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AULA 1 PDFelement
NEUROCIÊNCIA DA
LINGUAGEM
CONVERSA INICIAL
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perceber o mundo externo, através dos sons, cores, texturas, sabores, etc.
(Relvas, 2009).
As disciplinas que estudam o sistema nervoso a partir da biologia são
denominadas neurociências. Estas disciplinas buscam investigar o cérebro em
sua estrutura, funcionamento, anatomia, química e fisiologia, em pessoas
consideradas normais, doentes ou até com deficiências. Juntamente com outras
disciplinas, como a linguística e a semiótica, as neurociências conseguem
entender como o sistema nervoso central funciona e como as pessoas podem
melhorar no seu processo de cognição, principalmente aqueles que têm alguma
necessidade educacional especial.
Sendo assim, esta aula tem como objetivo apresentar a estrutura da
aquisição da linguagem, dando destaque, primeiramente, ao seu
desenvolvimento, apresentando os principais fatores que estão ligados a este.
Sucedendo-se a esse tema, discutiremos sobre as principais teorias que
norteiam os estudos sobre o desenvolvimento da linguagem nos seres humanos,
discutindo autores como Piaget, Vygotsky, Chomsky, Skinner e outros.
Perpassaremos pela compreensão na naturalidade do ser humano em
adquirir a linguagem, desde a primeira infância à vida adulta, buscando entender
as fases das quais a criança precisa passar para desenvolver-se a partir da
linguagem.
Por fim, faremos um paralelo entre os conceitos de língua e linguagem,
buscando compreender as definições que cada termo apresenta.
CONTEXTUALIZANDO
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Uma gramática interna, que gera uma gama infinita de expressões que
casam perfeitamente com a gramática da linguagem utilizada pelos nativos,
conterrâneos da criança. Isso se processa de dentro para fora, mas somente se
efetiva se houver o estímulo externo. Somente conversando com a criança,
interagindo com esta, este mecanismo de nascença vai ser ativado e a
linguagem na criança vai se desenvolver.
Indo por outro caminho, Skinner apresenta sua teoria, postulando que a
criança não desenvolve a linguagem por si mesma, mas necessita de uma série
de fatores externos para que esta se desenvolva. Definindo-se como um
behaviorista radical, este teórico tem por objetivo epistemológico combater todo
pensamento voltado à uma função interna na explicação dos comportamentos
onde o meio, na sua concepção, tem um papel central. (Parot, 1978)
Baseando-se em estudos do comportamento dos animais, Skinner
entende que o comportamento humano, nesse caso, o processo de aquisição da
linguagem, é compreendido mediante uma cadeia de estímulo-resposta-reforço.
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Sempre que uma situação nova surge, uma palavra nova, uma nova
forma de utilizar a palavra dentro de uma frase, ou até um conceito novo
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Saiba mais
Para saber mais sobre essas teorias, disponibilizamos abaixo algumas
sugestões de leituras:
BARCELOS, R. da S. de. As teorias de linguagem, as concepções de língua e a
metodologia adotada de ensino de língua portuguesa. In: Cadernos do CNLF,
Vol. XVII, Nº 03 - Minicursos e Oficinas. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2013.
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Vamos iniciar este tema pensando como a criança adquire uma língua.
Podemos dar destaque para o fato que a criança adquire, pelo menos, uma
língua, seja essa oral ou manual.
Quando falamos desse processo de aquisição da linguagem na criança,
percebemos que esta parte de uma condição inicial, em que não domina uma
língua ou uma linguagem, para uma condição final, a qual passa a dominá-la.
Podemos destacar que, à medida que a aquisição da linguagem é vista
enquanto fenômeno natural num sentido amplo, decorre de um meio verbal de
expressão e interação social. Neste sentido deve-se levar em conta a língua
natural do falante e o contexto social no qual esse se encontra, pois a criança
tende a se identificar em diálogos e atividades de interação entre adultos e
crianças (Lazarin, 2009).
O diálogo estabelecido entre a criança e o adulto torna-se significativo à
medida que esse servirá para o que chamamos de input para a língua produzida
pela criança a partir da relação de interação da língua com quem ela interage. A
respeito deste modo complementa Lemos (1989, p. 5):
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FINALIZANDO
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LEITURA COMPLEMENTAR
Saiba mais
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REFERÊNCIAS
ATKINSON, R. L.; ATKINSON, R. C.; SMITH, E.E., BEM, D.J. & NOLEN-
HOEKSEMA, S. Introdução à psicologia de Hilgard. 13. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
BROWN, R. A first language: the early stages. London: George Allen & Unwin
Ltd, 1973.
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PETITTO, L.; MARENTETTE, P. Babbling in the manual mode: evidence for the
ontogeny of language. Science 251: 1483-1496.
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