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- Representar um substantivo;
- Acompanhar um substantivo.
Pronomes indefinidos: pronomes que trazem ideia vaga e indeterminada, referindo-se à 3ª pessoa do
discurso.
Pronomes de tratamento atuam como substitutos para os pronomes pessoais, sendo empregados para se
referir à 2ª pessoa.
Podemos observar que a única expressão que foi empregada para se referir a uma 2ª pessoa do discurso é
"Vossa Majestade". Sendo assim, será classificado como pronome de tratamento.
Observe: o pronome de tratamento "Vossa Majestade" é empregado somente para se referir a reis e rainhas,
imperadores e imperatrizes.
Os pronomes "eles", "nós" e "lhes" são classificados como pronomes pessoais, sendo empregados para se
referir, respectivamente, à 3ª pessoa do plural, 1ª pessoa do plural e 3ª pessoa do plural.
Gabarito: C
Resolução
A questão exige conhecimentos sobre pronomes.
Pronomes são palavras que substituem ou acompanham um substantivo ou termo de valor substantivo. Há
diversas classificações, quais sejam:
- Pronomes interrogativos: introduzem frases interrogativas diretas ou indiretas (qual, quem, quantos, que);
- Pronomes indefinidos: indicam quantidade de maneira vaga (ninguém, nenhum, alguém, algo, todo, tanto,
cada, mais, muito...);
- Pronomes possessivos: indicam sentido de posse (meu, nosso, teu, vosso, seu...);
- Pronomes demonstrativos: apontam, no tempo, espaço ou texto, a posição dos elementos em relação às
pessoas do discurso (este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo);
- Pronomes relativos: retomam termos antecedentes na oração, possuindo função coesiva (que, o qual, quem,
cujo, onde, quando, quanto);
- Pronomes de tratamento: são formas de cortesia e reverência com certas autoridades (vossa senhoria,
vossa excelência, vossa alteza, vossa magnificência...);
- Pronomes pessoais: podem ser retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) ou oblíquos (me, mim, comigo; te, ti,
contigo; se, si, consigo, o(s), a(s), lhe(s); nos, conosco; vos, convosco).
Alternativa A - Errada
Estes livros são maravilhosos.
"Estes" é um pronome demonstrativo e não indica sentido de posse, apenas de posição no tempo, espaço ou
texto.
- Tempo:
- Espaço:
Este, esta, isto → apontam para algo que está próximo da pessoa que fala;
Esse, essa, isso → apontam para algo que está próximo da pessoa com quem se fala;
Aquele, aquela, aquilo → apontam para algo que está longe do falante e do ouvinte.
- Texto:
Aquele, aquela, aquilo → indicam, entre dois termos, o antecedente mais distante.
A questão quer que o candidato identifique um termo de valor possessivo, o qual pode ser representado por
pronomes possessivos, pronomes pessoais oblíquos ou pelo pronome relativo "cujo".
Alternativa B - Incorreta
Nós gostamos de cumprir e respeitar a lei.
O pronome "nós" é pessoal reto e possui função de sujeito na oração; não indica posse. Vejamos as
classificações e suas principais funções:
Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeitos.
Os oblíquos tônicos (mim, comigo, nós, conosco; ti, contigo, vós, convosco; si, consigo, ele, ela e plurais) são
precedidos de preposição e funcionam como complementos.
A questão quer que o candidato identifique um termo de valor possessivo, o qual pode ser representado por
pronomes possessivos, pronomes pessoais oblíquos ou pelo pronome relativo "cujo".
Alternativa C - Correta
Vivo para as minhas filhas.
O pronome "minhas" é possessivo e está indicando que as filhas são posse do sujeito oculto "eu".
Devemos lembrar que não são apenas os pronomes possessivos que indicam posse; os oblíquos (me, te,
lhe(s), nos, vos) também o fazem. Observe:
Por fim, o pronome relativo "cujo" também indica valor possessivo. Note:
Alternativa D - Incorreta
Eu morei nos Estados Unidos
O pronome "Eu" é pessoal reto e é o sujeito da oração. Não indica valor de posse.
Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeitos. Entretanto, há um caso
bastante interessante em que eles podem funcionar como objeto direto: quando forem modificados por
numerais ou pelas palavras "todo", "só" e "apenas". Note:
A questão quer que o candidato identifique um termo de valor possessivo, o qual pode ser representado por
pronomes possessivos, pronomes pessoais oblíquos ou pelo pronome relativo "cujo".
Assertiva incorreta.
QUESTÃO 05
PREFEITURA MUNICIPAL DE GRAMADO DOS LOUREIROS (RS) / OBJETIVA / 2020
Gabarito: C
Resolução
A questão exige conhecimento a respeito do uso dos pronomes.
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo.
O conhecimento de cada classificação é imperiosa para resolução da questão, que demanda amplo
conhecimento sobre o tema.
Alternativa A - Incorreta
Este é o lugar aonde habito.
Todavia, a frase trazida pela alternativa não apresenta esse sentido, pois se trata de momento presente,
permanente e estático.
Alternativa B - Incorreta
Comprou uma casa cuja a casa custou uma pequena fortuna.
Admite variação em gênero e número, assumindo as formas: cujo, cujos, cuja e cujas.
Como regra gramatical, o pronome cujo nunca é seguido por artigo, encontrando-se equivocada a alternativa
em razão disso.
A correta construção da frase é, portanto: Comprou uma casa que custou uma pequena fortuna.
Desse modo, é correto o seu uso, e não pode ser substituído por mim. Isso porque, no caso, o pronome reto
eu funciona como sujeito do verbo falar, que está no modo infinitivo.
Atenção:
Alternativa D - Incorreta
A briga ocorreu entre eu e tu.
Eu e tu são pronomes pessoais do caso reto. Esses pronomes não devem ser preposicionados e por isso a
forma indicada na alternativa encontra-se errada.
Na função de complemento, a preposição impõe o uso do pronome na forma oblíqua dos pronomes pessoais,
que, no caso, seria o mim e o ti.
ATENÇÃO:
Embora exista a preposição para, o pronome mim exerce a função de sujeito da segunda oração. Portanto, é
incorreto utilizar o pronome oblíquo nesse caso.
QUESTÃO 06
PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRELÂNDIA (MG) / IBGP / 2019
Gabarito: B
Resolução
A questão faz uma análise sobre pronomes.
Pronomes são palavras que representam (substituem) ou acompanham (determinam) um termo substantivo.
Esses pronomes vão poder indicar pessoas, relações de posse, indefinição, quantidade, familiaridade,
localização no tempo, no espaço e no texto, entre outras.
Quando acompanham um substantivo, são classificados como “pronomes adjetivos”. Quando substituem um
substantivo, são classificados como “pronomes substantivos”.
> Pronomes interrogativos: servem basicamente para fazer interrogativas diretas (com ponto de interrogação)
ou indiretas (sem ponto de interrogação, mas com “sentido/intenção de pergunta”.
> Pronomes indefinidos: são classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade,
sempre de maneira vaga: ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro, tanto, quanto, muito, bastante,
certo, cada, vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada, mais, menos, que, quem, um (quando em par com
“outro”)...
> Pronomes possessivos: são pronomes que têm sentido de posse e geralmente aparecem em questões
sobre ambiguidade ou referência, pois podem se referir à primeira pessoa do discurso: meu(s), minha(s),
nosso(s) nossa(s); à segunda: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s); ou à terceira: seu(s), sua(s).
> São pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), aqueloutro(s),
aqueloutra(s), isto, isso, aquilo, o, a, os, as; mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), tal, tais,
semelhante(s)...
> Pronomes relativos: Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde. Esses pronomes retomam
substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função coesiva (retomar ou anunciar
informação) e se prestam a evitar repetição. Podem ser variáveis, quando se flexionam (gênero, número), ou
invariáveis, quando trazem forma única.
> Os pronomes de tratamento: são formas de cortesia e reverência no trato com determinadas autoridades. A
cobrança normalmente se baseia no pronome adequado a cada autoridade ou aspectos de concordância com
as formas de tratamento.
São eles: você, senhor ou senhora, vossa senhoria, vossa excelência, vossa magnificência, vossa santidade,
vossa reverendíssima, entre outros.
Alternativa A - Incorreta
“Para evitar estes descaminhos (...)”.
Pessoal, o pronome dessa alternativa é "demonstrativo". Vejam que na frase, temos a presença do termo
"estes" que é usado para demonstrar algo que está perto do falante, ou está no tempo presente em relação
ao falante. Ele também é usado no modo catafórico.
"Este" é um pronome demonstrativos, que situa alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso
em relação às próprias pessoas do discurso.
Os pronomes catafóricos fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não
autônoma, portanto, dependente.
Alternativa B - Correta
“além de sua importância (...)”.
De fato, aqui temos um pronome possessivo "sua". Esse pronome está na terceira pessoa do singular e ele
deve concordar com o substantivo que está seguindo/acompanhando.
Os pronomes possessivos são pronomes que têm sentido de posse e geralmente aparecem em questões
sobre ambiguidade ou referência, pois podem se referir à primeira pessoa do discurso.
Pessoal, tenham cuidado com o termo "seu" quando preposto a nomes próprios. Nesse caso, ele não será
pronome possessivo e sim um tipo de substituição da palavra "senhor".
Alternativa C - Incorreta
“(...) que abriga algumas das mais belas paisagens do país (...)”.
Aqui não temos um pronome possessivo, mas sim um "pronome relativo". Vejam que, mesmo que não
tenhamos nada escrito anteriormente, dá para ver pelos pontinhos que antes tinha sim, um texto. E é
justamente a esse texto/palavra anterior que o pronome relativo "que" está se referindo.
- O estado do Amazonas é um dos lugares que abriga algumas das mais belas paisagens do país ("lugares
que").
Os "pronomes relativos" retomam substantivos antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função
coesiva.
Alternativa D - Incorreta
“(...) que abriga algumas das mais belas paisagens do país (...)”.
O termo "algumas" são os pronomes indefinidos que se referem a substantivos de modo impreciso ou
genérico.
Pronomes indefinidos são classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam quantidade,
sempre de maneira vaga
QUESTÃO 07
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS / IBFC / 2022
Os dois parágrafos jurídicos a seguir foram escritos pelo professor Vicente Greco Filho.
Texto IV
Definida a competência de um juiz, a qual se determina no momento em que a ação é proposta, permanece
ela até o julgamento definitivo da causa. Este princípio é chamado da ‘perpetuação da jurisdição’ ‘perpetuatio
jurisdictionis’, e tem por finalidade impedir modificações, que sempre é possível que ocorram, depois de
proposta a demanda, interfiram no juízo competente para sua decisão. (sic)
A disposição legal que consagra essa ideia tem por fim evitar que uma causa iniciada numa comarca e num
juízo seja deslocada para outro por razões de fato ou de direito ocorridas posteriormente. Uma vez proposta a
demanda, a situação de fato e de direito a ser examinada para a determinação da competência é a desse
momento, sendo irrelevantes as alterações do estado de fato ou de direito que ocorrem posteriormente.
(VIANA, Joseval Martins. Manual de Redação Forense e Prática Jurídica. São Paulo: Método, 2010, p.144)
Em relação ao emprego do pronome demonstrativo em “Este princípio é chamado de”, pode-se afirmar que,
de acordo com a Norma Padrão, está:
Gabarito: E
Resolução
A questão exige conhecimentos sobre pronomes demonstrativos, que são aqueles que indicam a posição no
tempo ou no espaço de um ser em relação a uma das três pessoas do discurso (1ª - quem fala; 2ª - com
quem se fala; e 3ª - de quem se fala), no interior de um texto ou fora dele.
O emprego do demonstrativo "este" resta incorreto, posto que, numa perspectiva espacial (dentro do texto),
em sua função referencial, tal pronome deve possuir teor catafórico, ou seja, deve antecipar um termo (o qual,
obviamente, não foi mencionado). No excerto em questão, contudo, o vocábulo "este" retoma o que fora
mencionado no período imediatamente anterior, isto é, possui viés anafórico. Vejamos:
"Definida a competência de um juiz, a qual se determina no momento em que a ação é proposta, permanece
ela até o julgamento definitivo da causa. Este princípio é chamado da ‘perpetuação da jurisdição’ ‘perpetuatio
jurisdictionis’ [...]"
Este --> aponta para um termo que ainda não foi mencionado no texto, antecipando-o, tendo, portanto, teor
catafórico. Ex.: Este é o mais importante princípio do Direito Penal: legalidade.
Esse --> aponta para um termo que já foi mencionado anteriormente. Ex.: Nunca gostei de Direito Penal. Essa
seara deixo para os mais empolgados.
QUESTÃO 08
CM VINHEDO (SP) - CÂMARA DE VINHEDO (SP) / AVANÇASP / 2020
A. outrem.
B. vários.
C. tantos.
D. o qual.
E. algumas.
Gabarito: D
Resolução
Esta questão trabalha com pronomes indefinidos.
Pronomes indefinidos são palavras que se referem à terceira pessoa do singular, quando utilizadas para
conferir um sentido vago e indeterminado. Podem ser variáveis ou invariáveis, no que concerne à flexão em
gênero e número, e apresentar valor semântico de substantivo ou adjetivo.
Alguns pronomes indefinidos são: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, tanto, quanto,
qualquer, alguém, ninguém, tudo, nada, cada, algo, outrem.
Sendo assim, a única expressão que não é um pronome indefinido é o pronome "o qual", classificado como
pronome relativo.
QUESTÃO 09
FACULDADE CAMPO REAL (PR) / NC UFPR / 2019
Rui Campos, _______ acaba de abrir uma loja da Travessa em São Paulo, dá dicas para _______ pensa em
virar livreiro.
(Fonte: adaptado de Revista Época, agosto/2019)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
A. cujo – que.
B. que – quem.
C. quais – cujo.
D. para quem – que.
E. quem – quais.
Gabarito: B
Resolução
A questão versa sobre o uso de pronomes relativos e indefinidos.
Pronomes relativos são elementos conectores que retomam nomes antecedentes - exercendo função
anafórica, conferindo mais clareza ao texto e evitando a repetição excessiva de termos. Os principais são:
que, quem, o(a) qual, cujo (a), quanto (a) e onde.
Segundo Celso Cunha, os pronomes indefinidos aplicam-se à terceira pessoa gramatical, sempre que for
mencionada de maneira vaga e imprecisa. Há indefinidos variáveis [quando se flexionam] e invariáveis
[quando não se flexionam].
Ex. Certo rapaz foi preso por receptação. Certas moças foram presas por receptação [variável].
Ex. Alguém bate à porta [invariável].
Lacuna 1. QUE
O relativo que retoma coisas ou pessoas e é intercambiável com quase qualquer outro relativo. Assim, ao se
retomar o sujeito Rui Campos, pode-se usar esse pronome.
Lacuna 2. QUEM
No caso em tela, o pronome quem é classificado como indefinido. Ele não retoma um termo anterior (por isso,
não é relativo), mas se refere de maneira imprecisa à terceira pessoa gramatical.
* Cujo é o pronome relativo que somente pode ser usado para denotar posse. O pronome que não atua como
indefinido e, portanto, não pode ser usado na segunda lacuna.
O pronome relativo cujo retoma termos anteriores com valor de posse. Esse pronome não pode ser precedido
nem seguido por artigo.
* Quais pode atuar como relativo [desde que precedido de artigo], mas retomaria termos femininos no plural.
Cujo somente pode ser usado para exprimir posse.
Ex. Empreendedoras como Júlia e Carol, as quais acabam de abrir uma loja da Travessa em São Paulo, dão
dicas para quem pensa em virar livreiro.
* Para quem é termo preposicionado e, por isso, não pode assumir o lugar de sujeito. Como visto, que não
pode ser usado como pronome indefinido.
Para esclarecer, saiba que o sujeito de uma oração não pode ser preposicionado.
* Quem, quando usado como pronome relativo, deve vir antecedido por preposição. Assim, não pode
substituir um termo que atue como sujeito. Quais não caberia na segunda lacuna, pois não atua como
indefinido.
Ex. Ela é a moça de quem falei. Ele é o rapaz para quem foi dado o prêmio.
QUESTÃO 10
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA HELENA (SC) / AMEOSC / 2018
A. Pronome relativo.
B. Pronome indefinido.
C. Preposição.
D. Pronome interrogativo.
Gabarito: D
Resolução
O vocábulo "que" no período em análise é um pronome interrogativo, visto que se trata de uma interrogação.
Os pronomes que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos e quantas serão sempre pronomes
interrogativos quando aparecerem em orações interrogativas.
Ex.:
Que dia é hoje?
Quantas horas são?
Quem é você?
Quantas horas você estudou esta semana?
Quanto custa este bolo?
QUESTÃO 11
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPIRANGA (SC) / AMEOSC / 2017
Gabarito: B
Resolução
A questão requer a capacidade para reconhecer a transitividade de verbos, bem como a exigência de
eventuais preposições para que, assim, realize-se a identificação do pronome interrogativo correto na oração.
Alternativa A - Incorreta
Que filme Maria assistiu ontem?
O pronome interrogativo a ser empregado na oração é determinado a partir da regência do verbo da oração.
Existem algumas transitividades do verbo "assistir" em virtude da pluralidade semântica que possui. Contudo,
quando empregado no sentido de "observar", "ver", é de transitividade indireta, com a exigência da
preposição "a".
Sendo assim, para a verificação de qual é o pronome correto, é possível construir a oração da seguinte
maneira: “Maria assistiu a que filme ontem?”
Dessa forma, conclui-se que, nesse caso, o emprego correto do pronome interrogativo é: "A que filme Maria
assistiu ontem?".
Alternativa B - Correta
Aonde você foi ontem?
Os pronomes interrogativos estão presentes nas orações que realizam perguntas, seja de forma direta ou
indireta. Referem-se, de forma genérica, à terceira pessoal gramatical, uma vez que as interrogações devam
abranger a ideia de indeterminação (razão pela qual se pergunta), cujo esclarecimento deve ocorrer na
resposta oferecida.
O pronome interrogativo AONDE indica a ideia de lugar. A similaridade com o pronome “onde” gera confusão
em relação à aplicabilidade. Sendo assim, ressalte-se que “aonde” deve exprimir a ideia de movimento, ou
lugar a que se dirige. Para o pronome “onde” devem-se reservar as orações que transmitam a ideia de
permanência.
A ocorrência da forma pronominal AONDE se dá em virtude do acréscimo da preposição “a” à palavra “onde”,
determinada pela regência do verbo da oração.
Observe que a frase poderia ser redigida da seguinte maneira: “Você foi a qual local ontem?”.
Sendo assim, estando presente preposição “a”, deve-se empregar o pronome “AONDE”.
Alternativa C - Incorreta
Qual disco você falou?
Observe que o pronome interrogativo a ser utilizado é determinado a partir da regência do verbo da oração.
Para a verificação de qual é o pronome correto, é possível construir a oração da seguinte maneira: “Você
falou de qual disco?”.
O verbo falar exige complemento acompanhado de preposição "de" na oração acima, razão pela qual a grafia
correta seria: “De qual disco você falou?”.
Alternativa D - Incorreta
Quanto você precisa para a viagem?
Observe que o pronome interrogativo presente na oração pode vir acompanhado ou não de preposição.
Sendo assim, para a verificação de qual é emprego correto do referido pronome é necessário analisar a
transitividade do verbo, bem como a preposição que eventualmente seja exigida.
Para a verificação de qual é o pronome correto, é possível construir a oração da seguinte maneira: “Você
precisa de quanto para a viagem?”.
Sendo assim, o pronome interrogativo deve vir acompanhado da preposição "de". Nesse caso, portanto, o
emprego correto seria: "De quanto você precisa para a viagem?"
QUESTÃO 12
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO VERDE (GO) / UNIRV / 2022
TEXTO 7
Gabarito: B
Resolução
Precisamos encontrar entre as alternativas aquela que possua um pronome de tratamento.
Vale destacar que os pronomes de tratamento se referem à segunda pessoa, mas o verbo e os pronomes
correspondentes vão para a 3ª pessoa. Como exemplos, temos: Você, Senhor, Senhora, Vossa Excelência,
etc.
Logo, o único pronome de tratamento está na alternativa 'A': “Mas você devia ter ponhado um recado na
porta”.
QUESTÃO 13
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL / IBFC / 2022
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me confiou gravemente que a vida
pode ter muito sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza
imperativa de que a procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do
radar filosófico. “Eu não sei por que, Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas
palavras corrosivas do final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa
miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando
pergunta: mas, se não os temos, como sabêlo? Resumindo: filhos, melhor não tê-los, mas é de todo
indispensável tê-los para sabê-lo; logo, melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de
papel. Pois se ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital,
todas as brigadas neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha
caneta, meu lápis-tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter;
vem-me a tentação de demitir-me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais,
renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com
relativa indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a
repetição indefinida do desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não
pode seguir adiante, tem de parar, tem de resolver primeiro. [...]
Nas orações “Filhos, melhor não tê-los” e “como sabê-lo” (4º§), notam-se pronomes oblíquos átonos que
apresentam semelhanças e distinções entre si.
Gabarito: D
Resolução
Esta questão trabalha com o emprego dos pronomes pessoais oblíquos.
- Anáfora;
- Colocação pronominal;
- Pronomes Anafóricos e Catafóricos.
- Objeto direto.
Alternativa A - Incorreta
o primeiro está enclítico ao verbo e o segundo em posição proclítica.
Vale lembrar:
Alternativa B - Incorreta
o primeiro exerce a função de objeto direto e o segundo, de objeto indireto.
Vale lembrar:
Observe que as formas o(s) e a(s) são utilizadas para representar objeto direto, enquanto a forma lhe(s) é
utilizada para representar objeto indireto.
Exemplos:
Desejo-lhe boa sorte. - "lhe" é objeto indireto do verbo "desejar" (desejo algo a alguém).
Alternativa C - Incorreta
o primeiro faz uma referência anafórica e o segundo, catafórica.
Observe:
"(...) mas, se não os temos, como sabê-lo? Resumindo: filhos, melhor não tê-los".
Podemos observar que ambos os pronomes foram empregados de maneira catafórica: o pronome "lo" em
"sabê-lo" retoma a ideia de "é melhor não ter filhos", enquanto o pronome "los" em "tê-los" retoma o termo
"filhos".
Vale lembrar:
A anáfora e a catáfora são ferramentas utilizadas para retomar elementos textuais, evitando assim as
repetições.
Anáfora é a referência a uma expressão citada anteriormente no texto, retomando essa sem recorrer à sua
repetição.
Observe, no exemplo acima, como o termo "nós" é empregado para retomar a expressão "eu e a Marina",
evitando também a sua repetição.
Catáfora é a referência a uma expressão que será citada no texto, antecipando essa sem recorrer à sua
repetição.
Observe, no exemplo acima, como o termo "isto" é empregado para antecipar a expressão "como as pessoas
são egoístas!", evitando também a sua repetição.
Alternativa D - Correta
o primeiro tem um substantivo como referente e o segundo, uma ideia ou oração.
O pronome "los" em "tê-los" retoma o termo "filhos", enquanto o pronome "lo" em "sabê-lo" retoma a ideia de
"é melhor não ter filhos".
Sendo assim, podemos dizer que o primeiro caso retoma o substantivo "filhos", enquanto o segundo retoma a
oração "é melhor não tê-los".
QUESTÃO 14
PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ (SP) / VUNESP / 2022
Dias de frio intenso castigam, e isso não é surpresa. Para quem trabalha com pessoas vulneráveis, o aviso de
frente fria – ou melhor, de uma massa polar que pode levar o país a temperaturas negativas –, liga o alerta. É
preciso agir.
Na noite em que a cidade de São Paulo registrou 7,9°C, e a sensação térmica foi de apenas 2ºC, muitos
grupos que assistem a população de rua tentaram sanar, ainda que superficialmente, o frio. Tentaram enxugar
o gelo, que é a questão da população em situação de rua na cidade. Uma questão que envolve desigualdade
social, planejamento urbano, saúde e administração pública.
(Mariana Agunzi, “Solidariedade aflora no frio congelante, mas é preciso avançar”. Folha de S.Paulo,
19.05.2022. Adaptado)
Gabarito: E
Resolução
A questão envolve conhecimentos sobre colocação pronominal.
2. Ênclise: o pronome é posicionado depois do verbo. Não há que se falar em palavras atrativas de ênclise. É
usada:
Referências:
PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. 3. ed. São Paulo: Método, 2018.
LUCCAS, Felipe. Classes I. São Paulo: Estratégia Concursos, 2020.
Analisemos as alternativas:
Alternativa A - Incorreta
Tendo registrado-se 7,9°C em São Paulo, a sensação térmica foi de 2ºC.
Alternativa B - Incorreta
Os grupos que dedicam-se à população de rua tentaram sanar o frio.
Alterntiva C - Incorreta
Se ligou o alerta, tão logo o aviso de frente fria no país foi divulgado.
Se ligou o alerta, tão logo o aviso de frente fria no país foi divulgado.
Ligou-se o alerta, tão logo o aviso de frente fria no país foi divulgado.
Alternativa D - Incorreta
Não espanta-nos o fato de que as pessoas sejam castigadas pelo frio.
O advérbio de negação "não" atrai o pronome oblíquo, não sendo cabível, então, a ênclise. Correção:
Não nos espanta o fato de que as pessoas sejam castigadas pelo frio.
Alternativa incorreta.
Alternativa E - Correta
Com o alerta de frente fria, esperava-se que as temperaturas caíssem.
A construção da alternativa está correta em relação à colocação pronominal. Como há uma vírgula separando
o adjunto adverbial deslocado do verbo, apenas a ênclise é cabível.
QUESTÃO 15
PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRAS ALTAS (RS) / OBJETIVA / 2022
Gabarito: D
Resolução
A questão demanda conhecimentos quanto a correta colocação pronominal.
Como a possibilidade de usar o oblíquo átono é muito maior do que a proibição, vamos conhecê-las:
É PROIBIDO:
E para os casos em que se haja termo atrativo, podemos usar o pronome antes ou após a locução:
Próclise
É a colocação do pronome anteriormente do verbo.
Ex.: Não se esqueçam do meu irmão.
Mesóclise
É a colocação do pronome no meio do verbo.
Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande show.
Ênclise
É a colocação do pronome depois do verbo. A ênclise é usada quando não for possível o uso da próclise e da
mesóclise.
Ex.: silenciem-se todos!
- Houver verbo no início do período, desde que ele não esteja no futuro do presente ou no pretérito.
- Houver verbo no imperativo afirmativo.
- Houver verbo no gerúndio, desde que sem a presença da preposição “em”.
- Houver verbo no infinitivo pessoal.
- Houver frases interrogativas com verbo no infinitivo impessoal.
Por último, você deverá inserir o pronome no meio do verbo em apenas um caso: quando há um verbo no
futuro (seja ele do presente ou do pretérito) ao iniciar uma oração.
Se o verbo no futuro aparecer no meio da frase, a mesóclise é opcional. O que nunca pode acontecer é
ênclise com verbos no futuro do presente ou do pretérito.
Por isso, havendo palavras atrativas, opte por sempre fazer próclise.
Referência:
PESTANA, Fernando. A Gramática para Concursos Públicos. Teoria completa e mais de 1.300 questões
comentadas. ed. São Paulo: Método, 2007.