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Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras quanto às suas formas ou flexões e a
sua distribuição em classes., isto é, estuda a estrutura interna das palavras.
A lexicologia é o estudo científico do léxico, ou seja, estuda o vocabulário analisado sob o ponto
de vista de significante e significado, quer numa perspectiva sincrónica quer diacrónica. O léxico
abrange todos os vocábulos que, em determinado momento constituem a língua de uma
comunidade, por outro lado, é a compilação de todas as palavras que possam ter um significado.
Portanto, fazem parte do léxico, não só as palavras usuais, como também os arcaísmos (dous-
dois, per-para) e neologismos (e-mail, web), os prefixos e os sufixos derivacionais (in-, orto-,
-logia, -mente) ou flexionais (-s, -o/-a, -am/-ão/-iam/ -em).
As classes abertas de palavras são aquelas que são constituídas potencialmente por um número
ilimitado de palavras, que vai aumentando em consequência da evolução e do dinamismo da
língua, que possibilitam o acrescentamento de novas palavras. O número ilimitado de itens é a
constituição do léxico em constante enriquecimento, através dos processos de formação de
palavras regulares e irregulares.
Morfema é a unidade mínima com significado, isto é, que contém uma parte física e conceptual
(fonológica ou fonética) e um sentido (ou função) no sistema gramatical.
Morfe: é a forma física de um morfema. Por exemplo: folhagem (folha+gem) dois morfes e dois
morfemas; Plumagem (pluma+gem) dois morfes e dois morfemas.
Daqui se pode constatar que o que se ouve ou se pronuncia não é um morfema, mas sim o morfe
que realiza esse morfema.
Entretanto, nem sempre existe uma relação de um para um entre o número de morfemas e o
número de morfes que os realizam, pois casos há em que vários morfes realizam um único
morfema, como ilustram os exemplos que se seguem:
Ilegal i
Intocável in
impossível im
Estes dados mostram que há um morfema (que exprime negação) que se realiza através de
morfes diversos. A estas diferentes realizações de um mesmo morfema alomorfe e porque a
recorrência de cada alomorfe está condicionada pelo som que lhe segue, se diz que estes morfes
se encontram em distribuição complementar.
Diferença entre o Radical e Afixos
São radicais os morfemas que determinam o significado da palavra, isto é, parte da palavra
portadora de significado lexical. Ex: flor, casa, café, claro, etc.
Em palavras simples os radicais formam sozinhos a palavra (como nos exemplos anteriores) ou
surge combinando com morfema gramatical.
Casarão
Por outro lado, encontramos as formas ou morfemas presas/os ou dependentes (quando não
podem por si só constituir palavra). Neste caso, temos os afixos, que são morfemas que surgem
sempre associados aos radicais, razão pela qual se designam de formas presas ou dependentes.
Os afixos que seguem o radical são chamados sufixos, enquanto os que precedem o radical
recebem o nome de prefixos.
Derivação Regressiva ou supressão: a palavra derivada é criada pela redução da palavra base.
Neste processo existe sempre a modificação da classe de palavra.
Destacar destaque
Conversão ou Derivação Imprópria: obtém-se uma nova palavra partindo de outra já existente,
sem qualquer transformação formal da mesma, por conversão. O processo de conversão integra a
palavra numa nova classe de palavras.
Verbalização
Em português usam-se afixos de verbos para formar verbos com base em adjectivos, nomes e
verbos.
Verbalização deverbal
Dormir dormitar
Pensar repensar
Verbalização denominal
Nas linguas bantu é mais comum a formação de verbos com base em outros verbos que é a tal
verbalização deverbal.
ciyao:kweenda kweendesya
Nominalização
Nominalização deverbal
Animar animação
Associar associação
Nas línguas bantu os nomes podem formar-se também a partir de radicais verbais que se
associam a prefixos e sufixos.
Nominalização deverbal
Adjectivalização
A semelhança dos processos anteriores, para formar adjectivos em língua portuguesa concorrem
categorias com adjectivos, verbos e nomes.
Adjectivalização deverbal
Lavar lavável
Amar amável
Abreviação: consiste em eliminar uma sequência mais ou menos longa do final da palavra.
Metro (metropolitano)
Micro (microfone)
Acronímia: consiste em formar novas palavras a partir dos elementos iniciais de expressões que
designam instituições ou processos científicos técnicos.
Extensão Metafórica: consiste em atribuir a uma palavra uma nova interpretação semântica.
Relações sintagmáticas: dizem respeito a forma como as palavras se combinam numa estrutura
linear, por outras palavras, cada sintagma ocupa uma posição específica dentro de uma estrutura
frásica, desempenhando uma certa função.
Ainda no domínio das relações sintagmáticas e paradigmáticas, importa fazer referencia a outros
tipos de operações/ relações, que também se manifestam entre constituintes sintagmáticos.
Comutação: diz-se que um sintagma y comuta com outro sintagma x porque y não acarreta que
a frase se torne desviante. Os sintagmas que comutam entre si constituem uma categoria
sintáctica.
Permutação: diz-se que a permutação entre dois sintagmas x e y quando estes trocam
mutuamente de posição.
Determinação: quando um item y só pode ocorrer numa frase se também ocorrer um outro
itemx, diz-se que y está determinado por x, ou x determina y.
x y
Dependência: diz-se que y depende de x, se y é uma função de x, isto é, se é uma regra que
subordina y a x, ou seja, x rege y.
X Y
SV
Explicação da matéria.
X Y
SN