Você está na página 1de 23

01

Trilha 01 Introdução ao Componente: relação


Pensamento – Linguagem
Sumário

1 Apresentação do componente curricular p. 4


2 Introdução ao estudo da trilha de aprendizagem p. 6
3 Introdução ao Componente Pensamento e
Linguagem p. 7
4 Introdução ao pensamento e à linguagem: a
relação entre essas habilidades cognitivas p. 9
5 Síntese p. 19
6 Referências p. 21
4
Apresentação do
componente curricular

Esta disciplina apresenta definições, propriedades e


desenvolvimento da Linguagem e do Pensamento à luz da
Neurociências e da Psicologia Cognitiva. E discute a relação
entre as habilidades de Linguagem e do Pensamento e de
que forma essa relação influencia o indivíduo, a sociedade e o
contexto em que vivemos.

Até o presente momento, neste curso, você deve ter


aprendido como detectamos e codificamos as informações
(objetos, eventos, ideais ou pessoas), sejam elas extrínsecas
ou intrínsecas a nós. Ademais, estudaram como elas podem
ser armazenadas e recuperadas no nosso cérebro.

Desta forma, o presente componente curricular tem como


objetivo entender como utilizamos essas informações, ou
seja, como manipulamos mentalmente (Pensamento) os
conhecimentos de mundo que adquirimos. Como também,
vamos estudar o sistema que nos permite comunicar
(Linguagem) tais representações mentais.

Portanto, neste componente, vamos explorar como a


Neurociências Cognitiva define o Pensamento e a Linguagem.
Começaremos pela relação entre essas duas habilidades
mentais, e veremos o nível de influência que uma exerce
sobre a outra.

Em seguida, iremos abordar o Pensamento e os seus


três vastos campos de estudo – Raciocínio, Resolução
de Problemas, Julgamento e Tomada de Decisão – e
vamos entender como essas capacidades nos ajudam a
compreender o mundo a nossa volta. Iremos descobrir
que a maioria de nós está propensa a erros cognitivos
5 (heurísticas), aos quais devemos estar atentos, mas que
isso às vezes é bom! Logo após, vamos brevemente elucidar
sobre o desenvolvimento do Pensamento em humanos e
quais as principais estruturas cerebrais que possibilitam tal
competência.

Posteriormente, conheceremos a definição de Linguagem,


o que a compõe e suas propriedades universais. Iremos
estudar a aquisição dessa habilidade, em condições típicas,
mas também em bilíngues e deficientes auditivos. Em
seguida, vamos abordar as bases neurais que geram essa
incrível habilidade de transformar símbolos em significados
profundos.

Dessa forma, para alcançarmos os objetivos apresentados


acima, teremos 8 trilhas de aprendizagem. A cada trilha de
aprendizagem, começaremos sempre com o áudio blog que
servirá como orientação para os estudos da semana. Em
seguida, é sugerido que assista à videoaula, na qual serão
expostos os principais conteúdos referentes ao tema da trilha.
Após a aula, realize a leitura do e-book correspondente, que
será indispensável para complementar o conteúdo da trilha.
Também será importante fazer os exercícios de fixação da
trilha de aprendizagem correspondente. A cada trilha de
aprendizagem, haverá artigos e/ou vídeos indicados como
material complementar. Seguir as recomendações ajudarão a
ter uma visão completa do conteúdo.

Ademais, também será importante se atentar às atividades


de aprofundamento que serão propostas em algumas trilhas
de aprendizagem. Por fim, e não menos importante, leiam
os capítulos dos livros que constam na bibliografia indicada,
isso é indispensável para a consolidação dos conhecimentos
adquiridos ao longo deste Componente Curricular.

Resumindo, neste componente curricular, vamos entender


a Linguagem e o Pensamento à luz da Neurociências e da
Psicologia Cognitiva e de que forma essas capacidades
mentais influenciam o indivíduo, a sociedade e o contexto em
que vivemos.
6
Introdução ao
estudo da trilha de
aprendizagem

Sejam bem-vindos ao componente curricular Pensamento


e Linguagem. Talvez você já tenha se perguntado: Na
evolução da nossa espécie, o que desenvolvemos primeiro,
o Pensamento ou a Linguagem? Essa foi uma das primeiras
perguntas feitas pelos cientistas da área.

Entretanto, ao longo dos anos, essa pergunta foi sendo


lapidada até que chegássemos ao primeiro tema desta trilha
de aprendizagem: Qual é a relação entre o Pensamento e a
Linguagem? E qual influência um exerce sobre o outro?

Por este motivo, nesta primeira trilha de aprendizagem,


entenderemos a evolução dos achados para tais perguntas
até chegarmos aos conhecimentos que o campo de pesquisa
se encontra no presente momento.

Sobre este tópico, é fundamental que entenda a importância


dos dois sistemas – Pensamento e Linguagem – e que são
independentes, porém interligados.

Logo após, vamos abordar a definição de Pensamento


segundo a Neurociências Cognitiva, na qual serão
introduzidos os três campos de estudo da área – Raciocínio,
Resolução de Problemas e Julgamento e Tomada de Decisão.
Para esta trilha, é importante que entenda como essa
habilidade cognitiva permeia todas as outras que foram e
serão abordadas no curso.
7
Introdução ao
Componente
Pensamento e
Linguagem

Pensamentos se tornam percepção,


percepção se torna realidade.
Altere seus pensamentos, altere
sua realidade. (William James, 1842-
1910)

Considerando seu interesse por este curso, provavelmente


você já ficou curioso(a) sobre o próprio Pensamento. O que
você definiria como Pensamento? Só porque eu pensei sobre
alguma coisa, isso a torna realidade? E podemos confiar em
nossos pensamentos?

! Essa capacidade de manipular mentalmente as informações,


internas e externas a nós, nos possibilitou uma vasta gama
de descobrimentos e também de relações com outros seres
vivos.

A linguagem certamente afeta


nossos pensamentos, em vez
de apenas rotulá-los. Mais
obviamente, a linguagem é o
canal através do qual as pessoas
compartilham seus pensamentos
e intenções e, assim, adquirem o
conhecimento, os costumes e os
valores daqueles ao seu redor.
(PINKER, 2003)
8 Uma outra questão que talvez você já tenha feito é: Como
a vibração que provoco com a boca emite ondas, e essas
ondas, ao entrarem no ouvido de alguém, comunicam
informações que se passaram dentro da minha mente? Talvez
não tenha sido tão específica, mas já parou pra pensar que, ao
fazer sons com a boca, outra pessoa é capaz de traduzir este
som em significado?

Ou ainda, podemos realizar sinais com as mãos e outra


pessoa, ao enxergar estes sinais, pode compreender o
significado da mensagem. Por fim, podemos desenhar
símbolos que também transmitem significado para aqueles
que conhecem esse sistema de símbolos. Nós utilizamos
essa habilidade incrível para transmitir nossas ideias, nossas
emoções e também a nossa História.
9
Introdução ao
pensamento e à
linguagem: a relação
entre essas habilidades
cognitivas

Ter outro idioma, é possuir uma


segunda alma. (Carlos Magno, 742-
814 d.C.)

Na videoaula desta trilha, você conheceu a Hipótese Sapir-


Whorf, cunhada por Edward Sapir (1941/1964) e seu aluno
Benjamin Lee Whorf (1956). Estes teóricos propunham que
o idioma falado é capaz de definir a forma de pensar, e
sendo assim, de acordo com essa hipótese, os falantes de
idiomas diferentes pensariam de forma diferente. Essa ideia
dominou o campo da Antropologia moderna e da Psicologia e,
ao longo dos anos, pesquisas científicas pareciam confirmar
estas proposições.

+ Se interessou pela A Hipótese Sapir-Whorf recebeu muita força com pesquisas


Hipótese de Sapir- que impressionaram a comunidade científica, como uma
Whorf? Então
pesquisa de campo realizada com as pessoas da tribo Hopi,
assista o filme A
Chegada (2016) de
na qual descobriram que eles não conjugavam os verbos.
Denis Villeneuve. Entretanto, pesquisas posteriores encontraram falhas
Alerta de spoiler: metodológicas nesses estudos, e conseguiram demonstrar
o filme mostra o em novas investigações que essa relação da Linguagem
relacionamento com o Pensamento não era determinista, mas sim relativista,
entre o idioma
ou seja, no caso da tribo Hopi, mesmo não conjugando os
falado e a maneira
como percebemos o verbos, as pessoas ainda são capazes de pensar sobre o
mundo. passado ou elucubrar sobre o futuro.
10 Essa ideia radical de que a Linguagem determina seu
Pensamento foi revisada, e atualmente sabemos que ambas
+ Para entender as habilidades são independentes, porém se influenciam
mais sobre a mutuamente.
relação entre o
Pensamento e
a Linguagem,
Um exemplo dessa influência foi o exercício da videoaula
assista ao TedTalk para desenhar a menina empurrando o menino, neste caso,
de Petrina Nomikou, a maioria dos falantes da Língua Portuguesa desenharão a
disponível em: menina à esquerda, e ambos estarão orientados para a direita,
https://youtu.be/ pois este é o sentido que lemos e escrevemos.
Pe0TTMyFd6k.

Este fato sobre a nossa forma de pensar pode explicar uma


estratégia muito utilizada na área de marketing, conhecido
como a grade Foote, Cone & Belding (VAUGHN, 1980),
que divide a informação como na figura abaixo (figura 1), e
coloca o conteúdo relevante no primeiro quadrante (superior
à esquerda), pois estudos indicam que a atenção é mais
concentrada no primeiro quadrante, depois o segundo,
terceiro, e quarto, na mesma ordem e sentido que lemos e
escrevemos (ARES et. al., 2014).

Figura 1 - FBC Grid.


Fonte: Adaptado de
VAUGHN (1980).
11 Outro exemplo dessa influência é o fato de organizarmos
o tempo em espaço, ou seja, falamos e pensamos sobre
o tempo (abstrato) utilizando os conceitos de espaço
geográfico (concreto).

Veja a imagem abaixo, este homem Yupno, de Papua Nova


Guiné, sentado numa ladeira, explicando o conceito de tempo.
Ao falar sobre o passado: (1) quando está virado ladeira acima,
o ontem estará para trás; (2) quando está virado ladeira
abaixo, o ontem estará a sua frente. No entanto, ao falar
sobre o futuro, ele apresenta padrões opostos: (3) quando
está virado ladeira acima, o amanhã estará a sua frente; (4)
quando está virado ladeira abaixo, o amanhã estará para trás.

Figura 2 - Homem
Yupno explicando
o conceito de
tempo. Fonte:
COOPERRIDER &
NUÑEZ (2016).

Isso sugere que, para os Yupno, o passado é para baixo e o


futuro para cima, diferente do falante da Língua Portuguesa,
que referencia o passado e o futuro à frente ou atrás de si
12 mesmo, respectivamente. Por exemplo, dizemos: “O futuro
está à frente”, ou também, “Deixe isso pra trás” (veja a figura
abaixo). Existe uma variedade entre os idiomas no uso
de referências para se comunicar a respeito do tempo,
e isso é moldado pela função que a Linguagem tem
naquele ambiente. Note que há diferenças na escolha de
referência para falar sobre o passado e o futuro, em que um é
centrado em si, porém está associado ao relevo geográfico, e
o segundo é baseado apenas no “Eu”. Estas diferenças estão
relacionadas com a função que a Linguagem exerce naquela
cultura.

Figura 3 - Referência
do tempo a partir do
“Eu” para falantes da
Língua Portuguesa.
Fonte: Adaptado de
COOPERRIDER &
NUÑEZ (2016).

Um outro exemplo seria o da tribo aborígine Kuuk Thaayorre


(Austrália), que, diferentemente de nós, usa os pontos
cardeais e a direção do sol para falar sobre o tempo e o
espaço. Ou seja, essas pessoas sabem exatamente a direção
para onde estão orientados (Norte, Sul, Leste, Oeste), e
são capazes de organizar (pensar e falar) sobre o tempo.
Por exemplo, se voltados para o norte, eles organizaram o
tempo da direita (passado) para a esquerda (futuro). Qual
+ Leia sobre os a importância, então, da orientação geográfica para uma
taxistas de Londres, civilização com transporte público (você embarca num lugar e
no capítulo 8 sobre ele o leva até o próximo ponto)?
Memória do livro
“Psicologia” de
Myers e Dewall
(2019, p. 275).
13

Esta relação entre Linguagem e Pensamento também fica


evidente no experimento de nomeação de figuras, no qual
demonstraram que a informação verbal dada ao participante
da pesquisa pode distorcer a recordação das figuras
(CARMICHAEL; HOGAN; WALTER, 1932 apud STERNBERG,
2015). Nesse experimento (Figura 4), uma imagem (coluna
central) era apresentada, depois era ocultada e após um
intervalo era nomeada. Observe que a recordação das
imagens era distorcida devido à nomeação que foi designada
(coluna esquerda e direita).
14

Figura 4 - Figuras
de estímulos e
nomeações verbais.
Fonte: STERNBERG
(2015, p. 238).

Você provavelmente já imaginava que nosso Pensamento


é influenciado pela Linguagem, afinal, quando pensamos,
normalmente o conteúdo que vem a nossa mente é verbal.
É o que chamamos de Pensamento verbal, voz interior, fala
consigo encoberta, monólogo interno ou diálogo interno.
Muitas vezes é abordado como pensamento – porém, a
existência de pensamentos em imagens mentais não verbais
difere estes dois fenômenos cognitivos (trataremos disso a
seguir).

De acordo com Lev Semenovitch Vygotsky (1896 –1934),


nosso pensamento verbal se forma por meio do mecanismo
de internalização das relações sociais mediadas pela
linguagem entre criança e cuidador (você já observou uma
criança brincando sozinha?). Repare que ela muitas vezes fala
consigo mesma, e essa fala é muito semelhante àquilo que ela
escuta de seu(s) cuidador(es). Ao longo do desenvolvimento
cognitivo da criança, as relações são transformadas em
uma “conversa” internalizada com o eu. Passamos então a
chamar de discurso privado, e esse pensamento verbal
tem um papel primordial na auto-regulação da cognição
e do comportamento. Ou seja, a criança vai assumindo
progressivamente uma maior responsabilidade (autonomia)
15 por atividades que antes exigiam a entrada de um especialista
(o cuidador).

A internalização dessa conversa acontece devido a duas


transformações. Primeiro, o pensamento verbal passa por
uma transformação sintática, na qual a sintaxe é abreviada,
o que resulta na fala interna com uma qualidade de “nota
mental”, ou seja, somente o essencial da mensagem, afinal
você já sabe sobre o assunto. E, segundo, o pensamento
verbal passa por transformações semânticas, na
qual há o predomínio do sentido sobre o significado (os
significados pessoais e privados são mais proeminentes
que os convencionais e públicos), depois o processo de
aglutinação (o desenvolvimento de palavras híbridas que
significam conceitos complexos), e a infusão de sentido
(elementos específicos da linguagem interna são fundidos
mais com associações semânticas do que seus significados
convencionais).

Assim, conforme a criança desenvolve o pensamento


verbal, este, após ser internalizado, passa por processos
de síntese, e também de personalização, tornando o
pensamento verbal idiossincrático. Por exemplo, pensar
sobre “entrevista” pode significar um compromisso futuro,
uma oportunidade nova para uma pessoa, mas também pode
significar preocupação, ansiedade de desempenho, para uma
outra pessoa.
16 Portanto, nosso Pensamento verbal, ou discurso verbal
pode ser Expandido, quando o diálogo interno retém
as características do diálogo externo; ou Condensado,
como vimos acima, no qual as transformações sintáticas e
semânticas foram concluídas – “pensamento em conceitos
puros”. Consideramos como padrão o discurso interno
Condensado. Normalmente, quando estamos sob uma
carga de estresse ou um desafio cognitivo, tendemos ao
pensamento verbal (FERNYHOUGH, 2004).

Agora você já sabe que Linguagem e Pensamento são


sistemas conectados, mas além disso são habilidades
separadas. A independência dessas habilidades fica evidente
no caso do Pensamento sem o uso da Linguagem.

Um exemplo disso foi o que observamos no exercício de


rotação mental visto na videoaula. Isso significa que você
consegue pensar em imagens, e articular essas imagens
mentalmente, assim como você faria com as ideias. Ou
seja, somos capazes de reconhecer um objeto conhecido
independentemente da posição em que ele se encontra (como
na figura abaixo), isto porque somos capazes de rotacioná-lo
em nossa mente e pensar sobre ele em diversos ângulos.
17 Essa habilidade foi essencial para entender o conteúdo
+ do componente curricular de Neuroanatomia. Ela será
desenvolvida nos outros componentes, pois você verá
diferentes áreas do cérebro, e o corte anatômico dependerá
de sua localização no encéfalo, assim, com a ajuda de
imagens e do Atlas de Neuroanatomia, você usará sua
habilidade visuo-espacial e capacidade de rotação mental
para entender a posição dessas áreas.

Assim, definimos como Pensamento o modo como o


sistema cognitivo usa as informações recebidas,
percebidas, armazenadas e recuperadas (MYERS,
2019). Essas informações também são conhecidas como
representações mentais, e podem ser palavras (simbólicas)
ou imagens (analógicas). Mas nós retornaremos a falar sobre
as representações na próxima trilha, onde veremos como nós
concebemos em pensamento o mundo a nossa volta.

A essa altura, você já percebeu que o Pensamento é


uma habilidade que permeia todas as outras habilidades
cognitivas. Ele está envolvido com a Linguagem (como o
exemplo da orientação visuo-espacial da tribo australiana),
a percepção (lembre-se do helicóptero), a categorização e
interpretação, assim como o armazenamento e recuperação
da informação (lembre-se do experimento de nomeação de
figuras). Por este motivo, essa faculdade mental é dividida
em três campos de estudo: o Raciocínio, a Resolução de
Problemas e o Julgamento e Tomada de decisão, como
veremos na nossa próxima trilha.

+ Habilidade visuoespacial: capacidade de representar,


analisar e manipular objetos mentalmente – sejam
bidimensionais ou tridimensionais.

Raciocínio: processo de extrair inferências (conclusões) de


informações iniciais (premissas).

Julgamento e Tomada de decisões: avaliação do valor de


uma opção ou da probabilidade de que ela produza certa
18 recompensa (julgamento), juntamente com a escolha entre
alternativas (tomada de decisão).

Resolução de problemas: Construção de um curso de ação


para atingir um objetivo.)
19
Síntese

Neste e-book, você conheceu mais sobre a relação entre


o Pensamento e a Linguagem, vimos que são sistemas
cognitivos independentes, mas que se influenciam
mutuamente. Você sabia que existem idiomas, como o
inglês, no qual não há designação de gênero para a maioria
dos substantivos e adjetivos? Ao passo que na Língua
Portuguesa, em quase todas as palavras, o gênero está
atrelado ao significado. De que forma isso pode influenciar
nosso pensamento sobre os papéis sociais? Assista ao vídeo
recomendado para ver mais exemplos da relação entre o
Pensamento e a Linguagem.

Também abordamos, nesta trilha, como a descrição de um


objeto (Linguagem) pode alterar nossa lembrança sobre ele.
Pense em situações da sua vida em que a descrição das
circunstâncias pode ter alterado seu pensamento sobre o
evento. Ou ainda, alguma ocasião em que você mudou de
opinião (pensamento) a respeito e, consequentemente, sua
narração (linguagem) sobre o acontecimento também se
alterou.

Além disso, você pensou em mais exemplos de representação


mental não verbal, ou seja, imagética? Vamos explorar mais
este tema no Fórum de Discussão, utilize os conhecimentos
obtidos e dê sua apreciação!

Definimos ainda o que é o Pensamento e que sua vastidão


exige que o estudemos em três partes (figura 5 abaixo), e é o
que veremos na nossa próxima trilha.
20

Figura 5 - Estudo
do Pensamento e
suas partes. Fonte:
Elaborado pelo autor.

Se prepare fazendo os exercícios de fixação. Até nossa


próxima trilha de aprendizagem!
21
Referências

ARES, G. et al. Visual attention by consumers to check-all-


that-apply questions: Insights to support methodological
development. In: Food Quality and Preference, 32, p. 210-
220, 2014.

COOPERRIDER, K.; NÚÑEZ, R. How We Make Sense of Time.


In: Scientific American Mind, 27(6), p. 38-43, nov., 2016.

FERNYHOUGH, C. (2004). Alien voices and inner dialogue:


towards a developmental account of auditory verbal
hallucinations. In: New Ideas in Psychology, 22(1), p. 49-68,
2004.

GAZZANIGA, M. Ciência Psicológica. 5ª ed. Porto Alegre:


Artmed, 2018.

HOLYOAK, K. J.; MORRISON, R. G. (Eds.). The Cambridge


handbook of thinking and reasoning. Vol. 137. Cambridge:
Cambridge University Press, 2005.

MYERS, G. D.; DEWALL, N. C. Psicologia. 11ª ed. Grupo GEN,


2019.

PINKER, S. (2003). The Blank Slate: The Modern Denial of


Human Nature. Penguin, 2003.

STERNBERG, R. J. Psicologia cognitiva. 5ª ed. CENGAGE -


CTP NACIONAL, 2015.

TEDX TALKS. Language and Thought | Petrina


Nomikou | TEDxAsociaciónEscuelasLincoln. Youtube,
2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=Pe0TTMyFd6k&feature=youtu.be>. Acesso em: 11
dez. 2020.
22 VAUGN, R. (1980). How advertising works: A planning model.
In: Journal of Advertising Research, 20, sep./out., p. 27-30,
1980.
Universidade Presbiteriana

Você também pode gostar