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PROCESSOS IRREGULARES DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Onomatopeia: formação de uma palavra por imitação de um som ou de uma combinação de


sons naturais.
Extensão semântica: atribuição de um novo sentido a uma palavra, sem que esta perca o seu
significado primitivo.
Empréstimo: importação de palavras ou expressões provenientes de outras línguas, podendo ou
não alterar a sua grafia. Há dois tipos de grafia:

 Empréstimo adaptado e Empréstimo não adaptado


Sigla: redução de um grupo de palavras às suas letras inicias, pronunciando-as letra a letra.
Acrónimo: formação de uma palavra através de letras ou sílabas iniciais de várias palavras,
pronunciando-se como uma.
Truncação: redução de uma palavra, eliminando-se a parte final do vocabulário de que deriva.
Amálgama: formação de uma palavra a partir da fusão de duas palavras truncadas.

ARCAÍSMOS E NEOLOGISMOS
Arcaísmos: palavras que deixaram de ser usadas por uma comunidade linguística, tendo sido
substituídas por outras de sentido semelhante.
 Lexicais: leixar- deixas; ca- porque; coita- sofrimento
 Semânticos: asinha- depressa
 Sintáticos:
 Ortográficos: Roi- Rei; molher- mulher
Neologismos: palavras criadas ou adaptadas para designar novas realidades, utilizando os
processos de formação de palavras existentes no sistema morfológico de cada língua.
 Formais: quando se criam palavras
 Semânticos: quando se atribuem novos significados a vocábulos já existentes

COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL


Coerência textual- tem lógica
A coerência textual diz respeito às relações de sentido que se estabelecem num texto e ao modo
como ele se apresenta lógico, garante assim a relação lógica entre as ideias.
Esta coerência textual é assegurada pelo:
 Princípio da relevância: (não foge ao tema) as informações apresentadas no texto
estão ligadas entre si, por meio das relações intratextuais (de
semelhança/oposição/causa-efeito) que as organizam, e aquilo que é transmitido é
compatível com o tema;
 Princípio da não contradição: as informações não podem ser contraditórias;
 Princípio da não tautologia (repetição) ou redundância: tem de haver uma introdução
de novos tópicos, evitando a repetição ou a redundância (com a exploração da mesma
ideia, ainda que por meio de palavras diferentes);
Coesão textual
Um texto deve ser constituído por um conjunto organizado de ideias, logo, é necessário seguir
determinados princípios de coesão.
Coesão gramatical:
Coesão referencial: tem um referente e um correferente.

 Anáfora: uma expressão referencial é retomada por outras expressões.


 Catáfora: processo oposto da anáfora.
 Elipse: processo em que as palavras são suprimidas, para evitar repetições.
Coesão temporal: ordena os acontecimentos segundo uma logica temporal
Ex: quando saí de casa o autocarro já tinha passado.
Coesão frásica: concordância em género
Ex: os jornais respondem às necessidades informativas da sociedade.
Coesão interfrásica: existência de relações de sentido entre as frases, liga frases simples.
Ex: Andei muito, mas de nada valeu.
Coesão lexical:
Reiteração: repetição de um vocábulo ou expressão.
Substituição:

 Sinonímia: utilização de sinónimos.


 Antonímia: utilização de antónimos
 Hiperonímia/ Hiponímia: utilização de um vocábulo com sentido mais geral
(hiperónimo) e outro mais específico (hipónimo).
 Holonímia/ Meronímia: utilização de um vocábulo que expressa o todo (holónimo) e
outro que expressa a parte (merónimo).

DEIXIS
A deixis designa o conjunto de palavras ou expressões (expressões deíticas) que têm como
função ‘apontar’ para o contexto situacional. Assim, assinalam o sujeito que enuncia (locutor), o
sujeito a quem se dirige (interlocutor), o tempo e o espaço da enunciação. Em função da sua
natureza deítica, é possível apresentar a seguinte classificação:
 Deítico pessoal – indica as pessoas do discurso (locutor e interlocutor); integram este
grupo os pronomes pessoais, determinantes e pronomes possessivos, sufixos flexionais
de pessoa-número, bem como vocativos. Ex: «Aceita que eu exista como os sonhos.»;
«Quando eu disser não ouças.»
 Deítico espacial – assinala os elementos espaciais, evidenciando a relação de maior ou
menor proximidade relativamente ao lugar ocupado pelo locutor; integram este grupo os
advérbios ou locuções adverbiais de lugar, os determinantes e pronomes
demonstrativos, bem como alguns verbos que indicam movimento. Ex: «Vamos até
ali.»
 Deítico temporal – localiza fatos no tempo; integram este grupo os advérbios, locuções
adverbias ou expressões de tempo e sufixos flexionais de tempo-modo-aspeto (ex:
falarei, faláveis, etc.). Ex: «Depois de amanhã serei outro.»

ATOS DE FALA
Os atos de fala podem ser:

 Diretos: a intenção comunicativa está explicita no que é dito


 Indiretos: a intenção comunicativa é subentendida

OBJETIVO ILOCUTÓRIO
Tipo
Atos assertivos Descrever um determinado estado de coisas e exprimir a crença na verdade
do seu enunciado/ o locutor compromete-se com a verdade expressa no
enunciado.
Atos diretivos O locutor leva o interlocutor* a agir de uma determinada maneira.

Atos Comprometer o locutor*1 relativamente à prática de uma ação futura.


compromissivos
Atos expressivos Exprimir o estado psicológico do locutor relativamente ao conteúdo do seu
enunciado, sendo necessário que este seja sincero naquilo que exprime.
Podem ser realizados utilizando verbos como agradecer ou lamentar; frases
e expressões exclamativas com adjetivos valorativos ou ainda frases
exclamativas com verbos de valor afetivo como adorar, gostar, odiar, etc.

Atos Ciar uma nova realidade, capacidade que lhe advém do seu estatuto
declarativos institucional/ altera o estado das coisas.

* → a quem a frase se dirige


* → quem anuncia a frase

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