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As atitudes são sempre analisadas como um conceito mediador entre a forma de agir e a
forma de pensar, funcionando como um elo de ligação entre o sujeito e o mundo.
O processo de construção das atitudes tem na sua base três categorias de informação:
Cognitiva, afetivo- emocional e relacionada com comportamentos passados ou
intenções comportamentais. Sendo assim, a nossa atitude perante um objeto reflete o que
sabemos dele, como nos sentimos e agimos perante ele.
Uma vez construídas, as atitudes são relativamente estáveis. Esta sua característica
permite a análise e medida das atitudes, para além de serem utilizadas para predizer ações
(Ajzen, 1987; Anderson, 1988; Olson e Zanna, 1999).
As atitudes são aprendidas. Este facto torna possível o estudo do processo da sua
formação e mudança, para além de se poderem desenvolver programas para promover
atitudes sociais desejáveis (McGuire, 1985; Olson e Zanna, 1990).
Funções de atitudes
Bravo, Peiró e Rodriguez (1996) afirmam que a satisfação profissional é uma atitude ou um
conjunto de atitudes que se relacionam com a forma como os indivíduos encaram, quer a
atividade profissional como um todo, quer as dimensões específicas da mesma.
● Conflito atividade profissional-família: Este fator tem sido apontado por alguns
estudos como determinante na satisfação profissional.
● Fatores psicológicos: Alguns estudos têm vindo a identificar uma relação entre
alguns traços psicológicos e a satisfação no trabalho, nomeadamente o locus de
controlo e a afetividade negativa associada à ansiedade e à depressão.
➔ Desempenho profissional
➔ Absentismo (relacionado também com a cultura organizacional
➔ Comportamento de cidadania organizacional
➔ Burnout – estado de fadiga psicológica – causa ou consequência da insatisfação
➔ Mudança de trabalho ou de organização
➔ Satisfação com a vida
➔ Bem-estar físico e psicológico
Ciclo Homeostático:
Privação➔Desequilíbrio➔Necessidade➔Ação➔Equilíbrio
Necessidades Primárias➔Fisiológicas
⬇
Necessidades Secundárias➔Sociais e Cognitivas
McClelland considera que estes motivos, embora possam ser aprendidos, têm
características semelhantes aos traços de personalidade, sendo consistentes ao longo do
tempo e resistentes à mudança.
Estas teorias centram a sua atenção sobre a forma como a motivação se operacionaliza no
contexto em que o sujeito se move e nas variáveis cognitivas que medeiam esse processo e
que lhe permitem, por exemplo, fazer escolhas entre alternativas diferentes ou delinear
objetivos e planos de ação.
Por sua vez, a ansiedade nem sempre tem um efeito motivacional debilitante , podendo
estimular o sujeito a agir para evitar o fracasso.
As atribuições causais constituem teorias individuais e, muitas vezes, implícitas que cada
indivíduo utiliza para compreender as razões dos acontecimentos , para orientar o seu
comportamento motivacional e prever a ocorrência de sucessos ou de fracassos.
Apesar das causas dos acontecimentos serem múltiplas, 50% das causas apontadas pelos
sujeitos relativamente aos resultados positivos ou negativos das suas ações concentram-se
em fatores como a capacidade, o esforço, a dificuldade da tarefa ou a sorte.
O processo de liderança
Fraca correlação entre os traços do líder e o exercício da liderança. Por exemplo, entre
inteligência e liderança as correlações são geralmente baixas, encontrando-se valores
correlacionais mais significativos apenas no fator de inteligência verbal.
Likert considera que quanto mais as organizações mudam dos estilos 1 e 2 para os estilos 3
e 4 maior é a sua eficácia, ou seja, maior é a sua produtividade e a satisfação das pessoas
envolvidas.
Bales e colaboradores (1950) preocuparam-se em investigar a problemática dos líderes
emergentes e, num contexto experimental de trabalho de grupo, identificaram duas funções
centrais nos comportamentos desses indivíduos:
Nesta perspetiva o líder “ideal” revelaria competências nos dois tipos de função, contudo
foram também identificados líderes mais centrados na função instrumental e outros mais
centrados nos processos de interação e de relacionamento interpessoal. Estas
investigações estiveram na base de outros estudos e no desenvolvimento de programas de
formação de líderes, no sentido de treinarem comportamentos mais adequados ao
desempenho dessas funções.
Fiedler, um dos representantes destes modelos, considera que o estilo do líder resulta mais
da expressão dos seus motivos e necessidades do que dos seus comportamentos
explícitos, identificando, contudo, determinados fatores situacionais que podem determinar
a eficácia da liderança:
➔ A relação líder-liderados
➔ O grau de estruturação da tarefa
➔ A quantidade de poder
➔ O clima do grupo
➔ O LPC (índice que identifica um estilo de líder mais orientado para a tarefa – LPC
baixo – ou para o relacionamento – LPC alto)
O modelo de Hersey e Blanchard, por exemplo, considera que o líder eficaz é capaz de
adequar o estilo de liderança ao grau de maturidade dos liderados.
Por sua vez, a variável maturidade é considerada como a capacidade e a vontade dos
indivíduos assumirem a responsabilidade pela direção do seu próprio comportamento,
assumindo duas facetas: a maturidade psicológica e a maturidade no trabalho
(conhecimentos e competências adequadas ao desempenho profissional).
Os autores identificaram quatro estádios de maturidade:
Numa perspetiva mais clássica e tradicional, os conflitos são encarados como um problema
que interfere e dificulta o funcionamento dos sistemas.
Os conflitos são, assim, definidos como uma força disfuncional que deve ser neutralizada…
Pelo contrário, a inexistência de conflitos nos grupos ou nas organizações é analisada como
sinal de competência.
Segundo este modelo, mais importante do que saber negociar o conflito é saber evitá-lo.
Contudo, a visão mais tradicional sobre os conflitos têm-se revelado redutora e insuficiente
para a análise desta problemática.
As ideias inovadoras são, muitas vezes, consequência de pontos de vista conflituosos que
são partilhados e discutidos abertamente.
Por outro lado, o conflito é parte integrante das relações interpessoais, qualquer que seja o
grau de afeto e compatibilidade entre as pessoas, já que as necessidades, os sentimentos,
os objetivos, os pensamentos e as ações de cada um entram em conflito com o Outro.
➔ Ganhar-Perder - esta estratégia tem na sua base uma relação em que uma das
partes, tendo mais poder que a outra, exerce a sua autoridade para remover o
conflito. É uma técnica frequentemente utilizada nas relações entre pai-filho,
professor-aluno, diretor-subordinado
● Resolver o problema/conflito:
➔ Ponderar/analisar diferentes soluções
➔ Argumentar com assertividade e fundamentação
➔ Expor todas as dúvidas e críticas
➔ Projetar as implicações positivas de cada uma das soluções
Borko (1983) sugere que a gestão do conflito pode ser feita através de uma mudança nas
atitudes e nos comportamentos dos membros da organização ou na estrutura da mesma.
Ao nível da estrutura:
● Redefinir papéis, funções e interdependências
● Criar regras para a resolução ou mediação de conflitos
● Criar novos mecanismos de coordenação