipitação.
(D) a maior atuação das massas de ar oceânicas ocorre no
verão, trazendo chuvas torrenciais para o continente.
18. UFU/2006 Observe a figura a seguir.
Com relação ao processo climático demonstrado na figura,
é correto afirmar que
(A) devido à forma do continente africano e à grande
extensão de terras banhadas pelos oceanos, a
circulação monçônica sobre a África é maior do que a
asiática, apresentando índices mais elevados de
pluviosidade.
(B) as áreas com circulação de monção são encontradas
nas baixas latitudes, inclusive na América do Sul
tropical, onde a circulação monçônica é muito
desenvolvida em função da elevada radiação solar.
(C) a circulação de monção é mais desenvolvida no leste
e no sudeste da Ásia devido ao tamanho do continente
e à altitude do Planalto do Tibete, que impede o
deslocamento das massas de ar tropicais e polares.
(D) a Índia raramente é afetada pelos ventos monçônicos
devido ao efeito da barreira montanhosa do Himalaia,
que impede as passagens do ar tropical e do polar
sobre as planícies do Ganges.
19. UEL/2007 Sobre o "El Niño" é correto afirmar que:
(A) É um grande causador de Tsunamis, juntamente com
os ciclones no continente asiático.
(B) É causado pelo resfriamento das águas do Pacífico.
(C) É causado pelo aquecimento anormal das águas do
oceano Atlântico norte e sul.
(D) É causado pelo aquecimento anormal das águas do
oceano Pacífico central e oriental.
(E) É causador de Tsunamis e ciclones extratropicais.
20. UFPEL/2006 O ar se move horizontal e verticalmente
devido às diferenças de temperatura e de pressão entre os
diversos locais da Terra. Características geográficas
específicas dão
origem a ventos especiais, regionais e locais, como por
exemplo as brisas.
582

Observe a figura a seguir.
Com base nos textos acima e em seus conhecimentos, é
correto afirmar que
(A) 2 representa maior temperatura e menor pressão na
brisa marítima e 3, na brisa continental.
(B) 1 representa maior temperatura e menor pressão
durante o dia e 4, durante a noite.
(C) 1 e 2 representam menor temperatura e maior pressão
na brisa marítima.
(D) 3 e 4 representam menor temperatura e maior pressão
na brisa continental.
(E) 1 e 3 representam maior temperatura e menor pressão
nas brisas
21. UFMS/2006 Caracteriza-se pelo pequeno índice de
pluviosidade, abaixo de 250 mm anuais, e pela sua
irregularidade. Apresenta as maiores amplitudes térmicas
diárias, em geral superiores a 40 °C, não possui médias
mensais abaixo de 0 °C. Seus rios são temporários. Essa
descrição se refere ao domínio climático
(A) dos desertos frios glaciais.
(B) do Mediterrâneo.
(C) dos desertos quentes.
(D) das altas montanhas.
(E) das altas montanhas equatoriais.
22. PUCMG/2006
Baseado nas informações contidas na figura e em seus
conhecimentos, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) A temperatura do ar é o reflexo direto das condições
da superfície subjacente.
(B) Existe um gradiente horizontal e vertical de
temperatura nos grandes centros urbanos.
(C) A elevação da temperatura é mais sensível nas áreas
mais densamente ocupadas das cidades.
(D) Existe um mosaico espacial de temperatura nas
cidades, reflexo, dentre outros fatores, da circulação
atmosférica.
23. UFRS/2006 Assinale a alternativa correta sobre a
circulação atmosférica.
(A) O movimento ascensional do ar caracteriza uma zona
de alta pressão atmosférica nas proximidades da linha
equatorial, o que direciona os ventos alísios, que
sopram do equador para os trópicos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
(B) Célula de Hadley é o nome que designa o grande
circuito de circulação atmosférica que ocorre nas
regiões de baixa pressão atmosférica, em latitudes
superiores às dos trópicos de Câncer e de
Capricórnio.
(C) As áreas equatoriais de baixa pressão atmosférica são
receptoras de massas de ar provenientes de áreas de
alta pressão, denominadas anticiclonais.
(D) O ar que ascende no Equador e sopra em altitudes
elevadas para o norte e o sul produz a chamada frente
intertropical.
(E) Nas regiões próximas à linha do Equador, a subida e
o esfriamento do ar úmido provoca condensações e
aumento da pluviosidade no verão, originando uma
estação seca durante o inverno.
24. PUCPR/2006 Analise as afirmativas a seguir, que
contêm aplicações práticas dos principais fatores
climáticos.
I. Regiões situadas em altas latitudes recebem maior
quantidade e intensidade de radiações solares, devido
à inclinação da Terra - e por isso são as mais quentes
do globo.
II. A altitude compensa a latitude, principalmente em
função da menor quantidade de moléculas de
oxigênio para reter o calor - assim o ar rarefeito das
altas montanhas é muito frio em qualquer latitude.
III. Correntes marítimas frias, ao passarem nas
proximidades de litorais, contribuem para o
surgimento de desertos, já que a massa de ar sobre
elas é mais seca e dificulta a chegada de massas
úmidas ao continente - como ocorre, por exemplo, na
relação entre a Corrente de Humboldt e o deserto do
Atacama.
IV. A continentalidade faz com que a amplitude térmica
seja menor, devido ao fato de que o continente tende
a aquecer-se e resfriar-se mais lentamente do que o
mar. Por isso, o hemisfério norte, que tem mais terras
do que água, possui temperaturas menos extremas do
que o hemisfério sul.
V. O relevo influencia no clima ao criar barreiras
naturais ou corredores para o trânsito das massas de
ar. A disposição das montanhas na Ásia, por
exemplo, facilita a chegada das massas frias do pólo
norte até a região equatorial - ao contrário da
América, onde as barreiras naturais do relevo
dificultam tal trânsito.
Está correta ou estão corretas somente:
(A) apenas II e III. (B) I, III, IV e V.
(C) apenas II. (D) I, II, III e V.
(E) apenas I e IV.
25. FGV/2006 O furacão "Katrina", anunciado com dias
de antecedência, graças às fotos de satélites, atingiu o sul
dos Estados Unidos no final do mês de agosto de 2005,
provocando mortes e prejuízos. Sobre o fato, são feitas as
seguintes afirmações:
I. formados em áreas de águas frias nas médias
latitudes do Atlântico, os furacões sempre
583

ameaçaram a costa leste estadunidense nos meses
de verão;
II. a região destaca-se pela produção e refino de
petróleo, e a intensidade do fenômeno provocou o
comprometimento das atividades e gerou alta dos
preços do barril do combustível;
III. grande parte das vítimas e dos desabrigados
pertencem às camadas sociais mais baixas,
mostrando ao mundo a desigualdade
socioeconômica encontrada na sociedade norte-
americana;
IV. os estados mais atingidos têm elevada
predominância de imigrantes hispânicos que
encontram na região melhores condições de
trabalho do que aquelas existentes na Califórnia.
Está correto somente o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
26. UFPR/2006 Considerando que a temperatura da
atmosfera depende da insolação, é correto afirmar:
(A) A atmosfera atua como uma enorme manta protetora
que conserva grande parte do calor solar recebido
pela Terra.
(B) Quanto maior a altitude, maior é a quantidade de
calor aprisionada pela atmosfera e,
conseqüentemente, mais elevada é a temperatura.
(C) As isotermas da Terra têm uma orientação geral
Norte-Sul ou meridiana, porque um dos fatores
determinantes da variação da temperatura é a
longitude.
(D) O efeito estufa é um fenômeno atmosférico
provocado pela ação humana.
(E) Nas áreas tropicais e nas áreas polares, as variações
anuais de temperatura são mais marcantes do que nas
áreas temperadas.
27. ENEN/2005) A água é um dos fatores determinantes
para todos os seres vivos, mas a precipitação varia muito
nos continentes, como podemos observar no mapa a
seguir.
MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DOS GRANDES
DESERTOS E DAS ÁREAS ÚMIDAS.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
Ao examinar a tabela da temperatura média anual em
algumas latitudes, podemos concluir que as chuvas são
mais abundantes nas maiores latitudes próximas do
Equador, porque
(A) as grandes extensões de terra fria das latitudes
extremas impedem precipitações mais abundantes.
(B) a água superficial é mais quente nos trópicos do que
nas regiões temperadas, causando maior precipitação.
(C) o ar mais quente tropical retém mais vapor de água na
atmosfera, aumentando as precipitações.
(D) o ar mais frio das regiões temperadas retém mais
vapor de água, impedindo as precipitações.
(E) a água superficial é fria e menos abundante nas
latitudes extremas, causando menor precipitação.
28. UEL/2005) "As notícias da chegada do furacão
Isidore assusta os cubanos. O estado de alerta máximo foi
decretado nas províncias de Pinar del Rio, Havana,
Matanzas, Villa Clara e Cienfuegos e no município de Isla
de la Juventude. A temporada de riscos de ciclones no país
vai de 1Ž de junho a 30 de novembro. Setembro é
considerado o segundo mês mais perigoso, depois de
outubro. Nos últimos 200 anos, 24 furacões atingiram
Cuba em setembro e 37 em outubro. O município de Pinar
del Rio foi um dos locais mais afetados durante a
passagem do Isidore. O mar invadiu cerca de 200 metros
da costa, o que não ocorria desde 1964. Centenas de
pessoas ficaram em abrigos, à espera do fim da chuva, que
durou mais de 20 horas."
(CALSAVARA, Kátia. Furacão ameaça até novembro. "Folha
de S. Paulo", São Paulo, 28 out. 2002. Turismo, p. F4.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações
entre clima e sociedade, é correto afirmar:
(A) Em Cuba, anualmente, o risco de ciclones ocasiona a
invasão da costa pelo mar, o que provoca o aumento
das taxas de precipitação, deixando centenas de
pessoas desabrigadas.
(B) Furacões, a exemplo do Isidore, promovem a
estabilização das taxas de precipitação pluviométrica
nos locais por onde passam, trazendo alguns
benefícios para a agricultura cubana.
(C) Ciclones e furacões são fenômenos climáticos
passíveis de previsão, por isso medidas preventivas
podem ser tomadas, diminuindo a probabilidade de
ocorrência de catástrofes.
(D) Anualmente em Cuba, entre os meses de junho e
novembro, é decretado estado de alerta máximo, o
que tem diminuído sensivelmente a incidência de
ciclones e furacões na área.
(E) Eventos climáticos catastróficos, como furacões, têm
suas conseqüências danosas neutralizadas quando o
poder público decreta estado de alerta máximo.
29. UFC/2004 O comportamento térmico das rochas
(meio sólido) é diferente do comportamento térmico da
água (meio liquido). Sobre a variação da temperatura nos
continentes e oceanos, pode-se afirmar corretamente que:
(A) em qualquer estação do ano, nos oceanos, as
variações de temperatura são mais acentuadas que nos
continentes.
(B) quanto mais uma área continental estiver afastada do
oceano ou de sua influência, maiores serão suas
584
 CAPÍTULO XVI

oscilações térmicas. Este fenômeno denomina-se GABARITO

continentalidade térmica.
(C) em função do Hemisfério Norte possuir maior 1. A 2. C
dimensão continental, seus verões são mais frios e os
invernos mais quentes que no Hemisfério Sul. 3. D 4. E
(D) dada a existência de um maior volume das massas
líquidas no planeta, há uma igualdade nos valores das 5. C 6. D
oscilações térmicas entre continentes e oceanos.
(E) as variações de temperatura, nos oceanos, não estão 7. E 8. E
na dependência da distribuição de massas sólidas
(continentes) e massas líquidas (oceanos), e sim são 9. E 10. B
função da salinidade.
11. D 12. E
30. UFC/2004 Sobre os grandes tipos climáticos, assinale
a alternativa correta. 13. E 14. B
(A) O clima subtropical distingue-se por precipitações
reduzidas, evaporação elevada e intensa insolação. 15. C 16. C
(B) O clima equatorial caracteriza-se por fracas
precipitações e baixas temperaturas. 17. C 18. C
(C) O clima tropical caracteriza-se pela existência de
quatro estações, médias térmicas baixas e baixas 19. D 20. B
precipitações.
(D) O clima temperado distingue-se por contrastes 21. C 22. A
sazonais de temperatura e amplitudes térmicas muito
maiores que as dos climas da Zona Intertropical. 23. C 24. A
(E) O clima desértico caracteriza-se pela concentração de
chuvas no verão e amplitudes térmicas diárias 25. D 26. A
pequenas.
27. C 28. C

29. B 30. D

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 585

 CAPÍTULO XVI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 586

 CAPÍTULO XVII

CAPÍTULO XVII - CLIMATOLOGIA BRASILEIRA C) LATITUDE –

- CONCEITOS

O Clima
► "Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo"(
Adas, 1992)
► "Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo de um
determinado local da superfície terrestre" (Vesentini,1990)
► "Clima é a sucessão dos estados da atmosfera em
determinado lugar da superfície da Terra" (Moreira, 1985)
► "Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num
determinado lugar da superfície terrestre" (Coelho, 1995)
► "Clima é o conjunto dos fenômenos meteorológico que
caracteriza o estado médio da atmosfera em um ponto da
superfície da Terra" (Julius Hann citado por –
Pédelaborde, 1970) Esta é a definição aceita e que foi
utilizada durante o século passado (XIX) e está sendo no
período do século atual (XX). Definição utilizada na
classificação tradicional ou método separatista. Os raios solares incidem mais diretamente nas áreas de
►"Chama-se clima à série de estados da atmosfera sobre baixa latitude, promovendo assim um maior aquecimento
um lugar, em sua sucessão habitual" Max Sorre (1951 ) da superfície terrestre. Na medida em que nos afastamos
da linha do Equador, aumenta a inclinação dos raios
O TEMPO
solares, gerando maior dispersão da energia sobre a
► "Tempo é o conjunto de valores que, num dado
momento, caracteriza o estado atmosférico" (Moreira, superfície, e conseqüentemente, promovendo um menor
1985) aquecimento da mesma. Tal fato explica as menores
► "Tempo atmosférico é algo momentâneo, que varia médias térmicas registradas no sul do Brasil e as maiores
constantemente" (Vesentini, 1995) médias térmicas registradas na Amazônia e no sertão
► "Tempo atmosférico é uma combinação passageira dos nordestino.
elementos do clima" (Adas, 1992)
► "Tempo atmosférico são as condições atmosféricas de
um determinado lugar em um dado momento" (Coelho,
1996)
► "Tempo é o conjunto de valores que, em um momento
dado e em um lugar determinado, caracteriza o estado
atmosférico" (Albert Baldt, citado por Pédelaborde, 1970

2) FATORES QUE EXERCEM INFLUÊNCIA NOS

CLIMAS DO BRASIL
A) POSIÇÃO GEOGRÁFICA – A maior parte do
território brasileiro encontra-se na zona intertropical
( 92% ), o que explica o predomínio de climas quentes em
nosso país.

B) ALTITUDE – Para cada 180 a200 metros que O desenho acima mostra a dispersão da radiação solar
subimos, a temperatura cai 1º C, portanto, nas áreas mais sobre a superfície da terra. É possível observar que tal
elevadas do relevo o clima é mais frio Como o dispersão aumenta na medida em que aumenta a latitude,
aquecimento do ar é indireto, primeiro o raios solares o que explica o menor aquecimento da superfície da terra
aquecem a superfície e esta por irradiação do calor aquece na medida em que a latitude aumenta.
a atmosfera, na medida em que nos afastamos da
superfície de irradiação de calor mais baixa será a
temperatura. Portanto, cidades localizadas numa mesma
latitude podem apresentar temperaturas diferentes em
razão da altitude.

D) DISPOSIÇÃO DO RELEVO – A disposição do

relevo brasileiro favorece a circulação das massas de ar
em nosso país.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 587

 CAPÍTULO XVII

E) CORRENTES MARINHAS A maior parte do território brasileiro encontra-se no

hemisfério sul ( 93% ), considerado o hemisfério das
águas, por essa razão, a maior parte do nosso território
sofre os efeitos da maritimidade, responsável pelo
predomínio de climas úmidos e amplitudes térmicas
anuais e diárias mais baixas. Vale a pena ressaltar que o
mar é um regulador térmico, pois apresenta um elevado
calor específico, levando mais tempo para se aquecer e se
resfriar, equilibrando assim, a emissão de calor para
atmosfera.
A continentalidade exerce pouca influência em nosso
território, estando mais presente no Brasil Central. O
efeito da continentalidade é responsável pela ocorrência
de maiores amplitudes térmicas diárias e anuais, assim
como a presença de climas mais secos.

G) MASSAS DE AR – O Brasil sofre a influência direta

de 5 massas de ar, duas equatoriais, duas tropicais e uma
polar. O estudo sobre a dinâmica das massas de ar assume
uma grande importância na climatologia moderna
A maior parte do litoral brasileiro sofre a ação direta de
duas correntes marinhas quentes, a do Brasil, que banha o
litoral oriental do país e a das Guianas, que banha o litoral
setentrional do país. As águas mornas liberam maior
quantidade de energia e vapor d’água para atmosfera, o
que contribui para o predomínio de climas quentes e
úmidos em boa parte do nosso território.
No litoral meridional temos a presença da corrente fria das
Malvinas ou Falcklans, que passa a cerca de 300 km da
costa.

F) DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS E MARES

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 588


CAPÍTULO XVIII - CLIMATOLOGIA
BRASILEIRA - A DINÂMICA DAS MASSAS DE AR
QUE ATUAM NO BRASIL
ATUAÇÃO DAS MASSAS DE AR NO INVERNO
ATUAÇÃO DAS MASSAS DE AR NO VERÃO
A) MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA ( M.E.A )
Centro de origem – Proximidade do arquipélago dos
Açores no Atlântico Norte.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
Características – Quente e úmida
Áreas de atuação – Ela é responsável pelas chuvas de
verão e outono que ocorrem no litoral setentrional do
Brasil entre dezembro e maio. No litoral oriental
nordestino ela pode provocar chuvas juntamente com as
“ondas leste”, sobretudo no outono e inverno, do Rio
Grande do Norte até o Recôncavo Baiano. Na Amazônia
oriental ela provoca chuvas com relativa freqüência em
boa parte do ano. No inverno ela se expande pelo interior
da Amazônia, nordeste e a parte setentrional do Centro-
oeste gerando boas condições de tempo
B) MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (
M.E.C)
Centro de origem – Amazônia Ocidental ou Noroeste do
Amazonas.
Características – quente e úmida
Áreas de atuação – A partir da primavera do hemisfério
sul, ela começa a avançar em direção aos estados do
Centro-Sul e Nordeste do Brasil, deslocando calor e
umidade da Amazônia. No verão ela está atuando em boa
parte do território brasileiro, sendo responsável pelas
chuvas convectivas que ocorrem nas áreas onde atua. A
partir do outono ela recua em direção ao seu centro de
origem, expandindo-se para o norte e noroeste da América
do Sul. O seu recuo é responsável pelo período de
estiagem que atinge o Brasil central e o sul da Amazônia
no inverno.
CHUVAS CONVECTIVAS
É aquela que ocorre em dias de muito calor,
principalmente no verão. O ar quente e úmido sobe
durante o dia, levado pelas correntes ascendentes. No
início da tarde encontra-se com o ar frio que desce, o
vapor d’água se condensa, formando nuvens do tipo
cúmulos nimbos ( nuvens de grande crescimento vertical,
semelhantes a bigornas ). No transcorrer da tarde ou no
início da noite temos chuvas fortes, acompanhadas de
rajadas de ventos e descargas elétricas. Tais chuvas são
normalmente de curta duração ( menos de uma hora ).
589

Nuvem Cúmulos Nimbos
C) MASSA TROPICAL ATLÂNTICA ( M.T.A. )
Centro de Origem – Anticiclone de Santa Helena,
localizado um pouco abaixo do Trópico de Capricórnio no
Atlântico sul.
Características – É quente e úmida.
Áreas de atuação – Ela desloca ventos quentes e úmidos
do Atlântico sul para as regiões Sul, Sudeste e parte do
Nordeste e Centro-oeste. O seu encontro com a Massa
Polar Atlântica, gera a formação dos sistemas frontais,
responsáveis pelas chuvas regulares que ocorrem na
região Sul e por chuvas frontais que ocorrem no Sudeste e
parte do litoral oriental nordestino no outono e inverno. (
esses sistemas também ocorrem nas outras estações,
porém com menor intensidade ). Ela também provoca
chuvas de efeito orográfico ou de relevo nas encostas
das serras voltadas para o oceano Atlântico,
principalmente no verão, período de maior evaporação no
Atlântico sul. Durante o verão, os ventos úmidos da
M.T.A. alcançam algumas áreas do Brasil central
provocando chuvas de efeito convectivo em combinação
com a M.E.C. Durante o inverno ela gera tempo bom no
interior do Centro-Sul, o que contribui para a ocorrência
do período de estiagem .
CHUVAS OROGRÁFICAS OU DE RELEVO
Resultam do deslocamento horizontal de uma massa de ar
carregada de umidade. Quando esta massa encontra-se
com um obstáculo montanhoso, ela sobe, resfria-se, o
vapor d água se condensa formando nuvens que ao
atingirem o ponto de saturação promoverão chuvas nas
encostas de barlavento ( receptoras de vento ). As encostas
de sotavento são normalmente mais secas.
D) MASSA TROPICAL CONTINENTAL ( M.T.C. )
Centro de origem – Chaco Paraguaio ( extensão da
Planície do Pantanal no Paraguai ) ou norte da Argentina.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
Características – Ela é quente e úmida no verão ( período
do ano em que recebe umidade vinda da Amazônia ) e
quente e seca no inverno.
Áreas de atuação – Ela exerce pouca influência no
território brasileiro, restringindo-se a porção ocidental do
Centro-Sul, quando então ela pode provocar chuvas
durante o verão ( durante a estação surge um centro de
baixa pressão atmosférica denominado BAIXA DO
CHACO, que pode avançar em direção aos estados do sul
e sudeste do Brasil, levando chuvas de efeito convectivo ).
No inverno ela gera boas condições de tempo,
proporcionando temperaturas elevadas nas áreas onde está
atuando. No sul do Brasil, durante alguns dias do inverno,
gera o chamado veranico ( dias com elevadas
temperaturas e baixa umidade do ar ).
E) MASSA POLAR ATLÂNTICA ( M.P.A )
Centro de origem – Arquipélago das Malvinas ou
Falklands no Atlântico Sul. Alguns geógrafos consideram
a região da Patagônia no sul da Argentina.
Características – É fria e seca no seu centro de origem e
fria e úmida ao penetrar no Brasil.
Áreas de atuação – A M.P.A. atua no Brasil através de três
ramos:
I – Ramo = Ramo Oriental - Avança pelo litoral
provocando chuvas frontais em combinação com a
M.T.A., principalmente no outono e inverno, estações do
ano em que atua com maior intensidade no país. Essas
chuvas ocorrem desde o litoral do Rio Grande do Sul até
parte do litoral oriental nordestino.
CHUVAS FRONTAIS
590
 CAPÍTULO XVIII

Ocorrem a partir do encontro de uma massa de ar fria com
uma massa de ar quente em deslocamento horizontal. Na
medida em que o ar frio avança, o ar quente e úmido por
ser mais leve sobe, se resfria e o vapor d’água se condensa
formando nuvens que ao atingirem o ponto de saturação
provocarão chuvas leves e moderadas ( as vezes chove
forte ), podendo durar horas ou dias, dependendo da
velocidade de deslocamento da frente fria ou frente
quente. São mais comuns no outono, inverno e início da
primavera, sendo a zona extratropical a principal área de
ocorrência desse tipo de chuva.
Amazônia, cortando a região Centro-Oeste, quase todo o
Sudeste e parte da Bahia.
Esta faixa de nuvens é responsável pela ocorrência de um
período chuvoso que normalmente supera uma semana.
Dependendo da sua intensidade, as chuvas irão provocar
inundações, deslizamentos de barreiras, prejuízos na
agricultura etc.

II – Ramo = Ramo Central – Penetra pelo interior da

Região Sul provocando chuvas frontais, queda de
temperatura e ocorrência da geada e até mesmo
precipitação de neve ( pode ocorrer nas serras gaúchas, de
Santa Catarina e até no Paraná ), principalmente durante o
outono e inverno, atingindo os estados do Centro-sul. Na
medida em que se aproxima do Nordeste ela se dissipa ou
é desviada para o mar.

III – Ramo = Ramo Ocidental – Penetra pelo corredor

formado pela Planície Platina, podendo alcançar a
Amazônia ocidental ou o sul da Amazônia , provocando
uma queda acentuada da temperatura, sobretudo no
inverno, gerando um fenômeno conhecido como
“friagem”
As manchas brancas verificadas na imagem acima, sobre
grande parte do centro-sul mostra a atuação da ZCAS no
verão de 2007, no mês de Janeiro.
Vale a pena ressaltar o papel exercido pelo centro de alta
pressão denominado Alta da Bolívia, responsável pelo
deslocamento da umidade da Amazônia em direção aos
estados do centro-sul.

Conceitos
Isotermas – Linhas que unem pontos que apresentam a
mesma temperatura média. ( as maiores isotermas do
Brasil são registradas no sertão nordestino e na Amazônia,
acima de 26º C ).
Isoietas – Linhas que unem pontos que apresentam o
mesmo índice pluviométrico. ( as maiores isoietas do
Brasil são registradas na Amazônia Ocidental e as
menores no Sertão Nordestino ).

O fenômeno da Friagem no Centro-Sul e Sul da Amazônia

A ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATÃNTICO

SUL ( ZCAS )
A ZCAS pode ser descrita como um encontro de
diferentes massas de ar.
Durante os meses mais quentes do ano ( final da
primavera, durante o verão e o início do outono ),
normalmente ocorre a formação da Zona de Convergência
do Atlântico Sul ( ZCAS ).
O fenômeno resulta do encontro das massas de ar
provenientes do sul do Brasil, do Atlântico ( Alísios do
Sudeste e Alísios do Nordeste ), mas o ar quente e úmido
deslocado pela Massa de Ar Equatorial Continental (
MEC ).
Tal fenômeno é responsável pela formação de uma faixa
de nuvens carregadas que se estendem do sudoeste da

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 591

 CAPÍTULO XVIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 592


CAPÍTULO XIX - CLIMATOLOGIA BRASILEIRA -
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA
Climas Controlados por Massas de Ar Equatoriais e
Tropicais
Equatorial úmido ( Convergência dos Alísios )
Tropical ( inverno seco e verão úmido )
Tropical semi-árido ( tendendo a seco pela
irregularidade das massas de ar )
Litorâneo úmido influenciado pela Massa de ar
Tropical Atlântica.
Subtropical úmido ( Costas orientais e subtropicais
com predomínio da Massa Tropical Atlântica.
Fonte: Atlas Geográfico Escolar – Maria Elena Simielli/Mário De Biasi
A) CLIMA SEMI-ÁRIDO
Domina o sertão nordestino, ou seja, o polígamo das
secas, que se estende até o norte de Minas Gerais. O clima
é quente, com chuvas mal distribuídas durante o ano,
marcado por longos períodos de secas. As médias térmicas
mensais são elevadas, situando-se acima dos 26º C. A
amplitude térmica diária é elevada. O índice
pluviométrico anual oscila entre 500 a800 mm anuais,
todavia, existem áreas com menor índice pluviométrico,
com maior destaque para Cabaceiras no interior da
Paraíba, onde o índice pluviométrico anual gira em torno
de 280 mm ( o menor do Brasil ). As chuvas ocorrem de
Dezembro à Maio, período denominado na região de
“inverno” A irregularidade das chuvas pode ser explicada
pela dinâmica das massas de ar. O sertão nordestino é
considerado o ponto final das massas de ar que atuam no
Brasil, portanto, tais massas percorrem longos caminhos
até alcançar a região e quando lá chegam já estão
relativamente secas. Vale a pena ressaltar que as secas
mais fortes estão associadas ao fenômeno do “El Nino”,
quando então um forte centro de alta pressão
atmosférica se forma sobre o sertão, impedindo a
penetração das massas de ar úmidas procedentes do
Atlântico. Alguns geógrafos citam a barreira orográfica do
Planalto da Borborema, que barra a umidade deslocada
pelas correntes de leste, impedindo que a mesma atinja o
sertão nordestino com intensidade, o que contribui para a
ocorrência da irregularidade das chuvas na região.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
CLIMOGRAMA DO CLIMA SEMI-ÁRIDO
B) CLIMA EQUATORIAL
Domina a maior parte da Amazônia, apresentando as
seguintes características: É quente e úmido, apresentando
médias térmicas mensais acima dos 24º C. A amplitude
térmica anual é baixa, oscilando em média entre 1º a 3º C.
A amplitude térmica diária é elevada. O índice
pluviométrico anual é elevado, situando-se acima dos
2000 mm, porém existem áreas com maior incidência de
chuvas, tais como, o noroeste do Amazonas, com cerca de
4000mm anuais e a região de Belém, com mais de
3000mm anuais. O elevado índice pluviométrico
registrado na região deriva da Convergência ou Frente
Intertropical ( C.I.T. ou F.I.T. ), oriunda do encontro dos
ventos alísios de SE e NE, que são quentes e úmidos. Tais
ventos são levados pelas correntes ascendentes provocam
a formação de nuvens, que geram chuvas de efeito
convectivo. Também contribuem com o elevado índice
pluviométrico, a atuação das Massas de ar Equatorial
Continental e Equatorial Atlântica, além do intenso
processo de evapotranspiração, que contribui para a
manutenção de uma elevada umidade relativa do ar na
região. Algumas áreas da Amazônia registram um período
de estiagem, que oscila entre 1 até 4 meses. O sul da
região apresenta um período de estiagem que se prolonga
de junho até setembro, período em que são realizadas as
queimadas destinadas a limpeza do terreno para os
projetos agropecuários.
CLIMOGRAMA DO CLIMA EQUATORIAL
C) CLIMA TROPICAL SUB ÚMIDO
Domina a maior parte do Brasil Central, algumas áreas da
Amazônia, Nordeste e Sudeste. É um clima quente, que
apresenta duas estações bem definidas, ou seja, um verão
593
 CAPÍTULO XIX

chuvoso e um inverno seco. As temperaturas médias seriamente castigados pelo fenômeno. Tais secas estão
mensais situam-se acima dos 20º C. A amplitude térmica associadas ao Fenômeno da La Niña, que no verão
anual varia em média entre 5º a 8º C. O índice impede a chegada do ar úmido procedente da Amazônia.
pluviométrico anual é superior a 1000mm, havendo áreas,
onde tais índices superam a 1500mm anuais. As chuvas de CLIMOGRAMA DO CLIMA SUBTROPICAL
verão são proporcionadas pela atuação da M.E.C. ( Massa
de ar Equatorial Continental ) e da M.T.A. ( Massa de ar
Tropical Atlântica ), que deslocam unidade para as regiões
tropicais sub úmidas, gerando chuvas de efeito
convectivo. Durante o inverno ocorre um período de
estiagem, fruto do recuo da M.E.C. em direção ao seu
centro de origem na Amazônia Ocidental e pelo fato da
M.T.A. apresentar um menor padrão de umidade durante
essa estação do ano. Vale a pena ressaltar que o regime
das chuvas desempenha um papel importante para o
desenvolvimento da agricultura comercial de exportação,
sobretudo, relacionada ao plantio da soja durante a
primavera. No período do inverno ocorrem as queimadas
na região, para a limpeza do terreno, objetivando o plantio
da nova safra, como também para forçar a rebrota das
E) CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE
pastagens nas áreas de criação de gado.
É encontrado nas áreas serranas e trechos elevados dos
planaltos do Sudeste e Centro-Oeste. Apresenta
CLIMOGRAMA DO CLIMA TROPICAL SUB
temperaturas mais amenas, fruto do efeito altitude. As
ÚMIDO:
chuvas ocorrem com maior intensidade no verão, sendo o
inverno uma estação mais seca. Os índices pluviométricos
situam-se em torno de 1500mm anuais. A amplitude
térmica anual supera os 8º C. Em algumas áreas ocorre o
fenômeno da geada no inverno, fruto da passagem de uma
forte massa polar. O verão é relativamente ameno e o
inverno é relativamente frio. Nas encostas das serras
voltadas para o Oceano Atlântico ocorrem chuvas de
relevo ou orográficas. Na primavera e no verão podem
ocorrer precipitações de granizo ( pedras de gelo ), que
provocam grandes prejuízos a agricultura e materiais.

CLIMOGRAMA DO CLIMA TROPICAL DE

ALTITUDE

D) CLIMA SUBTROPICAL
Domina a maior parte da Região Sul, sul de São Paulo e
sul do Mato Grosso do Sul. Ele apresenta as quatro
estações do ano bem definidas, chuvas bem distribuídas
durante o ano, as médias térmicas dos meses do inverno
são geralmente superiores a 10º C e no verão, acima dos
18º C. O índice pluviométrico anual é superior a 1500
mm, havendo regiões onde tal índice chega a casa dos
2000 mm. A amplitude térmica anual é mais elevada,
situando-se acima dos 8º C. As médias térmicas anuais
são as mais baixas do país, fruto da latitude e altitude, que
combinados provocam temperaturas mais baixas,
sobretudo nos meses de outono e inverno. A região sofre
uma grande influência das Massas de ar Polar Atlântica e F) CLIMA LITORÂNEO ÚMIDO
Tropical Atlântica, que combinadas dão origem aos Ocorre no litoral oriental do Brasil ( Nordeste e Sudeste ).
sistemas frontais, responsáveis pela regularidade das O clima sofre uma grande influência da Massa de ar
chuvas. Quando uma forte massa polar alcança a região Tropical Atlântica. Durante o verão, o encontro da M.T.A.
ocorre o fenômeno da geada ( que pode provocar grandes com as escarpas das serras voltadas para o oceano
prejuízos na agricultura ) e a precipitação de neve, sendo Atlântico ( Serras do Mar, Mantiqueira, Caparaó etc ),
neste caso, mais comum nas regiões serranas do Rio provoca as chamadas chuvas orográficas ou de relevo. No
Grande do Sul e Santa Catarina. litoral da Região Sudeste, sobretudo, no litoral norte de
Obs: Secas sazonais podem atingir o sul do Brasil de vez São Paulo e sul do Rio de Janeiro as chuvas são mais
em quando, gerando grandes prejuízos a agropecuária, intensas. Em Itapanhaú, litoral norte de São Paulo,
como ocorreu no verão de 2004/2005, quando então vários registramos o maior índice pluviométrico do Brasil, com
municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 594
 CAPÍTULO XIX

cerca de 4500 mm anuais. No litoral oriental nordestino as II. A mTc é a massa tropical continental. Ela é quente
chuvas se concentram no outono e inverno, sendo e seca, sendo a maior responsável pelo período de
causadas pelas chamadas ondas de leste e também pela estiagem nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do
entrada do ramo oriental da M.P.A., que em Brasil.
combinação com a M.T.A. provoca chuvas frontais na III. A mEa e a mTa são massas de ar quentes e úmidas.
região. As médias térmicas mensais, ficam acima dos 20º As chuvas são provenientes da umidade vinda do
C. O índice pluviométrico anual supera os 1000 mm, oceano Atlântico.
havendo áreas com mais de 4000 mm anuais ( litoral norte IV. A mEc é a massa equatorial continental, que é
de São Paulo ). quente e seca. Portanto, a umidade característica da
Amazônia é proveniente da mEa.
CLIMOGRAMA DO CLIMA LITORÂNEO ÚMIDO V. Toda a região Sul do Brasil é dominada pelo clima
subtropical úmido, enquanto toda a região Nordeste
é dominada pelo clima tropical semi-árido.
(A) Todas as alternativas estão corretas.
(B) Todas as alternativas estão incorretas.
(C) Apenas a alternativa I está incorreta.
(D) Apenas as alternativas I e IV estão incorretas.
(E) Apenas as alternativas I, IV e V estão incorretas.

2. FUVEST/2013 Observe os mapas.

1. UNIOESTE/2013.1 O mapa abaixo representa a

atuação das massas de ar no verão no hemisfério Sul.
Considerando os dados do mapa, analise as afirmativas
abaixo e assinale a alternativa correta.

I. A mPa corresponde à massa polar antártica, que é

uma das massas de ar frio que atuam no Brasil,
influenciando o clima apenas na região Sul.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 595


Os períodos do ano que oferecem as melhores condições
para a produção de energia hidrelétrica no Sudeste e
energia eólica no Nordeste são aqueles em que
predominam, nessas regiões, respectivamente,
(A) primavera e verão. (B) verão e outono.
(C) outono e inverno. (D) verão e inverno.
(E) inverno e primavera.
3. UDESC/2013.1 O nosso planeta vem sofrendo
mudanças climáticas há muito tempo. Entre as mudanças,
pode-se destacar a ocorrência do EL Niño, um fenômeno
climático que se manifesta como um aquecimento das
águas do Oceano Pacífico nas proximidades do Equador.
Uma das consequências para o Brasil da ocorrência deste
fenômeno são:
(A) seca no Brasil meridional e seca intensa no nordeste
do Brasil.
(B) enchentes no Brasil meridional e seca na região do
clima semiárido nordestino e extremo norte do país.
(C) seca no Brasil meridional e ocorrência de chuvas
acima da média no norte do Brasil.
(D) enchentes no sudeste do Brasil e chuvas acima da
média no nordeste do Brasil.
(E) enchentes no Brasil meridional e enchentes na região
sudeste do Brasil.
4. UDESC/2013.1 O território brasileiro apresenta
diferentes tipos de clima que são influenciados por fatores
variados, como a fisionomia geográfica, a extensão
territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Com
relação às características climáticas do Brasil, analise as
proposições.
I. A influência tropical no clima brasileiro está
associada ao fato da maior parte do país estar
localizada em uma área entre o Equador e o Trópico
de Capricórnio.
II. Os Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do
Sul têm clima subtropical por estarem localizados
abaixo do Trópico de Capricórnio.
III. No Brasil predominam climas quentes e úmidos.
IV. No interior da região Nordeste o clima predominante
é o clima tropical, tendendo a seco pela
irregularidade de ação das massas de ar.
V. No interior da região Nordeste o clima predominante
é o clima árido por causa da falta de umidade.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas II, III, IV e V são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
5. UCSC/2013.1 Santa Catarina é o estado brasileiro que
registra as maiores ocorrências de neve no país. Esse
fenômeno ocorre com maior frequência nas regiões de
maior altitude, porém, de forma geral, em pequena
quantidade. As temperaturas propícias à neve situam-se
próximas ou abaixo de 0oC.
Considerando-se apenas a temperatura, haveria a presença
de neve em diversos dias do ano, o que não ocorre.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
Assinale a alternativa que explica o fato de esse fenômeno
não ser tão frequente e abundante no estado.
(A) A altitude, a latitude e a longitude A) impedem a
ocorrência de neve em grande quantidade no estado
de Santa Catarina.
(B) A ocorrência de neve está associada à elevada
umidade do ar. Quando as temperaturas chegam a
valores baixos, com possibilidade de neve, o ar está
mais seco, pois a frente fria, responsável pela chuva
frontal, já se deslocou para o norte.
(C) Para ocorrer neve em abundância, a umidade do ar
deve estar abaixo de 10 %, o que raramente ocorre no
planalto catarinense, visto que o inverno na região é
bastante úmido.
(D) A umidade do ar, geralmente acima do normal, na
estação do inverno, favorece a ocorrência de geada,
impedindo assim a ocorrência de neve em maior
quantidade no estado.
(E) O fato de Santa Catarina se situar em região
intertropical faz com que a presença de neve seja
mais rara. Portanto, a latitude é o fator determinante
para a ocorrência desse fenômeno.
6. UNIOESTE/2013.1 Sabe-se que o clima dos vários
locais do globo é resultado de uma combinação, instável,
de vários fatores e elementos. Uma alteração em qualquer
um desses componentes do “sistema climático” pode
causar alterações nas características climáticas de diversos
locais, em escalas variadas. Um dos fenômenos que de
destaca no estudo da variabilidade do clima é o chamado
ENOS (El Niño/Oscilação Sul), que corresponde aos
conhecidos “El Niño” e “La Niña”. Esses fenômenos
alteram partes da circulação geral da atmosfera e
promovem repercussões em várias partes do globo.
Sobre os fenômenos El Niño e La Niña, analise as
afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
(A) O El Niño corresponde ao resfriamento anômalo das
águas do Pacífico Tropical.
(B) A corrente de Humboldt, que ressurge na Costa do
Peru, no Atlântico, não sofre influência do El Niño e
contribui para a manutenção da homogeneidade
climática na porção oeste da América do Sul.
(C) A La Niña afeta o clima da porção sul da América do
Sul favorecendo a formação de muitos eventos de
instabilidade, aumentando significativamente os
índices pluviométricos quando da sua ocorrência.
(D) Os eventos ENOS afetam a circulação atmosférica de
várias maneiras e suas repercussões no Brasil são, de
forma geral, muita chuva na região sul e seca nas
regiões nordeste e norte durante o El Niño e seca no
sul e muita chuva nas regiões norte e nordeste,
durante a La Niña.
(E) Apesar de os eventos ENOS serem considerados
fenômenos regionais, afetando somente a porção
centro-sul da América do Sul, nos últimos anos eles
estão se intensificando devido ao aquecimento global.
596

7. UFPR/2013) Considere as figuras a seguir:
Com base nas figuras, assinale a alternativa correta.
(A) A figura 1 representa o climograma de uma cidade do
hemisfério austral.
(B) Na figura 1, o solstício de inverno ocorre em junho.
(C) A área representada na figura 2 possui verões com
temperatura amena.
(D) Na figura 2, os maiores volumes pluviométricos
ocorrem no verão.
(E) O climograma da figura 1 representa um clima
subtropical controlado por massas de ar tropicais.
8. UEAM/2013 O gráfico ilustra a variação de três
medições realizadas norio Arari, Ilha de Marajó, Pará.
Analisando as informações e o comportamento do ciclo
hidrológico da região da Ilha de Marajó, é correto afirmar
que
(A) ao longo de todo o ano de 2009 os valores de
precipitação foram superiores aos valores da normal
climatológica.
(B) a causa direta da redução da precipitação e do nível
do rio entre junho e dezembro é a emissão
indiscriminada de gás carbônico liberado pelas
queimadas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
(C) o nível do rio oscila de acordo com os períodos de
chuva, atingindo os valores mais altos entre os meses
de março e maio.
(D) os meses com menores discrepâncias entre os valores
de precipitação e da normal climatológica são
encontrados entre janeiro e maio.
(E) a variação do nível do rio apresenta um
comportamento inverso em relação aos valores de
precipitação.
9. IFSC/2013 Assinale a alternativa CORRETA. Nas
áreas de ocorrência das planícies no Complexo Regional
da , o tipo climático predominante é o:
(A) tropical de altitude.
(B) tropical semiárido.
(C) temperado continental.
(D) equatorial úmido.
(E) temperado oceânico.
10. IFSC/2013.1 Na formação da nuvem, pequeninas
gotas e diminutos cristais de gelo rapidamente
condensam-se e sublimam-se ao redor dos núcleos de
condensação e sublimação, crescendo molécula por
molécula, sem atingir o tamanho adequado para se
precipitar. Contudo, algumas das gotas e cristais crescem
o suficiente para começar uma queda apreciável. Em sua
queda, vão agregando as moléculas que encontram no
caminho, o que permite que elas rapidamente cresçam
para gotas maiores, conseguindo atingir a superfície na
forma de chuva.
MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil.
São Paulo: Oficina deTextos, 2007. Adaptado.
As chuvas são classificadas conforme sua gênese. Dessa
forma, podemos encontrar diferentes tipos de chuvas.
Sobre esses tipos, é CORRETO afirmar:
(A) As chuvas convectivas resultam de um acentuado
aquecimento do ar ao longo do dia, que desencadeia
movimentos ascensionais, os quais elevam o ar
úmido, provocando a formação de nuvens e
precipitação, geralmente no final da tarde.
(B) As chuvas orográficas estão associadas ao encontro
de massas de ar que formam uma frente que
permanecerá no local, dependendo da quantidade de
umidade e da diferença de temperatura entre as
massas de ar, como também da velocidade de
deslocamento da frente.
(C) As chuvas frontais acontecem em locais onde o relevo
funciona como uma barreira à circulação livre do ar,
impulsionando-o a ascender próximo às encostas. A
ascensão do ar úmido e quente provoca um rápido
resfriamento do mesmo, produzindo chuvas.
(D) As chuvas de relevo resultam de um acentuado
aquecimento do ar úmido que, ao se expandir, sobe a
altitudes superiores, onde se resfria e retorna à
superfície, formando nuvens que se precipitam na
forma de aguaceiros.
(E) As chuvas de origem térmica são mais comuns nas
regiões de altas latitudes da Terra, pois são áreas de
convergência dos sistemas subpolares, aumentando a
pluviosidade de forma acentuada como resultado das
altas pressões que caracterizam essas regiões.
597

11. UEA.SIS/2013 O clima predominante na região Norte
do Brasil é o equatorial e suas principais características
são o calor e a umidade. Contudo, algumas áreas das
estados de Rondônia e do Acre, excepcionalmente, são
atingidas por um fenômeno conhecido como “friagem”.
Esse fenômeno pode ser explicado pela atuação
(A) das massas de ar frio provenientes do Oceano
Pacífico, que, após ultrapassarem a Cordilheira dos
Andes, atingem a região amazônica, aumentando os
índices pluviométricos e diminuindo a temperatura de
várias regiões.
(B) da massa de ar Tropical atlântica (mTa), responsável
pela ocorrência de chuvas frontais no Sudeste
brasileiro e, também, pelo aumento da pluviosidade
no Centro-Oeste durante o inverno.
(C) das massas de ar Equatoriais atlântica e continental
(mEa e mEc) durante o verão no hemisfério Sul,
aumentando excepcionalmente a pluviosidade na
região amazônica e consequentemente baixando a
temperatura do ar.
(D) da massa de ar Polar atlântica (mPa) no período de
inverno, que, ao penetrar pela porção central da
América do Sul, atinge regiões da Amazônia
Ocidental, ocasionando a queda súbita de temperatura
do ar nessa área.
(E) da massa de ar Tropical continental (mTc) no período
de inverno, aumentando a ação da massa Tropical
atlântica (mTa) na região Centro-Oeste do Brasil,
tornando o período de chuvas mais prolongado nos
meses de junho e julho, diminuindo a temperatura em
toda a região Norte do país.
12. MACKENZIE/2013.1 “A neblina começou a se
dissipar, em Porto Alegre, apenas ao meio-dia.
A cerração prejudicou as atividades do Aeroporto
Internacional Salgado Filho com atrasos e cancelamentos
de voos. (...)”. Veja, na ilustração, a temperatura
registrada hoje às nove da manhã em diferentes níveis da
atmosfera sobre a cidade de Porto Alegre.
Em consequência da neblina, a temperatura se manteve
baixa na capital gaúcha durante toda a manhã. “Ao meio-
dia, os termômetros indicavam 11,2ºC no Jardim
Botânico.”
(Boletim coletado do sítio Met Sul Meteorologia, no dia
23/09/2012).
De acordo com as informações do texto e da ilustração,
está correto afirmar que o fenômeno meteorológico a que
se refere é
(A) Aquecimento Global (B) El Niño
(C) La Niña (D) Inversão Térmica
(E) Frente Fria
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
13. FATECSP/2013.1 Leia a previsão de tempo dada por
uma rádio local.
Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, a frase a seguir.
A queda da temperatura será ocasionada pela chegada de
_____________________, e a chuva prevista para ocorrer
é denominada _____________________.
(A) massa polar ártica ... orográfica.
(B) massa polar ártica ... convectiva.
(C) massa equatorial atlântica ... orográfica.
(D) frente polar atlântica ... frontal.
(E) frente equatorial continental ... convectiva.
14. UNISC/2013.1 O tempo sofre uma importante
mudança hoje no Vale do Rio Pardo. Uma frente fria traz
mais nuvens para o Estado e chove na maioria das regiões,
inclusive em parte do Oeste gaúcho. Mesmo assim, devem
ser registrados momentos de melhoria, com aberturas do
sol em muitas cidades à medida que o sistema avança
rápido e ingressa ar mais seco e frio.
(Adaptado do portal Gaz, Ga z e t a d o Su l , a c e s s a d o em 3
0/09/2012,http://
www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/369669hoje_santa_cruz_do
_sul.html. Edição de 25/09/2012 - Meteorologia)
Sobre o assunto, é correto afirmar que
I. o encontro de duas massas de ar de características
diferentes produz uma zona ou superfície de
descontinuidade (térmica, barométrica, etc.) no
interior da atmosfera, genericamente denominada de
frente.
II. uma frente fria ocorre quando o ar frio, mais denso e
mais pesado, empurra o ar quente para cima e para
frente, fazendo-o se retirar da área, tanto por
elevação quanto por advecção.
III. as frentes frias tendem a se deslocar no sentido
equador-polo.
IV. uma frente é dita fria quando sua passagem por um
determinado local da superfície terrestre provoca a
substituição do ar quente que ali existia por ar frio.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
(B) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
(E) e)Todas as afirmativas estão corretas.
598

15. UCS/2013.1 Devido à grande extensão territorial,
nosso país se diferencia de outros pela diversidade
climática, pela posição geográfica, pela latitude, pela
configuração do território e pelos sistemas atmosféricos.
Observe o mapa do Brasil abaixo e identifique os tipos de
clima característicos das regiões indicadas pelas letras A,
B e C.
Assinale a alternativa abaixo em que os climas listados
correspondem, correta e respectivamente, às letras A, B e
C, localizadas no mapa acima.
(A) tropical úmido, tropical semiárido, tropical de altitude
(B) equatorial, tropical, subtropical
(C) tropical semiúmido, tropical de altitude, subtropical
(D) tropical de altitude, tropical úmido, extratropical
(E) tropical semiárido, tropical semiúmido, tropical de
altitude
16. UPESSA/2013 Um grupo de alunos do 1º Ano do
Ensino Médio de uma escola recifense foi encarregado de,
no mês de abril de 2011, realizar um estudo físico-
geográfico da paisagem esboçada a seguir. Ao chegar à
localidade, encontrou uma tempestade, acompanhada de
forte chuva de caráter convectivo, oriunda de um tipo de
nuvem desenhada a seguir:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
Assinale, entre as seguintes alternativas, aquela que
menciona o tipo de nuvem que provocou tal tempestade.
(A) Nimbo (B) Estrato (C) Cirrus
(D) Cúmulo-nimbo (E) Alto estrato
17. UPESSA/2013) Após uma análise atenta da imagem
de satélite a seguir, é CORRETO afirmar que
(A) a Zona de Convergência Intertropical estava agindo
sobre a Região Nordeste do Brasil.
(B) a pressão atmosférica estava muito baixa no Centro-
Sul do Brasil, o que deve ter contribuído para o
decréscimo da temperatura.
(C) houve um avanço de uma frente fria sobre o território
brasileiro, que atingiu as regiões Nordeste, Sudeste e
Norte.
(D) o ar tropical avançou sobre o Sul do Brasil, o
Paraguai e a Bolívia, acarretando uma queda na
temperatura do ar.
(E) um ciclone extratropical estava agindo sobre a parte
oriental da Região Sudeste do Brasil provocando
fortes chuvas.
18. UPESSA/2013 Um estudante, preparando-se para
realizar o vestibular da Universidade de Pernambuco,
encontrou a figura num texto complementar que está
reproduzida a seguir, relativa ao tema Climas do Brasil.
Observe-a atentamente.
599
 CAPÍTULO XIX

Interpretando-a, esse estudante fez as seguintes 20. ESPCEX/2012 Sobre os principais efeitos do
considerações: fenômeno “El Niño” nas diferentes regiões do Brasil,
pode-se afirmar que
1. A capital do Estado do Pará possui um clima com um (A) na Região Sul, o volume de chuva se reduz
pequeno déficit hídrico que se prolonga no período de significativamente, sobretudo no fim do outono e
primavera-verão. começo do inverno.
(B) prejudica a pecuária e compromete o abastecimento
2. Brasília, situada no Planalto Central, possui de água no Sertão, podendo atingir também o Agreste
características pluviométricas que se encaixam no clima e a Zona da Mata Nordestina.
tipicamente tropical, ou Aw, segundo a Classificação de (C) provoca grandes inundações na porção leste da
Koppen. Amazônia, prejudicando a atividade agrícola na
região.
3. Em face da proximidade geográfica, Rio de Janeiro e (D) traz mais benefícios do que prejuízos à agricultura no
São Paulo possuem condições termo-pluviométricas Sul do País, uma vez que interrompe os longos
semelhantes; ambas estão sob o domínio de um clima períodos de estiagem característicos do clima
tropical de altitude. subtropical litorâneo.
(E) ao contrário da “La Niña”, intensifica o volume de
4. Brasília e Belém do Pará possuem regimes chuvas e aumenta a temperatura média em todas as
pluviométricos semelhantes e determinados pelo mesmo regiões do País.
sistema atmosférico, ou seja, a massa de ar Tropical
Atlântica. 21. UERGS/2013 Observe a figura abaixo.

5. São Paulo possui um regime térmico que é comandado

por sistemas atmosféricos tropicais e extratropicais.

6. A diminuição da precipitação, verificada no inverno,

em Brasília, é determinada fundamentalmente pela
presença de ar atmosférico de altas pressões e de caráter
tropical.

Apenas estão CORRETAS

(A) 1 e 2.
(B) 2 e 6.
(C) 3, 4 e 5. A imagem indica o contato entre duas massas de ar
(D) 2, 5 e 6. diferentes. A chuva que resulta deste contato,
(E) 1, 2, 3 e 4. muito comum no sul do Brasil, é chamada
(A) frontal. (B) convectiva.
19. FIP/2013 (C) orogênica. (D) ácida.
(E) orográfica.

22. UERGS/2013 Observe a charge abaixo.

A ilustração acima representa:

(A) Chuva de frente, fina, podendo estender-se por vários
dias, comum nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
(B) Chuva orográfica, comum no litoral brasileiro, rápida
e grossa, responsável pelas inundações de cidades
brasileiras
(C) Chuva de verão, comum no Sertão Nordestino,
responsável por ventos fortes e grandes aguaceiros.
(D) Chuva convectiva, grossa e rápida, ótima para a
agricultura, comum no Nordeste e Norte do Brasil

Fonte: Zero Hora, 27 jan. 2012, p. 5.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 600

Considere as afirmações abaixo sobre a charge.
I. O desmatamento é o único responsável pelo
fenômeno La Niña, que causa seca no Rio Grande do
Sul.
II. O fenômeno La Niña é desencadeado apenas pelas
práticas agrícolas intensivas.
III. O desmatamento e as práticas agrícolas também são
responsáveis pela seca e não somente o fenômeno La
Niña, como sugere o agricultor.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III.
(D) Apenas I e III. (E) I, II e III.
23. UFG/2013.1 Leia o texto a seguir.
[…] A qualidade do ar da cidade não depende somente da
quantidade de poluentes lançados pelas fontes emissoras,
mas também da forma como a atmosfera age no sentido de
concentrá-los ou dispersá-los. […] Assume-se que os
fenômenos de dispersão e remoção dos poluentes sejam
comandados pelas feições regionais da atmosfera […],
pelos aspectos locais do clima urbano (ilhas de calor e
circulação de ar) em consonância com as características da
superfície urbana […].
TORRES, F. T. P.; MARTINS, L. A. Fatores que influenciam na
concentração do material particulado na cidade de Juiz de Fora
(MG). In: Caminhos da Geografia, Uberlândia (MG), v. 4, n. 16,
p. 23-39, 2005. (Adaptado).
O fenômeno descrito no texto é comum nas grandes áreas
urbanas. Considerando-se essas informações e levando-se
em conta a circulação geral da atmosfera em uma cidade
situada na Região Metropolitana de São Paulo, durante a
estação do inverno, contribuem para a concentração de
poluentes no ar as condições do
(A) tempo, relacionadas a grandes turbulências do ar.
(B) clima, associadas ao encontro entre massas de ar.
(C) tempo, caracterizadas por estabilidade atmosférica.
(D) tempo, favoráveis à dispersão do material particulado.
(E) clima, associadas a instabilidades atmosféricas.
24. IFSUDESTE/2013.1 Observe o climograma abaixo:
Marque a alternativa CORRETA:
(A) No gráfico 1, há regularidade de chuva o ano todo,
com elevada queda de temperatura no verão.
(B) O gráfico 2 apresenta o clima tropical de altitude,
com quedas acentuadas da temperatura no inverno.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
(C) O gráfico 1 apresenta alto índice pluviométrico e
umidade, mantendo temperaturas elevadas o ano todo.
(D) Os dois gráficos apresentam regularidade
pluviométrica e quedas bruscas da temperatura no
inverno.
(E) No gráfico 2, temos o clima tropical semi-árido,
devido ao aumento de chuvas no inverno e à variação
na temperatura.
25. UFRGS/2013 Com relação à dinâmica climática,
considere as afirmações abaixo.
I. O deslocamento das massas de ar é um fenômeno
atmosférico que ocorre na troposfera e que
interfere nas condições meteorológicas .
II. As massas de ar polares têm origem nos polos
Norte e Sul do Planeta e, conforme a área por onde
se deslocam, podem ser secas ou úmidas.
III. As chamadas frentes de transição, que se formam
nas áreas onde ocorre o encontro entre massas de
ar, podem ser frentes frias ou quentes.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas II
(C) Apenas III (D) Apenas II e III
(E) I, II e III
26. UFRGS/2013 Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem
em que aparece.
Na cidade de Alegrete, na fronteira oeste do estado do Rio
Grande do Sul a amplitude térmica anual é.......................
que na cidade de Tramandaí, localizada no litoral norte,
devido à.............................. . Já que a cidade de São
Francisco de Paula, localizada no Planalto Meridional as
temperaturas médias sofrem a influencia
da........................que as...................... .
(A) menor – maritimidade – latitude – aumenta
(B) maior – continentalidade – altitude – diminui
(C) igual – maritimidade – altitude – mantém
(D) maior – continentalidade – latitude – mantém
(E) igual – continentalidade – altitude - diminui
27. UFSM/2013.1 Observe a figura
A partir dos climogramas, é correto afirmar que
I. O clima da Cidade A pode ser descrito como
Equatorial, com predomínio de chuvas convectivas.
601

II. As principais variações climáticas entre os meses e
as estações do ano da Cidade B estão ligadas à
temperatura, enquanto, na Cidade A, estão ligadas às
chuvas.
III. A cidade B está localizada em latitudes
extratropicais, o que explica a regularidade das
chuvas ao longo dos meses do ano.
Está(ão) correta(s)
(A) Apenas I (B) Apenas II
(C) Apenas I e III (D) Apenas II e III
(E) I, II e III.
28.UFSM/2013.1
Interpretando o mapa, é possível afirmar que
I. as primeiras duas semanas do verão de 2011/2012 já
iniciaram com índice de estiagem extremamente seco
em algumas áreas do estado do Rio Grande do Sul.
II. a região central e o noroeste do Rio Grande do Sul
foram as áreas menos afetadas pela estiagem.
III. os municípios do extremo oeste do estado foram os
que apresentaram índices normais de precipitação.
Está(ão) correta(s)
(A) apenas I (B) apenas II (C) apenas III
(D) apenas I e II (E) apenas I e III
29. UNIVATES/2013.1 O clima do Rio Grande do Sul se
caracteriza pela grande variabilidade. Temos períodos de
estiagem, outros de enchentes. Baixas temperaturas estão
mescladas com períodos de muito calor. Esta instabilidade
ocorre:
(A) porque o Rio Grande do Sul está localizado no
hemisfério sul.
(B) por causa do seu relevo.
(C) devido à influência da corrente marítima das
Malvinas.
(D) porque esta é uma das características do clima
tropical.
(E) devido ao mecanismo das diferentes massas de ar que
influem sobre o Estado.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
30. UNIVATES/2012.2 Noticiou-se que começou a
chover na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
E, no transcorrer do dia, a chuva se espalhou por todo o
Estado.
Este fenômeno atmosférico caracteriza a ocorrência
de uma chuva:
(A) orogênica. (B) convectiva.
(C) localizada. (D) frontal.
(E) de monções.
31. UENP/2013 O Brasil apresenta predomínio de
climas quentes devido à sua localização no planeta, com
grande porção de terras na zona intertropical. A
diversidade climática do país é explicada por vários
fatores, destacando-se a latitude e a atuação das massas de
ar. Massas de ar que atuam no Brasil
Com base no enunciado da questão e na figura acima,
assinale a alternativa correta.
(A) A massa equatorial continental (mEc): atua na maior
parte da região norte do Brasil, sendo responsável
pelas altas temperaturas e pela elevada pluviosidade
desta região.
(B) A massa equatorial atlântica (mEa): atua nas porções
setentrionais do Brasil (regiões norte e nordeste)
somente na estação do inverno do hemisfério sul.
(C) A massa tropical atlântica (mTa): atua no litoral
brasileiro durante a estação do inverno brasileiro,
sendo responsável pela umidade elevada existente na
área da mata atlântica brasileira.
(D) A massa polar atlântica (mPa): responsável pelo
fenômeno da friagem que ocorre eventualmente na
região amazônica e pelas chuvas frontais que ocorrem
durante o ano inteiro em todo território brasileiro.
(E) A massa tropical continental (mTc): responsável pelas
geadas ocasionais e pelas secas sazonais que ocorrem
na região do pantanal mato-grossense.
602
 CAPÍTULO XIX

32. UEFS/2012.1 GABARITOS

1. E 2. D 3. B
4. C 5. B 6. D
7. D 8. C 9. D
10. A 11. D 12. D
13. D 14. D 15. C
16. D 17. C 18. D
19. A 20. B 21. A
22. C 23. C 24. C
25. E 26. B 27. E
28. E 29. E 30. D
A análise do mapa e dos climogramas, aliada aos
conhecimentos sobre a climatologia do Brasil, permite 31. A 32. E
afirmar:
(A) A tem seu clima característico representado em II,
onde a concentração de chuvas no inverno decorre de
sua localização em áreas de baixa pressão
atmosférica, formadora da Massa Equatorial
Continental e receptora dos alísios de nordeste.
(B) B está representado graficamente em V, cujos fatores
determinantes para as baixas precipitação e amplitude
térmica diária variam conforme a latitude, a altitude e
o efeito da maritimidade.
(C) C é identificado no climograma IV, apresenta clima
quente, com duas estações definidas como verão
chuvoso e inverno seco, devido à penetração da
Massa Tropical Continental, nessa época do ano.
(D) D está indicado no climograma III, onde a influência
de correntes marítimas quentes é a principal
responsável pela elevada umidade relativa do ar na
região.
(E) E corresponde à área cartografada em I, onde as
amplitudes térmicas anuais são bastante elevadas, as
chuvas são bem distribuídas durante o ano e se
verifica a presença da Massa Polar Atlântica,
sobretudo no inverno.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 603

 CAPÍTULO XIX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 604

 CAPÍTULO XX

CAPÍTULO XX - VEGETAÇÃO - PAISAGENS • Entre linha de árvores (taiga) e linha de neve

VEGETAIS DA TERRA eterna, acima do círculo polar; temperaturas
muito baixas quase o ano todo; estação de
crescimento curta (verão)
• Altas latitudes (especialmente hemisfério norte) e
altitudes; solo congelado o ano todo ou a maior
parte do ano ( permafrost )
• Sem árvores - só ervas, líquens e musgos

TAIGA OU FLORESTA BOREAL

Bioma Vegetação Solo

Tundra herbéceas solo congelado na

líquens musgos maior parte do ano

Taiga (Florestas árvores solo raso, • Latitudes altas (especialmente hemisfério norte),
Boreais) perenifólias, pedregoso abaixo da tundra
arbustos
• Maioria das árvores perenes com folhas em forma de
Florestas árvores fértil agulha, poucas com folhas largas (caducifólias) É
Temperadas caducifólias composta predominantemente por coníferas.
• A madeira mole encontrada nas árvores favorece a
Campos de principalmente moderado a fértil
produção da celulose ( matéria prima utilizada na
Gramíneas gramíneas
fabricação do papel.
Florestas árvores perenes, pobre a • A floresta é encontrada em boa parte do Canadá,
Tropicais arbustos, cipós, moderadamente norte da Europa e na Rússia, sobretudo na região
epífitas fértil siberiana ( a Taiga Siberiana é a maior floresta do
mundo.
Savanas Tropicais gramíneas, pobre a
árvores baixas e moderadamente • A vegetação é típica do clima frio continental.
arbustos fértil • Inverno muito frio, verão curto, porém mais longo
que na tundra
Desertos arbustos, cactos pobre a fértil
FLORESTA TEMPERADA
TUNDRA
Termo que deriva da palavra finlandesa Tunturia , que
significa planície sem árvores

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 605


• Zonas temperadas com invernos frios e verões mais
longos
• Maioria das árvores caducifólias (tons vermelhos e
amarelos no outono)
• Boa parte das florestas temperadas se encontram
destruídas na Europa e na América do Norte.
• As principais espécies são o carvalho, a faia,
nogueira, além de algumas espécies de pinheiros e
arbustos
FLORESTA TROPICAL
• Climas úmidos e quentes ( do tipo equatorial e
tropical ) , com estações chuvosas longas
• Vegetação perenifólia, complexa, com grande
estratificação (emergentes, dossel, sub-bosque)
• É formada por plantas do tipo latifoliadas ( folhas
largas ), ombrófilas ou higrófilas ( adaptadas a
ambientes úmidos )
• É uma vegetação heterogênea ( possui uma grande
variedade de espécies )
• É uma floresta fechada ( o que dificulta a penetração
em seu interior )
• Possui madeiras de lei, algumas das quais com grande
valor no mercado internacional, como por exemplo o
mogno, jacarandá, cedro etc.
• As florestas tropicais do mundo estão sendo
desmatadas num ritmo muito veloz, fruto da expansão
agropecuária, do extrativismo vegetal e outras
práticas predatórias.
• Nas regiões equatoriais formam a Floresta Equatorial,
que possui uma biodiversidade muito grande.
SAVANAS
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
• Climas quentes ( do tipo trocipal subúmido ), mas
com estação seca longa (chuvas muito concentradas
no tempo)
• Muitas gramíneas, muitos arbustos e poucas árvores
(baixas e com troncos retorcidos no cerrado)
• A presença de uma vegetação rasteira composta por
gramíneas e ervas favorece a prática da pecuária
extensiva.
• As raízes das árvores são profundas, os troncos
apresentam casca grossa e muitas espécies são do tipo
caducifólia, ou seja, perdem as folhas durante uma
estação do ano ( estação seca )
• Recebe várias denominações regionais, com destaque
para o cerrado no Brasil, Jângal na Índia,
Chaparral no México e Estados Unidos Lhanos na
Venezuela etc
• As queimadas são muito freqüentes no domínio das
savanas, sendo realizadas por agricultores e
pecuaristas, sobretudo ao longo da estação seca.
DESERTOS
• Climas quentes e secos, chuvas extremamente raras;
grandes variações diárias de temperatura
• Arbustos caducifólios, cactos, ervas e gramíneas.
• Nas áreas onde ocorre o afloramento do lençol
freático encontramos a formação dos oásis
ESTEPES
• A vegetação é formada por ervas e gramíneas de
pequena altura e raízes pouco profundas.
606

• Apesar do predomínio da vegetação rasteira,
aparecem alguns arbustos de pequeno porte
• Como exemplos dessa formação, põem ser citadas as
pradarias ou prairies nos Pampas argentino e
uruguaio, das planícies centrais dos EUA e Canadá ,
Scrub na Austrália etc.
• A vegetação é muito empregada para a criação
extensiva de gado, sobretudo na África e na América.
• As estepes também são encontradas nas áreas de
transição entre os desertos e climas mais úmidos.
VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA
• Acompanha os domínios climáticos das zonas
temperadas caracterizados por verões secos e quentes.
Trata-se de uma paisagem monótona, constituída por
maquis e garrigues, espécies arbustivas adaptadas
ao longo ciclo de estiagem. Tipicamente européia,
essa paisagem vegetal aparece também nas
extremidades setentrional e meridional da África e em
certas áreas costeiras de outros continentes
• Na costa do mar Mediterrâneo e em pequenas regiões
no oeste das Américas do Norte e do Sul, de clima
semelhante, a vegetação típica é o maqui, formado
por árvores pequenas (como oliveiras e sobreiros),
moitas e arbustos (como murtas e urzes). Nos
planaltos mais elevados – como a cordilheira dos
Andes, na América do Sul, as Montanhas Rochosas,
na América do Norte, e a cordilheira do Himalaia, na
Ásia Central – a vegetação é escassa. Sobrevivem
ervas e arbustos resistentes à hostilidade do clima
A DESERTIFICAÇÃO
( TEXTO COMPLEMENTAR )
Como se expandem os desertos ?
Se os desertos são regiões naturais do planeta, qual é o
problema? O problema é que eles estão cercados por
vastas áreas de terras áridas e semi-áridas. Terras áridas
significa realmente "secas", embora elas não sejam tão
secas quanto os desertos: seu índice pluviométrico anual
está em torno de 200-250 mm e o das semi-áridas, ao
redor de 250-600 mm. Em geral, as chuvas caem todas
numa determinada época do ano, mas, algumas vezes, elas
falham e ocorre seca. As terras áridas e semiáridas
normalmente são cobertas por pastagens ou pelo cerrado,
com arbustos e árvores pequenas. São freqüentemente
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
muito férteis e ideais para o cultivo e a criação de gado, e
é aí que o problema começa.
Todas as áreas sofrem mudanças naturais. Um campo, se
não for cultivado, poderá eventualmente tornar-se uma
floresta; um pequeno lago poderá se transformar
gradualmente em terra seca, enquanto a vegetação se
renova. As terras áridas e semiáridas também se
modificam ao longo dos anos, dependendo de como são
utilizadas e das mudanças no clima local.
Elas podem passar de pastagem a um denso cerrado e,
depois, voltar novamente a ser pastagem.Essas mudanças
não causam danos, pois fazem parte do ciclo da natureza,
Uma mudança para pastagens ajudará o pecuarista a
alimentar o gado; uma mudança para o cerrado favorecerá
o fornecimento de lenha para a aldeia. Esse ciclo, porém,
pode ser interrompido. Se o pecuarista tiver gado demais
ou se os habitantes da aldeia cortarem lenha em excesso,
um tipo diferente de mudança ocorrerá: a vegetação será
afetada e se tornará mais rala; o solo ficará exposto, sendo
mais facilmente levado pelas chuvas ou carregado pelo
vento na estação seca.
Esse processo é chamado erosão.Até esse ponto, o dano
pode ser revertido e o solo se recomporá se o pecuarista
reduzir seus rebanhos ou se menos lenha for cortada. Do
contrário, a parte fértil do solo – o solo arável – estará
perdida e sua recuperação poderá tornar-se impossível. A
mudança não é mais um ciclo, mas um declínio sem volta
para a destruição. É assim que a desertificação – a
expansão dos desertos – começaCom tudo isso que
acabamos de ver, é demasiadamente difícil imaginar a
escala em que a expansão dos desertos está acontecendo.
Entretanto, nos é possível obter alguns dados aterradores:
Um terço das terras emersas do planeta é árida ou
semiárida, abrigando mais de 600 milhões de pessoas.
Mais da metade delas está diretamente sujeita à
desertificação.
A expansão dos desertos ocorre no mundo todo e afeta
dois terços das nações da Terra. Não está limitada aos
países em desenvolvimento, embora eles possam ser os
mais atingidos por seus efeitos. Nos Estados Unidos,
Canadá e México, estima-se que uma área de 10,5 milhões
de km', maior que todo o continente africano ao sul do
Saara (6,9 milhões de km²), esteja se tornando um deserto.
Os efeitos sobre as pessoas
A expansão dos desertos afeta as pessoas – em geral
populações pobres da área rural, sem recursos e com
pouca ou nenhuma terra. Talvez essa expansão comece
por causa da falta de chuvas ou, quem sabe, devido ao
empobrecimento gradual do solo, por ser tão exigido pela
população. As sa&as falham, e o gado começa a morrer de
fome ou de doenças. Os animais que sobrevivem são
obrigados a buscar áreas maiores para sua alimentação,
maltratando a terra; fazendeiros são forçados a irrigar
terras montanhosas ou áreas antes consideradas inférteis
demais para o cultivo; árvores são cortadas para fornecer
forragem aos animais famintos; o vento começa a levar o
solo seco e o deserto se espalha.
A adversidade, no entanto, está apenas começando.
Eventualmente, as pessoas também precisam mudar-se, do
contrário, poderão morrer de fome. Muitas ficam nos
campos; outras vão para a cidade ou mesmo para outros
países; algumas não conseguem chegar a lugar nenhum.
Mesmo na cidade não há fim para o sofrimento: há falta
607

de emprego, pouca comida, moradias miseráveis, excesso
de população, condições anti-higiênicas e doenças. Esse é
o resultado da expansão dos desertos para o homem.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
1. EsPCEX/2001 A composição das formações vegetais
obedece a determinados fatores, em especial, o clima e
relevo. Abaixo estão representados as principais
formações vegetais da América do Sul.
A alternativa que apresenta a legenda e sua verdadeira
correlação com a formação vegetal e seus respectivos
fatores é
(A) Floresta aciculifoliada dominada por um clima
tropical quente e úmido e por um relevo de planalto.
(B) Estepes características de regiões montanhosas e
de clima tropical quente e seco.
(C) Vegetação xerófila dominada por um clima
semiárido e relevo de planície.
(D) Pradarias características de regiões de clima
temperado e topografia plana.
(E) Savanas dominada por um clima subtropical e
relevo de planície.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
2. EsPCEX/2003 Os biomas existentes na Terra
apresentam distribuição geográfica fortemente
condicionada pelas características climáticas. Na figura
abaixo, estão representadas faixas de distribuição de
alguns desses biomas.
Fonte: Adaptado de Odum, Ecologia. In MAGNOLI Demétrio:
ARAUJO, Regina. Projeto de ensino de Geografia. São Paulo:
Moderna, 2001.
Com base na figura e nos seus conhecimentos, pode-se
afirmar que os números I, II, III e IV correspondem,
respectivamente, a
(A) Floresta de Coníferas, Deserto, Floresta Temperada e
Campo.
(B) Campo, Floresta de Coníferas, Floresta Tropical e
Tundra.
(C) Floresta Temperada, Tundra, Deserto e Campo.
(D) Floresta Tropical, Floresta Decídua, Tundra e
Deserto.
(E) Floresta Tropical, Campo, Deserto e Tundra.
3. UECE/2008 Nas regiões de altas latitudes e próximas
ao Círculo Polar Ártico, os horizontes superficiais do solo
permanecem gelados. É comum, durante poucos meses do
ano, a ocorrência de um tipo de vegetação de pequeno
porte e que é constituído, basicamente, por musgos e
liquens. Assinale a alternativa que contém essa vegetação.
(A) Estepe (B) Araucárias
(C) Tundra (D) Campos cerrados
4. CFTCE/2007 A indústria de celulose e papel é muito
desenvolvida no Canadá, tanto em Quebec quanto na
Colúmbia Britânica, isto em virtude da facilidade de
obtenção de madeira proveniente da(o):
(A) taiga canadense
(B) taiga siberiana
(C) importação dos EUA
(D) importação da África
(E) domínio da tundra
5. FATEC/2007 O clima continental que se manifesta nas
altas latitudes condiciona o desenvolvimento desta
vegetação, caracterizada por árvores de grande porte e
relativamente homogêneas. Já foi intensamente explorada
para retirada da madeira. Atualmente, o reflorestamento
tem reduzido o impacto dessa exploração.
O texto refere-se à seguinte formação vegetal:
(A) Tundra.
(B) Floresta Equatorial.
608

(C) Floresta de Coníferas.
(D) Savanas.
(E) Pradarias.
6. CFTCE/2005 Na África, encontramos diversos tipos de
vegetação, adaptadas às variações climáticas, mas o tipo
de vegetação mais característico desse continente, que
abrange 40% de sua área e que chegou até mesmo a ser
divulgado por meio de filmes e de histórias em quadrinhos
de conteúdo colonialista, como Tarzan e Fantasma, é a:
(A) Floresta equatorial
(B) Estepe
(C) Savana
(D) Vegetação desértica
(E) Vegetação mediterrânea
7. CFTPR/2006 A vegetação original corresponde ao
conjunto de plantas que nascem e crescem naturalmente,
isto é, sem a intervenção do homem. Das alternativas a
seguir, que descrevem as principais formações vegetais da
Terra, identifique a INCORRETA.
(A) No domínio das florestas equatoriais e tropicais,
clima é permanentemente quente, e a amplitude
térmica anual não ultrapassa a 6 °C. As chuvas são
abundantes, de origem convectivas. Nesse ambiente
de calor e umidade, desenvolveu-se a maior variedade
vegetal do globo.
(B) No domínio dos desertos e semi-desertos, o total
anual de precipitação é inferior a 500 mm, muito mal
distribuída. Ocorre falta de umidade do ar e grandes
amplitudes térmicas diárias.
(C) No domínio das florestas de folhas caducas, as
precipitações são bem distribuídas durante o ano,
primitivamente dominavam grandes extensões de
florestas abertas, de espécies caducifólias, também
chamadas decíduas.
(D) O domínio das estepes ocorre nas regiões de clima
tropical mais seco, cujo período de chuvas ocorre no
verão. É formado por plantas rasteiras, intercaladas
por vegetação arbustiva de pequeno porte, pobre em
folhas e flores.
(E) No domínio das florestas de coníferas, o clima é frio e
úmido, dominado principalmente por massas de ar
polar, com verões muito curtos e queda de neve de 3 a
6 meses ao ano. A vegetação é uniforme e não renova
as folhagens anualmente, cujas partes aéreas são
adaptadas à precipitação de neve.
8. PUCPR/2007 As florestas tropicais, a despeito das leis
ambientais e da criação de parques e reservas, continuam
sendo reduzidas em suas áreas, por conta da devastação de
seus recursos naturais.
Confira as características a seguir que se relacionam com
as florestas tropicais do globo:
1 - Ombrófilas.
2 - Elevada biodiversidade.
3 - Homogeinidade de espécies.
4 - Elevada pluviosidade.
5 - Espécies latifoliadas.
6 - Caducifólias.
7 - Baixo índice de evapo-transpiração.
8 - Apresenta vários estratos.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
Assinale a alternativa que contém as características das
florestas tropicais.
(A) 2; 3; 4; 7; 8.
(B) 1; 2; 4; 5; 8.
(C) 2; 4; 6; 7; 8.
(D) 1; 3; 5; 6.
(E) 3; 4; 5; 7.
9. UFC/2007 Considerando as características das
formações vegetais e as transformações impostas pelo
homem, correlacione corretamente as formações vegetais
indicadas na primeira coluna com as características
descritas na segunda coluna.
(I) Floresta temperada
(II) Floresta estacional e savanas
(III) Vegetação mediterrânea
(IV) Florestas pluviais equatoriais tropicais
( ) Formações vegetais em regiões de clima com verões
quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. As
maiores ocorrências estão no sul da Europa, onde foi
muito desmatada para o cultivo de oliveiras e videiras.
( ) Formações higrófilas e latifoliadas, extremamente
heterogêneas, localizadas nas baixas latitudes, em
domínios quentes e úmidos. Nas últimas décadas, o
desmatamento provocou grande redução das áreas
florestadas.
( ) Formações florestais caducifólias, encontradas em
latitudes intermediárias, com precipitação abundante e
regularmente distribuída. Devido a práticas agrícolas
intensivas e à intensa urbanização, restam poucas áreas
representativas.
( ) Formações vegetais adaptadas à alternância de verões
chuvosos e invernos secos. Vegetação complexa com
estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. Amplamente
utilizada para agricultura e pecuária.
Marque a alternativa que apresenta a seqüência correta,
decorrente do preenchimento da segunda coluna.
(A) III, I, II e IV (B) I, II, III e IV
(C) III, IV, I e II (D) IV, I, II e III
(E) I, IV, III e II
10. FGV/2006 Em maio de 2005, foi organizado por
vários órgãos supranacionais, como a ONU e o Banco
Mundial, o 5Ž Fórum sobre as florestas do Globo. Sobre
as florestas originais encontradas no Globo, observe o
mapa.
609
 CAPÍTULO XX

A tônica do Fórum foi discutir a exploração e a Referem-se, corretamente, às florestas tropicais as

superexploração das áreas de florestas latifoliadas como a características contidas somente em
Amazônica e as demais indicadas no mapa pelos números (A) I e II.
(A) 1, 3 e 4. (B) 2, 3 e 6. (B) I e III.
(C) 2, 5 e 6. (D) 3, 4 e 5. (C) I, II e IV.
(E) 4, 5 e 6. (D) II e III.
(E) II, III e IV.
11. FGV/2005 A questão está relacionada às paisagens
vegetais e ao mapa apresentados. 14. FGV/2003 A formação vegetal representada na figura
a seguir corresponde à:

(A) Floresta Tropical úmida, típica das baixas latitudes,

com predomínio de abetos, pinheiros, e a presença de
As paisagens I e II podem, ainda, ser encontradas nas arbustos e manchas de campo.
áreas do mapa indicadas, respectivamente, pelos números (B) Tundra, encontrada em áreas de clima frio, como no
(A) 1 e 2. (B) 1 e 3. Canadá, sul da Groenlândia, Noruega, Suécia,
(C) 2 e 4. (D) 5 e 3. Finlândia e Sibéria.
(E) 5 e 4. (C) Taiga, associada aos climas das altas latitudes,
também conhecida como Floresta Boreal ou de
12. FUVEST/2005 A diversidade de vegetação que Coníferas, que apresentam folhas finas, em forma de
acontece em cada um dos sistemas indicados no mapa se agulhas.
dá principalmente em relação às diferenças de (D) Tundra, geralmente associada aos climas das altas
latitudes, com predominância de massas polares e
grandes turbulências atmosféricas.
(E) Taiga, um dos biomas menos explorados da Terra
para a produção de energia, cuja preservação é
também explicada pela rara ocorrência de incêndios,
em áreas de clima frio.

15.UNIFESP/2003 Assinale a alternativa que corresponde

às formações vegetais indicadas em I e II,
respectivamente.
Fonte: Adapt. HUDSON, 1999
(A) continentalidade.
(B) longitude.
(C) maritimidade.
(D) idade geológica.
(E) altitude.

13. FATEC/2003 Considere as características seguintes:

I. As florestas abrigam enorme biodiversidade e é (R. Dajoz, "Ecologia geral", 1983)

incalculável seu valor para as futuras gerações.
II. O desmatamento agrava o processo erosivo, com (A) I - florestas boreais; II - florestas tropicais.
conseqüente empobrecimento do solo. (B) I - florestas tropicais; II - florestas boreais.
III. O desmatamento aumenta os índices pluviométricos, (C) I - florestas boreais e savanas; II - campos tropicais.
em conseqüência do fim da evapotranspiração. (D) I - florestas temperadas; II - savanas e campos
IV. Há elevação das temperaturas locais e regionais, tropicais.
como conseqüência da maior irradiação de calor para (E) I - savanas e campos tropicais; II - florestas
a atmosfera a partir do solo exposto. temperadas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 610
 CAPÍTULO XX

16. UFMG/2002 As formações vegetais, em seus aspectos
fisionômicos, estruturais e sazonais, mostram nítidas
relações com o solo, o substrato geológico e o clima.
Todas as seguintes afirmativas referentes a essas relações
estão corretas, EXCETO
(A) As extensas formações florestais de coníferas, embora
as condições climáticas de sua área de ocorrência
sejam pouco severas, caracterizam-se fortemente pela
deciduidade das folhas das espécies arbóreas.
(B) As regiões de acentuados contrastes térmicos e de
fortes carências hídricas sazonais apresentam
formações vegetais que se caracterizam por plantas
que mantêm apenas suas estruturas subterrâneas
durante a estação desfavorável.
(C) As regiões de clima tropical típico revestidas de
cerrados possuem manchas maiores, ou menores, de
florestas, explicadas fundamentalmente por razões
geológicas e características dos solos e, mais
raramente, climáticas.
(D) Os mangues, formações vegetais arbóreas tropicais e
subtropicais, embora se desenvolvam em áreas
pantanosas litorâneas, possuem algumas
características xeromórficas.
17. PUCRS/2001 Responder à questão com base nos
dados das paisagens do mundo.
18. MACKENZIE/2000 O extremo norte do Canadá, da
Escandinávia e da Rússia é ocupado:
(A) por cadeias montanhosas recentes.
(B) por florestas de coníferas.
(C) por planaltos sedimentares recentes.
(D) pela tundra.
(E) pelas pradarias.
19. FGV/2001 As áreas com maior porcentagem de
fitomassa original, em relação ao total do planeta,
correspondem a:
(A) florestas tropicais de folhas perenes/florestas
temperadas/floresta boreal.
(B) tundras/florestas temperadas/savanas e pastos
tropicais.
(C) florestas tropicais de folhas perenes/florestas tropicais
de folhas caducas/vegetação mediterrânea.
(D) tundras/florestas tropicais de folhas caducas/floresta
boreal.
(E) savanas e pastos tropicais/florestas e arbustos
tropicais/vegetação mediterrânea.
20. UFAL/1999 Analise os perfis florestais apresentados
a seguir.

I. Vegetação: Tundra
Clima: Polar
Localização: Próximo ao Círculo Polar Ártico
Ação Antrópica: Desmatamento e exploração vegetal

II. Vegetação: Taiga

Clima: Frio
Localização: Ao Sul da Tundra
Ação Antrópica: Exploração vegetal de madeira nobre

III. Vegetação: Savana

Assinale a alternativa que identifica os perfis florestais I e
Clima: Tropical
II.
Localização: No centro do continente africano
(A) Perfil I: Floresta - tropical úmida;
Ação Antrópica: Queimadas não-cíclicas
Perfil II: Floresta - temperada;
(B) Perfil I: Floresta - tropical úmida;
IV. Vegetação: Vegetação Monçônica
Perfil II: Floresta - tropical de folhas caducas;
Clima: Tropical
(C) Perfil I: Floresta - boreal;
Localização: Sul da Europa e Norte da África
Perfil II: Floresta - subtropical;
Ação Antrópica: Abertura de clarões para produção de
(D) Perfil I: Floresta - boreal;
arroz.
Perfil II: Floresta - tropical de folhas caducas;
(E) Perfil I: Floresta - mediterrânea;
V. Vegetação: Florestas Equatoriais
Perfil II: Floresta - boreal.
Clima: Equatorial
Localização: Baixas latitudes
21. ENEN/2010 As mudanças climáticas e da vegetação
Ação Antrópica: Desmatamento para a agropecuária e
ocorridas nos trópicos da América do Sul têm sido bem
extrativismo vegetal.
documentadas por diversos autores, existindo um grande
acúmulo de evidências geológicas ou paleoclimatológicas
Pela análise do quadro, conclui-se que a relação correta
que evidenciam
entre os dados está na alternativa
essas mudanças ocorridas durante o Quaternário nessa
(A) I e II
região. Essas mudanças resultaram em restrição da
(B) I e III
distribuição das florestas pluviais, com expansões
(C) I, II e IV
concomitantes de habitats não florestais durante períodos
(D) II, III e V
áridos (glaciais), seguido da expansão das florestas
(E) IV e V
pluviais e restrição das áreas não florestais durante
períodos úmidos (interglaciais).
Disponível em: http://zoo.bio.ufpr.br. Acesso em: 1 maio 2009.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 611

Durante os períodos glaciais,
(A) as áreas não florestais ficam restritas a refúgios
ecológicos devido à baixa adaptabilidade de espécies
não florestais a ambientes áridos.
(B) grande parte da diversidade de espécies vegetais é
reduzida, uma vez que necessitam de condições
semelhantes a dos períodos interglaciais.
(C) a vegetação comum ao cerrado deve ter se limitado a
uma pequena região do centro do Brasil, da qual se
expandiu até atingir a atual distribuição.
(D) plantas com adaptações ao clima árido, como o
desenvolvimento de estruturas que reduzem a perda
de água, devem apresentar maior área de distribuição.
(E) florestas tropicais como a amazônica apresentam
distribuição geográfica mais ampla, uma vez que são
densas e diminuem a ação da radiação solar sobre o
solo e reduzem os efeitos da aridez.
22. UFU/209 Observe a figura abaixo.
VESENTINI, J. W. Sociedade e espaço: Geografia geral e do
Brasil - Caderno de Atividades. São Paulo: Ática, 2000.
Considerando a figura acima e o que se conhece sobre o
assunto, é correto afirmar que
(A) em grandes altitudes não há uma influência direta da
latitude nas formações vegetais.
(B) quanto maior a altitude menor a temperatura, e quanto
maior a latitude maior a temperatura.
(C) a paisagem vegetal é a mesma tanto nas grandes
latitudes quanto nas baixas altitudes.
(D) nas baixas altitudes não há uma influência direta da
latitude para as formações vegetais.
23. UFTM/2009 Observe o mapa e as informações a
seguir para responder à questão.
(Maria Elena Simielli, Geoatlas, 2007)
I. A exploração de madeira no mundo está relacionada
às grandes formações florestais, concentradas em
duas grandes faixas: em torno da linha do Equador e,
no hemisfério norte, em torno do paralelo 60º.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
II. No paralelo de 60º, predomina a Floresta Temperada
cuja exploração antiga é sustentada pela conjugação
de solo e climas favoráveis, além de leis ambientais
altamente restritivas às ações predatórias.
III. Na faixa equatorial, predomina a Floresta Equatorial,
de exploração mais recente e que provoca grandes
impactos ambientais, em razão da grande
biodiversidade desse tipo de floresta, de seus solos
relativamente pobres e da interdependência entre as
espécies vegetais.
IV. A desigual distribuição das áreas de floresta tem
provocado conflitos, como a recusa do Canadá e da
Rússia em assinar o Protocolo de Quioto, pois suas
metas impõem restrições à exploração florestal.
Está correto somente o que se afirma em
(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV.
(D) II e III. (E) II e IV.
24. UTFPR/2010) Todas as afirmativas abaixo, sobre as
regiões de savana estão corretas, EXCETO:
(A) Estão localizadas em regiões climatobotânicas, que
possuem as estações do ano bem definidas, com
invernos secos e verões chuvosos.
(B) A vegetação é rica e exuberante, situada na zona
inter-tropical, do tipo, perene, hidrófita e latifoliada.
Servem de habitat, ou seja, de local onde vivem os
indivíduos de várias espécies.
(C) Na África, o predomínio da savana é de formação
vegetal arbustiva, situada na paisagem inter-tropical,
sendo o habitat de animais de grande porte.
(D) No Brasil, a vegetação típica da savana é denominada
cerrado, situada na zona inter-tropical, ocupando
parte central do país.
(E) A savana no Brasil, tem como núcleo os planaltos e
chapadões do Brasil central, com formações
arbustivas, submetidos ao clima tropical semi-úmido.
25. UFC/2009 As florestas equatoriais, na atualidade,
sofrem grande pressão ambiental, principalmente porque
se mantiveram relativamente preservadas até o século
XIX, quando se intensificou a sua exploração por
empresas madeireiras, mineradoras e agropecuárias, entre
outras. Nesse contexto, a Floresta Amazônica sofre
particularmente em razão de atividades que produzem
desmatamento. Em relação ao desmatamento que ocorre
na Região, é correto afirmar que:
(A) diminuiu nas duas últimas décadas em decorrência da
pressão internacional.
(B) traz conseqüências graves, restritas ao espaço da
floresta.
(C) decorre principalmente da atividade madeireira legal.
(D) altera a biodiversidade animal e vegetal.
(E) é um problema eminentemente nacional.
26. FATEC/2011 Analise a seguinte descrição geral de
um tipo de vegetação. Ocorre em climas estacionais com
períodos frios e quentes bem marcados. As temperaturas
de inverno podem
chegar abaixo do ponto de congelamento. As plantas são
úmidas, com estrutura e composição distintas conforme a
área de ocorrência. A queda das folhas nas estações secas
equilibra as plantas para que elas, transpirando menos,
612
 CAPÍTULO XX

consigam atravessar os períodos de escassez de água. As interior do continente, e determinar a ocorrência de

árvores têm em geral 40-50 m de altura e possuem folhas
delgadas e largas, como os plátanos. É vegetação das mais
destruídas do mundo.
(CONTI, J. B. e FURLAN, S.A. Geoecologia: o clima, os solos
e a biota. São Paulo: Edusp, 1996. Adaptado).
vegetação estépica.
IV. A diferença entre as áreas desérticas do globo reside
no fato de os desertos frios não apresentarem
contrastes térmicos entre o dia e a noite, e a
vegetação ser predominantemente xerófila.

Assinale o nome do tipo de vegetação correspondente à A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é
descrição. a
(A) Floresta tropical semiúmida. (A) I e II.
(B) Vegetação mediterrânea. (B) I e III.
(C) Floresta temperada. (C) II e III.
(D) Savana tropical. (D) II e IV.
(E) Floresta boreal. (E) III e IV.

27. UNIJORGE/2011 As folhas de suas árvores caem
durante o inverno, razão pela qual são chamadas
caducifólias ou decíduas. A queda das folhas
estáassociada a uma adaptação das plantas, para se
defenderem da seca fisiológica, uma vez que o inverno é
bastante rigoroso e a água se congela no solo.
29. UNICAMP/2012 O mapa abaixo mostra a
distribuição global do fluxo de carbono. As regiões
indicadas pelos números I, II e III são, respectivamente,
regiões de alta, média e baixa absorção de carbono.

O texto se refere
(A) às florestas boreais, localizadas exclusivamente no
Hemisfério Norte, que constituem um bioma cuja
vegetação é bastante diversificada, devido à grande
umidade do solo durante o verão.
(B) à tundra alpina, situada no topo das montanhas de
diversos países, cujo solo apresenta permafroste
apenas no inverno.
(C) à taiga, característica de clima temperado continental,
que se localiza logo abaixo da tundra ártica e possui
solos profundos e bem drenados.
(D) às florestas temperadas, típicas de médias latitudes,
que possuem estações do ano bem definidas e solos Considerando-se as referidas regiões, pode-se afirmar que
muito ricos em nutrientes, devido, sobretudo, ao os respectivos tipos de vegetação predominante são:
processo natural de decomposição das folhas. (A) I-FlorestaTropical; II-Savana; III-Tundra e Taiga.
(E) às florestas de coníferas, encontradas em latitudes (B) I-Floresta Amazônica; II-Plantações; III-Floresta
temperadas dos Hemisférios Norte e Sul e Temperada
constituídas de coníferas latifoliadas, associadas a um (C) I-Floresta Tropical; II-Deserto; III-Floresta
rico tapete de ervas, e gramíneas que se desenvolvem Temperada.
na estação mais fria do ano. (D) I-Floresta Temperada; II-Savana; III-Tundra e Taiga.

28. UESC/2011 As paisagens naturais resultam da 30. UEPE/2012 Examine, cuidadosamente, o perfil
combinação de diversos fatores climáticos, dentre eles, a esquemático de uma formação vegetal existente numa
latitude, o relevo e a continentalidade. dada área do planeta.

Em relação aos grandes domínios naturais do globo,

identifique as afirmativas verdadeiras.

I. O aumento da altitude provoca dois efeitos

climáticos, que são a redução da temperatura e da
umidade, o que explica o fato de as montanhas
apresentarem grande alteração da paisagem botânica,
de acordo com os níveis altimétricos.
II. Nas regiões temperadas, a proximidade ou a
distância dos oceanos e mares assume grande
importância para a definição do clima e da formação
vegetal, razão pela qual as florestas caducifólias
Sabendo-se que “a vegetação é o espelho do clima”, é
ocorrem em áreas de menor latitude e mais próximas
CORRETO afirmar que, nessa área representada,
do mar.
III. O elemento diferenciador dos subtipos climáticos da (A) há um domínio de condições climáticas quentes e
úmidas.
zona intertropical é a temperatura, visto que ela pode
se elevar, em função da posição geográfica no
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 613
 CAPÍTULO XX

(B) as temperaturas médias anuais e os valores de 16. A

umidade relativa do ar devem ser baixos por causa do
efeito altimétrico e da distância do mar. 17. A
(C) existe um predomínio de um clima semiárido, com
chuvas de inverno. 18. D
(D) a ocorrência de geadas ocasionais, denunciada pela
presença de palmeiras, sugere a predominância de 19. A
clima subtropical no ambiente.
(E) a estação seca deve durar, no mínimo, 10 meses 20. A
durante o ano, interferindo nas características
químicas dos solos. 21. D

22. A

GABARITO 23. B

1. D 24. B

2. E 25. D

3. C 26. C

4. A 27. D

5. C 28. A

6. C 29. A

7. D 30. A

8. B

9. C

10. C

11. B

12. E

13. C

14. C

15. E

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 614


CAPÍTULO XXI - AS PAISAGENS
CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS - OS
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL
1)Domínio Amazônico ou terras baixas florestadas
equatoriais
Domínio marcado pelo predomínio de terras baixas
sedimentares ( planícies, baixos planaltos e depressões ),
com clima equatorial quente e úmido o ano todo.
Apresenta imensa floresta úmida e heterogênea e a mais
vasta bacia fluvial do mundo. O peso da natureza ainda é
marcante, apesar do intenso processo de devastação
realizado pelo homem. Apresenta solos pobres e arenosos,
do tipo lixiviado.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXI
2) Mares de Morros ( ou áreas mamelonares tropicais
atlânticas florestadas )
Domínio que corresponde à área do Planalto Atlântico,
principalmente no sudeste, onde o clima tropical úmido
modelou um relevo bem característico, com morros
arredondados do tipo meia-laranja, conhecido como
“mares de morros”. As florestas originais que cobriam
esta região foram quase totalmente devastadas pelo
homem.
3) Cerrado ( ou chapadões tropicais interiores, com
cerrados e matas galerias )
Domínio marcado por extensos planaltos com chapadões
sedimentares, clima tropical típico com duas estações bem
definidas ( verão chuvoso e inverno seco ), vegetação
arbustiva e herbácea ( cerrado ), na maior parte, e matas
galerias ou ciliares junto aos rios. Apresenta solos pobres
e ácidos ( latossolo ou laterítico ), que podem ser
corrigidos através da fertilização química e da calagem
( adição de pó de calcário para reduzir a acidez do solo ).
A expansão da agricultura comercial, com maior destaque
para a lavoura de soja, ocorreu a partir da década de 1960
615

4) Terras baixas do Pantanal Matogrossense
O seu relevo é marcado por uma vasta planície,
intercalada em alguns pontos por elevações residuais,
denominadas “ cordilheiras “. O seu clima dominante é o
tropical subúmido com duas estações bem definidas: verão
chuvoso e inverno seco. A sua vegetação é marcada pela
presença de inúmeras formações vegetais ( campos,
florestas, matas ciliares, vegetação de alagadiço, cocais,
espécies da caatinga etc ). A hidrografia é marcada pelos
rios da Bacia do Paraguai, que apresentam cheias
periódicas no verão. A agropecuária e o extrativismo
predatório tem provocado grandes impactos ambientais
neste domínio.
5) Caatinga ( ou depressões intermontanas e
interplanálticas semi-áridas )
Domínio que caracteriza o sertão nordestino, marcado por
um relevo planáltico onde aparecem áreas deprimidas (
depressões ), delimitadas por planaltos e chapadas. O
clima é semi-árido ( quente e seco ), a vegetação a ele
adaptada é pobre e arbustiva, com presença de cactáceas
ou xerófitas. Os solos são rasos e pobres em matéria
orgânica, mas ricos em sais minerais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXI
6) Araucária ( ou planaltos subtropicais com
araucárias )
Domínio que caracteriza o planalto Meridional brasileiro,
com clima subtropical e invernos mais rigorosos. A mata
aciculifoliada de araucárias ( pinheiros ) se destaca
bastante na paisagem e em relação aos demais vegetais.
Apresenta relevo de cuesta, solo fértil ( terra roxa ) e
elevado potencial hidráulico da bacia do Paraná.
7)Pradarias ( coxilhas subtropicais com pradarias
mistas )
Também conhecido por pampa, Campanha Gaúcha ou
coxilhas, este domínio é na verdade um prolongamento do
pampa argentino e uruguaio no sul do Brasil. Trata-se de
uma extensa área com predomínio de terras baixas onde
sobressaem colinas ou ondulações do terreno
denominadas coxilhas. Apresenta vegetação herbácea (
campos ). A pecuária extensiva com suas estâncias (
fazendas de gado ) e a rizicultura ( cultivo do arroz ) são
as principais atividades econômicas neste domínio.
Faixas de Transições
Encontrados entre os vários domínios morfoclimáticos
brasileiros, as faixas de transições são: as Zonas dos
Cocais, a Zona Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as
Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o
território nacional, constituem importantes áreas
ambientais e econômicas.
616

► Faixas de Transição Nordestinas
A zona dos cocais, representa uma importante fonte de
renda à população nordestina, pois é nessa área
principalmente, que se faz à extração dos cocos. A zona
costeira detém outra característica, é uma importante
região ambiental, onde se encontra a vegetação de
mangue, que constitui um bioma riquíssimo em
decomposição de matéria. Outra faixa de transição é o
agreste, que é responsável pela produção de alimentos
para o nordeste, como: leite, aves, sisal, entre outras
matérias primas para indústrias. No litoral cearense,
encontra-se as dunas, que é uma região de montantes de
areias depositados pela ação dos ventos e de constante
remodelação.
O meio-norte se estabelece entre a caatinga do sertão e a
Amazônia (Maranhão e Piauí). Com uma diversidade de
vegetação como cerrado e matas de cocais, o meio-norte
detém sua economia na pecuária bovina, chamada de pé-
duro e na criação do jegue. A carnaúba e o óleo de babaçu
são outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas
estas zonas demonstradas situam-se na região nordestina
brasileira.
► Faixa de Transição da Região Sul Brasileira
Na região sul, encontra-se a zona de transição das
Pradarias, que se situa entre os domínios morfoclimáticos
da Araucária e das Pradarias. São geralmente campos
acima de serras e são encontradas vegetações do tipo
araucárias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os
sistemas naturais situados nessa região, são de
fundamental importância para o meio natural envolvente a
ela.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXI
► Faixa de Transição – Pantanal
O pantanal é uma das principais zonas de transição
encontrada no Brasil. Ele é um complexo ambiental de
suma importância, pois compreende uma grande
diversidade de fauna e flora. Situado em regiões serranas e
em terras altas, o pantanal é considerado um grande
reservatório de água, devido encontrar-se numa depressão
entre várias montanhas. Sua rede fluvial é composta por
rios, como: Cuiabá, Taquari, Paraguai etc, sendo
considerados rios perenes.
Como o pantanal passa por duas estações climáticas
durante o ano, a seca e as cheias dos rios, essa região
detém características e denominações únicas, como:
“cordilheira” – que significa áreas mais altas, onde não
sofrem alagamentos (pequenas elevações); salinas –
regiões deprimidas que se tornam lagoas rasas e salgadas
com as cheias dos rios; barreiros – são os depósitos de sal
após a seca das salinas; caixas – canais que ligam lagoas,
existindo somente durante as inundações; e vazante –
cursos d´aguas existente durante as épocas das chuvas.
Com tudo, o pantanal sofre consequências ambientais
como a exploração mineral, que poluem intensamente os
rios – considerados como os responsáveis pela existência
da biodiversidade da região. A pecuária e a utilização de
enormes monoculturas, fazem o despejo de uma grande
quantidade de agrotóxicos aos rios.
Nesse sentido, a preservação dessas zonas de transição são
consideradas de suma importância para a existência dos
domínios morfoclimáticos brasileiros. Pois eles
estabelecem uma relação direta com a fauna, flora,
hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio
dos frágeis sistemas ecológicos.
617
 CAPÍTULO XXI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 618

 CAPÍTULO XXII

CAPÍTULO XXII - AS PAISAGENS MATA DE IGAPÓ OU CAAIGAPÓ

CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS – A
FLORESTA EQUATORIAL E SUA DEGRADAÇÃO

FLORESTA EQUATORIAL PLUVIAL

AMAZÔNICA OU HILÉIA BRASILIENSIS

É o trecho da floresta que se desenvolve ao longo dos rios

Foto da Floresta Amazônica
É encontrada na maior parte da Amazônia Legal,
estendendo-se ainda por outros países sul americanos.
e lagoas da região. É composta por plantas hidrófilas,
adaptadas a ambientes aquáticos. Essa parte da floresta
não possui um grande valor econômico, encontrando-se
relativamente preservada. Suas principais espécies são:
piaçava, vitóriarégia e inúmeros tipos de palmeiras.
MATA DE VÁRZEA

Principais Características:

► É formada por plantas latifoliadas ( folhas largas );

► É composta por plantas perenifólias ( mantém suas
copas sempre verdes )
► É do tipo ombrófila ou higrófila ( plantas que se
desenvolvem em ambientes úmidos ),
► É heterogênea ( possui uma gigantesca biodiversidade,
ou seja, possui o maior banco genético do planeta ),
► É densa ou fechada, o que dificulta a penetração e a
exploração econômica da mesma.
► As plantas praticam o fototropismo ( disputam a luz
solar ), o que contribui para existência de árvores de
grande porte ( cerca de 60 m de altura ).
► A Floresta Amazônica se desenvolveu num ambiente É encontrada nas várzeas, ou seja, nos terrenos baixos que
de solos pobres, do tipo hidromórficoslixiviados ( margeiam os rios e lagoas da Amazônia e que são
arenosos, possuindo na sua parte superior uma camada de periodicamente inundados pelas cheias dos rios que
húmus ( matéria orgânica decomposta ), que lhe fornece formam a bacia do Amazonas. Possui árvores de médio
uma fertilidade superficial. porte, com grande diversidade de espécies de grande valor
As árvores possuem raízes superficiais, fruto da pobreza econômico, onde podemos destacar: seringueira ( hévea
interior dos solos da região. brasiliensis ). Caucho, maniçoba, maçaranduba,
A Floresta Amazônica está dividida em três partes: cacaueiro etc.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 619

 CAPÍTULO XXII

MATA DE TERRA FIRMA OU CAAETÊ ARCO DO DESMATAMENTO

É encontrada nos baixos planaltos e depressões da região,

Representa aproximadamente 80% da floresta, com
árvores de maior porte e de grande valor econômico, com
maior destaque para: cedro, castanheira, mogno,
andiroba, Angelim, jarina, ucuquirana ( sorva ou
balata ), guaraná etc.
Corresponde o trecho que mais sofre os efeitos do
desmatamento, principalmente no sul da Amazônia, onde
se encontra o “arco do desmatamento”, derivado da
expansão das fronteiras agrícolas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 620

 CAPÍTULO XXIII

CAPÍTULO XXIII - A QUESTÃO DO ► A construção de grandes usinas hidrelétricas. Os lagos

DESMATAMENTO formados pelas barragens inundam milhares de hectares
de mata virgem,
► As queimadas praticadas por agricultores e pecuaristas,
principalmente entre junho a setembro no sul da
Amazônia e entre dezembro a fevereiro no norte da
região,

O desmatamento vem se desenvolvendo de forma

acelerada na Amazônia. Segundo dados do IBAMA, cerca
de 20% da floresta Amazônia já foi desmatado.

Principais causas:
► A expansão urbana etc.
►Criação do P.I.N. ( Plano de Integração Nacional ) na ► A extração da lenha para produção do carvão vegetal
década de 1960, tendo como principal objetivo, povoar e no leste do Pará e no oeste do Maranhão, para alimentar as
desenvolver a Amazônia. O seu lema era: “integrar para usinas de ferro-gusa.
não entregar” ► A extração da madeira.
► A abertura das chamadas rodovias de integração
nacional facilitaram o acesso a região: ( transamazônica,
Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho, Cuiabá-Santarem,
Perimetral Norte ),

O gráfico nos permite observar a redução do

Desmatamento nas margens das rodovias ( “espinha de
desmatamento na Amazônia nos últimos anos.
peixe” ).

► O governo promoveu o assentamento de famílias de

trabalhadores rurais sem terra nas margens das rodovias
de integração nacional, através da criação das agrovilas,
► O baixo preço da terra atraiu projetos agropecuários e
extrativos,
► O avanço das fronteiras agrícolas, responsável pela
formação do arco dodesmatamento no sul da região.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 621

 CAPÍTULO XXIII

OBS: Vale a pena ressaltar que existem centenas de

madeireiras extraindo madeira na região, parte dessas
empresas atuam de forma clandestina.

Principais Conseqüências

► Destruição de um valioso banco genético ( cerca de

30% dos medicamentos produzidos no mundo utilizam
produtos e subprodutos extraídos das florestas tropicais,
com maior destaque para a floresta amazônica ),
► Alterações climáticas;
► erosão do solo, podendo dar origem a um processo de
desertificação,
► Assoreamento dos rios
► A fumaça liberada pelas queimadas contribuem com o
efeito estufa etc.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 622

 CAPÍTULO XXIV

CAPÍTULO XXIV - AS PAISAGENS ► Suas árvores podem alcançar 40 metros de altura.

CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS Suas principais espécies são: cedro, canela, ipê,
jacarandá, jequitibá, jatobá, coqueiros, pau-brasil,
FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL ÚMIDA
copaíba etc
DE ENCOSTA OU MATA ATLÂNTICA
OBS: No interior da Região Sudeste, Norte do Paraná e
sul da Região Centro-Oeste, a Mata Atlântica pode ser
chamada de Mata Tropical, ou Floresta Tropical
Decídua, ou Sub Caducifólia. Alguns geógrafos fazem
tal divisão, portanto fique atento.
Calcula-se que aproximadamente 95% da cobertura
original da Mata Atlântica já tenha sido destruída.

Foto da Mata Atlântica no Parque Nacional da Serra dos
Órgãos.
Principais Causas:
► A expansão da monocultura canavieira na Zona da
Mata Nordestina;
► O ciclo do café, principalmente no Sudeste;
► A expansão da pecuária extensiva;
► O extrativismo da madeira para diversos fins (
construção civil, fabricação de móveis, lenha como fonte
de energia etc );
► crescimento urbano etc.
Principais conseqüências:
►Erosão do solo
► Deslizamento de barreiras nas áreas serranas,
► Assoreamento dos rios;
► Destruição de um valioso banco genético;
► Desaparecimento de nascentes, reduzindo o débito
fluvial, transformando rios perenes em rios temporários,
► Alterações climáticas etc.

Ocupa a porção oriental do Brasil do Rio Grande do Norte

até o norte do Rio Grande do Sul. Na altura da região
Sudeste ela penetra pelo interior, alcançando o sul da
região Centro-oeste, norte do Paraná etc.

Principais características:
► É formada por plantas latifoliadas,
► É do tipo perenifólia
►É higrófila ou ombrófila,
►É heterogênea ( possui uma grande diversidade de
espécies ),
► É fechada ou densa

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 623

 CAPÍTULO XXIV

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 624

 CAPÍTULO XXV

CAPÍTULO XXV - AS PAISAGENS Principais causas:

CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS ►a expansão da agropecuária;
- A CAATINGA E O CERRADO ► a extração da lenha para diversos fins ( produção do
carvão vegetal, consumo doméstico, construção etc ),
CAATINGA ( MATA BRANCA ) ► as queimadas etc.

Principais conseqüências
►erosão do solo;
► desertificação;
► salinização do solo ( fruto da irrigação feita com água
salobra ),
► extinção de espécies da flora e da fauna etc.

CERRADO

O cerrado aparece no mapa em verde.

Foto da Caatinga no Sertão cearense

Vegetação típica do sertão nordestino, adaptada ao clima

semi-árido.

Principais características:
► é formada por plantas xerófitas ou xerófilas
( adaptadas a ambientes secos ou amigas da seca );
► Possui arbustos espinhentos, com folhas pequenas,
galhos retorcidos, raízes com grande crescimento
horizontal ( fruto da baixa profundidade do solo ),
► A maioria dos arbustos perdem as folhas durante a
estação seca ( plantas caducifólias )
► Encontramos ainda inúmeras espécies de cactos,
destacando-se o xiquexique, o mandacaru e o facheiro,
conhecidos na região como palmas forrageiras, uma vez
Foto do Cerrado em Mato Grosso
que são fornecidos ao gado como alimentação no período
da seca. É um tipo de savana encontrado no Brasil Central algumas
► Também encontramos inúmeras bromeliáceas, com áreas da Amazônia, sudeste e nordeste. A vegetação é
maior destaque para a macambira típica das áreas dominadas pelo clima tropical semi-
► As principais espécies de arbustos são: algaroba, úmido, que alterna das estações: uma chuvosa no verão e
cabaceira, imbuzeiro, juazeiro etc. uma seca no inverno.
Boa parte da caatinga também já foi destruída.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 625

 CAPÍTULO XXV

Principais Características:
MATA GALERIA OU CILIAR
►É uma vegetação arbórea, que apresenta árvores de
pequeno e médio porte, distantes entre si, havendo entre
elas um substrato rasteiro formados por gramíneas e ervas.
► As árvores possuem raízes com grande crescimento
vertical, troncos com casca grossa, perda de folhas durante
a estação seca ( plantas caducifólias )
►A presença de um substrato rasteiro favoreceu o
desenvolvimento da pecuária extensiva.
► Nas áreas de maior umidade, a vegetação é mais
compacta e atinge um maior porte, recebendo o nome de
cerradão ou bosques. Já nas áreas de climas mais secos,
a vegetação possui um porte menor, as árvores se
encontram mais espaçadas, recebendo o nome de
cerradinho
►Destacamos como principais espécies: Quebracho,
barbatimão, pau-ferro, poaia etc Foto de uma mata ciliar ou galeria
O processo de destruição do cerrado intensificou-se nas
últimas décadas. É um tipo de floresta tropical que se desenvolve no Brasil
Central, nas áreas dominadas pelo clima tropical semi-
Principais causas: úmido, nas margens dos rios que drenam a região.
►Expansão das fronteiras agrícolas a partir da década de A formação de uma floresta depende da umidade do solo e
1960, com destaque maior para as lavouras de soja e a da radiação solar, como no Brasil central o clima é
criação extensiva de gado, determinado pela presença de uma estação chuvosa no
► A prática das queimadas; verão e uma estação seca no inverno, as condições não
► O extrativismo vegetal e mineral; favorecem a formação de florestas, excetuando-se nas
► A expansão urbana etc. margens dos rios, onde a umidade permanente, associada
ao calor tropical, criaram condições para a formação de
Principais consequências uma mata. As matas galerias ou ciliares são estreitas,
► erosão do solo porém bastante longas. Essa mata desempenha um
► assoreamento dos rios importante papel na contenção do processo de
► extinção de espécies animais assoreamento e erosão das margens dos rios.
► Aceleração da laterização do solo Em muitas áreas do Brasil, os produtores rurais estão
► desertificação etc. destruindo as matas galerias.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 626


CAPÍTULO XXVI - AS VEGETAÇÕES DE
TRANSIÇÃO:
MATA DOS COCAIS
Foto da Mata dos Cocais
É uma vegetação de transição encontrada no Meio-Norte,
Maranhão e Piauí. Ela é composta por inúmeras espécies
de palmeiras, onde destacamos o Babaçu e a Carnaúba
(esta última é conhecida como a árvore da vida ou da
providência, pois dela tudo se aproveita, das raízes até as
folhas ).
Do babaçu podemos produzir o palmito, a casca do coco
substitui o carvão vegetal, o fruto é comestível, produz
óleo vegetal, inclusive o biodiesel, o tronco serve para a
construção civil, as folhas fornecem matéria-prima para
produção de cestos, esteiras, chapéus, cobertura de casas,
fornece matéria-prima para a produção de velas, sabonetes
etc.
Já a carnaúba oferece: das raízes, podemos produzir
medicamentos, o tronco é usado na construção de casas, as
folhas servem para produção de cestos, esteiras, chapéus,
cobertura de casas, da folha se extrai uma substância
usada na fabricação de ceras, pode-se produzir sabonetes,
velas etc.
O extrativismo predatório, associado aos projetos
agropecuários já destruíram boa parte da sua cobertura
vegetal original. Recentemente, a expansão das lavouras
de soja tem contribuído para o aumento do desmatamento
no Maranhão e Piauí.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXVI
VEGETAÇÃO COMPLEXA DO PANTANAL
Foto do Pantanal Matogrossense
É encontrada no Pantanal Matogrossense, sendo
considerada a síntese da vegetação brasileira, ou seja,
nessa formação encontramos quase todas as paisagens
vegetais do Brasil ( florestas, campos, cerrados, espécies
da caatinga, cocais, mata galerias, vegetação dos alagados
etc ).
A vegetação do pantanal vem sendo destruída há várias
décadas.
Principais causas:
► Expansão dos projetos agropecuários ( criação de gado
e as lavouras comerciais da soja, arroz etc ),
► Extrativismo mineral e vegetal,
► pratica das queimadas.
Principais conseqüências
► erosão do solo,]
► assoreamento dos rios,
► extinção de espécies da fauna;
► contaminação dos rios com produtos químicos e com
mercúrio empregado nas áreas de garimpo etc.
627
 CAPÍTULO XXVI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 628


CAPÍTULO XXVII - FLORESTA SUBTROPICAL
COM OCORRÊNCIA DE ARAUCÁRIA (MATA
DAS ARAUCÁRIAS OU MATA DOS PINHAIS) E
OS CAMPOS
FLORESTA SUBTROPICAL
Foto da Mata das Araucárias ou Mata dos Pinhais
Desenvolveu-se no interior do Planalto Meridional,
podendo ser encontrada também nos trechos elevados da
Serra da Mantiqueira na região Sudeste.
Principais características:
►É uma floresta homogênea ( possui poucas espécies ),
► É aberta, o que facilita a penetração em seu interior;
► Possui plantas aciculifoliadas ( possuem folhas com
formato de agulhas ).
Principais espécies: Araucária Angustifólia ( Pinheiro
do Paraná ), canela, imbuia, ipê, erva-mate etc.
Cerca de 90% da sua cobertura vegetal original já foi
destruída.
Principais causas:
► Extração da madeira, para construção civil e fabricação
de celulose e papel;
► Expansão da agropecuária;
► crescimento urbano etc.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXVII
CAMPOS OU PRADARIAS
Foto dos campos limpos no Rio Grande do Sul
Vegetação rasteira, intercalada com a presença de árvores
e arbustos encontrados em vários pontos do território
brasileiro.
Tipos de campos:
► Campos limpos ( domínio da vegetação rasteira
composta por gramíneas e ervas ),
► Campos sujos ( intercala a vegetação rasteira com
pequenos arbustos ),
► Campos e Altitude ( desenvolve-se em trechos
elevados do relevo brasileiro )
► Campos Inundáveis
► Campos de Hiléia ( crescem em manchas no interior da
floresta amazônica ) etc.
Principais campos do Brasil:
► Campanha gaúcha ou Pampas
► Vacaria ( MS )
► Lajes e São Joaquim ( SC )
► Campos da Serra da Mantiqueira
► Campos de Marajó
► Campos do Alto Rio Branco ( RR ) etc.
Os campos naturais também sofrem a intervenção do
homem. Os projetos agropecuários, contribuem para a sua
degradação e em algumas áreas para a formação de
manchas de desertos, como ocorre no sul do Brasil.
629
 CAPÍTULO XXVII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 630

 CAPÍTULO XXVIII

CAPÍTULO XXVIII - VEGETAÇÃO LITORÂNEA Principais causas:

► Aterros para a construção de condomínios e

residências;
► Aterros sanitários;
► Extração da lenha, empregada como fonte de energia
em padarias, olarias, consumo doméstico ( fogões a
lenha), na produção do carvão vegetal.
► O lançamento de rejeitos industriais, contamina o solo
e mata as raízes e as plantas dos manguezais etc.
A destruição dos mangues ocasiona graves conseqüências
, pois quebra a cadeia alimentar marinha, já que espécies
menores como os caranguejos e outros pequenos
crustáceos servem de alimentos para as maiores. Reduz o
volume da pesca no litoral, afetando as colônias de
pescadores e a própria indústria pesqueira.

VEGETAÇÃO DE PRAIAS E RESTINGAS

No litoral ainda encontramos a vegetação de praias e

restingas, constituída por bromeliáceas, pequenos
arbustos, cactáceas, ervas, gramíneas, samambaias etc.
Foto de um manguezal Esta vegetação é constituída por plantas halófilas,
adaptadas a solos salinos.
Estende-se por todo o litoral brasileiro, estando dividida
em: vegetação de praia e mangues.
Ela é formada por plantas halófilas ( adaptadas a solos
salinos ).
Os manguezais são formados por plantas pneumatóroras
( possuem raízes aéreas que respiram o oxigênio ).
Os manguezais possuem espécies arbustivas e arbóreas
adaptadas as inundações geradas pelas marés altas. Eles se
desenvolvem nas costas baixas e lamacentas do nosso
litoral, sendo considerados berçários naturais, onde se
reproduzem inúmeras espécies de peixes, crustáceos e
moluscos, desempenhando um importante papel no
ecossistema marinho e terrestre.
Os manguezais vem sendo destruídos de forma acelerada
em vários trechos do litoral brasileiro, apesar das leis de
proteção ambiental.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 631

 CAPÍTULO XXVIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 632


CAPÍTULO XXIX - AS PAISAGENS
CLIMATOBOTÂNICAS BRASILEIRAS – AS
RELAÇÕES HUMANAS COM A NATUREZA
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A noção de desenvolvimento sustentável está apoiada no
processo de conciliação do desenvolvimento e manejo
racional dos recursos naturais. Dessa forma a exploração
pedratória dos recursos da natureza seria contida,
garantindo assim uma melhor qualidade de vida para as
futuras gerações.
O desenvolvimento sustentável está apoiado nos seguintes
quisitos:
► Manejo racional das florestas
► Educação ambiental
► Redistribuição das terras agrícolas
► Maior difusão da reciclagem
► Adequar os padrões de consumo
► Criação das reservas extrativas
► Promover o reflorestamento heterogêneo em larga
escala
► Desenvolver novas fontes de energia, limpas e
renováveis etc.
O desenvolvimento sustentável está sendo defendido pelos
ambientalistas que hoje defendem o ecodesenvolvimento,
ou seja, a conciliação do desenvolvimento com o
equilíbrio ambiental.
A preservação das florestas é possível através da criação
de parques florestais, reservas florestais, reflorestamento,
implantação das reservas extrativas, unidades de
conservação etc.
Na agricultura é recomendado o emprego de técnicas
corretas de manejo do solo, substituição dos produtos
químicos ( agrotóxicos e fertilizantes ) pela adubação
orgânica e o combate biológico das pragas ( agricultura
orgânica ou agroecologia ).
Devemos nos conscientizar sobre a necessidade de
aumentarmos a reciclagem, outra forma de reduzir as
pressões sobre os recursos naturais.
O combate a poluição nas suas mais diferentes formas
deve fazer parte de qualquer política pública séria.
Devemos buscar fontes alternativas de energia limpas e
renováveis, para reduzirmos os efeitos maléficos da
poluição.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXIX
OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Existem alguns obstáculos ao desenvolvimento
sustentável, com destaque para:
► Alguns países ricos não querem adotar políticas
ambientais corretas para não prejudicarem a sua
economia.
► Muitos países subdesenvolvidos dependem da
exportação de produtos primários, derivados do
extrativismo, das práticas agropecuárias, que na maioria
dos casos são extremamente predatórias,
► Os países pobres acusam as nações mais ricas de serem
responsáveis pela maior parte da poluição atmosférica, de
terem desmatado suas florestas, de promoverem o
desperdício,
► Os países ricos se recusam a transferir tecnologias para
os países pobres, que portanto ficam extremamente
dependentes do emprego de recursos predatórios etc.
Créditos de carbono são certificados emitidos quando
ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa
(GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de
carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de
carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado
internacional.
Créditos de carbono criam um mercado para a redução de
GEE dando um valor monetário a poluição. Acordos
internacionais como o Protocolo de Quioto determinam
uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir.
Os países por sua vez criam leis que restrigem as emissões
de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não
conseguem atingir as metas de reduções de emissões,
tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro
lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas
emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o
excedente de "redução de emissão" ou "permissão de
emissão" no mercado nacional ou internacional.
Os países desenvolvidos podem promover a redução da
emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em
países em desenvolvimento através do mercado de
carbono quando adquirem créditos de carbono
provenientes destes países.
633
 CAPÍTULO XXIX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 634


CAPÍTULO XXX - AS UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO
As Categorias de Unidades de Conservação Brasileiras
SNUC – Lei nr. 9.985, de 18 de junho de 2000
“Cap. I, Art 2º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-
se pôr:
I - unidade de conservação: espaço territorial e seus
recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais,
com características naturais relevantes, legalmente
instituído pelo Poder Público com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção;”
As categorias de manejo são descritas no capítulo 3 do
SNUC, divididas em dois grupos de acordo com seus
objetivos básicos:
1º Grupo: Unidades de Proteção Integral
“§ 1º O objetivo básico de Proteção Integral é preservar a
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta
Lei.”
As categorias de proteção integral são:
Reserva Biológica: tem como objetivo a preservação
integral da biota e demais atributos naturais existentes em
seus limites, sem interferência humana direta ou
modificações ambientais, executando-se as medidas de
recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de
manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio
natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos
naturais, é de posse e domínio público e a visitação
pública é proibida e de acordo com o plano de manejo ou
regulamento específico. A pesquisa científica depende de
autorização prévia do órgão responsável pela unidade.
Estação Ecológica: tem como objetivo a preservação da
natureza e a realização de pesquisas científicas, é de posse
e domínio públicos e a visitação pública é proibida exceto
quando com um objetivo educacional e de acordo com o
plano de manejo ou regulamento específico. A pesquisa
científica depende de autorização prévia do órgão
responsável pela unidade e são permitidas alterações no
ecossistema de medidas que visem a restauração de
ecossistema modificado, manejo de espécie com o fim de
preservar a diversidade biológica e pesquisas cujo impacto
sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela
simples observação ou pela coleta controlada de
componentes do ecossistema em uma área correspondente
a no máximo três por cento da extensão total da unidade e
até o limite de um mil e quinhentos hectares.
Parque Nacional: tem como objetivo básico a
preservação de ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica, possibilita a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de
educação e interpretação ambiental, na recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico, é de posse
e domínio públicos, a visitação pública está sujeita às
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXX
normas e restrições estabelecidas no plano de manejo. A
pesquisa científica depende de autorização prévia do
órgão responsável e as unidades dessa categoria criadas
pelo estado ou município serão denominadas
respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural
Municipal.
Monumento Natural: tem como objetivo básico
preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande
beleza cênica. Pode ser constituído por áreas particulares
desde que seja possível compatibilizar os objetivos da
unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais
do local pelos proprietários. Havendo incompatibilidade
entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não
havendo aquiescência do proprietário as condições
propostas pelo órgão responsável pela administração da
unidade para a coexistência do Monumento Natural com o
uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de
acordo com o que dispõe a lei. A visitação pública está
sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de
Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão
responsável por sua administração, e aquelas previstas em
regulamento.
Refúgio de Vida Silvestre: tem como objetivo proteger
ambientes naturais onde se asseguram condições para a
existência ou reprodução de espécies ou comunidades da
flora local e da fauna residente ou migratória, pode ser
constituído por áreas particulares desde que seja possível
compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da
terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as
atividades privadas ou não havendo aquiescência do
proprietário as condições propostas pelo órgão
responsável pela administração da unidade para a
coexistência do Monumento Natural com o uso da
propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com
o que dispõe a lei. A visitação pública está sujeita às
normas e restrições estabelecidas no plano de manejo da
unidade. A pesquisa científica depende da autorização
prévia do órgão responsável pela administração da
unidade.
2º Grupo: Unidades de Uso Sustentável
“§ 2º O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável
é compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável da parcela de seus recursos naturais”
Área de Relevante Interesse Ecológico: é uma área, em
geral de pequena extensão, com pouco ou nenhuma
ocupação humana, com características naturais
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota
regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas
naturais de importância regional ou local e regular uso
admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-la com
os objetivos de conservação da natureza. É constituída por
terras públicas ou privadas e, respeitados os limites
constitucionais, podem ser estabelecidas normas e
restrições para a utilização de uma propriedade privada.
Floresta Nacional: é uma área com cobertura florestal de
espécies predominantemente nativas e tem como objetivo
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e
635

a pesquisa científica, com ênfase em métodos para a
exploração sustentável de florestas nativas. É de posse e
domínio públicos, é admitida a permanência de
populações tradicionais que a habitam quando de sua
criação, em conformidade com o disposto em regulamento
e no plano de manejo da unidade. A visitação pública é
permitida condicionada às normas estabelecidas para o
manejo da unidade pelo órgão responsável por sua
administração, a pesquisa é permitida e incentivada
sujeitando-se a prévia autorização do órgão responsável
pela administração da unidade. A Floresta Nacional
disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão
responsável por sua administração e constituído por
representantes de órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e, quando for o caso, das populações
tradicionais residentes. A unidade desta categoria, quando
criada pelo estado ou município, será denominada,
respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal.
Reserva de Fauna: é uma área natural com populações
animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas,
residentes ou migratórias adequadas para estudos técnico-
científicos sobre o manejo econômico sustentável de
recursos faunísticos. É de posse e domínio públicos, a
visitação pública é permitida desde que compatível com o
manejo da unidade, é proibida a caça amadorística ou
profissional. A comercialização dos produtos e
subprodutos resultantes da pesquisa obedecerá ao disposto
na lei sobre fauna e regulamentos
Reserva Extrativista: é uma área utilizada por
populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência
baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na
agricultura de subsistência e na criação de animais de
pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os
meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o
uso sustentável dos recursos naturais da unidade. É de
domínio público, com uso concedido as populações
extrativistas tradicionais, as áreas particulares incluídas
em seu limite devem ser desapropriadas. A Reserva
Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo
presidido pelo órgão responsável por sua administração e
constituído por representantes dos órgãos públicos, de
organização da sociedade civil e das populações
tradicionais residentes na área, conforme dispuser em
regulamento e no ato de criação da unidade. A visitação
pública é permitida, desde que compatível com os
interesses locais e de acordo com o disposto no plano de
manejo da área. A pesquisa é permitida e incentivada
sujeitando-se a prévia autorização do órgão responsável
pela administração da unidade. O plano de manejo da
unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo,
são proibidas a exploração de recursos minerais e a caça
amadorística ou profissional. A exploração comercial de
recursos madeireiros só será admitida em bases
sustentáveis e em situações especiais complementares às
demais atividades desenvolvidas na Reserva Estrativista.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável: é uma área
natural que abriga populações tradicionais cuja existência
baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos
recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e
adaptados às condições ecológicas locais e que
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXX
desempenham um papel fundamental na proteção da
natureza e na manutenção da diversidade biológica. Tem
como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo
tempo, assegurar as condições e os meios necessários para
a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de
vida e exploração dos recursos naturais das populações
tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar
o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente
desenvolvido por estas populações. É de posse e domínio
públicos, gerida por um Conselho Deliberativo presidido
pelo órgão responsável por sua administração e
constituído por representantes dos órgãos públicos, de
organizações da sociedade civil e das populações
tradicionais residentes na área. A visitação pública é
permitida e incentivada desde que compatível com os
interesses locais e de acordo com o disposto no plano de
manejo, a pesquisa científica voltada à conservação da
natureza é permitida e incentivada, à melhor relação das
populações residentes com seu meio e a educação
ambiental, sujeitando-se à prévia autorização do órgão
responsável. Deve ser sempre considerado o equilíbrio
dinâmico entre o tamanho da população e a conservação e,
é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas
naturais em regime de manejo sustentável e a substituição
da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que
sujeitas ao zoneamento, as limitações legais e ao plano de
manejo da área. O plano de manejo da Reserva de
Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de
proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e
corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho
Deliberativo da unidade.
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): é
uma área privada, gravada com perpetuidade, com o
objetivo de conservar a diversidade biológica, o gravame
constará de termo de compromisso assinado perante o
órgão ambiental, que verificará a existência de interesse
público, e será averbado à margem da inscrição no
Registro de Imóveis. Só poderá ser permitida a pesquisa
científica e a visitação com objetivos turísticos,
recreativos e educacionais, conforme se dispuser em
regulamento. Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que
possível e oportuno, prestarão orientação técnica e
científica ao proprietário de RPPN para a elaboração de
um plano de manejo ou de proteção e de gestão da
unidade.
Área de Proteção Ambiental: é uma área em geral
extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotadas
de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o
bem das populações humanas, e tem como objetivos
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do
uso dos recursos naturais. É constituída de terras públicas
ou privadas. Podem ser estabelecidas normas e restrições
para a utilização de uma propriedade privada localizada
em uma APA. As condições para realização de pesquisa
científica e visitação pública nas áreas sobre domínio
público serão estabelecidas pelo órgão ambiental
responsável por sua gestão, nas áreas sob propriedade
privada cabe ao proprietário estabelecer as condições,
observadas as exigências e restrições legais. A Área de
636
 CAPÍTULO XXX

Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido
pelo órgão responsável por sua administração e
constituído por representantes dos órgãos públicos, de
organizações da sociedade civil e da população residente.
TEXTO COMPLEMENTAR
EXPLORAÇÃO DAS FLORESTAS NACIONAIS
O governo federal irá conceder terras públicas no Brasil,
inclusive na Amazônia, para exploração florestal a partir
de 2007. O projeto de lei, que foi enviado pelo Ministério
do Meio Ambiente para a Casa Civil, prevê que
empresários paguem para usar áreas do governo, como
Florestas Nacionais e terras devolutas, por períodos de 5 a
30 anos.
O projeto de lei de concessões está incluído na proposta
do ministério para o Programa Nacional de Florestas, que
inclui ainda a criação do Serviço Florestal Brasileiro para
fiscalizar as concessões.
A idéia, divulgada anteontem pelo jornal "O Globo", é
atacada por alguns ambientalistas e repercutiu mal no
exterior. O jornal espanhol "El País" afirmava ontem que
Lula privatizaria uma área do tamanho da Espanha.
"O termo "privatizar" é descabido, porque as áreas ficarão
na mão do governo. Não há o que ser privatizado", disse à
Folha o secretário de Biodiversidade e Florestas do
MMA, João Paulo Capobianco. Ele diz não saber
tampouco a dimensão total das áreas a serem concedidas.
Só de Flonas disponíveis para a exploração, calcula-se,
existem 25 milhões de hectares (quase um Estado de São
Paulo). "Vai sobrar um contingente de terras no qual não
haja dúvidas sobre a titularidade", afirmou Capobianco.
"E só 20% delas estariam disponíveis nos primeiros dez
anos."
A idéia de concessões não é nova. Muitos pesquisadores e
ambientalistas acham que alugar áreas para exploração de
madeira é o único jeito de desenvolver regiões como a
Amazônia de forma sustentável, freando tanto a
exploração predatória quanto a grilagem de terras por
meio da implementação do chamado manejo florestal de
baixo impacto.
Hoje, essa atividade é restrita a um punhado de empresas
no Brasil, porque os custos iniciais --entre eles o da terra--
são muito altos, e obter um título de propriedade na
Amazônia é um pesadelo.
A figura das Flonas, ou Florestas Nacionais, existe desde
os anos 30. Essas florestas seriam passíveis de exploração
econômica pela iniciativa privada, mas até hoje não há um
plano de concessão.
produtos a serem explorados vão desde madeira até os
chamados produtos não-madeireiros (como borracha,
castanha e óleo de Copaíba ) e turismo.
O vencedor do edital pagaria ao governo, além de uma
porcentagem sobre o valor do produto a ser explorado --o
total de árvores de interesse econômico, por exemplo--,
uma espécie de anuidade pelo uso da terra.
Segundo Capobianco, 40% desse valor seria destinado a
um fundo nacional de desenvolvimento florestal. Daí viria
o dinheiro para fiscalizar a atividade madeireira nas
florestas sob concessão.
"Do jeito que funciona hoje, o governo transfere a
titularidade da terra para alguém e cabe ao Ibama
[Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis] realizar a fiscalização, às próprias
expensas", disse o secretário. No caso deste projeto, há
uma atividade gerando e transferindo recursos para a
fiscalização.
Problemas
Para Eirivelthon Lima, do Ipam (Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia), organização não-governamental
sediada em Belém, o Programa Nacional de Florestas foi
"muito bem discutido", mas continua com um enfoque
excessivo nas concessões.
As chamadas florestas sociais, manejadas por
comunidades, ainda são "uma coisa fraca" no projeto do
MMA.
"As concessões resolvem uma parte muito pequena do
problema porque são posseiros a maior parte das pessoas
que ocupam terras", disse Lima. Segundo ele, as terras
consideradas devolutas, na verdade, estão ocupadas. "Se
você desce para uma escala micro, tem gente em todo
lugar."
( Folha de São Paulo 03/08/2004 )
MAPA RELATIVO AO DESMATAMENTO DE
ALGUMAS PAISAGENS VEGETAIS DO BRASIL

"A meta é ter uma estratégia viável de desenvolvimento",

disse o engenheiro florestal Paulo Barreto, do Imazon
(Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que
assessorou o governo na elaboração de um projeto de
concessão de Florestas Nacionais, ainda na administração
FHC. "Tem gente que quer parque, tem gente que quer
soja. Hoje não existe um meio-termo entre parque e pasto
afirmou”
A proposta do governo é abrir editais, uma vez definidas
as áreas a serem concedidas, do qual participariam
empresas e comunidades interessadas em manejá-las. Os

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 637

 CAPÍTULO XXX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 638


CAPÍTULO XXXI - O NOVO CÓDIGO
FLORESTAL BRASILEIRO
O Código Florestal em vigor no País foi elaborado em
setembro de 1965, mas já passou por várias alterações. O
Legislativo tenta construir um texto novo há 12 anos. Veja
quais são os principais pontos do texto aprovado pela
Câmara dos Deputados em 24 de maio e que será
analisado pelo Senado:
Reserva legal
Lei atual: determina que a manutenção de florestas e
outras formas de vegetação nativa deve ser de 80% em
propriedades em área de floresta na Amazônia Legal, 35%
nas propriedades em área de cerrado na Amazônia Legal e
20% nas demais regiões. Se a área da reserva for menor
que o previsto em lei, o proprietário deve promover a
recomposição.
Texto votado: pequenos produtores rurais, cujas
propriedades sejam de até quatro módulos fiscais (medida
variável que vai até 400 hectares) não precisarão
recompor as reservas legais.
Margem de rios
Lei atual: prevê proteção da vegetação até 30 m de
distância das margens dos rios mais estreitos, com menos
de 10 m de largura.
Texto votado: no caso de áreas já desmatadas, a
recomposição deverá ser de 15 m de distância da margem.
Permanece a exigência de 30 m para as áreas que se
mantiveram preservadas.
Anistia
Lei atual: elenca uma série de contravenções passíveis de
punição de três meses a um ano de prisão ou multa de 1 a
100 salários mínimos. O decreto 7.029/2009 prevê multa
para quem não registrar a reserva legal até o próximo dia
11 de junho. Se as áreas desmatadas forem recuperadas
até essa data, ficarão livres das multas.
Texto votado: o compromisso de regularização do imóvel
suspende eventuais punições de detenção e/ou multa que
tenham sido aplicadas ao proprietário. A efetiva
regularização extingue a punibilidade. A adesão ao
programa de regularização deverá ocorrer em um ano
(prazo que pode ser prorrogado pelo governo) a partir da
criação do cadastro de regularização ambiental (CAR). O
cadastro deverá ser criado até três meses após a sanção do
novo código.
Topos de morro
Lei atual: proíbe utilização do solo em topos de morros,
montes, montanhas e serras, encostas com declive acima
de 45°, restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de
mangues, bordas de chapadas, áreas com mais de 1,8 mil
m de altitude.
Texto votado: o texto admite a manutenção de atividades
florestais, pastoreio extensivo, culturas lenhosas perenes,
como café, maçã, uva, ou de ciclo longo, como a cana de
açúcar, que não estavam previstas no texto apresentado
pelo relator.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
O QUE MUDA NO NOVO CÓDIGO FLORESTAL
BRASILEIRO COM OS VETOS DA PRESIDENTE
DILMA ROUSSEFF:
Descontente com a versão do Código Florestal que chegou
às suas mãos, a presidente Dilma Rousseff “canetou” para
valer o texto aprovado na Câmara dos Deputados,
considerado de contornos mais ruralistas. Nesta sexta-
feira, os ministros Mendes Ribeiro, da Agricultura,
Izabella Teixeira, do Meio Ambiente e Pepe Vargas, do
Desenvolvimento Agrário anunciaram as alterações ao
Código, que não foram poucas. Ao todo, a presidente
Dilma Rousseff vetou 12 artigos e fez 32 modificações na
nova lei.
Confira a seguir, as principais mudanças anunciadas para
o Código Florestal brasileiro.
Veto à “anistia”
A presidente Dilma Rousseff vetou qualquer possibilidade
de anistia a desmatadores. “Não haverá anistia para
ninguém, todos deverão recompor as matas ciliares
desmatadas ilegalmente”, disse a Ministra do Meio
Ambiente Isabella Teixeira.
Segundo o texto aprovado na Câmara dos Deputados,
imóveis rurais de até 4 módulos fiscais (de 20 a 440
hectares, dependendo da região) ficariam desobrigados de
recompor regiões desmatadas em Reserva Legal até julho
de 2008. Na prática, essa desobrigação dispensa a maioria
das propriedades rurais do país, já que mais de 90% dos
imóveis possuem até quatro módulos fiscais.
Recomposição de áreas desmatada
O governo vai redigir um novo artigo sobre recomposição
de áreas desmatadas, um dos pontos mais polêmicos do
texto aprovado na Câmara, que obrigava apenas as
propriedades rurais localizadas próximas a pequenos rios,
de até 10 metros de largura, recuperar uma faixa de 15
metros em cada margem.
Porém, o texto não contempla regras de recomposição de
mata para propriedades agrícolas em rios mais largos - ao
contrário do texto do Senado, que previa a obrigatoriedade
de recomposição de uma faixa de mata entre 30 e 100
metros para rios com mais de 10 metros de largura.
O novo artigo de recomposição de área desmatada
aprovado por Dilma Rousseff prevê a obrigatoriedade de
recomposição para todas as propriedades e com limites
diferentes. Propriedades de 0 a 1 módulo fiscal deverão
recompor uma área de 5 metros nas margens de rios com
mais de 10 metros de largura. Já donos de terra de 1 a 2
módulos fiscais deverão recompor até 8 metros.
Propriedades de 2 a 4 módulos fiscais, ficam obrigadas a
recuperar 15 metros, enquanto as de 4 a 10 módulos
fiscais deverão recompor 20 metros. Para propriedades
maiores, acima de 10 módulos rurais, será exigido
recomposição de uma faixa de mata de 30 a 100 metros.
Manutenção de de áreas protegidas
Segundo as modificações anunciadas, topos de morro não
serão liberados para uso agrícola, ao contrário do que
previa o texto aprovado na Câmara. "Topo de morro é
APP e tem uma função estratégica de proteção e assim
deverá continuar", disse a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira.
639

A possibilidade de liberar áreas de encostas e morros -
regiões consideradas sensíveis pela instabilidade - para a
atividade agropecuária, era um dos pontos que mais
geravam desconforto ao governo. Do lado ruralista, o
argumento era de que essas áreas eram necessárias para
garantir o crescimento da produção de alimentos, o que é
refutado pelo governo.
Também será mantido o estatuto da Reserva Legal em
vigor hoje, que determina que a área de reserva legal deve
ser de 80% na Amazônia Legal, 35% no Cerrado e 20%
nos demais biomas.
Crédito agrícola só para regularizados
Outra mudança em relação ao texto saído da Câmara diz
respeito à concessão de crédito agrícola. Ao contrário do
Código aprovado pelos deputados em abril – que retirou
um artigo que impedia a concessão de crédito agrícola
àqueles que não regularizassem seus imóveis dentro do
prazo- o texto modificado pela presidente condiciona a
concessão de crédito agrícola para o proprietário e
agricultor que fizer a regularização do seu imóvel e
cadastro no CAR (Cadastro Ambiental Rural) no prazo de
cinco anos, a contar da publicação da lei.
1. UNIT/2012
A análise do mapa e os conhecimentos sobre os domínios
morfoclimáticos brasileiros permitem afirmar que os
domínios I e II apresentam como característica comum
(A) a sazonalidade da drenagem criptorreica, cujas cheias
ocorrem no inverno.
(B) o modelado formado basicamente por depressões
periféricas, com existência de peneplanos e relevos
residuais em forma de inselbergs.
(C) a vegetação de caráter decíduo, que perde as folhas no
período da estiagem.
(D) as precipitações concentradas no inverno, em função
da disposição do relevo, que facilita a penetração da
massa polar atlântica, fria e úmida.
(E) os solos de origem vulcânica, rasos e pouco
intemperizados, devido aos baixos índices
pluviométricos durante quase todo o ano.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
2. IFG/2011 Entendemos por domínio morfoclimático e
fitogeográfico um conjunto espacial de certa ordem de
grandeza territorial, de centenas de milhares a milhões de
quilômetros quadrados de área, onde há um esquema
coerente de feições do relevo, tipos de solos, formas de
vegetação e condições climático-hidrológicas. Tais
domínios espaciais, de feições paisagísticas e ecológicas
integradas, ocorrem em uma espécie de área principal, de
certa dimensão e arranjo, em que as condições
fisiográficas e biogeográficas formam um complexo
relativamente homogêneo e extensivo.
AB‘SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil:
potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
Após a leitura do fragmento e considerando as
informações contidas no mapa marque a alternativa
correta.
(A) O número 1, destacado no mapa, refere-se ao domínio
das terras baixas florestadas da Amazônia. Região em
geral encoberta por nuvens baixas, fortemente
carregadas de umidade, com a presença da mata dos
igapós, que representam mais de 90% do domínio
amazônico.
(B) O número 4, destacado no mapa, refere-se ao domínio
das depressões interplanálticas semi-áridas do
Nordeste. Região semi-árida com a presença de solos
pedregosos, ácidos e drenagem perene.
(C) O número 2, destacado no mapa, refere-se ao domínio
dos chapadões, recobertos por cerrados e penetrados
por florestas-galeria. Região tropical, com verão
chuvoso e inverno seco, com a presença de latossolos
ácidos e elevada potencialidade agrícola.
(D) O número 5, destacado no mapa, refere-se ao domínio
das araucárias. Região de clima subtropical úmido
que se estende do Norte de São Paulo ao sul do
Paraná, cuja vegetação apresenta grande diversidade
biológica.
(E) O número 6, destacado no mapa, refere-se ao domínio
das pradarias também conhecido como coxilhas
tropicais com pradarias mistas. Região de clima
temperado típico, relevo acidentado e com pequena
presença de imigrantes europeus.
640

3. FECEA/2012 Na figura 1 e 2 estão representados dois
domínios morfoclimáticos brasileiros, observe-as e analise
as proposições:
I. A figura I representa o domínio da caatinga com
vegetação adaptada ao calor e à aridez. Suas
principais espécies possuem folhas pequenas e hastes
espinhentas.
II. A figura II corresponde ao domínio paisagístico que
abrange a região conhecida como Campanha Gaúcha.
Nele, destaca-se a presença de um relevo suavemente
ondulado, na forma de colinas conhecida como
coxilhas.
III. A figura II representa o domínio das araucárias e
ocupa os planaltos sedimentaresbasálticos da porção
oriental da Bacia do Rio Paraná, nos quais a altitude
média varia entre 850 e 1300 metros.
IV. A figura II representa o domínio amazônico, sendo
constituído de uma floresta heterogênea, pois abriga
uma enorme variedade de espécies predominando as
latifoliadas, pois apresenta uma folhagem
diversificada na qual predominam as folhas largas.
V. A urbanização e a exploração madeireira pelas
indústrias da construção civil e do setor moveleiro
tiveram papel central na redução do domínio da
araucária.
Considerando as proposições, indique a opção
CORRETA:
(A) apenas as proposições I e II estão corretas;
(B) apenas as proposições I, II e III estão corretas;
(C) apenas as proposições I, III e V estão corretas;
(D) apenas as proposições I, II, III e IV estão corretas;
(E) as proposições I, II, III, IV e V estão corretas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
4. UNIARA/2011 O mapa abaixo mostra os grandes
biomas originais brasileiros. O identificado com o número
3 denomina-se:
(A) Amazônia (B) Cerrado
(C) Mata Atlântica (D) Caatinga
(E) Campos
5. UNICEUB/2012 Podemos reconhecer seis principais
domínios Morfoclimatico no territ6rio brasileiro. São eles:
(A) Domínio Amazônico, Domínio da Caatinga, Domínio
do Cerrado, Domínio das Pradarias, Domínio da
Araucária e Domínio dos Mares de Morros.
(B) Domínio do Agreste, Domínio de Várzeas, Domínio
do Pantanal Mato-grossense, Domínio da Serra do
Mar, Domínio da Bacia do Paraná e Domínio da
Bacia do Tocantins.
(C) Domínio Amazônico, Domínio da Borborema,
Domínio da Bacia do Tiete, Domínio da Serra da
Canastra, Domínio da Caatinga e 00- mínio Mato-
grossense.
(D) Domínio da Bacia Amazônica, Domínio do Mangue,
Domínio da Chapada do Araripe, Domínio dos
Pampas, Domínio do Sert80 e Domínio da Mata
Atlântica.
(E) Domínio dos Igarapés, Domínio das Planícies
Aluviais, Domínio da Tundra, Domínio das Estepes,
Domínio das Chapadas e Domínio dos Pampas.
6. IFMG/2012.2) Leia o texto a seguir:
“Durante as três últimas décadas, algumas regiões do
Centro-Sul do Brasil mudaram do ponto de vista da
organização humana, dos espaços herdados da natureza,
incorporando padrões modernos que abafaram, por
substituição parcial, velhas e arcaicas estruturas sociais e
econômicas. Essas mudanças ocorreram, principalmente,
devido à implantação de novas infraestruturas viárias e
energéticas, além da descoberta de impensadas vocações
dos solos regionais para atividades agrárias rentáveis.”
(Ab’Saber, A. Os domínios de natureza no Brasil:
potencialidades paisagísticas. Ateliê Editorial. 2003.)
641

Baseado no texto e em seus conhecimentos sobre o tema,
assinale a alternativa correta:
(A) O texto trata do avanço da pecuária extensiva em
áreas de domínio amazônico.
(B) O texto faz referência ao avanço da cultura da cana-
de-açúcar na Zona da Mata nordestina.
(C) O texto trata da implantação de usinas hidrelétricas e
projetos de agricultura irrigada no domínio das
caatingas.
(D) O texto faz referência ao avanço da fronteira agrícola
no domínio dos cerrados.
7. UNICENTRO/2013.1 Sobre os conjuntos
climatobotânicos brasileiros, assinale a alternativa correta.
(A) Os domínios morfoclimáticos Amazônico, Atlântico e
Pampeano descrevem, respectivamente, a vegetação
dominante nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do
Brasil.
(B) Os cerrados ocupam a maior parte das regiões Centro-
Oeste e Sudeste.
(C) As caatingas ocorrem no Nordeste e estão associadas
ao clima semiárido.
(D) A floresta Atlântica domina o litoral semiúmido e
avança pelo interior, nas zonas de clima subtropical
superúmido.
(E) As florestas de araucárias estão associadas aos climas
temperados, com invernos úmidos e frios e verões
secos.
8. UEAM/2013 Domínio morfoclimático que se distribui
principalmente na região Sul do país e também em
algumas localidades mais elevadas da região Sudeste, com
clima subtropical, caracterizado por uma vegetação
homogênea, aciculifoliada, com grande aproveitamento
para a indústria madeireira e de celulose. Esse domínio
morfoclimático corresponde
(A) aos Cerrados. (B) aos Mares de Morros.
(C) às Caatingas. (D) às Pradarias.
(E) às Araucárias.
9. IFSC/2013.1 No cinturão de máxima diversidade
biológica do planeta – que tornou possível o advento do
homem –, ____________ se destaca pela extraordinária
continuidade de suas florestas, pela ordem de grandeza de
sua principal rede hidrográfica e pelas sutis variações de
seus ecossistemas, em nível regional e de altitude. Trata-
se de um gigantesco domínio de terras baixas florestadas,
disposto em anfiteatro, enclausurado entre a grande
barreira imposta pelas terras cisandinas e pelas bordas dos
planaltos Brasileiro e Guianense.
AB’SÁBER, Aziz. Os Domínios de Natureza no Brasil:
Potencialidades Paisagísticas.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003, p. 65. Adaptado
O texto anterior foi escrito por um dos geógrafos
brasileiros mais importantes e reconhecidos
internacionalmente, Aziz Ab’Sáber, que faleceu em março
de 2012. Entre suas principais contribuições científicas,
está a definição dos Domínios Morfoclimáticos
Brasileiros, que correspondem a grandes áreas naturais
formadas pela interação entre aspectos fitogeográficos,
geomorfológicos e climáticos. Na descrição realizada no
texto de Ab’Sáber, temos uma lacuna que é
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
correspondente a um desses grandes Domínios
Morfoclimáticos.
Dentro desse contexto, qual é a alternativa CORRETA
que preenche corretamente a lacuna presente na descrição.
(A) a Amazônia. (B) a Mata Atlântica.
(C) o Cerrado. (D) a Caatinga.
(E) o Complexo do Pantanal
10. PUCCAMP/2013 Toneladas de carga nos vagões da
Ferrovia Norte − Sul poderão ter menores custos. A
ferrovia também servirá para interligar as regiões Norte e
Nordeste às do Sul e Sudeste, promovendo a integração
nacional. no mapa como será o percurso desta Ferrovia
quando totalmente concluída.
Entre as características naturais predominantes na área
percorrida pela ferrovia destacam-se
(A) os chapadões sob o domínio do clima subtropical
úmido e vegetação de campos.
(B) as planícies recobertas de matas típicas do clima
equatorial semiúmido.
(C) as depressões marcadas pelo clima equatorial e
recobertas de matas-galerias.
(D) as serras recobertas de campos sob influência do
clima semiárido.
(E) os planaltos sob o domínio do clima tropical e
recobertos por cerrado.
11. UEA.SIS/2013 Os referenciais climáticos
desempenham papéis decisivos na distribuição das
espécies vegetais e animais. As temperaturas médias e a
amplitude térmica, assim como a precipitação anual e a
distribuição das chuvas, definem limites naturais à
expansão das espécies e, portanto, são elementos
fundamentais à compreensão dos grandes domínios de
natureza.
(Demétrio Magnoli. Geografia para o ensino médio, 2010.)
No Brasil, a Floresta tropical de maior expressão
territorial ocorre no Domínio Amazônico. Sobre sua
ocorrência é correto afirmar que se estende
(A) uniformemente pela região Norte, em áreas com
precipitações médias anuais entre 1 000 e 2 000 mm.
(B) por vastas áreas da região Norte, em áreas de clima
equatorial, onde as precipitações anuais são
superiores a 4 000 mm.
642
 CAPÍTULO XXXI

(C) por vastas áreas da região Norte, em áreas de clima
equatorial, apresentando uma diversidade de
ecossistemas florestais decorrentes das variações
topográficas.
(D) por áreas totalmente planas, sem variações
topográficas, o que garante a exuberante diversidade
da floresta.
(E) por áreas de várzeas e terra firme, em solos muito
ricos, não ocorrendo diversidade de ecossistemas
florestais em toda a extensão do Domínio.
12. CESMAC/2013 Escolha um título, entre os que estão
mencionados a seguir, que defina corretamente o que está
sendo representado no mapa abaixo.
14. UFPA/2013.1 A Amazônia, até o Terciário Médio,
comportava-se como um paleogolfão da fachada pacífica
do continente, intercalado entre os terrenos do escudo
guianense e o escudo brasileiro. Era uma espécie de
mediterrâneo de “boca larga”, voltada para o oeste.
Quando se processou o desdobramento e soerguimento
das Cordilheiras Andinas, restou um largo espaço no
centro da Amazônia, exposto à sedimentação flúvio-
lacustre e fluvial extensiva.
Aziz Nacib Ab’ Saber (1924-2012) Escritos Ecológicos – São
Paulo:Lazuli Editora, 2006- paginas 130-131. Adaptado
Glossário:
Paleogolfão: ampla reentrância da costa, com grande
abertura, constituindo em amplas baías, constatada em
antiga era geológica.

As características atuais do domínio morfoclimático

amazônico têm sua origem na dinâmica dos processos
naturais que ocorreram no passado, conforme explica o
geógrafo Aziz Ab´Saber. Sobre esses processos
mencionados, avalia-se que
(A) contribuíram para a formação das planícies e dos
tabuleiros.
(B) favoreceram a gênese da bacia sedimentar.
(C) alteraram a direção da drenagem, de leste para oeste.
(D) atenuaram as características do clima regional.
(E) provocaram a expansão do cerrado sobre a floresta.

15. UPESSA/2013 Observe atentamente a fotografia e o

(A) Domínios Estruturais do Brasil. mapa a seguir:
(B) Macrorregiões do Brasil.
(C) Regiões Geoeconômicas do Brasil.
(D) Domínios Morfoclimáticos do Brasil.

13. MACKENZIE/2013.1 Com base no conceito de

Domínios Morfoclimáticos, do Geógrafo Aziz Nacib
Ab’Saber, assinale a alternativa que identifica,
corretamente, o domínio morfoclimático descrito no texto
abaixo.
“Extensão espacial de segunda ordem, com
aproximadamente 650 mil quilômetros quadrados de área,
ao longo do Brasil Tropical Atlântico.
Distribuição geográfica marcadamente azonal. Área de
mamelonização extensiva, afetando todos os níveis da
topografia (de 10-20m a 1100-1300m de altitude no Brasil
de Sudeste)[...]. Presença de mais forte decomposição de
rochas cristalinas e de processos de convexização em
níveis intermontanos[...]. Florestas biodiversas, dotadas de
diferentes biotas, primariamente recobrindo mais de 85 %
do espaço total. Enclaves de bosques de araucária em
altitude (Campos do Jordão, Bocaina) e de cerrados em
diversos compartimentos dos planaltos interiores, onde
predominavam chapadões florestados (subdomínios dos
chapadões florestados dos planaltos interiores de São
Paulo e norte do Paraná.”
Os domínios de natureza no Brasil – Potencialidades
Paisagísticas.
Ab’Saber, Aziz Nacib, Ateliê Editorial, São Paulo, 2003 Nota:
en.cla.ve sm (fr enclave) 1 Geogr Território ou trato de terra de
um país, encerrado no território de outro. Dicionário Michaelis.
(A) Cerrado (B) Araucárias
(C) Pradarias (D) Amazônico
(E) Mares de Morros Florestados

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 643


Dadas as características apresentadas pelas
morfoesculturas na fotografia, é CORRETO afirmar que
essa paisagem é típica do domínio morfoclimático,
indicado, no mapa, pelo número
(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.
16. IFC/2013.1 O território brasileiro, devido à sua
dimensão espacial, comporta uma grande diversidade de
paisagens. Visando compreender o mosaico paisagístico e
ecológico do país, Aziz Nacib AB’Saber, um dos grandes
nomes da geografia brasileira, propõe o conceito de
domínio morfoclimático, entendido pelo autor como “um
conjunto espacial de certa ordem de grandeza territorial –
de centenas de milhares a milhões de quilômetros
quadrados de área – onde haja um esquema coerente de
feições de relevo, tipos de solo, formas de vegetação e
condições climático-hidrológicas”
(AB´SÁBER, Aziz Nacib. Os Domínios de Natureza no Brasil:
potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003).
Observe o mapa a seguir, que representa os domínios
morfoclimáticos de acordo com o autor citado e, analise as
afirmativas que se seguem.
I. Domínio caracterizado pelo predomínio de extensas
planícies, recoberta, originalmente, por mata de
araucárias.
II. Domínio de pradarias mistas que se constitui de
zonas temperadas úmidas e subúmidas.
III. Domínio de planaltos de altitudes médias, revestidos
por bosques de araucárias de diferentes densidades e
por mosaicos de pradarias mistas.
IV. Domínio marcado por planaltos e chapadas, com
vegetação predominante caracterizada por árvores
retorcidas, assemelhando-se com as faixas de
savanas da África.
V. Domínio de posição equatorial e subequatorial, com
elevada precipitação pluviométrica e complexa rede
hidrográfica.
VI. Domínio marcado por uma depressão interplanáltica
reduzida a verdadeiras planícies de erosão, com solo
raso e pedregoso.
Assinale a opção que contém as afirmativas CORRETAS:
(A) I, III e V
(B) IV, V e VI
(C) II, III e IV
(D) III, IV e VI
(E) I, II e IV
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
17. UFPB/2013 Os rios são grandes esculpidores do
relevo terrestre, contribuindo para erosão das terras
emersas. Pela própria dinâmica natural da água, acelerada
pelo desmatamento, o curso do rio Acre está mudando.
Em um trecho da divisa do Brasil com a Bolívia, o rio
Acre forma um meandro sinuoso e pode se juntar,
demolindo a rua dos
Catraieros, no município de Brasiléia, e isolando a área do
resto do Brasil. Nesse contexto, observe os mosaicos de
imagens orbitais, a seguir, que demonstram a dinâmica
natural desse rio meândrico:
Com base nas informações relativas ao rio Acre na área
destacada no segundo mosaico, é correto afirmar:
(A) O trecho em processo de erosão está localizado na
margem brasileira, e o de deposição na margem
boliviana.
(B) Os trechos em processo de erosão e de deposição
estão localizados, especificamente, na margem
brasileira.
(C) Os trechos em processo de erosão pela dinâmica do
rio encontram-se tanto na margem brasileira quanto
na boliviana.
(D) O trecho encontra-se em processo de erosão,
exclusivamente, pela ação da natureza, já que a ação
humana nesse tipo de erosão é nula.
(E) O trecho encontra-se em processo de erosão,
exclusivamente, pela ação humana, devido à retirada
da mata ciliar.
644
 CAPÍTULO XXXI

18. UFRGS/2013 O mapa abaixo representa os estudos 19. UNIFENAS/2012.2) Analise os fragmentos de texto
realizados pelo geógrafo brasileiro Aziz Nacib Ab’Saber, e o mapa a seguir sobre os domínios morfoclimáticos
sobre os domínios morfoclimáticos do Brasil, que brasileiros, segundo o trabalho proposto pelo geógrafo
resultam na interação entre relevo, clima e vegetação. Aziz Nacib Ab’Saber:

Considere as seguintes afirmações a respeito dos domínios

morfoclimáticos e a respectiva localização no mapa.

I. Domínio da Caatinga ( 1 no mapa ): relevo formado

por depressões e planaltos. Possui clima semiárido,
com chuvas concentradas em alguns meses do ano.
A vegetação de arbustos espinhosos e cactáceas sofre
alterações desde a época do Brasil colônia.
II. Domínio do Cerrado ( 2 no mapa ): a vegetação tem
sido intensamente alterada para dar lugar às áreas de
pastagens e para a instalação de lavouras ( sobretudo
o cultivo da soja ).
III. Domínio das Araucárias ( 3 no mapa ): região
caracterizada pela presença de planaltos em
estruturas dobradas, com muitas serras e morros.
IV. Faixas de Transição ( 4 no mapa ): áreas
intermediárias que possuem características
ambientais de dois ou mais domínios
morforclimáticos, como é o caso do Pantanal mato-
grossense.

Quais estão corretas?

(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV Os textos I e II caracterizam, respectivamente, os
(E) III e IV domínios morfoclimáticos destacados no mapa pelos
numerais:
(A) II e III.
(B) IV e V.
(C) V e VI.
(D) I e II.
(E) IV e VI.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 645


20. UEFS/2012.2
A partir da análise dos climogramas e dos conhecimentos
sobre as paisagens climatobotânicas do Brasil, pode-se
afirmar:
(A) As precipitações do tipo frontal, em I, se concentram
no outono e no inverno, o que justifica a existência de
uma floresta ombrófila, densa e latifoliada.
(B) A mais elevada amplitude térmica ocorre em II,
devido à maior distância do mar e do Equador, o que
explica a existência de formação vegetal do tipo
mesófila, aciculifoliada e de conífera.
(C) A área representada por III possui um clima árido, em
razão de sua localização em zona de convergência dos
alísios de nordeste.
(D) I retrata o clima do cerrado brasileiro, cuja estação
chuvosa corresponde ao verão, enquanto II
caracteriza o clima quente e úmido típico do litoral
nordestino.
(E) A vegetação xerófila e caducifólia ocorre nas regiões
representadas por II e III, em decorrência da atuação,
durante todo o ano, da m.t.c.
21. UEFS/2012.1
O domínio morfoclimático brasileiro que apresenta as
características indicadas no quadro em destaque é o
conhecido por Domínio
(A) Amazônico.
(B) dos Cerrados.
(C) dos Campos.
(D) da Caatinga.
(E) das Aracáurias.
22. UCPEL/2012 O Brasil apresenta uma das mais ricas
e variadas formações vegetais do planeta. Elas estão
relacionadas aos diversos tipos de clima, relevos e solos
existentes no país. De acordo com suas características,
pode ser dividida em dez grandes grupos: Floresta
Amazônica, Caatinga, Mata Atlântica (florestas costeiras),
Pantanal Mato-Grossense, Cerrado, Campos ou Pradarias,
Mata de Araucária, Mata de Cocais, Mangue e Restinga.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
Analise as características a seguir referentes a alguns dos
tipos de Vegetação do Brasil:
I. É uma espécie arbórea aciculifoliada, que se
assemelha na densidade vegetal. Aparece na
Região Sul e em alguns trechos da Sudeste. Nesse
tipo de vegetação, são comuns as coníferas,
próprias do clima subtropical.
II. É heterogênea, latifoliada com milhares de
espécimes vegetais perenes (sempre verdes sem
perder as folhas no outono/inverno), uma floresta
densa e intrincada, que costuma ser dividida em
andares (igapó, várzea e terra firme).
III. É composta de arbustos e espécies arbóreas, que
ocorrem em áreas de lagunas e restingas, ao longo
do litoral, adaptadas à salinidade e a solos pouco
oxigenados, predomina vegetação de troncos finos,
raízes aéreas e respiratórias.
IV. Ocorre numa faixa de transição entre Amazônia e
sertão nordestino, é formada por palmáceas, onde
aparecem a carnaúba e o babaçu que podem atingir
de 15 a 20 metros de altura. A Oeste, recebe
influência do clima Equatorial.
V. Apresenta características de plantas xerófilas
(adaptadas a climas secos), típicas do clima
semiárido. Nela, predominam espécies arbustivas
como cactáceas, entremeadas por gramíneas e
algumas árvores de maior porte.
VI. É formada por herbáceas, gramíneas e pequenos
arbustos e predomina nas coxilhas dos campos
meridionais. Esse tipo de vegetação é originada por
influência do clima Subtropical.
Assinale a opção que apresenta a nomenclatura correta,
respectivamente, às características I, II, III, IV, V e VI:
(A) Floresta Amazônica, Mangue, Caatinga, Mata de
Araucária, Pradarias e Cerrado.
(B) Mata de Araucária, Floresta Amazônica, Mangue,
Mata de Cocais, Caatinga e Campos.
(C) Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Mangue,
Caatinga, Campos e Cerrado.
(D) Cerrado, Mata de Araucária, Caatinga, Mata de
Cocais, Restinga e Pantanal Mato-Grossense.
(E) Restinga, Mata Atlântica, Campos, Mata de
Araucária, Pradarias e Caatinga.
23. UNIOESTE/2012 A Floresta Amazônica se
caracteriza por ser uma estrutura complexa, formada de
elementos interdependentes. Possui um equilíbrio frágil e,
quando acontece a ação antrópica, ocorrem alterações de
consequências imprevisíveis.
Entre elas, pode-se destacar
(A) compactação e erosão laminar dos solos.
(B) aumento expressivo da superficialidade do lençol
freático.
(C) mudança no regime hídrico e aumento da ocorrência
de chuvas.
(D) maior ocorrência de inundações, inviabilizando a
atividade agrícola.
(E) desaparecimento da vegetação rasteira, abundante no
interior da espessa floresta.
646
 CAPÍTULO XXXI

24. UNIBRASIL/2012 Todas as opções abaixo
apresentam afirmações CORRETAS sobre o Código
Florestal brasileiro, EXCETO:
(A) As faixas de proteção nas margens dos rios continuam
exatamente as mesmas da lei do código vigente (30 a
500 metros dependendo da largura do rio), mas
passam a ser medidas a partir do leito maior nos
períodos de cheia e não mais do leito regular.
(B) Para rios de até 10m de largura em que a APP (área
de proteção permanente) está preservada, continua
valendo o limite de 30m; para rios totalmente sem
mata ciliar, o produtor ainda está obrigado a
recompor 15m.
(C) Nas APPs de topo de morros, montes e serras com
altura mínima de 100 metros e inclinação superior a
25°, o novo código permite a manutenção de culturas
de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de
atividades silviculturais.
(D) O tamanho das Reservas Legais continua exatamente
os mesmos exigidos no código em vigor: 80% nas
áreas de floresta da Amazônia; 35% nas áreas de
Cerrado; 20% em campos gerais e demais regiões do
País.
(E) Para os pequenos proprietários e os agricultores
familiares, o Poder Público deverá criar um programa
de apoio financeiro destinado a promover a
manutenção e a recomposição de APP e de reserva
legal. O apoio poderá ser, inclusive, por meio de
pagamento por serviços ambientais.
25. IFMG/2012 Analise o gráfico a seguir.
26. UFSJ/2012 Observe a imagem abaixo:
Sobre a paisagem representada na foto, é correto afirmar
que:
(A) a mata ciliar encontra-se preservada, contribuindo,
assim, para evitar o assoreamento do rio.
(B) constitui uma planície, forma de relevo que recobre a
maior parte do território brasileiro.
(C) a vegetação aciculifoliada contribui para
evapotranspiração e a manutenção da umidade do ar.
(D) possui grande potencial hidrelétrico ( força hidráulica
) e deve ser inundada para a construção da usina de
Belo Monte.
27. UECE/2012 Dentre as medidas mais polêmicas do
novo código florestal está
(A) a redução das áreas de preservação permanente de 30
metros para 15 metros nas margens de riachos com
até 5 metros de largura.
(B) o aumento das áreas de APP de 30 para 50 metros nas
margens de rios e riachos, independente do seu
comprimento e da sua extensão.
(C) a transformação das unidades de conservação
menores que 10 ha em áreas destinadas
exclusivamente à atividade agroindustrial.
(D) o fim da exploração e da extração mineral no estado
do Pará.

28. IFBA/2012 Um bioma é um conjunto de tipos de

vegetação que abrange grades áreas contínuas. O mapa
abaixo reconstitui a situação dos biomas brasileiros na
época do descobrimento. Conforme o mapa e os
conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa
incorreta:
As queimadas no Brasil aumentaram 85% em 2010. O
INPE registrou quase 12 mil focos de queimadas no
território brasileiro através de seu sistema de
monitoramento em tempo real. Só o estado do Mato
Grosso apresentou um aumento de 91% em incêndios
florestais.
O gráfico apresenta um panorama da quantidade de
queimadas ocorridas nos estados brasileiros. A partir de
sua interpretação, fica evidente que os biomas mais
afetados foram:
(A) a Caatinga e trechos de Cerrado.
(B) a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica.
(C) o Cerrado e a Floresta Amazônica.
(D) o Pantanal e trechos de Mata Atlântica.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 647


(A) A Mata Atlântica caracteriza-se como floresta
latifoliada tropical úmida, a qual se estende do Rio
Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Apesar das
intensas devastações devido à expansão da
agroindústria e da rede urbana e industrial, esta
floresta ainda destaca-se pela grande biodiversidade
encontrada por hectare nos fragmentos de mata
preservados.
(B) O cerrado, que se localiza na região central do Brasil,
tem como característica formar-se em solos pobres e
arenosos, os quais impedem a expansão agrícola nesta
área.
(C) A ocupação e o aumento do desmatamento na
Amazônia foram intensificados a partir da década de
1970, quando os governos militares brasileiros
incentivaram a migração e a implantação de grandes
projetos, principalmente agropecuários, e de
exploração mineral, com o objetivo de ocupar a
fronteira norte do país.
(D) A caatinga se constitui como vegetação xerófila típica
de clima semiárido, na qual predominam arbustos
espinhosos e cactos. Este bioma é um dos mais
ameaçados do país, devido ao desmatamento em
função de cultivos e pastagens o qual favorece o
processo de desertificação, que está ocorrendo em
várias regiões da caatinga.
(E) No Pantanal, a expansão da agropecuária e as
queimadas suprimiram parte da vegetação e
contaminaram os corpos d’água por agrotóxicos,
assim como a utilização de mercúrio na mineração
também causa a poluição neste bioma.
29. IFSC/2012
Sobre o problema do desmatamento, leia e analise as
afirmações abaixo:
I. O desmatamento no Brasil ocorre atualmente
apenas nas áreas mais urbanizadas, pois a
modernização da agricultura tem gerado uma
menor pressão sobre as áreas florestais;
II. As alterações propostas no Código Florestal
brasileiro no Congresso Nacional, durante o ano de
2010, provocou uma forte crítica de movimentos
ambientalistas, que acusam a nova legislação de
facilitar, ao invés de restringir, o desmatamento.
III. O Cerrado brasileiro é uma das áreas mais afetadas
pelo desmatamento, devido a expansão de lavouras
comerciais como a soja.
IV. A Mata Atlântica, por se concentrar na região
litorânea do País, que é a mais ocupada
populacionalmente, sofreu ao longo da história
uma devastação maior que a Floresta Amazônica.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmações II e IV são VERDADEIRAS.
(B) Apenas as afirmações I, II e IV são VERDADEIRAS.
(C) Apenas as afirmações I, III e IV são
VERDADEIRAS.
(D) Apenas as afirmações II, III e IV são
VERDADEIRAS.
(E) Apenas as afirmações I e III são VERDADEIRAS.
30. ENEM/2012 A Floresta Amazônica, com toda a sua
imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso
alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil
quilômetros quadrados ao ano, na última década do século
XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse
conta de que o maior patrimônio natural do país está
sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo:
EdUSP, 1996.
Um processo econômico que tem contribuído na
atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:
(A) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos
à chegada de novas empresas mineradoras.
(B) Difusão do cultivo da soja com a implantação de
monoculturas mecanizadas.
(C) Construção da rodovia Transamazônica, com o
objetivo de interligar a região Norte ao restante do
país.
(D) Criação de áreas extrativas do látex das seringueiras
para os chamados povos da floresta
(E) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de
Manaus, visando atrair empresas nacionais e
estrangeiras.
31. ENEM/2012
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um
importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi
bastante degradado pela ocupação humana. Uma das
formas de intervenção humana relacionada à degradação
desse bioma foi
(A) o avanço do extrativismo de minerais metálicos
voltados para a exportação na região Sudeste.
(B) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na
região Centro-Oeste do Brasil.
648

(C) o processo de desmatamento motivado pela expansão
da atividade canavieira no Nordeste brasileiro.
(D) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da
exploração da madeira, extraída principalmente no
Sul do Brasil.
(E) o adensamento do processo de favelização sobre áreas
da Serra do Mar na região Sudeste.
32. UEMG/2012 A Assembléia Geral das Nações Unidas
determinou que o ano de 2011 fosse o Ano Internacional
das Florestas, tendo como principal objetivo esclarecer
para todos a importância das florestas e de seu manejo
sustentável na redução da pobreza. E o Brasil, nesse
mesmo período, resolveu revisar o seu Código Florestal,
um documento que tem por objetivo regularizar o uso de
diferentes formas de vegetação. (Texto adaptado)
Imagens retiradas da Folha de São Paulo – 17/01/2011 - HTTP/
centrodeestudosambientais.wordpress.com
Observe que, na ilustração, algumas modificações do
Código Florestal atual poderão trazer problemas mais
sérios.
Considerando as características naturais do Brasil e a
partir da análise da ilustração acima, é CORRETO
afirmar que
(A) o novo Código Florestal tem como objetivo
fundamental compatibilizar a proteção do meio
ambiente com a proteção da agricultura.
(B) o projeto do novo Código Florestal amplia a chance
de ocupação de áreas de risco, uma das razões
frequentes dos desastres provocados pelas chuvas no
Centro-Oeste brasileiro.
(C) o projeto aumenta a faixa de preservação nas margens
de rios, criando brecha para o uso de áreas, como o
alagado Jardim Pantanal, zona leste paulistana.
(D) o texto, em tramitação no Congresso, não considera
topos de morro como áreas de preservação
permanente, e libera a construção de casas em
encostas e áreas alagáveis de redes fluviais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXXI
33. UNIFENAS/2012 Leia com atenção os fragmentos
de texto sobre os perfis florestais da Amazônia brasileira:
Texto I:
“Ocorrem em solo permanentemente alagado, em terrenos
baixos próximos aos rios. Aparecem muitos arbustos e
cipós. São incontáveis as epífitas. As árvores mais típicas
são o taxi, o arapati e a mamorana.”
Texto II:
“Localizam-se sobre terrenos periodicamente alagados e
sua composição florística varia de acordo com a duração
do período em que ela é alagada. As árvores mais típicas
são o cumaru-de-cheiro, a seringueira e o pau-mulato.”
Texto III:
“Ocupam terras mais altas numa área que abrange 90% da
área total da bacia amazônica. As árvores são altas,
carregadas de epífitas e cipós lenhosos. As florestas são
compactas, perenifólias e higrófilas. Entre as espécies
mais comuns aparecem o caucho, a castanha-do-pará e o
acapu.”
Fonte: Ross. Jurandyr L. Sanches (org). Geografia do
Brasil.Edusp. p.163.1998
Os dados fornecidos nos fragmentos de texto I, II e III
destacam, respectivamente, os perfis das florestas
amazônicas identificados como matas
(A) caducifólias, de planaltos e de várzeas.
(B) ciliares, de terra firme e de igapó.
(C) de igapó, de várzea e de terra firme.
(D) de terraços, de terra firme e de várzea.
(E) de inundação, de floração e de igapó.
34. UNIT/2012
O evento representado na charge tem como consequência
(A) o afundamento de leitos fluviais.
(B) o aumento da evapotranspiração.
(C) a elevação da umidade relativa do ar.
(D) a redução das amplitudes térmicas diárias.
(E) o rebaixamento de lençóis freáticos.
649
 CAPÍTULO XXXI

35. UCPEL/2012 Observe a figura a seguir sobre GABARITOS

desmatamento.
1. C
2. C
3. C
4. D
5. A
6. D
7. C
8. E
9. A
10. E
11. C
12. D
13. E
14. B
15. D
16. B
Figura: Desmatamento 17. A
18. D
19. D
Com relação ao desmatamento, analise as afirmativas 20. D
abaixo. 21. D
22. B
I. O crescente ritmo de desmatamento deve-se à 23. A
produção agrícola e pastoril, com a abertura de novas 24. A
áreas de lavoura e pastagens, ao crescimento urbano, 25. C
à mineração e ao extrativismo animal, vegetal e 26. A
mineral. Implementar políticas de preservação e 27. A
conservação, através de um desenvolvimento 28. B
sustentável das florestas, causaria uma estagnação, 29. D
sendo totalmente prejudicial ao progresso nesses 30. B
setores. 31. E
II. O desmatamento é um processo que ocorre no 32. D
mundo todo, resultado do crescimento das atividades 33. C
produtivas e econômicas e, principalmente, pelo 34. E
aumento da densidade demográfica em escala 35. E
mundial, colocando em risco as regiões compostas
por florestas.
III. As consequências da retirada da cobertura vegetal
original são, principalmente, perdas de
biodiversidade, degradação do solo, aumento da
incidência do processo de desertificação, erosões,
mudanças de clima e da hidrografia.

Assinale a opção correta.

(A) Apenas está correta a afirmativa I.
(B) As afirmativas I e II estão corretas.
(C) As afirmativas I e III estão corretas.
(D) Apenas está correta a afirmativa III.
(E) As afirmativas II e III estão corretas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 650


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. ESPCEX (AMAN) 2019 Leia os trechos a seguir:
“17/07/2017- Canela, Gramado e Caxias do Sul, [...]
registraram o fenômeno. Frio chegou com intensidade ao
estado e temperatura deve cair ainda mais ao longo do
dia.“
(https://g1.globo.com)
“31/03/2016- Com chances de neve já no outono, o frio
em Gramado promete chegar com tudo [...]”
(https://www.dicasdegramado.com.br)
Nos últimos anos, temos observado na mídia uma série de
notícias evidenciando o rigor do inverno na região acima
referida. Esta região tem atraído inúmeros turistas que
gostam de contemplar o frio, as comidas típicas locais e
têm o anseio de conhecer, ao vivo, a neve e o
congelamento das águas em pleno Brasil. A associação de
dois importantes fatores climáticos justifica a ocorrência
de tais fenômenos meteorológicos nesta região. São eles:
(A) latitude e altitude.
(B) maritimidade e latitude.
(C) continentalidade e maritimidade.
(D) altitude e longitude.
(E) correntes marítimas e massas de ar.
2. UNESP 2019
O bioma esquematizado e a relevância das vegetações
destacadas pelo número 1 correspondem
(A) ao Cerrado e à preservação dos fitoplânctons.
(B) ao Cerrado e à proteção ao assoreamento.
(C) ao Pampa e ao combate à arenização.
(D) ao Pantanal e à proteção às inundações.
(E) ao Pampa e ao combate à eutrofização.
3. FATEC 2019 Leia o texto.
“Há 8 mil anos, o espaço geográfico onde se localiza o
Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Nesse
mesmo período, a Europa, sem a Rússia, possuía cerca de
7%; a África quase 11%; e a Ásia, 23,6%.
No início do século XXI, o espaço geográfico onde se
localiza o Brasil detinha 28,3% das florestas mundiais. A
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
Europa, sem a Rússia, detinha apenas 0,1%; a África
estava com 3, 4%; e a Ásia, 5,5%.
Fonte dos dados: MIRANDA, Evaristo Eduardo de. Quando o
Amazonas corria para o Pacífico: uma história desconhecida da
Amazônia. Petrópolis, RJ. 2 ed.: VOZES, 2007.
Relacionando as informações dos dois períodos históricos
citados no texto, é correto afirmar que
(A) a Europa, sem a Rússia, foi o continente que possuía a
maior quantidade de florestas do planeta e, no início
do século XXI, possuía a menor área florestada.
(B) o ritmo do desmatamento, no território onde o Brasil
está situado, foi menor se comparado aos continentes
citados.
(C) a Ásia e a Europa, sem a Rússia, ao longo dos
séculos, aumentaram o tamanho de suas áreas de
florestas.
(D) a África e a Ásia apresentaram o mesmo ritmo de
desmatamento ao longo dos séculos.
(E) ao contrário de outras localidades do planeta Terra,
não ocorreu desmatamento no Brasil.
4. FUVEST 2019 No planeta Terra, há processos
escultores, tais como a ação do gelo, o intemperismo e a
ação do vento. A atuação de tais processos pode ser
representada em gráficos elaborados segundo variações
médias de temperatura e precipitação anual. Considere as
características do deserto do Saara, da Antártida e de uma
floresta tropical e identifique o gráfico em que estão
corretamente localizados.
(A) (B)
(C) (D)
(E)_
651

5. UNESP 2019
Se nos coloides do solo predominarem os cátions básicos,
a solução do solo terá um pH próximo ao neutro. Se, ao
contrário, ali predominarem o hidrogênio e o alumínio, na
solução do solo também predominarão esses cátions,
tornando-a ácida.
(Igo F. Lepsch. Formação e conservação dos solos, 2002.
Adaptado.)
O processo de acidificação do solo é predominante em
áreas de
(A) clima árido, em que ocorre maior intemperismo
físico.
(B) clima intertropical, em que os cátions ácidos são
absorvidos pelas plantas.
(C) clima polar, em que ocorre menor intemperismo
químico.
(D) clima temperado, em que ocorre o processo de
mineralização, formando húmus.
(E) clima equatorial, em que ocorre a lixiviação dos
cátions básicos.
6. ENEM 2018 TEXTO I
Há mais de duas décadas, os cientistas e ambientalistas
têm alertado para o fato de a água doce ser um recurso
escasso em nosso planeta. Desde o começo de 2014, o
Sudeste do Brasil adquiriu uma clara percepção dessa
realidade em função da seca.
TEXTO II
Dinâmicas atmosféricas no Brasil
Elementos relevantes ao transporte de umidade na
América do Sul a leste dos Andes pelos Jatos de Baixos
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
Níveis (JBN), Frentes Frias (FF) e transporte de umidade
do Atlântico Sul, assim como a presença da Zona de
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), para um verão
normal e para o verão seco de 2014. “A” representa o
centro da anomalia de alta pressão atmosférica.
De acordo com as informações apresentadas, a seca de
2014, no Sudeste, teve como causa natural o(a)
(A) constituição de frentes quentes barrando as chuvas
convectivas.
(B) formação de anticiclone impedindo a entrada de
umidade.
(C) presença de nebulosidade na região de cordilheira.
(D) avanço de massas polares para o continente.
(E) baixa pressão atmosférica no litoral.
7. FUVEST 2018
O Brasil possui um território extenso, com 92%
pertencentes à zona intertropical. As massas de ar que
atuam em território brasileiro possuem influências
oceânicas e continentais. Sobre as características dessas
massas de ar, é correto afirmar:
(A) W representa a Massa Equatorial Atlântica de ar
quente e úmido, responsável pela grande umidade na
Amazônia.
(B) Y indica a Massa Polar Atlântica, que se desloca a
partir do sul em direção ao norte do território
brasileiro e tem como característica a presença de ar
frio, podendo atingir a região Centro-Oeste no
inverno.
(C) Z indica a Massa Tropical Continental, que tem como
característica a presença de ar quente e úmido,
ocasionando alagamentos no Centro-Oeste no
inverno.
652
 ANEXO

(D) X indica a Massa Equatorial Continental de ar quente (A) Carnaúba e babaçu.

e seco, que atua no nordeste do litoral brasileiro. (B) Castanha e babaçu.
(E) V representa a Massa Temperada Atlântica de ar frio (C) Seringueira e babaçu.
e seco, que atua no sul do litoral brasileiro. (D) Piaçava e seringueira.
(E) Seringueira e piaçava.
8. FAMERP 2018 Sistemas frontais e anticiclones
conseguem deslocar-se meridionalmente e atingir latitudes 11. ENEM 2018
muito baixas ultrapassando, inclusive, a linha do equador.
Suas consequências são localmente conhecidas como
“friagens”.
(Marcelo E. Seluchi. “Geadas e friagens”. In: Iracema F. A.
Cavalcanti. et al (org). Tempo e clima no Brasil, 2009.
Adaptado.)

As friagens são caracterizadas pela ação da

(A) massa polar do pacífico.
(B) frente fria atlântica.
(C) massa polar atlântica.
(D) massa tropical atlântica.
(E) frente fria andina.

9. ESPCEX (AMAN) 2018 Na Serra do Mar, na região
Sudeste do Brasil, durante o verão, ocorrem deslizamentos
de terra, causando prejuízos e perdas humanas. Esses
deslizamentos, em grande medida, são desencadeados por
intensas chuvas __________, que decorrem do movimento
ascensional forçado da umidade oceânica, oriunda da
massa de ar __________, pelas escarpas litorâneas.
Ao atingir elevadas altitudes, essa massa de ar perde
temperatura, provocando condensação do vapor e
consequente precipitação.
Qual característica do meio físico é condição necessária
para a distribuição espacial do fenômeno representado?
(A) Cobertura vegetal com porte arbóreo.
(B) Barreiras orográficas com altitudes elevadas.
(C) Pressão atmosférica com diferença acentuada.
(D) Superfície continental com refletividade intensa.
(E) Correntes marinhas com direções convergentes.
12. FGV 2018 Observe a imagem a seguir.

Assinale a alternativa cujos termos completam correta e

respectivamente as lacunas acima:
(A) orográficas - Tropical atlântica
(B) frontais - Polar atlântica
(C) convectivas - Equatorial atlântica
(D) orográficas - Polar atlântica
(E) frontais - Tropical atlântica

10. ESPM 2018 Pela localização e representação da

legenda, podemos afirmar que os estados do AC e MA
apresentam grandes áreas produtoras de:

Considerando a circulação geral da atmosfera, é correto

afirmar que as massas de ar
(A) convergem para a área equatorial por apresentar baixa
pressão.
(B) divergem da área equatorial por apresentar baixa
pressão.
(C) convergem para as áreas subtropicais por
apresentarem alta pressão.
(D) divergem das áreas subpolares por apresentarem alta
pressão.
(E) convergem para as áreas polares por apresentarem
baixa pressão.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 653

13. UNESP 2018 A distribuição da radiação solar pela
superfície terrestre é o principal desencadeador de
fenômenos atmosféricos. Nas regiões de maior latitude, a
incidência de raios solares é
(A) difusa, o que promove baixas temperaturas médias.
(B) dispersa, o que promove áreas de baixa pressão.
(C) concentrada, o que promove altas temperaturas
médias.
(D) variável, o que promove estações do ano bem
definidas.
(E) perpendicular, o que promove áreas de clima seco.
14. USF 2018 Em 2017, o mundo foi surpreendido pela
ocorrência de alguns furacões de elevado poder destrutivo,
tais como os furacões Irma e José. Ao observar a imagem
de satélite a seguir, constata-se que os dois furacões
apresentam um determinado sentido de deslocamento. Se
esse mesmo fenômeno ocorresse no hemisfério Sul, o
movimento de deslocamento seria no sentido oposto.
O fenômeno observado na imagem é causado por qual
característica física da Terra?
(A) Movimento em órbita elíptica em torno do Sol.
(B) Movimento em torno de seu próprio eixo.
(C) Proximidade com seu satélite natural, a Lua.
(D) Alinhamento com o Sol e a Lua.
(E) Inclinação em relação ao seu plano de órbita.
15. MACKENZIE 2018 O climograma abaixo
corresponde a que tipo de clima?
Assinale a alternativa correta.
(A) Clima Mediterrâneo.
(B) Clima Subpolar.
(C) Clima Temperado Oceânico.
(D) Clima Tropical Litorâneo.
(E) Clima Temperado Continental.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
16. UNESP 2018 Leia o fragmento do romance O
orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, de
Ranson Riggs, e analise o mapa.
Apesar dos avisos e até das ameaças do conselho, no
verão de 1908 meus irmãos e centenas de outros membros
dessa facção renegada, todos traidores, viajaram para a
tundra siberiana para levar a cabo seu experimento odioso.
Escolheram uma velha fenda sem nome, que estava havia
séculos sem uso.
(O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, 2015.
Adaptado.)
O bioma mencionado no fragmento está representado no
mapa pelo número
(A) 1. (B) 4.
(C) 2. (D) 5.
(E) 3.
17. FGV 2018 O estudo foi feito nas reservas florestais
da costa leste dos EUA. Os pesquisadores abriram
clareiras do tamanho de um quarteirão no meio da floresta
nativa. Algumas clareiras eram isoladas, outras ligadas
entre si por finos caminhos. Os pesquisadores produziram
uma grande combinação de áreas desmatadas, todas do
mesmo tamanho, mas algumas delas ligadas entre si. Após
o desmatamento, que foi feito simultaneamente em todas
as áreas, os pesquisadores mediram ao longo dos anos o
retorno das espécies em cada uma das clareiras. Eles
observaram que ao longo dos anos o número de espécies
diferentes era maior nas áreas conectadas do que nas áreas
desconectadas. (www.socioambiental.org. Adaptado)
A experiência retratada no excerto buscou comprovar que
(A) a conexão entre áreas potencializa em quantidade e
em qualidade suas espécies, aumentando as chances
de posterior apropriação comercial.
(B) a recomposição de áreas florestadas é assegurada com
o passar dos anos, minimizando os discursos
preservacionistas.
(C) a adaptabilidade da fauna oferece resistência às
transformações do meio ambiente, garantindo a
preservação das espécies.
(D) a fragmentação de unidades de conservação
possibilita sua análise pormenorizada, revelando a
hierarquia entre essas áreas naturais.
(E) a criação de corredores ecológicos aumenta o fluxo
gênico e o movimento da biota, permitindo a
recolonização de áreas degradadas.
654

18. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2017 A
classificação do território brasileiro em diferentes
domínios morfoclimáticos foi elaborada pelo geógrafo
Aziz Ab’Sáber (1924-2012). Ele identificou seis grandes
domínios: o amazônico, o do cerrado, o dos mares de
morros, o da caatinga, o das araucárias e o das pradarias.
Assinale a alternativa que identifica corretamente os
domínios abaixo e suas características
(A) O Domínio I é o Domínio Morfoclimático dos Mares
de Morros. Tal denominação se deve às suas feições
geomorfológicas, com formas de relevo em aparência
convexa, no estilo chamado de “mamelonar”, como
se fossem pequenos morros no formato de meias
laranjas.
(B) O Domínio II é o Domínio Cerrado. Essa área se
caracteriza por chuvas bem distribuídas ao longo do
ano e com vegetação savânica. Abrange
predominantemente a Região Nordeste e é pouco
explorada economicamente.
(C) O Domínio I é o Domínio Morfoclimático dos Mares
de Morros. É marcado por vegetação composta por
herbáceas, que são plantas com caules não lenhosos
ou flexíveis, nunca maiores do que dois metros.
Possui grandes riscos de desertificação.
(D) O Domínio II é o Domínio Cerrado. O Cerrado
brasileiro não possui diferenças em relação às savanas
africanas. As chuvas concentram-se entre os meses de
maio, junho e julho. É marcada por relevo de planície
e rede hidrográfica pobre.
19. ESPCEX (AMAN) 2017 Considere as seguintes
afirmativas sobre impactos ambientais em três grandes
domínios morfoclimáticos brasileiros:
I. Possui uma formação vegetal muito densa, com grande
biodiversidade. Possui o maior número de espécies
ameaçadas do Brasil devido, dentre outros, à exploração
madeireira, às monoculturas de exportação e à expansão
urbana. Devido ao intenso desmatamento de suas
encostas, são intensos os processos erosivos e
frequentes os deslizamentos de terra nesse domínio
morfoclimático.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
II. Nas bordas desse domínio, caracterizado pelo relevo de
planícies, depressões e baixos planaltos, localiza-se a
maior parte do chamado arco do desmatamento, uma
área cujas atividades econômicas, ligadas à extração
madeireira e à abertura de novas áreas para a
agricultura e pecuária, vêm acarretando intenso
processo de queimada, desflorestamento e
intensificação dos processos erosivos.
III. Esse domínio tem sofrido o maior dos impactos
ambientais no contexto brasileiro com a expansão da
monocultura canavieira e da soja. Embora tenha sido
declarado como um dos principais hotspots brasileiros,
57% de sua área original já estão desmatados, e se o
ritmo do desmatamento de sua vegetação não diminuir,
até 2030 essa formação poderá ter desaparecido.
As afirmativas acima referem-se, respectivamente, aos
domínios morfoclimáticos
(A) Amazônico – Cerrado – Pantanal.
(B) Mata Atlântica – Cerrado – Amazônico.
(C) Mares de Morro – Amazônico – Cerrado.
(D) Amazônico – Cerrado – Mata Atlântica.
(E) Araucária – Amazônico – Pantanal.
20. UNESP 2017 Leia os excertos do geógrafo Aziz
Nacib Ab’Sáber.
Excerto 1
Domínio com fortíssima e generalizada decomposição de
rochas, densas drenagens perenes, extensiva
mamelonização, agrupamentos eventuais de “pães de
açúcar”, planícies de inundação meândricas.
Excerto 2
Domínio com planaltos de estrutura complexa, planaltos
com vertentes em rampas suaves, ausência quase completa
de mamelonização, drenagens espaçadas pouco
ramificadas.
“Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do
Brasil”.
In: A obra de Aziz Nacib Ab’Sáber, 2010. Adaptado.
Os domínios morfoclimáticos caracterizados nos excertos
1 e 2 referem-se, respectivamente,
(A) ao cerrado e à caatinga.
(B) à caatinga e aos mares de morros.
(C) ao amazônico e às pradarias.
(D) aos mares de morros e ao cerrado.
(E) às araucárias e às pradarias.
21. FATEC 2017 Analise o climograma.
655
 ANEXO

Assinale a alternativa que apresenta corretamente o nome brasileiro, causada pela atuação de diversos fatores
do domínio morfoclimático com as características climáticos.
representadas no climograma.
(A) Pradaria (B) Cerrado (C) Caatinga Identifique a região brasileira com predominância das
(D) Araucária (E) Amazônico maiores temperaturas médias anuais e explique esse
comportamento a partir de um fator climático. Em
22. MACKENZIE 2017 Analise o climograma e as seguida, aponte dois fatores que influenciam os valores de
informações que o acompanham. temperatura na região Sul do país.

24. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2017 Em

alguns dias do ano um rio com as dimensões do
Amazonas atravessa os céus do Brasil. Ele nasce sobre o
Atlântico próximo à linha do Equador, ganha corpo sobre
a Floresta Amazônica e segue para oeste até os Andes,
onde o encontro com a imponente muralha rochosa o faz
desviar para o sul. Dali esse imenso volume de água flutua
sobre a Bolívia, o Paraguai e os estados brasileiros de
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São
Paulo. Às vezes, alcança Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul antes de retornar para o oceano. Apesar de
sua extensão, ninguém o vê. É que esse rio não tem
margens nem peixes. É um rio metafórico – mas não
inexistente – formado por uma coluna de vapor d’água
com cerca de 3 quilômetros de altura algumas centenas de
quilômetros de largura e milhares de extensão.
ZORZETTO, Ricardo. Um rio que flui pelo ar. Pesquisa
- Apresenta as maiores amplitudes térmicas anuais do FAPESP, 158, abril, p.62-63, 2009.
Brasil;
- A regularidade na distribuição das chuvas durante o ano Identifique qual das alternativas abaixo identifica
é uma de suas características marcantes; corretamente o fenômeno abordado no texto.
- A Mata dos Pinhais é uma das principais formações (A) O fenômeno referido no texto é conhecido como
vegetais da área por onde ele se estende no Brasil; evapotranspiração e é o responsável pelo efeito estufa
nas áreas semiáridas do território nacional. Esse
É correto afirmar que o climograma e as informações fenômeno apenas ocorre em algumas áreas do
acima correspondem ao território brasileiro.
(B) O fenômeno abordado no texto, conhecido como “rios
(A) Clima Tropical. (B) Clima Equatorial. voadores” é formado por massas de ar que circulam
(C) Clima Semiárido. (D) Clima Subtropical. entre a Amazônia Brasileira e a Zona da Mata
(E) Clima Tropical Úmido. nordestina. Essas massas úmidas são responsáveis
pela chuva da Zona da Mata.
23. UERJ 2017 (C) O fenômeno abordado no texto é conhecido como
“rios voadores”. São cursos de água atmosféricos,
invisíveis, formados por vapor d’água que se
originam na faixa Equatorial Atlântica e tem relação
direta com a cobertura florestal.
(D) O fenômeno referido no texto conhecido como
evapotranspiração origina-se na região Amazônica e
através das massas de ar leva umidade para o sertão
nordestino. A falta de chuvas nessa área é associada à
interrupção desse tipo de circulação atmosférica.

25. FATEC 2017 A Mata dos Cocais é um tipo de

cobertura vegetal presente no Meio-Norte do Brasil,
principalmente nos estados do Maranhão e do Piauí. É
uma zona de transição entre os biomas Floresta
Amazônica, Cerrado e Caatinga.

Nessa área de transição são encontrados alguns tipos de

vegetais, dentre os quais se destacam
(A) as seringueiras e as bananeiras.
(B) as laranjeiras e os pinheiros.
(C) as carnaúbas e os babaçus.
É perceptível a diferença de temperaturas no território (D) as catuabas e os juazeiros.
(E) as perobas e os jatobás.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 656
 ANEXO

26. PUCCAMP 2017 Um grande poeta brasileiro foi
João Cabral de Melo Neto, conhecidos por poemas
marcantes e muito bem trabalhados. Em Morte e vida
Severina, o trecho abaixo refere-se à chegada do
protagonista em uma nova fitofisionomia, depois de
atravessar a Caatinga:
Bem me diziam que a terra
se faz mais branda e macia
quando mais do litoral
a viagem se aproxima.
Agora afinal cheguei
nesta terra que diziam.
Como ela é uma terra doce
para os pés e para a vista.
Os rios que correm aqui
têm água vitalícia.
Esta descrição corresponde
(A) ao Agreste, região de matas de galeria entre a
Caatinga e o Cerrado.
(B) ao Sertão, região de Cerrado com matas perenes ou
semidecíduas.
(C) ao Cerradão, uma região de florestas resistentes à
seca.
(D) à Mata Ripária, uma faixa contínua ao longo do litoral
leste do Brasil.
(E) à Zona da Mata, originalmente coberta por Mata
Atlântica.
27. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2017 Leia:
“’O cerrado não revela seus mistérios à gente que não é
cativa desse destinozinho de chão’, escreveu certa vez
Guimarães Rosa, traduzindo desses segredos do cerrado
[...] que podem ter valor científico, social e econômico,
mas não estão mesmo expostos à vista.”
ANDRADE, Rodrigo de Oliveira. Laboratório a céu aberto.
In: Pesquisa FAPESP, nº 208, junho de 2013. p. 40.
28. UNESP 2017 Leia o excerto do romance Águas
atávicas, do escritor Marcos Faustino.
Império das águas, deserto de gente. Reino das onças,
veados mateiros e capivaras na terra firme. Nos ares,
multidão de pássaros variados, belas garças e os grandes e
desajeitados tuiuiús, jaburus. Por baixo, no esconderijo
das águas, o perigo dos jacarés traiçoeiros, sucuris
imensas e peixes aos milhares. Brejão úmido de imensas
planuras. Esparsas ilhas de terrenos pouco mais elevados,
maiores na vazante da seca em setembro, menores nas
enchentes de fevereiro.
Apud IBGE. Atlas das representações literárias de regiões
brasileiras, 2016. Adaptado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
elaborou uma regionalização literária associando
conhecimentos geográficos à percepção espacial das
tramas brasileiras. A região literária apresentada no
excerto corresponde ao
(A) Pantanal.
(B) Jalapão.
(C) Vale do Rio Doce.
(D) Pampa.
(E) Vale do Itajaí.
29. FAMERP 2017 A partir de conhecimentos acerca das
formações vegetais no Brasil, é correto afirmar que a Mata
dos Cocais caracteriza uma mata de transição entre
(A) o Cerrado e o Pantanal.
(B) a Mata Atlântica e a Mata de Araucárias.
(C) a Mata de Várzea e a Mata de Igapó.
(D) os Mangues e a Vegetação Litorânea.
(E) a Floresta Amazônica e a Caatinga.
30. UNICAMP 2019 O mapa a seguir registra parte do
processo de substituição dos domínios vegetais do
continente europeu pela agricultura sedentarizada ao
longo dos últimos 10 mil anos.

Considerando o texto sobre o Cerrado, pode ser dito sobre

esse bioma brasileiro que
(A) o valor econômico é duvidoso, pois se sua área e
formação vegetal dominante são propícias para a
exploração da pecuária, o mesmo não pode ser dito
para a agricultura, que não vingará nesses solos
pobres e secos.
(B) os segredos do Cerrado são mais força de expressão
literária do que reais, pois estamos diante de um
bioma marcado por certa homogeneidade biológica
que se repete monotonamente por vastas extensões.
(C) trata-se de uma formação de dominância herbácea o
que no passado a ligava ao risco da devastação pela
pecuária excessiva, mas que atualmente está
razoavelmente preservada pelo seu baixo uso
econômico.
(D) essa é uma formação savânica, cuja marca é a
presença dos três estratos vegetais (arbóreo, arbustivo
e herbáceo), sem predomínio de nenhum deles, e
também a presença de uma biodiversidade notável.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 657

 ANEXO

A análise do mapa permite concluir que:
(A) As pastagens e as estepes foram os domínios mais
devastados pela implantação da agricultura, em
função da fertilidade do seu solo em épocas de
degelo, o que favoreceu a produtividade de grande
escala.
(B) Não é possível identificar grandes transformações nas
condições naturais dos domínios de vegetação
europeus em função do processo de sedentarização
das sociedades humanas.
(C) O desenvolvimento de lavouras na Europa durante o
Neolítico foi base para a transformação de domínios
vegetais naturais, o que significa que o desmatamento
é uma prática milenar.
(D) As áreas que hoje correspondem aos países da
Península Ibérica, ao Reino Unido e à Irlanda foram
as pioneiras no desenvolvimento de práticas agrícolas
sedentarizadas.
31. UNESP 2018
32. ENEM 2017 Ao destruir uma paisagem de árvores de
troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos
ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas
bizarras dos cupinzeiros, essa modernização lineariza e
aparentemente não permite que se questione a pretensão
modernista de que a forma deve seguir a função.
HAESBAERT, R. “Gaúchos” e baianos no “novo” Nordeste:
entre a globalização econômica e a reinvenção das identidades
territoriais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORREA, R.
L. (Org.). Brasil: questões atuais da reorganização do território.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
O processo descrito ocorre em uma área biogeográfica
com predomínio de vegetação
(A) tropófila e clima tropical.
(B) xerófila e clima semiárido.
(C) hidrófila e clima equatorial.
(D) aciculifoliada e clima subtropical.
(E) semidecídua e clima tropical úmido.
GABARITO

1. A
2. B
3. B
4. A
5. E
6. B
7. B
8. C
9. A
10. C
11. C
12. A
13. A
14. B
15. C
16. E
17. E
18. A
A figura ilustra a alteração na distribuição das 19. C
__________ como resultado de três décadas de 20. D
desmatamento em certo setor da Floresta Amazônica. O 21. E
“deslocamento” desse tipo de precipitação é um efeito das 22. D
variações horizontais da rugosidade da superfície, que 23. A região que se caracteriza pelas médias térmicas mais
promovem a concentração da pluviosidade nas bordas das elevadas é a região norte, fenômeno que pode ser
áreas desmatadas. Essa mudança na circulação explicado pela baixa latitude o que resulta em elevada
atmosférica pode ter como consequência __________ na insolação durante o ano.
região. A região sul apresenta médias térmicas mais baixas em
(Jaya Khanna et al. “Regional dry-season climate changes razão de sua localização em latitudes médias o que resulta
due to three decades of Amazonian deforestation”. Nature na ação mais intensa das massas polares.
Climate Change, março de 2017. Adaptado.)
As lacunas do texto devem ser preenchidas por 24. C
(A) chuvas convectivas – a manutenção dos serviços 25. C
ecológicos. 26. E
(B) chuvas frontais – a diminuição da evapotranspiração. 27. D
(C) chuvas convectivas – a redução da produtividade 28. A
agrícola. 29. E
(D) chuvas orográficas – o empobrecimento do solo. 30. C
(E) chuvas frontais – o aumento na frequência de 31. C
incêndios. 32. A

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 658

FRENTE II

GEOGRAFIA

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 659

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 660

CAPÍTULO XII - URBANIZAÇÃO - A EVOLUÇÃO
DO PROCESSO URBANO E OS CONCEITOS DE
URBANIZAÇÃO
As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia (atual
Iraque), depois vieram as cidades do Vale Nilo, do Indo,
da região mediterrânea e Europa e, finalmente, as cidades
da China e do Novo Mundo.
Embora as primeiras cidades tenham aparecido há mais de
3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve
início no século XVIII, em conseqüência da Revolução
Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a seguir,
nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual. No
caso do Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem
recente. Hoje, quase metade da população mundial vive
em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais.
A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão
de trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e
matérias-primas a ela, recebendo em troca produtos
industrializados, tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser
subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu sua
importância, pois não podemos deixar de levar em conta
que:
• por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade
depende do campo;
• quanto maior a urbanização maior a dependência da
cidade em relação ao campo no tocante à necessidade
de alimentos e matérias-primas agrícolas.
Conceito
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência
de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano
(cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente
associada à concentração de muitas pessoas em um espaço
restrito (a cidade) e na substituição das atividades
primárias (agropecuária) por atividades secundárias
(indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar
de um processo, costuma-se conceituar urbanização como
sendo "o aumento da população urbana em relação à
população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização
quando o percentual de aumento da população urbana é
superior a da população rural.
A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar
(em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana),
no entanto a urbanização a celerada da maior parte dos
países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir
da segunda metade do século XIX. Além disso, esses
países demoram mais tempo para se tornar urbanizados
que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos
industrializados.
Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se
torna industrializado tanto mais rápida é sua urbanização.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
Observe esses dados:
• Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com
população superior a 1 milhão de habitantes. Dessa,
somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao
Terceiro Mundo.
• Em 1950 havia vinte cidades no mundo com
população superior a 2,5 milhões de habitantes.
Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá,
Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro)
estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a
cidade de São Paulo nem constava dessa lista.
• Para o ano 2000, as estimativas mostram que, das 26
aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de
habitantes, nada menos que vinte delas estarão no
Terceiro Mundo. A maior aglomeração urbana mais
populosa do mundo será a Cidade do México, com 32
milhões de habitantes, o equivalente à população da
Argentina em 1990. São Paulo aparece como a
segunda aglomeração urbana, com 26 milhões de
habitantes.
Urbanização nos diferentes grupos de países
Considerando-se os vários agrupamentos de países, a
situação urbana pode ser simplificada como mostramos a
seguir.
Países capitalistas desenvolvidos. A maior parte desses
países já atingiu índices bastante elevados e, praticamente,
máximos de urbanização. A tendência, portanto, é de
estabilização em torno de índices entre 80 e 90%, embora
alguns já tenham ultrapassado os 90%.
Os países apresentam uma urbanização do tipo integrada
ou normal, na medida em que o processo foi lento e
progressivo e as cidades não apresentam os graves
problemas estruturais típicos das nações subdesenvolvidas
ou periféricas.
Países capitalistas subdesenvolvidos. Nesse grupo,
bastante heterogêneo, destacamos um processo de
urbanização anômala ( anormal ) ou desintegrada.
• Subdesenvolvidos industrializados. A recente e rápida
industrialização gerou acentuado desequilíbrio das
condições e da expectativa de vida entre a cidade e o
campo, resultando num rapidíssimo processo de
urbanização, porém com conseqüências muito
drásticas (subemprego, mendicância, favelas,
criminalidade etc.). Isso porque o desenvolvimento
dos setores secundário e terciário não acompanhou o
ritmo da urbanização, além da total carência de uma
firme política de planejamento urbano. Alguns desses
países apresentam taxas de urbanização iguais e até
superiores às de países desenvolvidos, embora, com
raras exceções, a urbanização dos países
subdesenvolvidos se apresente em condições
extremamente precárias (favelas, cortiços etc.).
661

Subdesenvolvidos não-industrializados. Em virtude do
predomínio das atividades primárias, a maior parte desses
países apresenta baixos índices de urbanização
CONCEITOS RELACIONADOS A URBANIZAÇÃO
a) Rede urbana:
Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada
pelo sistema de cidades, no território de cada país,
interligadas umas as outras através dos sistemas de
transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas,
mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos
devido a maior complexidade da economia a rede urbana é
mais densa.
b) Hierarquia urbana:
Corresponde a influência que exercem as cidades maiores
sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte
hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole
regional, centro submetropolitano, capital regional e
centros locais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
O esquema clássico de rede urbana estrutura-se sobre uma
rígida hierarquia funcional. Nessa hierarquia, quanto mais
elevada é a classe da cidade, mais especializados e raros
são os bens e serviços que ela oferece e mais vasta é a sua
região de influência. Em virtude dos custos de
deslocamento, as relações externas mais significativas das
populações das pequenas cidades se restringem às cidades
médias mais próximas.
O esquema atual de rede urbana foi moldado pela
intensificação dos fluxos materiais e, principalmente, dos
fluxos de informações. Os modernos meios de transporte
reduziram os custos de deslocamento e as redes de
comunicação contemporâneas diminuíram os custos das
trocas simbólicas. Desse modo, todas as cidades, pequenas
e médias, adquiriram novas possibilidades de acesso aos
bens e serviços característicos das metrópoles nacionais.
c) Conurbação:
Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais
cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em
geral esse processo dá origem a formação de regiões
metropolitanas.
d) Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole
seria à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade
que possui os melhores equipamentos urbanos do país
(metrópole nacional), ou de uma grande região do país
(metrópole regional)". No Brasil cidades como São Paulo
e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém,
Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador,
Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.
662

e) Região metropolitana:
Corresponde ao conjunto de municípios integrados sócio-
economicamente a uma metrópole e que desfrutam de
infra-estrutura e serviços em comum.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XII
f) Megalópole:
Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles
ou regiões metropolitanas. As principais megalópoles do
mundo encontram-se em países desenvolvidos como é o
caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que
tem como principal cidade Nova Iorque; San San,
localizada na costa oeste dos EUA, tendo como principal
cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes
lagos nos EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a
megalópole européia que inclui áreas de vários países. No
Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no
sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, incluíndo
municípios da região metropolitana das duas grandes
cidades, o elo de ligação dessa megalópole é a Via Dutra,
estrada que interliga as duas cidades principais.
663
 CAPÍTULO XII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 664

 CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO XIII - URBANIZAÇÃO - O PROCESSO III – CONCEITOS LIGADOS A URBANIZAÇÃO

DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO
A) REGIÃO METROPOLITANA – Conjunto de
municípios contíguos e integrados
socioeconomicamente a uma cidade central, com
serviços públicos de infra-estrutura comuns.

MAPA DAS REGIÕES METROPOLITANOS DO

BRASIL

A urbanização brasileira é do tipo anômala, ou seja

anormal ou desintegrada. O êxodo rural aumentou
rapidamente a partir da década de 1940, transferindo ao Em 1991 só existiam 9 regiões metropolitanas no Brasil,
longo dos anos milhões de trabalhadores rurais para as
hoje são 31 regiões listadas, incluindo a REGIÃO
principais cidades do país, localizadas, principalmente, na
INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO DO
região Sudeste. O desenvolvimento industrial brasileiro
DISTRITO FEDERAL E ENTORNO.
abriu vários postos nos setores secundário e terciário da
economia, o que contribuiu para atrair a população rural. Embora construídas com a finalidade de integração e para
Como as nossas cidades não estavam preparadas para oferecer serviços públicos e solucionar os problemas de
receberem um enorme contingente populacional, elas
infra-estrutura comuns, na maior parte das vezes as
cresceram de forma desordenada, apresentando inúmeros
regiões metropolitanas crescem sem planejamento e
problemas, como por exemplo:
articulação dos diversos municípios. Assim, eles não
conseguem resolver com eficiência seus problemas
► Crescimento desordenado; comuns, como lixo, esgoto, captação de água etc.
► Aumento da população marginalizada ou periférica;
A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 25,
► Surgimento e expansão de favelas, cortiços e palafitas;
atribui aos estados, mediante lei complementar, a
► Crescimento do desemprego, subemprego,
instituição de Regiões Metropolitanas, constituídas por
criminalidade, prostituição;
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
► Falta de equipamentos urbanos nos bairros e favelas organização, o planejamento e a execução de funções
que abrigam as populações de baixa renda; públicas de interesse comum.
► Falta de moradias;
► Segregação social do espaço urbano;
Assim, os estados alteram, eventualmente, a composição
► Inchaço urbano ou macrocefalia urbana etc...
das mesmas, incluindo ou excluindo munícipios, sejam
eles novos ou já existentes.

Há, ainda, as RegiõesIntegradas de Desenvolvimento

(RIDE), instituídas por leis federais, que congregam
municípios de diferentes Unidades Federadas. O IDB(
Indicadores e Dados Básicos ) considera as RIDE como
Regiões Metropolitanas.

Com isto, na análise de séries históricas de indicadores

segundo Regiões Metropolitanas, deve-se atentar que
indicadores de determinados períodos podem refletir uma
situação diferente da de outros períodos.

Na construção dos diversos IDB já existentes, tem-se

procurado recalcular os indicadores do passado quando há
alteração na composição da Região Metropolitana,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 665
 CAPÍTULO XIII

fazendo com que haja comparabilidade das informações.
No entanto, nem sempre isto é possível. Nestes casos, é
indicado tal fato em nota de rodapé nas tabelas afetadas.
Atenção deve ser dada também ao fato que, com o
recálculo dos indicadores, pode haver alteração em
valores já publicados em IDB anteriores.
Além disto, vários indicadores do IDB têm como fonte a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD.
Esta coleta informações por Região Metropolitana, mas
apenas para as que existiam anteriormente à Constituição
de 1988: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto
Alegre.
A DESMETROPOLIZAÇÃO
G) METRÓPOLE REGIONAL – É aquela que possui
uma grande área de influência, porém sem cobrir todo
o espaço nacional, exemplos: Manaus, Belém e
Goiânia.
H) METRÓPOLE REGIONAL INCOMPLETA –
São cidades que já possuem uma grande área de
influência, mais ou menos equivalente as áreas de
influência das metrópoles regionais completas, mas
que ainda não podem ser assim classificadas,
exemplos: Londrina, São José dos Campos, Campinas
etc.
I) CENTROS REGIONAIS – Cidades que exercem
influência sobre as áreas urbanas vizinhas, como por
exemplo: Florianópolis, Santos, Vitória, Cuiabá,
Maceio, Teresina etc.

No censo realizado em 2001 a população urbana atingiu a

marca de aproximadamente 82%. Ao contrário do que se
imagina, contudo, a urbanização não afetou apenas as
grandes cidades.
Os brasileiros concentraram-se principalmente nas cidades
de médio porte. O ritmo de crescimento das grandes
metrópoles vem diminuindo censo a censo. Atualmente o
maior crescimento é registrado nas cidades de médio
porte. Tais cidades tem atraído investimentos industriais,
que impulsionam o mercado de trabalho nos setores
secundário e terciário. Além da maior oferta de empregos,
destacamos a questão da qualidade de vida, além é claro
da questão da segurança.
As migrações para as cidades médias não só vem do
campo, como em muitos casos das grandes metrópoles
brasileiras.

B) CONURBAÇÃO – União de duas ou mais cidades
resultante do crescimento horizontal das mesmas.
C) SÍTIO URBANO – É a área ocupada pela cidade.
D) HIERARQUIA URBANA – É a classificação das
cidades segundo as suas respectivas áreas de
influência, sendo estabelecida pela capacidade de
alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros
por meio da oferta de bens e serviços à população.
Segundo a Hierarquia Urbana as cidades brasileiras
podem ser assim classificadas:
E) CIDADES GLOBAIS – São grandes metrópoles
cuja as áreas de influência extrapolam os limites
territoriais de um país. São cidades que concentram
os principais centros financeiros, sedes das grandes
empresas comerciais, industriais e ainda as grandes
empresas de comunicações, integradas as redes
mundiais, sendo portanto centros do processo de
globalização. Exemplo: São Paulo.
O esquema acima nos permite entender melhor a
hierarquia urbana. O fluxograma 1 representa uma forma
clássica de rede urbana, composta por uma hierarquia
rígida entre as cidades, em que são estabelecidos níveis de
relações que vão das metrópoles até as cidades locais e
pequenas vilas. Já o fluxograma 2 apresenta uma recente e
mais flexível hierarquia urbana, composta a partir dos
avanços técnicos dos transportes e comunicações,
incluindo-se também maior mobilidade locacional das
empresas.
J) MEGALÓPOLE – e a fusão entre dois ou mais
espaços metropolitanos. No Brasil existe uma
megalópole em formação, que abrangerá as regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo e o vale
do rio Paraíba do Sul, com suas respectivas cidades.

F) METRÓPOLE NACIONAL – É a cidade cuja área

de influência abrange todo o território nacional,
exemplos: Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife,
Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto
Alegre.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 666


OBS: Atualmente já é considerada no meio acadêmico
a existência de uma MEGALÓPOLE, que se estende
da Baixada Santista, passando pelas regiões
metropolitanas de São Paulo até Campinas.
IV – REDE URBANA – CARACTERÍSTICAS
GERAIS
Embora marcada pela presença de um número
considerável de grandes cidades e metrópoles, a rede
urbana brasileira ainda está longe de alcançar a articulação
e a complexidade existentes nas redes urbanas dos países
desenvolvidos.
Ainda existem no país cidade praticamente isoladas, cujo
o acesso só pode ser realizado através de embarcações ou
aviões.
Dentro desse contexto, podemos citar vastas áreas da
Amazônia e Centro-Oeste, onde existem vários núcleos
urbanos praticamente isolados.
A rede urbana é mais densa e articulada no Centro-Sul do
Brasil, onde podemos verificar a presença de uma
hierarquia urbana mais complexa, relacionada a uma
articulação entre os núcleos urbanos através dos sistemas
de transportes, comunicações, infovias, pessoas,
mercadorias etc.
Os fluxos de trabalhadores, mercadorias, serviços, capitais
etc, se processa em função dos meios técnicos existentes e
desenvolvidos, quando comparados as demais áreas do
país.
V – A SEGREGAÃO SÓCIO-ESPACIAL
Favela da Rocinha, localizada num dos pontos mais nobres do
Rio de Janeiro.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIII
As classes sociais menos favorecidas, que não podem
comprar um terreno nem alugar um imóvel nas áreas mais
valorizadas das cidades, são deslocadas para áreas ainda
não ocupadas, como por exemplo: morros, mangues,
margens dos rios etc. O crescimento das cidades,
principalmente da periferia, quase nunca é acompanhado
pelos investimentos públicos em infraestrutura urbana.
O poder público, em geral, investe nas áreas onde estão
concentradas as camadas mais ricas da população, a classe
média e os centros comerciais e de serviços, normalmente
ignorando as periferias, carentes em diversos tipos de
equipamentos urbanos, tais como: ruas asfaltadas, escolas,
postos de saúde, áreas de lazer, serviços sociais,
transportes coletivos etc, proporcionando assim o que
chamamos de uma segregação sócio-espacial nas cidades.
Nas áreas que abrigam a população mais pobre existe
um grande contingente de desempregados,
subempregados, muitos casos de violência e muitas vezes
a ausência do poder público cria as condições necessárias
para o surgimento de um poder paralelo comandado pelo
crime organizado ( organizações de narcotraficantes e
milicianos ) , onde impera a lei do silêncio, a surdez e a
cegueira coletiva.
Observamos ainda nessas áreas as invasões de terrenos
públicos e particulares, o surgimento de loteamentos
clandestinos, desmatamentos, ocupação de áreas de risco e
de preservação ambiental, a exclusão social dos sem teto
etc.
667
 CAPÍTULO XIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 668

 CAPÍTULO XIV

CAPÍTULO XIV - URBANIZAÇÃO - OS água e o transporte de sedimentos que são depositados em

PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS baías, lagoas e no próprio mar, acelerando o processo de
assoreamento, o que também contribui para a ocorrência
A ocupação desordenada do espaço urbano gera inúmeros
de enchentes.
problemas ambientais, dentre os quais destacamos:
Os desmatamentos, reduzem os mananciais,
contribuem para que na época das chuvas ocorram AS ILHAS DE CALOR
deslizamentos de encostas, morte de espécies da flora e da
fauna etc.

Outros problemas ambientais urbanos são a falta de

saneamento, as diversas formas de poluição: sonora,
visual, hídrica, acúmulo de lixo etc.

AS ENCHENTES NOS GRANDES CENTROS

Nas grandes cidades também surgem as chamadas “ilhas

As enchentes resultam da impermeabilização do solo,
fruto do crescimento das áreas edificadas, pavimentação
de ruas etc. A água que antes infiltrava-se no solo, agora
escoa superficialmente, sobrecarregando as galerias
pluviais, que em muitos casos estão entupidas por lama,
lixo, folhas, o que também ocorre com os bueiros etc.
Desta forma é comum a ocorrência de inundações em
determinados pontos das cidades, independentemente do
seu tamanho.
Também devemos destacar a ocupação das várzeas dos
rios que drenam as cidades, que reduzem as larguras dos
mesmos e que portanto em épocas de fortes chuvas
transbordam inundando as casas próximas.
A retificação dos rios ( canalização dos rios ) altera os
cursos naturais dos mesmos, muitas vezes estreitam os
seus leitos, aumentando a velocidade de deslocamento da
de calor”, um micro-clima urbano resultante da redução
das áreas verdes, do aumento da poluição atmosférica, que
aumenta a ação do efeito estufa, das edificações e
pavimentação de ruas ( o concreto e o asfalto absorvem a
radiação solar, transformando-a em calor e retendo por
mais tempo o mesmo ). As edificações atuam como
obstáculos a plena circulação dos ventos, reduzindo assim
a capacidade de dissipação do calor etc ).
Nas grandes metrópoles a variação de temperatura entre a
periferia e o centro mais edificado pode alcançar mais de
7º C.
Medidas para reduzir os efeitos de uma ilha de calor:
► arborização das ruas
► criação de parques e jardins
► reflorestamento de áreas livres
► pintura das edificações de branco
► emprego de telhados térmicos e telhados verdes

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 669

 CAPÍTULO XIV

► substituição das fontes de energia fósseis.

A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

A falta de saneamento básico constitui um dos mais sérios

problemas ambientais urbanos do Brasil.

Entende-se por saneamento básico, o conjunto de

intervenções públicas destinadas a melhorar a qualidade
de vida da população que reside nas cidades, com maior
destaque:
► implantação de redes de água e esgoto
► construção de estações de tratamento de água e esgoto
► calçamento e pavimentação de ruas
► iluminação pública
► sistema regular de coleta e tratamento adequado do lixo
etc.
A falta de saneamento básico gera inúmeros problemas,
dentre os quais destacamos:
► proliferação de vetores transmissores de doenças
► poluição visual
► doenças de pele, infecciosas, lepstopirose, hepatites
etc.
► poluição dos recursos hídricos
► desvalorização dos imóveis etc.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 670


CAPÍTULO XV - ASPECTOS SOCIOESPACIAIS
DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
Atualmente, cerca de 1/3 da população que reside nas
principais regiões metropolitanas do Brasil mora em
favelas. O aumento da população favelada, tem como
principais causas:
► A falta de uma política habitacional para as famílias de
baixa renda;
► O grande déficit habitacional ( estimado em 8 milhões
de moradias em maio de 2007 );
► A perda do poder aquisitivo das classes média e baixa;
► O êxodo rural;
► A especulação imobiliária
► As constantes políticas de arrocho salarial, que
estenderam-se até a década de 1990 etc.
A expansão das favelas ocorre nos planos horizontal
evertical. Vale a pena ressaltar, que na maioria das
favelas há uma carência de equipamentos urbanos (
saneamento básico, ruas calçadas e pavimentadas, áreas de
lazer, postos de serviços públicos, escolas etc ). Além dos
problemas citados, vale a pena destacar, que em muitos
casos existe um poder paralelo, comandado pelo
narcotráfico, que substitui o poder do Estado nessas
comunidades.
OS AGLOMERADOS SUBNORMAIS
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
O Manual de Delimitação dos Setores do Censo 2010
classifica como aglomerado subnormal cada conjunto
constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais
carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais,
ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno
de propriedade alheia (pública ou particular) e estando
dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A
identificação atende aos seguintes critérios:
•a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em
terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no
momento atual ou em período recente (obtenção do título
de propriedade do terreno há dez anos ou menos); e
•b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes
(refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento
irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e
construções não regularizadas por órgãos públicos) ou
precariedade na oferta de serviços públicos essenciais
(abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de
lixo e fornecimento de energia elétrica).
Os primeiros resultados sobre os recortes territoriais
classificados como aglomerados subnormais no Censo
Demográfico 2010, no total de 6.329, apresentam
informações sobre a população residente e o número de
domicílios ocupados em favelas, invasões, grotas,
baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos,
palafitas, entre outros assentamentos irregulares para o
conjunto do País, Grandes Regiões, Unidades da
Federação e municípios.
VII – OS MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS
Um movimento popular que vem se multiplicando
ultimamente nas grandes cidades brasileiras é o dos ‘SEM
TETO’. Existem hoje milhares de famílias que invadem
terrenos ociosos, tanto públicos, como privados nas
principais cidades do país, construindo nos mesmos suas
moradias, dentro das suas possibilidades. Isso acaba
gerando processos de reintegração de posse, que muitas
vezes resulta em repressão policial, conflitos com os
fiscais da prefeitura, com seguranças contratados pelos
proprietários dos terrenos.
Um outro movimento que tem crescido muito nas
grandes cidades, normalmente de formação espontânea,
está presente nas principais comunidades carentes, que em
represália a um assassinato de um morador, quando há o
confronto entre traficantes e a polícia, depredam e
incendeiam ônibus, carros, lojas etc.
Protestos semelhantes ocorrem em estações rodoviárias
e ferroviárias, quando há atrasos nos ônibus e trens.
Existe um outro movimento espontâneo derivado da
ação de repressão dos fiscais das prefeituras e guardas
municipais ao comércio ambulante e aos camelôs.
Normalmente ocorrem confrontos entre as partes,
deixando um rastro de feridos.
Devemos destacar ainda o papel das associações de
moradores de ruas e de bairros, que em muitos casos
desempenham um papel importante de representatividade
entre as comunidades e o poder público. Porém, vale a
pena observar, que em muitos casos, tais associações estão
vinculadas a partidos políticos, deixando de desempenhar
o verdadeiro papel de entidade representativa dos
moradores perante o poder público.
671

VIII - A VIOLÊNCIA URBANA
Foto do cerco ao Complexo de Alemão em junho de 2007
A violência urbana vem crescendo aceleradamente em
nosso país. Podemos destacar como principais causas:
► O abandono das comunidades carentes por parte do
Estado,
►A perda do poder aquisitivo da classe trabalhadora,
► O aumento do desemprego, associadamente a falta de
oportunidades de trabalho, sobretudo para a população
mais jovem,
► A desestruturação da família,
► O afastamento das religiões,
► As programações de tv,
► A existência de um código penal arcaico, que alimenta
a impunidade,
► A crescente corrupção nos diferentes níveis do governo
e das próprias instituições policiais,
► O sistema carcerário é inoperante, não dando
oportunidades aos presos para terem uma ocupação e um
processo de reeducação, que possibilite, após o
cumprimento da pena a sua inserção na sociedade,
► O surgimento de inúmeras facções criminosas em
diferentes níveis de organização,
► O estreitamento do narcotráfico brasileiro com
poderosas organizações criminosas e mafiosas do mundo,
► A organização de forças paramilitares, denominadas
milícias na cidade do Rio de Janeiro etc.
Os moradores da cidade do Rio de Janeiro e o Brasil
inteiro acompanharam no início de 2007 os confrontos
entre as forças policiais e traficantes que dominam o
Complexo do Alemão, uma das maiores favelas do
município.
Os inúmeros confrontos deixaram um grande número
de feridos e mortos, muitos dos quais pessoas inocentes,
inclusive crianças.
O que ocorreu no Complexo do Alemão não é diferente
do que ocorre em muitas outras cidades do Brasil, onde o
poder paralelo do crime organizado se fortaleceu.
Oficialmente ocorrem no país mais de 30.000
homicídios por ano. Não estamos levando em
consideração os desaparecidos, jogados em rios com
pedras amarradas, incinerados nos “ fornos de
microondas”, enterrados em cemitérios clandestinos ou
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
jogados no mar com pedras amarradas ao corpo, para que
o mesmo não flutue. Se computarmos os desaparecidos,
certamente dobraremos o número de homicídios
praticados todos os anos no país.
Vivemos um estado de guerra civil nas principais
cidades do país, onde se observa a existência de
condomínios fechados, com câmeras de vigilância,
segurança privada, etc. Muitos desses condomínios
possuem áreas de lazer, comércio, cinema, escolas etc.
Foto de um condomínio fechado da Barra da Tijuca ( RJ )
As classes média baixa e a classe baixa não possuem
condições de morar em condomínios com essa infra-
estrutura, se defendendo como podem dos bandidos,
gradeando janelas, portas ou pagando as milícias para ter
uma proteção relativa.
Muitas ruas possuem segurança particular, porém tal
segurança não é constituída legalmente, portanto é mais
um Estado Paralelo em formação no nosso país.
O combate a violência necessita de inúmeras medidas,
dentre as quais destacamos:
► Programas de ação social nas comunidades carentes,
► Políticas de inserção dos jovens no mercado de
trabalho,
► Fortalecimento do sistema educacional,
► Políticas de redistribuição de renda,
► Aprimoramento das políticas afirmativas,
► Melhor treinamento das forças policiais,
associadamente a um maior rigor nos processos seletivos,
além da melhor remuneração dos mesmos,
► Desenvolvimento da polícia investigativa,
► Mudanças no código penal e no sistema carcerário etc.
IX – A CIDADE INFORMAL
De um lado, há a cidade formal, na maior parte das vezes
bem planejada, com bairros ricos, ruas arborizadas,
avenidas largas, privilegiada por equipamentos e serviços.
Contrasta, de outro lado, com a cidade informal, composta
pela periferia pobre, pelos subúrbios, pelas favelas, com
ruas estreitas, sem planejamento, pela ocupação
desordenada e sem infra-estrutura adequada.
Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os
problemas urbanos, e sua população engrossa as
estatísticas dos desempregados, dos subempregados, da
violência. A cidade formal, preocupada com a violência,
cerca-se de muros, guaritas, equipamentos de segurança
(alarme, interfones, câmeras), acentuando a segregação
espacial.
672

g) Megacidade:
Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões
de habitantes. Hoje mais de 20 cidades do mundo podem
ser consideradas megacidades, dessas 17 estão em países
subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro
estão nessa categoria.
h) Técnopolo:
Vale do Silício ( Califórnia )
Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais
onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo
temos o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba,
cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns
técnopolos localizados em especial no estado de São
Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos
(UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).
i) Cidade global:
são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo
de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o
melhor equipamento urbano do país, além de
concentrarem as sedes das instituições que controlam as
redes mundiais, como bolsas de valores, corporações
bancárias e industriais, companhias de comércio exterior,
empresas de serviços financeiros, agências públicas
internacionais. Temos como exemplo de cidades globais:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
Nova York, Londres, Paris, Tóquio, São Paulo, Los
Angeles, Xangai, Buenos Aires etc.
As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado
mundial do que a economia nacional.
j) Desmetropolização: Processo recente associado à
diminuição dos fluxos migratórios em direção das
metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada
desconcentração produtiva, que faz com que empresas em
especial industrias, se retirem dos grandes centros onde os
custos de produção são maiores, e se dirijam para cidades
de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir,
em função de vários fatores como, por exemplo, os
incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de
Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem
os maiores fluxos de migrantes, mas sim regiões como
interior paulista, o sul do país ou até mesmo o nordeste
brasileiro.
k) Verticalização: Processo de crescimento urbano que se
manifesta através da proliferação de edifícios. A
verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou
seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.
l) Especulação imobiliária: Os especuladores
imobiliários são aqueles proprietários de terrenos baldios
no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a
espera de valorização. Uma das conseqüências da
especulação é a falta de moradias em locais mais bem
localizados, fazendo com que as populações de mais baixa
renda tenham que viver em áreas distantes do centro
(crescimento horizontal), ou em favelas.
EXERCÍCIOS
1. UFVJM/2012 Sobre o processo de urbanização, é
INCORRETO afirmar que:
(A) A desconcentração demográfica nas regiões mais
dinâmicas do Brasil não aconteceu em paralelo à
desconcentração econômica e industrial.
(B) As regiões metropolitanas cresceram no contexto
nacional e mundial na década de 1980, aparecendo
como polos geradores de crescimento econômico e de
imigração populacional.
(C) A urbanização se acelerou nos países em
desenvolvimento, na década de 1980, embora tenha
ocorrido uma desaceleração desse processo nos países
desenvolvidos nesse mesmo período.
(D) As maiores regiões metropolitanas brasileiras
atualmente experimentam uma desaceleração do
crescimento populacional, sendo cada vez mais
notável o papel das cidades médias no processo de
desconcentração demográfica.
2. UFVJM/2012 Sobre o processo de globalização e seus
impactos sobre as cidades é INCORRETO afirmar que:
(A) A globalização tem atuado na catalisação dos fluxos
de pessoas, mercadorias, serviços e informações entre
as cidades mais dinâmicas do globo.
(B) Mesmo as pequenas cidades das regiões mais
dinâmicas dos países em desenvolvimento tem se
conectado mais aos fluxos globais de informação.
673

(C) O amadurecimento e o aumento do número das
cidades médias nos países em desenvolvimento tem
aumentado o equilíbrio das redes urbanas regionais.
(D) Os polos urbanos regionais têm se tornado cada vez
menos capazes de participar dos sistemas de fluxos
regionais e globais nos países em desenvolvimento
com a intensificação da globalização.
3. ASCES/2012 As megacidades, referidas pelo autor do
texto abaixo, se caracterizam por apresentar as seguintes
qualidades definidoras:
O fator decis ivo dos novos proces s os urbanos , na
Europa e em outros lugares, é o fato de o espaço urbano
ser cada vez mais diferenciado em termos sociais, embora
esteja funcionalmente inter-relacionado além da
proximidade física. Acompanha a separação entre
significado simbólico, localização de funções e a
apropriação social do espaço na área metropolitana. Esta é
a tendência que fundamenta a transformação mais
importante das formas urbanas em todo o mundo, com
força especial nas áreas recémindustrializadas: o
desenvolvimento de megacidades‖.
Manuel Castells
1) funções superiores direcionais, produtivas e
administrativas de todo o planeta.
2) inexistência de migrações pendulares.
3) capacidade simbólica de criar e difundir mensagens.
4) funcionamento atrativo para suas hinterlândias.
5) conexão com enormes segmentos da população
humana.
Estão corretas:
(A) 1 e 4 apenas (B) 2 e 5 apenas
(C) 3 e 4 apenas (D) 1, 3, 4 e 5 apenas
(E) 1, 2, 3, 4 e 5
4. UEPE/2012 Os moradores das grandes cidades do
mundo – principalmente as que se expandem
aceleradamente, em países emergentes – enfrentam
desafios, como a degradação dos centros, o ar poluído, as
enchentes e a falta de lugar para dispor o lixo... Nos
próximos 14 anos, 136 novas metrópoles entrarão na lista
dos gigantes. Dessas novatas, 100 estarão na China, 13 na
Índia e oito na América Latina. Nenhuma das novas é do
Brasil. Mas as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que
hoje estão na lista das maiores, deverão permanecer nela,
com populações maiores. Em 2025 terão, respectivamente,
21 milhões e 12 milhões de habitantes. Essas megacidades
muitas vezes parecem inviáveis. As altas taxas de
urbanização trazem pobreza, desemprego, transporte
inadequado, proliferação de assentamentos precários e
favelas”.
Fonte: Revista Época, junho de 2011. Adaptado.
O texto lido acima revela condições sociais urbanas que se
agravam aceleradamente, no mundo todo, principalmente
no Brasil. Uma dessas condições é a expansão das cidades
dos países denominados emergentes. Sobre estes, é
CORRETO afirmar que
(A) possuem uma situação política instável e adotam,
como modelo econômico, o centralismo estatal e o
planejamento estratégico.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
(B) apresentam níveis de produção e exportação em
crescimento e acatam investimentos de empresas
estrangeiras nos diversos setores da economia.
(C) revelam considerável aumento das desigualdades
sociais, associado à diminuição do Produto Interno
Bruto (PIB).
(D) investem, cada vez menos, nos mercados de capitais e
em setores de infraestrutura, como rodovias, portos,
hidrelétricas.
(E) reúnem poucas reservas de recursos minerais e
possuem mão de obra em pequena quantidade e
pouco qualificada.
5. UFTM/2012 “Embora a expansão de uma imensa
infraestrutura de telecomunicações, ocorrida nas últimas
décadas, tenha viabilizado a circulação de informações e
de capitais de maneira instantânea e em escala planetária,
é importante entender que a maior parte desses fluxos tem
ocorrido entre organismos estatais, empresas privadas,
instituições financeiras e bolsas de valores sediadas nas
chamadas cidades globais.”
(BOLIGIAN, Levon; ALVES, Andressa. Geografia, espaço e
vivência. v. 3. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 128.)
Sobre essas cidades globais, caracterizadas parcialmente
no texto acima, identifique a alternativa correta:
(A) Todas as cidades globais estão no topo da hierarquia
urbana mundial como centros articuladores dos fluxos
gerados pela globalização econômica. São exemplos:
Nova York, Londres, Tóquio, Paris, Frankfurt e
Zurique.
(B) As sedes das grandes corporações estão nas cidades
globais, onde são tomadas decisões sobre a produção
fragmentada das multinacionais espalhadas pelo
mundo rico.
(C) A maioria das cidades globais está localizada em
países pobres, desenvolvidos devido à estrutura
tecnológica disponível. Funcionam como polos
articuladores da rede geográfica de fluxos de
informações e de capital.
(D) A Organização das Nações Unidas denomina
megacidades as metrópoles com mais de 10 milhões
de habitantes, por isso todas elas são cidades globais.
(E) Embora a globalização tenha expandido os fluxos de
comunicação e circulação de capitais e de
informações em escala planetária e instantânea, a
maior parte desses fluxos está nos países mais pobres,
que oferecem mão-de-obra barata e abundante
matéria-prima.
6. UNEMAT/2012 Sobre o papel que algumas cidades
assumem no atual período da globalização, analise as
assertivas.
I. Essas cidades funcionam como centros polarizadores do
grande fluxo de mercadorias, capitais e informações
existentes na atualidade. Nelas estão situadas as grandes
corporações transnacionais e decisões ali tomadas
podem afetar a organização de territórios na escala
planetária.
II. Essas cidades, situadas em países não desenvolvidos,
funcionam como centros econômicos autônomos dentro
dos seus próprios territórios, uma vez que estruturam
674

suas economias inteiramente voltadas para o mercado
mundial.
É o caso de Cingapura e Hong Kong, que se constituem
polos internacionalizados da macroeconomia do Sul e
Sudeste asiáticos.
As assertivas I e II fazem referência, respectivamente, a:
(A) cidades regionais e cidades globais.
(B) cidades-Estado e cidades globais.
(C) cidades-Estado e cidades regionais.
(D) cidades regionais e cidades-Estado.
(E) cidades globais e cidades-Estado.
7. UECE/2012 A partir do conhecimento produzido que
move as reflexões sobre o entendimento do espaço
urbano, analise as afirmações a seguir:
I. “O espaço urbano é produzido através das aspirações
e necessidades de uma sociedade de classes.”
II. “O modo de ocupação de um determinado lugar da
cidade se dá a partir da necessidade de realização de
determinada ação (...)”
III. “O espaço urbano aparece como movimento
historicamente determinado num processo social (...)
que hoje está associado à propriedade privada da
Terra.”
(A) I e II apenas. (B) I e III apenas.
(C) II e III apenas. (D) I, II e III.
8. FGVSP/2012 A urbanização - o aumento da parcela
urbana na população total - é inevitável e pode ser
positiva. A atual concentração da pobreza, o crescimento
das favelas e a ruptura social nas cidades compõem, de
fato, um quadro ameaçador. Contudo, nenhum país na era
industrial conseguiu atingir um crescimento econômico
significativo sem a urbanização. As cidades concentram a
pobreza, mas também representam a melhor oportunidade
de se escapar dela. Situação da População Mundial 2007:
desencadeando o potencial de crescimento urbano.
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 2007, p. 1.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
coerente com os argumentos do texto:
(A) No mundo contemporâneo, os governos devem
substituir políticas públicas voltadas ao meio rural por
políticas destinadas ao meio urbano.
(B) A urbanização só terá efeitos positivos nas economias
mais pobres se for controlada pelos governos, por
meio de políticas de restrição ao êxodo rural.
(C) A concentração populacional em grandes cidades é
uma das principais causas da disseminação da
pobreza nas sociedades contemporâneas.
(D) Nos países mais pobres, o processo de urbanização é
responsável pelo aprofundamento do ciclo vicioso da
exclusão econômica e social.
(E) Os benefícios da urbanização não são automáticos,
pois há necessidade da contribuição das políticas
públicas para que eles se realizem.
9. PUCSP/2012 A cidade tem sido sempre o lugar da
liberdade, um lugar de refúgio para os pobres e
desenraizados. E para minorias de todos os tipos, que
encontraram proteção na cidade […] A diversidade de
origem é uma constante da população das cidades. A
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
cidade tem sido com frequência o espaço da coexistência e
da mestiçagem. Isso não foi produzido sem dor e
dificuldades. Porém, tem gerado sempre consequências
positivas para as áreas urbanas e para o desenvolvimento
da cultura em geral. Sempre nas cidades essa diversidade
tem sido maior que nas áreas rurais e, maior nas grandes
cidades do que nas pequenas. E tudo isso em todas as
épocas, países e cultura.‖
(Horacio CAPEL. Los inmigrantes en la ciudad.
Crecimiento económico, innovación y conflicto social [Os
imigrantes na cidade. Crescimento económico, inovação e
conflito social] In: Scripta Nova. Revista Electrónica de
Geografía y Ciencias Sociales. Barcelona:
Universidad de Barcelona, Nº 3, 1 de mayo de 1997,
http://www.ub.es/geocrit/sn-3.htm, acesso em 11 de outubro de
2011, tradução nossa)
Considerando o texto é correto afirmar que
(A) é da natureza das grandes cidades a diversidade
cultural e étnica, visto que não há grandes populações
urbanas homogêneas, já que as cidades, em razão de
suas múltiplas atividades e possibilidades, têm um
poder de atração bastante abrangente.
(B) grandes cidades, quanto mais desenvolvidas,
notabilizam-se por terem populações homogêneas do
ponto de vista étnico e cultural, isso porque há
dificuldades para o desenvolvimento, quando se
depende de relações entre pessoas muito diferentes.
(C) a generosidade na recepção de imigrantes é uma
condição que as cidades modernas perderam, na
Europa, e também no Brasil, em vista dos encargos
que os imigrantes impõem, sem retorno econômico
equivalente.
(D) as inevitáveis dificuldades de convivência nas cidades
entre os imigrantes e os nativos agravam-se quando a
imigração é estrangeira, pois se nacional ela é
recebida sem preconceitos, como ocorre na metrópole
de São Paulo.
(E) o fenômeno migratório gerou nas cidades modernas
muita riqueza econômica e cultural, mas atualmente
isso não mais ocorre, pois a fase original de
povoamento das grandes cidades já foi completada e
atualmente elas não comportam novos contingentes
populacionais.
10. UNIMONTES/2012 Com o crescimento das cidades,
desenvolvem-se vários processos socioespaciais. A
descentralização comercial é um desses e se caracteriza
pelo(a)
(A) concentração de atividades econômicas no núcleo
político-administrativo da cidade.
(B) surgimento de novos espaços comerciais na zona
periférica, como os subcentros.
(C) aumento de habitações verticalizadas na periferia
urbana.
(D) desenvolvimento de mecanismos especulativos com a
criação de novos loteamentos.
11. UECE/2012 A partir do conhecimento produzido que
move as reflexões sobre o entendimento do espaço
urbano, analise as afirmações a seguir:
I. “O espaço urbano é produzido através das aspirações
e necessidades de uma sociedade de classes.”
675

II. “O modo de ocupação de um determinado lugar da
cidade se dá a partir da necessidade de realização de
determinada ação (...)”
III. “O espaço urbano aparece como movimento
historicamente determinado num processo social (...)
que hoje está associado à propriedade privada da
Terra.”
(A) I e II apenas. (B) I e III apenas.
(C) II e III apenas. (D) I, II e III.
12. IFMT/2012 “Embora a expansão de uma imensa
infraestrutura de telecomunicações, ocorrida nas últimas
décadas, tenhaviabilizado a circulação de informações e
de capitais de maneira instantânea e em escala planetária,
é importante entender que a maior parte desses fluxos tem
ocorrido entre organismos estatais, empresas privadas,
instituições financeiras e bolsas de valores sediadas nas
chamadas cidades globais.”
(BOLIGIAN, Levon; ALVES, Andressa. Geografia, espaço e
vivência. v. 3. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 128.)
Sobre essas cidades globais, caracterizadas parcialmente
no texto acima, identifique a alternativa correta:
(A) Todas as cidades globais estão no topo da hierarquia
urbana mundial como centros articuladores dos fluxos
gerados pela globalização econômica. São exemplos:
Nova York, Londres, Tóquio, Paris, Frankfurt e
Zurique.
(B) As sedes das grandes corporações estão nas cidades
globais, onde são tomadas decisões sobre a produção
fragmentada das multinacionais espalhadas pelo
mundo rico.
(C) A maioria das cidades globais está localizada em
países pobres, desenvolvidos devido à estrutura
tecnológica disponível. Funcionam como polos
articuladores da rede geográfica de fluxos de
informações e de capital.
(D) A Organização das Nações Unidas denomina
megacidades as metrópoles com mais de 10 milhões
de habitantes, por isso todas elas são cidades globais.
(E) Embora a globalização tenha expandido os fluxos de
comunicação e circulação de capitais e de
informações em escala planetária e instantânea, a
maior parte desses fluxos está nos países mais pobres,
que oferecem mão-de-obra barata e abundante
matéria-prima.
13. FACISA/2012 A rede urbana é formada pelo sistema
de cidades existentes no território de cada país,
interligadas umas às outras através dos sistemas de
transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas,
mercadorias, informações, entre outros.
Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que
(A) as redes urbanas dos países subdesenvolvidos,
principalmente daqueles de baixo nível de
industrialização, são bastante articuladas porque esses
países dependem da exportação.
(B) as redes urbanas dos países desenvolvidos são mais
densas e articuladas, pois tais países apresentam uma
economia mais complexa, alta industrialização e
amplo mercado interno.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
(C) as redes urbanas das áreas das megalópoles, como o
nordeste e costa oeste dos Estados Unidos, são pouco
conectadas.
(D) as redes urbanas dos países subdesenvolvidos são
mais densas e articuladas, pois tais países apresentam
uma economia menos complexa, baixa
industrialização e pequeno mercado interno.
(E) a existência de um grande número de cidades
pequenas, numa dada região, indica que a sua rede
urbana é densa, pois, pelo fato de serem pequenas,
são cidades interligadas por diversos fluxos.
14. FECEA/2012 Leia o texto a seguir.
“Algumas cidades tornaram-se centros do poder. Elas
coordenam e centralizam atividades terciárias [...] e são
promotoras da integração das economias nacionais com
os mercados globais. Conhecidas como cidades globais;
elas constituem espaços
essenciais de administração, coordenação, planejamento
da economia capitalista nesta época de globalização”
(TERRA, Ligia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES Raul B.
Conexões Estudos de Geografia Geral e do Brasil. São Paulo,
Moderna, 2008, p.403).
Tendo por base as características das cidades globais,
analise as proposições:
I. São polos financeiros, comerciais e de serviços.
Por elas transitam a maior parte do dinheiro que
alimenta os mercados financeiros internacionais.
Contam com investimentos em tecnologia de
ponta.
II. Integram-se a redes mundiais por um conjunto de
atividades que caracterizam a fase da economia
atual, com serviços especializados e alta tecnologia
para a indústria e para o comércio.
III. Têm profunda integração com a economia global,
irradiam progressos tecnológicos e polarizam os
fluxos das redes mundiais.
IV. As cidades globais possuem boa infraestrutura,
comandam as atividades produtivas e sediam
grandes empresas transnacionais.
V. A maior parte das cidades globais no mundo
localizam-se em países subdesenvolvidos, como:
Estados Unidos, Japão, Alemanha e Argentina.
Considerando as proposições, indique a opção
CORRETA:
(A) apenas as proposições I e II estão corretas;
(B) apenas as proposições I, II e III estão corretas;
(C) apenas as proposições I, III e V estão corretas;
(D) apenas as proposições I, II, III e IV estão corretas;
(E) as proposições I, II, III, IV e V estão corretas.
15. FECEA/2012 Os ecossistemas são ambientes naturais
que se caracterizam pela autosuficiência,( sic) isto é
produzem tudo o que necessitam consumir. Uma floresta,
por exemplo, é formada de vegetais produtores de
alimentos, em quantidade suficiente para a alimentação
de todos os seres – animais e vegetais que habitam. [...]
Há assim uma reciclagem, uma troca constante de
matéria dentro do ecossistema. Por isso dizemos que ele é
auto-suficiente(sic). Não há a necessidade de se introduzir
nenhum material de fora e nem retirar subprodutos. Mas
676
 CAPÍTULO XV

na cidade não é assim. Ela não é auto-suficiente(sic). (B) Nova York, Detroit, Washington, Campinas,
Necessita de uma porção de matérias-primas que vêm de Amsterdã e Luxemburgo.
fora, e geram uma série de subprodutos que precisam ser (C) Boston, Nova York, Cleveland, Chicago, Tóquio,
eliminados, sob pena de causar a poluição de todo o Baltimore e Washington.
sistema. (D) Boston, Washington, São Paulo, Detroit, Campinas,
(BRANCO, Samuel Murgel. Ecologia da Cidade. São Amsterdã e Manchester.
Paulo,Moderna, 1991). (E) Paris, Manchester, Cleveland, Chicago, Tóquio,
Baltimore e Luxemburgo.
Tendo por base as informações do texto e os
conhecimentos sobre essa temática, assinale a alternativa 18. UNISC/2012 Observe a tabela abaixo referente às
CORRETA: maiores aglomerações urbanas do mundo nos respectivos
(A) As cidades são áreas de consumo e de processamento períodos.
de matérias-primas e produzem, por consequência, As 10 maiores aglomerações urbanas do mundo
uma grande quantidade de resíduos que, se não Populações das áreas metropolitanas, em milhões de
tiverem tratamento adequado, vão comprometer a habitantes.
qualidade de vida de suas populações.
(B) A poluição atmosférica é um dos problemas
ambientais mais sérios das cidades, porém, raramente,
compromete a qualidade de vida das populações das
grandes cidades.
(C) A “ilha de calor” é o único fenômeno típico das
grandes aglomerações urbanas. Resulta da elevação
das temperaturas médias nas zonas centrais da
mancha urbana, em comparação com as zonas
periféricas e rurais.
(D) A substituição da vegetação por grande quantidade de
casas, prédios, ruas, avenidas e uma série de outras
construções contribui para um equilíbrio sustentável
no ambiente urbano.
(E) A única solução encontrada, até hoje, para o destino
do lixo urbano é a dos aterros sanitários, apesar de
serem estes os principais responsáveis pela
contaminação dos mananciais, comprometendo a
qualidade das águas.
16. FECEA/2011 O termo megalópole foi idealizado nos
primeiros anos do Século XX pelo escocês Patrick
Geddes, considerado o pai do planejamento regional.

Pode-se indicar como características das megalópoles:

I. Considerada uma megametrópole.

II. Uma conurbação de metrópoles.
III. Regiões de intenso desenvolvimento urbano.
IV. As áreas rurais estão praticamente ausentes.

Entre as alternativas apresentadas, estão corretas:

(A) I e III. (B) II, III e IV. (C) I, II e IV.
(D) I, II e III. (E) I, II, III e IV.

17. FECEA/2011 “Em 2030, a população urbana vai

superar os 05 bilhões. Um estudo publicado pela ONU –
UN-HABITAT (United Nations Human Settlements
Programmes) sinaliza, nos próximos anos, um grande
deslocamento da população para as grandes cidades, Considere as seguintes afirmativas:
especialmente no chamado Terceiro Mundo, com o I. Em 1950, as maiores aglomerações urbanas do
surgimento de megalópoles de mais de vinte milhões de mundo ficavam concentradas em países
moradores.” desenvolvidos. Hoje, cada vez mais, elas se
http://www.pime.org.br/mundoemissao/estatisticasmundo2.htm.
localizam em países em desenvolvimento.
II. Metrópoles desenvolvidas como Tóquio, Nova York
Com base no fragmento textual sobre as megalópoles,
e Paris apresentaram crescimento populacional em
assinale a alternativa que indique aquelas que são
todos os anos indicados.
consideradas megalópoles contemporâneas.
III. Megacidades são cidades ou áreas metropolitanas
(A) Boston, Paris, São Paulo, Chicago, Tóquio, Amsterdã
com mais de 10 milhões de habitantes. O aumento do
e Campinas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 677

número de cidades nessas condições, no período
analisado, é inexpressivo no contexto global.
IV. Entre as cidades que apresentaram crescimento
significativo no período analisado, estão Cidade do
México, Mumbai e São Paulo.
V. Atualmente, parcela significativa das aglomerações
urbanas mundiais está localizada no continente
europeu.
Assinale a alternativa que contém somente as afirmativas
corretas.
(A) I, II, III. (B) I, III, V. (C) II e V.
(D) III e IV. (E) I e IV.
19. ESPCEX/2011 “Nas áreas urbanas, em média, a
precipitação anual é 5% superior e o número de dias de
chuva é 10% maior do que nas áreas rurais adjacentes.
Além disso, as chuvas torrenciais são mais comuns nas
cidades”.
(Magnoli & Araujo, 2004, p.176).
O fenômeno descrito acima deve-se a alguns fatores
comuns às grandes cidades, dentre os quais pode ser
citado:
(A) o acúmulo de praças e grandes áreas verdes na porção
central das grandes cidades.
(B) o excesso de concreto, que transfere calor para o
ambiente e diminui a temperatura das áreas centrais.
(C) a elevada presença de material particulado em
suspensão, contribuindo para a condensação da água
na atmosfera e precipitação de chuva.
(D) a elevada evapotranspiração nas cidades,
especialmente em áreas de canais e esgotos.
(E) a presença de massas de ar frias nas áres centrais e
consequente aumento da precipitação de chuva.
20. UNAMA/2012.2 As cidades estão ligadas entre si por
uma estrutura de transportes e de meios de comunicação,
formando uma rede urbana na qual se estabeleceram
fluxos de mercadorias, pessoas e informações. As relações
nessa rede urbana são hierárquicas, pois algumas cidades
exercem papel de comando, estando no topo da hierarquia
urbana: são as cidades globais e as metrópoles.
(Adaptado de Lucci, E, A. Geografia Geral e do Brasil, p.262.)
Sobre as cidades globais e as metrópoles, é correto afirmar
que
(A) as metrópoles são cidades com mais de 10 milhões de
habitantes, principalmente nos países pobres, são
ricas em contrastes socioeconômicos, fato que as
tornam atraentes para investimentos de
conglomerados internacionais.
(B) as metrópoles são cidades populosas, adaptadas à
economia globalizada, são conhecidas também como
megacidades, pois apresentam altas densidades
demográficas, sempre superiores a 15 milhões de
habitantes.
(C) as cidades globais são aquelas que concentram
significativa movimentação financeira, as sedes de
grandes empresas ou escritórios, filiais de
multinacionais, importantes centros de pesquisas,
importantes universidades, bolsas de valores e
eficientes sistemas de telecomunicações.
(D) as cidades globais localizam-se preferencialmente em
países em desenvolvimento, pois os mesmos
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
constituem grandes polos de atração de
investimentos, apresentam-se articuladas entre si e
com o mercado externo em função de seus
equipamentos urbanos que determinam a
funcionalidade da rede urbana regional.
21. UFG/2012.2 Leia a tabela a seguir.
De acordo com os dados da tabela acima, metade da
população mundial (50%) vivia em 2010 nas cidades,
sendo que a previsão da ONU para 2015 é que este
porcentual será de 54%. Estes indicadores apontam a
intensificação do processo de urbanização no mundo.
Considerando-se a tabela e os conhecimentos a respeito do
processo de urbanização, constata-se que, nas regiões
(A) mais desenvolvidas, de maior concentração
populacional, predominam fatores de urbanização do
tipo repulsivo provocada pelo êxodo rural.
(B) menos desenvolvidas, o processo de urbanização tem
resultado no rápido crescimento das metrópoles e
megalópoles, tais como São Paulo, Cidade do
México, Mumbai, Nova Déli, Calcutá, dentre outras.
(C) menos desenvolvidas, predominam os fatores
atrativos de urbanização decorrentes dos processos de
industrialização cujo locus é o espaço urbano.
(D) mais desenvolvidas, a macrocefalia urbana é uma
condição de crise permanente das cidades e se
manifesta na existência de cortiços e favelas.
(E) menos desenvolvidas, a taxa de crescimento urbano é
menor que nas mais desenvolvidas, em função da
diminuição dos fatores atrativos de urbanização,
como a industrialização.
22. PUCRS/2012.2 Algumas cidades, como Zurique,
Nova York e Tóquio, constituem centros de poder, sendo
classificadas como “cidades globais”.
São características comuns das cidades globais
I. transitar com grande parte do capital que abastece
os mercados financeiros Internacionais.
II. contar com investimentos em tecnologia de ponta.
III. sediar grandes empresas transnacionais.
IV. apresentar forte integração com a economia global
e polarizar os fluxos das redes mundiais.
Estão corretas as afirmativas
(A) I e II, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
678

23. UFTM/2012.2 Analise as informações sobre a
expansão das megacidades.
Assinale a alternativa correta sobre as megacidades.
(A) Concentravam-se nos países ricos mas, desde 2005,
estão principalmente presentes nos continentes
americano e africano.
(B) Em 2025 estarão principalmente concentradas na
Europa e África.
(C) Com o envelhecimento da população, deixarão de
existir na Europa.
(D) Concentravam-se nos países ricos, mas serão maioria
nos países asiáticos em 2025.
(E) A partir de 2015 serão a maioria das cidades da Ásia.
24. UNICENTRO/2013.1 Sobre o processo de
urbanização mundial, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) O processo de industrialização original, também
chamado de Revolução Industrial, foi o grande
responsável pela intensificação da urbanização nos
países desenvolvidos.
(B) Tradicionalmente, a urbanização dos países
desenvolvidos foi motivada pela liberação da mão de
obra no campo, devida à mecanização agrícola bem
como à atração exercida pelas cidades, com maior
oferta de emprego, melhores salários e melhor
atendimento à saúde e à educação.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XV
(C) Atualmente, o processo de urbanização tem menor
intensidade nos países desenvolvidos, mas ainda é
muito acelerado em muitos países em
desenvolvimento e/ou subdesenvolvidos. Portanto, a
população urbana vem crescendo mais nos países
menos desenvolvidos do que nos países mais ricos e
desenvolvidos.
(D) O acelerado processo de urbanização em países
menos desenvolvidos criou, nas cidades, problemas
como ocupações irregulares, favelização de parte da
população, infraestrutura de transporte e saneamento
básico insuficiente, bem como problemas na oferta
dos serviços públicos de saúde e educação.
(E) Atualmente, a poluição do ar, do solo e da água, a
poluição visual e sonora e o trânsito caótico são
problemas que afetam principalmente as cidades
médias dos países subdesenvolvidos. Esses problemas
já foram resolvidos nas megalópoles e nas cidades
globais, tanto nos países ricos, como nos países em
desenvolvimento.
25. UEAM/2013 O termo megalópole foi criado na
década de 1960 pelo geógrafo francês Jean Gottmann para
descrever as aglomerações urbanas norte-americanas.
Atualmente existem várias megalópoles distribuídas pelo
mundo, mas independentemente da localidade, essas
regiões apresentam características comuns.
A respeito das megalópoles, é correto afirmar que
(A) são formadas por metróples conurbadas, porém com
fraca integração econômica.
(B) englobam apenas cidades de grande porte
especializadas nas áreas de tecnologia da informação.
(C) os cinturões hortifrutigranjeiros e bacias leiteiras são
inexistentes nessas regiões.
(D) possuem elevada concentração populacional e intenso
fluxo de mercadorias e de serviços.
(E) a circulação é prejudicada pela inexistência de
sistemas de transporte interligando as diversas
regiões.
26. CEFETAL/2012 Megacidades são cidades com mais
de 10Vmilhões de habitantes. Atualmente elas são mais
comuns em países subdesenvolvidos.
Assinale a afirmação que contém apenas megacidades da
América Latina.
(A) Nova Iorque, Los Angeles e Ottawa.
(B) Tóquio, Xangai e Calcutá.
(C) Cairo, Lagos e Cabo.
(D) Rio de Janeiro, Caracas e Santiago
(E) São Paulo, Buenos Aires e Cidade do México.
27. UEPA/2013.1 O espaço urbano industrial atual é
caracterizado por uma maior fluidez, resultado do atual
período técnico-científico informacional. Essa fluidez
influencia em diversas atividades, como as financeiras,
administrativas e científicas dentre outras. Uma das
consequências desse período atual é o surgimento das
metrópoles, conhecidas como cidades globais. A respeito
dessas cidades é correto afirmar que:
(A) são metrópoles mundiais que apresentam centros de
poder político nacional e internacional, centros
bancários, de seguros e serviços financeiros, sedes de
679
 CAPÍTULO XV

grandes companhias como conglomerados e milhões de habitantes: Cidade do México, Buenos

multinacionais, e centros universitários de pesquisa
de alta tecnologia, como ocorre em Hong Kong.
(B) são centros nacionais que têm como área de
influência seu país, em razão de suas atividades
financeiras, administrativas,científicas e, no campo da
informação, estarem vinculados às cidades médias e
suas metrópoles regionais.
(C) são grandes aglomerações urbanas que funcionam
como centros de baixa influência nacional devido à
precariedade em suas infraestruturas urbanas e no
sistema de telecomunicações, tornando-se centros de
comércio com pouca influência no mercado nacional.
(D) são metrópoles nacionais que, nas últimas décadas,
passaram a influenciar exclusivamente em seu
entorno, através de uma rede bastante hierarquizada
que controla e articula a produção econômica de seu
país.
(E) são centros de comando do sistema capitalista, que
apresentam baixo nível depolarização nos fluxos de
redes mundiais o que contribui para a perda do
controle e da articulação da produção econômica
mundial.
28. MACKENZIE/2013.1 Observe o mapa para
responder a questão.
Aires, Brasília, São Paulo e Montevidéu.
(B) a grande oferta de moradias verificada na última
década, resultante de políticas governamentais e
empreendimentos privados da construção civil,
praticamente eliminou o déficit habitacional,
estabelecendo um equilíbrio entre demanda e oferta
nesse setor.
c) o acelerado crescimento econômico do Brasil,
verificado na última década, acelerou, também, a taxa
de urbanização, a redução do nível de pobreza e a
desigualdade econômica, colocando-o entre os
primeiros países na igualdade de distribuição de
renda, ao lado de Guatemala, Argentina e Uruguai.
(C) nas últimas décadas, o crescimento demográfico tem
se apresentado mais lento. Reduziram, também, o
ritmo de crescimento da aglomeração nas grandes
metrópoles e o deslocamento do campo para a cidade.
(D) o desenvolvimento sustentável das cidades
acompanha a sensível melhoria da qualidade de vida
da população, a eliminação da pobreza e da
desigualdade e a redução da violência.
30. FIP/2013.1
POPULÇÃO URBANA

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=368562&

O mapa acima foi retirado de um sítio da internet. A partir

dele, alguns cartógrafos discutiam propostas para
representar um determinado fenômeno espacial. Assinale
a alternativa correta a respeito desse fenômeno. Os dados acima confirmam que
(A) Principais centros da indústria automobilística no (A) até 2025, o número de cidades com mais de 10
mundo, voltadas para os mercados interno e externo. milhões de habitantes passará de 30 para 37.
(B) Áreas com produção de matérias-primas para (B) a população urbana da África concentra-se nas
exportação. cidades de Lagos e Kinshasa.
(C) Maiores centros produtores de petróleo com (C) na China e na Índia é grande o número de
reduzidos índices de consumo per capita do produto. megacidades.
(D) Regiões com fortes pressões demográficas associadas (D) a porcentagem de urbanos no continente europeu
a elevados índices de natalidade. situa-se entre 25 e 50%
(E) Regiões que apresentam megalópoles já formadas ou
extensas áreas conurbadas. GABARITO
1. A 2. D 3. D 4. B 5. A
29. UFP/2013.1 Um olhar recente sobre o comportamento 6. E 7. D 8. E 9. A 10. B
do processo de urbanização na América Latina permite 11. D 12. A 13. B 14. D 15. A
afirmar que: 16. B 17. C 18. E 19. C 20. C
(A) em torno de 80% da população vive em áreas urbanas 21. B 22. E 23. D 24. E 25. D
e apresenta cinco megacidades com mais de cinco 26. E 27. A 28. E 29. D 30. C

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 680


CAPÍTULO XVI - INDUSTRIALIZAÇÃO - AS
REVOLUÇÕES E CLASSIFICAÇÕES
INDUSTRIAIS
A) PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Iniciada por volta de 1750, estendendo-se até por volta de
1870. A Inglaterra foi a pioneira do processo que
posteriormente estendeu-se por outros países da Europa,
tais como a França, Alemanha e Holanda.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
► A fonte de energia básica provinha da queima do
carvão mineral;
► Evolução do artesanato para manufatura
► Surgimento de um grande número de pequenos
estabelecimentos industriais;
► A etapa foi marcada por um período de grandes
invenções, onde podemos destacar o tear mecânico, a
máquina a vapor entre outras;
► Foi a etapa que deu origem ao capitalismo industrial ou
concorrencial;
► As atividades eram basicamente manufatureiras;
► O fim do feudalismo, a ascensão da burguesia
mercantil e o metalismo deram uma grande contribuição
para o desenvolvimento do processo etc,
B) SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O processo teve início no final do Séc. XVIII, por volta de
1870. A Alemanha, EUA, Japão se destacaram nessa etapa.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVI
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
► A descoberta da eletricidade, dos motores elétricos, dos
motores a combustão, o avanço da química foram
responsáveis pelas inovações tecnológicas que
desencadearam o processo.
► Surgimento dos grandes grupos empresariais
( formação dos trustes, cartéis, holding etc )
► O petróleo é a principal fonte de energia;
► Os setores mais importantes passam a ser a siderurgia e
a metalurgia e no séc. XX, a petroquímica e a indústria
automobilística;
► O capitalismo concorrencial é substituído pelo
capitalismo monopolista.
► Desenvolvimento de modelos organizacionais de
produção industrial, destacando-se o Taylorismo e o
Fordismo;
► Crescente emprego de operários especializados;
► Inúmeras pequenas empresas desaparecem.
C ) TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Iniciada nas últimas décadas do século XX, também conhecida
como Revolução Tecnológica e Científica.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
► Desenvolvimento dos setores de tecnologia de ponta,
onde podemos destacar: nanotecnologia, biotecnologia,
engenharia genética, robótica, softwares, hardwares,
microeletrônica, engenharia aeroespacial,
desenvolvimento de supercondutores, engenharia nuclear,
materiais supercondutores, cabos de fibra óptica, infovias
etc.
► Desenvolvimento de novas fontes de energia, com
maior destaque para a energia nuclear, solar, biomassa,
marémotriz etc.
► Emprego crescente de trabalhadores com elevado grau
de qualificação e especialização profissional;
► Crescente automação das linhas de produção,
responsável pelo crescimento do desemprego estrutural;
► Fusão de grandes grupos empresariais
► Maior dispersão da indústria no espaço geográfico;
► Introdução de novos modelos de gerenciamento
industrial, destacando-se o Toyotismo, o Just-in-time e o
pós-fordismo;
► Surgimento dos Tecnopolos;
► Crescente terceirização da produção industrial
► Consolidação do capitalismo financeiro etc.
681
 CAPÍTULO XVI

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 682


CAPÍTULO XVII - MODELOS DE
INDUSTRIALIZAÇÃO:
A) INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA OU
ORIGINAL:
É típica dos países desenvolvidos ou centrais, que
atravessaram todas as etapas da Revolução Industrial.
São detentores de tecnologias de ponta, possuem um
parque industrial diversificado e competitivo.
B) INDUSTRIALIZAÇÃO PLANIFICADA
Surgiu nas primeiras décadas do Séc. XX na Ex-URSS,
irradiando-se posteriormente para outras nações socialistas
do mundo.
O Estado era responsável por todo o planejamento e
desenvolvimento da atividade industrial, pois controlava
os meios de produção. A base da industrialização apoiou-
se nas indústrias de bens de produção e bens de capital,
ficando para segundo plano as chamadas indústrias de
bens de consumo, uma vez que os países socialistas não
incentivam o mesmo.
C) INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA DO TIPO
SUBSTITUTIVA
É típica dos países periféricos emergentes, que
desenvolveram a atividade industrial, sobretudo, após a II
Grande Guerra Mundial.
A Industrialização é tardia uma vez que ocorreu muito
tempo após a I Revolução Industrial, do Tipo Substitutiva,
pois na maioria dos casos, apoiou-se na necessidade de
substituir as importações, principalmente por ocasião das
II Grandes Guerras e apoiada no capital internacional, na
medida em que os setores mais modernos da economia são
controlados por empresas multinacionais.
Predominam as indústrias de bens de consumo duráveis e
não duráveis, que exigem menor volume de investimento
e garantem o retorno mais imediato do capital investido.
A presença de indústrias de ponta ainda é muito pequena
na maioria dos países.
FATORES LOCACIONAIS
São aqueles indispensáveis para a instalação de um parque
industrial em qualquer região do planeta. São eles que
atraem os investimentos industriais. Ex:
► matérias-primas;
► fontes de energia;
► mão-de-obra de baixa qualificação e remuneração;
► mão-de-obra qualificada de alta remuneração;
► mercado consumidor;
► infraestrutura de transportes, energia, comunicações,
água;
► incentivos fiscais;
► facilidades para remessa de lucros
A INTERNACIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
A internacionalização da produção industrial ocorreu a
partir da 2ª metade do século XX.
Os investimentos feitos pelas empresas multinacionais nos
países em desenvolvimento ( considerados na época,
pertencentes ao 3º Mundo ), apoiaram-se nas seguintes
vantagens comparativas:
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVII
► mão de obra mais barata
► política de incentivos fiscais
► facilidades para remessa de lucros ao exterior
► legislação ambiental mais flexível
► legislação trabalhista mais flexível
► estabilidade política etc.
A partir da década de 1990, quando a consolidação do
processo de globalização avançou num ritmo mais
acelerado, outros fatores contribuíram para atrair
investimentos estrangeiros, destacando-se:
► o desenvolvimento dos meios técnicos-científicos-
informacionais
► a presença de trabalhadores qualificados
► a existência de uma logística de transportes, energia e
comunicações etc
A internacionalização daprodução industrial permitiu a
fabricação de muitos bens com a utilização de
componentes procedentes de diferentes partes do mundo
e, assim, impulsionou fortemente o comércio
internacional, que nos últimos anos cresceu a um ritmo
mais acelerado do que o do crescimento do PIB mundial.
A TERCEIRIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
INDUSTRIAL
Esta tendência cresceu no mundo a partir do final da
década de 1990, apresentando as seguintes vantagens:
► redução dos encargos trabalhistas
► eliminação quase total das ações trabalhistas
► maior lucratividade
► atuação mais ampla no espaço geográfico mundial,
conquistando mercados consumidores
► redução dos encargos fiscais etc.
Um exemplo famoso de terceirização é o da Nike,
empresa que não possui uma fábrica no mundo.
CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS:
A) INDÚSTRIAS DE BENS DE PRODUÇÃO
Usina Siderúrgica de Volta Redonda ( CSN )
Também chamadas de indústrias de base, pesadas ou
intermediárias. São assim chamadas pois transformam
683

uma grande quantidade de matéria-prima e energia, tendo
como principais exemplos: siderurgia, metalurgia,
petroquímicas, carboquímicas, cimento etc. Tais
indústrias tendem a se localizar nas proximidades das
fontes fornecedoras de matérias-primas, portos, ferrovias,
em áreas com grande disponibilidade de energia, água etc.
B) INDÚSTRIAS DE BENS DE CAPITAL
É aquela que produz máquinas, equipamentos e
ferramentas para outras atividades produtivas. Elas
tendem a se localizar nas grandes regiões industriais, onde
estão localizadas as indústrias e atividades que consomem
o que produzem.
C) INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO
São aquelas que produzem bens consumidos diretamente
pela sociedade. São as mais dispersas no espaço
geográfico, porém concentrando-se nas proximidades dos
grandes mercados consumidores. Empregam uma mão-de-
obra bastante diferenciada.
Estão divididas em dois tipos:
C.1 – INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO
DURÁVEIS EX: automóveis, eletrodomésticos,
mobiliários aparelhos eletrônicos
C.2 – INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO NÃO
DURÁVEIS: EX: alimentos, bebidas, remédios etc.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVII
AS INDÚSTRIAS TAMBÉM PODEM SER
CLASSIFICADAS SEGUNDO A SUA FUNÇÃO:
A) INDÚSTRIAS GERMINATIVAS – São
responsáveis pelo aparecimento de outras
indústrias. Ex: petroquímica, carboquímica,
automobilística etc.
B) INDÚSTRIAS DE PONTA – São as indústrias
mais dinâmicas de um país, que comandam a
produção industrial. Ex: indústria automobilística,
química etc.
AS INDÚSTRIAS TAMBÉM PODEM SER
CLASSIFICADAS SEGUNDO A TECNOLOGIA:
A) INDÚSTRIAS TRADICIONAIS – São aquelas que
ainda estão relacionadas às vantagens da I Revolução
Industrial. Não empregam tecnologias de ponta no
processo produtivo.
B) INDÚSTRIAS DINÂMICAS - São aquelas ligadas
ao desenvolvimento recente da química, eletrônica e
petroquímica. Utilizam muito capital e tecnologia e
relativamente pouca mão-de-obra Possuem maior
flexibilidade quanto a localização no espaço
geográfico e operam em economia de escala.
SEGUNDO A APLICAÇÃO DOS RECURSOS
FATORES:
A) INDÚSTRIAS DE CAPITAL-INTENSIVAS – as
que aplicam os maiores recursos nos fatores capital e
tecnologia.
B) INDÚSTRIAS TRABALHO INTENSIVAS: As
que empregam os maiores recursos em força de
trabalho
Módulo 17: Industrialização - A organização e
expansão espacial das indústrias
AS MULTINACIONAIS NOS PAÍSES
PERIFÉRICOS
A partir da metade do século XX ocorreu uma expansão
da produção industrial em direção aos chamados países
subdesenvolvidos ou periféricos.
Tal expansão foi determinada por um conjunto de
fatores, com destaque para:
► mão-de-obra abundante e barata;
► investimentos estatais em infraestrutura de transportes,
energia e comunicações;
► processamento de matérias-primas;
► concessão de incentivos fiscais;
► presença de um grande mercado consumidor;
► facilidades para a remessa de lucros;
► doação de terrenos e participação nos investimentos
etc.
Atualmente, constitui como importante fator de atração a
presença de trabalhadores com maior grau de qualificação
profissional, fruto da Revolução Tecnológica e Científica.
684

PRINCIPAIS CONCEITOS:
►TRUSTE – É a reunião de várias empresas que suprime
a autonomia legal e econômica das mesmas, formando
uma só empresa. O problema fundamental dos trustes e
que monopolizam o mercado, impedindo a prática da livre
concorrência.
► CARTEL – É um acordo ou associação de várias
empresas independentes ou autônomas para controlar ou
dominar a produção e o mercado de determinados
produtos. Tem caráter geralmente internacional e, em
alguns casos, é formado até mesmo por países.
► HOLDING - É uma empresa ou organização que
controla outras empresas mediante a aquisição majoritária
das suas ações. Sua função básica não é produzir, mas sim
administrar as outras empresas.
► CONGLOMERADOS – São grupos de empresas que
atuam em diferentes setores ou ramos da economia, sendo
que normalmente nenhuma delas fornece elementos à
linha de produção das demais.
A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
A divisão de atividades e serviços entre os inúmeros
países do mundo recebe o nome de Divisão Internacional
do do trabalho ( DIT ).
Há países que são exportadores de matéria-prima e de
mão-de-obra barata. Caracterizados por uma
industrialização tardia, eles têm, quase sempre, economias
frágeis e sofrem grande número de crises econômicas. E
há países de economia mais forte, industrializados, cujas
crises econômicas ocorrem de maneira esporádica.
Os países de economia frágil necessitam receber
investimentos dos países mais ricos. Então, para atrair
esses investimentos e melhorar suas economias
fragilizadas, oferecem amplas isenções de impostos, leis
ambientais frágeis, entre outras facilidades.
Ao longo do tempo, diferentes combinações das
atividades produtivas entre os países implicaram em
diversas formas de Divisão Internacional do Trabalho. A
DIT expressa, portanto, essas diferentes fases da evolução
histórica do capitalismo: começando pela relação entre
metrópoles e colônias - e chegando às relações em que
países desenvolvidos se agregam a países
subdesenvolvidos ou não industrializados.
Origem da Divisão Internacional do Trabalho
No final do século 15, o ciclo de reprodução do capital
estava assentado, principalmente, na circulação e na
distribuição de mercadorias entre metrópoles e colônias.
As regiões do mundo passaram a desenvolver funções
diferenciadas, uma vez que cada uma se especializou em
fornecer produtos manufaturados, matérias-primas, metais
preciosos etc.
Os diferentes papéis assumidos pelos países inauguraram
a divisão internacional do trabalho, inicialmente
caracterizada pela exportação de manufaturas pelas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVII
metrópoles e pela produção de matérias-primas pelas
colônias.
A necessidade européia de expandir seu capital mercantil
resultou na conquista de novas terras. A partir desse
momento, várias partes do mundo foram submetidas a
uma dinâmica de produção e circulação comandada pelos
europeus. Ou seja, a Europa impunha funções econômicas
a vários outros países. Foi o início de um domínio que se
estende até os nossos dias.
Primeira Divisão Internacional do Trabalho
Com a consolidação do sistema capitalista no século 18,
ocorreu uma intensa transformação no processo produtivo,
a Revolução Industrial. Nesse período, a Divisão
Internacional do Trabalho sofre modificações, causadas
pelo surgimento de um novo modelo de produção, no qual
as fábricas tomam o lugar da produção artesanal. Essa
nova fase irá se estender da Revolução Industrial até a
Segunda Guerra Mundial.
Com a primeira Revolução Industrial (1780-1820), a
Inglaterra surgiu como o país da industrialização,
transformando-se na grande oficina do mundo ao longo do
século 19. A combinação entre seu poder militar e as
formas superiores de produção industrial colocou a
Inglaterra em uma posição de hegemonia na economia
mundial, assumindo o centro do capitalismo mundial.
Nesse momento, o mundo está dividido em países que se
especializaram em fornecer matérias-primas e países que,
utilizando essas matérias-primas, fornecem produtos
industrializados. De forma geral, os primeiros ficaram
atrelados ao subdesenvolvimento - e os demais,
especializados em produzir produtos de maior valor,
desenvolveram-se e tornaram-se líderes do sistema
capitalista.
Segunda Divisão Internacional do Trabalho
A partir do início do século XX, a Inglaterra passou a
registrar sinais de fragilidade na sua condição de potência
hegemônica, agravada por duas guerras mundiais e
também pela crise de 1929. Depois da Segunda Guerra
Mundial, os Estados Unidos assumem, então, a posição de
nação hegemônica.
Essa nova fase do desenvolvimento do capitalismo ficou
conhecida como capitalismo financeiro - e causou novas
modificações na Divisão Internacional do Trabalho. Nessa
época, os países subdesenvolvidos começaram a ser
financiados pelos países detentores de capital, e muitas
empresas passaram a instalar filiais em diferentes nações
do mundo, o que acabou transformando muitos países
subdesenvolvidos - que eram apenas produtores primários
- em exportadores de produtos industrializados, alterando
as relações comerciais que predominavam no mundo.
Outro fato a ser destacado é que o modelo de produção
começou a ser substituído, uma vez que o fordismo não
dava mais conta da demanda e não atendia mais às
exigências do mercado internacional.
685
 CAPÍTULO XVII

Terceira Divisão Internacional do Trabalho ( Nova EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DIT

DIT )

Superada a destruição provocada pela Segunda Guerra

Mundial, a economia mundial voltou a crescer num ritmo
mais acelerado do que antes. As empresas dos países
industrializados assumiram proporções gigantescas,
tornaram-se grandes conglomerados e se expandiram cada
vez mais pelo mundo, encarregando-se de globalizar não
apenas a produção, mas também o consumo.

Assim, desde a década de 1970 assiste-se uma

modificação substancial na Divisão Internacional do
Trabalho, ocasionada por dois vetores principais: o
processo de reestruturação empresarial, acompanhado da
uma nova Revolução Tecnológica, e a expansão de
investimentos de grandes empresas no exterior.

Gradativamente, grandes empresas construíram filiais em

vários países (inclusive subdesenvolvidos e recém-
independentes, na Ásia e na África). Esse processo,
intensificado pela globalização, transformou muitos países
subdesenvolvidos - que, no passado, eram meros
produtores primários - em exportadores de produtos
industrializados, alterando as relações comerciais que
predominavam no mundo.
Essas empresas tornaram-se, assim, multinacionais ou
transnacionais. É o que explica, fundamentalmente, o fato
de alguns países subdesenvolvidos terem se
industrializado nesse período. No entanto, esse processo
de industrialização é desigual, uma vez que os tipos de
indústria e tecnologia empregados não são os mesmos das
matrizes.
Cada vez mais indústrias poluidoras tendem a se instalar
nos países subdesenvolvidos, pois elas consomem grandes
quantidades de matéria-prima e de energia, além de
necessitarem de muita mão-de-obra. Em outras palavras,
as empresas transnacionais têm buscado seus próprios
interesses, sem considerar as conseqüências sociais,
econômicas e ambientais que ocorrem nos países onde
suas filiais estão instaladas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 686


CAPÍTULO XVIII - INDUSTRIALIZAÇÃO - OS
MODELOS ORGANIZACIONAIS DE PRODUÇÃO
IINDUSTRIAL
A) TAYLORISMO
Em 1911, Frederick Winsow Taylor publicou os
princípios da administração científica, influente tratado
no qual preconizava a implantação de um sistema de
organização científica do trabalho. Consistia basicamente
em controlar os tempos e os movimentos dos
trabalhadores com o objetivo de aumentar a
produtividade no interior das fábricas.
Propunha também a intensificação da divisão do trabalho,
fracionando as etapas do processo produtivo de forma que
o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e
repetitivas. Defendia, ainda, o aprofundamento da divisão
entre a concepção e a execução de qualquer artigo
industrial, ou seja, entre trabalho intelectual, reservado aos
dirigentes e funcionários com alto nível de especialização,
e trabalho manual, reservado aos operários das linhas de
montagem. Esses novos procedimentos organizacionais
aplicados a indústria ficaram conhecidos como
Taylorismo.
O Taylorismo aumenta a produtividade da fábrica mas
também a exploração do trabalhador.
B) FORDISMO
CARACTERÍSTICAS DO FORDISMO
Em 1908 o americano Henry Ford iniciou a fabricação do
modelo T em escala industrial. Era o começo da linha de
produção.
► Defeitos no produto só eram identificados no final da
linha de produção.
► A empresa fabricava muitas das peças que compunham
o seu produto.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XVIII
► Para não faltar peças, estas eram produzidas em
excesso, gerando grandes estoques.
► O operário-modelo era aquele que melhor obedecia às
diretrizes de seus superiores.
► O funcionário devia se preocupar apenas com as tarefas
imediatas.
► A empresa devia executar os projetos feitos pelos seus
engenheiros.
O Fordismo distingue-se do Taylorismo por apresentar
uma visão abrangente da economia, não ficando restrito a
mudanças organizacionais nas fábricas. Ford reconhecia
que a produção em massa exigia consumo em massa, que
por sua vez pressupunha produtos mais baratos e salários
mais altos.
A acentuada divisão do trabalho e a especialização dos
operários permitiram grande aumento de produtividade e
produção em escalas maiores. Também viabilizaram a
queda dos custos de fabricação dos automóveis, salários
mais altos e redução da jornada de trabalho. Estavam
criadas as condições para melhoria do padrão de vida dos
trabalhadores e para desenvolvimento da sociedade de
consumo, nas décadas seguintes.
À medida que o Fordismo foi sendo adotada pela indústria
norte-americana, a produtividade aumentou rapidamente.
Isso exigia a expansão da demanda, ou seja, o aumento do
mercado consumidor para itens produzidos em maior
quantidade. O aumento da produção em ritmo superior ao
aumento da capacidade de consumo provocou a crise de
1929, uma das piores do capitalismo.
C) KEYNESIANISMO
É a doutrina econômica desenvolvida por John Maynard
Keynes. Defende que o estado deve interver na economia
com o objetivo de evitar crises, como a de 1929. Essa
intervenção pode se dar de várias formas: Controlar o
câmbio para estimular as exportações, baixar as taxas de
juros para facilitar os investimentos produtivos, induzir o
crescimento da economia por intermédio do aumento do
déficit público e etc.
A proposta Keynesiana contrariava as teses de liberais. O
Liberalismo, desenvolvido com a Revolução Industrial,
teve vários teóricos, sendo o mais destacado o economista
escocês Adam Smith. Ele defendia que as regras do
mercado, ou seja, a lei da oferta e da procura, seriam
suficiente para organizar a economia, não havendo a
necessidade de intervenção do estado. Com a crise de
1929, essa crença foi posta em cheque.
A recuperação dos anos de 1930 aconteceu graças aos
pesados investimentos públicos, especialmente nos setores
que tinham maior capacidade de geração de emprego,
como a construção civil. A política econômica adotada
nos EUA a partir de 1933, conhecida como New Deal
(Novo Acordo), teve alguns pontos influenciados pelas
idéias de Keynes.
Para viabilizar a produção Fordista baseada no aumento
constante da produtividade e da produção, era
fundamental incrementar demanda. Era necessário criar
um novo arranjo sócio-econômico a fim de garantir a
expansão capitalista, sem o risco de uma nova crise, como
a de 1929. A intervenção do estado na economia, nos
moldes do Keynesianismo, foi a solução encontrada.
D)
687
 CAPÍTULO XVIII

E) JUST-IN-TIME "neofordismo". Não há como fugir das claras evidências a

Método ou técnica de produção, inventado no Japão e
atualmente se difundindo por quase todo o mundo, que
consiste em produzir no tempo certo e na quantidade
exata, evitando desperdícios, desenvolvendo o controle de
qualidade e levando em conta os interesses do cliente ou
consumidor.
Com esse procedimento e desperdício diminui e também a
relação produção-consumo passa a ser mais igualitária,
com influências recíprocas.
Complementando essa mudança temos a substituição da
linha de montagem por uma produção mais flexível. Isso é
facilitado pela informática, pela robotização e pelo o uso
de uma força de trabalho mais qualificada, que substitui a
mão-de-obra técnica e repetitiva que predomina no
Fordismo.
respeito de um certo esgotamento do fordismo tradicional.
O mundo vive uma fase de transição, cujos horizontes
ainda não estão delineados. Mas é razoável concordar com
a tese que defende o conceito de "neofordismo". A
separação, no processo de produção, entre a concepção e a
execução, o pilar principal das relações de trabalho
capitalistas, continua inalterada na "empresa moderna". O
monopólio do controle no processo de produção continua
sendo do alto comando. Não há, portanto, alterações
significativas na divisão do trabalho.
G) O TOYOTISMO

F) O PÓS-FORDISMO
Surgiu a partir da década de 1960. É caracterizado por um
modelo sistêmico-flexível, que restabelece a forma de
trabalho integrado num patamar superior.
Esse novo sistema produtivo faz da informação científica
sua principal matéria-prima. Tem nos grandes
conglomerados multinacionais seu principal pólo de
desenvolvimento. Se pensarmos em termos de países,
parece consensual que Japão, Alemanha e EUA estão à
frente.
CARACTERÍSTICAS DO TOYOTISMO
O modelo sistêmico-flexível apóia-se numa estrutura
► Os operários interrompem a produção a qualquer
empresarial que incorpora a pesquisa científica como
momento para consertar falhas
atividade sistemática principal. As novas informações
► A maioria das peças é feita por outras companhias, os
devem ser absorvidas na produção com total rapidez.
fornecedores.
No modelo sistêmico-flexível aboliu-se a linha de
► O estoque é mínimo. Os fornecedores entregam as
produção rígida com máquinas limitadas a funções
peças quando a companhia as solicita.
fragmentadas, como as da linha de montagem, abrindo
► O operário-modelo é aquele que identifica problemas e
espaço para equipamentos que podem ser reprogramados
propõe soluções.
para outras funções e operar com diversos materiais. A
► O funcionário deve se preocupar com a aplicação que o
própria disposição espacial dos equipamentos no interior
produto terá depois de vendido.
da empresa pode ser mudada. A microeletrônica e a
► A empresa deve planejar a produção de modo a atender
robótica tem nesse caso um papel fundamental.
aos desejos do cliente.
Essa mudança essencial estendeu-se a todos os níveis de
O Toyotismo , como ficou conhecido, gradativamente
operação das empresas: para controles de estoques de
substituiu a linha de produção, típica da fábrica Fordista,
matérias-primas, para a contabilidade, para o setor de
por equipes de trabalho ou células de produção.
vendas e em especial para os novos métodos de gestão e
Cada equipe é encarregada de todo o processo produtivo.
uso do território. Serviu também, para sofisticar as
Isso tende a reduzir significativamente os defeitos de
políticas de mercado. A cientificização e a informatização
fabricação, pois o controle de qualidade é feito pela
do marketing representam o apogeu dessa tendência.
própria equipe. Esse método é conhecido como círculos de
Há uma linha de pensamento que defende a tese de que o
controle de qualidades ( CCQ ) além disso, foram
mundo já entrou numa fase "pós-fordista", decretada pela
introduzidas no processo produtivo tecnologias mais
presente reestruturação produtiva. Essa visão do problema
sofisticadas e finalmente robôs. No início eles
está amparada na idéia de mercados submetidos à alta
desempenhavam as tarefas mais repetitivas e insalubres,
competividade, que exige produção diferenciada e em
mas com o passar do tempo substituíram mais e mais
consonância com as demandas de diferentes segmentos
operários.
sociais e culturais. A produção baseada nas novas
Com a crescente automação das fábricas, muitos operários
tecnologias deve ser ágil e flexível para responder às
passaram a trabalhar em outros setores, particularmente o
freqüêntes mudanças da demanda. Da mesma forma, a
de serviços; outros perderam seus postos de trabalho, que
gestão da força de trabalho deve ser mais participativa e
desapareceram definitivamente. A partir dessas mudanças,
flexível. O pós-fordismo, portanto, precisa de um
o mercado de trabalho tem exigido trabalhadores mais
trabalhador mais qualificado, mais envolvido com a nova
qualificados, mais versáteis e mais envolvidos com a sua
produção que substituiu a padronização fordista. Perece
profissão.
ser uma conclusão precipitada.
A idéia que aparenta ter mais coerência é a de que o
fordismo ainda predomina, embora com nova roupagem -
um processo chamado por alguns especialistas de

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 688


CAPÍTULO XIX - COMPARAÇÃO ENTRE O
FORDISMO E O TOYOTISMO QUANTO O
TRABALHO
H) O KANBAN
O Kanban (“cartão”, em japonês) está interligado com o
método Just-in-time. Procura racionalizar o fluxo de
insumos entre as diversas seções ou equipes de trabalho
nas fábricas. A necessidade de insumos inicialmente era
avisada por um cartão, mostrados pelos trabalhadores de
determinada seção. Hoje, o controle do fluxo de insumos é
feito com o uso de computadores.
A redução de estoques e a racionalização do fluxo de
insumos nas fábricas reduzem os custos, porque diminuem
o volume de capital imobilizado em estoques. Porém, a
disseminação do Toyotismo aperfeiçoou os mecanismos
de exploração do trabalhador.
O Toyotismo foi introduzido apenas nas indústrias mais
avançadas tecnologicamente. Paralelamente ao toyotismo,
típico dos países desenvolvidos estão disseminando novas
gerações de trabalho caracterizada pelos salários mais
baixos e direitos trabalhistas menores ou inexistentes. A
maior parte desses empregos tem sido criada nos países
subdesenvolvidos, onde se mantém o método de produção
Fordista, baseado na super exploração dos trabalhadores.
Discute-se atualmente, em diversos países do mundo a
flexibilização da legislação trabalhista, propondo a
redução das garantias e das conquistas legais e salariais o
período Fordista,o movimento sindical está enfraquecido,
inclusive nos países desenvolvidos. Vários fatores
contribuem para tal situação: a competição dos novos
processos produtivos, dispersão geográfica da produção,
concorrência do trabalho informal mais trabalhadores mal
remunerados.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
I) A PRODUÇÃO FLEXÍVEL E O
NEOLIBERALISMO
Como resposta a crise do Fordismo, as empresas passaram
a introduzir equipamentos tecnologicamente cada vez
mais avançados e novos métodos de organização da
produção, como o Toyotismo. As várias mudanças
implantadas no sistema produtivo e nas gerações de
trabalho, particularmente nos países desenvolvidos,
ficaram conhecidas como produção flexível e serviram
para dar continuidade a acumulação capitalista.
A revolução técnico-científico é , em grande parte,
resultado dos esforços das empresas para aumentar a
produtividade e garantir a elevação dos lucros, em baixa
desde a fase final do fordismo. A investida contra os
direitos trabalhistas e o Welfare State visava o mesmo
objetivo. Gradativamente vai sendo constituído um novo
arranjo sócio-econômico. No lugar do fordismo -–
Keynesianismo, disseminam-se cada vez mais práticas de
produção flexíveis e políticas econômicas neoliberais.
Vamos ver do que se trata. Com objetivo de combater o
fortalecimento do Estado, influenciado pelo
Keynesianismo, foi idealizado uma nova doutrina
econômica, o Neoliberalismo. A política econômica
neoliberal foi implantada primeiramente no Reino Unido e
nos Estados Unidos da década de 1980. Depois,
preconizada por instituições econômicas internacionais,
como o Banco Mundial e o FMI, foi adotada em vários
países do mundo.
Em clara oposição ao Keynianismo e inspirada no
liberalismo clássico, o neoliberalismo propõe entre outras
medidas:
► Estado mínimo, ou seja, que deve atuar o mínimo
possível na economia, de preferência apenas como
regulador ( fixando taxas de juros, tarifas alfandegárias,
etc. ) e não como empresário ou mediador das relações
capital-trabalho;
► Política de privatizacão das empresas estatais, para
reduzir o papel do Estado na economia;
► Maior abertura econômica, ou seja, menos barreiras
para circulação de mercadorias e capitais entre países;
► Redução dos direitos trabalhistas e do poder dos
sindicatos.
Essas medidas visam facilitar os fluxos de capitais e de
mercadorias, os mais importantes da globalização. Além
disso, aumentam a concentração e a centralização de
capitais, formando corporações cada vez maiores e
poderosas.
CLUSTER INDUSTRIAL
Um cluster, no mundo da indústria, é uma concentração
de empresas que se comunicam por possuírem
características semelhantes e coabitarem no mesmo local.
Elas colaboram entre si e, assim, se tornam mais
eficientes.
Este conceito foi popularizado pelo economista Michael
Porter no ano 1990, no seu livro Competitive Advantages
of Nations ("As vantagens competitivas das nações").
No mundo existem diversos clusters industriais ligados a
sectores como o automóvel as tecnologias da informação,
689

turismo, industria audiovisual, transporte, logística,
agricultura ou pesca entre outros.
Exemplos de clusters são Silicon Valley, na área da
Califórnia (Estados Unidos) onde se concentram um
grande número de empresas de tecnologia
(microelectrónica, tecnologias da informação e
biotecnologia) ou o Kista na Suécia.
A cooperação entre empresas tem, no ultimo ano,
proliferado por variadas áreas de negocio. De forma
resumida podemos agrupar as razões e motivações
principais em dois grandes grupos:a necessidade de
conseguir maior flexibilidade e por outro lado a procura
de maior eficiência na satisfação de uma oportunidade
temporária.
Este fenómeno tem tido uma maior evolução nas pequenas
e medias empresas com limitada disponibilidade de
recursos (financeiros, tecnológicos, produtivos, humanos)
e com actividades complementares.
Em geral a cooperação entre empresas pode ser de dois
tipos: - Cooperação Horizontal: Envolve geralmente
acordos de longo prazo entre empresas do mesmo sector
que originam as denominadas “alianças estratégicas”; -
Cooperação vertical: Envolve diferentes entidades da
cadeia de fornecimento, nomeadamente, fornecedores,
fabricantes, distribuidores e clientes.
Para melhorar a competitividade industrial é como institutos, centros de pesquisa, empresas e
necessário:
► Incrementando a produtividade das empresas ligadas
ao cluster,
► Aportando inovação,
► Estimulando a criação de novas empresas
Motivações para implantação do cluster
► Necessidade de entrada em novos mercados
► Acesso a canais de distribuição estabelecidos
► Difusão e transferência de tecnologia
► Complementaridade tecnológica
► Partilha de riscos
► Redução de custos de produção e desenvolvimento
► Aceleração de introdução de novos produtos
► Ultrapassagem de barreiras legais
► Envolvimento de diferentes experiências e estilos
O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL ( APL )
O arranjo produtivo local (APL) é um conjunto de
fatores econômicos, políticos e sociais, localizados em um
mesmo território, desenvolvendo atividades econômicas
correlatas e que apresentam vínculos de produção,
interação, cooperação e aprendizagem.
Os arranjos geralmente incluem empresas – produtoras de
bens e serviços finais, fornecedoras de equipamentos e
outros insumos, prestadoras de serviços,
comercializadoras, clientes, etc., cooperativas, associações
e representações - e demais organizações voltadas à
formação e treinamento de recursos humanos, informação,
pesquisa, desenvolvimento e engenharia, promoção e
financiamento
A articulação de empresas de todos os tamanhos em APLs
e o aproveitamento das sinergias geradas por suas
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
interações fortalecem suas chances de sobrevivência e
crescimento, constituindo-se em importante fonte de
vantagens competitivas duradouras.
OS TECNOPOLOS
Um parque de ciência e tecnologia, por vezes designado
como parque de ciência, parque de tecnologia ou
tecnopolo, é um centro tecnológico que reúne, num
mesmo lugar, diversas atividades de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) em áreas de alta tecnologia,
universidades, o que facilita os contatos pessoais e
institucionais entre esses meios, produzindo uma
economia de aglomeração ou de concentração espacial do
desenvolvimento tecnológico. O efeito de sinergia facilita
o desenvolvimento de inovações técnicas, novos processos
e novas ideias. Os tecnopolos, geralmente, concentram
grande quantidade de mão de obra altamente qualificada,
como pesquisadores e professores universitários,
geralmente com pós-graduação de alto nível (doutorado
ou pós-doutorado), assim como mercado consumidor
Ligados à chamada terceira revolução industrial, os
tecnopolos representam, hoje, o que as grandes regiões
industriais representavam na primeira revolução
industrial.
Os primeiros espaços deste tipo foram criados nos Estados
Unidos, quando a Intel, juntamente com a universidade de
Stanford, na Califórnia e a UCLA, criaram um polo de
desenvolvimento tecnológico na área de computação e
informática que ficou conhecido como Vale do Silício
(Silicon Valley). A construção do Stanford Industrial Park
agregou novos elementos à longa tradição da região em
pesquisas militares voltadas para o setor aeronáutico e de
comunicações, que incluíam instalações NASA),
laboratórios da Bell (Bell-Lab), a Lockheed e a Fairchild
Semiconductor. A interação entre instituições de pesquisa
civis e militares, universidades e empresas foi decisiva
para aglutinar os esforços empresariais de criação de um
polo de alta tecnologia na Califórnia. Dentre as empresas
mais importantes da região, destacam-se a Intel, IBM,
Apple Inc., Cisco, Microsoft, AMD, Xerox, Lockheed,
Boing, dentre outras empresas de informática,
computação, robótica, de material bélico e aeroespaciais.
Nas décadas seguintes, diversos polos semelhantes foram
instalados em outros lugares do mundo, especialmente
Europa e Japão, geralmente apoiados pelos governos
locais e pelo governo federal destes países.
690

Produtos desenvolvidos em tecnopolos especializados no
setor aeroespacial
Alguns tecnopolos acabaram se especializando em
modalidades específicas de pesquisa, como o Vale do
Silício, na Califórnia (que é um polo na área de
computação e informática) e o Research Triangle Park, na
Carolina do Norte (que é um polo especializado em
biotecnologia).
Em muitos países, os tecnopolos foram planejados por
governos, incluindo vários centros de pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias de ponta em áreas
distintas, como é o caso do principal tecnopolo japonês:
Tsukuba, que reúne, na mesma cidade, a agência Nacional
Espacial do Japão (Nasda), o instituto Nacional de Ciência
e Tecnologia Industrial Avançada (AIST) e a universidade
de Tsukuba.
Na Europa, destacam-se os tecnopolos existentes na
França, como o Sophia Antipolis, criado próximo a Nice,
a partir da década de 1970, ou o tecnopolo de Edimburgo,
ligado à universidade de Edimburgo, na Escócia.
Em Portugal, destaca-se o Tecnopolo da Madeira, que
reúne centros de pesquisa em biotecnologia e
nanotecnologia e o TagusPark, voltado para a área de
tecnologia de computação e informática.
Devido ao alto custo e à necessidade de infraestrutura
específica e à necessidade da proximidade de centros de
pesquisa, os tecnopolos geralmente se organizam ao redor
de universidades, que recebem subsídios do governo e de
companhias privadas. Junto das universidades, surgem
centros de pesquisas (sejam eles particulares ou
governamentais), assim como novas empresas e indústrias
de ponta.
Uma lógica semelhante à dos modernos tecnopolos foi
desenvolvida na ex-URSS, quando o governo soviético
passou a reunir nos mesmos centros de pesquisa e
desenvolvimento cientistas e indústrias, para gerar
simultaneamente economia de escala e de aglomeração.
Estes polos tecnológicos tinham objetivos prioritariamente
militares ou aeroespaciais, reunindo pesquisadores de
OKBs e envolveu os principais centros de
desenvolvimento de tecnologia de ponta na ex-URSS, os
chamados OKBs (em russo: Опытное конструкторское
бюроe) e os institutos de Pesquisa e Desenvolvimento
soviéticos (NII's, em inglês Scientific-Research Institutes,
ou em russo: аучно-исследовательский институт). A
principal diferença desses centros de pesquisa e
desenvolvimento soviéticos para os tecnopolos típicos
existentes em outros países é que, geralmente, os polos
tecnológicos soviéticos eram altamente especializados em
um único tipo de tecnologia, produto ou serviço, tinham
baixo grau de integração com outros centros (eram
relativamente isolados) e, geralmente, produziam os
protótipos dos produtos no mesmo laboratório ou centro
em que este era desenvolvido. Um dos OKBs mais
famosos é o OKB-51, onde o cientista e projetista Pavel
Sukhoi liderou um grupo de cientistas no desenvolvimento
da linhagem de aviões Sukhoi, hoje transformada em uma
empresa.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
EXERCÍCIOS
1. EsPCEX/2001 No continente europeu encontram-se
alguns dos países mais desenvolvidos e industrializados
do mundo. Sobre as características industriais de alguns
países europeus é correto afirmar que
(A) a Alemanha abriga um dos maiores complexos
industriais do mundo, concentrado na margem
esquerda do rio Ródano.
(B) no sul da Itália, região correspondente à planície do
rio Pó, são encontradas as cidades industriais com
elevado nível de vida.
(C) a região Renana, na França, conhecida por seus
importantes centros industriais, é cortada pelos rios
Reno e Volga.
(D) no Reino Unido, as indústrias de bens de capital se
instalaram próximas das jazidas de carvão e ferro, na
região de Belfast e Dublin.
(E) porto de Roterdã, situado nos Países Baixos, é
considerado uma das mais importantes portas de
entrada e saída de produtos do continente europeu.
2. EsPCEX/2002 “As grandes concentrações geográficas
da indústria representaram, até há pouco tempo,
verdadeiras economias de aglomeração, atraindo novas
empresas para o seu interior. Atualmente o processo está
se invertendo e muitas indústrias preferem fugir das
regiões industriais tradicionais.”
(Adaptado de MAGNOLI, Demétrio; ARAUJO, Regina. Projeto
de ensino de geografia. São Paulo: Moderna, 2000. p.217)
A desconcentração industrial, no plano internacional,
ocorre de maneira significativa. Sobre esse fato, é correto
afirmar que
(A) a concentração da agroindústria em países periféricos
é responsável pela redução da produtividade do setor
nos últimos anos.
(B) b)os parques industriais tradicionais detêm o
monopólio da produção de automóveis no mundo.
(C) no setor têxtil têm-se destacado países que
apresentam, dentre outros fatores, mão-de-obra
barata.
(D) os setores de alta tecnologia, como a informática, não
sofreram o processo de desconcentração industrial e
se restringem aos EUA e aos países da União
Européia.
(E) a escassez de matéria-prima tem sido a principal
responsável pela redução da produção de bens de
consumo em regiões de industrialização tradicional.
3. EsPCEX/2003 Enquanto a atividade agrícola ocupa
grandes extensões do planeta, a atividade industrial se
concentra em pontos do espaço”.
CARLOS, Ana Fani A. Espaço e indústria.
A partir desta afirmação e de acordo com seus
conhecimentos sobre as relações entre a atividade
industrial e as transformações no espaço, pode-se afirmar
que
(A) a característica atribuída à agricultura é válida
somente para os países desenvolvidos, nos quais a
distribuição espacial da atividade agrícola segue o
modelo exposto no texto.
691

(B) a indústria contemporânea nos países ‘desenvolvidos’
se localiza preferencialmente junto a fontes de
matérias-primas típicas do estágio atual de
industrialização, como as bacias petrolíferas.
(C) a atividade agrícola é espacialmente desvinculada do
complexo urbano-industrial e autônoma em relação
aos setores secundário e terciário.
(D) a indústria, como local de produção, pode ser restrita
espacialmente, mas a industrialização estende seus
fluxos no espaço, incorporando muitas vezes a
própria atividade agrícola.
(E) a industrialização induz à desconcentração de
pesquisa e tecnologia, uma vez que cada unidade de
uma empresa transnacional detém todas as etapas de
produção.
4. EsPCEX/2005 Recentemente, uma empresa de
informática (softwares e hardwares) de um país
desenvolvido contratou um geógrafo para definir uma
localização estratégica de sua nova unidade de produção,
fundamentando-se no seu modelo de produção e em
fatores locacionais básicos.
Levando-se em conta o ramo empresarial e o contexto
espaço-temporal em que está inserida, pode-se afirmar que
a alternativa que menciona o modelo de produção adotado
e dois fatores locacionais coerentes com o modelo é:
(A) Modelo de Produção: fordista; Fator Locacional 1:
proximidade aos centros de Pesquisa &
Desenvolvimento e Fator Locacional 2: terreno no
núcleo metropolitano.
(B) Modelo de Produção: pós-fordista; Fator Locacional
1: mão-de-obra altamente qualificada e Fator
locacional 2: proximidade de áreas carboníferas para
fornecimento de energia.
(C) Modelo de Produção: fordista; Fator Locacional 1:
população municipal de até 10000 habitantes e Fator
Locacional 2: proximidade de fontes energéticas.
(D) Modelo de Produção: pós-fordista; Fator Locacional
1: proximidade de centros de Pesquisa &
Desenvolvimento e Fator Locacional 2: redes de fibra
ótica.
(E) Modelo de Produção: fordista; Fator Locacional 1:
proximidade de centros de pesquisa e Fator
Locacional 2: mão-de-obra altamente qualificada.
5. EsPCEX/2008 Com relação à localização espacial das
indústrias, em escala mundial, é correto afirmar que
(A) o aumento dos custos de transporte tem reduzido a
mobilidade das indústrias, provocando nova
concentração em países periféricos.
(B) no final do século XX, acentuou-se o processo de
desconcentração industrial apoiado, em grande parte,
na evolução dos transportes e das comunicações.
(C) há um processo de desconcentração em escala global
e ele se dá, predominantemente, através da migração
de indústrias de países pobres em direção aos países
mais ricos.
(D) o aumento dos custos de transferência, ao longo do
século XX, impediu que houvesse uma
desconcentração espacial das indústrias.
(E) nas últimas décadas, os novos padrões locacionais
apontam para o surgimento de novos pólos industriais
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
principalmente junto às aglomerações ou áreas
industriais tradicionais.
6. PUCMG/2009 )Com o avanço do processo de
globalização, a industrialização estendeu-se a vários
países e regiões do mundo, levando à superação do
modelo clássico da Divisão Internacional do Trabalho, em
que cabiam aos países ricos a produção e a exportação de
manufaturados e aos países pobres a produção e a
exportação de matérias-primas. No modelo atual, há uma
tendência clara de deslocamento de alguns tipos de
indústrias para países periféricos, atendendo a interesses
econômicos e estratégicos das grandes corporações.
São exemplos de indústrias que, no processo de
desconcentração industrial, privilegiaram sua localização
em alguns países periféricos da Ásia e América Latina,
EXCETO:
(A) indústrias de base, como as siderúrgicas, metalúrgicas
ou petroquímicas, pelas vantagens locacionais
oferecidas próximo às áreas produtoras das matérias-
primas.
(B) indústrias de bens de consumo não duráveis ou
semiduráveis, como as indústrias de alimentos, bebida
ou de vestuário, em virtude da elevada
disponibilidade de mão-de-obra barata e da
proximidade dos mercados consumidores.
(C) indústrias de alta tecnologia, vinculadas a setores
como a informática, telecomunicação por satélites e
produtos aeroespaciais, que exigem mão-de-obra
altamente qualificada e vinculação estreita com
grandes centros de pesquisa e universidades.
(D) indústrias de bens de consumo duráveis como móveis,
eletrodomésticos e automóveis, que, apesar de
destinarem-se a um mercado consumidor mais amplo,
favoreceram-se de benefícios fiscais e de parcerias
locais.
7. UFPR/2008 Observe o mapa a seguir:
Com base no mapa e nos conhecimentos de Geografia,
assinale a alternativa correta.
(A) O mapa indica os centros políticos e econômicos das
maiores potências militares e geopolíticas do mundo.
(B) Estão indicadas as maiores concentrações
populacionais de cada uma das grandes civilizações
modernas: a americana, a européia, a russa, a negra, a
oriental e a austral.
(C) A maioria das grandes concentrações urbanas do
mundo se localiza no hemisfério Norte, devido ao
papel do clima temperado e dos grandes vales
pluviais na origem da civilização.
(D) As áreas indicadas mostram concentrações urbanas e
industriais que vêm perdendo importância relativa na
692

economia mundial em função do crescimento
demográfico e industrial da Índia.
(E) As áreas indicadas são grandes concentrações
industriais em termos de valor da produção, sem
considerar diferenças relacionadas à sofisticação dos
produtos e da tecnologia.
8. UERJ/2008 )
O gráfico aponta importantes mudanças no padrão de
consumo de países desenvolvidos, entre as décadas de
1950 e 1990.
O modelo produtivo e a correspondente explicação para
tais mudanças estão apontadas em:
(A) consumismo - aumento do volume de crédito para a
população
(B) sistêmico-flexível - adoção do livre-cambismo como
política alfandegária
(C) fordismo - transferência aos trabalhadores de ganhos
de produtividade
(D) neofordismo - redução do preço dos produtos por
subsídios governamentais
9. CTMG/2007 Analise os seguintes itens:
I. Robotização da produção.
II. Especialização e qualificação da mão-de-obra.
III. Colonização da África e América Latina para
suprimento das necessidades de novos mercados e
matérias-primas.
IV. Emprego do petróleo e da eletricidade como fontes
de energia.
V. Introdução de novos materiais: fibra óptica e
cerâmica.
Os itens correspondentes à Terceira Revolução Industrial
são apenas
(A) I e III. (B) III e IV.
(C) I, II e V. (D) II, IV e V.
10. UEL/2007 "A análise do fenômeno da localização
industrial foi proposta, no século passado por Marshall
(1920) que apresenta três razões distintas para explicação
deste tema. Especificamente, a concentração das
atividades seria beneficiada pelo 'pooled' de mercado de
trabalhadores com habilidades específicas, o que é
benéfico tanto para trabalhadores quanto para firmas; pela
provisão de insumos intermediários em maior variedade e
menor custo, o que torna a indústria mais eficiente e
reforçando a localização; e, por fim, pelos 'technological
spillovers', em razão da informação fluir mais facilmente
localmente do que em distâncias maiores entre pessoas e
empresas".
Fonte: Adaptado de SILVA, M. V. B. da e SILVEIRA
NETO, R. da M. "Determinantes da localização industrial no
Brasil e Geografia Econômica: evidências para o período pós-
real."
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema,
considere as afirmativas a seguir:
I. Alguns modelos da geografia econômica não trazem
grandes contribuições ou inovações do ponto de vista
teórico em relação às teorias elaboradas pelos
cientistas regionais e urbanos, mas sim na forma de
modelar as fontes que dão base econômica para
explicar a distribuição das atividades no espaço. Ou
seja, a sua grande contribuição é proporcionar
fundamentos microeconômicos para o processo de
aglomeração ou dispersão das atividades econômicas
no espaço.
II. Em contraposição à teoria tradicional, os modelos da
geografia econômica atual argumentam contra e
desconsideram a importância dos retornos crescentes
de escala, dos custos de transportes, das economias
de aglomeração e dos custos de congestionamentos
como elementos explicadores da localização
industrial. Tais fatores são complexos demais para
serem identificados na observação das forças que
determinam a localização das atividades no espaço.
III. Dois efeitos agem no sentido de determinar a
localização da atividade industrial no espaço,
conduzindo a um modelo de centro-periferia. O
primeiro deles é o efeito índice de preços. Já o
segundo diz respeito à disponibilidade de mão-de-
obra local. Esses dois efeitos refletem o argumento
do fornecimento de matérias-primas intermediárias,
associados à oferta e à demanda, respectivamente.
IV. Existem três fatores que determinam a localização
industrial: os custos de transportar os bens
produzidos para seu destino final, as economias
externas geradas pelo efeito de transbordamento do
conhecimento e da informação advindas da presença
de firmas/ trabalhadores estarem localizados perto
um dos outros e, por fim, à localização industrial que
são fontes de demanda e oferta para outras
indústrias.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
(A) I e III
(B) I e IV
(C) II e IV
(D) I, II e III
(E) II, III e IV
11. CFTCE/2006 Sobre o modelo de industrialização
implementado em países do Sudeste Asiático, como
Coréia do Sul e Taiwan, e o adotado em países da
América Latina, como a Argentina, o Brasil e o México,
pode-se afirmar corretamente que:
(A) nos países do Sudeste Asiático, a participação de
capital estrangeiro impediu o desenvolvimento de
tecnologia local, ao passo que, nos países latino-
americanos, ela promoveu esse desenvolvimento.
(B) nos dois casos, não houve participação do Estado na
criação de infra-estrutura necessária à
industrialização.
(C) nos países do Sudeste Asiático, a organização dos
trabalhadores, em sindicatos livres, encareceu o
produto final, ao passo que, nos países latino-
americanos, a ausência dessa organização tornou os
produtos mais competitivos.
693

(D) nos dois casos, houve importante participação de
capital japonês, responsável pelo desenvolvimento
tecnológico nessas regiões.
(E) nos países do Sudeste Asiático, a produção industrial
visou à exportação, ao passo que, nos países latino-
americanos, a produção objetivou o mercado interno.
12. UFRS/2005 As inovações tecnológicas permeiam a
evolução da sociedade humana e, conseqüentemente, do
espaço geográfico. Entre elas, destacam-se os sistemas de
produção industrial e de organização do trabalho, que
coexistem na atualidade com objetivo comum de aumentar
a produtividade para a ampliação dos lucros.
Nesse contexto, as empresas vêm adequando o seu ritmo
de produção às demandas do mercado, evitando o
desperdício, investindo em tecnologia de ponta e
automação e terceirizando o processo produtivo para
firmas médias e pequenas, que passam a orbitar em torno
da corporação.
Esse modelo de organização da produção e do trabalho é
denominado
(A) fordismo. (B) "dumping".(C) taylorismo.
(D) "holding". (E) "just-in-time".
13. UERJ/2007 A Intel, líder mundial de inovações em
silício, desenvolve tecnologias, produtos e iniciativas para
melhorar continuadamente a forma como as pessoas
trabalham e vivem. (www.intel.com)
A Intel investirá mais de US$ 1 bilhão de dólares na Índia
ao longo de cinco anos (...). A Intel está conversando com
o governo indiano sobre a instalação de unidades de
produção no país (...).
(Adaptado de "Valor Econômico", 06/12/2005)
A Revolução Industrial iniciada no século XVIII na
Europa, que resultou na reformulação do mapa econômico
desse continente, e o atual processo de desenvolvimento
industrial, exemplificado nos textos, têm mecanismos
distintos de localização das atividades industriais.
Em cada uma dessas fases, as fábricas com novas
tecnologias foram atraídas, respectivamente, pela presença
de:
(A) rede de transporte - governo democrático
(B) incentivo fiscal - abundante matéria-prima
(C) mercado consumidor - legislação ambiental flexível
(D) fonte de energia - mão-de-obra com qualificação
14. PUCRJ/2006 A Revolução Tecnológica das últimas
décadas acelerou a velocidade de transmissão da
informação e modificou as noções de próximo e distante.
Essas mudanças influem nas estratégias de localização das
indústrias. A alternativa que indica corretamente os
fatores que atuam na localização dos estabelecimentos
industriais da "nova economia" é:
(A) a proximidade das fontes de matérias primas
industriais e do abastecimento energético;
(B) a existência da logística de circulação e o acesso às
redes de informações;
(C) a proximidade das agências de notícias e das
instituições de coleta de dados;
(D) a oferta de mão-de-obra e a facilidade de acesso aos
mercados de consumo;
(E) a garantia dos investimentos especulativos e a
densidade das redes de transporte.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
15. UNIFESP/2006 O processo de industrialização tardia
verificado após a Segunda Guerra Mundial promoveu
(A) uma divisão territorial do trabalho baseada na troca
desigual de commodities.
(B) a reunião de líderes de países pobres contra o capital
internacional.
(C) uma articulação produtiva entre núcleos de países
centrais e de países pobres.
(D) a atuação decisiva de países periféricos no Conselho
de Segurança da ONU.
(E) uma frente de países ricos que atuou pela libertação
colonial dos povos.
16. UFRRJ/2006 Com a emergência da Terceira
Revolução Industrial e da reestruturação do capitalismo,
nas últimas décadas do século passado, além da ruptura do
modelo industrial e tecnológico, eram questionadas
também as relações econômicas, sociais e políticas
definidas pelo padrão de industrialização fordista.
Sobre a reestruturação do capitalismo e as conseqüências
sobre a organização do trabalho não é correto afirmar que
(A) reverteu o longo período de alinhamento da relação
capital/trabalho, relativamente favorável ao segundo.
(B) admitiu as regulações governamentais protecionistas
que engessaram o mercado de trabalho e aumentaram
a competitividade.
(C) golpeou a organização sindical que, na defensiva,
perdeu parte do seu poder de representação e
enfrentamento.
(D) d)alterou o processo produtivo e o trabalho envolvido
na produção, acentuando a exclusão econômica e
social.
(E) afetou o mundo do trabalho ao mudar as relações no
processo produtivo, a divisão do trabalho e as
negociações coletivas.
17. UFG/2006 Nas últimas décadas do século XX, a
intensificação do uso de alta tecnologia induziu uma nova
lógica de localização industrial. Os atuais espaços
industriais caracterizam-se pela capacidade organizacional
e tecnológica de distribuir o processo produtivo em
diferentes localidades.
A espacialização do processo produtivo revela que
(A) os atuais espaços industriais, espalhados pelo globo,
utilizam muita força de trabalho qualificada e poucos
trabalhadores semiqualificados.
(B) as novas indústrias foram instaladas considerando-se
a abundância de mão-de-obra e a proximidade do
mercado consumidor.
(C) as empresas instalaram unidades produtivas em
alguns países de industrialização tardia, incentivadas
pela política de substituição de importações.
(D) a criação de espaços industriais, nos países do
Terceiro Mundo, foi promovida pelas políticas
estatais de incentivo ao consumo dos países centrais.
(E) os novos espaços industriais organizam-se em torno
de fluxos de informação que reúnem e distribuem, ao
mesmo tempo, as fases da produção.
694

18. UFRN/2004 A economia pós-industrial, que
caracteriza as duas últimas décadas do séc. XX, ameaça
reverter as conquistas sindicais que foram alcançadas,
especialmente na Europa Ocidental, durante as décadas de
forte crescimento econômico do pós-Segunda Guerra
Mundial. Isso se deve à
(A) flexibilização da legislação trabalhista, mediante a
ampliação dos empregos temporários, como resultado
das lutas sindicais.
(B) produção do desemprego estrutural, em virtude da
maior participação do setor secundário na economia.
(C) flexibilização das relações de trabalho e à diminuição
dos custos de produção, as quais decorrem da
reorganização da produção.
(D) busca de estratégias para redução de custos fixos,
destacando os encargos trabalhistas e a manutenção
de hierarquias no emprego industrial.
19. UFF/2003 O sucesso das indústrias de alta tecnologia
reside na integração de diferenciados fatores que variam
segundo as regiões geográficas. Todavia, o modo de
desenvolvimento dessas indústrias repousa sobre
determinadas condições qualitativas indispensáveis, tais
como:
(A) existência de uma densa rede de transportes
destinados à exportação de bens, descentralização das
atividades comerciais e elevados investimentos em
indústrias de base local;
(B) criação de infra-estruturas viárias, redução de
impostos e presença indispensável de indústrias
químicas como suporte de suas atividades produtivas;
(C) inovação técnico-científica permanente, capital
humano agregado e integração com uma rede urbana
dotada de equipamentos e serviços de energia,
informação e comunicação;
(D) expansão permanente da rede de comunicação,
criação de territórios independentes da legislação
nacional e isenção de taxas de exportação para outras
regiões e países;
(E) flexibilização das leis trabalhistas, proximidade de
amplos mercados de consumo e, sobretudo, presença
de jazidas energéticas.
20. UFC/2003 A chamada Terceira Revolução Industrial
ou Revolução Técnico-Científica fez surgir novos
processos de produção e grandes mudanças nas relações
de trabalho dentro das empresas capitalistas. A esse
respeito, marque a alternativa correta.
(A) As novas tecnologias favoreceram a informatização
do processo produtivo e a ampliação do emprego de
modo geral.
(B) Surgiu o fordismo: conjunto de métodos para a
produção em série, com os quais o operário produz
mais em menos tempo.
(C) O sistema de trabalho repetitivo foi ampliado e a
especialização do operário torna-se fundamental.
(D) Um método mais ágil e flexível, foi desenvolvido,
adaptado ao mercado, que prioriza o controle de
qualidade, conhecido por just-in-time.
(E) A habilidade do trabalhador está restrita a uma única
tarefa, favorecendo o aumento da produtividade,
método conhecido como "taylorismo".
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
21. UFC/2003 A Primeira Revolução Industrial provocou
uma grande transformação no espaço geográfico. A esse
respeito, leia as afirmações abaixo.
I. Aconteceu um intenso processo de urbanização, e as
cidades passaram a comandar as atividades
econômicas e a organização do espaço geográfico.
II. Com a ampliação da divisão internacional do
trabalho, alguns países europeus especializaram-se
na produção industrial, controlando o mercado
mundial de produtos industrializados.
III. Aconteceram grandes mudanças no modo de
produção, sem implicações na organização política e
territorial da Europa.
Assinale a alternativa correta.
(A) Apenas I é verdadeira.
(B) Apenas III é verdadeira.
(C) Apenas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas II e III são verdadeiras.
(E) I, II e III são verdadeiras.
22. PUCRJ/2000 A Terceira Revolução Industrial, que
vem se realizando nas últimas décadas do século XX,
introduziu importantes alterações no sistema produtivo.
Assinale a alternativa que NÃO indica corretamente uma
dessas mudanças.
(A) Transmissão instantânea das informações e formação
de redes - telecomunicações.
(B) Realização de cálculos complexos em tempo cada vez
menor - informática.
(C) Mudança no padrão energético - energia nuclear.
(D) Aceleração do tempo e aumento da capacidade de
deslocamento de carga - transportes mais eficientes.
(E) Surgimento de novos materiais e adoção de novas
técnicas - siderurgia.
23. UNIFAL/2009 Analise os seguintes itens:
I. A revolução tecnocientífica e as indústrias de ponta
do atual ciclo de inovações anunciaram o
esgotamento do fordismo.
II. As indústrias de ponta se caracterizam pela forma de
produção conservadora baseada nos padrões
tradicionais de localização industrial.
III. No meio tecnocientífico-informacional, as
corporações estruturam redes globais integradas
pelas tecnologias da informação.
IV. As universidades e os centros de pesquisa são
importantes aliados na qualificação da mão-de-obra
no novo modelo de produção industrial.
Estão CORRETAS as afirmativas:
(A) I, III e IV, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
24. UNIFAL/2009 A terceira revolução industrial pode
ser caracterizada:
(A) pelo sistema corporativo de produção.
(B) pelo aparecimento da biotecnologia e da
microeletrônica.
(C) pela utilização de energia elétrica e pelo aparecimento
dos motores.
(D) pela construção das primeiras estradas de ferro e pelo
uso do petróleo.
695

25. UEPA/2010 “Não é exagero afirmar que o espaço
geográfico contemporâneo é o resultado das
transformações introduzidas pela Revolução Industrial em
suas diferentes etapas. O modo de vida atual é (...) fruto
das transformações trazidas pela tecnologia industrial.(...)
A ciência, no estágio atual, está estreitamente ligada à
atividade industrial e às outras (...)
econômicas: agricultura, pecuária, serviços.(...),
componente fundamental para as empresas, o
desenvolvimento científico e tecnológico é revertido em
novos produtos (...) redução de custos, permitindo (...)
maior capacidade de competição num mercado cada vez
mais disputado.”
Orbita.starmedia.com/geoplanetbr/indústria.htmlacessado em
17/09/2009
No contexto da citação acima, é correto afirmar que:
(A) embora a ciência esteja diretamente ligada ao atual
desenvolvimento industrial, as atividades deste setor
que apresentam maior crescimento são aquelas que
simplesmente transformam matérias-primas em
produtos manufaturados.
(B) este avanço tecnológico, no setor industrial, provoca a
substituição dos trabalhadores humanos por robôs ou
máquinas inteligentes sempre em busca de maior
competitividade. Tal fato origina entre outras
consequências o chamado “desemprego estrutural”,
algo bem característico e presente na indústria
contemporânea.
(C) um setor considerado de ponta, nesta fase técnico-
científica-informacional, é a biotecnologia e,
particularmente, a engenharia genética, que atua em
várias direções, sendo que, na agropecuária, o
surgimento dos cultivos com sementes transgênicas
atingiu alta produtividade, conseguindo com isto
diminuir significativamente a fome endêmica de
alguns países africanos e asiáticos.
(D) o avanço do setor de engenharia genética tem
possibilitado não só a prevenção de doenças
congênitas, mas também a seleção das características
genéticas das pessoas, antes mesmo do nascimento,
fato considerado ético e aceito por unanimidade entre
as comunidades científicas e religiosas.
(E) uma grande vantagem deste avanço técnico-científico
na indústria é a distribuição homogênea, pelo espaço
geográfico global, das vantagens advindas do mesmo,
atingindo com igual intensidade as diferentes
sociedades contemporâneas da Terra.
26. UEPA/2010 O atual meio técnico-científico-
informacional impôs às sociedades contemporâneas novas
formas de comportamento e nem sempre estas podem ser
consideradas éticas no que diz respeito à qualidade de vida
das populações e à preservação ambiental (...). A China,
país de regime socialista, considerado uma das economias
que mais cresce no mundo, insere-se no atual contexto
econômico mundial como grande exportador de produtos
industrializados, enormes investimentos em infraestrutura,
com construção de portos, hidrelétricas dentre outros
equipamentos(...).”
Adaptado:http://www.suapesquisa.com/geografia/
economia_da_china.htm
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XIX
Apesar deste crescimento alucinante, este país, que é
considerado uma das maiores economias do mundo,
oferece também:
(A) a utilização em larga escala de combustíveis fósseis
(carvão mineral e petróleo) que têm gerado um
grande nível de poluição do ar. Os rios também têm
sido vítimas deste crescimento econômico,
apresentando altos índices de poluição, em especial os
que têm sido utilizados para a instalação de
hidrelétricas.
(B) um rígido controle do governo sobre o salário da
classe operária que, mesmo assim, apresenta uma das
mais elevadas remunerações do mundo, o que
estimula a produção industrial do país, considerada
não só a maior em quantidade como também a de
melhor qualidade.
(C) novos e maciços investimentos na área educacional,
em especial a tecnológica, que prioriza como espaço
principal para aplicação a área rural, fato que
melhorou consideravelmente o nível da qualidade de
vida da população camponesa, que ainda é a maior
porcentagem do contingente total do país.
(D) restrita influência na economia do resto do mundo,
haja vista que, apesar de grande produção industrial,
seu maior mercado consumidor é interno devido
especialmente à grande população absoluta que
possui, sendo o excedente consumido nos outros
países asiáticos. Tal fato está relacionado
principalmente à pequena diversificação de sua
produção industrial.
(E) reduzida emissão de gases considerados causadores
do efeito estufa, graças ao emprego de tecnologias
avançadas no setor industrial, em especial nas
unidades consideradas mais poluidoras como a
indústria de curtumes, e ainda a total substituição da
energia das termoelétricas, por outro tipo, a originada
de hidrelétricas, fato possível devido à construção da
Represa de 3 Gargantas, (a maior do mundo).
27. UFCG/2010 Acerca da Revolução Industrial e dos
impactos na produção do espaço geográfico, é
INCORRETO afirmar que as imagens ao lado
representam:
(A) A sedução do novo e a ideia de progresso permeando
o pensamento europeu, contribuindo, assim, para a
mudança no espaço urbano com a chegada das
fábricas.
(B) As novas invenções que se impõem no cotidiano das
pessoas com um ritmo cada vez mais rápido,
alterando a relação campo-cidade.
(C) O espaço e o tempo controlados pela natureza e pelas
estações climáticas, contribuindo para que as
indústrias se localizassem cada vez mais próximas
dos rios.
(D) A emergência de novos bairros residenciais, a
exemplo dos bairros operários, que congregavam os
trabalhadores perto das fábricas.
(E) O rompimento com as antigas formas de uso do
espaço para viver e morar, em que os limites eram
traçados, muitas vezes, pela própria natureza.
696
 CAPÍTULO XIX

28. UERN/2010 Ao longo do tempo, a atividade A teoria básica da localização industrial está contida na
industrial, para melhor cumprir sua finalidade de gerar seguinte afirmativa:
lucros no âmbito do sistema capitalista, desenvolveu
diferentes modos de organização do trabalho e da (A) uma fábrica atrai outra fábrica devido as vantagens da
produção. aglomeração.
(B) o espaço geográfico oferece poucas opções de
No que se refere às formas de organização do trabalho localização.
implementadas no século XX, é correto afirmar: (C) a melhor localização reduz o tempo e os custos de
(A) O fordismo tem uma estrutura de desenvolvimento de produção.
atividades que favorece a especialização do operário, (D) a produção em série estimula as vantagens
beneficiado pela flexibilização dos contratos de locacionais.
trabalho e pelos investimentos na qualificação (E) a concentração industrial é fortalecida pelo avanço
profissional. tecnológico.
(B) No taylorismo, há uma flexibilização do tempo GABARITO
dedicado a cada fase do trabalho, e o operário é
estimulado a desenvolver habilidades criativas no 1. E
processo de produção e de divisão das tarefas. 2. C
(C) O toyotismo apresenta um modelo flexível de 3. D
produção, em que o operário é qualificado 4. D
permanentemente, visando-se ao desempenho de 5. B
funções diversificadas no processo de 6. C
desenvolvimento do trabalho. 7. E
(D) No pós-fordismo, ocorre uma acentuada divisão do 8. C
trabalho, o que propicia o desenvolvimento de tarefas 9. C
especializadas e repetitivas, separando-se as 10. C
atribuições dos dirigentes daquelas executadas pelos 11. E
operários. 12. E
13. D
29. UFRN/2010 As transformações verificadas no 14. B
decorrer da Revolução Técnico-Científica, ou Terceira 15. C
Revolução Industrial, foram acompanhadas de uma 16. B
crescente necessidade de energia. 17. E
Assim, um dos grandes desafios do mundo atual é a 18. C
ampliação dos recursos energéticos. 19. C,
A respeito de fontes de energia no mundo, é correto 20. D
afirmar: 21. C
(A) A energia eólica constitui-se em uma fonte 22. E
alternativa, devido aos baixos custos e às 23. A
possibilidades de produção, que independem das 24. B
condições físicas locais. 25. B
(B) O álcool, utilizado como combustível para 26. A
automóveis, tem-se apresentado como uma fonte 27. C
renovável e menos poluidora que a gasolina. 28. C
(C) A energia hidráulica, amplamente empregada no 29. B
consumo doméstico, produz elevados impactos 30. C
ambientais, devido ao alto nível de poluição que gera.
(D) O petróleo é um combustível fóssil que tem amplo
campo de exploração e consumo, pois é uma fonte de
energia renovável.

30. UNIRIO/2009 Como a economia capitalista

caracteriza-se pela propriedade privada do capital, os
proprietários organizam seus negócios em condições de
concorrência. Todos procuram maximizar seus lucros,
diminuindo os custos de produção e ampliando seus
mercados.(-).A concorrência tem início quando os
empresários tomam decisões relativas à localização das
suas fábricas. A opção por determinado lugar é a opção
inicial que pode definir o sucesso ou um fracasso de um
empreendimento.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 697

 CAPÍTULO XIX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 698


CAPÍTULO XX - INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA - HISTÓRICO DE
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
MODELO DE INDUSTRIALIZAÇÃO: O Brasil é um
país industrializado do Terceiro Mundo, que faz parte
do conjunto de países emergentes. Ele possui uma
industrialização tardia, do tipo substitutiva, apoiada no
capital internacional.
A industrialização é tardia, uma vez que ocorreu muito
tempo após a Primeira Revolução Industrial, do tipo
substitutiva, na medida em que o desenvolvimento
industrial brasileiro, baseou-se na necessidade de
substituirmos as importações, sobretudo por ocasião das
duas Grandes Guerras Mundiais. E apoiada no capital
internacional, na medida em que os setores mais modernos
da indústria brasileira são controlados por empresas
multinacionais.
PRINCIPAIS FATOS QUE CONTRIBUIRAM PARA
O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
BRASILEIRO:
►I Guerra Mundial – promoveu um surto de
industrialização no país, apoiado na necessidade de
substituirmos as importações. ( primeira fase de
substituição das importações ). A escassez de produtos
industrializados no mercado internacional e os elevados
preços desses produtos criaram condições para que a
nascente indústria nacional pudesse se desenvolver, com
maior destaque para o setor de bens de consumo.
►Crise do Café – Foi responsável pelo deslocamento de
parte do capital que anteriormente era empregado no setor
cafeicultor para o setor industrial ao longo da década de
1930, beneficiando, principalmente, os Estados do Rio de
Janeiro e São Paulo.
►II Guerra Mundial – Assim como na I Guerra
Mundial, o fato contribuiu para a expansão da atividade
industrial no país, mais uma vez apoiando-se na
necessidade de substituirmos as importações, pelos
mesmos motivos da I Guerra. O período marca ainda a
implantação da primeira grande indústria de base do
Brasil, a C.S.N. ( Companhia Siderúrgica Nacional ),
implantada em Volta Redonda.
A ERA VARGAS NA DURANTE A II GUERRA
MUNDIAL
Apoiado na sua política nacionalista, o governo explorou
as riquezas brasileiras, amparado em grupos nacionais,
contrariando os grupos estrangeiros. Destaca-se, neste
período a extração mineral, a exportação de minérios e a
siderurgia.
Realizações do Governo Vargas no período:
► Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938.
No ano seguinte, foi aberto o primeiro poço de petróleo
em Lobato, na Bahia.
► Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
em 1941, empresa instalada em Volta Redonda, Rio de
Janeiro, para produção de aço.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
► Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em
1942, com a meta de cuidar da extração das riquezas
minerais.
► Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.
► Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.
► Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco
em 1945.
OBS: Durante o seu segundo mandato (1950-1954). foi
criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico
(BNDE) em 1952 e em 1953 , foi instituída a Petrobras
(Petróleo Brasileiro S/A
► Plano de Metas – Elaborado no governo do Presidente
J.K. Foi responsável pelo desenvolvimento da infra-
estrutura, sobretudo nas áreas de transporte, energia e
comunicações. Implantou uma política de incentivos
fiscais para atrair empresas multinacionais para o Brasil.
Destacamos a indústria automobilística como a mais
importante do período.
A industrialização do Brasil apoiou-se na TRÍPLICE
ALIANÇA, que envolve o capital privado nacional (
que atua predominantemente na produção de bens de
consumo não-duráveis ), capital privado multinacional (
que atua principalmente na produção de bens de consumo
duráveis ) e o capital estatal ( que atuou principalmente
na indústria de bens de produção, ou indústrias de base e
no desenvolvimento da infraestrutura de transportes,
energia e comunicações ).
► Regime Militar – Estendeu-se de 1964 até 1985. Os
militares promoveram grandes investimentos nos setores
considerados básicos e estratégicos para o
desenvolvimento do Brasil, como por exemplo:
siderúrgico, aeronáutico, petroquímico, bélico,
telecomunicações, energético, nuclear etc. O Governo
mantém a política de incentivos fiscais para atrair novas
empresas multinacionais e ainda promove grandes
investimentos em infra-estrutura. Entre 1967 a 1973 o país
viveu um período de grande prosperidade econômica,
denominado ‘MILAGRE ECONÔMICO
BRASILEIRO’.
A partir da segunda metade da década de 1970, o Brasil
viveu os efeitos da crise do petróleo, que por sua vez, foi
responsável pela desaceleração do crescimento econômico
e pelo surgimento de uma grave crise econômica que se
abateu no país na década de 1980, conhecida como a
“DÉCADA PERDIDA”.
► Período pós-1990 – É marcado pela adoção de uma
política neoliberal, fundamentada na presença do
ESTADO MÍNIMO. Tal política foi responsável pelo
processo de privatizações do setor público. Para justificar
a aplicação de tal política, o Governo utilizou os seguintes
argumentos:
699

► Não é função do Estado atuar diretamente nos setores
produtivos;
► Com o dinheiro obtido com a venda das estatais, o
governo pagaria parte das suas dívidas e investiria maiores
recursos nas chamadas áreas sociais, como por exemplo:
saúde, educação, saneamento básico, moradia etc.
► O Governo alegava que muitas empresas estatais
davam prejuízos.
► Com a privatização das empresas os serviços iriam
melhorar, a economia iria crescer com maior velocidade,
gerando empregos, distribuição de renda etc.
Alguns setores da sociedade organizada criticaram a
política do Governo, utilizando os seguintes argumentos:
► Os prejuízos dados por algumas empresas estatais
derivavam do seu mau gerenciamento, do excesso de
empregados e do controle de preços exercido pelo
Governo.
► Muitas empresas foram sub-avaliadas, gerando grandes
prejuízos aos cofres públicos.
► Os serviços de algumas empresas privatizadas não
melhoraram.
► O Governo não utilizou como prometera os recursos
nos projetos sociais e as dívidas interna e externa mais que
triplicaram ao longo da década de 1990 e nos primeiros
anos da década de 2000.
► O Governo privatizou algumas empresas consideradas
de grande valor estratégico para a soberania do Brasil.
Nesse período, destacamos ainda, a modernização do
parque industrial brasileiro, responsável pela crescente
automação da produção industrial ( empregos de robôs e
máquinas industriais de última geração ), que por sua vez
foram responsáveis pelo aumento do desemprego no setor
secundário, além de exigir trabalhadores mais qualificados
e versáteis, restringindo assim as oportunidades no
mercado de trabalho.
A FORMAÇÃO DOS TECNOPÓLOS
BRASILEIROS
Os tecnopolos são formados por centros de pesquisas,
universidades e distritos industriais que reúnem indústrias
que desenvolvem tecnologias de ponta, como por
exemplo: biotecnologia, softwares, aeroespacial,
microeletrônica, química fina, engenharia genética,
robótica etc.
Fatores responsáveis pelo desenvolvimento de um
tecnopólo:
► disponibilidade de capitais para o desenvolvimento de
pesquisas científicas e tecnológicas,
► mão-de-obra com elevado grau de qualificação
profissional ( cientistas, técnicos );
► presença de universidades e centros de pesquisas etc.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XX
Principais tecnopólos do Brasil:
► São Carlos ( SP ), onde se encontram a USP e a UFSP.
As pesquisas mais avançadas são realizadas no
desenvolvimento de materiais supercondutores de
eletricidade, ( cerâmica );
► Campinas ( SP ), onde se encontram a UNICAMP e a
PUCCAMP. As pesquisas mais avançadas são realizadas
nas áreas da informática, biotecnologia, robótica etc.
Vista da Unicamp
► São José dos Campos, onde estão localizados o ITA,
CTA, INPE. As pesquisas mais avançadas estão nos
setores da aeronáutica e aeroespacial.
► Rio de Janeiro, onde estão localizados a UFRJ,
FIOCRUZ, IME. As pesquisas mais avançadas se
desenvolvem nas áreas da engenharia e biotecnologia.
Localizado na Cidade Universitária da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, na ilha do Fundão, o Parque
Tecnológico do Rio vai funcionar como um elo de ligação
entre os clientes e os recursos humanos e tecnológicos da
UFRJ.
O Parque do Rio está voltado para a instalação de
empresas inovadoras com foco nos setores de Energia,
Meio Ambiente, Tecnologia da Informação Comunicação
– TIC, Engenharia do Petróleo etc.
A parceria Universidade-Empresa terá como resultados:
► aplicação das pesquisas nas inovações empresariais;
► postos de trabalho para profissionais de alta
qualificação;
► definição de necessidades do mercado de trabalho;
► oportunidade de estágios e primeiro emprego dos
alunos;
► melhoria de qualidade de vida local, com compromisso
de responsabilidade social;
Fatores que dificultam a formação dos tecnopolos no
Brasil:
► O governo só aplica 0,7% do PIB no desenvolvimento
tecnológico e científico;
► Falta de mão-de-obra qualificada;
► As empresas multinacionais não desenvolvem
tecnologias de ponta no país;
► As empresas privadas nacionais promovem poucos
investimentos no desenvolvimento de tecnologias etc.
700
 CAPÍTULO XX

CONDOMÍNIO INDUSTRIAL A fábrica da VW – Audi, em São José dos Pinhais, na

O que é?
O condomínio industrial é uma configuração, no qual
alguns fornecedores escolhidos pelas montadoras se
instalam junto às plantas das indústrias automotivas,
objetivando reduzir custos em estoques, processos,
transporte e facilitar a integração entre os parceiros.
Inicialmente, essas empresas faziam entregas em
pequenos lotes (just-in-time). Atualmente, são fornecidos
componentes e subconjuntos completos, podendo estes,
estarem já na sequência de montagem.
Características: Sua principal característica é que a
montadora permanece como diretora de todo o projeto. O
Condomínio Industrial poderá ter atividades e instalações
comuns como:
► Segurança e portaria;
► Refeitório;
► Serviços médicos;
► Administração;
► Serviços externos;
► Manutenção das instalações;
► Serviços de terceiros;
► Transportes de trabalhadores e produtos;
► Logística de distribuição.
região de Curitiba, PR, inaugurada em março de 1999 é
um bom exemplo de uma organização que aplica o
conceito de condomínio industrial.
Esse condomínio da VW-Audi é formado por dez
fornecedores localizados dentro dos limites da montadora
e que abastecem a linha de montagem com sistemas
completos e dividem entre si certas facilidades como
restaurante, banco, sistema de transporte e assistência
médica. Todas as instalações físicas do condomínio
pertencem à montadora; e, além dos fornecedores
internos, a VW conta também com o fornecimento de
outras 140 empresas de primeiro nível, fora do
condomínio.
A planta da montadora tem o formato de um “Y”
invertido, composto por três áreas produtivas: montagem
bruta, pintura e montagem final. Entre as áreas produtivas
há uma região central, denominada Centro de
Comunicação, onde ficam os escritórios da montadora e as
instalações dos serviços de uso comum, como restaurante,
banco, livraria, entre outros.

No projeto de um Condomínio Industrial, a sua gestão

poderá ser sob forma de uma instituição do Terceiro Setor,
com os seguintes benefícios:
► Captação de recursos através de renúncia fiscal das
empresas do condomínio e de seus fornecedores;
► Realização de atividades sociais, culturais,
educacionais e ambientais;
► Acesso aos recursos públicos;
► Redução de custo de encargos trabalhistas;
► Redução ou isenção de tributos;

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 701

 CAPÍTULO XX

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 702


CAPÍTULO XXI - ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DAS
INDÚSTRIAS NO BRASIL
A) Região Sudeste
No final da década de 1990, a Região Sudeste possuía
cerca de 52% dos estabelecimentos industriais do país,
cerca de 58% do pessoal ocupado e 68% do valor da
produção industrial. Portanto, como se pode ver, a região
Sudeste é a mais industrializada do país.
Fatores que contribuíram para a industrialização da
Região Sudeste:
► boa posição geográfica;
► capital acumulado da cafeicultura;
► disponibilidade de mão-de-obra;
► presença de um grande mercado consumidor;
► existência de importantes recursos naturais;
► presença de uma boa infra-estrutura de transportes,
energia e comunicações;
► concentração das principais instituições financeiras do
Brasil.
As principais concentrações industriais do Sudeste estão
localizadas nas três grandes regiões metropolitanas ( São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte ) e nos seus
respectivos eixos de ligação.
Na Grande São Paulo, destacamos a região do
A.B.C.D.M.O paulista ( Santo André, São Bernardo, São
Caetano, Diadema, Mauá e Osasco ).
Em São Paulo destacamos ainda os seguintes eixos:
► Anchieta/Imigrantes – que liga a área metropolitana ao
complexo portuário e industrial da baixada santista
( Santos e Cubatão ).
► Eixo da Via Dutra – onde destacamos São José dos
Campos, um dos principais tecnopólos do Brasil,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXI
► Eixo Anhanguera/Bandeirantes/Washington Luís –
onde destacamos as cidades de Campinas, Ribeirão Preto,
Francana, São Carlos etc.
► Eixo Castelo Branco Raposo Tavares – Com maior
destaque para Sorocaba, Marília e Presidente Prudente.
Em Minas Gerais as indústrias estão concentradas na:
► Grande Belo Horizonte, com destaque para os
municípios de Betim, Contagem, Nova Lima, Sabará etc.
► Zona da Mata Mineira, com maior destaque para Juiz
de Fora.
No Rio de Janeiro as indústrias estão concentradas na
região metropolitana e no vale do Paraíba, com maior
destaque nesse caso para Volta Redonda, Barra Mansa,
Resende, Porto Real.
B) Região Sul
É a Segunda região mais industrializada do Brasil. Os
fatores que contribuíram para o desenvolvimento
industrial da região foram:
► capital acumulado do setor agropecuário;
► o modelo de colonização de povoamento;
► a posição estratégica em relação aos países do
MERCOSUL e da Região Sudeste;
► a presença de uma boa infra-estrutura de transportes,
energia e comunicações;
► existência de um bom mercado consumidor;
► disponibilidade de mão-de-obra;
► presença de recursos naturais;
► investimentos procedentes da Região Sudeste.
Desde o início, a industrialização a industrialização da
região apoiou-se nas indústrias tradicionais ( alimentícia e
têxtil ). Os ramos que mais se desenvolveram foram os
que se voltaram para o aproveitamento das matérias-
primas produzidas na região, como por exemplo: têxtil,
agroindústria, couro e calçados, mobiliários etc.
As indústrias dinâmicas que mais se desenvolveram foram
as ligadas aos setores químicos, metalúrgico e mecânico.
A indústria está concentrada nas regiões metropolitanas da
Grande Porto Alegre e Curitiba, além do vale do Itajaí em
Santa Catarina, onde destacamos as cidades de Joinville,
Blumenau e Brusque.
C) Região Nordeste
É a terceira região mais industrializada do Brasil. O
desenvolvimento industrial é recente e contou com o papel
fundamental da SUDENE ( Superintendência de
Desenvolvimento Regional do Nordeste ), recriada
recentemente pelo Governo Federal. O órgão teve um
papel de destaque nas seguintes áreas:
► Projetos de infraestrutura, sobretudo nas áreas de
transportes e energia;
► Fortalecimento da educação, através da criação de
escolas técnicas e universidades;
► Implantação de diversos distritos industriais;
703
 CAPÍTULO XXI

► Concessão de incentivos fiscais para atrair E) Região Centro-Oeste

investimentos etc. A sua industrialização é mais recente. As principais
indústrias estão ligadas aos setores agroindustriais,
As maiores concentrações industriais estão localizadas: extrativos e bens de consumo duráveis ( materiais
► Distrito industrial de Aratu e Pólo Petroquímico de elétricos ). A distância do litoral e a concorrência do
Camaçari, ambos na Grande Salvador; parque industrial do Sudeste, somado ao pequeno mercado
► Distritos industriais de Cabo, Paulista, Igaraçu, consumidor local são os fatores que limitam o
Jaboatão, ambos na Grande Recife, desenvolvimento industrial da região, todavia, nos últimos
► Grande Fortaleza (sua industrialização é mais recente), anos o processo de industrialização tem se intensificado
etc. na região.
OBS: Vale a pena ressaltar que a industrialização da
Região Nordeste está apoiada nos capitais procedentes de
empresas localizadas na Região Sudeste e investimentos
estrangeiros. Portanto, os lucros obtidos pela maioria das
empresas localizadas na região são remetidos para as suas
matrizes, localizadas em outras regiões e países, sendo
assim, a região continua permanecendo extremamente
dependente de investimentos de fora.
OBS: A indústria do turismo teve um grande crescimento
nos últimos anos, constituindo-se hoje numa das
principais fontes de renda do Nordeste.

D) Região Norte

A indústria está concentrada em Manaus, cujo o seu

desenvolvimento apoiou-se na criação da Zona Franca de
Manaus, administrada pela SUFRAMA
( Superintendência do Desenvolvimento da Zona Franca
de Manaus ), que teve os incentivos fiscais recentemente
estendidos até o ano de 2003. As principais indústrias da
região são: eletroeletrôncias, farmacêutica, química,
material fotográfico, montadoras de motocicleta, relógios
etc.
Destacamos ainda a Grande Belém, que desenvolveu
inúmeras indústrias destinadas ao beneficiamento dos
produtos extrativos e agropecuários produzidos na região.
No município de Barcarena encontra-se a mais importante
fábrica de alumínio do Brasil.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 704


CAPÍTULO XXII - INDUSTRIALIZAÇÃO
BRASILEIRA - DESCENTRALIZAÇÃO DA
ATIVIDADE INDUSTRIAL
Nos últimos anos estamos verificando uma crescente
descentralização da atividade industrial no país. Além da
descentralização regional, destacamos a fuga de
investimentos dos grandes centros industriais tradicionais.
As regiões industriais tradicionais já não atraem grandes
investimentos. As principais causas são:
► a mão-de-obra é mais cara;
► existe maior concorrência;
► presença de fortes sindicatos;
► a fiscalização ambiental é mais rigorosa;
► os grandes terrenos são escassos e quando são
encontrados custam caro;
► o governo não concede mais incentivos fiscais para
regiões com grande desenvolvimento industrial, etc.
Os novos investimentos industriais estão se dirigindo
prioritariamente para as cidades médias do interior,
sobretudo em função da implantação dos ARRANJOS
PRODUTIVOS LOCAIS, sendo atraídos pelos
seguintes fatores:
► mão-de-obra mais barata;
► menor organização sindical;
► os governos implantam distritos industriais, onde
oferecem os terrenos com toda infra-estrutura e participam
em alguns casos dos investimentos para a implantação de
indústrias;
► a concessão de incentivos fiscais;
► a menor concorrência etc.
Portanto, nos dias atuais, as cidades de médio porte,
principalmente localizadas nos estados do Centro-sul são
aquelas que atraem maiores investimentos no setor
industrial.
TEXTO COMPLEMENTAR
A GUERRA FISCAL NO BRASIL
Os estados federados e os municípios com maior liberdade
para instituir e isentar impostos, e com a retirada pelo
Governo Federal de parte das transferências
constitucional, geraram o conflito federativo, chamado de
"guerra fiscal". A interpretação mais comum vê a "guerra
fiscal" como a exacerbação de práticas competitivas – e
não cooperativas – entre os estados da Federação.
O tema "guerra fiscal" vem assumindo importância
crescente, frente aos benefícios fiscais e financeiros que
vêm sendo concedidos de forma generaliza pelos estados
às grandes empresas, para que estas se instalem em seus
territórios. Estes benefícios têm produzido, acreditam
alguns estudiosos, concorrência predatória entre os
estados, contribuindo para agravar a crise financeira em
que se encontram. O que se tem, de fato, é um confronto
entre interesses econômicos dos estados, os quais através
de concessão de benefícios, que geralmente são via ICMS,
buscam favorecer suas economias internas.
Muitas vezes as consequências econômicas da "guerra
fiscal" são danosas ao desempenho econômico. A troca
dos critérios de eficiência econômica por artificialismo
tributário, na localização de uma indústria, acaba por
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
reduzir o custo privado da produção e aumentar seu custo
social. A consequência é a queda na qualidade e/ou
quantidade de serviços públicos. De fato, esses incentivos
fiscais não geram, agregadamente, aumento de
investimentos, mas apenas determinam sua relocalização
dentro do território brasileiro. Dessa forma, não há
aumento da produção e do emprego. A "guerra fiscal"
pode comprometer a capacidade do estado de dinamizar
sua economia.
A ênfase na concessão de benefícios fiscais via renúncia
do ICMS tem minimizado a importância de características
locais para a localização de projetos, como por exemplo as
economias de aglomeração, qualidade da mão-de-obra,
infraestrutura local etc., e intensificando a guerra fiscal
entre os estados. Isso reclama um maior ordenamento das
concessões fiscais, visando recompor a capacidade de
arrecadação das unidades da federação, com vistas ao
saneamento de suas finanças.
EXERCÍCIOS
1. UEMG/2012 BRASIL: POTÊNCIA OU
COLÔNIA?
Não há dúvidas de que, em alguns aspectos, a economia
brasileira vai bem, com seu crescimento puxado pelo forte
consumo do mercado interno. Também é preciso
reconhecer que nos últimos anos o país obteve resultados
expressivos no que diz respeito às políticas sociais, tendo
tirado mais de 20 milhões de brasileiros do estado de
miséria e elevado mais de 30 milhões à classe média. Por
outro lado, alguns indicadores ainda nos envergonham e
mostram que estamos muito distantes do mínimo
necessário para nos considerarmos uma nação em
desenvolvimento. Como exemplo, podemos citar um
quesito fundamental à saúde, que é o saneamento
ambiental, cujos indicadores são alarmantes (...). Na
educação, ciência e tecnologia a situação não é
diferente(...). No que se refere à Política Industrial, a
situação também é extremamente preocupante, pois o
atual modelo econômico nos empurra para uma
primarização da economia. O fato é que o Brasil está
priorizando a exportação de commodities em detrimento
das exportações de bens de maior valor agregado(...).
NETO, Luiz Aubert. Revista Mercado Comum. Ano XVIII – Ed.
218. p. 112, 113.Texto adaptado.
Em relação ao texto acima e seu título, são apresentadas as
seguintes afirmativas:
I. O Brasil mostra características de potência, devido
ao valor agregado dos seus produtos
industrializados.
II. Alguns indicadores de extrema relevância, como
saúde, educação, política industrial ainda incluem o
país na classificação do subdesenvolvimento.
III. A exportação de commodities, em detrimento das
exportações de bens de maior valor, coloca o Brasil
na categoria de potência.
IV. Os fatores de expressivos resultados nas políticas
sociais e o crescimento da economia através do
fortalecimento do mercado interno têm levado a
crer que o Brasil está na categoria de potência.
705

Está CORRETO apenas o que se afirma em
(A) II e IV (B) II e III
(C) I e IV (D) I e II
2. IFG/2011 Verificou-se, nas últimas décadas, um
processo de desconcentração espacial das atividades
industriais no Brasil. Muitas empresas transferiram suas
unidades fabris para estados da federação com pouca
vocação industrial, como Goiás, Ceará, Bahia,
Pernambuco e Mato Grosso. Com relação a esse
fenômeno, podemos afirmar que
(A) trata-se de um fenômeno de desconcentração
industrial seletivo, haja vista que os processos
industriais de maior valor agregado, exigentes de
maior nível tecnológico e mão de obra muito
qualificada, tendem a permanecer no centro
econômico-financeiro do país (São Paulo).
(B) todas as áreas do país passaram a receber plantas
industriais, independentemente da infraestrutura
instalada, exemplo disso são as mudanças
socioeconômicas que vêm ocorrendo no sertão
nordestino.
(C) Goiás tem se beneficiado desse processo devido a sua
posição geográfica privilegiada e transferência de
capital de origem agrária para as atividades
industriais. Isso explica o fato do estado ter se
consolidado como segundo maior polo industrial do
país.
(D) para não perder indústrias, o estado de São Paulo
passou a adotar uma série de medidas de redução
da carga tributária, isso vem provocando um processo
inverso, de reconcentração das empresas no estado
mais rico da federação.
(E) a industrialização em Goiás possui uma
especificidade: o fato de ser eminentemente
implantada a partir do capital local, sem a
participação das multinacionais.
3. UNESP/2012.2 Entre o final da década de 1960 e o
início da década de 1970, a economia brasileira obteve
altos índices de crescimento. O fenômeno se tornou
conhecido como milagre econômico e derivou da
aplicação de uma política que provocou, entre outros
efeitos,
(A) êxodo rural e incremento no setor ferroviário.
(B) crescimento imediato dos níveis salariais e das taxas
de inflação.
(C) aumento do endividamento externo e da concentração
de renda.
(D) estatização do aparato industrial e do setor energético.
(E) crise energética e novos investimentos em pesquisas
tecnológicas.
4. UFJF/2012.2 Leia o texto a seguir.
A Rua Teresa se rendeu aos chineses. Pressionadas pela
competição dos produtos importados e pelo surgimento de
outros polos de moda, algumas confecções da tradicional
rua do varejo de roupas de Petrópolis já estão importando
da China até 20% do que vendem em suas lojas.
[...] Se as próprias confecções estão importando, a
tendência é maior entre os que são apenas varejistas. As
etiquetas de “Fabricado no Brasil” disputam espaço com
as de “Fabricado na China”. Algumas indústrias, no
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
entanto, admitem até mesmo a prática de trocar etiquetas
chinesas por aquelas da marca própria.
[...] Além da importação de peças prontas, as confecções
investem em máquinas mais modernas para reduzir os
custos e aumentar a produtividade.
Lucianne Carneiro. Rua Teresa “made in China”. O Globo, Rio
de Janeiro, p. 27, 8 abr. 2012 Adaptado.
O processo descrito no texto tem ocorrido em todo o país.
Esse processo é denominado:
(A) inflação. (B) privatização.
(C) flexibilização. (D) desregulamentação.
(E) desindustrialização.
5. UFG/2012.2 A atual organização espacial do território
brasileiro contém disparidades regionais de diferentes
ordens. O governo brasileiro implementou, nas últimas
décadas, várias estratégias e políticas públicas,
objetivando superá-las.
Mesmo assim, algumas dessas disparidades persistiram e
intensificaram-se. No que se refere à atividade industrial,
verifica-se que
(A) o processo de desconcentração espacial do setor
metalúrgico foi eficaz e conseguiu reduzir a
concentração na região Norte com a implantação da
zona franca de Manaus.
(B) a formação das regiões metropolitanas na região
Centro-Oeste está associada ao desenvolvimento
industrial promovido pelo projeto desenvolvimentista
de Juscelino Kubitschek.
(C) a descentralização industrial ocorre com maior
frequência para o interior dos estados do Sudeste e
Sul, desencadeando a chamada guerra fiscal.
(D) na região Norte essa atividade está ligada à
implantação de numerosos polos agroindustriais
durante os governos militares, visando promover a
integração nacional.
(E) as estratégias desenvolvidas na região Nordeste estão
focadas no setor farmacêutico e de cosméticos,
baseadas no modelo de substituição de importações.
6. FITS/2012.2 No Brasil, desde a década de 1980, nota-
se um processo de desconcentração da indústria para além
da cidade de São Paulo e o Grande ABCD. Dentre as
novas regiões industriais que foram criadas com essa
desconcentração, pode-se citar
(A) o estado de Santa Catarina, que passou a receber
indústrias siderúrgicas e metalúrgicas interessadas nas
jazidas de carvão mineral exploradas na região de
Criciúma e Diadema.
(B) a criação da Zona Franca de Manaus em 2002 no
estado do Amazonas, para incentivar a migração de
indústrias do Sudeste e Nordeste para a região Norte.
(C) o eixo da rodovia Presidente Dutra, no estado do Rio
Grande do Sul, que passou a concentrar indústrias
petroquímicas, de autopeças e revenda de automóveis.
(D) o eixo formado pelas rodovias Anhanguera e
Bandeirantes, no interior do estado de São Paulo, que
oferece cidades com boa infra-estrutura e meios de
circulação
(E) a região metropolitana de Brasília, que recebeu várias
empresas agropecuárias na década de 1980, com foco
voltado à exportação.
706

7. UERJ/2013.1 Entre a posse do presidente João
Goulart, em 1961, e a abertura política, iniciada em 1979-
1980, a economia brasileira enfrentou conjunturas de crise
e de prosperidade, perceptíveis nas variações dos índices
econômicos apresentados na tabela a seguir.
As particularidades do período conhecido como “Milagre
Econômico” foram caracterizadas por:
(A) redução das taxas de inflação e crescimento do PIB
(B) incremento da dívida externa e retração das
importações
(C) estagnação das exportações e manutenção das taxas
de inflação
(D) estabilização da balança comercial e diminuição da
dívida externa
8. UPE/2012 O processo de industrialização do espaço
geográfico brasileiro produziu uma série de
transformações ao longo das últimas décadas. Dentre
essas transformações, podemos destacar
1. a intensificação do processo de urbanização.
2. a hierarquização das cidades.
3. o desaparecimento de uma rede urbana integrada.
4. a diminuição das redes de transporte.
5. a modernização concentrada na megalópole.
Estão CORRETAS apenas
(A) 1 e 2. (B) 3 e 4. (C) 4 e 5.
(D) 1, 2 e 5. (E) 1, 3, 4 e 5.
9. ESPMSP/2012.2 Observe os dados
Os principais setores da indústria brasileira por região
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
Corresponde, respectivamente, às regiões Sudeste, Sul e
Nordeste os números:
(A) I, II e III. (B) I, II e IV.
(C) I, III e IV. (D) II, III e V.
(E) III, IV e V
10. IFMG/2012.2 Há vários meses atuando no mercado
automotivo brasileiro, uma importante empresa chinesa
fabricante de automóveis confirmou recentemente a
intenção de se instalar no estado da Bahia. O investimento
será de R$900 milhões e a expectativa é de que a unidade
fique pronta em 2014. O projeto prevê a construção da
unidade numa área de 5 milhões de metros quadrados. Ela
terá capacidade para produzir 100 mil veículos anuais, em
dois turnos, e vai criar 3,5 mil empregos diretos e 10 mil
indiretos.
(http://migre.me/5VLgj. Acesso: 15/10/2011. Adaptado.)
A busca por novos espaços para investimento, realizada
pelas empresas transnacionais, pode ser considerada uma
característica marcante da globalização contemporânea.
Sobre as motivações que levam tais empresas a proceder
dessa maneira, é correto afirmar que:
(A) há uma grande procura por países emergentes, haja
vista que estes se tornaram, nas últimas décadas, os
novos polos de inovação científica e tecnológica, com
oferta abundante de mão de obra qualificada.
(B) com a forte competição global, as empresas vêm
buscando locais mais vantajosos em termos de
incentivos governamentais, de modo a garantir maior
rentabilidade para os investimentos.
(C) devido à necessidade de abrirem novos mercados
consumidores para seus produtos, essas empresas têm
buscado se instalar em países pouco industrializados e
economicamente pobres.
(D) países como o Brasil formam atualmente um pequeno
grupo em que as empresas transnacionais têm totais
incentivos para se instalarem, ao contrário da União
Europeia ou dos Estados Unidos.
11. UNICHRISTUS/2013.1 O fato fundamental da
economia brasileira, é que está se tornando cada vez mais
caro produzir no país, resultado direto do nível elevado do
“custo Brasil”, um dos mais altos do mundo.
Acompanhado de uma baixa taxa de investimento
(17,9%), principalmente público. Sua infraestrutura
também é muito atrasada e faz que as atividades de
exportação – fabricação e matérias-primas – tenham
enormes custos e atrasos, envolvendo uma poderosa
penalização, com a consequente perda de competitividade.
E ainda, a perda de investimentos diretos no país é um
fato notório. Grande parte dos investimentos que estão
migrando do Brasil têm destino certo: a China. Este país,
que tem o sistema socialista de mercado, passou a criar
condições mais favoráveis a produção e ao aumento da
margem de lucro. Com isso, o processo de
desindustrialização do Brasil é um problema a ser
analisado de perto e com bastante zelo já que a indústria
ainda representa uma boa fatia do PIB e uma fonte de
empregos entre nós.
(Disponível em
http://www.forte.jor.br/2012/04/11/razoes-da-
desindustrializacao-do-brasil) (Adaptado)
707

Levando em consideração a estrutura político-econômica
do Brasil, o fenômeno da desindustrialização de nosso
país pode ser explicado pela(s)
(A) desvalorização cambial da China que favorece ao
capitalismo daquele país, mas sacrifica o mercado de
trabalho do restante do Planeta.
(B) presença de mão de obra, energia e logística que
favorece a produção e o seu escoamento da China
para o Mundo, revitalizando a economia de países
como o Brasil.
(C) políticas públicas nacionais que oneram a produção e
os investimentos produtivos, e determinam o aumento
da carga tributária e a valorização cambial.
(D) redução do IPI gera um ônus social e econômico no
país, pois desvaloriza a moeda e favorece a entrada de
produtos importados. E) forma de reduzir a
concorrência internacional que é desonerar a folha de
pagamento e incentivar a terceirização da produção,
pois ajuda o empresário e garante benefícios aos
trabalhadores.
12. FGVRJ/2013.1 Leia o seguinte texto:
Embora muitos estudos tradicionais tenham afirmado que
os mecanismos de mercado favorecem a concentração das
atividades econômicas (ao menos nos estágios iniciais do
processo de desenvolvimento de um país), e ainda que
essa concepção esteja basicamente correta, a tese
apriorística de que as reformas dos anos 1990 iriam
bloquear ou mesmo reverter o processo de
desconcentração por ampliarem o papel das “forças de
mercado” nas decisões de localização de investimentos
mostrou-se falha. Os dados mais atualizados revelam que
o erro dos especialistas ao prever o “esgotamento” ou a
“inflexão” do processo de desconcentração industrial
brasileira se deveu principalmente à importância excessiva
que conferiram a um pequeno número de fatores que
intervêm na dinâmica espacial desse setor, sobretudo a
crise de planejamento regional e as tendências de
aglomeração associadas ao novo paradigma técnico e
econômico em construção.
Diniz, L. L. F. Para onde irão as indústrias? A nova geografia da
industrialização brasileira.
In: Albuquerque, E. S. de (org.) Que país é esse? Pensando o
Brasil contemporâneo. São Paulo: Globo, 2005, p. 286-287
Entre as afirmações abaixo, assinale aquela que é coerente
com os argumentos apresentados no texto.
(A) A A concentração espacial das atividades industriais é
resultado da crise do planejamento regional.
(B) B No Brasil, a dinâmica espacial da indústria obedece
apenas aos mecanismos de mercado.
(C) C Os dados mais atualizados revelam que o processo
de desconcentração da atividade industrial brasileira
ainda está em curso.
(D) D Na década de 1990, ocorreu o esgotamento do
processo de desconcentração da atividade industrial
brasileira.
(E) E As reformas econômicas realizadas na década de
1990 foram decisivas para reverter a tendência de
concentração espacial das atividades industriais.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
13. UNICAMP/2013 ano diversos processos produtivos,
ocorrendo uma concentração espacial das plantas de
fábrica, da infraestrutura e dos trabalhadores. Na
metrópole contemporânea predomina uma dispersão
territorial das atividades econômicas e da força de
trabalho. Nesta, a produção fabril tende a se instalar na
periferia ou nos arredores do perímetro urbano, enquanto
as atividades associadas ao poder financeiro, político e
econômico concentram-se na área urbana mais adensada.
(Adaptado de Carlos de Matos, “Redes, nodos e cidades:
transformação da metrópole latino-americana”, em Luiz Cesar
de Queiroz Ribeiro (org.), Metrópoles: entre a coesão e a
fragmentação, a cooperação e o conflito. São Paulo: Editora
Perseu Abramo; Rio de Janeiro: Fase, 2004, 157-196.)
Como principal característica da metrópole
contemporânea, destaca-se
(A) a concentração da atividade industrial e das funções
administrativas das empresas no mesmo local.
(B) o aumento da densidade demográfica nas áreas do
antigo centro histórico da metrópole.
(C) a concentração do poder decisório da administração
pública e das empresas em uma única área da
metrópole.
(D) a diversificação das atividades comerciais e de
serviços na área do perímetro urbano.
14. UNIOESTE/2013 A atividade industrial evoluiu do
artesanato ou manufatura para a primeira revolução
industrial, que se materializou através da máquina a vapor;
a seguir ocorreu a segunda revolução industrial,
aparecendo as primeiras grandes descobertas tecnológicas
incorporadas ao processo de industrialização, como o
petróleo e a eletricidade. A seguir, tem-se a terceira
revolução industrial, marcada pela informatização, dando
origem às chamadas indústrias transnacionais. Essas
etapas ocorreram especialmente na Europa, e também nos
Estados Unidos da América e no Japão. Sobre o atual
estágio de desenvolvimento industrial do Brasil, assinale a
alternativa correta.
(A) O Brasil ainda não está incorporado aos processos
específicos da terceira revolução industrial, tendo em
vista que as indústrias instaladas no país utilizam os
processos tayloristas e fordistas.
(B) O Brasil viveu somente as etapas finais do processo
de desenvolvimento da indústria, mas hoje é
considerado um país subdesenvolvido,
industrializado, pois passou pelo processo conhecido
como industrialização tardia, juntamente com China e
Tigres Asiáticos, Índia, África do Sul, México e
Argentina.
(C) Tendo em vista o grande desenvolvimento econômico
do país, novas fontes de energia são necessárias para
que este processo de crescimento econômico se torne
contínuo, devendo haver investimento em geração de
energia hidrelétrica, tecnologia que o Brasil domina
devido ao grande potencial hidrelétrico de suas bacias
hidrográficas (especialmente a dos rios Paraná e
Amazonas), não havendo necessidade de investir em
outras formas de geração de energia.
(D) A industrialização brasileira atual está fortemente
pautada na Agroindústria, com capital
preponderantemente nacional, sem a intervenção de
708

empresas transnacionais no processamento dos
produtos aqui cultivados.
(E) Segundo um estudo do Centro para Pesquisa
Econômica e de Negócios (CEBR), publicado no final
de 2011, o Brasil foi considerado a 6a. Economia
Mundial, superando o Reino Unido, devido ao intenso
desenvolvimento industrial do Brasil. Este
posicionamento econômico brasileiro pode ser
visualizado pelos altos valores do Índice de
Desenvolvimento Humano que o país alcançou,
mostrando avanços na qualidade de vida da
população.
15. IFSC/2013 Sobre as informações do gráfico 1, leia e
analise as proposições abaixo:
GRÁFICO I
I. maior participação da indústria na economia
brasileira ocorreu durante o Plano Real.
II. Em 1979, ainda durante o período da Ditadura
Militar, as atividades industriais contribuíram com
24,90%na economia brasileira.
III. Infere-se que, no período dos governos Lula e Dilma,
a participação das atividades industriais na economia
brasileira chegou ao seu ponto mais baixo desde os
anos 1960.
Exame de Classificação 2013/1 – Cursos Técnicos
Integrados
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas a proposição II é verdadeira.
(B) Apenas a proposição I é verdadeira.
(C) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
(D) Apenas a proposição III é verdadeira.
(E) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
16. FACID/2013.1
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
A partir das informações dos gráficos acima sobre a
desconcentração industrial no Brasil nos últimos anos,
analise as afirmativas abaixo:
I. Atualmente, a indústria brasileira vive um
significativo processo de descentralização, partindo
do Sul e Sudeste para as demais regiões do país e do
interior dos estados para as capitais.
II. Hoje, a indústria se desconcentra no Brasil. O Sudeste
perde indústrias para as outras regiões,
principalmente para o Sul do país, favorecido pela
proximidade com os países do Mercosul.
III. A desconcentração industrial no Brasil, ocorrida nas
últimas décadas, tem sido resultado de articulações
políticas nos estados e opções estratégicas das
empresas industriais.
IV. Nos últimos anos, a constituição de polos industriais
nas diferentes regiões do país resultou na
concentração de um maior número de empresas e de
trabalhadores empregados, principalmente, no
Centro-oeste do Brasil.
V. Atualmente, muitas razões são apontadas para o
processo de desconcentração industrial no Brasil, em
geral, centradas na redução de custos das empresas
industriais.
Considerando as informações apresentadas nos gráficos e
nas afirmativas acima sobre a desconcentração industrial
no Brasil, pode-se afirmar que estão corretas:
(A) apenas I, II e III (B) apenas I, III e IV
(C) apenas II, IV e V (D) apenas II, III e V
(E) apenas I, II, III e V
17. UEA.SIS/2013 Analise os gráficos.
A partir das informações dos gráficos e de conhecimentos
sobre o processo de industrialização no Brasil, pode-se
afirmar corretamente que
(A) a industrialização ocorreu em todas as regiões
brasileiras e o maior número de indústrias está
localizado no interior dos estados.
709

(B) a região Sudeste concentra o maior número de
indústrias nas capitais, revelando a ausência do
processo de desconcentração.
(C) a industrialização ocorreu somente no Sudeste, onde a
maioria dos estabelecimentos industriais localiza-se
nas capitais dos estados.
(D) a maior parte das indústrias concentra-se nas capitais
dos estados, pois as áreas do interior são desprovidas
de recursos tecnológicos e meios de transporte
eficientes.
(E) a região Sudeste concentra mais de 60% do parque
industrial nacional, principalmente nas capitais.
18. UFV.PASES/2013 A partir dos anos 90 do século
XX, houve uma abertura no mercado brasileiro de bens de
consumo e de
produção, facilitada pela redução de impostos e pela
abertura à iniciativa privada. No setor automobilístico,
verificou-se um significativo aumento do número de
instalações industriais e uma forte transformação no
trabalho.
De acordo com os conhecimentos sobre a indústria
automobilística no Brasil, no final do século XX, assinale
a afirmativa CORRETA:
(A) Houve aumento no número de trabalhadores por
unidade fabril e no número de instalações industriais.
(B) Ocorreu diminuição no número de trabalhadores por
unidade fabril e de instalações industriais.
(C) Ocorreu diminuição de trabalhadores por unidade
fabril e aumento no número de instalações industriais.
(D) Houve aumento de trabalhadores por unidade fabril e
diminuição no número de instalações industriais.
19. UPESSA/2013.1 Analise o diagrama a seguir:
Os investimentos nos setores de bens de produção
marcaram um período da industrialização brasileira,
caracterizada por uma considerável intervenção estatal.
Nessa época, a ação do Estado brasileiro foi decisiva,
porque
(A) visava ao fortalecimento do parque industrial
brasileiro, cuja política, acentuadamente nacionalista
e de caráter modernizador, com investimentos iniciais
bastante elevados, era liderada pelo presidente
Getúlio Vargas.
(B) flexibilizava e homogeneizava os investimentos no
parque industrial do país, permitindo amplo poder às
forças de mercado que imperavam e agiam
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXII
livremente, para promover um maior
desenvolvimento econômico do país.
(C) defendia uma política desenvolvimentista-privatista e
promovia a abertura da economia aos produtos e
capitais estrangeiros, ficando o projeto de expansão
do parque industrial brasileiro submetido ao modelo
neoliberal.
(D) possibilitava a abertura da economia ao mercado
externo, passando a investir em setores que
impulsionaram o crescimento brasileiro apoiado por
um grande movimento imperialista.
(E) investia pesadamente na oligarquia agroexportadora
cafeeira que apresentava índices de crescimento
superiores aos da atividade industrial, abrindo novas
possibilidades político administrativas em favor do
ciclo monocultor agrícola.
20. UEPA/2013 Nas últimas décadas do século XX a
economia brasileira passou por significativas
transformações na sua estrutura produtiva, e a indústria se
consolidou como o setor mais dinâmico, apresentando
uma pauta de exportação diversificada. Neste universo, a
divisão do trabalho industrial foi acompanhada de nova
repartição geográfica. Sobre a dinâmica espacial e/ou de
produção da indústria brasileira, no período citado, é
correto afirmar que:
(A) a trajetória de crescimento do Brasil,
substancialmente inferior à dos demais países da
América Latina com estrutura produtiva semelhante e
também inferior à taxa de crescimento mundial,
sinalizando uma perda de dinamismo ante as
economias concorrentes.
(B) em linhas gerais a industrialização brasileira seguiu a
dinâmica de concentração das atividades fabris e o
aproveitamento de economias de escala e
aglomeração, tendo na cidade de Recife o centro
polarizador primaz desse processo.
(C) a descentralização da indústria que se dá tanto pelo
esgotamento das metrópoles como polos industriais
quanto pelo resultante do processo de guerra fiscal
entre estados que expulsa a atividade industrial para
espaços com mão-de-obra qualificada.
(D) a perda de importância relativa do eixo Rio-São
Paulo, principalmente da região metropolitana deste
último Estado, implicou "migração" de postos de
trabalho industriais tanto no contexto intra como no
inter-regional (com exceção do Rio de Janeiro, cuja
região metropolitana apresentou a segunda maior
perda no emprego industrial).
(E) a estrutura industrial é bastante homogênea,
característica do processo recente de desconcentração
que empurrou para as diferentes regiões brasileiras as
mais diversas atividades industriais, em particular a
agroindústria.
GABARITO
1. A 2. A 3. C 4. E 5. C
6. D 7. A 8. D 9. A 10. B
11. C 12. C 13. D 14. B 15. C
16. D 17. A 18. C 19. A 20. D
710

CAPÍTULO XXIII - AGROPECUÁRIA -
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DO SOLO
a) ROTAÇÃO DE CULTURAS
O produtor rural deve alternar o cultivo no transcorrer do
ano ( culturas de verão e inverno ) e no intervalo médio de
três anos, através do plantio de cereais, leguminosas e
plantas forrageiras.
A rotação de culturas tem por objetivo evitar o cansaço
prematuro do solo, mantendo a terra produtiva por um
período mais longo, reduzindo a necessidade do emprego
de fertilizantes.
As leguminosas ( soja, feijão, macuna preta etc )
enriquecem o solo com componentes nitrogenados, sendo
recomendadas no processo de rotação de culturas.
b) ROTAÇÃO DE TERRAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 5º ANO
LOTE A LOTE B LOTE C LOTE D LOTE E
CULTIVO CULTIVO CULTIVO CULTIVO POUSIO
A propriedade é dividida em vários lotes. O produtor deve
manter um lote em descanso ou pousio a cada intervalo de
5 anos. Tal processo evita o desgaste prematuro do solo,
mantendo-o produtivo por um período mais longo.
Recomenda-se a criação de gado no lote em pousio, como
forma de complementar o rendimento do produtor.
c) PLANTAÇÃO EM CURVAS DE NÍVEL
Seguindo-se as curvas de nível, cada linha de plantio atua
como um obstáculo para reduzir a velocidade da água da
enxurrada, caso essa se forme sobre o terreno. Com isso,
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXIII
comparando-se com locais em que não há plantio em
nível, há mais tempo para a água poder sofrer o processo
de infiltração, deixando de escorrer na superfície e, desse
modo, reduzindo o risco de erosão.
d) TERRACEAMENTO
A técnica do terraceamento é típica do sul e sudeste da
Ásia ( Ásia das Monções ), região andina peruana etc.
A técnica é recomendada para regiões que apresentam um
relevo mais acidentado. Os terraços são construídos ao
longo da encosta para evitar a erosão do solo.
II – SISTEMAS AGRÍCOLAS
a) PLANTATION
A monocultura de exportação é um tipo de sistema
agrícola que utiliza latifúndios e mão-de-obra escrava. Foi
bastante utilizado na colonização da América,
principalmente no cultivo de gêneros tropicais e é
atualmente comum a países subdesenvolvidos.
É constituída de uma grande propriedade monocultora,
para produção de gêneros tropicais em sua maioria,
normalmente voltada para exportação, já que o mercado
interno ficaria saturado destes gêneros. Sistema típico de
países subdesenvolvidos, que fora amplamente utilizado
durante a colonização européia na Ámérica, e mais tarde
fora levada para a África e Ásia.
Hoje em dia alguns países subdesenvolvidos ainda usam
este tipo de sistema agrícola, apesar dele ser ineficaz, para
isto estes países contam com mão-de-obra assalariada ou
711
 CAPÍTULO XXIII

trabalho escravo ilegal. No Brasil, por exemplo, a ► é cultivada nas planícies aluviais, deltas dos rios e nas
monocultura de exportação(ou plantation) é usada em encostas das montanhas ( onde se adota o sistema de
vastas porções do território nacional, principalmente nas terraceamento ).
áreas de cultivo de café e cana-de-açúcar, dois dos nossos ► a rizicultura ( cultivo do arroz ) é a principal atividade
principais produtos agrícolas de exportação. na Ásia e a floricultura na Europa.
Na zona tropical, existe uma forma de cultivo comercial
denominada Plantation, ou cultivo especulativo, que é
organizado para o mercado externo e não considera os
interesses da economia e da sociedade da região ou do
país onde é realizado. Esse tipo de cultivo foi introduzido
nos países tropicais (África), com a finalidade de
complementar a agricultura da zona temperada (Europa), e
se caracteriza por:
► grandes propriedades;
► cultivo de produtos tropicais ( café, cana-de-açúcar,
cacau, banana, pimenta do reino, ;
► monocultura;
►emprego de mão-de-obra barata, inicialmente escrava;
► utilização de recursos técnicos;
► produção voltada para a exportação.

Problemas relacionados ao Plantation

► Promove um aumento da concentração fundiária,
contribuindo para o crescimento dos conflitos fundiários,
revoltas camponesas etc. A imagem acima é de um Polders ( área conquistada do
► Substituiu o cultivo de produtos alimentares por mar através da construção de diques, sistemas hidráulicos
culturas de exportação, o que contribuiu para a elevação para o bombeamento da água e aterros com solos férteis )
dos preços dos alimentos e propagação da fome nos países holandês, onde se observa o sistema de jardinagem.
em desenvolvimento.
► A monocultura provoca o desgaste do solo, expõem os c) ROÇA TROPICAL OU AGRICULTURA
produtores rurais aos riscos do mercado ( queda dos ITINERANTE
preços dos produtos ) e as sazonalidades climáticas (
secas, geadas, tempestades ) e as infestações de pragas,
que geram grandes prejuízos aos agricultores.

b) AGRICULTURA DE JARDINAGEM

É um sistema agrícola típico das regiões tropicais

É típica do Sul e Sudeste da Ásia ( Ásia das Monções ),
sendo também praticada na Europa e em outras partes do
mundo.
Principais características.
► desenvolve-se em pequenas propriedades
► emprega numerosa mão-de-obra ( de base familiar )
► utiliza técnicas milenares, passadas de geração à
geração ( adubação orgânica, manejo de pragas, arado
animal, cultivo das mudas em horto, com seleção antes de
transplantar para a área de cultivo definitivo etc ).
► é do tipo intensiva
► apresenta elevada produtividade
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
localizadas nos países em desenvolvimento por famílias
de pequenos produtores rurais e comunidades primitivas
da América, África e Oceania.
Principais características:
► adota técnicas rudimentares
► pratica a coivara ( queimada para limpeza do terreno )
► utiliza a enxada e o arado animal
► é extensiva
► emprega mão-de-obra de origem familiar
► apresenta baixa produtividade
► destina-se a subsistência da família
► desenvolve-se em pequenas propriedades
► cultivo de produtos alimentares ( mandioca, milho,
feijão etc ).
► provoca rápido esgotamento do solo, obrigando os
produtores a buscarem uma nova área para o cultivo.
712
 CAPÍTULO XXIII

d) AGRICULTURA MODERNA OU
CONTEMPORÂNEA

Cinturões agrícolas dos EUA

OBS: Os pesquisadores da Universidade de Harvard, John

Está presente em várias partes do mundo, porém, se
Davis e Ray Goldberg, já em 1957, enunciaram o conceito
destaca mais nos países desenvolvidos, sobretudo nos
de agronegócios como sendo "a soma total das operações
EUA e Canadá.
de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das
Principais características:
operações de produção nas unidades agrícolas, do
► desenvolve-se em grandes e médias propriedades
armazenamento, processamento e distribuição dos
► emprega pouca mão-de-obra ( trabalhadores
produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles".
assalariados )
O conceito de Complexo Agroindustrial está associado a
► é muito mecanizada
base da construção de atividades agrícolas modernas no
► utiliza em larga escala os insumos agrícolas (
meio rural. Nesse sentido, o processo de integração entre
máquinas, fertilizantes, defensivos agrícolas, sistemas de
agricultura e indústria é evidenciado também na
irrigação, sementes selecionadas e em muitos casos
ampliação das relações intersetoriais que culminaram na
alteradas geneticamente etc )
estruturação de um novo padrão agrário. Nesse, a
► agricultura empresarial ( agronegócio ou agribusiness )
agricultura se constitui em mais um elo da dinâmica
► apresenta uma elevada produtividade
produtiva geral e o espaço agrícola passa a ser comandado
► está associada aos complexos agroindustriais
pela lógica da ampliação das relações capitalistas no
► as fazendas possuem armazéns e silos
campo. As transformações no setor agroindustrial
► produção destinada aos mercados interno e externo
resultaram na superação conceitual da terminologia
► muitos produtores ficam atentos as perspectivas de
Complexo Agroindustrial.
mercado (variação dos preços das commodities agrícolas )
► nos EUA encontramos os Belts ( cinturões agrícolas ):
Cotton Belt ( cinturão do algodão ), Corn Belt ( cinturão
do milho ) Wheat Belt ( cinturão do trigo ), Dairy belt
(cinturão dos laticínios )

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 713

 CAPÍTULO XXIII

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 714


CAPÍTULO XXIV - AGROPECUÁRIA -
TECNOLOGIAS AGRÁRIAS RECENTES
a) Agricultura transgênica
Transgênicos (português brasileiro) ou transgénicos
(português europeu) são organismos que, mediante
técnicas de engenharia genética, contêm materiais
genéticos de outros organismos. A geração de
transgênicos visa organismos com características novas ou
melhoradas relativamente ao organismo original.
Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a
década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do
DNA recombinante.
A manipulação genética recombina características de um
ou mais organismos de uma forma que provavelmente não
aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser
combinados os DNAs de organismos que não se
cruzariam por métodos naturais.
Pontos positivos dos alimentos transgênicos
► Aumento da produção de alimentos;
► Melhoria do conteúdo nutricional, desenvolvimento de
nutricênicos (alimentos que teriam fins terapêuticos);
► Maior resistência e durabilidade na estocagem e
armazenamento.
► eleva os lucros dos produtores rurais podem ser
enriquecidos com vitaminas e proteínas
► adquirem maior resistência as pragas e as intempéries
da natureza
Pontos negativos dos alimentos transgênicos
1. A qualidade nutricional dos alimentos que passam por
manipulações genéticas pode ser diminuída. Essa
alteração na quantidade de nutrientes também pode
interferir na sua absorção pelo metabolismo do homem.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXIV
2. A transferência de genes entre alimentos causa, em
alguns casos, modificações na estrutura e função dos
mesmos, alterando significativamente sua composição.
Isso pode provocar efeitos inesperados.
3. A resistência ao efeito dos agrotóxicos por parte de
alguns transgênicos tem a possibilidade de gerar um
aumento de resíduos dos venenos, uma vez que permite
uma aplicação maior na plantação. Os resíduos resultantes
dessa grande quantidade permanecerão nos alimentos e
ainda poluirão solos e rios.
4. Com a interferência da engenharia genética, muitas
plantas correm o risco de passar a produzir compostos
como neurotoxinas e inibidores de enzimas em níveis
acima do normal, tornando-as tóxicas.
5. Proteínas transferidas de um alimento para outro podem
passar a ter propriedade alergênica, ou seja, podem vir a
causar sérias reações alérgicas em algumas pessoas mais
sensíveis.
6. Genes antibiótico-resistentes contidos nos alimentos
transgênicos podem passar sua característica de resistência
para as pessoas e animais, o que poderia gerar a anulação
da efetividade de antibióticos nos mesmos.
7. A manipulação genética traz riscos à saúde dos animais
porque podem aumentar os níveis de toxina nas rações e
alterar a composição e qualidade dos nutrientes.
8. Alguns cientistas alertam que o uso da técnica de
resistência a vírus na agricultura pode fazer surgir novos
tipos de vírus e, consequentemente, novas e complexas
doenças. Tudo porque o vírus híbrido passa a ter aspectos
diferentes do vírus original ao qual a planta tem
resistência.
9. Alguns cientista prevêem o emprobrecimento da
biodiversidade com o uso da engenharia genética, uma vez
que a mistura (hibridação) das plantas modificadas com
outras variedade pode criar “super pragas” e plantas “mais
selvagens”, provocando a eliminação de espécies e insetos
benéficos ao equilíbrio ecológico do solo. O conseqüente
uso mais intensivo de agrotóxicos pode ainda causar o
desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma
ampla gama de antibióticos e agrotóxicos.
10. Os efeitos negativos da engenharia genética na
natureza são impossíveis de serem previstos ou mesmo
controlados, uma vez que os OGMs são formas vivas e,
por isso, suscetíveis a sofrer mutações, multiplicar-se e se
disseminar. Ou seja, uma vez introduzidos nos
ecossistemas, os transgênicos não poderão ser removidos.
715

b) Agricultura orgânica
Agricultura orgânica é o sistema de manejo sustentável da
unidade de produção com enfoque sistêmico que
privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade,
os ciclos biogeoquímicos e a qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica aplica os conhecimentos da
ecologia no manejo da unidade de produção, baseada
numa visão holística da unidade de produção. Isto
significa que o todo é mais do que os diferentes elementos
que o compõem. Na agricultura orgânica, a unidade de
produção é tratada como um organismo integrado com a
flora e a fauna.
Portanto, é muito mais do que uma troca de insumos
químicos por insumos orgânicos/biológicos/ecológicos.
Assim o manejo orgânico privilegia o uso eficiente dos
recursos naturais não renováveis, aliado ao melhor
aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos
processos biológicos, à manutenção da biodiversidade, à
preservação ambiental, ao desenvolvimento econômico,
bem como, à qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica fundamenta-se em princípios
agroecológicos e de conservação de recursos naturais. O
primeiro e principal deles, é o do RESPEITO À
NATUREZA. O agricultor deve ter em mente que a
dependência de recursos não renováveis e as próprias
limitações da natureza devem ser reconhecidas, sendo a
ciclagem de resíduos orgânicos de grande importância no
processo. O segundo princípio é o da DIVERSIFICAÇÃO
DE CULTURAS que propicia uma maior abundância e
diversidade de inimigos naturais. Estes tendem a ser
polífagos e se beneficiam da existência de maior número
de hospedeiros e presas alternativas em ambientes
heterogêneos (Risch et al, 1983; Liebman, 1996). A
diversificação espacial, por sua vez, permite estabelecer
barreiras físicas que dificultam a migração de insetos e
alteram seus mecanismos de orientação, como no caso de
espécies vegetais aromáticas e de porte elevado (Venegas,
1996). A biodiversidade é, por conseguinte, um elemento-
chave da tão desejada sustentabilidade. Outro princípio
básico muito importante da agricultura orgânica é o de que
o SOLO É UM ORGANISMO VIVO. Desse modo o
manejo do solo privilegia práticas que garantam um
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXIV
fornecimento constante de matéria orgânica, através do
uso de adubos verdes, cobertura morta e aplicação de
composto orgânico que são práticas indispensáveis para
estimular os componentes vivos e favorecer os processos
biológicos fundamentais para a construção da fertilidade
do solo no sentido mais amplo. O quarto e último
princípio é o da INDEPENDÊNCIA DOS SISTEMAS DE
PRODUÇÃO em relação a insumos agroindustriais
adquiridos altamente dependentes de energia fóssil que
oneram os custos e comprometem a sustentabilidade.
Na agricultura orgânica os processos biológicos
substituem os insumos tecnológicos. Por exemplo, as
práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de
fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da agricultura
convencional são substituídas na agricultura orgânica pela
rotação de culturas, diversificação, uso de bordaduras,
consórcios, entre outras práticas. A baixa diversidade dos
sistemas agrícolas convencionais os torna biologicamente
instáveis, sendo o que fundamenta ecologicamente o
surgimento de pragas e agentes de doenças, em nível de
danos econômicos. O controle de pragas e agentes de
doenças e mesmo das plantas invasoras (na agricultura
orgânica essas espécies são consideradas plantas
espontâneas) é fundamentalmente preventivo.
c) Agricultura hidropônica
O cultivo da agricultura hidropônica é uma técnica
milenar em que frutas, verduras e legumes são produzidos
sem o uso de terra. “Em seu lugar utiliza-se água pura,
mas podem ser usados também substratos como fibra de
coco, lã de rocha e algodão”. A principal vantagem desse
tipo de cultivo, que já era empregado na China há 2 mil
anos, é a produção de plantas mais saudáveis e resistentes
a pragas, uma vez que elas são cultivadas em água
potável, longe de microorganismos e metais pesados.
“Além disso, em algumas culturas não é preciso utilizar
agrotóxicos”. Outro fator favorável à técnica é a
possibilidade de cultivo em regiões desérticas ou
rochosas, onde a terra é improdutiva. De acordo com os
defensores da hidroponia, que foi introduzida no Brasil
apenas nos anos 90, esse tipo de agricultura é altamente
viável do ponto de vista econômico. O mais caro é o
investimento inicial para implantação do sistema, que é
716

formado por tubulações com furinhos onde as plantas são
afixadas, bombas para movimentar a água e uma estufa.
Modelo de agricultura hidropônica
d) Plantio direto
O plantio direto é um sistema diferenciado de manejo do
solo, visando diminuir o impacto da agricultura e das
máquinas agrícolas (tratores, arados, etc) sobre o mesmo.
Plantadeira semeando diretamente sobre os restos da
cultura anterior. A utilização do plantio direto no lugar
dos métodos convencionais tem aumentado
significativamente nos últimos anos.Nele a palha e os
demais restos vegetais de outras culturas são mantidos na
superfície do solo, garantindo cobertura e proteção do
mesmo contra processos danosos, tais como a erosão. O
solo só é manipulado no momento do plantio, quando é
aberto um sulco onde são depositadas sementes e
fertilizantes. Não existe, além do supracitado, nenhum
método de preparo do solo. O mais importante controle
que se dá nesse modo de cultivo é o das plantas daninhas,
através do manejo integrado de pragas, doenças em geral e
plantas infestantes. Também é muito importante para o
sucesso do sistema que seja utilizado a rotação de
culturas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXIV
O plantio direto traz diversos benefícios que irão diminuir
os custos de produção e o impacto ambiental, tais como a
maior retenção de água no solo, facilidade de infiltração
da água no solo, motivando a redução da erosão e perda
de nutrientes por arrasto para as partes mais baixas do
terreno, evita assoreamento de rios, enriquece o solo por
manter matéria orgânica na superfície do solo por mais
tempo, menor compactação do solo,economia de
combustíveis (diesel) e menor número de operações,
incluindo aí aração e gradagem. O que faz com que haja
menor uso dos tratores e consequentemente menor
desgaste.
Os benefícios do plantio direto são maiores em locais mais
quentes, tropicais ou sub-tropicais, diminuindo em locais
com clima mais definido, seco e frio, onde os restos
culturais demoram mais a se decompor. A atividade
biológica dos microorganismos presentes no solo também
varia em função da temperatura e umidade.
717
 CAPÍTULO XXIV

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 718


CAPÍTULO XXV - AGROPECUÁRIA -
CONCEITOS AGRÁRIOS E CRISES PRODUTIVAS
NO MERCADO DE ALIMENTOS
a) A agricultura intensiva é um sistema de produção
agrícola que faz uso intensivo dos meios de produção e na
qual se produzem grandes quantidades de um único tipo
de produto. Requer grande uso de combustível e insumos,
e pode acarretar alto impacto ambiental, pois não é
utilizada a rotação de terra(desmate, queimada, plantio,
esgotamento de solo, abandono e reinício do processo em
outra área). Grande produtividade e utilização de
máquinas. Ela emprega pouca mão-de-obra e a finalidade
da produção é os mercados internos e internacionais.
Existem casos em que a agricultura intensiva aplica
técnicas milenares, como por exemplo na agricultura de
jardinagem, típica da Ásia das Monções. Apesar dos
procedimentos aplicados no processo produtivo serem
milenares, o trabalho aplicado na produção ( adubação
orgânica, manejo de pragas, seleção de mudas etc ) ,
garante um elevado rendimento por hectare, portanto, a
agricultura intensiva está associada ao elevado rendimento
por hectare cultivado, independentemente das técnicas
aplicadas na produção.
b) A agricultura extensiva não permite que as terras se
regenerem quanto aos seus nutrientes naturais, que não
sejam os fertilizantes colocados pelo homem, pois este
gênero de agricultura prevê o cultivo constante, e sem
pousio, de culturas agrícolas com o objetivo de produzir
produtos agrícolas para as cotas de mercado. Nela é
utilizada a rotação de terra. A produtividade é baixa em
razão dos meios técnicos empregados ( queimada, arado
animal, enxada, numerosa mão-de-obra etc ).
Esse tipo de agricultura está presente nos minifúndios e
latifúndios. Na maioria dos casos é destinada a
subsistência da população ou da comunidade envolvida.
c) Latifúndio O termo latifúndio deriva do latim
latifundiu. Na antiguidade, era o grande domínio privado
da aristocracia, já no sentido moderno, é um regime de
propriedade agrária caracterizado pela concentração
desequilibrada de terras pertencentes a poucos
proprietários com ou sem aproveitamento físico destas.
Ou seja, os latifúndios são extensas propriedades rurais
onde existe uma grande proporção de terras cultivadas ou
não e são exploradas com tecnologia obsoleta e de baixa
produtividade com mão-de-obra de baixo custo.
d) Minifúndio O minifúndio é a propriedade fundiária de
dimensão mínima, em função de vários fatores: a situação
regional, a destinação econômica e a produtividade.
Não se pode confundir pequenas propriedades com
produção pequena. Com técnicas avançadas, alguns
minifundiários auferem bons lucros ao aproveitar ao
máximo o espaço resumido, através do plantio de
hortaliças, apicultura, criação de aves, piscicultura,
fruticultura e qualquer atividade que dependa de pouco
espaço e muita mão-de-obra.
e) Agronegócio (também chamado de agrobusiness) é o
conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária
dentro do ponto de vista econômico.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três
partes: a primeira parte trata dos negócios agropecuários
propriamente ditos, ou de "dentro da porteira", que
representam os produtores rurais, sejam eles pequenos,
médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas
físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas
jurídicas (empresas).
Na segunda parte, os negócios à montante da
agropecuária, ou da "pré-porteira", representados pela
indústria e comércio que fornecem insumos para a
produção rural, como por exemplo os fabricantes de
fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos.
E na terceira parte estão os negócios à jusante dos
negócios agropecuários, ou de "pós-porteira", onde estão a
compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos
agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se nesta
definição os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas,
empacotadores, supermercados, distribuidores de
alimentos.
A FOME NO MUNDO
As causas da fome no mundo são várias, não podem ser
reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:
As monoculturas: o produto interno bruto (PIB) de vários
países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como
acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único
produto de exportação era o café. Sem produções
alternativas, a economia desses países depende muito do
preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das
condições climáticas para garantir uma boa colheita.
Diferentes condições de troca entre os vários países:
alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais
de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles
não produzem e cujo preço é fixado pelos países que
exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o
único produto de exportação dos países pobres, são
fixados, de novo, pelos países que importam.
719

Multinacionais: são organizações em condições de realizar
operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos
Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas
constituem uma rede de poder supranacional. Querem
conquistar mercados, investindo capitais privados e
deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia
e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos
trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio
mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de
primeira necessidade.
Dívida externa: conforme a Organização para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está
paralisando a possibilidade de países menos avançados de
importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à
própria produção agrícola o necessário desenvolvimento.
A dívida é contraída com os bancos particulares e com
Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o
Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se
incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que
se arrecada com as exportações são gastos somente para
pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente,
continua inalterada ou aumenta.
Conflitos armados: o dinheiro necessário para
providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação
de maneira suficiente para todos, durante um ano,
corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de
um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos
armados presentes em muitos países em desenvolvimento
causam graves perdas e destruições em seu sistema
produtivo primário.
Eis o que nos dizem as estatísticas:
► Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
► 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.
► Um terço das crianças dos países em desenvolvimento
apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.
► 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água
potável.
► 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são
anêmicas e encontram-se abaixo do peso.
► Uma pessoa a cada sete padece de fome no mundo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
Desigualdades sociais: a luta contra a fome é, em primeiro
lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que
estão no governo, controlando o acesso aos alimentos,
mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente,
os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por
sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil
encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais
do que em contextos urbanos.
Neocolonialismo: em 1945, através do reconhecimento do
direito à autodeterminação dos povos, iniciou o processo
de libertação dos países que até então eram colônias de
outras nações. Mas, uma vez adquirida a independência,
em muitos continuaram os conflitos internos que têm sua
origem nos profundos desequilíbrios sociais herdados do
colonialismo. Em muitos países, ao domínio colonial
sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das
superpotências e por acordos de cooperação com a antiga
potência colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e
as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas
potências.
Quando um país vive numa situação de miséria, podemos
dizer que, praticamente, todas essas causas estão agindo
ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus
habitantes. Algumas delas dependem da situação do país,
como o regime de monocultura, os conflitos armados e as
desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se
o mesmo país conseguir um verdadeiro desenvolvimento.
Mas outras causas já não dependem do próprio país em
desenvolvimento, e sim da situação em nível
internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca
entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao
peso da dívida externa e ao neocolonialismo. Isso quer
dizer que os países em desenvolvimento, não conseguirão
sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que
mudanças verdadeiramente importantes aconteçam no
relacionamento entre essas nações e as mais
industrializadas.
A CRISE MUNDIAL DE ALIMENTOS ( 2008 )
Para especialistas, não é possível eleger um único 'vilão'
para a crise.
Organismo de alimentos da ONU aponta principais
fatores.
Os alimentos estão mais caros e, no mundo todo, o tema
deixa autoridades em alerta e esquenta debates em torno
das possíveis causas para a escassez de comida.
Para explicar a crise atual, no entanto, não é possível
eleger um “vilão” específico. Segundo especialistas, são
muitos os fatores que culminaram no cenário de inflação
agravado desde o começo do ano.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA)
das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça como um
"tsunami silencioso", e pode afundar na fome 100 milhões
de pessoas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU)
para Agricultura e Alimentação (FAO) os principais
fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos
são o aumento da demanda, a alta do petróleo, a
especulação e condições climáticas desfavoráveis. Há
controvérsias sobre a dimensão da responsabilidade dos
720

biocombustíveis, cujas matérias-primas (cana, milho e
outras) disputam espaço com culturas destinadas à
produção de comida. Saiba mais sobre cada um desses
fatores:
Mais demanda, menos oferta
A população mundial está comendo mais. Especialmente
nas economias que têm registrado maior expansão, como a
da China, que tem 1,3 bilhão de habitantes. Com mais
gente comprando, vale a lei da oferta e da procura: os
produtos se valorizam no mercado e ficam mais caros.
Alta do petróleo
O preço do barril de petróleo vendido em Nova York e em
Londres tem, sim, relação direta com a escalada do valor
dos alimentos, já que a agricultura demanda grandes
quantidades do óleo, seja no maquinário, tratores, uso de
fertilizantes ou transporte, até esse produto chegar ao
consumidor.
“O aumento no petróleo também faz com que o preço
final dos alimentos fique mais caro”. O preço do barril
influi diretamente nas commodities agrícolas em duas
pontas: na produção e na distribuição.
“Hoje, a agricultura é totalmente industrializada e depende
em boa medida do petróleo, usado como matéria-prima
para uma série de produtos, como defensivos agrícolas e
químicas de preparação da lavoura. Além disso, também
movimenta os veículos que transportam as safras
agrícolas”.
Especulação
Com a queda do dólar, investidores que ganhavam
dinheiro investindo na moeda norte-americana migraram
para a aplicação em outras commodities, como os
produtos agrícolas.
Muitos fundos têm usado as bolsas de mercadorias para
especular com a antecipação da compra de safras futuras
em busca de melhor rentabilidade, o que também contribui
para valorizar e o preço de commodities como o trigo e o
arroz.
Segundo a FAO, os preços internacionais do arroz
começaram uma escalada desde o início do ano, depois de
subirem 9% em 2006 e 17% em 2007. O preço do produto
subiu 12% em fevereiro e mais 17% em março, segundo o
índice All Rice Price, elaborado pela entidade.
Condições climáticas
O clima é outro fator que reduziu a quantidade de
alimentos produzida no mundo, segundo relatório da ONU
divulgado EM 2008.
As condições climáticas desfavoráveis devastaram
culturas na Austrália e reduziram as colheitas em muitos
outros países, em particular na Europa, segundo a FAO.
Segundo as previsões da FAO, as reservas mundiais de
cereais caíram para o seu nível mais baixo em 25 anos
com 405 milhões de toneladas em 2007/08, 5 % (21
milhões de toneladas) abaixo do nível já reduzido do ano
anterior.
Biocombustíveis?
Os biocombustíveis são apenas uma gota no oceano desse
cenário de aumentos”.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
O caso do biocombustível é particular do etanol fabricado
a partir do milho dos Estados Unidos. "O milho é uma
cultura alimentar e, de fato, começou a haver um desvio
da produção de milho com finalidade para alimento para a
produção do etanol", diz.
Com a redução da oferta de milho subiu o preço dos
derivados, o que começou um processo em cadeia;
aumentou o preço da ração dos animais e,
conseqüentemente, das carnes. "No Brasil (onde o etanol é
feito a partir da cana-de-açúcar) a realidade é bem
diferente; tanto que, no nosso histórico dos últimos 30
anos, aumentamos a produção não só de etanol, mas
também de alimentos".
EXERCÍCIOS
1. UEMG/2012 O texto a seguir revela como a
modernização dos agronegócios pede por novas
tecnologias, tal como o monitoramento via satélites.
Algumas técnicas de geografia e cartografia vêm sendo
empregadas na análise e gestão agrícola, uma vez que
novos satélites comerciais oferecem imagens cada vez
mais precisas, detalhadas e atualizadas de qualquer
localidade do território nacional brasileiro.
Conhecido como Sensoriamento Remoto, esse conjunto de
técnicas possibilita a obtenção de informações sobre alvos
na superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através
do registro da interação da radiação eletromagnética com
a superfície, realizado por sensores distantes, ou remotos.
Geralmente esses sensores estão presentes em plataformas
orbitais ou satélites(...).
SEABRA, Felipe. http://www.digibase.com.br
O texto aponta para aspectos importantes, que podem ser
relacionados à evolução moderna dos agronegócios.
Pode-se afirmar CORRETAMENTE que, nos termos do
texto,
(A) as informações obtidas por imagens de satélites não
influenciam outras áreas, como as de abastecimento e
distribuição de alimentos.
(B) além da agricultura extensiva, os segmentos de meio
ambiente, recursos hídricos e segurança pública estão
sendo beneficiados com a nova geração de satélites.
(C) o monitoramento de safras a partir de imagens de
satélites é, atualmente, uma fonte importante de
informações para melhor aproveitamento das áreas
das lavouras modernas.
(D) o Sensoriamento Remoto favorece o manejo e o
monitoramento das safras agrícolas, sem promover
interferências na gestão logística da produção.
2. IFG/2011 “Revolução Verde” é o nome dado ao
processo de modernização das atividades agropecuárias,
que inclui ampliação dos maquinários agrícolas,
melhoramento genético, fertilização do solo, etc. No
Brasil, a adoção dessas medidas se intensificou a partir de
meados da década de 1960. Esse processo ocasionou
(A) aumento do êxodo urbano e ampliação dos sistemas
tradicionais de produção agrícola.
(B) ampliação das migrações inter-regionais e melhor
distribuição da terra.
(C) intensificação do êxodo rural e maior dependência da
agricultura para com as atividades industriais.
721

(D) melhoria generalizada das condições de vida da
população camponesa.
(E) melhor distribuição da terra e respeito às questões
ambientais.
3. FECEA/2012 A agricultura e a pecuária são atividades
milenares e universais praticadas na grande maioria dos
países, uma vez que o desenvolvimento tecnológico atual
permite superar as condições adversas de clima e solo.
Tendo por base o atual estágio da agricultura mundial,
analise as proposições:
I. A maior disponibilidade de terras agrícolas, em
escala planetária, é encontrada nas zonas temperadas,
onde a fragilidade dos solos constitui obstáculos à
expansão de sua exploração.
II. A agricultura voltada para o mercado interno, em
países como o Brasil, ao incorporar insumos e
tecnologias geradas pelo agronegócio, pode
promover elevação dos preços dos alimentos para o
mercado consumidor.
III. A produção global de alimentos, na atualidade, é
capaz de atender ao consumo em escala planetária,
embora a ingestão de alimentos por parcela da
população mundial ainda se dê de forma insuficiente
em quantidade e diversidade.
IV. Os sistemas agrícolas asiático, africano e latino-
americano, foram fundamentados na apropriação e
na produção coletiva, sendo estes organizados, deste
o século XVI, com a inserção destas regiões no
modo de produção capitalista.
V. Muitos conflitos no mundo atual se desenvolvem em
áreas rurais e têm como fator desencadeante a posse
da terra. Especialmente os países subdesenvolvidos
apresentam forte concentração de renda e de terras
nas mãos de poucas pessoas, e a exclusão social e
econômica de milhões de outras.
Considerando as proposições, indique a opção
CORRETA:
(A) apenas as proposições I e II estão corretas;
(B) apenas as proposições II e III e V estão corretas;
(C) apenas as proposições I, II, IV e V estão corretas;
(D) apenas as proposições I, II, III e IV estão corretas;
(E) as proposições I, II, III, IV e V estão corretas.
4. EXPCEX/2011 Uma das principais dificuldades que
alguns países periféricos ou semi-periféricos, como o
Brasil, encontram no mercado mundial de produtos
agrícolas é
(A) a concessão de subsídios agrícolas que países como
os Estados Unidos e os da União Europeia cedem aos
seus respectivos produtores.
(B) a política anti-protecionista que os países
desenvolvidos adotam em relação à importação
desses produtos.
(C) o alto custo de produção de todos os seus produtos
agrícolas em relação aos custos desses produtos nos
países desenvolvidos.
(D) o reduzido interesse de mercados fortes como o
asiático, que apresenta baixa importação desses
produtos.
(E) a baixa produtividade agrícola apresentada por esses
países, não sendo suficiente para que haja excedente
para ser exportado.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
5. UFG/2012.2 A produção agrícola está fundamentada
em três elementos básicos – a terra, o capital e o trabalho.
O emprego desses elementos varia no tempo e no espaço,
em conformidade com o desenvolvimento das forças
produtivas. Transformações se efetivam de forma desigual
nos lugares em função dos níveis de capitalização dos
produtores, do emprego de mão de obra, de insumos
agrícolas e dos recursos naturais incorporados ao processo
produtivo. Com base nesse pressuposto, verifica-se que,
na agricultura denominada moderna, os fatores
predominantes e seus objetivos são:
(A) a terra e o trabalho no sistema agroflorestal, visando à
mínima alteração dos sistemas naturais, reduzindo os
impactos ambientais.
(B) a terra e o capital, tendo como base da produção a
sustentabilidade social e econômica e o equilíbrio
ambiental, visando atender às exigências do mercado
mundial.
(C) o capital e o trabalho na produção orgânica
certificada, utilizando insumos orgânicos e controle
biológico de pragas, visando minimizar os impactos
ambientais.
(D) a terra e o trabalho, com utilização de sementes
selecionadas pelos produtores e insumos orgânicos,
visando a um modelo de agricultura alternativo.
(E) o capital e o trabalho, utilizando insumos industriais,
conhecimentos técnico-científicos e tecnologias
avançadas, visando ao aumento da produtividade da
terra.
6. UERJ/2013.1
A agricultura norte-americana é organizada de acordo com
o modelo empresarial, o que torna o espaço agropecuário
do país fortemente vinculado à lógica econômica.
O principal fator locacional que explica a posição do
Dairy Belt é a presença de:
(A) sistema universitário desenvolvido
(B) mercado consumidor urbano expressivo
(C) rede de transporte propícia à exportação
(D) topografia plana favorável à mecanização
7. UPE/2012 Observe o organograma a seguir:
722

Nas áreas onde essa agricultura científica globalizada se
instala, verifica-se que
(A) os produtos são escolhidos segundo uma base
mercantil.
(B) há uma diminuição e restrição de processos de
racionalização.
(C) as atividades deixam de ser hegemônicas e passam a
obedecer a regras locais.
(D) há uma ausência de subordinação aos mercados
externos.
(E) se instala um sistema restrito, apenas, ao território
local
8. CEFETMG/2012.2 O avanço tecnológico modernizou
o espaço agrário em várias partes do mundo, acarretando
mudanças nas negociações do comércio internacional.
As atividades vinculadas às agroindústrias destacam-se
no cenário econômico brasileiro atual. Sobre esse contexto
afirma-se que
I. a produção agrícola voltada para exportação utiliza
sementes melhoradas, informações via internet e
sistema de risco climático.
II. a pecuária de corte usa sistemas intensivos,
caracterizados por confinamento em grande escala e
métodos de inseminação.
III. as novas técnicas de plantio e criação de animais
ampliaram o número de empregos no espaço rural,
influenciando o fluxo migratório em direção as
cidades médias.
IV. a industrialização do produto primário agrega maior
valor ao mesmo, tanto no mercado interno quanto no
externo.
V. o uso do sistema extensivo tornou as commodities
dos pequenos e médios proprietários mais
competitivos no mercado.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) I, II e IV. (B) I, II e V.
(C) I, III e V. (D) II, III e IV.
(E) III, IV e V.
9. CEFETMG/2012.2
Fonte: Administração de informações energéticas dos EUA e
FAO.
Nas últimas décadas, os preços das commodities têm
sofrido oscilações constantes, afetando diretamente as
relações socioeconômicas globais.
A partir desse contexto e das informações do gráfico, é
correto inferir que a(o)
(A) discussão ambiental reduzirá o custo do petróleo a
curto prazo, devido à efervescência da questão do
aquecimento global.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
(B) legislação mundial exige a prioridade na escolha da
produção para alimentação humana, porém muitos
países ignoram essa norma.
(C) alta no valor do petróleo gera deflação dos preços dos
alimentos, pois os lucros desse recurso energético são
aplicados na agropecuária.
(D) produção de biocombustíveis encarecem os produtos
alimentícios, uma vez que os interesses de
investimento agrícola deslocam-se para esse setor.
(E) nivelamento no padrão de vida mundial ampliou a
demanda por insumos humanos, incrementando o
valor dos produtos a partir da oferta e da procura.
10. UCPEL/2012.2 O alimento existente no mundo seria
suficiente para alimentar toda a população do planeta,
entretanto, em muitos lugares ainda se morre de fome. A
má distribuição de rendas e das terras agrícolas remete o
problema para uma questão muito mais política do que
propriamente econômica ou de produção.
É correto afirmar que
(A) o sistema de “agricultura de jardinagem”, que
caracteriza a agricultura da maior parte dos países da
América Latina, herança de um passado colonial que
perdura até hoje, é considerado intensivo; mesmo sem
o uso de modernas tecnologias, é capaz de apresentar
alta produtividade.
(B) a região do sudeste asiático e da Ásia oriental já
emprega técnicas mais aprimoradas do que o sistema
de roça e de queimada, utilizando o modelo de
produção agrícola plantation, que divide o espaço
agrícola em pequenas propriedades capazes de
garantir grandes safras de alimentos.
(C) na África, a concentração fundiária contribuiu para o
agravamento da fome no continente; além disso, a
causa desse flagelo também se relaciona com as
intensas secas em algumas regiões e com a agricultura
de subsistência itinerante.
(D) os alimentos transgênicos, geneticamente
modificados, têm, em sua carga genética, genes da
mesma espécie, o que aumenta a produtividade das
safras. No entanto, ainda não são usados em larga
escala comercial devido à dúvida quanto à sua
segurança para a saúde humana e para o meio
ambiente.
(E) na maior parte dos países desenvolvidos do planeta, a
chamada Revolução Verde tem contribuído para o
crescimento e desenvolvimento da agricultura
comercial, fazendo com que ela seja voltada para o
mercado interno.
11. UFS/2013.1
723

Pode-se afirmar que
1. o continente americano lidera o uso de transgênicos no
mundo.
2. a utilização de transgênicos é uma característica
exclusiva de países desenvolvidos.
3. os países que adotam os transgênicos destinam toda sua
produção ao mercado externo, visto que não há ainda
consenso no que se refere aos riscos para a saúde humana
do uso desse tipode produto.
4. dos produtos transgênicos listados na tabela, vários se
destacam na produção de ração animal e óleos vegetais.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) 1 e 2. (B) 2 e 3. (C) 3 e 4.
(D) 1 e 4. (E) 2 e 4.
12. UNIOESTE/2013 Sobre agricultura e sistemas
agrários, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.
I. Plantation é um sistema agrícola de produção
adotado amplamente durante o período da
colonização na África, América e Ásia pelos países
europeus.
II. Os sistemas agroecológicos podem incorporar
racionalidades camponesas e técnicas de manejo
tradicionais que adicionam o princípio da
diversidade ao da produtividade.
III. Nos séculos XVI e XVII a cana-de-açúcar era o
produto predominante no Brasil, sendo que o
algodão e o fumo destacavam-se como culturas
secundárias.
IV. A agricultura ecológica identifica-se na economia
globalizada como um sistema arcaico de produção, e,
que está em decadência nos países europeus e em
outras partes do mundo.
(A) Todas as alternativas estão corretas.
(B) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
(C) Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas.
(D) Apenas a alternativa II está correta.
(E) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.
13. UEAM/2013 A agricultura denominada Plantation foi
introduzida pelos europeus nas colônias tropicais a partir
do século XVI.
Esse sistema caracteriza-se pelo emprego de volumosos
capitais para a produção em larga escala de monoculturas
voltadas para a exportação e pela utilização de farta mão
de obra. A adoção da Plantation tem como consequência
(A) a menor divisão interna da sociedade, tornando-a
mais igualitária e amenizando os conflitos sociais
existentes.
(B) a modernização do campo, com a utilização de
máquinas e de técnicas de melhoramento genético de
sementes e de correção do solo.
(C) a concentração de terras por meio de latifúndios e a
maior dependência em relação ao mercado externo.
(D) a melhoria das condições econômicas e sociais do
país com o aumento da tecnologia e da produtividade
agrícola.
(E) o surgimento de pequenos proprietários rurais
especializados na produção de gêneros de grande
interesse do mercado externo.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
14. UFLA/2013 Leia o trecho e observe a figura a seguir:
“A agricultura sustentável, diversificada e ecologicamente
regeneradora, pode fornecer sustento sadio a milhões de
pessoas.”
São condições necessárias à viabilização da agricultura
sustentável, EXCETO:
(A) Controle da erosão.
(B) Utilização de fertilizantes orgânicos.
(C) Uso de técnicas de controle biológico.
(D) Abertura de novas áreas agriculturáveis.
15. FACID/2013.1 Sensoriamento Remoto é o conjunto
de técnicas que possibilita a obtenção de informações
sobre alvos na superfície terrestre (objetos, áreas e
fenômenos), através do registro da interação da radiação
eletromagnética com a superfície, realizado por sensores
distantes ou remotos.
Sobre a importância do sensoriamento remoto para a
agricultura, podemos afirmar que
(A) as informações obtidas por imagens de satélites não
influenciam outras áreas como: as de abastecimento e
de distribuição de alimentos.
(B) além da agricultura extensiva, os segmentos de meio
ambiente, recursos hídricos e segurança pública, não
estão sendo beneficiados com a nova geração de
satélites.
(C) o monitoramento de safras a partir de imagens de
satélites é, atualmente, uma fonteimportante de
informações para o melhor aproveitamento das áreas
das lavourasmodernas.
(D) o Sensoriamento Remoto favorece o manejo e o
monitoramento das safras agrícolas, sem promover
interferências na gestão logística da produção.
(E) leva em consideração apenas as grandes propriedades
para o mapeamento.
16. UFV.PASES/2013 O sudeste asiático apresenta uma
forma de agricultura muito singular, que se localiza nas
encostas da Cordilheira do Himalaia. Embora as vertentes
sejam íngrimes, o cultivo de arroz necessita ser produzido
em grande escala e, como as planícies são ocupadas por
grande parte da população, os terrenos de grande
declividade necessitam ser utilizados para o cultivo da
rizicultura. Nesse tipo de agricultura, os cuidados com
o solo e a drenagem da água são grandes, a fim de garantir
uma alta produtividade e rentabilidade.
724

Esse tipo de agricultura é denominado:
(A) agricultura de jardinagem.
(B) agricultura de subsistência.
(C) agricultura itinerante.
(D) agricultura intensiva.
17. As atividades agropecuárias são realizadas pelos seres
humanos há mais de 10 mil anos. Essas atividades se
desenvolveram por meio do cultivo agrícola, da utilização
de ferramentas, da domesticação de animais, do
aperfeiçoamento de técnicas e do uso de tecnologias.
Analise as afirmativas abaixo, sobre as atividades
agropecuárias.
I. A agropecuária comercial moderna caracteriza-se
pelo uso intensivo de recursos tecnológicos, como
máquinas e insumos. É necessário que a produção
seja acompanhada por mão de obra especializada.
II. Nos últimos anos, surgiu um novo recurso
tecnológico, decorrente da pesquisa biotecnológica e
voltado para a produção agrícola, que são os
transgênicos. Seus defensores argumentam que, com
seu cultivo e utilização, aumentará a produção de
alimentos no mundo.
III. Com a utilização de agrotóxicos, pode-se eliminar os
insetos nocivos, acabando com o ápice da cadeia
alimentar. Por outro lado, é possível ocorrer
contaminação do aquífero confinado e do solo, por
meio dos macro-organismos, que podem desaparecer
e tornar o solo fértil.
Das afirmativas acima,
(A) apenas I está correta.
(B) apenas II está correta.
(C) apenas III está correta.
(D) apenas I e II estão corretas.
(E) I, II e III estão corretas.
18. UNIMONTES/2013.1 Observe o gráfico.
Países produtores de Transgênicos (%)
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
CAPÍTULO XXV
Com base no gráfico acima, assinale a alternativa
CORRETA.
(A) A maior produção mundial de transgênicos ocorre em
países da América Latina.
(B) Os Estados Unidos vêm, nos últimos anos, reduzindo
a produção de transgênicos para atender ao mercado
externo.
(C) O Brasil é o maior produtor de transgênicos do
Mercosul.
(D) Os países mais populosos são os maiores produtores
de transgênicos por necessidade do mercado interno.
19. UNIOESTE/2013.1 Em relação às formas de uso e
exploração agrícola, analise as afirmativas abaixo.
I. Na década de 1950, a Revolução Verde foi um
evento que atingiu a maior parte dos países no
mesmo momento histórico. Ela foi responsável pela
manutenção de diversas famílias no campo e não
modificou a estrutura fundiária do Brasil e de outros
países.
II. A Revolução Verde surgiu após um processo de
conscientização global sobre a importância da
preservação ambiental, modificando o modo de
produção e o uso dos recursos naturais. Nesse
contexto está a agricultura orgânica, que não utiliza
agrotóxicos.
III. Foi a partir da Revolução Verde que houve um
grande crescimento da produção agrícola mundial,
pois várias tecnologias foram implementadas, como
máquinas, fertilizantes e defensivos.
IV. Apesar dos benefícios, a Revolução Verde trouxe
problemas ambientais, como a contaminação das
águas, perdas de solo por lixiviação, desmatamento e
redução da biodiversidade.
V. A continuidade da Revolução Verde está nos
alimentos transgênicos, porém, em virtude da
pressão popular e das restrições feitas pelo governo
federal, esse modelo de agricultura não vem
crescendo no Brasil.
Assinale a alternativa correta.
(A) Apenas a alternativa V está incorreta.
(B) Todas as alternativas estão incorretas.
(C) Apenas a alternativa II está incorreta.
(D) Apenas as alternativas I e V estão incorretas.
(E) Apenas as alternativas I, II e V estão incorretas.
20. UFSJ/2013 Observe as imagens
AGRICULTURA JARDINAGEM
725
 CAPÍTULO XXV

GABARITO

1. C 2. C 3. B
4. A 5. E 6. B
7. A 8. A 9. D
10. C 11. D 12. B
13. C 14. D 15. E
16. A 17. C 18. C
19. E 20. C

Sobre a agricultura, mostrada nas ilustrações acima, é

CORRETO afirmar que ela

(A) é altamente mecanizada e utiliza mão-de-obra

especializada.
(B) se destina, preferencialmente, ao abastecimento do
mercado externo.
(C) é comum em pequenas propriedades de regiões
densamente povoadas.
(D) produz monoculturas no sistema de plantations com
rotação de culturas.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 726


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. ESPCEX-AMAN-2018 "A indústria aparece na
Amazônia sob a forma de enclaves, estabelecidos a partir
de incentivos federais ou para explorar recursos minerais."
MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. 1ed. São
Paulo: Atual, 2012, p. 310.
Entre os enclaves industriais na Amazônia, destaca-se a
Zona Franca de Manaus (ZFM), criada em 1967, sob a
supervisão da Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa). Sobre a ZFM, pode-se afirmar que
I. a implantação da ZFM consistiu numa estratégia
geopolítica, cuja principal meta era reforçar o poder
nacional na considerada região "de fronteira".
II. os capitais dominantes são transnacionais e
praticamente não se utilizam matérias-primas ou
insumos regionais na produção industrial nessa área.
III. a balança comercial da ZFM é positiva no intercâmbio
com o mercado externo, haja vista que, com a isenção
de impostos sobre a exportação, suas mercadorias
destinam-se, prioritariamente, a esse mercado.
IV. na década de 1990, a política de abertura da economia
nacional, com a redução das tarifas de importação, foi
muito positiva para a ZFM, pois ampliou as vendas
para o mercado interno e propiciou o aumento do
número de empregos diretos e indiretos no polo
industrial amazônico.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas
corretas.
(A) I e II (B) I e III (C) I e IV
(D) II e III (E) II e IV
2. G1 - COL. NAVAL-2017 Observe o fragmento de
texto em destaque e a tabela abaixo.
A nova divisão do trabalho industrial [no Brasil] é
acompanhada de uma nova repartição geográfica.
Adaptado de SANTOS, M. e Silveira, M. L. O Brasil,
Território e Sociedade no início do século XXI.
Brasil – Pessoal Ocupado na Atividade Industrial (%)
Região Sul Estado de São Paulo
1970 14,79 50,97
1990 36,49 35,35
Adaptado de SANTOS, M. e Silveira, M. L. O Brasil,
Território e Sociedade no início do século XXI.
O texto e a tabela acima tratam do reordenamento espacial
da indústria brasileira a partir da segunda metade do
século XX.
Sobre o espaço industrial brasileiro e suas recentes
transformações, assinale a opção correta.
(A) O reordenamento do espaço produtivo no Brasil é
resultado da combinação entre novas formas de
produção e de organização social surgidas a partir
dos anos 1970, somadas ao planejamento estatal.
(B) O processo de desconcentração das atividades
produtivas para fora da região Sudeste culminou
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
com uma indiscutível perda de comando dessa
região sobre o sistema industrial nacional.
(C) Seguindo a tendência percebida nos países centrais,
a desconcentração industrial brasileira produziu
espaços que se destacam como a vanguarda
tecnológica do país, como é o caso da região
Nordeste.
(D) A desconcentração industrial brasileira atingiu, de
forma mais contundente, o estado de São Paulo,
que perdeu sua posição de liderança no parque
industrial brasileiro no início do século XXI.
(E) Entre 1964 e 1985 foram criados pelo Estado
órgãos de planejamento e desenvolvimento
regional cujo propósito único era fomentar o
aproveitamento apenas das potencialidades naturais
das macrorregiões.
3. G1 - col. Naval-2017 O governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) buscou dar
continuidade à estabilização econômica iniciada com o
Plano real (1994), baseada na redução do deficit público
por meio da reforma constitucional visando reduzir a
participação do Estado na economia, e de um programa de
privatização das estatais, sobretudo no setor de
telecomunicações, energia e siderurgia.
É correto afirmar que tais medidas tiveram como
consequência
(A) a desvalorização da moeda nacional devido às
privatizações e a consequente inflação que afetou
diretamente a população mais pobre, acentuando as
desigualdades sociais que colocaram o país com uma
das concentrações de renda mais acentuada do
mundo.
(B) o controle da inflação e a redução da concentração
de renda, contudo a concorrência dos produtos
internacionais acabou gerando um grande número de
falências de empresas nacionais, além do
desemprego, principalmente no setor industrial.
(C) o aumento da capacidade de investimento do país em
grandes projetos de infraestrutura como as usinas
hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí, além de renovar a
malha rodoviária brasileira por meio de obras de
duplicação das principais vias.
(D) a depreciação do valor de mercado das empresas de
telefonia, energia e siderurgia que precarizaram seus
serviços e perderam a competitividade quando
comparadas aos seus antigos modelos estatais.
(E) a maior eficiência no setor de serviços essenciais à
indústria, como rodovias, energia elétrica, telefonia
móvel e internet, elevando o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) em 10% ao ano entre 1997 e
2002, sendo este período conhecido como “o
espetáculo do crescimento“.
4. ESPCEX/AMAN-2011 “A guerra da concorrência tem
início quando os empresários industriais tomam as
decisões relativas à localização das suas fábricas”.
(Magnoli & Araújo, p.142, 2005)
Sobre a localização industrial, ao longo dos últimos
séculos, leia as alternativas a seguir:
I. Nas últimas décadas do século XX, estabeleceu-se uma
nova lógica mundial de localização industrial: a
727
 ANEXO

produção em larga escala, com elevada automação, é Região.

realizada nos países desenvolvidos e as indústrias de III. empresas inovadoras de alta tecnologia reforçaram sua
tecnologia de ponta concentram-se nos países concentração industrial na Região Sudeste,
subdesenvolvidos, onde a mão de obra é mais barata. especialmente no estado de São Paulo, tendo em vista
II. Com a Revolução Tecnológica ou Informacional, as estarem ligadas aos centros de pesquisas avançadas,
grandes indústrias deixaram de ter o espaço local e fundamentais à garantia da competitividade nos
regional como principal base de produção, mercados interno e externo.
ultrapassando as fronteiras nacionais. IV. a indústria automobilística tem se destacado no
III. Ao longo do século XX, acentuou-se o processo de cenário da desconcentração espacial no País, buscando
concentração industrial, em consequência da crescente condições mais competitivas de produção,
elevação dos custos de transferência de matéria-prima principalmente nas Regiões Norte e Nordeste, que
e de produtos industrializados. apresentam menores custos de mão de obra.
IV. Nos países desenvolvidos, as antigas concentrações
industriais vêm perdendo terreno para as novas regiões Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão
produtivas, as quais são marcadas pela presença de corretas.
centros de pesquisa e de universidades. (A) I e III (B) II e III (C) I e IV
V. As economias de aglomeração presentes nas grandes (D) I, II e IV (E) II, III e IV
metrópoles mundiais reforçam a tendência, cada vez
maior, de concentração espacial da indústria. 6. PUCPR-2017 Suponha que você seja um consultor e
foi contratado por uma grande multinacional que deseja
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas instalar um grande complexo industrial no país. Algumas
corretas. características dessa empresa: importará grande
(A) I e II quantidade de insumos da África do Sul, exigindo
(B) I e V instalações portuárias junto ao parque industrial; exportará
(C) II e IV seus produtos para o Mercosul, em especial para as
(D) II, III e IV megacidades da região; necessitará de mão de obra
(E) III, IV e V. altamente especializada, encontrada, atualmente, em
metrópoles regionais.
5. ESPCEX/AMAN-2019 Analise a tabela a seguir
referente à participação das regiões brasileiras no valor da A cidade mais indicada para a instalação do complexo
transformação industrial: industrial é:
(A) Curitiba.
Participação das regiões no valor da transformação (B) São Paulo.
industrial (%) (C) Porto Alegre.
196 197 199 199 199 200 200 (D) Salvador.
9 9 0 5 6 1 8 (E) Paranaguá.
80, 73, 70, 70, 68, 64, 62,
Sudeste 7. UPF-2017 A partir da Segunda Guerra Mundial, a
3 4 8 9 4 6 2
11, 15, 16, 16, 17, 19, 18, indústria ganhou importância no processo econômico
Sul brasileiro. O Plano de Metas, elaborado no governo de
7 3 8 4 4 2 3
Nordes Juscelino Kubitschek (1956-1961), impulsionou o
5,9 7,4 7,8 7,4 7,5 8,6 9,7 crescimento econômico a partir da adoção de diversas
te
Norte 1 2 3,4 3,8 4,5 5 6,2 medidas. Foi/Foram destaque nesse período:
Centro (A) Privatização de indústrias estatais de base, como a
0,7 1,3 1,1 1,6 2,2 2,6 3,7 Companhia Siderúrgica Nacional.
-Oeste
Disponível em (B) Criação de polos industriais, com a finalidade de
http://www.ibge.gov.br/home/presidencial/noticias/noticia _ dispersão, como a Zona Franca de Manaus.
visualiza.php?id_noticia=1653&rid_pagina1> (C) Adoção de inovações tecnológicas, como a indústria
aeroespacial no Sudeste.
Tendo por base as características da industrialização (D) Abertura ao capital estrangeiro e estímulo à indústria,
brasileira e considerando os dados apresentados na tabela, como a automobilística.
é correto afirmar que (E) Políticas nacionalistas e de intervenção estatal, como
a criação da Petrobrás.
I. a partir da década de 1970, constata-se a perda de
participação da Região Sudeste no valor total da 8. ESPCEX/AMAN-2016 “Desde 2007, o saldo
produção industrial do País, como reflexo direto do comercial brasileiro vem apresentando tendência de
desvio dos investimentos empresariais para novas queda, puxada pelo mau comportamento do setor
localizações, longe das chamadas deseconomias de industrial, e em consequência da perda da competitividade
aglomeração daquela Região. da economia brasileira”
II. o significativo aumento do valor da produção industrial (Fonte: oglobo.globo.com/opniao/comercio exterior – Consulta
da Região Centro-Oeste pode ser explicado pela em 26/03/2015).
migração de indústrias de bens de capital de São Paulo,
em busca de vantagens econômicas de produção nessa A perda sistêmica de competitividade da indústria
nacional e a consequente queda de sua participação na
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 728

formação da riqueza nacional estão associadas, dentre
outros:
I. aos elevados custos de deslocamento dos produtos de
exportação, em virtude do predomínio das rodovias e
da precária integração entre os modais de transporte.
II. à grande dispersão espacial da indústria brasileira em
regiões historicamente periféricas.
III. à baixa taxa de inovação da indústria brasileira,
aliada ao fato de essa inovação estar mais
relacionada à aquisição de máquinas e equipamentos
do que ao desenvolvimento de novos produtos.
IV. aos inúmeros acordos bilaterais assinados pelo País,
restringindo o número de seus parceiros comerciais
no mercado externo.
V. à fraca mecanização das operações portuárias de
embarque e desembarque e à intricada burocracia
nos portos, provocando atrasos e congestionamentos
nas exportações.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas
corretas.
(A) I, II e IV
(B) II, IV e V
(C) I, III e V
(D) I, II e III
(E) III, IV e V
9. G1 - CPS 2017 Dentre as cidades citadas como
“irmãs” da capital paulista, podemos afirmar corretamente
que
(A) sete cidades situam-se na Europa.
(B) duas cidades se localizam na Oceania.
(C) há mais cidades europeias do que asiáticas.
(D) há menos cidades africanas do que americanas.
(E) há o mesmo número de cidades americanas e
asiáticas.
10. FGVRJ 2017 As práticas listadas a seguir
exemplificam medidas voltadas para a preservação do
meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida da
população em cidades sustentáveis, à exceção de uma.
Assinale-a.
(A) Ações efetivas para a diminuição da emissão de gases
do efeito estufa, visando reduzir o aquecimento
global.
(B) Programas de racionalização dos serviços de
transportes públicos, diminuindo o uso individual do
automóvel.
(C) Procedimentos para o reaproveitamento dos resíduos
sólidos, criando programas de coleta seletiva para
reciclagem.
(D) Políticas de uso racional da água, aumentando a
captação, o consumo e o reaproveitamento dos
recursos hídricos.
(E) Projetos de recuperação de áreas degradadas,
valorizando o espaço urbano por meio da
gentrificação.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
11. UFJF-PISM 1 2017 Observe a figura.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 3,3 milhões de
pessoas morreram no mundo em consequência de
desastres naturais entre 1970 e 2010, com um aumento
significativo dos atingidos nas últimas duas décadas.
Desde o ano de 1990 até os dias de hoje, foram
contabilizados 8,2 mil casos de desastres, nos quais 5,6
bilhões de pessoas foram atingidas.
Os desastres naturais vêm atingindo um contingente
populacional cada vez maior em função
(A) da crescente concentração urbana e o grau de
vulnerabilidade da população.
(B) do aquecimento global e aumento dos eventos
extremos.
(C) do aumento do volume e concentração das chuvas nas
áreas urbanas.
(D) da falta de confiança pela população na previsão de
tempo.
(E) da retirada da cobertura vegetal e aumento do volume
de precipitações.
12. G1 - CFTMG 2017 Considere as afirmativas sobre as
megacidades.
I. Os processos de urbanização e metropolização
intensa podem ser responsáveis pela formação
dessas aglomerações.
II. Esses espaços, por serem polos financeiros,
comerciais e de serviços, assemelham-se por
ocuparem o mesmo nível hierárquico mundial.
III. São aglomerações de eficiente planejamento urbano,
com oferta generalizada à população de serviços de
saneamento básico.
IV. Verifica-se a tendência de maior incremento no
quantitativo destas áreas nos países menos
desenvolvidos.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) I e II. (B) I e IV.
(C) II e III. (D) III e IV.
13. G1 - COL. NAVAL 2017 “A urbanização é um dos
trações fundamentais da modernidade. Há urbanização
quando o crescimento da população urbana supera o da
população rural – um fenômeno que se verifica há mais de
dois séculos na Europa e que adquiriu contornos mundiais
729

ao longo do século XX.”
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. São
Paulo: Atual. 2008, p. 225.
O Brasil inicia sua caminhada rumo à modernidade
industrial notadamente a partir da década de 1930. O
crescente êxodo rural, além de uma drástica aceleração no
ritmo do crescimento vegetativo, resultaram,
inevitavelmente, em uma rápida e, por vezes,
desorganizada urbanização.
Sobre esse processo, assinale a opção que apresenta
corretamente o conceito e sua respectiva definição.
(A) Megalópole – local, no sentido topográfico, onde
nasceu a cidade.
(B) Rede urbana – posição que uma cidade ocupa em
relação ao fatores naturais ou geográficos da sua
região.
(C) Megacidade – conjunto de área contíguas e integradas
socioeconomicamente a uma cidade principal.
(D) Conurbação –superposição ou encontro de duas ou
mais cidades em razão de seu crescimento.
(E) Região metropolitana – “cidade-mãe”, dotada dos
melhores equipamentos urbanos de uma país ou de
uma região.
14. ENEM 2017 Mas era sobretudo a lã que os
compradores, vindos da Flandres ou da Itália, procuravam
por toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram
melhoradas através do aumento progressivo das suas
dimensões. Esse crescimento prosseguiu durante todo o
século XIII, as abadias da Ordem de Cister, onde eram
utilizados os métodos mais racionais de criação de gado,
desempenharam certamente um papel determinante nesse
aperfeiçoamento.
DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente
medieval. Lisboa: Estampa, 1987 (adaptado).
O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da
atividade pastoril e avanço técnico na Europa ocidental
feudal, que resultou do(a)
(A) crescimento do trabalho escravo.
(B) desenvolvimento da vida urbana.
(C) padronização dos impostos locais.
(D) uniformização do processo produtivo.
(E) desconcentração da estrutura fundiária.
15. ENEM PPL 2017 Está cada vez mais difícil delimitar
o que é rural e o que é urbano. Pode-se dizer que o rural
hoje só pode ser entendido como um continuum do urbano
do ponto de vista espacial; e do ponto de vista da
organização da atividade econômica, as cidades não
podem mais ser identificadas apenas com a atividade
industrial, nem os campos com a agricultura e a pecuária.
SILVA, J. G. O novo rural brasileiro. Nova Economia, n. 7, maio
1997.
As articulações espaciais tratadas no texto resultam do(a)
(A) aumento da geração de riquezas nas propriedades
agrícolas.
(B) crescimento da oferta de empregos nas áreas
cultiváveis.
(C) integração dos diferentes lugares nas cadeias
produtivas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
ANEXO
(D) redução das desigualdades sociais nas regiões
agrárias.
(E) ocorrência de crises financeiras nos grandes centros.
16. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2017 “Na
atual fase da economia global, é precisamente a
combinação da dispersão global das atividades
econômicas e da integração global, mediante uma
concentração contínua do controle econômico e da
propriedade, que tem contribuído para o papel estratégico
desempenhado por certas grandes cidades, que denomino
cidades globais.”
SASSEN, Saskia. As cidades na economia mundial. São Paulo:
Studio Nobel, 1998, p.16-17
Partindo do texto acima, assinale a alternativa que
caracteriza corretamente cidades globais:
(A) estruturam-se como aglomerados urbanos e
econômicos sendo centros vitais da dinâmica
capitalista atual e estão localizadas apenas em países
desenvolvidos.
(B) definem-se como cidades de comando da economia
mundial por se destacarem como centros financeiros e
bancários e como polos de pesquisa em ciência e
tecnologia.
(C) definem-se como megacidades, pois é o total
populacional o responsável por sua capacidade de
polarizar a economia em vários aspectos como no
caso do Mumbai.
(D) organizam-se a partir de uma rede de serviços que as
interligam pelo planeta. Também têm como
característica serem consideradas centros sub-
regionais de polarização urbana.
17. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2017 “Um
bilhão de seres humanos [...] dispõem, no começo do
século XXI, de menos de um dólar por dia para viver; esse
número figura no documento intitulado Objetivos do
milênio para o desenvolvimento (OMD), adotado por 180
nações e assinado por 147 chefes de Estado na Assembleia
do milênio reunida na ONU em setembro de 2000.”
Alain RENAUT. Um mundo justo é possível? [traduzido de Un
monde juste est-il possible?].
Paris: Stock, 2013, p. 19.
Agora, em meados da segunda década do século XXI,
pode ser afirmado que
(A) nos países em desenvolvimento, generalizam-se ações
estratégicas de desenvolvimento, dando proeminência
ao Estado como ordenador dos mercados.
(B) os objetivos para o desenvolvimento social são o
centro das políticas econômicas de austeridade fiscal,
hoje compreendida como a chave para controlar o
Estado.
(C) objetivos para o desenvolvimento implicam projetos
de futuro, que podem ser projetos nacionais ou de
outra escala; isso mantém a importância do papel do
Estado.
(D) os países signatários do documento se
comprometeram a implantar projetos de
desenvolvimento, e por isso vemos proliferar no
mundo políticas de combate à desigualdade social.
730
 ANEXO

18. UERJ 2017 II. A capital do estado de São Paulo é uma metrópole
global.
III. No Nordeste, cidades como Salvador, Recife e
Fortaleza têm se tornado polos de atração
populacional do interior em busca de empregos e
melhor qualidade de vida.
IV. Nas últimas décadas, tem ocorrido um processo de
desconcentração industrial na região Sudeste do
Brasil.
É correto o que se afirma em
(A) I e IV, apenas. (B) II e III, apenas.
(C) I, II, III e IV. (D) I, II e IV, apenas.
(E) II, III e IV, apenas.

20. PUCCAMP 2017 É inegável que, principalmente, a

partir da segunda metade do século XX surgiram no Brasil
inúmeras metrópoles modernas.

Sobre esse fato considere as afirmações abaixo:

I. O desenvolvimento urbano-industrial aliado ao

projeto de modernização acelerou as migrações
regionais principalmente no período entre 1950-
1980.
II. Enquanto as metrópoles se modernizavam, ao final
do século XX, as políticas públicas reduziram a
especulação imobiliária.
III. O intenso processo de
industrialização/modernização gerou uma
urbanização desigual e a expansão desordenada das
cidades.

Está correto o que se afirma APENAS em

A partir da análise dos mapas, identifica-se que a
diminuição da pobreza, entre 1990 e 1999, foi mais
acentuada em determinada região do mundo.
Um processo socioeconômico que explica o desempenho
alcançado por essa região é:
(A) tecnificação agrícola
(B) redistribuição fundiária
(C) industrialização periférica
(D) reformulação previdenciária
19. G1 - IFSP 2017 Leia o trecho abaixo para responder
à questão.
“O desafio mais imediato para uma metrópole da
grandiosidade de São Paulo é fazer com que as
mercadorias produzidas encontrem o destino desejado,
que contratos e documentos importantes sejam entregues
aos clientes certos e no tempo adequado – e que, além
disso, as pessoas possam chegar ao trabalho, as crianças
possam chegar à escola, os jovens à faculdade.”
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/transito-
emobilidade-urbana-o-caso-da-metropole-paulistana.htm.
(A) II.
(B) I.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
21. ENEM 2017 A configuração do espaço urbano da
região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às
demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do
pais, onde é facilmente identificável a constituição de um
centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as
oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a
constituição de uma região periférica concentradora de
população de baixa renda, com acesso restrito às
principais atividades com capacidade de acumulação e
produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura
básica.
CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de
estruturação do espaço da Região Integrada de Desenvolvimento
do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al. (Org.).
Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas:
Nepo/Unicamp, 2002.

Sobre o conceito de metrópole, analise as assertivas A organização interna do aglomerado urbano descrito é
abaixo. resultado da ocorrência do processo de
(A) expansão vertical.
I. Metrópoles são grandes cidades que se tornam (B) polarização nacional.
pontos de referência e atração de populações a sua (C) emancipação municipal.
volta. Elas exercem influência econômica, (D) segregação socioespacial.
industrial, cultural e social. (E) desregulamentação comercial.

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 731

 ANEXO

22. UFU 2017 O vertiginoso processo de urbanização 24. UERJ 2019

pelo qual passou o Brasil originou, em poucas décadas,
uma complexa rede urbana, composta por metrópoles,
cidades médias e milhares de pequenas cidades. Estes
centros urbanos ordenam fluxos de pessoas, de
mercadorias, de informação e de capitais no interior do
território brasileiro, configurando uma complexa rede
geográfica.

De acordo com a hierarquia urbana apresentada pelo

IBGE, é correto afirmar que:
(A) As cidades de Rio de Janeiro e Brasília, devido ao
poder político e econômico nelas centralizados, são as
metrópoles que conectam o Brasil aos centros
urbanos globais.
(B) Os centros sub-regionais, formados por cidades
médias, exercem forte influência regional e reúnem
uma estrutura diversificada de comércio, serviços e
indústrias.
(C) A cidade de São Paulo, a grande metrópole nacional,
encontra-se no ápice da hierarquia, conectando a rede
urbana brasileira à rede de metrópoles mundiais.
(D) As pequenas cidades, devido ao processo de
interiorização promovido pela desconcentração
industrial, são as que mais cresceram nas últimas
décadas.

23. G1 - CFTMG 2017 Analise os mapas a seguir.

A partir da análise dos mapas, afirma-se que:
I. os estados com as maiores rendas per capita
destacam-se positivamente na distribuição da renda.
II. o aumento de renda per capita nas unidades da
federação em destaque indica deslocamento em
massa de população para as classes A e B.
III. apesar dos avanços, os mapas continuam registrando
a região Nordeste como aquela que apresenta as
piores condições socioeconômicas do país.
IV. para elaboração de políticas de transferência de
renda, é recomendável a utilização dos dados
apresentados no segundo mapa.
Estão corretas apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho
A história da Maré começa nos anos 40. No final dessa
década, já havia palafitas – barracos de madeira sobre a
lama e a água. Surgem as comunidades da Baixa do
Sapateiro, Parque Maré e Morro do Timbau – este em
terra firme. A construção da avenida Brasil, concluída em
1946, foi determinante para a ocupação da área, que
prosseguiu pela década de 50. Nos anos 60, um novo
fluxo de ocupação teve início, quando moradores da Praia
do Pinto, Morro da Formiga, Favela do Esqueleto e
desabrigados das margens do rio Faria-Timbó foram
transferidos para moradias “provisórias” construídas na
Maré. O início dos anos 80, quando a Maré das palafitas
era símbolo da miséria nacional, marca a primeira grande
intervenção do governo federal: o Projeto Rio, que previa
o aterramento e a transferência dos moradores das
palafitas para construções pré-fabricadas. Em 1988, foi
criada a 30ª Região Administrativa (R.A.), abarcando a
área da Maré. A primeira R.A. da cidade a se instalar
numa favela marcou seu reconhecimento como um bairro.
Adaptado de museudamare.org.br.
Composta hoje por 16 comunidades, a Maré é o maior
complexo de favelas do Rio de Janeiro. Sua história, em
parte, está relacionada com as transformações na cidade
entre meados do século XX e o momento atual.
Considerando tais transformações, a análise das fotos e do
texto permite concluir que a história da Maré é marcada
pelo seguinte processo urbano:
(A) estabilização das políticas públicas em regiões
insalubres
(B) integração das vias de transporte em logradouros
periféricos
(C) expansão de habitações populares em espaços
desvalorizados
(D) manutenção de obras de recuperação em ambientes
degradados
732
 ANEXO

(B) consolidação do regime de acumulação fordista;

25. UERJ 2019 protecionismo econômico e concorrência com
capitais europeus; deslocamento de indústrias para
outros países;
(C) declínio do toyotismo; liberalização econômica e
concorrência com capitais asiáticos; deslocamento de
indústrias para cidades vizinhas.
(D) ascensão do regime de acumulação flexível;
liberalização econômica e concorrência com capitais
asiáticos; deslocamento de indústrias para outros
países.

27. ESPM 2018 Tradicional área siderúrgica alemã que,

após presenciar a exploração à exaustão de suas reservas
carboníferas, está se convertendo em importante polo
turístico. Trata-se do (da):
(A) Vale do Elba.
(B) Vale do Danúbio.
(C) Vale do Ruhr.
(D) Saxônia oriental.
(E) Região da Alsácia.

GABARITO

1. A
2. A
3. B
4. C
5. A
6. C
7. D
8. C
9. D
10. D
11. A
12. B
13. D
14. B
15. C
O primeiro mapa apresenta o Oriente Médio em um 16. B
cenário hipotético no qual as reivindicações de 17. C
autodeterminação das principais minorias fossem 18. C
atendidas; já o segundo mostra a divisão política atual do 19. C
mesmo recorte espacial. 20. D
A principal explicação para as diferenças entre os dois 21. D
mapas, no que se refere à configuração territorial, está 22. C
indicada em: 23. D
predomínio numérico da etnia árabe 24. C
(A) ação intervencionista do governo estadunidense 25. C
(B) interferência histórica do imperialismo europeu 26. D
(C) homogeneidade religiosa da população regional 27. C

26. UNICAMP 2018 Detroit foi símbolo mundial da

indústria automotiva. Chegou a abrigar quase 2 milhões de
habitantes entre as décadas de 1960 e 1970. Em 2010,
porém, havia perdido mais de um milhão de habitantes. O
espaço urbano entrou em colapso, com fábricas em ruínas,
casas abandonadas, supressão de serviços públicos
essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em
2013, foi decretada a falência da cidade. Essa crise urbana
vivida por Detroit resulta dos seguintes processos:
(A) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e
concorrência com capitais europeus; deslocamento de
indústrias para cidades vizinhas.
“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 733
 ANEXO

“Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 734