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PALAVRA
A língua portuguesa, como uma outra ao redor do mundo, é formada por inúmeras frases
que podem ser dividias ou repartidas em pequenas unidades de som que possuem um
determinado significado, também designadas de palavras, ou seja, a palavra é a unidade
mínima de som que possui significado dentro de uma língua.
➢ Raiz
➢ Radical
É o radical acrescido a ele uma vogal (chamada vogal temática). Nos verbos o tema se
obtém destacando-se o -r do infinitivo: CANTA-r, BAT E-r, PARTl-r, etc. Nos nomes o
tema é mais evidente em derivados de verbos: CAÇA-dor, DEVE-dor, FINGl-mento,
PERDOÁ-vel, FERVE-nte, etc.
➢ Afixo
➢ Desinências
As desinências servem para indicar o gênero e o número dos substantivos, dos adjetivos
e de certos pronomes, bem como o número e a pessoa dos verbos.
➢ Vogal temática
É o elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos
distinguem-se três vogais temáticas, ou seja, é a terminação à parte da palavra
subsequente ao radical. Pode se observar em três conjugações:
Chamam-se primitivas as palavras que não se formam de nenhuma outra e que, pelo
contrário, permitem que delas se originem novas palavras no idioma. Assim: fumo, mar,
novo, pedra etc.; denominam-se derivadas as que se formam de outras palavras da língua
mediante o acréscimo ao seu radical de um prefixo ou um sufixo. Assim: fumoso marinha
novinho pedreiro defumar marear renovar empedra etc.
Obs.: Note-se que, na língua atual, muitas formas compostas não são mais sentidas como
tais pelos falantes. É o caso de aguardente, de pontapé, etc
➢ Derivação
A derivação consiste em formar uma palavra nova (derivada), a partir de outra já existente
(primitiva). Realiza-se de quatro maneiras:
Os vocábulos parassintéticos são quase sempre verbos e têm como base um substantivo
ou um adjetivo: empalhar, despedaça, amanhece, anoitecer, etc. (base substantiva);
amolecer, esfr iar, endoidecer, etc. (base adjetiva). É importante fazer distinção:
descarregar (des + carregar) achatamento (achatar+ menta) prefixação sufixação amaciar
(a + macio+ ar) parassíntese (Não existe o verbo maciar nem o substantivo ou adjetivo
amacio).
Nota: Além desses processos de derivação propriamente dita, existe ainda o da derivação
imprópria, que consiste em mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação.
Por este processo (que não deixa de ser um recurso de enriquecimento dos meios de
expressão): a) os adjetivos passarn a substantivos: os bons, os rnaus, o verde, etc. b) os
particípios passam a substantivos ou adjetivos: um feito heróico, o passado, ente querido,
filho amado, etc. c) os infinitivos passam a substantivos: o viver, o andar, o sorrir, o bater
ela porta, o espocar dos foguetes, etc. "O badalar dos sinos animou-a debilmente."
(GR,\Clllí\NO RAMOS) d) os substantivos passam a adjetivos: comício monstro, menino
prodígio, traje esporte, funcionário fantasma, homens-rãs, etc. e) os adjetivos passam a
advérbios: falar alto, vender caro, tossir forte, falar baixo, etc. f) palavras invariáveis
passam a substantivos: o sim, os prós e os contras, um quê ele mistério, o porquê da
existência, etc. g) substantivos próprios tornam-se comuns: os mecenas das artes, um
caxias (= chefe severo e exigente), um havana, etc. "os braços de pano de um judas"
(RAQUEL DE QUIRÓS).
➢ Composição
Pelo processo da composição associam-se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais
para formar uma palavra nova. A composição pode efetuar-se:
Por justaposição, unindo-se duas ou mais palavras (ou radicais), sem lhes alterar a
estrutura. Exemplos: passatempo, vaivém, cantochão, girassol, biólogo, televisão,
rodovia, mata-borrão, sempre-viva, greco-latino, cor-de-rosa, etc. Na justaposição, os
elementos ora se unem com hífen, ora sem hífen. Expressões como fogão a gás, estrada
de ferro, doce de leite, fim de semana, anjo da guarda, dona de casa não se hifenizam
porque não são vocábulos compostos, não constituem uma perfeita unidade semântica.
Veja Emprego do hífen, página.
➢ Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida.
Exemplos: auto (por automóvel ) extra (por extraordinário ou extrafino) pálio (por
poliomielite) cinema (por cinematografia) quilo (por quilograma) pneu (por pneumático)
cine (por cinema) ônibus (por auto-ônibus) micro (por microcomputador) foto (por
fotografia) seu (por senhor) Quim (por Joaquim) moto (por motocicleta) pornô (por
pornografia) Zé (por José) Cuará (por Cuaratinguetá) curta (por curta-metragem) Essa
espécie de economia linguística, comum a todos os idiomas, é responsável por
simplificações mais arrojadas. Haja vista: zoo (por jardim zoológico) metrô (do francês
métro, redução de chemin de fer métropolitain, isto é, estrada de ferro metropolitana)
Como exemplo de redução ou simplificação das palavras, podem ser citadas também as
siglas, tão frequentes na comunicação de hoje.