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20 Questões Essenciais

1º Bimestre 2023

FILOSOFIA DA LINGUAGEM e A FORÇA DA LINGUAGEM

1- O que é Linguagem?
Um importante sistema de signos para expressar idéias, sentimentos e valores; como uma via de comunicação com o
outro, potencializando o diálogo e a persuasão; como a capacidade dos indivíduos de entender e utilizar um sistema
simples ou complexo de símbolos, ou, simplesmente, como um sistema de elementos (sinais ou signos) que formam o
universo linguístico.

2 - Linguagem Natural;
Trata-se da forma mais comum de comunicação, à qual estamos acostumados desde que nascemos. Os humanos
usam a linguagem natural. A linguagem humana, volitiva (desenvolver uma atividade ou ação consciente que vise a um
determinado objetivo) e racional, é bem diferente das formas de comunicação utilizadas por outras espécies, pois está
baseada em um sistema de regras extremamente diversificado por símbolos e incontáveis significados. Isso resulta em
um número infinito de expressões com as quais nos deparamos todos os dias. / Exemplos: Idiomas (inglês, francês,
português e etc).

3- Linguagem Arti cial;


Idealizada por seres humanos, objetivando facilitar a comunicação do homem com os instrumentos tecnológicos, e
dos próprios instrumentos tecnológicos entre si. Para cada tipo de dispositivo criado existe uma linguagem
especí ca. / Exemplos: Java, Delphi, Pascal, dentre outras>

4- Linguagem Secundária (Linguagem Artística, Linguagem do Mito, Linguagem Religiosa)


Segundo Yuri Lotman, especialista em Semiótica (é a ciência que se dedica ao estudo de todos os signos, nos
processos de signi cação na natureza e na cultura), a arte, o mito e a religião estão no grupo da Linguagem
Secundária, pois, em sua essência, não constituem simples reproduções de modelos, mas uma estrutura para análise
e possibilidade de novos arranjos.

5- Linguagem Artística
Se faz presente nos incontáveis canais de comunicação, e tem sido, através dos tempos, um instrumento singular
usado para protestos e questionamentos. Em cada época se observam multiplas formas de linguagem artística, que
geralmente estão inter-relacionadas com a cultura, a política, a economia e a loso a circunstanciais.

6- Linguagem do Mito
É própria para transmitir aquilo que lhe é peculiar, ou seja, seu formato épico textural e sem discurso singular que não
pode ser transmitido nos padrões da verdade, do modo como a entendemos.

7- Linguagem Religiosa
Tem se mostrado através dos tempos um instrumento poderoso de manipulação, sendo utilizada tanto por indivíduos
como por grupos sociais diversos, o que pode torná-la perigosa, ilusória, falsa e destituída de valor. Esse perigo paira
especialmente entre os que fazem do seu per l intelectual uma arma de distorção do texto sagrado e manipulação dos
éis, mas também se faz presente enter os inúmeros religiosos que, embora congreguem há anos, permanecem no
nível primário de leitura do acervo teológico.
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A Teoria da Linguagem no olhar do Filósofos

8- Wilhelm von Humboldt (1767-1835)


Segundo ele, o desenvolvimento humano nas múltiplas faces da linguagem, ao longo do tempo, ocorreu pelo fato de o
homem constituir-se um ser pensante. O homem sempre pensa em uma perspectiva linguística, e a língua se molda e
dá força às suas idéias, estrutura e ordena as suas palavras, dá expressão e sentido ao seu pensamento. Nessa
concepção a língua é responsável por impregnar profundamente a evolução espiritual da humanidade e acompanhar
seu avanço ou retrocesso.

9- Ludwig Wittgenstein (1889-1951)


Defende que o contexto é que determina o sentido de uma palavra ou mesmo de um enunciado contextualismo. Para
ele o sentido da linguagem está no uso coletivo, determinado pelas normas sociais em um número ilimitado de jogos
linguísticos. Para Wittgenstein, quando saímos do nosso jogo de linguagem para tentar compreender o jogo de
linguagem de outra nação ou sociedade teremos grandes di culdades, pois encontraremos entre eles apenas uma
vaga semelhança da família.

10- Martin Heidegger (1889-1976)


Para Heidegger a linguagem é o lugar da morada do pensamento; Todo o objeto adquire sua signi cação a partir da
linguagem falada e também velada. Para ele o mundo está repleto de signi cados, e a linguagem constitui uma leitura
e ressigni cação profunda de cada experiência.

11- Karl Popper (1902-1994)


Pai do falibilísmo contemporâneo, ele argumenta que o homem não sabe, mas apenas conjectura e, por isso, tudo
que diz é falível, provisório e constantemente sujeito a revisão. Nesse seu realismo crítico, é preciso questionar tudo o
que se fala ou se escreve. Só passa pelo teste do infalibilísmo o que é cientí co, que resiste às tentativas de
demonstração de sua falsidade. Ele contribuiu para o avanço da ciência, especialmente quando considerou que
mesmo uma a rmação cientí ca não deve ser considerada absoluta, pois pode ser questionada e até mesmo anulada
a partir de uma nova perspectiva, ocasionada por algo que não tenha sido devidamente observado.

12- Jacques Derrida (1930-2004)


Seu olhar sobre a linguagem está embasado na critica à metafísica de Platão. Segundo Derrida, Platão concebia a
língua escrita como perigosa por nivelar sábios e medíocres e por ampliar a possibilidade de qualquer pessoa ler e
ngir que sabe ou ainda produzir interpretações passíveis de falseamento da verdade do autor. Derrida tenta recuperar
o conceito de linguagem escrita, desvalorizado pela condição degradante que lhe foi imposta por Platão. Derrida
explica que essa forma de linguagem encontra seu sentido no jogo, na autonomia, no encontro da loso a com a
ciência.

13- O Poder da Linguagem reside em um processo dialético (debate em busca da verdade) de ida e volta entre o
engajamento e a transcendência, o particular e o universal, em que cada palavra chama outra em meio a um circulo
inesgotável de nomeação e renomeação de pensamentos e coisas.

14 - Devir
Para a loso a, é o movimento pelo qual as coisas ou as pessoas se transformam. Signi ca vir a ser, transformar-se ou
tornar-se.

15 - Linguagem nas Diversas Modalidades Textuais:


Modalidades de texto: narrado, escrito, argumentativo, expositivo ou elaborado com a intenção de instruir. (Os
fascículos de Língua Portuguesa trazem explicação e aplicação de todos esses tipos de linguagens).
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Estudiosos da Linguagem

16- Ferdinand de Saussure (1857-1913)


Fundador da linguística moderna. Argumenta que a linguagem é um sistema cujos termos são todos solidários, em que
o valor de um ser não resulta senão da presença simultânea de outros seres.
Duas Dicotomias de Saussure. (dicotomia é uma partição de um todo em duas partes)
Esse lósofo suíço organizou seu entendimento sobre a linguagem a partir de perspectivas inversas, são elas:
Signi cante e Signi cado - No seu olhar, o signi cante como imagem acústica e psíquica da palavra, o corpo da idéia
(exemplo; C+A+S+A = CASA), e o signi cado com a alma da palavra, o conceito em si. Quando falamos a palavra
CASA, no mesmo momento vem a nossa mente o termo signi cante ABRIGO - a alma da palavra.
A Língua e a Fala - A língua é comunitária, social, representa o consenso das pessoas. A fala, por outro lado, é, ao
mesmo tempo, individual, heterogênea e multifacetada. Na fala, cada indivíduo escolhe seu signi cado. Uma pessoa
pode falar “O meu carro é verde”e outra dizer “O meu carro é da cor do mar”.

17- Marshall Mcluhan (1911-1980)


Para esse estudioso, a forma natural de maior poder e mais importante da linguagem humana é a falada. Ele explica
que a linguagem está repleta de efeitos sensoriais que precisam ser considerados no processo de interpretação dos
seus signos. McLuhan defende a primazia da linguagem falada sobre a escrita, pois a fala tende a anunciar, de modo
natural, os pensamentos mais ou menos como ocorrem na mente e, assim, faz emergir o inteiro conteúdo em
determinada experiência momentânea.

18- Roland Barthes (1915-1980)


A semiologia (ciência humana que vai além da lingüística, estudando fenômenos trans-lingüísticos (textuais) e códigos culturais), campo especial
de Barthes, abrange tudo o que a língua nomeia e o que não nomeia, assim como o sentido da linguagem e o modo
como a língua expressa e articula o mundo.
Contudo, segundo esse lósofo, a semiologia não pode restringir-se apenas à língua, e não deve supor que tudo o que
é nomeado seja signi cativo, tampouco que tudo o que não é seja signi cante, especialmente quando se considera
aquilo que não se pode dizer ou expressar. Para ele a língua não é o exemplo de sistema semiológico por excelência.
Barthes descobriu diversos termos linguísticos que lhe permitiram um novo olhar em relação aos fenômenos culturais,
vislumbrando a possibilidade de estudar as atividades humanas como uma série de linguagens. Analisando a
linguagem da moda, por exemplo, o código do vestuário é a expressão do sistema que gera sentido por meio da
diferenciação entre as peças, os inúmeros detalhes de cada um delas e as próprias pessoas.

19 - Isaac Newton chegou a considerar a Bíblia uma loso a sublime.


Sua leitura foi estimulada pelo papa Pio VI que a chamava de “a fonte mais abundante da verdade”. Na bíblia
encontramos vários textos que enfatizam o uso que fazemos da fala. E nas parábolas do Novo Testamento, podemos
ver a dinâmica de signi cados imersos em uma linguagem singular.

20 - A linguagem pode se expressar em Verdades ou So smas.


Platão e Sócrates foram os primeiros a se preocupar com essa distinção. Eles atacaram os so stas, ridicularizando-
os e demonstrando as contradições dos seus discursos.
Aristóteles levou mais a sério essa questão, atacando a hipervalorização da persuasão, as generalidades vazias e a
anti loso a que embasava o movimento so sta.
Jesus foi questionado por amigos e inimigos e, ocasionalmente, lamentava o fato de suas argumentações não serem
compreendidas pelos Seus discípulos.

21- Discursos que mudaram o mundo:

“Não tenho nada mais a oferecer do que sangue, suor e lágrimas.” - Winston Churchill.

“A Alemanha precisa de um líder em que ela possa ter fé; nada além disso.”- Adolf Hitler.

“Aprendi, por meio da experiência amarga, a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido
em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”- Mahatma Gandhi.

“Eu tenho um sonho - de que meus quatro lhos um dia viverão em uma nação que não os julgará pela cor de sua
pele, mas pelo caráter.”- Martin Luther King.
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