Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMARIO
GOVERNO DA PROVINCIA
Como a publicaçãodo Decreto n⁰.43 894, de 6 de Setembro de 1961, qua aprovou o Regulamento da
Ocupação e Concessão de Terrenos nas províncias ultramarinas, foi reunida e uniformizada num só
diploma a legislação dispersa e ultrapassada dos diversos territórios, respeitante à concessão de terras
do Estado no Ultramar.
De aplicação imediata às províncias de Angola e Moçambique, veio aquele Decreto a ser extensive a
Timor, com algumas exclusões e adaptações, pela Portaria Ministerial n⁰ 21 283, de 11 de Maio de 1965.
Visando abreviar, até aos limites do possível os termos do processo de concessão de Terras,
simplificando-o o definindo exactamente os trâmites a seguir em todas as suas fases e nos casos de
litígio, a nova lei alterou profundamente o sistema adoptado até à sua promulgação e trouxe novos
preceitos cuja execução, na prática, levantou certas dificuldades em aspectos de pormenor e na
interpretação de algumas disposições.
Houve, pois, que proceder-se à elaboração dum regulamento complementar que englobasse, para mais
fácil consulta, todas as disposições de base, devidamente esclarecidas e ordenadas por modo a dar-se
principalmente sequência a cada passo do processo, nos diversos casos contemplados, fixando-se
claramente o modo de proceder e os termos a seguir até final.
No decorrer do trabalho realizado teve-se sempre em atenção que os artigos 83.⁰, 85.⁰, 108.⁰,
126.⁰, 2.⁰ do artigo 187.⁰, 221.⁰ e 2.⁰ do artigo 266.⁰, do Regulamento da Ocupação e
Concessão de Terrenos expressamente remetem para a regulamentação complementar da
província a sua concretização.
Por outro lado, procura-se facilitar a execução e nos n.⁰ 3.⁰ e 9.⁰ do artigo 158.⁰ do citado
Regulamento da Ocupação e Concessão de Terrenos.
Muito se aproveitou da experiência colhida, em anos de trabalho prático, pelo antigo
funcionário encarregado da organização dos processos na comissão de Terras, da Carta de Lei
de 9 de Maio de 1901, assim como do seu regulamento de 2 de Dezembro de 1910.
Assim:
REGULAMENTO COMPLEMENTAR
NA PROVÍNCIA DE TIMOR
ARTIGO 1.⁰
Distinção de terrenos
ARTIGO 2.⁰
ARTIGO 3.⁰
Pertencem ao domínio public das autarquias locais os terrenos que forem delimitados pelo
Estado no acto de concessão de foral a uma autarquia local.
ARTIGO 4.⁰
a.) Destinados à construção de edifícios para instalação de serviços públicos não dotados
de personalidade jurídica, incluindo os seus logradouros;
b.) Destinados ao funcionamento de serviços públicos não dotados de personalidade
jurídica, até ao limite, por cada prédio, de 10 hectares sendo nas povoações
classificadas e 100 hectares nos restantes terrenos que não sejam para atribuição
conjunta a população.
ARTIGO 5.⁰
Reservas
ARTIGO 6.⁰
Povoações
ARTIGO 7.⁰
Propriedade particular
ARTIGO 8.⁰
ARTIGO 9.⁰
Uso dos terrenos de Domínio public
1. Os terrenos mencionados no artigo 2.⁰ só poderão ser objecto de uso privativo, nos
termos dos artigos seguintes e sobre eles jamais poderão ser adquiridos direitos por
meio de prescrição.
2. No entanto, desde que incultos e devolutos, poderão ser ocupados, precàriamente,
pelos vizinhos das regedorias a fim de intalarem as suas habitaçõe, culturas ou
apascentamento de gados, mas sobre eles não poderão ser adquiridos direitos por
aforamento ou arrendamento.
ARTIGO 10.⁰
ARTIGO 11.⁰
1. Os terrenos das ilhas, ilhotas ou mouchões formados juntos à costa marítima, na foz dos
risco ou nos leitos das correntes navegáveis ou flutuáveis e numa zona contínua de 80
metros nos contornos de baías, estuários e esteiros e do nível normal das águas
poderão ser ocupados mediante autorização do Governador da província, mas sempre a
título precário .
2. Os interresados, em requerimento apresentado na secretaria da comissão de Terras e
dirigido ao Governador, formularão as suas pretensões, e aquela comissão, após
informação da autoridade administrativa da área onde se situam os terrenos e dos
serviços de marinha, elaborará parecer fundamentado, submetendo o processo a
despacho do Governador, que após audição do conselho de Governo proferirá a
decisão.
3. Em caso de autorização, será passada licença de ocupação, assinada pelo president da
comissão de Terras.
ARTIGO 12.⁰
ARTIGO 13.⁰
Transferência de terrenos
1. Os terrenos são transferidos para o domínio public das autarquias locais, mediante a
concessão de foral ao respective município.
2. As tranferência só pode abranger áreas de povoações de concelho, mas dentro do
mesmo concelho poderão ser incluídas no foral áreas de várias povoações.
ARTIGO 14.⁰
Concessão de terrenos
Uma vez transferidos para o domínio public da autarquia local, os terrenos poderão ser
concedidos por esta a particulares, nos termos, Segundo os princípios e com as limitações do
presente regulamento.
ARTIGO 15.⁰
1. Sobre o terrenos do património das autarquias locais não poderão ser adquiridos
direitos por meio de prescrição, embora na posse de particulares que não possuam
títulos válidos de propriedades ou de concessão, ainda que já tenha decorrido o prazo
fixadona lei civi, para aquisição de direitos imobiliários por prescrição.
2. Igualmente não poderá haver aquisição por justificação de mera posse.
ARTIGO 16.⁰
ARTIGO 17.⁰
ARTIGO 18.⁰
Com base nessa proposta, será organizado na comissão de Terras o processo de concessão de
foral, devendo reunir-se as informações de todas as entidades que possam ter interesse na
criação da povoação com foral, e com parecer fundamentado será submetido à decisão do
Governador.
ARTIGO 19.⁰
Acto de concessão
1. Após parecer do conselho de Governo, o Governador da província decidirá a concessão,
que deverá revestir-se de forma de portaria, onde detalhadamente se deifinirá a área
abrangida pelo foral.
2. A autarquia local procederá em seguida à delímitação da área, colocando marcos que
assinalem o perímetro dessa área.
ARTIGO 20.⁰
Processo de tranferência
ARTIGO 21.⁰
Publicidade da pretensão
ARTIGO 22.⁰
Decisão do processo
ARTIGO 23.⁰
Título de aquisição
O título de aquisição a favor do património privado da província sera passado pelo presidente
da comissão de Terras, com base no despacho do Governador da província, e será registado na
conservatória do Registo Predial para poder ter eficácia relativamente a terceiras.
ARTIGO 24.⁰
ARTIGO 25.⁰
ARTIGO 26.⁰
Processo gratuito
ARTIGO 27.⁰
Reservas totais
São reservas totais os parques nacionais e as reservas naturais definidas e estabelecidas como
zona de protecção da flora ou da fauna.
ARTIGO 28.⁰
Reservas parciais
ARTIGO 29.⁰
ARTIGO 30.⁰
A constituição da reservas será feita por meio de diploma legislativo, quando constituído pelo
Governador da província, ou por simples portaria ministerial no caso de reservas de
povoamento.
ARTIGO 31.⁰
Coexistência de reservas
As reservas podem coexistir quando os seus fins forem compatíveis e Segundo as formas de
conjugação indicadas nos diplomas que as constituírem.
ARTIGO 32.⁰
A constituição de uma reservas não prejudica os direitos anteriormente constituídos, mas faz
caducar as autorizações para o uso ou ocupação a título precário, e também faz cessar as
demarcações provisórias, salvo se a licença de demarcação contiver expressamento indicação
genérica ou especial de que são conformes com os fins da reserve.
ARTIGO 33.⁰
Delimitação de reservas
Levantamentos de reservas
ARTIGO 35.⁰
Quando a reserva foi feita para criação de povoações, a área delimitada fica imediatamente
sujeita ao regime estabelecido para a concessão de terrenos para construção.
ARTIGO 36.⁰
Processo gratuito
DAS POVOAÇÕES
ARTIGO 37.⁰
Classificação de povoações
ARTIGO 38.⁰
ARTIGO 39.⁰
ARTIGO 40.⁰
ARTIGO 41.⁰
Publicidade da proposta
A comissão de Terras dará publicidade à proposta por meio de avisos no Boletim Oficial e
editais a afixar nas administrações de concelho ou postos administrativos da área onde se situar
a povoação, a fim de quaisquer interessados poderem deduzir as suas reclamações.
ARTIGO 43.⁰
ARTIGO 44.⁰
ARTIGO 45.⁰
ARTIGO 46.⁰
Decisão do processo
ARTIGO 47.⁰
1. As áreas e limites das povoações classificadas e as dos seus subúrbios, serão fixados, em
cada caso, Segundo a importância daquelas.
2. Classificada a povoação, os serviços de Obras Públicas e Transportes providenciarão a
implantação no terreno e as Obras necessárias, de acordo com a planta ou esboço
aprovados.
ARTIGO 48.⁰
As plantas das povoações classificadas como de primeira ordem e os esboços dos traçados das
povoações de segunda ordem poderão ser rectificados ou alterados, sem prejuízo de direitos
que tenham sido constituídos sobre os respectivos terrenos, desde a sua classificação.
ARTIGO 49.⁰
A área duma povoação classificadas pode englobar terrenos de domínio public do Estado,
mencionados nas alínea g) e h) do artigo 2.⁰, mediante autorização do Ministro do Ultramar e a
concessão desses terrenos dependerá, em cada caso, da autorização ministerial ou do
Governador da província, por delegação.
ARTIGO 50.⁰
ARTIGO 51.⁰
ARTIGO 52.⁰
1. Aos titulares de propriedades perfeita, não adquirida por concessãodo Estado, sobre
prédios identificados quanto à localização, área e forma pelos processos de demarcação
definitiva, poderá ser passado título.
2. O requerimento dos interessados será instruído com certidão da Conservatória do
Registo predial de que conste a descrição do prédio, a inscrição da propriedade plena a
favor do requerente e todos os actos de aquisição originária ou derivada relativa ao
prédio.
3. O requerente deverá juntar a importância do emolumento fixo de 200$.
4. Será recusada a passagem do título quando da certidão apresentada resultem dúvidas
acerca do direito invocado pelo requerente.
ARTIGO 53.⁰
Substituição de títulos
ARTIGO 54.⁰
Se a província vier a adquirir, por qualquer título a propriedade perfeita de terrenos que
tenham entrado definitivamente no regime de propriedade particular, serão as benfeitorias
neles existentes sujeitas a avaliação, e atendendo ao resultado desta, o Governador poderá
mandar sujeitar ao regime de terrenos vagos ou mantê-los for a deste regime.
Terrenos vagos
Consideram-se vagos e pertença do património public da província os terrenos que não tenham
entrado definitivamente no regime de propriedade particular ou de domínio public do Estado
ou das autarquias locais ou no património privado da província.
ARTIGO 56.⁰
a) Dispor deles, nos termos estabelecidos neste diploma e mais legislação especial;
b) Fazer utilizer pelos seus serviços, os terrenos para eles reservados;
c) Aproveitar os produtos dos terrenos, com sujeição aos regulamentos que disciplinarem
as várias formas de aproveitamento.
ARTIGO 57.⁰
1. A autorização para utilizer terrenos vagos pode ser dada tanto a serviços dotados de
personalidade jurídica, como aos restantes, e deverá especificar as condições a que fica
sujeita a utilização, designadamente quanto ao pagamento de taxas se a natureza do
serviço o permitir.
2. O disposto no número anterior não impede a de personalidade jurídica e os organismos
de coordenação económica gozam para este efeito dos mesmos direitos atribuídos aos
serviços públicos.
3. As taxas pela utilização não excederão um terço das que forem estabelecidas para
particulares e dentro deste limite serão fixadas atendendo às possibilidades financeiras
da entidade interessada e á projecção do empreendimento.
ARTIGO 58.⁰
Classificação de terrenos vagos
ARTIGO 59.⁰
ARTIGO 60.⁰
A disposição de terrenos vagos poderá ser feita a favor do património privado da província, a
favor do património public duma autarquia local mediante a concessão de foral e a favor de
particulares.
ARTIGO 61.⁰
ARTIGO 62.⁰
ARTIGO 63.⁰
A disposição dos terrenos vagos a favor de particulares poderá ser feita por concessão por
aforamento, concessão mediante arrendamento, alienação por vendo e mediante licença para
ocupação.
ARTIGO 64.⁰
ARTIGO 65.⁰
Terrenos que não podem ser objecto de disposição
ARTIGO 66.⁰
ARTIGO 67.⁰
ARTIGO 68.⁰
ARTIGO 69.⁰
Para além dos limites fixados, em geral, para cada uma das formas de concessão , para regiões
onde as circunstâncias o aconselhem, o Governador da província poderá fixar, em portaria,
limites especiais de áreas a conceder dentro da sua competência a cada pessoa sigular ou
colectiva, podendo ainda definir, em funções das condições locais, os títulos de propridedade
ou exploração técnica e econòmicamente preferíveis.
ARTIGO 70.⁰
ARTIGO 71.⁰
ARTIGO 72.⁰
ARTIGO 73.⁰
ARTIGO 74.⁰
ARTIGO 75.⁰
Podem adquirir direitos sobre terrenos vagos, ainda não demarcados para atribuição conjunta a
populações das regedorias, por concessão ou licença:
a) Os portugueses;
b) Os estrangeiros, salvas as limitações legais;
c) As sociedades comerciais portuguesas ou equiparadas, e as sociedades comerciais
estrangeiras, observado o disposto no Decreto de 23 de Dezembro de 1889, desde
que no seu objecto se incluam os fins para que a concessão é feita;
d) As entidades portuguesas de direito public que tenham capacidade de gozo de
direito de propriedade sobre imóveis;
e) As entidades estrangeiras de direito public, quando assim o estabeleçam acordos
internacionais ou nos respectivos países seja dada recíprocidade a entidades
portuguesas e tanto pela sua lei como pela lei portuguesa possuam capacidade de
gozo de direitos.
ARTIGO 76.⁰
Concessões a estrangeiros
ARTIGO 77.⁰
Nas áreas das povoações marítimas ou nas áreas destinadas à sua natural expansão as
concessões ou subconcessões de terrenos ficarão sujeitas às seguintes regras:
ARTIGO 78.⁰
ARTIGO 79.⁰
Concessões gratuitas
Poderão ser feitas concessões gratuitas de terrenos nos vagos a colonos e a militares das forças
armadas na disponibilidade que se queiram fixar na província para fins agrícolas, para a
pecuária e indústrias afins.
ARTIGO 80.⁰
ARTIGO 81.⁰
1. Cada pessoa