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PORTUGUÊS

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


ESTRUTURA DAS PALAVRAS
As palavras possuem elementos significativos em sua estrutura, os chamados morfemas.
Vejamos como identificar os morfemas do vocábulo “entendêssemos”: ENTEND-Ê-SSE-MOS
(perceba que há quatro morfemas). Sabemos que é uma flexão do verbo entender.
Radical: ENTEND
Conjugação: segunda, pois tema vogal temática E
Tempo e modo verbal: imperfeito do subjuntivo, pois há a desinência modo-temporal SSE
Pessoa e Número: primeira pessoa do plural, porque traz a desinência número-pessoa MOS

RADICAL
É o elemento básico e significativo das palavras.
Ex.:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
o elemento CERT é o radical de todas essas palavras.
pedr-a
pedr-ada
em-pedr-ar
o elemento PEDR é o radical de todas essas palavras.

AFIXOS
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um
radical para formar palavras derivadas.
Prefixos: quando são colocados antes do radical.
Ex.: infeliz, descrer, bisneto, refazer.
Sufixos: quando surgem depois do radical.
Ex.: beleza, pedrada, amor, cheiroso, casinha, laranjal, cozinheiro.

VOGAL TEMÁTICA
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências.
Ex.: cozinhar
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radical: cozinh
vogal temática: A
A vogal temática pode ser:
1. Nominal
Quando se liga a um nome. Há três temáticas: A, E, O (quando são átonas e no final da palavra).
Ex.: bolo, ponte, folha.
Obs.: se forem tônicas, farão parte do radical; e a mesma situação ocorre com as vogais I e U.
Ex.: táxi, bônus, café, cajá, cipó. (o radical é formado por todas as letras da palavra).
2. Verbal
Quando se liga ao radical de um verbo. Há três: A, E, I (caracterizam as conjugações verbais).
Ex.: estudar, perceber, partir.
A: Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.
E: Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.
I: Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.
Ao conjugarmos o verbo, a vogal temática geralmente se mantém.
Ex.: estudamos, percebemos, partimos.
Os nomes derivados de verbos também podem manter a vogal temática.
Ex.: casamento (de casar), salvação (de salvar)
Há alguns casos em que a vogal temática pode estar alterada (chamada de alomorfe da vogal
temática).
Exemplos:
Amar, amei, amou (pretérito perfeito, 1ª conjugação, 1ª e 3ª pessoa do singular: A passa para
E; A passa para O).
Vender, vendia, vendíamos, vendiam etc (pretérito imperfeito, 2ª conjugação, todas as pes-
soas: E passa para I).
Partir, partes, parte, partem (presente do indicativo, 3ª conjugação, 2ª e 3ª pessoas do singular
e do plural: I passa para E).
Compreender, compreendido (particípio, 2ª conjugação: E passa para I)
Observação: a vogal que aparece depois do radical é a vogal temática, mesmo que esteja
alterada. Isso apenas não ocorre em dois casos:
- Primeira pessoa do singular/presente do indicativo: a vogal O marca a desinência número-
pessoal). Ex.: estudo, falo, ponho, corro.

- Presente do subjuntivo: vogal A e E marcar a desinência modo-temporal.


Ex.: estude, seja, volte, beba, faça.
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DESINÊNCIAS
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
1. Desinências Nominais: unem-se aos nomes e indicam as flexões de gênero (masculino e
feminino) e de número (singular e plural).
Ex.: menino (A – desinência nominal de gênero); carros (S – desinência nominal de número).
DICA: Em palavras como mesa, tribo, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero.
Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.
2. Desinências Verbais: unem-se a verbos e indicam as flexões de número e pessoa e de modo
e tempo.
a) desinências número-pessoais: indicam singular ou plural e 1ª, 2ª ou 3ª pessoa.
1ª pessoa do singular: O, I (estudo, falei)
2ª pessoa do singular: S, STE, ES (andas, partiste, cantares)
3ª pessoa do singular: U (falou)
1ª pessoa do plural: MOS (estudamos)
2ª pessoa do plural: IS, STES, DES (falais, voltastes, olhardes)
3ª pessoa do plural: M, RAM, EM, O (vendem, compraram, gritarem, pedirão)
Obs.: 1ª e 3ª pessoas do singular > geralmente não há desinência.
b) desinências modo-temporais : indicativo, subjuntivo, imperativo; presente, pretérito,
futuro.
presente do indicativo: não há
pretérito perfeito: não há
pretérito imperfeito: VA, VE (1ª conjugação); A, E (2ª e 3ª conjugações)
pretérito mais-que-perfeito: RA, RE (átonas)
futuro do presente: RA, RE (tônicas)
futuro do pretérito: RIA, RIE
presente do subjuntivo: E (1ª conjugação); A (2ª e 3ª conjugações)
imperfeito do subjuntivo: SSE
futuro do subjuntivo: R
infinitivo: R
gerúndio: NDO
particípio: D, S, T
Ex.:
fal-o
fal-a-s
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fal-a
fal-a-mos
fal-a-is
fal-a-m
volt-a-va
volt-a-va-s
volt-a-va
volt-á-va-mos
volt-á-ve-is
volt-a-va-m

VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO


São elementos sem valor significativo. Eles têm a função de ligar
dois outros morfemas.
Ex.: paulada, cafeteira, cafezinho, pontiagudo.

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


O processo de formação de palavras indica como a palavra foi formada, que elementos foram
empregados para isso. Vale lembrar uma classificação antes de entendermos os processos
que existem.
- simples: palavra que possui um radical. Ex.: mar, florista, beleza.
- composta: palavra que possui mais de um radical. Ex.: beija-flor, passatempo.
- primitiva: palavra que não se formou a partir de outra. Ex.: pedra, bola, doce.
- derivada: palavra que se formou a partir de outra. Ex.: pedreira, bolada, docinho.
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.

DERIVAÇÃO
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de
outra já existente, chamada primitiva.
Ex.: mar > marítimo, marujo; terra > enterrar, terreiro
1. Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado.
Ex.:
crer- descrer
ler- reler
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capaz- incapaz
2. Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado
ou mudança de classe gramatical.
Ex.: alfabetização
O sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado
do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
papel - papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos.
atual - atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
feliz - felizmente
3. Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à pala-
vra primitiva.
Ex.: Triste > entristecer; mudo > emudecer; alma > desalmado
DICA: Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de
prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e
desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência.
Ex.: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém
de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que
expropriar provém de «propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não existem. Logo,
expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
4. Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por
redução.
Ex.: comprar > a compra; beijar > o beijo
DICA: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário,
podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Ex.: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas.
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Ex.: âncora é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
5. Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo
ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical.
Nesse processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns.
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

COMPOSIÇÃO
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
radicais. Existem dois tipos: justaposição e aglutinação.
1. Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Ex.: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em “girassol” houve uma alteração na grafia (acréscimo de um “s”) justamente para
manter inalterada a sonoridade da palavra.
2. Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus
elementos fonéticos.
Ex.: embora (em boa hora); fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre); hidrelétrico
(hidro + elétrico); planalto (plano alto)
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Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último


componente.

REDUÇÃO
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
Ex.: auto - por automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputador.

HIBRIDISMO
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Ex.: auto (grego) + móvel (latim)

PREFIXOS
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-
-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em
que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns
prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande
utilidade na formação de novas palavras.
Os mais comuns são: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
1. Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
anônimo, amoral, ateu, afônico
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:
analogia, análise, anagrama, anacrônico
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:
anfiteatro, anfíbio, anfibologia
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:
cataplasma, catálogo, catarata
di-: Duplicidade. Exemplos:
dissílabo, ditongo, dilema
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dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:


diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
hemi- : Metade, meio. Exemplos:
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:
metamorfose, metáfora, metacarpo
para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma
peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:
periferia, peripécia, período, periscópio
pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:
prólogo, prognóstico, profeta, programa
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:
prosélito, prosódia
proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:
proto-história, protótipo, protomártir
poli- : Multiplicidade. Exemplos:
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polissílabo, polissíndeto, politeísmo


sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
tele- : Distância, afastamento. Exemplos:
elevisão, telepatia, telégrafo
2. Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:
aversão, abuso, abstinência, abstração
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:
adjunto,advogado, advir, aposto
ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
ambi- : Duplicidade. Exemplos:
ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
benefício, bendito
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:
bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:
circunferência, circunscrito, circulação
cis- : Posição aquém. Exemplos:
cisalpino, cisplatino, cisandino
co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:
colégio, cooperativa, condutor
contra- : Oposição. Exemplos:
contrapeso, contrapor, contradizer
de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
decapitar, decair, depor
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:
desventura, discórdia, discussão
e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:
excêntrico, evasão, exportação, expelir
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento.
Exemplos:
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imergir, enterrar, embeber, injetar, importar


extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:
extradição, extraordinário, extraviar
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:
ilegal, impossível, improdutivo
inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:
internacional, interplanetário
intra- : Posição interior. Exemplos:
- intramuscular, intravenoso, intraverbal
intro- : Movimento para dentro. Exemplos:
introduzir, introvertido, introspectivo
justa- : Posição ao lado. Exemplos:
justapor, justalinear
ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:
obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
per- : Movimento através. Exemplos:
percorrer, perplexo, perfurar, perverter
pos- : Posterioridade. Exemplos:
pospor, posterior, pós-graduado
pre- : Anterioridade . Exemplos:
prefácio, prever, prefixo, preliminar
pro- : Movimento para frente. Exemplos:
progresso, promover, prosseguir, projeção
re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:
rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. Exemplos:
retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
soterrar, sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:
supercílio, supérfluo
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:
soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
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trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
transatlântico, tresnoitar, tradição
ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:
ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:
vice-presidente, visconde, vice-almirante

SUFIXOS
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam
nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente
opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve
usar um substantivo, por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam
as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de
ação e os que formam nomes de agente.
Sufixos que formam nomes de ação

-ada – caminhada -ez(a) - sensatez, beleza


-ança – mudança -ismo - civismo
-ância – abundância -mento - casamento
-ção – emoção -são - compreensão
-dão – solidão -tude - amplitude
-ença – presença -ura - formatura
Sufixos que formam nomes de agente

-ário(a) -secretário -or - lutador


-eiro(a) – ferreiro -nte - feirante
-ista – manobrista
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Fonologia��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Letra�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Dígrafo��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Dígrafo Consonantal����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Dígrafo Vocálico/Nasal������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Fonema��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Vogal������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Semivogais��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Consoantes�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Sílaba�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Encontros Vocálicos����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Hiato�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Ditongo���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Tritongo��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Encontros Consonantais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Separação Silábica��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Ortoépia ou Ortoepia��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Prosódia������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Fonologia
A Fonologia é a área da gramática que estuda os sons da língua que são produzidos pelos seres
humanos. Por meio desses sons, é possível formar palavras e distinguir seus significados. Há
também a Fonética, a qual estuda transcrição fonética, aspectos articulatórios, aparelho fonador,
boca, língua, dentes etc.
Para as provas de concursos públicos, as questões tratam mais de tópicos relacionados à Fonolo-
gia. A Fonética é cobrada em provas em que há cargos específicos, como Professor de Língua Portu-
guesa, por exemplo.

Letra
A letra é a representação gráfica de um som/fonema. Ela pode representar um fonema, mais de
um fonema ou apenas auxiliar na pronúncia de um fonema.
˃˃ Exemplos:
»» letra X (pode representar vários sons): enxaqueca (som de X), examinar (som de Z), texto
(som de S), sexual (som de KS).
»» letra H (não representa sons): chave (com a letra C, o som é de X), horário (não há som).
É importante ressaltar que nem sempre o número de letras equivale ao número de fonemas.
˃˃ Exemplos:
»» janela: 6 letras (j a n e l a), 6 fonemas (j a n e l a)
»» hoje: 4 letras (h o j e), 3 fonemas (o j e)
»» passo: 5 letras (p a s s o), 4 fonemas (p a ss o)

Dígrafo
O dígrafo ocorre quando duas letras representam um fonema. Pode ser consonantal ou vocálico/
nasal.
Dígrafo Consonantal
Há o dígrafo consonantal quando duas consoantes estão juntas numa palavra. São: gu, qu, ch, lh,
nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs.
˃˃ Exemplos: guerra, querer, chamar, malha, pamonha, arrasta, pássaro, ascender, desça,
exceção, exsudar.
Dígrafo Vocálico/Nasal
Há o dígrafo vocálico/nasal quando ocorre a junção de a, e, i, o, u com m ou n.
˃˃ Exemplos: samba, tanto, embate, entrar, saindo, tombo, juntar, sondar, umbigo.

Fonema
O fonema constitui-se na menor unidade sonora da palavra. Pode ser classificado em vogal, se-
mivogal e consoantes.

Vogal
É um fonema produzido livremente, sem que haja obstrução da passagem do ar, e é o núcleo de
uma sílaba. As vogais têm a pronúncia mais forte do que as semivogais. Podem ser orais ou nasais
(indicadas por ~, m, n).
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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˃˃ Exemplos:
A: cara (oral), cama (nasal)
E: festa (oral), este (oral, timbre fechado), central (nasal)
I: amigo (oral), síndico (nasal)
O: pode (oral), hoje (oral, timbre fechado), ontem (nasal)
U: saúde (oral), juntar (nasal)

Semivogais
As semivogais são mais fracas que as vogais e têm o som de I e U.
˃˃ atrai: a letra I é uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
˃˃ couro: a letra U é uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
˃˃ mamãe: a letra E é uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
˃˃ coração: a letra O é uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma
sílaba.
˃˃ estudam: a letra M é uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma
sílaba.
˃˃ entendem: a letra M é uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma
sílaba.
˃˃ hífen: a letra N é uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma
sílaba..

Consoantes
As consoantes são aqueles fonemas que são produzidos com interferência de um ou mais órgãos
da boca (dentes, língua, lábios). São: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V,
Wagner), X, Z.

Sílaba
A sílaba é, geralmente, formada por fonemas que estão centrados numa vogal.
→→ Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em:
˃˃ Monossílabas (uma sílaba): céu.
˃˃ Dissílabas (duas sílabas): qua-dro.
˃˃ Trissílabas (três sílabas): mé-di-co.
˃˃ Polissílabas (mais de três sílabas): fo-né-ti-ca.
→→ Quanto à tonicidade, a sílaba pode ser tônica (alta intensidade na pronúncia) ou átona (baixa
intensidade na pronúncia).
˃˃ Exemplos: casa, caderno, papel, caráter, até, história, débito.
→→ Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser:
˃˃ Oxítonas (última sílaba tônica): pavor.
˃˃ Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): descanso.
˃˃ Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): crédito.
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Encontros Vocálicos
Um encontro vocálico aparece quando há fonemas vocálicos. Pode ser: hiato, ditongo, tritongo.

Hiato
É o encontro de duas vogais, que ficam em sílabas separadas (V – V).
˃˃ Exemplos: e go ís mo, se cre ta ri a, sa í da, con te ú do.

Ditongo
É o encontro de vogal e semivogal, e não se separam. Existem dois tipos: crescente ou decrescente
(oral ou nasal).
˃˃ Crescente (SV + V, na mesma sílaba): série (oral), quatorze (oral), enquanto (nasal), cinquenta
(nasal).
˃˃ Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): amam (nasal), caule (oral), ouro (oral), vaidade (oral).

Tritongo
O tritongo ocorre quando há SV + V + SV na mesma sílaba. Pode ser oral ou nasal.
˃˃ Exemplos: saguão (nasal), Paraguai (oral), averiguou (oral).

Encontros Consonantais
O encontro consonantal ocorre quando há uma sequência de consoantes numa palavra. Podem
ficar na mesma sílaba ou podem ser separadas.
˃˃ Exemplos: flauta, engasgar.

Separação Silábica
É necessário saber que existe uma adequada separação das sílabas de uma palavra.
Separam-se:
˃˃ hiatos: va-ri-a-do, cu-ri-o-so.
˃˃ dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, nas-cer.
˃˃ encontros consonantais que não iniciam imediatamente as palavras (pç, bd, cc, cç, tn, bm, bst,
bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, ins-pi-rar, ab-rup-to.
→→ Obs.: a última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando seguida
de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, transa-tlân-ti-co, in-te-res-ta-du-al.
Não se separam:
˃˃ ditongos e tritongos: doi-do, bai-xa, gra-tui-to, men-tiu, fei-o-so.
˃˃ dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, mar-cha, guer-ra.
˃˃ encontros consonantais perfeitos no início de palavras, normalmente: pneu-má-ti-co, psi-có-
-lo-go, pro-ble-ma.
˃˃ última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se seguida de con-
soante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-cia, sub-li-nhar, su-per-ho-mem,
in-ter-na-cional.
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Ortoépia ou Ortoepia
A ortoépia se ocupa da correta produção oral das palavras.
CORRETAS ERRÔNEAS
Adivinhar advinhar
Advogado adevogado
Apropriado apropiado
Frustrado frustado
Mortadela mortandela
Privilégio previlégio

Prosódia
A prosódia ocupa-se da correta emissão de palavras quanto à posição da sílaba tônica, segundo
as normas da língua culta.
1) São oxítonas: condor, mister, Nobel, ureter, ruim.
2) São paroxítonas: austero, ciclope, recorde, caracteres, filantropo, pudico, rubrica.
3) São proparoxítonas: aerólito, lêvedo, munícipe
Exercícios
01. Segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, a única palavra dentre
as citadas abaixo que NÃO deve ser pronunciada com o acento tônico recaindo em posição
idêntica àquela em que recai na palavra avaro é:
a) mister.
b) filantropo.
c) gratuito.
d) maquinaria.
e) ibero.
02. Assinale a opção que indica a separação silábica errada.
a) Meados = me-a-dos.
b) Passado = pas-sa-do.
c) Esmagamento = es-ma-ga-men-to.
d) Desesperadamente = des-es-pe-ra-da-men-te.
e) Fantasma = fan-tas-ma.
03. “Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação.”
Sobre os acentos e sinais gráficos presentes nas palavras desse segmento do texto 2, a afirmação
correta é:
a) o vocábulo “bebê” só pode ser grafado com circunflexo;
b) o vocábulo “têm” recebe acento circunflexo por ter som nasal;
c) o vocábulo “têm” mostra número plural por meio do acento circunflexo;
d) no vocábulo “interação”, o til mostra que a vogal a é oral;
e) no vocábulo “bebés”, o acento mostra que a vogal acentuada deve ser pronunciada fechada.
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04. Assinale a opção que traz a correta classe gramatical da palavra destacada e a adequada divisão
silábica.
a) “O jardineiro despediu-se há tempos” / adjetivo / jar-di-nei-ro
b) “A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno” / substantivo / ca-rro-cin-há
c) “Não posso tomar, me dá dispepsia” / substantivo / dis-pep – si-a
d) “O verdureiro já havia saído com a carrocinha” / adjetivo / ver-du-re-i-ro
e) “A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura” / advérbio / la-vo-u-ra
05. “A cada vogal ou grupo de sons pronunciados numa só expiração damos o nome de sílaba”.
(Celso Cunha, Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 53).

Sobre as sílabas das palavras da língua portuguesa, assinale a afirmativa incorreta.


a) As sílabas correspondem a segmentos fônicos.
b) Cada sílaba terá obrigatoriamente uma vogal
c) A sílaba pode ser formada por uma vogal, um ditongo ou um tritongo.
d) A sílaba pode apresentar mais de uma vogal.
e) As sílabas podem terminar por vogal ou por consoante.
06. “Lamiya e Nadia Murad são algumas das poucas vítimas do terror sexual que se apresentam
em público, de rosto aberto, pois a violência sexual estigmatiza as vítimas e suas famílias.
Lamiya contou que era submetida a estupros seguidos e diários, passada entre incontáveis mi-
litantes. Muitas vezes desmaiava.” (7º§) Considere o trecho anteriormente destacado e assinale
a alternativa em que todas as palavras apresentam divisão silábica correta:
a) pas – sa – da, sub – me – ti – da, pou – cas
b) ter – ror, po – is, es – ti – gma – ti – za – va
c) se – gui – dos, di – á – rios, in – con – tá – ve – is
d) ví – ti – mas, fa – mí – li – as, des – ma – i – a – va
07. Assinale a alternativa em que o encontro vocálico está corretamente analisado.
a) poética – hiato.
b) mangueira – tritongo.
c) leitor – ditongo oral crescente.
d) irreverência – ditongo nasal decrescente.
Gabarito
01 - A
02 - D
03 - C
04 - C
05 - D
06 - A
07 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Acentuação Gráfica���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Notações Léxicas����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Acentos Gráficos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sinais Gráficos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Acento Tônico (Prosódico) x Acento Gráfico�����������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Regras de Acentuação Gráfica�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Proparoxítonas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Paroxítonas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Oxítonas�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Oxítonas x Colocação de Pronomes���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Monossílabos�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Regras Especiais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Hiatos������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Acento Diferencial��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6

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Acentuação Gráfica
A Acentuação Gráfica se refere à colocação de sinais/acentos gráficos nas palavras. Vale mencio-
nar que conhecimentos básicos sobre fonologia são essenciais no entendimento deste conteúdo, pois
a acentuação está ligada à posição da sílaba tônica das palavras.
Em relação às provas de concurso público, a acentuação gráfica é um tópico recorrente. Por isso,
é essencial estudar esse assunto. Além disso, escrever corretamente as palavras também é critério de
correção para as provas discursivas.

Notações Léxicas
Notações Léxicas são sinais empregados para determinar a pronúncia das palavras. São eles: os
acentos (agudo, circunflexo e grave), o til, o apóstrofo, a cedilha e o hífen.
Acentos Gráficos
→→ Acento Agudo (´)
O acento agudo é empregado nas vogais tônicas i e u, e também nas vogais tônicas abertas e se-
miabertas a, e, o.
»» Exemplos: dúvida, único, ímpar, caráter, médico, ótimo.
→→ Acento Circunflexo (^)
O acento circunflexo é empregado nas vogais tônicas semifechadas a, e, o.
»» Exemplos: câmara, êxito, fenômeno.
→→ Acento Grave (`)
O acento grave é empregado nos casos em que ocorre a crase, para indicar que há duas palavras
aglutinadas (unidas numa só).
O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição “a” com os artigos a, as e
com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela(s), àquilo.
Sinais Gráficos
→→ Apóstrofo (‘)
O apóstrofo é usado quando há a omissão de um fonema.
»» Exemplos: gota d’água (gota de água), cabeça d’água (cabeça de água).
→→ Cedilha (¸)
A cedilha é utilizada quando a letra C (antes das vogais a, e, u) tem o som de [s]. Vale destacar que
isso nunca ocorre no início de uma palavra.
»» Exemplos: poça, cresço, açúcar, caça.
→→ Hífen
O hífen é empregado em palavras compostas, com pronomes pessoais oblíquos e também para
separar sílabas. É importante ressaltar que o emprego de hífen sofreu algumas alterações com o
Novo Acordo Ortográfico (que passou a vigorar em 2016).
»» Exemplos: guarda-roupa, encontrá-lo, e-go-ís-mo.
→→ Til (~)
O til tem a função de indicar a nasalização das vogais a e o, e não é classificado como acento gráfico.
»» Exemplos: nação, cidadãos, escrivães, sã, emoções.
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→→ Trema (¨)
O trema tem a função de indicar que a vogais U tem pronúncia quando há os encontros QU e GU.
Porém, com o Novo Acordo Ortográfico, esse sinal foi abolido, e apenas é empregado em palavras de
origem estrangeira, como Müller.
Acento Tônico (Prosódico) x Acento Gráfico
Acento tônico (prosódico) marca a tonicidade, ou seja, a sílaba tônica de uma palavra, por isso
está ligado à pronúncia.
O acento gráfico ocorre em decorrência de regras gramaticais, e está ligado à grafia das palavras.
˃˃ Isso significa que algumas palavras possuem apenas acento tônico (exemplos: caderno, papel) e
outras possuem ambos os acentos (exemplos: revólver, café).
Vale destacar também que as palavras recebem apenas um acento gráfico, e que o “til” não é
acento gráfico, apenas sinal de nasalização.

Regras de Acentuação Gráfica


Proparoxítonas
˃˃ Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
»» Exemplos: trágico, patético, árvore.
Paroxítonas
˃˃ Sílaba tônica: penúltima
A maioria das paroxítonas termina em – a, – e, – o, – em, podendo ou não ser seguidas de “s”.
Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente.
Para saber se uma paroxítona recebe acento, é preciso ver a terminação de uma palavra. A seguir,
estão os casos em que o acento gráfico é necessário, conforme a última letra de um vocábulo:
L fácil
N pólen
R cadáver
Os bíceps
X tórax
Us vírus
i, is júri, lápis
om, nos iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis

Com base nesses casos, conclui-se que as paroxítonas terminadas em “n” são acentuadas (hífen),
mas as que terminam em “ens”, não (hifens, jovens).
É importante destacar que não são acentuados os prefixos terminados em “i “e “r” (semi, super).
Vale ressaltar também que se acentuam as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s),
oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
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»» Exemplos: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início
Oxítonas
˃˃ Sílaba tônica: última
Para saber se uma oxítona recebe acento, é preciso ver a terminação de uma palavra. A seguir,
estão os casos em que o acento gráfico é necessário, conforme a última letra de um vocábulo:

a(s): sofá, sofás


e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
em, ens: ninguém, armazéns

Oxítonas x Colocação de Pronomes


Existem algumas regras específicas quando um pronome átono se liga a um verbo. Isso interfere na
acentuação gráfica, porque há a presença de uma oxítona. Por isso, as mesmas regras são aplicadas:
»» Exemplos:
Jogar + o: jogá-lo
Jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
Beijar + a: beijá-la
Beijá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
la = monossílabo átono (portanto, sem acento)
Dar + as: dá-las
Dá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
las = monossílabo átono (portanto, sem acento)
Fez + o: fê-lo
Fê = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
Fazer + o: fazê-lo
Fazê = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
Monossílabos
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.
É importante mencionar que há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras.
»» Exemplos: Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila?
(átono)
→→ Monossílabos Tônicos
Os monossílabos tônicos possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase
onde aparecem.
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Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:


a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs
→→ Monossílabos Átonos
Os monossílabos não possuem autonomia fonética, sendo proferidos de maneira fraca, como se
fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam.
»» Exemplos: o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.
Regras Especiais
→→ Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi) e
nos monossílabos, são acentuados.
»» Exemplos:
éi (s): anéis, fiéis, papéis
éu (s): troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis
Vale destacar que os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados,
conforme o Novo Acordo Ortográfico.
»» Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia,
plateia, etc.
Hiatos
Acentuam-se o “i” e “u” tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos
na sílaba ou acompanhados apenas de “s”, desde que não sejam seguidos por “-nh”.
»» Exemplos:
sa-í-da
e-go-ís-mo
sa-ú-de
Não se acentuam, portanto, hiatos quando – i ou – u não estão sozinhos nem acompanhados de – s na
sílaba.
»» Exemplos:
ju-iz
ra-iz
ru-im
ca-ir
Existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras razões.
»» Exemplos:
po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
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Acento Diferencial
Na língua escrita, existem casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras ho-
mógrafas (de mesma grafia).
→→ a) pôde / pode
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do
indicativo.
»» Exemplos:
O ladrão pôde fugir.
O ladrão pode fugir.
→→ b) pôr / por
Pôr é verbo e por é preposição.
»» Exemplos:
Você deve pôr o livro aqui.
Não vá por aí!
→→ c) Verbos Ter e Vir
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir,
bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir, etc.).
»» Exemplos:
Ele tem/Eles têm
Ele retém/Eles retêm
Ele vem/Eles vêm
Ele intervém/Eles intervêm
Note que, nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no
singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo.
»» Exemplos:
ele detém – eles detêm
ele advém – eles advêm.
Exercícios
01. Leia o texto:
O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos
que nele se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e
religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta home-
nagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais genericamente,
animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das
coisas. O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de
um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas
divergências políticas são apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, é esqueci-
da. O museu parece assim desempenhar um papel de pacificação social. A guerra das imagens extin-
gue-se na pacificação dos museus.
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Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto.
Desde então, dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é
por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas
sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um “depósito de despojos”. Por um lado, o museu
facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igual-
mente estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do
simbólico, e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessi-
vos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do “escândalo”. Para que haja escândalo, é necessá-
rio que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu,
seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singulari-
dade absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha
inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apresenta
-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é
realmente “o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais
ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a
ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)

Atente para as afirmativas abaixo.


I. Em ... presta homenagem às potências dominantes... (1° parágrafo), o sinal indicativo de crase
pode ser suprimido excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
II. O acento em “têm” (2° parágrafo) é de caráter diferencial, em razão da semelhança com a
forma singular “tem”, diferentemente do acento aplicado a “porém” (3° parágrafo), devido à
tonicidade da última sílaba, terminada em “em”.
III. Os acentos nos termos “excelência” (2° parágrafo) e “necessário” (3° parágrafo) devem-se à
mesma razão.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Gabarito
01 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Estrutura e Formação de Palavras���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Estrutura das Palavras������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Radical����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Afixos������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Desinências��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Vogal Temática��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Formação das Palavras������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Derivação�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Composição�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Redução��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Hibridismo���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Prefixos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
Sufixos����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������9

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Estrutura e Formação de Palavras


Estrutura das Palavras
Radical

O elemento livr é chamado de radical.


˃˃ Radical: elemento básico e significativo das palavras.
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
Afixos
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical
para formar palavras derivadas.
Quando são colocados antes do radical, os afixos recebem o nome de prefixos.
Quando surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos.

Desinências
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras.
Existem dois tipos:
˃˃ Desinências Nominais: flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural).
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
→→ DICA: Em palavras como mesa, tribo, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já
em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.
˃˃ Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.
compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m
compra-va compra-va-s
Vogal Temática
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos
verbos, distinguem-se três vogais temáticas:
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˃˃ A: Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, buscavas, etc.


˃˃ E: Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: bater, batemos, etc.
˃˃ I: Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: permitir, permitirá, etc.

Formação das Palavras


Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de
outra já existente, chamada primitiva.

Primitiva Derivada
Mar marítimo, marinheiro, marujo
Terra enterrar, terreiro, aterrar
→→ Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado.
crer – descrer
ler – reler
capaz – incapaz
→→ Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
mudança de classe gramatical.
˃˃ Ex.: alfabetização
O sufixo – ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo – izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
papel – papelaria
riso – risonho
b) Verbal, formando verbos.
atual – atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
feliz – felizmente
→→ Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
˃˃ Triste
»» radical “trist-”
»» verbo entristecer

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada


mudo e Mud ecer emudecer
alma des Alm ado desalmado
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→→ DICA: Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é
obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade.
Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar,
que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que ex-
propriar provém de “propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não existem. Logo, expropriar
provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
→→ Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

comprar (verbo) beijar (verbo)


compra (substantivo) beijo (substantivo)
→→ DICA: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário,
podemos seguir a seguinte orientação:
˃˃ Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
˃˃ Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas.
O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo
primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso,
recebem o nome de substantivos deverbais.
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
→→ Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a
língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
→→ Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou
supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
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5) Os adjetivos passam a advérbios


Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns.
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
radicais.
Existem dois tipos:
˃˃ Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
→→ Obs.: em “girassol” houve uma alteração na grafia (acréscimo de um “s”) justamente para manter
inalterada a sonoridade da palavra.
˃˃ Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elemen-
tos fonéticos.
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo – referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
→→ Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último
componente.
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto – por automóvel
cine – por cinema
micro – por microcomputador
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
auto (grego) + móvel (latim)
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes
o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos
foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na
formação de novas palavras.
a – , contra – , des – , em – (ou en-) , es – , entre – re – , sub – , super – , anti-
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→→ Prefixos de Origem Grega


˃˃ a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
˃˃ anônimo, amoral, ateu, afônico
˃˃ ana – : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:
˃˃ analogia, análise, anagrama, anacrônico
˃˃ anfi – : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:
˃˃ anfiteatro, anfíbio, anfibologia
˃˃ anti – : Oposição, ação contrária. Exemplos:
˃˃ antídoto, antipatia, antagonista, antítese
˃˃ apo – : Afastamento, separação. Exemplos:
˃˃ apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
˃˃ arqui-, arce – : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
˃˃ arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário
˃˃ cata – : Movimento de cima para baixo. Exemplos:
˃˃ cataplasma, catálogo, catarata
˃˃ di-: Duplicidade. Exemplos:
˃˃ dissílabo, ditongo, dilema
˃˃ dia – : Movimento através de, afastamento. Exemplos:
˃˃ diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
˃˃ dis – : Dificuldade, privação. Exemplos :
˃˃ dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
˃˃ ec-, ex-, exo-, ecto – : Movimento para fora. Exemplos:
˃˃ eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
˃˃ en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
˃˃ encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
˃˃ endo – : Movimento para dentro. Exemplos:
˃˃ endovenoso, endocarpo, endosmose
˃˃ epi – : Posição superior, movimento para. Exemplos:
˃˃ epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
˃˃ eu – : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:
˃˃ eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
˃˃ hemi – : Metade, meio. Exemplos:
˃˃ hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
˃˃ hiper – : Posição superior, excesso. Exemplos:
˃˃ hipertensão, hipérbole, hipertrofia
˃˃ hipo – : Posição inferior, escassez. Exemplos:

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˃˃ hipocrisia, hipótese, hipodérmico


˃˃ meta – : Mudança, sucessão. Exemplos:
˃˃ metamorfose, metáfora, metacarpo
˃˃ para – : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:
˃˃ paralelo, parasita, paradoxo, paradigma
˃˃ peri – : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:
˃˃ periferia, peripécia, período, periscópio
˃˃ pro – : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:
˃˃ prólogo, prognóstico, profeta, programa
˃˃ pros – : Adjunção, em adição a. Exemplos:
˃˃ prosélito, prosódia
˃˃ proto – : Início, começo, anterioridade. Exemplos:
˃˃ proto-história, protótipo, protomártir
˃˃ poli – : Multiplicidade. Exemplos:
˃˃ polissílabo, polissíndeto, politeísmo
˃˃ sin-, sim – : Simultaneidade, companhia. Exemplos:
˃˃ síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
˃˃ tele – : Distância, afastamento. Exemplos:
˃˃ elevisão, telepatia, telégrafo
→→ Prefixos de Origem Latina
˃˃ a-, ab-, abs – : Afastamento, separação. Exemplos:
˃˃ aversão, abuso, abstinência, abstração
˃˃ a-, ad – : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:
˃˃ adjunto,advogado, advir, aposto
˃˃ ante – : Anterioridade, procedência. Exemplos:
˃˃ antebraço, antessala, anteontem, antever
˃˃ ambi – : Duplicidade. Exemplos:
˃˃ ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
˃˃ ben(e)-, bem – : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
˃˃ benefício, bendito
˃˃ bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:
˃˃ bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
˃˃ circu(m) – : Movimento em torno. Exemplos:
˃˃ circunferência, circunscrito, circulação
˃˃ cis – : Posição aquém. Exemplos:
˃˃ cisalpino, cisplatino, cisandino
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˃˃ co-, con-, com – : Companhia, concomitância. Exemplos:


˃˃ colégio, cooperativa, condutor
˃˃ contra – : Oposição. Exemplos:
˃˃ contrapeso, contrapor, contradizer
˃˃ de – : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
˃˃ decapitar, decair, depor
˃˃ de(s)-, di(s) – : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:
˃˃ desventura, discórdia, discussão
˃˃ e-, es-, ex – : Movimento para fora. Exemplos:
˃˃ excêntrico, evasão, exportação, expelir
˃˃ en-, em-, in – : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento.
Exemplos:
˃˃ imergir, enterrar, embeber, injetar, importar
˃˃ extra – : Posição exterior, excesso. Exemplos:
˃˃ extradição, extraordinário, extraviar
˃˃ i-, in-, im – : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:
˃˃ ilegal, impossível, improdutivo
˃˃ inter-, entre – : Posição intermediária. Exemplos:
˃˃ internacional, interplanetário
˃˃ intra – : Posição interior. Exemplos:
˃˃ – intramuscular, intravenoso, intraverbal
˃˃ intro – : Movimento para dentro. Exemplos:
˃˃ introduzir, introvertido, introspectivo
˃˃ justa – : Posição ao lado. Exemplos:
˃˃ justapor, justalinear
˃˃ ob-, o – : Posição em frente, oposição. Exemplos:
˃˃ obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
˃˃ per – : Movimento através. Exemplos:
˃˃ percorrer, perplexo, perfurar, perverter
˃˃ pos – : Posterioridade. Exemplos:
˃˃ pospor, posterior, pós-graduado
˃˃ pre – : Anterioridade . Exemplos:
˃˃ prefácio, prever, prefixo, preliminar
˃˃ pro – : Movimento para frente. Exemplos:
˃˃ progresso, promover, prosseguir, projeção
˃˃ re – : Repetição, reciprocidade. Exemplos:
˃˃ rever, reduzir, rebater, reatar
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˃˃ retro – : Movimento para trás. Exemplos:


˃˃ retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
˃˃ so-, sob-, sub-, su – : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
˃˃ soterrar, sobpor, subestimar
˃˃ super-, supra-, sobre – : Posição superior, excesso. Exemplos:
˃˃ supercílio, supérfluo
˃˃ soto-, sota – : Posição inferior. Exemplos:
˃˃ soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
˃˃ trans-, tras-, tres-, tra – : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
˃˃ transatlântico, tresnoitar, tradição
˃˃ ultra – : Posição além do limite, excesso. Exemplos:
˃˃ ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
˃˃ vice-, vis – : Em lugar de. Exemplos:
˃˃ vice-presidente, visconde, vice-almirante

Sufixos
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam
nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera.
Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um
substantivo, por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam
as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extre-
mamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que
formam nomes de agente.
→→ Sufixos que formam nomes de ação

-ada – caminhada -ez(a) – sensatez, beleza


-ança – mudança -ismo – civismo
-ância – abundância -mento – casamento
-ção – emoção -são – compreensão
-dão – solidão -tude – amplitude
-ença – presença -ura – formatura

→→ Sufixos que formam nomes de agente

-ário(a) – secretário -or – lutador


-eiro(a) – ferreiro -nte – feirante
-ista – manobrista
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Exercícios
01. Considerado o português atual do Brasil, a alternativa que contém exemplo recente do processo
de revitalização do léxico a partir da criação ou emprego de novas palavras é
a) taxionomias.
b) tipológicas.
c) inteligíveis.
d) etnossaberes.
e) imaterial.
02. Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou
seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos,
a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o
fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condi-
ções históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a
constituição de civilizações.
A forma verbal “complexificaria” aparece sublinhada de vermelho no corretor de texto, o que
mostra que não é uma palavra dicionarizada; isso significa que essa palavra:
a) não deve ser usada;
b) mostra erros em sua estrutura;
c) deve ser um arcaísmo;
d) pode tratar-se de um neologismo;
e) representa uma variação coloquial de linguagem.
03. A palavra abaixo que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:
a) agressão;
b) imposição;
c) repressão;
d) familiar;
e) desgaste.
04. A palavra abaixo, retirada do texto 1, que apresenta um processo de formação distinto dos demais é:
a) chineses;
b) recentemente;
c) milenar;
d) desagregadores;
e) imediatismo.
05. O texto emprega alguns vocábulos formados com o sufixo –ção. Os dois vocábulos abaixo que
mostram processo de formação exatamente idêntico são:
a) demonstração / coração
b) construção / inclinação
c) digitação / discrição
d) perturbação / equitação
e) cassação / ficção
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Gabarito
01 - D
02 - D
03 - E
04 - D
05 - B

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Língua Portuguesa����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Flexões Nominais��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
De Gênero����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
De Número���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Flexões Verbais�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Pessoa������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Número��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Tempo�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Modo�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Voz�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Desinências Verbais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

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Língua Portuguesa
Flexões Nominais
Indicam gênero e número.
˃˃ Ex.: casa – casas, gato – gata.
De Gênero
Os substantivos masculinos são antecedidos pelos artigos “o, os, um, uns”. Como exemplo, temos
os substantivos: o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes.
Já os substantivos femininos são antecedidos pelos artigos “a, as, uma, umas”. É o caso de: a agra-
vante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.
A maioria dos substantivos tem duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino.
Trata-se dos substantivos biformes.
Vejamos algumas regras de formação do feminino para o masculino, funcionando também o
oposto com a mesma regra:
1) Substantivos terminados em “o” mudam para “a”:
˃˃ o sapo = a sapa
2) Substantivos terminados em “ão” mudam para “ã”, outros para “oa” e ainda para “ona” (neste
caso, em aumentativos).
˃˃ o capitão = a capitã
˃˃ o tecelão = a tecelã / teceloa
˃˃ o chorão = a chorona
3) Substantivos terminados em “or” formam o feminino com o acréscimo de “a”.
˃˃ o doutor = a doutora
4) Alguns substantivos terminados em “or” podem fazer feminino, mudando essa terminação para
“eira”. 0 sufixo “eira” pode indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira;
pessoa faladeira.
˃˃ o arrumador = a arrumadeira
˃˃ o trabalhador = a trabalhadeira
˃˃ o lavador = a lavadeira
5) Alguns substantivos com terminação “e” podem fazer o feminino mudando a terminação para
“a”.
˃˃ o infante = a infanta
˃˃ o governante = a governanta
6) Substantivos terminados em “ês”, “L” e “z” fazem o feminino com o acréscimo de “a”.
˃˃ o freguês = a freguesa
˃˃ o oficial = a oficiala
˃˃ o juiz = a juíza
7) Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se acham
empregados:
˃˃ a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe)
˃˃ a grama (relva) - o grama (unidade de peso)
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De Número
Os nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais), de modo geral, admitem a flexão de
número: singular e plural.
→→ Plural dos Substantivos Simples
Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’, deve ser acrescida a con-
soante ‘s’ ao final da palavra. Observemos os exemplos:
˃˃ herói - heróis
Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’, devem ser acrescidas as consoantes ‘ns’ ao
final da palavra. Observemos os exemplos:
˃˃ abordagem - abordagens
Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’, devem ser acrescidas as letras ‘es’ ao
final da palavra. Observemos os exemplos:
˃˃ hambúrguer - hambúrgueres
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ por ‘is’.
Observemos os exemplos:
˃˃ girassol - girassóis
→→ Há duas exceções:
˃˃ mal - males
˃˃ cônsul - cônsules
→→ Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas:
a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’:
˃˃ juvenil - juvenis
b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’:
˃˃ inútil - inúteis
→→ Os substantivos terminados em consoante ‘z’ e ‘s’ fazem o plural de duas formas:
a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’.
˃˃ algoz - algozes
b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis.
˃˃ férias - férias
˃˃ ônibus - ônibus
→→ Os substantivos terminados em ‘ão’ podem ser pluralizados de três formas:
a) Substituindo o ‘ão’ por ‘ões’:
˃˃ doação - doações
b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’:
˃˃ alemão - alemães
c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’:
˃˃ cidadão - cidadãos
→→ Os substantivos terminados em consoante ‘x’ são invariáveis:
˃˃ córtex - córtex
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Flexões Verbais
Dentre todas as classes gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada
pelos verbos. As flexões verbais estão relacionadas a:

Pessoa
Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no
plural.

Número
Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.
Singular Plural
Eu gosto de estudar. Nós chegamos cedo.
Tu andas depressa. Vós estais com pressa.
Ele é muito gentil. Eles são educados.
Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o processo verbal se encontra devi-
damente flexionado, tendo em vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles).

Tempo
Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo ora con-
cluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelos tempos presente,
pretérito e futuro.

Modo
Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso:
˃˃ Modo indicativo: exprime um fato certo, concreto.
˃˃ Modo subjuntivo: exprime um fato hipotético, duvidoso.
˃˃ Modo imperativo: exprime uma ordem, expressa um pedido

Voz
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:
˃˃ Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.
»» Os professores aplicaram as provas.
˃˃ Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.
»» As provas foram aplicadas pelos professores.
˃˃ Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal.
»» O garoto feriu-se com o instrumento.
˃˃ Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito.
»» Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.

Desinências Verbais
Desinências modo-temporais (DMT) e desinências número-pessoais (DNP).
˃˃ Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT).
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Exercícios
01. A flexão das formas verbais e a articulação entre seus tempos e modos estão plenamente ade-
quadas na frase:
a) Quem caminhasse pelas grandes cidades virá a constatar que elas contessem muitas surpresas.
b) Numa época em que a velocidade se impuser de forma ainda mais drástica, valerá a pena
buscar alternativas.
c) Se ninguém vir a buscar caminhos alternativos, nenhuma possibilidade real de libertação
seria explorada.
d) Nosso estilo de vida levará-nos a impasses urbanos que dificilmente encontrariam alguma
forma de solução.
e) A convicção do poeta acena para a criação nossa de caminhos próprios, da qual advisse um
novo prazer de viver.
02. Texto:
Quem protege os cidadãos do Estado?
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações internacionais ratificadas pelos
países, busca garantir aos cidadãos o acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras si-
tuações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo políticas públicas autoritárias, inves-
tindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a evitar que haja risco para a
vida das pessoas nesses casos, como a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fron-
teiras. Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar em regiões de conflito
onde há perigo para a população.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência de voluntariado em uma
guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma
organização que pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em conflitos e
guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma posição política favorável ou contrária aos lados
envolvidos. Assim, seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte bombardeio para
atender os que estão feridos e sob risco de vida.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é preciso que as partes envolvi-
das no conflito respeitem os direitos dos pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localiza-
ção de suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é proporcionar uma atuação
transparente, que sublinhe o caráter humanitário da ação dos profissionais da organização.
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate

A opção em que a nominalização do segmento sublinhado está INCORRETA é:


a) “busca garantir aos cidadãos o acesso pleno” / busca a garantia aos cidadãos do acesso pleno”.
b) “estabelecendo políticas públicas autoritárias” / com o estabelecimento de políticas públicas
autoritárias.
c) “investindo poucos recursos” / com o investimento de poucos recursos.
d) “envolvendo civis em conflitos armados” / com o envolvimento de civis em conflitos armados.
e) “proporcionar uma atuação transparente” / proporção de uma atuação transparente.
Gabarito
01 - B
02 - E
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Oração Subordinada�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Período Composto por Subordinação�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Síntese�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Forma das Orações Subordinadas�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificação das Orações Subordinadas�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Orações Reduzidas������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Oração Subordinada
Período Composto por Subordinação
No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal
e oração subordinada.
O período “Muitos querem seu retorno.” é um período simples, pois apresenta uma única oração.
Nele podemos identificar:
Se transformarmos o período simples acima em um período composto, teremos: Muitos querem
que você retorne.
1ª oração: Muitos querem
2ª oração: que você retorne.
→→ a 2ª oração funciona como objeto direto do verbo da 1ª oração.
Verificamos, então, que:
I. a 1ª oração não exerce, no período acima, nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada
de oração principal.
II. a 2ª oração depende da 1ª, serve de termo (objeto direto) da 1ª e completa o sentido. Por esse motivo,
a 2ª oração é chamada de oração subordinada.

Síntese
Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e
tem associada a si uma oração subordinada.
Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função
sintática (sujeito, objeto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal.

Forma das Orações Subordinadas


Observe o exemplo abaixo:
Eu percebo que em minhas ações existe teu jeito. (oração principal + oração subordinada)
As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos (tempos do modo do
indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima.
Veja:
Eu percebo existir em minhas ações o teu jeito. (oração principal + oração subordinada)
→→ A conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo
verbo surge numa das formas nominais (infinitivo – flexionado ou não – , gerúndio ou particípio)
chamamos orações reduzidas ou implícitas.
→→ As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
eventualmente, introduzidas por preposição.

Classificação das Orações Subordinadas


As orações subordinadas cumprem uma função sintática em relação à oração principal. Neste
sentido, dependendo de sua função sintática que desempenham há três tipos de orações subordina-
das: as substantivas, adjetivas ou relativas e as adverbiais. Além disso, todas podem apresentar se na
forma reduzida.

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Orações Reduzidas
Quanto à função, como toda oração subordinada, as orações reduzidas desempenham alguma
função sintática na relação com o verbo da oração principal.
Podemos reconhecer orações reduzidas pela forma com que se apresentam: são orações subor-
dinadas que introduzem uma oração sem uso de um conectivo, apresentando um verbo em uma de
suas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Como se vê nos exemplos a seguir:
1) “É importante ter uma alimentação balanceada”;
2) “O governo disse ser importante a aprovação das medidas propostas”;
Orações reduzidas se opõem às orações desenvolvidas, aquelas orações subordinadas iniciadas por
conectivo. E, virtualmente, toda oração reduzida pode ser eventualmente passada à forma desenvolvida:
1) “É importante que se tenha uma alimentação balanceada”;
2) “O governo disse que é importante a aprovação das medidas propostas”;
Exercícios
Depois que se tinha fartado de ouro, o mundo teve fome de açúcar, mas o açúcar consumia escravos.
O esgotamento das minas − que de resto foi precedido pelo das florestas que forneciam o combustível
para os fornos −, a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura mundial crescente, orientam São
Paulo e o seu porto de Santos para o café. De amarelo, passando pelo branco, o ouro tornou-se negro.
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num dos centros do
comércio internacional, o local conserva uma beleza secreta; à medida que o barco penetra lenta-
mente por entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos encerrados
num canal verdejante. Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas plantas que o Rio ainda
mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se estabelece, num palco mais
modesto, o contato com a paisagem.
O arrabalde de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e pântanos, entrecortada por
riachos estreitos e canais, cujos contornos são perpetuamente esbatidos por uma bruma nacarada,
assemelha-se à própria Terra, emergindo no começo da criação. As plantações de bananeiras que a
cobrem são do verde mais jovem e terno que se possa imaginar: mais agudo que o ouro verde dos
campos de juta no delta do Bramaputra, com o qual gosto de o associar na minha recordação; mas é
que a própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com a suntuosidade tran-
quila da outra, contribuem para criar uma atmosfera primordial.
Durante cerca de meia hora, rolamos por entre bananeiras, mais plantas mastodontes do que
árvores anãs, com troncos plenos de seiva que terminam numa girândola de folhas elásticas por sobre
uma mão de 100 dedos que sai de um enorme lótus castanho e rosado. A seguir, a estrada eleva-se
até os 800 metros de altitude, o cume da serra. Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas
abruptas protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão rica que para encontrarmos igual
a ela teríamos de percorrer vários milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de
tal modo se sucedem em espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas, posso
examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o meu olhar como espécimes de museu.
(Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Coimbra, Edições 70, 1979, p. 82-3)

01. As orações reduzidas ... para encontrarmos igual a ela... (4° parágrafo) e ... estendendo-se
perante o meu olhar... (último parágrafo), no contexto em que ocorrem, podem ser distendidas
da seguinte forma:
a) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se estendem perante o meu olhar.
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b) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem perante o meu olhar
c) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante o meu olhar
d) para que encontrássemos igual a ela / quando se estendem perante o meu olhar
e) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam perante o meu olhar
02. No segmento ...hoje pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente..., a oração
sublinhada complementa o sentido de um
a) verbo, e pode ser substituída por um substantivo.
b) verbo, e pode ser substituída por um adjetivo.
c) substantivo, e pode ser substituída por um verbo.
d) verbo, e pode ser substituída por outro verbo.
e) substantivo, e pode ser substituída por um adjetivo.
Gabarito
01 - C
02 - A

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Crase – Emprego de Acento Grave��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Regra Geral�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Quando Ocorre�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Regência�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Regras Básicas��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

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Crase – Emprego de Acento Grave


Regra Geral
A crase denota “fusão”. O sinal indicador deste fenômeno gramático é o acento grave.
Quando Ocorre
A crase ocorre quando a preposição “a” funde-se com:
1) O artigo feminino “a” ou “as”.
2) Os pronomes relativos “a qual” e “as quais”.
3) Os pronomes demonstrativos “a”, “aquele”(s), “aquela”(s), “aquilo”.
Somos contrários (a+a) à reforma;
Esta é a rua (a+a qual) à qual me refiro;
Entregou a mercadoria (a+aqueles) àqueles clientes;
A sua meta é igual (a+a) à que eu tracei;
Regência
A crase está diretamente relacionada à regência de verbos e nomes.
a) Conheci a diretora da empresa.
b) Agradeci (a + a) à diretora da empresa;
c) Saiu do campo em direção a cidade;
d) Saiu do campo em direção (a + a) à cidade escolhida;
e) Agiu favoravelmente (a + a) à acusada.
f) Há drogas que são nocivas (a + a) à saúde.
Verbos Dica Exemplo

Aspirar (=desejar; regência tradicional) Quem aspira aspira a ... Aspirar à meta.

Assistir (=presenciar; regência tradicional) Quem assiste assiste a ... Assistir à novela.

Quem perdoa perdoa alguma coisa a


Perdoar Perdoar o erro à criança.
alguém ...

Obedecer (regência tradicional) Quem obedece obedece a ... Obedecer à lei.

Visar (= ter em mente; regência tradicional) Quem visa visa a ... Visar à meta.

Substantivos e Adjetivos Dica Exemplo

Atento Quem é atento é atento a ... Atento à aula.

Contrário Quem é contrário é contrário a ... Contrário à guerra.

Devoção Quem tem devoção tem devoção a ... Devoção à santa.

Anterior Algo é anterior a ... Anterior à invenção da escrita.

Desfavorável Quem é desfavorável é desfavorável a ... Desfavorável à doação.

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Grato Quem é grato é grato a ... Grato à comunidade.

Idêntico Quem é idêntico é idêntico a ... Idêntico à irmã.

Nocivo Algo é nocivo a ... Nocivo à saúde.

Próximo Algo é próximo a ... Próximo à sala.

Horror Quem tem horror tem horror a ... Horror à guerra.

Indiferente Quem é indiferente é indiferente a ... Indiferente à guerra do Iraque.

Obediente Quem é obediente é obediente a ... Obediente à lei.

Necessário Algo é necessário a ... Necessário à escola.

Posterior Algo é posterior a ... Posterior à invenção da escrita.

Regras Básicas
1) A por AO
Trocar o termo feminino após a preposição [a] por uma palavra masculina. Se aparecer a combi-
nação ao, então haverá crase.
Somos contrários (a+a) à reforma;
Somos contrários (a+o) ao plano;
Sua decisão é relativa à corrupção.
Sua decisão é relativa ao início da votação.
Ficaremos prontos daqui a uma hora.
Ficaremos prontos daqui a um dia.
2) Lugar
Quem vai a _____ e volta da _______, crase há.
Quem vai a _____ e volta de _______, crase para quê?
Vou a Curitiba.
Vou à Curitiba dos meu sonhos. (especificação)
Vou à Alemanha.
3) A + palavra no plural: crase passa mal.
Refiro-me a manifestações políticas.
Exercícios
01. “A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral, e a cada em
particular. Mas isso não basta, e é necessário acrescentar: sem o consentimento de maior nem
igual nem menor que ele.” “O soberano de uma República, seja ele uma assembleia ou um
homem, não está absolutamente sujeito ..I.. leis civis. Pois tendo o poder de fazer ou desfazer
as leis, pode, quando lhe apraz, livrar-se dessa sujeição revogando as leis que o incomodam e
fazendo novas.”
A primeira destas frases é do francês Jean Bodin (1576). A segunda é de Thomas Hobbes (1651).
Ambos conferem ao Príncipe legítimo uma potência (potestas) tal que o exercício do seu poder
acha-se, como se vê, liberto de toda norma ou regra. E, para medirmos a inovação assim introduzida,
basta recorrermos ..II.. frase de um teólogo do século XII: “A diferença entre o príncipe e o tirano é
que o príncipe obedece à Lei e governa ..III.. seu povo em conformidade com o Direito.”
(Adaptado de: LEBRUN, Gérard. O que é poder. Tradução de Renato Janine Ribeiro e Silvia Lara. São Paulo: Brasiliense, 1995, p.
28-29.)

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Preenchem corretamente as lacunas I, II e III do texto, na ordem dada:


a) às – à – o
b) às – a – ao
c) as – à – ao
d) às – a – o
e) as – à – o
02. Quanto ...... origens do ruído, o pensador David le Breton ...... associa ao utilitarismo, com que
se relaciona, por vezes, ...... racionalismo, que dispõe a experiência dos sentidos em segundo
plano.
Preenche as lacunas da frase acima, correta e respectivamente, o que se encontra em:
a) as − às − ao
b) a − a − ao
c) às − às – ao
d) as − as – o
e) às − as − o
03. Quanto à ocorrência de crase, é correto afirmar:
a) Em o mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (3° parágrafo), pode ser acrescentado o
sinal indicativo de crase ao termo sublinhado, uma vez que a regência do verbo “aceitar” o
permite.
b) Em o mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (3° parágrafo), caso o verbo em destaque
seja substituído por “prefere”, o termo sublinhado deverá ser também substituído por “à”.
c) Em especialista em questões ligadas à Amazônia (1° parágrafo), o sinal de crase pode ser
suprimido, uma vez que se trata de uso opcional da preposição “a”.
d) Em o nome da região de que a arte em questão vem (2° parágrafo), caso se substitua o verbo
em destaque por “advém”, o termo sublinhado terá de ser substituído por “à”.
e) Em E você encontrou uma resposta a essa pergunta? (3° parágrafo), pode-se substituir o
segmento sublinhado por “à”, do mesmo modo que em para responder a sua pergunta (2°
parágrafo).
Gabarito:
01 - A
02 - E
03 - E

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Casos Proibitivos�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

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Casos Proibitivos
1) Antes de palavra masculina, pois não haverá artigo feminino.
Vamos passear a pé.
Andaremos a cavalo.
Chegaremos a tempo.
Dica: Emprega-se crase quando houver palavra feminina elíptica (implícita).
Vou à [praça] Rui Barbosa;
2) Antes de plural, pois o plural generaliza a palavra.
É importante saber aplicar castigos a crianças. (qualquer criança)
Dica:
É importante saber aplicar castigos às crianças. (crianças específicas, ex.: filhos)
3) Antes de preposição.
Esteve perante a juíza para prestar esclarecimentos.
Dica: Quando há elipse de palavra feminina.
A taxa de inflação no Brasil iguala-se à [ ] de países mais pobres.
4) Antes de números / numerais cardinais, pois não são determinados por artigo.
Ficaremos de dez a vinte dias.
Dica: Quando houver especificação.
Os troféus foram dados às (a + as) três primeiras colocadas.
5) Antes do artigo indefinido [uma], pois não há artigo definido antes de um indefinido.
Iremos a uma cidade distante.
Dica: com a locução adverbial “à uma” (uma => numeral, sentido de ao mesmo tempo).
Os alunos cantaram à uma só voz.
6) Antes de pronome (pessoais, indefinidos, interrogativos, de tratamento, relativos ou demonstra-
tivos).
Entreguei a Vossa Excelência. (Tratamento)
Enviei o presente a ela. (Pessoal)
Dica: com crase se for senhora/senhorita ou se houver especificação:
Desejo à senhora e à senhorita boa viagem.
7) Expressões com substantivos idênticos.
Gota a gota.
Cara a cara.
Dica: Quando não se tratar de expressão, haverá crase:
A população declarou guerra à guerra.
8) Antes de verbos.
Temos muitas contas a pagar.

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Exercícios
01. No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do pronome, a alterna-
tiva que completa corretamente a frase O palestrante deu um conselho... é:
a) à alguns jovens que escutavam-no.
b) à estes jovens que o escutavam.
c) àqueles jovens que o escutavam
d) à juventude que escutava-o.
e) à uma porção de jovens que o escutava.
02. A frase em que há uso adequado do sinal indicativo de crase encontra-se em:
a) A tendência de recorrer à adaptações aparece com maior força na Hollywood do século 21.
b) É curioso constatar a rapidez com que o cinema agregou à máxima.
c) A busca pela segurança leva os estúdios à apostarem em histórias já testadas e aprovadas.
d) Tal máxima aplica-se perfeitamente à criação de peças de teatro.
e) Há uma massa de escritores presos à contratos fixos em alguns estúdios.
03. O elemento sublinhado pode ser corretamente substituído pelo que se encontra entre parênte-
ses em:
a) conduzia à proliferação de um saber erudito (à uma difusão)
b) Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais (à ideias)
c) relativo ao papel da ciência (à função)
d) Contrapondo-se àqueles que valorizam (à quem)
e) cuja descoberta lhe proporciona (à qual)
04. Atente para as frases abaixo, redigidas a partir de frases do texto modificadas.
I. O Brasil não figura entre os países mais suscetíveis à catástrofes naturais.
II. Em alguns locais, existe uma suscetibilidade natural à ocorrência de desastres, como secas,
enchentes e deslizamentos.
III. Certas atitudes relacionadas à cultura humana podem impactar o desfecho final de uma
situação de risco.
O sinal de crase está empregado corretamente APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) II.
e) III.
Gabarito
01 - C
02 - D
03 - C
04 - A

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Crase – Casos Facultativos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Antes de nome próprio feminino.�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Antes de pronome possessivo feminino.��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Depois da preposição até, caso haja substantivo feminino em seguida.����������������������������������������������������������������2

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Crase – Casos Facultativos


Antes de nome próprio feminino.
Refiro-me a / à Patrícia.
Ele me comparou a Cecília Meireles.
(Sem crase, pois é figura pública, não é próxima dos interlocutores)
Antes de pronome possessivo feminino.
O autor escreveu a obra a sua filha. / à sua filha.
(É facultativo o uso de artigo antes de pronome possessivo, logo a crase também é facultativa).
Estamos à sua disposição. / a sua disposição.
Obs.: O prefeito atendeu à população./a população.
Depois da preposição até, caso haja substantivo feminino em seguida.
Dirija-se até a / à porta.
Exercícios
01. O sinal indicativo de crase pode ser acrescido, por ser facultativo, à expressão destacada em:
a) Meditar é aprender a estar aqui, agora. (5° parágrafo)
b) se voltavam ávidos a técnicas milenares de relaxamento... (2° parágrafo)
c) Agora sente o sol aquecendo as escamas. (3° parágrafo)
d) o macarrão que esfria, a minha frente. (6° parágrafo)
e) Esquece as moscas. (3° parágrafo)
02. Afirma-se corretamente:
a) No segmento que talvez sejam essenciais para a realização criativa, o elemento sublinhado
pode ser suprimido, uma vez que se encontra diante da preposição “a”.
b) Caso o elemento sublinhado em A mimese adiciona uma dimensão representativa à
imitação seja substituído por “arte de imitar”, o sinal indicativo de crase deve ser suprimido.
c) Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado em Firmam-se no que lhes é
conhecido e seguro pode ser substituído por “à elas”.
d) Na frase “vemos em todo ser humano e em muitos animais propensões psicológicas, e até
fisiológicas, à imitar”, o uso do sinal indicativo de crase é adequado.
e) O sinal indicativo de crase no segmento fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à
nossa volta é facultativo e pode ser suprimido.
03. Uma frase escrita com clareza e correção é:
a) Depois de ler poetas como Castro Alves e Olavo Bilac, Torquato Neto dedicou-se à leitura de
Machado de Assis.
b) Torquato Neto resolveu-se à cursar o científico em Salvador, cidade que se encontrava um
agitado meio artístico.
c) Em 1960, Salvador era um centro voltado à diversas manifestações culturais, as quais se
destacava a literatura.
d) Glauber Rocha ligava-se à uma arte agressiva e de vanguarda, como também de Lina Bo
Bardi e Joaquim Koellreutter.
e) Torquato Neto ignorava de que iria ser exposto à essa agitação cultural a que tomava conta
em Salvador no início dos anos 1960.
Gabarito:
01 - D
02 - E
03 - A

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