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Banco do Brasil – Apostila

Português:

Compreensã o de Textos –

Compreensã o: entender o texto e sua proposta


comunicativa, decodificando a mensagem explícita.
Interpretaçã o: sã o as conclusõ es que chegamos a
partir do conteú do do texto, para além daquilo que está
escrito ou mostrado.

Dicas prá ticas:


1. Faça um resumo sobre o assunto e os
argumentos apresentados em cada pará grado,
traçando uma linha de raciocínio e fazendo
inferências.
2. Tenha sempre um dicioná rio por perto.
3. Fique atento aos detalhes: dados, fontes e datas.
4. Sublinhe informaçõ es separando fatos de
opiniõ es.
5. Perceba o enunciado das questõ es. De um modo
geral, questõ es que esperam compreensã o do
texto aparecem cos as seguintes expressõ es: o
autor afirma/sugere que…; segundo o texto…;
de acordo com o autor… Já as questõ es que
esperam interpretaçã o do texto aparecem com
as seguintes expressõ es: conclui-se do texto
que…; o texto permite deduzir que…; qual é a
intençã o do autor quando afirma que…

Tipologia Textual –
A partir da estrutura linguística, da funçã o social e da
finalidade de um texto, é possível identificar a qual tipo
e gênero ele pertence.

Tipos textuais: classifica-se a partir da estrutura e


da finalidade do texto.
- Texto narrativo: apresenta um enredo, com açõ es
e relaçõ es entre personagens, que ocorre em
determinados espaço e tempo. É contado por um
narrador, e se estrutura da seguinte maneira:
apresentaçã o> desenvolvimento> clímax> desfecho
- Texto Dissertativo-Argumentativo: tem o objetivo
de defender determinado ponto de vista, persuadindo
o leitor a partir do uso de argumentos só lidos. Sua
estrutura comum é: introduçã o> desenvolvimento>
conclusã o.
- Texto expositivo: procura expor ideias, sem a
necessidade de defender algum ponto de vista. Para
isso, usa-se comparaçõ es, informaçõ es, definiçõ es,
conceitualizaçõ es etc. A estrutura é a mesma do
dissertativo-argumentativo.
- Texto descritivo: expõ e acontecimentos, lugares,
pessoas, de modo que sua finalidade é descrever, ou
seja, caracterizar algo ou alguém. Com isso, é um texto
rico em adjetivos e em verbos de ligaçã o.
- Texto injuntivo: oferece intruçõ es, com o objetivo
de orientar o leitor. Sua maior característica sã o os
verbos no modo imperativo.

Gêneros textuais: classifica-se a partir do


reconhecimento de certos padrõ es estruturais que se
constituam a partir da funçã o social do texto. Porém,
sua estrutura e estilo nã o sã o tã o limitados e definidos
como na tipologia textual.
- Artigo
- Bilhete
- Bula
- Carta
- Conto
- Crô nica
- E-mail
- Lista
- Manual
- Notícia
- Poema
- Propaganda
Argumentaçã o:

O ato de comunicaçã o visa, além de transmitir uma


informaçã o, criar uma imagem de si mesmo e ser
admitido como confiável e verdadeiro. Tem a intençã o
de convencer.
Todo texto contém um componente
argumentativo. A argumentaçã o pe o conjunto de
recursos de natureza linguística destinados a persuadir
a pessoa a quem a comunicalã o se destina.
A argumentaçã o pertence ao domínio da retó rica,
arte de persuadir as pessoas mediante o uso de
recursos de linguagem.
“Tó picos: os argumentos sã o ú teis quando se tem de
escolher entre duas ou mais coisas” - Aristó teles.
O argumento pode entã o ser definido como
qualquer recurso que torna uma coisa mais desejável
que outra. Nã o tem como intençã o demonstrar a
verdade de um fato, mas levar o ouvinte a admitir como
verdadeiro o que está sendo enunciado.

Raciocínio ló gico: opera no domínio do necessá rio,


ou seja, pretende demonstrar que uma conclusã o
deriva necessariamente das premissas propostas. As
conclusõ es nã o dependem de crenças, mas apenas do
encadeamento de premissas e conclusõ es.
Por exemplo:
A é igual a B.
A é igual a C.
Entã o: C é igual a B.

Todo ruminante é um mamífero.


A vaca é um ruminante.
Logo, a vaca é um mamífero.

Argumentaçã o: nela, a conclusã o nã o é necessá ria


nem obrigató ria. Deve-se mostrar que ela é a mais
desejável, a mais provável, a mais plausível.
O convencimento do interlocutor, o auditó rio, que
pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fá cil
quanto mais os argumentos estiverem de acordo com
suas crenças, suas expectativas, seus valores.

Tipos de argumento:

1. Argumento de Autoridade: é a citaçã o no texto,


de afirmaçõ es de pessoas reconhecidas pelo
auditó rio como autoridades em certo domínio
do saber, para servir de apoio à quilo que o
enunciador está propondo. Isso revela o
conhecimento do produtor do texto a respeito
do assunto de que está tratando; dá ao texto a
garantia do autor citado.

2. Argumento de Quantidade: é aquele que


valoriza mais o que é apreciado pelo maior
nú mero de pessoas, o que existe em maior
nú mero, o que tem maior duraçã o, o que tem
maior nú mero de adeptos, etc. Mais = melhor.

3. Argumento de Consenso: é uma variante do


argumento de quantidade. Fundamenta-se em
afirmaçõ es que, numa determinada época, sã o
aceitas como verdadeiras e, portanto,
dispensam comprovaçõ es, a menos que o
objetivo do texto seja comprovar alguma delas.

4. Argumento de Existência: é aquele que se


fundamenta no fato de que é mais fá cil aceitar
aquilo que comprovadamente existe do que
aquilo que é apenas provável, que é apenas
possível. “Mais vale uum pá ssaro na mã o do que
dois voando”.

5. Argumento quase ló gico: é aquele que opera


com base nas relaçõ es ló gicas, como causa e
efeito, analogia, implicaçã o, identicade, etc.
Esses raciocínios sã o chamados de quase ló gicos
porque, diversamente dos raciocínios ló gicos,
eles nã o pretendem estabelecer relaçõ es
necessá rias entre os elementos, mas sim
instituir relaçõ es prováveis, possíveis,
plausíveis. “Amigo de amigo meu é meu amigo”.

6. Argumento do Atributo: é aquele que considera


melhor o que tem propriedades típicas daquilo
que é mais valorizado socialmente, por exemplo,
o mais raro é melhor que o comum, o que é mais
refinado é melhor que o que é mais grosseiro,
etc.

7. Argumento da Competê ncia Linguística:


variante do argumento de atributo, se dá na
utilizaçã o de norma culta e formal da língua que,
por conseguinte, deve produzir um texto em que
se pode confiar.

Defeitos de argumentaçã o:

- Uso sem delimitaçã o de palavra de sentido tã o


amplo, que serve de argumento para um ponto de vista
e seu contrá rio. Sã o noçõ es confusas, como paz, que,
paradoxalmente, pode ser usada pelo agressor e pelo
agredido.
- Uso de afirmaçõ es tã o amplas, que podem ser
derrubadas por um ú nico contra-exemplo. “Todos os
políticos sã o ladrõ es”.
- Emprego de noçõ es científicas sem nenhum rigor,
fora do contexto adequado, sem o significado
apropriado, vulgarizando-as e atribuindo-lhes uma
significaçã o subjetiva e grosseira. “O imperialismo de
certas indú strias nã o permitem que outras cresçam”.
- Manifestaçõ es de sinceridade do autor (como eu,
que nã o costumo mentir…) ou com declaraçõ es de
certeza expressas em fó rmulas feitas (como estou
certo, creio firmemente, é claro, é ó bvio, é evidente,
afirmo com toda a certeza, etc).

A boa argumentaçã o é aquela que está de acordo


com a situaçã o concreta do texto, que leva em conta os
componentes envolvidos na discussã o.

Persuadir: é um processo de convencimento, por


meio da argumentaçã o, no qual procura-se convencer
os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu
comportamento. A persuasã o pode ser vá lida ou nã o
vá lida:
Vá lida: expõ em-se com clareza os fundamentos de
uma ideia ou proposiçã o, e o interlocutor pode
questionar cada passo do raciocínio empregado na
argumentaçã o.
Nã o vá lida: apoia-se em argumentos subjetivos,
apelos subliminares, chantagens sentimentais, com o
emprego de “apelaçõ es”, como a inflexã o de voz, a
mímica e até o choro.
Exercício para trabalhar a argumentaçã o:
- argumentaçã o: anotar todos os argumentos a
favor de uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor
que adote a posiçã o total mente contrá ria;
- contra-argumentaçã o: imaginar um diá logo-
debate e quais os argumentos que essa pessoa
imaginá ria possivelmente apresentaria contra a
argumentaçã o proposta;
- refutaçã o: argumentos e razõ es contra a
argumentaçã o oposta.

Raciocínio silogístico de Descartes: baseado na


deduçã o, parte do simples para o complexo. Verdade e
evidência sã o a mesma coisa. É fundamental
determinar o problema. Dividi-lo em partes, ordenar os
conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus
elementos e determinar o lugar de cada um no
conjunto da deduçã o.
1. Evidência;
2. Divisã o ou aná lise;
3. Ordem ou deduçã o;
4. Enumeraçã o.

A enumeraçã o pode apresentar dois tipos de


falhas: a omissã o e a incompreensã o. Qualquer erro
pode quebrar o encadeamento das ideias.
Deduçã o (silogística): parte do geral para o particular;
é o caminho das consequências. Partindo-se de teorias
gerais, de verdades universais, pode-se chegar à
previsã o ou determinaçã o de fenô menos particulares.
Exemplo:
Todo homem é mortal (premissa geral)
Fulano é homem (premissa particular)
Logo, Fulano é mortal (conclusã o)
Induçã o: percorre o caminho inverso ao da deduçã o,
baseia-se em ma conexã o ascendente, do particular
para o geral.
Exemplo:
O calor dilata o ferro (particular)
O calor dilata o bronze (particular)
O calor dilata o cobre (particular)
O ferro, o bronze, o cobre sã o metais
Logo, o calor dilata metais (geral, universal)

O silogismo pode ser vá lido e verdadeiro; a


conclusã o será verdadeira se as duas premissas
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciaçã o
dos fatos, pode-se partir de premissas verdadeiras para
chegar a uma conclusã o falsa. Tem-se, dessem odo, o
sofisma.
Uma definiçã o inexata, uma divisã o incompleta, a
ignorâ ncia da causa, a falsa analogia sã o algumas
causas do sofisma. O sofisma pressupõ e má fé, intençã o
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
sofisma nã o tem essas intençõ es propositais, costuma-
se chamar esse processo de argumentaçã o de
paralogismo.
Exemplo de sofismas:
Deduçã o:
Todo professor tem um diploma (geral)
Fulano tem um diploma (particular)
Logo, fulano é professor (geral – falsa)

Induçã o:
O Rio de Janeiro tem uma está tua do Cristo
Redentor. (particular)
Taubaté (SP) tem uma está tua do Cristo
Redentor. (particular)
Rio de Janeiro e Taubaté sã o cidades.
Logo, toda cidade tem uma está tua do Cristo
Redentor. (geral – falsa)

Método sistemá tico: aná lise, síntese, cassificaçã o e


definiçã o.
Aná lise e síntese sã o dois processos opostos, mas
interligados; a aná lise parte do todo para as partes, a
síntese, das partes para o todo. O todo, porém, nã o é
uma simples justaposiçã o das partes; estas devem
estar organizadas, devidamentes combinadas, seguida
uma ordem de relaçõ es necessá rias, funcionais.
Aná lise: penetrar, decompor, separar, dividir.
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.

A aná lise pode ser formal ou informal.


Aná lise formal: pode ser científica ou
experimental; é característica das ciências
matemá ticas, fisico-naturais e experimentais.
Aná lise informal: é racional ou total, consiste em
“discernir” por vá rios atos distintos da atençã o os
elementos constitutivos de um todo, os diferentes
caracteres de um objeto ou fenô meno.

A aná lise decompõ e o todo em partes, a


classificaçã o estabelece as necessá rias relaçõ es de
dependê ncia e hierarquia entre as partes. Estabelecer
crité rios de classificaçã o das ideias e argumentos, pela
ordem de importâ ncia, é uma habilidade indispensável
para elaborar o desenvolvimento de uma redaçã o.
Para a clareza da dissertaçã o, é indispensável que,
logo na introduçã o, os termos e conceitos sejam
definidos. Deve-se expor clara e racionalmente as
posiçõ es assumidas e os argumentos que as justificam.
A definiçã o tem por objetivo a exatidã o no
emprego da linguagem e consiste na enumeraçã o das
qualidades pró prias de uma ideia, palavra ou objeto.
Ela consta de três elementos:
- o termo a ser definido;
- o gênero ou espécie;
- a diferença específica;
Exemplo:
“O homem é um animal racional.”
Homem -> elemento
Animal -> espécie
Racional -> diferença específica

É comum formular definiçõ es de maneira


defeituosa, por exemplo:
“Aná lise é quando a gente decompõ e o todo em
partes.”
Esse tipo de definiçã o é gramaticalmente incorreto:
“quando” é advérbio de tempo, nã o representa o
gênero, a espécie; “a gente” é forma coloquial nã o
adequada à redaçã o acadêmica.
- O termo deve realmente pertencer ao gênero ou
classe em que está incluído: “mesa é um mó vel”;
- O gênero deve ser suficientemente amplo para
incluir todos os exemplo específicos da coisa definida, e
suficientemente restrito para que a diferença possa ser
percebida sem dificuldade.
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: nã o há , em
verdade, definiçã o quando se diz que o “triâ ngulo nã o é
um prisma”;
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” nã o
constitui definiçã o exata, porque a recíproca “Todo ser
vivo é um homem” nã o é verdadeira;
- deve ser breve (contida num só período). Quando
a definiçã o, ou o que se pretenda como tal, é muito
longa, chama-se de explicaçã o, e também definiçã o
expandida;
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito
(o termo) + có pula (verbo de ligaçã o ser) + predicativo
(o gênero) + adjuntos (as diferenças).

Procedimentos Argumentativos: constituem os


procedimentos argumentativos mais empregados para
comprovar uma afirmaçã o: exemplificaçã o,
explicitaçã o, enumeraçã o, comparaçã o.
1. Exemplificaçã o: procura justificar os pontos de
vista por meio de exemplos, hierarquizar
afirmaçõ es. Mais um portante que, superior a,
de maior relevâ ncia que; considerando os dados,
conforme os dados apresentados; porque,
porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por
causa de, em virtude de, em vista de, por motivo
de, etc.
2. Explicitaçã o: procura explicar ou esclarecer os
pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
esse objetivo pela definiçã o, pelo testemunho e
pela interpretaçã o. Na explicitaçã o, por
definiçã o, empregam-se expressõ es como: quer
dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é,
haja vista, ou melhor.
3. Enumeraçã o: faz-se peça apresentaçã o de uma
sequência de elementos que comprovam uma
opiniã o, tais como a enumeraçã o de
pormenores, de fatos, em uma sequê ncia de
tempo, em que sã o frquentes as expressõ es:
primeiro, segundo, por ú ltimo, antes, depois,
ainda, em seguida, entã o, presentemente,
antigamente, depois de, antes de, atualmente,
hoje, no passado, sucessivamente,
respectivamente. Na enumeraçã o de fatos em
uma sequência de espaço, empregam-se as
seguintes expressõ es: cá , lá , acolá , ali, aí, além,
adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na
capital, no interior, nas grandes cidades, no sul,
no leste…
4. Comparaçã o: analogia e contraste sã o as duas
maneiras de se estabelecer a comparaçã o, com a
finalidade de comprovar uma ideia ou opiniã o.
Apresentam-se aqui sugestõ es, um dos roteiros
possíveis para desenvolver um tema, que podem se
analisadas e adaptadas ao desenvolvimento de outros
temas. Elege-se um tema, e, em seguida, sugerem-se os
procedimentos que devem ser adotados para a
elaboraçã o de um Plano de Redaçã o.

Tema: O homem e a má quina: necessidade e riscos


da evoluçã o tecnoló gica
- Questionar o tema, transformá -lo em
interrogaçã o, responder a interrogaçã o (assumir um
ponto de vista); dar o porquê da resposta, justificar,
criando um argumento bá sico;
- Imaginar um ponto de vista oposto ao
argumento bá sico e construir uma contra-
argumentaçã o; pensar a forma de refutaçã o que
poderia ser feita ao argumento bá sico e tentar
desqualificá -la (rever tipos de argumentaçã o)
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma
coleta de ideias que estejam direta ou indiretamente
ligadas ao tema (as ideias podem ser listadas
livremente ou organizadas como causa e
consequência);
- Analizar as ideias anotadas, sua relaçã o com
o tema e com o argumento bá sico;
- Fazer uma seleçã o das ideias pertinentes,
escolhendo as que poderã o ser aproveitadas no texto;
essas ideias transformam-se em argumentos auxiliares,
que explicam e corroboram a ideia do argumento
bá sico;
- Fazer um esboço do Plano de Redaçã o,
organizando uma sequência na apresentaçã o das ideias
selecionadas, obedecendo à s partes principais da
estrutura do texto, que poderia ser mais ou menos a
seguinte:

Introduçã o
- funçã o social da ciência e da tecnologia;
- definiçõ es de ciê ncia e tecnologia;
- indivíduo e sociedade perante o avanço
tecnoló gico.

Desenvolvimento
- apresentaçã o de aspectos positivos e negativos
do desenvolvimento tecnoló gico;
- como o desenvolvimento científico-tecnoló gico
modificou as condiçõ es e vida no mundo atual;
- a tecnocracia: oposiçã o entre uma sociedade
tecnologicamente desenvolvida e a dependência
tecnoló gica dos países subdesenvolvidos;
- enumerar e discutir os fatores de
desenvolvimento social;
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de
vida do passado; apontar semelhanças e diferenças;
- analisar as condiçõ es atuais de vida nos grandes
centros urbanos;
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia
para humanizar mais a sociedade.

Conclusã o
- a tecnologia pode libertar ou escravizar:
benefícios/consequê ncias maléficas;
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-
argumentos apresentados.

Intertextualidade: nome dado à relaçã o que se


estabelece entre dois textos, quando um texto já criado
exerce influência na criaçã o de um novo texto. Pode-se
definir, entã o, a intertextualidade como sendo a criaçã o
de um texto a partir de outro texto já existente. Esse
diá logo pode ocorrer em diversar á reas do
conhecimento, nã o se restingindo ú nica e
exclusivamente a textos literá rios.
Há vá rias maneiras de um texto manter
intertextualidade com outro, entre elas, ao citá -lo, ao
resumi-lo, ao reproduzi-lo com outras palavras, ao
traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá -lo, ao tomá -lo
como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá -lo, ao
ironizá -lo ou ao compará -lo com outros.
Tipos de intertextualidade
1. Pará grase: nela as palavras sã o mudadas, porém
a ideia do texto é confirmada pelo novo texto.

2. Paró dia: é uma forma de contestar ou


ridicularizar outros textos, há uma ruptura com
as ideologias impostas e por isso é objeto de
interesse para os estudiosos da língua e das
artes.

3. Epígrafe: é um recurso bastante utilizado em


obras, textos científicos, desde artigos, resenhas,
monografias, uma vez que consiste no acréscimo
de uma frase ou pará grafo que tenha alguma
relaçã o com o que será discutido no texto.

4. Citaçã o: é o acréscimo de partes de outras obras


numa produçã o textual, de forma que dialoga
com ele; geralmente vem expressa entre aspas e
itá lico, já que se trata da enunciaçã o de outro
autor.

5. Alusã o: faz referência aos elementos presentes


em outros textos.

6. Pastiche: recorrência a um gênero.

7. Traduçã o: está no campo da intertextualidade


porque implica a recriaçã o de um texto.
Intertextualidade explícita:
- é facilmente identificada pelos leitores;
- estabelece uma relaçã o direta com o texto fonte;
- apresenta elementos que identificam o texto
fonte;
- nã o exige que haja deduçã o por parte do leitor;
- apenas apela à compreensã o do conteú do.

Intertextualidade implícita:
- nã o é facilmente identificada pelos leitores;
- nã o estabelece uma relaçã o direta com o texto
fonte;
- nã o apresenta elementos que identificam o texto
fonte;
- exige que haja deduçã o, inferência. Atençã o e
aná lise por parte dos leitores;
- exige que os leitores recorram a conhecimentos
prévios para a compreensã o do conteú do.

Ponto de vista –
O modo como o autor narra suas histó rias provoca
diferentes sentidos ao leitor em relaçã o à uma obra.
Existem três pontos de vista diferentes. Considera-se
dois pontos de vista como fundamentais: o narrador-
observador e o narrador-personagem.
Primeira pessoa
Um personagem narra a histó ria a partir de seu
pró prio ponto de vista, ou seja, o escritor usa a
primeira pessoa. Lemos o livro com a sensaçã o de
termos a visã o do personagem podendo também saber
quais sã o seus pensamentos, o que causa uma leitura
mais íntima.

Segunda pessoa
O autor costuma falar diretamente com o leitor,
como um diá logo. Trata-se de um caso mais raro e faz
com que o leitor se sinta quase como outro
personagem que participa da histó ria.

Terceira pessoa
Coloca o leitor numa posiçã o externa, como se
apenas observasse a açã o acontecer. Os diá logos nã o
sã o como na narrativa em primeira pessoa, já que
nesse caso o autor relata as frases como alguém que
estivesse apenas contando o que cada personagem
disse.
Estrutura e organizaçã o do texto e dos pará grafos

Sã o três os elementos essenciais para a


composiçã o de um texto: a introduçã o, o
desenvolvimento e a conclusã o.

Introduçã o
É a apresentaçã o direta e objetiva da ideia central
do texto. A introduçã o é caracterizada por ser o
pará grafo inicial.

Desenvolvimento
Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do
texto. O desenvolvimento estabelece uma conexã o
entre a introduçã o e a conclusã o, por é nesta parte que
as ideias, argumentos e posicionamento do autor vã o
sendo formados e desenvolvidos com a finalidade de
dirigir a atençã o do leitor para a conclusã o.

Sã o três principais erros que podem ser cometidos


na elaboraçã o do desenvolvimento:
- distanciar-se do texto em relaçã o ao tema inicial;
- focar em apenas um tó pico do tema e esquecer
dos outros;
- façar sobre muitas informaçõ es e nã o conseguir
organizá -ças, dificultando a linha de compreensã o
do leitor.

Conclusã o
Ponto final de todas as argumentaçõ es discorridas
no desenvolvimento, ou seja, o encerramento do texto e
dos questionamentos levantados pelo autor.

Pará grafo: pequeno recuo em relaçã o à margem


esquerda da folha. Conceitualmente, o pará grafo
completo deve conter introduçã o, desenvolvimento e
conclusã o.
- introduçã o: apresentaçã o da ideia principal, feita
de maneira sintética de acordo com os objetivos
do autor.
- desenvolvimento: ampliaçã o do tó pico frasal
(introduçã o), atribuído pelas ideias secundá rias, a
fim de reforçar e dar credibilidade na discussã o.
- conclusã o: retomada da ideia central ligada aos
pressupostos citados no desenvolvimento,
procurando arrematá -los.
Coerência e a coesã o –
Sã o essenciais na escrita e na interpretaçã o de
textos. Ambos se referem à relaçã o adequada entre os
componentes do texto, de modo que sã o independentes
entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso,
porém incoerente, e vice-versa.

Coesã o: tem foco nas questõ es gramaticais, ou


seja, ligaçã o entre palavras, frases e pará grafos. Ela
ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos
(preposiçõ es, conjunçõ es, advérbios). Ela pode ser
obtida a partir da aná fora (retoma um componente) e
da catá fora (antecipa um componente)

Coerência: diz respeito ao conteú do, isto é, uma


sequê ncia ló gica entre as ideias. É importante conferir
se a mensagem e a conexã o de ideias fazem sentido, e
seguem uma linha clara de raciocínio.
Princípios bá sicos:
1. Princípio da nã o contradiçã o: nã o deve haver
ideias contraditó rias em diferentes partes do
texto.
2. Princípio da nã o tautologia: a ideia nã o deve
estar redundante, ainda que seja expressa com
palavras diferentes.
3. Princípio da relevâ ncia: as ideias devem se
relacionar entre si, nã o sendo fragmentadas
nem sem propó sito para a argumentaçã o.
4. Princípio da continuidade temá tica: é preciso
que o assunto tenha um seguimento em relaçã o
ao assunto tratado.
5. Princípio da progressã o semâ ntica: inserir
informaçõ es novas, que sejam ordenadas de
maneira adequada em relaçã o à progressã o de
ideias.
Ortografia Oficial –

Uso do “x”:
- Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex:
mexerica; enxergar)
- Depois de ditongos (ex: caixa)
- Palavras de origem indígena ou africana (ex:
abacaxi; orixá )

Uso do “s” com som de “z”:


- Depois de ditongos (ex: coisa)
- Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já
se usa o “s” (ex: casa>casinha)
- Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem
nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)
- Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso”
e “osa” (ex: populoso)

Uso do “s”, “ss”, “ç”:


- “s” costuma aparecer entre uma vocal e uma
consoante (ex: diversã o)
- “ss” costum aparecer entre duas vogais (ex:
processo)
- “ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras
que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex:
muçarela)

Os diferentes porquê s:
1. Por que – Usado para perguntas. Pode ser
substituido por “por qual motivo”.

2. Porque – Usado em respostas e explicaçõ es.


Pode ser substituído por “pois”.

3. Por quê – O “que” é acentuado quando aparece


como a ú ltima palavra da frase, antes da
pontuaçõ s final (interrogaçã o, exclamaçã o,
ponto final)

4. Porquê – É um substantivo, portanto costuma


vir acompanhado de um artigo, numeral,
adjetivo ou pronome;

Parô nimos e homô nimos:


Parô nimos: grafia e pronú ncia semelhantes,
significados distintos.
Homô nimos: mesma grafia e pronú ncia,
significados distintos.
Clase e emprego de palavras. Colocaçã o dos pronomes
oblíquos á tonos –

Classes:

1. Adjetivo – Expressar características, qualidades


ou estado dos seres. Varia em nú mero, gênero e
grau.

Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou


compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou
derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre
o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado),
e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há , também, os adjetivos pá trios ou gentílicos,
sendo aqueles que indicam o local de origem de
uma pessoa, ou seja, sua nacionalidade (brasileiro;
mineiro).
É possível, ainda, que existam locuçõ es
adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras
usadas para caracterizar ou substantivo. Sã o
formadas, em sua maioria, pela preposiçã o DE +
substantivo:
- de criança = infantil;
- de mã e = maternal
- de cabelo = capilar
Variaçã o de grau:
Os adjetivos podem se encontrar em grau
normal (sem ênfases), ou com intensidade,
classificando-se entre comparativo e superlativo.
 Normal: A Bruna é inteligente.
 Comparativo de superioridade: A Bruna é
mais inteligente que o Lucas.
 Comparativo de inferioridade: O Gustavo
é menos inteligente que a Bruna.
 Comparativo de igualdade: A Bruna é tã o
inteligente quanto a Maria.
 Superlativo relativo de superioridade: A
Bruna é a mais inteligente da turma.
 Superlativo relativo de inferioridade: O
Gustavo é o menos inteligente da turma.
 Superlativo absoluto analítico: A Bruna é
muito inteligente.
 Superlativo absoluto sintético: A Bruna é
inteligentíssima.

Adjetivos de relaçã o:
Aqueles que nã o podem sofrer variaçã o de
grau, uma vez que possui valor semâ ntico
objetivo, isto é, nã o depende de uma impressã o
pessoal (subjetiva).
2. Advérbio – Indica circunstâ ncia em que ocorre
o fato verbal. Invariável.

Advérbios interrogativos:
Sã o os advérbios ou locuçõ es adverbiais utilizadas
para introduzir perguntas, podendo expressar
circunstâ ncias de:
 Lugar: onde, aonde, de onde;
 Tempo: quando;
 Modo: como;
 Causa: por que, por quê.

Grau do advérbio:
Os advérbios podem ser comparativos ou
superlativos.
 Comparativo de ingualdade: tã o/tanto +
advérbio + quanto;
 Comparativo de superioridade: mais +
advérbio + (do) que;
 Comparativo de inferioridade: menos +
advérbio + (do) que;
 Superlativo analítico: muito cedo;
 Superlativo sintético: cedíssimo.

3. Artigo – Determina os substantivos (de modo


definido ou indefinido). Varia em gênero e
nú mero.

4. Conjunçã o – Liga ideias e sentenças (conhecida


também como conectivos). Invariável.

Elas se subdividem de acordo com a relaçã o


estabelecida entre as ideias e as oraçõ es. Se dividem
em 2 grupos:

Conjunçõ es coordenativas:
As oraçõ es coordenadas nã o apresentam
dependê ncia sintá tica entre si, servindo também para
ligar termos que têm a mesma funçã o gramatical. Sã o
elas:
 Aditivas: e, nem, bem como;
 Adversativas: mas, porém, contudo;
 Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer;
 Conclusivas: logo, portanto, assim;
 Explicativas: que, porque, porquanto;
Conjunçõ es coordenativas:
As oraçõ es subordinadas sã o aquelas em que há
uma relaçã o de dependência entre a oraçã o principal e
a oraçã o subordinada. Desse modo, a conexã o entre
elas (bem com o efeito de sentido) se dá pelo uso da
conjunçã o subordinada adequada. Sã o elas:
 Integrantes: usadas para introduzir as
oraçõ es subordinadas substantivas, definidas
pelas palavras que e se;
 Causais: porque, que, como;
 Concessivas: embora, ainda que, se bem que;
 Condicionais: e, caso, desde que;
 Conformativas: conforme, segundo,
consoante;
 Comparativas: como, tal como, assim como;
 Consecutivas: de forma que, de modo que, de
sorte que;
 Finais: a fim de que, para que;
 Proporcionais: à medida que, ao passo que, à
proporçã o que;
 Temporais: quando, enquanto, agora.

5. Interjeiçã o – Exprime reaçõ es emotivas e


sentimentos. Invariável.
6. Numeral – Atribui quantidade e indica posiçã o
em alguma sequê ncia. Varia em gênero e
nú mero.

7. Pronome – Acompanha, substitui ou faz


referência ao substantivo. Varia em gênero e
nú mero.

Dependendo de sua funçã o no enunciado, pode ser


classificado da seguinte maneira:
 Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas
do discurso, e podem ser retos (eu, tu
ele…) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si…);
 Pronomes possessivos: indicam posse
(meu, minha, sua, teu, nossos…);
 Pronomes demonstrativos: indicam
localizaçã o de seres no tempo ou no
espaço (este, isso, essa, aquela, aquilo…);
 Pronomes interrogativos: auxiliam na
formaçã o de questionamentos (qual,
quem, onde, quando, que, quantas…);
 Pronomes relativos: retomam o
substantivo, substituindo-o na oraçã o
seguinte (que, quem, quando, que, cujo, o
qual…);
 Pronomes indefinidos: substituem o
substantivo de maneira imprecisa
(alguma, nenhum, certa, vá rios,
qualquer…);
 Pronomes de tratamento: empregados,
geralmente, em situaçõ es formais
(senhor, Vossa Majestade, Vossa
Excelência, você…).

Colocaçã o pronominal –
Diz respeito ao conjunto de regras que
indicam a posilã o do pronome oblíquo á tono (me,
te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na…)
em relaçã o ao verbo, podendo haver pró clise
(antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou
mesó clise (no meio do verbo).
 Pró clise: expressõ es negativas;
conjunçõ es subordinativas; advérbios
sem vírgula; pronomes indefinidos,
relativos ou demonstrativos; frases
exclamativas ou que exprimem desejo;
verbos no gerú ncio antecedidos por “em”.
 Ê nclise: vervo no imperativo afirmativo;
verbo no início da frase (nã o estando no
futuro e nem no pretério); verbo no
gerú ndio nã o acompanhado por “em”;
verbo no infinitivo pessoal.
 Mesó clise: verbo no futuro iniciando uma
oraçã o;
8. Preposiçã o – Relaciona dois termos de uma
mesma oraçã o. Invariável.

Sã o divididas entre essenciais (só funcionam como


preposiçã o) e acidentais (palavras de outras classes
gramaticais que passam a funcionar como preposiçã o
em determinadas sentenças).

Essenciais: a, antes, apó s, de, com, em, contra,


para, per, perante, por, até, desde, sobre, trá s, sob, sem,
entre.
Acidentais: afora, como, conforme, consoante,
durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto
etc.
Locuçõ es prepositivas: abaixo de, afim de, além de,
à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de,
em que pese a etc.

Ao conectar os termos das oraçõ es, as preposiçõ es


estabelecem uma relaçã o semâ ntica entre eles,
podendo passar ideia de: causa, distâ ncia, finalidade,
instrumento, modo, lugar, companhia, posse, meio.
9. Substantivo – Nomeia objetos, pessoas,
animais, alimentos, lugares etc. Variam em
gênero, nú mero e grau.

Tipos de substantivo:
 Comum: usado para nomear seres e
objetos generalizados.
 Pró prio: geralmente escrito com letra
maiú scula, serve para especificar e
particularizar.
 Coletivo: é um nome no singular que
expressa ideia de plural, para designar
grupos e conjuntos de seres ou objetos
de uma mesma espécie.
 Concreto: nomeia algo que existe de
modo independente de outro ser
(objetos, pessoas, animais, lugares etc.).
 Abstrato: depende de um ser concreto
para existir, designando sentimentos,
estados, qualidades, açõ es etc.
 Primitivo: substantivo que dá origem a
outras palavras.
 Derivado: formado a partir de outra(s)
palavra(s).
 Simples: nomes formados por apenas
uma palavra(um radical).
 Composto: nomes formados por mais de
uma palavra (mais de um radical).
Flexã o de gênero:
Substantivo biforme: pe aquele que flexciona
entre masculino e feminino, mudando a desinência
de gênero, isto é, geralmente o final da palavra
sendo -o ou -a, respectivamente.
Substantivo uniforme: é aquele que possui
apenas uma forma, independente do gênero,
podendo ser diferenciados quando ao gênero a
partir da flexã o de gênero no artigo ou adjetivo
que o acompanha. Pode ser epiceno (refere-se aos
animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e
comum de dois gêneros (identificado por meio do
artigo).

Variaçã o de grau:
Usada para marcar a diferença na grandeza de
um determinado substantivo, a variaçã o de grau
pode ser classificada em aumentativo e
diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo
que indica grandeza ou pequenez, é considerado
analítico. (ex: menino grande / menino pequeno)
Quando acrescentados sufixos indicadores de
aumento ou diminuiçã o, é considerado sintético.
(ex: meninã o, menininho).

Letras maiú sculas:


As letras maiú sculas devem ser usadas em
nomes pró prios de pessoas, lugares (cidades,
estados, países, rios), animais, acidentes
geográ ficos, instituiçõ es, entidades, nomes
astronô micos, de festas e festividades, em títulos
de perió dicos e em siglas, símbolos ou
abreviaturas.
Já as letras minú sculas podem ser usadas em
dias de semana, meses, estaçõ es do ano e em
pontos cardeais.

10. Verbo – Indica açã o, estado ou fenô menos da


natureza. Varia em modo, tempo, nú mero,
pessoa e voz. Quando nã o significativos, sã o
chamados de verbos de ligaçã o.
Sã o flexionados em três tempos: pretérito
(passado), presente e futuro, de maneira que o
pretérito e o futuro possuem subdivisõ es.
Também se dividem em três flexõ es de modo:
indicativo (certeza sobre o que é passado),
subjuntivo (incerteza sobre o que é passado) e
imperativo (expressar ordem, pedido,
comando).
 Tempos simples do modo indicativo:
presente, pretérito perfeito,
pretérito imperfeito, pretérito mais-
que-perfeito, futuro do presente,
futuro do pretérito.
 Tempos simples do modo
subjuntivo: presente, pretérito
imperfeito, futuro.
 Tempos compostos do modo
indicativo: pretérito perfeito,
pretérito mais-que-perfeito, futuro
do presente, futuro do pretérito.
 Tempos compostos do modo
subjuntivo: pretérito perfeito,
pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominas do verbo sã o o infinitivo, o
particípio e o gerú ndio; podendo ter funçã o de
nome e atuando, respectivamente, como
substantivo, adjetivo ou advérbio.

Tipos de verbos:
 Regulares: possuem regras fixas
para a flexã o.
 Irregulares: possuem alteraçõ es nos
radicais e nas terminaçõ es quando
conjugados.
 Anô malos: possuem diferentes
radicais quando conjugados.
 Defectivos: nã o sã o conjugados em
todas as pessoas verbais;
 Impessoais: nã o apresentam
sujeitos, sendo conjugados sempre
na 3ª pessoas do singular.
 Unipessoais: apesar de
apresentarem sujeitos, sã o sempre
conjugados na 3ª pessoa do singular
ou do plural.
 Abundantes: possuem duas formas
no particípio, uma regular e outra
irregular.
 Pronominais: verbos conjugados
com pronomes oblíquos á tonos,
indicando açã o reflexiva.
 Auxiliares: usados em tempos
compostos ou em locuçõ es verbais.
 Principais: transmitem totalidade da
açã o verbal por si pró prios.
 De ligaçã o: indicam um estado,
ligando uma característica ao
sujeito.

Vozes verbais:
Indicam se o sujeito pratica ou recebe a açã o,
podendo ser três tipos diferentes:
- Voz ativa: sujeito é o agente da açã o;
- Voz passiva: sujeito sofre a açã o;
- Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a
açã o.
EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE

Crase é o nome dado à contraçã o de duas letras “a”


em uma só : preposiçã o “a” + artigo “a” em palavras
femininas. Ela é demarcada com o uso do acento grave
(à ), de modo que crase nã o é considerada um acento
em si, mas sim o fenô meno dessa fusã o.
Usa-se em:
 Palavras femininas: Peça o material emprestado
à quela aluna.
 Indicaçã o de horas, em casos de horas definidas e
especificadas: Chegaremos em Belo Horizonte à s 7
horas.
 Locuçõ es prepositivas: A aluna foi aprovada à
custa de muito estresse.
 Locuçõ es conjuntivas: À medida que crescemos
vamos deixando de lado a capacidade de imaginar.
 Locuçõ es adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire
na pró xima à esquerda.

Nã o se usa em:

 Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.


 Palavras repetidas (mesmo quando no feminino):
Melhor termos uma reuniçã o frente a frente.
 Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar.
 Expressõ es que sugerem distâ ncia ou futuro: A
médica vai te atender daqui a pouco.
 Dia de semana (a menos que seja um dia definido):
De terça a sexta. / Fecharemos à s segundas-feiras.
 Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa
da vizinha fica a 50 metros da esquina.

SINTAXE DA ORAÇÃ O E DO PERÍODO

A sintaxe estuda o conjunto das relaçõ es que as


palavras estabelecem entre si. Dessa maneira, é preciso
ficar atento aos enunciados e suas unidade: frase,
oraçã o e período.
Frase é qualquer palavras ou conjunto de palavras
ordenadas que apresenta sentido completo em um
contexto de comunicaçã o e interaçã o verbal. A frase
nominal é aquela que nã o contém verbo. A frase verbal
apresenta um ou mais verbos (locuçã o verbal).
Oraçã o é um enunciado organizado em torno de
um ú nico verbo ou locuçã o verbal, de modo que estes
passam a ser o nú cleo da oraçã o. Assim, o predicativo é
obrigató rio, enquanto o sujeito é opcional.
Período é uma unidade sintá tica, de modo que seu
enunciado é organizqado por uma oraçã o (período
simples) ou mais oraçõ es (período composto). Eles sã o
iniciado com letras maiú sculas e finalizados com a
pontuaçã o adequada.

Aná lise sintá tica:


Serve para estudar a estrutura de um período e de suas
oraçõ es. Os termos da oraçã o se dividem entre:
 Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado;
 Integrantes: completam o sentido (complementos
verbais e nominais, agentes da passiva);
 Acessó rios: funçã o secundá ria (adjuntos
adnominais e adverbiais, apostos).

Termos Essenciais da oraçã o:


Sã o o sujeito e o predicado. O sujeito é aquele
sobre quem diz o resto da oraçã o, o predicado é a parte
que dá alguma informaçã o sobre o sujeito.
O sujeito é classificado em determinado
(facilmente identificável, podendo ser simples,
composto ou implícito) e indeterminado, podendo,
ainda, haver a oraçã o sem sujeito (a mensagem se
concentra no verbo impessoal):
Os predicados se classificam em: predicado verbal
(nú cleo do predicado é um verbo que indica açã o,
podendo ser transitivo, intransitivo ou de ligaçã o);
predicado nominal (nú cleo da oraçã o é um nome, isto
é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nominal
(apresenta um predicativo do sujeito, além de uma
açã o mais uma qualidade sua).

Termos integrantes da oraçã o:


Os complementos verbais sã o classificados em
objetos diretos (nã o preposicionados) e objetos
indiretos (preposicionado).
Os complementos nominais podem ser
substantivos, adjetivos ou advérbios.
Os agentes da passiva sã o os termos que tem a
funçã o de praticar a açã o expressa pelo verbo, quando
este se encontra na voz passiva.

Termos acessó rios da oraçã o:


Os termos acessó rios nã o sã o necessá rios para dar
sentido à oraçã o, funcionando como complementaçã o
da informaçã o. Desse modo, eles têm a funçã o de
caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou
de exprimir circunstâ ncia, podendo ser adjunto
adverbial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio),
Adjunto adnominal ( especifica o substantivo, com
funçã o de adjetivo) e aposto (caracteriza o sujeito,
especificando-o).

Tipos de oraçõ es:


Oraçõ es coordenadas:
Sã o aquelas que nã o dependem sintaticamente
uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas
aparecem quando há um período composto, sendo
conectadas por meio do uso de conjunçõ es (sindéticas),
ou por meio da vírgula (assindéticas).
Sindéticas:

Oraçõ es subordinadas
Sã o aquelas que dependem sintaticamente em
relaçã o à oraçã o principal. Elas aparecem quando o
período é composto por duas ou mais oraçõ es.
A classificaçã o das oraçõ es subordinadas se dá por
meio de sua funçã o: oraçõ es suordinadas substantivas,
quando fazem o papel de substantivo da oraçã o;
oraçõ es subordinadas adjetivas, quando modificam o
substantivo, exercendo a funçã o do adjetivo; oraçõ es
subordinadas adverbiais, quando modificam o
advérbio.
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃ O
Vírgula:
A vírgula é um sinal de pontuaçã o com mutias
funçõ es, usada para marcar uma pausa no enunciado.
Usa-se ao:
 Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei
abacate, mamã o, manga, morango e abacaxi.
 Separar aposto (termo explicativo): Belo
Horizonte, capitalmineira, só tem uma linha de
metrô .
 Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
 Isolar expressõ es que indicam circunstâ ncias
adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os
moradores, calmamente, deixaram o prédio.
 Isolar termos explicativos: A educaçã o, a meu ver,
é a soluçã o de vá rios problemas sociais.
 Separar conjunçõ es intercaladas, e antes dos
conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”:
A menina acordou cedo, mas nã o conseguiu chegar
a tempo na escola. Nã o explicou, porém, o motivo
para a professora.
 Separar o conteú do pleoná stico: A ela, nada mais
abala.

Nã o se usa para separar:


 Sujeito de predicado.
 Objeto de verbo.
 Adjunto adnominal de nome.
 Complemento nominal de nome.
 Predicativo do objeto do objeto.
 Oraçã o principal da subordinada substantiva.
 Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

CONCORDÂ NCIA VERBAL E NOMINAL

Concordâ ncia é o efeito gramatical causado por


uma relaã o harmô nica entre dois ou mais termos.
Desse modo, ela pode ser verbal – refere-se ao verbo
em relaçã o ao sujeito – ou nominal – refere-se ao
substantivo e suas formas relacionadas.
 Concordâ ncia em gênero: flexã o em masculino e
feminino.
 Concordâ ncia em nú mero: flexã o em singular e
plural.
 Concordâ ncia em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

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