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Por sua posição geográfica privilegiada, a região da Península Ibérica teve um importante papel no encontro
de vários povos, há cerca de dez mil anos, e, dessa forma, o povo português resultou de um antigo e demorado
processo de miscigenação e de constantes interpenetrações de culturas. Entretanto, as várias culturas existentes na
Península foram reduzidas a um denominador comum a partir do domínio romano e de sua imposição cultural.
A língua falada pelos romanos, o Latim, dominou quase toda a região. Podemos reconhecer duas modalidades
de Latim: O Latim clássico, gramaticalizado, usado pelas pessoas cultas, era falado e escrito; o Latim vulgar, usado
pelo povo, era apenas falado. A língua falada nas regiões romanizadas era o Latim vulgar, e dele se originou a
língua portuguesa.
Com o passar do tempo, o Latim foi passando por transições, influenciadas pelos falares regionais, dando
origem a vários dialetos, que receberam a denominação genérica de romanço (do latim romanice= falar como os
romanos). Após a diminuição do poderio romano na região, esses dialetos ganharam maior complexidade e
importância. Na Península Ibérica, então, desenvolveram-se dialetos como o castelhano, o catalão e o galego-
português. Em 1578, o português se distinguiu do galego e do castelhano com a publicação de Os Lusíadas, de Luís
Vaz de Camões.
O português é a língua oficial de oito países (Portugal, Angola, Moçambique, Timor-Leste, Brasil, Cabo
verde, Guiné-bissau, São Tomé e Príncipe). Em alguns locais, as mudanças foram tantas que se pode falar em
dialetos originários do português. Temos ainda outras regiões em que esse idioma é falado apenas por uma pequena
parcela da população, como ocorre em Hong Kong e Sri Lanka.
Assim como a maioria das outras coisas, as palavras também são formadas por partes. Essas unidades
menores que entram na constituição dos vocábulos são chamadas elementos estruturais ou elementos mórficos
ou ainda morfemas.
A palavra menininhas, por exemplo, é constituída de quatro morfemas que são:
menin ( base do significado, radical)
inh ( indica o grau diminutivo, sufixo)
a ( indica o gênero feminino, desinência)
s ( indica o número plural, desinência)
Os elementos mórficos são classificados de acordo com suas funções na palavra e podem ser:
RADICAL
É o elemento básico e comum a palavras de mesma família.
Ex: nov/o ferr/o cant/o terr/a
Nov/a ferr/eiro cant/a terr/eno
Nov/inho ferr/adura cant/as
VOGAL TEMÁTICA: É a vogal que serve para ligar o radical às desinências, nos verbos serve para caracterizar
as conjugações. Três são as vogais temáticas verbais e nominais:
Nominais: Nos nomes são as vogais a, e e o átonos finais quando não marcam oposição masc./femin.
Verbais: São as vogais a, e e i que caracterizam as três conjugações verbais 1ª, 2ª, 3ª.
a: amar, cantar, falar
e: vender, ver, colher
i : partir, sentir, rir
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OBS.: Não possuem vogal temática os nomes acabados em consoantes (mar, azul) ou vogal tônica (cajá, bambu,
sapé, cipó); por isso são atemáticos.
Nem todas as formas verbais apresentam vogal temática. Na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e todo
o presente do subjuntivo não aparece vogal temática. Neste caso a desinência aparece imediatamente após o
radical:
Vendo, parto, compro (o o é desinência número-pessoal).
Venda, parta, compre (o a e o e são desinências modo-temporais).
Os nomes terminados em E são tema, a não ser que o E faça oposição a A (masc/fem)
Ex: mestre, mestra
Os substantivos derivados de verbos apresentam duas vogais temáticas (nominal e verbal)
Ex: casamento
DESINÊNCIAS: são os elementos que aparecem na parte final das palavras e têm a função de indicar as diversas
flexões, isto é, as variações de forma que as palavras podem apresentar. Dependendo da função da desinência, ela
será chamada de:
Desinência nominal de gênero: indica o gênero { feminino (a)}
Ex: gordo, gord/a
Desinência nominais de número: indica o número {singular, plural (S)}
Ex: Menina/s
Desinências verbais: as desinências verbais são usadas nas formas verbais para indicar:
Número (singular/plural)
Pessoa (1ª, 2ª, 3ª )
Tempo ( presente/ pretérito/futuro)
Modo ( indicativo/subjuntivo/ imperativo)
As formas nominais: gerúndio, particípio e infinitivo.
EX.: faláVAMOS AmáSSE MOS
| \ | |
Des. Tempo des. Número e Des. Mod. Des. N. Pessoal
e modo pessoa Temp.
Desinência é o morfema que indica as flexões das palavras: variações de gênero, número
( nos nomes) e variações de pessoa, número, modo e tempo (nos verbos):
a: de gênero gata, menina, médica.
s e variantes es, de número: gatas, rapazes, mares.
O a e o serão desinências de gênero, se marcarem nitidamente a oposição masculino/feminino: loba/lobo:
moça/moço, mestre/mestra, nu/nua, menino/ menina, diretor/diretora
Mestre não possui desinência por não ter no final a letra o, mas mestra possui desinência de gênero, pois
possui terminação em a.
Pato: radical: pat/ desinência de gênero: o (masculino)
Patas: radical: pat/ desinência de gênero: a (feminino)
desinência de número: s (plural )
Vogal temática é o elemento que reunido ao radical forma o tema dos nomes e verbos e o
prepara para receber as desinências.
O a e o serão vogais temáticas se não marcarem oposição de gênero: nauta (não existe a forma nauto), tronco
( não existe o feminino tronca), poeta com a terminação a é masculino- não há a forma masculina – poeto, casa não
apresenta o masculino caso (=lar) e rosa não apresenta a forma masculina roso.
ENTÃO: Desinência marca toda e qualquer flexão dos nomes e dos verbos (gênero, número, modo, etc.).
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Vogal temática não marca nenhuma flexão.
VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO: são elementos sem valor significativo que ligam radicais, ou, o
radical ao sufixo, ou o tema à desinência, facilitando a pronúncia das palavras.
AFIXOS: são os elementos estruturais que se juntam ao radical para, modificando-lhe um pouco o sentido básico,
formar novas palavras. Os afixos podem-ser:
Prefixos: aparecem antes do radical.
Ex.: DESligar, INfeliz, Retornar
Sufixos: aparecem depois do radical
Ex.: pedrEIRA, pontINHA
EXERCÍCIOS
5. Dos vocábulos da relação seguinte, transcreva apenas aqueles cujos prefixos indiquem: PRIVAÇÃO,
NEGAÇÃO ou OPOSIÇÃO
Indiciado- anarquia- aprimorar-península-amoral-antípoda-antediluviano-ateu-antigo-imberbe.
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7. Assinale a palavra cujo prefixo não tem o mesmo significado do prefixo de INSEGURANÇA:
a) desonestidade b) ilegalidade c) afônico d) antipatriótico
12. Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em destaque está corretamente analisado:
a) menina (-a) = desinência nominal de gênero
b) vendeste (-e) = vogal de ligação
c) gasômetro (-ô) = vogal temática de segunda conjugação
d) amassem ( -sse) = desinência de segunda pessoa do plural
e) cantaríeis (-is) = desinência do imperfeito do subjuntivo
TEXTO
Questão 04. Em relação ao sentido da morte, a atitude dos homens “que se achavam no café” é de:
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a) total alheamento c) significativo envolvimento
b) parcial distanciamento d) reflexiva saudação
Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada Por
apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição. São os
seguintes os processos de formação de palavras:
DERIVAÇÃO:
Formação de novas palavras a partir de apenas um radical. A derivação pode ser:
Derivação Prefixal
Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação. Por exemplo: antepasto,
reescrever, infeliz.
Derivação Sufixal
Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. Por exemplo: felizmente,
igualdade, florescer.
Derivação Parassintética
Derivação Regressiva
É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por
exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate.
Derivação Imprópria
É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é
um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.
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COMPOSIÇÃO
Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os
radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo,
guarda-pó.
Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os
radicais água e ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece
com embora (em boa hora), planalto (plano alto).
Hibridismo
É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo:
automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.
Onomatopéia
Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, tiquetaque,
pingue-pongue.
Abreviação Vocabular
Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por
exemplo: de extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia, foto; de
cinematografia, cinema ou cine.
Siglas
As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma seqüência de palavras que constitui
um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial,
Territorial e Urbano).
Neologismo semântico
Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já
existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa
boa, pessoa legal.
Empréstimo lingüístico
É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser
escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping
center".
EXERCÍCIOS
1- Os elementos mórficos sublinhados estão corretamente classificados nos parênteses, exceto em:
a) aluna (desinência de gênero);
b) estudássemos (desinência modo-temporal);
c) reanimava (desinência número-pessoal);
d) deslealdade (sufixo);
e) agitar (vogal temática).
3-(AL) Tendo em vista a estrutura das palavras, o elemento sublinhado está incorretamente classificado
nos parênteses em:
a) velha (desinência de gênero);
b) legalidade (vogal de ligação);
c) perdeu (tema);
d) organizara (desinência modo-temporal);
e) testemunhei (desinência número-pessoal).
4- O processo de formação da palavra sublinhada está incorretamente indicado nos parênteses em:
a) Só não foi necessário o ataque porque a vitória estava garantida. (derivação parassintética);
b) O castigo veio tão logo se receberam as notícias. (derivação regressiva);
c) Foram muito infelizes as observações feitas durante o comício. (derivação prefixal);
d) Diziam que o vendedor seria capaz de fugir. (derivação sufixal);
e) O homem ficou boquiaberto com as nossas respostas. (composição por aglutinação).
5- Tendo em vista o processo de formação de palavra, todos os vocábulos abaixo são parassintéticos,
exceto:
a) entardecer;
b) despedaçar;
c) emudecer;
d) esfarelar;
e) negociar.
9- O elemento mórfico sublinhado não é desinência de gênero, que marca o feminino, em:
a) tristonha;
b) mestra;
c) telefonema;
d) perdedoras;
e) loba.
10- A afirmativa a respeito do processo de formação de palavras não está correta em:
a) Choro e castigo originaram-se de chorar e castigar, através de derivação regressiva;
b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal com sufixo verbal freqüentativo;
c) O amanhã não pode ver ninguém bem. - a palavra sublinhada surgiu por derivação imprópria;
d) Petróleo e hidrelétrico são formadas através de composição por aglutinação;
e) Pólio, extra e moto são obtidas por redução.
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12- O processo de formação da palavra amaciar está corretamente indicado em:
a) parassíntese;
b) sufixação;
c) prefixação;
d) aglutinação;
e) justaposição.
13- O processo de formação das palavras grifadas não está corretamente indicado em:
15- Apenas um dos itens abaixo contém palavra que não é formada por prefixação. Assinale-o:
a) anômalo e analfabeto;
b) átono e acéfalo;
c) ateu e anarquia;
d) anônimo e anêmico;
e) anidro e alma.
"Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento palavras / Que traduzem a ternura mais funda / E mais
cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora." (Manuel
Bandeira)
a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio "Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o mesmo
radical;
b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e verbo;
c) o verbo "teadorar", por se tratar de um neologismo, não possui morfemas;
d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", "invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o".
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a) Considerando o que você aprendeu sobre as palavras cognatas, identifique, no texto, uma passagem em que o
autor faz uso de termos formados a partir de um mesmo radical?
c) Qual é o sentido de cada uma das palavras formadas a partir desse radical?
a) Explique o que chama a atenção de Sérgio Nogueira Duarte na narração do locutor esportivo.
b) Tente justificar, do ponto de vista gramatical, o uso do verbo “revirar” pelo narrador do jogo.
FONÉTICA
É a ciência que estuda os sons da fala em suas múltiplas realizações.
Fonemas: são os elementos sonoros mais simples das palavras. É a mínima unidade de som capaz de estabelecer
diferenciação entre um vocábulo e outro.
Ex: r/ato, m/ato, p/ato, f/ato
Vogal: é a base da sílaba, isto é, não existe sílaba sem vogal, nem sílaba com mais de
uma vogal.
Ex: cama, janela, amigo, bambu
Semivogais: são fonemas de caráter vocálico que se juntam a uma vogal para com ela
formar sílaba. São representadas pelas vogais i e u e, em alguns casos, pelas letras a e o. As
semivogais nunca funcionam como base de sílaba.
Ex: pai, cárie, coisa, lousa, róseo, nódoa.
Comparando esses exemplos de semivogais com amigo e bambu, notamos que nestas palavras as letras i
e u são vogais, pois funcionam como base das sílabas mi e bu, respectivamente.
Consoantes: São fonemas que só conseguem formar sílabas quando acompanhadas de
vogal.
Ex: dedo, gato, jiló, rato
ENCONTROS VOCÁLICOS
São encontros de vogais na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Há na língua portuguesa, três tipos de
encontros vocálicos que podem ser:
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DITONGO: é o encontro de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa na mesma sílaba. Classificam-se em:
TRITONGO: é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal, pronunciados na mesma sílaba. O tritongo
pode ser oral ou nasal.
Ex: i-gUAIs (oral)
sagUÂO (nasal)
HIATO: é o encontro imediato de duas vogais, cada uma delas numa sílaba diferente.
Ex: sa-Ú-de, cA-IR, mo-EN-da, rU-A
ENCONTROS CONSONANTAIS
É o encontro de consoantes na mesma palavra.
Ex: aDRenalina, FRanco, aDVérbio, coRTe
DÍGRAFOS
Dígrafo (ou digrama) é o grupo de duas letras representando um só fonema.
Ex: em chá, o ch representa o fonema /x/.
Em palha, querida e isso, as partes destacadas representam um só fonema.
a) Dígrafos que representam consoantes (dígrafos consonantais):
ch: chapéu, cheio
nh: banho, ganha
lh: pilha, ganho
rr: barro, erro
ss: asseio, passo
gu: (antes de e ou i): guerra, seguinte
qu: (antes de e ou i): leque, aquilo
sc : (antes de e ou i): descer, piscina
sç: (antes de a ou a): desça, cresço
xc: (antes de e ou i ): exceção, excitar
OBS: Em palavras em que as duas letras se pronunciam, os grupos gu, qu, sc e xc não são dígrafos, como nos
exemplos: agudo, agüentar, aquático, freqüente, escada, exclamar.
Dígrafo não é encontro consonantal, pois representa um só fonema.
a) Dígrafos vocálicos que figuram vogais nasais: (ressôo nasal ou sinal de nasalização)
am: tampa an: santa
em: tempo en: venda
im: limpo in: linda
observação: No fim das palavras, como falam/fálãw/, batem/bátey/, alguém/algey/ am e em não são dígrafos,
porque representam um ditongo nasal; portanto, dois fonemas (ditongo).
EXERCÍCIOS
Paraguai ( ) Reeleito ( ) ( )
Saguão ( ) Caótico ( )
Circuito ( ) Apazigüei ( )
Artéria ( ) Triunfo ( )
Quieto ( ) Gratuito ( )
Saguões ( ) Propõe ( )
Iguaizinhos ( ) Uruguaianense ( ) ( )
Orquídea ( ) Sequóia ( )
Averigüemos ( ) Rainha ( )
Pia ( ) Uai ( )
Agüentar ( ) Baio ( )
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Assombração Emborrachamento
8.Indique a alternativa que contém a única palavra que não apresenta dígrafo.
a) assumir – carreira – pinho
b) passado- enchente – guitarra
c) quinze – nascer – cresça
d) exceção – concessão – bloco
e) quilo – guinada – ascender
9. No trecho “Quanto ao morro do Curvelo, o meu apartamento, o andar mais alto de um velho casarão em ruína...”
temos:
a) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato
b) 6 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 2 hiatos
c) 5 ditongos decrescentes, 1 ditongo crescente, 1 hiato.
d) 6 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato.
10. Na frase “ No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi-me ver livre das
galochas”, existem:
a) 2 ditongos, sendo 1 crescente e 1 decrescente
b) 3 ditongos, sendo 2 crescentes e 1 decrescente.
c) 4 ditongos, sendo 2 crescentes e 2 decrescentes.
d) 3 ditongos, sendo 1 crescente e 2 decrescentes.
12.Em qual das palavras abaixo existem mais letras do que fonemas?
Caderno – chapéu – táxi – livro – disco
13. Em qual das palavras abaixo existem mais fonemas do que letras?
Campista – menino – carro – fixo – lápis
16. Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e grossa, constatamos a seguinte seqüência de letras e
fonemas:
a) 8-7, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5
b) 7-6, 6-6, 5-5, 5-5, 5-5
c) 8-5, 7-5, 6-4, 5-4, 5-4
d) 8-5, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5
17. Nas palavras anjinho, carrocinhas, nossa e recolhendo, podemos detectar a seguinte quantidade de fonemas:
a) três, quatro, dois, quatro
b) cinco, nove, quatro, oito
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c) seis, dez, cinco, nove
d) três, seis, dois, cinco
23. Qual das palavras abaixo tem o mesmo número de fonemas que tórax?
a) milho c) faixa
b) falange d) quilo
24. Nas palavras: nesta, manhã, lisonjeada, rompe e arrasta, temos a seguinte seqüência de letras e fonemas:
a) 5-5, 6-5, 9-10, 5-5, 6-7
b) 5-5, 5-4, 10-9, 5-4, 7-7
c) 4-4, 4-2, 10-8, 4-3, 7-5
d) 5-5, 5-4, 10-9, 5-4, 7-6
25. Assinale a alternativa em que em todas as palavras o X não é pronunciado como /KS/:
a) tóxico, máximo, prolixo
b) êxtase, exímio, léxico
c) máximo, êxodo, exportar
d) exportar, nexo, tóxico
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Leia o texto para responder às questões 18, 19 e 20.
O caso
“Recebi do Klube de Ortografia Fonétika uma cartinha muito interessante, com a proposta de Ortografia
Fonêmika, cuja regra básica é kada letra só tem um son, e vise-versa.
Para análise de meus leitores, transcrevo a seguir um trecho da krônica: vantajens da ortografia fonétika:
A gente agora não konfunde o ‘G’ (ge) kon o ‘j’ (jê). [...]
A agora maior respeito entre as letras, não invadindo umas o terreno das outras, numa verdadeira polítika
de boa vizinhansa. Isto, sem ezajero, fasilita bastante a aprendizajen.
Modernamente pasou-se a eskrever tal komo se fala, e vise-versa. A konsekuênsia natural disto: os índises
de analfabetismo tem kaído verticalmente. As kriansas estão aprendendo kon muito mais fasilidade e dá gosto ver
komo elas eskrevem bem komo gente grande.
Gostaria de saber a opinião de meus leitores a respeito desta proposta, pois tenho algumas dúvidas:
1ª) Será que o brasileiro escreve mal por culpa das atuais regras de ortografia?
2ª) Será que a ortografia fonética realmente facilitaria o ensino da Língua Portuguesa?
3ª) Será que o alto índice de analfabetismo é conseqüência das regras gramaticais da Língua Portuguesa?
4ª) Se a regra é ‘escrever como se fala’ como ficariam as vogais?
5ª) Um desafio especial para os defensores da ortografia fonétika. O certo seria: a) pepino; b) pepinu; c)
pipinu; e) pépinu.
Aguardo respostas.”
Sérgio Nogueira Duarte, Língua Viva III
18. Esse texto foi publicado originalmente na coluna Língua Viva, que sai aos domingos no Jornal do Brasil.
Imagine que você é um leitor dessa coluna. Como responderia às duas primeiras perguntas feitas por Sérgio
Nogueira?
19. Apontar as regras gramaticais da Língua Portuguesa como causa do alto índice de analfabetismo no país é de
fato pertinente, como questiona Duarte?
20. Sérgio Nogueira Duarte, em sua coluna, faz uma crítica ao sistema ortográfico baseado na fonética e propõe um
desafio aos defensores da ortografia fonétika: a grafia da palavra “pepino”
a) Em que consiste essa crítica?
b) Como fica evidenciado o problema causado pela adoção de um sistema como esse no desafio lançado pelo
autor?
DIVISÃO SILÁBICA
2. De acordo com a separação silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está totalmente correto?
a) as-as-ssi-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra
b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer
c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia
d) per-spi-caz, em-pa-pa-da, pa-i-nei-ra
3. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente:
a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver
e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu
TEXTO
O PODER EM NOSSAS MÃOS
A violência urbana tem sua gênese numa série de fenômenos, que vão desde os problemas comportamentais,
como as neuroses, psicoses e pulsões negativas que podem motivar atos ou ações violentas e criminosas, apontando
para um certo “caráter psicopático”, muito comum em pessoas que exercem algum tipo de poder, até as questões
estruturais, como a violência provocada pelo consumismo, que seduz principalmente os jovens.
É verdade que há uma certa institucionalização da violência no mundo; pois dois terços da humanidade
vivem na miséria, que é uma das mais cruéis formas da violência. E o Brasil leva a “medalha de prata” nesse
quesito, perdendo somente para Serra Leoa em termos de desigualdade social, conforme revelou recente estudo da
ONU.
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Mas não podemos esquecer da violência presente na mídia, por exemplo, em sua forma real como é
estampada nos telejornais; a violência representada em filmes, novelas e seriados e a violência simbólica,
apresentada principalmente nos programas humorísticos que banalizam o crime, massacram as minorias e
ridicularizam todos aqueles que fogem dos padrões impostos pela sociedade capitalista; além da violência exibida
nos videogames, utilizados por milhões de adolescentes dentro e fora dos lares, motivando-os a práticas
perniciosas.
Lembremos, também, da violência no trânsito, que mata mais do que qualquer guerra. E a violência contra
as mulheres, tão tolerada e mascarada pela nossa sociedade machista. Não esqueçamos que nos grandes centros
urbanos a violência contra as crianças e os adolescentes é infinitamente maior do que a violência praticada por
estes segmentos, apesar do enfoque da mídia apontar insistentemente para os adolescentes infratores como se
fossem os únicos responsáveis pela criminalidade urbana.
Como podemos notar, as origens e causas da violência urbana são múltiplas e complexas. Não podem ser
reduzidas a fenômenos pontuais. Temos que estar atentos para não transformarmos nossas teorias sobre a questão
em discursos da impossibilidade, no enfoque meramente estrutural ou no jogo da “empurroterapia”, como se esse
fenômeno fosse distante das nossas possibilidades de intervenção. Todo e qualquer fator que gera a violência deve
ser tratado singularmente e encarado com a mesma disposição e efetividade.
É nossa responsabilidade a reconstrução de valores e a construção de novos paradigmas que priorizem a
dignidade humana, a justiça social, os direitos humanos, a igualdade e fraternidade entre pessoas e grupos. As
famílias e as escolas são fundamentais nessa empreitada.
Somos convidados a sermos cidadãos que edificam uma nova história e devemos nos libertar da paralisia
que nos aprisiona frente à violência. Ao invés de culparmos os outros pelos problemas, devemos colocar o poder
em nossas mãos, assumindo o protagonismo no processo de construir, com renovada esperança, um mundo novo.
Robson
Sávio Reis (In: Jornal “O tempo”)
Questão 02 – Qual é a causa principal da “medalha de prata” atribuída ao Brasil pelos índices de violência?
A) O trânsito que mata mais do que qualquer guerra.
B) Os programas de humor que ridicularizam as minorias.
C) A miséria resultante da desigualdade social.
D) A violência velada contra a mulher.
Questão 04 – O texto pode ser considerado dissertativo pela justificativa apresentada na alternativa:
A) O autor argumenta e expõe seu ponto de vista.
B) O autor relata alguns casos de violência.
C) O autor dialoga com a sociedade.
D) O autor lista as causas da violência.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
OXÍTONA: última sílaba tônica
PAROXÍTONA: penúltima sílaba tônica.
PROPAROXÍTONA: antepenúltima sílaba tônica.
OBSERVAÇÕES
1. Acentuação das palavras oxítonas Prosódia: é acentuação das
Devem ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: palavras.
A (s): Xará, cajá, Paraná Silabada: é um erro prosódico.
E (s): café, através, você Ex: Réfem, filântropo.
O (s): cipó, camelô, avó Ortoépia ou Ortoepia: estuda
EM: também, alguém, armazém a pronúncia correta das palavras.
ENS: parabéns, vinténs, armazéns Diferença entre acento gráfico e
acento tônico:
2. Acentuação das palavras paroxítonas Acento tônico é o acento da fala.
Devem ser acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em: Acento gráfico é o sinal utilizado.
L: útil, provável, móvel
I: táxi, júri, biquíni
N: hífen, pólen, próton
U: vírus, bônus, vênus
R: repórter, fêmur, açúcar
X: ônix, tórax, fênix
Ã: órfã, ímã
AO: órfão, órgão
UM: álbum, fórum
PS: bíceps, fórceps, tríceps
DITONGO: falência, móveis, relógio
Obs: Não se acentuam as palavras paroxítonas terminadas em ens:
Hifens, edens, itens
Obs: ainda, segundo a reforma, o uso é facultativo em dêmos (verbo dar no subjuntivo: que nós dêmos), para se
diferenciar de demos (do passado: nós demos), e em fôrma (substantivo), para se diferenciar de forma (verbo).
8. Verbos crer, dar, ler e ver ( segundo a última reforma, foram eliminados os acentos nos plurais desses
verbos)
Ex: Ele crê. Eles creem.
Que ele dê. Que eles deem.
Ele lê. Eles leem.
Ele vê. Eles veem.
9. Hiatos com vogais dobradas (oo) : ( segundo a última reforma, foi eliminado o acento que ocorre no
primeiro O desses encontros:
Ex: voo, coroo, magoo, etc.
EXERCÍCIOS
Assinale, em cada questão, a única palavra que deve ser acentuada, Para as perguntas de 01 a 30:
01) c) arquetipo
a) ananas
b) sutil 06)
c) siri a) trofeus
b) apoio
02) c) heroizinho
a) vez
b) trem 07)
c) res a) faisca
b) xiita
03) c) distribuindo
a) nobel
b) transistor 08)
c) necropsia a) zoo
b) contem
04) c) peras
a) polens
b) latex 09)
c) maquinaria a) para
b) pode
05) c) veem
a) cagado
b) hieroglifo 10)
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a) arguo c) arguem
b) arguis
11) - Assinale a alternativa em que todos os vocábulos foram acentuados pelo mesmo motivo:
a) atrás, haverá, também ,após
b) insônia, nível, pólem, película
c) pés, lá, já, troféu
d) pára, táxi, fácil, tirá-lo
19) - Assinale a alternativa em que os vocábulos estão errados, quanto à acentuação gráfica:
a) saída, tórax, avô, vezes
b) filatélia, ventoínha, lagôa
c) carência, amigável, única, super
d) abençôo, austero, ímã, abdômem
19
A incorporação da língua inglesa aos idiomas nativos dos mais diversos países não é novidade.
Traduz, no âmbito da linguagem, uma hegemonia que os Estados Unidos consolidaram desde a década de 50. Com
a globalização e o encurtamento das distâncias entre as nações obtido pelo avanço dos meios de comunicação, a
contaminação das demais línguas pelo inglês ficou ainda mais patente.
O fenômeno não é em si mesmo nocivo. Pode até enriquecer um idioma ao permitir que se incorporem
informações vindas de fora que ainda não tem correspondente local. A internet é um exemplo nesse sentido.
Outra coisa, porém, bem diferente, é o uso gratuito de palavras em inglês como o que se verifica no
Brasil. A não ser pela vocação novidadeira – e caipira- de quem se vislumbra diante de qualquer coisa que vem do
“estrangeiro”, não há nenhuma razão para que se diga “sale” no lugar de liquidação, ou qualquer motivo para falar
“off” em vez de desconto. Tais anomalias são um dos sintomas do subdesenvolvimento e exprimem, no seu
ridículo involuntário, a mentalidade de quem confunde modernidade com uma temporada em Miami.
Um país como a Alemanha, menos vulnerável a influência da colonização da língua inglesa, discute hoje
uma reforma ortográfica para “germanizar” expressões estrangeiras, o que já é regra na França. O risco de se cair
no nacionalismo tosco e na xenofobia é evidente.
Não é preciso, porém, agir como Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto, que queria
transformar o tupi em língua oficial do Brasil para recuperar o instinto de nacionalidade. No Brasil de hoje já seria
um avanço se as pessoas passassem a usar, entre outros exemplos, a palavra “entrega” em vez de “delivery”.
Folha de S. Paulo.
Questão 03. Reestruturando o período “A não ser... em vez de desconto” sem alteração do sentido original, obtém-
se:
a) Não há nenhuma razão para que se diga “sale” no lugar de liquidação, como não há motivo para falar “off” em
vez de desconto, uma vez que existe a vocação novidadeira-e caipira - de quem se deslumbra diante de qualquer
coisa que o aproxime do “estrangeiro”.
b) Não há nenhuma razão para que se diga “sale” no lugar de liquidação, como não há qualquer motivo para falar
“off” em vez de desconto - o que só se explica pela vocação novidadeira-e caipira-de quem se deslumbra diante de
qualquer coisa que o aproxime do “estrangeiro”.
c) Embora exista a vocação novidadeira- e caipira- de quem se deslumbra diante de qualquer coisa que o aproxime
do “estrangeiro”, não há nenhuma razão para que se diga “sale” no lugar de liquidação, ou qualquer motivo para
falar “off” em vez de desconto.
d) A vocação novidadeira-e caipira - de quem se deslumbra diante de qualquer coisa que o aproxime do
“estrangeiro” explica o não haver razão para que se diga “sale” no lugar de liquidação, ou qualquer motivo para
falar “off” em vez de desconto.
Questão 04. A expressão “para inglês ver” significa “simular, aparentar, ocultar uma realidade não conveniente”.
( Novo Dic. Aurélio)
a) o deslumbramento em relação àquilo que é estrangeiro pode levar o cidadão a uma situação ridícula.
b) as palavras em inglês, por serem de mais fácil assimilação, são as que mais contaminam as demais línguas.
c) o fenômeno do empréstimo lingüístico facilita o intercâmbio sócio-político entre as nações.
d) o exagero com que o brasileiro prestigia o uso de palavras do inglês oculta seu sentimento de inferioridade.
Paredes sólidas
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Morar bem é uma arte. Exige algum dinheiro e muito discernimento. Arlindo, rapaz rico e solteiro,
morava numa casa em Alphaville. Paredes sólidas. Boa sala de ginástica. Enquanto malhava ouvia Donna Summer.
O som era de arrebentar. Mas até os tímpanos dele tinham músculos de aço. Paredes forradas de cortiça, para não
incomodar. Um dia exausto, foi abrir a porta do “fitness room”. Emperrada. Trancas malfeitas. Bateu. Chutou.
Gritou. Ninguém ouviu. Foi encontrado cinco dias depois. Mortinho. O conforto pode transformar-se em prisão.
Voltarie de Souza
1.Sobre o texto só NÃO se pode dizer:
a) O trecho que abre o texto, “Morar bem é uma arte.”, introduz o tema.
b) As paredes às quais se refere a expressão “paredes sólidas” são as mesmas às quais se refere a expressão
“paredes forradas de cortiça.
c) O uso de “até” em “mas até os tímpanos dele tinham músculos de aço” permite concluir que Arlindo possuía
outros músculos de aço.
d) Como fábulas, o texto tem, em seu último enunciado, a moral da história.
2. Assinale a alternativa em que as alterações propostas para o trecho acarretam mudança no sentido original:
3. Sobre a intenção do autor, só se pode afirmar que Voltaire de Souza pretendeu produzir um texto que:
a) aborda de forma bem humorada os efeitos da violência das grandes cidades na vida de seus habitantes.
b) aconselha as pessoas que pretendem agir como seu protagonista.
c) com ironia, questiona os benefícios da riqueza na vida do homem moderno.
d) faz uma crítica ao individualismo do mundo atual, que faz as pessoas se isolarem como o protagonista.
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