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Gramática

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Sumário
Fonética..........................................................................................................................................3

Acentuação gráfica.........................................................................................................................4

Ortografia básica.............................................................................................................................5

Emprego do hífen...........................................................................................................................6

Radicais gregos e latinos.................................................................................................................7

Formação de palavras.....................................................................................................................8

Principais prefixos.........................................................................................................................10

Principais sufixos...........................................................................................................................11

Semântica.....................................................................................................................................12

Classes gramaticais.......................................................................................................................15

Verbos – modos e tempos.............................................................................................................19

Vozes do verbo..............................................................................................................................20

Análise sintática interna................................................................................................................21

Orações subordinadas...................................................................................................................28

Orações coordenadas....................................................................................................................29

Concordância verbal......................................................................................................................30

Concordância nominal..................................................................................................................31

Regência verbal.............................................................................................................................33

A preposição e os pronomes relativos...........................................................................................34

Crase.............................................................................................................................................35

Colocação pronominal..................................................................................................................36

Pontuação.....................................................................................................................................36

Discurso direto e indireto..............................................................................................................38

Figuras de linguagem....................................................................................................................39

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Fonética  Atenção
Nem sempre o número de letras corresponde ao
número de fonemas, nem cada fonema é represen-

Letra tado por uma única letra e vice-versa. Observe os


casos em que isso ocorre no português.
É o símbolo gráfico que representa os fonemas –
é o desenho dos fonemas. O alfabeto português é
composto por 26 letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, 1.º) Dífono: quando uma letra
M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z. As letras desta-
cadas são as vogais, as demais são as consoantes.
representa dois fonemas.
Vogal – A /a/, E /e/, O /o/ tórax [tóraKS], sexo [seKSo]
Semivogal – i /y/, U /w/
2.º) Quando um mesmo fonema
Consoante – as restantes
é representado por diferentes letras.
Fonema Por exemplo, o fonema [z] nas palavras.

É a menor unidade sonora que se pode distin- eXaminar, Zangado, caSaco


guir em uma língua. A partir das diferentes unida-
des sonoras, conseguimos diferenciar as palavras. 3.º) Quando uma letra é utilizada de forma
Observe: simplesmente decorativa, devido, comumente,
fila / vila a fatores históricos. No português, isso ocorre
pão / são com a letra “H” em início de palavras.
dado / fado / lado
Homem [omem], Hoje [oje], Habitação [abitação]
seco / saco / soco
bola / bela 4.º) Quando uma letra
mal / mar / mel representa fonemas diferentes.
enXada – som de [x], eXcluir – som de [s], seXo –
Sílaba som de [ks], eXecutado – som de [z]
É o fonema pronunciado em uma única emissão
de voz. Ou seja: 5.º) Dígrafos ou Digramas.
pão – pronunciado em uma única emissão de voz, Quando duas letras representam um fonema. São
portanto, representa uma sílaba. dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu, qu, an, am,
seco – pronunciado em duas emissões de voz, en, em, in, im, on, om, un, um.
portanto, representa duas sílabas. Observe os exemplos:
Chile – 5 letras, 4 fonemas [Xile]
Fonema, Letra e Sílaba sucesso – 7 letras, 6 fonemas [suceso]
apaguei – 7 letras, 6 fonemas [apagei]
Exemplos de identificação:
ontem – 5 letras, 3 fonemas [õte]
prático – 7 letras, 7 fonemas, 3 sílabas;
também – 6 letras, 4 fonemas [tãbe]
pena – 4 letras, 4 fonemas, 2 sílabas;
nascer – 6 letras, 5 fonemas [naSer]
apertado – 8 letras, 8 fonemas, 4 sílabas.
desço – 5 letras, 4 fonemas [deSo]

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exceção – 7 letras, 6 fonemas [eSesão] Exemplo:
ninho – 5 letras, 4 fonemas [niÑo] Caderno – a sílaba pronunciada com mais força é
“der” – essa é a sílaba tônica.
Encontros consonantais As palavras proparoxítonas têm como sílaba tôni-
Além dos dígrafos, existem mais dois tipos de en- ca a antepenúltima, as paroxítonas, a penúltima e as
contros consonantais. oxítonas a última. Entretanto, algumas palavras ne-
Perfeitos – consoante + r ou l, na mesma sílaba: cessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso
PRa / to, FLa / min / go. se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão
natural de pronúncia da Língua Portuguesa – 80%
Imperfeitos – sílabas separadas: aM / Bos, aD /
das palavras de nossa língua são paroxítonas, como
Vo / ga / do.
as palavras lua, bola, cabeça, espelho etc.

 Importante
Utilidade do acento gráfico
Encontros consonantais que começam palavras
Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba
não são separados. Exemplo: Psi /co/ lo / gi /a, PNeu,
de determinada palavra do padrão natural de pro-
PNeu / mo / ni / a. Sublinhar – sub / li / nhar , abrupto
núncia para outro diferente.
– ab / rup / to.
Exemplo:
Também – observe a diferença comparando com fa-
Encontros vocálicos zem e pedem; biquíni – compare com escrevi, rubi.
Há três tipos de encontros vocálicos.
Aplicação do acento gráfico
Ditongo 1. Todas as palavras proparoxítonas levam
Crescentes – semivogal (i, u) e vogal (a, e, o) na acento gráfico.
mesma sílaba: Fábio, sábia, profícuo. Exemplo:
Decrescentes – vogal e semivogal na mesma síla-
Fórmula, pêssego, prático, máquina, tática, aca-
ba: foi, mau, sabeis.
dêmico etc.

Tritongo Aqui se inserem os vocábulos paroxítonos ter-


minados em ditongo crescente (ea, eo, ia, ie,
Semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba: io, ao, ua, ue), por se considerar, para fins de
Uruguai, quais, averiguei. acentuação, que estas palavras são proparoxí-
tonas relativas ou eventuais.
Hiato
Exemplo:
Encontro de 2 vogais em sílabas diferentes (+ de
Fêmea, núcleo, ciência, superfície, prêmio, mágoa,
uma emissão de voz): cair, baú, álcool.
água, tênue.
2. Por serem mais comuns as palavras paroxíto-

Acentuação gráfica nas terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens,


estas não recebem acento gráfico, já as paro-
xítonas com outras terminações como l, n, r,
x, ps, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u,
Acentuação da sílaba tônica us, receberão o acento gráfico.
Todas as palavras são acentuadas tonicamente, Exemplo:
isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais for-
Fica, lume, lobo, limpem, parabéns / hábil, táxi, jóquei,
temente.
tênis, repórter, hífen, prótons – a partir dessa distri-

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buição se estabelecerá, então, a acentuação gráfica Observe os exemplos dos vocábulos que são
das oxítonas: a inversão da regra. Ou seja: acentuados:
pôr (verbo infinitivo), por (preposição).
a(s), e(s), o(s),
Palavras O resto pôde (pret. perf.), pode (pres. ind.).
em*, ens*
tem e vem (3.a p. sing), têm, vêm (3.a p. pl.).
Oxítonas Sim Não
Paroxítonas Não Sim Intervêm, contêm, mantêm (3.a p. pl), para
diferenciar de intervém, contém, mantém
* Palavras com mais de uma sílaba. (3.a p. sing., acentuados por regra) – e de-
mais derivados de ter e vir.
Exemplo:
André, conhecê-lo, chulé, Marabá, jiló.
3. Ditongos – acentuam-se os ditongos eu(s), Ortografia básica
oi(s), ei(s) quando forem abertos, com exce-
ção das palavras paroxítonas.
Exemplo: G ou J
chapéu, troféu, herói, constrói, ideia, pastéis, epo- 1. -agem, -igem, -ugem / -ágio, -égio, -ígio,
peia, jiboia etc. -ógio, -úgio são grafados com g: garagem,
4. Hiatos – as vogais i e u recebem acento agu- viagem (substantivo), fuligem, ferrugem, pe-
do sempre que formam hiato com a vogal an- dágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
terior e ficam sozinhas na sílaba ou com s. etc.
2. Após a inicial usa-se ge ou gi: agitar, agente,
Exemplo:
agenda, agência etc.
Baú, raízes, gaúcho, ruído, caíste. Observação: ajeitar deriva de jeito.
3. Palavras derivadas de outras com j: sujo/sujei-
 Cuidado ra, laranja/laranjeira, loja/lojista.
Não se acentua hiato seguido de nh. Exemplo: rai- 4. Verbos terminados em jar: arranje, suje, viaje,
nha, tainha, ventoinha. viajem, enferrujem etc.
Não se acentuam mais os hiatos que tenham
como antecedente ditongos decrescentes como em X ou CH
boiuna e baiuca.
1. Após ditongo, usa-se x: peixe, paixão, desleixo,
Não há acento agudo quando o i e o u formam
caixa, faixa etc.
ditongo e não hiato: gratuito, fortuito, intuito etc.
2. Após en inicial aplica-se x: enxada, enxaque-
Não há acento agudo quando as vogais i e u não
ca, enxame, enxuto, enxugar etc.
estão isoladas nas sílabas: ca-iu, ra-iz, ru-im.
Observação: encher deriva de cheio, encharcar,
de charco.
5. Monossílabos tônicos – acentuam-se os mo-
3. Palavras estrangeiras aportuguesadas: xampu
nossílabos tônicos terminados em a, e e o.
(shampoo), xerife (sheriff).
Exemplo: 4. Palavras indígenas, africanas, sem tradição
pá, fé, pó. escrita: xavante, xangô, xique-xique, Erexim,
6. Acentos diferenciais – servem para distin- muxoxo, caxambu, abacaxi etc.
guir duas palavras que são grafadas da mes- Observação: esses tipos de vocábulos serão
ma forma. sempre grafados com x, ç, j.

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Exemplo: 3. Correlação gráfica entre -ter e -tenção em
nomes formados a partir de verbos: abster,
jiboia, Juçara, Paraguaçu, muçurana etc.
abstenção; ater, atenção; conter, conten-
5. Após me, emprega-se x: México, mexerica, ção; deter, detenção; reter, retenção.
mexilhão, mexer, mexerico.
Exceção: mecha.
Grafia dos porquês
S ou Z Por que
1. Usa-se s nos sufixos -ês, -esa (para indicação Quando puder ser substituído por pelo qual ou
de nacionalidade, título, origem), -ense, -oso, equivaler a por que razão (motivo). É usado para fa-
-osa (formadores de adjetivos), -isa (indica- zer perguntas.
dor de ocupação feminina): chinês, burguesa,
O motivo por que voltei é segredo.
catarinense, amoroso, perigosa, sacerdotisa.
Por que você voltou?
2. Após ditongos, usa-se s: coisa, causa, Neusa,
Eusébio, náusea. Não sabemos por que ele voltou.
3. Usa-se Z nos sufixos -ez, -eza (formadores de
substantivos abstratos a partir de adjetivos),
Por quê
-izar (formador de verbos), -zação (formador Quando for marcada pausa por qualquer sinal de
de substantivos): rígido, rigidez; belo, beleza; pontuação. Final de frase.
civilizar, civilização, realizar, realização. Sabes por quê? Eu sei por quê.

S, C, Ç e X ou SC, SÇ, SS, XC e XS Porquê


1. Correlação gráfica entre nd e ns na formação Quando estiver substantivado pelos determinan-
de substantivos a partir de verbos: ascender, tes o, um, meu, este, algum, qualquer.
ascensão; distender, distensão; pretender, Todos temos os nossos porquês.
pretensão; tender, tensão; estender, exten-
Não sei o porquê disso.
são.
2. Correlação gráfica entre ced e cess em nomes Porque
formados a partir de verbos: ceder, cessão;
conceder, concessão; exceder, excessivo; Usado nas respostas, equivale a conjunção (pois,
aceder, acesso. porquanto, uma vez que).
Ela não respondeu porque não quis.

Emprego do hífen
Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Ante, anti, arqui, auto, contra, Antes de h e nas formações em Anti-inflamatório, anti-herói, ar-
extra, infra, intra, micro, neo, que o prefixo termina na mesma qui-inimigo, auto-observação,
proto, pseudo, semi, sobre, supra vogal com que se inicia o segundo contra-ataque, intra-abdominal,
e ultra. elemento. micro-ônibus, proto-histórico,
neo-humanismo, semi-interno,
supra-hepático, sobre-humano,
sobre-excelente.

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Prefixos e Radicais Com hífen Exemplos
Super, hiper e inter. Antes de h e r. Super-homem, hiper-hidrose, inter-
regional.
Pan e circum. Antes de h, vogal, m ou n. Pan-americano, pan-negritude,
circum-adjacente, circum-murado,
circum-hospitalar.

Mal. Antes de h e vogal. Mal-humorado, malquerer (mal-


-querido, porém), mal-educado.
Aquém, além, bem, ex, sem, grã, Sempre. Aquém-fronteiras, ex-namorado, pós-
grão, pré, pós, pró e recém. graduação, pró-paz, grã-duquesa,
recém-casado, sem-vergonha, sem-
cerimônia, pré-vestibular, pré-adoles-
cente, grão-mestre, grão-duque, bem-
-ajambrado, bem-vindo, além-
-túmulo, além-país. (Exceções:
p r e d e f in ir, p r e d e te r m ina d o,
predispor, predizer, preexistir).
Ad, ab, ob e sob. Antes de r. Ad-rogar, ab-rogar, ob-repção,
sob-roda.
Sub. Antes de r, b e h. Sub-reitor, sub-bibliotecário, sub-
humano ou subumano, sub-he-
pático.
Para, co. Aglutina-se com o segundo ele- Parachoque, paraquedas, paraque-
mento. dista, coautor, coeditor.
Não se emprega o hífen nos compos- Autoafirmação, autoajuda, auto-
tos em que o prefixo ou falso prefixo aprendizagem, contraexemplo,
termina em vogal e o segundo ele- extraescolar, intrauterino, neoex-
mento começa por vogal diferente. pressionista, semiaberto, suprao-
cular, ultraelevado.
Não se emprega o hífen nos com- Antessala, antirreumático, arquir-
postos em que o prefixo ou falso rival, sobressair, sobressalente,
prefixo termina em vogal e o sobressaltar, ultrarromântico, ul-
segundo elemento começa por r trassonografia, suprarrenal, su-
ou s, devendo essas consoantes se prassensível.
duplicarem.

Radicais gregos e latinos Arquia – GOVERNO


Auto – A SI MESMO
Bio – VIDA

Principais radicais gregos Cali – BELO


Cosmo – ESPAÇO
Aero – AR
Cromo – COR
Antropo – HUMANO
Crono – TEMPO

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Cracia – PODER Tanatos – MORTE
Demo – POVO Zoo – ANIMAL
Derma – PELE
Dromo – PISTA Principais radicais latinos
Etno – RAÇA Agri – CAMPO
Fono – VOZ Cor – COR
Foto – LUZ Cida – QUE MATA
Fobia – MEDO Cola – HABITANTE
Fagia – COMER Bi(s) – DUAS VEZES
Gamo – RELAÇÃO Equi – IGUAL
Geo – TERRA Fugo – FUGA/ESCAPE
Grafia – ESCRITA Igni – FOGO
Hemo – SANGUE Loco – LUGAR
Hetero – DIFERENTE Multi – MUITOS

Hidro – ÁGUA Oni – TUDO

Homo – IGUAL Semi – METADE


Sesqui – UMA VEZ E MEIA
Lito – PEDRA
Rus – CAMPO
Logo – QUE ESTUDA / PALAVRA
Tri – TRÊS
Macro – GRANDE
Urbs – CIDADE
Micro – PEQUENO
Voro – COMER
Miso – AVERSÃO
Mono – UM
Neo – NOVO
Orto – CORRETO
Formação de palavras
Poli – MUITOS
Potamos – RIO Família de palavras
Proto – À FRENTE Conjunto de palavras que possuem o mesmo ra-
Pseudo – FALSO dical.
Pan – TUDO GOVERNar
Pato – DOENÇA GOVERNo

Piro – FOGO GOVERNador

Psique – ALMA/MENTE GOVERNável


desGOVERNado
Quilo – MIL
GOVERNabilidade
Scopia – INVESTIGAÇÃO
GOVERNante
Teo – DEUS
desGOVERNo
Termo – TEMPERATURA
Topo – LUGAR
Processos de formação de palavras
Tele – DISTANTE
Terapia – TRATAMENTO Há dois processos de formação de palavras na Lín-
gua Portuguesa: formação por derivação e forma-
Teca – CONJUNTO
ção por composição.
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Derivação Derivação
Termo Primitivo
Parassintética
Formação de nova palavra mediante acréscimo de
afixo. Velho Envelhecer
Alma Desalmado
Derivação prefixal Corrente Acorrentado
Formação de nova palavra mediante acréscimo de
prefixo.
Derivação regressiva (ou deverbal)
Termo Primitivo Derivação Prefixal Formação de nova palavra mediante decréscimo
Escola Pré-escola de um sufixo ou de desinências do radical.
Feliz Infeliz
Legal Ilegal Termo Primitivo Derivação Regressiva
Debater Debate
Cantar Canto
Derivação sufixal Recuar Recuo
Formação de nova palavra mediante acréscimo de Perder Perda
sufixo.
Atacar Ataque

Termo Primitivo Derivação Sufixal


Feliz Felizmente Derivação imprópria
Legal Legalidade
Suave Suavizar Formação de nova palavra mediante modificação
da classe morfológica original em função do contex-
Nervo Nervoso
to frasal.
Não aceito um não como resposta. (substantivo)
Derivação prefixal e sufixal Aristides tinha um falar complicado. (substantivo)

Formação de nova palavra mediante acréscimo de Dou-lhe esta carta rosa. (adjetivo)
prefixo e sufixo em sequência.
Composição
Derivação Prefixal Formação de nova palavra mediante associação
Termo Primitivo
e Sufixal de dois ou mais radicais simples.
Feliz Infelizmente Há dois processos de composição: composição
Cumprir Descumprimento por justaposição e composição por aglutinação.
Legal Ilegalidade
Composição por justaposição
Os radicais componentes da composição mantêm
Derivação parassintética sua integridade sonora.

Formação de nova palavra mediante acréscimo si-


Justaposição Radicais
multâneo de prefixo e sufixo.
Porco-espinho Porco e espinho
Derivação Passatempo Passa e tempo
Termo Primitivo
Parassintética
Girassol Gira e sol
Noite Anoitecer
Beleza Embelezar Beija-flor Beija e flor

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Composição por aglutinação Abreviatura Origem
Os radicais componentes da composição não Subst. Substantivo
mantêm sua integridade sonora. Adj. Adjetivo

Aglutinação Radicais Simples Sigla Origem


Vinagre Vinho acre UFRGS Universidade Federal do Rio
Aguardente Água ardente Grande do Sul

Embora Em boa hora ONU Organização das Nações Unidas

Fidalgo Filho de algo PT Partido dos Trabalhadores


Sida (Aids) Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida
Outros processos
de formação de palavras
Onomatopeia
Composição erudita Representação de sons e ruídos através da escrita.

Composição com radicais de mesma origem. Exemplos:


Tique-taque, quero-quero, bem-te-vi, miau etc.
Composição Origem
Locomotiva Loco (latim) e motiva (latim)
Biologia Bio (grego) e logia (grego) Principais prefixos
Retilíneo Reti (latim) e líneo (latim)
1. a – AUSÊNCIA
2. ante – ANTES
Hibridismo 3. anti – OPOSTO
Derivação ou composição através de radicais de 4. com – COMPANHIA
diferentes idiomas. 5. contra – CONTRÁRIO
Hibridismo Origem 6. de – MOVIMENTO PARA BAIXO
Automóvel Auto (grego) e móvel (latim) 7. des – MOVIMENTO CONTRÁRIO
Burocracia Buro (francês) e cracia (grego) 8. epi – EXTERNO
Televisão Tele (grego) e visão (português) 9. ex (com hífen) – ESTADO ANTERIOR
Sociologia Sócio (latim) e logia (grego) 10. ex – MOVIMENTO PARA FORA
11. extra – ACIMA DE
12. eu – BOM/BEM
Redução vocabular
13. hiper – EXCESSO
Diminuição do tamanho da palavra por abrevia-
14. hipo – ESCASSEZ
ção, abreviatura ou sigla.
15. in – NEGAÇÃO
Abreviação Origem 16. in – MOVIMENTO PARA DENTRO
Cinema Cinematógrafo 17. inter – ENTRE
Moto Motocicleta 18. pré – ANTES
Foto Fotografia 19. pró – A FAVOR/À FRENTE

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20. re – REPETIÇÃO/MOVIMENTO PARA TRÁS Sufixos que formam
21. retro – MOVIMENTO PARA TRÁS
22. super – ACIMA DE
substantivos de adjetivos
23. trans – ATRAVÉS DE
Adjetivo Substantivo
24. sub – ABAIXO
Belo Beleza
25. vice – SUBSTITUTO
Árido Aridez
26. ultra – ALÉM DE
Doce Doçura
Bom Bondade

Principais sufixos Rápido Rapidez


Honesto Honestidade

Sufixos que formam


Sufixos que formam
substantivos de verbos
adjetivos de substantivos
Agente
Substantivo Adjetivo
Verbo Substantivo Horror Horrível
Navegar Navegante Barba Barbudo
Agredir Agressor Terror Terrível
Contar Contador Horizonte Horizontal
Amar Amante Perigo Perigoso
Combater Combatente Gosto Gostoso

Ação Sufixos que formam


Verbo Substantivo advérbios de adjetivos
Trair Traição
Adjetivo Advérbio
Suar Suadouro
Rápido Rapidamente
Ferir Ferimento
Feliz Felizmente
Concorrer Concorrência
Luxuoso Luxuosamente
Geral Geralmente
Lugar Obstinado Obstinadamente
Particular Particularmente
Verbo Substantivo
Viver Viveiro
Matar Matadouro
Beber Bebedouro
Laborar Laboratório

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Sufixos que formam Polissemia
adjetivos de verbos A polissemia (poli = “muitos”; sema = “sentido”)
acontece quando um plano de expressão (signifi-
cante) é suporte para mais de um plano de conteú-
Verbo Adjetivo
do (significado).
Justificar Justificável
Exemplo:
Compreender Compreensível
Suportar Suportável A palavra “linha”.

Sofrer Sofrível Acabou a linha para costura.


Os jogadores formaram uma linha de ataque
fulminante.

Sufixos que formam verbos O capiau manteve a linha durante a janta.


Tua linha de raciocínio é muito elaborada para
mim.
Classe Primitiva Verbo
Vocês jogam na linha; eu, no gol.
Civil Civilizar
Qual linha de ônibus devo pegar para ir ao Igua-
Flor Florescer
temi?
Duro Endurecer
É importante salientar que a polissemia é geral-
Manhã Amanhecer mente neutralizada pelo falante ou pelo redator atra-
Real Realizar vés da definição de um determinado contexto.

Contexto

Semântica Contexto é uma unidade linguística de âmbito


maior, na qual se insere outra de âmbito menor. Des-
sa forma:
Semântica (sema = “sentido”) é a ciência que Palavra < Contexto da Frase
estuda a significação das palavras e das senten- < Contexto do Parágrafo
ças. < Contexto Textual
Portanto, todo significado é definido pelo contex-
O signo linguístico verbal to. A esse constante processo linguístico chamamos

(a palavra escrita ou falada) de significado contextual.

Signo linguístico é uma estrutura mínima linguís- Denotação x Conotação


tica constituída por duas partes: significante e signi-
ficado. Denotação

Significante Conceito de origem, significação básica da pala-


vra, sentido oficial do signo linguístico.
Parte perceptível do signo linguístico, constituída
de sons que podem ser representados por letras. É Conotação
também classificado como plano de expressão.
Significação derivada, acréscimo de significado,
Significado readaptação de sentido do signo linguístico.

Parte inteligível do signo linguístico, constituída Sinonímia


de um conceito. É também classificado como plano
de conteúdo. Identificação de significado entre duas palavras.

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Xexéu e Janjão encontraram a tartaruguinha em- Homonímia x Paronímia
baixo da geladeira.
Xexéu e Janjão acharam a tartaruguinha embaixo Homônimos
da geladeira.
São vocábulos que se pronunciam da mesma for-
Antonímia ma, mas que diferem no sentido. Podem ter grafia
e pronúncia idênticas: são (santo), são (sadio) e são
Incompatibilidade de significado entre duas pala- (verbo ser).
vras.
Janjão é alto e gordo. Parônimos
Xexéu é baixo e magro. São os vocábulos que apresentam certa semelhan-
ça de grafia e de pronúncia, mas que têm significado
Ambiguidade diferente, tais como ratificar e retificar.
Duplicidade de sentido. Exemplos de Homônimos e Parônimos
Janjão disse a Xexéu que seu pai não comparecerá •• acender: ligar, pôr fogo
à reunião. •• ascender: subir
O mendigo bateu na velhinha com a bengala.
Atacaram os bandidos os policiais. •• acento: sinal gráfico
•• assento: local próprio para sentar-se
Acarretamento
Quando uma significação permite que consiga-
•• a princípio: inicialmente
mos inferir outra. Há dois tipos de acarretamento:
hiponímia e hiperonímia. •• em princípio: teoricamente

Hiponímia •• acerca de: sobre


Relação entre uma palavra de sentido mais espe- •• a cerca de: proximidade (distância)
cífico com uma outra de sentido mais abrangente, •• há cerca de: referência a tempo
genérico.

Hiperonímia •• afim: semelhante


•• a fim (de): finalidade
Relação entre uma palavra de sentido mais abran-
gente, genérico com uma outra de sentido mais es-
pecífico. •• amoral: indiferente à moral
Janjão gosta de sair com seu labrador. (hiponí- •• imoral: contrário à moral
mia)
Janjão gosta de sair com seu cão. (hiperonímia) •• ao encontro de: a favor
•• de encontro a: contra
Deslize
Uso inadequado de uma significação dentro de
•• ao invés de: ao contrário de
um determinado contexto.
•• em vez de: no lugar de
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o
problema estava no fuzil queimado. (impropriedade)
Ao verificar o aparelho elétrico, percebeu que o •• à-toa: sem vergonha (adjunto adnominal)
problema estava no fusível queimado. •• à toa: sem rumo (adjunto adverbial de modo)

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Gramática
•• casual: por acaso •• emigrar: que sai de lugar
•• causal: indica causa •• imigrar: que entra em lugar

•• cassar: anular •• estada: permanência de pessoa


•• caçar: perseguir •• estadia: permanência de veículo

•• cavaleiro: homem a cavalo •• flagrante: evidência


•• cavalheiro: homem gentil •• fragrante: aromático

•• censo: contagem •• fosforescente: pouco luminoso


•• senso: juízo •• florescente: florido
•• fluorescente: luminoso
•• cessão: ato ou efeito de ceder
•• sessão: reunião •• incipiente: iniciante
•• secção ou seção: parte de um todo •• insipiente: ignorante

•• comprimento: medida •• infligir: aplicar pena


•• cumprimento: saudação, ato ou efeito de cum- •• infringir: transgredir
prir
•• mandato: delegação de poder
•• concerto: sessão musical, harmonização •• mandado: ordem judicial
•• conserto: ato de arrumar
•• prescrever: determinar, regular
•• cozer: cozinhar •• proscrever: desterrar, abolir
•• coser: costurar
•• ratificar: confirmar
•• delatar: denunciar •• retificar: corrigir
•• dilatar: ampliar
•• sustar: suspender
•• descrição: ato ou efeito de descrever •• suster: manter
•• discrição: modéstia
•• tachar: censurar, acusar de defeito
•• despercebido: desatento, não notado •• taxar: regular preço
•• desapercebido: desprovido
•• tráfego: movimentação de veículos
•• emergir: subir à tona •• tráfico: negócio ilícito
•• imergir: afundar

•• eminente: importante
•• iminente: próximo de acontecer

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Gramática

Classes gramaticais O céu tem oitenta e oito constelações.


(conjuntos de estrelas)
A banda terminou de tocar.

Substantivo (conjunto de músicos)

Nomeia seres, coisas (subst. concretos) e ideias Gêneros


(subst. abstratos).
Exemplo: Substantivos biformes
Casa, homem, lobo, livro, liberdade, beleza. São aqueles que apresentam uma forma para
Flexões: gênero, número e grau. cada gênero.

Tipos de substantivos menino menina


cantor cantora
Substantivos concretos e substantivos abstratos
Concretos: casa, cadeira, homem, Pedro, Deus, papa papisa
alma, fada, gnomo. imperador imperatriz
Abstratos: beleza, esperança, verdade, justiça,
bondade, nudez, vontade. boi vaca
Ele vive da plantação de cana. (abstrato = ato de
homem mulher
plantar)
peixe-boi peixe-mulher
A plantação de cana pegou fogo. (concreto =
canavial)

Substantivos uniformes
Substantivos comuns e substantivos próprios
São aqueles que apresentam uma única forma
Comuns: cidade, homem, cachorro, santo, rio.
para os dois sexos. Dividem-se em comuns-de-dois
Próprios: Porto Alegre, George, Tóbi, Antônio, gêneros, epicenos e sobrecomuns.
Guaíba.
Comum-de-dois gêneros
Substantivos primitivos e
É aquele que apresenta uma única forma para os
substantivos derivados
dois sexos, mas cujo gênero se distingue pela presen-
Primitivos: caça, cabeça, roupa, maçã. ça de um determinante, como o artigo.
Derivados: caçador, cabeceira, roupinha, macieira.
o/a estudante o/a jornalista
Substantivos simples e o/a chefe o/a sem-terra
substantivos compostos o/a atleta o/a jovem

Simples: caça, cabeça, roupa, maçã.


Compostos: caça-níquel, quebra-cabeça, guarda- Epicenos
-roupa, banana-maçã.
São substantivos de um só gênero que se refe-
Substantivos coletivos rem a ambos os sexos; nesse caso, o sexo pode ser
diferenciado pela presença das palavras macho e
O arquipélago japonês é ameaçado por terre- fêmea.
motos.
(conjunto de ilhas)
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Gramática
o jacaré (gênero masculino) Flexão
o jacaré macho (sexo masculino)
o jacaré fêmea (sexo feminino) Flexão dos substantivos compostos
a cobra (gênero feminino)
a cobra macho (sexo masculino) Regra geral
a cobra fêmea (sexo feminino) Flexionam-se os dois elementos que compõem o
substantivo.
Sobrecomuns
tenente-coronel tenentes-coronéis
São os que só têm um gênero e se referem a am-
navio-fantasma navios-fantasmas
bos os sexos. Nesse caso, o sexo só é definido no
contexto. guarda-florestal guardas-florestais
couve-flor couves-flores
a criança (gênero feminino)
quadro-negro quadros-negros
a testemunha (gênero feminino) sexta-feira sextas-feiras
o membro (gênero masculino)
o cônjuge (gênero masculino) Exceções
Há casos em que a mudança de gênero de um Pluraliza-se apenas o primeiro quando o segundo
substantivo acarreta mudança em seu significado. limita o significado do primeiro.
Observe os contextos abaixo.
banana-prata bananas-prata
A cabeça lhe doía. (parte do corpo)
peixe-espada peixes-espada
O cabeça do grupo foi preso. (líder, chefe) salário-família salários-família
A capital estava em chamas. (cidade principal) licença-maternidade licenças-maternidade
O capital não foi suficiente. (dinheiro) navio-escola navios-escola
A caixa estava aberta. (recipiente) pombo-correio pombos-correio
O caixa estava aberto. (atendente, cobrador)
Pluraliza-se o primeiro elemento quando o substan-
Há casos de substantivos cujo gênero costuma va-
tivo composto tem entre dois substantivos uma prepo-
cilar sobretudo na linguagem coloquial. Devem ser
sição.
consultados para a escrita formal.
São masculinos: pé-de-moleque pés-de-moleque
mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça
o champanha ou o dó
copo-de-leite (flor) copos-de-leite
o champanhe o lança-perfume
o guaraná o contralto Pluraliza-se apenas o segundo elemento quando o
o soprano primeiro for verbo ou termo invariável.

São femininos: guarda-chuva guarda-chuvas


guarda-sol guarda-sóis
a sentinela a aluvião a crisma sempre-viva sempre-vivas
a dinamite a alface a bacanal abaixo-assinado abaixo-assinados
a cal a agravante a atenuante vice-presidente vice-presidentes
a xérox ou
a xerox

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Gramática
Adjetivo Adjetivos azul-marinho e
azul-celeste nunca se flexionam
Indica qualidade ou estado dos seres, modifican-
do o substantivo.
cinto azul-marinho meia azul-marinho
Exemplo: cintos azul-marinho meias azul-marinho
inteligente, rápido, feio, loira, magra etc.
Flexões: gênero, número e grau.
Adjetivo surdo-mudo flexiona ambos os elementos
Flexão dos adjetivos
homem surdo-mudo mulher surda-muda
compostos homens surdos-mudos mulheres -surdas-mudas
Flexiona-se em gênero e em número apenas o úl-
timo elemento.
Advérbio
evento ibero-americano conferência ibero-
-americana Exprime uma circunstância (tempo, intensidade,
eventos ibero- conferências ibero- lugar etc.), modificando o adjetivo ou outro advérbio.
-americanos -americanas Exemplo:
terno amarelo-escuro camisa amarelo-escura
ternos amarelo-escuros camisas amarelo- Ontem, aqui, muito, somente.
-escuras Flexões: grau (em alguns).
caos político-econômico situação político-
-econômica Verbos
sapato vermelho-claro meia vermelho-clara
Indica um processo – ação, estado ou fenômeno
sapatos vermelho-claros meias vermelho-claras
da natureza – situando – em função do tempo.
Flexões: modo, tempo, número, pessoa, voz.
Exceções
Artigo
Adjetivo composto tendo substantivo como o
Antecede o substantivo, indicando seu gênero e
último elemento, não ocorrerá nenhuma flexão número, determinando-o ou generalizando-o. Os ar-
tigos definidos são: o(s), a(s). Os artigos indefinidos
terno azul-piscina camisa azul-piscina são: um, uma, uns, umas.
ternos azul-piscina camisas azul-piscina Flexões: gênero e número.

colete amarelo-abóbora gravata amarelo- Conjunção


-abóbora
coletes amarelo- gravatas amarelo- Estabelece ligação entre termos de mesma função
-abóbora -abóbora e orações.
Exemplo:

Adjetivos de formação Porém (conectivo de orações sindéticas coordena-


das adversativas).
“cor-de-substantivo” são invariáveis
Flexões: não flexiona.

cinto cor-de-rosa meia cor-de-rosa


cintos cor-de-rosa meias cor-de-rosa

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Gramática
Interjeição Preposições essenciais
Exprime apelo, emoções súbitas ou sentimentos. (funcionam apenas como preposições)
Palavra-frase. a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en-
Exemplo: tre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Cuidado!, Socorro!, Verdade?, Tchau! Preposições acidentais


Flexões: não flexiona.
(palavras de outras classes gramaticais
que podem funcionar como preposições)
Numeral
como, segundo, exceto, salvo, menos, afora, me-
Denota a quantidade, ordenação ou proporção diante, fora etc.
dos seres.
Flexões: não flexionam.
Exemplo:
Três, terceiro, terço, triplo. Pronomes regidos por preposição
Flexões: gênero, número, grau (alguns).
Pronomes Pessoais Retos
Tipos de numeral
1.a pessoa Eu, Nós
Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco etc.
2. Pessoa
a
Tu, Vós
Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto,
3. pessoa
a
Ele(s), Ela(s)
quinto etc.
Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntu-
plo etc. Pronomes Pessoais Oblíquos
Fracionários: meio, terço.
Pess. e n.° Átonos Tônicos
Pronome 1.a pess. sing. Me Mim
Acompanha ou substitui o nome. 2. pess. sing.
a
Te Ti
Flexões: gênero, número, pessoa, caso.
3.a pess. sing. O, a,lhe Ele, ela

Tipos de pronomes 1.a pess. pl. Nos Nós

Retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. 2.a pess. pl. Vos Vós
Oblíquos: me, te, se, nos... 3.a pess. pl. Os, as, lhes Eles, elas
Possessivos: meu, teu, seu, nosso...
Demonstrativos: este, esse, aquele... Também são pronomes pessoais oblíquos se, si,
Indefinidos: algum, nenhum, alguém, tudo, comigo, contigo, consigo, conosco. Não foram in-
nada... cluídos na tabela por serem sempre reflexivos.
Interrogativos: qual, quem, o quê... Regra I – as preposições essenciais regem prono-
Relativos: que, quem, qual, quanto, como, cujo, mes pessoais oblíquos tônicos.
onde. Exemplo:
Levei o presente para ti.
Preposição Estamos falando de mim e ti.
Liga termos de uma oração. Serve para estabele- Faça isso por nós. (esse nós é oblíquo, não é o
cer relações entre os termos. Dividem-se em: pessoal, de mesma grafia).
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Gramática
Regra II – as preposições acidentais regem pro- cant ara
nomes pessoais retos. São preposições acidentais: cant áramos
conforme, consoante, segundo, durante, mediante,
cant áreis
como, salvo, fora, que.
cant aram
Exemplo:
Quando eu crescer, quero ser como tu. Futuro do Pretérito
Incluam todos exceto eu. cant aria
Todos agirão conforme eu e ele mandarmos. cant arias
(esse ele não é o oblíquo tônico, de mesma grafia) cant aria
cant aríamos
 Cuidado
cant aríeis
Somente os pronomes pessoais retos podem ser
cant ariam
sujeito, os pronomes pessoais oblíquos serão sem-
pre complemento.
Futuro do Presente
cant arei
cant arás
Verbos – modos e tempos cant ará
cant aremos
cant areis
a) Modo indicativo cant arão
Expressa certeza, realidade ou verdade.
Presente
Pretérito Perfeito cant o
cant ei cant as
cant aste cant a
cant ou cant amos
cant amos cant ais
cant astes cant am
cant aram
b) Modo subjuntivo
Pretérito Imperfeito
Expressa dúvida, possibilidade, incerteza, hipótese.
cant ava
cant avas Presente
cant ava cant e
cant ávamos cant es
cant áveis cant e
cant avam cant emos
cant eis
Pretérito Mais-que-perfeito
cant em
cant ara
cant aras
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Gramática
Pretérito Imperfeito Reflexiva
cant asse Quando o sujeito pratica e sofre a ação indicada
cant asses pelo verbo.
cant asse A moça se feriu com um canivete.
cant ássemos
cant ásseis Recíproca
cant assem Quando há um sujeito que representa dois agentes
e pacientes um do outro.
Futuro Os cães morderam-se na disputa pelo osso.
cant ar
cant ares Passagem da voz ativa para passiva
cant ar Veja:
cant armos O professor examinou as provas.
cant ardes sujeito verbo obj. direto
cant arem As provas foram examinadas pelo professor.
sujeito verbo agente da passiva
c) Modo imperativo
Expressa uma ordem, pedido, súplica ou con-
Procedimento
selho. a. O objeto direto passa a ser o sujeito.
b. O sujeito passa à função de agente da pas-
Afirmativo Negativo siva.
Estuda tu Não estudes tu c. O verbo se desdobra, numa forma composta,
Estude você Não estude você formada pelo verbo ser (ir, estar), no mesmo
Estudemos nós Não estudemos nós tempo do verbo da ativa, e o seu próprio
particípio.
Estudai vós Não estudeis vós
Estudem vocês Não estudem vocês Outros termos que não
sejam sujeito, verbo e objeto
No dia de Natal, com muito carinho, Paulo enviou
Vozes do verbo para a noiva um buquê de flores e um cartão.
No dia de Natal, com muito carinho, um buquê de
flores e um cartão foram enviados por Paulo para a
Ativa noiva.

Quando o sujeito pratica a ação indicada pelo Conclusão


verbo.
Outros termos que eventualmente houver na ora-
O vendaval destelhou as casas.
ção permanecem.

Passiva Formas verbais compostas


Quando o sujeito sofre (ou recebe) a ação indica- Pedrinho devia estar distribuindo os convites.
da pelo verbo. Os convites deviam estar sendo distribuídos por
As casas foram destelhadas pelo vento. Pedrinho.

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Gramática
Conclusão Termos integrantes da oração: objeto direto,
Apenas o último componente da forma verbal objeto indireto, complemento nominal e agente
composta é desdobrado. da passiva (constituem a oração mediante o apa-
recimento de outro termo).
Os demais permanecem com eventuais adapta-
ções de concordância. Termos acessórios da oração: adjunto adno-
minal, adjunto adverbial, aposto e vocativo* (são
dispensáveis na estrutura da oração).
Pronomes pessoais
*O vocativo é um termo isolado da oração, pois não se liga a
Tu me convidarás. nenhum outro termo dela.
Eu serei convidado por ti.
Para tornar nossas análises mais claras, faremos
Conclusão outro tipo de abordagem no estudo dos termos da
oração.
Os pronomes passam do caso reto para o oblíquo
e vice-versa, sempre que isso for necessário. Classificação a ser usada
Termos associados ao nome: adjunto adnomi-
 Observação importante nal, aposto, predicativo e complemento nominal.
Uma oração só pode passar para a voz passiva Termos associados ao verbo: sujeito, predica-
quando tiver objeto direto. do, objeto direto, objeto indireto, agente da passi-
va e adjunto adverbial.
Termo isolado da oração: vocativo.
Observe as frases:
•• Não podemos continuar a agir assim.
•• Nas últimas semanas, a garota parecia preocu- Termos associados ao nome
pada.
•• Naquela casa, costumam ocorrer coisas estra- Adjunto Adnominal
nhas.
Termo satélite do núcleo do sintagma nominal.
É um termo subordinado ao núcleo a que se refere.
Conclusão É a função própria dos artigos, dos pronomes ad-
Como não há objeto direto, nenhuma pode ser jetivos, dos numerais adjetivos, dos adjetivos e das
passada para voz passiva. locuções adjetivas.

O aluno responsável estuda.

Análise sintática interna As mulheres do Rio de Janeiro são muito bonitas.

Análise dos diferentes papéis que os termos pos-


Aqueles assuntos não foram abordados.
suem em uma determinada oração.
Dois problemas atingiam o Governo.

Termos da oração Observe agora os exemplos que seguem:

Classificação tradicional 1. O aluno interessado estuda.


(sugerida pela NGB)
Termos essenciais da oração: sujeito, predica- 2. O aluno que tem interesse estuda.
do e predicativo (figuram usualmente na oração).

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Gramática
Predicativo
Termo atributivo de estados, de qualidades e de modos de ser dos substantivos, o qual não se liga a eles
de maneira adjunta. O predicativo é um termo subordinado ao nome a que se refere. Pode ser um sintagma
nominal, um sintagma adjetival ou um sintagma preposicional.

Ele é inteligente. (S. Adj. – Predicativo do Sujeito)

Ele é um homem inteligente. (S.N. – Predicativo do Sujeito)

O predicativo pode se referir ao sujeito ou ao objeto.

Ele é louco. (Predicativo do Sujeito)

Chamei-o de louco. (Predicativo do Objeto)

O juiz considerou o réu inocente. (Predicativo do Objeto)


Qual a possível ambiguidade em cada uma das frases abaixo?

O juiz considerou o réu inocente.


O marido viu a esposa em prantos.
Mariana encontrou a casa suja.

Observe agora os períodos que seguem:

Nosso problema é esse.



Nosso problema é que eles não se entendem.

Complemento nominal
Termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que
requerem complemento. Estes são sempre abstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido
de um adjetivo, de um advérbio, ou de um substantivo, sempre com auxílio de preposição.

Era fiel aos amigos. (CN de adjetivo)

Agia independentemente de princípios. (CN de advérbio)



Tinha necessidade de apoio. (CN de substantivo abstrato)

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Gramática
Agora observe os seguintes exemplos:
Tudo lhe trazia tristezas: a sala, o quarto, a
cama, os lençóis, os móveis, o cigarro e o ca-
O amor de mãe é eterno. (adjunto adnomi-
chorro. (aposto enumerativo)
nal)
O amor à mãe é eterno. (complemento nomi- O aposto resumitivo ou recapitulativo introduz
nal) uma síntese de elementos enumerados em determi-
nado núcleo da frase.
Observe os períodos que seguem:
A sala, o quarto, a cama, os lençóis, os mó-
Janjão tinha necessidade disso. veis, o cigarro, o cachorro, tudo lhe trazia tris-

tezas. (aposto resumitivo)
Janjão tinha necessidade de que o ajudas-
sem. Observe os períodos que seguem:

Só lhe peço uma coisa: isso.


Aposto
Termo que tem a função de explicar, especificar, Só lhe peço uma coisa: que me deixe em
explicitar, resumir, enumerar, identificar outro termo paz.
já expresso na oração. É um termo subordinado ao
núcleo nominal a que se refere e é acessório, ou seja,
sua presença não é obrigatória para estrutura frasal. Termos associados ao verbo
Existem vários tipos de aposto. Para fins didáticos,
vamos estudar um a um. Sujeito
O aposto explicativo é um sintagma nominal Termo sobre o qual é feita uma declaração verbal
que dá uma explicação a um núcleo de sintagma e com o qual o verbo concorda. Está ligado ao verbo
nominal. e, portanto, é subordinado a ele.

A primavera, estação do amor e das flores, O homem encontrou a esposa na praia.


começou ontem. (aposto explicativo)
Eu não compareci à festa.
Luís, sujeito inescrupuloso, veio pedir-me a
mão de minha filha. (aposto explicativo) O sujeito é o sintagma nominal fundamental na
oração. Vimos que só não têm sujeito os verbos di-
O aposto especificativo particulariza e identifica tos impessoais. Quando eles aparecem, diz-se que há
o termo a que se refere. oração sem sujeito.

O presidente Lula participou de um debate Choveu muito ontem.


ontem. (aposto especificativo)
Fazia um calor insuportável naquela manhã de
A cidade de São Paulo estava alagada. (apos- domingo.
to especificativo)
Amanheceu.
A Avenida Paulista é o coração comercial do
Está uns dez graus agora.
Brasil. (aposto especificativo)
Fez cinco graus na serra gaúcha.
Hoje é dia três de maio. (aposto especifica-
tivo) Havia pessoas insatisfeitas com o resultado do
jogo.
O aposto enumerativo introduz uma enumera- Não houve muitos festivais de música nessa
ção, uma listagem de elementos contidos em deter- década.
minado núcleo da frase. Haverá muitos acidentes nesse feriadão.

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Gramática
Quando o sujeito está escrito (expresso), ele pode
Faz quinze anos que não o vejo.
ter um núcleo ou mais. Se tem um núcleo é dito sujei-
Não venho a Minas Gerais há quinze anos. to simples; se tem mais de um, sujeito composto.
São vinte e duas horas.
Deviam ser umas sete horas. Eu não pude vir ontem. (suj. simples)
É dia quinze de abril. Vós não quisestes vir. (suj. simples)
Passou das dez. Todos compareceram à festa. (suj. sim-
ples)
Basta de discussão!
O assassino não escolheu a vítima. (suj. sim-
“Chega de saudade...”
ples)
Se o verbo não é impessoal, o sujeito existe e pode Ambos saíram com os pais. (suj. simples)
ser determinado ou indeterminado. O não-ser corrói-me a alma. (suj. simples)
Você e ele não sairão sozinhos. (suj. composto)
Sujeito indeterminado
O pai e a filha viveram aqui por um ano. (suj.
É aquele que existe, mas que se desconhe- composto)
ce, seja por não se conhecer o autor da ação ver- Não podem estar ausentes a lua e as estrelas
bal, seja por não se querer sua menção. Vimos em nosso céu hoje. (suj. composto)
que, em português, há duas maneiras de se in-
Ela, o marido e a filha foram internados
determinar o sujeito: com o verbo na terceira
numa clínica de tratamento antidrogas. (suj. com-
pessoa do plural sem contexto; ou na terceira pessoa
posto)
do singular acompanhado do índice de indetermina-
ção do sujeito se. Choveram rios de lágrimas em seu rosto. (suj.
simples)
Falaram mal de você na festa. João amanheceu cansado. (suj. simples)
Encontraram uma galinha no quintal.
Observe os períodos que seguem:
Precisa-se de funcionários.
Não se chegou a lugar algum. Isso é preciso.
É preciso que se façam tais observações ra-
Sujeito elíptico (ou desinencial) pidamente.

É aquele que existe, que se determina, mas que


não aparece expresso claramente. Fica implícito gra- Predicado
ças ao contexto ou à desinência verbal.
Sintagma verbal em si, a declaração verbal da ora-
Observação: também é chamado sujeito oculto, ção. Eliminando-se o sujeito, todo o resto é predicado
terminologia hoje desusada. na oração.

Maria dormia um sono profundo. Sonhava A mulher saiu de casa ontem.


com os anjos.
A música tocava incessantemente.
Não pude vir ontem
Encontrei os livros dentro do armário.
Esperamos por você.
Houve discussões desnecessárias.

Note que o sujeito do verbo sonhar é determinado


A classificação do predicado se dá em função
pelo contexto: só pode ser “Maria” o termo com o
de seu(s) núcleo(s). O predicado terá núcleo no-
qual o verbo concorda. Nos dois exemplos seguintes,
minal se dentro dele aparecer um predicativo. O
o verbo já dá o indício do sujeito, devido à conjugação
predicado terá núcleo verbal se dentro dele apa-
verbal: - “eu” em “pude vir”; “nós” em “esperamos”.

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Gramática
recer um verbo nocional (VTD, VTI, VI, VL). Assim,
O professor classificou os alunos de incapa-
o predicado pode ser: verbal, nominal ou verbo-
zes.
-nominal.
(VTD + predicativo do objeto)
Predicado verbal Xexéu chamou-me de louco.

É aquele que só tem um núcleo: um verbo no- (VTD ou VTI + predicativo do objeto)
cional. A imprensa fez dele um herói.
(VTD + predicativo do objeto)
Minha mãe chegou ontem. (VI)
A mãe vestiu a filha de bruxa.
Os pais sempre esperam seus filhos. (VTD)
(VTD + predicativo do objeto)
Há um estranho em nossa casa. (VTD)
O namoro com Melissa tornou-o um astro.
Precisamos de cuidados. (VTI)
(VTD + predicativo do objeto)
Os professores informaram os alunos do aci-
Gosto de você nua.
dente da diretora. (VTDI)
(VTI + predicativo do objeto)
Patrícia não está em casa. (VI)
Preciso de você sadio.
(VTI + predicativo do objeto)
Predicado nominal
Só tem um núcleo: o predicativo. Como não ocor-
Complementos verbais
re núcleo verbal, o verbo só pode ser de ligação.
Termos que complementam o sentido de verbos
Xexéu parecia muito cansado. transitivos. Os complementos verbais são os seguin-
(VL; “cansado” – predicativo do sujeito) tes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto
indireto. Objeto direto é o complemento de um
Ele tornou-se um excelente arquiteto.
VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto
(VL; “um excelente arquiteto” – predicativo do indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é
sujeito) subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os
Janjão era só lágrimas. dois objetos simultaneamente.
(VL; “lágrimas” – predicativo do sujeito) a. Objeto direto
Minha mulher é isso.
Comprei o carro.
(VL; isso – predicativo do sujeito)
Gostaria de vê-los agora.
Ela fumou um cigarro fedorento.
Predicado verbo-nominal Ela bebeu um uísque vagabundo.
Tem dois núcleos: um verbal (verbo nocional);
outro nominal: o predicativo. Observe os dois exemplos abaixo:

Os alunos chegaram cansados. Quero isso.


(VI + predicativo do sujeito) Quero que vocês venham à festa amanhã.
Janjão beijou sua mulher melancólico.
Objeto direto preposicionado é o complemento
(VTD + predicativo do sujeito)
preposicionado de um VTD. O objeto direto preposi-
Ele assistiu ao filme entediado. cionado não aparece aleatoriamente. Existem casos
(VTI + predicativo do sujeito) em que o objeto direto preposicionado é obrigatório.
O que precisamos destacar é que em nenhum caso a
preposição virá por uma necessidade do verbo.

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Gramática
a) pronomes oblíquos tônicos só aparecem f) ocorre comumente objeto direto preposicio-
após preposição; portanto, toda vez que um nado quando as palavras “quem”, “tudo” e
pronome tônico vier como objeto direto, “todos” são o núcleo do objeto direto.
este será preposicionado.
A quem você procura?
Ela acompanhou a mim. Esta é a mulher a quem amo.
Eu não encontrei a ela. Respeitava a todos.
Temia a tudo.
b) sujeito é sintagma nominal não preposiciona-
do; portanto, sempre que houver ambiguida- g) também o objeto direto preposicionado
de gerada por inversão da ordem natural da está presente em construções cristalizadas
frase, o objeto direto virá preposicionado. no idioma.

Surpreenderam os aliados os inimigos. Espere por mim.


(Sentença ambígua) De repente, ele sacou da arma.
Surpreenderam aos aliados os inimigos.
(Sentença clara) Objeto direto pleonástico é um pronome átono
(me, te, se, o, a, nos, vos, se, os, as) que aparece para
Surpreenderam os aliados aos inimigos.
reforçar um objeto direto já presente na oração.
(Sentença clara)
A miséria, sempre a encontramos por toda
c) toda vez que a palavra “Deus” figurar como parte.
objeto direto, este virá preposicionado. Aqui,
A ele, ela o amava bastante.
a preposição figura como um elemento que
garante o respeito à divindade. Isso, não o sei.

Respeite a Deus. b. Objeto indireto


Não ofenda a Deus.
Ela desobedeceu às regras da instituição.
Não podemos ver a Deus.
Ela assistiu ao último filme de seu ídolo.
d) se houver paralelismo na construção sintá- Gosto dessa música.
tica e um objeto figurar preposicionado, é Ele nunca me perguntou nada.
de hábito preposicionar também o que lhe Ela concordou comigo.
vier paralelo.
Observe os dois exemplos a seguir:
Ama ao próximo como a ti mesmo.
Ele precisava disso.
e) ocorre objeto direto preposicionado quando
Ele precisava de que o ajudassem nas tare-
se quer dar ideia partitiva (parte do todo).
fas.

Bebemos do vinho e comemos do pão.


Objeto indireto pleonástico: pronome átono
(me, te, se, lhe, nos, vos, se, lhes) que aparece para
reforçar um objeto indireto já presente na oração.

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Gramática
Observe os exemplos abaixo:
A mim, ela só me desobedecia.
Não lhe pedíamos nada a ele. O menino morreu de fome.
O menino morreu porque tinha fome.
Adjunto adverbial: termo complementar circuns-
tancial. É assessório, ou seja, aparece apenas para Apesar do medo, enfrentei meu rival.
indicar uma circunstância à ação verbal. É a função Embora estivesse com medo, enfrentei meu
própria do advérbio, das locuções e das expressões rival.
adverbiais.
Agente da passiva: termo que, na voz passiva,
A maçã caiu da árvore. (lugar) realiza a ação verbal, já que o sujeito a sofre. Lembre-
Àquela hora, as opiniões eram contraditórias. -se de que, na passagem da voz passiva para a ativa,
(tempo) o agente da passiva torna-se sujeito da oração.
Chegamos ao colégio pontualmente. (lugar;
A História é feita por grandes
tempo)
homens.
O menino morreu de fome. (causa)
Os sindicatos são formados de
Ele falou conosco sobre sua mulher. (assunto) trabalhadores.
Ele veio a pé. (meio) A mulher foi morta pelo marido.
Ele falou com calma. (modo) Os jovens ficam entusiasmados
Ele é um homem muito bom. Fala muito, mas com essas ideias.
fala muito bem. (intensidade)
Talvez ele seja escritor. (dúvida)
Queria passear contigo. (companhia)
Termo isolado da oração
Nunca me falaram a respeito. (tempo)
Vocativo:
Termo que identifica o interlocutor a que se dirige.
 Cuidado É um termo isolado da oração, pois não se subordina
a nenhum outro termo.
Preciso do carro. (objeto indi-
reto) Caro amigo, recebe meus pêsames sinceros a
Saí do carro. (adjunto ad- ti.
verbial) Senhor Deus, por que nos abandonastes?
Desejo, minha musa, que fiques para sempre
Fui ao colégio. (adjunto ad-
comigo.
verbial)
Ó Maria, onde está você?
Cheguei à casa de meu pai. (ad-
junto adverbial) “Meu canto de morte, guerreiros, ouvi!”
(Gonçalves Dias)

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Gramática

Orações subordinadas Agente da passiva


Exerce função de agente da passiva.

Orações subordinadas substantivas O trabalho foi feito por quem tinha competên-
cia.

Subjetiva
Exerce a função de sujeito do verbo da oração Orações subordinadas adjetivas
principal.
Uma oração subordinada adjetiva é introduzida
por pronome relativo.
É bom que você estude.
Restritiva
Objetiva direta É aquela que restringe ou particulariza o nome a
que se refere.
Exerce a função de objeto direto da oração prin-
cipal.
Pedra que rola não cria limo.
Desejo que você passe.
Explicativa
Objetiva indireta É aquela que não restringe nem particulariza o
nome a que se refere. Indica uma propriedade pres-
Exerce a função de objeto indireto do verbo prin-
suposta como pertinente a todos os elementos do
cipal.
conjunto a que se refere.
Necessitamos de que você saia.
A pedra, que é dura, resiste ao tempo.

Predicativa
Exerce a função de predicativo.
Orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais desempe-
A verdade é que te amo. nham a função de adjunto adverbial.

Causais
Completiva nominal
•• porque, visto que, uma vez que, como.
Desempenha a função de complemento nominal.
Ela faz sucesso porque é muito inteligente.
Tenho necessidade de que você me ame.
Como era muito esperto, sempre achava um
jeitinho de escapar.
Apositiva
Desempenha a função de aposto em relação a um Condicionais
nome. •• se, caso, a menos que, a não ser que, desde
que.
Só te faço um pedido: que venhas logo.
Irei à festa, se vierem me buscar de carro em
casa.

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Gramática
Temporais
Orações coordenadas
•• quando, enquanto, logo que, assim que, desde
que. Há dois tipos de orações coordenadas:
O Paulo, quando fica sozinho com o cão do
vizinho, morre de medo. Orações coordenadas assindéticas
São as orações que não são iniciadas por conjun-
Finais ção coordenativa.
Exemplo:
•• para (que), a fim de que.
Entrei no carro, liguei o som, fui para casa.
Trabalha muito para que os filhos possam es-
tudar.
Orações coordenadas sindéticas
São as orações iniciadas por conjunção coordena-
Comparativas tiva. Temos cinco orações coordenadas sindéticas.
•• como, (mais do) que, (menos do) que, quanto.
Aditivas
A garota era linda como uma deusa.
•• e, nem.

Conformativas É muito esforçado: estuda e trabalha.

•• conforme, como, segundo. É um vagabundo: não estuda nem trabalha.

Fiz tudo como mandaste.


Adversativas
•• mas, porém, todavia, contudo.
Consecutivas
•• exprimem consequência – que (antecedido de Ela é muito linda, mas não arranja namorado.
tão, tanto, tal, tamanho). É uma mulher pobre, porém usa roupas de
marca, carro do ano, mora numa cobertura...
O carro vinha tão depressa que atropelou uma
velhinha.
Alternativas
Proporcionais •• ou, ora ... ora, quer ... quer.

•• à medida que. Se vier a guerra, ou mato ou morro.


À medida que crescia, ia ficando cada vez mais
bonita.
Conclusivas
•• logo, portanto, por isso, pois, então.
Concessivas
Você não tem experiência; então, escute.
•• embora, ainda que, mesmo que, apesar de
(que), conquanto.

Embora estude pouco, sempre sai bem nas


Explicativas
provas. •• porque, pois.

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Gramática
O verbo haver sem o sentido de existir, acontecer
O carro devia estar sem bateria, porque não
ou ocorrer, não é impessoal, seguindo então as re-
pegava.
gras convencionais de concordância.

Os professores haviam iniciado a reunião.


Concordância verbal
Fazer: quando indica tempo
Regra geral ou fenômeno meteorológico
O verbo concorda com o sujeito em número e pes-
Faz frios rigorosos na Alemanha.
soa.
Faz três anos que não nos vemos.
Exemplo:
Janjão foi ao cinema. Em locuções verbais, o verbo fazer, sendo princi-
pal, contamina o verbo auxiliar.
Janjão e Xexéu foram ao cinema.

Deve fazer frios rigoros na Alemanha.


Concordância verbal – Deve fazer três anos que não nos vemos.
casos específicos
Ser
Chegar de, passar de, bastar de •• Quando indica horas ou distâncias, o verbo
São expressões impessoais, logo ficam na 3.ª pes- concordará com o numeral.
soa do singular.
Eram dezessete horas quando partiu.
Chega de mentiras. É 1h30min.
Já passa das quinze horas. Daqui até lá são três quilômetros.
Basta de reclamações.
•• Quando indica datas, o verbo poderá ficar no
singular, concordando com a palavra dia, ou no
Verbos impessoais plural, concordando com a palavra dias.
Os verbos impessoais (aqueles que não têm pri-
Hoje são 16 de outubro. (Hoje são dezesseis
meira, segunda ou terceira pessoa) não possuem su-
dias de outubro)
jeito, por isso não seguem a regra de concordância
padrão. Hoje é 16 de outubro. (Hoje é dia dezesseis de
outubro)
Haver: apenas com o sentido Hoje é 1.° de julho. (Hoje é dia 1.° de outubro)
de existir, acontecer, ocorrer
Concordância com verbos na Voz Passiva
Havia muitas pessoas no auditório.
Sintética e com verbos pronominais
Houve acidentes estranhos aqui.
Faz-se normalmente a concordância com o sujeito
Em locuções verbais, o verbo haver, sendo princi- da voz passiva ou do verbo pronominal.
pal, contamina o verbo auxiliar.
Nós nos queixamos da secretária.
Deve haver muitas pessoas no auditório. Vendem-se terrenos aqui.
Está havendo coisas estranhas aqui. Vende-se terreno aqui.
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Gramática

Compram-se e trocam-se livros. A maioria dos eleitores votou.


Anunciou-se a nova medida. A maioria dos eleitores votaram.
Anunciaram-se as novas medidas.

Pronomes Que e Quem


Concordância nominal
Com o pronome que deve se observar o sujeito ante-
rior; com o pronome quem há a possibilidade de dupla Adjetivo – palavra variável que modifica o sentido
concordância, ou com o sujeito anterior ou com a ter- de um substantivo. Expressa uma qualidade (caracte-
ceira pessoa do singular, em razão de “quem” significar rística) do substantivo.
“aquele que”.
Advérbio – palavra invariável que modifica o sen-
tido de um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Foram eles QUE fizeram o trabalho.
Expressa uma circunstância (tempo, lugar, modo, in-
Fui eu QUE fiz o trabalho. tensidade etc.).
Fomos nós QUEM fez o bolo.
Fomos nós QUEM fizemos o bolo.
Regra geral
Os adjetivos, os artigos, os pronomes adjetivos e
Plural aparente os numerais adjetivos concordam em número e gê-
nero com o substantivo a que se referem.
Deve-se observar a presença ou ausência de arti-
go. Com artigo: plural. Sem artigo: singular. Exemplo:
As duas belas meninas e seus dois espertos
Os Estados Unidos atacam o Irã.
cachorrinhos saíram para passear no grande
Estados Unidos ataca Irã. cemitério.
De todas as classes gramaticais citadas, aquela
que apresenta algumas especificidades de concor-
Verbos TER e VIR na terceira pessoa do
dância é a dos adjetivos.
singular e do plural do presente do indicativo
No singular não recebem acentuação gráfica; no plu- Adjetivo anteposto
ral, recebem acento circunflexo diferencial. Derivados a mais de um substantivo
(manter, conter, intervir): no singular recebem acento
agudo em função de serem oxítonas terminadas em: A concordância acontece com o substantivo mais
em; no plural, recebem acento circunflexo diferencial. próximo.

Eles têm a mesma idade. Belas blusas e calçados.


Ele tem a mesma idade da prima. Belo calçado e blusa.
Os professores intervêm na educação das Atenção: Quando a referência é a substanti-
crianças. vos próprios o adjetivo vai para o plural.
O professor intervém na educação das crian- Meigas Chimene e Andrômaca.
ças. Os inseparáveis Orestes e Astíanax chega-
ram.

Expressões partitivas
A concordância pode dar-se com o sujeito ou com
a expressão partitiva.

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Gramática
Adjetivo posposto Observação: Anexo

a mais de um substantivo •• Quando for adjetivo, concordará com o subs-


tantivo a que se refere.
A concordância acontece com ambos (no masculi-
no, quando há pelo menos um termo masculino), ou Exemplo:
com o substantivo mais próximo. A fotografia segue anexa ao bilhete.
•• Quando for locução adverbial, será invariável
Comprei um casaco e uma camisa brancos.
e será usada com a preposição em. Essa forma
Comprei um casaco e uma camisa branca. ocorrerá quando houver um anexo e dentro dele
Atenção: desde que o contexto da frase exija o estiver o objeto em questão.
adjetivo, mesmo posposto aos substantivos, con-
Exemplo:
cordará somente com o mais próximo.
Andava na fazenda quando vi um boi e uma Enviei as fotos em anexo.
casa destelhada. (Esta frase deixa claro que as fotos foram den-
tro de um envelope, e não soltas na embala-
gem, caixa etc.)
Especificidades
Menos e alerta
Expressões do tipo “é bom”,
Como são expressões adverbiais, são invariáveis.
“é necessário”, “é proibido”
O adjetivo fica invariável quando o sujeito não es- Era menos corajosa do que nós.
tiver indeterminado. Caso o substantivo esteja deter- Os 25 alunos estavam alerta.
minado, o adjetivo concorda com ele.

Tranquilidade é necessário para realizar a pro- Meio


va.
Quando adjetivo (significando “metade”) concor-
A tranquilidade é necessária para realizar a da com o substantivo. Quando advérbio (significan-
prova. do “um pouco”) permanece invariável.
Sua tranquilidade é necessária para realizar a
prova. Adjetivo
É proibido entrada de animais. Ouvimos meias verdades.
É proibida a entrada de animais. Agora era meio-dia e meia (hora).

Advérbio
Anexo, incluso, mesmo, obrigado, próprio, quite
A mulher estava meio cansada.
Concordam com o substantivo a que se referem, Meio enterradas estavam as ferramentas.
como quaisquer outros adjetivos.

Foram enviados anexos os arquivos. Bastante e muito


As pastas seguem inclusas. Quando adjetivos concordam com o substantivo.
Eles mesmos fizeram a casa. Quando advérbios permanecem invariáveis.

Muito obrigada, respondeu a menina. Adjetivo


Elas próprias arrumaram a casa. Havia bastantes/muitas cadeiras no auditó-
Eu estou quite contigo. rio.

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Gramática
Exemplo:
Advérbio
Estavam bastante/muito tristes. Quero muito a meus pais.
Elas eram bastante/muito espertas.
b) Pagar e perdoar
VTD – OD = coisa:
 Importante
Exemplo:
Se puder ser substituído por vários ou várias fica-
rá no plural; se puder ser substituído por bem, ficará Pagou a dívida.
invariável.
VTDI – alguma coisa a alguém:
Pagou a dívida ao cobrador. VTI – OI = A alguém.
Exemplo:
Pagou ao cobrador.
Bastantes (vários) professores ficaram bastante
(bem) irritados com aquela situação. c) Proceder
VTI = “realizar”, “dar início”:
Particípios
Exemplo:
Equivalem a adjetivos, logo concordam com o
substantivo a que se referem. O juiz procedeu ao inquérito.

Dadas as circunstâncias, devemos economi- d) Assistir


zar.
VTD = dar assistência:
Vista a cena, ninguém teve dúvidas.
Exemplo:
Feitos os cálculos, nada sobrou para o empre-
gado. O governo não assistiu os flagelados. = O governo
não os assistiu.

Regência verbal
VTI = presenciar (prep. a obrigatória):
Exemplo:

A regência verbal se ocupa do estudo da relação Assistimos ao filme Titanic trinta e quatro vezes. =
que se estabelece entre os verbos e os termos que os Assistimos a ele trinta e quatro vezes.
complementam (objetos diretos e objetos indiretos)
ou caracterizam (adjuntos adverbiais). e) Aspirar
VTD = cheirar, sorver ...
Regência de alguns verbos Exemplo:
Aspirei durante muito tempo fumaça de óleo die-
a) Querer sel.
VTD = desejar:
VTI = ambicionar (prep. a obrigatória):
Exemplo:
Exemplo:
Eu quero a liberdade plena para todos os seres
humanos. Luís aspira ao cargo = Luís aspira a ele.

VTI= estimar, querer bem, gostar: f) Visar


VTD = pôr o visto:

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Gramática
Exemplo: l) Avisar, informar,
Esqueci-me de visar o cheque. comunicar, advertir, prevenir ...
Quando VTDI (OD - coisa ou pessoa), (OI - coisa
VTD = apontar, mirar:
ou pessoa).
Exemplo:
Exemplo:
Visou o olho esquerdo do mosquito.
Avisei o aluno da mudança.
VTI = ambicionar: Avisei ao aluno a mudança.

Exemplo: Avisei-o de que era proibido.


Avisei-lhe que era proibido.
Luís visa ao cargo. = Luís visa a ele.
m) Morar, residir,
g) Obedecer
estar situado (residente, sito)
VTI
Solicitam a preposição em.
Exemplo:
Exemplo:
Obedeça a seus pais. = Obedeça-Ihes.
Moro em um País tropical. Sito na Rua Palmeira
h) Responder das Missões.

Quando houver apenas um objeto, este terá de ser n) Esquecer-se, lembrar-se /


obrigatoriamente objeto indireto.
esquecer, lembrar
Exemplo:
Quando pronominais, solicitam a preposição de.
Responda a todas as questões, marcando apenas Esqueça aquilo.
uma alternativa.
OD
i) Implicar Esqueça-se daquilo que eu te contei.
OI
No sentido de acarretar é VTD.
Esqueceu-se do dinheiro.
Exemplo:
Passar no concurso implica sacrifícios.

j) Preferir
A preposição e os
Preferir exige a preposição a. pronomes relativos
Exemplo:
No padrão culto, é preciso manter a regência de-
Prefiro o “tchan” da Scheila Carvalho ao da Carla terminada pelo verbo quando seu complemento ou
Perez. modificador é um pronome relativo.

k) Ir, voltar, chegar Ela gosta de esporte.

Solicitam as preposições a ou de ou para. Esse é o esporte de que ela gosta.


Ele tem direito a essa herança.
Exemplo:
Essa é a herança a que ele tem direito.
Cheguei a casa.
Fui ao cinema.

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Gramática
Os pronomes relativos têm a função de evitar a Antes de expressão de
repetição de um substantivo no mesmo período e a
tratamento introduzida pelo
estruturação de frases muito curtas.
Os pronomes que, quem, qual, onde e quanto possessivo VOSSA ou SUA
são pronomes relativos substantivos, isto é, para evi- Trouxe a V. Sra. a mensagem fatal.
tar a repetição do substantivo numa frase podemos
utilizar esses pronomes. Quando o “a” estiver no singular
O pronome cujo é um pronome relativo adjetivo, ou
e a palavra seguinte no plural
seja, acompanha um substantivo. Este pronome indica
posse. Refiro-me a lendas antigas.
Na frase, o pronome relativo cujo deve estar entre
o possuidor e o possuído (algo de alguém = alguém Depois de preposições
cujo algo). Compareceu perante a banca examinadora.

Esta é a moça cuja voz ouviste há pouco. A reunião foi marcada para as cinco horas.

 Observação
excetua-se o caso da preposição a seguir:
Crase Foi até a praia ou, foi até à praia.

Definição
Substituição de termo
Crase é a contração de preposição e artigo definido
feminino ou a contração de preposição e pronomes feminino por termo masculino
demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo”. Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode
haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir
NÃO se usa crase a palavra feminina que vem após o a por um termo
masculino. Feita essa substituição, três coisas podem
Antes de substantivo masculino acontecer:
Andar a cavalo.
1. O a transforma-se em o
Vendeu a prazo.
Releu a revista.
Chegou a tempo.
Releu o livro.
Antes de verbo
2. O a permanece inalterado
Começou a chover.
Elas estavam cara a cara.
Ficou a contemplar a paisagem.
Elas estavam lado a lado.
Antes de artigo indefinido
3. O a transforma-se em “ao”
Levou o automóvel a uma oficina.
Refiro-me a moça.
Antes de pronomes pessoais, Refiro-me ao moço
demonstrativos ou indefinidos Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a cra-
se e o acento grave é indispensável.
Dei a ela o prêmio merecido.
Refiro-me à moça.
A ninguém é lícito fugir do trabalho.
Refiro-me a esta moça.
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Gramática

Colocação pronominal Verbos no Futuro do Presente


Emprestar-me-ão o carro amanhã.
Avisar-nos-ão as datas das provas.
Próclise
Usa-se a próclise quando houver:
Ênclise

Conjunções Subordinativas
Usa-se ênclise quando houver:
Embora me conheçam, não agirei como es-
Ausência de fator próclise ou mesóclise
peram.
Bandidos e policiais enfrentaram-se na favela.
Disseram que te emprestarão o dinheiro.
Início de orações
Pronomes Relativos, Indefinidos, Demonstra-
tivos e Pessoais. Disseram-me a verdade.

O Homem que me emprestou o dinheiro é o Infinitivo (uso facultativo, mesmo com fa-
dono da loja. tor próclise ou mesóclise)
Ninguém nos encontrará aqui. Não dizer-nos a verdade será um erro.
Isto o impressionará. Imperativo
Ele me ofereceu o emprego. Dê-me os materiais agora!
Advérbios
Certamente a vi na festa.
Palavras de Negação Pontuação
Não nos faça voltar atrás.
Jamais te iludas com ele.
Nunca me aponte o dedo. O uso da vírgula
Objeto Direto Invertido
Usa-se vírgula
A casa, ontem, nos deram nossos pais.
a. Nas enumerações.
Orações Exclamativas
Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática.
Como se fala alto aqui!
Janjão possuía imóveis em Casca, Picada Café,
Orações Interrogativas Quintão e Presidente.
Quem te trouxe aqui?
b. Para separar orações ligadas por conjunções
coordenativas.

Mesóclise A prova foi fácil, mas ninguém gabaritou.


Tomei uma decisão importante, por isso vou
cumpri-la.
Usa-se a mesóclise quando houver:
Ou vocês terminam esse serviço agora, ou serão
dispensados no fim do mês.
Verbos no Futuro do Pretérito
Dar-te-ia os livros se merecesses. c. Antes da conjunção “e” somente quando os
Todas as crianças transformar-se-iam em gê- sujeitos das duas orações forem diferentes.
nios caso melhorássemos a educação. Chegamos cedo, e todos ficaram surpresos.

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Gramática
Os mantimentos andavam cada vez mais escassos, NÃO se usa vírgula
e doenças de várias espécies dizimavam grande
parte da população. a. Entre verbo e sujeito.
O Ministro do Planejamento e Coordenação virá à
d. Para separar orações subordinadas adverbiais Porto Alegre.
(desenvolvidas ou reduzidas), quando enun-
O diretor da Faculdade de Educação foi a Brasília.
ciadas antes da oração principal e adjuntos
adverbiais. Reuniram-se o diretor e os professores e decidiram
conceder aos alunos faltosos mais uma chance de
Aberta a sessão, o secretário abriu a ata.
recuperarem as notas do segundo bimestre.
Visto que assim queres, faremos tua vontade.
b. Entre o verbo e seus complementos.
Se queres a paz, prepara-te para a guerra.
Aos amigos dedicados oferecemos esta prova de
Havia, naquela loja, grande sortimento de livros.
afeto e gratidão.
Fizemos, na semana passada, uma grande festa.
Informamos a Vossa Senhoria que as provas foram
e. Para isolar aposto. adiadas.
Janjão, o zagueiro, está muito fora de forma. c. Antes de oração subordinada substantiva.
Lula, o presidente do Brasil, é o atacante do time. Os jornais afirmam que a crise do petróleo está
chegando ao seu final.
f. Para separar ou isolar vocativo.
Lembrei-me de que teria de ir a uma reunião do
Janjão, vá falar com sua avó. clube.
Gostaria de dizer-lhes, meus amigos, que nada fiz
d. Antes de complemento nominal.
além do que era minha obrigação.
Ensinei-lhes o respeito aos valores culturais.
g. Para separar quaisquer outros elementos in- Sempre insisto na obediência às normas de trân-
tercalados. sito.
Os sapos, todos sabem, vivem na lagoa.
e. Antes de termos de significação restritiva.
O professor aceitou, isto é, tolerou a brincadeira.
O juiz de futebol Armando Marques goza de grande
Ela é, além disso, excelente pintora. conceito.
Veja-se, por exemplo, o que dizem os jornais de O jogador brasileiro Pelé transferiu-se para os
hoje. Estados Unidos.
O próximo número sairá amanhã, aliás, depois de
amanhã.
O uso dos dois-pontos
Você, com a nota deste mês, não conseguiu somar
vinte pontos. a. Antes de uma citação.
Indignada, a jovem ruiva respondeu-lhe: “Não
h. Para separar orações adjetivas explicativas. aceitaria isso nem que fosses o último homem da
O Fusca, que foi considerado carro do ano, possui face da Terra”.
várias soluções mecânicas econômicas.
b. Antes de uma enumeração.
Quero apresentar-te minha única irmã, que mora
no Rio de Janeiro. Ela teve três filhos: Godofredo, Godogildo e Go-
domundo.
i. Para indicar a supressão de um verbo.
c. Antes dos apostos.
Eu cuido das crianças; tu, das malas.
Só fiz um pedido: que me amasse para sempre.
Tu preferes a serra, e eu, o mar.
d. Antes de uma explicação.
j. Para separar, nas datas, o nome do lugar.
Deveria estar frio: todos estavam de casaco.
Porto Alegre, 31 de outubro de 2003.
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Gramática
e. Explicitação. apostos, pode-se usar vírgula, dois-pontos ou
Os rapazes pareciam uniformizados: quase todos travessão.
sem camisa, descalços e de bermudas. “A cidade era pequena, as ruas esvaziavam-se à
noite, e o povo dado à boemia recanteava-se em
O uso do ponto-e-vírgula um ponto só, o Alto do Lobo.”
(A última vírgula poderia ser substituída por dois-
a. Para separar orações coordenadas adversativas
pontos ou travessão. Nesse caso, destacaríamos mais
e conclusivas cujo conectivo esteja deslocado.
a expressão “Alto do Lobo”.)
Ontem foi um dia muito cansativo; amanhã, porém,
teremos um dia melhor. c. Dois-pontos ou ponto-e-vírgula. Nas explica-
ções (quando se subentende o nexo “pois”),
Nosso tempo é muito escasso; evitaremos, portan-
podem-se usar dois-pontos ou ponto-e-vír-
to, assumir novos compromissos.
gula.
b. Para separar orações de sentido oposto que Para os cristãos da Idade Média, ao contrário, não
se ligam sem conjunção. existia alternativa: eles acreditavam que os judeus
Para uns, a liberdade é um direito; para outros, ela pagãos e os hereges estavam condenados às penas
é apenas um sonho. do inferno.
c. Para separar grupos de orações. (Nesse exemplo, poderíamos substituir os dois-
Chorarão as mulheres, vendo que não se guarda pontos por ponto-e-vírgula.)
decoro à sua modéstia; chorarão os velhos, vendo
d. Travessão, parênteses e vírgulas. Dois traves-
que não se guarda respeito às suas cãs; chorarão
sões sempre podem ser trocados por dois
os nobres, vendo que não se guarda cortesia à sua
parênteses (e vice-versa) e, muito frequente-
qualidade.
mente, por vírgulas.
Padre Antônio Vieira Há três milhões de anos, os pandas eram carnívo-
ros; depois não se sabe por que trocaram a carne
pelos bambus.
Pontuações equivalentes (O segmento em negrito poderia ser separado por
Em algumas circunstâncias, sinais de pontuação vírgulas, parênteses ou travessões.)
podem ser trocados. Os mais comuns são os seguin-

Discurso direto e indireto


tes:
a. Vírgula, ponto-e-vírgula e ponto. Orações co-
ordenadas, que geralmente se separam por
vírgulas, podem também ser separadas por O discurso direto reproduz a fala diretamente,
ponto-e-vírgula. usando dois-pontos, vírgula ou travessão.
Ontem tivemos um dia muito cansativo, porém
amanhã teremos um dia melhor. A moça disse: “Este livro é meu.”
(Aqui, poderíamos usar ponto-e-vírgula.) Este livro é meu, disse a moça. Este livro, disse
a moça, é meu.
Quando a pausa é maior, em certas frases, pode-
se usar ponto-e-vírgula ou ponto.
No discurso indireto, a fala das personagens não é
“O Romantismo era a apoteose do sentimento; o visível, mas informada por um narrador. A pontuação
Realismo é a anatomia do caráter”. é substituída pelas conjunções que ou se.
Eça de Queirós
A moça disse que aquele livro era dela.
(Aqui, poderíamos usar ponto.) Janjão informou que a aula acabaria mais tar-
b. Nas complementações e no caso de alguns de.

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Gramática
Diferenças essenciais Discurso indireto
1. Não há pontuação nem iniciais maiúsculas,
Discurso direto mas surge uma conjunção.
1. Inicial maiúscula; pontuação (dois-pontos, vír- 2. Verbo na 3.ª pessoa.
gula ou travessão e, às vezes, aspas), ausência O rapaz garantia que não revelaria o segredo.
de conjunção. Perguntei-lhe por que não saía comigo.
A moça repetiu: “Eu te amo”.
3. Pronome “aquele(a)”.
2. Verbo na 1.ª ou 2.ª pessoas. Luísa afirmava que aquele tipo de amor não a
O rapaz garantia: “Não revelarei o segredo”. satisfazia.
Perguntei-lhe: “Por que não vem comigo?”.
4. Advérbio ali ou lá.
3. Pronomes este(a) ou esse(a).
A criança pediu que eu comprasse aquele brin-
Luísa afirmava: “Esse tipo de comida não me quedo ali.
agrada.”

4. Advérbio aqui.
“Compra este brinquedo aqui”, pediu a criança.

Passagem do discurso direto para o indireto


Discurso direto Discurso indireto
1.ª e 2.ª pessoas 3.ª pessoa

Aqui, cá Ali, lá

Esta, este, isto, esse, essa, isso Aquele, aquela, aquilo

Ontem No dia anterior

Agora, hoje Naquele dia

Amanhã No dia seguinte

Vocativo e interjeição (Não há)

Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Futuro do presente do indicativo Futuro do pretérito do indicativo

Imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo

Presente do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo

Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são as responsáveis pela transformação, intensificação, alteração, expressividade
e inventividade do discurso literário. O sentido inusitado, a beleza imagética, o efeito sonoro são alguns dos
resultados atingidos com a aplicação das figuras de linguagem.

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Gramática
Existem quatro tipos de figuras de linguagem: Fi- Sinestesia
guras de Palavra, Figuras de Sintaxe, Figuras de
Pensamento e as Figuras Fônicas. É a mistura de sensações percebidas pelos senti-
dos humanos (visão, audição, paladar, tato, olfato)

Figuras de palavras Gela o som, gela a cor.


Ocorre modificação no sentido da palavra. Harmonias de cor e perfume.
Cruz e Sousa
Metáfora
Emprega-se a palavra fora de seu sentido padrão,
básico. A partir de uma livre associação de ideias Figuras de sintaxe
atinge-se um novo significado para o vocábulo.
É a reorganização sintática da frase para causar
determinado efeito.
Seus dentes são um colar de pérolas.
Cecília Meireles Hipérbato
É o deslocamento dos termos de uma oração ou de
Meu pensamento é um rio subterrâneo. orações no período.
Fernando Pessoa
Nem mesmo o sábio da Caldeia antiga
A dor abrandará que me devora.
Metonímia e Sinédoque (atualmente não
Fagundes Varela
se estabelece mais diferença entre essas
Transcrição:
duas figuras, por isso as colocamos juntas)
Nem mesmo o sábio da Caldeia antiga abran-
Emprega-se a palavra também fora de seu sentido dará a dor que me devora.
padrão, porém a nova significação é dada pelo em-
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
prego de uma palavra no lugar de outra.
De um povo heroico o brado retumbante.
Adoro ler Erico Verissimo. (o autor pela obra) Transcrição:
Gosto do Fiat e do Volkswagen. (a marca pelo As margens plácidas do Ipiranga ouviram o
produto) brado retumbante de um povo heroico.
O europeu é introspectivo e trabalhador. O
brasileiro é desinibido e mais trabalhador ain-
da. (o singular pelo plural) Elipse
Comprei várias cabeças de gado. (a parte pelo Omite-se um termo facilmente subentendido.
todo)
Estamos revoltados, * indignados e * incon-
formados com essa situação.
Catacrese
“Na rua deserta, nenhum sinal de bonde”.
É uma metáfora utilizada para indicar algo que Clarice Lispector
não possui um nome próprio.

Vozes cantigas e risos Pleonasmo


Ao pé das fogueiras acesas.
É a repetição de algum termo com a intenção de
Manuel Bandeira dar ênfase.

O braço da cadeira quebrou. E rir meu riso e derramar meu pranto.

Vinicius de Morais
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Gramática
Assíndeto A dinâmica e populosa São Paulo continua so-
É a omissão de conjunção coordenativa. frendo com as enchentes.
(Silepse de gênero: subentendendo-se a cida-
Clara passeava no jardim com as crianças. de de São Paulo.)
O céu era verde sobre o gramado, Os brasileiros torcemos pela seleção na Copa
a água era dourada sob as pontes, do Mundo.
outros elementos eram azuis, róseos, alaran- (Silepse de pessoa: subentende-se “nós, os
jados, (...) brasileiros.”)
Os Lusíadas narra os grandes feitos do “peito
Carlos Drummond de Andrade
ilustre lusitano”.
(Observe que a conjunção coordenativa que (Silepse de número: subentende-se a obra Os
não aparece é “e”.) Lusíadas.)

Polissíndeto Figuras de pensamento


É a repetição de uma conjunção coordenativa. É o desvio de significação no sentido geral da fra-
se. Dá-se na compreensão total da frase.
E rir meu riso e derramar meu pranto

Vinicius de Morais Antítese


É a relação de oposição entre duas ideias. Estabele-
ce-se, assim, o contraste.
Anáfora
É a repetição de uma palavra no início de frase Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
ou verso. Gregório de Matos

É pau, é pedra, é o fim do caminho,


Os jardins têm vida e morte.
É um resto de toco, é um pouco sozinho
Cecília Meireles
É um caco de vidro, é a vida, é o sol,
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
Paradoxo (oxímoro)
Tom Jobim
É uma relação contraditória de ideias que resulta
na ilogicidade, na incoerência.
Anacoluto
Amor é fogo que arde sem se ver,
É a quebra da estrutura lógico-sintática, tendo
como consequência um termo sem função sintática. É ferida que dói e não se sente,
É um contentamento descontente,
O homem chamar-lhe mito não passa de ana- É dor que desatina sem doer.
coluto. Luís de Camões
Carlos Drummond de Andrade

Eufemismo
Silepse É a atenuação de uma expressão muito forte.
É a concordância ideológica, logo não há concor- Busca-se suavizar essa expressão com um termo
dância com o termo relacionado e sim com a ideia que menos agressivo.
ele passa.
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Gramática

A amiga Gradação
Ele chegou ao bar, pálido e trêmulo. Sentou-se. É a disposição de ideias em ordem crescente (para
- Por enquanto, nada – desculpou-se ao gar- se atingir o clímax) ou decrescente (para se atingir o
çom. anticlímax).
- Estou esperando uma amiga.
Dali a dois minutos, estava morto. Oh não aguardes que a madura idade,
Quanto ao garçom que o atendeu, esse ado- Te converta essa flor, essa beleza,
rava repetir a história, mas sempre acrescentava Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em
ingenuamente: nada.
- E até hoje, a “grande amiga” não chegou!
Gregório de Matos
Mario Quintana

(Neste exemplo “a amiga” é a morte e o gar- Ironia (antífrase)


çom não se dá conta disso achando que a amiga
fosse uma pessoa.) Diz-se o contrário do que realmente se quer falar.

A excelente Dona Inácia era mestra na arte de


Hipérbole judiar das crianças.
É o exagero de uma ideia a partir de um recurso Monteiro Lobato
expressivo.

O meu amor Figuras fônicas


Tem um jeito manso que é só seu
Consiste na busca de efeitos sonoros a partir da
E que me deixa louca
manipulação de consoantes ou vogais das palavras.
Quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
Aliteração
E me beija com calma e fundo
Até minh’alma se sentir beijada, ai. É a repetição de fonemas, especificamente con-
Chico Buarque soantes.

Vozes veladas, veludosas vozes,


Prosopopeia (personificação) Volúpias dos violões, vozes veladas,
É a atribuição de características humanas a seres Vagam nos velhos vórtices velozes
irracionais ou a seres inanimados. Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Vai passar Cruz e Sousa

Nessa avenida um samba popular


Cada paralelepípedo Onomatopeia
Da velha cidade
Trata-se da utilização de fonemas com o objetivo
Essa noite vai
de reproduzir a realidade de certos fenômenos.
Se arrepiar
Ao lembrar Fiu-fiu fez o rapaz, mas a moça não lhe deu
Que aqui passaram sambas imortais bola.
Que aqui sangraram pelos nossos pés O relógio faz tique-taque.
Que aqui sambaram nossos ancestrais.
Chico Buarque

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