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Marcello Giulian
Þ Aparato teórico:
1. Dirige-se ao leitor:
Existem diversas maneiras por meio das quais o autor de um texto pode dirigir-
se explicitamente ao leitor.
Mais comum em textos litúrgicos (“AMAI uns aos outros), também não é
incomum como recurso expressivo de textos mais antigos escritos em estilo culto.
2. Manifesta-se:
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Pensamos sempre que isso não acontece (nós pensamos = primeira pessoa do plural)
(A) Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou
apenas onze anos, e se chamava Zig. (1º parágrafo)
(B) Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de
escrever e, pegando uma velha pena de pato, me porei a narrar a crônica dos
Braga. (1º parágrafo)
(C) Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito
bem, porque Zig era cachorro mesmo. (2º parágrafo)
(D) Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter sido literatura de algum
Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. (3º parágrafo)
(E) Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o
olho do cachorro. (4º parágrafo)
RESPOSTA COMENTADA
A menção aos leitores é feita por meio da conjugação do verbo “dizer” no imperativo:
“direis”. O imperativo é sempre uma alusão direta ao leitor/interlocutor. Por exemplo:
“Corra (você) o mais rápido possível”; “Direis (vós) que o nome é absurdo”; “Trabalha
(tu) bastante”.
Gabarito: C.
(A) Pode-se descrer do juízo de um homem que rasgue dinheiro, não porém do de
outro que reparta dinheiro conosco. (2º parágrafo).
(B) Raciocinava perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida
mudara. (2º parágrafo).
(C) Se o senhor me prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte
e receberão grandezas. (4º parágrafo).
(D) Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para
todos. (1º parágrafo).
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(E) Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e televisão iniciar a
campanha de esclarecimento universal. (6º parágrafo).
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
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RESPOSTA COMENTADA
O autor dirige-se explicitamente ao leitor do texto utilizando, mais uma vez, um verbo
conjugado no modo imperativo. No caso, trata-se do verbo “ler”: “Lede (vós) o Um pé
de milho”.
Gabarito: B.
“Acontece em toda parte, mas no Rio tem um jeito especial de acontecer que me
emociona mais.” Assim começa Rubem Braga uma de suas admiráveis crônicas,
reunidas no Um pé de milho e o Um pé de milho é para mim a melhor coisa desta semana
de que me compete dar contas ao leitor. Portanto, e sem vacilação, lede o Um pé de
milho; e lede-o à boa e santa maneira, não solicitando ao autor um exemplar, que o
famoso Braga é, como qualquer um de nós, um proletário das letras.
Mas por que disse “cronista”? Grande poeta é o que ele é, e grande contista que,
por uma imposição do temperamento, se furta à maçada de escrever contos. Não sei de
muitos poemas, em nossa lira de hoje, que se comparem a “Passeio à infância”, “Da
praia”, “Choro”, coisas que o Braga displicente foi largando pelos jornais. Por sua vez,
“Aula de inglês” e “Eu e Bebu na hora neutra da madrugada” são contos com preguiça
de se tornarem contos. Já em “História do caminhão”, a identificação do gênero será
mais complexa, pois a composição é atravessada por uma corrente de surrealismo que
conduz o Braga pelos rumos mais extraordinários, sem que este aparentemente a
controle. Controla, apesar de tudo. Em suma, cronista, contista, poeta, está-se vendo que
o que ele é verdadeiramente é um dos nossos mais altos escritores. Um Machado de Assis
tendo a mais a poesia, a dolência e a pura comoção humana que são dons peculiares ao
Braga.
RESPOSTA COMENTADA
O autor do texto questiona a si mesmo no trecho “Mas por que disse ‘cronista’?”. Nesse
segmento, o que Drummond faz é questionar a si mesmo acerca do motivo pelo qual ele
chamou Rubem Braga de “cronista”: “Mas por que (EU) disse ‘cronista’? Grande poeta
é o que ele é”. Ou seja: Drummond questiona-se sobre ter chamado Braga de cronista,
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Gabarito: A.
1 Antigamente, se morria.
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
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e virar fotografia?
Ninguém vivia pra sempre.
Afinal, a vida é um upa.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: B.
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RESPOSTA COMENTADA
O autor dirige-se explicitamente ao leitor do texto utilizando, mais uma vez, um verbo
conjugado no modo imperativo. No caso, trata-se do verbo “acreditar”: “Acreditai
(vós)”.
Gabarito: D.
II. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo,
Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o
céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de
propriedade. (1º parágrafo)
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III. − Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade
tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. (2º
parágrafo)
(A) II.
(B) I.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
RESPOSTA COMENTADA
O narrador dirige-se ao leitor apenas no segmento I, por meio da expressão “vos digo”,
que equivaleria a “digo a vocês (leitores)”. No segmento III há uma armadilha: no
trecho “Vejam vocês”, não é o narrador quem está se dirigindo a alguém, pois se trata
de uma reflexão do personagem Rubião, como indica a passagem “pensa ele”, colocada
a seguir.
Gabarito: B.
(A) “Na beira da noite a gente estava sem rumo.” (verso 33)
(B) “Nessa hora já o morro encostava no sol.” (verso 19)
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
Þ Aparato teórico:
1. A regra geral:
A regra geral de concordância nos diz que o verbo concorda com o núcleo do
sujeito. Sobre o núcleo do sujeito, temos de dominar duas informações:
a) O núcleo do sujeito não será antecedido por preposição (ou seja, elementos
preposicionados não podem ser núcleo do sujeito);
A proprietária dos cães xingou os vizinhos. (O termo “cães” não pode ser núcleo, por
ser antecedido por preposição).
2. As perguntas do sujeito:
Temos de dominar também as três “perguntas do sujeito”, que deverão ser feitas para o
verbo e irão orientar-nos quanto à localização do sujeito.
As mulheres farão um cartaz. (Quem é que fará? Resposta: “as mulheres” = sujeito)
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Sobraram poucas vagas. (Que é que sobrou? Resposta: “poucas vagas” = sujeito)
Caso haja uma locução verbal acompanhada pela partícula “se”, vale o mesmo
raciocínio. Na locução verbal, o verbo que flexiona e vai para o plural é o verbo
auxiliar:
“Podem-se fazer algumas mudanças.” (Que é que se pode fazer? “algumas mudanças” =
sujeito)
Se a resposta para a pergunta do sujeito vier antecedida por preposição, não será
sujeito (será objeto indireto ou adjunto adverbial) e o verbo permanecerá no singular:
“Não se ADMITE que as pessoas sejam infelizes.” (Que é que não se admite? “Que as
pessoas sejam felizes” = sujeito oracional = verbo que concorda com ele fica no
singular)
“Não se ADMITE as pessoas serem infelizes.” (Que é que não se admite? “As pessoas
serem infelizes” = sujeito oracional = verbo que concorda com ele fica no singular)
“Não se ADMITE fazer coisas ruins.” (Que é que não se admite? “Fazer coisas ruins” =
sujeito oracional = verbo que concorda com ele fica no singular)
5. Haver:
Se, em uma locução verbal, o verbo principal (o último) for o verbo “haver” no
sentido de “existir”, TODA A LOCUÇÃO FICA NO SINGULAR:
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“Deve haver problemas graves” (= “devem existir problemas graves”; todos os verbos
da locução ficam no singular)
Caso o verbo “haver” seja auxiliar de outro verbo, ele NÃO TERÁ o sentido de
“existir” e, nesse caso, poderá ir para o plural normalmente, concordando com o sujeito:
“Haviam restado poucos doces.” (“haver”, aqui, não está no sentido de existir. Não
teríamos como ler a frase como “Existiam restado poucos doces”. Portanto, ele vai para
o plural normalmente.
Observação:
(A) Não se admitem que os jovens poetas passem de repente a desonrar sua
admiração inicial pelos poetas mais velhos.
(B) Aos jovens poetas não sucede permanecerem fiéis à admiração já demonstrada
pelos poetas mais velhos.
(C) Caberiam aos moços talentosos aproveitar melhor as boas lições que lhes foram
passadas pelos velhos mestres.
(D) Haveria de passar muitos anos para que aqueles jovens poetas recuperassem seu
respeito pelos mestres de outrora.
(E) Recomendam-se aos críticos que não levem em conta os ardores fortes e
voluntariosos dos jovens poetas.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: B.
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(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam por identificar o
estilo mesmo de quem as escreveu.
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca falta a espontaneidade
dos bons escritos.
(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a facilidade que encontra
ela em escrever seus textos.
(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a autora, logo se dissipou
em sua primeira tentativa.
(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escritora, do que os que a
levaram a imaginar histórias.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: B.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para
integrar corretamente a frase:
RESPOSTA COMENTADA
A) O espetáculo atrai.
B) Haverá (impessoal).
C) Fixar-se não convém.
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Gabarito: D.
(A) São de se imaginar que esses cartões de Natal transmitam os votos mais
sinceros?
(B) A execução de todos os nossos desejos caberia aos dias que dezembro faz
correr.
(C) Dispõe-se no canteiro que há dentro de nós alguns afetos junto a ervas ingratas.
(D) Não se podem pretender que os cartões de Natal exprimam desejos mais
objetivos.
(E) A quais desejos sinceros se poderiam dar forma em cartões tão convencionais?
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: B.
(A) Podem-se extrair várias sugestões da viagem desses elefantes, que deixa entrever
lições preciosas da natureza.
(B) Nenhum desses acontecimentos frívolos impedem que lhes sejam atribuídos um
sentido simbólico.
(C) A falta de razão para as viagens dos elefantes aparentemente sem rumo em nada
obstam que o cronista as interprete.
(D) Ao se atirar na direção de novos mundos, os elefantes tem demonstrado sua fé
nas surpresas do caminho.
(E) Não caberiam aos leitores concluir que o movimento dos elefantes apenas
atendem a imperativos da natureza.
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
(A) A paralisia das hirtas figuras retratadas nos quadros suscitou as mais fortes
impressões no cronista Rubem Braga.
(B) É relevante o contraste que entre o samba e a música francesa se registraram nas
teclas do velho piano de cauda.
(C) Por certo escapavam irremediavelmente aos olhos congelados da viscondessa
tanta vibração de vida na fazenda.
(D) A expressão de cada uma das figuras emolduradas acabaram por ganhar
contornos de vida na imaginação desse escritor.
(E) Lamentou o cronista que a nenhum dos retratados coubessem ainda o prazer de
saborear uma simples jabuticaba.
RESPOSTA COMENTADA
A) A paralisia suscitou...
B) O contraste que se registrou...
C) Tanta vibração escapava...
D) A expressão acabou por ganhar...
E) O cronista lamentou que nenhum dos retratados coubesse...
Gabarito: A.
(A) Aos gaviões e às pombas não costumam faltar a empatia dos que pesam as
razões do lado que lhes parecem mais favorável
(B) Já não se ouve os cantos dos passarinhos de que nos desfizemos, mas também já
não nos preocupa o que lhes podiam ameaçar.
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(C) Comer pombas ou alvejar gaviões são opções que se apresentam àqueles a quem
move a força de bem específicos interesses.
(D) Fazem falta ao autor do texto ouvir tanto os cantos do seu canário como os
assovios do sofrê, de cujos encantos já não desfrutam.
(E) Sempre haverão os que defendem medidas drásticas quando se tratam de poupar
as vítimas de uma violenta predação.
RESPOSTA COMENTADA
A) Que é que costuma faltar? Resposta: “empatia”. Então, o correto seria “não costuma
faltar”. Além disso, que é que lhes parece mais favorável? Resposta: “o lado”. Então, “o
lado que lhes parece mais favorável”.
B) Que é que se ouve? Os cantos. Então, “já não se ouvem os cantos”. Além disso, que
é que lhe podia ameaçar? Resposta: O (= aquilo). Então, o que lhes podia ameaçar.
C) Correta.
D) Que é que faz falta? Resposta: “ouvir”. Então, “faz falta ouvir”. Além disso, quem é
que disfruta de algo? Resposta: “o autor”. Então, “de cujos encantos já não desfruta”.
E) “Haver” no sentido de “existir” é impessoal e fica no singular. Ou seja, “sempre
haverá os que defendem”. Além disso, “tratar-se de”, indicando assunto, sempre fica no
singular: “quando se trata de poupar as vítimas”.
Gabarito: C
Þ Aparato teórico:
Exemplo:
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a) Reprodução das palavras de alguém com algumas adaptações, sobretudo nos tempos
verbais e em alguns pronomes ou expressões de valor temporal);
c) O verbo DO DISCURSO vai para a terceira pessoa (se, no discurso direto, a frase
fosse
no discurso indireto ela viraria “João disse que ELE ERA confuso”.
A passagem do discurso direto para o indireto e vice-versa faz com que haja
necessária alteração em relação aos tempos verbais abaixo.
Exemplo:
Fabiano caminhava pela caatinga. Pensava que as coisas eram difíceis. COMO É QUE
A VIDA ME DERRUBOU ASSIM? Não sabia, era difícil saber.
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O trecho em negrito, que seria uma FALA DE FABIANO não anunciada por
verbo dicendi (“Fabiano pensou...) nem por conjunção integrante (“Fabiano pensou
que...”) é o que faz com que o trecho esteja em discurso indireto.
Caso nenhuma das alternativas faça a transposição exata, perfeita, palavra por
palavra da frase original, teremos de escolher a melhor entre as alternativas possíveis.
Não há nenhuma chance de a questão ser anulada por esse motivo. O fundamental da
transposição dos discursos é que o sentido geral da frase seja mantido. Havendo isso,
estará tudo bem. Para nossa sorte, a FCC costuma fazer a transposição perfeitinha, mas
isso pode não ocorrer.
Ao se transpor o texto acima para o discurso indireto, a forma verbal sublinhada será
substituída por
(A) foi.
(B) fosse.
(C) era.
(D) seja.
(E) fora.
RESPOSTA COMENTADA
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Tio Maneco disse para o meu pai: – Esse cachorro é veadeiro. (Direto)
Tio Maneco disse para o meu pai que aquele cachorro E RA veadeiro.
Gabarito: C.
Ao ser transpor o trecho acima para o discurso direto, o termo sublinhado assume a
seguinte forma:
(A) esperam.
(B) esperaram.
(C) esperem.
(D) esperavam.
(E) esperariam.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: C.
− [...] que [...] você foi fazer naqueles matos [...]?” (4º parágrafo)
(A) O cronista perguntou ao amigo o que ele tinha ido fazer naqueles matos.
(B) O cronista perguntou ao amigo: – O que você haveria de fazer naqueles matos?
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RESPOSTA COMENTADA
− [...] que [...] você FOI fazer naqueles matos [...]?” (4º parágrafo)
O cronista perguntou ao amigo o que ele TINHA IDO fazer naqueles matos.
Gabarito: A.
Transpondo-se a frase “Acontece em toda parte, mas no Rio tem um jeito especial de
acontecer que me emociona mais” para o discurso indireto, o resultado será: Disse que
(A) acontecia em toda parte, mas que no Rio teria havido um jeito especial de
acontecer que tinha lhe emocionado mais.
(B) acontece em toda parte, mas que no Rio teve um jeito especial de acontecer que
o emocionou mais.
(C) aconteceu em toda parte, mas que no Rio teve um jeito especial de acontecer que
o emocionara mais.
(D) aconteceria em toda parte, mas que no Rio teria um jeito especial de acontecer
que lhe emocionara mais.
(E) acontecia em toda parte, mas que no Rio tinha um jeito especial de acontecer
que o emocionava mais.
RESPOSTA COMENTADA
“Acontece em toda parte, mas no Rio tem um jeito especial de acontecer que me
emociona mais” (DIRETO)
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Disse que acontecia em toda parte, mas que no Rio tinha um jeito especial de acontecer
que o emocionava mais. (INDIRETO)
Gabarito: E.
Já esquecido de timidez e feiura: “Sabe o que eu mais quero? É embalar você no colo.”
(A) para que soubera o que ele mais quis. E respondeu que poderia ser embalar você
no colo.
(B) se soubesse o que ele mais queria. E respondeu que é embalá-la no colo.
(C) para que soubesse o que ele mais queria. E respondeu que era embalá-la no
colo.
(D) se soube o que ele mais quis. E respondeu que seria embalar você no colo.
(E) se sabia o que ele mais queria. E respondeu que era embalá-la no colo.
RESPOSTA COMENTADA
Já esquecido de timidez e feiura: “Sabe o que eu mais quero? É embalar você no colo.
(DIRETO)
Já esquecido de timidez e feiura, ele perguntou para ela se sabia o que ele mais queria. E
respondeu que era embalá-la no colo. (INDIRETO)
Gabarito: E.
"– Não, disse-lhe, deixa-me saber de tudo por boca do próprio réu.” (19° parágrafo)
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(A) deixou.
(B) deixaria.
(C) deixe.
(D) deixava.
(E) deixasse.
RESPOSTA COMENTADA
"– Não, disse-lhe, deixa-me saber de tudo por boca do próprio réu.” (DIRETO)
"– Não, disse-lhe que me deixasse saber de tudo por boca do próprio
réu.” (INDIRETO)
Gabarito: E.
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(A) Seria indelicado insistir na recusa. E depois, por que não ir àquela sala? (11º
parágrafo)
(B) Alguém, informado da viagem, pedira ao amigo que levasse uma encomenda a
Assunção. (1º parágrafo)
(C) – Não é preciso – objetou o meu amigo. – Posso esperar perfeitamente aqui
mesmo. (7º parágrafo)
(D) – Obrigado – respondeu o amigo. – Não desejamos nada. Ou você, João, deseja
alguma coisa? (14º parágrafo)
(E) – Eu? Eu acho que estou aqui de intrometido. (24º parágrafo)
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RESPOSTA COMENTADA
O discurso indireto livre ocorre quando, em meio a uma fala em discurso indireto,
intervém uma fala em discurso direto (isto é, que seria do próprio personagem), sem que
haja o anúncio por meio do verbo dicendi (aquele que anuncia o discurso direto:
“disse”, “falou”, etc.) nem da conjunção integrante (“que” ou “se”). É o que ocorre na
alternativa A.
Gabarito: A.
– Não é preciso – objetou o meu amigo. – Posso esperar perfeitamente aqui mesmo. (7º
parágrafo)
Ao ser transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação:
(A) O meu amigo objetou que não era preciso, que podia esperar perfeitamente lá
mesmo.
(B) O meu amigo objetou: – Não era preciso. Podia esperar perfeitamente lá
mesmo.
(C) O meu amigo objetou que não foi preciso, que poderia esperar perfeitamente lá
mesmo.
(D) O meu amigo objetou: – Não preciso. Posso esperar perfeitamente aqui mesmo.
(E) O meu amigo objetou que não precisaria, que esperaria perfeitamente aqui
mesmo.
RESPOSTA COMENTADA
O meu amigo objetou que não ERA preciso, que PODIA esperar perfeitamente lá
mesmo. (INDIRETO)
Gabarito: A.
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Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares
metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que
ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em
outra coisa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é
agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu
recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os
morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação
de propriedade.
– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade
tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou;
ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar,
ia disfarçadamente mirando a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os
metais que amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que
era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que aqui está na sala, um
Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja, – primor de
argentaria, execução fina e acabada.
(Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
(A) – Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. (2º parágrafo)
(B) Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. (1º parágrafo)
(C) Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é
agora? Capitalista. (1º parágrafo)
(D) Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma
esperança colateral. (2º parágrafo)
(E) – Bonita canoa! – Antes assim! – Como obedece bem aos remos do homem! – O
certo é que eles estão no Céu! (3º parágrafo)
RESPOSTA COMENTADA
O discurso indireto livre ocorre quando, em meio a uma fala em discurso indireto,
intervém uma fala em discurso direto (isto é, que seria do próprio personagem), sem que
haja o anúncio por meio do verbo dicendi (aquele que anuncia o discurso direto:
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“disse”, “falou”, etc.) nem da conjunção integrante (“que” ou “se”). É o que ocorre na
alternativa C.
Gabarito: C.
Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo
ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e
não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...” (3º
parágrafo)
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: E.
“Um dia que outro contei para a Mãe que tinha visto / um passarinho a mastigar um
pedaço de vento.” (versos 44 e 45)
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(A) viu
(B) vejo
(C) vê
(D) Vi
(E) Via
RESPOSTA COMENTADA
Um dia que outro contei para a Mãe que tinha visto / um passarinho a mastigar um
pedaço de vento. (INDIRETO)
Um dia que outro contei para a Mãe: “VI / um passarinho a mastigar um pedaço de
vento”. (DIRETO)
Gabarito: D.
Transpondo o trecho acima para o discurso direto, o verbo da fala do vigário assume a
seguinte forma.
(A) Veria
(B) Viu
(C) Vejo
(D) Vira
(E) Vi
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: C.
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Þ Aparato teórico:
1. Comparação:
2. Metáfora:
3. Prosopopeia / Personificação:
Trata-se de atribuir uma característica humana a algo não humano (um elemento
inanimado ou um animal, por exemplo).
4. Eufemismo:
O eufemismo é uma suavização na expressão de algo, para que aquilo que é expresso
não soe “grosseiro”.
Minha mãe virou uma estrelinha. (Ou seja, “minha mãe morreu”)
5. Pleonasmo:
Subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro, etc. (pleonasmos viciosos)
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6. Ironia:
7. Antítese:
8. Paradoxo:
Foi sem querer querendo. (Se foi sem querer, não foi querendo; se foi querendo, não foi
sem querer)
9. Metonímia:
10. Hipérbole:
A hipérbole é um exagero.
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Um cabrito que ficou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo.
Então ele se virou para o lobo e disse: “Lobo, estou conformado em ser sua comida.
Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma flauta para eu dançar.” E o
lobo se pôs a tocar flauta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram
no encalço do lobo. Então este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim,
pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um flautista.”
(A) personificação.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) antítese.
(E) pleonasmo.
RESPOSTA COMENTADA
Temos um cabrito (portanto, algo não humano) que fala e dança, e temos um lobo
(portanto, algo não humano) que toca flauta. Sendo assim, fica evidente que a figura de
linguagem à qual o autor recorre é a Prosopopeia ou Personificação, que consiste em
atribuir qualidades humanas a elementos não humanos.
Gabarito: A.
A chama é bela
Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela lareira, e para meus
filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, da brasa que arde, da chama, era um
fenômeno absolutamente novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles
deixavam a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer
programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos como um programa
televisivo.
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Revisão Final FCC – TRT21 – Língua Portuguesa – Prof. Marcello Giulian
O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância cada vez mais leve e
aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à chama branca do ápice, até desmaiar em
fumaça... Nesse sentido, a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência
e, contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da Terra, é
também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é também experiência de seu
apagar-se e de sua contínua fragilidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: Record, 2021, p.
54-55)
RESPOSTA COMENTADA
Níveis antagônicos são expressos pela figura de linguagem Antítese, que consiste na
aproximação e oposição de palavras de sentidos opostos dentro de seu contexto de uso.
Das hipóteses fornecidas, apenas a letra C apresenta oposição entre “uma luz ofuscante”
e “não poder encarar o sol”.
Gabarito: E.
(A) jamais tendo feito um laço de caçador, soube improvisá-lo com perícia de
muitos milhares de anos (6º parágrafo)
(B) A armadura dos bípedes é ainda mais invulnerável que a dele (2º parágrafo)
(C) Sem sono e sem propósito de agredir o reino animal, pois é de feitio manso, mas
o velho instinto cavernal acordou nele, ao sentir qualquer coisa a certa
distância, parecida com a forma de um bicho (6º parágrafo)
(D) o tatu ignora sabiamente os idiomas humanos, sem exceção, além de não
acreditar em audiência civilizada para seus queixumes (2º parágrafo)
(E) O caso é que meu amigo tem em sua casa um tatu (8º parágrafo)
30
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: D.
O animal humano, que é parte da natureza e que dela depende, não se resignou
a viver para sempre à mercê dos frutos espontâneos da terra. O desafio que desde logo
se insinuou foi: como induzir o mundo natural a somar forças e multiplicar o resultado
do esforço humano? Como colocá-lo a serviço do homem? O passo decisivo nessa busca
foi a descoberta, antes prática que teórica, de que “domina-se a natureza obedecendo-
se a ela”. A sagacidade do animal humano soube encontrar nos caminhos do mundo
como ele se põe (natura naturans: “a natureza causando a natureza”) as chaves de
acesso ao mundo como ele pode ser (natura naturata: “a natureza causada”).
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RESPOSTA COMENTADA
O paradoxo é uma oposição que cria uma contradição lógica, ou seja, que aproxima
duas coisas que, em tese, são excludentes na realidade objetiva. Exemplo clássico é a
fala de Chaves: “Foi sem querer querendo”. Por que se trata de um paradoxo? Porque,
se foi “sem querer”, não há como ter sido “querendo”, e vice-versa. No texto, há
antagonismo entre as ideias explicitadas na letra A, pois “dominar a natureza” é, ao
menos em teoria, contraditório em relação a “obedecer a ela”.
Gabarito: A.
Bem no fundo
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: D.
1 Antigamente, se morria.
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
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Ocorre eufemismo em
RESPOSTA COMENTADA
O Eufemismo é a suavização de algo por meio de uma expressão mais branda. Quando
se diz que alguém “virou uma estrelinha” para explicar uma morte a uma criança, está-
se lançando mão de um eufemismo. O mesmo ocorre quando se diz que “João não é dos
mais bonitos”, para que não se diga que João é, na verdade, feio.
Gabarito: D.
35
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RESPOSTA COMENTADA
Como vimos, Paradoxo é a oposição que cria uma contradição lógica no campo da
realidade. Partindo-se do pressuposto de que “pedir passagem” é algo que se faça para
pessoas famosas e reconhecidas, o fato de se tratar de “dois desconhecidos” (duas
pessoas sem fama) torna a situação paradoxal.
Gabarito: E.
A antítese é uma figura pela qual se opõem, numa mesma frase, duas palavras ou dois
pensamentos de sentido contrário, a exemplo do que se verifica em:
(A) – Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. (2º parágrafo)
(B) Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. (1º parágrafo)
(C) Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham,
arregalados? (3º parágrafo)
(D) – Como obedece bem aos remos do homem! (3º parágrafo)
(E) Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente
mirando a bandeja, que era de prata lavrada. (4º parágrafo)
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
RESPOSTA COMENTADA
Metonímia é a figura de linguagem na qual há uma substituição, que pode ser dar em
vários campos.
37
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- Do autor pela obra: Eu ouço Chico Buarque (em vez de “as músicas” de Chico
Buarque).
- Do todo pela parte: A humanidade está deprimida (em vez de “muitas pessoas” estão
deprimidas).
- Do conteúdo pelo continente: Bebi dois copos de cerveja (a pessoa não bebeu os
copos, e sim o líquido).
- E outras mais.
Na alternativa B, há o mais clássico exemplo de Metonímia, que é substituir a obra pelo
autor: “Ele tocava as músicas de Vivaldi”.
Gabarito: B.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: D.
Þ Aparato teórico:
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Primeiro, não custa lembrar: a oração que acompanha uma Oração Coordenada
Sindética é uma Oração Coordenada Assindética:
a) Causais: já que, visto que, uma vez que, porque, como (no início da frase e
equivalendo a “já que”), etc.
b) Comparativas: como (equivalendo a “igual” ou “igual a”), tal qual, mais ... (do) que,
menos .... (do) que, maior ... (do) que, etc.
c) Conformativas: conforme, segundo, consoante, como (equivalendo a “conforme”).
d) Consecutivas: tão ... que, tal ... que, tanto ... que, tamanho ... que.
e) Finais: a fim de que, para qie, a fim de, para.
f) Proporcionais: à proporção que, à medida que, quanto mais ... mais, quanto mais ...
menos, quanto maior .... maior, etc.
g) Temporais: quando, assim que, logo que, desde que (= desde quando), antes que,
depois que, enquanto, até que, etc.
h) Condicionais: se, caso, desde que (= caso), contanto que, a não ser que, a menos que,
etc.
i) Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, conquanto, apesar de que,
posto que (“posto que” JAMAIS SERÁ CAUSAL!).
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Observação:
Este caso, dependendo de mim, será arquivado. (A oração destacada tem valor
condicional, pois equivale a “se depender de mim”.)
João, pousando em solo argentino, enviará uma mensagem. (A oração destacada tem
valor temporal, pois equivale a “quando pousar”, “assim que pousar em solo
argentino”.)
Paulo, por ser brasileiro, fala português. (A oração destacada tem valor causal, pois
equivale a “já que é brasileiro”.)
As classificações possíveis das reduzidas são, além das três citadas acima (condicionais,
temporais, causais), “finais” ou “concessivas”:
Saí cedo, a fim de não perder o voo. (A oração destacada tem valor final, pois
equivale a “a fim de que não perdesse o voo”.)
João, sendo riquíssimo, não ajudava ninguém. (A oração destacada tem valor
concessivo, pois equivale a “embora fosse riquíssimo”.)
a) Classificações:
As mulheres que não são confiáveis mentem muito. (Oração subordinada adjetiva
restritiva; segundo a frase, não ser confiável é atributo de parte do grupo das mulheres;
ou seja, há mulheres confiáveis e mulheres não confiáveis).
As mulheres, que não são confiáveis, mentem muito. (Oração subordinada adjetiva
explicativa; segundo a frase, não ser confiável é atributo da totalidade do grupo das
mulheres; ou seja, todas as mulheres não são confiáveis).
40
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c) Os pronomes relativos:
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: B.
41
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RESPOSTA COMENTADA
Entretanto = adversativo.
Mas = adversativo.
Então = temporal (nesse momento).
“Isso” não é nexo oracional.
Pois = explicativo ou causal.
Gabarito: C.
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto.
(1º parágrafo) No contexto, o trecho sublinhado acima expressa a ideia de
(A) tempo.
(B) condição.
(C) concessão.
(D) proporção.
(E) comparação.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
42
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(D) Em vez de tão somente surpreender e pilhar os seres vivos que a natureza
oferece para uso e desfrute imediato, como fazia o caçador-coletor, tratava-se
de compreende
(E) Processos naturais, desde que devidamente sujeitos à observação e
direcionamento pela mão do homem, podiam
RESPOSTA COMENTADA
Embora cite as vírgulas, a questão não é sobre pontuação. Trata-se de localizar em qual
alternativa as vírgulas (que estão sendo usadas de modo correto em todas as
alternativas) estão isolando um segmento que expressa ideia de condição.
Gabarito: E.
Sintaticamente, o período Não ignorar que cada um de nós é o verdadeiro produto pode
nos garantir experiência saudável nesse ambiente caracteriza-se pela presença de uma
oração principal e
(A) duas subordinadas, uma com função de sujeito e outra como complemento
verbal.
(B) duas subordinadas, ambas com função de sujeito.
(C) uma subordinada com função de complemento verbal.
(D) uma subordinada com função de sujeito.
(E) duas subordinadas, uma com função de adjunto adnominal e outra como
sujeito.
RESPOSTA COMENTADA
1ª) O que pode nos garantir uma experiência saudável? “Não ignorar que cada um de
nós é o verdadeiro produto” = Oração subordinada substantiva subjetiva = oração com
função de sujeito.
2ª) “Não ignorar ISSO, ou seja, “que cada um de nós é o verdadeiro produto” é uma
oração subordinada substantiva objetiva direta. Como o objeto direto é um
complemento verbal, é uma oração com valor de complemento verbal.
Gabarito: A.
43
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(A) Na verdade
(B) Não obstante
(C) Por conseguinte
(D) Além disso
(E) Em razão disso
RESPOSTA COMENTADA
“Entretanto” tem valor adversativo, assim como “mas, porém, todavia, contudo, etc.”
Nas alternativas, além da correta, também são nexos “além disso”, que exprime ideia de
adição, e “por conseguinte”, que exprime ideia de conclusão.
Gabarito: B.
Em Embora idade e senso eu aparente, / Não vos iluda o velho que aqui vai: (3ª
estrofe), o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por:
(A) Conquanto
(B) Contanto que
(C) Porquanto
(D) Desde que
(E) Contudo
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
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Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia
disfarçadamente mirando a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os
metais que amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que
era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que aqui está na sala, um
Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja, – primor de
argentaria, execução fina e acabada.
(A) comparação.
(B) Concessão
(C) causa.
(D) condição.
(E) consequência.
RESPOSTA COMENTADA
Aqui temos uma questão de aparência muito traiçoeira, uma vez que, ao enxergarmos a
conjunção “porém”, pensamos imediatamente nos nexos adversativos (e de fato
“porém” é adversativo). Ocorre que, entre as respostas corretas, não há a alternativa
“oposição”, que seria o mais óbvio para nexos dessa natureza. A oração sublinhada
inteira exerce, em relação à seguinte, ideia de condição. O que se está dizendo é que, SE
Rubião tivesse de escolher, CASO Rubião tivesse de escolher entre as figuras de da sala
e a bandeja, ele escolheria a bandeja.
Gabarito: D.
Em “Porém à noite a mãe ainda encontrava uma horinha” (verso 40), o termo
sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
(A) Porquanto.
(B) Conquanto.
(C) Contudo.
(D) Conforme.
(E) Portanto.
RESPOSTA COMENTADA
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Conforme = conformativa.
Portanto = conclusiva.
Gabarito: C.
Em “O vigário, realizada a sua única aspiração, passou a desaparecer por longas horas
do dia”, a oração sublinhada expressa ideia de
(A) Tempo
(B) Proporção
(C) Concessão
(D) Condição
(E) Finalidade
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
Þ Aparato teórico:
a) Pronomes relativos:
“Eu detestei o homem QUE palestrou ontem”. (o pron. rel. “QUE” retoma “homem”)
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“A moradora da casa QUE foi vendida está triste.” (“QUE” retoma, obviamente,
“moradora”)
Observação:
O pronome relativo “QUE” sempre retoma termo anterior. Sempre, sempre, sempre. Já
a conjunção integrante “QUE” (= isso) jamais retoma elemento anterior.
A mais comum questão de retomada cobrada pela FCC diz respeito aos
pronomes relativos O, A, OS, AS em questões nas quais as alternativas apresentam
sublinhados, além dos pronomes citados, os artigos O e A ou a preposição A. O mais
importante: preposições e artigos não retomam termos anteriores, mas os pronomes
oblíquos retomam. Ou seja: nas alternativas, teremos de localizar qual dos elementos
sublinhados é o pronome oblíquo, que é quem retoma.
® Artigos O e A:
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“O”, “A”, “OS” e “AS” serão pronomes pessoais oblíquos átonos quando
desempenharem função de objeto direto. Em um teste prático, podemos dizer que,
quando são pronomes pessoais oblíquos, O, A, OS e AS equivalem a “ELE, ELA,
ELES e ELAS. Exemplificando fica mais fácil:
“Aquela moça O beijou.” (= Aquela moça beijou “ele”. É pronome pessoal oblíquo e
retoma elemento anterior.)
® Preposição A:
(A) Foi a história que tio Maneco contou indignado (6º parágrafo).
(B) me porei a narrar a crônica dos Braga (1º parágrafo).
(C) não tirava o olho do cachorro (4º parágrafo).
(D) ouvia a conversa e o mirava com um olho só (8º parágrafo).
(E) ando por este mundo a caçar ventos e melancolias (9º parágrafo).
RESPOSTA COMENTADA
Questão que tem aparecido com muita recorrência. O fundamental a saber: pronomes
pessoais oblíquos átonos (o, a, os, as) retomam elementos anteriores. Trata-se dos
pronomes que funcionam como objeto direto, o que ocorre na letra D: “ouvia a conversa
e o mirava com um olho só”. Mirava alguém, mirava algo. Artigos não retomam
elementos anteriores (A e C). Preposições não retomam elementos anteriores (B e E).
Gabarito: D.
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Se em todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se
identificou com o espírito da Casa em que nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo
e morreu. (2º parágrafo)
(A) Casa
(B) Cachorro
(C) Cachoeiro
(D) Espírito
(E) Zig Braga
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: A.
RESPOSTA COMENTADA
De novo: artigos não retomam elementos (A e C). Preposições não retomam elementos
(B e D). Pronomes pessoais oblíquos átonos retomam: “eu estou cumprimentando
alguém”.
Gabarito: E.
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: E.
RESPOSTA COMENTADA
De novo, de novo, de novo: artigos não retomam elementos (A). Preposições não
retomam elementos (B, D e E). Pronomes pessoais oblíquos átonos retomam: “Talvez
tenha comprado ALGO”.
Gabarito: C.
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O luar continua sendo uma graça da vida, mesmo depois que o pé do homem pisou e
trocou em miúdos a Lua, mas o tatu pensa de outra maneira. Não que ele seja insensível
aos amavios do plenilúnio; é sensível, e muito. Não lhe deixam, porém, curtir em paz a
claridade noturna, de que, aliás, necessita para suas expedições de objetivo alimentar.
Por que me caçam em noites de lua cheia, quando saio precisamente para caçar? Como
prover a minha subsistência, se de dia é aquela competição desvairada entre bichos,
como entre homens, e de noite não me dão folga?
Em Não lhe deixam, porém, curtir em paz a claridade noturna, de que, aliás, necessita
para suas expedições de objetivo alimentar (1º parágrafo), os termos sublinhados
referem-se, respectivamente, a
RESPOSTA COMENTADA
Não deixam quem curtir? O TATU. Ele necessita de que para suas expedições com
objetivo alimentar? DA CLARIDADE NOTURNA.
Gabarito: D.
O animal humano, que é parte da natureza e que dela depende, não se resignou a
viver para sempre à mercê dos frutos espontâneos da terra. O desafio que desde logo se
insinuou foi: como induzir o mundo natural a somar forças e multiplicar o resultado do
esforço humano? Como colocá-lo a serviço do homem? O passo decisivo nessa busca foi
a descoberta, antes prática que teórica, de que “domina-se a natureza obedecendo-se a
ela”. A sagacidade do animal humano soube encontrar nos caminhos do mundo como
ele se põe (natura naturans: “a natureza causando a natureza”) as chaves de acesso ao
mundo como ele pode ser (natura naturata: “a natureza causada”).
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RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: E.
“Acontece em toda parte, mas no Rio tem um jeito especial de acontecer que me
emociona mais.” Assim começa Rubem Braga uma de suas admiráveis crônicas,
reunidas no Um pé de milho e o Um pé de milho é para mim a melhor coisa desta semana
de que me compete dar contas ao leitor. Portanto, e sem vacilação, lede o Um pé de
milho; e lede-o à boa e santa maneira, não solicitando ao autor um exemplar, que o
famoso Braga é, como qualquer um de nós, um proletário das letras.
Mas por que disse “cronista”? Grande poeta é o que ele é, e grande contista que,
por uma imposição do temperamento, se furta à maçada de escrever contos. Não sei de
muitos poemas, em nossa lira de hoje, que se comparem a “Passeio à infância”, “Da
praia”, “Choro”, coisas que o Braga displicente foi largando pelos jornais. Por sua vez,
“Aula de inglês” e “Eu e Bebu na hora neutra da madrugada” são contos com preguiça
de se tornarem contos. Já em “História do caminhão”, a identificação do gênero será
mais complexa, pois a composição é atravessada por uma corrente de surrealismo que
conduz o Braga pelos rumos mais extraordinários, sem que este aparentemente a
controle. Controla, apesar de tudo. Em suma, cronista, contista, poeta, está-se vendo que
o que ele é verdadeiramente é um dos nossos mais altos escritores. Um Machado de Assis
tendo a mais a poesia, a dolência e a pura comoção humana que são dons peculiares ao
Braga.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Amor nenhum dispensa uma gota de
ácido. Hélio de Seixas Guimarães (org.). São Paulo: Três Estrelas, 2019)
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RESPOSTA COMENTADA
De novo, de novo, de novo: artigos não retomam elementos (D e E). Preposições não
retomam elementos (A e B). Pronomes pessoais oblíquos átonos retomam: “Sem que
aparentemente controle ALGO, controle ALGUÉM”.
Gabarito: C.
(A) III.
(B) I.
(C) II.
(D) I e II.
(E) II e III.
RESPOSTA COMENTADA
De novo, de novo, de novo: artigos não retomam elementos (I e II). Preposições não
retomam elementos: “O velho Pio é ALGO, é ISSO”.
Gabarito: A.
• Você ainda passa, porque está levando alguma coisa a alguém, e por
isso lhe conferiram honras de VIP (24º parágrafo).
• é uma coisa que nasce com o indivíduo, ou não nasce, e jamais lhe será
consubstancial (26º parágrafo).
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RESPOSTA COMENTADA
Conferiram honras de VIP a “você”. É uma coisa que jamais será consubstancial “ao
indivíduo”.
Gabarito: C.
II. tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade (1º
parágrafo).
III. não gostava de bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço (4º
parágrafo).
(A) II e III.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I.
RESPOSTA COMENTADA
De novo, de novo, de novo: artigos não retomam elementos (II e III). Preposições não
retomam elementos. Pronomes pessoais oblíquos átonos retomam: “Quem visse ALGO,
quem visse ALGUÉM”.
Gabarito: E.
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Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia
disfarçadamente mirando a bandeja, que era de prata lavrada. (4º parágrafo)
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: D.
RESPOSTA COMENTADA
De novo, de novo, de novo: artigos não retomam elementos (A, B, C). Preposições não
retomam elementos (D). Pronomes pessoais oblíquos átonos retomam: “Se a gente
retirasse ALGO, se a gente retirasse ALGUÉM”.
Gabarito: E.
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(D) Os paroquianos estranharam que, apesar de tão moço, o vigário fosse a tal ponto
reservado.
(E) O padre tomara uma atitude perfeitamente normal, uma atitude que o
incorporava à comunidade.
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: E.
Þ Aparato teórico:
1. Somente terá voz passiva a frase que tiver Objeto Direto na voz ativa:
Caso seja perguntado pela banca algo na linha de “qual das frases ACEITA voz
passiva ou qual das frases TEM voz passiva, o que devemos fazer é procurar a frase que
tenha Objeto Direto na voz ativa. Sendo assim, os verbos que aceitam ser “apassivados
são os VTD’s e os VTDI’s.
“Eu debaterei os temas.” (“os temas” = objeto direto; portanto, a frase tem voz passiva)
“Eu entreguei o dinheiro ao diretor.” (“o dinheiro” = OD); portanto, a frase tem voz
passiva)
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“Precisa-se de casas.” (“casas” não é sujeito por ser preposicionado; portanto, a frase
está na voz ativa.
Na passagem da voz ativa para a passiva, sempre surgirá mais um verbo: o verbo
“ser”. Portanto, a voz passiva terá sempre UM VERBO A MAIS do que a voz ativa.
Este verbo será encaixado imediatamente antes do último verbo, que irá para o
particípio. Ao passar uma frase da voz ativa para a passiva, o tempo verbal deverá ser
mantido.
Para transformar uma frase de Passiva Analítica em Ativa, o verbo ser deverá
desaparecer e o tempo verbal deverá ser mantido. A Voz Ativa, por óbvio, terá um
verbo a menos que a Voz Passiva.
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Para passar uma frase da Passiva Sintética para a Ativa, bastam dois passos:
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RESPOSTA COMENTADA
Se há três verbos na voz passiva, deverá haver apenas dois na voz ativa: “estar” e
“perseguir”. Por essa afirmação, já restam apenas as letras C e E. Além disso, o tempo
verbal deve ser mantido. Assim, a correta é a E, pois “estava SENDO perseguido”
equivale a “estava PERSEGUINDO”.
Gabarito: E.
Transpondo-se para a voz ativa a frase Ataca-se o mestre, descobre-se que ele o não é,
as formas verbais deverão ficar
RESPOSTA COMENTADA
Trata-se de uma questão traiçoeira, pois o mais habitual é passar a frase que está na voz
passiva sintética (caso da frase citada) para a voz passiva analítica.
No entanto, não era o que a questão solicitava. Ela solicitava que se passasse PARA A
VOZ ATIVA.
Para passar uma frase da passiva sintética PARA A ATIVA, bastam dois passos:
Gabarito: A.
Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada. (2o parágrafo)
Reescrevendo o trecho acima por meio da voz passiva sintética, e mantendo a correlação
temporal, a forma verbal utilizada será
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RESPOSTA COMENTADA
A questão solicita que se passe da voz passiva analítica (ser + particípio) para a voz
passiva sintética (verbo + se). Assim, além de se cuidar das estruturas de cada voz, deve-
se também cuidar o tempo verbal, que precisa ser mantido. Como o tempo verbal era o
pretérito mais-que-perfeito, ele deve ser mantido.
Gabarito: B.
Transpondo-se para a voz passiva a frase utilizo instrumentos que me são conhecidos, a
forma verbal resultante deverá ser
RESPOSTA COMENTADA
Se na frase na voz ativa temos apenas um verbo, na voz passiva analítica teremos dois
(“ser” + o particípio do verbo que já havia). Sendo assim, somente pelo conhecimento
dos verbos já sobra apenas uma alternativa.
Gabarito: E.
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RESPOSTA COMENTADA
Para que haja voz passiva, deve haver SER + PARTICÍPIO (passiva analítica) ou VERBO
+ SE + SUJEITO (passiva sintética). Isso somente ocorre na alternativa B, em que há uma
passiva sintética. Que é que se ouviu? “Ume estouro” = sujeito.
Gabarito: B.
João Brandão e seu amigo foram convidados por um garçom solícito (13º parágrafo)
Transpondo-se o trecho acima para a voz ativa, a forma verbal resultante será:
(A) Convidaria
(B) teria convidado
(C) convidaram
(D) seriam convidados
(E) Convidou
RESPOSTA COMENTADA
Gabarito: E.
61
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RESPOSTA COMENTADA
Uma regra básica de transposição da voz ativa para a voz passiva é que SOMENTE
ACEITA VOZ PASSIVA A FRASE QUE TIVER OBJETO DIRETO NA VOZ
ATIVA. Por isso, quando a questão pedir qual frase aceita ser passada para a voz
passiva, temos de analisar qual está na voz ativa E tem verbo que, no contexto, seja
transitivo direto.
Gabarito: D.
(A) Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse
no quente. (1º parágrafo)
(B) Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo
dos dois fora pescado. (2º parágrafo)
(C) E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. (2º parágrafo)
(D) E viva eu cá na terra sempre triste!... (3º parágrafo)
(E) Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus
irmãozinhos, da tua tia solteira? (3º parágrafo)
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Revisão Final FCC – TRT21 – Língua Portuguesa – Prof. Marcello Giulian
RESPOSTA COMENTADA
Para que haja voz passiva, deve haver SER + PARTICÍPIO (passiva analítica) ou VERBO
+ SE + SUJEITO (passiva sintética). Isso somente ocorre na alternativa B, em que há uma
passiva analítica, como confirma a estrutura “fora pescado” (ser + particípio).
Gabarito: B.
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