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INTRODUÇÃO
Enquanto os medievais estão preocupados com
a lógica, os modernos se concentraram no
problema do conhecimento.
Obras:
A linguagem
Como expressão
imperfeita do
pensamento
Descartes considera a linguagem como expressão imperfeita
do pensamento e sem valor decisivo para o conhecimento.
Ao comparar os ouvintes com os surdos-mudos, Descartes
conclui que não há um mérito exclusivo na palavra para
expressão do pensamento visto que os surdos-mudos criam
signos para se comunicarem. A preocupação de Descartes se
volta para o pensamento e a razão. Ele chega até rejeita a
ideia de criar uma língua universal para corrigir as
imperfeições das línguas naturais. Ela para uso nas ciências
(MARCONDES, 2010, p. 37).
ESCOLA DE
PORT ROYAL
A dupla função
da linguagem
Os pensadores Antoine Arnauld e Lancelot da escola de Port
Royal, a linguagem tem a dupla função de representar a
realidade e tornar a comunicação possível. As palavras
correspondem às ideias e estas representam a realidade. Ao
convencionalismo, há que se entender que os significados não
são arbitrários (MARCONDES, 2010, p. 42).
Sons articulados;
Contexto,
lugar e gestos
Thomas Hobbes trata do nominalismo afirmando
que não há entidades universais reais; universal é a
denominação do conjunto de todas as coisas; as
coisas são individuais; discurso mental e discurso
verbal; a linguagem serve para expressar
pensamentos; o significado das palavras não basta.
Na expressão, valem o contexto, o lugar e os
gestos.
JEAN-JACQUES
ROUSSEAU
Questão retórica
O filósofo Rousseau escreve a linguagem procurando
descrever o seu processo evolutivo. Ele diz que a linguagem
surgiu como necessidade de expressão das emoções e que
evoluiu desde um grito instintivo até formas mais evoluídas
de expressão como as palavras. A linguagem tem a função
de encurtar distâncias.
As línguas possuem a mesma origem da música. A
sofisticação da linguagem a fez perto o nexo com a
natureza. A linguagem original se assemelha a música e era
capaz de tocar as emoções do interlocutor. Depois, ela passa
para uma fase de normatização por influência dos
acontecimentos sociais.
Para Rousseau, então, a linguagem está associada às
paixões; na sua origem estão a palavra, a poesia e o canto; a
primeira linguagem é o grito da natureza; para as coisas
distantes, o homem primitivo usava o gesto; a abstração é
um processo penoso; primeiro veio a fala, depois as ideias
gerais. Rousseau deslocou o debate da linguagem da lógica
para retórica.
PERÍODO CONTEMPORÂNEO
BERTRAND
RUSSELL
A linguagem
Como convenção
Filósofo, lógico e matemático, defendia que os conceitos de
linguagem refletem um pouco de casa uma dessas áreas.
Jogos
de linguagem
Dedicou-se à construção de uma estrutura lógica que pudesse definir,
organizar e solucionar os problemas próprios desse campo de estudo.
A linguagem não seria uma tradutora fiel do mundo real, ela deve ser
entendida no seu contexto social. Muito do que era real, nem sempre
seria perfeitamente traduzido na linguagem, que passou a ser
encarada e analisada no seu contexto social.
Conceitos e
ideias
Seus estudos visam às análises de conceitos mentais. Para ele, a tarefa
da filosofia é tornar claros os conceitos e ideias. Para o filósofo há
mais de uma forma de descrever as coisas, não se pode impor apenas
uma descrição. Enigmas filosóficos: quando a identificação não é
fácil, e exige-se uma análise, surgem os enigmas.
REFERÊNCIAS:
FREGE, Gottlob. Sobre o sentido e a referência. In:
FREGE, Gottlob. Lógica e Filosofia da Linguagem.
São Paulo: Edusp, 2009.