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conhecimento. Porém, as ciências que mais contribuem nesta área de investigação científica
são a Psicologia, a Neurolinguística, a Linguística, a Sociolinguística e outras disciplinas afins.
A Psicologia investiga, sobretudo, os aspectos comportamentais, cognitivos e psicobiológicos
do processo, enquanto os linguistas trabalham os fatos relacionados à codificação, signos, fala
e língua como fenômeno individual e social.
A Linguística Cognitiva postula que a linguagem é parte complementar da cognição
humana, que reflete a interação de fatores culturais, psicológicos, comunicativos e funcionais,
e só pode ser entendida e estudada sob o contexto de uma visão real de conceptualização e
processamento mental.
Dominar uma linguagem não é uma tarefa tão simples, embora possa parecer um
processo intuitivo. Falar uma língua, organizar códigos, desenvolver estruturas de
comunicação são atividades do intelecto que exigem características específicas até agora
somente verificadas no cérebro humano. Por isso pode-se dizer que é a linguagem que nos
faz aquilo que somos.
A consistência do comportamento humano, tal como ele é, deve-se inteiramente ao
fato de que os homens formularam seus desejos e posteriormente os
racionalizaram, sob a forma de palavras. A formulação verbal de um desejo levará
o homem a prosseguir em direção à sua meta, mesmo quando o desejo em si está
adormecido. Semelhantemente, a racionalização de seu desejo em função de
algum sistema teológico ou filosófico o convencerá de que ele faz bem em
perseverar nesse caminho Do ponto de vista psicológico, pode-se definir uma
teologia ou uma filosofia como um meio para permitir que os homens realizem de
sangue frio e continuamente ações que, de outro modo, eles só realizariam
movidos por paixões e ímpetos, e quando seu impulso interno fosse forte e ardente.
[...]
Então, para o mal e para o bem, as palavras fazem de nós os seres humanos que
realmente somos. Desprovidos da linguagem, seríamos como cães ou macacos.
Possuindo a linguagem, somos homens e mulheres capazes de continuar no crime, não
menos que na virtude heroica, capazes de realizações intelectuais além da esfera de
qualquer animal, mas ao mesmo tempo capazes de sistemática tolice e estupidez tal que
nenhum animal mudo imaginaria. Aldous Huxley (apud Black,
Sem a língua,não poderiam existir como nós os conhecemosa cultura humana, o
comportamento social e o pensamento” (SLOBIN, 1980, p.202). Mas, embora ninguém negue o
papel central da língua na vida humana, definir a natureza desse papel tem sido um problema
difícil e persistente desde o início da filosofia.
Para Slobin, (1980, p. 202) “embora a linguagem permeie a vida mental, ela não constitui a
totalidade dos estados e processos psicológicos. Há imagens e emoções, intenções e
abstrações, lembranças de sons e perfumes e sentimentos, e muita coisa mais”. O leitor
encontrou neste livro, por toda parte, exemplos de ideias independentes de expressão
linguística — separações afásicas de palavras e significados, estruturas abstratas subjacentes
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a enunciados, cognição pré-linguística no início da infância, e assim por diante. E um ponto
capital na história da Psicologia tem sido equiparar linguagem e pensamento.
Mas, o que é mesmo uma linguagem? Qual a diferença entre língua e fala? Por que
utilizamos códigos? Quais as teorias que tentam explicar como aprendemos a falar?
Os bons dicionários concordam ao definir linguagem como “qualquer meio sistemático de
comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais” (Houaiss). Podemos dizer
que a língua é um sistema específico de signos utilizado por um grupo de pessoas. A língua
portuguesa, por exemplo, é a linguagem específica de brasileiros, portugueses, angolanos e
outras nações. O código, por sua vez, é o sistema de signos que usamos para a expressão da
língua. No caso do português, nosso código básico é construído a partir do alfabeto latino
(letras e fonemas).
A fala, por sua vez, é a expressão individual da linguagem. Assim, um brasileiro do campo
fala de uma forma, o da cidade fala de modo diferente, mas ambos utilizam a mesma língua.
Você fala de um jeito, seu amigo de outro, pois cada pessoa tem vocabulários, timbre de voz,
educação, vida social e outras características diferentes.
Para uma melhor compreensão de todo este processo de aquisição e desenvolvimento da
linguagem, deve-se ter em conta conceitos básicos como: psicolinguística, linguagem, língua e
signo.
Psicolinguística é o estudo das conexões entre a linguagem e a mente que começou a se
destacar como uma disciplina autônoma nos anos 1950. Ela não se confunde com a Psicologia
da Linguagem por seu objeto e metodologia, apesar de muitos teóricos afirmarem que a
Psicolinguística é um ramo interdisciplinar da Psicologia e da Linguística. De alguma maneira,
seu aparecimento foi promovido pela insistência com que o linguista Noam Chomsky defendeu,
naquela época, que a linguística precisava ser encarada como parte da psicologia cognitiva,
além de outros fatores como o interesse crescente da Linguística pela questão da aquisição
da linguagem.
A Psicolinguística analisa qualquer processo que diz respeito com a comunicação humana,
mediante o uso da linguagem (seja ela de forma oral, escrita, gestual etc.). Essa ciência
também estuda os fatores que afetam a decodificação, ou seja, as estruturas psicológicas que
nos capacitam a entender expressões, palavras, orações, textos.
Linguagem é um sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não humano
(Lyon, 1987). Por isso, podemos referir-nos a qualquer meio de comunicação, como a
linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira como nos vestimos, as reações do
nosso organismo (tanto aos estímulos do meio, como do nosso pensamento, ou mesmo, a
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aspectos fisiológicos) ou à linguagem de outros animais, aos sinais de trânsito, à música, à
pintura, enfim, a todos os meios de comunicação, sejam cognitivos (internos), socioculturais
(relativos ao meio) ou da natureza, como um todo que integra o “conceito” de linguagem.
O conceito de língua é mais restrito. Língua é um tipo de linguagem e define-se como um
sistema abstrato de regras gramaticais. Isto quer dizer que o conceito de língua está ligado a
um conjunto de regras gramaticais que é identificado em vários planos (dos sons, da estrutura,
da formação, das classes de palavras, das estruturas das frases, da semântica, da
contextualização e do uso).
As línguas podem ser oral-auditivas, quando a forma de recepção não escrita é a audição
e a forma de reprodução não escrita é a oralização, ou podem ser espaço-visuais quando são
reproduzidas por sinais manuais e a sua recepção é visual. Como exemplo de uma língua
oral-auditiva, temos o português falado e todas as que também podem ser escritas, ou seja, as
línguas faladas. A língua espaço-visual é a usada pelos surdos. A linguagem gestual, tal como
as línguas orais, possui uma gramática própria, que é distinta da usada nas línguas orais.
O conceito de signo está vinculado ao conceito de significado. Desde o final do século XIX
até ao fim do século XX, o conceito de signo sofreu a influência da evolução.
Os estudos tradicionais levam às investigações do linguista Ferdinand de Saussure (1916)
que definiu signo como a “união entre o significante (imagem acústica) e significado (sentido)”.
Não há palavra sem sentido, nem sentido sem palavra. No caso da palavra “bola”, o
significante é a bola e o sentido, ou seja, o significado é o que a bola significa. Saussure
determinou ainda que o signo é social e, portanto, arbitrário e imutável (que não pode ser
mudado). O signo é social porque as palavras de uma língua pertencem a uma comunidade
linguística e não cabe a um único indivíduo tentar modificar a sua estrutura sonora
(significante) ou o seu conteúdo (significado).
Visto que os signos são aceites e utilizados por uma comunidade linguística, Dimensão
compete ao indivíduo apreendê-los e usá-los com o seu sentido (significado), representacion
pré-estabelecido pelo meio social, e com a sua estrutura sonora al- os signos
podem ser
correspondente (significante).O conceito de signo é uma das referências
criados e
básicas para a compreensão das teorias que tratam o estudo da aquisição
utilizados para
da linguagem.
referir-se não
só nos
referentes
imediatos
presentes em
um espaço de
tempo ,mas
também na
Dimensões da linguagem
queles eventos
passados ,futur
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os e imaginários
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universalidade e
a existência de
determinantes
biológicos
inatos de tal
universalidade.
Veremos nesta
unidade de
estudo os
problemas
filosóficos e
psicológicos.
Quem propôs
com mais
firmeza a
hipótese
nativista foi
Chomsky (1965,
1968, 1975),
hipótese que
tem suscitado
calorosos
debates. O leitor
já deparou
várias vezes
com essa
posição. Em
seu especto
mais simples,
estruturalismo europeu, tendo, como seu principal representante,
eis o problema:
Jean Piaget (1936) e a outra fundamenta-se no inatiismo e tem, como
tudo aquilo a
principal representante, Noam Chomsky (1965).
que a criança
Para explicar como aprendemos a nos comunicar através da fala, está exposta é a
surgiram pesquisas no campo da linguística e da psicologia com
ocorrência da
resultados que ora se complementam, ora se contraditam, e às vezes
fala em
encontram um ponto de convergência. Empirismo, reforçamento, imitação
e nativismo são as teorias mais comuns. situações.
Como chega ela
Nativismo versus empirismo a alcançar o
A tendência da teoria e da pesquisa em Psicolinguística evolutiva nestes conhecimento
últimos quinze anos, pouco mais ou menos, tem sido ressaltar a abstrato e fértil
da língua?
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Chomsky argumenta que os "dados linguísticos primários" — a fala que a
criança ouve — não podem ser a fonte da competência linguística. Só é
possível a aquisição da linguagem, se a criança está preparada, de algum
modo, para processar dados desse tipo e formar as espécies de estruturas
que são características da linguagem humana.
Condutismo
Uma teoria empírica de aprendizagem, como o behaviorismo americano
S-R (estímulo-resposta), atribui ao organismo um mínimo de estrutura
inata, contando principalmente com uma capacidade inata de formar
associações entre estímulos, e entre estímulos e respostas na base de
similaridade e contiguidade. A estrutura existe no mundo exterior, e o
indivíduo vem a refletir tal estrutura. Todavia, como temos visto
frequentemente, o que a criança adquire no decorrer do desenvolvimento
da língua não é uma porção de conexões S-R, mas um complexo sistema
de regras
internas de
algum tipo. Ela
nunca está
exposta ao
próprio sistema,
mas apenas a
frases
específicas em
situações
específicas
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Então, como adquire ela o sistema linguístico fundamental
com base em tal evidência?
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Reforçamento
É compreensível que poderia, mas isso nada diz do processo pelo qual a
criança chegou às noções fundamentais da gramática, que tornariam possível
um desempenho correto. Descobrir que havia erro num dado enunciado não
diz à criança exatamente o que ela fez de errado ao produzi-lo, e certamente
não lhe diz como corrigi-lo da próxima vez (se ela acaso quiser enunciar de
novo essa frase). Nem o reforço positivo dá qualquer informação discriminativa
acerca do que era correto sobre a construção gramatical que ela acabou de
enunciar. Nós ainda ficamos com o problema de saber como a criança vem a
perceber a relação própria que existe entre sons e significados; e como ela
chega aos princípios de ordenação de palavras e partes de palavras que
produzam sentido.
Suponhamos, por exemplo, que uma criança diga I called up here depois
receba reforço negativo para um enunciado agramatical. Como sabe ela o que
fazer em seguida? Ela formou esse enunciado, provavelmente, por analogia
com frases como I called up Kathy, "Chamei Kathy". Agora ela tem de aprender
que, quando o objeto de uma construção de verbo + partícula é um pronome
(como her), este deve vir sempre entre o verbo e a partícula (I called her up);
mas quando o objeto é um substantivo, ele pode ir ou entre o verbo e a
partícula ou depois da partícula. O simples fato de que I called up here errado
não dá à criança nenhuma chave para o que é certo. Talvez ela tivesse dito I
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called up she, "Eu chamei ela" [erro também em português], ou Icall-uppedher,
ou quaisquer outras variantes.Existem muitas possibilidades, indefinidamente:
talvez a regra valha somente para os pronomes femininos, ou para os seres
animados; talvez funcione para alguns verbos e não para outros; ou só para o
passado simples; e assim por diante. A questão é que o reforço poderia somente
dizer à criança que uma frase é globalmente certa ou errada. Suas próprias
habilidades cognitivas e sua perícia na aquisição dalinguagem são necessárias
para ela fazer uso do reforço. E justamente essa perícia e essas habilidades é que
são o interesse central da Psicolinguística.
Imitação
Por que, então, as crianças imitam a fala? A imitação parece ser um meio de
praticar aquilo que a gente é no processo da aprendizagem. Vários estudos
relativos à imitação (Bloom, Hood,Lightbown, 1974;Ervin-Tripp, 1964; Slobin,
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1968) mostram que a criança não imita espontaneamente formas que ela já
tenha dominado desde muito; nem imita formas que estejam muito além do seu
alcance. Antes, ela imita aquelas formas cujo processo de aquisição está em
curso. Para usarmos os termos de Piaget, a imitação é a indicação externa da
tentativa da criança de acomodar seu esquema linguístico a um novo material.
Assim, a imitação desempenha, sem dúvida, um papel na aquisição da
linguagem, mas seu papel não é inserir novas estruturas no sistema de regras
da criança.
O papel da entrada
Piaget
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assimilação de ‘estruturas’”. Assim, um conhecimento, um estímulo do meio,
será encarado como uma estrutura que será assimilada pelo indivíduo através
da sua capacidade de aprender. O processo desenvolve-se da seguinte forma:
cada estrutura (conhecimento, estímulo do meio), ao ser assimilado pelo
indivíduo “encontra”, naturalmente, estruturas que já foram assimiladas, os
processos mentais são os responsáveis pela reorganização das estruturas
adquiridas de acordo com as que já existem atingindo-se, assim, um estado de
“acomodação” entre as estruturas antigas e as novas aquisições. Como este
processo é contínuo e permanente na vida do indivíduo, ele tenta alcançar o
equilíbrio sempre que existam novas informações recebidas do meio.
Chomsky
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Cada indivíduo é uma réplica do outro, em termos do seu potencial
linguístico, e a exposição ao ambiente linguístico é necessária para ativar a
estrutura latente a fim de que o indivíduo, que se apresente como uma unidade
autônoma com a mesma constituição das unidades que o rodeiam, possa sintetizar
ou recriar todo o mecanismo linguístico a partir dos dados aos quais fica exposto.
Chomsky afirma ainda que muitos dos princípios inatos que determinam a
natureza do pensamento e da experiência podem ser ativados inconscientemente.
Para ele, e para os que defendem os fundamentos biológicos da linguagem, é
importante observar, também, que há um período crítico, isto é, um período
favorável para a aquisição da linguagem (no sentido de língua). Depois desse
período, torna-se mais difícil o processo de aquisição.
Vygotsky
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cognitivo da criança de modo a determinar, a certa altura, que a linguagem
pode servir de impulso para o pensamento.
Qualquer que seja a posição científica em torno da aquisição da linguagem,
verificamos que a língua tem um papel central na vida humana, o que nos leva
a estudar não apenas o aspecto linguístico e cognitivo do seu desenvolvimento,
mas também a ter em consideração os aspectos anatomofuncionais do
indivíduo.
Vygotsky não admite o mecanismo apresentado por Piaget como duas
etapas distintas de desenvolvimento. Para Vygotsky, quando o indivíduo
começa a dominar a língua, apresentando duas funções de uso dessa língua,
que são paralelas e não se confundem: a função social e a função cognitiva.
Embora seja um processo subconsciente, ao adquirir uma língua, o indivíduo
descobre que a língua que começa a dominar serve para ele mesmo e para o
seu contato social com o mundo, de modo diferente. A fala egocêntrica, por
exemplo, serve como espécie de aperfeiçoamento para um amadurecimento
que vai culminar na fala interior e, em todo o percurso, ocorre o
desenvolvimento paralelo da fala socializada.
Vygotsky (1989), baseando-se na independência e posterior interdependência
(por volta dos dois anos de idade) entre pensamento (processos cognitivos) e
linguagem (língua), apresenta três fases na formação de conceitos. São elas:.
Agregação desorganizada - apresenta uma concepção do significado das
palavras como um conjunto vago e sincrético de objetos isolados que, de uma
forma ou de outra, se aglutinaram numa imagem na mente. Coincide com a
fase natural ou primitiva.Após dominar as palavras, a criança começa a fase do
desenvolvimento do processo de conceito propriamente dito.
Pensamento por complexos - é subdividida em várias outras fases e
acompanha a criança até à adolescência. Nesta etapa, passa pelos
complexos associativos, de coleções, em cadeia, difuso e, finalmente, pelo
pseudoconceito.
É no decorrer desta fase que se torna mais explícita a constatação de que o
significado das palavras evolui. São formações dinâmicas e não estáticas. O
desenvolvimento é individual. Os significados modificam-se à medida que a
criança se desenvolve e, também, de acordo com as várias formas pelas quais
o pensamento funciona. A estrutura do significado e a sua natureza psicológica
mudam, portanto, de acordo com o desenvolvimento da criança. A partir das
generalizações primitivas, o pensamento verbal desenvolve-se até ao nível dos
conceitos mais abstratos.
Experiências realizadas por Vygotsky mostram que crianças em idade pré-
escolar explicam os nomes dos objetos com atributos. Assim, um animal chama-se
“vaca” porque tem chifres e “bezerro” porque seus chifres são pequenos, “cão”
porque é pequeno e não tem chifres. Quando se pergunta a uma criança se seria
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possível trocar os nomes dos objetos, como, por exemplo, chamar “vaca” de “tinta”
e vice-versa, ela responde que não porque a vaca dá leite e a tinta serve para
escrever. Assim, para a criança, o nome está ligado a atributos e uma troca de
nomes corresponde, também, à troca de atributos.
É nesta fase que a criança atravessa os complexos associativos, de
coleções, em cadeias e difusos. Os objetos isolados associam-se não apenas
devido às impressões subjetivas, mas também devido às relações que, de fato,
existem entre esses objetos. Principalmente no início desse estágio, para a
criança, os objetos agrupam-se em “famílias” separadas, mas mutuamente
relacionadas.
No complexo associativo, por exemplo, a criança baseia-se em qualquer
relação entre o objeto visual e outros atributos (cor, forma, tamanho ou outro
atributo, podendo incluir contraste ou proximidade no espaço). Na etapa do
complexo por coleções, os objetos são agrupados com base em alguma
característica que os torna diferentes e, consequentemente, complementares.
No entanto, essa forma de pensamento combina-se, muitas vezes, com a
forma associativa propriamente dita. Essa etapa tem raízes na experiência
prática da criança, determinando formas de agrupamento funcional (chávena,
pires e colher; faca, garfo, colher e prato; calça, camisa, meias e sapatos).
A partir de um determinado momento de desenvolvimento cognitivo, a
criança depara-se com um novo tipo de sistema de informações. A ausência de
um sistema é uma diferença psicológica importante que distingue os conceitos
espontâneos, apreendidos até então, dos conceitos científicos ou formais.
Esses conceitos apresentam um sistema para apreensão e estabelecem
relações de generalidade.
Pseudo-conceito - esta fase determina a transferência de comportamento
de aquisição para o comportamento de aprendizagem. Inicia-se a fase
cognitiva de pensamento por complexos. O pseudo-conceito caracteriza-se por
ser um elo entre a fase final do pensamento por complexos e o pensamento
por conceitos, que constitui o comportamento adulto.
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bebês diz as suas primeiras palavras e aos 2 anos, a maioria das criaças tem
um vocabulário de algumas centenas de palavras. (teorias de aprendizagem
referem que isto ocorre por meio da imitação e recompensa, maturação
cognitiva)
Percebendo a fala
Para aprender uma língua, os bebés precisam distinguir os sons básicos da
fala.Os blocos básicos construtores da linguagem, são os fonemas,sons únicos
que podem ser unidos para criar palavras.Os fonemas incluem sons
consonantais, como o son do T em tal e til , bem como com sons vocálicos
como o son de a em mar e sal . Os recém nascidos são biologicamente
capazes de ouvir o conjunto completo de fonemas de todas as línguas do
mundo.Mas à medida que os bebês crescem e são mais exposto a uma língua
em particular,notam a penas as distinções linguísticas que são importante na
quele amiente.
Primeiras palavras
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que as palavras são símbolos , entidades, que ficam no lugar de outros.Apartir
de suas experiências eles formam os seus conceitos como : coisas redondas
que pulam e coisas peludas que latem e pequenos humanos que os adultos
carregam .Com a descoberta de que os sons da fala podem designar esses
conceitos ,eles começam a combinar palavras e conceitos.:gestos longo,
estalar os lábios para indicar fome ou a cenar indicando um tchau.
Mapeamento rápido
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A superextensão ocorre quando acriança estão produzindo palavras do que
quando estão copmreendendo.
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Tartamudez é a interrupção da aflu~encia verbal por meio de
repetições ou prolongamento dos sons , silabas sempre acompanhados
de movimentos corpurais como: balançar o braço, as mãos ,,piscar os
olhos, tremor labia.
Podem ser divididos em dois grandes grupos: o grupo das dificuldades mais
globais de desenvolvimento, das quais a linguagem é somente um dos aspectos
alterados, mas não o único. Também podemos encontrar dificuldades mais
específicas da área da linguagem propriamente dita, enquanto outros aspectos do
desenvolvimento estão mais preservados.
Grupo I: grupo das dificuldades mais globais de desenvolvimento inclui dois
subgrupos:
Subgrupo A: as crianças apresentam ausência de condutas simbólicas, com
comportamentos organizados ao nível sensório-motor.
Subgrupo B: as crianças possuem distúrbios globais de desenvolvimento, mas
apresentam algum grau de simbolismo nas suas condutas.
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As crianças apresentam dificuldades na linguagem propriamente dita, o
problema é mais específico, uma vez que os outros aspectos do desenvolvimento
não estão prejudicados a ponto de justificarem o atraso de linguagem. Esta noção
aplica-se a crianças ouvintes que, apesar de já revelarem um desenvolvimento em
termos de condutas simbólicas, não apresentam uma evolução similar no plano da
linguagem expressiva. Por outro lado, a capacidade de compreensão de
linguagem está mais bem preservada. Um dos fatores que pode interferir neste
tipo de problema está relacionada com as situações ou ambiente pouco favorável
para o desenvolvimento da linguagem e até mesmo das habilidades gerais de
comunicação.
Disfasias - Correspondem a um conjunto de alterações de caráter
predominantemente linguístico que interferem no desenvolvimento da criança.
Tendem a ocorrer na ausência de deficiências auditivas, na ausência de
malformações das estruturas orofaciais, na ausência de insuficiências de ordem
intelectual, de problemas emocionais significativos, ou de falta de oportunidades
para a aprendizagem.
Caracterizam-se como distúrbios importantes e duráveis das capacidades
linguísticas, provavelmente de natureza congênita. São também por isso,
designadas de “afasias congênitas”.
Afasias: correspondem às perdas ou alterações de funções linguísticas já
constituídas em razão de lesão ou dano cerebral. Daí o termo “adquirido”, que se
refere a traumatismos cerebrais ou ao aparecimento de desordens neurológicas
caracterizadas, principalmente, por quadros convulsivos.
Deficiências auditivas: O termo deficiência auditiva engloba uma vasta gama
de distúrbios, podendo referir-se desde dificuldades menos graves e transitórias,
como as que são resultantes de problemas do ouvido médio, até situações mais
severas, como nos casos de deficiências neuros sensoriais que podem limitar de
modo significativo à aquisição da linguagem e a produção da fala.
A capacidade de simbolizar tende a ser normal, as dificuldades de
aprendizagem podem surgir, sobretudo, porque as propostas pedagógicas
baseiam-se, fundamentalmente, no domínio da linguagem oral.
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intelectual. Quanto mais acentuado for o atraso intelectual, mais limitado
tenderá a ser o desenvolvimento da linguagem.
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Em nosso estudo de Códigos de Linguagem tivemos a oportunidade de conhecer
as principais correntes de pensamento que tentam explicar os mecanismos da
formação do conhecimento e aquisição da linguagem.
Segundo o pensamento de Chomsky, linguista e filósofo norte-americano
(1928), os "dados linguísticos primários" — a fala que a criança ouve — não podem
ser a fonte da competência linguística. Só é possível a aquisição da linguagem se
a criança está preparada, de algum modo, para processar dados desse tipo e
formar as espécies de estruturas que são características da linguagem humana.
Em outras palavras, o ser humano já nasce com a capacidade de falar. Essa
corrente é conhecida como inatista.
O nativismo se contrapõe ao behaviorismo americano que, embora admita um
mínimo de estrutura inata, tenta encaixar o aprendizado da língua em seu sistema
de estímulo-resposta.
A teoria do reforçamento aplica a ideia de que o principal fator da construção
linguística se concretiza no reforço negativo ou positivo, quando alguém,
normalmente os pais, elogia a expressão correta da criança ou corrige seus erros
de linguagem.
Uma explicação muito comum para a aquisição da linguagem é a imitação. A
hipótese tradicional tem sido simplesmente que a criança adquire novas formas
linguísticas da fala de seus pais, pela imitação do que eles dizem: ouve alguma
coisa nova, repete-a, e assim pratica a nova forma. No entanto, vimos que a
imitação não consegue explicar como a criança consegue criar estruturas
linguísticas que ela nunca ouviu.
Nas unidades de estudo seguintes, foram analisadas as principais teorias do
aprendizado e sua relação com a aquisição da linguagem, dando-se ênfase aos
pensadores Piaget e Vygotsky.
De acordo com a escola de Piaget, o desenvolvimento cognitivo avança por si,
em geral seguido pelo desenvolvimento linguístico, ou encontrando reflexo na
linguagem da criança. O intelecto da criança desenvolve-se por meio da interação
com as coisas e pessoas do seu meio ambiente. Na medida em que a linguagem
está envolvida nessas interações, pode ampliar ou facilitar o desenvolvimento em
alguns casos, mas não produz por si mesma, crescimento cognitivo.
Segundo Vygotsky, “o fluxo do pensamento não é acompanhado por um
desdobramento simultâneo da fala”. Os dois processos não são idênticos e não há
correspondência rígida entre as unidades do pensamento e da fala.
Concluímos com os mais recentes estudos da Neurolinguística sobre as
relações entre cultura e linguagem, que nos permitem entender que o problema da
significação não está reservado à Linguística e nem está confinado ao sistema
linguístico, isto é, a língua. Há muitas outras coisas envolvidas na constituição do
sentido e no processo de significação.
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Pensamento e Linguagem
Modelos de aquisição da Linguagem
Terceiro ano de Psicologia
NOME;_____________________
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Prof :Chicueca
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