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O Pensador

Auguste Rodin

PENSAMENTO E
LINGUAGUEM

Profª. MSc. Roseli Mª Rodella de Oliveira


rrodella@gmail.com
1
ESTUDOS SOBRE
A LINGUAGEM

2
 CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 14 ed.
Ática, São Paulo, 2010. Unidade 4: o
conhecimento – Cap. 5
www.cfh.ufsc.br/~wfil/convite.pdf

 GUIMARÃES, Eduardo. Os estudos sobre


linguagem: uma história das ideias.
http://www.consciencia.br//reportagem/linguagem/l
ilng14.htm#23

 MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de


Linguagem: de Platão a Foucault
3
 Grandes linhas de desenvolvimento da
discussão filosófica e teórica sobre a
linguagem (GUIMARÃES, Eduardo):

1. A função comunicacional da linguagem:


interação entre os seus usuários;
2. A relação entre linguagem e a mente, ou o
pensamento: ela é a expressão de um
pensamento.
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 Grandes linhas de desenvolvimento da
discussão filosófica e teórica sobre a
linguagem:

3. Linguagem e subjetividade - (Discussão


da psicanálise sobre a linguagem).

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A FORÇA DA LINGUAGEM:

 Mythos – Significa narrativa e, portanto,


linguagem. É mais que uma simples narrativa, é
a maneira, pela qual, através das palavras, os
seres humanos organizam a realidade e a
interpretam.

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A FORÇA DA LINGUAGEM:

 Mito – Tem o poder de fazer com que as


coisas sejam tais como são ditas, como
são pronunciadas.

Exemplo: Gênese – Bíblia – Deus cria o


mundo do nada, apenas usando a
linguagem. “E Deus disse: faça-se! E foi
feito.” 7
ESTUDOS SOBRE A LINGUAGEM:

I - Na antiguidade:

 Platão (428-347 a. C.):

1. Estabelece a primeira classificação das


palavras: nomes e verbos;

2. Opõe linguagem e conhecimento e a linguagem


como fonte de erro;
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3. Em Fedro – linguagem é pharmakon:
 Medicamento para o conhecimento;
 Cosmético – maquiagem para ocultar a
verdade;
 Veneno – pela sedução das palavras,
fascinados não indagamos se são
verdadeiras ou falsas.
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 Aristóteles (384-322 a. C.):

1. Na Política – homem é um “animal político”


(social e cívico, porque é dotado de linguagem).

Animais – Voz (phone) - com ela experimenta dor


e prazer.

Homem – Palavra (logos) - com ela exprime o


bom e o mau, o justo e o injusto.
 Exprimir e possuir esses valores é o que torna
possível a vida social e política. 10
2. Propõe outra classificação das palavras:
nomes, verbos e partículas;

3. A análise do significado dos signos deve se


realizar através da relação entre a mente, isto
é, o pensamento e a realidade;

4. Precursor das duas grandes linhas de


desenvolvimento da discussão filosófica sobre
a linguagem (a relação linguagem e
pensamento e a função comunicacional). 11
II. Idade Média ( séc. V – 476 a séc. XV – 1453)
 Santo Agostinho (354-430):

1. Pensador do Período Antigo para o Medieval –


da filosofia grega para o pensamento cristão
latino;

2. Indaga-se sobre o papel da linguagem e da


comunicação no processo ensino e de
aprendizagem;
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3. Tece considerações sobre a natureza do
signo e do processo de comunicação: as
palavras variam de língua para língua e
são sinais arbitrários das coisas;

4. Não é através das palavras que


conhecemos – nosso “mestre interior”,
Cristo, que representa, nossa capacidade
de inata de conhecer. 13
5. Caracteriza o signo como tudo aquilo
como tudo aquilo que serve para indicar
outra coisa. Ex.: onde há fumaça há fogo.

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 Guilherme de Ockam (1285-1349)

1. Um dos mais originais pensadores da


idade média;

2. Teoria conceitualista – supõe a existência


de uma linguagem mental: o significado
das palavras são conceitos, entidades
mentais associadas a elas;

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3. A relação entre palavras e objetos no
mundo é intermediada pela relação mais
fundamental entre o termo mental
correspondente e aquilo que ele significa.

(intermediação da mente entre as


palavras e o real).

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 René Descartes (1596-1650):
1. Um dos fundadores da filosofia moderna;
2. Sua ênfase na subjetividade e na
consciência marcam o pensamento
moderno;
3. Influenciou o desenvolvimento de uma
“lógica do pensamento”;
4. Mente é capaz de conhecer o real por
meio das idéias, que representam as
coisas, e é com base nesse conhecimento
que a ciência se constrói.
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5) A linguagem é apenas a expressão do
pensamento;
6) A linguagem é imperfeita, sem nenhum
papel na formação do conhecimento.
Inclusive é uma das principais fontes de
erro:
a. Porque é veículo de preconceitos do
passado;
b. De concepções não examinadas que
assimilamos por hábito;
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c. Porque nossa familiaridade com as
palavras faz com que deixemos de
examiná-las e de levar em conta os
pensamento que deve expressar.
5) “Discurso do Método”:
a. Diferença radical entre a natureza
humana e a dos animais. Quando os
animais proferem sons não expressam o
pensamento, ou seja, não é linguagem;
b. Linguagem é indício de racionalidade
humana;
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 Lógica de Port-Royal (1662) – escrita por
Antoine Arnaud e Pierre Nicole:
1. Uma lógica que pretende representar o
funcionamento do pensamento humano:
a)as operações do intelecto no processo
de conhecimento; b) a maneira pela qual
as idéias representam a realidade; c)
como as palavras expressam as idéias.
2. O significado das palavras são as idéias
associadas a elas – supera a
arbitrariedade do signo porque são as
idéias que representam a realidade. 20
 John Locke (1632-1704):
1. Importância central ao que denomina
como semiótica: o estudo dos signos e de
seu significado;
2. Inaugurou a filosofia da linguagem;
Edward Sapie (1884-1939)e Benjamin
Lee Worf (1897-1941):
1. Linguagem é fundamentalmente de
caráter cultural e histórico, e não
biológico.
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 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

1. A palavra distingue os homens dos animais.


 Hjehnslev:

1. A linguagem é inseparável do homem (...) a


base mais profunda da sociedade humana.

2. Nasce pela necessidade de comunicação.

3. É um fio profundamente tecido na trama do


pensamento.

4. Transmitida de geração a geração. 22


 Charles Sanders Peirce (1839-1914):

1. Dá à linguagem um papel central na filosofia –


os estudos dos signos;

2. Sua noção de signo e da existência de vários


tipos de signos consiste numa grande
contribuição à semiótica (teoria geral dos signos
desenvolvida por seus discípulos - disciplina
que se ocupa do estudo dos símbolos );

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3. Tipos de signos:
 Ícones – semelhanças – transmite idéias por imitação
(podem ser usados no lugar da coisa representada).
Ex: A foto de uma pessoa, por exemplo, representa a
própria pessoa;
 Índices – mostram algo sobre coisas, através de uma
relação física entre elas. Ex: Placa que aponta uma
estrada a ser seguida;

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Símbolos – signos genéricos – que se
associam aos seus significados pelos usos. É
sempre algo que representa outra coisa (para
alguém). Ex: a maior parte das palavras,
frases, discursos, etc.
Gottlob Frege (1848-1925):

1.Um dos iniciadores da filosofia da linguagem


na tradição analítica, devido à sua contribuição
à teoria do significado;
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