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1.1 Estrutura
O texto expositivo-explicativo compreende três momentos essenciais: Questão ou exposição
do tema (introdução); Explicação/resolução (desenvolvimento); Desfecho (conclusão).
A primeira fase pode conter uma questão Embora muitas vezes esta não esteja expressa numa
interrogativa direta (pode ser um problema, que gera dúvidas) — ou a exposição do tema. Por
vezes, a fase de questão está expressa no título do texto.
A fase do desfecho diz respeito ao encerramento do texto depois de terem sido apresentadas
todas as explicações sobre o assunto tratado. Nesta fase pode ser feita uma síntese dos
assuntos expostos no texto.
1.2 Objetivo
Como se pode notar, o Texto Expositivo-Explicativo apenas apresenta uma informação, que
se considera nova, partindo de um saber que se pressupõe que o leitor o detenha. Daí que a
linguagem usada neste tipo de texto tem muito a ver com o tipo de público-alvo ao qual ele se
destina. Neste tipo de texto, há o predomínio de duas funções de linguagem, nomeadamente a
função referencial (aquela que se usa para transmitir informações novas) e a função meta
linguística (usada em segmentos que visam explicar ou esclarecer o sentido de uma noção ou
expressão anterior) Neste tipo de textos, podemos identificar três momentos ou fases
(correspondentes às partes do texto), a saber: A fase do questionário (que contém de forma
explícita ou implícita uma questão que se vai responder ao longo do texto, ou simplesmente
pela anunciação do tema / assunto / problema da exposição) correspondente à introdução; A
fase da resolução, correspondente ao corpo explicativo ou desenvolvimento e a fase da
conclusão.
1.3 Linguagem
Relativamente às características linguísticas, o Texto Expositivo – Explicativo apresenta: O
uso do presente do indicativo com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se refere a
factos que são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia, portanto, uma verdade
que perdura independentemente do tempo em que ela é dita. Emprego da construção passiva
como uma estratégia de impessoalizar o discurso científico. Sendo o texto científico objetivo
o sujeito deve estar afastado do seu discurso e isso consegue-se com o recurso à passiva. O
texto científico é monológico. As normalizações são usadas para condensar o que foi dito e
assegurar a progressão do texto; Não se usam os adjetivos valorativos, a não ser que eles
sejam necessariamente exigidos pelo discurso. As expressões explicativas permitem ao
emissor tornar mais clara a sua comunicação e orientam a compreensão do leitor;
a) Em número:
Se o sujeito surge antes do verbo, este vai, geralmente, para o plural (O João e a irmã
ajudaram os pais.);
Se o sujeito estiver depois do verbo (sujeito posposto), emprega-se tanto o plural como o
singular (Ajudaram os pais, o João e a irmã. I Ajudou os pais, o João e a irmã.);
Se o sujeito for representado por um pronome indefinido, tal como ninguém, nada ou tudo,
o verbo fica no singular (Tudo ficou destruído pelo vendaval.);
Se um dos elementos do sujeito for da primeira pessoa, o verbo passa para essa pessoa (Eu,
o João e a irmã fomos exemplares.);
Se um dos elementos do sujeito for da segunda pessoa, não havendo nenhum da primeira, o
verbo vai para a segunda pessoa (Tu e o Nádia ides contar a história.);
Se todos os elementos do sujeito forem da terceira pessoa. o verbo vai para essa pessoa
(Homens e mulheres enfrentaram as chuvas fortes.);
Se o sujeito contiver a expressão «a maior parte de» seguida de um nome no plural, o verbo
pode surgir no plural ou no singular (A maior parte dos moradores migraram paro zonas
seguras. /A maior parte dos moradores migrou para zonas seguras.).
Se o sujeito for coletivo partitivo (determinando unia parte) com um complemento que
designa o todo, o verbo pode concordar com o complemento (A maior parte dos moradores
migraram para zonas seguras. Assim, grande parte da cidade ficou ocupada.).
O verbo de orações cujo sujeito é o pronome relativo que concorda com o seu antecedente em
pessoa e em número (Eles, que agiram rapidamente, ficaram livres das enxurradas. Eu, que vi
tudo, testemunho.); Se a oração tiver por sujeito quem, o verbo vai para a terceira pessoa do
singular (Foi ela quem relatou.). Verbos impessoais há verbos que são usados apenas em
alguns tempos.
Modos ou pessoas.
Uma das razões por que tal acontece prende-se com o facto de a ideia expressa pelo verbo
não poder ser aplicada a determinadas pessoas. São verbos impessoais:
O verbo fazer quando indica tempo decorrido (Faz dez anos que não via tanta chuva.);
Conectores discursivos
Os conectores discursivos são os elementos que vão assegurar as relações entre as diversas
partes do texto. No Texto Expositivo – Explicativo, os conectores são usados com frequência
e são de natureza lógica. Eles marcam laços de adição, oposições, laços de consecução ou de
causalidade;
No que diz respeito ao vocabulário, recorre-se a um vocabulário especializado. Isto quer dizer
que se um texto é do ramo de biologia, por exemplo, irá recorrer a expressões da linguagem
técnica que um biólogo deve dominar. Um gestor ou administrador de uma determinada
empresa ou instituição, também deve possuir e dominar um vocabulário próprio da área que
ele administra. O mesmo poder-se-ia dizer relativamente às outras áreas do saber. Observe-se
que quando se fala de linguagem técnica especializada não se pretende de forma nenhuma
dizer que se deva usar uma linguagem rebuscada e incompreensível, pois quanto mais
compreensível for o texto, mais facilmente ele alcança os objetivos para os quais foi
produzido.
2. Textos Expositivos Argumentativos
2.1 Estrutura
O texto Expositivos Argumentativos compreende três momentos essenciais: colocação do
problema\introdução; Desenvolvimento\corpo da argumentação e a conclusão.
Colocação do problema : apresentação do tema que se vai tratar ou por outra contém a tese
inicial, ou seja, o ponto de vista ao qual o autor quer fazer aderir o leitor. Deve ser formulada
de forma clara e objetiva.
2.2 Objetivo
O texto expositivo argumentativo tem como objetivo convencer os outros de uma
determinada ideia, mediante a apresentação de uma série de razões a que chamamos
argumentos.
2.3 Linguagem
O uso do presente do indicativo com o valor gnómico (atemporal);
Emprego da construção passiva como uma estratégia de impessoalizar o discurso
científico.
Uso de um vocabulário especializado;
Utilização de títulos e subtítulos;
O recurso a sublinhados e itálicos para destacar palavras, expressões ou frases
Linguagem objetiva – clara, direta e precisa;
Existem também algumas formas discursivas de apoio à argumentação, ou seja, atos de fala
argumentativos que garantem a interligação ao nível frásico: