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Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem

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1. 1. Especialização em Neuropedagogia Psicolinguística Prof.: Msc. Wagner da Matta


Pereira
2. 2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Fundamentos da Psicolinguística;
Apresentação das principais teorias sobre a aquisição da linguagem; Comparação e
análise entre os modelos behavioristas e cognitivistas; Considerações acerca da
Psicologia da Linguagem para a compreensão dos processos psicológicos
(pensamento e linguagem) e sua interface com a linguística; Analise e discussão das
relações entre linguagem e subjetividade proposta pela Psicanálise freudiana e
lacaniana. Os processos de socialização através da linguagem;
3. 3. Discuta 1. A LINGUAGEM É INATA OU APRENDIDA? 2. O QUE É LINGUA?
3. O QUE É FALA? 4. QUAL O OBJETIVO DA LINGUAGEM? 5.
PENSAMENTO E LINGUAGEM É A MESMA COISA? QUEM VEM PRIMEIRO?
6. PENSAM DE MANEIRA DIFERENTE AS PESSOAS QUE FALAM LÍINGUAS
DIFERENTES? 7. A COMUNICAÇÃO É EMINENTEMENTE HUMNA? E A
LINGUAGEM? 8. COMO AS CRIANÇAS ADQUIREM A LINGUAGEM? 9. UMA
PESSOA QUE PERDE A CAPACIDADE DE FALAR, DEIXA DE PENSAR? 10.
TODAS AS LÍNGUAS SÃO: ARBITRÁRIAS, CONVENCIONAIS E
CONSTITUTIVAS DO SUJEITO: EXPLIQUE.
4. 4. PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM PSICOLOGIA COGNITIVA
PSICOLINGUISTICA LINGUISTICA NEUROCIÊNCIA
5. 5. A Psicolinguística é uma área de estudos interdisciplinar entre a Lingüística, a
Psicologia e demais ciências, que busca explicar como o ser humano adquire, utiliza,
desenvolve e aprende a linguagem.
6. 6. PRINCIPAIS PROCESSOS DISCUTIDOS PELA PSICOLINGUISTICA
COMPREENSÃO DA LINGUAGEM PRODUÇÃO AQUISIÇÃO
7. 7. A NATUREZA DA LINGUAGEM COMPREENSÃO: que processos mentais
capacitam as pessoas a compreender o que as outras pessoas falam? AQUISIÇÃO:
como as crianças desenvolvem ambas as habilidades de compreensão e fala?
PRODUÇÃO: que processos mentais capacitam as pessoas a falar o que falam?
8. 8. SURGIMENTO Anos 50, Universidade Cornell, seminário entre linguistas e
psicólogos, com o objetivo de realizar síntese entre as pesquisas realizadas no campo
da compreensão e da expressão verbal. Psicologia da Aprendizagem – estudos na
área da Psicologia Cognitiva Lingüística – explicar a linguagem cientificamente:
sistemas; Teoria da Informação) – esquemas de comunicação
9. 9. Teoria da Informação Nessa perspectiva, a Psicolingüística se encarregaria de
estudar os processos de codificação e decodificação, levando em conta as
características próprias dos sujeitos que trocam mensagens.
10. 10. TRÊS PRINCIPAIS ÁREAS DE ESTUDO, ALÉM DA PSICOLOGIA,
CONTRIBUÍRAM PARA A COMPREENSÃO DA PSICOLINGUÍSTICA: A
Lingüística - estudo da estrutura, da formação e alteração da linguagem oral, escrita e
simbólica; A Neurolinguística – a relação entre o cérebro e a produção da
linguagem; A Sociolinguística – objetiva a relação entre o comportamento social e a
formação e aprendizagem linguagem. Atualmente foco das Neurociências
11. 11. Antes que sejam abordadas as principais teorias que se arriscam em explicar a
linguagem, é necessário que se compreenda o que é a linguagem.
12. 12. O que é LINGUAGEM? Linguagem é uma representação interna da realidade
construída que utiliza um meio de comunicação compartilhado socialmente. Sistema
de signos arbitrários e compartilhado por um grupo, com o objetivo de se comunicar
com os outros e que permite manipular mentalmente a realidade na ausência dela.
13. 13. O que é LINGUAGEM? A linguagem é uma faculdade humana abstrata, ou seja,
a capacidade que o humano tem de comunicar-se com os semelhantes por meio de
signos mediante mecanismos de natureza psico-fisiológica. A linguagem é ao mesmo
tempo física, fisiológica, psíquica e de domínio social e se configura no único modo
de ser do pensamento, ou seja, sua matéria no plano do conteúdo, e realidade do
pensamento (...), o próprio elemento da comunicação e sua realização no plano da
expressão. ( SAUSSURE, 1975, p.81 )
14. 14. Para que serve a LINGUAGEM? “... Expressar seus sentimentos, explicar suas
reações e compreender a dos outros, conhecer diferentes pontos de vista sobre um
mesmo fato e incorporar valores e normas sociais. Aprende também a dirigir e
organizar seu pensamento e a controlar sua conduta, fazendo assim uma
aprendizagem cada vez mais consciente.” Álvaro Marchesi, A linguagem é
inerentemente humana? E a comunicação?
15. 15. Teorias sobre a aquisição da linguagem BEHAVIORISMO: tábula rasa, estímulo
resposta INTERACIONISMO (construtivismo): aparelho biológico em interação com
o ambiente INATISMO: estrutura pronta, ambiente dispara
SÓCIOINTERACIONISMO : interação e mediação PSICANÁLISE:
simbólico,mediador da realidade
16. 16. Inata ou social, A linguagem é um meio organizado de combinar as palavras para
fins de comunicação (STERNBERB, p. 252, 2000). Do ponto de vista psicológico,
entende-se a linguagem como processo mental consciente, significativo e orientado
para o social.
17. 17. SEIS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Comunicativa - troca de informação
Simbólica - símbolo e referente Estruturada - organização padronizada
Organizada em níveis múltiplos – morfo, fono, sin ... Generativa – creatividade,
gramática universal Dinâmica – a linguagem evolui
18. 18. COMO SE ADQUIRI A LINGUAGEM Eu sei falá mãmã. Eu pefiru papá. Eu tô
apendeno.
19. 19. SEMÂNTICO: significado das palavras PRAGMÁTICO: uso no contexto social
O GRAMATICAL: morfológicas regras sintáticas O FONOLÓGICO: sons da língua;
e
20. 20. PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM: PRÉ-VERBAL
AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM AQUISIÇÃO DE ASPECTOS FORMAIS
AQUISIÇÃO DO SIGNIFICADO AQUISIÇÃO DE ASPECTOS FUNCIONAIS
21. 21. •Motivação primária para a relação interpessoal; •Sensibilidade e adaptação do
adulto; •Prontoconversas e formatos; •Vocalizações e gestos dícticos; Condutas
prontodeclarativas. •Bases da funcionalidade comunicativa. •Comunicação através de
palavras; •Aumenta o vocabulário rapidamente; •Combinações de palavras mais
complexas e elaboradas;
22. 22. Fonologia, morfologia e sintaxe •De 18 meses a 06 anos estritamente fonológica:
•Substituições: pela/pêra •Assimilações: •Papo/pato •Simplificações: •Pato/prato;
•Dificuldades morfológicas e sintáticas.
23. 23. •Conteúdo é a semântica; •A compreensão precede a expressão; •Nome e não;
•Significados restritivos ou mais extensivos. •Refere-se às funções comunicativas da
linguagem; •Reguladora: desejos; •Declarativa: Transmitir e compartilhar a
informação; •Interrogativa: Investiga sobre a realidade;
24. 24. Organização da linguagem • A linguagem está organizada em uma hierarquia.
Frases Palavras Morfemas Fonemas
25. 25. Numa perspectiva neurológica, o processo de aquisição da linguagem é bastante
complexo e envolve uma rede de neurônios distribuída entre diferentes regiões
cerebrais.
26. 26. A maior parte das atividades da linguagem ocorrem o hemisfério esquerdo
(LOBO TEMPORAL) no cérebro. As palavras são compreendidas pela área de
Wernicke e articuladas pela de Broca. Um conjunto de fibras do tecido nervoso, o
fascículo arqueado, conecta essas duas áreas. A de Wernicke é cercada por outra parte
chamada de área de Geschwind. AFASIA: lesão de alguma região cerebral
especializada nas funções linguisticas. Se dá tanto na fala oral quanto na escrita. A
afasia pode ocorrer em dois lugares distintos do cérebro, podendo ser na área de broca
(afasia de broca) ou na área de Wernicke (afasia de Wernicke)
27. 27. Teorias sobre a aquisição da linguagem primeiras teorias de aquisição da
linguagem: o Behaviorismo o Conexionismo (associonismo) Ambas de base
empirista consideram o conhecimento humano como derivado da experiência.
28. 28. Os primeiros trabalhos desenvolvidos na área datam de 1943 quando o
neurofisiologista, filósofo e poeta americano Warren McCulloch, e o lógico Walter
Pitts desenvolveram o primeiro modelo matemático de um neurônio.
29. 29. O cérebro é possuidor de mecanismo inato, geneticamente programado que
possibilita seu funcionamento. Não existem regras inatas para o processamento da
linguagem, estas são inferidas através de um processamento estatístico dos dados
advindos da experiência. O cérebro e as redes neurais são os responsáveis pelo
aprendizado. A linguagem não é necessariamente manipulação de símbolos.
30. 30. O conhecimento declarativo da língua e do mundo, bem como o conhecimento
procedimental das diversas habilidades, são codificados no cérebro não em forma de
símbolos prontos e em lugares determinados, mas como elementos atomizados e
distribuídos em pontos diferentes conectados entre si. O processamento não ocorre
serialmente como na teoria da informação, mas em paralelo, isto é, diversos processos
ocorrem simultaneamente (POERSCH, 2004, p. 4). O confronto de duas grandes
teorias
31. 31. . BEHAVIORISMO: Acredita que pela relação estímulo resposta éa possível
explicar o funcionamento e uso da linguagem. B.F. SKINNER 1904 — 1990
32. 32. PRESSUPOSTOS DO BEHAVIORISMO A mente não é importante para a
aquisição da linguagem; a criança é uma tabula rasa; A linguagem é aprendida
através do processo de estímuloresposta, imitação e reforço (positivo ou negativo);
conhecimento, inclusive o lingüístico, provém unicamente da experiência. Reforço
positivo – incentiva o comportamento Reforço negativo - inibe Pouco a pouco,
conforme as palavras vão sendo associadas a eventos, objetos ou ações, os bebês
aprendem o que elas significam (DAVIDOFF, 2001, p. 271).
33. 33. Comportamento Comportament o (resposta) Consequência Dizer “Oi” Ouvir um
“Olá” Aperta um botão Chegar o elevador Girar uma torneira Obter água Fazer uma
pergunta Receber uma resposta Fazer o dever de casa Ser elogiado pelo professor
34. 34. se uma criança usa uma palavra ligada ao sexo em nossa cultura, ela é reprovada
com uma cara fechada, palavras de repreensão ou mesmo um castigo. Ela aprende três
coisas: que tal palavra não pode ser dita, que se for dita será considerado uma
agressão e que o sentido implícito a essa palavra, não é algo bem aceito em sua
sociedade.
35. 35. LINGUAGEM: inata ou aprendida? Se a linguagem é herdada (nature), ou
aprendida (nurture), ou aprendida e herdade ficou conhecida pela controvérsia nature-
nurture e tem sido discutida por séculos. A polêmica esteve esquecida por algum
tempo até que ressurgiu em 1959 quando o linguista Noam Chomsky (1928) criticou
contundentemente o livro Comportamento Verbal, de B.F. Skinner.
36. 36. . Tradição behaviorista : Acreditava-se que pela relação estímulo resposta, seria
possível explicar a estrutura da linguagem. Anos 60 - Teoria chomskiana: Gerativista
- a linguagem não é um sistema de hábitos e repetições, mas norteia-se pela
criatividade. B.F. SKINNER N. CHOMSKY
37. 37. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GGT A linguagem é inata. O ser humano é herdeiro
de uma gramática mental interna , podendo produzir e compreender frases originais
com significados inéditos.
38. 38. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GGT O aspecto criativo da linguagem tem como
base três princípios: Tudo que dizemos, em sua maioria, é novo, e não a repetição do
que ouvimos antes; O número de frases que se pode criar e compreender numa
língua são infinitos; O falante adapta sua linguagem de acordo com o contexto.
39. 39. PRESSUPOSTOS DA TEORIA DE CHOMPSKY Gramática Universal:
estrutura inata Aspecto criativo: número infinito de frases Gramaticalidade:
CERTO ou ERRADO? Competência linguistica: internalização de regras/o que vc
sabe Performance/desempenho: adaptação/ o que se faz com a língua O enunciado é
entendido em 2 níveis: Estrutura superficial : nível fonológico Estrutura profunda:
significado/interpretação
40. 40. Estruturas superficiais e subjacentes Dois níveis  Superficial (frases precisas que
expressam o pensamento).  Subjacente (atitudes e pensamentos básicos
corporificados nas palavras).
41. 41. A natureza muito especial da linguagem • Criatividade     Não é rara a
necessidade de criar frases. Novas frases como nova ordem gramatical. Gírias.
Neologismo. A gíria dos anos 60, segundo Ziraldo.
42. 42. A discussão sobre a aquisição da linguagem focalizando os processos mentais já
havia sido evidenciada por Ferdinand de Saussure (1857 - 1913) no livro Curso de
linguísta geral (1916). A ideia só ganhou destaque anos mais tarde, com N. Chomsky.
Saussure considerava a língua um sistema de signos, uma entidade bifacial que
compreendia um significante e um significado definidos em termos psicológicos.
Ferdinand de Saussure 1857 - 1913
43. 43. SIGNIFICADO, SIGNIFICANTE = SIGNO O signo linguístico é uma realidade
percebida pelos sentidos humanos, que se refere a uma realidade que não está
presente. Este sinal é composto de um significante, significado e referente, entre as
quais existe uma relação inseparável.
44. 44. • Langue: é o sistema de uma língua, a língua como sistema de formas.Social. •
Parole: é a fala real, os atos de fala.Individual.
45. 45. O SIGNO o signo é uma unidade psíquica, abstrata e com duas faces: o
significado (conceito) e o significante (imagem acústica (memória do som na mente
do falante). Estes dois elementos, o significante e o significado, estão intimamente
unidos e são regidos por dois princípios: a linearidade e a arbitrariedade. A
linearidade significa que o discurso se organiza em linha reta, respeitando uma ordem,
pois não há como se pronunciar dois sons ao mesmo tempo. A arbitrariedade diz
respeito à conexão de uma idéia a um nome.
46. 46. A ARBITRARIEDADE DO SIGNO Assim, a idéia de mar não está ligada por
relação alguma interior à seqüência de sons m-a-r que lhe serve de significante;
poderia ser representada igualmente bem por outra sequência, não importa qual; como
prova, temos a existência de línguas diferentes. (...) o princípio da arbitrariedade do
signo não é contestado por ninguém; às vezes, porém, é mais fácil descobrir uma
verdade do que assinalar o lugar que lhe cabe (SAUSUSURE, 1972,pp. 81-82):
47. 47. Princípios do signo 1. A natureza arbitrária do signo: não há nenhum elo entre o
significado e o significante. Cão Cachorro Crio Cora coa crio bopo lobo
48. 48. Exceções As onomatopéias Bang, clap, miar, buaá, psiu, cof, ziguezague, chiar,
bum etc.
49. 49. OUTRAS IMPORTANTES OPOSIÇÕES DA LINGUAGEM Sincronia –
funcionamento da língua em um dado período do tempo. Diacronia – estudo histórico,
através do tempo. Sintagma – combinação de formas mínimas numa unidade
lingüística superior, que surge a partir da linearidade do signo. Paradigma - banco de
reservas da língua fazendo com que suas unidades se oponham, pois uma exclui a
outra
50. 50. • a linguagem não é uma nomenclatura, conceitos não são preexistentes, conceitos
mutáveis e contingentes variam de um estado de uma língua outra. seus mas que para
• como a relação entre significante e significado é arbitrária, não há nenhuma razão
para um conceito, em vez de outro, ser ligado a determinado significante. • o
significado associado a um significante pode tomar qualquer forma.
51. 51. • Relações associativas: Paradigmáticas • Relações seqüenciais: Sintagmáticas.
Substituição: paradigma Combinação: sintagma
52. 52. Linguagem como interação Jean Piaget 1896 -1980.
53. 53. Toria da Genética Epistemologia Para Piaget a linguagem não tem somente a
finalidade de expressar ideias e palavras ou de comunicar o pensamento. A linguagem
nasce do ato de falar sozinho, do monólogo. Tal ação prepara a criança para a
linguagem social, o que ele considerada artificial.
54. 54. Períodos de desenvolvimento linguístico 0 -2 anos- a ausência da função
semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das
percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio
corpo. Linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavrafrase ("água" para
dizer que quer beber água); possui representação mental do objeto; conduta social é
de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).
55. 55. Período Simbólico - dos 2 anos aos 4 anos. surge a função semiótica que permite o
aparecimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização. Cria imagens
mentais na ausência do objeto ou da ação, é o período da fantasia, do faz de conta, do
jogo simbólico. É o período do animismo: "o carro do papai foi dormir na garagem”.
Linguagem em nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo
sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando”
dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua
socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os
pares são constantemente trocados.
56. 56. Período Intuitivo - dos 4 anos aos 7 anos Desejo de explicação dos fenômenos
(idade dos porquês). A criança pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real;
pensamento continua centrado no seu ponto de vista. Incapaz de manter conversação
longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
57. 57. Período Operatório Concreto dos 7 anos aos 11 anos Tende a se organizar em
grupo, compreende regras, estabelece compromissos. A conversação torna-se possível
(já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutir diferentes
pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.
58. 58. Período Operatório Abstrato - dos 11 anos em diante. Ápice do desenvolvimento
da inteligência. Nível de pensamento hipotético-dedutivo (lógicomatemático); o
indivíduo está apto para calcular probabilidades, libertando-se do concreto em
proveito de interesses futuros: a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta
estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a
nível de discussão para se chegar a uma conclusão.
59. 59. Piaget dividiu a linguagem em dois grandes grupos: a egocêntrica a socializada.
60. 60. A linguagem egocêntrica dividida em três: A repetição (ecolalia) – repetição de
silabas ou palavras, não direcionadas a ninguém, restos do balbucio dos bebes. O
monólogo – a criança fala em voz alta para si. O monólogo a dois ou coletivo –
conversa de duas/ou mais crianças sem preocupação de serem respondidas ou
compreendidas
61. 61. A linguagem socializada divide-se em cinco categorias: A informação adaptada –
crianças trocam pensamentos com as outras, em busca de objetivo comum, ou seja,
preocupa-se com o ponto de vistas do interlocutor. A crítica/zombaria – trata-se da
ação de uma criança sobre a outra num contexto de discussões, brigas, ou rivalidades.
As ordens, súplicas e ameaças – são tais ações de uma criança sobre a outra. As
perguntas – perguntas que uma criança faz a outra. As respostas – respostas dadas às
perguntas.
62. 62. Piaget conclui : A criança é mais egocêntrica do que o adulto, fala muito sem se
dirigir a ninguém; indica uma maior necessidade de comunicar seu pensamento. O
adulto consegue ficar mais concentrado sem quebrar o silêncio. tempo Antes dos
7ou 8 anos a criança não possui vida social. Essa afirmação tem sido criticada há
muito tempo por outros pesquisadores: L. S.Vigotsky, por exemplo.
63. 63. Lev Semenovitch Vygotsky 1896 1934
64. 64. Vigotsky A linguagem é social estreita relação entre pensamento e linguagem A
aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem social - que possui a função
de denominar e comunicar, sendo a primeira linguagem que surge; depois teríamos a
linguagem egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.
65. 65. A linguagem egocêntrica progride da fala social para a fala interna, ou seja, para o
processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos – o que estaria bem
próximo ao pensamento, representado a transição da função comunicativa para a
função intelectual.
66. 66. A fala egocêntrica constitui uma linguagem para a pessoa mesma, e não uma
linguagem social, com funções de comunicação e interação. Esse “falar sozinho” é
essencial porque ajuda a organizar melhor as idéias e planejar melhor as ações.
67. 67. Discurso interior e pensamento É quando as palavras passam a ser pensadas, sem
que necessariamente sejam faladas. É um pensamento em palavras. Já o pensamento é
um plano mais profundo do discurso interior, que tem por função criar conexões e
resolver problemas, o que não é, necessariamente, feito em palavras.
68. 68. o pensamento não se reflete na palavra; realiza -se nela, na medida em que é a
linguagem que permite a transmissão do pensamento de uma pessoa para outra
(Vygotsky, 1998). A relação entre o pensamento e a fala passa por várias mudanças
ao longo do desenvolvimento. Apesar de terem origem e se desenvolverem
independentes, em determinado momento o pensamento e a linguagem se encontram e
dão origem ao funcionamento psicológico complexo. A conquista da linguagem
representa um marco no desenvolvimento humano.
69. 69. O pensamento não é o último plano analisável da linguagem. Podemos encontrar
um último plano interior: a motivação do pensamento, a esfera motivacional de nossa
consciência, que abrange nossas inclinações e necessidades, nossos interesses e
impulsos, nossos afetos e emoções. Tudo isso vai refletir imensamente na nossa fala e
no pensamento (Vygotsky 1998).
70. 70. Linguagem e Psicanálise O inconsciente é estruturado como uma linguagem.
Jacques Lacan A linguagem humana e o termo entre o eu e o outro. Entre o sujeito
que fala e seu ouvinte existe um anteparo , uma proteção, uma espécie de muralha que
se ergue, mesmo quando há silencio. Entre dois seres humanos existe sempre a
muralha da linguagem (LONGO, 2006, p.7
71. 71. Lacan, ao fazer uma releitura da obra de Freud, concebe um inconsciente
estruturado pela linguagem e propõe uma supremacia do significante sobre o
significado.
72. 72. Metáfora & Metonímia Lacan, ao conceber um inconsciente estruturado pela
linguagem, propõe duas leis de funcionamento para este: a metáfora e a metonímia. A
metáfora seria o equivalente a condensação freudiana, e a metonímia, ao
deslocamento.
73. 73. A formação de uma metáfora consiste na superposição de um significante por
outro, tendo em vista algum tipo de ligação entre o que os dois termos designam
Amor é fogo que arde sem se ver Luís de Camões
74. 74. A metonímia é uma figura de linguagem que consiste na substituição de um termo
por outro, com o qual possua algum tipo de ligação. Me dá uma Brahma gelada!
75. 75. A aproximação da psicanálise com a linguística parece ficar cada vez mais clara
na medida em que percebemos na linguagem a possibilidade de jogar com a palavra,
onde o inconsciente fala o tempo todo e o discurso é sempre o discurso do outro.
76. 76. PROBLEMAS DE LINGUAGEM: Transtornos graves Autismos e psicoses
Mutismo seletivo Ausência total e persistente em determinadas circunstâncias ou com
determinadas pessoas Disfemia Gagueira, alteração da fluidez da fala: ritmo e melodia
do discurso Dislalia Transtorno na articulação dos sons Disglosias Alterações
anatômicas ou fisiológicas dos órgãos articulatórios Atrasos da fala Problemáticas
mais globais no sistema fonológico Disfasia Afasia congênita ou do desenvolvimento.
77. 77. DSM IV: Transtorno da linguagem expressiva Vocabulário limitado, erros nos
tempos verbais, dificuldade na memorização das palavras, dificuldade na produção de
frases de extensão ou complexidades próprias do nível evolutivo do sujeito.
Transtorno misto da linguagem receptivaexpressiva Compreender tipos particulares
de palavras ou frases Transtorno fonológico Dificuldade de articulação de alguns sons
Gagueira Alteração na fluidez Transtornos da comunicação não específicos
Transtornos de voz
78. 78. ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL:

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