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Tipos de Textos.

Os tipos de textos são classificados de acordo com sua estrutura,


objetivo e finalidade.
De acordo com a tipologia textual, eles são classificados em 5 tipos:
texto narrativo, texto descritivo, texto dissertativo, texto expositivo e
texto injuntivo.

1. Texto Narrativo
A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um
enredo, no qual são desenvolvidas as ações das personagens,
marcadas pelo tempo e pelo espaço. Então, outra rã chegou e
perguntou se o boi era o maior dos dois.

A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.


Depois, repetiu a pergunta:

– Quem é maior agora?

A outra rã respondeu:

– O boi.

A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que
arrebentou. Moral da história: Quem tenta parecer maior do que é
se arrebenta
Saiba tudo sobre esse tipo de texto:

Narração:
Texto narrativo
Foco narrativo
Elementos da narrativa

2. Texto Descritivo:
O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de
algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele
expõe apreciações, impressões e observações de algo indicando os
aspectos, as características, os detalhes singulares e os
pormenores. Alguns recursos linguísticos relevantes na
estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos,
verbos de ligações, metáforas e comparações.
Estrutura dos textos descritivos. De forma geral, os textos
descritivos seguem a estrutura básica:

Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.

Desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de


algo.

Conclusão:
término da descrição.
Tipos de textos descritivos. A descrição é classificada de 2 formas:

Descrição objetiva: descrição realista ou denotativa sobre algo sem


que haja algum juízo de valor.

Descrição subjetiva: descrição que envolve as impressões pessoais


do autor e, por isso, apresenta o sentido conotativo da linguagem.

Alguns exemplos de textos Descritivos


Diário
Relatos
Biografia
Notícia
Cardápio

Exemplo de texto descritivo:


A Carta de Pero Vaz de Caminha é um relato de viagem, sendo,
portanto, um exemplo de descrição:

“Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças,


nuas como eles, que não pareciam mal. Entre elas andava uma
com uma coxa, do joelho até o quadril, e a nádega, toda tinta
daquela tintura preta; e o resto, tudo da sua própria cor. Outra trazia
ambos os joelhos, com as curvas assim tintas, e também os colos
dos pés; e suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência
descobertas, que nisso não havia nenhuma vergonha. Também
andava aí outra mulher
Moça com um menino ou menina ao colo, atado com um pano (não
sei de quê) aos peitos, de modo que apenas as perninhas lhe
apareciam. Mas as pernas da mãe e o resto não traziam pano
algum.”
Entenda tudo sobre as características desse tipo textual:
Descrição:
Texto descritivo
Descrição objetiva e subjetiva:

Descrição: o que é, características, tipos e como fazer


Como fazer um bom texto descritivo

3- Texto Dissertativo
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na
argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os
textos dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos,
buscam persuadir o leitor.

Estrutura dos textos dissertativos


A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes
fundamentais:

Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena parte


do texto que apresenta a ideia, o tema ou assunto principal que
será dissertado.

Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti tese), é a


maior parte do texto em que é apresentado os argumentos contra e
a favor sobre o tema.

Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte sugere uma


nova ideia, que pode ser uma solução sobre o tema exposto.
Tipos de textos dissertativos:
Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:

Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia, fato,


tema ou assunto. Nesse caso, não há a intenção de persuadir o
leitor.

Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto dessa


categoria de textos dissertativos. Assim, o uso de argumentações e
contra argumentações são fundamentais.
Alguns exemplos de textos dissertativos:
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia
Editorial
Exemplo de texto dissertativo
O exemplo abaixo é um editorial da seção Tecnologia do jornal
Correio braziliense.

App criado por publicitário “paga” para usuário assistir a


propagandas

No app Curió, os usuários assistem a conteúdos publicitários de


forma voluntária e ganham pontos para trocar por brindes

Há dois anos, o aplicativo Curió veicula publicidade de uma forma


diferente e inovadora. O empresário e criador do app, Jean Silva, 33
anos, observou que os meios tradicionais de divulgação publicitária
não surtem o efeito desejado, porque o consumidor passou a
ignorar as propagandas difundidas em quantidades exageradas nas
redes sociais.

“A nossa aposta é pagar pelo tempo do espectador. O usuário


assistirá à propaganda de maneira voluntária e ganhará moedas
(curiós) para trocar por prêmios na plataforma”, explica Silva.

O nome Curió teve inspiração tanto no pássaro brasileiro quanto na


curiosidade inerente a todo ser humano. “O que nos motiva é poder
fazer parte da vida de cada “curioso” que já abriu um sorriso e se
emocionou no fim daquele filme e se sentiu valorizado por interagir
com os nossos anunciantes.”

Pesquisas e vale-compras

Além de assistir às propagandas para ganhar os curiós, o


consumidor também pontua quando responde a pesquisas e
adquire um vale-compra pelo app. De acordo com Jean Silva, nas
plataformas digitais, os valores para veicular uma propaganda
ficaram muito mais baixos, e o tempo de exposição, maior. Logo,
quando o usuário ignora, mais propagandas são colocadas e,
assim, se constrói um ciclo sem tanta lucratividade.

Em uma pesquisa realizada pelos desenvolvedores do Curió, o


resultado de efetividade das peças publicitárias é 10 vezes maior no
app, em relação ao Instagram e YouTube.

(Ana Clara Avendaño, Correio Braziliense 26/05/2020)


Entenda mais sobre esse tipo de texto.

Texto dissertativo:
Texto dissertativo-argumentativo
Como fazer uma redação dissertativa
Como fazer um bom texto dissertativo-argumentativo.

3. Texto Expositivo
O texto expositivo pretende apresentar um tema a partir de recursos
como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a
informação e enumeração. Dessa forma, o objetivo central do
emissor é explanar, discutir e explicar sobre um determinado
assunto.

Tipos de textos expositivos:


Os textos expositivos são classificados em dois tipos:

Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de


informações, sem que haja juízo de valor.
Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com
defesa de opinião.

Alguns exemplos de textos expositivos:

Seminários
Entrevistas
Palestras
Enciclopédia
Verbete de dicionário.

Exemplo de texto expositivo:


Para entender melhor sobre esse tipo de texto, confira abaixo o
verbete do dicionário online de português (Dicio) sobre a palavra
disruptivo.

Significado de Disruptivo

Adjetivo
Que provoca ou pode causar disrupção; que acaba por interromper
o seguimento normal de um processo; interruptivo, suspensivo.
Que tem capacidade para romper ou alterar; que rompe.
[Eletricidade] Que causa a restauração súbita de uma corrente
elétrica, provocando faíscas e gastando a energia que estava
acumulada.

[Hidráulica] Que provoca uma alteração ao redor daquilo que obstrui


o escoamento de fluidos.

Expressão

Tecnologia Disruptiva. Designação atribuída a uma inovação


tecnológica (produto ou serviço) capaz de derrubar uma tecnologia
já preestabelecida no mercado.

Etimologia (origem da palavra disruptivo). Do francês distuptif.

Saiba mais sobre esse tema:

Texto expositivo
Texto informativo
Texto didático
Texto Injuntivo

O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no


método para a realização de algo.

Assim, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é


a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma
“ordem”.

Exemplos de textos injuntivos:

Regulamento
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções.

Exemplo de texto injuntivo


Segue abaixo parte do manual de instruções do Jogo da Vida, um
dos Brinquedos Estrela:
Dia do Juízo
Todos são obrigados a parar no Dia do Juízo para ganhar $48.000
por cada filho, pagar todas as notas promissórias – caso tiver – e
decidir se vai tentar ser:

1) Milionário: quem achar que tem dinheiro suficiente para


ganhar o jogo.

2) Magnata: é a escolha para quem acha que não tenho dinheiro


suficiente e resolve arriscar tudo! O competidor declara sua
decisão a todos, escolhe um número e gira a roleta. Se cair o
número escolhido, ele será o vencedor. Do contrário, o
banqueiro recolhe seu dinheiro e ele vai à falência.

Caso ninguém se torne magnata, a rodada termina quando o último


jogador for à falência ou ficar milionário. Então, todos devem contar
seu dinheiro. O jogador que tiver mais dinheiro ganha o Jogo da
Vida.

Entenda tudo sobre o texto injuntivo.

Os tipos textuais e os gêneros textuais


Os tipos de textos reúnem 5 tipos (narrativo, descritivo, dissertativo,
expositivo e injuntivo) sendo caracterizados por conterem um
objetivo e uma estrutura geralmente fixa.

Já os gêneros textuais são estruturas que surgem dos tipos de


textos. Eles são classificados de acordo com suas características
relacionadas com a linguagem utilizada bem como seu conteúdo
Assim, além dos citados acima, existem muitos tipos de gêneros
textuais, por exemplo:

Gêneros textuais narrativos: lendas e contos de fada.


Gêneros textuais descritivos: currículo e anúncio de classificados.
Gêneros textuais dissertativos: dissertação de mestrado e tese de
doutorado.
Gêneros textuais expositivos: conferências e colóquios.
Gêneros textuais injuntivos: carta aberta e texto prescritivo

Exercícios de interpretação de texto


Exercícios sobre Gêneros Textuais
10 contos de fadas clássicos.

Exercícios sobre gêneros textuais


Os gêneros textuais reúnem diversos tipos de textos, sendo
classificados conforme suas características em relação à linguagem
e ao conteúdo.

Para ficar craque nesse tema, confira abaixo 10 exercícios de


gêneros textuais comentados por nossos professores.

Questão 1
Leia o trecho abaixo:

“A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência


política, pois esta determina quais são as demais ciências que
devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política
inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o
bem do homem.”

O gênero textual utilizado pelo autor é

a) propaganda
b) enciclopédia
c) texto didático
d) texto de opinião
e) texto prescritivo

Questão 2
São Paulo, 18 de agosto de 1929.

Carlos [Drummond de Andrade],

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio


Vargas – João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse
entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que
deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa torcida apenas
simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto.
Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável,
está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de
governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com democráticos
paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas
cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo
reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta
do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única
aceitável.
Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história
do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p.
305 (Enem – 2007)

A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor


(remetente) e um receptor (destinatário). No trecho acima, a carta
escrita para Carlos revela um exemplo de

a) carta pessoal
b) carta do leitor
c) carta aberta
d) carta argumentativa
e) carta comercial.

Questão 3
Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português,
é conhecido por sua prosa onde ele criou novas formas de
linguagens, neologismos e mudanças na sintaxe.

O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio”

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de


manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de
madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom
seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça
pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e
láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a
orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis
de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.”

De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi

a) relatar sobre a manhã da personagem


b) narrar os fatos habituais daquela manhã
c) descrever aspectos da personagem e de suas ações
d) apresentar o principal jornal lido pela personagem
e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem

Questão 4
Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais?
a) romance, descrição, biografia
b) autobiografia, narração, dissertação
c) bula de remédio, propaganda, receita culinária
d) contos, fábulas, exposição
e) seminário, injunção, declaração

Questão 5
Projeto de Lei prevê multa e prisão para quem cria e compartilha
fake news

Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia


esteja por trás de um grupo de disseminação de fake news

De autoria da deputada Rejane Dias, o Projeto de Lei 2389/20


altera o Código Penal e prevê punição com detenção para aqueles
que se beneficiam compartilhando notícias falsas. A iniciativa é
reduzir o número de fake news na internet, que são compartilhadas
por ingenuidade mas também podem ser criadas propositalmente
para favorecimento de pessoas e/ou instituições.

Caso o beneficiamento da pessoa com a proliferação de fake news


seja comprovado, a PL 2389/20 prevê detenção de 2 a 4 anos. A
pena pode aumentar para até 10 anos caso o autor da notícia falsa
seja o líder ou coordene um grupo responsável pela disseminação –
os famigerados bots.

“É um desserviço à população e um atentado à segurança coletiva,


um gesto de desumanidade e prejuízo frontal (…). A notícia falsa,
além de afetar seriamente a vida das pessoas, pode também ajudar
a reforçar um pensamento errôneo”, disse a deputada autora do
projeto, que reforçou como a disseminação de fake news na atual
época de pandemia que estamos vivendo é perigosíssima e um
atentado à vida das pessoas.

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto já está dando o que


falar e algumas pessoas, inclusive que trabalham com política,
estão dizendo que a PL é um complô e é tendenciosa. A pergunta
é: para quem?

Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que


ela foi publicada, se ele é renomado, por exemplo, duvide de sites
poucos conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de
WhatsApp, principalmente de textos copiados e colados que não
têm links ou fontes.

(Por Isabella Otto, Revista Capricho)

O editorial é um gênero textual sendo um texto essencialmente

a) narrativo-descritivo
b) descritivo-narrativo
c) prescritivo-descritivo
d) dissertativo-argumentativo
e) injuntivo-opinativo

Questão 6
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente
da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o
burro — coitado! Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o
burro parou e disse:

— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o


remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada
um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.


— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando
posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo

O burro gemeu:

— Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a


carga de quatro arrobas e mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante,


porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam
com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E
como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem
piedade.

— Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro


que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo
era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrada agora…
(LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1994)

A fábula é um gênero textual literário que possui uma forte carga


moral, sendo uma narrativa fantasiosa que o afasta de realidade.
Sobre isso, assinale abaixo a alternativa INCORRETAsobre esse
gênero textual:

a) é uma narrativa breve


b) sempre propõe algum ensinamento
c) usa animais como personagens
d) possui um entendimento rápido e fácil
e) é sinônimo de parábola

Questão 7
“Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com
mais de 70% de cacau e 0% de gordura saturada.”

A oração acima faz parte do gênero textual

a) notícia
b) propaganda
c) editorial
d) bilhete
e) declaração

Questão 8
Pé de moleque

Ingredientes

3 xícaras de amendoim torrado e moído


3 xícaras de açúcar
1 ½ xícaras de leite

Modo de Fazer

Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até


desgrudar da panela. Em seguida, despeje em mármore e espere
esfriar e endurecer. Por fim, corte em pequenos pedaços
As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas
a fazerem algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero
pertence aos textos
a) prescritivos
b) narrativos
c) descritivos
d) injuntivos
e) expositivos

Questão 9
Os gêneros textuais englobam também alguns gêneros orais.
Geralmente, eles são considerados textos expositivos que possuem
o intuito de expor alguma ideia. Das alternativas abaixo, a que não
faz parte dos gêneros orais é

a) o e-mail
b) o seminário
c) a palestra
d) o colóquio
e) a entrevista

Questão 10
HAMLET observa a Horácio que há mais causas no céu e na terra
do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a
bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869,
quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma
cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.

— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois


saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes
mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas

Começou a botar as cartas, disse-me: “A senhora gosta de uma


pessoa...” Confessei que sim, e então ela continuou a botar as
cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de
que você me esquecesse, mas que não era verdade.

— Errou! Interrompeu Camilo, rindo.

— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho


andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim,
não ria...
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que
lhe queria muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo
o caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele
mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente andar
por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e depois.

— Qual saber! Tive muita cautela, ao entrar na casa.

— Onde é a casa?

— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém


nessa ocasião. Descansa; eu não sou maluca.

Camilo riu outra vez:

— Tu crês deveras nessas cousas? Perguntou-lhe.

Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-
lhe que havia muita cousa misteriosa e verdadeira neste mundo. Se
ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a cartomante
adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava
tranqüila e satisfeita.
(A Cartomante, Machado de Assis)

O conto é um tipo de gênero textual breve, escrito em prosa e


formado apenas por uma história e um conflito. Sobre esse gênero
textual, podemos afirmar que
a) É um texto essencialmente descritivo com presença de diálogos
entre personagens.
b) é um texto dissertativo e mais curto que o romance e a novela,
ambos do mesmo tipo textual.
c) é um texto narrativo e que envolve enredo, personagens, tempo e
espaço.
d) é um texto opinativo formado pelos discursos direto e indireto.
e) é um texto expositivo em que um tema é apresentado ao público

Funções da Linguagem

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem


segundo a intenção do falante.

Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função


emotiva, função poética, função fática, função conativa e função
metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos
presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código,
canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos
comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem
podem estar presentes num mesmo texto.

Função Referencial ou Denotativa


Também chamada de função informativa, a função referencial tem
como objetivo principal informar, referenciar algo.

Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é


escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu
caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os
materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por
meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo,
sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de função referencial


Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a
maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso
desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o
Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho
de 1994.
Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de função expressiva, na função emotiva o
emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções,
sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o


emissor, uma vez que possui um caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas,
os diários. Todos eles são marcados pelo uso de sinais de
pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Exemplo de função emotiva


Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se
preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo
perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma
semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e
amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem,
combinado?!?

Função Poética:
A função poética é característica das obras literárias que possui
como marca a utilização do sentido conotativo das palavras Nessa
função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das
figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento
comunicativo é a mensagem. Note que esse tipo de função não
pertence somente aos textos literários. Também encontramos a
função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que
há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos,
músicas).
Exemplo de função poética
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um
poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um
provérbio debaixo da manga.

Função Fática:
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a
comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o
emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de
comunicação.

Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo,


nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone,
etc.

Exemplo de função fática


— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se
possível.
— Hum, o Dr. Tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os
dias 7 e 11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada
por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o
leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e
discursos políticos, de modo a influenciar o receptor por meio da
mensagem transmitida.

Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira


pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do
vocativo.

Exemplos de função conativa


Vote em mim!
Entre. Não vai se arrepender!
É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da
metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a ela mesma.
Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio
código.

Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um


documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do
cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque
são as gramáticas e os dicionários.
Exemplo de função metalinguística
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é
escrita, bem como exemplifica a função metalinguística. Funções
Linguagem e , você encontra um diagrama com as funções da a e
sua relação com os elementos da comunicação

Exercícios de funções da linguagem


Leia os textos que se seguem e classifique as funções de
linguagem.

1) E nunca mais chega o dia 18 de setembro… Estou em pulgas!


É a primeira vez que vou entrar na cidade do Rock!!

2) “Há menos de um mês para a realização de mais um Rock in


Rio, a organização do super-festival carioca divulgou uma lista
de itens considerados proibidos – e que serão bloqueados na
revista realizada por seguranças em cada pessoa que quiser
entrar na Cidade do Rock.” (26 de Agosto de 2015, in
Estadão)
3) Rock in Rio 2013. Eu vou.

Conectivos:

Conectivos são palavras ou expressões que interligam as frases,


períodos, orações, parágrafos, permitindo a sequência de ideias.

Esse papel é desempenhado, sobretudo, pelas conjunções,


palavras invariáveis usadas para ligar os termos e orações em um
período. Além disso, alguns advérbios e pronomes também podem
exercer essa função.
Os conectivos são elementos essenciais no desenvolvimento dos
textos, uma vez que estão relacionados com a coesão textual.
Assim, se forem mal-empregados, reduzem a capacidade de
compreensão da mensagem e comprometem o texto.

Confira a lista de conectivos abaixo.

Conectivos de prioridade e relevância


Os conectivos de prioridade e relevância são muito usados no início
das frases para apresentar uma ideia. Eles também podem oferecer
relevância ao que está sendo apresentado, por exemplo:

Primeiramente devemos atentar ao conceito de pluralidade cultural.

I: Em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em


princípio, primeiramente, acima de tudo, principalmente,
primordialmente, sobretudo, a priori, a posteriori, precipuamente.

Conectivos de continuidade e tempo


Os conectivos de continuidade e tempo situam o leitor na sucessão
dos acontecimentos ou das ideias. Por esse motivo, são muito
explorados em textos narrativos, por exemplo:

Logo após sair da aula, Bianca teve um encontro com Arthur.


CONECTIVOS: Então, enfim, logo, logo depois, imediatamente,
logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco
depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim,
finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente,
constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes,
ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo,
simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato,
enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que,
assim que, desde que, todas às vezes que, cada vez que, apenas,
já, mal, nem bem.

Conectivos de comparação, semelhança ou conformidade


Utilizamos os conectivos de comparação, semelhança ou
conformidade para estabelecer uma relação com uma ideia ou um
conceito que já foi apresentado anteriormente no texto. Além disso,
eles são usados para apontar ideias de outro texto
(intertextualidade), por exemplo:

De acordo com as ideias de Darcy Ribeiro, o povo brasileiro é muito


diverso.
CONECTIVOS: Igualmente, da mesma forma, assim também, do
mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por
analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo
com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,
tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.

Conectivos de condição ou hipótese


Os conectivos de condição ou hipótese são utilizados em situações
circunstanciais que podem oferecer hipóteses para uma situação
futura, por exemplo:

Caso chova essa tarde, não iremos à academia.

CONECTIVOS: Se, caso, eventualmente.

Conectivos de adição e continuação


Utilizamos os conectivos de adição e continuação para acrescentar
algo ao texto e que esteja relacionado com o que foi apresentado
anteriormente, por exemplo:

Suzana foi professora na Universidade de Minas Gerais no período


da Ditadura Militar. Além disso, foi coordenadora do Departamento
de Artes vinculado à Secretaria de Cultura do município de Belo
Horizontes
CONECTIVOS: Além disso, demais, ademais, outrossim, ainda
mais, por outro lado, também, e, nem, não só, como também, não
apenas, bem como.

Conectivos de dúvida
Utilizamos os conectivos de dúvida para inserir uma dúvida ou
probabilidade no texto, por exemplo:

É provável que Tomás não venha trabalhar hoje.

CONECTIVOS: Talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem


sabe, é provável, não certo, se é que.

Conectivos de certeza ou ênfase


Utilizamos conectivos de certeza ou ênfase quando queremos
ressaltar algo que temos certeza ou mesmo para enfatizar uma
ideia no texto, por exemplo:

Certamente Cecília esteve envolvida no caso de roubo.

CONECTIVOS: Por certo, certamente, indubitavelmente,


inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza.
Conectivos de surpresa ou imprevistos
Os conectivos de surpresa ou imprevistos enfatizam uma surpresa,
ou mesmo algo que não estava previsto acontecer. São muito
utilizados nos textos descritivos e narrativos, por exemplo:

De repente vimos o dono da empresa nas galerias de arte.

CONECTIVOS: Inesperadamente, de súbito, subitamente, de


repente, imprevistamente, surpreendentemente.

Conectivos de ilustração ou esclarecimento


Utilizamos os conectivos de ilustração ou esclarecimento como
forma de esclarecer algum conceito ou ideia apresentados no texto,
por exemplo:

Os estudantes poderão utilizar diversos locais da faculdade durante


o evento, ou seja, o anfiteatro, a biblioteca, o refeitório e o pátio.
CONECTIVOS: Por exemplo, isto é, ou seja, aliás.
Conectivos de finalidade, propósito ou intenção
No caso dos conectivos de finalidade, propósito ou intenção, o
produtor do texto tem um propósito ou uma finalidade definida. Ou
seja, ele quer apresentar o objetivo relacionado com o que almeja
alcançar, por exemplo:

Com o intuito de ganhar mais votos para as eleições, Joaquim


divulgou muito seu trabalho.

CONECTIVOS: Com o fim de, a fim de, como propósito de, com a
finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para, ao
propósito.

Conectivos de lugar, proximidade ou distância


Advérbios de lugar e pronomes demonstrativos são algumas
classes gramaticais que envolvem os conectivos de lugar,
proximidade ou distância. Eles são utilizados para indicarem a
distância entre algo, por exemplo:

Eles viveram muitos anos próximos da Catedral, no centro da


cidade.

CONECTIVOS: Perto de, próximo a ou de, justo a ou de, dentro,


fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse,
essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.

Conectivos de conclusão ou resumo


Os conectivos de conclusão ou resumo são muito utilizados na
conclusão de um parágrafo, ou mesmo de uma redação, para
resumir as ideias que foram apontadas no texto, por exemplo:

Em resumo, podemos notar o aumento das taxas alfandegárias


durante o período apresentado.

CONECTIVOS: Em suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto,


assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois, assim
sendo, nesse sentido.
Conectivos de explicação, consequência e causa
Os conectivos de explicação, consequência e causa servem para
explicar as causas e consequências de uma ação, um fenômeno,
etc, por exemplo:
O aquecimento global tem afetado diretamente o ser humano e os
animais. Como resultado, temos a extinção de muitas espécies.

CONECTIVOS: Por consequência, por conseguinte, como


resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com
efeito, tão, tanto, tamanho, que, porque, porquanto, pois, já que,
uma vez que, visto que, como (no sentido de porquê), portanto, que,
de tal forma que, haja vista.
Conectivos de oposição, contraste, restrição, ressalva
Os conectivos de oposição, como o próprio nome indica, servem
para opor ideias ou conceitos num período, por exemplo:

Embora o Brasil seja um país diverso, podemos encontrar


singularidades em muitas regiões do país.

CONECTIVOS: Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto,


menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora,
apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, ao passo que, em
contrapartida.

Conectivos de alternância
Usamos os conectivos de alternância quando queremos citar mais
de uma opção, por exemplo:

Ou enfrentamos o problema, ou não poderemos mais trabalhar


juntos.

CONECTIVOS: Ou...ou; quer...quer; ora...ora.


Conjunções coordenativas e subordinativas
A aplicação da conjunção ou mesmo da locução conjuntiva como
elementos conectores, depende do tipo de relação que é
estabelecida entre as duas orações. Elas são classificadas em
coordenativas ou subordinadas.

Conjunções: coordenativas são aquelas utilizadas para ligar os


termos que exercem a mesma função sintática. Ligam, também, as
orações independentes.

Conjunções subordinativas são usadas para ligar orações que


são dependentes sintaticamente.

Caiu no Enem!
Questão 133 do Enem 2015
Da Timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser


notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido,
então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa,
que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de tímido, talvez
estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja
apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele
sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha
muito superior procura o analista para tratar um complexo de
inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com
multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas
são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de
uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como
indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois
olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas
gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um
olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade.
Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de
que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado
quando as estrelas virarem pó.
Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse trecho,
identifica-se o emprego de elementos conectores. Os elementos
que evidenciam noções semelhantes estão destacados em:

a) “Se ficou notório por ser tímido” e “[...] então tem que se explicar.”
b) “Então tem que se explicar” e “[...] quando as estrelas virarem
pó.”
c) [...] ficou notório apesar de ser tímido [...] e “[...] mas isto não é
vantagem [...].”
d) [...] um estratagema para ser notado [...] e “Tão secreto que ele
nem sabe”.
e) [...] como num paradoxo psicanalítico [...] e “[...] porque só ele
acha [...].”

Produção de Textos – Como Começar?


A produção de textos é o ato de expor por meio de palavras as
ideias sobre determinado assunto.

Saber como escrever um texto pode ser um pré-requisito para


conseguir um emprego e uma vaga na faculdade. Isso porque
pessoas que escrevem bons textos conseguem se expressar
melhor.

Vale lembrar que o hábito da leitura é essencial para se produzir um


bom texto. Enquanto estamos lendo vamos ampliamos nosso
vocabulário e, consequentemente, nosso universo interpretativo.

Tipos de Textos
Tipos de Redação
Gêneros Textuais

Como produzir um bom texto?


Para que um texto seja considerado bom, o importante é conhecer
o tipo e o gênero do texto.

Além disso, é essencial não fugir do tema pedido e sobretudo,


cumprir as regras gramaticais essenciais do “Novo Acordo
Ortográfico” para sua compreensão.

Pesquisar sobre o tema antes de escrever o texto é muito


importante para dar consistência e mais propriedade à
argumentação textual agregando maior valor ao texto.

Lembre-se que não existe uma “fórmula mágica” para produzir um


bom texto, no entanto, há estratégias interessantes para melhorar
sua produção.

Cada indivíduo tem um estilo de escrita, no entanto, o que importa


não é necessariamente o estilo e sim, a coesão e a coerência
apresentadas no texto.

A coerência é uma característica textual que está relacionada com o


contexto. Ou seja, ela significa a relação lógica entre as ideias
expressas, de forma que não haja contradição no texto.

A coesão, por sua vez, está relacionada com a regras gramaticais e


os usos corretos dos conectivos (conjunções, preposições,
advérbios e pronomes).
Estrutura textual: etapas básicas para produção de texto:
1. Tema e Título
O tema e o título são coisas diferentes na produção de textos.

Tema: representa o assunto a ser abordado. Exemplo: Bullying


Título: é o nome dado ao texto. Exemplo: O Bullying e suas
consequências na educação
Na maioria dos casos, o título é muito importante, sendo que
algumas pessoas preferem começar por ele. Outras, escrevem o
texto primeiro e a palavra ou expressão que o define é escolhida
posteriormente.

2. Introdução
A introdução ou apresentação do texto (também chamada de tese)
é de suma importância, pois são nos primeiros parágrafos que o
leitor vai ficar interessado em ler o restante do texto.

Portanto, é o momento em que você irá instigar o leitor, sendo


essencial pontuar as principais informações que serão
desenvolvidas no decorrer do texto.

Claro que nem toda a informação deve estar presente na


apresentação, que deverá ser breve (3 a 5 linhas). Porém, os
principais dados e elementos que serão abordados devem surgir
neste momento do texto.

3. Desenvolvimento
Após escrever a introdução, o segundo momento da produção do
texto é o desenvolvimento (também chamado de anti-tese).

Como o próprio nome indica, nesta etapa é fundamental o


desenvolvimento das ideias. Aqui o escritor irá argumentar e
oferecer os dados e/ou as informações obtidas na pesquisa e fazer
uma reflexão sobre o tema abordado.

Assim, fica claro que quanto melhor a sua argumentação, melhor


será o texto.

4. Conclusão
Finalizar o texto é tão importante quanto começá-lo. Embora muitas
pessoas não se preocupam com essa parte fundamental do texto, o
momento da conclusão (também chamado de nova tese) é
essencial.

Assim, não adianta fazer uma boa introdução e desenvolvimento, e


deixar o texto sem conclusão. Após a argumentação faz se
necessário que o escritor chegue numa conclusão e opine (no caso
dos textos dissertativos), apresentando assim um novo caminho.

Note que, quanto mais criativa for a conclusão, mais interessante


ficará o texto.

Leia também: Como Fazer a Conclusão de uma Redação.

Dicas essenciais para escrever um bom texto


Mantenha o hábito da leitura e da escrita;
Tenha o conhecimento das novas regras gramaticais;
Preste atenção à grafia, pontuação, parágrafos e concordâncias;
Seja criativo e espontâneo;
Não utilize palavras de baixo calão, palavrões;
Se distancie da linguagem coloquial, informal;
Tenha opinião e faça críticas próprias;
Atenção à relação lógica das ideias (coerência);
Não se afaste do tema e do tipo de texto proposto;
Faça um rascunho para evitar rasuras;
Se necessário, leia o texto em voz alta;
Cuidado com as repetições de palavras e ideias;
Não utilize palavras ou expressões que não conheça;
Se necessário, recorra ao dicionário.

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