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Karl von Frisch (Univ. Munique) estudou a linguagem das cigarras e notou
que estas, através da vibração das asas, manifestavam uma intenção.
"para meu espanto, todas as abelhas com pontos azuis, que visitavam a
taça próxima, dançavam em círculo para avisar as companheiras,
enquanto as vermelhas, que visitavam a taça afastada, faziam pequenos
movimentos agitados”
K. von Frisch
(3) Divisibilidade: possibilidade de o falante
dividir os enunciados, de os segmentar,
destacando-os das séries em que estão inseridos
e, com essas partes segmentadas, construir novas
séries.
Ex.º: “Tenho frio.” “Tenho de ir às compras.”; “Este
Inverno foi frio.”
O traço da divisibilidade, de forma alguma, é
encontrável na linguagem animal, e mesmo os
papagaios não o detêm, visto que se limitam
apenas a repetir frases aprendidas.
André Martinet:
3 tipos de norma:
(1) norma-padrão: a norma modelo, a norma das elites, do bem
dizer ou fazer compreender;
(2) norma regional: própria dos habitantes de uma região, com
hábitos linguísticos próprios – os dialectos;
(3) norma individual – a forma como cada indivíduo concretiza
o sistema, manifestável e materializável na fala.
Desvios à norma:
(1) voluntários: o seu infractor está consciente
do desvio, não o pratica por ignorância, mas
intencionalmente; fazem evoluir a língua;
(2) involuntários: o seu infractor fá-lo por
ignorância, degenerando o uso correcto da língua.
(3) Louis Hjelmslev:
Esquema, norma, uso:
O esquema é a língua considerada na sua forma
totalmente pura, quase platónica, por fazer parte do
mundo das ideias, tem existência impalpável e
virtual; é o tesouro a que se refere Saussure.
A norma refere-se às estruturas correspondentes às
ideias, que podem ser empregues aquando das falas,
para significar e comunicar.
O uso corresponde à fala saussuriana; é a
socialização da fala.