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Até há alguns anos, costumava-se apresentar uma divisão dicotómica das função da
liguagem. Distinguia-se, por um lado, uma função descritiva ou cognoscitiva ou denotativa ou
representativa ou simbólica e, por outro, uma função emotiva, existencial ou pessoal. Nessa linha
estavam Ogden-Richards, Carnap, Ayer, Steveson, e outros.
Ultimamente, porém, tornaram-se cada vez mais numerosos os autores que propõem uma
divisão tricotómica, acrescentando a função comunicativa ou intersubjetiva às duas anteriores.
São desta opinião Schokel, Polanyi, Barbotin, Ullmann e diversos outros estudiosos.
Achamos que essa última divisão é melhor do que a primeira, pois resulta dos três
componentes essênciais constitutivos da linguagem, que vimos ser o sujeito que fala, aquilo de
que se fala e a pessoa a quem se fala. A linguagem exerce uma função diferente com relação aos
seus três componentes:
As soluções dessa questão são muitas e bem discrepantes. Há quem a atribui à linguagem
um valor meramente instrumental. Essa é a solução tradicional, ainda hoje acolhida por
neopositivistas, analíticos, tomistas, marxista e muitos outros. Há, por outro lado, quem lhe
atribui um valor fundamental, de ordem existencial.