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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULSTA – UNESP

CÂMPUS DE ASSIS
1º LETRAS - DIURNO

MOFOSSINTAXE – TIPOS DE MORFEMAS


PROF. MARCO ANTONIO DOMINGUES SANT’ANNA

ALUNAS:
JESSIKA AKEMI AOKI
JULIA RIBEIRO YAMASSAKI
TARSILIA FRANCISCA PENHEIRO DE GOES

ASSIS
2023
1. Quantos e quais são os tipos dos morfemas gramaticais em português?
São 4 os tipos de morfemas gramaticais em português:
- Classificatórios;
- Flexionais;
- Derivacionais;
- Relacionais.

2. Pelo que são constituídos os morfemas classificatórios?


Os morfemas classificatórios são constituídos por vogais temáticas.

3. Qual a função das vogais temáticas?


As vogais temáticas têm a função de enquadrar os vocábulos em classes
de nomes (os substantivos e adjetivos) e de verbos.

4. Qual a subdivisão das vogais temáticas?


As vogais temáticas subdividem-se em nominais átonas (-a, -e, -o) e
verbais (-a, -e, -i).
Exemplo de V.T. nominal átona terminada em -a: CARTA
em -e: EMBARQUE
em -i: LIVRO
Exemplo de V.T. verbal terminada -a: CANTAR (retira-se a marca do
infinitivo)
CANT/ A/ VA/ MOS
Radical+VT+DMT+DNP= morfema acumulatIvo
CANT/ A/ VA (rad+VT+DMT+Ø para DNP)

VEND/ E/ R – VT em E
Rad+ Ø+VT+R
VEND /E /MOS
Rad+VT+ Ø para DMT+DNP
VEND/ E/ RA/ M
Rad+VT+DMT+DNP
PART/ I/ R – VT em I
Rad+VT+marca do infinitivo
PART/ I/ MOS
Rad+VT+ Ø para DMT+DNP
PART/I /RA/ M
Rad+VT+DMT+DNP

5. Explique a ocorrência de formas atemáticas.


A ausência da vogal temática em alguns nomes, origina as formas
atemáticas, que transitam pelas palavras terminadas em consoantes e
vogais tônicas (-a, -e, -i).
Exemplos:
CANA/ DÁ - VT tônica
CANAD/ ENSE – VT átona
SABI/ Á – NOME ATEMÁTICO EM A TÔNICO - O Á NÃO É VOGAL
TEMÁTICA – ENGLOBA-SE NO LEXEMA INTEIRO.

CAF/É – nome atemático em E tônico

GRARAN/ I – é um lexema inteiro

QUARTE/ L – NOMES TERMINADOS EM CONSOANTES SÃO


ATEMÁTICO E É UM LEXEMA INTEIRO.

6. Quantos e quais são os morfemas flexionais em português?


São 5 os morfemas flexionais: - Aditivos;
- Substantivos;
- Alternativos;
- Morfema-Zero;
- Morfema latente.

7. O que são os morfemas aditivos. Dê um exemplo.


Morfemas aditivos são aqueles que são gerados pelo acréscimo de um ou
mais fonemas ao morfema lexical. Exemplo:
RAPAZ - singular
RAPAZES – sofreu acréscimo do ES (morfema flexional de número) para
marcar plural

PROFESSOR – masculino
PROFESSORA – sofreu acréscimo do A (morfema flexional de gênero)
para determinar o feminino

8. O que são os morfemas subtrativos? Responda com exemplos.


Morfemas subtrativos são aqueles, que em vez de indicar o feminino com a
adição de um morfema, faz o contrário, retirando a forma masculina (que é
o O). Exemplos:
IRMÃO – IRMÃ
ANÃO – ANÃ
ANFITRIÃO – ANFITRIÃ

9. O que são os morfemas alternativos? Responda com exemplos.


Morfemas alternativos constituem-se um traço morfológico secundário. Faz
a troca do Ô PELO Ó, caracterizando o feminino por meio da sílaba tônica,
complementando a flexão de gênero, sendo redundante.
Exemplos: FORMOSO
FORMOSA
Substitui o O pelo Ó, caracterizando o plural do vocábulo (complementa
flexão de número).
Exemplo: POVO
POVOS

SUBCLASSE: quando ô e Ó são traços redundantes, com função


auxiliadora
AVÔ ALTERNÂNCIA VOCÁLICA
AVÓ (MORFEMA ALTERNATIVO)

10. O que é morfema-zero? Dê exemplos.


Morfema-Zero é o resultado da ausência da marca para expressar
categoria gramatical, salvo quando há oposição entre morfema aditivo e
morfema-zero (oposição entre aditivo e ausente).
Exemplos: MAR – singular (o morfema ES que indica o plural está
ausente), portanto, morfema Ø.
MARES – ES - morfema flexional de número

PROFESSOR – singular (o morfema A que indica o feminino


está ausente, portanto, morfema Ø.
PROFESSORA – A – morfema flexional de gênero

11. O que é morfema latente? Dê exemplos.


Morfema latente ou alomorfe Ø é aquele que não apresenta morfema
gramatical próprio, que possa indicar qualquer categoria. Não permite o confronto
entre as categorias gramaticais. Exemplos:
LÁPIS (pronome-adjetivo) – o lápis/ os lápis- percebe-se a diferenciação do
singular e plural apenas no contexto
ARTISTA – O artista/ A artista
São morfemas latentes pois não se revelam de forma direta no enunciado,
se realizando algumas vezes como morfema Ø ou como diferentes formas para
um mesmo morfema. Exemplo:
O lápis caiu

O ≠ de morfema caiu ≠
OS não muda de caíram

O ARTISTA

A
12. Qual a função dor morfemas derivacionais? Dê exemplos.
Os morfemas derivacionais funcionam como criadores de novos vocábulos
na língua. Não obedecem a uma obrigatoriedade, formando uma derivação
que poderá ocorrer em um vocábulo e faltar em outro. Exemplos:
CANTAR – CANTAROLAR (derivação)
Mas em vocábulos como os descritos abaixo, não há derivação análoga.
FALAR – não há derivação como FALAROLAR
GRITAR – não há derivação como GRITAROLAR

Nos morfemas flexionais, nem sempre podem servir de base para


formação derivacional: FALA – FALAR
CONSOLAÇÃO – CONSOLAR
JULGAMENTO – JULGAR
Morfemas como -ção, -mento, -inho, não possuem função como –s, -a ou
-va.

13. Qual o resultado da derivação?


O resultado da derivação constitui um novo vocábulo, em que existe uma
grande regularidade como seve na flexão do verbo CANTAR: CANTO, CANTEI,
CANTAVA, CANTARIA. Na flexão nominal: LOBO, LOBA, LOBOS.

14. Por que se diz que na derivação as relações são abertas?


Na derivação, as relações são abertas por poderem assumir extensões de
sentido de variados tipos, enquanto as flexionadas mantêm o mesmo sentido ou
função.

15. Por que é uma incoerência de nossas gramáticas incluir os morfemas


caracterizadores de grau, aumentativo e diminutivo, como flexionais?
Segundo Mattoso Câmara, é incoerente incluir o morfema de grau
aumentativo e diminutivo como flexional, pois não se trata de um mecanismo
obrigatório que estabelece paradigmas de termos exclusivos entre si. Antes, é um
processo facultativo: são morfemas que apresentam irregularidades, dirigidos pela
natureza da frase e podem ser usados ou não, de acordo com a vontade do
falante, e possibilitam o surgimento de novos vocábulos, enriquecendo o léxico.
Exemplos: CASA – CASARÃO – CASINHA
A flexão, apresenta na maioria das vezes, uma regularidade padrão,
coerente, regida pela necessidade da frase, podem ser: - modo-temporal;
- número-Pessoal.
Ex: OS MENINOS SAÍRAM.
Os – plural – 3ª pessoa do plural
Saíram – pretérito perfeito do modo indicativo

O grau aumentativo e diminutivo entraria na derivação, pois sendo um


processo de mecanismos facultativos, pode criar vocábulos irregulares em sua
formação.
Exemplos: CASA – CASEBRE – CASARÃO

HOMEM – HOMÚNCULO – HOMENZINHO

CORPO – CORPINHO – CORPANZIL

Em oposição a: VERBO PARTIR

EU PARTO
TU PARTES
ELE PARTE
NÓS PERTIMOS
VÓS PARTIS
ELES PARTEM
REFERÊNCIA

SILVA, Maria Cecília Pérez de Souza e. Linguística aplicada ao português /


Maria Cecília Pérez de Souza e silva, Ingedore Grunfeld Villaça Koch – 17 ed.
– São Paulo: Cortez, 2009.

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