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7Gramática- Exame de Português 12ºano

Processos Fonológicos:
Inserção: (acrescentamento de sons) +

• Prótese: acrescentamento de um som no início da palavra (manu\ anão)


• Epêntese: acrescentamento de um som no meio da palavra (stella\ estrela)
• Paragoge: acrescentamento de um som no fim da palavra (ante\antes)

Supressão: (eliminação de sons) -

• Aférese: eliminação de um som no início da palavra (apotecam (m)\ bodega)


• Síncope: eliminação de um som no meio da palavra (dolore\door\dor)
• Apócope: eliminação de um som no fim da palavra (amore(m)\amore\amor)

Alteração: (mudança na natureza ou na posição de um som)

• Sonorização: evolução de uma consoante surda (p\t\c) para uma sonora (b\d\g)
(lacum (m)\ lago)
• Palatalização: passagem de segmentos fonológicos a um som palatal (li\ni\cl-
lh\nh\ch) (filio\filho) \ (seniore\senhor) \ (clamare\chamar)
• Redução vocálica: enfraquecimento de uma vogal ao passar de posição tónica a átona
(bolo\bolinho)
• Contração: Crase: contração de duas vogais num ditongo (pede\pee\pé)
Sinérese: contração de duas vogais numa só (lege\lee\lei)

• Vocalização: transformação de um som consonântico num som vocálico (octo\oito)

• Metátese: mudança de posição de sons dentro de uma palavra (inter\entre)

• Assimilação: identificação de dois sons contíguos que se tornam iguais (nostrum (m)\
nosso)

• Dissimilação: diferenciação de dois sons iguais (liliu\lírio)


Etimologia: (evolução de palavras)

• Nasalização: transformação de um som oral num som nasal (lana\lãa\lã)


Étimo: palavra que se considera a origem de outras palavras. (manum
(étimo)\manu\mão).

Palavras divergentes: têm o mesmo étimo latino, apresentam formas diferentes. (plenu
(étimo)\pleno (via erudita) e cheio (via popular).

Palavras convergentes: apresentam a mesma forma, embora provenham de étimos


distintos. (sunt (étimo-forma verbal) \ são) - (sanu(étimo- adjetivo)\ são(saudável)

Léxico e vocabulário

Arcaísmo: palavra que já não é usada pela comunidade linguística (assinha\depressa)

Neologismo: palavra que era inexistente e desconhecida pela comunidade linguística


(twittar)

Relações de semelhança\oposição:

Sinonímia: palavras com sentido equivalente, que podem ser usadas no mesmo
contexto. (A vivenda azul está à venda.\ A moradia azul está á venda). Sinónimos

Antonímia: palavras com sentido de oposição- apresentam significados opostos.


(doce\amargo). Antónimos

Relações de hierarquia:

Hiperonímia: é uma relação de hierarquia semântica entre palavras, em que o


significado de uma (hiperónimo), pode ser mais geral, inclui o de outras (hipónimos)

Hiponímia: é uma relação de hierarquia semântica entre palavras, em que o significado


de uma (hipónimo), por ser mais específico, se encontra incluído no de outra
(hiperónimo).

EX: flor(hiperónimo)\ margarida, cravo, rosa (hipónimos)

visão(hipónimo)\ sentido (hiperónimo)


Relações de inclusão (parte\todo):

Holonímia: é uma relação de inclusão semântica entre palavras, em que o significado de


uma (holónimo) é considerado um todo cujas partes constituintes são os merónimos

Meronímia: é uma relação de hierarquia semântica entre palavras, em que o significado


de uma (merónimo) corresponde a uma parte constituinte de outra (holónimo)

EX: livro (holónimo)\ capa (merónimo)\ mão(holónimo)\ dedo (merónimo)

raiz (merónimo)\ planta (holónimo)

Estruturas lexicais: (campo lexical e campo semântico)

Campo lexical: é o conjunto de palavras associadas, pelo seu significado, a um


determinado domínio ou conceito. (aprender, ensinar, estudar, teste, exame,
professor- palavras que remetem para uma mesma realidade-escola (campo lexical))

Campo semântico: é o conjunto dos significados que uma palavra pode ter e diferentes
contextos (papagaio- podes e designar por (ave, brinquedo, ou que uma pessoa repete
o que houve sem entender)

Processos morfológicos de formação de palavras:

Palavra simples: palavra formada por um só constituinte morfológico de base (radical)


ao qual pode ser associado um índice temático um sufixo de flexão (mar)

Palavra complexa: palavra formada por derivação ou por composição, que tem mais do
que um constituinte morfológico (para alem da base, do índice temático e do sufixo de
flexão (maré)

Família de Palavras: conjunto das palavras derivadas e compostas que têm origem na
mesma forma de base ou radical (mar, maré, marítimo, marinheiro, marina)

Derivação:
Processos que implicam a adição de constituintes morfológicos:
• Prefixação: (adição de um prefixo a uma forma de base, em 1ºlugar)
EX: antienvelhecimento, desregular

• Sufixação: (adição de um sufixo a uma frase, em último lugar)


EX: lojista, evidentemente

• Prefixação e Sufixação: (adição de um prefixo e de um sufixo à forma de base)


EX: infelizmente, incoerentemente

Processos que não implicam a adição de constituintes morfológicos:


• Derivação não afixal: (formação de nomes a partir de verbos)
EX: pescar\pesca alcançar\alcance

• Conversão: (integração de uma palavra numa nova classe)


EX: olhar (verbo)\ olhar (forma)

Composição:

Composição morfológica: (combinação de um radical com outro(s) radical(ais) ou com uma ou


mais palavras. Geralmente, entre os radicais e a palavra surge uma vogal de ligação.
EX: [hipo] + [dromo] - hipódromo

Composição morfossintática: (processo de composição que combina duas ou mais palavras). Há


uma relação sintática entre os seus elementos, o que implica consequências na forma como as
palavras são flexionadas em número.
EX: surdo(a)-mudo(a)\ surdos(as)-mudos(as)
Cirurgião-dentista
As duas palavras têm igual
carga semântica para o
composto- (flexionam as
duas)
Classe de Palavras:

Nome:
• Nome Próprio: Pedro, Gerês, Guadiana
• Nome Comum: gato, cadeira, felicidade, mulher, calor
• Nome Comum coletivo: matilha, flora

Adjetivos:
• Qualificativo: Este livro é extraordinário!
É um grande homem (característica
psicológica)
Um homem grande (característica física)

• Numeral:
Hoje é o primeiro dia de aulas!
Morámos na quarta rua deste quarteirão.

Verbo:
• Principal:

- Intransitivo: (não exige a ocorrência de complementos)


EX: O avião aterrou.\ O bebé adormeceu.
- Transitivo direto: (seleciona um sujeito e um
complemento direto)
EX: A Rita vendeu o apartamento. A Rita vendeu-o
- Transitivo indireto: (seleciona um sujeito e um
complemento indireto ou um complemento oblíquo)
EX: O espetáculo agradou-lhe. Os alunos vão ao teatro.
- Transitivo direto e indireto: (seleciona um sujeito e dois
complementos: um complemento direto\indireto ou
oblíquo)
EX: O João ofereceu-o\ofereceu-lhe\ofereceu-lho (livro)
-Transitivo-predicativo: (seleciona um sujeito um
complemento direto e um predicativo do complemento
direto)
• Auxiliar:
EX: O juiz considerou este caso difícil.
- Dos tempos compostos: (ter e haver)

EX: Ele tem estudado muito


Os elementos da banda já haviam tocado música
- Da passiva: (ser)
EX: Esta inundação foi provocada pela chuva intensa

• Copulativo:

Ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar,


tornar-se, revelar-se...
EX: Todos continuaram em silêncio

Advérbios: (Advérbio é a classe de palavras que acompanha verbos, adjetivos ou outros


advérbios, acrescentando-lhes características ou intensificando o seu sentido).

• Valor semântico:

- Afirmação: sim

- Negação: não

- De quantidade e grau: bastante, muito, pouco, mais, menos, quanto, tão,


tanto, quase, demais, demasiado, excessivamente, assaz…

- Valor locativo: aqui, ali, acolá, lá, além, abaixo, acima, fora, dentro, perto,
longe, atrás, diante, defronte…

- Valor temporal: agora, amanhã, ainda, antes, breve, cedo, depois, então,
hoje, já, jamais, logo, nunca, ontem, outrora…

- Valor modal: assim, bem, mal, pior, depressa, devagar, lentamente (outros
advérbios terminados em -mente)

- De frase: efetivamente, provavelmente, talvez, alias, certamente,


forçosamente, infelizmente, historicamente, socialmente…

- De inclusão\ exclusão: apenas, senão, só, exceto, salvo, somente,


exclusivamente, inclusivamente, mesmo, até, também
• Função:
- Interrogativo: como? onde? quando? porquê?...
- Relativo: onde, como
- Conectivo: assim, depois, primeiramente, primeiro,
seguidamente, finalmente, todavia, portanto, contudo, logo…

Locuções adverbiais: (Locuções adverbiais são expressões formadas por duas ou mais
palavras que exercem função adverbial de lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação ou
negação. A locução adverbial representa uma expressão formada por duas ou mais
palavras que exercem função adverbial).

EX: até aqui, por cima, por onde quer que, de manhã, de repente,
com efeito, de forma alguma, tão-pouco, às cegas, de maneira
nenhuma…

Interjeição\ Locução interjetiva: (A locução interjetiva é a expressão que corresponde


a uma interjeição e, geralmente, ela é formada por duas ou mais palavras).

EX: ah! oh!, palavra de honra!, ora bolas!, oxalá!, ui!, valha me
Deus!....

Pronome: (Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou


ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma).

Pronome Pessoal: são pronomes que são associados primariamente a


uma pessoa gramatical em particular.
- Sujeito: eu, tu, você, ele, ela, nós, vós, eles, elas, vocês;
- Complemento direto: me, te, se, o, a, os, as
- Complemento indireto: me, mim, te, ti, lhe, si, ele, ela, nós, (a) nós, vos,
(a) vós, lhes, 8ª) eles\elas
- Complemento oblíquo: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela,
nós, connosco, vós, convosco, si, consigo, eles, elas

Pronome Demonstrativo: (Os pronomes demonstrativos são usados para


apontar a relação de distância (de lugar ou de tempo) entre o nome ao
qual se referem e as pessoas do discurso)
EX: este, esse, aquele, o mesmo, o outro, o tal, o, isto, isso, aquilo
Pronome Possessivo: (Os pronomes possessivos são os tipos de
pronomes que fazem uma referência às pessoas do discurso indicando
uma relação de posse. Os pronomes possessivos mantêm uma estreita
relação com os pronomes pessoais pois indicam aquilo que cabe ou
pertence aos seres indicados pelos pronomes pessoais)
EX: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu
Pronome indefinido: (são aqueles que se referem a substantivos de modo vago,
impreciso ou genérico. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis, isto é, sofrer
flexão de gênero e número, ou invariáveis.)
EX: algum, nenhum, todo, muito, pouco, tanto, outro, qualquer, vário, alguém, algo,
ninguém, tudo, outrem, cada, nada…

Pronome interrogativo: (são aqueles empregados em orações interrogativas diretas ou


indiretas)
EX: quanto? qual? quê\ o quê? quem? porque? porquê? como? onde?

Pronome relativo: (são os pronomes que se referem a um termo anterior.


EX: o\a qual, os\as quais, (o) que, (a) quem

Determinante: (é uma palavra que determina um nome, antecedendo-o num grupo


nominal. Assim, precede o nome, concordando com ele, em género e número, e ajuda
à construção do seu valor referencial, dando indicações sobre aquilo que o nome
expressa e limitando ou concretizando o seu significado.)

Determinante artigo definido: (definem ou individualizam, de forma precisa, os


substantivos, que podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.)
EX: o, a, os, as
Determinante artigo indefinido: (determinam de maneira vaga, indeterminada ou
imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no
texto.)
EX: um, uma, uns, umas
Determinante demonstrativo: (é aquele que indica uma relação de lugar,
expressando a proximidade da pessoa com quem ou de quem se fala.)
EX: este, esse, aquele, o mesmo, o outro, tal
Determinante possessivo: (são determinantes que expressam posse.)
EX: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu
Determinante indefinido: (Trata-se de casos em que «o interlocutor não conhece
qual, de todas as entidades singulares possíveis do conjunto considerado, é aquela
a que o discurso se refere»
EX: certo, certa, outro, outra
Determinante relativo: (tem algumas características que o individualizam.)
EX: cujo, cuja, cujos, cujas
Determinante interrogativo: (identificam sobre o quê ou quem se faz uma
interrogação.)
EX: Qual? Quais? Que?
Quantificador: (Que ou o que quantifica ou serve para quantificar)

Quantificador existencial: (é aquele que especifica o nome que antecede, com o


qual concorda em género, indicando uma quantidade imprecisa dos elementos do
conjunto designado pelo nome)
EX: algum(ns), bastante(s), muito(s), vário(s), etc

Quantificador universal: (é aquele que antecede o nome, especificando


quantitativamente todos os elementos do conjunto designado pelo nome)
EX: todo\a(s), qualquer, quaisquer, nenhum(ns), nenhuma(s),
ambos, cada

Quantificador numeral: (expressa uma quantidade numérica)


EX: um\uns, dois\duas, três, quatro (cardinal)
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo (multiplicativo)
meio\metade, terço, quatro, quinto (fracionário)

Preposição\locução prepositiva:
a, ante, apos, ate, com, contra, de desde, em, entre para, perante por, segundo, sem
sob, sobre trás (preposições simples)
Funções sintáticas:

• Sujeito: função sintática desempenhada pelo constituinte da frase que


controla a concordância com o verbo: Desempenhada por um grupo
nominal (1) , oração subordinada substantiva relativa (2) , oração
subordinada substantiva completiva (3).

1) Eles moram no Porto


2) Quem trabalha em Lisboa vive longe
3) É verdade que Lisboa fica longe

Tipos de sujeito:
• Sujeito simples: constituído por um grupo nominal- (ELAS estudam no
Minho.)
• Sujeito composto: constituído por um ou mais grupos nominais- (O JOÃO E
O PEDRO ganharam o prémio.)
• Sujeito subentendido: quando não está explicito, mas reconhece-se
facilmente- (A Mariana e a Susana foram ao cinema. [] Compraram pipocas
e riram muito.)
• Sujeito indeterminado: quando não é possível identificá-lo.

Predicado: função sintática desempenhada pelo grupo verbal expressando o que se


diz sobre o sujeito.
1) O Pedro telefonou ao primo.

Vocativo: função sintática desempenhada na frase por um constituinte que não


controla a concordância verbal e que serve para chamar ou interpelar o
interlocutor. Aparece isolado por vírgulas (,)
1) Ó Margarida, como estás elegante!

Complemento direto: função sintática selecionada por um verbo transitivo direto,


direto e indireto e transitivo predicativo. É substituído por pronomes,
desempenham a função de CD (O, A , OS ,AS) ou o pronome demonstrativo átono
O Responde a perguntas iniciadas pela locução interrogativa o quê? ou pelo
pronome interrogativo quem.
1) Dei um livro ao João.
Complemento indireto: função sintática desempenhada por um verbo transitivo
indireto ou transitivo direto e indireto. Constituído por um grupo preposicional
iniciado pela preposição A ou pelos pronomes (LHE\LHES). Responde a perguntas
iniciadas pelo grupo preposicional A QUEM.
1) Falei ao pai.

Complemento oblíquo: função sintática selecionada por um verbo transitivo direto


ou transitivo direto e indireto. Pode ser constituído por um grupo adverbial ou
preposicional, não pudendo ser substituído por advérbios de predicado com valor
locativo.
1) A Susana vai a Lisboa.\ A Susana vai ali.

Complemento agente da passiva: desempenhada por um grupo preposicional


introduzido pela preposição POR simples ou contraída PELA, ocorre na passiva.
1) O atleta foi aclamado por todos.

Predicativo do Sujeito: ocorre com um verbo copulativo e pode ser constituído por um
grupo nominal, adjetival, adverbial ou proposicional.
1) A cidade está (estar) em festa.

Predicativo do complemento direto: selecionada por um verbo transitivo-


predicativo (achar, considerar, nomear, tratar, eleger) atribui qualidades\
características do complemento direto.
1) Considero a cidade do Porto uma cascata.

Modificador: desempenhada por constituintes não selecionados pelo verbo e que


pode, por isso, ser omitida sem que se perca a boa formação da frase.
1) Li o livro [calmamente].

Complemento do nome: desempenhada por um grupo preposicional selecionado


pelo nome e que surge à sua direita ou por um grupo adjetival à direita do nome.
1) A inclinação da torre de Pizza é emblemática.

Complemento do adjetivo: desempenhada por um grupo preposicional oracional


ou não oracional selecionado por um adjetivo.
1) Eles estão contentes com a vitória.
Modificador do nome: (restritivo e apositivo)

Quando restringe a Quando não restringem


referência ao nome que a referência ao nome
modificam. que modificam, entre
vírgulas (,…,)
1) No apartamento
espaçoso havia 1) O piano, que foi
afinado, era um
um piano.
objeto preciso.

Orações: coordenação e subordinação

Orações coordenadas:
- Sindéticas: (introduzidas por conjunções e locuções coordenativas)
➢ Coordenada copulativa: estabelece uma relação de adição
- O Vítor foi à livraria e comprou um livro.
➢ Coordenada disjuntiva: estabelece uma relação de
alternativa. –
Ora faz sol ora faz chuva.
➢ Coordenada adversativa: estabelece uma relação de
oposição. -
A Isabel queria comprar um livro, mas não tinha dinheiro.
➢ Coordenada conclusiva: estabelece uma relação de
conclusão. –
Sou humano, logo posso errar.
➢ Coordenada explicativa: estabelece uma relação de
explicação ou de justificação. –
A Maria chegou tarde, pois o comboio atrasou-se.

- Assindéticas: sem conjunção ou locução expressas.


➢ Arrumei a sala, despedi-me, parti sem olhar para trás.
Orações subordinadas substantivas:
➢ Orações subordinadas substantivas completivas:
introduzidas pelas conjunções subordinativas que, para, se-
equivalem a um grupo nominal com função de sujeito,
complemento direto\oblíquo, complemento do nome ou
complemento do adjetivo. –
É possível que amanhã não venha (CD- (ELE))
➢ Orações subordinadas substantivas relativas: introduzidas
por um pronome ou adverbio relativo (que, o que, onde,
quanto) que não tem antecedente- equivalem a um grupo
nominal com função de sujeito, complemento
direto\indireto\oblíquo, de predicativo do sujeito ou
modificador do verbo. –
Ele pede dinheiro a quem o tem. (CI- (=lhe))

NOTA: As orações subordinadas substantivas podem ainda ser classificadas


como finitas (se a forma verbal for finita, estando no indicativo, conjuntivo,
condicional ou imperativo) e não finitas (se a forma verbal for não finita,
estando no infinitivo pessoal ou impessoal, no gerúndio e no particípio
passado.
- Forma Finita: Quem rouba é ladrão (oração subordinada
substantiva relativa finita)
- Forma não finita: Ele não tem que comer (oração subordinada
substantiva relativa não finita infinitiva)

Orações subordinadas adjetivas:


➢ Relativas restritivas: (não isoladas por vírgulas, alteram o
significado do antecedente) - Introduzidas por pronomes,
determinantes ou advérbios relativos (que, o que, o qual, cujo,
onde). Equivalem a um adjetivo ou grupo adjetival com função
sintática de modificador do nome restritivo.
– Os ladrões que me roubaram o carro forma apanhados.
➢ Relativas explicativas: (isoladas por vírgulas, apenas
acrescentam informação adicional relativamente ao
antecedente). - Introduzidas por pronomes, determinantes ou
advérbios relativos (que, o que, o qual, cujo, onde). Equivalem a
um adjetivo ou grupo adjetival com função sintática de
modificador do nome apositivo.
- O escritor, cuja terra natal fica no Ribatejo, ganhou o Premio
Nobel.
Orações subordinadas: (as orações subordinadas adverbiais (finitas e não
finitas) desempenham as funções sintáticas de modificadores do verbo ou da
frase, introduzidos por grupos adverbiais ou preposicionais que exprimem
diferentes ideias.
- Orações subordinadas adverbiais: (desempenham a função de
modificadores)
➢ Causais: exprimem a razão\causa do evento descrito no
subordinante. Introduzidas por uma conjunção\locução causal
(porque, que, visto que…)
- Cheguei a tempo porque saí cedo de casa (modificador do
verbo)
➢ Finais: exprimem a intenção\finalidade do evento descrito na
subordinante. Introduzidas por uma conjunção\locução final
(para, para que.)
- Saíram às sete para jantarem com os amigos. (modificador do
verbo)
➢ Temporais: exprimem uma ideia de tempo relativamente à
subordinante. Introduzidas por uma conjunção\locução
temporal (quando, logo que…)
- Quando estive de ferias li, muito. (modificador do verbo)
➢ Concessivas: transmitem uma ideia de contraste relativamente à
subordinante. Introduzidas por uma conjunção\locução
concessiva (embora, apesar de…)
- Embora esteja frio, eles não prescindem de correr no parque
(modificador da frase).
➢ Condicionais: exprimem a condição em que se verifica o facto
expresso pela subordinante. Introduzidas por uma
conjunção\locução condicional (se, caso, salvo se…)
- Se treinares muito, poderás ir aos jogos olímpicos. (modificador
da frase).
➢ Comparativas: estabelecem uma comparação relativamente à
subordinante. Introduzidas por uma conjunção\locução
comparativa (como, mais..do que, menos..do que)
- Leio tanto poesia como (leio) ficção.
➢ Consecutivas: exprimem a consequência de um facto
apresentado na subordinante. Introduzidas pela conjunção que
(precedia na subordinante por tal, tão, tanto, tamanho,…)
- Estava tanto frio que o jogo não se realizou.
NOTA: Quer as comparativas quer as consecutivas não desempenham
qualquer função sintática. Visto que não têm mobilidade na frase, estando
dependentes do elemento subordinante.
Elementos de coesão: referencial, frásica, interfrásica, temporal:

- Elementos de coesão referencial: processos que se baseiam na existência


de cadeias de referência ou anafóricas, compostas por um elemento
linguístico (o referente) que é retomado por outro(s) (correferente(s)), cujo
entendimento só é possível atendendo ao significado do referente.
Concretiza-se com o recurso a:
➢ Anáfora: processo pelo qual os termos anafóricos retomam, no
decorrer do discurso, o antecedente já mencionado e o
respetivo valor;
➢ EX: Quando vi o João, ele pareceu-me muito abatido.
➢ A anáfora pode ser nominal, verbal ou adverbial.

- Elementos de coesão frásica: processos que ligam os diversos constituintes


de uma oração ou frase simples, de forma a torná-los unos:
➢ nexos de ordenação de palavras e das funções sintáticas na
oração\frase;
➢ nexos de concordância em género e\ou número de palavras;
➢ nexos de regências verbais (preposições exigidas pelos verbos);
complementos exigidos pelos verbos.

- Elementos de coesão interfrásica: processos que asseguram a


interdependência semântica entre frases simples, frases complexas e
parágrafos:
➢ coordenação (assindética e sindética);
➢ subordinação;
➢ pontuação;
➢ conectores e organizadores do discurso
- Elementos de coesão temporal: processos que asseguram a compatibilidade
semântica ao nível da localização e da ordenação temporal:
➢ ordenação correlativa dos modos e dos tempos verbais, tendo
em conta o seu valor;
➢ recurso a advérbios e\ou expressões adverbiais;
➢ utilização de expressões preposicionais com valor temporal;
➢ uso de datas e de marcas temporais;
➢ recurso a articuladores indicadores de ordenação.

Dêixis: pessoal, temporal e espacial:


- A palavra dêixis está associada ao ato de mostrar, apontar através da
linguagem. Em qualquer ato de enunciação, encontram-se elementos
linguísticos- deíticos- que apontam verbalmente para realidades especificas
do ato enunciativo.
Desse modo, estes signos assinalam e apontam para: o sujeito que enuncia
(EU); o sujeito a que se dirige a enunciação (TU); o tempo e o espaço da
enunciação (AGORA e AQUI); objetos, entidades e processos inerentes ao
contexto situacional.
➢ Dêixis pessoal:
- pronomes pessoais;
- determinantes\ pronomes possessivos;
- vocativo e formas de tratamento;
- flexão verbal (pessoa)

EX: Eu fiquei grata com a homenagem ao meu pai.

➢ Dêixis espacial:
- advérbios e locuções adverbiais com valor locativo (aqui, aí,
além…);
- preposições e locuções prepositivas (ao lado de, atrás de…)
- verbos que indicam movimento (ir, vir…);
- determinantes\ pronomes demonstrativos

EX: Aqui não faz frio, mas ali a temperatura é mais baixa.

➢ Dêixis temporal:
- advérbios de tempo\ de designação (eis);
- determinantes\ pronomes demonstrativos;
- adjetivos (atual, contemporâneo, hodierno, futuro…);
- nomes (véspera, antevéspera…);
- preposições e locuções prepositivas (após, antes de, depois de…);
- flexão verbal (tempo)

EX: Hoje é dia de jogo e amanhã dia de polémica.

Citação, discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre:


- A citação é uma forma de reprodução de um texto num outro texto, sendo
que a referência ao autor e\ou à obra é assinalada através do recurso a aspas
ou a um tipo diferente de letras, por vezes em itálico.

- Discurso direto: reprodução textual de uma mensagem anteriormente


produzida, sendo essa reprodução precedida de verbos declarativos,
interrogativos, de opinião, de expressão de sentimentos, de interação ou,
ainda, com valor conotativo. O discurso direto assinala-se graficamente por
dois pontos, parágrafo e travessão.
EX: “Carlos abotoou o colarinho do pequeno, e disse:
- Não é absolutamente nada, minha senhora”
- Discurso indireto: relato de uma mensagem, introduzida por um verbo
normalmente declarativo ou interrogativo ao qual se segue uma oração
subordinada completiva ou uma oração não finita infinitiva.
EX: “Carlos lamentava também que uma existência de solteirões lhes
impedisse, a ele e ao avô, de receberem senhoras”

- Discurso indireto livre: relato de uma mensagem em que se mantêm as


marcas do discurso indireto e do discurso direto, mas com omissão do verbo
declarativo e da conjunção introdutória da oração subordinada completiva.
EX: “Perdera a corrida por uma pouca-vergonha! O protesto ali era um
arrocho! Porque o que havia naquele hipódromo era compadrice e ladroeira!”

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