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Aula 01
Introdução...............................................................................01
Orientações de Estudo e de Conteúdo
Compreensão e Interpretação de Texto...........................03
Tipologia Textual............................................................08
Análise de Questões.................................................................15
Considerações Finais................................................................25
Análise Estatística
Anexo I – Compreensão e Interpretação de Texto
e Tipologia Textual........................................26
Introdução
Olá, pessoal! Nesta aula, trataremos de dois dos assuntos mais cobrados nas
provas do CESPE: Compreensão e Interpretação de Texto e Tipologia
Textual, em especial, Compreensão e Interpretação de Texto. Esse é um
assunto importante não apenas nas provas de Língua Portuguesa, mas
também nas demais provas que irá prestar. Afinal, a boa compreensão de
uma questão é fundamental para a sua resolução!
Para fins didáticos, daqui para frente, vamos chamar os dois assuntos temas
desta aula apenas de Compreensão e Interpretação de Texto, já que
costuma incluir Tipologia Textual.
Para se ter uma ideia da grande incidência desse assunto nas provas do
CESPE, analisando 6 provas (5 alternativas e C/E) de concursos organizados
pela banca em 2017, para cargos de nível médio, os quais totalizaram 255
assertivas, observa-se que Compreensão e Interpretação de Texto
(incluindo Tipologia Textual) foi tema de 102 delas, o que representa 40%
das assertivas das provas de Português.
Interpretação de Texto
Não existem fórmulas mágicas para uma boa compreensão textual. A melhor
maneira de se aprender a interpretar um texto é por meio da prática
da leitura. É importante que se adquira o hábito da leitura, seja de um jornal,
de uma revista, ou mesmo, de matérias de seu interesse na internet. Com o
passar do tempo, você irá perceber uma melhora considerável no nível de
compreensão do texto.
Agora, vou passar algumas dicas para a resolução de questões que envolvem
interpretação de texto:
por exemplo, vai saber que o texto deve conter um fato a ser narrado,
mas sem conter a opinião do autor.
2. Leia o texto, pelo menos, duas vezes. A primeira leitura será para o
entendimento do texto como um todo. Essa é a chamada leitura
informativa. Procure grifar as palavras principais, que farão você
compreender a ideia principal de cada parágrafo.
3. Já na segunda leitura, chamada de interpretativa, você deverá
compreender, analisar e sintetizar as informações do texto.
4. Caso necessário, não hesite em retomar o texto outras vezes.
Principalmente, quando estiver analisando as alternativas.
5. Leia o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia
nas entrelinhas, para evitar pegadinhas.
6. Sempre que surgir dúvida em relação a alguma palavra, procure
consultar o dicionário.
7. Procure fazer com que suas ideias não prevaleçam sobre as do autor do
texto.
8. Se duas alternativas parecerem corretas, procure sempre a “mais
correta”. Isso é muito comum em provas de concurso.
mas que não está no texto. O erro por extrapolação é o mais comum
em intepretação de texto!
Comentário:
Comentário:
Comentário:
Tipologia Textual
10. Uma das propriedades linguísticas que caracterizam o texto como narrativo
é a predominância de:
(A) adjetivos empregados para descrever o narrador.
(B) construções gramaticais típicas da modalidade oral.
(C) formas verbais no pretérito.
(D) orações com sujeitos indeterminados.
Comentário:
Observa-se, no texto, o predomínio do pretérito nas formas verbais, o que
caracteriza um texto narrativo. Portanto, a resposta da questão é a letra “C”.
2. O texto é predominantemente
(A) injuntivo.
(B) narrativo.
(C) dissertativo
(D) exortativo.
(E) descritivo
Comentários:
Observa-se, inicialmente, que o autor faz uma descrição da Policia Militar e da
Policia Civil. Todavia, como se depreende do restante do texto, o objetivo do
autor, na verdade, foi de esclarecer as diferenças entre elas. Dessa forma,
podemos concluir tratar-se de um texto dissertativo. Portanto a resposta da
questão é a letra “C”.
O assunto Tipologia Textual não vinha sendo muito explorado nas provas
do CESPE até 2016. Já em 2017, das 11 provas de nível superior
analisadas, observou-se que foi cobrado em 5 delas. Então é importante
ficar atento a esse assunto, a fim de garantir pontos preciosos na prova!
Alteração na Pontuação
Frases interrogativas, exclamativas e Frases declarativas
imperativas (“” ! ? -)
Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que diziam dele depois que
partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a vizinha, sempre disposta
a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Comentário:
Análise de Questões
(Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres
e iguais perante a lei, porém súditos do Estado.
Como lembra Marilena Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia,
significando necessariamente conquista e consolidação social e política. A cidadania requer
instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços
sociais de lutas (movimentos sociais, sindicais e populares) e na definição de instituições
permanentes para a expressão política, como partidos, legislação e órgãos do poder público.
Distingue-se, portanto, a cidadania passiva, aquela que é outorgada pelo Estado, com a
ideia moral do favor e da tutela, da cidadania ativa, aquela que institui o cidadão como
portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos para abrir novos
espaços de participação política.
Maria Victoria de Mesquita Benevides. Cidadania e
democracia. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
Comentários:
A letra “A” está incorreta, pois, o texto não fala que a democracia social (ou
seja, aquela onde, aos cidadãos, são concedidos direitos sociais, como o
trabalho e a previdência) atende a todos os cidadãos.
A letra “B” está incorreta, pois, apesar de o texto informar que a teoria
moderna possibilita ao cidadão um vínculo jurídico com o Estado, não fala que
a teoria clássica assim também o faz.
A letra “C” está incorreta, pois não é feita qualquer afirmação nesse sentido
no texto.
A letra “D” está incorreta, pois não é feita qualquer afirmação nesse sentido
no texto.
1. Conforme o texto,
(A) as bases do exercício do poder no mundo grego iam de encontro ao
princípio da dignidade humana.
(B) a riqueza, assim como a propriedade da terra e do conhecimento,
garantia o exercício da política e do governo na Grécia.
(C) a indisponibilidade de tempo para o ócio estava relacionada à não
participação política.
(D) a circulação de riqueza aumentou a participação do povo na política
grega, ampliando o rol de indivíduos considerados cidadãos.
Comentários:
A letra “A” está incorreta, pois não é possível extrair tal conclusão do texto.
A letra “B” está incorreta, pois, como se observa nas linhas 8 a 12, a riqueza
não garantia o exercício da política e do governo na Grécia.
A letra “D” está incorreta, pois, como se observa nas linhas 12 a 16, a riqueza
vinha do trabalho e os gregos não tinham participação política.
A letra “E” está incorreta, pois, como se observa nas linhas 9 e 10, os gregos
e os armadores não eram iguais àqueles que possuíam a propriedade de terra.
outras palavras, considera-se cada vez mais importante que os direitos estejam
fortemente conectados com a plena autonomia política dos indivíduos, de modo que não
sejam vividos como favores concedidos por governantes, filantropos, patronos ou
equivalentes.
Maria Alice Rezende de Carvalho. Cidadania e direitos. In: André Botelho e Lilia
Moritz Schwarcz (Orgs.). Agenda brasileira: temas de uma sociedade em
mudança. São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
Comentários:
O item I está incorreto, pois o texto não faz nenhuma relação entre
"conversas informais sobre política" e o emprego da palavra cidadania.
O item II está correto, conforme se verifica no último período do texto.
O item III está correto, conforme se observa no seguinte trecho do texto:
“Observam-se também, nesse contexto, passagens contínuas da condição de
indivíduo à de cidadão”.
Portanto, a resposta da questão é a letra “D” (apenas II e III estão
corretos).
o mero governo; inclui o direito de fazer leis. Na democracia antiga, direta, isso cabia ao
povo reunido na praça pública.
Um grande êxito dos atenienses, se comparados aos modernos, era o amor à política.
Moses Finley, um dos maiores conhecedores do tema, conta que, em Atenas, a assembleia
popular se reunia cerca de quarenta vezes ao ano. Pelo menos mil pessoas costumavam
comparecer, às vezes dez mil, de um total de quarenta mil possíveis (a presença não era
obrigatória). Comparo esse empenho ao nosso. Quantos não resmungam para votar uma
só vez a cada dois anos? Nesse período, o ateniense teria passado oitenta tardes na praça,
ouvindo, votando.
Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não havia proteção
contra as decisões da assembleia soberana. Ela podia decretar o banimento de quem
quisesse, sem se justificar: assim Temístocles foi sentenciado ao ostracismo pelo mesmo
povo que ele salvara dos persas. Desde a era moderna, os direitos do homem,
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protegendo-o do Estado, se tornam cruciais. Estes são os grandes legados das três
revoluções modernas — a inglesa, a americana e a francesa: somos protegidos não só
dos desmandos do monarca absoluto, contra os quais o melhor antídoto seria a soberania
popular, mas também da tirania do próprio povo e de seus eleitos.
Comentários:
A item 4 está CERTO, conforme se observa nos dois últimos períodos do texto,
ou seja, a partir do trecho “Desde a era moderna, os direitos do homem...”.
totalmente retirado dos brasileiros analfabetos por meio do Decreto n.º 3.029/1881, a
chamada Lei Saraiva, que instituiu um censo literário nos termos propostos por Rui
Barbosa à época.
Desde então, durante cento e quatro anos, os analfabetos tiveram limitações drásticas ao
direito de participação política pelo exercício do direito ao voto no país. Essa situação foi
alterada apenas com a Emenda Constitucional n.º 25/1985, que concedeu, embora em
caráter facultativo, o direito de voto ao analfabeto. Durante todo o referido período, por
diversas vezes o tema voltou à pauta das definições políticas nacionais, sem, contudo,
obter sucesso na efetivação de tal direito básico de cidadania.
Por sua vez, a elegibilidade, que constitui o direito de ser votado, em nenhuma
oportunidade foi reconhecida aos analfabetos na história breve de nosso país. Pelo
contrário, pouco se discute e pouco se discutiu sobre tal direito, e, reiteradamente, o tema
vem sendo esquecido no processo de consumação de uma cidadania plena, com acesso a
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todos os direitos de participação política.
Comentários:
A letra “A” está incorreta, pois a limitação drástica se deu após o Decreto de
1881, pois anteriormente mesmo de forma mitigada os analfabetos podiam
votar, por meio do voto "cochichado”.
A letra “B” está incorreta, pois a EC nº 25/1985 veio para devolver o direito
do voto aos analfabetos, que tinha sido vetado em 1881.
A letra “C” está correta, conforme se depreende do trecho: “Por sua vez, a
elegibilidade, que constitui o direito de ser votado, em nenhuma oportunidade
Comentários:
Por sua vez, o item 4 está CERTO, como se depreende do trecho “todo homem
que tem poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limites. Para
que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas,
o poder limite o poder”, ao final do primeiro parágrafo.
passo maior em direção à justiça social: o compromisso constante com o bem comum e a
promoção de causas ou objetivos comuns aos membros de toda a comunidade.
Comentários:
Considerações Finais
Total de
Total de assertivas % de incidência do assunto
assertivas das
ASSUNTO em que o assunto no conjunto de questões das
provas de Língua
foi abordado provas da disciplina
Portuguesa
Compreensão e
Interpretação de 255 94 36,9%
Texto
Tipologia Textual 255 8 3,1
TOTAL 40,0%