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Neurociência e
UNIDADE 1
Aprendizagem
Neurociencia e Aprendizagem Graduação | UNISUAM
Neurociencia,
Educação e
Linguagem
Objetivos:
- Deinir neurociência.
- Relacionar o papel da neurociência com a educação.
- Reconhecer algumas regiões que compõem o cérebro humano.
- Identiicar as áreas cerebrais associadas à linguagem.
Introdução
Hoje, iniciaremos a disciplina Neurociência da Aprendizagem. Nela, você
estudará alguns aspectos da isiologia e do funcionamento do cérebro humano,
bem como os mecanismos subjacentes aos processos de aprendizagem.
Também conhecerá algumas disfunções cerebrais e suas implicações na
aprendizagem.
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Unidade 01 Neurociência, Educação e Linguagem
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humana, descobrindo como o sujeito aprende, se comporta e de que forma
o aprendizado se torna conhecimento para toda a vida. A prática pedagógica
que for planejada e executada sem levar em consideração o funcionamento
cerebral terá grande possibilidade de conduzir o aluno a uma situação de
não aprendizagem.
T1 Introduzindo a questão...
Você já deve saber o que é neurociência, não é mesmo? A neurociência
é uma área da medicina que investiga o funcionamento do sistema
nervoso, em seu estado normal ou patológico, principalmente os
elementos anatômicos e isiológicos do cérebro, relacionando-os com
outras disciplinas, como a teoria da informação, a semiótica, a linguística,
e outras que se ocupam da observação das reações comportamentais,
dos mecanismos de aprendizado e aquisição do conhecimento humano.
(SANTANA, 2010, s.p.)
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http://youtu.be/XrjvfWeh0Yo
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Fonte: fumdham
A Emissão da Linguagem
T2 Escrita
Para ser emitida sob a forma escrita, a linguagem requer o trabalho conjunto
de músculos e ossos. Na escrita trabalham músculos da mão, do antebraço,
do braço, do ombro e até mesmo do tórax.
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Fonte: cerebromente
Córtex sensorial: recebe a informação sensorial
vinda principalmente do tato – vibração, dor e
sensores de temperatura.
Córtex motor: responsável pelo controle voluntário
do movimento muscular.
Lobo frontal: responsável pelo planejamento de
ações e pelo movimento.
Lobo temporal: responsável pela audição, bem
como pela aprendizagem, pela memória e pelas
emoções.
Área de broca: área especializada, responsável
pela expressão motora da fala.
VOCÊ SABIA?
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Está curioso para saber a função de cada uma das áreas do córtex? Veja!
Fonte: geocities
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saiba mais
?
Quais são os pré-requisitos biológicos para a
comunicação falada? Nossa linguagem é uma
característica intrínseca da nossa espécie?
Quer saber as respostas para essas perguntas?
Assista ao documentário As Origens da
Linguagem.
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Introdução
Até agora, conhecemos o que é neurociência e o papel dela com a educação.
Também tivemos a oportunidade de conhecer algumas regiões que compõem
o cérebro humano e de identiicar as áreas cerebrais associadas à linguagem.
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Portanto, começamos esta aula com uma pergunta: Como as áreas cerebrais
processam a aprendizagem? Vamos procurar a reposta?
Quanto mais usamos o nosso cérebro, mais ele vai se deinindo. As conexões
que não são utilizadas vão sendo eliminadas. Aprendemos ao longo da vida e
isso modiica o cérebro. Somos capazes de mudar a nossa estrutura cerebral
até o último dia de nossas vidas.
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Quando uma criança nasce, o cérebro humano pesa cerca de 350 gramas e
possui um volume cerca de quatro vezes menor do que o do adulto. Depois
de um mês, o cérebro ainda é leve, com 420 gramas.
Fonte: cerebroemente
O cérebro atinge 90% do seu tamanho final por volta dos seis anos de
idade. O córtex continua se desenvolvendo, mas de uma forma mais lenta.
Durante a vida, alguns neurônios vão morrendo e, a partir daí, temos de
conseguir fazer cada vez mais “coisas” com cada vez menos neurônios.
Por fim, aos doze anos, a substância cinzenta invade as áreas associativas
e prossegue o desenvolvimento de certas regiões cerebrais ligadas à
linguagem, como a área de Broca, uma pequena estrutura dentro do
córtex pré-frontal. O processo costuma chegar ao fim antes dos 15 anos.
No período de desenvolvimento, notam-se grandes progressos no uso da
escrita – é a idade ideal para aprender novas línguas. A mudança maior
começa pelos 18 anos e pode avançar até os 25. É quando o córtex pré-
frontal amadurece, consolidando o senso de responsabilidade que falta
a tantos adolescentes.
Fonte: veja.abril
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saiba mais
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Como o cérebro de um bebe é muito pouco
desenvolvido, algumas áreas são mais
desenvolvidas do que outras no nascimento,
e a “escolha” para essas áreas não é ao
acaso: é devido às primeiras necessidades
da criança – por exemplo, a visão, já que
ela deve reconhecer seus pais desde o
princípio. Somente com o passar do tempo,
ele vai adquirindo habilidades de linguagem,
raciocínio e outras funções mentais avançadas.
Fonte: http://connectdominios.com.br/
sites/index.php/site/portaldocerebro/105
A Plasticidade Cerebral
Você já ouviu falar que o seu cérebro é de plástico? Lógico que ele não
é de plástico! Mas, o fato de o cérebro poder se reorganizar, de criar
novos caminhos, de fazer caminhos neurais, faz com que ele consiga a
plasticidade necessária para se adaptar às situações mais diferentes. Isso
depende de muitos fatores, por exemplo, genéticos, sociais e do meio
ambiente.
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A Lateralidade Cerebral
Os dois hemisférios do cérebro, como já foi visto anteriormente por você,
apresentam diferenças quanto ao tamanho e às aptidões. A metade
esquerda, habitualmente maior, é lógica e detalhista, enquanto a direita
é mais global e emocional. Por exemplo, se uma pessoa – que tem
predominância pelo lado esquerdo do cérebro –, chega a uma loresta,
ela focará a árvore. Já a que tem a predominância pelo lado direito, verá a
loresta como um todo.
Acesse o link e olhe a igura por alguns instantes e decida: para que lado a
bailarina gira?
Fonte: http://youtu.be/OvLeIhgsndM
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IMPORTANTE!
T4 Os Lobos Cerebrais
Já estudamos que o nosso cérebro pode ser dividido em dois hemisférios.
Cada um desses hemisférios divide-se em quatro lobos que possuem funções
diferenciadas e especializadas. Veja!
Fonte: infoescola
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Lobo temporal (localizado nas regiões laterais da cabeça): área onde a audição,
as emoções e a memória são trabalhadas, fornecendo ao indivíduo a capacidade
de identiicar e interpretar objetos ao recuperar informações passadas.
T5 Como aprendemos?
Os lobos são responsáveis por nossos sentidos e até mesmo pela nossa
interação com o mundo. Qualquer deiciência em algum dos lobos pode alterar
nossa percepção de mundo e, consequentemente, nossas formas de aprender.
As informações circulam pelo cérebro pelos potenciais de ação gerados pelos sentidos.
Por meio deles, o nosso corpo pode perceber muita coisa que nos rodeia; contribuindo
para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos.
Fonte: http://youtu.be/qpAL6_ik7UI
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Uma criança aprende a engatinhar, depois andar, correr e explorar. Uma criança
aprende a razão, de prestar atenção, de lembrar, mas em nenhum lugar o
aprendizado é mais dramático do que na forma como a criança aprende a
língua.
De acordo com alguns estudos, entre 4 e 7 anos, caso não haja patologia
cerebral, todos os humanos já são capazes de reconhecer e nomear objetos,
de transformar sons em símbolos e de compreende e formular frases com
sintaxe simples. Se por um lado, o cérebro perde em velocidade para o
computador, por outro, ganha por ter a capacidade de operar vários circuitos
ao mesmo tempo.
Quando uma criança brinca de palavras cruzadas, por exemplo, faz funcionar
diversos circuitos cerebrais, como os que armazenam o vocabulário,
a gramática, o discurso, sem contar todas as informações contidas na
interpretação de uma imagem, por exemplo. Cada uma dessas funções tem
um lugar certo no cérebro.
Fonte: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=1421
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Fonte: bobbiblogge
Alguns neurologistas deinem as emoções como
um conjunto complexo de reações químicas e
neurais. Elas afetam o modo de operação de
inúmeros circuitos cerebrais e a variedade de
reações emocionais é responsável por mudanças
profundas do corpo e do cérebro.
saiba mais
?
Quer conhecer os principais neurotransmissores
e a atuação de alguns deles na depressão?
Clique aqui!
http://www.saudeemmovimento.com.br/
revista/artigos/cienciasfarmaceuticas/
v1n1a6.pdf
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Para despertar emoções durante a aula, imagine situações que possam provocar os
alunos e levá-los à ação. inicie perguntando o que eles conhecem a respeito do tema
em questão, isso vai fazer com que evoquem memórias. estabeleça conexões claras
e objetivas entre o tema e algo importante da vida de cada indivíduo. Pode, ainda,
contar uma história intrigante relacionada ao assunto, usar uma música que agrade à
maioria, se possível, relacionada ao conteúdo a ser ensinado.
Agora, não pense que usando o humor e a surpresa, estará tirando a seriedade
do aprendizado, pelo contrário, você pode contribuir para que ocorra uma
aprendizagem signiicativa dos conteúdos trabalhados em sala. Para isso, faz-
se necessário introduzir elementos como: contar uma piada (de bom gosto,
obviamente) que tenha relação com o conteúdo; preparar charadas, palavras
cruzadas e outras estratégias para ensinar; utilizar técnicas de teatro quando o
tema permitir; dar voz a objetos inanimados; mudar a disposição das carteiras
quando a atividade permitir, enim, busque inovar sua prática utilizando a
emoção, o humor e a surpresa no trabalho psicopedagógico.
saiba mais
?
Quer saber mais sobre a emoção em sala de
aula? Leia Educação Emocional na Escola: a
Emoção na Sala de Aula, de Jair de Oliveira
santos. Clique no link!
http://www.castroalves.br/drjair/Educ_
Emocional_na_Escola%20-%20Ed3.pdf
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Conclusão
O cérebro é formado por bilhões de neurônios que permitem ao sujeito
responder aos estímulos provenientes do meio ambiente, possibilitando a ele
processar informações e agir com a realidade que o rodeia.
O ser humano é o ser com a infância mais longa, demorando longos anos
até atingir as faculdades mentais de um adulto. O cérebro de uma criança
desenvolve-se numa base genética enriquecida pela experiência, pelas
relações interpessoais.
Referências Bibliográicas
A B R I S Q U E TA - G O M E S , J a c q u e l i n e e t a l . R e a b i l i t a ç ã o
Neuropsicológica: abordagem interdisciplinar e modelos
conceituais na prática clínica. Porto alegre: Artmed, 2012.
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