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Equipe 04: Aline Araújo, Andressa Polyana, Raylene Inês, Isaac Ferreira, João Paulo,
Lavynnia Cavalcanti.
A aprendizagem é um processo psicológico essencial para a sobrevivência dos seres
humanos no decorrer de todo o seu desenvolvimento. Sem ela, de nada valeria o investimento
em educação feito pela sociedade ou o esforço das organizações para treinar seus membros
ou o desses membros para resolver desafios e progredir em seu trabalho. Assim, este capítulo
foi escrito para os profissionais que necessitam dar suporte às pessoas em seus processos de
aprendizagem no trabalho e nas organizações.
O termo “aprendizagem” tem uma ampla variedade de definições em psicologia,
dependendo da teoria que o autor da definição abraça. É a partir delas que distintas
abordagens irão propor procedimentos para lidar com esse processo psicológico. De forma
geral, aprendizagem faz referência a mudanças que ocorrem no comportamento do indivíduo
(R, de resposta do indivíduo), não resultantes unicamente da maturação, mas de sua interação
com o contexto.
As teorias de aprendizagem tiveram um papel importante na Psicologia
Organizacional e do Trabalho por volta da metade do século XX, quando foram usadas para
melhorar a produtividade das pessoas por meio do planejamento do uso de consequências
para seus comportamentos no trabalho, a fim de mantê-las motivadas e reduzir o
absenteísmo. As pessoas aprendem e transferem novas aprendizagens para diferentes
contextos o tempo todo. A aprendizagem pode ocorrer em ambiente natural, de modo
espontâneo e informal, ou em situações planejadas e estruturadas para essa finalidade.
Há modelos de investigação da aprendizagem informal e formal no trabalho, que
incluem diversas variáveis do contexto e do indivíduo. Um desses modelos enfatiza o papel
central da aquisição psicológica dos conteúdos da aprendizagem (CHAs) por meio da
interação social com o ambiente. Tal aquisição seria influenciada por processos dinâmicos de
motivação e de utilização de estratégias de aprendizagem pelo indivíduo.
A ênfase nessa aquisição, no nível individual, está presente em outros modelos. O que
dá a esse modelo uma característica diferenciadora é que, em seguida, descreve outro papel
central: o do ambiente em que ocorrem os processos de aprendizagem dos indivíduos. Este
sugere que tais processos são decorrentes das experiências anteriores de trabalho das pessoas,
das atividades de treinamento e educação a que foram submetidas e de seu histórico social.
Tais mudanças poderiam incluir três tipos de efeitos, esperados em tempos diferentes.
O primeiro e mais imediato seriam as reações desses membros ou sua satisfação com essas
atividades, influenciadas principalmente por suas características individuais. O segundo
ocorreria na percepção de autoeficácia, na aprendizagem cognitiva e no desempenho durante
ou logo após as atividades de TD&E, sendo influenciado pelas características dessas
atividades e também pelas características individuais. O último tipo de efeito, no médio e no
longo prazos, seria o concernente à transferência lateral, no nível do indivíduo, e aos
resultados alcançados no nível organizacional (Alvarez; Salas; Garofano, 200.
É possível compreender este processo através de três perspectivas teóricas:
comportamental, cognitivista e construtivista. Para a abordagem comportamental, os
estímulos ambientais e o processo de condicionamento são a mola propulsora pela mudança
de comportamento. A cognitivista, por sua vez, compreende que entre os estímulos
ambientais externos e o comportamento do indivíduo, há um processamento psicológico
interno que ocorre de forma particular para cada sujeito. A perspectiva construtivista segue o
mesmo viés cognitivo, porém concede um grande destaque ao fato de a aprendizagem ser
construída pelo próprio sujeito, baseada em suas experiências anteriores.
Para interligar esta temática ao trabalho, faz-se necessário salientar quatro processos
que ocorrem neste ambiente. A aquisição consiste na apreensão dos CHAs, que acabam por
desenvolver novos comportamentos ou novos arranjos na realização de antigas tarefas.
Retenção/memorização está relacionada à quantidade de tempo em que o que foi aprendido
permanece na memória. A generalização corresponde ao grau em que os CHAs são utilizados
em condições e situações semelhantes ao que já foi aprendido. Para complementar, a
transferência diz respeito ao grau de utilização de novos CHAs, englobados num contexto de
trabalho, mas em condições divergentes das que foram adquiridos. Esta transferência
subdivide-se em lateral onde a complexidade da tarefa a ser desempenhada é igual ao que foi
aprendido, vertical quando esta complexidade está em um nível superior ao aprendizado e
negativa quando o efeito de determinada aprendizagem dificulta o desenvolvimento de
habilidades ou conhecimentos já adquiridos anteriormente.
Para além destes processos, é possível identificar todo um esquema que é formado
antes de uma possível mudança de comportamento. Inicialmente são recebidos os estímulos
do ambiente externo, que são captados e registrados pelos sentidos, são selecionados em sua
função, relevância e utilidade. Uma vez identificados e selecionados, passam para a memória
de curto prazo e, caso haja identificação com experiências anteriores, são codificados para a
memória de longo prazo. Estas informações podem ser esquecidas ou utilizadas para ativar o
gerador de respostas, que vai preparar e programar o sujeito para agir em situações que se
assemelham ao que foi aprendido. De certo modo, este processo funcionará como uma
retroalimentação, na qual o indivíduo conseguirá identificar o efeito de sua ação.
Para melhor desempenho das organizações, se faz necessário que os sujeitos possuam
características que possam se adequar ao perfil desejado, de tal instituição. Pensando nisso, as
taxonomias, é um método crucial que se deve levar em conta nas organizações. Taxonomia é
um termo de origem grega, que se refere a classificação de eventos ou entidades em grupos.
As taxonomias podem ser utilizadas em diversas áreas do conhecimento. As taxonomias, tem
o intuito de facilitar, de modo técnico, estratégico e eficaz, a maneira de como determinada
empresa deve proceder diante das demandas necessárias, bem como, avaliar se novas
estratégias devem ser criadas, e se outras devem ser deixadas para trás, pois já não
demonstram sinais de efetividade. Auxilia ainda, nas demandas presentes, e nas que irão
surgir posteriormente. São métodos que podem auxiliar na aprendizagem, e no planejamento
das organizações. Bloom e colaboradores (1972) usaram taxonomias na área educacional.
Fizeram uma análise educacional em universidades e escolas. Tiveram como foco, classificar
as diversas formas de aprendizagem, e o desempenho, e a partir disso, observar os resultados
obtidos.
Bloom, Krathwohl e Masia (1974) com esse método, puderam observar que a
aprendizagem poderia ser analisada através de três esferas: cognitivo, afetivo e psicomotor.
Onde, podia-se perceber que, uma esfera estava ligada a outra. Sendo assim, em alguns casos,
havia predominância sobre uma esfera e outra, percebia-se que, também, podiam atuar de
forma influenciadora. Mas, era perceptível que, essas esferas sempre se mostravam presentes
de alguma forma, independentemente de como se mostravam funcionar.
Ainda, levando em conta as taxonomias, só que em esfera cognitiva, Bloom,
Krathwohl e Masia (1974), destacam 6 pontos principais, nesse quesito: conhecimento,
compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. Cada domínio citado, tem sua
importância na aquisição de novas aprendizagens, que irão auxiliar o sujeito no modo de se
portar diante das demandas exigidas. No domínio afetivo, Bloom e colaboradores, explanam
cinco níveis que, fazem a taxonomia, para os processos afetivos, sendo eles: Receptividade,
ou Acolhimento, Resposta, Valorização, Organização e Caracterização. A Taxonomia para o
domínio psicomotor, também é exposta, e nela vemos o quanto o domínio psicomotor é
primordial nas organizações, e o quanto se é preciso potencializar ainda mais essa esfera nas
empresas e instituições. Alguns estágios citados nessa esfera são: A percepção,
posicionamento, execução acompanhada, mecanização, domínio completo.
O sistema de classificação e hierarquização de Gagné diz respeito a algumas
categorias de aprendizagem que divide os resultados cognitivos dessa aprendizagem em cinco
categorias de acordo com a capacidade humana: habilidades motoras, como utilizar
determinada ferramenta para executar uma ação; habilidades intelectuais, como acompanhar
as finanças de acordo com as normas de uma empresa; estratégias cognitivas, como criar um
novo produto; atitudes, que se apresenta como adotar um estilo participativo de liderança e
informação verbal, que seria expor os objetivos e a missão da empresa.
Gagné compreendia que a aprendizagem dessas categorias se dava a partir do
desempenho humano, sendo classificados da seguinte forma: informação verbal, listar nome
de professores da escola; habilidades intelectuais, escrever um texto de acordo com a ordens
gramaticais ou resolver um problema estatístico; estratégias cognitivas, decidir qual carreira
seguir a partir de suas competências pessoais e profissionais; habilidades motoras, trocar o
pneu do carro e atitudes, participar de uma campanha antitabagista.
A grosso modo, será destacado aspectos de cada categoria dessas, a começar pela
informação verbal, é a capacidade de nomear e descrever coisas e objetos, assim como falar,
escrever, desenhar, etc. As habilidades intelectuais, forma de explicar coisas e situações, a
partir de símbolos, e aqui, tem-se a discriminação, que é a capacidade de distinguir
fenômenos, sejam eles físicos, sons ou formas; o conceito, precisa da aprendizagem da
discriminação e compõem uma regra, que é a classificação de objetos a partir de suas
características; e as regras, aparecem como a relação entre dois ou mais conceitos. Por outro
lado, tem-se as estratégias cognitivas, segundo Gagné e Medsker, capacitam ao sujeito
observar e corrigir suas falhas em seus próprios processos de aprendizagem, ou seja, a pessoa
percebe o problema e ela mesma o resolve. As habilidades motoras, por sua vez, é a
aprendizagem em como usar músculos e habilidades motoras para executar ações. Por fim, as
atitudes, envolve eventos cognitivos e comportamentais, que irá influenciar a escolha do
indivíduo uma ação para executar.
A exibição de novas competências no trabalho é entendida como transferência de
treinamento, ou seja, uma transferência de aprendizagem que depende de condições
propícias. Desta forma, existem características individuais e variáveis no contexto
organizacional que podem exercer influência negativa ou positiva sobre a aprendizagem em
ambientes de trabalho.
Para se chegar em um desempenho competente faz-se necessário condições
ambientais adequadas e propícias. Além disso, o poder do conhecimento também sobressai,
são essenciais habilidades e atitudes para saber como fazer determinado trabalho. Como
também, a motivação será primordial, com intuito de geração de metas organizacionais para
se querer fazer. E para o desempenho ser considerado competente, ele deve estar
correlacionado com os valores organizacionais de eficiência e eficácia. Porém, a ocorrência
dessas competências gerando o desempenho, dependem de todas as condições internas e
externas à aprendizagem individual.
Restrições de recursos, condições financeiras, falta de definição do objetivo podem
impedir ou dificultar a transferência de aprendizagem e o desempenho eficaz nas tarefas do
caso. Dessa forma, ambientes organizacionais que oferecem recursos apropriados têm maior
índice de aquisição e transferência que empresas que acham que o desempenho é de
responsabilidade única do empregado.
Algumas práticas de gestão de pessoas favorecem a aquisição e a transferência de
aprendizagens para o trabalho. Entre as mais eficazes para favorecer o desempenho
competente no trabalho estão o acompanhamento, o feedback e a orientação individualizada.
Se fosse possível colocar os processos cognitivos (dos casos em que estamos
apresentando) em uma sequência linear simples: 1. As expectativas do indivíduo; 2. Que já
determinariam a atenção e a percepção seletiva que ele utilizaria para decidir quais aspectos
de seu ambiente seriam efetivamente transformados em informações; 3. Estas seriam então
repassadas na memória de curto prazo; 4. Depois codificadas; 5. E armazenadas na memória
de longo prazo. Contudo, isso garantiria a aquisição dos CHAs (conhecimento, habilidade e
atitude) e sua manutenção, mas não seu uso no trabalho. Para isso, outros dois processos
cognitivos deveriam ocorrer nas estruturas cognitivas: 6. Transferência ; 7. E recuperação.
Como resultado desses processos, o indivíduo poderia: 8. Organizar seu desempenho e
emiti-lo no ambiente, que, por sua vez, poderia prover retroalimentação; 9. E,
consequentemente, o reforçamento do requerido desempenho.
No mundo real, muitos desses processos podem ocorrer simultaneamente e em
sequências diferentes das apresentadas no modelo. Contudo, esse ordenamento sugere uma
sequência de eventos instrucionais que deveriam ser levados em conta caso alguém decidisse
organizar um contexto de ensino para facilitar a aprendizagem e a sua transferência para o
trabalho. Desse modo, alguém que fosse planejar o ensino de CHAs deveria pensar em: 1.
Criar expectativas de sucesso ou de confirmação de desempenho; 2. Informar os objetivos ao
aprendiz; 3. Dirigir a atenção do aprendiz; 4. Provocar a lembrança de pré-requisitos; 5.
Apresentar o material de estímulo; 6. Prover orientação de aprendizagem; 7. Ampliar o
contexto da aprendizagem por meio de situações ou novos exemplos; 8. Programar ocasiões
de prática, visando a repetir o desempenho; 9. Provocar o desempenho; 10. Prover
retroalimentação, confirmando ou corrigindo o desempenho.
Nem sempre todos esses processos são necessários, assim como a ordem a ser
seguida. Mas sua utilização adequada transforma-se em método eficiente para a aquisição dos
CHAs esperados. Os indivíduos possuem suas grandes e diversas diferenças, e em muitas
destas características as quais se diferem, ao mesmo tempo, interagem com condições que
podem produzir resultados significativos de aprendizagem. As melhores variáveis do perfil da
clientela estão relacionadas às principais: a motivação, o valor instrumental, a força
motivacional e algumas estratégias de aprendizagem. A motivação para aprender é
compreendida como o esforço e a persistência do engajamento dos indivíduos em atividades
voltadas para a aprendizagem, trata-se de toda dedicação e disponibilidade. Além da
motivação para aprender, existe a variável da motivação para aplicar aquilo que o indivíduo
aprendeu, aplicar no trabalho os conteúdos aprendidos no TD&E.
Sobre a transferência desse treinamento, alguns pesquisadores adotaram a teoria da
expectância de Vroom (1964), em que a mesma acredita que o indivíduo formula expectativas
cognitivas a respeito dos efeitos recorrentes dos seus próprios comportamentos e ele atribui
um valor relativo a cada um desses efeitos. Esse modelo busca predizer comportamentos de
escolha e sugere que a motivação de uma pessoa para tomar uma decisão é função de três
variáveis: 1. Valência – o quanto o indivíduo deseja a recompensa; 2. Expectância – a
estimativa do quanto seu esforço resultará em um desempenho bem-sucedido; 3.
Instrumentalidade – estimativa de que determinado desempenho seja um caminho adequado
para alcançar a recompensa. Esses três componentes são considerados conceitos distintos e
que medem a força motivacional. Desta forma, o valor instrumental é definido como a crença
do indivíduo de que as habilidades por ele adquiridas seriam uteis para atingir recompensas
de diversas naturezas.
Existem três tipos de estratégias, que podem ser utilizadas em diferentes combinações
(Brandão; Borges-Andrade, 2011): 1. Estratégias cognitivas: repetição mental; reflexão
intrínseca; e reflexão extrínseca. 2. Estratégias comportamentais: procura de ajuda
interpessoal; procura de ajuda em material escrito; e aplicação prática. 3. Estratégias
autorregulatórias: controle emocional; controle motivacional; e monitoramento da
compreensão. Com isso, as estratégias de aprendizagem podem varias de acordo com o sexo,
a idade, a escolaridade, o tempo de serviço, a motivação individual em aprender e do suporte
organizacional para aprender e de todo estímulo e valorização da inovação. Deve ser
realizada. Contudo, devem ser oportunizadas situações de aprendizagem e prática e
estimulados a cooperação e o clima à inovação.
Equipe: Aline Rafaela Araújo dos Santos; Ila Micaelly Lima de Oliveira; Laisa Milena de
Oliveira Silva; Lara Dênia da Costa Silva; Maria de Fátima Gomes dos Santos; Maria Taiana
Siqueira Ferro dos Santos; Millena Ferreira Torres de Araújo
Equipe: Adryelle Barbosa, Carolina Ventura, Célio Artarxerxes, Luciano Felizardo, Janiele
França, Maryana Gomes, Sabrina Nascimento e Vanessa Tenorio.
Equipe 03: Ailana Sant’Anna, Jária Laís, Maria Rosilene, Marília de Sousa, Niciene França,
Rayane Monyelle, Roberta Cavalcante, Válter Silva.
REFERÊNCIA
Bianca Rayssa Oliveira Tenório; Eline Pollyane Tavares de Oliveira; Lívia Bezerra
Alcantara; Marcus Antonio Medeiros de Souza; Maria Genielly Januário Rocha; Mayza
Vicente de Freitas; Rodolfo Santos Rocha