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1. Prioridade / Relevância
Em primeiro lugar / Antes de mais nada / Primeiramente / Acima de tudo / Precipuamente /
Mormente / Principalmente / Primordialmente / Sobretudo
4. Adição / Continuidade
Além disso / Nesse sentido / Nessa direção / Nessa perspectiva/ Ademais / Outrossim / Ainda
mais / Por outro lado / Por sua vez / Também
5. Dúvida
Talvez / Provavelmente / Possivelmente / Não é certo / Se é que
6. Certeza / Ênfase
De certo / De fato / Por certo / Certamente / Indubitavelmente / Inquestionavelmente / Sem
dúvida / Inegavelmente
7. Surpresa / Imprevisto
Inesperadamente / Inopinadamente / Imprevistamente / Surpreendentemente
8. Ilustração / Esclarecimento
Isto é / Quer dizer / Em outras palavras / Ou seja / Ou por outra / Ou melhor
13. Consequência
Por consequência / Por conseguinte / Como resultado / Por isso / Assim
Níveis de Coesão
Coesão frástica
Coesão interfrástica
Na articulação dos períodos e frases dentro de um mesmo parágrafo, é possível notar uma
concatenação sintática e semântica interfrástica, contribuindo para o desenvolvimento do
tópico frasal – a ideia núcleo – de um parágrafo, conectando exemplos, dados estatísticos,
citações, dentre outros tipos de argumentos utilizados em um texto dissertativo-
argumentativo.
Coesão interparágrafo
Essa coesão tem a função de “amarrar” os parágrafos do texto, unir os argumentos contrários,
garantindo a manutenção temática diante da progressão que ocorre no texto, conforme o
desenvolvimento das ideias. Os processos de sequencialização exprimem vários tipos de
interdependência semântica das frases que ocorrem na superfície textual.
Período
É uma frase (isto é, um enunciado de sentido completo) que contém pelo menos um verbo.
São períodos, por exemplo, os seguintes enunciados: “Eu moro em uma rua tranquila” (que
contém um verbo), “Já meu irmão, que é comerciante, morava um uma avenida
movimentada” (que contém dois verbos), e assim por diante. Nem toda frase é um período,
pois existem enunciados que, embora tenham sentido completo, não contêm nenhum verbo,
como, por exemplo, os seguintes: “Que maravilha!”, “Por favor!”.
Oração
É um período ou parte de período que se estrutura em torno de um verbo. Vimos no verbete
sobre o período que ele pode conter um ou mais verbos – ou seja, pode ser formado por uma
ou mais orações. Assim, por exemplo, o período “Já meu irmão que é comerciante e morava
em uma avenida movimentada, mudou-se para um bairro mais tranquilo para ter uma melhor
qualidade de vida” – tem quatro orações.
Existe, ainda, uma estrutura que pode ajudar a organizar os parágrafos, sem mecanizar o
texto. Essa estrutura, realiza-se por meio das “frases de apoio”. E podem ser compreendidas
pela observação do tipo de conexão interparágrafo feita pela retomada do conteúdo tratado
em parágrafo anterior, ou pela antecipação do que será abordado posteriormente.
Essas frases têm a função de transmitir juízos de valor implícitos, ao mesmo tempo em que
servem de apoio aos conectivos. Alguns teóricos chamam isso de orações modalizadoras, ou
seja, orações que apresentam um modo de tratar certo tópico, sugerindo certa
intencionalidade por parte do autor.
São aquelas que funcionam como núcleo do grupo de palavras a que pertencem. Ou seja, não
acompanham um nome dentro de um grupo nominal. Pronomes substantivos
(demonstrativos, pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos ou relativos); ELIPSES;
numerais indefinidos; advérbios pronominais; e expressões adverbiais do tipo “acima/abaixo/
assim/seguinte”.
São aquelas que estendem o significado do termo a que se referem. Sinônimos, expressões
definidas, expressões que sumarizam uma ideia e nominalizações.
Essa distinção é estabelecida com base no tipo de significado das formas (palavras, expressões)
da língua. Substantivos e adjetivos, por exemplo, são formas lexicais porque seu conteúdo
semântico tem um referente “próprio”, “estável”, no mundo externo à língua. É o caso da
palavra joga-dor, no primeiro exemplo de texto examinado nesta aula. A referência da palavra
jogador pode até variar um pouco segundo o contexto, mas há um conteúdo dela que
permanece estável – jogador se refere a algo claramente diferente de elefante, microfone ou
ódio. As formas chamadas gramaticais, como, por exemplo, os pronomes, têm seu significado
definido mais pelas relações dentro do sistema da própria língua do que pela referência a algo
que exista no mundo fora dela. É o caso da palavra ele, também no primeiro exemplo de texto
examinado. Naquele texto, ele se refere ao jogador. Em algum outro texto, ele poderia referir-
se igualmente bem a elefante, microfone ou ódio. O que importa para o bom funcionamento
da referência no texto, nesse caso, são apenas os traços gramaticais de “masculino” e
“singular”.
ELIPSE
É qualquer omissão de um termo que possa ser recuperado em um texto. Na língua
portuguesa, a elipse pode funcionar de modo semelhante aos pronomes pessoais na
construção da coesão textual.
Por exemplo:
“O jogador Ronaldo decidiu se aposentar. Declarou que está cansado de tantas injustiças.”
Nesse texto, o pronome ele poderia ter sido empregado na segunda frase para fazer referência
ao termo o jogador Ronaldo (“Ele declarou...”). Em vez disso, porém, empregou-se a elipse: a
omissão do termo ele, o qual é recuperável pelo leitor por meio da flexão do verbo. Nesse
exemplo, a elipse resultou no mesmo efeito de sentido que se obteria com o emprego do
pronome.
Podemos concluir que para o texto ser uma unidade linguística e semântica, um dos
mecanismos empregados é a coesão referencial, que estabelece relações entre elementos do
texto por meio da remissão ou referenciação. As formas coesivas se classificam, segundo seu
tipo de significado, em gramaticais e lexicais.