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● Abordagem Clássica
● Abordagem Humanística
● Abordagem Neoclássica
● Abordagem Estruturalista
● Abordagem Comportamental
● Abordagem Sistémica
● Abordagem Contingencial
● Abordagem do Conhecimento
Entre as Teorias Organizacionais que mais influenciaram diversas conceções e práticas de Gestão
merecem destaque:
➔ Abordagem Clássica/Burocracia
➔ Das Relações Humanas
➔ Abordagem Contingencial
Abordagem Clássica
O conteúdo empírico e teórico da Escola das Relações Humanas vem demonstrar que o aumento da
produtividade não depende exclusivamente das condições técnicas, mas sim das condições sociais e
organizacionais, ou seja, da motivação, da moral e da satisfação no trabalho.
Surge uma nova forma de racionalidade centrada na integração do fator humano nos diversos
contextos da produção, da comunicação e da organização.
Uma organização como um sistema aberto, aborda a sua complexidade visualizando fatores
ambientais externos e componentes estruturais internos como um todo integrado.
Na investigação realizada por Burns e Stalker (1961), sobre a relação entre práticas/técnicas
administrativas e ambiente externo, surge a classificação das organizações em: organizações
"mecanísticas" e "orgânicas".
O modelo de Gestão Orgânico exige uma estrutura organizacional mais flexível e adaptável, com
um sistema de decisões descentralizado e hierarquia flexível, oferecendo, assim, mais oportunidades
de desenvolvimento humano.
Alguns especialistas destacam ainda alguns aspetos importantes nas organizações que utilizam este
modelo:
Utiliza o Modelo de Gestão Orgânico IBM – International Business Machines, que durante muito
tempo deteve o monopólio no seu segmento de mercado, sendo obrigada a deixar o modelo de
Gestão Mecanicista, depois de amargar sérios prejuízos.
Administração Científica (Frederick Taylor e Henry Ford)
Considerado o pai da Gestão Científica (Scientific Management), teve como principal preocupação
estudar cientificamente o trabalho, a fim de encontrar a melhor maneira (one best way) de o realizar.
Princípios da organização científica do trabalho
Através desta evolução na sua vida profissional, Ford teve tempo e dinheiro suficiente para
concretizar a maior das suas paixões: motores de combustão interna.
Em 1893 conseguiu construir seu primeiro carro nas horas vagas e em 1903 criou a Ford Motor
Company.
As melhorias no processo de fabrico começam a acontecer uma após a outra - inicialmente o chassi
do carro era montado em 728 horas-homem e após a instalação de um transportador de correia
(mecanização), o tempo de montagem foi reduzido para 93 minutos.
Em 1913 projetou a sua primeira linha de montagem móvel e revolucionou todo o processo de fabrico
do seu carismático Ford “Model T”.
Em suma, utiliza os mesmos princípios desenvolvidos pelo taylorismo, porém com “uma estratégia
mais abrangente de organização da produção, envolvendo - extensa mecanização, uso de máquinas-
ferramentas especializadas, linha de montagem e de tapete rolante e, crescente divisão do trabalho”.
Desta forma, o modelo taylorista/fordista difundiu-se no mundo e veio a influenciar fortemente todos
os ramos da produção. Ao longo de algumas décadas, vem-se evidenciando e debatendo os efeitos
negativos da organização do trabalho Taylor/Ford sobre os trabalhadores, destacando-se a
fragmentação do trabalho.
Efeitos negativos
A separação entre a conceção e a execução, associada ao controle de gestão do processo e à
presença de hierarquia rígida, levou à desmotivação e alienação/desinteresse de trabalhadores, bem
como a desequilíbrios nas cargas/horas de trabalho.
Preocupa-se essencialmente com a estrutura organizacional, o que faz com que a organização seja
entendida como um conjunto de órgãos.
Principais contribuições
Estas teorias complementam-se com uma relativa coerência, apesar de possuírem orientações
diferenciadas.
Modelo Burocrático/ Weber - Abordagem neoclássica
Sociólogo alemão que procurou definir um modelo puro de organização - idealizou uma organização -
idealizou uma organização “ tipo” onde imperasse a racionalização e a predeterminação a todos os
níveis.
A burocracia de Weber procura assim uniformizar procedimentos e operações para tornar a presa
mais eficiente.
As 7 características fundamentais de um bom sistema burocrático
Vantagens da Burocracia
● Racionalidade
● Precisão
● Rapidez
● Univocidade de interpretação
● Uniformização de rotinas e procedimentos
● Continuidade da organização
● Redução dos conflitos entre as pessoas
● Constância na ação
● Subordinação dos mais novos aos mais antigos dentro de uma estrita
● Benefícios sob o prisma das pessoas
Disfunções da Burocracia
Contudo, este modelo burocrático pode não ser o mais adequado– há que fazer uma gestão atenta
para não gerar disfunções na organização.
Teoria das Relações Humanas
A sua notoriedade decorre devido aos estudos que desenvolveu numa fábrica nos EUA, em
Hawthorne – a Western Electric Company, que conclui que a produtividade dos trabalhadores
aumenta pelos facto de eles perceberem que estão a ser alvo de atenção dos seus supervisores –
efeito Hawthorne (nesta época o Gestor não se preocupava com aspetos relacionados com questões
psicológicas e sociais dos trabalhadores).
Iniciou o seu trabalho com base na teoria clássica da administração, segundo a qual as condições de
trabalho e a remuneração afetam a produtividade.
Acabou por constatar que mais importante que as condições físicas do trabalho em geral (ex:
iluminação, horário de trabalho, … ) para funcionamento das linhas de montagem da fábrica, eram as
relações sociais que se estabeleciam entre os trabalhadores e a integração destes na Organização.
No estudo realizado, foram as variáveis de caráter psicossociológico e emocional que vieram explicar
as variações na produtividade.
As principais conclusões do estudo realizado foram:
⤋
A análise do grupo vem substituir a análise individual do trabalhador e os aspetos materiais deixam
de ser reconhecidos como a única forma de promover a eficiência.
Os grupos formais formados pela departamentalização, estrutura, hierarquia, etc. enquanto que os
grupos informais se baseiam principalmente em afinidades, semelhanças de crenças, valores e
princípios, bem como respeito mútuo entre funções.
● O Estudo das Relações Humanas no ambiente de trabalho, permitiu analisar melhor as
diferenças entre as pessoas, complexidades emocionais, e a valorização dos indivíduos.
Utilizando tais fatores para aumento da produtividade e da qualidade de serviço.
Abordagem Clássica:
Hoje em dia esta afirmação parece dentro dos padrões do mercado, porém, no contexto da sua
época, esta foi uma ideia revolucionária, quando todo o processo de gerir e administrar era centrada,
quase exclusivamente, no produto .
1. Teoria X e Y - onde o “X” se refere a uma conceção mecanicista e pragmática, enquanto “Y”
se refere a uma conceção moderna sobre o comportamento humano
Teoria X e Y
A Teoria X, que representa o ponto de vista tradicional sobre a direção e o controlo dos recursos
humanos, assentes nos pressuposto que o ser humano comum:
● sente uma falta de vontade intrínseca em relação ao trabalho e evitá-lo-á sempre que puder.
● prefere que o dirijam, evita responsabilidades, tem poucas ambições e deseja, sobretudo,
segurança.
O ser humano, nas circunstâncias devidas, aceita responsabilidades e até procura novos desafios e
responsabilidades.
➔ fisiológicas
➔ segurança
➔ afeto
➔ estima
➔ autorrealização.
Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se encontram as necessidades mais
básicas, diretamente relacionadas com a sobrevivência.
Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a necessidade associada a uma nova
categoria se a do nível anterior estiver suprida, portanto, a motivação para realizar estes diferentes
tipos de necessidades surge de forma gradual.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
Teve início a partir de 1962, na sequência da Teoria Comportamental, tendo como principal objetivo -
o crescimento e o desenvolvimento das organizações.
O indivíduo passa a ser visto como um ser social - (no seu local de trabalho/empresa não “despe” os
seus condicionalismos sociais e culturais.
Tem capacidades intelectuais que devem ser desenvolvidas e integradas no processo produtivo, já
que na criatividade de cada indivíduo se encontra o elemento chave de sucesso das empresas –
criação de valor / inovação.
A Organização passa a ser vista como um sistema de indivíduos cujo desempenho de trabalho na
empresa é apenas um dos desempenhos da vida social e dos quais não é independente, mas
largamente influenciado.
A abordagem comportamental transforma a empresa num sistema aberto, influenciado pelos seus
trabalhadores.
Foi desenvolvida no século XX – anos 50 por Peter Drucker – “pai” da Gestão por Objetivos (1909 –
2005)
O seu pensamento pode ser resumido com base nos seguintes pontos
Peter Drucker defendia que o foco da organização é o cliente, não o produto. Hoje, a afirmação
parece dentro dos padrões do mercado.
Porém na sua época (início século XX) a ideia foi muito revolucionária, num momento em que toda a
administração e gestão tinha vindo a ser baseada ou centrada no produto e na produção.
Isto condiciona os colaboradores a pensar e agir em função de factos e dados reais, sem perder foco
das metas a atingir.
O foco principal das empresas é atingir objetivos globais e operacionais, alinhados, para o que é
exigido um nível elevado de planeamento da gestão.
Os procedimentos convergentes para o alvo estratégico tornam a atuação na empresa muito mais
satisfatória.
As empresas que implementam a Gestão Por Objetivos exigem que cada um dos gestores
estabeleça metas para a sua “administração/serviço/equipa”, no início de cada período, em
consonância com as metas gerais da organização.
A preocupação é a de instituir uma gestão planeada, partindo dos objetivos globais para os parciais
ou parcelares.
Potenciais constrangimentos
➔ pode perder-se a visão de conjunto por sobre estimulação dos gestores setoriais e
simplificação inerente à tentativa de objetividade e quantificação
➔ excessiva orientação para resultados no curto prazo, que pode comprometer os resultados e
a sobrevivência da organização, a longo prazo