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Valor aspectual e Modal

A categoria gramatical do aspeto expressa a forma como a estrutura


temporal interna de uma ação é vista pelo locutor.

Valor Modal:

Modalidade epistémica:

 Valor de certeza: o locutor (ou o sujeito da frase) considera a


proposição verdadeira ou falsa

 Valor de probabilidade: sem ter certezas, o locutor avalia a


probabilidade de a proposição ser verdadeira ou falsa

 Valor de possibilidade: o locutor avalia a possibilidade de a


proposição ser verdadeira ou falsa.

Recursos de expressão da modalidade epistémica:

adjetivos – verdadeiro, falso, possível, provável;

advérbios ou locuções adverbiais – possivelmente,

provavelmente, certamente, talvez, sem dúvida, de certeza;

verbos auxiliares – poder, dever;

nomes – possibilidade, probabilidade;

verbos principais – pensar, achar, crer, considerar


Modalidade Deôntica:

 Valor de permissão: uma situação é imposta a


 uma ou mais entidades

 Valor de obrigação: concede-se autorização a uma ou mais


entidades

Recursos de expressão da modalidade deôntica:

adjetivos – obrigatório, proibido, necessário;

advérbios ou locuções adverbiais – obrigatoriamente, necessariamente;

verbos auxiliares – ter de, poder, dever;

nomes – obrigação, necessidade;

verbos principais – autorizar, proibir, obrigar, permitir, deixar

Modalidade apreciativa: Exprime avaliações positivas ou negativas sobre


situações

Recursos de expressão da modalidade apreciativa:

adjetivos – bom, mau, agradável, desagradável, horrível;

advérbios ou locuções adverbiais – felizmente, infelizmente, graças a


Deus;

nomes – maravilha, horror, pesadelo;


verbos principais – lamentar, alegrar-se.

Valor aspectual:

Perfetivo ( ideia acabada):

 Pretérito perfeito do indicativo


 Formas do futuro
 Pretérito mais que perfeito composto e simples

Imperfeito ( ideia inacabada):

 Gerúndio
 Pretérito imperfeito
 Pretérito perfeito composto do indicativo
 Presente do conjuntivo e indicativo
Pronominalização

1 – Quando a forma verbal termina em vogal, o pronome não sofre


alterações.

Eu amo a Maria. → Eu amo-a.

2 – Quando a forma verbal termina em «r», «s» ou «z», estas


consoantes caem e o pronome pessoal passa a ser «-lo», «-la», «-
los», «-las».

Prometo amar e respeitar a Maria para todo o sempre. → Prometo


amá-la e respeitá-la para todo o sempre.

3 – Se a forma verbal terminar em «m» ou em ditongo nasal («õe»


ou «ão»), o pronome tomará as formas «-no», «-na», «-nos», «-
nas».

Eles sabem que o mais difícil não é casar. → Eles sabem-no.

4 – Quando a forma verbal está no modo condicional, o pronome


coloca-se entre o radical do verbo e as terminações verbais «-ia»,
«-ias», «-ia», «-íamos», «-íeis», «-iam»). No entanto, como o
radical termina em «r», este cai e o pronome ganha um «l»,
transformando-se em «-lo», «-la», «-los», «-las».

Eu levaria o vestido da mãe se ele me assentasse na perfeição. →


Eu levá-lo-ia se ele me assentasse na perfeição.
5 – Quando a forma verbal está no futuro, o pronome coloca-se
entre o radical do verbo e as terminações verbais «-á», «-ás», «-
á», «-emos», «-eis», «-ão». No entanto, como o radical termina em
«r», este cai e o pronome ganha um «l», transformando-se em «-
lo», «-la», «-los», «-las».

Nós faremos a lua-de-mel num cruzeiro. → Nós fá-la-emos num


cruzeiro.

6 – Quando a frase está na negativa, o pronome vem antes do


verbo, sem sofrer alterações, tal como nalguns casos em que a
frase está na forma interrogativa.

Achas que ele ama a Maria? → Achas que ele a ama?

Colocação dos pronomes:

Proclítica: o pronome vem antes do verbo.


Ex: Ele não o demonstra.

Enclítica: o pronome vem depois do verbo.


Eu amo-a.

Mesoclítica: o pronome vem no meio do verbo.


Ex: Nós fá-la-emos num cruzeiro.

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