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PERÍODO CONTEMPORÂNEO

GOTTLOB
FREGE

Referência
E sentido
Principais temas de estudos:

desenvolvimento de uma escrita conceitual que


superasse as imperfeições da língua natural;

pesquisa sobre o conceito de número e

a proposta da teoria semântica sobre sentido e


referência.
 As formas básicas de enunciado de identidade a=a são
analíticos.

 As formas a=b são sintéticos, empíricos e a priori.

 Exemplos:

(1) A estrela matutina é a estrela vespertina.

(2) O vencedor de Iena é o vencedor de Waterloo.


 SENTIDO / REFERÊNCIA:

 A referência é o objeto nomeado pelo termo; o


sentido é o modo como o objeto se dá. O sentido
tem um caráter objetivo e ele corresponde a uma
forma como o objeto aparece. O sentido é um
modo de apresentação da referência.
 EXPRESSÕES COMPLETAS /
INCOMPLETAS:

 Frege distingue expressões completas e


incompletas. As expressões completas são aquelas
nas quais não faltam elementos para identificar a
referência. “Elizabeth é a rainha do Reino Unido”.
Mas expressões como “x é rainha do Reino Unido”
faltam-lhes elementos para indicar a referência.
BERTRAND
RUSSELL

A linguagem
Como convenção
 Filósofo, lógico e matemático, defendia que os conceitos de
linguagem refletem um pouco de casa uma dessas áreas.

 Afirmava que o homem se esquecia de analisar separadamente o


sentido e o significado das proposições que faz no dia a dia. Tal ação
poderia levá-lo a cometer erros e confusões nas interpretações.

 A solução seria empregar o atomismo lógico: Possibilidade de fazer


uma análise lógica da linguagem, da mesma maneira que se analisa o
átomo, a fim de estabelecer uma linguagem simples de interpretação
clara.
 Nomear é a relação própria dos nomes e representar, a
relação dos enunciados. Existe uma isomorfia entre
enunciados e mundo.

 Russell classifica os enunciados em proposições atômicas


e moleculares. A proposição atômica é aquela “cujos
componentes e relações que os unem são tão simples que
é impossível de decompô-la”. As moleculares são
compostas por proposições desse primeiro tipo.
 A realidade e a linguagem podem ser decompostas em
elementos e essas são de natureza lógica. A relação
semântica básica é de correspondência entre linguagem e
realidade. É uma relação que acontece por meio da
nomeação e da representação. Nomear é a relação própria
dos nomes e representar, a relação dos enunciados. Existe
uma isomorfia entre enunciados e mundo.
WITTGENSTEIN

Jogos
de linguagem
 Dedicou-se à construção de uma estrutura lógica que pudesse definir,
organizar e solucionar os problemas próprios desse campo de estudo.
A linguagem não seria uma tradutora fiel do mundo real, ela deve ser
entendida no seu contexto social. Muito do que era real, nem sempre
seria perfeitamente traduzido na linguagem, que passou a ser
encarada e analisada no seu contexto social.

 O filósofo dedica-se ao uso correto das palavras, sendo passível de


acusação de usá-las em benefício próprio (retórica), confundindo os
outros. “ A linguagem é como uma caixa de ferramentas.”
 1. TEORIA FIGURATIVA DO SIGNIFICADO

 A afirmação fundamental da teoria é que uma proposição


é uma figura (Bild) de uma parte da realidade. A figura é
tomada em sentido de representação. A situação que a
representa pode ser real ou hipotética. Quando se
compreende uma proposição, se compreende um estado
de coisas.
 O que a proposição tem em comum com a realidade é a
estrutura lógica. O conjunto de fatos constitui a realidade. A
linguagem reflete essa situação. Por meio dos nomes, ela
representa os objetos; por meio das proposições simples, os
estados de coisas; e por meio das complexas, os fatos. A
linguagem se forma de unidades elementares porque o
mundo é feito de coisas simples.
 2. “JOGOS DE LINGUAGEM”

 A linguagem está constituída por infinitos jogos. Em cada


uso, as palavras têm sentido e significado. Os contextos
precisam ser respeitados. Os vários jogos atendem a
diferentes atividades linguísticas para dar ordem,
descrever, formular, narrar, resolver problemas etc. O
jogo de linguagem mais simples é a nomeação. A
linguagem não representa o mundo, designa ações ou
formas de vida.
REFERÊNCIAS:
FREGE, Gottlob. Sobre o sentido e a referência. In: FREGE,
Gottlob. Lógica e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Edusp,
2009.

COSTA, Cláudio. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro:


Zahar, 2007.

MIGUENS, Sônia. Filosofia da Linguagem: uma introdução.


Porto: SerSilito, 2007.

SILVA, Lucas Duarte. Filosofia da Linguagem. Indaial:


Uniasselvi, 2013.

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