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ATIVIDADE – PSICOLOGIA NAS RELAÇÕES HUMANAS

Curso: Superior de Tecnologia em Gastronomia


Professor(a): Ms. Sandra Regina Silva Martins
Nome da disciplina: Psicologia nas Relações Humanas
Discente: Daniela Edimê Costa do Nascimento

RESUMO

FIORELLI, José Oamir. Psicologia para Administradores: integrando teoria e prática. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.

No texto “Condicionamento ou Motivação? Introdução ao Estudo do Comportamento individual” os


autores apresentam conceitos básicos sobre os fatores que afetam o comportamento do indivíduo,
concentrando-se no estudo do condicionamento e da motivação, e mostrando a importância do
condicionamento para a Administração de pessoas, decorrente de sua ampla utilização em ações
que envolvem o público interno e externo. Sobre as limitações ao estudo do comportamento,
Skinner afirma que o estudo distorce o assunto que está sendo estudado, e neste contexto, três
fatores merecem destaque, são eles: a influência do observador, sua capacidade de perceber e
discriminar, e o autoconhecimento. Para uma melhor compreensão do assunto, os autores
destacam dentro do comportamento na organização, o comportamento por instinto, o
comportamento habitual e as particularidades no comportamento na organização, falam ainda
sobre o poder do condicionamento (condicionamento respondente, condicionamento operante,
condicionamento operante por reforço positivo e o condicionamento operante por reforço
negativo), punição, a motivação pela deficiência, modelos de enriquecimento técnico e social, a
expectativa, e por fim a percepção de justiça. Muitos fatores influenciam o comportamento do
indivíduo; porém nenhum deles é determinante de suas características. Por isso, para Skinner, “o
comportamento humano é, talvez, o objeto mais difícil dentre os que já foram alvo dos métodos da
ciência” (87:50). O processo de civilização afasta o indivíduo do “comportamento por instinto”, que
é bem característico dos animais. Vygotsky afirma que “o comportamento humano difere
qualitativamente do comportamento animal, na mesma extensão em que diferem a adaptabilidade
e o desenvolvimento dos animais” (96:69). Conclui-se portanto, que o comportamento instintivo
pouco se manifesta, como regra geral, na Organização, onde o social, a cultura e a aprendizagem
moldam o comportamento humano. O conceito de personalidade, em síntese, encontra-se
relacionado à condição estável e duradora dos comportamentos da pessoa. Os comportamentos
Típicos, estáveis, persistentes que formam o padrão por meio do qual o indivíduo comporta-se em
suas relações, nas mais diversas situações do convívio social, de trabalho e familiar, recebem a
denominação de características de personalidade. Dessa maneira, realiza-se o processo de
convivência com as dificuldades e desafios da vida, podendo-se afirmar que o ser humano possui
alta flexibilidade e capacidade de adaptação. Cada profissional leva para a Organização um
conjunto de elementos de sua vida anterior, aos quais soma outros ligados à cultura, às normas e
aos fatores ambientais. Deve-se lembrar que apenas parte deles origina-se no ambiente
organizacional, embora a Organização possa ter extraordinária influência sobre o indivíduo. Os
profissionais seguem padrões na busca de procedimentos corretos e eficientes, capazes de
assegurar os requisitos de produtividade e qualidade determinados pelos clientes, proprietários e
concorrentes. Esse tipo de comportamento de resposta desencadeada por um estímulo,
denomina-se comportamento respondente. Ele engloba a ação de componentes físicos do corpo e
em geral, é involuntário. Um segundo tipo de comportamento exemplifica-se pela atribuição de
pontos em uma escala de avaliação de desempenho. Nesse caso, o comportamento antecede o
estímulo e denomina-se operante. O indivíduo atua, opera, para obter o resultado de sua ação. O
condicionamento operante provoca aumento na frequência de um comportamento, apresentando
estímulo percebido como agradável (reforço positivo), após ocorrer o comportamento. Já no
condicionamento operante por reforço negativo, aumenta-se a frequência de um comportamento
pela retirada de um evento desagradável logo após sua emissão. Na punição, apresenta-se um
estímulo aversivo ou retira-se um positivo após o comportamento, para diminuir sua ocorrência.
Segundo Vergara (93:42), motivação “é uma força, uma energia, que nos impulsiona na direção de
alguma coisa” (...) que “nasce de nossas necessidades interiores”. Quando ela acontece, as
pessoas tornam-se mais produtivas, atuam com maior satisfação e produzem efeitos
multiplicadores. A motivação pela deficiência admite que o homem move-se para completar o que
lhe falta. A ela pertencem as teorias de Herzberg e Maslow. Na teoria de Herzberg, Herzberg
dividiu os fatores que afetam o comportamento do indivíduo em dois grupos: os higiênicos e os
motivacionais. Na teoria de Maslow, Maslow estabeleceu a conhecida “hierarquia de necessidades
básicas”, ilustrada na forma de pirâmide em diversos livros de Teoria Geral da Administração –
fisiológicas, de segurança, sociais, estima e auto-realização. Existe uma lógica nessa sequência,
pois há relativo consenso de que, sem a satisfação das necessidades fisiológicas, o indivíduo
mostrará pouca propensão à prática de atividades de nível mais elevado. Nos modelos de
enriquecimento técnico e social, incluem fatores ligados às tarefas e ao ambiente social. Eles
consideram que, além das necessidades de cada indivíduo, outros elementos contribuem para
nele despertar a motivação. A teoria da expectativa sustenta que o indivíduo motiva-se mais
facilmente quando acredita na recompensa decorrente do esforço. A probabilidade de êxito se
Associa ao valor percebido da recompensa. Outro importante fator a considerar é a percepção de
justiça do indivíduo, a crença de que seus esforços para produzir o comportamento necessário
receberão justa recompensa. Michael LeBoeuf afirma que “o único e maior obstáculo para o
desenvolvimento eficaz na maioria das organizações é a gigante discordância entre o
comportamento necessário e o comportamento recompensado”.

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